Novembro de 2016

Page 1

JORNAL

O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de novembro de 2016

TIRAGEM: 2.500 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Palavra do Pároco Caro irmão, leitor de O Rosário, paz e bem! Como o tempo passa rápido, o ano já está chegando ao fim, novembro chega e num piscar de olhos o ano já terminou. E o nosso jornal vem com informações e alguns textos que nos vão formando na fé, no compromisso com nossa Igreja e com nossa Paróquia. Como já é do conhecimento de muitos, algumas mudanças estão acontecendo na vida de nossa fraternidade capuchinha. Frei Lázaro de Freitas será o nosso pároco, e eu continuo na caminhada, agora ajudando e apoiando-o em tudo o que for possível. Frei Romero, frei André Luiz e frei Marinho já foram para as suas novas fraternidades. Aqui expressamos o nosso agradecimento ao frei Romero pela dedicação à nossa Paróquia, por tudo o que ele semeou nesse tempo em que aqui viveu e trabalhou. Ao frei André Luiz o nosso carinho e nosso agradecimento; sua presença é sempre cativante e atenciosa. Frei Marinho no serviço à Província dedicou todo o seu empenho. Certamente sentiremos saudades. A eles o nosso Deus lhes pague. Nesta edição, lembramos e rezamos pelos falecidos e reconhecemos a grandeza daqueles que em tudo buscaram ser sinais da misericórdia e do amor de Deus, com um artigo sobre finados e todos os santos. Somos convidados também a conhecer, entre eles, Santo André, o primeiro a ser chamado por Jesus. Lembrando Zumbi dos Palmares, celebramos o dia da consciência negra e o quanto precisamos ainda trabalhar para acabar com o preconceito, o sofrimento e a discriminação. Temos também a solenidade de Cristo Rei, com o ano litúrgico terminando mais cedo. Por fim, vamos aprofundar o sentido e o significado da espiritualidade Franciscana, e perceber que Francisco e Clara intuem um caminho novo para seguir Jesus Cristo pobre e crucificado. A vida é um dom de Deus, o tempo passa muito rápido, cuidemos para ter uma vida saudável, busquemos nos prevenir contra as doenças e certamente experimentaremos a beleza de viver e a graça de sermos filhos e filhas de Deus.

Santidade e f initude - Página 3

Agradeço a todos que têm colaborado com a caminhada de nossa Paróquia, que têm ajudado a levar a mensagem do Evangelho. O tempo em que estive à frente da Paróquia foi de aprendizado, de crescimento e principalmente um tempo em que pude conhecer melhor as pessoas e experimentar como a misericórdia e o amor de Deus se manifestam de tantas maneiras. Novembro é também o mês de nos conscientizarmos mais sobre o sentido e a importância do dizimo nas nossas vidas. Todos somos chamados a um compromisso verdadeiro com a nossa Igreja, por isso ser dizimista comprometido é um passo importante para a evangelização. Boa leitura.

Frei Vicente da Silva Pereira, OFMCap

O reino do Cristo Rei se faz no serviço à caridade e à justiça [página 3]

Santo André: o primeiro a ser chamado [página 4]

Espiritualidade Francisclariana [página 7]


O Rosário

2

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

Foto: Pastoral do Batismo

Batismo

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Edmar Manoel da Silva e Andressa Leocadia Belilo; Júnio Rodrigues Mendes e Jéssica Flaviele Moreira; Paulo Henrique das Dores e Renata Amaral Rodrigues; Fábio Meirelles Gouvêa Marques e Tatiana Regina Silva Meirelles; Diego Ferreira dos Santos e Simone Maria Ferreira de Sá; Adilio Ribeiro da Silva e Estefania Gomes Dias da Silva; Luiz Paulo Monteiro Oliveira e Isabela Cristina Melgaço Souza; Gustavo Alexander Gomes Soares de Mello e Hersília de Andrade e Santos; e Helder Mésseder Andrade Carvalho e Bárbara Brás Mésseder Andrade assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Ana Alice Belilo da Silva, Davi Rodrigo Mendes Moreira, Enzo Rodrigues Dores, Isís Meirelles Militão, João Pedro Ferreira de Sá, Matheus Gomes da Silva, Manuela Melgaço Monteiro, Sofia Helena Santos Mello, Victor Mésseder Andrade, que passaram pelo Batismo no dia 16 de outubro de 2016. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Honorato.

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Segunda, às 7h; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Rua Iara, 171 - Pompeia

Frei Romero, romeiro e peregrino Este é o Frei Romero, homem de Deus: homem de oração e devoção franciscana, que na sua simplicidade veio nos trazer na oração constante a receita da perfeita alegria. O convívio e a sua permanência na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia permitiu que nos tornássemos pessoas mais alegres pelo simples fato de o vermos anunciar e viver o Santo Evangelho. Sempre nos incentivando a amar mais o próximo com tanta generosidade e contentamento, bem como mostrando-nos como devemos estar mais atentos ao amor que Cristo nos ensinou e nos pede para vivermos. Seus ensinamentos foram realmente marcantes, aprendemos que a felicidade não consiste apenas em ter o melhor de tudo, mas de estarmos em comunhão com o próprio Deus e com todos os nossos irmãos. Guardo com enorme sentimento de gratidão o seu carinho e presteza que foram dados à minha família. Guardo suas palavras que até hoje estão vivas na minha mente ao dizer-me que minha eterna e saudosa mãe tornou-se uma “estrelinha” lá no céu. E o que dizer sobre as visitas e o carinho para com o meu pai? Frei Romero, essas suas atitudes com a minha família e com todas as famílias da nossa comunidade nos ensinou que, como samaritanos, devemos crer com demasiada alegria e com renovado amor nas coisas do Pai.

Capela São Judas Domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Rua Iara, 727 - Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Sábado e domingo, às 18h Rua Violeta, 555 - Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Sábado, às 19h; domingo, às 9h Praça da Abadia, s/n - Esplanada Capela Nossa Senhora dos Anjos Domingo, às 10h30 Rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 - Comunidade São Rafael Santa Efigênia

Assim, nós paroquianos gostaríamos que ficasse em nossa comunidade, mas sabemos que a missão franciscana o chama para nova tarefa, ou melhor, para continuidade do seu sacerdócio em outros lugares que anseiam por seus ensinamentos; pois a mesma semente que você trouxe da Palavra, da intimidade com Deus para as nossas vidas, irá agora semear em outras terras.

Capela do Cemitério da Saudade Segunda-feira, às 8h Rua Cametá, 585 - Saudade

NOVENA PERPÉTUA

Agradecemos a você, Frei Romero, que com sua presença fraterna e com toda a sua simpatia cuidou de nossa comunidade com muito zelo e carinho, com palavras de paz e misericórdia. Que Deus lhe retribua com maravilhosas graças. Estaremos todos aqui rezando por você em sua nova missão, e que pela ação do Espírito Santo você possa viver a perfeita alegria!

A Paróquia da Pompeia convida todos os paroquianos a participarem da Novena Perpétua a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia. Data: 7 de novembro Horário: 19h Tragam uma rosa para ofertar a Nossa Senhora!

Paz e bem! Patrícia Machado Leal

IMAGEM DA CAPA

expediente Pároco Frei Vicente Pereira, OFMCap

Todos os santos. Imagem extraída da internet: https://goo. gl/52AVuf

Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Douglas Lima Daniel Frei Jean Gregory, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Madalena Loredo Maurício Nascimento Patrícia Leal Renilson Leite

Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook:www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

3

DESTAQUE DO MÊS

Imagem:https://goo.gl/fF9Rdl

Santidade e f initude

Poucas são as nossas certezas, aliás, pouquíssimas. Duas delas: a de que estamos vivos, e a de que somos finitos e vamos morrer. E a nossa vida possui um destino comum: somos chamados à santidade. Chamados à santidade O dia de Todos os Santos, 1º de novembro, para ser mais solene, será transferido para o primeiro domingo, dia 6. São lembrados não apenas os que já foram canonizados, os que entraram para o calendário litúrgico, mas todos. Afinal, santos são todos aqueles que viveram de modo heroico as virtudes cristãs, seguindo o convite/mandato do Senhor: “Sede perfeitos [santos], como o vosso Pai Celestial é perfeito” (Mt 5, 48). É, pois, uma multidão incontável! Santidade é a única vocação a que todos, em todas as épocas, somos chamados a viver, e sua fonte é o próprio Deus, como nos ensina a Oração Eucarística III: “Na verdade só vós sois santo, ó Deus do Universo [...], porque dais vida e santidade a todas as coisas”. Nossa santidade é participação na única santidade divina, como também nos recorda o Levítico: “Eu sou Javé, o Deus de vocês. E vocês foram santificados e se tornaram santos, porque eu sou santo” (11, 44). A etimologia de santo tem o sentido de “separado ou distinto do comum”. A palavra faz referência a tudo o que é divino, sagrado e numinoso. Santo é alguém que vive intensamente neste mundo, é solidário com todos, e não

se deixa contaminar com o que é pecado e nocivo. Muitos pensam que o santo é alguém que vive alheio ao que acontece ao seu redor. Pelo contrário, é alguém antenado a tudo o que acontece a todos, e se mostra fraterno e solidário. A santidade acontece durante a vida de uma pessoa, não depois de sua morte. E a vida do santo é celebrada no dia de sua morte, no dia de sua partida para a Casa d’Aquele que é a Fonte de toda a Santidade. Nosso fim comum Outra comemoração, no início de novembro, é a de “Todos os fiéis defuntos”, ou seja, Finados, dia 2. Vem de longa data o costume de se rezar pelos mortos, e teve início entre os monges beneditinos, na França, no final do primeiro milênio. A origem bíblica de Finados está no 2º livro de Macabeus, quando Judas, após uma batalha em que morreram diversos soldados seus, muitos deles com amuletos dos inimigos presos na mão fechada, manda oferecer um culto pelos seus combatentes, invocando de Deus o perdão pela possível idolatria, e também cultuando a memória heroica de seus homens. Judas Macabeu, “depois, tendo organizado uma coleta individual, enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado; agiu assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos”

(2 Mc 12, 43-44). No livro de Tobias também temos outro fundamento: o Arcanjo Rafael diz a Tobias: “Quando tu e Sara fazíeis oração, era eu quem apresentava vossas súplicas diante da Glória do Senhor e as lia; eu fazia o mesmo quando enterravas os mortos” (Tb 12,12). Enterrar os mortos, eis aí uma tradição que revela a esperança na ressurreição dos mortos. No Evangelho, Mateus fala de um “mundo vindouro” (Mt 12, 32), que é a Casa do Pai. Outro motivo de celebrarmos Finados está no Credo: “Creio na ressurreição da carne, e na vida eterna”. Há uma grande esperança de que a vida não termine com nossa existência terrena, breve e passageira. A fé, sobretudo aquela centrada nas Escrituras, fortalece os que creem na vida eterna, como diz um canto litúrgico: “A vida, para quem acredita, não é passageira ilusão; e a morte se torna bendita, porque é nossa libertação! Nós cremos na vida eterna, e na feliz ressurreição”. A etimologia de “defunto” designa aquele que cumpriu a sua missão, a sua função (functio), e agora está livre, desimpedido de tudo (de functus). Para com essas pessoas, resta-nos celebrá-las, torná-las sempre vivas em nossa memória. E a Missa, memorial do Senhor Ressuscitado, é o presente maior que aos nossos mortos podemos oferecer. Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas p.ismar@pucminas.br

Cristo Rei

Seu reino se faz no serviço à caridade e à justiça Imagem:http://goo.gl/97DJOx

1925, cuja finalidade era mostrar aos católicos o reconhecimento de que o líder da Igreja é Cristo Rei. Jesus Cristo, diante de Pilatos se declara rei da verdade. Ele conhece toda a verdade, por isso dá por ela a vida. A verdade é o desígnio do Pai de implantar no mundo o reino da misericórdia, e que todo o povo tem o poder e autoridade eternos de nosso Pai celestial, isto é, está unido a Cristo para a transformação do mundo em um mundo que sirva a Deus humildemente.

Na última semana do tempo comum, celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei. A Festa de Cristo Rei é uma das festas mais importantes no calendário litúrgico, pois nela celebramos Cristo que é o Rei do universo. O seu Reino é o Reino da verdade e da vida, da santidade e da graça, da justiça, do amor e da paz. A festa de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI em

Cabe ressaltar que há uma distinção entre o reinado de Cristo na terra e o seu exercício na eternidade. No céu o seu reino é de glória e soberania. Porém, aqui na terra, ele é misterioso, humilde e pouco aparente, pelo fato de Jesus não querer fazer uso ostensivo do poder absoluto que tem sobre todas as coisas: “Foi-me dado o poder no céu e na terra” (Mt 28,18). Desse modo, a liturgia de Cristo Rei nos convida a crermos na grandiosidade do Reino de Jesus. À medida que as pessoas acolhem a salvação de Jesus Cristo em sua vida, estão aceitando-o como Rei. Eis que

Cristo quer antes de mais nada reinar em nossa alma e em nossos corações para sermos servidores de todos os homens, porque servindo é que podemos conhecer e amar a Cristo. Sejamos confiantes no Pai para que busquemos o aprendizado da realização da bela tarefa de servir aos irmãos com amor, caridade e justiça, fazendo com que as características de seu reino sejam também impressas no mundo e na história. A festa de Cristo Rei não só termina o ciclo litúrgico, mas proporciona o início de outro tempo. Tempo do Advento, que é a preparação para o Natal. O nascimento de Jesus nos faz lembrar, sempre, que o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Um acontecimento que precisa ser preparado e celebrado por momentos de forte expectativa na espera do Messias, o Salvador da humanidade. Assim, vivenciamos que o Deus feito homem é o Rei, e que seu reinado nos impulsiona a pensar e a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a espera da alegria, da vigilância, da esperança, da pobreza e da conversão. Patrícia Machado Leal Bióloga


4

O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

Catequese permanente

Superando o pecado Imagem: https://goo.gl/QczQhz

aberto, até porque forte não é aquele que vence sempre, mas aquele que não foge à luta. Na luta contra o pecado, a fé nos dá seu reforço. Jesus expia nossos pecados: na sua fidelidade, ele nos capacita para o amor e para a fidelidade, pois nos apresenta ao Pai na comunhão com ele. Sendo assim, não há motivos para temor ou desespero. Fazemos tudo o que podemos para não pecar, para não ferir a vida – nem a nossa, nem a de ninguém – mas, caso isso venha a acontecer, podemos retomar o caminho da fidelidade, pois Jesus nos estende sua mão, ele nos redime e ajuda a superar o pecado.

A Primeira Carta de João diz: “Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis” (1Jo 2,1a). Essa máxima do escritor sagrado revela-se prenhe de sabedoria. O desejo de todo aquele que instrui alguém na fé é que os seus discípulos não pequem. Mas não nos iludamos: vez ou outra o pecado acontece. Algum desejo mal orientado ganha força e acabamos, como disse Paulo, fazendo o mal que não queremos (Rm 7,14). Aí fica evidente nossa fraqueza e nossa necessidade da redenção. Deus, no seu amor, nos estende a mão e nos acolhe, retirando-nos do lamaçal no qual o pecado nos faz mergulhar. E vamos ser sinceros: atolar-nos no pecado não é coisa tão difícil. Sair dessa lama já é coisa bem mais complicada. De novo João aponta o caminho: “No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um defensor, Jesus Cristo, o justo. Ele é a oferenda de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 2,1b-2). Alegra-nos saber que, apesar de nas reviravoltas da vida acabarmos pecando, não estamos sem amparo. Jesus, o justo, aquele que foi fiel todo o tempo, nos justifica e nos reconduz ao caminho. Então, o negócio é enfrentar as fraquezas de peito

Por que e como Jesus nos ajuda a superar o pecado? Porque ele é fiel e justo e sua justiça nos justifica. Ao dar sua vida na cruz, Jesus nos redimiu. Sua morte na cruz é redentora; seu sangue derramado é salvífico. Mas entendamos bem: não é o sangue escorrido de mãos e lado de Jesus, no sentido literal. O sangue na bíblia significa a vida. Dizer que o sangue de Jesus nos redime é afirmar que sua vida – toda ela redentora – não foi poupada, guardada para si, mas entregue na mais plena fidelidade ao Pai e por amor a nós. Essa entrega da vida irradia salvação; atinge nosso coração em cheio; rasga nosso peito e infunde em nós desejo de fidelidade. Aí, tomados pela mão, vamos com Jesus rumo à fidelidade do Calvário, pois também nós podemos e devemos ser fiéis como ele. Pensando nesta salvação que Jesus nos oferece é que defendemos a tese de que catequese não é curso para primeira comunhão, crisma ou qualquer outro sacramento. Catequese é oportunidade para nos abrirmos a essa salvação, para experimentarmos esse amor redentor que Cristo nos disponibiliza. Como a catequese lida com esse mistério insondável do amor do Pai revelado em seu Filho encarnado, não poderíamos

Santo André

O primeiro a ser chamado: de pescador de peixes a pescador de homens Neste mês de outubro trago para vocês um pouquinho da vida do meu xará, o apóstolo que nasceu em Betsaida, cidade da Galileia, e que viveu uma bela história ao lado de Jesus: o mártir e santo André. É celebrado em 30 de novembro, dia em que testemunhou Jesus com seu próprio sangue e foi martirizado em uma cruz em formato de X, em Patras, na Grécia, no ano 60 da Era Cristã.

também espera que façamos um encontro pessoal e profundo com Cristo e espalhemos essa verdade e essa certeza a todos nossos irmãos e irmãs. Mas a riqueza da vivência de André com o Mestre é muito maior. Em outros relevantes momentos da vida de Jesus também encontramos André, juntamente com outros apóstolos, como por exemplo: no Monte das Oliveiras, em frente ao Templo, com Pedro, Tiago e João, como narrado em Mc 13,3; na multiplicação dos pães e peixes, desta vez com Filipe (Jo 6, 8); na entrada de Jesus em Jerusalém (Jo 12,22), quando alguns gregos pediram a Filipe para verem Jesus. Foi André quem foi falar com Jesus, mostrando sua proximidade com aquele que passou a sua vida ensinando-lhe a pescar homens. Foi assim que, de um simples pescador de peixes, André passou a pescar homens para testemunharem a missão salvífica de Jesus. Nos evangelhos, André está sempre entre os quatro primeiros apóstolos, juntamente com Pedro, Tiago e João.

A etimologia ensina que o nome André deriva do grego e ancora-se em andrós que significa homem. O apóstolo André é metaforicamente chamado de “ponte do Salvador”, pois sendo ele e Pedro filhos de Jonas/João (Mt 16, 17; Jo 1, 42), foi o responsável pela apresentação de Jesus a seu irmão. André foi o primeiro apóstolo, o primeiro homem a se sentir chamado por Jesus para integrar o grupo de apóstolos, depois de conhecê-lo por intermédio de João Batista. O primo de Jesus, após dar testemunho da chegada do Filho de Deus (Jo 1, 29-34), apontando para Jesus que passava perto deles, mostrou ao pescador André e ao outro que estava com ele – João evangelista, exclamando: “Eis o cordeiro de Deus” (Jo 1, 35-37). Imediatamente, André Santo André. Escultura em e João começaram a seguir Jesus mármore, de François Duquesnoy. que, ao perceber, perguntou-lhes: “o Transepto da Basílica de São Pedro, Vaticano - Itália (1629-1633). que é que vocês estão procurando?”. Essa pergunta feita por Jesus ao seu primeiro seguidor deve suscitar em nós a mesma questão que diz respeito ao sentido da vida, da nossa vida de cristãos: “e nós, o que estamos procurando?” Podemos afirmar que Jesus também faz essa pergunta a cada um de nós. Assim como André, também nós buscamos, mais do que isso, ansiamos conhecer o Messias. Mas, o mais importante é que Jesus espera de nós a mesma atitude que teve André: apresentá-lo aos irmãos. Assim como André disse a Pedro: “Nós encontramos o Messias” (Jo 1,41), Jesus

Como os outros apóstolos, André viveu com Jesus, caminhou com Ele, ouviu todos os seus sermões, presenciou todos os milagres realizados por Ele, esteve com Jesus na Última Ceia, testemunhou o Cristo ressuscitado e sua ascensão ao céu, e também, junto com tantos outros discípulos de Jesus, recebeu o primeiro Pentecostes. Que essas poucas palavras sobre a vida de André sejam para nós motivo de coragem e alegria, com tamanha intensidade, que nos impulsionem a conhecer cada dia mais Jesus, para que, com muita fé e amor, possamos anunciá-lo. Peçamos, pois: Santo André, rogai por nós. Amém! Andréa Matos R. M. Castro Advogada e doutora em Ciências Sociais

imaginar que ela é aula. O sistema escolar não dá conta do mistério; dá conta mais ou menos das ciências exatas, e olhe lá, pois também quanto a isso há controvérsias. A catequese é ocasião para uma experiência existencial: quem experimenta o amor do Pai em Jesus, morto e ressuscitado, nunca mais será o mesmo. O encontro com Jesus muda a vida, e muda por dentro. É nessa comunhão de vida que está a força para superar o pecado, não no moralismo ou num monte de regras punitivas advindas da teologia do medo. A experiência do amor transforma a vida; faz a fraqueza virar força, como disse o apóstolo Paulo: “é quando sou fraco que sou forte...” (2Cor 12,10). Desejamos que os catequistas estejam prenhes desse amor e totalmente mergulhados nesse mistério que nos transcende e do qual participamos. Assim, ajudarão seus catequizandos a dar passos importantes nesse sentido. Saberão entender suas quedas, suas fraquezas, seus pecados... mas não compactuarão com o pecado. Se o catequizando fizer de fato a experiência cristã de Deus, o pecado em sua vida será nada mais que mero descuido, um deslize. Imediatamente a força do Ressuscitado o levantará, e ele recomeçará ainda com mais vigor seu caminho, pois sua “opção fundamental” pela vida não terá sido desviada. Como bom discípulo de Cristo, retomará o caminho, como diz a poesia: “Se uma vez tu caíres sob o peso desse fardo que arrastas pela vida, ergue-te de novo e tão logo, ileso, recomeça a jornada interrompida. Se outra vez reincidires na caída e da fadiga te vires preso, ante a angústia enorme da subida, levanta-te de ânimo mais aceso”. É assim que o pecado é superado; não com nossa força própria, mas com a força do Ressuscitado que nos ergue, sempre! Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética

Creche Grazia Barreca Castagña Nossa semana das crianças foi super animada, com direito a bolo com sorvete, cachorro quente e um maravilhoso passeio das crianças do 2º período na fábrica de laticínios Itambé. Agradecemos também a todos os que contribuíram e marcaram presença no nosso jantar dançante. Foi um sucesso.


O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

Consciência humana num país de muitas cores Imagem: http://goo.gl/KXBaqQ

Hoje, passados 128 anos da lei que deu início à abolição da escravidão no Brasil, a população negra ainda tem pouca representatividade em muitos setores da sociedade. É constante a disparidade entre negros e brancos em toda a vida social brasileira. Depois do dia 13 de maio de 1888, as políticas públicas para diminuir essa distância ainda são um desafio. Com mais de 200 milhões de habitantes, nosso Brasil foi formado por indígenas, imigrantes e africanos escravizados. Temos a maior população negra fora do continente africano, 54% de nós, pelo menos. E se a maioria da população é vítima de uma desigualdade que a atrasou em 354 anos de prisão e não recebe educação digna e oportunidade para recuperar esse atraso, nosso país nunca alcançará grandes feitos. O ser humano depende do saber, fundamentalmente, para evoluir em si mesmo e fazer evolução.

Consciência: “sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior.” Ou, ainda: “sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais”. Nesse sentido, cada um de nós deve construir caminhos diversos, para todos sermos tratados com dignidade, evitando qualquer segregação, qualquer pensamento que nos separe, de alguma forma. Afinal, se pensarmos sabiamente, a alma não tem fronteiras, o valor do ser humano não pode ser determinado por suas características individuais. Em homenagem ao líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares - em razão da sua morte, em 20 de novembro de 1695 -, esta data é para quem se pergunta: “para que serve o dia da consciência negra?”. Com essa reflexão, podemos pensar não somente as questões raciais, mas também as humanas de modo geral. Somos hierarquizados como “melhores e piores” não apenas pela cor, mas por nossas escolhas e orientações, que formam nossa essência, desde a nossa concepção.

O dia da consciência negra é importante para refletirmos sobre a inserção do negro e da cultura afro na sociedade brasileira, diante de um longo período de preconceito sofrido pelas gerações que sucederam a época de opressão. A própria história não colaborou muito para a condição de igualdade entre negros e brancos, porque sempre valorizou a figura do europeu como herói. Hoje, inclusive, é obrigatória nas escolas brasileiras, a inclusão de disciplinas que visam a estudar a história da África e a cultura afro-brasileira. O ser humano deve controlar o seu destino e ser solidário. É imprescindível respeitar o outro. Sem solidariedade, perdemos aquilo que nos dá a condição de humanos, e nos convertemos em animais. Como dizia Mandela: “Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.” Porque as falsas diferenças que nos separam não estão em nossa genética, não fazem parte de nós, estão na consciência de cada um. Há em todo ser humano o desejo do direito e da liberdade de ser o que é. Renilson Leite Jornalista

5

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA PARA ELEIÇÃO DA DIRETORIA E CONSELHO FISCAL E CONSELHO DELIBERATIVO DA CRECHE GRAZIA BARRECA CASTAGÑA A Creche Grazia Barreca Castagña, com sede nesta cidade, na Rua Coronel Otavio Diniz, n° 14, Vila São Rafael, no bairro Pompeia, por meio de seu representante legal, Jario Roberty Perdigão, atendendo o previsto no Art.12 do Estatuto, convoca os associados, fundadores, contribuintes, colaboradores, pais de alunos e um representante dos funcionários para a Assembleia Geral Ordinária, que será realizada na sede, no dia 30 de dezembro de 2016, com a seguinte ordem do dia: 1. Eleição e Posse Diretoria, Conselho Fiscal e Deliberativo A inscrição das chapas candidatas deverá ocorrer na Creche Grazia Barreca Castagña, até quinze dias antes da eleição no horário de 9 horas às 16 horas. Poderão votar e ser votados os relacionados acima, com exceção do representante dos funcionários, que terá direito a apenas um voto. A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convocação às 15 horas, com a presença da maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, meia hora depois, não exigindo a lei de quorum especial (art.15 parágrafo único do Estatuto). A posse dos eleitos será logo após o término da votação e apuração dos votos. Belo Horizonte, 19 de outubro de 2016. Jario Roberty Perdigão Presidente

Colégio São Francisco de Assis

Carta aos pais e a toda a comunidade educativa Prezados pais e comunidade educativa, Com alegria festejamos no dia 4 de outubro o homem santo que dá nome a nossa escola: São Francisco de Assis. Celebrar Francisco de Assis é celebrar o homem que viveu um extremo amor a Deus, o que tem como consequência radical o amor a todas as criaturas. É desse amor que decorre todo o esforço de sua vida para atingir um grande grau de perfeição humana e religiosa.

Queremos também expressar o misto de alegria e de dever cumprido que toma os nossos corações quando vemos nossos alunos conquistando realizações significativas para as suas vidas pessoais e para nós, educadores, no ofício de educar. No mês de setembro, tivemos a grata alegria de ter dois alunos figurados entre os melhores no estudo da Física. Luiz Miguel de Jesus Santiago conquistou medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e Tais Reis Alves conquistou medalha de bronze na mesma competição. Parabenizamos os alunos, os professores e suas famílias e nos sentimos bem representados e orgulhosos por esse resultado. Com igual satisfação recebemos a grata notificação, por parte do Minas Tênis Clube, de que a nossa aluna

Nos dias 22, 23 e 24 de setembro, 35 alunos do Ensino Médio fizeram a Missão de Solidariedade na Comunidade da Paca, em Governador Valadares. Eles deram vasta lição de cidadania, liderança, compromisso humano e competência. A cada um dos missionários, nossos sentimentos de admiração pelo que fizeram e a alegria pela transformação que estão promovendo naquela comunidade onde já nos sentimos irmanados em um único sentimento: fazer o bem. Já recebemos também os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015. Como é de se esperar, esse resultado nos faz ter duas reações. Uma primeira é ver a nossa colocação no âmbito geral da divulgação e ver que nossos alunos, comparados com as demais escolas do mesmo porte que a nossa, são competitivos. Aplicando os filtros disponíveis na planilha de resultados, para obtermos as escolas que têm as mesmas características que o Colégio São Francisco de Assis, ocupamos o 10º lugar. Este resultado nos dá satisfação e, ao mesmo tempo, nos coloca um desafio de saber que os nossos alunos são capazes de conquistar lugares ainda melhores. Para tanto, precisamos, como tem sido nossos esforços, aprimorar cada vez mais os processos de aprendizagem. Com o apoio de cada aluno e das famílias, precisamos,

juntos, trabalhar na educação integral, sem perder o foco na dimensão humana. Aqui queremos expressar nossa gratidão pelos alunos que concluíram o ciclo de formação básico conosco no ano de 2015. Por fim, agradecemos pelo esforço, dedicação e apoio de todos por fazermos, juntos, uma educação de qualidade. Muitos outros frutos preciosos temos produzido em nossa caminhada educativa, na música, no esporte, na dimensão acadêmica, na solidariedade, no intercâmbio com o Canadá. Em tudo sentimos o amor e a graça de Deus, que nos acompanha. A todos vocês paz e bem! Isabel Rodrigues de Castro, diretora pedagógica, e Ari Eustáquio da Silva, diretor geral do Colégio São Francisco de Assis Imagem: Divulgação CSFA

Assim, na celebração de São Francisco, nosso colégio viveu, com grande afeto, momentos marcantes de fé e compromisso inspirados no nosso padroeiro. Deixamos o nosso especial agradecimento ao Frei André que muito contribuiu para que esse momento traduzisse os passos que damos no dia a dia escolar, no esforço de nos superarmos e melhorarmos sempre mais, tendo como modelo Francisco de Assis.

Giovana Teixeira dos Santos foi aprovada nos exames de seleção de atletas, e a partir de então é atleta de competição daquele respeitado clube. É a primeira atleta de uma unidade conveniada a integrar uma equipe de competição do Minas. Também muito nos orgulhamos dessa conquista individual. Que você, Giovana, represente nossa escola e tenha sucesso no horizonte esportivo.


6

O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

Pastoral do Dízimo

Cozinha Fácil

Bolo de banana e aveia

Acreditamos que o sistema do dízimo necessita ser sempre revitalizado, pois não basta implantar, é necessário aprofundar, e uma das formas é atualizar o conhecimento sobre o dízimo, é convidar a comunidade para refletir sobre ele. Por isso, o mês de novembro é o da partilha, ao mesmo tempo, em todas as paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Imagem: https://goo.gl/JgZ3KR

Partilhar não é dar o que sobra, mas aquilo de que o outro precisa.

Sabemos que a comunidade cristã precisa dar um jeito de se manter. Sem recursos, como a Igreja vai viver e cumprir sua tarefa de evangelizar? Temos paroquianos que nunca contribuíram com o dízimo, ou deixaram de contribuir; por isso, no mês da partilha buscamos fortalecer esse vínculo em nossa paróquia. Quando o dízimo nasceu, no Antigo Testamento, correspondia à décima parte, ou seja, a 10%. Jesus, entretanto, tirou o dízimo da dimensão matemática e o colocou na dimensão do amor, ou seja, na dimensão da justiça e da misericórdia. A partir daí, a consciência e o coração de cada um é que definem o valor da sua contribuição dizimal. O dízimo é uma experiência individual que o católico faz com Deus. O dizimista deve sentir-se livre perante Deus ao fixar o percentual de sua contribuição. Não deve se preocupar com o que sai do seu bolso (se muito ou pouco dinheiro), mas com o que sai do seu coração (se pouco ou muito amor) a Deus e à comunidade. Pastoral do Dízimo

Caça-palavras Novembro azul: a saúde do homem está em foco Imagem: https://goo.gl/lZbeV6

Novembro azul é classicamente dedicado a um movimento mundial contra o DIABETES mellitus, em homenagem ao descobridor da insulina, Dr. Banting, nascido no dia 14 daquele mês. No Brasil, NOVEMBRO AZUL é uma campanha da Sociedade Brasileira de UROLOGIA e o Instituto Lado a Lado pela VIDA, dirigida a toda a sociedade, em especial aos HOMENS, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na PREVENÇÃO e diagnóstico precoce do CÂNCER DE PRÓSTATA. Apesar de não ter o respaldo do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional do Câncer e da Sociedade Brasileira de Medicina, a CAMPANHA recebe o APOIO de várias entidades não governamentais e busca incentivar o CULTIVO da saúde do homem, levando-o a vencer o MEDO, a vergonha e a falta de tempo, e a cuidar melhor de si. O objetivo é quebrar o PRECONCEITO masculino de ir ao MÉDICO. Os SINTOMAS do câncer de próstata só aparecem nos casos avançados; a doença não tem prevenção, mas o DIAGNÓSTICO precoce é essencial para o tratamento curativo. O homem também precisa e merece cuidar bem de sua SAÚDE!

Ingredientes 250 g de aveia fina (1 caixinha) 1 colher (sopa) fermento 4 ovos 1/2 xícara de óleo 4 bananas 1 1/2 xícaras de açúcar mascavo 1 colher(chá) de canela 1/2 xícara de castanha de caju ou do pará picada 1/2 xícara de uvas passas

Modo de preparo Bata no liquidificador os ovos, o óleo, as bananas e o açúcar. Despeje a mistura na aveia fina com o fermento, a canela, castanhas e passas. Leve para assar em forma untada, em forno médio, préaquecido, por cerca de 40 minutos ou até dourar.

Dica de Leitura

A obra faz uma abordagem original da relação entre ciência e religião, ligando os principais ensinamentos de Jesus às descobertas recentes da psicologia. Com base em sua experiência como terapeuta e no seu profundo conhecimento da Bíblia, Mark Baker demonstra por que a mensagem de Cristo é perfeitamente compatível com os princípios da psicologia: ela contém a chave da saúde emocional, do bemestar e do crescimento pessoal. Organizado em dezenas de lições concisas, este livro é uma coleção de valiosos exemplos práticos sobre como essa sabedoria comprovada pelo tempo pode nos ajudar a resolver os problemas do cotidiano, a repensar atitudes e a praticar o perdão, a solidariedade e a lealdade, valorizando nossas vidas e nossos relacionamentos com mais amizade e amor.


JORNAL

O Rosário

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

7

ágina Franciscana Imagem: http://goo.gl/nrwYdS

Espiritualidade francisclariana posses e negociar, segundo o estilo de Deus, as coisas deste mundo com as do Evangelho. Experiência e visão de Jesus Cristo por Francisco de Assis: • A abordagem que Francisco faz de Jesus é existencial e preponderantemente prática. • Quase desde o começo de sua busca de Deus como valor supremo e único de sua vida, o Santo de Assis encontra Jesus no rosto do leproso, no crucifixo de São Damião, nas igrejas que ele visita cotidianamente e concentra sua existência no Evangelho (RnB 1, 1-6; RB 1, 2; 12,4). • O Santo de Assis expressa sua relação com Jesus Cristo, razão de seu viver, com uma notável riqueza de termos, de origem bíblica e litúrgica, que são normais e correntes na tradição e na vida da Igreja de seu tempo. • A referência de Francisco a Jesus Cristo, como se vê, abraça toda a sua realidade divina e humana, histórica e escatológica. • Jesus Cristo, portanto, é revivido em todos os seus mistérios, como escreve admiravelmente Tomás de Celano (2Cel 207). Quando falamos em espiritualidade, estamos falando de que exatamente? Pois todos falam de espiritualidade, e ela é um tema recorrente em nossa cultura, não só no âmbito das religiões, que é o seu lugar natural, mas também no das buscas humanas, tanto dos jovens quanto dos intelectuais, de famosos cientistas e, para surpresa nossa, de grandes empresários. Agora cabe colocar diretamente a pergunta: afinal, o que é espiritualidade? Uma vez fizeram essa pergunta ao Dalai-Lama, e ele deu uma resposta extremamente simples: “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior”. Não entendendo direito, alguém perguntou novamente: “Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso é espiritualidade?” O Dalai-Lama respondeu: “Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade”. E acrescentou: “Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor”. Então, parece-me que o principal a ser retido desse pequeno diálogo com o Dalai-Lama é que espiritualidade é aquilo que produz dentro de nós uma mudança. O ser humano é um ser de mudanças, pois nunca está pronto, está sempre se fazendo, física, psíquica, social e culturalmente. Mas há mudanças e mudanças. Assim, considero que espiritualidade esteja relacionada com aquelas qualidades do espírito humano, tais como amor e compaixão, paciência e tolerância, capacidade de perdoar, contentamento e gratidão, noção de responsabilidade, noção de harmonia, que trazem felicidade tanto para a própria pessoa quanto para os outros.

Certo dia, ao orar assim na solidão, apareceu-lhe Cristo Jesus crucificado e lhe disse: “Quem quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24). Esse versículo do Evangelho causou-lhe tão grande impressão, que lhe queimava dentro da alma como um fogo devorador e como um desejo imenso de sofrer com ele. Pois diante do Crucificado sua alma se derretia, e a lembrança da paixão de Cristo se gravou no mais íntimo de seu coração, de tal modo que via quase ininterruptamente dentro de si com os olhos da alma as chagas do Senhor crucificado e externamente a muito custo conseguia conter as lágrimas e os suspiros. Abandonara por amor de Cristo Jesus, como bens desprezíveis, sua casa e toda a fortuna que esta lhe reservara, mas sabia perfeitamente que descobrira um tesouro escondido e brilhante pérola preciosa. Ávido de possuí-los, resolveu desapegar-se de todas as suas

• Para Francisco, Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Senhor, Filho de Deus altíssimo, ao mesmo tempo pobre, humilde, servo, crucificado, agora vivo na glória, mas presente entre as pessoas cada dia de forma humilde na Palavra e no pedaço de pão eucarístico até o fim dos tempos. Jesus Cristo segundo o testemunho de Clara de Assis: • Jesus Cristo representa o absoluto de sua vida, aquele a quem, como serva, ela presta um serviço incondicional. • É significativa a linguagem a que ela recorre para manifestar sua relação com ele: é o Senhor, o Filho de Deus, o sumo Rei, o Esposo celestial, mas também verdadeiro homem por meio da virgem Maria, o “espelho” sublime das virtudes no qual a alma amante deve refletir-se para, por sua vez, refleti-lo aos outros. • Em Jesus Cristo “espelho”, Clara contempla e convida a contemplar com amor especialmente a pobreza das origens, a humildade da vida, a caridade da paixão. • Jesus Cristo contemplado em todos esses acontecimentos salvíficos e como realidade transformadora é, portanto, a verdadeira e autêntica forma humana de existir, experimentada pelo sumo Rei e Filho do Altíssimo Deus e por ele oferecida

• A cristologia de Clara, como a de Francisco, está embebida de estupor e de admiração suscitados pelos acontecimentos da revelação extraordinária do Filho de Deus em sua vida humana, terrena, e de necessidade e do desejo de “admirar”, de “contemplar”, para reviver na própria vida a complacência humilde e, ao mesmo tempo, inefável do Altíssimo que no Filho se entregou e se entrega todo inteiro em pobreza, humildade e proximidade amorosa, para colocar-se ao nível do ser humano, para estar ao seu lado e levá-lo para cima, para elevá-lo ao alto, à eternidade, que é seu verdadeiro tesouro e sua verdadeira pátria. Reflexão pessoal Quando você teve um encontro pessoal com o Senhor Jesus? Como foi o processo de sua conversão? Assim como Francisco e Clara, como é sua relação com Jesus? Que nomes você atribuiria a Jesus na sua experiência amorosa com Ele? Quando a Palavra de Deus começou a arder em seu coração? Em que área de sua vida está faltando uma verdadeira conversão? Você já abriu mão de tudo para receber Jesus como Senhor e Salvador? Rezemos esta oração ao Espírito Santo para que possamos beber dessa espiritualidade francisclariana, como agentes de transformação e servidores do Reino de Deus. Vem, Espírito Santo de Deus. Enche os nossos corações com a tua graça. És o sopro de Deus que dá vida ao que está morto, que dá vida ao nosso ser, e que nos tira do túmulo da preguiça e do comodismo. És fogo que queima o que está errado em nós. Que aquece nosso coração para amar. Que ilumina nossa mente para entender. Faze-nos conhecer Jesus Cristo que veio revelar o amor do Pai. Faze-nos conhecer o Pai e sua bondade infinita. Fazenos tuas testemunhas, instrumentos nas tuas mãos. Para que nossos corações se transformem, e assim a terra se renove. Para que reine a justiça e a paz, a solidariedade e o amor. Para que o reino de Deus se estenda cada dia mais. Amém! Paz e Bem!

Frei Romero, OFMCap Imagem: https://4.bp.blogspot.com

Depois dessa breve apresentação do que vem a ser espiritualidade, vamos agora entrar mais especificamente na espiritualidade francisclariana que é o nosso foco. Segundo Boaventura, na Legenda Menor, Francisco teve uma profunda mudança de vida ao encontrar com o Jesus Cristo do Evangelho. Assim escreve.

• Na vivência e na reflexão do Santo, Jesus Cristo é fundamentalmente o mediador entre Deus e o ser humano.

à alma que ama como projeto de vida que, se é abraçado, se converte para ela em fundamento de uma profunda experiência de salvação no presente e de participação gloriosa antecipada no mundo inaugurado por Jesus ressuscitado e por ele, esposo escatológico, em plenitude como herança futura.


8

O Rosário

JORNAL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

Parafusos - Ferragens - Utilidades

3567-2243

Av. 28 de Setembro.551 A - Esplanada

ANUNCIE AQUI ,

Ligue: (31) 3467-4848


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.