CUMANANA XLVII-P0R

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EDIÇÃO JULHO 2025

Cumanana

BOLETIM VIRTUAL DA CULTURA PERUANA PARA A ÁFRICA

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO PERU

ABUJA NATIONAL MOSQUE

EDIÇÃO DEDICADA À NIGÉRIA E À CEDEAO

NIGÉRIA: CULTURA, INFLUÊNCIA E VÍNCULOS COM O PERU

RECEITA

Jonathan Quevedo Tello
Terceiro Secretário no Serviço Diplomático da República do Peru
Abel Cárdenas Tuppia
Ministro-Conselheiro no Serviço Diplomático da República do Peru

PERU NA CEDEAO: OPORTUNIDADES DE COLABORAÇÃO COM A NIGÉRIA E A REGIÃO DA ÁFRICA OCIDENTAL

"Let me make a solemn pledge before all of you, before the whole world and before God, that I will devote all my energy and all I possess in my power to serve the people of Nigeria and humanity.".

Nos últimos anos, o cenário internacional tem presenciado importantes transformações em decorrência de diversas mudanças e processos que, com sua convergência ou divergência, têm reconfigurado o panorama global. A era póspandemia da COVID-19, as tensões comerciais emergentes, os conflitos latentes e ativos em diferentes cenários globais, a emergência da inteligência artificial e a corrida tecnológica entre grandes potências apresentam um novo conjunto de desafios que precisam ser enfrentados pela comunidade internacional e, em particular, pelos países do Sul Global.

Nesse contexto, é necessário forjar novas alianças estratégicas e abordagens regionais no Sul Global, uma região marcada por sua diversidade de contextos e atores cuja relevância internacional aumenta ao longo do tempo. É nesse contexto que o Peru, como

parte de sua estratégia de posicionamento estratégico, vê o continente africano com interesse, reconhecendo em particular a região da África Ocidental como uma área prioritária para o fortalecimento de suas relações bilaterais e multilaterais.

A partir dessas premissas, a Nigéria emerge como um parceiro fundamental. Com uma população de mais de 220 milhões de habitantes, uma economia diversificada e uma notável influência cultural, o país se posiciona como uma potência regional e um aliado fundamental para uma maior inserção do Peru na África Ocidental. Nesta região, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) desempenha um papel fundamental como bloco de integração política, econômica e de segurança, que o Peru está observando com crescente interesse.

oluSegun obaSanJo, ex-preSidente da nigéria
BANDEIRAS DO PERU E DA NIGÉRIA Fonte: IA

CEDEAO:

Criada em 1975 pelo Tratado de Lagos, a CEDEAO reúne hoje a grande maioria dos países da África Ocidental Subsaariana. Seu principal objetivo é promover a integração econômica regional, com vistas à criação de um mercado comum, à livre circulação de pessoas, bens e serviços e ao desenvolvimento de políticas comuns em áreas como agricultura, energia, educação e segurança (CEDEAO, 2023).

A CEDEAO representa uma das comunidades mais atraentes e dinâmicas do continente africano, com potencial de promoção e expansão comercial para o Peru, pois é um mercado atraente com cerca de 400 milhões de habitantes, abundância de recursos naturais estratégicos e uma crescente classe média urbana. Destaca-se também pelo seu dinamismo demográfico e cultural, com sociedades jovens e em expansão e uma forte presença no mundo digital.

Apesar dos desafios apresentados por esta região, a CEDEAO tem demonstrado grande resiliência e coesão, especialmente na defesa de valores como o multilateralismo e a democracia. As suas intervenções para a resolução de crises políticas, como na Gâmbia (2017), a sua vontade permanente de facilitar a transição democrática em alguns dos seus antigos membros, como o Burkina Faso, o Mali e o Níger, as suas constantes missões de observação eleitoral para garantir eleições justas e transparentes, bem como as suas iniciativas de integração financeira e

CEDEAO: MECANISMO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL NA ÁFRICA OCIDENTAL

energética, refletem o seu papel como ator-chave na cena africana contemporânea (Adebajo, 2020).

Por todas essas considerações, o Peru aspira a ser um Estado observador da CEDEAO, a fim de construir pontes entre nosso país e o continente africano, bem como fortalecer a presença diplomática, comercial e cultural do Peru na África Ocidental.

A NIGÉRIA COMO PARCEIRO ESTRATÉGICO DO PERU

Com cerca de 250 milhões de habitantes, a Nigéria é o país mais populoso do continente africano e é uma das economias mais diversificadas, abrangendo não apenas o setor de hidrocarbonetos, mas também telecomunicações, serviços financeiros, agricultura, tecnologia e indústrias criativas. Por exemplo, a cidade de Lagos é considerada a capital cultural da África anglófona, graças à ascensão do cinema ("Nollywood"), da música ("afrobeats") e da moda.

A esfera comercial representa um terreno fértil cheio de oportunidades para fortalecer o relacionamento bilateral. Há muitas oportunidades de crescimento e diversificação com produtos como cacau, café, peixe, produtos farmacêuticos, fertilizantes e manufatura

leve que podem encontrar mercado em ambos os países. Da mesma forma, a experiência peruana em mineração sustentável, pesca industrial e agronegócio pode ser adaptada às necessidades e prioridades do mercado nigeriano (MINCETUR, 2023).

Por outro lado, devido ao seu estatuto de país costeiro, alberga um dos portos mais importantes da África Ocidental: o Porto de Apapa em Lagos. Uma aproximação entre o Peru e a Nigéria tem o potencial de fortalecer a entrada de produtos peruanos naquela região, principalmente por meio do alinhamento e conexão estratégica com portos peruanos, como o Megaporto de Chancay.

Fonte: Site oficial da CEDEAO.

A Nigéria também representa um potencial significativo para o estabelecimento de relações acadêmicas entre universidades peruanas e nigerianas, como a Universidade de Ibadan ou a Universidade de Lagos, com ênfase especial em áreas como ciências sociais, agricultura, medicina tropical e estudos afrodescendentes. A Nigéria também poderia se beneficiar da experiência do Peru em programas de redução da pobreza, saúde comunitária ou gestão de riscos de desastres naturais.

No aspecto cultural, é pertinente destacar que no Peru a herança afrodescendente está presente na música, dança, gastronomia e iconicidade religiosa. O fortalecimento dos laços culturais com a Nigéria permitiria ressignificar a memória afro-peruana, gerar espaços de diálogo intercultural e promover o orgulho de uma identidade mestiça e plural. Atividades como festivais de dança, exposições gastronômicas conjuntas e exposições de arte afrodescendente podem abrir novos caminhos de compreensão e colaboração.

PERU NA ÁFRICA OCIDENTAL, UMA PRESENÇA SÓLIDA E CRESCENTE

Desde a abertura de sua Embaixada em Acra, Gana, em 2014, o Peru vem consolidando sua presença e influência diplomática, estratégica e ativa. Gana, como membro ativo e promotor da CEDEAO e como exemplo e farol da democracia na região desde o estabelecimento da Quarta República, tornou-se um ponto de articulação para as relações entre o Peru e outros países da África Ocidental. Atividades culturais, reuniões de negócios, eventos acadêmicos e participação em fóruns multilaterais africanos e

globais foram desenvolvidos a partir de Acra.

No âmbito dessa implantação, a diplomacia cultural desempenhou um papel fundamental. A exibição de filmes peruanos em festivais de cinema, apresentações de danças afro-peruanas e degustação de comida peruana tornaram possível mostrar o Peru como uma nação diversa e moderna, profundamente enraizada em sua história afrodescendente.

EMBAIXADA DO PERU NO GANA
Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana
PERU NA ÁFRICA OCIDENTAL, UMA PRESENÇA FORTE E CRESCENTE.
Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana.

Uma abordagem que valorize a contribuição da África na identidade peruana pode fortalecer pontes de empatia e cooperação. A arte, a literatura e a música, como expressões universais, tornam-se instrumentos eficazes para aproximar os povos.

Da mesma forma, o Peru poderia desempenhar um papel articulador entre a África Ocidental e a Aliança do Pacífico, aproveitando sua participação neste bloco latino-americano para promover plataformas de diálogo birregional. Esse tipo de diplomacia permitiria ao Peru se posicionar como um país com capacidade de conectar duas regiões geograficamente distantes, mas complementares.

COOPERAÇÃO SUL-SUL: CEDEAO E AMÉRICA LATINA

Uma semelhança marcante entre a África Ocidental e a América Latina é a constante construção de mecanismos de integração regional com vistas ao fortalecimento das relações multilaterais no continente. Tanto a CEDEAO quanto a Comunidade Andina (CAN), a Aliança do Pacífico, entre outras, compartilham objetivos de integração econômica, mobilidade de pessoas, cooperação em segurança e desenvolvimento sustentável.

Da mesma forma, grandes espaços regionais como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Africana também perseguem esses objetivos em nível continental, buscando melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.

Nesse sentido, seria importante promover a aproximação entre as duas regiões, a fim de fortalecer os diálogos e facilitar os entendimentos,

a fim de enfrentar melhor os desafios globais. Entre as ferramentas que poderiam contribuir para esse propósito estão a possível criação de fóruns birregionais entre a CEDEAO e a América Latina, a promoção de programas triangulares de cooperação técnica com a participação de organizações internacionais, o estabelecimento de alianças descentralizadas entre regiões e cidades, bem como a formação de redes de pesquisa compartilhadas, entre outros.

Estas propostas permitiriam reforçar uma relação mais horizontal, baseada na solidariedade, no intercâmbio de conhecimentos e na construção de soluções comuns para desafios comuns. Facilitar esses espaços seria um nicho interessante para o Peru, ampliando e diversificando seu trabalho diplomático e, portanto, sua influência.

PERU NA ÁFRICA OCIDENTAL, UMA PRESENÇA FORTE E CRESCENTE.
Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana.

AÇÕES CONCRETAS PARA O PERU

A gama de oportunidades oferecidas pela Nigéria e pela África Ocidental fortaleceria a presença do Peru na região e permitiria uma maior aproximação e entendimento entre nosso país e o continente africano. Nesse sentido, o Ministério das Relações Exteriores poderia tomar medidas concretas para promover essas aproximações, de acordo com o Plano Estratégico do Ministério das Relações Exteriores para a África 2024-2030, promovido pela Direção-Geral para a África, Oriente Médio e Países do Golfo.

A primeira dessas ações seria a expansão da presença diplomática do Peru na África Ocidental, estrategicamente, por meio do fortalecimento da Embaixada do Peru em Gana e do estabelecimento de acordos com países como Nigéria, Costa do Marfim e Camarões. Da mesma forma, a eventual abertura de uma embaixada em Abuja, na Nigéria, poderia ser considerada, particularmente relevante, pois é a sede da CEDEAO.

Para fortalecer as relações bilaterais, o Peru buscará a implantação da reciprocidade em termos de presença diplomática. No caso da África Ocidental, será proposta a abertura de uma Embaixada de Gana com sede em Lima, com o Peru como parceiro privilegiado no Pacífico.

Na área de comércio e investimento, o Peru buscará a aproximação entre as comunidades comerciais e empresariais entre os dois países, a fim de promover e aumentar o intercâmbio comercial e de investimentos. Ferramentas importantes para isso são os Seminários de Promoção de Comércio e Investimento. No caso da África Ocidental, o Segundo Seminário deste tipo foi realizado naquele ano em Acra, Gana.

Em termos de intercâmbio cultural, é crucial fortalecer a diplomacia cultural do Peru com um forte componente afro-peruano. Nesse sentido, exposições fotográficas como "Es Amador" facilitam a aproximação do legado afrodescendente do Peru com a herança cultural africana.

Por outro lado, eventos culturais como festivais de cinema permitem que a cultura peruana e sua história sejam divulgadas, por meio das histórias contadas por esses filmes. Exemplos notáveis são os filmes "Deliciosa Fruta Seca" e "Ainbo: Espíritu del Amazonas".

No mesmo sentido, atividades ligadas à dança e música afro-peruanas, especialmente com a presença de lideranças tradicionais africanas, permitem identificar semelhanças culturais em ritmos e movimentos, reconhecendo o inegável paralelismo entre as duas culturas. No caso de Gana, foi notória a valorização feita pelo Dzasetse Nii Amarkai III do povo Ga no âmbito do I Seminário de Música e Dança Peruana em Acra, quando destacou que "não há diferenças entre Gana e Peru, são iguais", em referência às semelhanças de nossa celebração e danças tradicionais ganenses.

AÇÕES CONCRETAS PARA O PERU.
Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana.
AÇÕES CONCRETAS PARA O PERU.
Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana.

No campo da gastronomia e bebidas espirituosas, o potencial de expansão da nossa gastronomia e pisco é imenso. Na culinária africana, especificamente na ganense, é possível observar os traços e origens de muitos pratos tradicionais da gastronomia peruana, a partir das semelhanças existentes, por exemplo, entre "waakye" e "tacu-tacu", o que abre oportunidades culinárias ainda a serem exploradas. Por outro lado, o continente africano é uma terra prometida para o nosso pisco e pisco sour, com enorme potencial de expansão. Atividades para promover o consumo de nossa bebida emblemática,

CONCLUSÃO:

como oficinas de preparação de pisco sour, oferecem a oportunidade não só de facilitar a expansão de nosso coquetel mais representativo, mas também de apresentar sua história e sua inegável peruanidade. No caso de Gana, a master class de preparação de pisco sour realizada em novembro de 2024 deu frutos concretos, atualmente, quatro estabelecimentos servem nosso coquetel principal, uma vinícola distribui nosso pisco e outros dois estabelecimentos estão programados para incorporá-lo à sua oferta em breve.

UM OLHAR ESTRATÉGICO E CULTURAL SOBRE O FUTURO COMPARTILHADO

O fortalecimento dos laços entre o Peru e a África

Ocidental representa não apenas uma oportunidade econômica, mas também um compromisso com a pluralidade, o diálogo intercultural e a construção de uma ordem internacional mais equitativa. Nesse processo, a Nigéria e a CEDEAO apareceram como aliados estratégicos que compartilham desafios comuns e aspirações convergentes com o Peru.

Do ponto de vista diplomático, o desafio é superar barreiras geográficas, linguísticas e históricas e construir relações baseadas no respeito mútuo, na cooperação horizontal e no reconhecimento de identidades compartilhadas. Do ponto de vista cultural, a reunião com a África Ocidental permite ao Peru ressignificar sua herança afrodescendente, valorizá-la como parte integrante de sua identidade nacional e projetá-la como uma ponte para o futuro.

O Ministério das Relações Exteriores do Peru, por meio de sua rede diplomática e seu compromisso

com a diplomacia cultural, pode desempenhar um papel de liderança nesse processo, promovendo uma nova narrativa Sul-Sul na qual o Peru seja reconhecido como um ator relevante na África e a África como uma região-chave na política externa peruana no século 21.

BIBLIOGRAFIA:

Adebajo, A. (2020). The Curse of Berlin: Africa After the Cold War. Oxford University Press Comunidad Económica de Estados de África Occidental (CEDEAO). (2023). Sobre CEDEAO. Recuperado de https://www.ecowas.int/

Ministerio de Comercio Exterior y Turismo del Perú (MINCETUR). (2023). Mapa de oportunidades comerciales para África. Dirección General de Promoción de Exportaciones.

AÇÕES CONCRETAS PARA O PERU. Fonte: Arquivo da Embaixada do Peru no Gana.

NIGÉRIA: CULTURA, INFLUÊNCIA E VÍNCULOS COM O PERU

abel cárdenaS tuppia

miniStro conSelheiro do Serviço diplomático da república do peru

A República Federal da Nigéria, localizada na África Ocidental, tem grande influência naquele continente devido ao seu peso econômico, demográfico e cultural. Com mais de 220 milhões de habitantes, é o país mais populoso da África e o sexto mais populoso do mundo, além de um dos motores políticos e econômicos da região.

Mas sua riqueza vai além de seus números: a Nigéria é uma nação vibrante, com diversidade cultural única e uma crescente presença internacional.

CULTURA NIGERIANA: UM MOSAICO DE TRADIÇÕES

A Nigéria tem uma das culturas mais ricas e diversificadas do continente africano. Possui mais de 250 grupos étnicos e línguas, tornando-se um verdadeiro caldeirão de tradições. Os três maiores grupos - Hausa, Igbo e Yoruba - possuem sistemas de crenças, culinária, danças, literatura e música únicos, que são cada vez mais conhecidos globalmente.

Certamente o leitor já ouviu falar de Nollywood, ou terá tido a oportunidade de ver um filme produzido

por esta grande indústria cinematográfica nigeriana, que se caracteriza por ser uma das maiores do mundo. Surgiu com o boom do petróleo e se tornou a segunda maior do mundo, superando Hollywood e atrás de Bollywood, com mais de 7000 títulos em 13 anos. Nollywood gerou um importante impacto cultural em todo o continente africano e foi internacionalizado através da diáspora africana no mundo.

NIGÉRIA ISLÃ Fonte: theafricareport.com

Da mesma forma, em termos musicais, a Nigéria tem sido chamada de "o coração da música africana". Gêneros como highlife (Gana e Serra Leoa) e palmwine ou maringa (Serra Leoa), que fundem ritmos nativos com técnicas importadas, serviram de base para o desenvolvimento de vários gêneros populares na Nigéria, como apala, fuji, jùjú e yo-pop. Da mesma forma, os músicos nigerianos criaram seus próprios gêneros derivados da cultura hip hop americana, destacando o hiplife (hip hop nigeriano) e o reggae nigeriano. Além disso, devemos mencionar que gêneros como o afrobeat influenciaram artistas do mundo todo, o que coloca a Nigéria cada vez mais na arena artística global.

É claro que uma sociedade é difícil de compreender se não considerarmos seus fundamentos religiosos. Na Nigéria, 99,69% da população se declara crente. A principal religião é o islamismo (50,8%), praticado principalmente no norte, e o cristianismo (42%), predominante no sul. Além disso, há uma minoria significativa que pratica religiões tradicionais africanas, muitas vezes de forma sincrética com o Islã ou o Cristianismo. Deve-se notar também que as práticas religiosas muçulmanas e cristãs naquele país têm uma grande presença de elementos sincréticos de religiões tradicionais, como o iorubá, e a identificação de suas divindades (orixás) com ícones ou personagens religiosos típicos do islã ou do cristianismo

Para entender melhor o que queremos dizer quando falamos de religiões tradicionais, devemos considerar que nelas existe um "mundo mítico" (reino espiritual), diferente do sensorial, que não é alterado pelo tempo e compartilha o espaço físico, de forma paralela. É um espaço repleto de figuras lendárias e/ou divinas que criaram ou estabeleceram as atividades que compõem a vida cotidiana (como caçar, reunir, guerrear ou amar).

Outro aspecto importante para entender o imaginário coletivo nesta região do mundo é a noção de tempo que os povos da África administram. Não é uma concepção linear, nem circular, mas um "eterno agora", focado mais em uma sequência causal do que cronológica, já que o passado implica uma aproximação à fonte original. Nesse sentido, tendem a dividir os seres humanos pela proximidade com a fonte, assim, os primeiros a serem criados têm preeminência sobre os últimos, portanto, esses povos têm muito respeito pelos mais velhos.

NOLLYWOOD
Fonte: rexclarkeadventures.com
HIGHLIFE IGBO DA NIGERIA Fonte: nairaland.com

A NIGÉRIA E SEU PAPEL NA ÁFRICA

A Nigéria é considerada o "gigante da África", pois é uma das maiores economias daquele continente, graças às suas reservas de petróleo, gás natural e um crescente setor de tecnologia. É também um ator fundamental na União Africana e em organizações regionais como a CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental).

NIGÉRIA E PERU: LAÇOS CRESCENTES

Embora geograficamente distantes, a Nigéria e o Peru desenvolveram relações diplomáticas e comerciais. As relações bilaterais com a Nigéria começaram em 1971, por meio de uma troca de notas e, desde então, vêm aumentando constantemente ao longo do tempo.

Nos últimos anos, tem havido um interesse renovado em fortalecer os laços entre nossos dois países, por meio de intercâmbios culturais, cooperação Sul-Sul e oportunidades comerciais.

No campo cultural, o estudo das raízes africanas no Peru, particularmente na costa peruana, levou a um interesse renovado pelas culturas africanas, incluindo a nigeriana. Nesse sentido, a Nigéria representa um ponto chave para entender o legado da diáspora africana na América Latina.

Além disso, o Peru vê a Nigéria como um mercado estratégico na África para a exportação de produtos agrícolas, farmacêuticos e de serviços, enquanto a

Além disso, tornou-se um centro do pensamento intelectual africano, com figuras como Chinua Achebe (autor de Everything Falls Apart) e Wole Soyinka, o primeiro africano a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.

Nigéria está interessada no conhecimento peruano de pesca, agricultura em alto mar e gastronomia.

A Nigéria não é apenas mais uma nação africana: é uma potência cultural, econômica e política que representa o espírito resiliente e diversificado do continente. Sua influência se estende além de suas fronteiras, chegando até o Peru, com quem compartilha interesses em desenvolvimento, cultura e cooperação. Com o fortalecimento desses laços, ambos os países têm muito a ganhar, tanto bilateralmente quanto na construção de um diálogo Sul-Sul mais sólido.

Para que tudo isso seja possível, precisamos buscar uma melhor compreensão do imaginário coletivo do povo nigeriano, que vai além de suas tradições e cultura, mergulhando no espírito que os anima, que lhes dá sentido e que forma a base de seus gostos e necessidades.

CHINUA ACHEBE
Fonte: bard.edu
WOLE SOYINKA
Fonte: tfana.org

EXPANDINDO A AFRICANIDADE

PONTES DE EMPODERAMENTO PARA MULHERES NA ÁFRICA

OCIDENTAL E NO

PERU

A proteção dos direitos das mulheres e seu empoderamento são questões de alta prioridade na agenda internacional. Vários países e organizações internacionais promovem ativamente iniciativas destinadas a melhorar as condições de vida das mulheres, especialmente aquelas pertencentes a setores vulneráveis. Essa preocupação se torna mais relevante em regiões do Sul Global, onde as mulheres muitas vezes enfrentam maiores desigualdades estruturais e socioeconômicas que limitam seu acesso a recursos, serviços e oportunidades de desenvolvimento.

Nesse contexto, as estratégias de empoderamento econômico das mulheres não apenas representam uma resposta a essas lacunas, mas também se configuram como plataformas de cooperação. América Latina e África Ocidental, regiões com problemas sociais comuns, têm feito esforços significativos para promover o papel das mulheres, especialmente nas áreas rurais.

Na África Ocidental, um dos programas mais representativos nesta linha é a Incubadora de Empresas para Mulheres Empreendedoras Africanas (BIAWE), promovida pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em colaboração com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e a

Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD).

Entre 2018 e 2020, este projeto promoveu a criação de centros de incubação de empresas nas áreas rurais de Burkina Faso e Serra Leoa, que proporcionaram às mulheres treinamento em igualdade de gênero, acesso a mercados, processamento de produtos locais como cereais, mandioca, peixe, óleo de palma e aves, bem como microcréditos para desenvolver pequenos negócios. Em contextos em que as famílias dependem principalmente da agricultura de subsistência, a transição para modelos de agronegócio também foi incentivada (CEDEAO, 2018, 2020).

Em 2024, a CEDEAO complementou essas ações com a criação da Feira de Negócios da Federação das Mulheres Empresárias (FEBWE), um espaço para as mulheres africanas exporem os seus produtos e expandirem as suas redes de negócios.

No mesmo ano, em colaboração com o Ecobank, foi lançado na Nigéria o Programa de Empoderamento de Mulheres Comerciantes, oferecendo treinamento empresarial a 400 mulheres comerciantes por meio de orientação e acesso financeiro, para prepará-las para aproveitar as oportunidades da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA) e contribuir para o crescimento econômico regional.

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NA ÁFRICA OCIDENTAL, AS MULHERES RURAIS ESTÃO IMPULSIONANDO A MUDANÇA Fonte: Ifad.org

CEDEAO

Source: hausa.libertytvradio.com

Esta iniciativa reflete a Visão 2025 da CEDEAO, que busca promover o crescimento inclusivo e o desenvolvimento sustentável na região. De acordo com a Comissária da CEDEAO para os Assuntos Económicos e Agricultura, Sra. Massandjé ToureLitse, estas ações seriam "uma forma de construir pontes em toda a região da África Ocidental em termos de empoderamento, preparando as mulheres (...) e desenvolver sua capacidade, não apenas para que sejam empoderadas socialmente, mas também economicamente.

Essas experiências africanas encontram um paralelo interessante no Peru, onde o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Irrigação (MIDAGRI), por meio da Direção de Promoção das Mulheres Produtoras Agrícolas (DPMPA) e Agroideas, vem promovendo, desde 2022, a Estratégia de Empreendedorismo de Mulheres Rurais e Indígenas (EEMRI), que prestou apoio a organizações de mulheres rurais e indígenas por meio de subsídios para planos de empreendedorismo e empoderamento econômico (MIDAGRI, 2025). Nesse contexto, a EEMRI promove empreendimentos nos setores agrícola, pecuário e florestal, a fim de melhorar a renda das mulheres, fortalecer sua autonomia econômica e reduzir as disparidades de gênero nas áreas rurais.

Por outro lado, o Ministério da Mulher e Populações Vulneráveis (MIMP) apresentou a Estratégia Nacional para Mulheres Empresárias (ENME) com o objetivo de promover a autonomia econômica por meio de treinamento, empréstimos, redes de contato, instrução para o uso econômico da terra e meios de produção, para mulheres que lideram empresas, empresas e associações empresariais, especialmente aquelas que residem em áreas rurais do Peru.

As iniciativas desenvolvidas em regiões tão distantes como a África Ocidental e o Peru mostram uma abordagem compartilhada que reconhece o desenvolvimento econômico como a base do empoderamento das mulheres, que é promovido por meio da autonomia econômica, da capacitação e da valorização do conhecimento local.

As mulheres participam ativamente das atividades produtivas e seu papel no desenvolvimento nacional é fundamental. A União Africana destaca a contribuição das mulheres rurais na transformação dos sistemas agrícolas e alimentares, ao mesmo tempo em que alerta que sua carga de trabalho no setor agrícola aumentou devido à emigração masculina. Em resposta, também promove programas voltados para a educação e integração econômica por meio da promoção do empreendedorismo.

Entre esses esforços, destaca-se o programa Criando Oportunidades para Jovens e Mulheres na África (COYWA), desenvolvido em conjunto com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID), que busca fortalecer capacidades, promover o empreendedorismo e promover a inclusão social, com ênfase na igualdade de gênero e direitos humanos.

Nesse contexto, abre-se uma oportunidade para promover a cooperação Sul-Sul focada no intercâmbio de conhecimentos, experiências e metodologias. Um diálogo entre mulheres afrodescendentes, andinas, indígenas e africanas permitiria o compartilhamento de aprendizados e o fortalecimento de redes. Poderia também contribuir para tornar visível a importância do papel das mulheres no desenvolvimento sustentável, numa perspectiva comunitária, intercultural e descentralizada.

Para o Peru, esse tipo de intercâmbio representa uma forma de diversificar sua projeção internacional, especialmente para regiões como a África, com a qual compartilha interesses em desenvolvimento social e segurança alimentar. A cooperação em matéria de empoderamento das mulheres pode ser um ponto de entrada eficaz, uma vez que é uma agenda partilhada, transversal e estratégica.

As experiências de empoderamento econômico das mulheres rurais na África Ocidental e no Peru mostram que, apesar das diferenças geográficas e culturais, existem caminhos comuns que podem ser percorridos juntos. De centros de incubação em Burkina Faso e Serra Leoa a estratégias MIDAGRI em áreas rurais andinas e amazônicas, é tecida uma rede de iniciativas que colocam as mulheres no centro como agentes de mudança e desenvolvimento. Transformar essas coincidências em oportunidades de cooperação efetiva dependerá da vontade política, do compromisso institucional e, acima de tudo, da capacidade das próprias mulheres de liderar esses processos.

Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. (2024, 25 de abril). Lançamento do projeto “Incubadora para mulheres empresárias” em Serra Leoa. AECID. Recuperado em 16 de julho de 2025, de https://www.aecid.es/w/lanzamiento-delproyecto-incubadora-para-mujeres-empresariasen-sierra-leona

Comunidad Económica de Estados de África Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental. ECOWAS (s.d.). Diretoria: Gênero, Juventude, Esportes, OSC, Emprego e Controle de Drogas. Recuperado em 16 de julho de 2025, de https://www.ecowas.int/directorate/gender-youthsports-cso-employment-and-drug-control/

Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, ECOWAS. (2024, 12 de março). ECOWAS abrirá centros de incubação de empresas para mulheres empreendedoras em áreas rurais da África Ocidental. Recuperado em 16 de julho de 2025, de https://www.ecowas.int/ecowas-to-open-businessincubator-centres-for-women-entrepreneurs-inrural-areas-of-west-africa/

Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS). Ecobank capacita 400 mulheres comerciantes na Nigéria. Recuperado em 16 de julho de 2025 de https://www.thisdaylive. com/2024/10/30/ecowas-ecobank-empower-400women-traders-in-nigeria/

Ministério da Mulher e Populações Vulneráveis do Peru. (2024). Anexo [documento institucional]. Recuperado em 16 de julho de 2025, de https://cdn.www.gob.pe/ uploads/document/file/7568586/6426916-anexo. pdf?v=1738429314

RESENHA DO LIVRO MEMÓRIAS DE UM PRIMATA: A VIDA NÃO CONVENCIONAL DE UM NEUROCIENTISTA ENTRE BABUÍNOS (2015) DE ROBERT SAPOLSKY

Jimy truJillo chuQuihuaccha

Segundo Secretário do Serviço diplomático da república do peru

É provável que o nome de Robert Sapolsky seja pouco conhecido para o leitor alheio à primatologia. Ao contrário de outros ramos da ciência que foram assimilados aos imaginários da cultura pop, como a física, o estudo dos primatas manteve uma presença limitada na mídia. Até mesmo o surgimento de ícones culturais como Jane Goodall ou Dian Fossey, acabou ligando essa disciplina ao ativismo e à ecologia, e não à popularização da ciência ou da ficção especulativa.

Embora isso não deva representar um desincentivo ao abordar o trabalho de Sapolsky, que na última década conquistou o reconhecimento de títulos de destaque no campo da divulgação científica. Graças à sua excelente formação acadêmica – em antropologia biológica e neuroendocrinologia – o cientista americano conseguiu navegar em campos tão diferentes quanto a neurociência (Why Zebras Don't Get Ulcers, 1994), a biologia comportamental (Behave, 2017) e, recentemente, a filosofia da liberdade (Determined: A Science of Life Without Free Will, 2023).

Curiosamente, dentro de seu extenso catálogo de publicações, Memórias de um Primata é, talvez, o título mais notável e, de certa forma, o mais íntimo. Motivado pelo interesse em estudar o comportamento de babuínos machos na natureza, o americano, poucas semanas depois de se formar na Universidade de Harvard, optou por deixar o conforto de seu laboratório para se estabelecer em um parque nacional no Quênia. Assim, por mais de vinte anos, sua árdua tarefa de observação acabou convergindo e, em certa medida, retroalimentando-se das complexas dinâmicas sociais, políticas e culturais da África Subsaariana.

A base do livro está, então, em uma pesquisa sobre o comportamento dos babuínos em seu próprio ambiente. O objetivo acadêmico do jovem Sapolsky não era outro senão entender até que ponto as relações sociais entre esses primatas acabavam influenciando seus níveis de estresse. Nesse sentido, o texto resume, por meio de uma linguagem distante de tecnicalidades, décadas de pesquisa de campo, democratizando assim o conhecimento acadêmico de uma disciplina tão fascinante quanto a primatologia.

No entanto, o autor não classifica seu trabalho no campo da divulgação científica. Pois bem, embora seja verdade que o livro sintetiza um vasto e anedótico conhecimento sobre o comportamento social dos babuínos, ele também busca aproximar o leitor por meio de uma história pessoal, compartilhando o processo de aprendizagem de um jovem pesquisador perdido em um continente tão belo quanto desafiador. É precisamente graças a esse testemunho, Memórias de um Primata pode ser entendido, por sua vez, como uma espécie de abordagem socioantropológica do tecido cultural e político da região da África Oriental nos anos 80.

Inspirado por esse caráter inerente à exploração, o primatologista acaba se inserindo, muitas vezes sem procurá-lo, dentro da complexa dinâmica existente na África Oriental. As intermináveis viagens, sua arriscada visita a Uganda após a queda do déspota Idi Amin, a intrépida jornada pelas montanhas Ruwenzori em busca da tumba de Dian Fossey, os ataques quase fatais de formigas guerreiras, as constantes brigas com guardas florestais e, acima de tudo, os inúmeros golpes de que foi vítima; são apenas algumas das experiências mais interessantes que ele teve que superar por mais de duas décadas.

Além disso, graças ao seu estilo informal, mas brutalmente honesto, a caneta de Sapolsky é capaz de retratar uma multiplicidade complexa de personagens. Como resultado das condições de sua pesquisa, o cientista acaba interagindo com tribos que residem nos territórios do Quênia e da Tanzânia. Isso permite que ele aprenda sobre seus costumes e sua resistência às mudanças culturais do Ocidente. Por exemplo, uma de suas melhores amigas é Rodha, uma mulher meio Maasai e meio Kikuyu, que incentiva as crianças de sua etnia a continuar sua educação formal, apesar da oposição dos mais velhos. Por

outro lado, Samwelly é o nome de um jovem Kikuyu que se torna seu ajudante de campo, representando uma geração de quenianos navegando em suas tradições tribais e nas oportunidades do mundo contemporâneo.

No entanto, a coisa mais resgatável sobre essa abordagem da intrincada realidade africana é a empatia sob a qual a história é construída. Ao longo do texto, o americano não pretende dar uma palestra sobre as raízes dos conflitos na África subsaariana. Pelo contrário, o tom coloquial com que narra suas experiências permite que ele se insira, curiosamente, como mais um personagem que enfrenta as dificuldades estruturais daquela região. Desta forma, somos convidados a refletir sobre o antropocentrismo, o abandono institucional, o impacto negativo do turismo em vários ecossistemas, a corrupção corrosiva em quase todas as esferas da sociedade, a fragilidade do compromisso humano com a natureza e a indiferença generalizada a algumas espécies de animais.

Em suma, Memórias de um Primata apresenta-se como uma obra que, partindo de uma premissa de divulgação científica, é capaz de traçar um retrato íntimo, ainda que limitado, da complexa realidade africana. Embora seja verdade que a narrativa de Sapolsky muitas vezes parte da inocência, medo ou frustração, sua abordagem ao desconhecido é sempre construída a partir de uma postura profundamente empática. Longe de buscar verdades absolutas ou explicações intrincadas, o autor oferece um testemunho profundamente humano não apenas de suas descobertas sobre o comportamento dos babuínos, mas também de sua coexistência com as tensões e desigualdades que atravessam as sociedades da África Oriental.

Autor: Robert Sapolsky | Título original: A Primate’s Memoir: A Neuroscientist’s Unconventional Life Among the Baboon | Tradução: Josefina Ruiz Hernández

Ano de publicação: 2015 (2001) | Editora: Captain Swing

Número de páginas: 407

ATTIÉKÉ COM PESCADO ASSADO

INGREDIENTES (PARA 4 PESSOAS)

- 4 peixes (dourada, tilápia ou cavala).

- 2 dentes de alho moídos.

- 1 colher de sopa de gengibre ralado.

- 1 colher de sopa de mostarda.

PARA O ATTIÉKÉ:

- 500 g de attiéké (sêmola de mandioca)

- 1 cebola picada.

- 1 tomate cortado em cubos.

- 2 colheres de sopa de óleo vegetal.

- Sal.

PREPARAÇÃO:

1. Para preparar peixes refogados, limpe os peixes e faça incisões nas laterais para melhor absorção dos temperos. Misture o alho, o gengibre, a mostarda, o azeite, o sal e a pimenta para fazer uma marinada. Cubra o peixe com esta marinada e deixe descansar em local fresco por 30 minutos. Grelhe o peixe no carvão ou no forno a 200ºC durante cerca de 20 minutos, virando-o a meio da cozedura.

- colheres de sopa de óleo vegetal.

- 1 colher de chá de pimenta em pó (opcional).

- Sal e pimenta.

PARA O MOLHO DE TOMATE:

- 3 tomates frescos, liquidificados

- 1 cebola

- 1 colher de pasta de tomate

- 2 colheres de óleo

- 1 cubo de caldo (opcional)

- Sal e pimenta

2. Para preparar o attiéké, esmigalhe o attiéké em uma tigela grande. Cozinhe no vapor ou micro-ondas por 3 a 5 minutos. Misture o attiéké com a cebola, o tomate, o azeite e o sal. Reservar.

3. Para preparar o molho de tomate, aqueça o azeite em uma panela e frite a cebola picada até ficar transparente. Adicione os tomates misturados e a pasta de tomate. Cozinhe por 10 minutos. Tempere com sal, pimenta e, se desejar, um cubo de caldo.

PARA O PEIXE COZIDO:

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