Amália: Acabamos tendo que entrar na briga sempre e vamos lutando para conseguir manter os equipamentos no caso da unidade, onde a autoclave estragada há 7 meses já, que eles viessem consertar as cadeiras, também o patrolamento, que teve épocas que era lutas de cima de lutas pra gente conseguir, mas a gente vai brigando e vamos devagarinho pra conseguir alguma coisa. Leandro: Foi feito limpezas, conseguimos vários benefícios para comunidade, problemas que estava parados foi resolvido através do Conselho. Por que foi Conselho e Associação, foi as duas coisas juntas, unidas. E nós vimos através do Conselho que, a união faz a força, esse ditado funciona! Tinha outros problemas que tinha na unidade, tipo falta de cadeira, aparelho com defeito, e através do Conselho e da Associação, o governo enxergou a gente. Amália: Uma vez teve um buracão na rua principal, que ocupava todo o espaço da rua, daí nós resolvemos, tava uma chuvinha de noite e nós pensamos ‘aquele buraco tá cheio de água’, vamos inventar a ideia e passamos por whatsapp.
07 Amália: Daí passamos e fizemos o Diácono Praia/Parque, botamos cadeira de praia, daí todo mundo foi de cadeira de praia, de óculos escuros, caniço pra pescar, fizemos plaquinhas de limite para banho, daí a gente foi inventando os nossos protestos, usando a criatividade. Entrevistadoras: Gostariam de deixar algum recado? Leandro: Quero falar da minha parte, eu como tenho problema mental, todo esse trabalho que a gente faz, o trabalho social, é o que me faz ter vontade de viver, porque os remédios, pra quem só faz uso disso e não faz nada, fica num estado vegetativo. Eu aconselho as pessoas que têm familiares com problema mental, que deixem fazer alguma coisa, que incentivem fazer, porque senão ele não vive mais, perde a vontade de viver, perde a vontade de fazer as coisas, perde tudo.
Entrevista completa: https://drive.google.com/file/d /1W90EurEDVbkcesGX_Ue0Kg WdZ0sOmnUU/view? usp=sharing