A Revista do Gestor Escolar

Edição nº 188
ano 19 | Maio de 2023 www.direcionalescolas.com.br


ano 19 | Maio de 2023 www.direcionalescolas.com.br
As soluções digitais alcançaram um patamar privilegiado em nosso cotidiano. Com elas – e por meio delas – a comunicação, as interações e as facilidades servem como ferramentas benéficas e utilitárias. No campo educacional, de modo mais amplo, os recursos digitais adentraram em todos os departamentos possíveis, reelaborando não só a metodologia pedagógica (como utilização de tablets em sala de aula, recursos audiovisuais, lousas digitais, dinamismo, metodologias ativas, entre outros), como o funcionamento da própria gestão escolar.
A ampliação e intensificação dos recursos digitais nos ambientes escolares encontra consonância com demandas contemporâneas, sobretudo na otimização de processos e facilidades interativas que possam ser adequadas ao universo escolar. Nos últimos anos, em especial, percebemos um crescimento exponencial das chamadas
“edtechs” (termo criado a partir da junção das palavras em inglês education + technology), que são startups que propõem inovações e soluções especificamente para as instituições de ensino.
As edtechs auxiliaram muitas escolas no período pandêmico, por exemplo, momento em que nos deslocamos dos ambientes físicos para o espaço totalmente virtual. Com a variedade de soluções, as startups conseguiram prestar suporte às instituições de ensino. Ainda em rota de crescimento, observamos uma ramificação das edtechs que tem impactado positivamente a gestão escolar: as “fintechs” – abreviação para “financial technology” (tecnologia financeira, em português).
Embora as fintechs no Brasil tenham adentrado no mercado há cerca de cinco anos, como mostra o estudo do Finnovation, as fintechs que propõem soluções finan-
ceiras especificamente para as escolas ganharam força nos últimos três anos, sobretudo em 2022, quando tiveram um lugar de destaque durante a Bett Brasil, o maior evento de educação e tecnologia da América Latina. Nesta edição da Direcional Escolas, produzimos um especial sobre as soluções eficientes que as fintechs podem proporcionar aos/às gestores/as de ensino.
Boa leitura!
Diretor: Alex Santos
Público: Diretores e Compradores
Periodicidade: Mensal exceto Junho / Julho e Dezembro / Janeiro
Jornalista Responsável: Rafa Pinheiro | MTB 0076782/SP
Circulação: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais Design Gráfico, Direção de Arte e Produção Gráfica: Polidori Estúdio
Atendimento ao cliente: financeiro@direcionalescolas.com.br
Impressão: Grass Indústria Gráfica Para anunciar, ligue: (11) 99642-0957 (11) 91243-8764
Distribuição gratuita - Venda Proibida Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.
As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.
A revista Direcional Escolas não se responsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anunciantes. atendimento@direcionalescolas.com.br www.direcionalescolas.com.br
Em um mercado em franca transformação, como o educacional, haverá obstáculos e, principalmente, muitas oportunidades. Mas para desfrutá-las é preciso aprender a separar as tendências dos modismos, verificar se realmente o investimento de tempo ou dinheiro vale a pena e qual o impacto e os benefícios que ocasionarão.
Apresento 8 sugestões para refletir antes de tomar uma atitude:
1. Toda escolha implica em abrir mão de algo – Veja se vale mesmo a pena e o impacto em todos os stakeholders (todos os interessados, como familiares, alunos, colaboradores, líderes...).
2. Aprenda com os erros – Muitas vezes seguimos os mesmos padrões sem perceber. Verifique se você passou por algum episódio parecido e reflita sobre os desdobramentos. Mas, cuidado com o preconceito.
3. Comece pelo fim – Faça a pergunta: O que a escola irá ganhar com isso? O projeto está alinhado com o propósito da empresa?
4. Não seja impulsivo – Ser rápido demais na tomada de decisão é tão ruim quanto demorar. Se possível, passe por uma noite de sono para que as informações sejam consolidadas e organizadas na memória de longo prazo. Também não fique estagnado e perca “o time”.
5. Planejamento – Inicie a jornada sabendo aonde quer chegar. Defina um objetivo final e subdivida as ações de forma concreta e com período determinado. A cada meta, verifique se você está no caminho certo ou se precisa de correção de rota.
O período de alta sazonalidade é o momento ideal para testar essa prática. Periodicamente, peça e dê feedbacks.
6. Fundamentação técnica –Sempre que possível, consulte um especialista. Além de ter vivenciado a experiência muitas vezes, um olhar de fora é menos propenso a interferências emocionais.
7. Opiniões das pessoas certas no momento certo – Várias cabeças pensam mais que uma. Realize, semanalmente, reuniões de conselho com os
mantenedores, diretores e coordenadores para analisar as possibilidades e necessidades da escola.
8. Análise SWOT – É uma dinâmica que auxilia os líderes no desenvolvimento do seu planejamento estratégico, pois ajuda a identificar as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades do negócio a partir de um estudo aprofundado de fatores internos e externos. A Rabbit pode auxiliar a sua escola na realização desse exercício.
CHRISTIAN ROCHA COELHO
Formado em comunicação, especialista em andragogia e neuropsicologia. Diretor do Grupo Rabbit Educação. www.rabbitmkt.com.br
Qualquer instituição de ensino que preze pela qualidade de seu projeto pedagógico e por sua reputação de excelência investe na formação docente. Pode parecer senso comum, mas já reparou que todas as escolas se gabam de ter professores altamente qualificados? Para o mercado isso é uma obrigação, um marketing valioso. E como formamos esses professores? Com reuniões corriqueiras, cursos aleatórios, observações de aula que mais constrangem do que orientam?
A cultura do brasileiro é almejar os melhores resultados, com o menor tempo. Negligenciamos o processo, a construção. Feedbacks não são comuns nas instituições de ensino. Validamos o bom trabalho de um professor pela alfabetização precoce de sua turma e pela quantidade de aprovados em universidades de renome. Assim, temos professores cada vez mais isolados e gestores que são especialistas em “apagar incêndios”.
Em meus estudos sobre currículo e supervisão de professores na Europa, é frequente o debate e a investigação sobre o desenvolvimento profissional docente. Profissional, termo raramente associado ao professor e discutido à exaustão pelo português António Nóvoa, professor universitário e doutor em Ciências da Educação e História Moderna e Contemporânea. Há muito o que aprender com currículos e sistemas de ensino robustos Brasil afora. É preciso tratar o docente como um profissional a ser desenvolvido. Sua evolução deve estar atrelada ao progresso da instituição e do país. Nas escolas europeias, um professor é exemplar não necessariamente pelo tempo de contribuição, mas pela qualidade de sua entrega. Há um caminho a ser trilhado, com acompanhamento e devolutiva constante sobre cada atividade e ação planejada.
Charlotte Danielson, especialista norte-americana em eficácia da prática docente, propõe um ‘framework’ para acompanhar e mensurar as conquistas dos professores. É uma proposta de avaliação baseada nas pesquisas e práticas educacionais que parte de um modelo conhecido no mundo corporativo e partilhado por diversos profissionais de distintas áreas. Para os desafios da educação, foi organizado em quatro domínios: planificação e preparação, clima de aula, ensino e responsabilidades profissionais.
O primeiro domínio desenvolve profissionais hábeis em planejar ações didáticas que levam em consideração as necessidades e habilidades dos alunos, bem como os padrões educacionais e os recursos disponíveis. Também são capazes de adaptar seus planos de aula com base no feedback dos alunos e nos resultados da avaliação garantindo uma experiência de aprendizagem mais eficaz.
O segundo domínio engloba a gestão da sala de aula, o ambiente e a cultura de aprendizagem. O que se observa é o estabelecimento de regras e procedimentos claros para o comportamento dos alunos, a perspectiva de uma disciplina positiva e um ambiente seguro, ordenado e adequado que facilite a aprendizagem (disposição do mobiliário, organização do espaço e uso de materiais e recursos) gerando engajamento e motivação dos jovens. O esforço e o progresso de cada um devem ser valorizados.
O domínio ensino ou instrução trata de validar a comunicação compreensiva e adequada à realidade de cada aluno. Há intencionalidade e clareza no discurso do professor? Os estudantes participam e interagem ativamente? São críticos e aplicam os conhecimentos? Há adaptação na instrução para atender às ne-
cessidades individuais dos alunos, levando em consideração as diferenças em habilidades, interesses e estilos de aprendizagem? O que se observa é a variedade de estratégias e recursos evocados pelo professor para criar uma experiência de aprendizagem efetiva e envolvente para todos os alunos.
Finalmente, o domínio das responsabilidades profissionais traz ao docente o protagonismo de sua profissão associado ao sucesso de seus alunos. É aberto (e busca) feedbacks, define e trabalha os aspectos de melhoria baseado em dados e evidências, colabora e compartilha conhecimentos entre pares, demonstra preocupação com o bem-estar social e emocional dos alunos, estabelecendo altas expectativas para o desempenho acadêmico e pessoal dos estudantes e da instituição.
Cada docente encontra-se num estágio de sua carreira e precisa de orientações específicas. Formar professores é olhar para as necessidades e diferenças de cada profissional, criando um roteiro, estabelecendo critérios observáveis e relevantes. Absolutamente tudo deve ser acordado entre o supervisor e o professor. A docência é muito mais do que um dom, técnica ou vocação, é um exercício profissional e deve ser legitimada pela exigência de seu conhecimento técnico, científico e complexo.
Possui graduação e MBA em Educação pela USP, é mestrando em Supervisão da Prática Profissional na Universidade de Lisboa. Há vinte anos dedica-se à docência, formação de professores e elaboração de currículos. É coordenador de ensino e inovação do SAS com forte atuação com o novo ensino médio.
Há seis meses, a OpenAI, empresa que desenvolveu o ChatGPT, disponibilizou sua plataforma aos usuários na versão 3.5. Em menos de dois meses, já tinha mais de 100 milhões de usuários, um terço do tempo que o TikTok levou para atingir o mesmo número. Isso abriu caminho para que o mundo descobrisse, por meio deles e de outras plataformas de IA (inteligência artificial generativas), o poder desta tecnologia.
No entanto, o ChatGPT ainda possui limitações severas devido à forma como aprende e constrói respostas, uma vez que carrega conhecimento limitado de eventos após 2021. Suas respostas podem estar erradas e serem tóxicas ou tendenciosas em algumas vezes. Além disso, esta tecnologia tem isenções de responsabilidade explícitas sobre a imprecisão dos dados. Porém, por apresentar uma linguagem natural, produz uma falsa sensação de segurança aos usuários. Isso porque os sistemas de linguagem das plataformas de IA não sabem o que as palavras significam, mas apresentam uma linguagem coerente, educada e que transparece, muitas vezes, que você está conversando com um especialista no assunto. E este é o ponto: eles foram treinados para parecerem um especialista, não para serem um especialista.
Em março último, a OpenAI lançou sua nova versão e o GPT-4 chegou levantando todo o debate novamente e abrindo uma maior vantagem em relação aos concorrentes. A Microsoft anunciou o Copilot, um assistente de criação de tarefas que será acoplado ao Word, Excel e PowerPoint. Em outras palavras, o ChatGPT estará dentro do Office. No PowerPoint, há a possibilidade de criar apresentações a partir
de textos simples, podendo usar imagens e designs exclusivos, ou mesmo contando uma história e em poucos minutos a apresentação ficará pronta. No Excel, há a função de pedir para o algoritmo simplificar planilhas enormes, encontrando padrões, criando correlações, extraindo dados e criando análises profundas. Já no Word, é possível produzir textos a partir de diversos outros arquivos, compilar documentos a partir de notas e rascunhos, escrever e-mails e memorandos. Tudo isso impressiona, ainda mais porque a OpenAI não revelou como foi realizado o treinamento do GPT-4, provavelmente para não mostrar para a concorrência seus avanços ou mesmo se proteger de processos na justiça sobre direitos autorais.
Atualmente, as escolas particulares no Brasil vivem um paradoxo: algumas estão em busca de treinamentos para seus professores sobre o ChatGPT, para que tenham uma maior assertividade em seu uso e conheçam os impactos desta nova tecnologia na educação, enquanto outras estão proibindo seus professores e alunos de utilizarem. Se por um lado professores de artes estão pedindo para os alunos usarem a Dall-E (IA de imagens) para identificar e “desenhar” quadros no estilo de pintores, como Picasso, Monet e Van Gogh, que estimula bastante a criatividade, do outro lado, existe a discussão sobre problemas de manipulação dos dados que podem gerar desinformações disponibilizadas por estas plataformas de IA. São nestes momentos que o papel do professor se faz ainda mais necessário para direcionar o conhecimento de forma correta.
De maneira geral, devemos acreditar na IA como forma de conhecimento? Até aqui, a resposta é não, a menos que você seja um espe-
cialista no assunto. O papel do professor será de orientar os alunos para fazerem boas perguntas avaliativas, solicitar uma resposta melhor e, a partir destas informações, produzir um texto mais assertivo. Talvez esteja surgindo a pedagogia da pergunta e da resposta, que propõe justamente isso: encontrar soluções a partir de perguntas investigativas que estimulem o senso crítico.
A Universidade Stanford1, nos Estados Unidos, realizou um simpósio com seus professores com a abordagem e os impactos da IA na sala de aula e o resultado na formação dos novos profissionais. Para o seminário, foram levantados diversos questionamentos acerca de métodos atuais de ensino, como o ChatGPT irá ditar as habilidades que os alunos precisarão para um futuro de sucesso, como a inteligência artificial mudará a profissão do professor, dentre outros. Claro que, nesse momento, temos mais perguntas do que respostas, mas minha sugestão para os professores é que usem e testem muito as plataformas de IA – e não apenas as mais conhecidas e divulgadas na imprensa. Faça seu conteúdo evoluir junto e seja transparente com seus alunos, pois estamos todos aprendendo juntos essa nova evolução das máquinas. Aproveito o espaço para convidá-los a assistir na Bett Brasil (maior feira de educação da América Latina) um debate que participarei sobre todas estas novas tecnologias. Dia 12/5, às 15h30.
No decorrer da vida encontramos muitas pessoas talentosas, profissionais excelentes, mas que se desvalorizam o tempo todo. Pessoas que não conseguem perceber o próprio valor, que são muito críticas consigo mesmas, que se diminuem em relação aos outros e não conseguem defender suas opiniões, que se sentem impotentes, sem capacidades, possibilidades e que acabam influenciando os resultados da própria vida, por conta da falta de confiança em si mesmo.
Quando a autoestima é frágil, as eventuais críticas recebidas, os julgamentos negativos, as comparações e rejeições, podem levar ao sentimento de medo do fracasso, inadequação, gerar dúvidas, insegurança, medo, ansiedade social e dificuldades de relacionamento.
O sentimento de autoestima refere-se ao julgamento sobre o próprio valor pessoal, a própria dignidade e unicidade como pessoa. Em síntese podemos dizer que a autoestima é a confiança em si mesmo e nas próprias capacidades, a certeza do próprio valor, de ser merecedor de respeito e consideração. Ter baixa autoestima é como dirigir pela vida com o freio de mão puxado, se torna muito cansativo.
A autoestima, a consciência e a satisfação em ser nós mesmos, é construída desde a infância, em um estágio inicial de desenvolvimento, e é marcada já nas primeiras experiências de vida, pelo amor dos pais, pelo carinho da família, pelas experiências na escola e com os professores.
Algumas pessoas receberam confiança e valorização desde a infância, já ou-
tras não. Essas, pelo contrário, foram desvalorizadas e desmerecidas. A grande questão é: como desenvolver uma autoestima saudável e forte?
A primeira coisa é reconhecer que todo ser humano tem uma dignidade inviolável, e que o valor não depende de quanto se pode produzir ou de quanto se pode comprar. Não é algo calculável. É necessário considerar a autoestima como o reconhecimento da própria individualidade, o sentimento da própria unicidade. Isto é, aceitar o próprio valor pessoal, mesmo com todas as fraquezas e limitações, reconciliar-se consigo mesmo e com a própria história.
Autoconfiança e autoestima são dois conceitos diferentes, porém conexos. O sentimento de autoconfiança se refere ao julgamento sobre as capacidades pessoais, já a autoestima se refere ao julgamento sobre o valor pessoal, a própria dignidade e unicidade. A autoestima é o pilar, a base de sustentamento da personalidade do ser humano e da sua existência psicológica, onde se constrói a autoconfiança.
A autoconfiança é definida por aquilo que pensamos ser capazes de fazer e conseguir realizar, se manifesta por meio das nossas habilidades e resultados. A autoestima é a consciência daquilo que somos, é a satisfação em ser nós mesmos e reconhecer que temos valor por existir como seres humanos, independente de ter ou não determinadas habilidades ou conhecimentos.
A autoestima se refere ao sentimento de amor e respeito em relação a si mesmo, de sentir o próprio valor, independente do sucesso ou do fracasso de um objetivo e dos altos e baixos da vida.
Alguns pontos de reflexão importantes para fortalecer a autoestima em nossas crianças e alunos:
– Ouvir, acolher e validar suas emoções;
– Não julgar e rotular;
– Favorecer a autonomia, mantendo o apoio;
– Não superproteger, deixar experimentar;
– Mostrar confiança nas suas capacidades, encorajar;
– Valorizar a dedicação e o esforço, mais do que o resultado em si;
– Reconhecer e elogiar seus pequenos e grandes sucessos.
Uma criança que, graças ao amor, aceitação e validação dos pais, adultos responsáveis e do contexto escolar, cria uma base segura de acolhimento e de amor próprio, construirá, no decorrer do seu crescimento, a autoestima necessária para caminhar pela vida com confiança em direção aos seus objetivos, com forças e motivação para agir e abraçar a vida.
EDUARDO SHINYASHIKI
Palestrante internacional, consultor, escritor e presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki. Neuropsicólogo e Mestre em Liderança Educadora, é referência em desenvolvimento das Competências Socioemocionais, de Liderança e da Performance Humana. Para mais informações, acesse www.edushin.com.br
Agestão escolar agrega, diariamente, uma lista diversa de compromissos e tarefas que atravessam todas as áreas da escola. E, mesmo com planejamentos bem desenhados e organizações bem definidas, incidentes e preocupações de diversos tipos podem emergir no cotidiano. Nesse sentido, adotar estratégias práticas que auxiliem a rotina do/a gestor/a escolar, sobretudo em relação aos equipamentos utilizados na instituição, é imprescindível para (re)pensar processos, otimizar tempo e reduzir custos.
Francisco Carmuega Rabaçal, cofundador de uma empresa de locação, destaca algumas vantagens para gestores/as que decidem locar equipamentos para as escolas, como: redução de custos com manutenção/atualização de equipamentos, gerenciar o parque tecnológico com mais facilidade, ter acesso a equipamentos modernos e de alta qualidade sem um alto investimento inicial, além da possibilidade de criar/atualizar o laboratório de informática da escola de forma rápida e ajustada conforme a necessidade da instituição.
“Ao optar pela locação de equipamentos de TI, as escolas não precisam se preocupar com a compra dos equipamentos, manutenção, atualização e substituição de peças, que geralmente custam muito caro e tomam muito tempo além de exigirem um conhecimento prévio de tecnologia. Com isso, a locação de equipamentos de TI para escolas é uma opção super eficiente para simplificar os processos, liberando recursos e tempo para outras áreas importantes da instituição”, explica Francisco. Segundo o empresário, houve um aumento significativo na procura por locação de equi-
pamentos tecnológicos para as escolas, tanto como ferramenta de apoio ao ensino, como meio de comunicação e gestão administrativa. “Com isso, muitas escolas têm investido em tecnologia para melhorar a qualidade do ensino e oferecer mais recursos aos alunos e professores”, completa.
A primeira dica, de acordo com Francisco, para quem deseja contratar empresas de locação, é avaliar as necessidades específicas da escola e definir quais equipamentos serão necessários para atendê-las. “É importante, também, definir um orçamento claro para a locação, levando em conta a necessidade futura de ampliação do laboratório de informática da escola à medida que vão chegando mais alunos”, diz.
“Outra dica é buscar referências e avaliações de outras escolas que já tenham utilizado os serviços da empresa de locação, a fim de garantir que a empresa tenha um bom histórico de atendimento e qualidade dos equipamentos. Avalie a capacidade da empresa de oferecer suporte técnico eficiente e rápido, para evitar problemas que possam interromper o processo de ensino e aprendizagem. Por fim, é recomendável verificar as condições do contrato de locação, para garantir que as condições estejam de acordo com as necessidades e expectativas da escola”, completa o empresário do setor. (RP)
Aampliação dos recursos digitais nos ambientes escolares encontra consonância com as demandas contemporâneas, sobretudo na otimização de processos e facilidades interativas que possam ser adequadas ao universo escolar. Nos últimos anos, em especial, percebemos um crescimento exponencial das chamadas “edtechs” (termo criado a partir da junção das palavras em inglês education + technology), que são startups que propõem inovações e soluções especificamente para as instituições de ensino.
Ainda em rota de crescimento, observamos uma ramificação das edtechs que tem impactado positivamente a gestão escolar: as “fintechs” – abreviação para “financial technology” (tecnologia financeira, em português). As fintechs, que propõem soluções financeiras especificamente para as escolas, ganharam força nos últimos anos, auxiliando nas particularidades do ecossistema financeiro das instituições. Neste especial da Conversa com o Gestor, trouxemos os benefícios práticos que as soluções eficientes das fintechs podem proporcionar às escolas.
“Assim como qualquer empresa, as instituições de educação, como escolas de ensino fundamental e médio, faculdades, cursos em geral, edtechs... são empresas que, em suas características de iniciativa privada, precisam estar saudáveis financeiramente, para que a qualidade do ensino e o bem-estar dos colaboradores sejam garantidos e melhorados.
Da mesma maneira que existem bancos e fi-
nanceiras digitais para todo o tipo de público, de todas as idades e condições financeiras, há também as que se dedicam, particularmente, às empresas educacionais. Essas fintechs oferecem hoje serviços como: antecipação de mensalidades, como empréstimo com custos menores; apoio e suporte para inadimplência; auditoria contínua; controle financeiro das instituições; fundos de investimento, de curto e longo prazo; fundos previdenciários para educadores; organização financeira; proteção e segurança financeira; segurança e facilidade na cobrança; seguros de mensalidades; suporte a outras áreas, como administração de cadastros e marketing.
É muito importante que os gestores das instituições de educação busquem parceiros para trabalhar com esses serviços financeiros e fazer o uso adequado dessa tecnologia. Podemos já imaginar um tempo em que as escolas, além de ensinar aos seus alunos a cuidar, organizar e ampliar suas finanças, ainda terão o privilégio de oferecer aos jovens a oportunidade de terem as suas primeiras contas bancárias.”
“O isaac se tornou a maior plataforma de soluções financeiras feita para escolas, em menos de três anos de atuação, pois é uma fintech que possui um constante olhar para o cliente. Por esse motivo, as nossas quatro principais soluções atuam em diferentes dores, que afetam escolas de todos os portes e modelos.
Transformamos qualquer secretaria em uma Secretaria Digitalizada, apoiando o time da escola nos processos do dia a dia, otimizando tarefas e facilitando a gestão financeira. Realizamos a Gestão da Inadimplência, eliminando o risco da inadimplência e operacionalizando todo o processo de cobrança, oferecendo condições especiais de pagamento e parcelamento às famílias. Proporcionamos Segurança Financeira o ano todo, já que mensalmente, na data combinada, realizamos o repasse das mensalidades, garantindo previsibilidade de caixa e possibilitando que os gestores planejem os próximos passos do seu negócio. Além disso, também nos preocupamos em impulsionar o desenvolvimento da instituição, oferecendo Soluções de Crescimento junto ao mais completo ecossistema de educação do mercado.
Unindo facilidades tecnológicas e soluções financeiras variadas, as fintechs adentraram no mercado educacional de forma expressiva nos últimos anos. Tendo como foco auxiliar na saúde financeira das escolas e em suas especificidades, as fintechs se tornaram grandes aliadas no cotidiano da gestão escolarDaniel Weigert Cavagnari – Coordenador dos cursos de Gestão Financeira na Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios no Centro Universitário Internacional UNINTER Paula Jorge – Diretora geral do isaac
Nós já proporcionamos tranquilidade financeira para mais de 1.200 instituições de ensino, em todos os estados do Brasil, que juntas têm mais de 350 mil alunos. Estamos constantemente trabalhando para melhorar os processos e lançar no mercado soluções inovadoras que proporcionem alívio às escolas e às famílias.
O nosso mais novo lançamento é o Seguro Educacional em parceria com a Porto, que cobre mensalidades em casos como desemprego ou falecimento dos responsáveis financeiros. Na prática, garantimos que as famílias consigam manter o acesso à educação de qualidade aos alunos em momentos de insegurança financeira e ajudamos a solucionar grandes questões que impactam diretamente um alto número de instituições brasileiras: a inadimplência e a evasão escolar.”
tando um ciclo virtuoso entre jovens, escolas e mercado de trabalho. Nesse sentido, as fintechs e toda tecnologia que as acompanha é uma aliada na gestão administrativa das instituições de ensino, para que a gestão se preocupe com o que realmente importa: a formação do corpo discente.”
aula. Quando uma instituição de ensino tem condições de automatizar os processos de cobrança, por exemplo, sobra mais tempo para focar na qualidade do ensino, na estrutura e no corpo docente. Taxas de inadimplência podem ser reduzidas drasticamente quando se aumenta a previsibilidade do recebimento e a fidelização dos clientes.
“No segmento educacional, em um cenário de fragilidade econômica, poder contar com soluções financeiras que facilitem o acesso e a permanência dos alunos nas escolas e que apoiem as instituições de ensino na gestão financeira ajuda muito, pois, muitas vezes, elas não possuem uma estrutura mais robusta de gerenciamento de pagamentos, por exemplo.
Acreditamos que haver fintechs especificamente direcionadas ao mundo educacional é um benefício, tendo em vista que o funcionamento de uma escola, desde a matrícula à finalização do curso, obedece a um fluxo muito particular, não se comportando como outros segmentos, como o varejo ou a indústria. As fintechs podem oferecer produtos que colaborem com a sustentabilidade financeira das escolas, com a saúde do fluxo de caixa e com a redução de evasão escolar, por consequência.
Qualquer escola, seja ela pública ou privada, precisa controlar seus recursos para cumprir com seus compromissos, investir em estrutura física e tecnológica, formar mão de obra, entre diversos outros pontos. No caso da Elleve, por exemplo, apoiamos especialmente escolas de formação técnica e profissional e, através de um olhar especializado, viabilizamos o acesso de milhares de alunos a formações com alto impacto em empregabilidade e renda, fomen-
“Uma das facilidades das fintechs direcionadas para a educação é que elas ajudam os gestores de escolas privadas a gerenciarem melhor suas finanças, que permitem acompanhar e monitorar as despesas, receitas e demais movimentações financeiras da instituição.
A kedu é uma spin-off do grupo Meireles e Freitas e é uma plataforma de crescimento escolar, com características de fintech, já que lida diretamente com o financeiro das escolas. Porém, vamos além, quando ofereceremos uma plataforma completa, que vai desde a estabilização da receita através da garantia das mensalidades, passa pela fidelização de alunos e captação de novos alunos, além de reduções de custo em diversos serviços administrativos para a escola.
A maior ajuda que essas empresas trazem para o setor da educação é a garantia de recebíveis e a despreocupação com a inadimplência, permitindo, assim, que os gestores tenham uma gestão financeira organizada e com dinheiro em caixa para investir na sua escola. Dessa forma, podendo aplicar investimento nos projetos da escola, focados na educação.”
A tecnologia, que tem fornecido tantas oportunidades em diversas áreas, chega para impulsionar o alcance da educação, através da inovação. Um dos benefícios da inclusão de operações via fintech nas instituições de ensino é garantir segurança financeira. Através dela, as escolas podem, enfim, planejar expansões e gerenciar melhor seu tempo, focando no negócio central da escola, como a área pedagógica, por exemplo.
Com as fintechs, as instituições de ensino podem facilitar o pagamento de mensalidades, seja com menor custo, com parcelamento em maior prazo, ou outros benefícios, o que também melhora o fluxo de caixa. A desburocratização também é garantida, já que através de aplicativos e o preenchimento rápido de alguns dados simples a situação está resolvida ou encaminhada, e ainda melhor, totalmente integrada com o sistema de gestão utilizado, com grande economia de mão de obra, e redução do risco de erro. Com uma operação via fintech as instituições de ensino podem ter uma visão integrada do histórico dos alunos, podendo atuar nas principais causas de inadimplência. Outras vantagens incluem o uso de boleto híbrido e pagamentos por Pix, que se tornou o método de pagamento preferido dos brasileiros.”
Michel Robert Weigmann –CEO da Edusoft“A educação é uma das esferas mais importantes da sociedade, apesar de desvalorizada muitas vezes. Todavia, a escola não deixa de ser uma empresa, que conta com diversos processos burocráticos até chegar na sala de
“Assim como outros setores da economia, a educação tem muito a se beneficiar da digitalização. Vemos um movimento crescente de gestores de ensino em busca de tecnologia para aprimorar sua gestão, e tornar seus processos diários mais inteligentes. E nesse contexto, a digitalização da gestão financeira é parte fundamental deste processo de modernização do ensino.
Esse movimento de expansão das fintechs deu
vida a modelos de negócios como o braço de Techfin da TOTVS, que oferece soluções que facilitam o processo de pagamentos de mensalidades e serviços acadêmicos para instituições de ensino diretamente no Meu eduCONNECT, aplicativo que simplifica a integração de toda a comunidade acadêmica (alunos, pais, professores e instituição). Se antes o boleto era predominante no segmento, hoje vemos uma ascensão de pagamentos via Pix e cartão de crédito. Essa troca é muito vantajosa para as instituições, já que esses meios de pagamento otimizam a gestão do fluxo de caixa e apoiam a redução da inadimplência, problema comum e crítico no setor.
O avanço no uso de tecnologia para aprimorar a gestão financeira de instituições de ensino é e continuará sendo pauta no setor nos próximos anos. Com a ampliação dessas ofertas, é importante que gestores de escolas busquem por parceiros confiáveis e com ampla expertise no mercado de educação. A tecnologia está revolucionando todo o mercado e, quando utilizada estrategicamente, poderá trazer grandes benefícios para o segmento educacional.”
eficientes que visam aprimorar a qualidade da educação oferecida, facilitar o gerenciamento de recursos financeiros e educacionais, bem como permitir um acesso mais fácil à educação em geral.”
“As fintechs direcionadas para a educação podem oferecer diversas soluções eficientes para auxiliar os gestores de ensino a otimizar seus processos e oferecer uma educação de maior qualidade. Dentre os principais benefícios e soluções que essas empresas podem oferecer estão: uma gestão financeira eficiente; educação financeira para alunos; plataformas de ensino à distância; soluções de pagamento; e gerenciamento de bolsas de estudo.
Através de soluções de gestão financeira, as fintechs podem ajudar as instituições de ensino a gerenciar seus recursos de forma mais eficiente, tornando os processos financeiros mais ágeis e transparentes. A oferta de soluções de pagamento online pode ajudar as instituições de ensino a simplificar o processo de pagamento de mensalidades e matrículas, tornando mais fácil para os alunos e suas famílias efetuar seus pagamentos e evitar atrasos. Em resumo, as fintechs direcionadas para a educação podem oferecer uma série de soluções
“Nos últimos anos, temos observado um crescimento notável no setor educacional, principalmente no mercado de edtechs. Dito isso, enxergo que as fintechs (que também apresentam crescimento considerável no Brasil) podem ter no radar estas instituições, oferecendo serviços que auxiliam os gestores de ensino a lidar com os desafios financeiros e administrativos. Dentre esses serviços, consigo enxergar soluções focadas na cobrança de mensalidades e redução da inadimplência escolar.
As fintechs podem oferecer soluções digitais que facilitem o processo de cobrança de mensalidades, melhorando a experiência dos responsáveis pelo pagamento e aumentando a taxa de adimplência. A facilitação do pagamento das mensalidades por meio de plataformas digitais, a permissão de uso de diversos meios de pagamento, como cartão de crédito, boleto bancário e transferências, a implementação de lembretes automáticos e avisos personalizados de vencimento das mensalidades, são pontos que podem auxiliar tanto o responsável contratante, quanto a escola.
Por fim, as fintechs utilizam algoritmos e inteligência artificial para analisar o risco de inadimplência e fornecer informações precisas para a antecipação dos recebíveis. Além disso, podem oferecer taxas de desconto mais atrativas do que as praticadas por instituições financeiras tradicionais, diminuindo os custos para a instituição de ensino. Existem muitas formas pelas quais os gestores de ensino podem ser auxiliados a enfrentar os desafios administrativos do setor educacional. Acredito que os serviços financeiros oferecidos por fintech estão entre os mais importantes nesse cenário para a sustentabilidade e crescimento das instituições de ensino no Brasil.”
Considerado o principal congresso de gestão educacional do país, o GEduc 2023 abordou, entre os dias 29 e 31 de março, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, um amplo panorama sobre as questões que tangem a gestão escolar atual, assim como as suas urgências e particularidades. Tendo como eixo norteador o tema “Novos Caminhos da Educação: Resultados para a instituição e pelo Brasil”, a 21ª edição do evento refletiu sobre os desafios e as soluções para as diversas etapas da educação, do ensino básico ao superior.
Organizado pela HUMUS, empresa que realiza capacitações para gestores de universidades e escolas, além de possuir soluções em consultoria e seleção de profissionais – serviços também exclusivos para o segmento educacional – o evento trouxe grandes líderes do segmento, que abordaram desde a saúde mental da comunidade escolar até as estratégias para utilizar as inovações acadêmicas e tecnológicas em sala de aula.
Superando as expectativas de público, mais de 1.500 congressistas se reuniram ao longo dos três dias do GEduc para prestigiar palestras de alto nível, ministradas por conferencistas extremamente requisitados – e que são referências em suas áreas de atuação. Trazendo, assim, conteúdos relevantes para o cotidiano das escolas e IES presentes no encontro, bem como estratégias e práticas que podem ser incorporadas nas instituições.
“Nossos clientes ficaram extremamente satisfeitos com a qualidade do congresso, que vem se consolidando. Eu ouço sempre eles falarem: ‘Aqui, nós encontramos conteú-
do e qualidade, não tem propaganda’ – e esse ano isso aconteceu ainda mais”, diz Sonia Colombo, CEO da HUMUS.
“Trouxemos uma grande novidade nesta edição: as palestras simultâneas e mudas, que fluíram muito bem. Causamos uma ruptura e houve muitos elogios dos congressistas. Relataram que foi fantástico, porque, se estavam ouvindo uma palestra e achavam que já estava suficiente, bastava mudar o canal e ouvir outro conteúdo interessante – isso sem sair do lugar. Criamos essa experiência pensando, exatamente, em novos ambientes de aprendizagem, considerando que o jovem e a criança estão sintonizados em formas de aprender simultaneamente, e o gestor educacional não estava vivenciando isso”, diz Sonia.
O foco do GEduc, segundo a CEO da HUMUS, é fortalecer a gestão e, consequentemente, os ecossistemas educacionais. Nesse contexto, o congresso reúne instituições do ensino básico e superior, para que caminhem juntas por uma educação melhor. Os temas selecionados para as palestras são relevantes e atuais,
como metaverso na sala de aula, redes sociais e microlearning; liderança disruptiva, estratégias de branding e ESG; saúde mental e prevenção ao bullying ou depressão; entre outros.
Dentre as novidades para esta edição, destaque para o I Fórum A Nova Sala de Aula, presidido pela Roberta Ibanez Castro Mardegam (Diretora Executiva da RRA Educacional, empresa mantenedora dos colégios Cermac e High Line School), com participações de Thuinie Daros (Diretora de Planejamento Acadêmico Presencial e Híbrido), Bruno Piubeli (Account Manager Brasil na Edpuzzle), John Paul Lima (Diretor de EaD da FIAP), Flavia Santoro (Diretora Acadêmica na Inteli - Instituto de Tecnologia e Liderança), Henrique Moura (Diretor de excelência educacional do grupo SEVEN), Sueli Trajano (Diretora de Inovações Educacionais da Bedu.Tech) e Karina Tomelin (Consultora de Inovações Educacionais da Bedu.Tech).
Destaque, também, para a palestra magna de Amyr Klink, navegador e escritor brasileiro; a fala do comunicador e curador de conteúdo Marcelo Tas; Sandra Gioffi, CEO da startup “O Trampo É Seu”; Daniel Castanho, um dos fundadores da Ânima Educação; Paulo de Tarso, da XP Educação; e demais temas/painéis pre-
sentes nos três dias do evento, como: VIII Fórum de Líderes Educacionais, XIX Fórum de Inovação Acadêmica, IV Fórum Edtech, XV Fórum de Gestão de Pessoas, XIX Jornada de Marketing, II Fórum de Habilidades Socioemocionais, Hacka Experience e Colóquio de Práticas Bem Sucedidas em Gestão.
por reconhecimentos em ouro, prata e bronze por meio de três categorias: Responsabilidade Social, Inovação Acadêmico-Pedagógica ou Gestão Administrativa. Na categoria “Responsabilidade Social”, o Centro Universitário IESB e o Colégio Farroupilha ganharam ouro; Universidade La Salle e Colégio Marista Ipanema ganharam prata; e Centro Universitário de Brasília e Centro Educacional Assistencial Profissionalizante (CEAP), bronze.
Durante o evento, foram anunciados os vencedores do Prêmio Nacional de Gestão Educacional – PNGE, criado com o objetivo de fomentar práticas pedagógicas inspiradoras implantadas por instituições de ensino básico e superior. Completando 15 anos de existência, o PNGE é realizado pela HUMUS em parceria com as entidades: Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES), Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Associação Nacional dos Centros Universitários (ANACEU), Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) e Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (ABRAFI).
Na categoria “Inovação Acadêmico-Pedagógica”, ouro para Centro Universitário Integrado (CEI) e Colégio Educacional da Lagoa (CEL); prata para UNIFEOB e Colégio Farroupilha; e bronze para Centro Universitário Cidade Verde (UniCV) e Colégio Harmonia. Na seção “Gestão Administrativa”, ouro para UNILASALLE / LUCAS e Colégio Farroupilha; prata para Instituto Presbiteriano Mackenzie e Colégio Dom Bosco; e bronze para Centro Universitário Fundação Santo André e Colégio Farroupilha. Todas as práticas de sucesso premiadas estão disponíveis no site: humus.com.br/pnge
Outro ponto forte da edição de 2023 foi a grande interação com os congressistas. Além da própria espontaneidade nas palestras, os visitantes tinham um canal virtual para poder se comunicar, o aplicativo do GEduc. Nele, foi possível enviar dúvidas aos profissionais, acessar o cronograma, ver informações sobre as empresas expositoras e participar de sorteios.
um Fluxo de Amor”. A obra aborda as ações do instituto em relação ao combate da pobreza menstrual, uma problemática enfrentada por diversas mulheres brasileiras. O lançamento reuniu diversas autoras, personagens e personalidades que fizeram parte da construção da obra, que apresenta reflexões sobre a realidade de muitas meninas e mulheres do Brasil, partilhando experiências, histórias, memórias e poesias sobre as vivências de extrema pobreza e o acesso aos direitos básicos de higiene e da dignidade feminina.
Além do cronograma de palestras, o evento disponibilizou um espaço de interação para que o público conhecesse as diversas soluções educacionais oferecidas pelos expositores. Com mais de 60 empresas expositoras, destacamos: Anthology, B42, BEĪ Educação, Bilingual Education, Bedu.Tech, BenQ, Canvas, Conquista, CNA, CRM Educacional, Desk, Edpuzzle, Eduinfo, EEGO Digital, Foreducation Edtech, Gomining, isaac, Pimpão, Programa Semente, SAE Digital, SAS, Sistema Positivo, Turnitin, Uniube e YOU Bilíngue.
Dividida entre Instituições de Educação Superior (IES) e Instituições de Educação Básica ou Técnica (IEB), a análise das práticas foi realizada por uma comissão avaliadora formada por especialistas em educação e a premiação foi composta
Durante o evento, o Instituto ELA – Educadoras do Brasil, com o apoio da HUMUS, lançou o livro “Narrativas e Memórias de
Oconhecimento de um segundo idioma, especificamente a língua inglesa, tornou-se uma exigência para alcançar experiências e vivências múltiplas. Com efeitos diretos da globalização, permeada por diversas demandas e transformações socioculturais, econômicas, políticas e educacionais, a educação bilíngue acompanha uma tendência mundial, sobretudo com o número crescente de escolas que incluíram soluções bilíngues eficientes em suas rotas de aprendizagem.
Nesse sentido, com o objetivo de estimular ainda mais o desenvolvimento linguístico, além de desenvolver autonomia, autoconsciência e responsabilidade do estudante, relacionando o exercício da língua inglesa às demandas sociais, o Colégio Santa Marcelina incluiu em sua grade o programa intitulado After School para os estudantes das unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.
De acordo com Raphael de Miranda Mota, coordenador de educação bilíngue da rede de Colégios Santa Marcelina, o inglês no contexto imersivo, proposto no programa After School, não se resume a uma experiência de aprendizagem específica, mas atravessa todas as atividades, de maneira integrada e dinâmica. “O projeto oportuniza que os estudantes se tornem cidadãos globais engajados socialmente, desenvolvendo seu pensamento crítico, sua voz e identidade. Além disso, busca ampliar o repertório sociocultural e histórico, vinculando à aprendizagem, à vivência e à ação transformadora do estudante na sociedade, bem como desenvolver a proficiência na língua inglesa, de forma autônoma,
responsável e ética”, explica.
Na prática, o programa é ofertado no período complementar bilíngue exclusivamente no contraturno aos estudantes da educação infantil até os anos finais do ensino fundamental. Com uma carga horária adaptada segundo as necessidades das famílias, sendo 80 horas mensais ou 20 horas semanais, as atividades do programa foram estruturadas a partir de uma variedade de trilhas de aprendizagens, proporcionando um modelo flexível agrupado por momentos, chamados de “Times” (tempos, em inglês), como: Sports Time, Game Time, Maker Time, Money Time, Study Time, Story Time, Movie Time, Arts Time, Music Time, Lunch Time, Snack Time e Cooking Time
Este modelo, conta o coordenador, é dinâmico e consegue se adequar a diferentes contextos e maturidade dos estudantes, priorizando o uso do inglês como ferramenta de comunicação aliado ao cotidiano de cada aluno. “Cada um possui um tempo de aprendizagem e maturidade diferentes. Portanto, na conjuntura deste programa, conseguem conviver respeitando os colegas e suas diferenças, ouvem bastante e se comunicam à medida que se sentem acolhidos e seguros. Conforme há um desenvolvimento pessoal e social, em relação ao idioma, demonstram isso fora do colégio, quando são estimulados ou colocados em situações que demandam o uso da língua inglesa, como viagens, conversas, assistindo filmes e séries, ouvindo músicas, entre outras situações”, completa. (RP)
comunicacao@santamarcelina.edu.br