2 minute read

Dr. Antônio João Reis

Next Article
Dr. Kid Moreira

Dr. Kid Moreira

DR. ANTÔNIO JOÃO DOS REIS

“Agradeço sempre a Deus e aos amigos porque a vida sempre foi muito generosa comigo.”

Advertisement

Depois do dia 12 de junho de 1995, quem ainda não conhecia a eficiência da Polícia Civil mineira no combate ao sequestro mediante extorsão, passou a conhecer. Naquele dia, a Revista Time americana, publicação de prestígio internacional, estampava na página 20 uma foto e uma matéria especial sobre o excelente trabalho da equipe chefiada pelo delegado, Dr. João Reis na solução de sequestros. Quinze anos depois e já aposentado, Dr. João Reis exibe orgulhoso a reportagem e diz que “nós, da Polícia Civil de Minas, precisamos nos orgulhar disso porque ainda somos referência nesse tipo de operação.” Em seguida ele ressalva: “Apesar dessa distinção, tudo o que fizemos com minha equipe não era mais do que nossa obrigação.” Dr. João Reis, que na verdade é Antônio João dos Reis, nasceu em Belo Horizonte, tem 70 anos, é casado, pai de oito filhos e avô de 11 netos. Como filho de policial militar, desde criança sempre seguiu o desejo do pai. Já integrante da Polícia Civil, estudou e se formou em Direito. Sua longa trajetória profissional dedicada à PC começou em 1965 como investigador de polícia concursado. Daí foi sub inspetor (1976), inspetor detetive (1978), Delegado de Polícia concursado (de 1979 a 1985, em Itabira), Chefe do 20º Distrito Policial em Belo Horizonte (1985), Chefe do 16º Distrito de Polícia (1985), Chefe da Divisão de Tóxicos e Entorpecentes (1985), Divisão de Crimes contra o Patrimônio (1986), Seccional Centro (1987), Seccional Venda Nova (1988), Delegado Regional em Uberlândia (1988), Chefe da Divisão de Crimes Patrimônio (1989) e voltou para Beagá para chefiar novamente a DEOESP (1990) onde ficou até se aposentar, em 2007, com 68 anos de idade, depois de 43 anos de dedicação à Polícia Civil. Nos 17 anos em que ficou à frente do DEOESP apurou e enviou para a justiça 31 casos de sequestro sob extorsão, que resultaram na prisão de pelo menos 180 sequestradores. “Todos os casos foram difíceis, mas o que mais me marcou foi o caso da garotinha Miriam em 1992, que foi morta e queimada pelos sequestradores e que, mesmo depois dessa barbaridade, continuaram negociando pelo seu resgate. Prendemos todos eles, mas isso ainda me emociona muito.” Pouco antes de se aposentar, Dr. João Reis criou em empresa de segurança privada já que segundo ele, “por toda a vida, a segurança foi a minha especialização. Fui um policiólogo, que estudou muito o trabalho da polícia. Sempre fui católico, mas muito enérgico. Nunca fui violento. Ao contrário, sempre combati a violência.” Dr. João continua lendo muito sobre estratégia de negociação e biografias de grandes líderes como a de Napoleão, Gandhi e outros. Ele mantém regularmente suas caminhadas pela manhã. Cuida da sua empresa, da família, viaja e vai sempre ao teatro. “Agradeço sempre a Deus e aos amigos porque a vida sempre foi muito generosa comigo.”

A entrevista com o Dr. Antônio João dos Reis foi publicada na 5ª edição da Revista dos Delegados, em 2010.

This article is from: