Outubro de 2016

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JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de outubro de 2016

TIRAGEM: 2.500 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Igreja missionária e misericordiosa Página 6

Palavra do Pároco Irmãs e irmãos, paz e bem! “Cuidar da casa comum é nossa missão” é o tema da Campanha missionária deste ano. Mãos à obra, pois não podemos ficar indiferentes ao cuidado de que nosso planeta precisa para nossa própria sobrevivência. Para viver a nossa fé cristã, não precisamos ficar divididos, não precisamos ficar disputando ou fazendo concorrência, precisamos todos viver os valores evangélicos e reconhecermo-nos irmãos em Jesus Cristo, esse é o caminho para o ecumenismo. Neste mês, no dia 16, celebramos são Geraldo que nos dá um testemunho de amor a Deus e ao próximo, de que a missão é para todos. O Evangelho é a fonte primordial para quem quer seguir Jesus Cristo; são Lucas nos oferece no seu escrito a possibilidade de conhecê-lo e amá-lo, para vivermos a

Ecumenismo: para que todos sejam um! [página 3]

nossa vocação de cristãos. Nossa Paróquia está em festa, celebramos carinhosamente, neste mês, Nossa Senhora do Rosário, nossa mãe e padroeira; Nossa Senhora Aparecida e São Judas Tadeu. Que as novenas e festas nos ajudem a crescer na fé e imitar as virtudes e Maria e de São Judas Tadeu. Amém! Por fim, celebramos neste mês São Francisco de Assis, que foi quem mais intuiu, no seu tempo, como viver o Evangelho, como ser cristão, como ser missionário. Que nós franciscanos e todos que o têm em conta possamos, como ele, nos colocar na mesma caminhada para reconstruir a Igreja, que está em ruinas... Leiam, reflitam e aproveitem bastante nosso Jornal O Rosário. Querendo dar sua sugestão, fazer sua crítica ou elogio, é só nos escrever. Acolhemos e acreditamos que é

Festa em louvor a grandes santos padroeiros [página 5]

com a sua participação que crescemos como Igreja viva. No dia 15 teremos a V Assembleia do Povo de Deus de nossa Arquidiocese, com nossas orações, unamo-nos a todos que participarão, rezando para o bom êxito da Assembleia e consequentemente de nossa missão evangelizadora e missionária nesta Arquidiocese de Belo Horizonte. Frei Vicente da Silva Pereira

Frei Vicente da Silva Pereira, OFMCap

A vocação de ir rumo ao coração [Página Franciscana]


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | OUTUBRO DE 2016

Batismo

Adeus, Jaque!

Aos poetas e donas de casa

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Daniel Alvaro da Fonseca e Kelly Tatiane Gonçalves; Alessandra de São José Ramalho Gonçalves; Demetrios Miguel Silva e Mônica de Andrade Alves Silva; Pedro Henrique Vieira Gonzaga e Fernanda Gabrielle Santiago Soares; Frederico Dias de Araújo e Camila de Souza Estanislau; Ronei Rodrigues da Silva e Eliane de Araujo Silva Rodrigues; e Rafael Arlen de Souza Neves e Aline Tatiane Muniz de Faria assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Antonella Gonçalves da Fonseca, Enzo Gabriel Gonçalves, Isabella Andrade Alves Silva, Maria Luiza Santiago Gonzaga, Maria Valentina Estanislau Araújo, Sophia Victoria Araujo Rodrigues da Silva, Vitória Muniz de Souza Neves, que passaram pelo Batismo no dia 21 de agosto de 2016. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei João Junior.

15 de outubro: Pompeia Participa

Neste mês missionário, em que temos tantos motivos para celebrar e partilhar a vida em comunidade, festejamos também o dia daqueles que dedicam o seu tempo e que na largueza do coração e na singeleza da alma expressam seus sentimentos num simples pedaço de papel, o poeta. É nesse jubilo que nós do jornal O Rosário dedicamos este poema a todas as Donas de Casa que, com muito carinho, prestigiam o nosso exemplar e de maneira especial têm seu dia comemorado em 31 de outubro.

Dona de casa

A família ECC está de luto pela perda desta pessoa tão querida, a Jaqueline. Veio do coração do Pai e para Ele retornou, deixando em nossos corações a alegria do seu sorriso. Dona de casa que madruga Esfrega calças e bermudas Que deixa os dedos enrugar Cuida dos filhos e marido Nem sempre são merecidos Pelo esforço que ela dá Mulher de beira de fogão Que não larga a oração

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS

Pra Deus sempre abençoar

Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Segunda, às 7h; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Rua Iara, 171 - Pompeia

O lar e a família Distorcida e sofrida

Capela São Judas Domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Rua Iara, 727 - Pompeia

Que não cansa de lutar

Capela Nossa Senhora Aparecida Sábado e domingo, às 18h Rua Violeta, 555 - Esplanada

Dona de casa do almoço

Capela Nossa Senhora da Abadia Sábado, às 19h; domingo, às 9h Praça da Abadia, s/n - Esplanada

A merenda, o jantar...

Que prepara com esforço

Às vezes que é traída

Capela Nossa Senhora dos Anjos Domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 - Comunidade São Rafael Santa Efigênia

Não evita recaídas Mas consegue levantar

Capela do Cemitério da Saudade Segunda-feira, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade

Essa mulher que esfrega chão Tem alma, tem coração

NOVENA PERPÉTUA

E consegue perdoar Mas também bate poeira Quando o sangue ferve na veia Se no seu calo pisar Mulher forte e valente

A Paróquia da Pompeia convida todos os paroquianos a participarem da Novena Perpétua a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. Data: 7 de outubro Horário: 19h Tragam uma rosa para ofertar a Nossa Senhora!

Gente que é da gente Participe do Terço dos Homens em nossa Paróquia. Segunda feira, às 20h, na Matriz.

IMAGEM DA CAPA

André Docky, 2008. Em: https://goo.gl/LKaF1M

expediente Pároco Frei Vicente Pereira, OFMCap

Imagem: goo.gl/Iw4Bvfcom

Você merece um altar.

Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Frei Jean Gregory, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Madalena Loredo Maurício Nascimento Patrícia Leal Renilson Leite

Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook:www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

É tempo de missão e misericórdia: Igreja missionária e misericordiosa “Como gostaria de encontrar as palavras para encorajar uma estação missionária mais ardorosa, alegre, generosa, ousada, cheia de amor, até o fim, e feita de vida contagiante” (Papa Francisco)

Imagem:https://goo.gl/oy7EMK

leigos e religiosos –, quer que estejamos todos nas ruas, em missão, e sejamos partícipes de uma grande obra de misericórdia, quer espiritual, quer material. A missão é a essência e a natureza da Igreja, e é desejo do Papa Francisco que cada vez mais o rosto da Igreja se apresente como uma Igreja que “redescobre as vísceras maternas da misericórdia e que vai ao encontro de tantos feridos necessitados de escuta, compaixão, perdão e amor”. Assim, ser missionário não significa ter que atravessar o oceano ou ir para outro continente. Nossa vocação missionária, instruída pela misericórdia de Deus, deve estar presente em todos os ambientes em que estejamos, pois é tempo de missão e de misericórdia!

Ser missionário requer viver de forma a contagiar as pessoas, é ser alegre e generoso, viver o amor de maneira ardorosa, enfim, é ousar em função do outro. A nossa reflexão hoje será feita a partir da seguinte pergunta: “Neste momento, em qual missão estamos envolvidos/ envolvidas?” Sim, pois várias são as possibilidades de se estar em missão. Podemos estar em missão de paz ou em missão de guerra; estar em missão diplomática ou em missão científica; também em missão religiosa etc. Pode ser que estejamos em mais de uma missão ao mesmo tempo, mas o importante é que estejamos em missão, enviados por Deus e inspirados pelo seu Santo Espírito. Deus enviou seu filho Jesus Cristo, o único, para salvar-nos a todos e também ao mundo, afinal, essa foi, é e sempre será a missão de Jesus. A partir da missão de Jesus, somos enviados pela Igreja e, como disse o Papa Francisco, “todos somos convidados a ‘sair’, como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e experiência para levar a mensagem de ternura e compaixão de Deus à família humana inteira”. O santo padre quer uma Igreja em saída, uma Igreja que saia da sua zona de conforto –

A Campanha Missionária deste ano tem como tema: “Cuidar da Casa Comum é nossa missão”, e como lema: “Deus viu que tudo era muito bom...” (Gn. 1,31). As campanhas que são feitas anualmente têm o “objetivo de sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro (este ano dias 22 e 23), conforme instituído pelo papa Pio XI em 1926”. Com certeza as arrecadações feitas nos meses de outubro de todos os anos são imprescindíveis para as obras missionárias da Igreja, mas o Papa Francisco fez uma advertência que deve ser observada por todos os missionários leigos e religiosos. Pediu aos responsáveis pela POM, na audiência de 05 de junho deste ano, que a ação missionária não se reduza a distribuir subsídios ordinários e extraordinários. Advertiu que “o dinheiro é um auxílio, mas pode se tornar também a ruína da missão”, e que “com tantos planos e programas, não deixem Jesus Cristo fora da Obra Missionária. Uma Igreja que se reduz à eficiência dos aparatos de partido já morreu, mesmo que as estruturas e os programas em favor dos clérigos e dos leigos ‘auto-ocupados’ durem ainda por séculos”1. Essa advertência do Papa serve a todos nós, para nos lembrar que qualquer trabalho missionário necessita daquele

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (18731897), nascida na França Teresa de Lisieux, é a intercessora dos missionários. Em seus breves vinte e quatro anos de vida trouxe em seu coração o desejo de ser missionária, mas com toda a intensidade possível: “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua beatificação aconteceu em 1923 e sua canonização em 1925. Em 1927, foi declarada “Patrona Universal das Missões”, tudo pelo Papa Pio XI. Em 19 de outubro de 1997, foi proclamada Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja. Sua festa é comemorada no primeiro dia de outubro. Uma das formas de se conhecer um pouco de sua vida, é na autobiografia: “História de uma alma” – em livro e também em filme, produzidos a partir dos textos de Santa Teresinha, ou ainda no filme: “Santa Teresinha do Menino Jesus”, dirigido por Leonardo Defilippis, em 2002. Ao exemplo de Santa Teresa de Lisieux, tenhamos o mesmo desejo ardente da missionariedade misericordiosa e peçamos: Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós! Disponível em https://goo.gl/jPRq3O. Para conhecer sobre as ofertas coletadas no Dia Nacional das Missões e que são empregadas na evangelização dos povos, acesse https://goo.gl/5nT0Id.

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Todos os anos as Pontifícias Obras Missionárias (POM), instituição da Igreja e do Papa, por isso denominada de pontifícia, promove uma campanha de arrecadação para as obras missionárias da Igreja no mundo. A primeira e principal finalidade da POM é “despertar e promover o espírito missionário universal de todos os membros do Povo de Deus”.

que é capaz de impulsionar a Igreja que se pretende ‘em saída’, o Espírito Santo. Fazendo memória e desejando seguir Nosso Senhor Jesus Cristo em sua missão e, assim, trazendo Jesus para nossas obras missionárias, estejamos sempre renovados pela energia santificadora do Espírito Santo e atentos à suprema misericórdia de Deus Pai.

Andréa Matos R. M. Castro Advogada e Doutora em Ciências Sociais

Ecumenismo: para que todos sejam um! Ecumenismo, para dizer resumidamente, é o movimento que visa à unificação das igrejas cristãs. De um modo mais amplo, pode-se entender como uma aproximação, uma cooperação mútua, e a busca fraterna da superação das divergências entre as diversas igrejas cristãs. Muitas pessoas confundem Ecumenismo com diálogo interreligioso: naquele só interagem religiões cristãs; neste interagem religiões cristãs e não cristãs.

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No Brasil foi fundado, em 1982, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), com sede em Brasília-DF, com o objetivo de promover o ecumenismo e o diálogo interreligioso. Fazem parte do Conic: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia e Igreja Presbiteriana Unida. Muitas Campanhas da Fraternidade já foram feitas entre a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e o Conic, como as de 2000, 2005, 2010, e a deste ano, 2016, cujo tema ecológico é assim resumido: “Casa comum, nossa responsabilidade”.

O movimento ecumênico começou no seio das Igrejas Protestantes, no século XVIII, quando foi criada a Sociedade Missionária de Londres (1795) e a Sociedade de Tratados Religiosos (1799), com a participação de várias denominações cristãs. A Igreja Católica Romana não participava, ainda. Pode-se dizer que o primeiro passo da Igreja Católica no sentido ecumênico foi dado pelo papa Leão XIII, em 1895, com a encíclica Provida Mater, que instituiu uma novena de orações pela reconciliação dos cristãos, para ser feita entre as festas da Ascensão e Pentecostes, o que começou de modo tímido, ganhando espaços nas diversas partes do mundo, e continua acontecendo até os nossos dias. Em 1905 o Protestantismo avançou em relação ao Ecumenismo: foi criado nos Estados Unidos o Conselho Nacional das Igrejas. Em 1910, em Edimburgo, na Escócia, foi realizada a Conferência Missionária Mundial, considerada como o principal marco do surgimento do ecumenismo. Nenhuma presença católica na Conferência. Em 1948 foi criado o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), em Amsterdã, na Holanda, reunindo inicialmente 197 denominações protestantes. Hoje, o CMI congrega 350 Igrejas, com mais de 500 milhões de fiéis.

estabelece as bases do ecumenismo, na visão da Igreja Católica Romana. São João Paulo II deixou-nos um grande documento sobre o ecumenismo, em 1995: a encíclica Ut unum sint (que todos sejam um). Afinal, esse é o desejo do próprio Jesus, expresso no Evangelho de João: 17,21.

A Igreja Católica Romana não foi entusiasta do movimento ecumênico. Com a encíclica Mortalium animos, do papa Pio XI, em 1928, houve um retrocesso na caminhada ecumênica, pois ela afirmou que a Igreja Católica é a única Igreja verdadeira, e que a salvação só pode ser alcançada nela. Apesar dessa posição do papa, diversas iniciativas continuaram mundo afora, até acontecer um grande passo rumo a essa união, em 1960, quando o papa São João XXIII criou o Secretariado Romano para o Ecumenismo. No Concílio Ecumênico do Vaticano II (1962-1965) houve a participação de vários observadores de diversas denominações cristãs, e nesse Concílio foi aprovado o decreto Unitatis Redintegratio, que

No regional Leste II, da CNBB, com sede em Belo Horizonte, e nas outros regionais, Brasil afora, há um organismo para promover o diálogo ecumênico e interreligioso, e motivar as dioceses e entidades religiosas a celebrarem a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Tal órgão atua em comunhão com o Conic. Terminemos com as palavras de Jesus: “Pai Santo, guarda-os em teu nome, para que todos sejam um como Nós” (João 17, 11). Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas p.ismar@pucminas.br


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Catequese Permanente

O pecado estraga a vida No artigo anterior, falamos sobre o conceito de pecado e os equívocos que o envolvem. Tomemos hoje o tema dos prejuízos do pecado, pois ele tem seu preço. Se pecado é tudo aquilo que vai contra a vida, especialmente a vida humana, então ele deixa suas marcas na vida; ele a estraga, a diminui, a deprecia... Não é difícil observar os estragos que o pecado tem feito na família, na comunidade de fé, na sociedade em geral, na vida de cada um de nós.

Imagem: https://goo.gl/VNPFDF

Vejamos: se a raiva é uma fraqueza e começa a fazer ninho no nosso coração, pode ser que, alimentando essa raiva (ou o ciúme, ou a inveja, ou qualquer outra fraqueza que não é bem digerida), uma hora venhamos a nos deixar dominar pela violência e acabemos deixando o pecado fazer graves estragos. Tomemos o relato de Caim e Abel como caso exemplar (Gn 4,1-16). Caim começou a olhar para seu irmão com irritação (v. 6). Em vez de administrar esse sentimento e transformar sua fraqueza em força como companheirismo, partilha, Caim se deixou dominar pela cólera e avançou contra seu irmão, matando-o. Bem que Deus o advertiu, mas foi em vão (v. 6-7). Caim representa o forte, pois seu nome quer dizer ferreiro, aquele que tem a arma contra o outro. Abel representa a fragilidade e a fugacidade da vida, que precisa de cuidados para sobreviver, para prosperar, e seu nome significa bem isto “sopro, aquilo que se desfaz facilmente”. Ora, o autor sagrado sabe que o forte deve proteger o fraco, guardá-lo, não oprimilo ou dominá-lo. E Caim fez o contrário: vendo a Caim Mata Abel. Óleo sobre fragilidade de seu irmão, (1598-1630). atacou-o e destruiu sua vida. Assim que Caim comete o pecado contra Abel (homicídio ou fratricídio), Deus vem tirar satisfação, pois ele é o Deus da vida. E pergunta a Abel: “Onde está o teu irmão?” (v. 9a). E o mal educado responde: “Sei lá! Por acaso sou o guarda de meu irmão?” (v. 9b). Mas Deus não deixou passar barato: “Que fizeste?” (v. 10). E pediu satisfação do sangue de Abel. Observemos, neste relato, os estragos que o pecado deixou. Primeiramente em Caim, o homicida. Desde que Caim consentiu matar Abel, ele já não andava mais de cabeça erguida e seu rosto tornou-se abatido (v. 6b). Ao matar Abel, o solo clama por Deus, pedindo justiça pelo sangue do justo (v. 11-12). O primeiro estrago do pecado não atinge a vítima dele, mas aquele que o comete. Maltratado pelo peso de seu próprio erro, Caim

vive cabisbaixo. Sabe que a ira o está dominando; está sendo derrotado por ela em vez de vencê-la. E “a terra clama por justiça”, ou seja, um desequilíbrio se instalou no cosmos: a harmonia dos seres foi rompida. Caim vai sentir na pele o peso desse desequilíbrio. E foi aí que ele se afastou da presença do Senhor (v. 15): eis um duro preço a pagar pelo pecado. Mas há outros estragos. Há, por exemplo, um estrago na família; após a morte de Abel, Caim fugiu e foi morar na região de Nod (v. 16). Não dava mais para viver harmoniosamente naquele ambiente familiar. A partir de então, a família estava dilacerada pelo erro de Caim. E há também estragos na sociedade inteira. O pecado por onde passa faz como um tsunami: deixa seu rastro de destruição.

Creche Grazia Barreca Castagña No dia 6 de setembro, realizamos nossa passeata em comemoração ao Dia da Independência. Foi um momento de muita descontração e alegria, com as crianças gritando “Brasil!” pelas ruas da comunidade. Ensinemos nossas crianças a amar o nosso país. Um Brasil independente é um Brasil sem preconceito, sem injustiça social e com educação para todos. Aproveitamos para agradecer a todos que colaboraram para a realização do nosso Jantar dançante. Que Deus os abençoe! Direção da Creche Grazia Barreca Castagña

Observemos, porém, que em todo o texto não se nota nenhuma raiva ou vingança de Deus em relação a Caim. Ao contrário, quando Caim cai em si e vê a bobagem que fez, entende logo que vai pagar por isso. Sendo expulso daquela terra que o rejeita, Caim tem medo de vagar sem Deus e ser morto por qualquer forasteiro que queira vingar Abel (v. 14). Na sua misericórdia, Deus vai proteger Caim, lançando uma maldição (v. 15). De fato, Caim fez enorme besteira de matar seu irmão, mas besteira maior fará quem perpetuar a corrente da violência tentando fazer justiça com as próprias mãos. E o Senhor pôs um sinal em Caim (v. 15b); um selo do seu amor misericordioso que revelasse sua pertença a Deus, apesar de sua miséria. Notemos também que Caim afastouse da presença do Senhor (v. 16) e não o Senhor afastouse de Caim, coisa impensável tela, por Daniele Crespi para o autor sagrado. Deus, no seu imenso amor, não nos afasta dele por causa de nosso pecado, ao contrário se achega a nós para nos advertir e nos reconduzir ao caminho. Seu amor é fiel; ele não nos abandona jamais. Depois de entender o texto, acho que já dá pra intuir o que a catequese tem a ver com essa reflexão. Primeiro, o pecado tem suas consequências e a catequese deve advertir quanto a isso. A primeira vítima de nossos pecados somos nós mesmos. Segundo, na luta contra o pecado e seu poder de destruir, só o amor misericordioso de Deus pode nos socorrer. A catequese deve incentivar nos catequizandos a mais plena confiança na misericórdia de Deus. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética

São Geraldo Magela

Fazer em tudo a vontade de Deus Imagem: https://goo.gl/vB8Oh8

Nascido e batizado em 6 de abril de 1726, em Muro Lucano, Itália, Geraldo viveu o mistério de Deus, desde pequeno. Passou toda a vida centrado em Deus e sua vontade. Alfaiate, nasceu e morreu pobre; escolheu a pobreza de Cristo como sua esposa. Testemunhava a manifestação do extremo amor de Jesus na cruz e sofria em resposta a tanto amor, doando-se aos doentes, aos pobres, aos oprimidos. Acolhendo os sofrimentos alheios e cotidianos, buscava sua transformação cristã com fidelidade, na expressão mais

concreta da caridade: o amor aos pobres. “Não te submetas a teus gostos ou aos do mundo. Basta teres só Deus presente, e estares sempre nele, em tudo o que fazes”. Nada nos impede de estarmos próximos de Deus, de vê-lo no irmão e O sentirmos. Geraldo não teve uma vida diferente da maioria de nós. Foi um humilde trabalhador, de pouco estudo. Quando se tornou religioso redentorista - depois de muito insistir -, além de alfaiate, foi jardineiro, sacristão, porteiro, cozinheiro, carpinteiro, encarregado de obras. Na eucaristia encontrava sustento, na comunhão apaixonada, porque não enxergava Deus de forma sobrenatural, como aqueles que se privam de experimentar sua presença real, que se abstêm da intimidade com Deus. Via no sacrário um Deus vivo, que nos garante liberdade e vida plena, que nos faz sentir extensão do seu próprio amor; o mistério da aliança

de Deus com o homem e do homem com Deus. “Quero amar a Deus, estar sempre unido a Deus e tudo fazer por amor de Deus. Porque o verdadeiro amor divino consiste essencialmente no abandono completo nas mãos de Deus, na conformidade à Sua vontade”. Celebramos sua memória em 16 de outubro, mês dedicado às missões. Geraldo foi missionário e pregava com a vida. Diante das dificuldades não se abalava, permanecia firme nas provações, confiava e dizia: “seja tudo para a vontade de Deus!”. Acreditava que nenhum sofrimento é sofrimento quando o aceitamos e o encaramos seriamente. Com espírito doador, penitente, obediente e com sua vida de oração, aprendemos com Geraldo que “a melhor oração é fazer o que agrada a Deus, e quando se faz por amor a Deus, tudo é oração”. Renilson Leite, jornalista


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Festas em louvor a grandes santos padroeiros

Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São Judas Tadeu Outubro: mês em que celebramos a festa de grandes santos padroeiros!

Imagem: https://goo.gl/DAkJIS

Imagem: https://goo.gl/8CSdAs Imagem: https://goo.gl/lGxchu

O título de padroeiro está ligado ao simbolismo religioso das diversas imagens de santos de devoção cristã. É um título “provocativo”. Talvez um machismo do patriarcado da Igreja? De fato, “padroeiro(a)” tem sua origem primeira no latim pater, que significa pai, que deu também origem a padrinho, padrasto, paterno, paternalismo. A palavra padroeiro evoluiu de patronariu, patronus, “patrono”, aquele que protege, que defende, e sua forma feminina é mesmo “padroeira” e não palavra que tenha em seu radical o correspondente feminino mater, mãe. Patrono, orago ou padroeiro é um santo ou anjo a quem é dedicada uma localidade, povoado ou templo, arquidiocese ou diocese, capela, igreja etc. Assim, os santos, por serem invocados por muitos cristãos de um determinado local, passaram a ser tidos como protetores desses lugares, tornando-se seus padroeiros. Na nossa Paróquia, estamos em festa, pois celebramos com louvor Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, Nossa Senhora da Conceição Aparecida e São Judas Tadeu, padroeiros de nossas comunidades. A devoção a Nossa Senhora do Rosário, comemorada no dia 7 deste mês, nos remete ao entendimento que o Rosário é como o Evangelho abreviado e, por isso, tornase a Bíblia dos leigos e dos simples. A recitação, com os lábios e com o coração, nos faz descobrir, sempre mais e melhor, as suas riquezas e seu prodigioso poder.

força invencível da oração do Rosário, à qual a Santíssima Virgem se inclina benevolente, Mãe intercessora junto ao Divino Filho, e o Rosário nos coloca no caminho essencial da fé, porque ele nasceu dos mistérios dulcíssimos da divina maternidade. Com Maria, Mãe da Igreja, nos tornamos testemunhas fiéis da presença de Deus em nosso meio. Sob o olhar de Nossa Senhora Aparecida, comemorado no dia 12 de outubro, a beleza está no espírito mariano que perpassa tudo. Assim como em Caná na Galiléia, Maria abre caminhos para a festa da alegria e nos conduz ao Cristo, fonte de felicidade. O que dizer então sobre os milagres dessa santa? Refletir sobre o acontecido, revivendo o “mistério” de Aparecida, fortalece cada vez mais o presente da nossa fé.

Toda a Igreja celebra tão grande vitória alcançada pela

Lucas Evangelista, patrono dos médicos Imagem: http://goo.gl/5HBmd3

A leitura, mais que leitura, a escuta interessada, atenta e detida dos escritos de Lucas, considerando tratar-se de Evangelho do Senhor, compilação e redação que com certeza se colocou como o desafio maior da sua vida, empreendidas com o mais diligente empenho, determinação, esmero e zelo, provoca no leitor, no mínimo, um enorme respeito e uma incontida admiração. Taylor Caldwell, autora do livro que tem o sugestivo título “Médico de homens e de almas” afirma no prefácio dessa sua bonita obra que o grande evangelista obcecou a sua mente desde a infância. Um servo do Senhor, em processo de beatificação, Henri Caffarel ensina que há uma lei psicológica simples de fácil percepção nas relações humanas: “para nos dedicarmos a um ser é preciso amá-lo, para amá-lo espontaneamente é preciso admirá-lo. A admiração suscita o amor, o amor impõe a dedicação.” Certamente o sentimento de Caldwell por São Lucas é reflexo da grande paixão de que foi tomado o evangelista pelo seu e nosso Senhor Jesus. Especula-se que a primeira visita de Lucas a Israel tenha ocorrido algum tempo após a Crucificação. Certo é que não conviveu com o Verbo Encarnado, não teve oportunidade de, como os doze primeiros escolhidos, partilhar com ele o mourejo, as fadigas, apreensões, alegrias e tristezas

humanas do dia a dia. Não ouviu diretamente de Jesus os inquestionáveis ensinamentos nem as provocadoras parábolas no contexto em que foram proferidos. O que redigiu, com toda a inspiração recebida, foi fruto de exaustivas pesquisas, ouvindo testemunhas, os apóstolos, os discípulos e, tudo autoriza crer, a primeira discípula, a Mãe Imaculada. Como deve ter sofrido oposição! Não é dos nossos, é um estrangeiro! Qual será a intenção desse grego em pesquisar a vida do Senhor? É bom dar asas à imaginação. Que misto de privilégio ímpar, de intensa emoção e de sonho indescritível deve ter envolvido o evangelista ao entrevistar a mais esplêndida de todas as criaturas, a Mãe do Senhor. É sabido que a vocação e o ofício por ela ditado ou induzido acrescentam ou reforçam atributos e características à personalidade. Daí o conhecido adágio: a obra revela o obreiro. As entrelinhas dos escritos de Lucas indicam-lhe extrema sensibilidade e ternura incomum. Sem qualquer descuido quanto ao essencial, deixou-se tocar também, profundamente, pelo que nos emocionam a todos, as figuras da Mãe e do Menino. Único não judeu dos quatro evangelistas é o que mais se detém em Maria e na infância de Jesus. Caldwell afirma que um padre que a ajudou na confecção do citado livro disse de São Lucas: “ele foi o primeiro trovador de Nossa Senhora”. Afirma também a autora: “Somente para Lucas Maria revelou o Magnificat que contém as mais nobres palavras de qualquer literatura”. Pela sintonia do estilo literário comparado ao do terceiro Evangelho tem-se, também, como da sua autoria, os Atos dos Apóstolos. Esse homem, tão impregnado da Trindade, exercia o nobilíssimo ofício de tratar e curar os enfermos, prevenir as doenças, zelar pelo preciosíssimo dom da vida. Imagine-se como Lucas o exercia! Quão belo é o ofício do médico! Quão sublime se torna quando se faz expressão genuína da solidariedade, do amor e da compaixão! Que São Lucas, o grande patrono, proteja, inspire e abençoe todos os médicos. Francisco Mota, um aprendiz de cristão

O Padroeiro São Judas Tadeu, apóstolo e missionário de Jesus Cristo, cuja devoção é comemorada em 28 de outubro, foi mártir, quer dizer mostrou que sua adesão a Jesus era tal, que testemunhou a fé com a doação da própria vida. Sua pregação de vida cristã foi pautada, além da fé, na oração, no auxílio mútuo e na confiança na misericórdia de Jesus Cristo. Assim, quando falamos de Padroeiro ou Padroeira, estamos remetendo àqueles que são protetores e intercessores do povo, de uma comunidade ou de toda uma cidade. O Santo Padroeiro, como confidente e protetor tem a faculdade e a missão de defender e obter para quem a ele recorre, o louva e nele confia, as graças pedidas em oração e voto de promessa, particularmente nas alturas mais precisas e difíceis da vida de cada um.

Patrícia Machado Leal, bióloga

Pastoral do Dízimo Meu nome é Edna das Dores Gonçalves. Moro no bairro Pompeia há 30 anos e há 20 sou dizimista. Venho dar o meu testemunho de como é bom pagar o dízimo. Desde que comecei a contribuir, percebi que tudo foi melhorando na minha vida financeira e familiar. O dízimo é um agradecimento por tudo que Deus nos dá. Se posso trabalhar, é Deus quem permite, então tenho o dever de agradecer por tudo e também por ser cristã. Quem ama Deus contribui de boa vontade e tem certeza de que a recompensa virá. Quem confia em Deus sabe que Ele tudo proverá. Deus nos é fiel; então também temos o dever de ser fiéis a Ele, a nossos irmãos e à nossa paróquia.

Prece do dizimista Que o nosso dízimo, no silêncio da humildade, possa encontrar toda disponibilidade, receptividade, fecundidade e plenitude na atenção e amor ao próximo. Que não nos esqueçamos da importância da devolução de tudo aquilo que Deus nos dá, nos fortalecendo da verdadeira elegância espiritual, rezemos.


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O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | OUTUBRO DE 2016

Festa de Nossa Senhora Aparecida na comunidade do Esplanada

O rosto misericordioso de Maria programação

Imagem: https://goo.gl/4WzDJ2

05/10 Maria, Senhora dos Humildes e Abandonados 18h15: Momento mariano 19h: Novena (Oferta do dia: sabonete ou material de limpeza) 06/10 Maria, Senhora e Auxílio da Igreja 18h15: Momento mariano 19h: Novena (Oferta do dia: feijão) 07/10 Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Local: Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia

01/10 Maria, Senhora Aparecida, Mãe de Misericórdia 17h15: Momento de louvor e acolhida 18h: Missa de abertura e envio, seguida pela Festa da Partilha (Oferta do dia: arroz) 02/10 Maria, Senhora da Esperança e da Vida 17h15: Momento mariano 18h: Missa das famílias e novena (Oferta do dia: óleo) 03/10 Maria, Senhora dos Pobres e dos Excluídos 18h15: Momento mariano 19h: Novena (Oferta do dia: macarrão) 04/10 Festa de São Francisco de Assis Local: Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia

08/10 Maria, Senhora e Amparo dos Sofredores 17h15: Momento mariano 18h: Missa e novena (Oferta do dia: café) 09/10 Maria, Senhora e Mãe Missionária ORAÇÃO A SÃO JUDAS TADEU 17h15: Momento mariano São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdo e vos louvo pela 18h: Missa sertaneja e novena fidelidade e amor com que cumpristes a vossa missão. Chamado e enviado por (Oferta do dia: café) Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam a Igreja de Cristo. Inúmeras pessoas, seguindo o vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração, encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmãos e descobrem forças para vencer o pecado e superar o mal. Quero como-vós, comprometer-me com Cristo e com sua Igreja, por uma decidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre. E assim, convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, como membro ativo da minha comunidade. Espero, então, alcançar de Deus a graça (pedido.....) que imploro confiando na vossa intercessão. São Judas Tadeu, rogai por nós! Pai Nosso / 3 Ave Maria / Glória ao Pai

10/10 Maria, Senhora e Modelo da Juventude 18h15: Momento mariano 19h: Novena (Oferta do dia: papel higiênico)

06h: Alvorada 07h: Terço e consagração - Setores Santa Clara e São Paulo 08h: Terço e consagração - Setor São Francisco 09h: Missa das crianças - Comunidade Nossa Senhora da Abadia e Catequese paroquial 10h: Procissão motorizada (carros e motos), passando por todas as comunidades, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e a benção dos veículos e condutores 12h: Súplica a Nossa Senhora Aparecida e consagração todos os setores 14h: Terço e consagração - Setor São Cristóvão 15h: Terço e consagração - Setor Nossa Senhora da Esperança e Santa Rita 16h: 30: Acolhida do grupo de Moçambique do Divino Espírito Santo, do Bairro Aparecida, na Comunidade Nossa Senhora da Abadia 17h: Caminhada dos coordenadores e festeiros com o estandarte de Nossa Senhora Aparecida, acompanhado do grupo de Moçambique do Divino Espírito Santo (saindo da Comunidade Nossa Senhora da Abadia 18h: Missa solene e procissão - todos os setores

FESTA DE

São Judas Tadeu De 16 a 28 de outubro de 2016

11/10 Maria, Senhora e Mãe da Igreja Peregrina 18h15: Momento mariano 19h: Novena (Oferta do dia: papel higiênico)

12/10 Caminhando com Maria, no caminho de Jesus!

Rua Iara, 727 - Pompéia (esq. com rua Engenho Novo)

Caça-palavras Dia das crianças e dia do professor: uma só comemoração

Em 12 de outubro comemoramos o DIA DAS CRIANÇAS e de Nossa Senhora Aparecida; e no dia 15, o DIA DO PROFESSOR e de Santa Teresa de Ávila, a mestra da ESPIRITUALIDADE: bela coincidência! Impossível nos lembrar das crianças sem falar dos professores e vice-versa. As crianças fazem parte do MUNDO dos professores, assim como estes estão LIGADOS diretamente ao dia a dia das crianças. Em muitas situações, os professores são a fonte mais segura de CARINHO, atenção e CUIDADOS que muitas crianças, por diversas razões, não recebem em suas famílias. O professor se torna, assim, referencial para elas, incentivo, segurança e APOIO para crescerem física, espiritual e INTELECTUALMENTE sadias. E, por sua vez, as crianças preenchem a vida dos professores com sua ALEGRIA, espontaneidade, AFETO e reconhecimento. Que a BELEZA e os laços que unem crianças e professores sejam cada vez mais FORTES, verdadeiros e BONITOS! Vivam os professores! Vivam as crianças!

K M Ç B L E T N E M L A U T C E L E T N I

O O N T A S U N D O N F O H I S A E O N I T O S A I Z F T N P B E D S A K E D U I J I I Ç E P A A W A Q U O E A W V T N N A F E T O O O C R M D D R N I U V T N L O C A B P N R F O I O M I D I I T L A R Ç D A I I M T L D I S C L D G C A Y R B F O R T E

K A P O I V J E R F O Z A Z E V B R S G C A R I N Z S X O E L F L E Y O L D A R D P R T A U A T S E U U S F I S W O C D Ç R J D R P N A Ç A D V Y R T D S I M K R X N I Y I G U E N I G A D O O D L S E S I A T E

O W O C Ç I L E B A C Y H O E T R L O A O L S P S V S U O L Q A U O C L A Q O I K I O A F A T N U E A O R N S F R A A A S O D

L I C D M D N F R I G O R E B R S I G A T A Y W G D A A E L R I E U Z G R X R N A I O S A U S I Ç I P O A B Q A S R O Z A D I

M F E D O C L X L A E N R A R V U Z O R U

E S P I R I T U A L I D A D E T E N Q L C


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O Rosário

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | OUTUBRO DE 2016

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ágina Franciscana 4 de outubro: Especial - São Francisco de Assis

A vocação de ir rumo ao coração

Mas este espaço não é dedicado à espiritualidade franciscana? Não seria um espaço oportuno para tratarmos da vida de São Francisco de Assis? O que tem a ver esse relato com a vida do santo? Vejamos... Se nós galgamos o nosso caminho pelas chamas do Inferno ou do Paraíso, é sinal de que não estamos caminhando nem rumo a nós mesmos e muito menos rumo a Deus. Não estamos seguindo Deus, mas estamos seguindo os nossos medos e sendo prisioneiros deles. Se o motor para a nossa caminhada for alimentado ou impulsionado por tais chamas, essa desastrosa escolha faz de nós crianças a espera de recompensa. Isso é perigoso. Os dois vasos nas mãos da mestra significa exatamente isto: primeiro, a renúncia de tais muletas que sequestram a subjetividade e o expurgo do aprisionamento por parte dos diversos medos e temores. Segundo, propiciar o mergulho profundo rumo ao seu ser e o de corresponder ao incessante desejo de conhecer o verdadeiro Deus, que, estando longe de escravizar, é certeza de liberdade.

Irmãs Batistinas em festa A nossa comunidade paroquial se une em prece e júbilo à Congregação das Irmãs de São João Batista, as Batistinas, pela canonização do seu fundador, Beato Afonso Maria Fusco. A celebração, que elevará o beato no Álbum dos Santos, será realizada no dia 16 de outubro em Roma.

São Francisco de Assis viveu num tempo em que o percurso da Instituição Católica estava baseado nessas duas chamas. Com o passar do tempo, ele intuiu que a sua vocação era libertarse delas, o que não foi fácil, e caminhar rumo ao seu coração para redescobrilo, conforme o início de sua conversão que se deu diante do Crucifixo de São Damião: “Francisco, não vês que a minha casa se destrói? Vai, pois, e restaura-a para mim” (LTC cap. V, § 13,7).

Imagem: http://goo.gl/nrwYdS

Há muitos séculos, um grupo de pessoas viu a mística mulçumana, Rabi’aal-’Adawiyya, caminhando com duas vasilhas. Uma vasilha de água numa mão e uma vasilha com fogo na outra. Ao ser interrogada do porquê de cada vasilha, ela respondeu: “A vasilha de água é para apagar as chamas do Inferno e a vasilha de fogo é para apagar as promessas do Paraíso”.

A vocação de Francisco de Assis e a nossa é esta, e não tem outra: ir, primeiramente, rumo ao ser, rumo a si mesmo, rumo ao coração. Somente assim as condições e possibilidades humanas se emergem, e renasce e se constitui um ser integrado e inteiro aberto a novos e vastos horizontes. Celebrar o Poverello de Assis é uma das garantias que temos de acolher a sua proposta e iniciarmos a nossa caminhada rumo à encantadora redescoberta de nós mesmos. E você, está a fim? Frei Márcio, OFMCap

São Francisco de Assis rezando. Óleo em lona de El Greco (1587-97)

Colégio São Francisco de Assis

O estudante como protagonista Os 80 anos da presença dos Frades Capuchinhos em MG e os 55 anos do Colégio São Francisco de Assis No dia 9 de setembro de 2016, foi celebrada, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, uma missa em ação de graças pelos 80 anos da presença dos Frades Capuchinhos em Minas Gerais e pelos 55 anos do Colégio São Francisco de Assis (CSFA), dos quais os últimos dez foram marcados pela retomada dos frades na gestão do colégio. A missa, celebrada pelo Frei Romero, destacou o espírito dessas oito décadas dos Capuchinhos em Minas Gerais, que iniciaram seu trabalho no estado com a humildade de São Francisco e com a coragem de Jesus Cristo ao pregar a Boa Nova. A celebração da data contou ainda com a apresentação da Escola de Música do colégio e com uma homenagem à professora Edna Fernandes, do 1° ano do Ensino Fundamental I, que tem mais de 30 anos dedicados à escola. O agradecimento, proferido pelo diretor da instituição, professor Ari Eustáquio, estendeu-se a

Santíssima Trindade, Nós vos louvamos pelo dom à Igreja e ao mundo do Beato Afonso Maria Fusco. Nós vos bendizemos pelo espírito evangélico com o qual ele operou para o louvor da vossa glória e o bem dos irmãos. Nós vos agradecemos por nos terdes dado o Beato Afonso como intercessor e modelo. A seu exemplo queremos construir um mundo de justiça e de paz. Que a sua intercessão nos alcance a graça, que tanto desejamos. Amém. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

A epístola lida durante a liturgia destaca: “Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça e sem usar os direitos que o evangelho me dá”. A importante data foi celebrada, portanto, com essa certeza de que, ao promover a educação de jovens e crianças, prega-se a palavra de Deus e tem-se como recompensa o bem comum. Lucas Regis, aluno da 3ª série do Ensino Médio Divulgação CSFA

Oração pela glorificação do Beato Afonso Maria Fusco

todas as famílias que confiaram e confiam na equipe do CSFA, assim como a seus funcionários, professores, coordenadores, diretores e mantenedores. Após a celebração, o novo coral infanto-juvenil formado por alunos apresentou uma sequência de músicas para a comunidade.


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | OUTUBRO DE 2016

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