A Revista do Gestor Escolar
Edição nº 185
ano 19 | Fevereiro de 2023 www.direcionalescolas.com.br
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ano 19 | Fevereiro de 2023 www.direcionalescolas.com.br
Planejamento, monitoramento, fluxos, análise de planilhas, gastos fixos e variáveis, programações, decisões, inadimplência, cobrança e a criação de rotas possíveis para sanar situações inesperadas que surgem semanalmente ou mensalmente. De maneira bem resumida, a área financeira de uma escola se depara com esses – e tantos outros –aspectos em seu cotidiano. Desse modo, para garantir uma gestão financeira saudável e com lucro, é indispensável seguir alguns caminhos para enfrentar os desafios e dilemas que emergem nesta área administrativa.
Nesta primeira edição de 2023, estreitamos o nosso olhar para a gestão financeira escolar e agrupamos, em um especial com esta temática, falas de especialistas, diretoras/es e gestoras/es
com reflexões sobre quais são os caminhos possíveis para se criar e manter uma gestão financeira saudável, controlada, planejada e monitorada. Para compor este especial, partimos de duas premissas: a primeira delas é a compreensão de que a escola é uma empresa “como qualquer outra, e não há problema nenhum em gerar lucro. Pelo contrário, o sucesso financeiro nos permite entregar nosso propósito final, que é uma educação de qualidade”, como destaca a Rosilene Teixeira, diretora geral do Grupo Dom Bosco.
A segunda premissa é a importância de a escola ter, de fato, uma gestão financeira e “não importa se será simples, complexa, com dados completos ou não. O importante é ter uma gestão com rotinas, e troca de informações com o financeiro e operacional da escola”, afirma Cauê
Gimenez, diretor de operações da Escola Lumiar. Na prática, acreditamos que há várias maneiras de se fazer uma gestão financeira, de acordo com as demandas particulares e do tamanho de cada instituição. E, nesse processo, é preciso reafirmar a importância de se manter uma escola financeiramente saudável, buscar um equilíbrio entre gestões administrativa e pedagógica, e olhar com atenção os controles e planejamentos financeiros. Afinal, se o objetivo de uma instituição é oferecer uma educação de qualidade, uma boa gestão financeira é um dos trilhos que conduzem ao seu propósito final.
Rafa Pinheiro Jornalista Responsável
10
Coluna - Christian Coelho
A primeira impressão é a que ficaReunião de pais
12
Coluna - Ademar Celedônio
Chatgpt: como essa nova ferramenta de IA já está impulsionando discussões no setor de educação e mercado de trabalho
14
Coluna - Guilherme Camargo
Tecnologia na escola dá certo?
16
Coluna - Eric Amorim
Kit de primeiros socorros escolarÉ essencial e obrigatório
20
Dica: Atividades Extracurriculares
Formação complementar
22
30
Conversa com o Gestor
Como manter uma gestão financeira saudável, planejada e monitorada?
Fique de Olho
Pre sentes utilitários, comunicação visual e lembranças afetivas
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Oditado popular “a primeira impressão é a que fica” também deve ser levado em consideração para preparar a reunião de pais do início do ano. É neste momento que a escola tem a oportunidade de alinhar as suas expectativas com as dos pais, apresentar as novidades e, principalmente, explicar como será o processo de aprendizagem que ocorrerá ao longo do ano.
Importante: O primeiro contato das famílias com os colaboradores da instituição propicia o início do processo de fidelização que influenciará diretamente nos resultados das rematrículas.
Como todo bom evento, a escola precisa seguir um checklist e prestar atenção em cada detalhe:
Primeira Etapa – Divulgação
• Use as estratégias de endomarketing integrado para convidar os pais (circular, web, cartaz ou banner, post, WhatsApp, agenda eletrônica...);
• Ac ompanhe as inscrições e ligue para cada
família que não se inscreveu. Insista e reafirme a importância da sua presença;
• Para aumentar o quórum, associe o convite a uma atividade que necessitará da interação entre a família e o aluno, e que seja finalizada no evento.
Segunda Etapa – Momento relacional
• Decore toda a escola com os trabalhos dos alunos;
• Ca priche no coffee break;
• Apresente os colaboradores novos;
• Use recursos multimídia;
• Apresente e exponha as empresas parceiras, como material didático, agenda...
• Faça uma roteirização – mostre as instalações.
Terceira Etapa – Objetivo e assuntos abordados
Apresentar:
• O foco no acolhimento e atendimento individualizado;
• Proposta pedagógica, metodologias, disciplinas e ferramentas de apoio;
• Proposta e valores da instituição;
• Direitos e deveres – Quais as responsabilidades dos pais e da escola. Entregar o MANUAL DA FAMÍLIA;
• Diferenciais da escola em relação ao mercado;
• Quais as novidades para 2023;
• Apresentar os colaboradores. Enfatizar a qualidade, a formação e o programa de capacitação do corpo docente.
DICA: Uma sugestão interessante é propor que os pais vivenciem um curto período de uma aula para compreenderem o processo de ensino-aprendizagem. Após a vivência, é pertinente uma pequena explicação técnica.
Quarta Etapa – Abra um espaço para que as famílias possam ter a primeira conversa com seus professores. Certifique-se de que o corpo docente esteja preparado para falar com os pais.
Quinta Etapa – Fechamento – Finalize com um checklist os principais pontos abordados para ordenar e ajudar na formação da linha de raciocínio, entregue o manual do aluno para consulta e uma pesquisa de satisfação, que deverá ser preenchida na saída (segue sugestão), com o objetivo de aprimorar ainda mais a prestação dos serviços da instituição.
DICA: Use somente palavras coloquiais no seu discurso. Os pais estão cansados e terão dificuldades em decodificar expressões que não são do seu vocabulário cotidiano. Palavras no dialeto “pedagogês”, como: significativo, interdisciplinaridade e cognitivo, podem gerar uma comunicação unilateral, em que apenas um compreende com exatidão e não ocorre a comunicabilidade, na qual há a compreensão exata de ambas as partes.
CHRISTIAN ROCHA COELHO
Formado em comunicação, especialista em andragogia e neuropsicologia. Diretor do Grupo Rabbit Educação. www.rabbitmkt.com.br
Em novembro último, foi lançada a mais nova versão do ChatGPT (Generativo, PréTreinado, Transformador, em tradução livre), uma plataforma de Inteligência Artificial (IA) aberta e gratuita, pelo menos por enquanto, já avaliada em US$ 29 bilhões de dólares por especialistas, e que vem pautando conversas entre líderes de diversos setores, inclusive no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça) em janeiro deste ano. Nela, podemos perguntar absolutamente tudo e, em alguns segundos, a resposta chega com relativo grau de confiabilidade e coerência. A ferramenta também pode codificar o que você quiser em diversas linguagens de programação, escrever histórias, receitas de culinária completamente novas ou campanhas de marketing para seu negócio, entre outras funcionalidades.
O ChatGPT é alimentado pelo maior modelo de linguagem e já montado com mais de 175 bilhões de parâmetros, porém em mais alguns meses os parâmetros deverão crescer de forma exponencial. Os sistemas de IA de hoje são máquinas de previsão, o que significa que podem prever o que acontecerá no futuro com base nos dados passados. Isso é basicamente o que todo modelo matemático faz. E duas reportagens recentes já mostram alguns possíveis impactos na educação. O portal G1(1) pediu ao ChatGPT uma redação do Enem 2022 e, em 50 segundos, recebeu o texto e enviou para a correção de professores que deram nota 680 numa escala de zero a mil. A nota da Redação do Enem é atribuída em 5 competências
Fontes:
de 200 pontos cada. As maiores notas do texto produzido pela ferramenta foram nas competências 1 (Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa) e 3 (Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista), que são competências mais relacionadas ao coerente uso da língua portuguesa. Já nas competências em que exigem argumentação e criatividade as notas foram bem mais baixas.
Mas, imagino que se a reportagem tivesse pedido uma redação com o tema de 2019, por exemplo, a nota seria provavelmente maior, pois o campo de pesquisa da IA seria muito mais amplo. A outra reportagem foi do Jornal Washington Post (2), comentando que os professores perceberam que os trabalhos dos alunos poderiam ser feitos agora pela IA e passaram a exigir que fossem entregues escritos a mão. As aplicações irão muito além das salas de aula e a IA transformará várias carreiras no mercado de trabalho.
Um colega de trabalho, professor Idelfranio Moreira, no dia da aplicação da 2ª fase do vestibular da Fuvest, resolveu colocar o enunciado de uma questão de física do exame no ChatGPT e recebeu várias dicas de como proceder para uma melhor solução. Avaliando o “diálogo” com a máquina, fizemos um pequeno debate de quanto poder isso pode ter para auxiliar os alunos, além de a importância de já considerarmos o tema como um itinerário formativo no novo Ensino Médio. Esses algoritmos precisam ser continuamente ajustados para evitar a ampliação de
(1) https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/01/07/robo-chatgpt-escreveredacao-do-enem-em-50-segundos-saiba-quanto-ele-tiraria-na-prova.ghtml
(2) https://www.washingtonpost.com/opinions/2022/12/29/handwritten-essays-defeat-chatgpt/
notícias falsas, racismo, homofobia ou até mesmo plágio, em um esforço para oferecer ao pesquisador informações relevantes, mas responsáveis.
Esse esforço, por sua vez, parece ser um desafio ainda maior com a IA. Existem inúmeros riscos de privacidade e segurança embutidos nesses sistemas e, à medida que se tornam maiores, os impactos e os riscos também se tornam. Também em aberto temos a questão de eventuais violações de direitos autorais na geração de textos, código de programação e imagens. Além disso, como esses modelos não são sensíveis e totalmente confiáveis, mas modelos matemáticos que aprenderam a responder a grandes quantidades de dados, eles são muito dependentes de ter fontes de dados imparciais e equipes diversificadas de engenheiros de dados, o que é um grande desafio no mundo de hoje. O ChatGPT está trazendo à tona diversas discussões como as que mencionei, passando pelo futuro do trabalho, ética, matemática de instrução, programação e habilidades socioemocionais; portanto, estes são tópicos que devem ser estudados na proposta do itinerário formativo, uma vez que, dominar habilidades digitais, não é mais um diferencial, mas um fator crítico de sucesso na vida de todos nós daqui em diante.
ADEMAR CELEDÔNIO
Entender os motivos pelos quais escolas no mundo inteiro investem em tecnologias na educação é um bom ponto de partida. Quando pesquisamos por tendências no setor, encontramos estudos como o “Futuro dos Empregos” do Fórum Econômico Mundial, que aponta as habilidades essenciais para o profissional do futuro. Ao ler as principais, você encontrará “Resolução de Problemas Complexos”, “Criatividade”, “Liderança” e outras essenciais para os profissionais do futuro.
Para desenvolvê-las nos estudantes, precisamos desenhar novas experiências de aprendizagem, expor os alunos ao conteúdo de diferentes maneiras e promover autonomia e aprendizagem ativa, com o estudante no centro do processo de aprendizagem. Para fazer tudo isso, a chave está justamente nas tecnologias.
A necessidade de integrá-las nos processos de ensino parece ser senso comum em nossa sociedade. No entanto, ainda observamos milhares de escolas em todo o país com pouca ou nenhuma tecnologia e elas não parecem ter pressa para mudar esse cenário. Isso se dá justamente pela questão no título deste artigo, que vou explorar com você agora.
Um dos motivos que aumenta drasticamente a chance de insucesso de um projeto de tecnologia na educação é o oitavo ponto de uma lista de dez que o meu colega ChatGPT (ferramenta da moda de Inteligência Artificial) trouxe: falta de alinhamento com os objetivos estratégicos da escola. Isto é, não basta adicionar diferentes tecnologias na escola, é preciso planejar sua adoção para além do pedagógico, com objetivos, métricas e cronograma.
Há três pilares fundamentais de um projeto de tecnologia educacional:
Tecnologia: escolher a melhor para alcançar os objetivos pedagógicos e garantir o uso direcionado, gerenciado e seguro para os estudantes.
Pedagógico: desenvolver profissionalmente os educadores para utilizarem o melhor das tecnologias em sala de aula, serem capazes de integrar com o currículo e desenharem novas experiências de aprendizagem a partir dessa adoção.
Lideranças: alinhar a adoção da tecnologia com os objetivos estratégicos da escola a longo prazo, definir indicadores de sucesso e acompanhar os dados do projeto para tomar decisões analiticamente.
Esses três pilares são fundamentais para o sucesso de qualquer projeto de tecnologia numa escola e a ausência de qualquer um deles pode comprometê-lo por completo. No relatório anual “iPad e Mac na Educação: Resultados”, de junho de 2022, dezenas de escolas por todo o mundo compartilham indicadores que apontam o sucesso da adoção da tecnologia na educação. São casos de escolas capazes de implementar e integrar os três pilares, apontando melhorias em Motivação e Engajamento, Colaboração e Feedback, Conquista Acadêmica e Produtividade e Eficiência.
A boa implementação das tecnologias proporciona benefícios diretos aos gestores das escolas, como maior retenção de estudantes (a escola Highlands International no México aumentou a retenção dos estudantes para 96%), melhor desempenho em exames nacionais (o Colégio de Lamas em Portugal observou o desempenho dos estudantes 20% maior do que a média nacional), taxa de graduação (o Colégio Haywood Early na Carolina do Norte, Estados Unidos, aumentou a taxa de
graduação de 81% para 95%), entre outros benefícios imediatos.
Assim, um dos resultados esperados de um projeto de tecnologia educacional bem implementado é a fidelização de estudantes, aumentando a retenção, recebendo mais famílias interessadas e realizando mais matrículas. Tudo está conectado pelo plano estratégico, desde a decisão por qual tecnologia adotar até as atividades realizadas no jardim da escola com métodos ativos que colocam o aluno como protagonista do processo.
Quando costuramos todos os pontos, é possível colher benefícios práticos decorrentes da adoção das tecnologias e calcular o ROI (retorno sobre o investimento) dessa ação a fim de verificar também o retorno financeiro do projeto. Portanto, paralelo a esse olhar, teremos do outro lado, ao mesmo tempo, um estudante mais engajado que está sendo preparado para o futuro a partir do desenvolvimento das diferentes habilidades e de sua autonomia por meio de métodos ativos.
Então, adotar tecnologias na educação dá certo? Este artigo é uma chamada para que você, gestor, tome ação e faça parte do grupo de centenas de histórias de sucesso de escolas que viram os seus indicadores melhorarem a partir de uma boa e planejada implementação de tecnologias educacionais.
GUILHERME CAMARGO
É pós-graduado em gerenciamento de projetos pela Universidade de São Paulo e certificado como Apple Professional Learning da primeira turma de 2017. Fundador e CEO da empresa de educação Sejunta Tecnologia, trabalha com tecnologias Apple em instituições de ensino há 9 anos e passou pelos principais players do mercado, incluindo a própria Apple.
Olá, caros amigos, tudo bem? Vamos embarcar em um ano letivo cheio de oportunidades e “aventuras”, dessas que em algumas situações a mão transpira e o coração dispara quando vemos aquele aluno chorando no chão daquele jeito, MEU DEUS, nem me lembre disso, não é mesmo?
Bem, temos que nos preparar para esses momentos também, são impossíveis de eliminar, mas é possível reduzir o evento ou a sua gravidade, e isso deve fazer parte do nosso planejamento, pois irá comprovar – quando necessário – aos responsáveis e/ou a justiça a estrutura da instituição quanto sua responsabilidade.
Esta pergunta está entre as TOP 10 do gestor escolar: COMO MONTAR UM KIT DE PRIMEIROS SOCORROS?
Sendo assim, gostaria de contribuir com 10 dicas fundamentais para a construção do kit “possivelmente” perfeito, vamos lá?
1º É Lei – Sim, a Lei exige um kit condizente com a natureza da instituição, mas onde diz isso, Eric? Aqui: “ Lei Federal 13.722/18 Art. 2º § 2º Os estabelecimentos de ensino ou de recreação das redes pública e particular deverão dispor de kits de primeiros socorros, conforme orientação das entidades especializadas em atendimento emergencial à população”.
2º Para quem é este kit? Essa pergunta irá direcionar TUDO. Quando pensamos para quem estamos nos preparando, iremos montar o nosso kit olhando para cada um deles, logo devemos ter itens que sejam para a necessidade global, mas também, ao matricular alunos com necessidades específicas, deve-se conter itens que garantam sua segurança enquanto estiver sob a responsabilidade da instituição.
3º Responsável – Sim, deve haver uma ou duas pessoas que irão se responsabilizar por
este recurso. Isso deve conter em sua atribuição de cargo, pois em caso de intercorrências elas terão papel fundamental e devem saber disso.
4ª Armazenagem – Onde ficará este kit? Será em um local onde todos têm acesso e poderão utilizar sem restrição? Onde sempre o termômetro e outros itens somem com frequência e ninguém sabe quem foi?
5ª Dicas importantes – Tenha um checklist dos itens necessários e tenha uma periodicidade de checagem (semanal).
6º O que não conter – Não deve conter dentro deste kit itens que não são necessários, já que é comum virar um “depósito” de itens jogados. Não deve conter itens que não tenham habilidade em manusear ou que não tenha indicação de utilização.
7ª Medicação padrão – Caso a instituição permita a medicação, tenha um padrão quanto a estes “poucos” medicamentos. Atentar-se ao prazo de validade, modo de armazenamento, posologia e quantidade a administrar –não é a quantidade que os responsáveis sugerem, mas sim o que a bula indica, pois, o seu respaldo está aí.
O responsável pelo kit pode ser a pessoa que irá administrar a medicação quando necessário.
8ª Medicação externa – Nunca permita a entrada de medicação nas mochilas dos alunos! Sem a supervisão poderá ter uma complicação imensa caso este aluno tenha alguma reação ao ingerir dentro da escola a medicação ou ainda compartilhar com outros alunos; um exemplo frequente são as medicações para desconfortos abdominais e/ou cólicas. É importante documentar no regimento escolar para que o pai/responsável assine na matrícula/rematrícula.
9ª Habilidades – Ter uma caixa de primeiros socorros sem que haja uma pessoa com habilidade para tal poderá agravar ainda mais quando necessário a utilização. Sendo assim, invista o necessário para garantir que este profissional tenha o mínimo de habilidade para identificar a necessidade e utilizar o recurso com destreza.
10º Itens indispensáveis – Os itens indispensáveis para o seu kit de primeiros socorros deverão estar totalmente condizentes com o seu público e regimento interno. Porém, gostaria de mencionar neste pequeno espaço itens indispensáveis, os equipamentos de sinais vitais que são de uso “domésticos” que nos permitem avaliar os padrões vitais de qualquer pessoa, e só então nos direcionar para tomar as devidas condutas. São eles: termômetro, oxímetro, aparelho de pressão, glicosímetro e balança digital (para ofertar a medicação em quantidade correta). Com esses recursos podemos avaliar e agir com assertividade em casos mais urgentes.
Existem alguns itens adicionais que são importantes conter na caixa, mas que não estão citados acima devido ao espaço do artigo. Caso tenha interesse, me envie um e-mail que respondo com a lista completa – eric.amorim@ impactoforschool.com.br
Espero ter ajudado com essas informações, desde já agradeço por este momento e permaneço à disposição.
Diretor do Grupo Impacto, desenvolvedor da Metodologia Projeto Anjo – Lições que salvam Vidas. Especialista em segurança escolar e com dez anos de investigação para desenvolver um ambiente escolar mais seguro. Instrutor de Primeiros Socorros certificado pela American Heart Association, graduado em Enfermagem e com especialização em Cardiologia e Gestão em Saúde. www.impactoforschool.com.br
Oaspecto dinâmico do conhecimento surge diariamente em variados momentos sob diversas metodologias. Observando a grade curricular e a programação pedagógica, em paralelo às aulas regulares os cursos e as atividades extracurriculares, geralmente ofertados no contraturno, auxiliam na formação multidisciplinar, bem como instigam a ampliação do repertório do aluno em diversas áreas, como arte, música, esportes, idioma, ciência, tecnologia, etc.
“Qualquer atividade extracurricular trará benefícios para os estudantes”, afirma Raiani Teichimam, empreendedora cultural. “Nesse momento de muitas descobertas na vida das crianças, é interessante coloca-las em contato com muitas possibilidades de experimentações e, assim, compreender as suas afinidades e os desinteresses, o que é importante para descobrir o que é desafiador para cada uma e que precisa ser trabalhado”, reflete.
Como formação complementar, as atividades extras colaboram não só com campos de experimentações, descobertas de potencialidades e interesses que, se bem lapidados, ajudarão na escolha profissional no futuro como, também, no processo de socialização das crianças. Segundo a empreendedora cultural, todas as temáticas de cursos extras são importantes para o currículo escolar, e a sua escolha deve ser feita por meio de uma análise do próprio estudante, além do compartilhamento e motivação dos familiares para determinadas áreas.
“É interessante que os responsáveis tenham a sensibilidade para entender o que a criança precisa. Caso seja possível, peçam dicas e uma orientação para a professora da turma que
também observa o aluno e pode trazer boas ideias”, indica. Neste momento de pós-pandemia, a procura por cursos de teatro nas escolas está bem alta. “O teatro pode ajudar nesta retomada de fazer novos amigos, ficar menos tímido, exercitar o corpo e a espacialidade, por exemplo”, analisa Teichimam.
Para além da escolha do curso, o direcionamento para cada faixa etária deve ser observado, sobretudo respeitando as diferentes etapas de desenvolvimento de cada criança para que ela tenha o total aproveitamento. Um curso de musicalização, conta Teichimam, pode ser ministrado para uma criança de 4 meses a 3 anos; e de teatro a partir de 3 anos, cada um com a sua metodologia específica para aquela idade.
Tendo em vista a importância das atividades extracurriculares, atualmente muitas empresas oferecem às escolas serviços de cursos temáticos com profissionais capacitados. Na prática, a adesão é interessante para a escola, já que essas empresas assumem a administração do curso, a gestão da equipe de profissionais, o acompanhamento dos estudantes e outros dados, como faltas, matrículas, atrasos, material e pagamento. “Algumas empresas de solução extracurricular oferecem também um modelo de mais rentabilidade para escola, com um ganho líquido de até 30% para a escola. Ou seja, contratar uma empresa para ser parceria da escola e trazer mais profissionalismo para os extras pode ser muito vantajoso, mais rentável e mostrar mais credibilidade para as famílias”, finaliza Teichimam. (RP)
Planejamento, fluxos, análise de planilhas, gastos fixos e variáveis, inadimplência, cobrança e a resolução de situações inesperadas: a área financeira de uma escola se depara com esses – e tantos outros – aspectos em seu cotidiano. Desse modo, para garantir uma gestão financeira saudável e com lucro, é indispensável seguir alguns caminhos para enfrentar os desafios e dilemas que emergem nesta área administrativa
Aescola particular é uma empresa que oferece, como produto final, uma educação de qualidade de acordo com os preceitos, as filosofias e metodologias abordadas pela instituição. Com isso, para se chegar a uma entrega final positiva e significativa tanto para os estudantes como para os pais e/ ou responsáveis, é preciso expandir a visão e compreender as demandas e particularidades rotineiras, assim como o equilíbrio entre as diversas áreas que compõem a estrutura de uma escola.
A gestão financeira é considerada um dos pilares da administração e, assim, os desafios e percalços para mantê-la eficiente, positiva e em sintonia com a gestão de outras áreas, são significativas. A partir dessa ideia, neste especial apresentamos reflexões de gestoras/es, diretoras/es e especialistas da área sobre os caminhos possíveis para manter uma gestão financeira saudável, controlada, planejada e monitorada.
“Para uma boa gestão financeira, primeiramente é necessário fazer o orçamento anual da instituição, adotando premissas para o próximo ano, como a previsão do número de alunos, índices de inflação, reajustes salariais, reajuste das mensalidades e outros índices, para calcular o resultado financeiro esperado. Durante o ano, o gestor financeiro deve fazer o acompanhamento do resultado realizado e fazer os ajustes necessários na operação, quando houver um desalinhamento em relação ao previsto. Um ponto importante é o acompanhamento dos indicadores de desempenho
(Key Performance Indicators - KPI) que, nas escolas, são o custo da folha de pagamento sobre a receita, a ocupação das salas de aula, o percentual de bolsas concedidas, a inadimplência, o EBITDA e outros, que a equipe de gestão julgar importante para que a instituição possa validar ou não as estratégias traçadas e projetar novas para o próximo ano.
O alinhamento das áreas pedagógica e administrativa na tomada de decisões de investimentos é de suma importância para que seja estudada a viabilidade do investimento proposto para as ações e os projetos da área educacional e o retorno previsto. É fundamental que a área financeira da escola tenha critérios e regras para cobranças e obtenção de descontos, o que garantirá uma menor perda de receita. Uma gestão financeira eficiente depende de dados confiáveis e no prazo correto, para que a instituição, quando necessário, possa fazer as correções ou adequações das decisões tomadas no planejamento financeiro.”
“Aqui na Castanheiras, cuido de toda a gestão administrativa. Trago alguns pontos de desta-
que com relação a parte financeira. O controle orçamentário é olhado bem de perto ao longo do ano, com acompanhamento das linhas de orçamento. Toda a aprovação dos investimentos anuais é feita de acordo com a perspectiva de alunos que se terá no ano seguinte e das projeções do orçamento. Fazemos pelo menos uma vez ao ano um estudo de turmas, para definição de abertura ou não de novas salas, analisando a rentabilidade das mesmas. Este é um trabalho de base essencial que baliza toda a composição de salas do ano seguinte. Um dos critérios é um número mínimo de alunos em cada uma das turmas. Esta gestão otimiza os resultados financeiros.
A discussão da folha de pagamento também é essencial, pois é a linha de maior peso no orçamento de qualquer escola. Para isso, após as confirmações das rematrículas e novas matrículas, a otimização da estrutura da organização deve ser buscada anualmente pela gestão, que avalia sua representatividade versus a receita líquida. Também há que se levar em conta descontos nas mensalidades: os descontos condicionais e incondicionais devem ser controlados anualmente, fazendo a gestão daquilo que está sob controle da escola, ou seja, é preci-
so gerir criteriosamente o auxílio financeiro concedido às famílias.
O controle da inadimplência é outro aspecto que observamos de perto. Uma régua de cobrança bem estabelecida e criteriosamente aplicada pela equipe de contas a receber é fundamental para controlar esse índice. Aproveita-se o momento de rematrícula para sanar o que ficou de pendência ao longo do ano. Adicionalmente, menciono a definição dos valores de anuidade versus o valor de dissídio –eles têm de estar extremamente condizentes, além de se atentar a outros incrementos nas despesas para definição dos reajustes, como, por exemplos, aumento dos valores com aluguel, benfeitorias/obras necessárias, etc.”
elevados picos de inadimplência e usando recursos próprios ou externos para realizar pagamento dos seus custos, o que gera custo financeiro e inconstante dificuldade de planejamento por parte dos gestores financeiros, além do desgaste dos donos.”
“A escola precisa se identificar como um negócio, o qual tem a educação como propósito, o que é extremamente importante para a sociedade, mas também tem a lucratividade como parte imprescindível para oferecer o melhor às famílias e aos alunos, aos colaboradores que fazem parte dessa construção e aos sócios que dedicam parte significativa da sua vida a esse sonho.
Após esse passo importante de se identificar como um negócio, para ter o seu financeiro saudável é necessário planejamento e gestão orçamentária, o qual deve alinhar os custos da escola com o valor recebido total com as mensalidades e demais serviços. Ou seja, seu público-alvo precisa estar alinhado ao valor da mensalidade, que por sua vez precisa ser coerente com o que você oferece na escola em termos de infraestrutura física, tecnológica e pedagógica, pois todos esses fatores são custos que precisam ser planejados e acompanhados para que a margem financeira seja aplicada e a escola gere o que todo negócio tem como objetivo: o lucro.
Devido ao comportamento de pagamento dos pais, que por consequência de fatores externos, muitas vezes não priorizam o pagamento da mensalidade mensal, as escolas acabam atingindo dentro dos meses
“A gestão financeira sempre tem início no planejamento, mas para sermos capazes de nos planejarmos precisamos criar e manter processos que forneçam as informações corretas no momento certo. A primeira etapa é a organização. Pouco importa se você irá se organizar digitalmente ou com poucos recursos tecnológicos, o importante aqui é se estruturar. Uma vez tendo os dados, é necessário entender o que realmente eles nos trazem, sempre tomando o devido cuidado para não tirarmos conclusões indevidas.
Outro aspecto é a importância de se ter uma régua de cobrança muito bem definida. É válido que situações ocasionais de atrasos nas mensalidades nem sempre devem ser vistas como inadimplência. Alunos inadimplentes são aqueles que acumulam mensalidades por muitos meses, ou que atrasam os pagamentos com frequência. Mas, com a escola organizada, é possível realizar o processo internamente, porém, caso ainda esteja desenvolvendo a etapa inicial, contratar soluções prontas pode ser um excelente atalho para conseguir reduzir a inadimplência. Uma possibilidade viabilizada pela tecnologia é acompanhar diariamente o status dos pagamentos, além de sinalizar a necessidade de contato para o setor responsável. Com isso, é possível reduzir o espaço de tempo de identificação e cobrança das mensalidades em atraso.”
“Dentre as várias habilidades necessárias para se ter uma boa gestão financeira, eu destaco a clareza. Apesar de muitos alunos iniciarem o curso com perguntas matemáticas, a grande chave está na psicologia financeira, isto é, um conjunto de atitudes mentais que geram ações positivas ou negativas para a construção de patrimônio no longo prazo. Em finanças, o
campo da clareza se ramifica em saber seus objetivos de curto, médio e longo prazo – quais são suas receitas e despesas recorrentes e variáveis, e o quão preparado você está para eventuais mudanças de rota.
Outro ponto é o conhecimento. Entender riscos, possibilidades e oportunidades. Ser capaz de conduzir investimentos e decisões financeiras embasadas num processo decisório sólido e assertivo. Caso contrário, reinventar-se e seguir adiante, fazendo ajustes de percurso. Em suma, a solidez financeira vem do entendimento profundo de gastar de maneira eficiente, otimizar investimentos, e ganhar mais dinheiro. Durante esse amadurecimento, perceber que o dinheiro é um meio e não um fim; que será capaz de comprar tempo – o nosso ativo mais valioso.”
Irmã Eliane Viana de Oliveira – Diretora administrativa do Colégio Nossa Senhora das Dores
“Na construção e criação dos possíveis caminhos da gestão financeira, é necessário ampliar algumas margens, seja para os imprevistos e/ou para a execução do planejado, que geralmente sai do previsto. É preciso elencar as prioridades, as necessidades, o desejado e o planejado, lembrar sempre que o desejado é subir a escadaria, mas isso se faz degrau por degrau – manter essa consciência, esse equilíbrio, não é nada fácil, sobretudo diante das novidades, dos comentários e das indiretas.
Um caminho a ser percorrido, com o objetivo de gerir com eficácia e eficiência, é compartilhar as ideias e propostas, permitir que a equipe participe e assumam como ‘sua’ a situação, incentivando caminhos alternativos para concretizar
o planejado. Acompanhar todas as situações, desde a financeira até a execução e realização e, assim, propor possibilidades que contribuam para o crescimento e desenvolvimento. Este acompanhamento tem como consequência o controle, que faz o planejado acontecer, oportunizando o monitoramento primeiro do gestor, depois da equipe, que com sentimento de pertença e conhecimento contribuem efetivamente para a saúde, não só financeira, mas de toda a instituição nos diversos níveis.”
dem as maiores despesas de uma instituição de ensino – somando-se folha de pagamentos, benefícios e encargos, podem representar até 70% das despesas totais.
maneira definitiva o resultado da operação. O ideal é não ultrapassar 12% da receita. Como elemento fundamental do plano de negócios está o conhecimento do mercado e o conhecimento do valor da mensalidade, que pode ser cobrada pelo da escola pelo seu posicionamento, pela sua localização e pelos serviços agregados oferecidos.
“É imprescindível, em primeiro lugar, você ter clareza das suas receitas e das suas despesas, e não gastar mais do que recebe. Entender todos os custos para estabelecer o valor ideal da mensalidade, que permita você gerir com certa margem, levando em conta todas as despesas anuais, imprevistos, investimentos, além de ter ações efetivas para monitorar e combater a inadimplência, a fim de que ela não comprometa a saúde financeira. Para isso, é preciso ter um plano orçamentário anual, considerando todos os setores, estabelecendo o teto máximo de gasto durante o ano. Também é importante ter um controle efetivo do fluxo de caixa, realizar a gestão dos pagamentos, das cobranças e do capital de giro, fazer a apuração dos resultados financeiros, ter um planejamento financeiro, entre outros. O ideal é que tudo isso seja automatizado, mas dependendo do porte da sua empresa, é possível ter controles manuais. É necessário que a escola tenha processos e o gestor invista na formação dos seus profissionais e na análise das suas rotinas. Ter uma rotina administrativa bem estruturada é o sucesso de qualquer instituição.”
“O principal papel da gestão financeira numa instituição de ensino é dar suporte à área pedagógica, permitindo que o trabalho dos educadores seja desenvolvido beneficiando-se da maximização dos recursos disponíveis. O serviço pedagógico é o ator principal, a gestão financeira atua ‘nos bastidores’, oferecendo os insumos para o sucesso do serviço pedagógico. Um ponto que merece destaque é a gestão de pessoas, uma vez que os gastos relacionados aos recursos humanos correspon-
A gestão dos valores de mensalidades, bem como definição de critérios de descontos contribuem para finanças saudáveis. A acirrada concorrência dos últimos anos tem levado algumas instituições a concederem descontos sem nenhum critério, resultando em diminuição do ticket médio e consequente queda de receitas. Importante trocar o excesso de descontos por treinamento da equipe de atendimento, mostrando aos responsáveis e alunos o valor dos serviços pedagógicos prestados. Ainda sobre as receitas, o oferecimento de diversas opções de pagamento e a definição de processos de cobrança contribuem para minimizar a inadimplência.”
E como indicação principal da gestão financeira segura e saudável de uma escola está o controle contínuo, ‘sem tirar o olho da bola’, do fluxo de caixa da operação. Sempre ter previsão e provisão de férias, de 13º salário, ajustar as mensalidades de acordo com a inflação e o aumento dos custos dos serviços. Por ser um setor de margens muito pequenas, é fundamental que os ajustes aconteçam simultaneamente com os reajustes dos elementos de custos.”
“A escola é uma empresa e, como tal, precisa ser estruturada com um Plano de Negócios, que inclui metas de alunos e conhecimento dos valores de custos diretos das linhas mais importantes, como impostos, infraestrutura, corpo docente, corpo administrativos e investimentos. Todo segmento tem porcentagens de custos denominadas mágicas. E em educação não é diferente.
Mas a principal linha de custo de um plano de negócios é o relacionado a captação e marketing. Muitas instituições chegam a gastar mais de 25% da receita com campanhas de divulgação, e principalmente descontos na hora da matrícula, comprometendo de
“A educação, do ponto de vista empresarial, representa hoje um mercado que possui atratividade e oportunidade de negócios. Contudo, a excelência apresentada no campo pedagógico não é observada no aspecto financeiro. A experiência da Educa Contábil, no setor financeiro de escolas, ao longo de vários anos, leva-nos a algumas análises e constatações: a primeira, óbvia e mais importante: muitos estabelecimentos ainda não conseguem separar a imagem do sócio (pessoa física) da figura da empresa (pessoa jurídica). Se não é possível a individualização do que é da escola e o que é do sócio, não se consegue aferir a sua real lucratividade do negócio.
Em segundo lugar, deve- se incrementar um controle de fluxo de caixa adequado, ou seja, o registro, estruturado, através de um plano de contas financeiro, de tudo o que entra e o que sai da instituição em termos monetários. Um controle correto do fluxo de caixa diminui a incidência de um fluxo negativo e consequente a necessidade de capital de giro. Para se atingir uma rentabilidade dentro de parâmetros aceitáveis, é necessária a gestão adequada das despesas e receitas. A busca de referenciais e indicadores junto a uma contabilidade especializada em escolas é fundamental.
Somente com o controle financeiro é possível estabelecer parâmetros e indicadores corretos, cruciais na formação do valor da mensalidade, que é o preço de venda do produto. Se não é possível determinar o custo do seu produto (no caso o serviço educacional propriamente dito), como será possível aferir o preço de venda (no caso o valor da mensalidade/anuidade)? Não se definindo a relação custo x venda, é plausível que a escola esteja trabalhando abaixo de seu preço de custo. Em outras palavras: é o caminho trilhado para a insolvência. Da mesma forma, como será possível a aplicação de uma política de concessão de descontos e administração de inadimplência?
Não há mais espaço no mercado educacional às escolas que atuam desconectadas de um profissionalismo, principalmente nos processos administrativos e financeiros. O aspecto pedagógico é a razão de existir de uma instituição de ensino, mas ele deve manter sintonia com o restante da empresa. Torna-se evidente que a falta de uma política de implantação e desenvolvimento administrativo-financeiro pode, a médio prazo, comprometer o próprio processo pedagógico e, consequentemente, a instituição. A gestão financeira adequada é, portanto, uma questão de sobrevivência.”
ciente do fluxo de caixa da empresa; gestão ativa e enérgica dos pagamentos e cobranças; acompanhamento e gestão constantes do capital de giro; controle da emissão e organização das notas fiscais; apuração periódica dos resultados; e controle de estoques.”
Oséias Gomes – Administrador, empresário e autor dos livros Gestão Fácil (2019) e Negócio Escalável (2022)
“Uma gestão financeira, quando bem-feita, possibilita a redução de gastos desnecessários e uma correta destinação dos recursos, o que impacta fortemente nos resultados financeiros. Incertezas nos cenários políticos e econômicos implicam na urgência de que os gestores possuam uma base financeira estruturada e organizada. Assim, capacitarão a empresa para enfrentar possíveis dificuldades econômicas, como quedas nas vendas, por exemplo.
Para que um negócio garanta a sua consistência e continuidade, é importante investir em boas estratégias de gestão e organização, uma vez que é por meio de ações e medidas preventivas que você se mantém preparado para possíveis imprevistos ou dificuldades. Ações importantes da gestão financeira: controle efi-
“Acredito que a fórmula do sucesso de qualquer escola financeiramente saudável é composta por controle e planejamento. O controle traz o foco para o agora, e o planejamento, a visão de futuro. É fundamental trazer mais segurança às decisões de curto prazo com a visão de onde se almeja chegar. Atualmente, é muito comum encontrar escolas com carência no controle financeiro, por diversos motivos, entre eles a presença de gestores pedagógicos que acumulam essa responsabilidade e outras funções, e a falta de separação clara das finanças pessoais e do negócio, o que traz insegurança à tomada de decisão, pois não possuem visibilidade do impacto no futuro e não enxergam qual é o problema prioritário a ser tratado.
Ao olharmos para a estrutura financeira de uma escola, é essencial buscar a otimização de recursos alocados naquele ano letivo, tais como dimensionamento ideal de equipe para a quantidade de alunos prevista, nível de desconto concedido e até mesmo otimização do material pedagógico utilizado. Algo que pode ser realizado com a adoção de um sistema de ensino que elimina a necessidade de desenvolvimento e elaboração de materiais pela própria escola e que pode trazer orientações sobre produtos e serviços disponíveis no mercado e que realmente funcionam.”
O texto completo do especial Como manter uma gestão financeira saudável, planejada e monitorada? com reflexões de outras/os especialistas, diretoras/ es e gestoras/es, está disponível em nosso site: direcionalescolas.com.br
Produtos personalizados, brindes e objetos de recordações representam, durante todo o ano letivo, uma significativa comunicação e aliança afetiva – tanto entre a escola e os familiares dos estudantes como, também, entre os funcionários e colaboradores da própria instituição. Nas datas comemorativas e nos eventos, em especial, as diversas opções em brindes escolares alimentam boas lembranças aos pais e/ou responsáveis e às crianças. Além de promover um vínculo estratégico com a marca de cada instituição de ensino, os produtos reforçam o marketing e a identidade de cada escola, e podem ser ofertados, inclusive, em campanhas de matrículas e rematrículas.
“Somos conhecidos pela atenção com o cliente e pela agilidade nos processos”, diz Chaves, diretor comercial da Big Star Brindes. A empresa atua há mais de 20 anos no mercado promocional, atendendo clientes de variados ramos de atividades em todo o território nacional. “Estamos sempre à disposição para esclarecer possíveis dúvidas sobre os produtos, personalização, valor, prazo e frete”, complementa Chaves.
BIG STAR BRINDES
(11) 5011-6751
comercial@bigstarbrindes.com.br
www.bigstarbrindes.com.br
www.instagram.com/bigstarbrindes
Segundo o diretor, a Big Star Brindes disponibiliza produtos de fabricação nacional (como bonés, bolsas, sacolas, mochilas e necessaires) e opções variadas de produtos importados (kits diversos, tecnológicos, ecológicos, ferramentas e material de escritório em geral, como canetas, lapiseiras, lápis e blocos de anotações). “Todos os nossos produtos são personalizados com o logotipo da sua empresa”, ressalta. Bom atendimento, cumprimento de prazos, flexibilidade nas negociações, atenção no primeiro contato e compreensão no pós-venda são as principais caraterísticas da empresa.
“Somos unidos e motivados para atender o cliente da melhor forma”, afirma Chaves. “Em algumas ocasiões, realizamos projetos totalmente personalizados, como embalagens com berços especiais para confecção de kits, mesmo que seja algo que não temos em linha no nosso site. Então, se a sua empresa tiver interesse em algo que não temos no catálogo, fale conosco para verificar se está dentro de nossas possibilidades”, acrescenta.
Outro destaque, também ofertado pela empresa, é o auxílio na criação de peças artísticas para campanhas sazonais: caso a escola queira fazer uma arte para o Dia dos Professores em canecas de porcelana, por exemplo, basta enviar o logo da instituição de ensino que a empresa auxilia na criação de temas específicos. “Se necessário, fazemos manuseio de mercadorias em embalagens individuais e somos experientes em logística, firmando parcerias com diversas transportadoras que estão aptas para entregas em todas as regiões do Brasil”, finaliza Chaves.
Nesta edição, selecionamos em nosso especial Fique de Olho, empresas que disponibilizam diversas opções, serviços e produtos especializados em brindes, kits, presentes e recordações. Confira!
KITS & REQUINTES
(11) 97808-9818 WhastApp / (11) 2949-5657 marketing@kitserequintes.com.br www.kitserequintes.com.br www.instagram.com/kitserequintes
Atuando no mercado de presentes personalizados há 16 anos, a Kits & Requintes atende três segmentos: lembranças para escolas, empresas e festas infantis. Elaborando presentes personalizados para todas as datas comemorativas das escolas (páscoa, dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, dia dos professores, etc.) “sempre com a imagem ou o detalhe que o cliente desejar”, diz a sócia Daniela Fittipaldi, a empresa tem capacidade de produção para 10.000 peças por mês, atendendo todo o Brasil tanto via e-commerce como por meio do atendimento personalizado da equipe de vendas.
O diferencial da Kits & Requintes, conta Daniela, é oferecer produtos exclusivos, personalizados e com muita qualidade. “Além do bom atendimento e prazo de entrega, que será sempre de acordo com o combinado pelo cliente. Na loja virtual (www.kitserequintes.com.br), nossa equipe fará um atendimento totalmente personalizado, pois temos o comprometimento em atender do pequeno ao grande cliente com a mesma exclusividade em brindes personalizados”.
Outro destaque da empresa, para além dos diversos produtos utilitários, criativos e com ótima qualidade, é a ação filantrópica desenvolvida pela Kits & Requintes. “Graças a todos os nossos clientes ajudamos mensalmente muitos lares de idosos e instituições infantis. Adoramos fazer e praticar o bem!”, afirma Daniela. “Ao longo dos 16 anos de mercado fizemos grandes clientes amigos que confiam em nossos serviços e produtos, através da nossa amizade e comprometimento. Será um prazer ter você conosco!”, finaliza.
Integrante do Grupo Paganini, a Presentescola desenvolve um trabalho primoroso e encantador, eternizando momentos inesquecíveis em presentes especiais. Tendo como único público-alvo o segmento educacional, a “Presentescola nasceu para ser uma super parceira das escolas”, diz Kleber Paganini, fundador e CEO do Grupo Paganini, que conta com a experiência de mais de 20 anos atuando no ramo da alta joalheria. “São centenas de escolas parceiras satisfeitas e milhares de mães, pais e alunos impactados com a nossa missão de encantar com nossos produtos. Somos uma empresa com atendimento e vendas com foco total no segmento educacional, por isso sabemos de cada detalhe de como fazer uma parceria de sucesso com instituições de ensino”, complementa.
PRESENTESCOLA
(11) 94305-0833 (WhatsApp) / (11) 3498-6124 contato@presentescola.com.br www.presentescola.com.br www.instagram.com/presentescola www.facebook.com/presentescola
Especialista na fabricação de produtos folheados em ouro ou aço nobre, a empresa trabalha com peças personalizadas criadas com alta tecnologia e qualidade. Fotos, escritos e desenhos de estudantes são eternizados em peças inovadoras e criativas. De acordo com o CEO, a Presentescola desenvolve estratégias para oferecer uma experiência única e afetiva para os familiares e estudantes, assim como um retorno lucrativo para as escolas, “trazendo diversos resultados positivos tanto a nível de satisfação, quanto no sentido de retorno sobre o investimento feito, pois, a escola também fatura um percentual de lucro, o que ajuda ainda mais nas finanças”.
Além dos produtos, conta Kleber, as embalagens das peças podem ter uma função pedagógica, produzidas de forma personalizada em sala de aula com a participação dos estudantes em alguma atividade temática.