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Figura 8 - Ban no Facebook
Este tipo de caso só escancara como a produção de informação na internet possui pouquíssimos ou mesmo nenhum filtros, e essa falta de filtragem gera uma grande margem para trolls - pessoas má intencionadas que geram esses conflitos, geralmente com o objetivo de atacar alguém que contraria suas ideias, distrair a massa ou mesmo iniciar uma divisão, sempre trabalhando para atrapalhar discussões importantes através de posts que normalmente levarão a uma resposta mais emocional. Comumente, este tipo de pessoa entende muito como funcionam e como os algoritmos dentro de uma determinada plataforma atuam, e utilizam esse conhecimento para manipular de fato os acontecimentos digitais, mesmo que os algoritmos não estejam sob seu comando. Por conta disso, os desenvolvedores principalmente das redes sociais -, mesmo que tardiamente começaram a inserir filtros em seus algoritmos para que eles pudessem barrar comentários ou postagens ofensivas (Figura 8). Também foi adicionado punições aos usuários, como bans temporários ou mesmo proibição de ações feitas por aquele perfil.
Figura 8 - Ban no Facebook
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Esta realidade também é muito presente no Brasil, um dos maiores exemplos de falta de filtro dos robôs aconteceu no caso Maju Coutinho, em 2016, quando a jornalista da Rede Globo sofreu diversos ataques racistas através de redes sociais como: Facebook, Instagram e até mesmo Twitter. Os algoritmos também podem ser trabalhados através de bots, ou seja robôs que são nada mais que algoritmos programados para automatizar alguns processos. De acordo com uma matéria divulgada pela BBC , 18 pesquisadores da Califórnia e de Indiana nos Estados Unidos estimam que em 2017 no Twitter haviam entre 9% e 15% de robôs ativos na plataforma, essa facilidade é justamente porque a natureza da rede social muito mais aberta que as outras, por exemplo, durante a criação de conta, o Facebook lhe pede um e-mail verificado e “nome real”, o que não acontece no Twitter. Isso sem falar que não existe uma proibição de contas automatizadas, o que facilita o aumento deste tipo de ferramenta na plataforma. É claro que nem todo bot é necessariamente ruim, entretanto existem aqueles que são totalmente programados com objetivos maliciosos ou mesmo para benefícios próprio em , um bom exemplo aconteceu durante as eleições de 2018, onde foram feitos disparos em massa no Whatsapp como forma de campanha eleitoral para o até então candidato Jair Bolsonaro, que posteriormente seria eleito o presidente da República. 3.2. JORNALISMO E A SUA RELAÇÃO COM OS ALGORITMOS
Conforme já foi apresentado, a versatilidade dos algoritmos permite que eles sejam utilizados de muitas maneiras, desde a aplicação em sites de pesquisa aos sistemas de redes sociais. Dentre as possibilidades que este mecanismo proporciona, temos a produção de conteúdos, onde podemos destacar o jornalismo algorítmico, um processo similar a uma fusão entre a imprensa e a tecnologia de dados, onde diferentemente do jornalismo de dados que é muito mais uma especialidade do jornalismo que reflete o crescente papel dos dados numéricos que são usados na produção e distribuição de informações na era digital. O jornalismo algorítmico se trata de uma maneira automatizada de se produzir notícias, ou seja informação produzida por robôs. Apesar de muitos aspectos sobre esta nova vertente do jornalismo serem incertos, existem aqueles que acreditam que este é o futuro da comunicação e produção de notícias, e que a automatização dos procedimentos jornalísticos, além de diminuir os custos, poderia aumentar a velocidade de distribuição das informações. Por outro lado, existem também
18 Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-42172154 - Acesso em: 15 de novembro de 2021;