Agosto de 2017

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JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de agosto de 2017

TIRAGEM: 2.000 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

EDITORIAL

Página 3:

A vocação sacerdotal: um tributo a Frei Thiago Santiago

O pai é visto através do filho [página 3]

Assunção de Nossa Senhora [página 5]

Caros anunciantes, paroquianos e leitores de O Rosário, devido a alguns imprevistos não tivemos nosso jornal no mês de julho. Nesta edição de agosto, a propósito do mês vocacional e dia do padre, merece destaque um tributo em memória de Frei Thiago Santiago. Ele é descrito por sua amiga Andréa Matos como uma pessoa vocacionada ao sacerdócio, em que a história de sua vida se confunde com a de sua vocação. Entendida em sentido amplo, vocação é a identificação com aquilo que existencialmente nos realiza. Foi apresentado no Vaticano, no dia 13 de janeiro deste ano, o documento preparatório para a XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, convocada pelo Papa Francisco para outubro de 2018, que tem como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Em conformidade com as reflexões das assembleias sinodais recentes sobre a família e com o conteúdo da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia, o Sínodo dos Jovens destina-se a acompanhar a juventude em seu modo de vida em direção à maturidade. A Igreja espera que por meio de um processo de discernimento bem orientado, os jovens possam descobrir o seu projeto de vida e realizá-lo com alegria, abrindo-se ao encontro com Deus e com os homens, e participando ativamente na edificação da Igreja e da sociedade. Com o objetivo de encontrar as melhores maneiras para acompanhar os jovens a reconhecer e acolher o chamamento à vida plena e anunciar o Evangelho de maneira eficaz, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou sua versão portuguesa. O texto está organizado em três partes: “Os jovens no mundo de hoje”; “Fé, discernimento, vocação” e “Ação pastoral”. Na carta de divulgação, o Papa pede que a juventude “não tenha medo de escutar o Espírito que lhes sugere escolhas ousadas”. Como ocorreu com a jovem Clara de Assis na sua decisão por viver radicalmente o Evangelho. Nesse mês de agosto, rezemos por todas as vocações. Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Pároco

Santa Clara de Assis [página 7]


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | AGOSTO DE 2017

Batismo

Festa de Nossa Senhora da Abadia

“Com Maria queremos contemplar Jesus: caminho, verdade e vida”. 12/08 - sábado 1º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia 17h Missa Sertaneja, ofertas de flores e coroação (Legionárias e terceira idade) – Capela 13/08 - domingo 2º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia 9h Ofertas de flores – Capela 14/08 - segunda-feira 3º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia 19h Missa com ofertas de flores – Capela 15/08 - terça-feira 12h Súplica à Nossa Senhora – Capela 17h Missa no pátio interno do Lar das Meninas de São João Batista (Rua Boninas 847, Esplanada), seguida de procissão em volta da Capela

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Nilson Silva Cordovil e Simone Fátima dos Santos; Carlos Roberto Fernandes e Yona Christina Larrordana Guimarães; Messias Eloi Cota e Elisangela Oliveira de Miranda Cota; Dalton Lima Daniel e Sheilla Cordeiro Lana Lima; Thiago João Alves Dias e Mariane Ellen Fernandes Santos; Gustavo Meireles da Silva e Joyce de Oliveira Grinberg; Dalton Lima Daniel e Sheilla Cordeiro Lana Lima; Cristiano Alves Santana e Marina de Aguiar do Espírito Santo Santana assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Ana Luiza Santos Silva; Carlos Roberto Fernandes Filho e Lázaro Miguel Thalles Fernandes; Cauã de Miranda Cota; Gusttavo Cordeiro Lima; Maria Laura Santos Alves; Miguel Meireles Grinberg; Mikaela Cordeiro Lima; e Théo Santana de Aguiar, que passaram pelo Batismo no dia 16 de julho de 2017. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Lázaro. Foto: Pastoral do Batismo

14/08 - segunda-feira 3º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia - Abadia 19h30 Curso Bíblico - Pompeia 15/08 - terça-feira Festa de Nossa Senhora da Abadia 16/08- quarta-feira 19h Reunião do Conselho Pastoral Comunitário da Abadia 19h30 Reunião do Conselho Pastoral Comunitário da Pompeia 17/08 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento Matriz 20h Encontrão ECC 20/08 - domingo Assunção de Nossa Senhora 9h Missa do ECC 19h Missa dos Jovens 21/08 - segunda-feira 19h Leitura Orante - Abadia 19h30 Curso Bíblico - Pompeia 24/08 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento Matriz 27/08 - domingo 21º Domingo do Tempo Comum 28/08 - segunda-feira 19h Adoração ao Santíssimo Sacramento - Matriz 19h Leitura Orante - Abadia 19h30 Curso Bíblico - Pompeia 31/08 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento Matriz

Pároco Frei Lázaro de Freitas, OFMCap

Data do encontro: 29, 30 de setembro e 1° de outubro de 2017

Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Douglas Lima Frei Edson Matias, OFMCap Frei Vicente Pereira, OFMCap Madalena Loredo Patrícia Leal Renilson Leite

Local: Colégio São Francisco de Assis - Rua Antônio Justino, 280 - Pompeia

Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade

Secretaria paroquial – Rua Iara, 202 - Pompeia (31)3467-4848 Casal Fichas do ECC – Leo e Rejane (31) 99922-2009 Equipe dirigente do ECC 2017 – Aloisio e Márcia, Gê e Rejane, Geraldo e Graça, Marcelo e Giuliana Colaboradores do ECC

Festa de Nossa Senhora dos Anjos 19h30 Celebração Eucarística (Casa de Rose - Rua Planalto, 205 - Pompeia) 02/08 - quarta-feira Festa de Nossa Senhora dos Anjos 19h30 Celebração Eucarística e Procissão Luminosa (Capela Nossa Senhora dos Anjos - Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15, Vila São Rafael - Bairro Santa Efigênia)

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h; terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 19h30; dia 28/02, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado, às 18h; domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: sábado, às 17h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada Capela Nossa Senhora dos Anjos Domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Comunidade São Rafael – Santa Efigênia Capela do Cemitério da Saudade Horário: segunda-feira, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade

EXPEDIENTE

18° Encontro de Casais com Cristo Casais interessados em participar do 18° ECC 2017 da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia já podem se inscrever gratuitamente. Entrem em contato:

19h Noite Agostina, com música ao vivo e venda de comidas e bebidas – pátio interno do Lar das Meninas de São João Batista (Rua Boninas 847, Esplanada)

01/08 - terça-feira

AGENDA DO MÊS 01/08 - terça-feira 3º Dia do Tríduo de Nossa Senhora dos Anjos 02/08 - quarta-feira Festa de Nossa Senhora dos Anjos 19h Reunião Conselho Pastoral Comunitário - Abadia 03/08 - quinta-feira 18h Adoração e benção do Santíssimo Sacramento Matriz 06/08 - domingo Transfiguração do Senhor 07/08 - segunda-feira 19h Novena Perpétua de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia - Matriz 19h Leitura Orante - Abadia 19h30 Reunião Liturgia - Pompeia 08/08 - terça-feira 19h Reunião da Pastoral do Dízimo 19h 1º Dia do Tríduo de Santa Clara - Matriz 09/08 - quarta-feira 19h 2º Dia do Tríduo Santa Clara - Matriz 10/08 - quinta-feira 18h Adoração e benção SS. Sacramento - Matriz 19h 3º Dia do Tríduo Santa Clara - Matriz 11/08 - sexta-feira 19h Solene Celebração Santa Clara 12/08 - sábado Acolhida do Dízimo - todas as missas 17h45 Terço Mariano, missa e novena de Nossa Senhora Aparecida - Esplanada 1º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia - Abadia 13/08 - domingo 19º Domingo do Tempo Comum Dia dos Pais/Acolhida do Dízimo - todas as missas 2º dia do Tríduo de Nossa Senhora da Abadia - Abadia

19/08 - sábado

Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

Imagem: Facebook do Frei Thiago

em recebimento de homenagens. Quantas vezes fomos carinhosamente acolhidos pela família de sua sobrinha, Salette Santiago, na pessoa de quem cumprimento todos os familiares de Frei Thiago Santiago, especialmente seus parentes pratianos. Em 2005, durante a realização de um trabalho na graduação em Ciências Sociais, experimentando a metodologia de pesquisa - História de Vida - fiz uma entrevista de três horas com Frei Thiago, seguindo um roteiro com tópicos referentes à sua família, cultura e formação intelectual; sua vida religiosa e visão do mundo, dentre outros. Nossa conversa foi gravada e depois transcrita. Escutei de Frei Thiago belíssimas experiências vividas por ele, naquele momento memórias dos seus 83 anos. Suas narrativas foram feitas com riqueza de detalhes, recordações com forte carga de emoção e seletividade, como é próprio nas histórias de vida.

Agosto é o mês em que a Igreja celebra as vocações, todas elas: sacerdotal, diaconal, religiosa, leiga ou familiar. Como no dia 4 de agosto celebramos o dia do padre, minha proposta aqui é homenagear, na pessoa de nosso querido e já saudoso Frei Thiago Santiago, todos os padres. Assim, sintam-se todos aqui cumprimentados, com minha declaração de reconhecimento do importante papel que possuem na vida de cada um de nós. Minha história com Frei Thiago começa antes mesmo da minha concepção, pois foi ele quem celebrou o sacramento do matrimônio dos meus pais e inseriu-me na família dos cristãos, quando celebrou o meu batismo. Anos depois, a ligação se tornou ainda maior quando me casei com um conterrâneo seu, lá de São Domingos do Prata e ele foi nosso padrinho de casamento. Para coroar sua participação sacramental em minha vida, celebrou o batizado de nosso filho primogênito. Perdi as contas de quantas vezes fomos para sua querida cidade natal: nas festas do padroeiro São Domingos de Gusmão, também celebrado no mês de agosto, no dia 8; em lançamentos de seus livros; ou ainda para prestigiá-lo

Depois de transcrever todas as suas respostas e fazer uma edição do texto, entreguei uma cópia do meu trabalho para ele, que demonstrou ter ficado satisfeito e feliz com o resultado, apenas com a observação de que nunca tinha prestado atenção na sua forma coloquial de dar respostas. Depois me contou que entregara o exemplar que lhe dei a uma de suas sobrinhas, por considerar importante que sua família tivesse acesso àquelas lembranças, provavelmente não conhecidas por todos. Foi um privilégio pra mim. Todas as vezes que releio tais recordações de sua vida, fico emocionada. Tantas outras histórias que ali não foram contadas, mas que estão na memória e no coração de todos aqueles e aquelas que tiveram Frei Thiago como Pai espiritual, como pessoa vocacionada que ensinou como estar a serviço do Reino de Deus, ou ainda que o tiveram como ministro de sacramentos em suas vidas, enfim, de quem foi privilegiado de com ele conviver. Nossas conversas eram de assuntos variados, sendo que a última, além de falar daquela data especial, o seu aniversário de 95 anos, no dia primeiro de maio deste ano, foi sobre política e a atual conjuntura do país. Como sempre, quanta lucidez! Sentirei falta de nossas conversas. Com a certeza de que Frei Thiago Santiago viveu plenamente a sua vocação sacerdotal, peçamos a Deus que suscite mais vocações sacerdotais como a dele. Andréa Matos R. M. Castro Advogada e Doutora em Ciências Sociais

FREI THIAGO Um padre pelo caminho busca constante de Deus caminho e missão vocação e encontro. Padre servindo sociedade e povo ideais e projetos tornando-se um frade frei Thiago a serviço de todos. Oração da manhã celebração eucarística explicação do evangelho mensagem do dia ensinamento pra sempre mostrando caminho. Frei Thiago o frei do exemplo o padre do povo frei ensinando busca de Deus jornada eterna. Natureza do tempo criações de Deus fauna e flora servir é preciso frei a caminho justiça e paz trabalho e oração. Obrigado, Frei Thiago, pela vida de doação e por fazer parte de nossas vidas. Antonio Damada

O pai é visto através do filho Imagem: goo.gl/g4jANG

símbolo de coragem e força. São alguns dos sentimentos de pai, definem o status de ser, de viver, se sentir, uma missão, porque pai não é apenas biológico, podendo este até não ser, pai é aquele que está presente nas ações do filho. A palavra pai vem do latim: pater, que significa progenitor, título de respeito. Pai já significou o senhor da casa, o responsável pelo sustento, posição de autoridade, aquele que detém o poder econômico e assume posição pública, título masculino. Com o passar dos anos e a evolução da sociedade, pai passou a significar também mãe, e viceversa. A responsabilidade passou de externa para interna, ou seja, o pai assumiu uma figura mais tenra e preocupada com a educação psicológica e afetiva, não mais aquela figura austera e carrancuda. Pai passou a significar aquele que brinca desafiando os limites do medo, aventureiro, brincalhão.

Um instinto de proteção, de guarda, uma vontade imensa de se colocar à frente e receber todas as intempéries, ser como um escudo, transmitir a responsabilidade de viver e lutar por um sonho,

O pai conquistou um espaço que antes era exclusivo da mãe. Participa da educação, não só escolar, mas comportamental, está mais presente e atuante. Assim, pai não precisa, necessariamente, ter o mesmo sangue, porque o laço se forma no coração, no sentimento, no afeto, na preocupação e, principalmente, na participação. Perto ou longe, a comunicação deve ser o elo entre pai e filho, filha, filhos, filhas, porque pai é exemplo. Esta é a sua grande missão! Pai é inspiração de atitude, responsabilidade com as promessas que se faz, com os acordos estabelecidos, exemplo de comportamento e

cavalheirismo com as mulheres. Pai também é a primeira pessoa da Santíssima Trindade, e como Ele se alegra ao saber que conseguiu transmitir seus ensinamentos e seus princípios, qualquer cansaço é superado por essa alegria. Jesus ao ensinar seus discípulos a rezar nos exemplificou a figura paterna ao chamar Deus de Pai em sua oração: “Pai nosso que estais no Céu”, e, com isso, nos colocou em confidência com o Pai, e revelou todo o amor dele por nós. Como misericordioso Deus se coloca como pai na Parábola do Filho Pródigo, aquele que é somente amor para o seu filho, se comportando como nenhum pai terreno se comportaria, sabendo apenas conjugar o verbo amar. Sendo-nos exemplo de conduta. O pai presente não é controlador, o pai permite o desenvolvimento da criatividade, dos sonhos, permite o crescimento e a evolução, lembra que deve ser paciente, misericordioso, mas também deve ser firme na correção, deve dialogar, explicar, deve ensinar a ordem e organização, obediência. Pai não é biológico, físico, sustento ou uma pensão. Não basta estar presente se não tem presença. Pai é um conceito, influência, exemplo, assim todos podem ser pais. O pai é visto pelos olhos do filho, e está no filho como o filho está no pai. Douglas Lima Daniel Consultor Empresarial, Gestor Administrativo e Financeiro, Empreendedor


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Catequese permanente

A bíblia na vida da Igreja I

O que chamamos de Bíblia Sagrada é um conjunto de livros, escritos durante um longo tempo. Há diversos tipos de bíblia. Temos a bíblia católica e a bíblia protestante. A bíblia hebraica e a bíblia grega. Mas tomemos como referência o cânon católico – a lista de livros que a Igreja Católica aceita como inspirados por Deus e contendo a verdade da fé. Nosso cânon está dividido em dois grandes grupos: o Antigo Testamento (AT), formado por 46 livros, e o Novo Testamento (NT), formado por 27 livros. O AT é formado por livros escritos antes de Cristo e o NT é formado por livros escritos depois de Cristo.

Imagem: goo.gl/eivHPp

Costumamos chamar a bíblia de Palavra de Deus. Em que sentido devemos entender essa expressão? Teria Deus ditado a bíblia para alguns eleitos, pessoas inspiradas pelo Espírito Santo? Os livros da Bíblia foram escritos por pessoas comuns, gente de fé que registrava em forma de relatos diversos sua experiência de Deus. O fato de a bíblia ser para nós cristãos Palavra de Deus não quer dizer que Deus ditou a Bíblia e alguém foi anotando. Não é assim. Deus não ditou nada. Deus iluminou a vida de uma comunidade. As pessoas acolheram a presença de Deus e fizeram sua experiência de fé. Depois, foram redigindo, aos poucos, o que achavam mais importante transmitir de suas experiências religiosas. Então, quando dizemos que a Bíblia é um livro inspirado por Deus, isso não significa que Deus tenha ditado a Bíblia para os autores escreverem, mas que pessoas inspiradas por Deus, ou seja, pessoas de fé escreveram relatos sobre como experimentavam a presença de Deus em suas vidas. Nesses 73 livros que constituem a bíblia, há informações de todo tipo, mas o que interessa para nós são os ensinamentos que nos conduzem à salvação, ou seja, a sabedoria que o povo foi ajuntando com o tempo a partir de sua experiência de fé. Essa experiência, feita por tantos, nos ajuda a fazer nossa caminhada de fé também. Não procuramos na bíblia informações sobre ciência, história, geografia, nem mesmo sobre costumes culturais. Se ela fala da vida, certamente não escapa desses temas. Uma rápida leitura em alguns de seus textos e lá veremos ciência, história, geografia e outras áreas do saber. São o pano de fundo dos relatos ou o

substrato no qual o pensamento teológico se edifica. Certamente não são a ciência, a história ou a geografia de hoje, mas as daquele tempo. O escritor não poderia adivinhar a ciência de hoje. Não tinha bola de cristal para saber que o mundo é redondo, que a Terra gira em torno do sol etc. Ele sabia o que era possível saber e escreveu os relatos de fé sobre o substrato de conhecimento do seu tempo. Além de informações sobre ciência, os relatos bíblicos vão falar também dos costumes daquela época. Como o mundo evolui, os costumes mudam, também no campo das ciências, há sempre novas descobertas. Mas isso não interfere na mensagem de salvação, ou seja, na sabedoria de fé que os autores sagrados quiseram transmitir. Por isso, ao ler a bíblia, precisamos saber distinguir o que é mensagem de salvação do que é simples relato da cultura ou do conhecimento daquele tempo. A sabedoria de vida que a bíblia transmite está enraizada em outra cultura, em outro tempo, em outros costumes, em outra história. Essa sabedoria nos é dada através de relatos, e cada um relata sua história de seu jeito. Por exemplo: a bíblia foi escrita em hebraico, aramaico e grego porque são línguas que o povo hebreu falava naquele tempo. Se ela tivesse sido escrita em outro tempo, por outro povo, seria escrita em outra língua. Então, a Palavra iluminadora de Deus vem numa embalagem própria, ou seja, vem com o formato do povo e dos costumes daqueles que a escreveram. Mas nem por isso deixa de

O cuidado evangélico de acolher o outro A primeira atividade sobre a Igreja da acolhida está sendo feita por meio de um ciclo de palestras, numa iniciativa conjunta da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia com as paróquias Nossa Senhora Medianeira e Santa Luzia (Santa Efigênia) e Nossa Senhora Aparecida (Alto Vera Cruz), sempre no auditório do Colégio São Francisco de Assis, das 14 às 17 horas.

Dentre os dez compromissos sugeridos pela Arquidiocese de Belo Horizonte no “Projeto de Evangelização Proclamar a Palavra”, nossa paróquia elegeu dois: Igreja da acolhida e Opção preferencial pelas juventudes, a serem trabalhados no quadriênio 2017-2020, com a intenção de que a Igreja busque ser missionária e misericordiosa, comprometida com a construção de uma sociedade justa e solidária. Como já foi explicado em edição anterior deste jornal, os dois pilares que foram escolhidos em assembleia paroquial devem ser considerados como compromissos a serem assumidos pelos paroquianos, por seus ministros leigos e religiosos, lembrando que esses dois pilares serão trabalhadas em três âmbitos, distintos e complementares: pessoa, comunidade e sociedade. O primeiro pilar que está sendo trabalhado pela paróquia é a Igreja da acolhida. De acordo com o projeto, ser Igreja da acolhida é estar comprometida com a hospitalidade e a fraternidade, cumprindo o mandato evangélico de ir ao encontro do outro. Para tanto, devemos favorecer processos que busquem o amadurecimento da fé dos cristãos; capacitar evangelizadores para que as comunidades sejam lugares de acolhida, segundo a misericórdia e o cuidado evangélico; e garantir ações que promovam encontros dos irmãos e irmãs em situação de vulnerabilidade.

Os três âmbitos estão sendo abordados, cada qual com uma finalidade específica: a pessoa, para que ela seja vivência, acolher a si mesma, a própria história de vida, como condição de possibilidade para acolher; a comunidade, para que ela seja testemunho, acolher a diferença como uma riqueza, não como uma ameaça que deva ser excluída, banida; e a sociedade, para que ela seja serviço, dar visibilidade aos preconceitos mascarados em nossas relações interpessoais. O âmbito da pessoa foi trabalhado no dia 24 de junho pelo psicólogo, mestre e doutor em Psicologia, Marco Antônio Torres, com o titulo: “Estimular o amor próprio”; o âmbito da comunidade ficou a cargo do mestre em filosofia social e bispo-auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Edson Oriolo, com o título: “Acolher é evangelizar”, e aconteceu no dia 29 de julho; e o âmbito da sociedade será por mim abordado: “Construir relações fraternas”, no próximo dia 26 de agosto. Desde já deixo aqui um especial convite para que você participe conosco dessa reflexão tão importante da acolhida na perspectiva social, basta fazer sua inscrição na portaria do convento ou no escritório paroquial. Andréa Matos Socióloga, Mestre e Doutora em Ciências Sociais

ser Palavra de Deus. Ela é de Deus porque é Deus que se deixa conhecer e experimentar por essa gente que relata suas histórias. Ela é também palavra humana porque não foi Deus quem escreveu. Foram pessoas comuns, como nós. A bíblia não é um ditado de Deus, mas é Deus se revelando na história de sua gente. Se a bíblia não é um ditado de Deus e ela está cheia de questões culturais próprias daquele tempo, seria muito perigoso tirar o texto do contexto e fazer afirmações categóricas acerca da fé ou da moral cristã. Cada relato precisa ser bem entendido para não gerar fundamentalismos e outros males em nome de Deus. Não convém pegar as leis da bíblia e aplicá-las diretamente sem uma interpretação adequada; como se ela nos dissesse exatamente o que devemos fazer. Ora, muitos vão se perguntar. Se a bíblia não nos ensina o que fazer, então para que serve a bíblia? Bom, depende. O que procuramos quando lemos a bíblia? Queremos fazer um encontro com Deus, como fez aquela gente que nos deixou de herança esses relatos de fé ou queremos um código de leis prontinho que nos dispense de pensar e discernir a vida? Queremos que os relatos bíblicos nos ajudem a conhecer o Deus que liberta e salva ou queremos simplesmente nos dispensar da árdua tarefa da liberdade responsável? O bom cristão não deseja encontrar na bíblia uma lista de preceitos prontos para poder cumprir. Certos preceitos serviram para aquele tempo, mas não servem mais para o nosso tempo, porque já houve muitas mudanças no mundo e na humanidade. A bíblia não é um conjunto de doutrinas nem de leis que devem ser seguidas ao pé da letra. Ela é como um espelho, no qual a gente olha e vê a vida da gente no relato da vida de um povo. Ao ver a vida daquela gente de fé que procurava seguir a Deus; ao ver que Deus se manifestava com toda simplicidade na história dessa gente, nós também nos animamos a nos abrir para o mistério desse Deus maravilhoso que vem ao nosso encontro e faz parte da nossa vida. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e Doutora em Teologia Catequética

Creche Grazia Barreca Castagña Nossa creche realizou um excelente bazar com as doações recebidas dos amigos Vicentinos da Pompeia. Agradecemos a todos, de coração, especialmente ao Senhor Barbozinha. Nossa Festa Julina, interação da creche com a comunidade, também foi um sucesso. Informamos que o processo junto à Receita Federal está em análise. Aguardamos também resposta do Conselho Regional de Contabilidade sobre representação do nosso antigo contador Adão. Informamos ainda que fomos agraciados pela Fundação Balbina e estamos realizando algumas reformas e pintura no nosso imóvel. Aproveitamos para agradecer ao Lions Clube Santa Tereza pela doação dos pijamas para aquecer nossas crianças. “O amor ao próximo é o esteio da sociedade.” (Santo Agostinho)


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15 DE AGOSTO: SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA A Assunção de Nossa Senhora foi proclamada dogma de fé pelo Papa Pio XII durante o Ano Santo de 1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos para obter também a ressurreição corpórea; quis pôr em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma. O dogma afirma que Maria, ao terminar sua vida aqui na terra, foi totalmente assumida por Deus, de corpo e alma. O corpo de Jesus ressuscitado, como o de Maria glorificada, não é como de Lázaro (Jo 11, 43-44) ou como o do filho da viúva de Naim (Lc 7, 13-15), visto que essas pessoas voltaram a morrer, e seus corpos se degradaram. O corpo de Maria, ao contrário, foi transformado e assumido por Deus. O dogma da Assunção de Maria estimula a fé, especialmente quando o mal parece destruir nossas conquistas. Em nossos dias, nota-se certo silêncio sobre esse e outros dogmas. Esta é uma razão a mais para celebrarmos o privilégio concedido a Nossa Mãe celestial mediante a sua Assunção. Maria já experimenta o que está prometido para cada um de nós, sermos semelhantes a Jesus ressuscitado levando conosco o amor e seus frutos cultivados nesta existência, pois cremos que Maria está junto de Jesus, glorificada por inteiro. Pois, nenhum santo, nenhum Anjo pode-se comparar em santidade com Maria. Imensa,

portanto, a sua glória no céu, glória essa que os céus nunca conheceram igual. A Assunção de Maria Santíssima foi o término feliz de seu peregrinar neste mundo. Cada vez que ela dava novos passos para seguir Jesus, para buscar a vontade de Deus, o Senhor ia assumindo e transformando sua pessoa e, assim, finalmente acontece algo parecido com cada cristão. Na vida de fé, cada novo passo corresponde a um dom da parte de Deus. Ele nos acolhe, toma-nos pela mão, assume-nos e nos transforma. Maria assunta ao céu é sinal de Deus para a comunidade-Igreja, que caminha na história, em meio a conflitos e imperfeições. É a imagem e o começo da Igreja, a ser consumada no futuro. A ela, Jesus cumulou de glória, pois foi verdadeiramente “bendita entre todas as mulheres”. Ela brilha aqui na terra como garantia de esperança segura e de conforto para o povo de Deus peregrino. A santa e Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial. Porém, não esqueçamos que a glória da nossa ressurreição será conforme as nossas virtudes, e que o homem há de recolher o que tiver semeado. Patrícia Machado Leal Bióloga

Santa Mônica e Santo Agostinho: fé e vocação Imagem: goo.gl/tB5yJm

A igreja celebra nos dias 27 e 28 de agosto as memórias de Santa Mónica e Santo Agostinho, mãe e filho. Uma mulher que dedicou a vida em oração para que o seu esposo e o seu primogênito se convertessem. Mesmo sendo muito maltratada por Patrício, seu marido, a mãe de Agostinho não queria nada mais que a salvação daqueles que ela mais amava. Pelas lágrimas, pelo poder da oração, esperando com paciência, os pedidos de Santa Mônica foram atendidos.

bom cristão. “Minha mãe, tua fiel serva, choravame diante de ti muito mais do que as outras mães costumam chorar sobre o cadáver dos filhos, pois via a morte de minha alma com a fé e o espírito que havia recebido de ti”. “Tuas mãos, meu Deus, no segredo de tua providência, não abandonavam minha alma; e minha mãe, dia e noite, não deixava de te oferecer em sacrifício por mim, o sangue de seu coração, na forma de suas lágrimas”.

Desde jovem, Agostinho era muito sábio, mas não era cristão, buscava encontrar-se, procurava a verdade dentro de si. Com isso, afastou-se de sua mãe e foi viver fora da Igreja. Em sua juventude insubordinada, de vícios e vários amores, teve uma amante e um filho que morreu aos 17 anos. Mesmo assim, a sua mãe continuava a orar perseverante, porque o maior de todos os desejos de Santa Mônica era ver Agostinho cristão.

Certa vez, desesperada, Santa Mônica foi conversar com o bispo, cansada de rezar, reclamava que o filho não se convertia e não sabia mais o que fazer. E ele disse: “Continue rezando. Não é possível que Deus não converta um filho de tantas lágrimas”. Enquanto isso, aquele que se tornaria mestre e doutor da Igreja, se perguntava: “Por quanto tempo, por quanto tempo andarei a clamar: Amanhã, amanhã? Por que não há de ser agora? Por que o termo das minhas torpezas não há de vir já, nesta hora?”.

Quando o seu filho foi para a Itália tornar-se um grande professor, com admirável Inteligência, Mônica foi atrás da conversão do jovem. Os seus outros filhos, Navigio e Perpetua, já se realizaram na vida e o seu esposo já havia falecido. Antes disso, ela teve a graça de vê-lo cristão e batizado, alcançando uma parte do milagre que muito pedia.

Por fim, na Itália, encantado com a convicção de Santo Ambrósio, ao falar de Deus, Agostinho encontrou a verdade que tanto procurava. Apaixonado, ele dizia: “fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração está inquieto, enquanto não descansa em Vós!”. E pela oração constante e fervorosa de Santa Mônica, sua mãe, ele tornou-se sacerdote, bispo, doutor da Igreja.

Em suas Confissões, Agostinho conta que a sua mãe rezou pelo menos 20 anos pela sua conversão. Entrava na igreja, constantemente, todos os dias, ia aos pés do Sacrário e, em lágrimas, pedia a Deus a conversão do seu filho. Só queria que ele fosse um

Santo Agostinho morreu no ano de 430, na Argélia. Santa Mônica faleceu aos 56 anos, por volta de 387, mesmo ano da conversão do filho. Renilson Leite Jornalista

Requiescentes in Deo by Nicholas Haggin on 500px Saint Monica and her son, St. Augustine.

PASTORAL DA MISERICÓRDIA A Pastoral da Misericórdia auxilia 60 famílias da comunidade paroquial da Pompeia em situação de alta vulnerabilidade social. Mensalmente, nos reunimos com as famílias para a entrega das cestas básicas e também para atividades de recreação com as crianças e palestras e orientações diversas para jovens e adultos. Para a execução deste trabalho, contamos com doações da comunidade e promovemos eventos para angariar fundos e complementarmos as cestas básicas faltantes. Também temos nos empenhado em identificar oportunidades de trabalho/emprego e encaminhar os assistidos para vagas no mercado de trabalho, com o objetivo de contribuir para o processo de autonomia das famílias. Precisamos muito da sua ajuda! Para doar produtos de cesta básica, colaborar ou fazer parte da Pastoral da Misericórdia, entre em contato com o Convento dos Frades Capuchinhos ou com os agentes da pastoral. Portaria do Convento dos Frades Capuchinhos Rua Iara, 201 - Pompeia (ao lado da Igreja da Pompeia) Fone: (31) 3889 4980 Expediente: 2ª a 6ª feira, das 8h às 12h e das 13h às 20h; sábado, das 8h às 13h


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O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | AGOSTO DE 2017

PASTORAL DO DÍZIMO

Dízimo: oração silenciosa Quanto mais eu reflito sobre o dízimo a partir das passagens bíblicas do Antigo Testamento e a partir da prática das comunidades cristãs, mais o vejo como ponte de ligação entre a espiritualidade e a vida do dia a dia de cristão mergulhado nas realidades terrenas. Por um lado, o homem sente a necessidade de cultivar a espiritualidade nas mais variadas formas: adoração, reconhecimento, gratidão a Deus, em outras palavras, a oração. O ser humano é religioso por natureza. Ao mesmo tempo, o cristão leigo está envolvido nas realidades terrenas e o trabalho ocupa a maior parte do seu tempo. Assim o dízimo espiritualiza e dá um novo sentido ao trabalho do cristão e se torna oração silenciosa em sua vida. Poucos momentos de oração conseguem quebrar esta corrida diária vertiginosa e extenuante. Mas existe uma oração secreta que pode fazer a ligação entre a espiritualidade e o trabalho, entre a necessidade de estar com Deus e o mergulho nas realidades terrenas. É o dízimo. O dízimo do cristão garante que o fruto do seu trabalho, que ocupa a maior parte do seu tempo, não sirva apenas para garantir o pão de cada dia, bem como a saúde e o lazer para a sua família, mas servirá também para garantir a glória de Deus, a vinda do seu reino, a realização de sua vontade salvífica através da ação da Igreja. Marilene José Bastos Rossi Meac – Dias d’ Ávila/BA

Damos as boas vindas aos novos dizimistas da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia: • Adelina Rosa dos Santos • Altamir Rocha • Claudia Maria Dantas Moreira • Cristina da Conceição Santos Fernandes • Efigênia dos Santos Ribeiro • Jairo Robert Perdigão • João Ferreira Filho • João Francisco Soares Correia • José Hernane Freire • José de Lima Damada • Maria Aparecida Pereira • Maria Juslei da Silva • Neusa da Silva Meirelles • Ondina Sena • Rachel Romualdo Pinto Soares • Vera Lucia da Renovação Gomes • Viviane do Bom Conselho • Zélia Bicalho Monteiro E você, já é dizimista?

Caça-palavras

Cozinha Fácil

22 de agosto - Dia do Folclore Nacional Imagem: goo.gl/4SMwxa

O estudo da CULTURA popular, o conhecimento sobre os documentos oficiais e documentos das instituições religiosas é muito importante para se compreender bem a história de um país. Nesse sentido, o trabalho dos folcloristas – os estudiosos da cultura POPULAR – torna-se indispensável. No BRASIL, dentre aqueles que se dedicaram ao estudo das nossas TRADIÇÕES populares, destacou-se Luís da CÂMARA CASCUDO. Ele demonstrou enorme capacidade de catalogar personagens históricos e seus respectivos sistemas de pensamento; interessou-se pela literatura e pela tradição dos CONTOS, lendas e NARRATIVAS populares, como as que eram impressas nos CORDÉIS e vendidas nas feiras nordestinas. Seus ESTUDOS são importantíssimos para se compreender o Brasil sertanejo, pois Cascudo, além de analista e crítico desses materiais, estava interessado em compilá-los, em registrá-los para a posteridade. Em 1951 publicou seu trabalho mais lido e comentado: Dicionário do folclore brasileiro. O FOLCLORE pode ser definido como um conjunto de MITOS e LENDAS que são passados de geração para GERAÇÃO e surgem, muitas vezes, da IMAGINAÇÃO das pessoas; muitos deles deram origem a FESTAS populares, que ocorrem pelos quatro cantos do Brasil. Madalena Loredo Doutora em Letras

Bolo de laranja de liquidificador

Massa •

4 ovos

1 xícara (chá de óleo)

1/2 laranja (pera ou lima) com casca

1/2 laranja (pera ou lima) sem casca

2 xícaras de açúcar refinado

2 xícaras de farinha de trigo

1 colher (sopa) de fermento em pó

Cobertura •

Suco de 1 laranja

5 colheres (sopa) de açúcar

1 colher (sopa) de margarina

Modo de preparo No liquidificador, bata muito bem os ovos, o óleo e a laranja (metade com casca, metade sem casca). Enquanto isso, em um recipiente, coloque o trigo, o fermento e o açúcar. Acrescente o conteúdo do liquidificador nesse recipiente e misture tudo com uma colher até formar uma massa pastosa. Coloque a massa em uma fôrma untada com margarina e polvilhada com trigo. Leve ao fogo médio, préaquecido, por 30 minutos.

Cobertura Leve todos os ingredientes ao fogo por 5 minutos. Derrame sobre o bolo, todo furadinho com um garfo. Fonte: tudogostoso.com


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INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | AGOSTO DE 2017

ágina Franciscana Filha primogênita de três irmãs e um irmão, Clara nasceu na cidade de Assis, Itália, no ano de 1.193. Encantada pela vida de Francisco e seus companheiros, aos 18 anos de idade a bela jovem foge da casa paterna para vestir o hábito da penitência. Sua fuga foi descoberta, mas não houve meio de convencê-la a voltar. Sendo de família nobre e possuidora de muitos bens, ela deixou tudo para trás com a determinação de quem encontra uma preciosidade.

Santa Clara de Assis

Imagem: goo.gl/H4kKV3

devoção. Mas, em 1920, quando foi descoberto seu processo de canonização, seus escritos e textos ligados à sua vida revelaram-nos que ela fez do mosteiro um útero onde cada dia gerou o Reino de Deus. De fato, Clara experimentou a presença de Deus tão intensa e concretamente que chegou a formular expressões que sublinham de modo singular a dignidade humana: “Ama totalmente aquele que totalmente se deu por teu amor, aquele cuja beleza o sol e a lua admiram e cuja generosidade, preciosidade e grandeza não têm limites”. Sua espiritualidade é a mística da luz, como alguém que nasceu para iluminar os caminhos.

Ousando sondar os planos de Deus, poucas semanas depois sua irmã Inês foi viver com ela. Em seguida vieram suas amigas: Pacífica, Benvinda, Cecília, Filipa, Cristiana e outras. Assim, a nova comunidade fundada por Clara começava a crescer. Mais tarde viria Beatriz, sua segunda irmã e, após a morte de seu pai, também sua mãe Hortolana.

É o seu nome que inspira conteúdo maravilhoso da sua Bula de Canonização. Num trocadilho impressionante o documento revela que na grandeza de um nome está a sua missão: “Clara, preclara por seus claros méritos, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória [...] sua virtude resplandece para os mortais com sinais magníficos. Esta Clara foi distinguida aqui por suas obras fúlgidas, esta Clara é clarificada no alto pela plenitude da luz divina.” Ela brilhou na terra e reluz no céu. Que sua vida nos inspire!

Era seu desejo viver de modo itinerante, como Francisco e seus irmãos. Porém, mais pelas conveniências da época do que por sua própria convicção, tomou a decisão de viver na clausura, onde passou a vida com mais de 50 irmãs. Depois de quatro décadas no mosteiro, Clara faleceu em 11 de agosto de 1.253, sendo canonizada apenas dois anos depois de sua morte. Devido à mentalidade de que a capacidade de conduzir um grupo religioso era atribuição apenas masculina, a vida de Clara era conhecida somente por meio de biografias repletas de

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Frei Lázaro de Freitas, OFMCap Representação, a fresco, de Santa Clara por Simone Martini (1312–1320), localizada na Basílica de São Francisco, Assis, Itália.

Colégio São Francisco de Assis

Arraiá do Chicão 2017

Comunidade escolar participa da festa junina do Colégio São Francisco de Assis

Decoração do Arraiá do Chicão 2017, que foi produzida com material reciclável e lembrou os biomas brasileiros. Fotos: Angélica Lavarini e Luísa Canielo. No dia 8 de julho de 2017, pais, alunos, funcionários e amigos do Colégio São Francisco de Assis (CSFA) se reuniram para celebrar o já tradicional Arraiá do Chicão. Neste 11º ano da festa que relembra a cultura brasileira, o lema escolhido foi “Em comunhão com a biodiversidade que nos une!”, relacionado à temática da Campanha da Fraternidade, que discute os biomas brasileiros e sua preservação. Como acontece todos os anos, o evento foi beneficente e contou mais uma vez com o trabalho colaborativo de toda a comunidade, que pôs em prática a consciência ecológica e visão solidária da vida. Semanas antes da data da festa, a decoração a partir do projeto proposto pelas professoras de Arte, Poliana e Silvana, já estava sendo produzida por alunos e funcionários, que utilizaram materiais reciclados para a confecção de enfeites que lembraram os biomas e a biodiversidade brasileiros. A comunidade escolar também cooperou adquirindo os convites por meio

da troca de alimentos não perecíveis, que foram doados, ou por meio da compra, que rendeu um valor que também será doado. Além disso, como no ano passado, a Comunidade da Paca, distrito de Governador Valadares, participou da organização. Parceiros do colégio no projeto Missão Solidária há mais de cinco anos, os moradores da Paca foram responsáveis pelas barracas de comidas típicas das festas juninas. Todo o retorno financeiro do Arraiá do Chicão será revertido para obras e melhorias no distrito, que fica ao leste de Minas Gerais. O espetáculo de dança ficou a cargo do grupo de quadrilha profissional São Gererê, que mais uma vez foi convidado pelo CSFA e encantou a tarde festiva. O dia foi animado também pela quadrilha dos alunos do Ensino Médio da Escola Antônio Job da Cruz (Paca), dos alunos de todas as séries do colégio, de alguns professores que se animaram a dançar e do grupo de ex-alunos, que encerraram essa festa cooperativa, solidária e alegre.

Quadrilha São Gererê no Arraiá do Chicão 2017. Fotos: Angélica Lavarini e Luísa Canielo.

Texto: André Bento (aluno do 6º ano do Ensino Fundamental II) Gabriella Bretas (aluna da 3ª série do Ensino Médio) Fotos: Angélica Lavarini (aluna do 7º ano do Ensino Fundamental II) Luísa Canielo (aluna do 7º ano do Ensino Fundamental II)


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | AGOSTO DE 2017

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