Dezembro de 2017

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Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de dezembro de 2017

A vinda do Messias vem iluminar nosso olhar, aleluia! Página 3

Estamos nos aproximando do encerramento de mais um ano. É tempo de agradecer. Mesmo que 2017 tenha sido marcado por expecta vas frustradas, por alguma decepção, existem muitas outras dimensões em nossa vida que precisam ser celebradas. É importante considerar esse aspecto porque nós tendemos aos extremos. É indica va de distorção da realidade uma perspec va que salienta demasiadamente as experiências bem-sucedidas. Mas também é sinal de desequilíbrio focar somente em acontecimentos nega vos. Jesus, na úl ma ceia com seus amigos, ciente de que seria executado no dia seguinte, passou o pão e agradeceu. Em seguida, mesmo prevendo o desfecho trágico de sua missão, passou o cálice com vinho e agradeceu outra vez. Ser grato é uma a tude sensata, sabendo que os sonhos devem ser maiores que a capacidade de realizá-los. Este é o espírito do advento em preparação para o Natal do Menino Deus, como salienta o texto de Patrícia Machado em sintonia com o ar go do Padre Ismar Dias. Nessa edição, quero registrar também um agradecimento especial aos irmãos que estão deixando a paróquia. Alguns de nós frades estamos indo para outras realidades pastorais, que Deus nos abençoe. Outros estão chegando ou retornando, que o Espírito Santo os ilumine nessa caminhada. Quero agradecer aos coordenadores das comunidades: Pompeia, Abadia, São Rafael, São Judas e Esplanada, às lideranças, catequistas, enfim, sou grato a todos paroquianos. Desejo-lhes um Santo Natal e Feliz Ano Novo! Frei Lázaro, OFMCap Pároco

O primeiro Natal e a Sagrada Família

Imaculada Conceição da Virgem Maria

Levar-te-ei à Amazônia, ao Acre, e falar-te-ei ao coração

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A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Willian Gabriel Arcanjo e Ana Carolina Ferreira Balsanuf; Mário de Freitas Chaves e Michelle Carolina Araújo Cardoso; Ricardo Luiz Rodrigues Sálvio e Solange Ribeiro de Oliveira Sálvio; Márcio Sodré e Regiane de Cássia Pereira Sodré; e Geraldo Magela de Araújo Santana e Danielle Viviane R. de Sousa Santana assumiram o compromisso deNo dia 18 de novembro, Ana Cris na Dutra Matos recebeu os conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Ana Luiza Ferreira Arcanjo; Carolina Cardososacramentos do Ba smo e da Primeira Eucaris a na Igreja Chaves, Lorenzo de Oliveira Sálvio, Maria Alice Pereira Sodré e Rafaela Barçante Rocha Santana, queMatriz, com rito presidido pelo Frei Lázaro. Seja bem vinda à passaram pelo Ba smo no dia 19 de novembro de 2017. Pelo ba smo desses pequeninos, festejamosnossa comunidade paroquial! Foto: Pastoral do Ba smo juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Edson. Foto: Pastoral do Ba smo

Agenda do mês 3/12 - Domingo - 1º Domingo do Advento 4/12 - segunda-feira 19h30 Reunião da Liturgia – Pompeia 5/12 - terça-feira 19h Reunião da Pastoral do Dízimo / confraternização 7/12 - quinta-feira 18h Adoração e bênção do San ssimo Sacramento – Matriz 19h Novena Perpétua Nossa Senhora do Rosário de Pompeia – Matriz 19h30 Conselho Pastoral Comunitário – Pompeia 9/12 - sábado Acolhida do Dízimo – todas as missas 10/12 - Domingo - 2º Domingo do Advento Acolhida do Dízimo – todas as missas 11/12 - segunda-feira 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 12/12 - terça-feira 18h15 Terço Mariano, Missa e Novena Perpétua Nossa Senhora Aparecida – Esplanada 14/12 - quinta-feira 18h Adoração e bênção do San ssimo Sacramento – Matriz 17/12 - Domingo - 3º Domingo do Advento 9h Missa ECC 19h Missa Jovens 18/12 - segunda-feira 19h30 Curso Bíblico – Pompeia 20/12 - quarta-feira 19h Reunião CPC – Abadia 21/12 - quinta-feira 18h Adoração e bênção do San ssimo Sacramento – Matriz 20h Encontrão ECC

NATAL existência humana começo desponta nascimento de Cristo alegria alegria. Mensagem de paz boa nova alegria refle r pensar a tude oração paz caridade oração par lhar. Imagem: goo.gl/v69LNN

N Natal da alegria natal da esperança fraternidade paz nascimento menino jesus. Pensar refle r tempos novos a seguir recomeçar o caminho presença de Deus oração par lhar. Sol ilumina tempo universo luz ilumina

Recomeçar com natal novos caminhos a tudes diversas trabalho oração união alegria natal para vida natal para Cristo. Natal nascimento de Cristo natal do encontro natal da par lha natal do diálogo natal da caridade simplesmente natal. Antonio Nepomuceno Damada

24/12 - domingo - 4º Domingo do Advento Missas: Matriz: 7h, 9h, 19h Abadia: 9h São Rafael: 10h30 Esplanada: 18h São Judas: 19h 25/12 - segunda-feira - Natal Missas somente na Matriz: 9h e 19h 26/12 - terça-feira 19h Adoração ao San ssimo Sacramento – Matriz 28/12 - quinta-feira 18h Adoração e bênção do San ssimo Sacramento – Matriz 31/12 - Domingo - Dia da Sagrada Família Missas: Matriz: 7h, 9h e 19h Abadia: 9h São Rafael: 10h30 Esplanada: 18h São Judas: 19h 1/1 - segunda-feira Missas somente na Matriz: 9h e 19h

Gráfica do Gaúcho 31 3201-0102


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empo de espera, de vigília, de conversão e de salvação. Mas, como viver este tempo? Como viver a espiritualidade do Advento? Perguntas essas que devemos refle r, principalmente, por meio do entendimento de que o Advento quer dizer vinda, chegada e visita. É o tempo santo de preparação para o nascimento de Jesus. Assim, a expecta va da vigília vem acompanhada da alegria daquilo que se espera que certamente acontecerá. A vinda do Cristo Senhor, que gera uma atmosfera de alegria, nos mostra que a vigilância requer luta contra o torpor e a negligência; requer presteza e, portanto, desapego dos prazeres e bens terrenos. Não existe possibilidade de esperança e de alegria sem retornar ao Senhor de todo o coração, na expecta va da sua volta, sem uma profunda conversão. É certo que os comportamentos fundamentais do cristão exigidos pelo espírito do Advento estão in mamente unidos entre si. Um comportamento que caracteriza a espiritualidade do Advento é o da pobreza que, no sen do bíblico, é o daqueles que confiam em Deus e apoiam-se totalmente nele. Esses são os

mansos e humildes, porque as suas disposições fundamentais são a humildade, o temor de Deus e a fé. Maria, mãe e mulher do advento, emerge como modelo dos pobres do Senhor, que esperam as promessas de Deus, confiam nele e estão disponíveis à atuação do plano divino. Não nos esqueçamos de que a pobreza do coração, essencial para entrar no reino, não exclui, mas exige a pobreza efe va, a jus ça e a paz de reconciliação, quando todos se reconheçam como irmãos. A expecta va e a renovação da esperança alertam-nos para a atenção da vivência do tempo do Advento, fazendo com que nos tornemos, assim como Jesus, missionários da vida e da paz, fazendo crescer dentro de nós o desejo do esforço para alcançarmos a maturidade da fé cristã, pois estamos sempre no advento de nós próprios. A fonte do amor de Deus não dispensa o nosso esforço pessoal. Assim, o ambiente natalino que tem seu início com o Advento faz com que aumente o amor entre todos nós, superando todas as nossas limitações, quando o mais importante é a consciência de que a fonte de tudo isso está no amor de Deus derra-

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A vinda do Messias vem iluminar nosso olhar, aleluia!

mado em nossos corações. Portanto, a essência do Advento é termos o entendimento de que somos convidados a nos alegrar, como Maria, porque Deus está conosco, revelando-nos em Jesus Cristo todos os segredos do seu projeto de amor. Como tal, devemos crer que o Senhor Jesus há de vir com poder, e de iluminar nosso olhar. Aleluia! Patrícia Machado Leal, bióloga

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O primeiro Natal e a Sagrada Família

á faz algum tempo que quando se fala em Natal a primeira ideia que surge na mente é a de festa, comidas e bebidas, troca de presentes, luzes piscando etc. A palavra Natal já não lembra nascimento, num primeiro momento. Para uma pequena minoria Natal lembra presépio, lembra o Menino Jesus, José e Maria – a Sagrada Família. O primeiro Natal da história cristã foi celebrado no Oriente pela sagrada família de José e Maria, alguns pastores e uns animais sob a luz misteriosa de uma estrela que brilhava nos corações bem-aventurados! O centro da cena era o Menino-Deus feito homem! Mo vado por um desejo an go, fui ao local onde a estrela assinalou a chegada do Messias. Es ve em Belém no começo de novembro e vi que a cidade já iniciou as tradicionais decorações para o Natal. Visitei ali a igreja da Na vidade, onde celebrei a Eucaris a. Entrei na imensa fila de peregrinos para, depois de quase três horas de espera, tocar na estrela de prata, de catorze pontas, que marca o local de nascimento de Jesus. Quanta alegria! Quanta emoção! Belém, an ga Éfrata (Gn 35,19-20; 48,7; Rt 4,11), é hoje uma cidade muçulmana, cheia de mesquitas. Há ali poucos cristãos. Não há judeus. No mesmo largo da igreja da Na vidade há, defronte, uma imensa mesquita que chama insistentemente os fiéis para a oração, o dia inteiro. Localizada na Cisjordânia, hoje em território da Autoridade Pales na, a 10 quilômetros de Jerusalém, a terra natal de Jesus e do Rei David possuía certamente um pão especial, pois a cidade se chama “Casa do Pão” (tanto em árabe como em hebraico esse é o significado de Belém). O Menino-Messias nasceu ali, e sua Mãe o colocou entre as palhas onde os animais se alimentavam, ou seja, na

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manjedoura, no cocho. Ele sen u o hálito quente do jumento e do boi em seu corpinho frágil e santo. E sorriu. E o Seu sorriso iluminou a cidade, iluminou a Judeia inteira; o brilho foi-se espalhando pelo mundo, pelos astros... E brilha até hoje! Conforme já havia sido anunciado pelo Profeta Miqueias (Mq 5, 1), foi na cidade de Belém que o Pão Vivo veio do Céu em forma humana para mudar a história do mundo. Os coros de Anjos cantaram Aleluia três vezes! Os Reis Magos, vindos de pontos geográficos diferentes, viram a Estrela no Céu. Os Pastores também viram. E todos os povos da Terra são chamados a vê-la em seus corações. Costumamos trocar presentes no Natal, imitando os magos do Oriente, que levaram à manjedoura ouro, incenso e mirra, simbolizando a realeza, a divindade e o mar rio do Salvador da Imagem: goo.gl/QnYxN9 humanidade. Mesmo que o Natal tenha se tornado um período de forte comércio, isso não ra a beleza da festa, época de congraçamento, de união familiar, uma ocasião verdadeiramente mágica, que contagia os cristãos do mundo inteiro. Também es ve na pequena cidade de Caná, na Galileia, e celebrei na igreja erguida no mesmo local do primeiro milagre realizado por Jesus em uma festa de casamento, em uma festa de famílias (Jo 2, 1-12). A igreja, ornada com talhas de argila, é dedicada à Sagrada Família de Nazaré, cuja festa é sempre celebrada na oitava de Natal, no primeiro domingo após o nascimento do Senhor, e será para nós, neste ano, o úl mo dia de 2017. A liturgia dessa festa nos diz, na primeira leitura do livro do Eclesiás co, que quem honra pai e mãe alcança o perdão dos pecados e será ouvido por Deus em sua oração diária, além de ter vida longa. O evangelho (Lc 2, 22-40) nos apresenta a Sagrada Família plenamente inserida na ordem social (Lv 12, 2-4.8) e cumprindo a lei religiosa e civil (Gl 4,4). Jesus, no evangelho citado, é apresentado como Luz das Nações (Lc 2, 32) e glória de Israel! Belém, a Casa do Pão, pode ser hoje sua casa, a nossa casa, a casa da nossa família. O Menino pode nascer dentro dela, fazer aí o seu presépio. Nossos templos, os templos de todas as Igrejas precisam ser verdadeiramente “casas do pão”, onde as pessoas se alimentem e se fortaleçam. Que as Famílias tenham Jesus presente nelas, fazendo delas uma comunidade de vida e de amor! Feliz Natal! E, desde já, um abençoado 2018 para todos(as)! Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas p.ismar@pucminas.br


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A veneração aos santos II

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omo já vimos, os santos são antepassados ilustres da fé (Eclo 44, 1-15): pessoas que viveram o amor ensinado por Jesus. A esses ilustres antepassados a gente venera, ou seja, mo vados por seus exemplos, também nós nos comprometemos a dedicar nossa vida ao próximo por causa do evangelho de Jesus, prometemos nos empenhar para viver o amor em nome da fé cristã que nós professamos. Além do exemplo dos santos, que é o mais importante, na devoção popular, criou-se também o costume de rezar para os santos, pedindo-lhes ajuda em alguma dificuldade. Muitos pensam que pedir aos santos é mais razoável que ir direto a Deus, pois eles são seres humanos como nós, capazes de se compadecerem de nossas fraquezas e sofrimentos. Mas, por trás dessa afirmação, há um equívoco: o de que Jesus, por ser Filho de Deus, não seria humano como nós. Ele é o Filho de Deus que se fez homem, totalmente homem. Ele sofreu como nós e por isso se compadece de nós. Sabe que não é fácil vencer as pelejas da vida e obedecer sempre a Deus. Por experimentar essa realidade humana tão plenamente, ele é o verdadeiro intercessor e mediador junto ao Pai. Bom, se é assim, e os santos? A Igreja ensina que os santos são pessoas que, em vida, sempre rezaram e fizeram o bem pelos outros. Estando agora junto de Deus, podemos imaginar que con nuem a nos desejar o bem e a orar por nós.

Ao rezar aos santos, lembramos a solidariedade que existe entre nós e eles, e pedimos que se unam a nós em busca do bem que desejamos. Mas não podemos perder de vista que não são os santos que atendem as nossas preces. Deus é que nos atende. Ele – Deus e não os santos – é o autor de todo bem. O melhor meio de rezar é entregar nossa vida a Deus, por meio de Jesus, na força do Espírito. Assim, a oração nos coloca em comunhão com a Trindade Santa. Podemos nós também, e devemos, nos dirigir a Deus, nosso Pai do Céu, que nos conhece e nos ama. Podemos pedir que os santos também se dirijam a Deus conosco, e não em nosso lugar, como se nós não fôssemos dignos de nos dirigir a Deus. Assim, não rezamos apenas aos santos. Rezamos com os santos. Em comunhão com eles que se esforçaram para viver sempre em comunhão com Deus. Depois de uma vida provada na fé, eles vivem em comunhão com Deus. A comunhão deles nos une a Deus. Estar em comunhão com eles é fazer comunhão com Deus que os san ficou. Sobre rezar, é bom explicar que Deus sabe de tudo de que precisamos. O Evangelho de Mateus diz que Deus sabe de tudo de que precisamos (Mt 6,8). Ele é um pai atento às nossas necessidades. Então, para que rezar? Reza-se não para dizer a Deus o que ele já não sabe, muito menos para fazer Deus mudar de ideia, como se ele fosse um pai que ignora a história de seus filhos. Reza-se para ficar em comunhão com ele, porque dessa comunhão emana a força para superar toda dificuldade. A verdadeira graça que se deve buscar na oração não é um favor, nem a solução de um problema, como uma cura ou um milagre, mas a comunhão com Deus que ajuda a superar todos os problemas. E ainda que alguns problemas não tenham solução, não se rezou em vão. A comunhão com Deus por meio da oração é uma graça sem conta. Nada se compara a ela. Nenhum momento de oração bem vivido é perda de tempo; nenhuma experiência religiosa verdadeira pode ser vã. Também na hora de agradecer, o povo costuma ficar perdido, sem saber a quem dirigir o agradecimento. Na missa, por exemplo, não é incomum rezar em ação de graças a Nossa Senhora, a São Judas, etc. Alguns pensam que se deve agradecer aos santos, porque eles lhe alcançaram a graça pedida junto de Deus. No entanto, devemos agradecer a Deus, pois Deus é o Senhor de tudo e é ele quem nos socorre sempre. Ele é o autor de todo bem. E a Missa é ação de graças a Deus por Jesus Cristo na ação do Espírito. Não faz sen do dar ação de graças a outro que não ao Pai, que ressuscitou Jesus dentre os mortos e, na vida de Jesus, acolhe nossa vida como oferta. Lembremo-nos: os santos são nossos antepassados na fé; eles sinalizam o caminho do amor. Não são funcionários de Deus a nosso serviço. Rezar a eles na verdade é rezar com eles ao Pai; é colocar nossa vida em comunhão com eles trilhando nossos passos no caminho da san dade.

13 de dezembro: Dia de Santa Luzia Olhos de luz

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Como Santa Ágata é venerada na Cidade de Catanha, Santa Luzia passou a ser venerada e padroeira da Cidade de Siracusa. Santa Luzia se tornou uma Már r, pois Már r é aquele que entrega sua vida a Jesus, ou até mesmo sofre cas gos por Ele, sem esconder a sua fé ou renegar Jesus. Már r é aquele que testemunha a Jesus, mesmo com a própria vida. Santa Luzia, portadora da luz, é símbolo de fidelidade, de força, de persistência; seus olhos, caminho para a alma, ensinam que devemos enxergar além das aparências, vendo para além da casca. Diz-se que Santa Luzia testemunhou perante seus acusadores adorar apenas a um só Deus verdadeiro, e a Ele prometeu amor e fidelidade. Busque no mar rio de Santa Luzia a inspiração para uma vida dedicada à religiosidade, ao ensinamento da fé. Tenha seus olhos como fonte de luz para seu espírito e, principalmente, não avalie pelas aparências, busque sempre o diálogo. Douglas Lima Consultor Empresarial, Gestor Adminis-

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dou arrancar os olhos de Luzia. Daí a devoção a Santa Luzia como protetora dos olhos; após morreu decapitada.

Oração a Santa Luzia

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anta Luzia nasceu em Siracusa, na Itália, era de família nobre e cristã, seu pai faleceu quando ainda era pequena, e sua Mãe era muito doente. Certo dia Luzia levou sua mãe à cidade de Catanha, para pedir a Santa Ágata que a curasse. Estando lá, em prece, Santa Ágata apareceu a Luzia e lhe revelou que não precisava lhe pedir a cura para sua Mãe, pois ela mesma já a havia curado. Ao voltar para sua Mãe, Luzia, pela intercessão de Santa Ágata, curou sua Mãe em nome de Jesus. Luzia decidiu por dedicar a sua vida a Deus e, nesse intuito, desfez de todos os seus bens doando aos pobres, inclusive seu dote, já que Luzia possuía um pretendente a casamento. A escolha de Luzia não foi bem vista por todos, principalmente pelo seu pretendente, que denunciou sua fé cristã ao Governo, já que os cristãos eram punidos severamente. O julgamento de Luzia não demorou e ela foi condenada a uma vida no pros bulo, já que ela havia jurado manter sua virgindade e se dedicar aos ensinamentos de Jesus. Contudo, sua fé era forte e nem dez homens conseguiram mover Luzia do lugar. Em fúria, o Governador mandou matá-la ali mesmo e nada aconteceu, mandou queimá-la e nada aconteceu. Em um úl mo ato, o Governador man-

Ó santa Luzia, que não perdeste a fé e a confiança em Deus, mesmo passando pelo grande sofrimento de te vazarem e arrancarem os olhos, ajuda-me a não duvidar da proteção divina, defende-me da cegueira não somente sica, mas principalmente da cegueira espiritual. Atende a este meu pedido. (fazer o pedido). Conserva a luz dos meus olhos para que eu tenha a coragem de tê-los sempre abertos para a verdade e a jus ça, possa contemplar as maravilhas da criação, o brilho do sol e o sorriso das crianças. Ó minha querida Santa Luzia, eu te agradeço por teres ouvido a minha súplica. Por Jesus Cristo, nosso amigo e irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém. Santa Luzia, roga por nós.


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Imaculada Conceição da Virgem Maria

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a Bula “Ineffabilis Deus”, documento que definiu o dogma a Imaculada Conceição, em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX diz: “Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis” (Tm, p. 305). Um dogma é uma certeza da fé, não é uma imposição, trata-se de uma verdade que veio ao longo do tempo. Interpretando as Sagradas Escrituras, a Igreja Católica encontrou as bases dessa doutrina. O primeiro ato da Igreja católica em que foram colocadas em discussão as questões da Imaculada Conceição foi em 1304, com o Papa Bento XI. O pon fice reuniu na Universidade de Paris diversos teólogos e religiosos, e um monge franciscano foi o responsável por solucionar a questão de di cil aceitação de que Deus quis preservar Maria do pecado original. Para o monge, mesmo sendo gerada em um ventre manchado, a graça foi infundida na alma de Maria no primeiro momento da sua concepção, porque a natureza não é mais forte que a graça san ficadora do Criador. Os primeiros pais, Adão e Eva,

perderam a graça san ficante original. Se perderam a graça, não poderiam mais transmi -la. Onde há plenitude da graça, não pode haver pecado. No evangelho de São Lucas o Anjo Gabriel saúda a Maria como “cheia de graça”, anunciando a concepção daquele que viria em salvação da humanidade. E assim também Isabel a recebe em sua casa, cumprimentando-a com “Ave cheia de graça!”, mesmo antes do seu filho Jesus, o salvador, ter vindo ao mundo. A virgem foi concebida sem pecado original pela graça san ficante, porque concebeu Jesus, Deus e Homem. Ele é Luz, n'Ele não há trevas, é o sumo bem, n'Ele não há mancha de maldade (1 Jo 1,5). Deus não poderia ter sido manchado por nenhum pecado, não poderia ter sido concebido em um ventre maculado. Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja e ardoroso defensor de Maria, afirma que “Maria devia ser mulher forte, posta no mundo para vencer a Lúcifer, e portanto devia permanecer sempre livre de toda mácula e de toda a sujeição ao inimigo” (GM, p. 209). Assim, permaneceria pura de todo o pecado pessoal ao longo de sua vida. Enquanto fomos resgatados pela cruz de Jesus, Maria foi preservada e san ficada antes mesmo da cruz, para gerar Deus feito homem. A verdade da Imaculada Conceição da Virgem Maria está ligada à concepção do filho de Deus de maneira indivisível. Renilson Leite, jornalista

Réveillon – um rito de passagem

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cada dia, mês ou ano que se passa, temos a sensação de que o tempo está passando mais rápido, por isso é comum a expressão: “o tempo está voando”. Sen mos que mal comemoramos o dia das mães, dos pais, das crianças, logo, logo passa a comemoração do Natal de Jesus e, apenas com uma semana depois, mais um ano se vai, levado pelas fes vidades do Réveillon, com as expecta vas para o novo ano que está chegando. A palavra Réveillon vem do vocábulo francês réveiller que significa acordar ou éveiller que quer dizer despertar, que advém do la m vigilare, que significa estar em vigília. Assim, todos se programam para estarem despertos no úl mo dia do ano, prontos para esperar a chegada de outro. Vários são os hábitos que marcam a subs tuição de um calendário por outro, em todos os países do mundo, muitos deles de origem religiosa. Sem muito esforço podemos nos lembrar de algumas prá cas cole vas muito comuns aqui no Brasil, país em que o sincre smo religioso é intenso, mesmo que não se tenha a menor ideia do significado original de tal prá ca. Por exemplo, comer sopa de len lhas; pular sete ondas do mar; usar lingeries amarelas; usar roupas brancas; levar oferendas para Yemanjá, enfim, dentre tantas outras. Todos nós temos alguma prá ca peculiar para o Réveillon e, em quase todas as culturas, taças são levantadas para brindar o novo ano que nasce, e com ele, a renovação de esperanças, de projetos, de realização de sonhos e de novos propósitos. Tais a tudes que se repetem, individual ou cole vamente, são conhecidas como ritos de passagem, um conceito que foi desenvolvido pelo antropólogo francês Arnold Van Gennep, e posteriormente, pelo antropólogo britânico Victor Turner. Os ritos de passagem, aliás, os rituais de maneira geral, são bons para a transmissão de conhecimentos e valores, bem como para reproduzir as relações sociais, e podem ser compreendidos como elementos da tradição – transmissão de cos-

tumes, crenças, valores e memórias que passam a fazer parte da cultura de um grupo social. Para analisar qualquer fenômeno como rito de passagem, é necessário fazer a análise sobre as caracterís cas desse fenômeno, pela sequência de três momentos nele presentes: a separação (preliminares), a transição/margem (liminares); e a agregação (pósliminares). Penso que refle rmos sobre o Réveillon como um rito de passagem possa ser um exercício interessante, e faremos isso entendendo cada um dos momentos anteriormente descritos. Assim, no primeiro momento, o da separação, ocorre um afastamento temporário da pessoa, grupo, comunidade ou sociedade, um distanciamento do mundo ao qual estavam acostumados e que será abandonado em busca de outro (o ano de 2017, que já foi vivido, será 'abandonado', no mesmo momento em que buscaremos o ano de 2018, completamente desconhecido por todos). Nessa fase preliminar, estamos saindo de um tempo já conhecido para outro ainda desconhecido, estamos indo para outro ano no calendário civil. Na fase de transição, que pode ser considerada uma margem ou fronteira, ocorre uma suspensão, e não nos encontramos em nenhum dos dois tempos, não estamos nem lá, nem cá, é uma fase de indefinição (o pensamento de todos nós, na fronteira de um ano ao outro reside na incerteza se o novo ano civil será igual, melhor ou pior ao que está terminando. É um momento liminar, o limite de um ponto de passagem, em que não só nossas certezas estão suspensas, mas também a nossa ro na está diferente, afinal, par cipamos do rito da passagem do ano de 2017 para o ano de 2018. É nesse momento que vamos nos organizar, capacitar, enfim, nos preparar para enfrentar um novo ano de vida). Na úl ma e terceira fase, temos a agregação, momento em que ocorre uma integração aos padrões vigentes do grupo, comunidade e sociedade em que se está inserido.

(Agora, preparados para viver um novo ano civil, com forças renovadas, com novos projetos e propósitos, com a esperança de viver um novo tempo, ou vivê-lo melhor – quer seja sob o aspecto econômico, social, cultural ou espiritual, por exemplo, o ano de 2018 se descor na como uma nova possibilidade de vida, repleto de votos de que seja próspero). Agora proponho que respondam a vocês mesmos: “qual a prá ca de final de ano que considero para mim um rito de passagem de um ano a outro?”, ou seja, “qual hábito tenho repe do ao longo das passagens entre os anos dos calendários, que pode ser considerado o momento liminar, desse rito de passagem que é o Réveillon?” Eu pergunto, mas posso começar contando o meu: tenho um caderninho em que anoto assuntos e dados que quero ter sempre à mão. Não tenho conta de quantos caderninhos já fiz, pois, todo final-início de ano (dezembro-janeiro), transfiro o que está nele con do e ainda será de proveito e deve ser para mim de fácil acesso, para um novo caderninho, que me acompanhará no “Feliz e Próspero Ano Novo”. É este o meu voto para todos os leitores d'O Rosário, um FELIZ E PRÓSPERO ANO NOVO, com novos propósitos, forças renovadas e muitas esperanças! Andréa Matos R. M. Castro, advogada e Doutora em Ciências Sociais

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3 de dezembro: Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Diante da crise financeira, como contribuir com o 13º no meu dízimo?

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materialismo consumista nos leva a considerar-nos realmente importantes quando possuímos e consumimos o maior número de coisas. Vivemos um período em que ouvimos e lemos nos no ciários de que o dólar subiu, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu, o salário con nua quase o mesmo, não temos liberdade financeira. O fiel católico deve ajudar a sua comunidade conforme as suas possibilidades. Dízimo não é um imposto, não é uma taxa, nem uma contribuição ou uma esmola. Dízimo é uma devolução a Deus. É uma ação espontânea fruto de uma tomada de consciência de par lha por parte do fiel, e só ele conhece as suas possibilidades e suas dificuldades. A elevação do custo de vida e a alta dos preços também afetam diretamente os custos de manutenção das paróquias que precisam, geralmente, diminuir inves mentos nos trabalhos missionários ou buscar doações para manter o mesmo nível de a vidades missionárias. Não devemos nos esquecer de rever o valor do dízimo sempre que recebermos um aumento salarial ou uma promoção, respeitando a proporcionalidade. Quem é assalariado recebe o chamado décimo terceiro salário, e isso deve ser considerado na hora de calcularmos o valor da devolução do dízimo naquele mês. Se recebermos um bônus salarial, também devemos nos lembrar de incluí-lo nos cálculos. Só assim seremos dizimistas maduros, responsáveis, justos e fiéis a Deus e à nossa comunidade. Diante da crise financeira, lembremo-nos de que devolver o Dízimo é acima de tudo assumir o compromisso da jus ça social e contribuir para que haja pão em todas as mesas, e não somente na nossa. Novos Dizimistas, sejam bem-vindos! Que Nossa Senhora do Rosário de Pompeia abençoe a vida de vocês! Agda Cesária Alves Carlos Alberto de Almeida Isabella Maria Vieira da Silva Kelly Alves da Costa Luiz Claudio Januário Maria Margarida Vieira Maria Terezinha Alves Maximiana Fontes Paulo José da Cunha Zélia Maria Assunção Ramos

Imagem: goo.gl/ok2Nra

Milhares de pessoas com algum po de deficiência são discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de TRABALHO. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de a tudes preconceituosas e ações impiedosas. Nos úl mos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a INCLUSÃO, nas escolas, de pessoas com algum po de deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o RESPEITO humano e a DIGNIDADE, no sen do de possibilitar o pleno desenvolvimento e o ACESSO a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento. Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso para a formatação de uma polí ca de integração e de EDUCAÇÃO inclusiva, como a Conferência Mundial de Educação Especial, com a par cipação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembleia geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994. A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que a deficiência seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O es gma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com deficiências mentais ou sicas em seres incapazes, indefesos, sem DIREITOS, sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário muito ESFORÇO para superar este ESTIGMA. Deve-se lembrar, sempre, que o princípio fundamental da sociedade inclusiva é o de que todas as pessoas portadoras de deficiência devem ter suas necessidades especiais atendidas. É no atendimento das DIVERSIDADES que se encontra a DEMOCRACIA. Lutar a favor da inclusão social deve ser RESPONSABILIDADE de cada um e de todos cole vamente, no sen do de promover a IGUALDADE de oportunidades a todos os cidadãos e fazer valerem os seus direitos. Disponível em goo.gl/xeVDi7. Acesso em: 19 nov. 2017.

A D T F N I D Q E Q A G A R A O O N F L D

Frei Davy José, OFMCap

Dica de leitura Um Conto de Natal, de Charles Dickens, traz a figura de Scrooge, um rabugento homem de negócios de Londres, sovina e solitário, que não demonstra um pingo de bons sen mentos e compaixão para com os outros. Não deixa que ninguém rompa sua carapaça e preocupa-se apenas com seus lucros. No frio natalino, ele é visitado pelo fantasma de Marley, seu sócio, morto há algum tempo.

J H R F K S N F I T K N R T U G H Q R O E

I E A L Y S T O C O R E S Y L E E S R R M

K U B Ç Z E D Ç A H T C S L H Y R Y E B O

E O A G B F E P E A F S J I R S L N S A C

B D L E B F O O L F D M R C T A E U P C R

N I H N C R A L R S O T I E R I D I O A A

A V O B T X M N A A S S A R X G U D N V C

L E C R B E Ç L M R O N B E A U C Q S R I

O R N E O Ç A P R G G M B A H A A D A B A

A S T C A B D F E A C E S S O L Ç E B T W

O I R I N C L U S Ã O T E R N D Ã Q I W S

I D F V I C V A P Q N T Z V O A O Z L V L

Q A S X L A Z D E T K E N O A D F Z I Y A

A D S E T I N D I G N I D A D E D X D S M

R E E C G C X U T R S O L I U A T R A R G

I E J A A S A C O A P T S E N Y U P D O I

F S T O T G O H L Ç I C U T A E P W E Z T

O F O D O C L X R E E O X I C F W E T S S

Rabanada de Panetone Ingredientes 500g de Panetone/Chocotone 2 ovos ½ xícara (chá) de leite Açúcar Canela Manteiga

Modo de preparo Corte as fa as do panetone com pelo menos 2 cen metros de espessura e reserve. Em uma gela bata os ovos com o leite até ficarem homogêneos. Aqueça uma frigideira com um pouco de manteiga, banhe as fa as aos poucos na mistura de ovos e leite e frite até que fiquem douradas de ambos os lados. Deixe escorrerem em um papel toalha, passe na mistura de açúcar e canela e sirva ainda quen nhas.

E S F O R Ç O C J Ç F O H O E T A M T V E


PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | DEZEMBRO DE 2017

“Os frades, que por inspiração divina se sentem chamados à a vidade missionária em regiões onde se faz necessário o primeiro anúncio, o apoio às jovens Igrejas ou onde se faz urgente a nova evangelização, manifestem seu propósito ao próprio ministro. ” (Cons tuições XII 178,1) Nossa vida Franciscano-Capuchinha é fundamentalmente missionária. A missão está no coração da Ordem e deve estar verdadeiramente no coração de cada frade e ser cul vada durante a vida nas mais diversas experiências missionárias. Dóceis ao mandato missionário de Jesus e fortalecidos pelo Espírito Santo, somos impelidos a viver entre as pessoas testemunhando e anunciando o Santo Evangelho, nossa Regra e nossa Vida. Em nossa Província Capuchinha de Minas Gerais, em diversos momentos, somos convidados a viver a missão e nos colocarmos ao lado do povo, para com ele rezar, se alegrar, aprender e caminhar enquanto Igreja Peregrina. Dessa forma, vivemos a missão onde o Espírito nos convida a estar, seja em alguma das nossas Fraternidades no estado de Minas Gerais ou além de nossas fronteiras estaduais. Desde fevereiro resido em Plácido de Castro, Acre. Somos três frades de três Províncias diferentes. Há cerca de catorze anos os Frades Capuchinhos vivem uma presença missionária nessa cidade, única Fraternidade Capuchinha em todo o estado. Vivemos de maneira simples como todos os outros cidadãos. No trabalho simples, na vida de oração, no cuidado com a Paróquia e na fraternidade com as pessoas, damos o testemunho de uma vida consagrada e oferecida, de bom grado, a todos. Plácido de Castro é uma cidade pequena marcada na história pelo período da exploração da

borracha nos grandes seringais, da colheita da castanha do Brasil e das prá cas agropecuárias. De uma população composta de nordes nos, sulistas e mineiros que vivem grandes problemas com a falta de empregos e de perspecva de futuro para os jovens e de um grande êxodo para a capital, Rio Branco. Faz fronteira com a Bolívia e também vive as dificuldades próprias de regiões fronteiriças. Viver a simplicidade e o grande contato com o povo, seja andando pela rua de bicicleta, visitando as famílias, indo às comunidades da zona rural, celebrando nas casas, acompanhando os grupos, ou simplesmente estando ao lado do povo nos momentos de alegria e tristeza, faz com que a vida se torne menos pesada e que se construa uma relação de maior confiança e afeto com as pessoas. Experienciar a missão aqui no Acre é viver uma Igreja que se faz carne e arma sua tenda na Amazônia, para que, ao lado dos pobres, dos seringueiros, dos quebradores de castanha, dos agricultores, se possa ter os pés bem firmes no chão da realidade e olhar para o alto sonhando, entre as copas da grande

Imagem: Arquivo Pessoal Frei Glaicon

Levar-te-ei à Amazônia, ao Acre, e falar-te-ei ao coração

floresta, com o lugar de irmãos que chamamos de céu. Se antes contava os dias para ir, hoje conto os que tenho para ficar. Encontro-me no meio de um Éden amazônico, um Éden acriano; lugar em que Deus passeia pela brisa da tarde e rege a sinfonia dos pássaros e das cigarras. “E Deus viu que era bom.” (Gn 1, 11-13). Frei Glaicon G. Rosa, OFMCap

Imagem: goo.gl/AxtbVT

Sobre o presépio que frei Francisco de Assis preparou no dia do Natal

P

recisamos recordar com todo respeito e admiração o que Francisco fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco nha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito. Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava, e disse: “Se você quiser que nós celebremos o Natal de Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro”. Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu

imediatamente e preparou o que o santo nha dito, no lugar indicado. Aproximou-se o dia da alegria e chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os irmãos: homens e mulheres do lugar, de acordo com suas posses, prepararam cheios de alegria tochas e archotes para iluminar a noite que nha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou Francisco e, vendo tudo preparado, ficou sa sfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. A noite ficou iluminada como o dia e estava deliciosa para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a Noite inteira se rejubilava. Frei Francisco parou diante do presépio e suspirou, cheio de piedade e de alegria. A missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote que a celebrou sen u uma piedade que jamais experimentara até então. Francisco de Assis ves u dalmá ca, porque era diácono, e cantou com voz sonora o santo Evangelho. De fato, era “uma voz forte, doce, clara e sonora”, convidando a todos às alegrias eternas. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilho-

sas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes, quando queria chamar o Cristo de Jesus, chamava-o também com muito amor de “menino de Belém”, e pronunciava a palavra “Belém” como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição. Também estalava a língua quando falava “menino de Belém” ou “Jesus”, saboreando a doçura dessas palavras. Mul plicaram-se nesse lugar os favores de Deus, e um homem de virtude teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê dormindo, que acordou quando o santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato dormindo no esquecimento de muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa. O lugar do presépio foi consagrado a um templo do Senhor e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já nham comido o feno, passassem os homens a se alimentar com a carne do cordeiro imaculado e incontaminado, Jesus Cristo nosso Senhor, que se ofereceu por nós com todo o seu inefável amor e vive com o Pai e o Espírito Santo eternamente glorioso por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia. Fonte: Tomás de Celano. Primeira vida de são Francisco, 30. In: Fontes Franciscanas.


PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | DEZEMBRO DE 2017


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