Setembro de 2017

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JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de setembro de 2017

TIRAGEM: 2.000 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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“Elas conhecem a minha voz e eu as conheço pelo nome”: reflexão sobre Jo 10 EDITORIAL Caros irmãos, paz e bem! Recentemente a Arquidiocese de Belo Horizonte, na 5ª Assembleia do Povo de Deus, elaborou suas Diretrizes da Ação Evangelizadora até 2020. Esse Projeto de Evangelização foi chamado de Proclamar a Palavra. O nome foi inspirado no apelo de Timóteo em fazer ressoar a Palavra de Deus em todo lugar: “Diante de Deus e do Cristo Jesus que vai julgar os vivos e os mortos, eu te peço com insistência, pela manifestação de Cristo e por seu reinado: proclama a Palavra, insiste oportuna e inoportunamente, convence, repreende, exorta, com toda a paciência e com a preocupação de ensinar” (Tm 4,1-2). Neste mês em que enfatizamos as Sagradas Escrituras, merece destaque um artigo de Solange Maria do Carmo sobre a Bíblia na vida da Igreja. Trata-se da segunda parte, a primeira foi publicada na edição anterior. Em sintonia com essa temática, teremos também o texto de Frei João Ferreira Jr. baseado na sua dissertação de mestrado com o título: Elas conhecem a minha voz (Abordagem semântica da voz do pastor em Jo 10,1-30). A observância dos ensinamentos sagrados pressupõe a escuta atenta, e espera-se um consequente anúncio, como ocorreu com a mulher Samaritana (Jo 4, 5-29), que depois de ouvir Jesus se tornou uma convincente missionária. É dessa força de persuasão, nascida da alegria do encontro com o Senhor, que nos fala o Papa Francisco na primeira Exortação Apostólica de seu pontificado (Evangelii gaudium - 2013), em que trata do modo alegre de anunciar o Evangelho ao mundo atual. Numa alegria que se renova e comunica, acolhamos o chamado de Dom Walmor e seus bispos auxiliares, nossos pastores, para que nos tornemos proclamadores da Palavra que liberta e salva. Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Pároco

No sacrifício da Cruz, a certeza da primavera! [página 3]

Programação da Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e São Francisco de Assis [página 5]

Santa Teresa de Calcutá e “a vocação dentro da vocação” [página 7]


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | SETEMBRO DE 2017

Batismo

22 DE SETEMBRO: INÍCIO DA PRIMAVERA Imagem: Débora Drumond

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Eduardo da Silva Araújo e Darla Alexandrina Gomes Araújo; Wilton Eugênio Monteiro e Isabel Soares da Silva assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Genevieve Clara Gomes Silva Araújo, Kauã Soares Monteiro, Pedro Henrique Soares Monteiro, que passaram pelo Batismo no dia 20 de agosto de 2017. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei João Junior. Foto: Pastoral do Batismo

AGENDA DO MÊS 3/9 - domingo 22º Domingo do Tempo Comum 4/9 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Reunião da Liturgia – Pompeia 5/9 - terça-feira 19h Reunião da Pastoral do Dízimo 6/9 - quarta-feira 19h Reunião do Conselho Paroquial Pastoral 7/9 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssmo Sacramento Matriz 19h Novena Perpétua de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia – Matriz 9/9 - sábado Acolhida do Dízimo – todas as missas 10/9 - domingo 23º Domingo do Tempo Comum Acolhida do Dízimo – todas as missas 11/9 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 12/9 - terça-feira 18h15 Terço Mariano, missa e Novena Perpétua de Nossa Senhora Aparecida – Esplanada 14/9 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz 19h Reunião Conselho Pastoral Comunitário – Nossa Senhora Aparecida 17/9 - domingo 24º Domingo do Tempo Comum 9h Missa ECC 19h Missa Jovens

Concertos no Rosário

A Paróquia da Pompeia vai receber no dia 24 de setembro, às 8h, recital de corais participantes do Festival Internacional de Corais (FIC) 2017. O concerto será composto de canções alusivas a Maria, que foi o tema do FIC deste ano. Venha e traga sua família! Rua Iara, 201, Pompeia - Belo Horizonte/MG

18/9 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 20/9 - quarta-feira 19h Reunião Conselho Pastoral Comunitário – Abadia 19h30 Reunião Conselho Pastoral Comunitário – Pompeia 21/9 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz 20h Encontrão ECC 22/9 - sexta-feira Festa da Primavera – Pátio do Convento dos Frades 23/9 - sábado Festa da Primavera – Pátio do Convento dos Frades 24/9 - domingo 25º Domingo do Tempo Comum Festa da Primavera – Pátio do Convento dos Frades 25/9 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 28/9 - quinta-feira Abertura da Novena de Nossa Senhora do Rosário\ Levantamento do Mastro 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz 29/9 - sexta-feira 2º Dia da Novena de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Abertura do Encontro de Casais com Cristo 30/9 - sábado 3º Dia da Novena de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Encontro de Casais com Cristo Apresentação de grupo de Moçambique

Pastoral da Misericórdia Ajude a Pastoral da Misericórdia a continuar assistindo a 60 famílias carentes da nossa comunidade. Mensalmente, a pastoral faz a entrega de uma cesta básica por família, com arroz, feijão, açúcar, café, óleo, macarrão, fubá ou farinha e leite e para isso conta com a sua contribuição. As doações podem ser entregues nas celebrações da Matriz e comunidades, aos agentes da pastoral ou na portaria do convento.

Festa da Primavera

Nossa Paróquia realiza, de 22 a 24 de setembro, a Festa da Primavera, com muitas atrações e destaque para a comida de boteco. Venha celebrar conosco a chegada da mais bela estação e traga seus familiares e amigos!

Canta, canta rouxinol da serra! Canta para as andorinhas dançar... A festa é primaveril, de se alegrar No vigor do reflorir! E no viçoso azul do mar O vento balança a cismar, Trazendo a seiva do porvir. E as estrelas refulgentes que cintilam Tal qual pirilampos que desfilam Em noites escuras, de dormitar. E da leveza d’um sono reparador Que desperta radiante ao alvor, Com um novo e florido dia a chegar. Canta rouxinol da serra! Canta, eu quero ouvir, Ouvir o seu primoroso cantar... Que na verdejante floresta Para as andorinhas faz a festa Num delirante soluçar. O cantar vigoroso das vocais Cordas que o som eleva a mais, Faz vibrar a alegria. Revigora o viço do amor, Na doçura e no fervor Que as carícias contagiam. Belo Horizonte, 28 de março de 2015

José Moutinho dos Santos Membro Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h30; terça a sábado, às 7h30 e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 19; e nos dias 28, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado, às 18h; domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: sábado, às 17h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada Capela Nossa Senhora dos Anjos Horário: domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Comunidade São Rafael - Pompeia Capela do Cemitério da Saudade Horário: segunda, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade

EXPEDIENTE Pároco Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Douglas Lima Frei Vicente Pereira, OFMCap Frei Warley Tomaz, OFMCap Madalena Loredo Patrícia Leal Renilson Leite Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

“Elas conhecem a minha voz e eu as conheço pelo nome”: reflexão sobre Jo 10 Imagem: goo.gl/LyC25v

Não é difícil perceber que o Evangelho de João (Jo) apresenta algumas diferenças significativas, se comparado aos textos de Marcos (Mc), de Mateus (Mt) ou de Lucas (Lc). Essas diferenças não são apenas de estilo, de vocabulário, mas também de estrutura, de conteúdo e de teologia. Não é à toa que Mc, Mt e Lc, mesmo apresentando diferenças entre si, são chamados “sinóticos”, ou seja, podem ser colocados lado a lado e lidos paralelamente. As semelhanças em termos de estrutura são tantas, que a liturgia distribuiu esses três evangelhos nos domingos dos anos A, B e C, desde o relato do batismo de Jesus até sua morte e ressurreição. Mas isso não acontece com Jo que, de tão singular, foi guardado para ser lido sobretudo durante a Quaresma e o tempo pascal. Ou seja, não apenas a estrutura de Jo é bastante singular, com conteúdos muito próprios, mas a perspectiva teológica do Evangelho de João é diferente. Entre os textos que só se encontram em Jo, está o famoso discurso do Pastor (Jo 10). Logo de início, percebe-se que o pastor de João não tem cajado como nos salmos (Sl 22/23), mas seu instrumento de pastoreio é a voz. É com a voz que ele chama as ovelhas; elas reconhecem a voz e por isso seguem. Elas ouvem sua voz onde quer que estejam e, ouvindo-a, deixando-se conduzir por ele, formam agora um rebanho, sob o único Pastor. A força dessa imagem se encontra nas Escrituras: aos pés do Sinai, a voz de Deus estabeleceu a aliança com o povo (Dt 4). E, pela mesma voz, recordou sua aliança nos momentos mais decisivos (Js 24), seja pela intrepidez da voz profética, seja pela sabedoria da voz das escrituras. Em todos os momentos, a voz estabeleceu relação, chamou à fidelidade, acolheu os pés cansados e os

corações desesperançados, como o de Elias no Horeb (1Rs 19), e os colocou de novo em marcha, pois a voz afirmava a presença de Deus. Em última instância, o mundo existe porque, desde o nada da não existência, foi chamado à vida pela voz do Criador (Gn 1). No Quarto Evangelho, essa mesma voz se mostra como a voz do esposo divino que chama sua bem-amada (Jo 3,29), é a voz do Filho que traz do abismo da morte os que a escutam (Jo 5,1-9), é a voz da verdade cuja escuta constitui os súditos do Rei da Verdade (Jo 18,37). É a voz de Jesus, reconhecido pelas ovelhas como seu único pastor. Essa voz se mostra como meio de reconhecimento do Pastor (as ovelhas o reconhecem pela voz), bem como das ovelhas (o pastor as chama pelo nome). Pois, no seio de uma relação tão íntima, a voz não pronuncia um conteúdo qualquer, mas diz aquela verdade tão essencial do ouvinte, seu próprio ser, seu nome. Vale lembrar que o nome, nas escrituras, diz o próprio ser, a missão e o itinerário da vida das pessoas. É por isso que Deus não é um estranho, mas se revela por meio de um nome, ao chamar também pelo nome os que dele se aproximam: Moisés foi conhecido pelo nome, como a um velho amigo (Ex 3); os profetas, desde Elias no Horeb até Jeremias no ventre materno, foram chamados pelo nome, assim como

Abraão e sua Sara (Gn 17), além de Samuel e Isaías (1Sm 2; Is 6). No fundo, são apenas casos emblemáticos do tipo de relação pessoal que Deus sempre estabelece com os seus, a ponto de chamar pelo nome os destinatários de sua voz: “escuta, Israel” (Dt 6,3). Diante de Deus, não há um rebanho massificado, mas há a inteireza de cada um, cada qual reconhecido como irmão. Ao menos diante de Deus, cada qual pode ser quem é, despido das mentiras que encobrem a verdade de seu coração. Cada um tem nome, tem identidade. E todo o seu ser é chamado por Deus, quando os lábios divinos pronunciam seu nome. O Evangelho de João preza por nomear os personagens ao colocá-los em contato com Jesus. Pelo nome, Jesus chama Lázaro de entre os mortos – chama-o inteiro à vida (Jo 11,34). E é também pelo nome, na intimidade da língua materna, que o Ressuscitado se dirige a Maria Madalena, chamando-a inteira dos vestígios sombrios da morte à alegria da vida de seu amado Senhor (Jo 21,11ss). Assim, o discurso do Pastor, em Jo 10, talvez responda a alguns dos principais desejos daqueles que, no nosso tempo, procuram a fé cristã. Afinal, a partir da relação entre o pastor e as ovelhas, o texto afirma que estabelecer uma relação com Jesus é o mais importante. A partir da voz, que fala no agora da história de cada um, o texto favorece o cultivo da dimensão existencial e relacional da experiência da fé, mais do que a simples prática religiosa. E, a partir do nome, o texto chama atenção à importância de considerar a individualidade e a integralidade do humano no encontro que a fé promove entre ele e Deus. Pois, na fé cristã, Deus e o ser humano não são estranhos, mas velhos amigos que se tratam pelo nome. Frei João Júnior, OFMCap

No sacrifício da Cruz, a certeza da primavera! A cruz é o símbolo do cristão. Ela evoca em nós toda a história de Jesus Cristo, desde a sua anunciação, nascimento, vida e morte, e mais do que isso, ela deve suscitar em nós, com a mesma intensidade, também a ressurreição. Mesmo sendo o lugar onde Jesus foi hostilizado e sacrificado, é o mesmo lugar em que, antes de entregar seu espírito ao Pai, Ele prometeu ao ladrão: “[...] estarás comigo no Paraíso” (Lc 23,43). Antes, pois, de ressuscitar, para acalmar o coração de seus amados discípulos, disse: “[...] vou preparar um lugar para vocês. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo, 14, 2-3). 14 de setembro é o dia em que os cristãos exaltam a Santa Cruz de Jesus Cristo, celebrada como instrumento de salvação, como símbolo da vitória de Jesus sobre o pecado do mundo e sobre a morte. Essa festa está relacionada à existência de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém: uma construída sobre o monte de Gólgota e a outra no lugar em que Cristo foi sepultado e ressuscitou. Elas foram construídas por ordem do primeiro imperador romano, Constantino I, filho de Santa Helena, por volta do ano 325.

Imagem: goo.gl/66Zb8Z

A propósito da primavera, fico imaginando, se ressuscitar em Jesus não seria florescer, como acontece em todos os anos na terra quando o inverno se vai. Os dias são mais bonitos e alegres, coloridos e perfumados; a vida se renova na beleza das flores e também no canto dos pássaros; o sol brilha mais intenso, como a nos dizer da intensidade do amor de Deus Filho por nós, que ressuscitou e nos deixou o seu Espírito Santo.

misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Através da Cruz de Cristo, se venceu o mal, a morte foi derrotada, a vida nos foi doada e a esperança restituída. A Cruz de Jesus é nossa única e verdadeira esperança!”. É por esse motivo que nos abençoamos com o Sinal da Cruz, mas não nos esqueçamos de que muitos irmãos ainda morrem por causa desse sinal, por serem cristãos e por fidelidade a quem ela, a cruz, representa.

É importante ressaltar que a exaltação não é de qualquer cruz, mas da Cruz de Jesus Cristo, aquela em que o amor de Deus foi demonstrado da maneira mais extrema: a entrega de seu Filho Amado por nós. Como ressaltou o Papa Francisco1 : “Daquela Cruz vem a

Como diz o refrão da canção: “Foi na cruz que eu vi, eu vi Jesus se contorcer em dor. Foi por mim e por você que Jesus sofreu, morreu e ressuscitou”2. A ressurreição, fundamento da nossa fé, é o florescimento da vida, da vida

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2 um.

No Angelus do dia 14 de setembro de 2014.

prometida por Jesus. Afinal, Ele disse que estava indo de volta à casa do Pai preparar um lugar para cada um de nós e, posteriormente, voltaria para nos levar para junto Dele.

Ao pé da cruz”, da Banda Romanos. Álbum: No louvor somos

Todo ano as estações se repetem, e saber que a primavera vai chegar nos traz a esperança de um tempo melhor e mais belo, de uma vida que transforma o frio e o tempo nublado do inverno no calor e na claridade da primavera, como está no livro do Cântico dos Cânticos 2:11,12: “Veja: o inverno já passou! Olhe: a chuva já se foi! As flores florescem na terra, o tempo da poda vem vindo, e o canto da rola já se ouve em nosso campo”. Com a certeza da ressurreição de Cristo e da nossa também, considerando a primavera como um sinal do florescimento da vida, de vitória da vida sobre a morte, digamos: “nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos, pois pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo”. Andréa Matos R. M. Castro Advogada e Doutora em Ciências Sociais


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Catequese permanente

A Bíblia na vida da Igreja II No texto anterior, tratamos da compreensão da bíblia como Palavra de Deus, mostrando que ela não é um ditado de Deus, mas o resultado da experiência de fé de um povo. Por meio desses relatos, o Deus da vida que se manifestou ao povo que a escreveu também se comunica conosco e entra em relação com a gente. Ora, então a Bíblia deve ser lida com muito cuidado. Não basta pegar os textos e sair dizendo que tem que ser assim ou assado porque está na Bíblia. Vejamos por meio de exemplos alguns cuidados na hora de lê-la. 1. Não pegar os textos ao pé da letra. Exemplo: quando a Bíblia diz em Mc 1,33 que “toda a cidade se ajuntou à porta da casa onde Jesus se encontrava”, Marcos não quer dizer que todo mundo de Cafarnaum saiu de casa para ir aonde Jesus estava. Isso seria impossível. Marcos só quer dizer que Jesus atraía muita gente por causa de sua palavra e de suas obras maravilhosas. Jesus despertava a curiosidade de muita gente e elas queriam ver Jesus e saber quem ele é. A gente usa expressões assim também, com o mesmo sentido. Por exemplo: todo mundo veio à catequese; todo mundo foi à festa. Outro exemplo. O Evangelho de Mateus diz que, se nossa mão é motivo de queda para nós, devemos cortála. A Igreja entendeu desde o começo que ninguém deve se mutilar porque cometeu um pecado. O que o texto quer dizer é que a gente deve evitar ocasiões que favoreçam pecar. Cortar as ocasiões de pecado e não partes do nosso corpo. 2. Não tirar o texto de seu contexto. Exemplo: quando o Livro do Gênesis diz que Abraão quase sacrificou seu filho Isaac para agradar a Deus, é fundamental lembrar que Abraão estava antes num contexto de politeísmo, em que cada pessoa, para agradar aos deuses do paganismo, ofertava a eles vários sacrifícios, inclusive sacrifícios humanos, da vida de seus próprios filhos. Em nosso contexto, isso soa muito estranho, porque nós já entendemos coisas que Abraão ainda não tinha entendido. Se a gente tirar a narrativa do contexto, vai pensar que Abraão é doido ou que Deus é cruel e mau, pedindo a um pai que mate seu próprio filho. O que para nós parece uma loucura já foi, em tempos passados, um costume, que o povo de Deus aprendeu a superar. Outro exemplo: quando a Primeira Carta de Pedro diz que as mulheres devem ser submissas a seus maridos (cf. 1Pd 3,1), é preciso lembrar que a mulher era, naquele tempo, considerada uma propriedade do marido. Ele podia dispor dela como de uma ovelha ou de um campo. Podia mandá-la embora, podia desprezá-la, podia inclusive corrigi-la com violência. Esses eram os costumes e as regras sociais daquele tempo. Se a mulher não se subordinasse sabiamente a seu marido, podia ir parar nas ruas, sem emprego, sem apoio, sem nenhuma instituição para defendê-la. As mulheres não podiam trabalhar fora como hoje, nem tinham direito a pensão de marido, nem a parte dos bens do matrimônio. Nada! Para não passar fome, uma mulher repudiada mendigava ou se prostituía. Isso era muito comum. Então, na comunidade cristã, havia uma preocupação com as mulheres. Para que elas não chegassem a essa situação tão complicada, elas deviam se lembrar de que as leis favoreciam os homens. Logo, deveriam agir com sabedoria e não enfrentar os maridos. Era preciso agir com prudência. Então, a submissão não era uma atitude de acomodação e preguiça. Era uma estratégia para sobreviver, um jeito sábio de enfrentar a vida matrimonial naquele tempo. Com jeitinho, as mulheres conseguiriam mais coisas do que com brigas inúteis com seus maridos. Mas os tempos mudaram, é claro, e hoje os costumes sociais e até as leis são muito diferentes. Prudência continua sendo importante, mas a mulher não tem de ser mais submissa ao seu marido. Ela é vista hoje como uma companheira, que deve ser amada e respeitada. Isso tem que ser levado em conta quando lemos a Bíblia. 3. Não entender a Bíblia como um livro de história ou ciência. Exemplo, a Bíblia diz que Deus criou o mundo em sete dias. E descreve isso em detalhes. Será que ele criou o mundo igualzinho está ali narrado? Mas a Bíblia não é um livro de ciência; nem o escritor do Gênesis um cientista. A Bíblia é

Imagem: goo.gl/eivHPp

um livro religioso, e o escritor é um teólogo popular, uma pessoa de fé. Então, o que o Gênesis diz não é como o mundo foi criado. Isso não interessa ao povo da Bíblia. O Gênesis diz que a vida vem de Deus, que nós somos queridos de Deus a tal ponto que ele primeiro fez surgir o mundo lindo para depois fazer a vida humana brotar nele. Se o mundo demorou milhões de anos para chegar a ser o que ele é, se a vida brotou em um dia ou em milhões de anos, tanto faz. Se ela surgiu pronta ou se foi evoluindo, isso é coisa para cientista pesquisar. Mas que ela é dom de Deus, disso nem o escritor do texto nem nós que cremos temos dúvida, não importa como ela se deu: ela é um milagre do amor de Deus. Mas quem pensar que a Bíblia quer repassar informações científicas vai ficar perdido com essas informações. Hoje, imaginar um mundo feito em sete dias parece irracional. E é mesmo. Criar em sete dias, para o escritor sagrado, significa criar com carinho, de modo organizado e com a máxima perfeição. Essa é a mensagem de fé do texto. Outro exemplo. A Bíblia fala, no Salmo 19/18, que o sol se levanta de manhã e percorre o céu em volta da Terra (Sl 19/18,5-7). Ora, o que o escritor sabia de astronomia naquele tempo não lhe permitia afirmar senão aquilo que ele via: o sol no nascente, de manhã; o sol no poente, de tarde. Olhando assim, parecia mesmo que o sol andou e mudou de lugar, girando em volta da Terra. Mas os cientistas, muito tempo depois, inventaram aparelhos, observaram os astros e viram que a Terra é que se move em torno do sol e não o sol em torno da Terra. A Bíblia está errada? Bom, cientificamente sim, mas isso não importa. O escritor do salmo é um músico, um poeta, e não um cientista ou astrônomo. Ele está fazendo uma canção sobre a natureza e louvando a Deus por isso. Só isso! E Deus deve mesmo ser louvado por tudo de belo que há. Nisso o autor do salmo tem razão! Mas não tem razão quando diz que o sol gira em torno da Terra. Só que essa descoberta foi feita muito depois que o salmo já tinha sido escrito. Ao escrever, o escritor lida com os conhecimentos de seu tempo. Em outro texto se diz que o sol parou (Js 10,12-15) e ficou parado por um dia inteiro. Ora, hoje sabemos que o sol não para jamais. O autor, com os conhecimentos precários da astronomia de seu tempo, usou um recurso de expressão para falar do poder de Deus que abençoava assim as conquistas de seu povo. 4. Não ler a Bíblia desconsiderando sua compreensão e acolhida ao longo da história da Igreja. Em outras palavras, devemos olhar com atenção como a Igreja interpreta e entende certos textos mais complexos. A experiência e a orientação da Igreja nos ajudam muito. Por exemplo, a Bíblia diz, no livro do Levítico (Lv 11,1-8), que não se deve comer carne de porco, entre outros animais, porque ele é um animal impuro. Ora, a Igreja desde o começo entendeu que esse era um costume do povo judaico, mas não uma lei de Deus. O povo, por questões culturais, não comia carne de certos animais, entre eles o porco. Mas hoje essas questões não fazem mais sentido. A Igreja percebeu logo que isso era uma questão cultural e não uma regra para a salvação humana. Outro exemplo: no começo do cristianismo, os cristãos vinham do judaísmo, e os judeus tinham o hábito de circuncidar os meninos. Ora, logo no começo do cristianismo, o apóstolo Paulo entendeu que esse era um costume judaico e que, com a entrada de muita gente que vinha de outros povos, não era lógico impor o costume de um povo ao outro.

Então, na Igreja ficou combinado que, se os judeus quisessem se circuncidar, tudo bem. Mas circuncidar os outros povos, não era preciso. Cada um deveria viver a fé, dentro de sua realidade cultural. Se esses textos e toda a Bíblia forem entendidos fora de sua história de interpretação, muitas conclusões podem ser precipitadas e estranhas para nós. Por isso, a gente diz que a Bíblia deve ser lida com o Magistério da Igreja, ou seja, com a Igreja que estuda a Bíblia e ensina a gente a lê-la com sabedoria. Dessa forma, a gente evita equívocos extravagantes e até perigosos. 5. Não tirar sorte com a Bíblia. Estamos nos referindo ao costume de abrir a Bíblia aleatoriamente e ler qualquer versículo, sem seu contexto, como se nele a gente fosse encontrar alguma mensagem mágica de Deus para nós; como se fôssemos descobrir o que Deus quer nos falar naquele exato momento. A Bíblia é um livro especial, porque relata a vida de fé do povo. Mas ela não é um livro mágico. Não devemos agir com a Bíblia como alguns fazem com cartas, búzios ou tarô. Ela não é um livro para se tirar sorte, como nas cartas. Então, os textos devem ser lidos ou no conjunto do que foi escrito (por exemplo, o Evangelho de Mateus todo, o livro do profeta Jonas etc.) ou à medida que queremos rezar, meditar, estudar ou pesquisar um tema. Então abrimos a Bíblia naquela passagem e lemos com amor, respeito e veneração. Refletimos, destrinchamos e pesquisamos o seu sentido. Mas abrir a Bíblia ao acaso, como se fosse um ato mágico no qual Deus fala, é desaconselhado. Deus sempre fala quando escutamos com coração aberto a sua Palavra. Qualquer relato da Bíblia está cheio de significado para nós. Não é preciso lançar a sorte com ela. Esse costume é tolo e perigoso, além de colocar na banalidade as coisas de Deus. Não é assim que Deus fala. Esse não é um costume da Igreja Católica. E, se somos Igreja, lemos a Bíblia com a Igreja e como Igreja. Além disso, esse desejo de saber o que Deus quer me dizer nesse exato momento é pura fantasia e sinal de insegurança. Deus quer nos dizer tudo o que está na Bíblia em todos os momentos. E ele quer também que a gente saiba acolher os seus ensinamentos, com maturidade e segurança, tomando as nossas decisões com critério. Uma pessoa madura na fé saberá tomar suas decisões. E não vai ficar buscando em versículos aleatórios da Bíblia algo como se fosse Deus lhe falando diretamente. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e Doutora em Teologia Catequética

Creche Grazia Barreca Castagña

Amigos e colaboradores, paz e bem! A creche está em obras e graças à ajuda da Fundação Balbina Camila de Araújo estamos reformando o telhado, refeitório e parquinho e refizemos a pintura externa do prédio. Informamos também que ajuizamos uma ação contra o antigo contador e estamos aguardando o Conselho Regional de Contabilidade se manifestar sobre uma nova dívida de R$50 mil e aproveitamos este espaço para agradecer de coração à Diretoria que tem se mostrado cada dia mais preocupada com as necessidades da creche, demonstrando imenso amor com o próximo. Nossa creche atende atualmente 105 crianças. Venha conhecer esses lindos anjos que tanto precisam de todos nós. Direção da Creche


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Festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e São Francisco de Assis De 28 de setembro a 8 de outubro de 2017

Dia 28/9 - quinta-feira - Abertura da novena 18h15 Terço 19h Missa Participação - Pastoral do Dízimo

Imagens: goo.gl/17Wzbg e goo.gl/B4Z84P

Dia 5/10 - quinta-feira - 8º dia da novena 18h15 Terço 19h Missa Sertaneja Participação - Pastoral da Misericórdia Dia 6/10 - sexta-feira - Último dia da novena 18h15 Terço 19h Missa Afro Participação - Comunidades São Judas e São Rafael

Dia 29/9 - sexta-feira - 2º dia da novena 18h15 Terço 19h Missa Participação - Comunidade da Abadia Dia 30/9 - sábado - 3º dia da novena 18h15 Terço 19h Missa Participação - Catequese Apresentação de grupo de Moçambique ou Congado

Dia 7/10 - sábado - Festa da Padroeira 18h15 Terço 19h Missa Participação - Comunidade da Matriz e Coral

Dia 3/10 - terça-feira - 6º dia da novena 18h15 Terço 19h Celebração do Trânsito de São Francisco Participação - Ordem Franciscana Secular

Dia 1/10 - domingo - 4º dia da novena 10h30 Bênção das Criaturas 18h15 Terço 19h Missa Participação - Comunidade Esplanada

Dia 4/10 - quarta-feira - 7º dia da novena 18h15 Terço 19h Missa - Festa de São Francisco de Assis Participação - Comunidade da Abadia

Dia 2/10 - segunda-feira - 5º dia da novena 18h15 Terço 19h Missa Participação - Colégio São Francisco de Assis

Dia 8/10 - domingo 18h15 Terço 19h Missa Participação - ECC, Pastoral dos Noivos e Pastoral do Batismo Barraquinhas 30/9 (sábado) 1/10 (domingo) 6/10 (sexta-feira) 7/10 (sábado) 8/10 (domingo)

Santa Teresa de Calcutá e “a vocação dentro da vocação” Há exatos vinte anos, nossa querida Madre realizava seu encontro com o Pai. E por ser ainda próximo de nós o intervalo de tempo que nos separa de sua atividade missionária, muitos se recordam vivamente da mulher franzina e idosa, da religiosa consagrada e de seu sari branco listrado de azul, a percorrer as ruas de Calcutá, na Índia.

Imagem: goo.gl/gXkv8e

Em 10 de setembro de 1946, em uma viagem de trem, no silêncio de sua prece, percebeu em seu interior uma nova inspiração, que ela chamará até o fim de sua vida como “a vocação dentro da vocação”. Compreendeu que “devia deixar o convento e ajudar os pobres, vivendo entre eles. Sabia aonde ir, mas não sabia como fazer”. Pretendia ela e suas irmãs adotarem um modo de vida que se tornasse semelhante ao dos empobrecidos, abandonados e desabrigados nas periferias do mundo. De volta a Calcutá, empreendeu seus esforços para consumar seu novo projeto de vida. Como reagiria o povo indiano em relação a uma mulher europeia, que se vestia à moda hindu e pretendia trabalhar entre as pessoas mais empobrecidas de Calcutá, na companhia de um grupo de moças em um momento em que os sentimentos nacionalistas eclodiam fervorosamente?

comprar. “Todas as dificuldades iniciais serviram-lhe para que pudesse compreender ainda mais a fundo a humilhação e o desespero aos quais são submetidos os pobres, dia após dia, mês após mês, anos e anos a fio...”. E as primeiras vocações não tardaram a surgir. Ex-alunas suas vieram ao seu encontro com o desejo de consagrarem a vida em favor dos pobres. Madre Teresa dizia que na cidade de Calcutá o sofrimento é mais físico, material, mas em outros locais o sofrimento é mais profundo e escondido. E que se pode encontrar uma “Calcutá” em qualquer parte do mundo, se tivermos olhos para ver, e não apenas ver, mas enxergar além da aparência.

Não obstante as primeiras dificuldades, em 16 de agosto de 1948 madre Teresa inicia a concretização das Missionárias da Caridade. Faz a primeira aquisição da nova comunidade: alugou uma pequena choupana em um bairro pobre em Motijhil. Foi a primeira obra social das Missionárias da Caridade. No local, abriu uma escola infantil onde ensinava o alfabeto e noções de higiene. Com pequenas atitudes, ela iniciou um processo de transformação social no ambiente miserável em que viviam aquelas pessoas que nem mesmo um pedaço de sabão tinham condições de

Na homilia de canonização, em 4 de setembro de 2016, papa Francisco testemunha o “paradigma da saída” em madre Teresa de Calcutá: “a sua missão nas periferias da cidade e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres. [...] Que esta incansável agente de misericórdia nos ajude a entender mais e mais que o nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião”. Frei Warley Tomaz, OFMCap

Peregrinação da Juventude

Jovens da Paróquia Nossa Senhora do Rosário participaram da 22ª Peregrinação da Juventude ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, no dia 15 de agosto.


O Rosário

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JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | SETEMBRO DE 2017

PASTORAL DO DÍZIMO

Dízimo, vivência da Palavra do coração de uma pessoa de fé que brota o dízimo. A fé é real. Jesus ressuscitou para mostrar que a fé na vida eterna é concreta. Igualmente, o dízimo deve ser compreendido a partir da fé para se tornar realidade. Sem fé, o cristão não se torna dizimista. Tudo é uma questão de consciência cristã e de se educar para ouvir a palavra e ficar atento e obediente a ela. Quando voltamos a nossa atenção para aquilo que diz a Palavra, a nossa vida começa a mudar, e com ela todos os nossos relacionamentos se tornam transparentes e límpidos diante de Deus. Tudo é questão de educação. Devolver o dízimo na comunidade não deixa ninguém rico de bens

“O Dízimo expressa a corresponsabilidade dos leigos na vida da Igreja” (Dom Edson Oriolo, bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte) A Palavra de Deus, contida na Bíblia, é viva e eterna. Partindo dessa palavra, o dízimo é uma fonte inesgotável de bênçãos. Não podemos ser dizimistas se não acreditamos nas palavras sagradas da Bíblia. Na Igreja, nenhuma pessoa é obrigada a ser dizimista ou entregar sua oferta. Tudo deve brotar livremente do seu coração. Fazer algo obrigado não é um ato de fé. A fé é um ato livre. O que é feito com alegria agrada a Deus. É a partir

materiais, mas de graça de Deus. Faça parte dessa comunidade abençoada. Simplesmente seja humilde e devolva o seu dízimo. Damos as boas-vindas aos novos dizimistas da Paroquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia: - José Teixeira - Lídia Maria Pereira dos Santos - Maria de Fatima Fernandes Moreira - Marly Aparecida Silva de Oliveira - Sandra Machado de Carvalho E você, já é dizimista?

Caça-palavras | Para colorir

Cozinha Fácil

Símbolos nacionais

Salada Primavera Agridoce

Segundo a Constituição, os quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil são a BANDEIRA Nacional, o HINO Nacional, o BRASÃO da República e o SELO Nacional. Sua apresentação e seu uso são regulados pela Lei n. 5.700/1971. Bandeira Nacional - Após a proclamação da REPÚBLICA, 1889, uma nova bandeira foi criada para representar o BRASIL: um losango amarelo em campo verde, no meio a esfera celeste azul, atravessada por uma zona branca, com os dizeres “ORDEM e PROGRESSO”. Cada uma das estrelas corresponde a um Estado brasileiro e, segundo a Lei 8.421/1992, deve ser atualizada no caso de criação ou extinção de algum ESTADO. A posição das estrelas corresponde ao céu do Rio de Janeiro em 15 de novembro de 1889. A estrela acima na inscrição “Ordem e Progresso” é chamada Spica - do latim, espiga (de trigo) - e representa o estado do Pará. Brasão da República - Criado no governo do primeiro Presidente da República, Marechal Deodoro da Fonseca. É um escudo azul-celeste, apoiado sobre uma ESTRELA de cinco pontas, com uma espada em riste. Ao seu redor, está uma coroa formada de um ramo de café frutificado e outro de fumo florido sobre um RESPLENDOR de ouro. O uso do brasão é obrigatório pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e pelas Forças Armadas. Selo Nacional - é baseado na esfera da bandeira nacional; nele há um círculo com os dizeres “República Federativa do Brasil”. É usado para AUTENTICAR os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas. Hino Nacional - Com o Decreto nº 171/1890, a COMPOSIÇÃO do maestro Francisco Manoel da Silva é conservada como o Hino Nacional e por 32 anos foi cantada com LETRAS diferentes. Somente às vésperas do 1º Centenário da Independência, 6 de setembro de 1922, o Decreto nº 15.671 oficializa a letra definitiva do Hino Nacional, escrita por Osório Duque Estrada em 1909. Fonte: <www2.planalto.gov.br/acervo/simbolos-nacionais>

R J N E E S T R E L A G A R A O O N F L P

J S O F K S N F I T K N R T U G H Q R O M

I E I L Y S T O C M R E S P L E N D O R E

K L N M Z E D Ç A P U C S L H Y R U N B A

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B P A E B O O O B I R M R C Y A Ç L G C K

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O Q N E R M N T A N R M B A R S C R V B E

A I T C A B D F O A A N C U D N Ç T U T N

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I S T O T G O H L Ç I S U S A O P S V Z L

C F O D O C L X R E E N R S R I U Ç O S A

A U C O M P O S I Ç Ã O S O E S A R T E L

Ingredientes • • • • • • • • • • •

½ xícara (chá) de maionese ½ xícara (chá) de iogurte natural Suco de ½ limão 1 colher (sopa) de salsinha 1 colher (sopa) de hortelã 1 peito de frango cozido e desfiado 200g de brócolis (pré-cozido) ½ maçã (picada) ½ xícara (chá) uvas passas ½ xícara (chá) de nozes ½ xícara (chá) de cenoura (ralada)

Modo de fazer Em uma travessa, mistures a maionese, o iogurte natural, o suco de limão, a salsinha picada, o sal e a pimenta do reino. Junte o frango e mexa bem. Adicione o restante dos ingredientes, misture tudo e aproveite. Sirva gelada.

Dica de Leitura No livro “Todos contra todos: o ódio nosso de cada dia”, o historiador brasileiro Leandro Karnal volta à expressão “homem cordial”, de Sérgio Buarque de Holanda, para dizer que o brasileiro não é tão dócil ou pacífico como sempre foi considerado. Como está na orelha do livro, “Em tempos de coxinhas contra petralhas, xenófobos, misóginos e homofóbicos contra imigrantes, o novo feminismo e os movimentos LGBT, em tempos de politicamente correto contra os seus críticos mais mordazes, Leandro Karnal mostra que a história e a realidade revelam um lado sombrio do brasileiro que costumamos não reconhecer: somos violentos no trânsito, nas ruas, nos comentários das redes sociais e fofocas nas esquinas; somos violentos ao torcer por nosso time e ao votar; somos violentos cotidianamente”. Vale a pena a leitura para reflexão sobre a atualidade brasileira. São apenas 142 páginas.


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O Rosário

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | SETEMBRO DE 2017

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ágina Franciscana

Capítulo das Esteiras

A Conferência da Família Franciscana do Brasil, CFFB, celebrou os 800 anos do Perdão de Assis e os 50 anos da Família Franciscana do Brasil, no Capítulo das Esteiras, entre os dias 3 e 6 de agosto, em Aparecida/SP. O Capítulo das Esteiras nos remete a um encontro de São Francisco de Assis com os frades da jovem Ordem dos Mendicantes. Chegaram à Porciúncula, em Assis, cerca de cinco mil frades, eram tantos que tiveram como hospedaria uma esteira. Esteira nos lembra provisoriedade, nossa condição de peregrinos e forasteiros neste mundo, somos seres de passagem, nossa morada definitiva não é aqui. No Capítulo das Esteiras em Aparecida, celebramos os 800 anos do Perdão de Assis ou a Indulgência da Porciúncula.

Imagem: goo.gl/H4kKV3

Num tempo de grandes conflitos na Igreja e na sociedade, São Francisco intuiu que a misericórdia era o caminho para a paz. Recebeu esse benefício do Papa Honório III. Tão contente, Francisco, chegando em Assis, proclamou: “Quero mandar-vos todos ao paraíso!”. Criar paraísos onde o inferno busca prevalecer na vida das pessoas e da sociedade de hoje é um imperativo para nós franciscanos e todos que partilham da espiritualidade do Pobrezinho de Assis, segundo o Papa Francisco. Por isso, levar ao mundo a Misericórdia de Deus foi não apenas o tema do Capítulo das Esteiras em Aparecida, mas é ainda uma missão

a ser vivida a cada dia. Para isso, sentimos como o lema do Capítulo foi provocativo: “É preciso voltar à Assis!”. Aqui não significa tomar um avião e ir a essa cidade da Úmbria, na Itália, e sim voltar ao Espírito das Origens, à intuição primeira de Francisco, ao encontro com o Cristo Pobre, a um retorno ao Evangelho da missão, da pobreza e da paz. Todavia, como viver a misericórdia numa realidade de corrupção, de mentira, de imposição de um governo ilegítimo, do divórcio entre o parlamento e a sociedade, do desvio das

finalidades do poder judiciário, da ditadura da economia de mercado que prevalece aos direitos sociais? Aqui se faz necessária a indignação, esta é irmã gêmea da misericórdia. Não podemos perder a capacidade de indignar-nos frente a tudo que é contrário à vida humana e deteriora o projeto de Deus. Em Aparecida, renovamos o compromisso com o Pontificado do Papa Francisco, traduzindo em atitudes o que ele nos pede: uma Igreja pobre com os pobres, enlameada na realidade dos sofredores, hospital de campanha. Tomamos como compromisso vivenciar e divulgar a Encíclica Laudato Si, sobre o meio ambiente, no cuidado com a Casa Comum. De maneira especial, daremos atenção a tudo que diz respeito à irmã água, hoje tratada como moeda. O Capítulo das Esteiras, em Aparecida, contou com a presença de aproximadamente 1200 franciscanos e franciscanas, de todas as Ordens, Congregações, Juventude Franciscana (Jufra) e movimentos de simpatizantes de São Francisco. Agora resta-nos voltar a Assis e levar ao mundo a Misericórdia de Deus! Frei Éderson Queiroz OFMCap, presidente da CFFB

Carta de Aparecida

“Ouvir tanto o clamor da terra como o clamor dos pobres”. LS,49 A Conferência da Família Franciscana do Brasil, celebrando o Capítulo Nacional das Esteiras, consciente de sua missão de “levar ao mundo a Misericórdia de Deus”, dirige-se a todas as pessoas de boa vontade: àquelas que continuam acreditando em um mundo de justiça e fraternidade e àquelas que, em meio às contradições e crueldades de nosso tempo, vivem a dor da desilusão e da falta de esperança.

Mão de Deus A mão que está no topo do desenho faz referência à “mão” do próprio Deus Pai. É a mão que sustenta o carisma, que levanta e conduz franciscanos e franciscanas na construção do Reino dos Céus. A mão é a força que está com os seguidores de Cristo, a exemplo de Francisco e Clara. Basílica de Assis Junto com a Basílica de Aparecida se encontra a Basílica de São Francisco, numa referência ao lugar geográfico do nascimento do carisma franciscano. Francisco e Clara Como o Capítulo Nacional das Esteiras reuniu a Família Franciscana de todo o Brasil, no centro do desenho estão as imagens de Francisco e Clara. Os dois representam o carisma franciscano nas suas duas forças, feminina e masculina. São os irmãos e irmãs que seguem o Cristo pobre. Aparecida A imagem da Basílica de Aparecida faz referência ao local do Capítulo, a cidade onde está o Santuário de Nossa Senhora Aparecida/SP. Ao mesmo tempo faz referência aos 300 anos do encontro da imagem no rio Paraíba. Porciúncula Na base desse projeto franciscano está a Porciúncula, berço da Ordem Franciscana, lugar predileto de Francisco de Assis. Foi nessa pequena igreja que Clara recebeu a tonsura, despojando-se das pompas do mundo para seguir Cristo. Nesse lugar, os frades e as Damas Pobres foram gerados. Lugar onde Francisco encontrava novo ânimo e a paz.

As partilhas realizadas nesses dias nos levam a afirmar: vivemos um verdadeiro Pentecostes. Neste sentido, o Capítulo nos chamou a um revigoramento do Carisma e nos levou a fazer memória da herança, da inspiração originária que deu início ao movimento franciscano. A experiência das esteiras nos leva a retomar nossa vocação enquanto peregrinos e forasteiros. As bases nas quais foram construídas a nossa história estão marcadas pelo sangue dos pobres e pequenos, indígenas, mulheres e jovens negros, por um extrativismo desmedido e destruidor, por uma economia que exclui a maioria, por destruição de povos, culturas e da natureza. À luz do nosso carisma, compreendemos que se faz necessário construir um novo horizonte utópico que nos comprometa com a construção de um projeto de país com justiça e paz em respeito à integridade da criação. Somos sensíveis ao grito dos empobrecidos e da Mãe Terra! É preciso agir com misericórdia para com eles e com indignação diante desse sistema que exclui, empobrece e maltrata, e convocar a todos para se unirem à luta que hoje assumimos juntos: participar da reconstrução da Igreja com o Papa Francisco e reconstruir o Brasil em ruínas. É chegado o momento de recolhermos nossas esteiras e as lançarmos sobre o chão das periferias do mundo, transformando continuamente nossa maneira de ser, estar e consumir, em reposta aos apelos do Papa Francisco. A realidade ecológica e sócio-políticaeconômica do nosso país nos exige compromisso profético de denúncia e anúncio. Assistimos,

tomados de ira sagrada, à violação dos direitos conquistados, através de muitos esforços, empenhos e articulação pelo povo brasileiro. Por isso, não podemos deixar de nos empenhar junto aos movimentos sociais na luta “por nenhum direito a menos”, contra golpes, reformas retrógadas e abusivas conduzidas por um governo ilegítimo, um parlamento divorciado dos interesses da população e uma justiça que tem se revelado fora dos parâmetros da equidade “que no lugar de fortalecer o papel do Estado para atender às necessidades e os direitos dos mais fragilizados, favorece os interesses do grande capital”. Dessa Cidade de Aparecida, Nossa Senhora, Padroeira do Brasil, resgatada das águas de um rio, hoje poluído e degradado, nos faz eleger dentre os diversos apelos um compromisso particular com a Irmã Água. Desse modo, nos empenharemos na construção de um processo de reflexão e ação em defesa da água como bem comum, que se dará através da participação da família em jornadas, fóruns e nas iniciativas de fortalecimento dos trabalhos ligados à promoção da Justiça e da Integridade da Criação. Tudo isso acontece, irmãs e irmãos, porque São Francisco nos ensinou que nos momentos mais difíceis de nossas vidas devemos voltar à Casa da Mãe. Ele e seus irmãos voltavam, com frequência, à pequena igreja de Santa Maria dos Anjos, a Porciúncula. Nós voltamos ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, nestes 300 anos de caminhada com os pequenos desta terra. “Ó Mãe preta, ó Mariama, Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão, que é comunismo. É Evangelho de Cristo, Mariama!”, ainda assim, invocamos suas bênçãos sobre toda a nossa família e sobre um Brasil sedento de “Paz – fruto da justiça, do bem e da Misericórdia de Deus” (Dom Helder Câmara). 6 de agosto de 2017 Conferência da Família Franciscana do Brasil (CFFB)


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O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | SETEMBRO DE 2017

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