Ciclone junho 2016

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ANO XX- N.º 63 * JORNAL DO COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - LEIRIA

JUNHO DE 2016


FÉRIAS

Ficha Técnica

A vida é caminhada fascinante Corrida sem parar para a meta Seguindo o sonho de uma grande aventura… Quantas histórias de vida Tecidas com fios de esperança… Acariciaram o nosso ser em crescimento!

Jornal do Colégio de Nª Sª de Fátima Ano XIX - nº 63 junho de 2016

Quantas vitórias alcançadas E. num esforço renovado, acalentaram o coração… Quantas novas descobertas puxadas Pela linguagem do afeto … Quantos milagres de vida nova explodiram Como sinais da passagem de Deus. Ano de novidades, de encontros… de oração: O jubileu atraiu todo o Colégio Que em peregrinando acorreu à Porta Santa E turma a turma refletiu e rezou… Percorrendo as estações da misericórdia. Pediu perdão e celebrou a amizade com Deus. Em Maio, Maria nos visitou Qual mãe cheia de ternura e alegria nos abraçou Como outrora à prima Isabel. À sua imagem branca, todo o Colégio acorreu Louvando com amizade esta mãe carinhosa Que, com Jesus, nos trouxe a salvação. Boas férias Irmã Maria Manuel

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Colaboradores Alunos e professores do Colégio

Coordenação Ir. Maria Manuel Fonseca Prof. Paulo Rosa

Capa e arranjos gráficos Prof. Paulo Rosa

Este exemplar foi totalmente composto, paginado e impresso no Clube de Jornalismo do Colégio Nª Sª de Fátima Leiria


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Voar. Eu queria voar mais alto. Mais alto do que alguma vez alguém voou. As outras águias diziam que se nem sequer voo levantar eu conseguia, como é que alguma vez mais alto do que elas voaria? Naquela manhã de Abril 25, já, quando a senha soa. E um raio de cor, de luz, invade as ruas de Lisboa. "E depois do adeus" Seguida de "Grândola, Vila Morena" Marcava o início da entrada Do MFA em cena. Soldados tomaram as ruas Unidos, a avançar Cercaram o quartel do Carmo Com Salgueiro Maia a comandar. Saiu à rua também O povo sem medo, a apoiar "Povo unido jamais será vencido" Não paravam de gritar. Cravos, símbolo deste dia Não disparou nenhum canhão Colocados nos canos das armas Deram nome à revolução. O ano foi 1974 O movimento militar Os capitães de Abril lutaram Para com o Estado Novo terminar. Liberdade, liberdade! Terminou a ditadura Com ela, também o lápis azul Na escrita, era uma forma de censura. E já nos nossos dias Porque é importante relembrar 25 de Abril é feriado Para esta data celebrar. Mariana e Bernardo - 5º B

Eu perguntava-me o mesmo. A sério que sim. Mesmo que chegasse lá acima seria o meu fim. Eu mal sabia bater as asas se eu chegasse lá acima cairia, pelo menos era o que toda a gente me dizia... Mas eu sabia melhor do que eles. Eu acreditava nas minhas asas e sabia que não era só uma ave reles. Faltava-me coragem para me levantar, bater as asas e voar. Faltava-me coragem para os enfrentar e quando estivesse lá em cima gritar: "E agora, quem é que fica aí a olhar?" Por isso, um dia levantei-me e preparei-me para voar. Não, não correu bem. Caí? Sim. Riram-se de mim? Também. Mas no meio do meu falhanço descomunal aprendi uma coisa brutal: A ciência do ser melhor não está no voar bem logo à primeira. Está no cair à segunda, porque se caíste à segunda, quer dizer que caíste à primeira e não desististe. Que continuou lá o teu objetivo e que dissessem o que dissessem não te esqueceste do teu motivo. Ignorância não é não saber a resposta à pergunta. Ignorância é não ver para além do que está a ser perguntado. Sara Lopes Ferreira - 8.º B

O Papa Francisco propõe simples manifestações concretas de amor:

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1. Sorrir. Um cristão é sempre alegre! 3. Lembrar ao outro o quanto o ama. 4. Cumprimentar com alegria as pessoas que vê todos os dias. 5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor. 6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de si. 7. Animar a alguém. 8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro. 9. Corrigir com amor; não calar por medo. 10. Ter delicadezas com os que estão perto. 11. Ajudar os outros a superar os obstáculos.


Ana Maria Rolo nasceu a 12/12/1961, é auxiliar de educação e trabalha em Leiria, no Colégio de N.ª Sr.ª de Fátima. N: O que acha desta cidade? A: É uma cidade agradável para viver, por estar situada junto ao magnífico castelo; é bonita, com os seus monumentos, o jardim e toda a zona envolvente ao rio Liz. N: O que melhoraria nesta cidade? A: Optaria pela construção de mais zonas verdes, pelo melhoramento da zona histórica (encerramento de alguns bares de modo a esta zona ser mais habitada) e pela implementação de medidas na circulação automóvel da cidade. N: O que mais aprecia em Leiria e porquê? A: As zonas arborizadas junto ao rio, onde podemos desfrutar de momentos mais calmos; as suas igrejas e as suas gentes. N: Quais as maiores vantagens que esta cidade nos oferece? A: A sua localização, que nos faz estar perto de tudo (incluindo as praias), a existência do IPL e a grande variedade de lojas. Manuel é o dono de um N: Na sua opinião, esta cidade apresenta alguma desvantagem? Se sim, porquê restaurante "O Manel da Quitéria" e qual? muito apreciado por muitos leirienses A: É uma cidade com muito relevo (altos e baixos), logo não é muito apetecível e estrangeiros, graças à qualidade da andar de bicicleta na cidade. Para além disso, é um local com grandes amplitudes comida. térmicas e, por vezes, muito húmida. Entrevistador: Como surgiu a N: O que mais gosta de fazer aqui? ideia de criar um restaurante em Leiria? A: Andar nas zonas verdes; visitar os Manel: O meu pai era empregado e, depois, fundador deste restaurante monumentos com a família e desfrutar da em 1962, no qual eu, em 1986, segui o mesmo caminho, até hoje. cidade e arredores, já que Leiria está muito E: O que acha da restauração de Leiria? perto de Fátima e da nascente do rio Lis. M: É uma restauração rica em pratos confecionados. Temos restaurantes muito boa qualidade e de referência no país. Laura Neto e Maria Inês Neves - 7.º B E: Qual é o prato mais apreciado pelos seus clientes? M: O meu restaurante está vocacionado para a variante do peixe selvagem e carne de qualidade. E: Acha que o restaurante está bem localizado na cidade de Leiria? M: Sim. Está na zona histórica da cidade, junto ao comércio tradicional e aos mais variados serviços. E: Qual é o seu local preferido da cidade? Porquê? M: A zona histórica, porque somos visitados por alguns estrangeiros, e por visitantes portugueses, particularmente quando se realizam eventos. E: Acha que o negócio da restauração está em crise?Porquê? M: Sim. Porque há muita concorrência e os impostos são muito elevados. E: Qual é a sua opinião em relação ao turismo de Leiria? M: Penso que as autoridades podiam desenvolver mais o turismo na nossa cidade.

"A cidade de Leiria aos olhos dum professor apaixonado pela Natureza" José Artur Pinto, professor de Matemática e Ciências Naturais do 2º ciclo, no Colégio Nossa Senhora de Fátima dá-nos a conhecer a cidade de Leiria. Apesar de não ter nascido na cidade, mudou-se para a mesma há cerca de quarenta anos, trazido pelos seus pais. Público: Qual é o seu local preferido na cidade? Porquê? José Pinto: O castelo pela enorme diversidade de flora, pela vista que tem para a cidade e também, pela sua história. No entanto, afirma que também existem aspetos negativos em Leiria. Entre eles, refere o facto, do rio Lis estar gravemente poluído. Segundo o professor, o rio poderia ser uma mais-valia para a cidade caso estivesse limpo, pois permitiria que se tomasse banho no mesmo. Através da corrida e do ciclismo, o professor descobriu recantos que de outra forma não conheceria, tais como a Mata da Curvachia, a dois quilómetros do centro de Leiria. Para além disso, nomeia o projeto POLIS (visa o desenvolvimento de percursos nas margens do rio e ao longo de toda a cidade) como uma grande mais-valia para a cidade, incentivando este, a prática de desporto por parte dos leirienses. Porém, como todas as cidades, existem sempre aspetos a melhorar. Na opinião do professor, para além da qualidade de água referida anteriormente, também, melhoraria o funcionamento dos transportes públicos, a nível do preço, sendo este, na opinião do mesmo, apenas simbólico. Ao ponto de vista do José Artur Pinto, as regiões em redor do estádio deviam ser aproveitadas para centralizar os serviços públicos, desde as finanças à segurança social. Na cidade de Leiria, o nascimento das suas duas filhas foi o momento mais memorável que passou na mesma. Após ser questionado sobre o prato regional que mais aprecia, José Artur afirmou, de imediato, a sua admiração pelas morcelas de arroz, acompanhadas com couve. Nos seus planos futuros, o professor pretende continuar a viver em Leiria.

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Ana Silva e Inês Vieira - 7ºA


Parlamento dos Jovens

Viajar Viajar, um verbo muito u sado hoje em dia. As pessoas asso ciam-no à cultura, ao conhecimento do mundo, ao saber mais. Será que é preciso ir longe para e ncontr ar coisas maravilhosas? Que direito temos nós de ir ver outras coi sas a outros paíse s/cidades, quando muitas vezes nem sabemos de que cor é o puxador da gaveta da cozinha? Quando v i aj a m o s , e s t a m o s a subestimar o po der de observação, quer dizer, se eu for a Madrid, eu vou reparar nos grandes museus; e na casa vermelha mesmo ao lado do museu? Sim, aquela em que ninguém repara, aquela que pode estar vazia ou cheia de surpresas, mas quem repara? Afinal, um museu grande e óbvio é sempre melhor, não? A riqueza das coisas está naquilo que ninguém repara. Para que é que eu vou querer saber aquilo que toda a gente sabem para que é que eu vou querer ver aquilo que toda a gente já viu? "O essencial é invisível aos olhos".

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Sara ferreira - 8º B

O Parlamento dos Jovens é um projeto nacional que se iniciou em 1995 com o objetivo de dar oportunidade aos jovens de terem uma experiência de como funciona o nosso mecanismo democrático em Portugal e discutir temas e assuntos sérios mas numa perspetiva mais juvenil e não no contexto político. Este projeto desenrola-se anualmente e engloba jovens do ensino básico e secundário. Este ano, o tema foi o “Racismo, Preconceito e Discriminação”. Este é um tema que tem muito para falar e discutir, pois as opiniões são muito diversas e por vezes, bastante divergentes. O debate de ideias é por isso muito interessante e as diferentes perspetivas são importantes para implementar as melhores soluções para combater este problema da nossa sociedade. No final dos 2 dias em Lisboa, foram votadas várias medidas que serão propostas à Assembleia da República. Essas medidas vão posteriormente ser discutidas pelos deputados que elegemos nas últimas eleições, para possivelmente uma, ou todas acabarem como lei/medidas para o futuro. O colégio, mais uma vez, esteve em destaque no projeto do Parlamento dos Jovens. Fomos à Sessão Distrital e conseguimos ser uma das 4 escolas a representar o distrito de Leiria e, ainda mais, conseguimos que fosse eleita uma aluna da nossa escola, Filipa Edra, a assumir o papel de porta-voz de Leiria. Duas vitórias bem saborosas. Foi também como deputada à sessão em Lisboa a aluna Maria Francisca Almeida, ambas representaram muito bem as cores do colégio. Nos dias 2 e 3 de maio, rumámos à Assembleia da República e durante estes dias as experiências ficarão sempre gravadas na memória de todos aqueles que participaram neste desafio. Ideias partilhadas, medidas discutidas e muitas amizades se fizeram. Foi uma experiência única. O Parlamento em si foi algo que nunca vamos esquecer: a arquitetura do espaço em si, o debate de ideias e o facto de ser um importante centro de decisão com um impacto direto nas nossas vidas quotidianas. Obviamente, o contacto direto e exclusivo com deputados e figuras políticas foram igualmente tidas como um fator determinante para o enriquecimento pessoal de cada um dos participantes. Não é todos os dias que temos um deputado a olhar-nos “olhos nos olhos”. Consideramos ter sido um privilégio, sentarmo-nos nos locais onde habitualmente estão os políticos, pois diferentemente dos anos anteriores, este ano os alunos deputados realizaram a sua sessão plenária no Hemiciclo, quando é costume ser na sala do Senado. Também os jornalistas tiveram a oportunidade de observar a magia de discussão a acontecer. Ideias a contrapor outras ideias, pensamentos a serem transmitidos de forma brilhante, e decisões e medidas tomadas com impacto na vida de todos os Portugueses. Foram entrevistados vários deputados e até o Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior. A forma esclarecedora com que encararam as nossas perguntas foi reveladora da importância do nosso tema. Ficámos alojados no Inatel de Oeiras, um local perto do rio Tejo, com uma bonita vista. Esta visita à Assembleia da República e a ideia em si do “Parlamento dos Jovens”, é um meio muito adequado de dar a conhecer aos jovens em idade escolar, um mundo muito diferente e de os incentivar na participação na vida em sociedade e no debate de ideias, bem como na importância de exercermos o direito de voto e de vivermos em Democracia. Foi de facto uma experiência muito interessante e inesquecível! Estamos todos de Parabéns e… até para o ano, certamente! João Diogo Santos Rosa 8.º B


Ser Voluntária a fazer o Bem Foi uma experiência que mudou totalmente a minha vida- contava-me Elisa Carminho, uma jovem que conheci na escola primária. Elisa é uma jovem que tem agora 17 anos. Tinha, desde pequenina, o sonho de ir fazer voluntariado a Angola para ajudar os meninos pobres. E, este verão, concretizou o seu desejo. Em julho, foi passar duas semanas a Luanda, como voluntária. Esteve-me a falar da sua viagem que adorou. O que mais a tocou foi ver no rosto das crianças pobres o seu sorriso o que a pôs muito, muito feliz. Elisa contou-me como a ideia começou. Primeiro, fez voluntariado na sua cidade, em Aveiro, com um grupo de estudantes. Passado uns meses, decidiram que queriam ir mais além e ajudar quem realmente necessitasse. Depois, planearam juntos concretizar esse projeto e, dentro de um mês, já tinham a data marcada para ir passar uns dias a Angola, como voluntários. Partiram num avião dia 11 de Julho. Levaram com eles comida, roupas, e também alguns brinquedos, para dar às crianças carenciadas. Quando chegaram a Luanda, repararam que lá tudo era diferente. Havia famílias a viveram nas ruas, sem habitação, bairros precários, escassez de água. Foram para

um instituto que acolhia crianças pobres. Assim que Elisa as viu, observou logo os seus olhares tristes, nas suas velhas roupas e nos corpos magros, o sinal da pobreza. Ofereceramlhes comida, água, roupas novas e alegria aos seus rostos. Passaram duas semanas com eles e mudaram-lhes as suas vidas completamente. De crianças tristes passaram para crianças alegres. Deram-lhes materiais escolares e brinquedos. "Aqueles meninos nunca teriam sido tão felizes, o sorriso na cara deles fez-me chorar de alegria. Custoume muito voltar para o meu país"- contava-me Elisa. Naquela viagem viveu momentos que nunca mais esquecerá. Lembro-me também que me disse que uma menina, chamada Laura, lhe perguntou se a podia trazer com ela para Portugal. Elisa ficou marcada na vida de Laura e a Laura ficou marcada na dela. Mas, como tudo tem um fim, teve que se ir embora de Angola. Mas, sem dúvida, que foram os dias mais marcantes da sua vida. Emocionei-me muito com esta história. "Irei para sempre lembrar-me destas crianças. Tornei-as felizes"- dizia Elisa. Ana Sofia Santos Gaspar - 9ºB

Viagem à Finlândia Foi maravilhoso o nosso concurso do qual resultou o prémio de uma viagem à Finlândia. Cheguei a Helsínquia já fascinado, porque com o meu grupo, eu e o João, estivemos em Munique 8 horas. Visitámos a cidade. Aí fomos presenteados com neve , o que há um mês, não acontecia! Após uma noite, partimos para Rauma onde nos encontrámos com o grupo 1 na Antiga Rauma (parte velha da cidade) e após uma pequena luta de neve partimos para a Forchem. A Forchem foi uma empresa que me despertou o interesse porque transforma resíduos em matérias primas de coisas comuns do dia a dia. Como o processo é todo automatizado, numa empresa de milhões trabalham apenas cerca de 50 pessoas. A minha família de acolhimento era composta por 5 elementos. A mãe (Soili) o Pai (Janne) o irmão mais velho (Eemeli) a rapariga (Elli-Marie) e a irmâ mais nova (Iidaa). Todos eles eram bastante simpáticos; falavam bastante bem inglês. Ligavam muito à reciclagem e a poluir o menos possível, tanto que a Elli quando não ia de bicicleta para a escola ia de autocarro. Nesse mesmo dia fomos à sauna, que adorei e, apesar de receoso, mergulhei no lago com a água próxima dos 0 graus. Visitámos duas escolas e foi de facto algo bastante impressionante. Logo que chegámos vimos que a escola, não tinha muros e vimos imensas bicicletas, que eram dos

alunos. A cantina, ao almoço, não só tinha água como bebida, mas também leite! Bebem leite em todas as refeições! Uma coisa que me fascinou foi o facto de serem os próprios alunos a tratar de tudo o que nos dizia espeito e ao que íamos fazer, como ir pescar… Na escola, eles tinham uma disciplina sobre como gerir a casa: havia atividades como cozinhar, limpar a sanita, entre outras, e penso que é extremamente importante para preparar os jovens para o futuro. Tive também a oportunidade de passear pelos bosques finlandeses com a minha família de acolhimento. As paisagens são deveras magníficas! Fiquei maravilhado com o cuidado que eles têm pela Natureza; o Governo finlandês tem um projeto florestal para os próximos 200 anos. Apesar de saber que não podíamos ficar em Rauma mais tempo, achei a nossa estadia demasiado breve, porque quando já tínhamos "quebrado o gelo" e já falávamos normalmente com os finlandeses, tivemos mesmo que sair. Foi uma oportunidade única e uma experiência marcante e fantástica que me despertou a vontade de fazer Erasmus um dia e de voltar à Finlândia. Obrigado ao professor José Artur e ao Colégio por esta experiência magnífica e inesquecível!!!!!!!! Marcos - 9ºA

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Eco-Escola ano 2015/2016 Um ano de atividades

Visita de estudo à Renova e ao IPMA No dia 15 de março, na última semana de aulas do 2º período, acabámos em beleza realizando uma visita de estudo a Lisboa, onde visitámos a fábrica Renova e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. A viagem, ainda que longa, fez-se com leveza e tranquilidade. A fábrica da Renova, a primeira que visitámos, surpreendeu-nos. Era mais que papel higiénico, mais que lenços de papel, mais que rolos de cozinha,… Era o fruto de árduos anos de trabalho, o exemplo de que com esforço tudo podemos alcançar. Este é um caso de sucesso de uma marca portuguesa de referência a nível mundial na produção de papel. Aqui foi-nos dado a conhecer todo o processo de elaboração do papel, com produções muito criativas e diversificadas.

Esta fábrica recorre a técnicas inovadoras, como à coloração e à aromatização do papel. Não obstante a toda a tecnologia moderna utilizada, tratase de uma empresa ecológica e amiga do ambiente, em que grande parte do que produz emprega pasta de papel reciclado, com estação de tratamento de águas e grande preocupação pela segurança dos trabalhadores e visitantes. É, sem dúvida um exemplo de sustentabilidade. Saciámo-nos numa estação de serviço a caminho de Lisboa. A capital acolheu-nos para uma breve visita ao IPMA, pra observação de mapas e gráficos que nos alertaram para a tendência do aumento da temperatura média do globo e algumas atitudes individuais a tomar.

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Constança Angélico e Júlia Ventura - 8.º A


O meu trilho no momento da partida No passado dia 3 de junho, os alunos do 9ºano foram convidados a passar uma noite no colégio, uma noite de despedida de um espaço que lhes foi familiar durante vários anos.

Como lidar com a saudade Saudade. Uma palavra simultaneamente bela e terrível. Dizem que só existe no dicionário de língua portuguesa, mas eu gostava que não existisse no de ninguém. É bem triste, mas a saudade existe e bate forte de quando em vez, sendo sempre difícil lidar com ela. Não é, no entanto, impossível e não temos de nos rever a ela e deixar que nos consuma ou monopolize o nosso tempo. Há muito que podemos fazer. Eis alguns exemplo: As tecnologias podem ser muito úteis para nos mantermos em contacto com os nossos entes queridos, não servem apenas para desencaminhar os miúdos. Não é o mesmo que estar frente a frente com alguém, mas ajuda. Não podemos simplesmente apagar a pessoa da nossa mente, mas pensar demasiado nela pode também não ser saudável. É fundamental encontrar um equilíbrio. Planear antecipadamente as coisas que podemos fazer com a pessoa quando a virmos pode ser muito motivante. Às vezes, também é bom contar os dias que faltam para o grande encontro. Pode ser reconfortante. Lidar com a saudade é um complicado processo de constante tentativa e erro mas o mais importante é mantermo-nos motivados e fortes, pois o sol só nasce depois de se pôr. Luisa Urbano - 8.º B

O mote do encontro assentava na metáfora: "o trilho" que cada um pretende construir, tendo em conta as várias dimensões do ser hu ma no : a pe sso al, a espiritual, a académica, a profissional e a familiar. Cada passo do trilho com um desafio, levava a refletir sobre si mesmo e definir respostas. A meta culminava com a ideia de compromisso, no qual cada aluno s e c o m pr o m e t i a c o n si g o mesmo a cumprir determinados objetivos de vida. Todo este processo decorreu num ambiente de oração, reflexão, partilha e convívio. Este momento serviu para pensar o presente e perspetivar o futuro. A todos, um bem haja pela atitude empenhada que tiveram e votos de sucesso para o seu futuro. Elsa Rodrigues

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Como proteger a nossa riqueza? Numa época em que a crise está por todo o lado, em que andamos tristes, desanimados e pouco para conversas, em que levamos uma vida frenética de trabalho, de atividades extra, que mais não são na sua maioria do que trabalho, de corrida ao consumo desenfreado, não paramos... Não temos tempo... Não temos tempo para visitar ou mesmo ligar a quem pensamos há tanto... Não temos tempo para ir àquele sítio, tão perto, mas que parece tão longe... Não temos tempo para conversar à refeição, pois já estamos atrasados, ou a TV substitui as nossas discussões à mesa pois precisamos de algum descanso... Não temos tempo para brincar com os nossos filhos, nem paciência ("Julgas que não estou cansada?!")... Não temos tempo para sermos ecológicos... Não temos tempo para participar, ajudar, darmo-nos aos outros... Até gostaríamos... Mas não temos tempo... Temos ideias, vontades... Mas não temos tempo... Mas um dia acordamos com a notícia daquele grande amigo que morreu. E o tempo que não temos surge do nada e lá estamos nós na sua última despedida. E encontramos todos aqueles que, como nós, também não têm tempo e prometemos que tudo será diferente. ("Temos de marcar um encontro para um dia destes!") Mas esse encontro tardará. Porque não temos tempo... Mas afinal, porque não temos tempo? Será que existe algo mais importante do que ter

tempo para olhar para os nossos filhos? Do que ver os seus sorrisos? As suas gargalhadas? Do que acompanhá-los naquela atividade que lhes faz "borboletas na barriga"? Do que fazer um piquenique com eles, nem que seja no tapete da sala? De dançar, cantar e rebolar com eles, ou fazer umas bolachas num dia chuvoso? Ver um castelo, um museu, ou simplesmente um passeio pedestre pelo nosso Portugal? Um Portugal que pouco conhecemos e que nem sempre preservamos e damos valor... São os nossos atos que os nossos filhos levarão na sua bagagem intelectual, nas suas memórias, e que farão as futuras gerações agir. O diálogo, o companheirismo, o ombro amigo, a discussão,..., tantas vezes substituídos pelas tecnologias e os supostos amigos virtuais com quem trocamos likes. Hoje já desperdicei certamente alguns minutos online ou em algo fútil. Será que esses minutos não me fizeram desperdiçar um bem muito maior? Será que estamos a cuidar da nossa maior riqueza ao não termos tempo, ao andarmos tão ocupados? Ou andamos todos enganados? O Cuidar da Casa Comum começa com a nossa primeira casa, que é o nosso corpo, a nossa alma; passa de seguida para os nossos (a nossa família), e termina nos outros e no que nos rodeia. Como poderemos cuidar de tudo isto se não temos tempo? Paula Luísa Ferreira (Mãe da Anita 3º B)

A territorialidade enquanto fator de segurança psicológica Na sequência do tema do jornal deste período e de toda a ebulição em torno da continuidade ou não dos alunos nas suas escolas, considerei oportuno focar alguns aspetos relacionados com um conceito d esig nad o d e territorialidade. Segundo Altman (1975) territorialidade consiste em algo associado à possessão ou ocupação de um lugar ou área geográfica por parte de um indivíduo ou grupo, que conduz muitas vezes à personalização de sse mes mo e spaç o e c o nse qu e nt e i de nt ifi ca çã o emo cional e psicológica. A territorialidade constitui um processo natural que qualquer um de nós, miúdo ou graúdo sente necessidade de fazer em relação ao espaço físico em que se encontra, como forma de se sentir mais seguro e consequentemente mais satisfeito e feliz. Naturalmente que uma 10 mudança brusca de contexto, não idealizada ou

perspetivada pode conduzir a sentimentos negativos e consequentemente a comportamentos mais reativos. Bell et al (1978) concluíram nos seus estudos que o sentimento de perda de identidade e o anonimato p er ce bi do co ndu zi am a re açõ e s emocionais negativas, constituindo um significativo fat or de stress e um precipitante de respostas agressivas. As mudanças podem ser importantes desde que refletidas de forma antecipada e preparada, por forma a não resultarem em medos, angústias e evitamentos que serão sinónimo de alguma desorganização psicológica e/ou pior desempenho académico. Num processo de mudança ou transição é fundamental assegurar a serenidade e o sentimento de segurança e proteção das pessoas envolvidas e não o contrário, a dúvida, a incerteza e o medo. A psicóloga Elsa Rodrigues


Era uma vez… Era uma vez um menino que vivia numa cidade onde as pessoas se não relacionavam entre si. Sentia-se muito triste e sozinho. Certo dia, quando regressava a casa, absorvido nos seus pensamentos, ia olhando para o chão que pisava. Repentinamente, pareceu-lhe ver algo a brilhar. Baixou-se para ver melhor o que era e observou uma esfera transparente que brilhava imenso e que tinha algo no seu interior. Fixou de novo o seu olhar e viu um ser minúsculo a acenar-lhe. "Não pode ser!"- disse para si próprio. "Eu não devo estar bem…" Voltou a olhar mais atentamente ainda e o ser minúsculo, agora, batia, insistentemente, com os deditos na esfera, como se estivesse a pedir socorro. O menino ficou sem saber o que fazer. Deveria libertá-lo ? Deveria pedir ajuda a alguém? Mas quem? Se as pessoas não falavam umas com as outras… Pegou na esfera, colocou-a na mochila e levou-a para a sua casa. Ao chegar a casa, pousou-a na secretária, no seu quarto, e o pequeno ser continuava a demonstrar inquietação. Pensou, pensou… e decidiu abrir a esfera . Acabara de ganhar um novo amigo! Este era minúsculo ser, aproximadamente do tamanho do seu polegar, mas muito simpático e cordial. Mal saiu, começou a falar com ele. Nunca mais se calou! O menino escutou tudo, atentamente, e depois confessou-lhe que, naquela cidade, ninguém se preocupava com ninguém. Ninguém ajudava o próximo. As pessoas só pensavam em si próprias. O seu novo amigo contoulhe como fora parar àquela esfera, por isso, também, Passaram a ser amigos, combinaram a cada segundo fazer o bem e dessa forma tentar convencer as pessoas a mudarem de atitude. Hoje, o menino é um homem e o seu amigo minúsculo continua a fazer parte da sua vida. Ambos habitam numa cidade feliz, onde cada um tem o cuidado de fazer o bem ao próximo em cada segundo da sua vida. Ricardo - 5º A

Um leiriense de sucesso Foi no dia 22 de abril de 2016 que os alunos do oitavo ano receberam na escola o repórter Anselmo Crespo, a propósito da revisão da unidade temática "texto jornalístico". O ambiente foi de diálogo descontraído, em que o jornalista relatou, em termos gerais, o seu percurso profissional, assim como respondeu a algumas curiosidades dos discentes. Como é bom aprender um pouco para além dos livros! Aquele relato vivo interessou realmente os estudantes. Puderam perguntar-lhe, por exemplo, como se prepara ele para uma reportagem em direto, os possíveis contratempos e até se ele já viveu alguma grande aventura durante o seu percurso (e já foram algumas…) A pergunta do nosso convidado, a meio e no final do encontro foi "Já convenci mais alguém a ser jornalista?" Não se tratava de propaganda, obviamente, mas era um convite à descoberta de um mundo novo, tantas e tantas vezes fechado nos manuais de Português. Obrigada, Anselmo, pela disponibilidade e humildade com que esteve connosco. 8º ano

Sou uma mãe nova. Já não tanto em idade, como gostaria, mas nova como mãe de dois alunos do Colégio. Perguntar-me-ão se será diferente de ser mãe de dois filhos e m qual que r o u tr a esco l a? Provavelmente, não. Ou talvez sim. Ao chegar a um ambiente desconhecido tento enquadrar-me na realidade que me circunda para a perceber melhor. Contrariamente ao habitual em mim, ouço mais e falo menos. O que ouço tem sido - é - bastante mais emocional que real e permite-me refletir com outro peso. P ar t i c i p e i n a s vá r i a s ati vi dades pro movidas pelo Colégio, ouvi. I nspirada pela pedagogia do amor de Teresa de Saldanha e pela Encíclica Laudato Si, dei por mim a refletir sobre o meu papel enquanto cidadã, profissional, mulher e mãe, sem ordem particular. Muito caminho foi percorrido desde Teresa de Saldanha mas muito caminho há a percorrer. O seu exemplo, inovador e fora do seu tempo, de "educar para mudar, mudar para socorrer os aflitos e os necessitados, com particular atenção ao feminino" mostra o quanto temos de continuar a fazer para a efetiva pedagogia do amor. Ouvi. O Papa Francisco na Carta Encíclica relembra a importância de olhar para o outro, para a natureza, tornando a justiça social um tema central na agenda mundial. A primeira igualdade é, mesmo, a justiça social. Ouvi. Defendo, desde sempre e em todos os contextos da minha vida, a igu aldade. Assu mi u m compromisso para com a educação e para com a justiça social enquanto mãe e enquanto profissional e isso, responsabiliza-me. O "Cuidar da Casa Comum" começa em cada um de nós. Na intencionalidade com que agimos solidariamente. Na reflexão que fazemos diariamente. Ouvir para fazer o bem, sempre! Ana Soledade - Mãe do Miguel Soledade do 1ºA e da Maria Soledade do 8º B

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Leiria, uma cidade fascinante Ana Lúcia Natário, professora de trinta e sete anos, reside na Marinha Grande, mas trabalha em Leiria há treze anos, no Colégio Nossa Senhora de Fátima. Entrevistador: Do que gosta mais na cidade de Leiria? Porquê? Professora Ana Lúcia: Gosto da vertente histórica da cidade, das praças e das pessoas, porque são bastante simpáticas e hospitaleiras. Entrevistador: O que gosta mais de fazer nesta cidade? Porquê? Professora Ana Lúcia: Gosto muito de estar na Praça Rodrigues Lobo, nos dias de calor, a ver as crianças a brincar e os adultos a relaxar da azáfama do dia a dia. Entrevistador: Porque decidiu vir trabalhar para Leiria? Professora Ana Lúcia: Decidi vir trabalhar para Leiria porque surgiu a possibilidade de integrar o corpo docente do Colégio Nossa Senhora de Fátima e, como apreciei o projecto educativo da escola e como esta fica perto da minha terra natal, Marinha Grande, aceitei o desafio. Entrevistador: Na sua opinião, acha que Leiria se distingue das outras cidades? Professora Ana Lúcia: Sim, Leiria é diferente, sobretudo porque tem uma zona histórica muito interessante e é muito dinâmica. Entrevistador: Mudaria alguma coisa na cidade? Porquê? Professora Ana Lúcia: Sim, acho que o trânsito é um pouco caótico, os parques de estacionamento são escassos e fazem falta mais parques infantis. Entrevistador: Acha que Leiria é uma cidade que apela ao desporto? Porquê? Professora Ana Lúcia: Sim, porque é possível encontrar clubes e associações onde se podem praticar várias atividades desportivas.

Leiria, Terra de encanto Leiria, cidade de alegria, Histórias, lendas e muita fantasia Uma terra de encantar, Que Portugal, vai embelezar. E junto à margem Um rio corre sem parar É o rio Lis, Que por ali vai a passar. Reis e rainhas, Castelos e povoações. Na história de Leiria, Até rosas se transformam em pão. Tantas lendas se conhecem, Podem ser reais ou não Mas assim este povo, As contou com gratidão. Beatriz Castelão 5º B

Inês Brito e Inês Confraria - 7ºA

Sejam bem-vindos a Leiria!

Leiria, a nossa cidade Leiria, a nossa cidade Onde reina a bondade. És encanto, beleza e cor Sente-se no ar o amor. O teu imponente castelo Forte, poderoso e belo Inspira os visitantes E orgulha os habitantes. Entre monumentos e escolas Veem-se meninos de sacolas. Para o seu colégio vão Com alegria no coração.

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Bernardo Neto -5º B


Uma bonita cidade No centro do país, Nasceu vaidosa um dia, Atravessada pelo rio Lis, A bonita cidade de Leiria… Lá no cimo do monte, Um grande castelo está erguido, Com esforço e dedicação, Foi assim conseguido! D. João Terceiro levanta a cidade, da Sé, também conselheiro, para lhe dar autoridade! Sua beldade era tanta Que a preferiu D.Dinis Para viver com alegria E sentir-se muito feliz!

Leiria nasceu Conhecer Leiria No meu país Nasceu um dia nas margens do rio Lis a cidade de Leiria. Com o seu castelo de encantar e um pinhal belo que o rei D. Dinis mandou plantar. Leiria, cidade Da "moura encantada" Sem idade Por todos nós amada. Vera 5º B

Leiria, minha terra mãe, Adoro-te do fundo do meu coração Dás-me criatividade, e muita gratidão!

Leiria é a nossa cidade aqui vivemos em comunidade É uma cidade por conhecer Onde até dá gosto em viver. Começando pela gastronomia apresento o doce tradicional as Brisas do Lis, pois claro, porque um docinho não faz mal. Agora que já nos deliciamos, vamos dar um passeio e, ao mesmo tempo, fazer uma espécie de roteiro. Vamos à rua Direita que, na verdade, é torta Para nos divertimos nada melhor que o festival " A Porta" O Castelo, a Sé e o Pinhal se quiser conhecer Visitar Leiria é o que tem de fazer. Sofia Coelho, 5º B

Mafalda Matias, 5ºB

Viver em Leiria Vivo em Leiria, Não no centro ,mas na periferia. Gosto da minha cidade, Amor que aumenta com idade.

Visitar leiria Na nossa cidade Há muito para visitar, Museus e castelo existem, Para vos agradar.

Visitar Leiria A nossa Leiria Um lugar fantástico a conhecer, Tantos sítios para visitar, Onde momentos incríveis vais viver!

Passear na praça, Observar o castelo… Tudo isto de graça E não pode ser mais belo! Lá no alto ,também está para me acolher a cada dia o Colégio Nossa Senhora de Fátima, que me dá grande alegria!

No moinho de papel Pão e papel podes fazer, Pão com chocolate e folhas, Podes tu aprender.

Castelos, rios e museus, Que fazem parte desta história, História da nossa cidade, História cheia de glória!

A vida tem mais qualidade Para os habitantes desta cidade Veem o Lena e o Liz E ficam como eu, feliz!

No outro lado da povoação, Há um monte de encantar O castelo lá no cimo Deves visitar.

Começaremos pelo castelo O nosso monumento principal. Que para Leiria, É um lugar muito especial!

A baixa tem ruas estreitas E todas vão dar à Sé, A cada esquina uma surpresa Para quem passeia a pé.

Se gostas de cinema O Mimo vai-te surpreender Também é interativo E assim nunca te vais esquecer. Nesta cidade Há muito para ver Visita Leiria! Pois não te irás arrepender. Guilherme Afonso - 5º B

Continuaremos pela Sé, A nossa igreja. Alta, grande e vistosa, Para que toda a gente veja! Por agora este poema acabou. Eu até continuaria, Mas deixo-vos a vocês: A honra de conhecer Leiria! Miguel 5º B

Leiria é terra antiga Já de D.Afonso Henriques conhecida Deu-lhe a carta de foral E a D.Dinis o pinhal. Leiria é o meu lar, Que vejo no meu olhar, Não fica longe do mar, E aqui, hei de sempre regressar! Filipa Barreira 5º A

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O que perdoar? O que é perdoar? Perdoar é urgente! Perdoar não é só para alguns, Mas para toda a gente. Perdoar não é obrigar Perdoar é amar Perdoar é reconfortar Perdoar é desculpar: "Desculpa", em português, "Excuse moi", em francês, "Sorry", em inglês… "Perdona" em espanhol, em latim ou em chinês, Pois perdoar é universal, Como bem vês. Podes dar as voltas que quiseres, Podes viajar pelo mundo, Mas uma coisa tens de saber: O perdão vem do coração, bem lá do fundo. Juliana Alves - 8.º B

Ser cristão Muitas pessoas dizem que são cristãs mas, esquecem que, um verdadeiro cristão é aquele que vive de maneira diferente, para poder seguir os passos de Jesus. Se somos mesmo seguidores de Jesus, então a Bíblia é a nossa "professora" de vida, pois é ela que nos ensina que devemos fazer as coisas segundo a sua vontade. Deus ensina-nos a amar de verdade e a dar valor ao que temos na nossa vida, desde os amigos, à família, professores… Alguns cristãos têm medo ou vergonha de mostrar que são verdadeiramente seguidores de Jesus. Se realmente acreditamos nele e na importãncia que ele tem nas nossas vidas, não devemos ter vergonha de o mostrar, pois Jesus é o nosso melhor amigo e é Ele que nós seguimos. Muitas pessoas dizem que têm fé em Jesus Cristo, mas será que estão a pensar de maneira correta? Ter fé em Jesus Cristo é confiar Nele e guardar e respeitar os seus pedidos. Muitas vezes, só quando estamos com dificuldades é que confiamos em Deus para nos ajudar e, muitas vezes, esquecemo-nos de lhe agradecer pelo bem que Ele nos dá. Gostaria que as pessoas que se dizem seguidoras de Jesus Cristo e que têm confiança Nele o mostrassem, sem medo ou vergonha, pois, na verdade, Ele confia em nós para mudar o mundo. Marta Pereira, 7ºB

A atual guerra civil da Síria gerou a principal fonte de refugiados no mundo. Trata-se de um país governado, desde a década de (19)60, pela família Assad, de forma ditatorial. Em 2011 gerou-se uma onda de protestos e conflitos, sem que esta renuncia-se ao poder, dando origem a uma guerra civil brutal. A população síria ficou presa entre o Regime, grupos de rebeldes e os extremistas religiosos. Mais de quatro milhões deixaram o país, o lar, os sonhos e, muitos, a própria família… Neste contexto de informação e reflexão conhecemos a realidade dos refugiados e desmistificamos algumas ideias preconceituosas sobre a sua vinda para a Europa. Como atividade final deste tema e com base nas notícias recentes sobre os refugiados, foi-nos proposto um desafio denominado "E se fosse eu?", que consistia em fazermos uma mochila com os objetos necessários para uma saída à pressa, da nossa casa e do nosso país, a qual teria sido provocada pela explosão de uma bomba. Durante as apresentações das mesmas, constatámos que se fosse uma situação real, o mais importante era levar o essencial, mas se a queda da bomba fosse mais perto da nossa casa, talvez, com tanto pânico, nos esqueceríamos de trazer muitas coisas necessárias, comida, água, documentos de identificação… No final, concluímos que a maioria dos alunos tentou recriar a cena de pânico para fazer a mochila, pensando que partiria com a sua família. Também constatámos que quem teve mais tempo para preparar a mochila, trouxe objetos que não são indispensáveis (pensaram mais racionalmente). No geral, esta atividade fez-nos entender e refletir sobre o que realmente se passa com os refugiados e como eles pensam e vivem o seu dia-a-dia. Afinal são pessoas, famílias e crianças que sonham em serem felizes, tal como nós!

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Ana Luzia Neves e Maria Inês Neves 7ºB


Questões atuais sobre a fraternidade Liberdade

Construir a Paz

Nós não devemos julgar as pessoas pela cor da pele, mas sim ajudar, cuidar daqueles que sofrem injustiças. Sinceramente não percebo como podem as pessoas serem tão más para os outros. Temos os direitos universais e eles pertencem a todos nós. Ninguém tem o direito de nos fazer mal. Nós devemos ser livres na escolha a nossa religião.

A paz é o sentimento que todos procuramos e que nem sempre é fácil de atingir. Podemos ter paz se perdoarmos, pois se não soubermos perdoar os outros não seremos capazes de estabelecer relações fortes de amizade. M uitas vezes não respeitamos as crenças e as culturas dos que são diferentes de nós. E assim criamos a guerra.

Margarida Ferreira, 5º B

Pedro Gil, 7º A

Paz

Refugiados Ao falar deste assunto, eu fico sensível, porque todos temos os mesmos direitos. Temos o direito de acreditar no que queremos, de tomarmos as nossas decisões, de sermos livres e por isso não sermos penalizados por isso. Os refugiados tiveram de abandonar a sua terra e fugir à procura de uma vida melhor devido à guerra. Nem sempre são bem recebidos porque são al vo de xenofobia e de racismo e nós não devemos ser assim, pois eles também são pessoas e têm direitos como nós, apesar de serem diferentes na cor da pele, da religião… Miguel Gomes - 5º B

Hoje em dia, cada vez mais, as pessoas esquecem-se do conceito de paz, e agem com violência, ganância e injustiça. Quando apenas se deseja poder, quando se agride, quando se é indiferente, quando se gera conflitos, as pessoas estão a ser egoístas, esquecem-se dos valores como a igualdade, o respeito, a justiça e a liberdade. Para promovermos a paz entre nós, basta um simples ato: o perdão. Eva Vieira -7º A

Violência Fico muito perturbada quando se fala de violência aos idosos. É muito mau, visto que Deus não criou o ser humano para ser mau e egoísta. Existem algumas associações de defesa à vítima de violência, mas na minha opinião não é suficiente. Todos nós temos de agir, denunciando os agressores dos idosos. Temos de ajudar os idosos vítimas de maltratos, porque assim podemos tornar este mundo mel hor. Nós po demos trazer a felicidade e amor aos outros. Joana Rodrigues, 7º A

Fraternidade Todos somos livres de expressar a nossa opinião, todos temos os mesmos direitos. Devemos acreditar na nossa capacidade de sermos todos irmãos. Dizer não à guerra, dizer não ao racismo, dizer não às perseguições. Se podermos vamos ajudar, vamos ser fraternos uns dos outros. Quando penso nos refugiados, penso se eu fosse uma refugiada, fugir da minha própria casa, deixar as minhas coisas que mais gosto, levar apenas uma mochila, viajar num pequeno e frágil barco, ser alvo de racismo no país de acolhimento. Imagino todas estas situações e fico triste porque nem todos são fraternos. Mariana Angélico, 5º B

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Uma Aventura Literária 2016 Alunos premiados em concurso. Os alunos José Guilherme Neves e Manuel Monteirinho Fernandes, ambos do 6ºA, foram distinguidos com um prémio, no âmbito da sua participação no concurso "Uma Aventura Literária 2016", promovido pela Editora Caminho. O José Guilherme foi distinguido com uma menção honrosa pelo seu trabalho na categoria de texto original e o Manuel Fernandes foi distinguido com um prémio especial na categoria de desenho. Os dois alunos receberam um diploma de participação e um livro cada um. O Manuel verá, o seu trabalho publicado num dos livros da coleção. A escola recebeu, ainda, um livro da editora, para a Biblioteca. De salientar que a Editora felicitou todos os alunos participantes pela qualidade dos seus trabalhos. Parabéns a todos! Prof. Ana Cristina

Concurso "O Melhor Leitor" Os alunos do Colégio participaram no concurso "O Melhor Leitor" promovido no âmbito do Projeto Vamos Ler+. Este teve como objetivo incentivar e premiar o prazer de ler, de forma autónoma e lúdica, assim como consolidar hábitos de leitura e estimular a frequência de leitores na biblioteca.

A escolha dos livros pelos alunos, ao longo do ano, foi feita livremente com incidência e aconselhamento à leitura dos livros recomendados pelo Plano Nacional de Lei tu ra ex iste nt es na bi blio te ca do Col égio. Houve uma grande participação por parte dos alunos que aderiram com grande entusiasmo e motivação para a leitura. Os dois melhores leitores selecionados foram os seguintes: 2º Ciclo: Rafael Pedro (6º ano) 3º Ciclo: Francisca Mónico (7º ano) A estes alunos que requisitaram mais livros foi lhes dado um prémio (livros) e um certificado de participação, no último dia de aulas. O kit foi entregue pela Sr.ª Vereadora da Cultura, Dr.ª Anabela Graça.

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Prof. Responsável pela Biblioteca Ana Ogando

Literacia 3D Literacia 3D, um projeto que abrangia três áreas de conhecimento: Português (para o 5ºano), Matemática (para o 7º) e Ciências (para o 8º). A primeira fase, a fase escolar, foi disputada pelos alunos dos anos anteriormente referidos que mostraram interesse pelo projeto, um projeto inovador que se servia das tecnologias modernas, sendo que se realizava através de uma plataforma virtual da Porto Editora. As apuradas desta fase foram a Maria Eduarda (do 5ºano B), a Inês Vieira (do 7º ano A) e a Constança Angélico (do 8ºano A). A fase distrital decorreu na escola José Saraiva, sendo que nela competiram os apurados de todas as escolas do distrito de Leiria. Os participantes foram contemplados com livros da editora organizadora. Novamente, o nosso colégio pode contar com o apuramento de duas das três alunas que foram a concurso: a Inês e a Constança. Com o patrocínio da Samsung e o alto patrocínio da Presidência da República, a fase nacional passou-se na Escola Secundária António Damásio, na capital. Nenhuma das duas concorrentes ficou em primeiro. No entanto, foram premiadas com telemóveis da marca patrocinadora. Os resultados das suas posições ainda se esperam e estarão disponíveis brevemente no site oficial da Porto Editora. Maria Eduarda - 5º B, Inês Vieira - 7º A e Constança Angélico - 8º A


A (difícil) vida em comunidade Porque é que temos sempre que ir contra o que nos dizem, estamos sempre mal dispostos, reclamamos por coisas pouco significativas… tudo parece correr mal e o mais ridículo é pensar "po r que somos t ão i n f l u e nc i á ve i s ? " A s pessoas que dizem que a vida não é fácil não estão a mentir. Não sei como a adolescência é linda para algu mas pe ssoas! Os meus pais dizem que não precisamos de sofrer para aprender. Eu penso que isso não faz sentido po rqu e par a Nel so n Mandela, por exemplo, conseguir lutar contra o racismo, teve, certamente de sofrer mas nunca desistiu. Muitas pessoas no mundo que fizeram e fazem a diferença tiveram de sofrer muito, caíram muitas vezes para chegar ao lugar onde estão.

Digam lá se não era muito mais fácil andar no primeiro ciclo e ter problemas do género "tenho um joelho a sangrar" ou "um colega chamou-me chato". Eu não sabia o que se passava no mundo. Á me d i d a q ue vou crescendo, assusto-me cada vez mais com as coisas que se passam à nossa volta. Como o mundo é grande! Apesar de ter dúvidas sobre a vida, vou seguir o que me dizem os meus pais, vou confiar nele ao máximo porque sei que, se eu cair, eles estarão lá para mim e ajudar-me-ão a seguir em f r e n t e . Vo u s e g u i r principalmente o que o meu pai me diz muitas vezes: "Princípios e valores em primeiro lugar" Alice Cordeiro - 8.º B

Peregrinação a Fátima Na quarta-feira, dia 11 de maio, os alunos do 6ºAno do Colégio Nossa Senhora de Fátima e respetivos diretores de turma, realizaram uma visita de estudo a Fátima, no âmbito das comemorações do centenário das Aparições do Anjo e de Nª Sra. aos Pastorinhos. Após a chegada a Fátima, p e la s 9:0 0, a s atividades tiveram início com a visita ao museu Luz e Paz, situado no edifício da reitoria do Santuário. N ele, pu dera m observar uma pequena amostra das várias ofertas a Nª Sra. do Rosário de Fátima, como por exemplo: peças em ou ro e prata, pedras preciosas e objetos pessoais, com de staqu e par a a coroa de Nossa Senhora (onde se pode ver a bala que feriu S. João Paulo II). De seguida, deslocaram-se para a Basílica do Rosário, onde rezaram uma Avé-Maria junto dos túmulos dos 3 pastorinhos. Pouco depois, visualizaram o filme "O dia em que Sol bailou". Entretanto, participaram, diante de muitos outros peregrinos, numa pequena oração na capelinha das

Aparições. Deslocaram-se, depois até ao núcleo museológico "A casa das candeias ", onde aprenderam um pouco mais sobre a vida e espiritualidade de Francisco e Jacinta. Neste museu, está presente, também, a imagem de S.João Paulo II, o papa que os beatificou. Como o tempo estava chuvoso, o almoço realizouse no ginásio do Colégio Sagrado Coração de Fátima, gentilmente cedido. Foi um momento agradáve l de partilha. Po r vo lta das 14h 30min, dirigiram-se ao grande auditório do Centro Pastoral Paulo VI, a fim de assistir à ante estreia do espetáculo "O dia em que o Sol bailou " da Vórtice Dance Company. Este espetáculo faz parte do programa do centenário das Aparições, em que, de uma forma multidisciplinar (com dança, mú sica, víde o e cenografia 3D), se procura transpor a mensagem de Fátima ( 1917 ) para os nossos dias. Foi um espetáculo único! Regressaram ao Colégio por volta das 16:20 cansados, mas com a bênção de Nª Sra. no coração. O dia foi muito feliz para todos. Fátima é sempre um lugar de encontro com Nossa Senhora e com Deus. João Manuel Simões Costa, nº15, 6ºA

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Elogios com peso e medida Conselhos práticos para elogiar Elogios e recompensas tanto motivam como desmotivam as crianças, dependendo de como são usados. Por isso, antes de partir em aplausos, é importante que saiba o que fazer e o que deve evitar para que o seu filho valorize as suas palavras de encorajamento: Seja autêntico. As crianças sabem quando não está a ser sincero. Isso faz com que elas percam a confiança nas suas palavras. Seja específico. Se for mais específico no elogio, ajuda a criança a identificar-se com as suas capacidades especiais. Em vez de dizer "este desenho está muito bonito", poderá dizer "utilizaste uns tons de cor brilhantes e gostei muito da expressão desta menina". Foque-se no esforço. Elogie a criança pelo seu esforço e trabalho árduo, não necessariamente pelos resultados alcançados. Aqui, é importante referir que dizer "és um bom menino porque arrumaste todos os teus brinquedos" centra-se no sentido da criança ser boa ou má, isto é, no seu comportamento, em vez do processo da atividade. Tais comentários influenciam negativamente a criança (especialmente a criança mais velha), pelo que devem ser evitados.

O papel dos outros e a automotivação Elogiar e gratificar as crianças pelas suas realizações tem como objetivo aumentar a sua motivação. Embora os pais desempenhem um papel fundamental e insubstituível na motivação dos seus filhos, há que lembrar a importância das outras pessoas que interagem com a

criança. Por exemplo, a criança é motivada quando está a brincar com os seus amigos ou quando recebe um elogio do professor. (…) Um outro aspeto importante a considerar é que geralmente as crianças estão automotivadas e tendem simplesmente a fazer as coisas porque gostam de as fazer. Lembrar que todos nascemos com u ma vontade inata de aprender e explorar o ambiente que nos rodeia. que a criança vai crescendo, vai te ndo mais consc iênc ia da automotivação como resultado de uma recompensa com que ela se vai obsequiando. Vai sentir prazer e orgulho por uma atividade bem realizada. As crianças começam a perceber que as suas ações produzem cer tos resultados. Motiva-as experimentarem coisas novas. Pelo que começam a desenvolver um sentido de controlo e domínio e isto faz com que elas se sintam cada vez mais capazes e aumentem a sua autoconfiança. Crianças que estão automotivadas tendem a persistir nas suas atividades por mais tempo. Elas sentem que possuem controlo sobre o que fazem e gostam de desafios. Quando as crianças sentem que podem atingir os seus objetivos, sentem-se bem consigo mesmas, o que beneficia a sua saúde mental e bem-estar, sem dependerem de ser constantemente elogiadas pelos outros para se sentirem bem com elas próprias. Elisabete Condesso / Psicóloga e Psicoterapeuta ( Mãe da Irina do 3º Ano A) © PsicoAjuda - Psicoterapia certa para si, Leiria

Entendimento e misericórdia Ano de 2016 está dedicado ao Entendimento Global. Com esta iniciativa internacional promovida pelas Nações Unidas, procura-se promover uma melhor compreensão sobre o impacto das ações que cada um de nós realiza na vida do planeta. Por exemplo, se na minha região as indústrias e os carros poluem o ar e os rios, isso afeta o mundo. Nesse sentido, todos devemos ter consciência dessa interdependência, da necessidade de pensar na humanidade como uma grande família e no planeta como a nossa casa comum. Políticos e cientistas devem estimular politicas criativas e inovadoras que respondam aos desafios globais, como as mudanças climáticas, a alimentação para todos ou as migrações. Mas cada um de nós pode fazer muito e dar respostas a estas situações na sua casa, escola e bairro. As possibilidades são muitas: reciclar o lixo, poupar água e energia, não desperdiçar comida, apoiar associações de 18 migrantes, manter relações fraternas e amistosas com os companheiros de outras culturas…

Para os que somos cristãos, este entendimento concretiza-se se vivermos e praticarmos as obras de misericórdia espirituais e materiais, como nos lembra e propõe o papa Francisco ao convocar o jubileu da Misericórdia. Que 2016 seja um ano para fortalecer, com esperança e audácia, a misericórdia e o entendimento global.


Um grão de ouro Ali, no meio daquela praia de areia, que parecia ser feita de mil pequenos grãos de ouro, avistei um rapazinho. Estava sentado à beira de um vasto manto de água que refletia um pôr-do-sol profundo. E, apesar de ser um sol tão grande e quente, era inexplicavelmente desesperançado e triste. Pus os meus pés no labirinto de grãos de ouro e aproximei-me cada vez mais dele até que me encontrei ao seu lado. Quando olhei para o rosto vi que tinha olhos azuis e profundos a deitar lágrimas pequenas e reluzentes; os cabelos eram castanhos e ligeiramente ondulados, mas a sua boca… De repente, notei que me tinha dito algo, mas não o ouvi, pois estava a olhar para as suas lágrimas, curiosamente intrigantes; repetiu, pois viu que eu não lhe tinha prestado atenção: - Peço-te que te vás. - Eu não percebi logo. - Por favor… - Ele não me queria lá. Levantei-me e fui-me afastando cada vez mais, deixando marcas profundas das pegadas na areia. Até que, de repente, o instinto me pediu para me virar. E assim fiz. Vi que ele tinha guardado a cabeça nos braços. Fui de novo ter com ele e a sua cara estava vermelha. Então disse: - Deixa-me ajudar-te. - Eu não sabia o que dizer - Por favor, sei que não me conheces, mas nós temos de fazer o bem… sempre… Então, contou-me o que se tinha passado e em cada palavra que saía da sua boca crescia-me um nó na

garganta, cada vez maior. Eu sentia o peso do seu coração desolado. Apenas queria curar-lhe aquela dor tão estrondosamente desoladora. Aquela sensação que sentimos quando um espelho cai no chão e mil pedaços se espalham na nossa alma. Sim, eu queria curar-lhe aquela dor. Mas que podia fazer? Não fazia a mínima ideia. Apenas olhei para a lua. Aquela lua que agora emergia para um céu tão perto, e no entanto, tão longe. Uma lua tão cheia, mas tão vazia… Foi aí, nesse preciso instante que tudo se clarificou. Eu não podia fazer nada… nada. Mas havia algo que podia fazer: um novo amigo, uma face por onde as suas lágrimas podiam escorrer, simplesmente, estar ali para o consolar. Então disse: - Há um problema cuja solução não é encontrada pura e simplesmente. Mas sim encontrada dentro de nós mesmos. Entendes? - Ele apenas levantou a sobrancelha - O que quero dizer é que tudo desabava, a fé dentro de nós mesmos, a esperança no nosso coração é o que nos salva. - De repente, levantou-se e foi embora. - Onde vais? Perguntei, limitou-se a sorrir como se estivesse a agradecer. E foi assim que o peso do seu coração diminuiu para o tamanho de um grão de ouro. Clara Maria Chambino - 7º B

Oração à Virgem Peregrina Sé de Leiria, 2 de maio Ó Maria, Mãe de Jesus, e nossa mãe querida, Estamos aqui para te louvar. Acreditamos que és a cheia de graça Que o Senhor poisou em ti o seu olhar de ternura desde toda a eternidade. Acreditamos que a tua vida foi uma atenção constante ao Senhor E, por isso, respondeste ao seu chamamento com um sim generoso. Acreditamos que foste Mãe de Jesus E que sem ti não seríamos salvos. Ó Maria, neste Mês de Maio, que nos lembra a tua primeira aparição neste lugar, Vimos confiar-te as nossas vidas de adolescentes Cheias de vigor e de esperança, Vimos confiar-te o nosso Colégio, que tem o teu nome. Como tu, queremos responder Generosamente aos convites do Senhor. Como tu queremos fazer da nossa vida um sim Contínuo e generoso. Na tua imagem branca és um símbolo da Mãe da misericórdia De Deus, que vem visitar os seus filhos Para os confortar e lhes indicar o caminho dos Céus. Ajuda-nos a contribuir para a construção de um mundo de paz e de esperança. Amen

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Cleverpants no Colégio! No passado dia dois de maio, o Colégio recebeu a visita da c o mpa nhia te at r al br i t ânic a Cleverpants. Esta companhia, que nos visitou pela terceira vez, apresentou aos alunos duas peças de teatro: "Camp Mosquito", para os alunos dos 4º, 5º e 6º anos, e "Sleeping Hollow", para os alunos dos 7º, 8º e 9º anos. Os atores interagiram com os alunos, chamando-os ao palco, questionando-os e dialogando com eles, proporcionando-lhe 50 minutos de boa disposição, sempre em inglês. Foi visível a satisfação de alunos e professores no final da atividade! Foi mais uma oportunidade para usar o inglês em tempo real, com falantes nativos, de uma forma bem divertida! Prof.ª Ana Cristina

Talking about the Environment Nowadays, our planet is facing lots of strong environmental problems, most of them caused by us, the Human Race. In our opinion, the most serious problem our planet is facing is the Global Warming. The Global Warming is the increasing of the temperature of the atmosphere, due to the emission of tons of greenhouse

gases. This problem is making the glaciers melt and is killing lots of animals by the destruction of their habitats. Other problem our planet is facing is pollution. However, our group thinks that it is easy to solve. If we all make a little effort, the situation of Earth will change. example, if we start recycling, we will reuse and 20 For we will stop the waste.

cause of pollution: the air pollution but also the noise pollution. In big cities, with many factories, cars and buildings, lots of greenhouse gases are emitted, but also a lot of noise is made. This problem should and can be solved by reducing the number of factories in urban places and people should be motivated to use public transports or to share their cars with someone else, their neighbours, for example, because we think people use their cars too much while they could be walking or riding a bike. However, cars are more powerful machines that are faster than any other personal transport. all we've referred before. However, it should be controlled by improving the use of public transports. To sum up, our environmental friend group thinks that everyone must play a part in this action to protect the environment. There are simple things that we can do to save our planet such as recycle, use public transports, turn down the tap while we are washing our hands or brushing our teeth, etc… Don't be a pouch potato! Do something and save your planet because there's no other like this one… By: Constança Angélico, Joana Santos e Júlia Ventura - 8º A


Ser fraterno L'année dernière nous, étudiants de la troisième année, avons participé à l'Examen DELF A2 et cette année nous voulions répéter l'expérience afin de développer plus nos capacités et connaissances françaises. Alors, nous avons décidé de donner notre temps et joindre l'apprentissage à l'amusement. Avec l'aide de notre professeure Elisete, tous les vendredis nous nous sommes réunis, depuis le début de l'année, pour les entraînements de l'écrit et de l'oral. Après beaucoup d'effort et détermination, nous étions préparés pour les épreuves collectives et individuelles du niveau B1. Donc, le 28 avril, nous sommes allés au Colégio Conciliar Maria Imaculada et nous avons passé une journée formidable. Comme la langue française est de plus en plus importante et utilisée dans le monde entier, après avoir la réussite nous serons capables de parler un peu de français plus facilement et nous irons avoir un diplôme qui sera utile pour notre avenir. Filipa Edra, Joana Matias e António Carvalho

Le " DELF " Examen "Qui veut participer au "DELF Scolaire ?" la professeure a demandé. "DELF Scolaire ?" - nous avons pensé - "Qu'est-ce que c'est?". La professeure nous a expliqué et nous avons décidé de participer. Initialement, nous avons été un petit peut réticents, cependant, avec beaucoup de travail et effort, nous avons commencé à gagner un peu de confiance et une volonté géante de donner notre meilleur. Nous avons beaucoup pratiqué et nous avons fait plusieurs examens semblables au "DELF". D'examen en examen, de production orale en production orale, nous devenions des pros en A2. nerveuses, mais, la professeure nous a donné confiance et elle a toujours cru à nos capacités. Avec sa miséricordieuse aide, nous avons passés avec succès cette étape. L'épreuve collective s'est déroulée dans… Devinez… Notre collège. Le 29 avril, nous nous sommes levées avec des petits papillons à l'estomac. Pourtant, l'épreuve a été très facile. Il y a eu beaucoup d'élèves dans notre collège et ils étaient aussi nerveux que nous. L'épreuve a terminé à l'heure du déjeuner. L'après-midi, il y a eu l'épreuve orale pour les autres écoles. nous nous sommes beaucoup amusées, mais nous avons appris énormément de choses sur le français. L'année prochaine, il y aura une nouvelle étape… le B1!

Um antropólogo querendo estudar os costumes de uma tribo africana propôs uma brincadeira aos meninos. Encheu um pote com doces e colocou-o junto de uma árvore distante dali. Depois disse-lhes: - Logo que eu dê o sinal, deveis correr todos para o pote. O primeiro a chegar ficará com todos os doces que estão lá dentro. Ao sinal da partida, todos deram as mãos e começaram a correr em direção à árvore. Qu a n do l á ch eg ar a m, distribuíram os doces entre si e c o m e ç a r a m a c o m ê -l o s alegremente. O antropólogo ficou surpreend ido e perguntou-lhes: - Porque é que foram to do s d e mão s da das e repartiram os bolos? Eles responderam: Ubuntu, tio. Como poderia cada um de nós ficar feliz, se todos os outros estivessem tristes? O ant ropó logo ficou maravilhado com a lição que essas crianças lhe tinham dado. Per ce be u qu e a pal avr a "urumbuntu" significa: -Sou o que sou pelo que nós somos". Para essa tribu africana não se é pe sso a se não ex iste u m relacionamento fraterno. Talvez alguém considere os povos das tribus africanas como uns primitivos. Afinal, quem necessita de ser civilizado é o europeu. Precisa de aprender a fraternidade. Pedrosa Ferreira

Constança Angélico, Joana Ganhão e Matilde Ferrão - 8.º A

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GIRAVOLEI… Um sucesso Basquetebol torneio das famílias Foi com enorme prazer que nós pais nos juntámos aos nossos filhos, num convívio conjunto e salutar, em uma atividade desportiva coletiva, a qual promove a interajuda e partilha de grupo, inserida no contexto "Escola". É sempre de louvar estas iniciativas, pois só assim conseguimos uma integração completa entre a família e a escola. Foi um momento de muita alegria, "disputa" saudável e convívio. Apoiamos a continuidade deste tipo de iniciativas. Temos participado em algumas iniciativas promovidas pelo colégio. Não podemos deixar de felicitar toda a comunidade escolar pelo facto de promoverem iniciativas, quer ao nível pedagógico, quer de carater social, não descuidando o envolvimento permanente da existência de uma interação pais-filhos. Com esta iniciativa pudemos assistir de perto ao modo como são incutidos valores aos nossos filhos, com o objetivo de poderem crescer e tornar-se adultos mais responsáveis e intervenientes. Muito mais haveria para dizer, mas deixamos apenas o nosso bem hajam, a todos os envolvidos. Mãe do José Pedro Lopes 8º B Mãe do Pedro Guilherme Neto 8ºB

No passado fim de semana, de 28 e 29 de maio realizou-se o Encontro Nacional de GIRAVOLEI em Macedo de Cavaleiros, mais propriamente em Azibo. Após mais de quatro horas de viagem, lá chegámos ao local da competição com os nossos jogadores. Este ano conseguimos apurar a nível regional para o encontro nacional oito duplas, um record. Devido à chuva, todos os jogos que se deviam realizar no sábado foram remarcados para domingo, motivo pelo qual só foi realizado o apuramento das equipas em cada série para os quartos-de-final. A próxima fase para apurar os campeões nacionais decorrerá na zona do Porto no fim de semana de 9 e 10 de julho. Professor Luís Brandão

Torneio das famílias em Voleibol Esta terceira edição do Torneio das Famílias em Voleibol dinamizado pelos professores de Educação Física do nosso Colégio na passada sexta-feira 15 de maio, foi mais um sucesso, com um número record de participantes, estiveram presentes 26 duplas constituídas por um aluno e o respetivo encarregado de educação. A dupla vencedora foi pela terceira vez a equipa do João Diogo do 8º ano (João Rosa/João Rosa) classificando-se em segundo lugar a dupla António Fernandes ( 9º A)/ Nuno Fernandes e em terceiro José Lopes (8ºB). Após o términus do torneio realizou-se um breve lanche, entrega de prémios e as respetivas fotos para a posteridade. O grande objetivo deste torneio foi o convívio, que se alcançou. Esperamos que a edição do próximo ano obtenha igual sucesso. Professor Luís Brandão

Voleibol Feminino regressa às competições regionais Após enfrentar o Instituto Educativo do Juncal para disputa de um lugar no Campeonato Regional de Desportos Coletivos, a equipa de Iniciadas Femininas da modalidade de Voleibol do Colégio Nossa Senhora de Fátima sagrou-se vencedora da Fase Local (Leiria) e conseguiu garantir o apuramento para a ambicionada prova. O Ca mp eo na t o R e gio na l de Desportos Coletivos, relativo ao escalão de Iniciados, realizou-se no passado fim de semana, mais concretamente nos dias 3, 4 e 5 de junho, na região de Pinhel, concelho da Guarda. A equipa do Colégio Nossa Senhora de Fátima, constituída por 12 jogadoras e 2 árbitras e orientada pela Professora Lara Pinto, partiu de viagem sexta-feira dia 3, regressando ao fim de dia 5, após a conquista do 6º lugar no referido campeonato. E st e e ve nt o, c om or gani zaçã o da responsabilidade do Desporto Escolar, com a participação de 32 equipas, 22 contou representantes das modalidades de Voleibol,

Basquetebol e Futsal nos escalões de Iniciados (Masculinos e Femininos), perfazendo um total de aproximadamente 450 participantes. Prof.ª Lara Pinto

Em cima (da esq. para a dir.): Neuza (guia 1), Mariana Machado (9ºA), Ana Margarida Gomes (8ºB), Maria João Morna (7ºA), Sara Ferreira (8ºB), Carlos (guia 2), Ana Filipa Félix (8ºB), Margarida Morna (9ºA), Maria Manuel Morna (7ºA), Ana Silva (7ºA), Eva Vieira (7ºA), Inês Vieira (7ºA), Marta Oliveira (8ºB), Diana Pereira (7ºB); Em baixo (da esq. para a dir.): Beatriz Gomes (7ºA) e Catarina Lourenço (8ºB).


Concursos de Matemática Os alunos do 4.º ano participaram em vários concursos de Matemática no 2.º período: Pangea e Canguru Matemático (a nível distrital) e Matematrix e Desafios da Matemática . No Pangea seis alunos do 4.º B foram à final: André Caetano, Gil Jorge, Mariana Santos, Martim Caçador, Miguel Félix e Rita Gago. No dia 29 de maio, no auditório da Aula Magna, em Lisboa, todos os finalistas receberam o diploma de participação, bem como os respetivos prémios oferecidos pelos patrocinadores do evento. O André Caetano ficou entre os vinte melhores e o Gil Jorge foi o 4.º. No tão prestigiado concurso do Canguru Matemático, o Martim Caçador do 4.º B ficou na 17ª posição a nível nacional. Nos Desafios matemáticos promovidos pela ESECS, entre mais de 1350 alunos do quarto ano foram selecionados para um final cinquenta alunos, dos quais doze são do 4.º B do nosso colégio. Foram eles: Ana Francisca, André Caetano, Beatriz Agostinho, Filipa Brízida, Gil Jorge, Lourenço Borges, Maria Del Mar, Mariana Santos, Martim Caçador, Miguel Félix, Ricardo Silva e Rita Gago. Na grande final ficaram oito alunos do CNSF nos primeiros dezassete lugares, três dos quais nos cinco primeiros classificados: Rita, André e Gil. A aluna Rita Gago ficou num honroso 2.º lugar. Promovido pela ESECS participaram, em grupo, no MATEMATRIX, ficando a equipa dos CM5 em 1º lugar na situação de igualdade com equipas de outras escolas. Estas distinções foram entregues no dia 7 de junho, no auditório 1 da ESECS, em Leiria. A todos os alunos, premiados e não premiados, que participaram nos concursos, o colégio apresenta os parabéns e deseja que continuem a gostar de matemática e dos "duelos/desafios" que ela proporciona. Professor do 4º Ano B - José António

Desafios Matemáticos do 2º Ciclo Desafios Matemáticos do 2º Ciclo - promovidos pelo IPL e Sociedade Portuguesa de Matemíca-realizados no dia 4 de maio Nos desafios Matemáticos do 2º ciclo saíram vencedores: André Alves, Beatriz Castelão, Mafalda Matias e Miguel Mota, Gonçalo Martins e Guilherme Monteiro, João gama e Manuel Ramos, Simão Lopes, Maria Francisca, Mariana Angélico, Miguel Gomes, todos do 5º Ano

- Mãe, o pai estava a arranjar o telhado e eu fiz cair a escada. - E o pai castigou-te, não foi? - Ainda não. Ainda está no telhado.

- Luís, quantos são dois mais dois? - Quatro, senhora professora. - Muito bem, terás quatro bombons. - Bolas! Se soubesse, teria dito cinco.

A pera é o fruto da pereira. Esta árvore é nativa das regiões de clima temperado da Europa e Ásia. Benefícios para a saúde A pera é rica em vitaminas A (essencial para a visão e o crescimento), do complexo B (B9, necessária para a produção e manutenção das novas células; B2 e B6, que favorecem o metabolismo de gorduras, açúcares e proteínas) e C, esta última com propriedades antiox idantes, que fortalecem o sistema imunitário e ajudam à cicatrização das feridas. É fonte de fibra, grande parte constituída por pectinas, que ajudam na prevenção do cancro do cólon e na diminuição do mau colesterol. Contém sais minerais, como boro, cálcio, enxofre, ferro, fó s fo ro , m agné s i o, manganês, potássio, silício e sódio, poderosos aliados do coração (regularizam a tensão arterial) e do cérebro ( rev igo ram a me mó ria). É di uré ti ca, analgésica e antiúrica e f o n t e natural de energia, graça s à g r a n d e quantidade de glicose e frutose.

O pai do Tozé estava admirado por ainda não ter recebido a caderneta escolar do filho. - Tozé, a professora ainda não vos entregou a caderneta das notas? - Sim, pai, já entregou, mas eu emprestei a minha ao Pedro ele assustar o pai!

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António Filipe, António Fernandes, Catarina Vieira, Duarte Pereira, Eduarda Ferreira, Francisco Silva, Joana Matias, João Costa, João Ferreira, Juliana Rodrigues, Laura Mota, Laura Lopes, Luís Mariano, Marcos Correia, Margarida Morna, Maria Francisca Ogando, Maria Francisca Almeida, Maria João Antunes, Maria Vitória Lameiro, Mariana Machado, Matilde Sousa, Miguel Dias, Miguel Fernandes, Rita Meneses, Sara Fernandes, Tomás Sousa, Vera Lopes

Alexandre Frazão, Ana Beatriz Monteiro, Ana Eduarda Couto Ana Sofia Gaspar, Carolina Pereira, Eva Madureira, Filipa Edra, Francisco Gonçalves, Francisco Ramos, Guilherme Loureiro, Guilherme Silva, Inês Lopes, Inês Vicente, Íris Almeida, Joana Moura, Joana Jorge, João Paulo Faria, João Gaspar, Joaquim Duarte, José Quintal, Laura Monteiro, Margarida Guerra, Maria Pedro, Maria Santos, Maria Teresa Batista, Matilde Esperança, Rita Gonçalves, Simão Lameiro


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