Novembro de 2017

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JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de novembro de 2017

TIRAGEM: 2.000 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Se saímos do coração de Deus, é para lá que voltaremos

EDITORIAL Caros irmãos e irmãs, paz e bem! Em primeiro lugar, quero agradecer a todos os paroquianos pelo envolvimento na realização da festa de nossa padroeira, ocasião em que verificamos a estrutura de vínculo eclesial da paróquia, momento marcante de participação das comunidades e pastorais. Isto posto, quero partilhar outra alegria. Desde a edição passada nosso jornal apresenta melhoria na impressão e algumas pessoas vieram até mim para falar desse ganho substancial na qualidade. Aproveito o ensejo para reconhecer o empenho e dedicação na sua produção. Parabéns, Pascom! Pastoral que, recentemente, recebeu um novo membro e agora conta a contribuição de Frei Warley. Na edição deste mês, David Tierro escreve sobre o ‘Dia da Consciência Negra’. Devemos combater o racismo e qualquer outro preconceito que nos impeça de olhar para as diferenças como uma riqueza, de acolher a diversidade na espécie humana como uma dádiva, obra da generalidade do Criador. Vejamos o que diz o catecismo da Igreja Católica no §1935: “Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, na raça, na cor, na condição social, na língua ou na religião deve ser superada e eliminada, porque contraria o plano de Deus”. A propósito da celebração de todos os Santos, sendo solidário com a indignação dos filhos de Deus discriminados, queria fazer menção (sem citá-los por falta de espaço) que são inúmeros santos negros reconhecidos pela Igreja. Além de uma dezena de títulos, temos a Mãe de Deus negra e presume-se que tenham sido negros muitos santos africanos: Santo Agostinho, Santa Mônica, São Serapião, São Saturnino, Santas Perpétua e Felicidade etc. O que importa é que os santos foram pessoas extraordinárias que nos ensinam a buscar fazer a vontade do Pai para que sejamos, também nós, herdeiros das promessas de Cristo. Em novembro, nosso jornal apresenta outros textos que vale a pena conferir. Desejo que seu conteúdo produza reflexão e transformação. Boa leitura! Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Pároco

A veneração aos santos I [página 4]

20 de novembro: Dia da Consciência Negra [página 5]

Frei Ângelo de Acri: frade capuchinho é canonizado [página 7]


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2017

Apresentação das crianças | Batismo

Apresentação das crianças à comunidade, na missa do dia 22 de outubro, pelo Frei João Batista.

Celebração do Batismo, no dia 29 de outubro, presidido pelo Frei João Junior.

NOVEMBRO

AGENDA DO MÊS 1/11 - quarta-feira 19h Reunião CPP (por causa de finados)

– Matriz 20h Encontrão ECC

2/11 - quinta-feira Finados 18h Adoração e Benção do Santíssimo Sacramento – Matriz

17/11 - sexta-feira 19h30 Missa do Setor Santa Isabel

3/11 - sexta-feira 19h30 Conselho Pastoral Comunitário – Pompeia 5/11 - domingo Todos os Santos 6/11 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Reunião Liturgia – Pompeia 7/11 - terça-feira 19h Reunião da Pastoral do Dízimo 8/11 - quarta-feira 19h Reunião Conselho Pastoral Comunitário – Abadia 9/11 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz 19h Reunião Conselho Pastoral Comunitário Nossa Senhora Aparecida É um mês humilde: o novembro. Ele fica aí, tácita e modestamente, cravado entre o festivo outubro dos filhos dos homens, as crianças e o jubiloso dezembro do Filho de Deus, Jesus de Nazaré. Nem mesmo seu nome é muito correto. Ele se chama novembro, isto é, o nono mês, quando, na verdade, é o décimo primeiro. No ano 153 antes de Cristo, trocaram seu lugar no calendário. Empurraram-no cerca de sessenta dias ou dois meses para frente. De nono para décimo primeiro mês. Mas mantiveram seu nome. Nalguns lugares, é apenas outono, a entrezona entre o verão e o inverno, a passagem do claro para o escuro, do calor para o frio, ou o contrário. Noutros, ele é o mês do Samhain ou Halloween, o mês das bruxas, esses estranhos seres entre os mundos (o visível e o oculto). Para o Ocidente cristão, o mês em que os ainda vivos, no dorso de sua saudade e gratidão, transpõem os limites da terra e saúdam e reverenciam os que já não vivem mais neste mundo: os mortos e os santos. Para todos, o penúltimo mês e o ocaso de mais um ano. Como no tramonte e no entardecer de todos os dias, assim também aqui: o despedir-se, a quietude, o recolhimento e uma silente certeza, a de que assim é nossa vida, neste mundo. Infinitamente bela nos cursos seus... humildemente sóbria no seu adeus. Frei Prudente Nery, OFMCap 1º de novembro de 2006 Disponível em: <http://procamig.org.br/ freiprudente/editorial/arquivo/edi05.htm> Acesso em 23 de outubro de 2017

12/11 - domingo 32º Domingo do Tempo Comum 13/11 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 16/11 - quinta-feira 18h Adoração e do benção do Santíssimo Sacramento

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h30; terça a sábado, às 7h30 e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 19; e nos dias 28, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado, às 18h; domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: sábado, às 17h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada Capela Nossa Senhora dos Anjos Horário: domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Comunidade São Rafael - Pompeia Capela do Cemitério da Saudade Horário: segunda, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade

19/11 - domingo 33º Domingo do Tempo Comum 9h Missa ECC 19h Missa Jovens 20/11 - segunda-feira 19h Leitura Orante – Abadia 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 23/11 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz 25/11 - sábado Missa dos Dizimistas – todas as missas 26/11 - domingo Cristo Rei do Universo Missa dos Dízimistas – todas as missas 27/11 - segunda-feira Leitura Orante – Abadia 19h Adoração ao Santíssimo Sacramento – Matriz 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 30/11 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento – Matriz - Durante todo o mês haverá conscientização sobre o Dízimo em todas as missas

EXPEDIENTE Pároco Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Douglas Lima Frei Vicente Pereira, OFMCap Frei Warley Tomaz, OFMCap Madalena Loredo Patrícia Leal Renilson Leite Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

Se saímos do coração de Deus, é para lá que voltaremos Ao ser escalada para escrever sobre a morte, neste mês em que a igreja celebra o dia de Finados, a primeira pessoa que me veio à cabeça foi o finado e saudoso Frei Prudente Nery, que tanto escreveu e falou sobre a morte, sempre de maneira tão poética. Ele tinha mesmo uma reverência à ‘irmã morte’.

Imagem: www.papeldeparede.etc.br

Pensei em escrever sobre o fenômeno morte e sua relação com o medo que ela produz na contemporaneidade, num viés mais sociológico. Mas, depois de ouvir algumas de suas pregações, gravadas por mim com seu consentimento nas missas de domingo na matriz, de ler alguns de seus textos que colecionei e outros que estão disponíveis de maneira esparsa na internet, resolvi ceder este espaço a ele, trazendo fragmentos de um texto que ele escreveu para o dia de Finados e Todos os Santos, com o título: “Não existem dois reinos: o reino dos vivos e o reino dos mortos, mas apenas o Reino de Deus...” 1. “[...] Para onde quer que voltemos nossa atenção, a constatação será sempre a mesma: morreremos, inevitavelmente. Sabemos disso, à saciedade. Desconhecido nos é apenas o modo e incógnita, a hora em que isto ocorrerá. Embora tenaz e resistente, a vida é muito frágil. Um desacerto qualquer nalguma função vital ou a simples desventura de nos encontrarmos num determinado lugar, num momento de violência ou tragédia e a nossa vida se vai. E ainda que consigamos escapar ilesos desses ardis da morte, então apenas para nos encontrarmos com ela, mais adiante, em, no máximo, oitenta ou cem anos. Somos fundamentalmente mortais e a morte não é um acidente, mas a sina irremediável de todo vivente. E, no entanto, por mais natural que seja a morte, nunca nós, homens, a acolhemos com naturalidade. Ainda que nos seja dado um longo viver, sempre a sentiremos como precoce e indevida, pelo muito ainda que quereríamos conhecer, construir, experimentar e amar. Mesmo aqueles que, aparentemente, desistiram de viver, os suicidas. Visto em profundidade, seu desejo não é morrer, mas colocar fim a uma vida experimentada como sem sentido e absurda, quase sempre envolto pela esperança de reencontrar uma vida que mereça tal nome, do outro lado de todas as decepções. Como quer que seja a morte, se em inesperada surpresa, se antevista, ela sempre nos fará sofrer. E, em muitos casos, dramaticamente, sobretudo porque ela encerra, aparentemente em caráter definitivo, a própria vida. Mas, talvez, a morte não seja o fim. Se assim fosse, tudo se recomporia na harmonia de todas as contradições. Nós morreríamos, sim, porque isto é a nossa sorte e viveríamos para sempre, porque este é o nosso destino. Mas será assim? Para além dos horizontes deste mundo, há uma esperança para os mortais? Ou será a vida eterna apenas uma miragem, isto é, algo que, por força de nossos desejos, parece ser, mas não é, uma projeção do que tanto sonhamos? [...] A primeira razão reside em nós mesmos. É a nossa própria recusa de morrer. Não sofreríamos com a morte, se fôssemos apenas uma bio-complexidade. Nem teria a natureza, há cerca de 400 mil anos, num espantoso

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Publicado no site da Paróquia Santo Antônio do Pari, São Paulo, em 01/11/2015.

engenho de criatividade e empenho de paciência, depositado em nós a grandeza do espírito, a largueza da esperança, a beleza dos sonhos e os desejos de eternidade apenas para tragar tudo isto, cinicamente, no abismo do nada. Assim, se sofremos com a morte, é porque queremos a vida e se, à vista da morte, choramos, é porque somos eternos. É o que significam as lágrimas, quando tristes e sinceras, sempre: um último protesto do coração humano, contra a perda e a dor, sem palavras, sem forças, mas, de todos os clamores, o mais impressionante e verdadeiro. A segunda razão está bem próxima e reside entre nós e aqueles que, nesta vida, conhecemos e começamos a amar. Lento é o nosso crescer, vagarosos o aprendizado da sabedoria e a percepção do essencial, tardia a descoberta dos secretos caminhos do amor. Eis porque, enigmática e frequentemente, só compreendemos em que consiste a vida lá onde já não nos é possível mais vivê-la. Temos, então, a claridade, mas falta-nos a vitalidade. Os sonhos não cessam, mas o corpo, trêmulo, já não consegue mais torná-los realidade. Haveria qualquer coisa de fundamentalmente equivocado em nós, se tivéssemos que nos silenciar para sempre, exatamente lá, onde começamos os verdadeiros diálogos e nos disséssemos adeus, nem bem houvessem se saudado os nossos corações. Não, a morte não pode ser o fim do que nem bem começou. E, por fim, há ainda uma terceira razão para crermos que não somos apenas mortos que ainda vivem. Uma razão longínqua, apenas entrevista em seus vestígios, mas, dentre todas, a mais importante. É Deus mesmo, a infinita prodigalidade, o absoluto amor, nossa primeira origem e derradeiro fim. Se saímos de seu coração, é também para lá que voltaremos. Assim o cremos. E, se Deus existe, a nossa vida é eterna. Não se turbe o vosso coração, afirma-nos Jesus. Na casa de meu Pai, há muitas moradas (Jo 14, 1-2), afirma-nos Jesus, já próximo de sua própria morte. Ele, que, durante três anos, tentou ensinar-nos o caminho, aponta-nos, aí, nosso destino e revela-nos nossa última verdade: não a morte, mas a vida. Embora ditas à beira de sua morte, estas suas palavras não são lamentos e despedida, mas cantilenas de esperança e prenúncios de um reencontro. Pois, na esperança, todo sofrimento é suportável e só a

certeza de um novo encontro pode aliviar a dor e enxugar as lágrimas de um adeus. Deus existe, assegura-nos Jesus Cristo, não como o indecifrável enigma do universo, mas como um infinito mistério de amor. Não produtos fantásticos da fortuidade, mas filhos e filhas deste mistério é o que somos. Dele saímos e só nele estaremos, um dia, definitivamente, em nossa morada. [...] quando, no crepúsculo de todos os outonos, cair sobre nós o frio do inverno e da morte. Carregados, então, pelo fascinante destino de nossa espécie, nós voaremos, seguindo apenas os acenos da eternidade, rumo à morada da luz, o coração de Deus. E aí saberemos o que, agora, apenas intuímos e, ouvindo Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade, a Vida, cremos: não existem dois reinos, o reino dos mortos e o reino dos vivos, o reino da terra e o reino dos céus, mas apenas o Reino de Deus, que quis que fôssemos eternos. É o que nos confirmam os memoriais: Finados e Todos os Santos. Nestes primeiros dias de novembro, quando o ano já prenuncia seu fim, é um costume cristão visitar o jardim dos mortos. Com imenso carinho, cuidamos de sua tumba, numa delicada mistura de pesar, saudade e gratidão. E seguindo, sobretudo, dois costumes muito antigos, ali depositamos algumas flores, como faziam já os primeiros humanos, há milhares de anos, e acendemos uma vela, como nos ensinaram, há mais de mil anos, os celtas. As flores não são apenas enfeites, mas dizem, na linguagem de seu silêncio, que também assim somos nós: deitadas no ventre da terra, as sementes parecem morrer… e, no entanto, de lá ressurgem e, em surpreendente beleza, se erguem aos céus. Também assim será conosco, quando depositados formos no escuro da terra: de lá levantar-nosemos em nova vida. E as velas, nós as acendemos para aqueles que se foram, a fim de que, de onde estiverem, vejam nossa gratidão e saibam: nunca se apagará a chama do amor que nos uniu. [...]” Ficam aqui memórias de quem tanto acreditou e trabalhou para o Reino de Deus. Tenho certeza que é assim que todos nós, que conhecemos e convivemos com Frei Prudente, pretendemos: que a chama do amor que nos uniu a ele, nunca se apague. Andréa Matos R. M. Castro Advogada e Doutora em Ciências Sociais


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Catequese permanente

A veneração aos santos I A fé que temos hoje não foi inventada por nós; foi herdada dos nossos antepassados. Jesus conviveu com os apóstolos, suas primeiras testemunhas. Os apóstolos passaram adiante a experiência de fé que fizeram no seguimento de Jesus. Essa experiência chegou até nós cruzando o tempo, porque foi assumida e vivida por tantos outros que também viveram e transmitiram a fé às gerações vindouras. Pertencemos a uma Igreja cuja história é repleta de pessoas que seguiram Jesus e acreditaram na sua Palavra. São os nossos antepassados na fé. A eles veneramos e chamamos de santos.

Imagem: goo.gl/eivHPp

Seguimos Jesus, que é caminho, verdade e vida. Em um mundo marcado por fraquezas, muitos se perguntam se é possível ser santo, se é possível seguir de fato o caminho de Jesus. Será que os ensinamentos de Jesus não são uma utopia, um caminho impossível de trilhar? Será que é possível ser santo? Ora, no começo do cristianismo, todo cristão era chamado de santo. Paulo saúda os santos das comunidades para as quais ele escreve. Com o tempo, a palavra santo foi sendo usada exclusivamente para os canonizados, mas todos somos de algum modo santos. Não porque não temos pecado; não é isso! Mas porque fomos chamados por Deus, em Cristo, para sermos santos. Ao canonizar alguém, a Igreja nos recorda nossa vocação à santidade. Ela nos incentiva a olhar para a vida dos santos, a perceber a dedicação deles a Jesus e a imitar o exemplo de suas vidas. Isso nos aproxima mais ainda de Jesus; ou melhor, nos santifica.

Esses nossos ilustres antepassados (Eclo 44,1-15) fizeram a parte que lhes cabia, cumpriram sua missão. Viveram o amor, acreditaram no evangelho, dedicaram-se com afinco à construção do Reino de Deus, um mundo mais justo e mais fraterno para todos. Hoje, cabe a nós viver bem a fé e deixar um bom testemunho de vida para os que virão depois de nós. Um dia, nós seremos os antepassados das próximas gerações. E assim a experiência de fé vai ultrapassando as gerações e seguindo adiante. Acontece, porém, que nem todos os que vieram antes de nós são assim tão santos. Algumas pessoas passam pela vida e deixam exemplos marcantes, mas outras não deixam um rastro tão bom assim. Por isso, nossa Igreja, antes de chamar alguém de santo, tem o costume de analisar cuidadosamente a vida dessas pessoas para ver se, de fato, elas têm a vida provada na fé e no amor. Só depois de um processo longo e criterioso, a Igreja as canoniza caso sejam mesmo verdadeiros seguidores de Jesus. Ao canonizar alguém, ou seja, ao dizer que a vida da pessoa passou pelos critérios de santidade da Igreja, é costume manter sua imagem nos templos sagrados. É o caso dos santos que hoje nós católicos veneramos. Quem nunca ouviu falar de Santo Antônio, Santo Agostinho, São Francisco de Assis, Santa Teresa d’Ávila, Santa Madre Teresa de Calcutá e de tantos outros? Foram pessoas de grandes virtudes; homens e mulheres que se destacaram no seguimento de Cristo. Tendo analisado a vida deles, vendo que viveram o amor e por causa desse amor

entregaram suas vidas, a Igreja os declarou santos. Assim, pela vida dos santos, a Igreja nos mostra como é possível seguir Jesus. A veneração aos santos tem, pois, um lado pedagógico. Eles são exemplo de fé; são testemunhas do Ressuscitado; são pessoas cujas vidas deixaram marcas na história. Conhecer a vida desses santos é salutar. Ajuda-nos a perceber que o caminho do evangelho é mesmo possível, não é uma utopia. Mas nós não seguimos os santos.

Convém lembrar que tomar os santos como modelo não quer dizer que devamos fazer as mesmas coisas que eles fizeram, como um imitador que repete o que o outro faz ou diz. Os tempos mudam. Gestos que séculos atrás foram interpretados como sinais de fé, hoje poderiam soar como ações sem sentido. Dizem que São Francisco brigou com seu pai - que não queria que ele seguisse a vida religiosa - e saiu de casa, deixando com o seu pai até a roupa do corpo. Isso na época foi entendido como um grande desejo de servir a Cristo, mesmo contra a vontade do seu pai. Hoje, ninguém precisa sair pelado por aí só porque admira São Francisco de Assis. Devemos dar nosso testemunho de acordo com o nosso tempo. O que seria hoje um gesto sincero que expressa o nosso desejo de servir a Jesus, mesmo contra a vontade dos outros? Cada época exige um tipo de seguimento, ou seja, exige atitudes de fé e coragem para viver o amor que Jesus nos ensinou. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e Doutora em Teologia Catequética

Creche Grazia Barreca Castagña RESPOSTA DO CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE: PUNIÇÃO AO CONTADOR ART. 2- SÃO DEVERES DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE: I- EXERCER A PROFISSÃO COM ZELO, DILIGÊNCIA, HONESTIDADE E CAPACIDADE TÉCNICA, OBSERVADA TODA A LEGISLAÇÃO VIGENTE, EM ESPECIAL AOS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE E AS NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE, E RESGUARDAR OS INTERESSES DE SEUS CLIENTES E/ OU EMPREGADORES, SEM PREJUÍZO DA DIGNIDADE E INDEPENDÊNCIA PROFISSIONAIS; II-

ZELAR PELA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA NA ORIENTAÇÃO TÉCNICA DOS SERVIÇOS A SEU CARGO.

O PROFISSIONAL NÃO AGIU COM ZELO AO NÃO ORIENTAR CORRETAMENTE SEU CLIENTE. PORTANTO, PELA FALTA DE ZELO E DILIGÊNCIA DO PROFISSIONAL, DETERMINO A LAVRATURA DE AUTO DE INFRAÇÃO EM DESFAVOR DE ADÃO GOMES VIEIRA, TC, CRCMG 024398/O POR “DEMONSTRAR INCAPACIDADE TÉCNICA E/ OU FALTA DE ZELO NO DESEMPENHO DE SUAS FUNÇÕES PROFISSIONAIS” (OCORRÊNCIA 1.15.1.3 DO MANUAL DE FISCALIZAÇÃO). ASSINADO POR: OTORINO NERI (CONSELHEIRO RELATOR) DIANTE DESSA RESPOSTA, OS ADVOGADOS DA CRECHE IRÃO REQUERER POR MEIOS JURÍDICOS O VALOR DA DÍVIDA QUE ESTÁ SENDO PAGA, DANOS MORAIS E MATERIAIS.


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Novembro azul: cuidar da saúde também é coisa de homem Depois do mês de outubro ter sido dedicado à prevenção do câncer de mama com a Campanha Outubro Rosa, agora é a vez do Novembro Azul. O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata é dia 17, mas nesses 30 dias várias manifestações são organizadas com o objetivo de conscientiza r os homens da importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença. Acima de tudo, a campanha Novembro Azul serve como um incentivo para o homem cuidar da sua saúde.

Imagens: goo.gl/4bxsiD

Em estágio inicial, esse tipo de câncer pode causar problemas urinários como a diminuição do jato, gotejamento após a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, micção em dois tempos, retenção urinária, aumento da frequência urinária, urgência, incontinência e sangramento urinário. Se a doença evolui, o homem pode apresentar sintomas como dor nas costas, quadris, coxas, ombros e em outros ossos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o câncer de próstata é ainda mais incidente que o câncer de mama das mulheres. Os homens são mais resistentes às consultas médicas regulares. Por isso, muitas vezes a doença é descoberta tardiamente, somente quando os sintomas já começam a aparecer. O câncer de próstata é silencioso. Por ano, são diagnosticados quase 70 mil novos casos. O Instituto Nacional do Câncer, Inca, revela que os cuidados na sua fase inicial aumentam a chance de cura em 90%. Muitos homens têm preconceito em fazer o exame de toque, porque dizem que ele afeta a sua masculinidade. A necessidade de fazer o preventivo sempre vira piada entre os amigos. O exame de toque, juntamente com o de sangue PSA, é essencial para a detecção e cuidado precoce. Aqueles que têm histórico de câncer de próstata

defendem que os cuidados devem começar desde sempre, não importa a idade. É importante conhecer o seu corpo e os sinais que ele dá. O exame de toque dura entre 5 a 7 segundos e serve para identificar várias alterações na próstata, além do câncer. Esses segundos podem salvar a sua vida.

e câncer de mama na família devem se cuidar a partir dos 40 anos, fazendo exames anuais. Os demais devem procurar um urologista após os 50 anos, anualmente, idade em que o índice de mortalidade aumenta. Porém, respeitadas instituições nacionais e internacionais

Não importa se você é adolescente, jovem ou adulto, prevenir-se de qualquer doença é essencial para viver bem. Vá ao médico e faça exames regulares. Conheça o seu histórico familiar, mantenha-se no peso adequado, movimente-se, controle seu estresse, exercite a sua mente, tenha tempo para o lazer, evite fumar e tomar bebidas alcoólicas em excesso, alimente-se e durma bem. Cuidar da saúde também é coisa de homem. Renilson Leite, jornalista

20 de novembro: Dia da Consciência Negra Imagem: goo.gl/2g81KW

O racismo não é proposta de Jesus, não faz parte do Reino de Deus. Se você se sente incomodado com pessoas negras, se tem dificuldade de aceitar a cor, eis um ponto para ser trabalhado em sua fé. E se você é negro e não se aceita, se o racismo está inculcado em sua autoimagem, também precisa de cuidados de fé e amor. A crença no Reino de Deus é a crença em uma sociedade na qual a diversidade seja admitida, partilhada, vivida. Deus fez a genética humana possível de apresentar milhões de tonalidades de cor! Se você, no seu silêncio tem pensamentos racistas, cuide de seu coração, reverta isso. Se você, no íntimo, tem nojo, raiva, ódio, de pessoas negras, se cure, se cuide, converse com Jesus, se purifique. Se você é negro ou negra e acha que a cor de sua pele é uma maldição, uma punição de Deus, uma provação do Céu, se arrependa, se cure, tire esses pensamentos demoníacos da mente.

A cor da pele é o milagre da diversidade, a obra do Criador é perfeita e está à espera da compreensão do ser humano: não há uma cor de pele privilegiada

diante de Deus, e ninguém será salvo por causa da cor de sua pele. Herdamos uma tradição religiosa que teve erros históricos sobre a imagem mitológica de que Deus é um ser de pele branca: os anjos são brancos, os santos são brancos, Jesus é branco. O Demônio e as personagens bíblicas maléficas eram representados como tendo pele negra. Essa imagem

errada foi vinculada principalmente pela arte europeia na época em que a Europa dominava economicamente o mundo e precisava se legitimar pela religião cristã. Inferiorizar uma pessoa pela cor da pele foi uma estratégia para dominar e escravizar no Brasil e no mundo. Podemos modificar nossos modelos em nome do próprio Reino de Amor que Deus afirma para nós: ninguém fica de fora por causa da cor da pele. Se você é negro ou negra e se sente inferior, venha para Jesus, se conforte no seu abraço, Jesus não pediu para que as esculturas que o representam fossem as de um homem branco europeu. E se você é branco ou branca, não se sinta confortável pelos símbolos religiosos apontarem apenas pessoas de pele branca como santas e sagradas: abandone essa zona de conforto, olhe para a grandeza da criação de Deus, que está para muito além dessa ideologia étnica que inferioriza milhões de pessoas apenas pela aparência. David Tierro, Pedagogo e Mestre em Filosofia

25 de novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres Imagem: goo.gl/agVmZh

codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, heroínas da República Dominicana brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960. Minerva, Pátria e Maria Tereza ousaram se opor à ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, uma das mais violentas da América Latina. Por tal atitude, foram perseguidas e presas juntamente com seus maridos. Como plano para assassiná-las, uma vez que provocaram grande comoção popular enquanto estavam presas, o ditador acabou por libertá-las, para em seguida simular um acidente automobilístico matando-as quando iam visitar seus maridos no cárcere. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício estranguladas e com ossos quebrados. O dia 25 de novembro foi declarado Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, ou Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina e Caribe realizado na cidade de Bogotá em 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas”,

A notícia do assassinato escandalizou e comoveu a Nação. Suas ideias, porém, não morreram. Seis meses mais tarde, em 30 de maio de 1961, Trujillo é assassinado e com ele cai a ditadura. Inicia-se, então, o processo de libertação do povo dominicano e de respeito aos direitos humanos, como quiseram Pátria, Minerva e Maria Tereza,

cuja memória converteu-se em símbolo de dignidade, transcendendo os limites da República Dominicana para a América Latina e o mundo. Disponível em: http://femininoplural.org.br/site/ campanhas/dia-internacional-da-nao-violencia-contraa-mulher. Acesso em 30 de outubro de 2017. Imagem: goo.gl/fp3yoq

Irmãs Mirabal.


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Caça-palavras | Para colorir

PASTORAL DO DÍZIMO

Todos os Santos O dia de Todos os Santos, 1º de novembro, para ser mais SOLENE, será transferido para o próximo domingo, dia 5. São lembrados nessa data não apenas os que já foram CANONIZADOS, os que entraram para o calendário litúrgico, mas todos. Afinal, santos(as) são aqueles(as) que viveram de modo HEROICO as virtudes cristãs, seguindo o mandato do Senhor: “Sede perfeitos (santos), como o vosso Pai celestial é PERFEITO” (Mt 5, 48).

Dízimo: Novo jeito de ser e viver Estamos no mês de novembro, Mês do Dízimo, e também mês, em que nos lembramos de que tudo é passageiro. Quando partirmos para a eternidade, não levaremos conosco nada daquilo pelo qual tanto trabalhamos e tanto nos esforçamos durante a vida terrestre. Levaremos sim, as boas obras que praticamos e o bem que fizemos aos outros, pois, diante de momentos difíceis, a nossa fé deverá ser mais autêntica. Neste sentido, todos que frequentam a igreja semanalmente, ou em alguns momentos da vida, já ouviram falar em dízimo. Esta palavra revela várias atitudes do coração sobre as quais vamos conversar nesta edição, paroquiano amigo. 1º Fé: Dízimo é uma questão de fé, pois é o reconhecimento que tudo o que somos e temos vem das mãos de Deus. Ele nos concede vida para que na honestidade de nosso trabalho possamos adquirir os bens necessários. Quem não confia na ação de Deus em sua vida, coloca-se no centro de tudo, e deste modo nasce um coração que ganancioso.

A santidade é única VOCAÇÃO a que todos, em todas as épocas, somos chamados a viver, e sua fonte é o próprio Deus, como nos ensina a Oração Eucarística III: “Na verdade só vós sois santo, ó Deus do Universo [...], porque dais vida e SANTIDADE a todas as coisas”. Nossa santidade é participação na única santidade DIVINA, como também nos recorda a Bíblia: “Eu sou Javé, o Deus de vocês. E vocês foram santificados e se tornaram santos, porque eu sou santo” (Lv 11, 44). Em hebraico, grego ou latim, a palavra “Santo” tem o sentido de “separado ou distinto do comum”. A palavra faz referência a tudo o que é divino, SAGRADO e numinoso. Santo(a) é alguém que vive intensamente neste mundo, é SOLIDÁRIO(a) com todos, e não se deixa contaminar com o que é PECADO e nocivo. Muitos pensam que o(a) santo(a) é alguém que vive alheio(a) ao que acontece ao seu redor. Pelo contrário, é alguém ANTENADO a tudo o que acontece a todos, e se mostra FRATERNO(a). A santidade acontece durante a VIDA de uma pessoa, não depois de sua morte. E a comemoração do santo(a) é celebrada no dia de sua morte, no dia de sua partida para a Casa d’Aquele que é a FONTE de toda a Santidade. Padre Ismar Dias de Matos

2º Amor: É um ato de amor à comunidade e à Igreja que livremente escolhemos para nos ensinar o caminho do céu. Sejamos verdadeiros: ninguém está na Igreja obrigado, se estamos é porque queremos; o dízimo que consagramos mensamente ajuda-nos a explicitar este amor e compromisso. 3º Misericórdia: Quando o dízimo é consagrado ao Senhor, exercitamos também a misericórdia com o nosso próximo, isto é, estendemos nossas mãos para os irmãos necessitados. O dízimo de nossa paróquia ajuda a manter com seus recursos a Pastoral da Misericórdia que atualmente atende cerca de 60 famílias, que somam em média 300 pessoas. Portanto, meu irmão e minha irmã dizimistas, nossa gratidão a vocês que fazem parte desta família. Se você iniciou esta caminhada e desistiu, colocando muitas desculpas no lugar.... Será que tudo o que você tem vivido em sua vida não é o bastante para que seu coração expresse a fé, o amor e o compromisso de um bom cristão? E se por acaso você ainda não fez esta experiência tome consciência, experimente-a, pois, o dízimo de cada um fortalece a nossa comunidade.

Meu abraço fraterno, Frei Davy José Pereira, OFMCap

Cozinha Fácil Imagem: vivomaissaudavel.com.br

Mini quiche sem massa Ingredientes • • • • • • • •

3 ovos 3 claras 1 pote de iogurte natural (170g) 1 alho poró fio de azeite 1 xícara de tomate cereja 1/2 embalagem de ricota amassada com o garfo (200g) sal

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pimenta do reino noz moscada

Modo de fazer Misture todos os ingredientes, exceto os tomates. Coloque a mistura em forminhas de cupcake/empadinhas untadas e enfarinhadas. Disponha os tomatinhos cereja por cima e leve ao forno preaquecido a 180ºC por 20 minutos (se for na forma de cupcake) ou 30 minutos na forma normal (22 cm).


JORNAL

O Rosário

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2017

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ágina Franciscana

Frei Ângelo de Acri: frade capuchinho é canonizado

Na edição deste mês, trazemos a notícia da canonização de nosso Irmão capuchinho, frei Ângelo de Acri, que foi canonizado no último dia 15 de outubro pelo papa Francisco. Foi missionário, pregador, confessor e exerceu também o cargo de Ministro Provincial. Luca Antonio Falcone nasceu em 19 de outubro de 1669, em uma humilde família na cidade italiana de Acri. Era filho de uma padeira e um pastor de cabras. Na sua juventude, foi incentivado e enviado por um tio padre para estudar, na esperança de que o rapaz pudesse ajudar a mãe viúva em suas necessidades futuras. Por volta dos vinte anos de idade, o jovem fez uma breve experiência como eremita, até encontrar-se com um frade capuchinho e ficar encantado com o carisma franciscano. “O caminho vocacional do jovem Luca Antonio foi marcado por muitas incertezas: por duas vezes, pediu para entrar para os Franciscanos Capuchinhos e, em ambos os casos, saiu confuso, deixando o convento. Ainda com tantas incertezas, regressou pela terceira vez e pediu para vestir o hábito de São Francisco e recomeçar o Noviciado” (JÖHRI, 2017, p.5). Admitido ao Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos pela terceira vez, em 12 de novembro de 1691, após um ano completo de Noviciado, professa seus votos de pobreza, castidade e obediência, adotando o nome de Ângelo de Acri. Alguns anos mais tarde, foi ordenado presbítero, em 1700. Como frade capuchinho foi chamado à pregação. E como pregador de retiros e missões populares percorreu boa parte da Itália meridional, durante 36 anos. No início, sentiu dificuldades que quase o fizeram desistir: não conseguia comunicar-se com eficácia com os seus ouvintes. Tomou uma decisão: iria abandonar as “bizarrices” da retórica, mudando o estilo de sua pregação e falar a língua popular. Ele intuiu que “uma pregação refinada ou uma oratória retoricamente irrepreensível, como também impregnada de doutrina

ou meramente moralista, não ajudava os corações a se abrir incondicionalmente à conversão e ao reconhecimento do ‘todo de Deus’.” O sucesso de sua pregação abriu-lhe as portas para o confessionário. Frei Ângelo de Acri atendia as pessoas no confessionário durante horas, sempre disposto a escutar e usar de misericórdia.

Imagem: goo.gl/259ek4

Em sua atuação junto às causas dos empobrecidos, frei Ângelo, “com coragem e força, denunciou as condições sofríveis em que viviam os homens e as mulheres do seu tempo e da sua terra. Clamou pela justiça em favor do povo pobre, denunciando os escândalos bancários, as cobranças arbitrárias das taxas sobre a renda, os impostos elevados sobre a criação de bicho-da-seda ou o confisco injusto e violento de propriedades privadas por parte daqueles que pretendiam estar no comando do povo. Testemunhou a caridade cristã visitando os pobres em suas casas, compartilhando a Providência que ele mesmo tinha recebido” (JÖHRI, 2017, p.2). Aos 70 anos de idade, em 30 de outubro de 1739 expirava sua vida, consumida com paixão e ternura. Frei Warley, OFMCap

Colégio São Francisco de Assis

Exercendo a Cidadania em Brasília Trabalho de campo do 5° ano

No mês de agosto, os alunos dos 5º ano do Colégio São Francisco de Assis realizaram um turismo cívico em Brasília, capital federal do Brasil e sede do governo do Distrito Federal. A capital está localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida como Planalto Central. A atividade faz parte do projeto Exercendo a Cidadania, que proporcionou aos estudantes um período de muito conhecimento e descontração com as professoras Eliane e Luciana e com Cassimiro e Emily, respectivamente, disciplinário e secretária do colégio. Na capital federal, eles contemplaram a arquitetura dos monumentos e conheceram os edifícios onde acontecem

as principais discussões e decisões governamentais, locais importantes para a história e para a política do Brasil, como a Esplanada dos Ministérios, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, a Praça dos Três Poderes, o Memorial Juscelino Kubitschek e a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. O grupo fez também uma visita ao Pontão do Lago Sul, um centro de lazer e cultura que possui belas paisagens naturais. Entrevistamos duas alunas do 5°ano. Veja o que elas responderam: Jornal: O que vocês aprenderam em Brasília? Laura e Carolina: Nós aprendemos sobre a cidadania e

sobre a história de Brasília. Também aprendemos a divisão política do Brasil e visitamos alguns pontos turísticos. Jornal: Vocês acharam o trabalho de campo importante? Por quê? Laura e Carolina: Sim, porque, visitando os lugares, a gente aprende mais sobre o que se passou ali, ou seja, sobre a história do Brasil e sobre a vida de alguns políticos que foram marcantes em nosso país, além de poder pensar sobre a cidadania. Laura Antunes e Sofia Antunes – alunas do 6º ano


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O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2017

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