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Dr. Jacy de Abreu
UM DOS GRANDES NOMES DA PCMG
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Aos 72 anos, esbanjando saúde e alegria, o Delegado de Polícia relembra os primeiros passos para se inserir na carreira da segurança pública. “Eu era praticamente um garoto quando me inscrevi para fazer parte da Guarda Mirim a fim de auxiliar as atividades de trânsito em Belo Horizonte, mas foi em 1956 que me tornei integrante da Guarda Municipal.” O contato com a população e a vocação pública o levaram ao estudo do Direito e, em 1970, prestou concurso e se tornou Delegado de Polícia. Dr. Jacy de Abreu trabalhou nas delegacias de Piumhi, Manhuaçu e Uberaba. Na Capital, foi Delegado Seccional, da Delegacia de Homicídios e Furtos, Departamentos de Telecomunicações e Informática, Investigações, Superintendente de Polícia Técnica-Científica, Diretor do Instituto de Criminalística, Delegado Assistente da Secretaria de Segurança Pública e Superintendente-Geral da Polícia. Desde que se aposentou, em 2010, passou a se dedicar mais à família. “Minha vida, como delegado, sempre foi de muito sacrifício e de dedicação à atividade policial, o que implicou, de certa forma, também no sacrifício do convívio familiar.” Com maior tempo livre, recomeçou a estudar e retomou a advocacia prestando consultorias especializadas. Dr. Jacy é casado e tem dois filhos, sendo um deles advogado e o outro, investigador de polícia. “Eu ainda vivo a polícia até hoje. Eu saí dela, mas ela não saiu de mim e não sairá nunca. Eu acho que o Delegado no interior ainda exerce a função de conselheiro da população. No passado, a figura do Delegado era a mesma do padre e do prefeito, sobretudo nas localidades mais distantes e carentes. Isso só reforça os requisitos imprescindíveis a nossa função que são com senso e equilíbrio.” Na avaliação do Dr. Jacy, a preparação do Delegado de Polícia de Minas Gerais continua sendo de alto nível, pois acredita que houve evolução tanto na área de investigação, quanto na de Recursos Humanos. “Tenho visto muitos jovens policiais competentes e com energia para comandar. No contexto nacional, a Polícia de Minas Gerais com a pressão exercida pelas entidades de classe e pela sociedade, mantém o título de ser uma das melhores do país.” Apesar dos elogios, ele faz questão de apresentar algumas ressalvas. “Acho que institucionalmente a nossa gloriosa Polícia Civil ainda precisa resgatar dois requisitos básicos: a hierarquia e a disciplina”. Além da leitura diária de jornais e da literatura especializada, nas horas de folga faz academia, pilates, caminhada e natação. “E ainda sobra tempo para cuidar da rocinha, apreciar música clássica e dançar com a esposa nas oportunidades mais festivas.” Para o futuro, Dr. Jacy só vislumbra continuar com a boa saúde. Segundo ele, Deus lhe deu tudo e, por isso, dedica-se a trabalhos voluntários e ações sociais. “Enquanto puder, estarei sempre ajudando ao próximo. É o mínimo que posso fazer para agradecer pela vida feliz que tive e que tenho.”
