Janeiro de 2017

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O Rosário Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Edição de janeiro de 2017

TIRAGEM: 2.000 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Os primeiros adoradores do deus encarnado nos fazem um apelo: adoremos Jesus! - Página 3 Imagem: https://goo.gl/tecSYL

Palavra do Pároco Já estamos em 2017 e isso é motivo de agradecimento por estarmos vivos e experimentando a presença e o amor de Deus em tudo o que nos acontece. A vida é dom de Deus, e o início de ano nos leva a retomar nossos sonhos, nossas utopias e que nos esforcemos para realizá-las. Que nesse novo ano sejamos melhores e nos empenhemos para ser sinais da presença de Deus na sociedade, no meio em que vivemos. Celebramos no dia 9 o batismo de Jesus, e por isso refletimos sobre como ele nos insere na vida da Igreja de Cristo. As pessoas sempre querem batizar seus filhos, mas nem sempre entendem o que é o batismo e o que isso implica nas suas vidas. Tudo que nos ajude a conhecer melhor o batismo será sempre oportunidade para o nosso crescimento e vivência dos valores evangélicos. Nesse sentido, a partir de fevereiro trilharemos um novo caminho na preparação dos pais e padrinhos e na celebração do batismo, isso para que sempre voltemos à origem, ou seja, retomemos a nossa caminhada de fé. O batismo não é somente um ato social. Nas nossas celebrações litúrgicas deste novo ano, temos no dia 8 a epifania de Jesus, popularmente conhecida como festas dos reis. Essa comemoração é muito presente no meio de nosso povo e nela Jesus é reconhecido como Deus no nosso meio, Deus presente entre nós. Dando mais um passo, refletimos sobre a intolerância religiosa. Como é possível isso? Ao ler o artigo vamos perceber o muito que ainda precisamos aprender para aceitar e respeitar o diferente, seja na religião ou em qualquer outro campo. Abramos o nosso espírito para aprender a ser mais humanos, e com isso mais perto daquilo que Jesus nos apresenta como caminho de vida. Lembramos neste mês a conversão de São Paulo Apóstolo. Sua história ilustra a vida de nossa Igreja e aponta os caminhos de Deus na história humana. São Paulo é acima de tudo um grande evangelizador. Lembramos também o martírio de São Sebastião. Conhecendo a vida desse santo, podemos refletir um pouco sobre a nossa história e lembramos que somos chamados à santidade, o que é um grande desafio para cada um de nós. Neste mês de janeiro, ao celebrarmos ainda o dia mundial da paz, somos interpelados a começar em nossa casa, no meio em que vivemos a construir um mundo melhor. Só assim seremos capazes de nos confraternizar verdadeiramente, numa confraternização universal. Acabar com as barreiras, com os preconceitos, com a miséria, com a intolerância, com a impunidade, é o grande desafio do nosso tempo e é o caminho para construir uma sociedade mais justa. Esta é a nossa primeira edição de O Rosário deste novo ano. Nosso objetivo é semear a paz, a esperança e o amor de Deus. Que Maria Mãe de Deus e nossa interceda por todos nós nesta missão. Feliz ano novo! Frei Vicente da Silva Pereira, OFMCap

A (in)tolerância religiosa [página 5]

A pedagogia no batismo de Jesus [página 5]

Confraternização Universal / Dia Mundial da Paz [página 7]


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Batismo Foto: Pastoral do Batismo

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Luis Fernando Andrade de Matos e Daniela Cristina Vieira Gomes; Jeremias Cesar Batista e Danielle Christina de S. Santiago Batista; Guilherme Andrade Del Cantoni e Rubia Saunders Rodrigues; Ricardo Luiz Amorim Gontijo Foureaux e Karine Kellen Lopes de Almeida Foureax; Marco Túlio Xavier de Carvalho e Carina Aparecida de Azevedo; Caio Augusto Ribeiro e Vanessa Conceição de Sousa; Wanderson Loran Lopes de Aguiar e Ingrid Ramos dos Santos; Rafael Ribeiro O. e Silva e Ariana Rawk da Silva Santos; Glaysson Vieira dos Santos e Vanice America da Silva Ferreira; Jeremias Cesar Batista e Danielle C.de Souza Santiago Batista; Rafael Cunha Oliveira e Tamara Patrícia Guilherme Santos assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus seus filhos Alice Vieira Andrade, Beatriz Santiago Batista, Clara Rodrigues Del Cantoni, Felipe Almeida Gontijo Foureaux, João Azevedo Xavier de Carvalho, Lavínia de Fátima Pereira Sousa Ribeiro, Lucas Ramos Aguiar, Luiza Santos Ribeiro Silva, Miguel Vieira Silva, Maximiliano Santiago Batista, Vitor Guilherme Santos Cunha, que passaram pelo Batismo no dia 18 de dezembro de 2016. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei João Junior.

NOVO TEMPO A Pastoral da Misericórdia agradece a todos os que contribuíram durante o ano de 2016 para tornar possível a entrega das cestas básicas mensais às famílias assistidas, e, especialmente, no mês de dezembro, aos setores da paróquia que participaram da Novena de Natal, a todas as comunidades da Pompeia e à Paróquia Sagrada Família.

Seja mais que vingança

Que Deus abençoe a cada um e que 2017 seja um ano ainda mais solidário e cheio de graças.

Estamos em cena, estamos nas ruas,

Seja sempre um caminho Que se deixa de herança No novo tempo, apesar dos castigos Quebrando as algemas, pra nos socorrer, Pra nos socorrer, pra nos socorrer

No novo tempo, apesar dos castigos Estamos crescidos, estamos atentos,

No novo tempo, apesar dos perigos

Estamos mais vivos, pra nos socorrer,

A gente se encontra cantando na praça,

Pra nos socorrer, pra nos socorrer

Fazendo pirraça, pra sobreviver Pra sobreviver, pra sobreviver

No novo tempo, apesar dos perigos Da força mais bruta, da noite que assusta, Estamos marcados, pra sobreviver,

Pra que nossa esperança Seja mais que vingança

Pra sobreviver, pra sobreviver

Seja sempre um caminho Que se deixa de herança

Pra que nossa esperança

Ivan Lins, 1980

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: sábado, às 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada

EXPEDIENTE Pároco Frei Vicente Pereira, OFMCap Pastoral da Comunicação Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Frei Jean Gregory, OFMCap Madalena Loredo Patrícia Leal Renilson Leite

Jornalista responsável: Débora Drumond Arte e diagramação: Bárbara Andrade Impressão: Gráfica Fumarc Endereço Rua Iara, 171 - Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook:www.facebook.com/paroquiapompeiabh Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.


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DESTAQUE DO MÊS

Os primeiros adoradores do deus encarnado nos fazem um apelo: adoremos Jesus! Imagem: https://goo.gl/CkQrYP

salvífica do filho de Deus); e, no seu batismo, quando se manifesta a seu primo João Batista.

Apesar de o texto do evangelho não enumerar e nomear os reis magos, a tradição nos ensina que são eles: Gaspar (aquele que vai ver), Baltazar (Deus manifesta o Rei) e Belchior (meu Rei é Luz), são considerados três reis por serem três ofertas diferentes: ouro, incenso e mirra. Independentemente de quantos reis eram e quais eram seus nomes, o certo é que, quando viram para onde a estrela apontava, foram tomados de muito júbilo e, após prostrarem-se diante d’Ele, adoraram-No. Com alegria ofereceram ao menino ouro, incenso e mirra. O ouro era sempre dado para um Rei, o incenso, a oferta do povo a Deus e a mirra ligada à humanidade, utilizada nos procedimentos funerais da época, por se tratar de uma resina de aroma agradável. Assim, Andrea Mantegna (1431-1506). J. Paul Getty Museum, Los Angeles. os presentes recebidos pelo menino da manjedoura nos dizem da realeza, da divindade e da No segundo domingo depois da celebração do humanidade de Jesus. Eles estão sempre representados nascimento de Jesus, no tempo do Natal (em 2017, dia 8 em nossos presépios retratando o local do nascimento de de janeiro), a Igreja celebra a manifestação de Jesus, que Jesus em um estábulo. nos aparece como prova do amor maior de Deus, que Muitas são as possibilidades de reflexão trazidas nas enviou seu filho para viver na terra. Jesus nasce no meio leituras do dia da Epifania do Senhor, principalmente na de nós. O termo “nós” deve ser entendido em sentido de passagem descrita em Mt 2, 1-12, que tem como núcleo universalidade, ou seja, Jesus veio e se manifestou para a visita de reis vindos do Oriente, seguindo uma estrela todas as etnias, para todas as regiões do mundo e para com a finalidade de encontrar o Rei que acabara de nascer. todas as épocas. Afinal, todos, indistintamente, somos Poderíamos abordar várias perspectivas do texto: o fato de chamados a encontrar Jesus Cristo. Devemos seguir a Jesus ter nascido em Belém da Judeia; a perturbação não estrela que nos desperte o interesse de conhecer e adorar só de Herodes ao saber da notícia do nascimento de um o Rei. novo rei, mas de toda a Jerusalém (o que nos parece uma São três as manifestações de Jesus celebradas pela igreja: no Natal, quando sua manifestação se dá aos seus pais, pelo nascimento; no dia de Reis, cuja festa realizada no dia 6 de janeiro é popularmente conhecida como Festa dos Reis Magos, ocasião em que Jesus se manifesta a pessoas que vêm de longe (aqui podemos estender o termo longe, considerando-o não só do ponto de vista geográfico, mas também para falar dos que estão distantes da missão

contradição, já que os primeiros gentios não se abalaram e, ao contrário, vieram do Oriente para conhecê-lo); a consulta feita por Herodes aos sacerdotes e escribas, e suas respectivas respostas; o cumprimento da profecia de Miqueias; o aparecimento da estrela; a missão dada aos reis por Herodes e sua promessa de também ir adorá-lo; enfim, muitas questões políticas e de poder, de crença e de fé podem ser extraídas desse evangelho. Aqui, no entanto,

optamos por refletir somente o versículo 11, que diz: “Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.” Tem-se aqui muitos pontos importantes, que merecem ser refletidos à luz de nossa fé. A meu ver, o mais marcante na cena descrita nesse versículo são as duas ações dos reis: ajoelharam-se e adoraram Jesus. Ao se prostrarem aos pés do menino Jesus, os reis do Oriente o consideraram de fato um Rei e, ao adorarem aquele bebê recém-nascido, demonstraram a crença de estarem em frente a Deus. Estavam, portanto, diante de um rei divino, que se manifestava demasiadamente humilde. Os reis magos (homens considerados sábios) estavam ali para cumprir profecias, sobretudo para mostrar que o Salvador veio para todos, como disse o anjo aos pastores: “Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor”. (Lc 2, 10-11). O nascimento do Rei na cidade de Davi causou perturbação e espanto a Herodes e a Jerusalém, mas também trouxe alegria e adoração aos pastores e reis magos. Cumprimento profético de uma esperança aguardada pelo povo de Deus. Essa é uma oportunidade propícia para uma pergunta que não deve calar em nós: será que nós temos a mesma vontade que tiveram aqueles homens do Oriente em conhecer o Rei nascido de Maria, filho primogênito de Deus? Reconhecemos nesse menino que acaba de nascer o divino rei, o Rei dos reis? Ajoelhamonos reconhecendo que Jesus é rei e o adoramos por ter certeza que Ele é Deus? O tempo é favorável para que reforcemos a nossa fé no Deus que acaba de chegar. Que com sua mansidão ele faça morada em nossos corações e seja, todos os dias, Senhor das nossas vidas, trazendo-nos libertação. É o que desejo! Sugiro que escutem a linda canção de Pe. Zezinho, SCJ: “Ouro, incenso e mirra”. Nela está assim resumida a visita dos reis magos, que festejaram o Rei dos judeus e lhe ofereceram presentes: “E trazem ouro, incenso e mirra, pra festejar o novo rei, que tem poder e majestade, que vem do céu, que é de Deus, que vai sofrer, que vai morrer e que nos libertará”. Andréa Matos R. M. Castro Advogada e doutora em Ciências Sociais

Imagem: goo.gl/yQ4304

A pedagogia no batismo de Jesus

Um batismo é um ato histórico para a sociedade e para o íntimo de uma pessoa, ao mesmo tempo. Todos nós temos um “histórico” com Deus. Começa quando ele identifica amorosamente cada partícula material que compõe nossa identidade, seja nossa dimensão artística, sexual, espiritual, corporal, mental, entre tantas dimensões que o ser humano pode possuir. Dessas dimensões, a dimensão linguística é o elo comunicativo entre a ordenação individual de todo ser humano e o Deus Criador. Pelo laço de amor estabelecido por Deus com cada indivíduo podemos orar, meditar, falar, cantar, dizer, explicar, ler suas palavras para nós, e

todos os verbos que se relacionam com a vida. De todas as coisas criadas no universo, que sabemos ter trilhões de galáxias, e ser de uma extensão inimaginável por nós, o fenômeno da vida é especial para o Criador. Especial porque é o fenômeno que Ele quer que exista. A vida é um fenômeno que Deus parece amar, e a vida sempre é complexa. Quando se está na UTI de um hospital, diante de um amigo amado, por exemplo, vemos pela quantidade de aparelhos, que são milésimos, milímetros, quantidades pequenas de substâncias e espaços mecânicos que determinam uma vida e uma morte. Também são ocultas e silenciosas as nossas características íntimas diante do Criador. João era um homem com uma história diante de Deus, e os primeiros padres cristãos se referiam a um parentesco seu com Jesus. O encontro dos dois naquele rio foi um encontro e um evento determinante da vida de Jesus. Com ele foi assim, conosco também pode ser, já que imitamos seus passos no caminho que ele nos propõe como nosso Mestre. Como são difíceis alguns momentos de nosso “histórico”, mas do olhar de Deus nada há escondido! Ha momentos dramáticos nesse “histórico”, como o fim de um relacionamento, uma derrota, um fracasso pessoal, um desemprego, uma humilhação, são fatos marcantes. Um batismo é um fato marcante que, ao contrário, é uma ocasião de extrema alegria, pois é uma cerimônia cultural que as sociedades usam para marcar esse “histórico”, para afirmar socialmente, para um grupo, uma igreja, uma sociedade aberta ou secreta que aquela pessoa que está se batizando é alguém que dá testemunho de uma marca em sua vida.

Quando comecei a praticar capoeira, eu temi tanto o primeiro “batismo” que não o realizei. Essa arte marcial tem suas mudanças de fase chamada de “batismo”. Senti um temor porque ia ter que me apresentar diante de um grupo, demonstrar difíceis técnicas de se realizar. Eu imaginei que poderia errar naquele dia, realizar uma manobra equivocada, e cair, me ferir emocionalmente. Por outro lado realizei batismos solitários, que só meu Criador presenciou, na solidão do Eu e do Deus. Batismo como aquele momento único de fazer algo novo. Um batismo é um ato histórico para a sociedade e para o íntimo de uma pessoa, ao mesmo tempo. O batismo de Jesus foi uma performance cultural, pública, e esse gesto é ainda repetido quando alguém aceita a fé cristã. Seu momento pessoal, o momento do Cristo, foi o início de uma “nova vida” para ele, uma vida pedagógica, pois, a partir de então ele se torna e assume sua função de mestre como figura pública, uma certa celebridade (mesmo que ele não o quisesse). Algum tempo depois, João, o ministro de seu batismo, foi preso e assassinado pelo exército de Herodes e sua família, um grupo antivida. Jesus forma depois de seu batismo a comunidade dos doze, inicialmente, que depois foi ampliada, e hoje são bilhões de seres humanos buscando seus ensinamentos e sua força para que cada “histórico” humano seja de vida plena. No dia de seu batismo Jesus ficou pleno do Espirito Santo. David José Gonçalves Tierro Ramos Pedagogo e mestre em Filosofia


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Catequese permanente

Nossa Igreja é Romana Imagem: https://goo.gl/QczQhz

cristãos o modo de governar, como ensinou Jesus, não é como o modo de governar de outras autoridades, mas a estrutura da Igreja se firmou com este modelo: uma espécie de monarquia. A figura do papa surgiu para garantir a unidade da Igreja, para ser um sinal de comunhão e partilha. O papa é um bispo, como tantos outros bispos. Ele é bispo de Roma. Mas coube a ele a tarefa de cuidar da unidade da fé, de zelar por ela, de protegê-la dos desvios. Certamente, todo cristão é responsável pela unidade da fé, assim como todo bispo, todo padre etc. Mas alguém precisava assumir essa tarefa mais de perto; coube ao papa essa missão. Para exercer seu ofício, o papa precisava estabelecer um lugar como ponto de apoio. A capital do Império onde Pedro e Paulo morreram pareceu um bom lugar, especialmente porque de lá a fé se difundia para o mundo todo. Foi aí que a sede da Igreja Católica se estabeleceu em Roma.

Catedral de São Pedro, no Vaticano, sede da Igreja Católica Romana Pertencemos a uma Igreja: um povo de fé congregado pelo Senhor, disposto a servi-lo na construção de seu Reino. Nossa Igreja é Católica, porque sua mensagem de fé é para todos os povos, aberta a todas as culturas; é Apostólica, porque suas bases se assentam sobre a fé e o testemunho dos primeiros seguidores de Jesus, os apóstolos; e é Romana. Mas por que é Romana? Bom, tudo começou há muitos anos. Quando Jesus viveu e morreu, os judeus estavam sujeitos ao domínio de Roma. Roma era um grande império, poderoso, bem organizado... A fé cristã era uma semente pequenininha que, como disse o Evangelho, deu origem a uma plantinha. Essa planta foi crescendo devagarinho; a palavra foi se difundindo; o número de cristãos foi aumentando... O sonho dos primeiros evangelizadores, especialmente de Paulo – o apóstolo dos gentios, ou seja, dos não judeus – era fazer a Palavra de Deus chegar a Roma, a capital do Império. Pensava Paulo que se a fé cristã chegasse a Roma, ela iria se difundir, pois todas as ideias que ganhavam o mundo romano passavam pela capital. De fato, quando a fé chegou, logo ela cresceu e se espalhou por todo canto. Pedro e Paulo, dois grandes apóstolos de Jesus,

estiveram pregando em Roma. Conta a tradição da Igreja que foi lá que eles passaram seus últimos dias, fazendo suas pregações, ajudando o Reino de Deus crescer. Lá eles morreram defendendo a fé cristã, os ensinamentos de Jesus. Então, Roma se tornou um símbolo de unidade da fé cristã, por causa desses dois mártires, que tanto fizeram para a difusão da boa nova de Jesus, até mesmo dar suas vidas. Como Roma era a capital do Império e a Palavra de Deus foi encontrando espaço lá por causa do testemunho de muitos cristãos, não demorou que ela se tornasse um ponto de referência para os irmãos na fé. Com o crescimento do número de cristãos, surgiu também a necessidade de organizar a comunidade, de dividir os ministérios, de garantir a unidade, pois havia muitas ameaças à fé cristã; foi preciso estabelecer regras e contratos que regulavam o modo de vida da Igreja. Em Roma, a fé cristã ganhou o corpo institucional que ainda hoje se mantém entre nós. Com isso, a Igreja de lá se tornou o lugar referência para os cristãos de outras comunidades. Então surgiu a figura do papa, parecida com a de um monarca que rege – da capital de seu império – todos os países que lhe são sujeitos. É claro que entre os

O número de cristãos cresceu, cresceu e cresceu... O Império Romano estava com as pernas meio bambas. Sofria muitos ataques, suas lideranças não eram muito expressivas... Então, o imperador Constantino, no ano 313, querendo unificar seu Império, parou de perseguir os cristãos, e a fé cristã ganhou a simpatia do Império. Logo em seguida, seu filho Teodósio, no ano 380, deu jeito de fazer do cristianismo a religião do estado. A partir daí a Igreja esteve unida ao estado. Quando caiu o Império Romano, ficou difícil distinguir o que era Igreja e o que era Império. Vieram muitas crises depois disso até que aconteceu uma ruptura definitiva entre o cristianismo e o estado. Mesmo com tudo que aconteceu, a sede da Igreja continuou sendo Roma. É bem verdade que na história tivemos papas morando em outros lugares, exilados, fugitivos por causa da perseguição ou por outros motivos. Mas a sede da Igreja continuou lá e até hoje ela é uma referência para a fé de todos que congregam sob seus cuidados. Então, porque a sede da Igreja está estabelecida em Roma – mas poderia estar estabelecida em qualquer outro lugar –, dizemos que a Igreja é Romana. Dizer que a Igreja é Romana é afirmar que conservamos a mesma fé de tantos outros cristãos espalhados pelo mundo, cujo sinal de unidade é o papa, bispo de Roma. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética

Novidades na preparação para o Batismo Quem tem acompanhado esta coluna “Catequese Permanente” já deve ter se acostumado à novidade. E é preciso admitir: nem sempre isso é fácil. Às vezes, parece mais simples a gente investir nas respostas de sempre do que tentar alguma iniciativa diferente. Os medos são muitos. “E se não der certo? E se as pessoas não aderirem? E se os fiéis não gostarem? E se eles forem para outras paróquias ou outras igrejas?” – são todas perguntas que a gente ouve, e medos que a gente sente. Mas o que fazer quando as respostas de ontem já não atendem mais às perguntas de Imagem: goo.gl/DL3VbB hoje? Insistir nas mesmas coisas pode apenas adiar a solução de problemas que batem sem parar na porta de nossas paróquias... E então? Foi por isso que, há dois anos, nossa paróquia ousou sonhar uma catequese diferente. Que não fosse só infantil, que não fosse sacramental, que não fosse escolarizada... uma catequese que primasse pela experiência de Deus, que transforma a pessoa toda: corpo, mente e coração. Estamos ainda a caminho e, entre erros e acertos, esse caminho novo vai sendo aberto. A mesma preocupação se dirige agora à catequese dos pais e padrinhos para o batismo das crianças. Em quase todos os lugares, o procedimento era bastante parecido: um encontro

rápido no dia anterior ou mesmo na hora do batismo para uma “instrução da fé” sobre o sentido do sacramento. E os resultados... bom, conhecemos bem. Assim, desde o ano passado, a Arquidiocese de Belo Horizonte resolveu dar um passo a mais e propor um verdadeiro itinerário de preparação para o batismo das crianças. Não se trata de tornar o processo mais burocrático ou apenas mais demorado. O desejo é oferecer aos pais e aos padrinhos aquilo que temos de melhor na Igreja: um encontro com Jesus Cristo, por meio da acolhida fraterna, da visita

familiar, da oração e da celebração. A partir de fevereiro, começará a ser implementado esse novo itinerário de fé. As famílias terão do dia 1 ao dia 15 de cada mês para se inscreverem. A partir do dia 16, um catequista da Pastoral do Batismo agendará uma visita à casa da família para os primeiros contatos. E, no início do mês seguinte, faremos um encontro de preparação e catequese com todas as famílias. Também a celebração do batismo será diferente. Após o encontro de catequese, as crianças serão apresentadas à comunidade numa missa de domingo, para que todos acolham a família e se alegrem pelo dom de mais um irmão ou irmã. No domingo seguinte, as famílias se reúnem novamente, para concluir a celebração do batismo. E pode ser que, depois de algumas semanas, a Pastoral do Batismo visite mais uma vez a família, para saber como está, e convidar para as atividades da comunidade. É um caminho bonito e desafiador. No fundo, o que se pretende é oferecer um caminho de fé mais profundo, mais coerente com a profundidade do mistério celebrado. Fique atento e nos ajude com suas sugestões. Seguimos juntos! Frei João Junior, OFMCap


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A (in)tolerância religiosa Imagem: http://goo.gl/KXBaqQ

A religião é uma das mais antigas manifestações culturais do ser humano, e está presente em todas as latitudes. Não há uma cultura sequer sem uma forma de religião vigente. Etimologicamente a palavra nos remete à ideia de “religar” ou “re-ler”, e ainda à ideia de uma nova escolha, “re-elegere”. Segundo o conceito de religar, há a ideia de que houve uma ruptura primordial, e o ser humano é chamado a se conectar novamente com a divindade. Também a opção de “reler” nos diz que é importante olhar para os acontecimentos Líderes religiosos reunidos em favor do diálogo inter-religioso. e fazer nova leitura com um O respeito e a tolerância desejados hoje nem sempre pensamento voltado para um estiveram na pauta das civilizações. A intolerância com o ser superior, que nos leva a fazer novas escolhas, ou seja, diferente ainda é algo presente em nosso meio, apesar reeleger nossas prioridades. das legislações exigirem respeito e tolerância, como a Como as culturas são diversas, as religiões também são nossa atual Constituição, que dá liberdade de religião plurais. Temos as monoteístas – as que creem em um e de culto. Os monoteísmos acima citados foram os único Deus – e as politeístas, mais antigas, que creem em maiores causadores de guerras religiosas, sobretudo diversos (até milhares) de deuses. Judaísmo, Cristianismo por causa do dogmatismo que afirma a unicidade de um e Islamismo são exemplos das primeiras; Hinduísmo, Deus e, portanto, a negação dos demais. Candomblé, dentre outras, são exemplos das últimas. O Cristianismo carrega em sua história o peso das As religiões sempre foram foco de discussões e Cruzadas, no período medieval, e a condenação de divergências, em todas as épocas. Muitas guerras e hereges no período da Inquisição. Muitas pessoas foram atrocidades foram realizadas em nome de deuses queimadas vivas porque pensavam diferentemente do diversos e, por isso mesmo, todas justificáveis segundo pensamento oficial. O Islamismo também possui sua cota seus patrocinadores. de intolerância, inclusive nos tempos atuais. Semelhante

Conversão de São Paulo - apóstolo e mártir Imagem: goo.gl/wRj9ic

Ao se aproximar da cidade, subitamente foi envolvido por uma luz no céu; caiu por terra e ouviu uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Ele perguntou: “Quem és o Senhor?”, e ouviu a resposta: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo”. Erguendo-se do chão percebeu que naquele momento estava cego mas com uma grande luz no coração, pois Jesus o havia transformado de cruel perseguidor dos cristãos em ardoroso apóstolo dos gentios.

Saulo, como os outros apóstolos, tinha encontrado Jesus Ressuscitado e podia A Conversão de São Paulo, por Bartolomé Estebam Murillo - 1675-1682. Museu do testemunhá-lo; mas de Prado, Madrid. maneira diferente dos outros apóstolos, pois não tinha No dia 25 de janeiro é celebrada a festa litúrgica da convivido com Jesus nem recebido ao longo do tempo conversão de São Paulo apóstolo. toda a formação necessária para o ministério. Sem esse Acredita-se que Paulo tenha nascido entre os anos 5 acontecimento, o apóstolo não teria podido fazer e e 10 d.C, na cidade cosmopolita de Tarso. Possuía duplo ensinar como os outros fizeram e ensinaram. nome: Saulo para os hebreus e Paulo para os gregos e Ele consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, viajando romanos. por todo o mundo anunciando o Evangelho de Jesus Paulo conhecia bem a cultura grega e também aprendeu Cristo e o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. esta língua, mas permaneceu sempre fiel às tradições Com certeza é um dos principais pilares do cristianismo. dos pais. Em Jerusalém completou sua formação junto Assim, a conversão de São Paulo é muito significativa a um famoso e sábio mestre daquela época no mundo no contexto pessoal de todos nós, pois contemplar uma hebraico, e assim era Paulo: quanto à lei, fariseu; quanto conversão é contemplar a misericórdia de Deus agindo ao zelo, perseguidor da Igreja que depois veio a tornarno mundo. Conversão é ato de amor do Senhor. se o maior anunciador do cristianismo; quanto à justiça, legal, irrepreensível. Que a exemplo de São Paulo, todos nós possamos nos converter de coração sincero e viver conforme a vontade Sabe-se que ainda jovem foi conivente com o do Pai, reconhecendo os erros e procurando a virtude e a assassinato de Santo Estevão, ao guardar os mantos dos graça de Deus em nossas vidas! apedrejadores e, quando atingiu a idade adulta, obteve autorização para perseguir os cristãos. No entanto, Patrícia Machado Leal sua conversão aconteceu de uma forma inesperada a Bióloga caminho de Damasco, quando liderava uma perseguição.

às guerras religiosas, as torcidas dos clubes de futebol realizam também verdadeiros horrores, inclusive levando à morte os componentes da torcida rival. Não bastam as leis dizerem que é necessário ser tolerante com o diferente, e garantirem no papel a liberdade de expressão religiosa, política, filosófica etc. É preciso aprender a respeitar o direito de o outro ser diferente de nós, em todas as formas de escolha, evitar a ridicularização grotesca ou velada. Mais do que tolerantes, temos que ser respeitosos. As pessoas falam que não devemos discutir religião, política e futebol, mas são estes exatamente os que mais causam polêmica em nosso cotidiano. Por isso a necessidade de um reaprendizado diário para que saibamos lidar com aqueles que têm o direito de ser diferentes de nós. A paz que as religiões pregam só será possível se for alicerçada no respeito e na aceitação do outro. O mundo nunca será uma unidade religiosa ou política. As diferenças é que tornam o mundo interessante e atraente. Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas p.ismar@pucminas.br

Prestação de Contas - Creche Grazia Barreca Castagna Gostaríamos de nessa oportunidade compartilhar com nossos amigos e colaboradores a prestação de contas referente às despesas mensais da creche. Graças a Deus e com a intersecção de Nossa Senhora, vencemos mais um ano. Nossos eventos (feijoada, festa julina, bazar, jantar dançante e bingo) foram um sucesso e com isso conseguimos cobrir o valor que faltava para nossas despesas. Agradecemos a toda a diretoria, funcionárias, amigos e parceiros e desejamos que o ano de 2017 seja de muita luz e paz para todos. Abraços, Jario Roberty Presidente RECEITA MENSAL: R$29.836,00 (VALOR REPASSADO PELA PREFEITURA) LUCRO DO JANTAR DANÇANTE: R$ 4.380,00 BINGO: R$2.000,00 DESPESAS PAGAS FOLHA DE PAGAMENTO REFERENTE A 13 FUNCIONÁRIAS MATERIAL DE ESCRITÓRIO VALE TRANSPORTE ÓTIMO VALE TRANSPORTE TRANSFÁCIL PLANO ODONTOLÓGICO SEGURO DE VIDA COPASA NET MATERIAL PEDAGÓGICO CONTABILIDADE FGTS INSS PIS PLANO DE ASSISTÊNCIA FAMILIAR CEMIG OI FIXO EMIVE SEGURANÇA ELETRÔNICA PRODUTOS LIMPEZA PADARIA SANTA EFIGÊNIA POUPANÇA PARA 13° SALÁRIO + ENCARGOS SOBRE 13° DEPÓSITO DE GÁS PARAÍSO COMPLEMENTO DE ALIMENTAÇÃO MULTA RECEITA FEDERAL (DÍVIDA REF. 2009 A 2011) MANUTENÇÃO DE CONTA

VALOR R$ 19.150,01 R$ 500,00 R$ 800,00 R$ 650,00 R$ 196,00 R$ 109,20 R$ 1.000,00 R$ 120,00 R$ 500,00 R$ 600,00 R$ 2.000,00 R$ 2.000,00 R$ 350,00 R$ 462,00 R$ 110,00 R$ 120,00 R$ 150,00 R$ 500,00 R$ 220,00 R$ 2.000,00 R$ 220,00 R$ 400,00 R$ 600,00 R$ 55,00

TOTAL

R$ 32.812,21


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | JANEIRO DE 2017

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São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus O martírio de São Sebastião não se deu por varadas de flechas, amarrado a uma árvore, apesar de essa ser uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, em todos os tempos. Violentado por condenar o paganismo e opor-se às injustiças, sua vida foi resguardada pela fé em Cristo.

Cozinha Fácil

Couve flor gratinada Imagem: goo.gl/6HARZz

Nascido em Narbônia, na Gália, atual França, Sebastião foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Tomou a decisão de servir ao exército romano, e era considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos, tornando-se, assim, seguidor de dois exércitos: o de Roma e, acima de tudo, o de Cristo.

Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo, soldados e prisioneiros. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio. Agindo com coragem e fé cristã, contrariando os desejos do Sebastian und Madonna mit imperador Diocleciano, em certa ocasião, Sebastião foi denunciado. O imperador Heiligen, por II Sodoma - 1525. lhe dispensara admiração e confiança, queria vê-lo em destacada posição no seu exército, por isso considerou-se traído. Mesmo diante de Diocleciano, que lhe Galleria degli Uffizi, Italy. pediu para escolher entre Cristo e um alto cargo no exército romano, não negou sua fé. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas. Muito machucado, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado. Porém, uma senhora cristã encontrou-o vivo e tratou de suas feridas. Sarado, enfrentou o imperador, repreendendo-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, cumprindo o que lhe vinha da alma: anunciar o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo. Irado com tamanha ousadia, Diocleciano o entregou à guarda pretoriana, e Sebastião foi executado com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288. Para evitar sua veneração, seu corpo foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepultá-lo junto de São Pedro e São Paulo. No Brasil, no território do Rio de Janeiro, em 1565, ocorria a batalha final que expulsou os franceses, que ocupavam a cidade. Na data da morte de São Sebastião, há relatos de que o mártir foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas. Renilson Leite Jornalista

Ingredientes ¾ de xícara de iogurte natural desnatado (180 g) ¾ de xícara de requeijão light (180 g) ½ colheres de chá de tomilho seco 3 xícaras de floretes de couve-flor cozidos al dente

Dica de Leitura

1 fatia de pão integral (torrado e esfarelado) 2 colheres de sopa de parmesão ralado Antes de nascer o mundo é um romance do escritor moçambicano Mia Couto, que conta a história de uma terra esquecida na savana de Moçambique chamada Jerusalém. Ali, sobrevivem cinco pessoas: Silvestre e seus dois filhos, Mwanito e Mtunzi, o Tio Aproximado e o serviçal Zacaria. Sem nenhuma perspectiva para o futuro e com um passado que preferem negar, por conta da misteriosa morte da mãe das crianças, eles apenas esperam pelo dia em que os donos do mundo reivindicarão o que lhes é de direito - pois, segundo Silvestre, o mundo já acabou.

Modo de preparo Aqueça o forno a 250°C. Numa tigela média, misture o iogurte, o requeijão e o tomilho. Numa forma refratária pequena, arrume os floretes de couve-flor. Despeje a mistura do iogurte por cima. Salpique o pão esfarelado e o queijo ralado. Asse por aproximadamente 10 minutos, até gratinar.

Caça-Palavras Paz: nunca é demais! Há 50 anos o dia 1º de JANEIRO é dedicado à PAZ. Em 2017, o tema escolhido pelo Papa FRANCISCO para o 50º Dia Mundial da Paz é “A não violência: estilo de uma política para a Paz”, a quarta celebração do seu PONTIFICADO. Afinal, a primeira SAUDAÇÃO de Jesus Ressuscitado a seus discípulos foi: “A paz esteja convosco”, como nos relata João (20,19). O desejo do Papa é o de que a paz seja CONSTRUÍDA nos quatro cantos do PLANETA, como aqui sinalizamos nos quatro cantos que emolduram o banco de LETRAS deste Caça-palavras. Deus nos fala, por meio do Profeta Isaías (32,17), que “a paz é fruto da JUSTIÇA”. Ou seja, a paz é FRUTO de nossas atividades, nossas ATITUDES; é algo construído. Haverá paz quando não houver violência FAMILIAR, quando não houver concorrência desleal nos ambientes de trabalho, quando não houver INTOLERÂNCIA religiosa, quando a corrupção for vencida, quando não existirem mais refugiados... Judeus e muçulmanos, quando se cumprimentam no começo do dia, desejam a paz um ao outro: SHALOM aleichem, dizem os judeus; Salam aleicum, dizem os islâmicos. Traduzindo: a paz esteja contigo. É, na verdade, o que disse JESUS! É o que desejamos a todos! Madalena Loredo


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INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SRA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FREIS CAPUCHINHOS | NOVEMBRO DE 2016

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ágina Franciscana Imagem: goo.gl/chjstU

Confraternização Universal / Dia Mundial da Paz sempre a companhia das pessoas já aponta para a confraternização, e à medida que buscamos superar barreiras, que queremos que os povos se entendam, que trabalhamos para acabar com preconceitos, já estamos no caminho da confraternização e da construção da paz. Um dia dedicado à paz é oportunidade para não apenas lembrarmos que precisamos de paz entre os povos, mas para que tenhamos um compromisso com a paz, para que sejamos pessoas dedicadas a promover a paz, seja no meio em que vivemos, seja em alguma organização. Sim, temos que ser instrumentos da paz, temos que irradiar a paz, temos que em tudo, por causa de nossa fé em Jesus Cristo, ser mensageiros da paz, só assim seremos capazes de mostrar ao mundo que esse é o verdadeiro caminho para a vivência fraterna entre os povos.

A cada início de ano somos movidos a gestos de confraternização, e também é momento de desejar às pessoas um ano novo repleto de paz, harmonia e realizações. Acredito que foi nesse intuito que o papa Paulo VI sugeriu em 1968 a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz. Em seu discurso, o pontífice sugeriu que a data não se restringisse à tradição católica, mas que se

estendesse ao mundo todo com um “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos”. A vida é sempre um convite à confraternização. O ser humano não foi feito para viver isolado, fechado em si mesmo. O simples fato de sermos sociáveis, de buscarmos

Nossa sociedade carrega as marcas da violência, do jeitinho brasileiro, da ganância, da busca desenfreada pela riqueza. Estamos assistindo nos últimos meses a esse combate à corrupção e a outras mazelas que permeiam o nosso país, principalmente a classe política. Só quando, a partir dos valores cristãos que carregamos conosco, formos sinais de que é possível um mundo diferente, sem guerras, sem violência, sem fome, é que estaremos comprometidos com a paz. Que todos tenham um ano bom, que todos estejamos verdadeiramente comprometidos com a paz! Que, como São Francisco de Assis, sejamos mensageiros da paz e do bem! Frei Vicente da Silva Pereira, OFMCap

Colégio São Francisco de Assis

Curso de brigada de incêndios com professores e coordenadores Imagens: CSFA

O Colégio São Francisco de Assis, atento à segurança, fez uma parceria com o Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros de Sabará, para que professores, coordenadores e funcionários do colégio tivessem uma capacitação adequada para agir na prevenção de algumas situações de perigo dentro do ambiente escolar. A formação de 21 brigadistas faz parte de uma preparação gradativa de toda a comunidade escolar para um rápido e eficiente abandono da instituição em caso de incêndio ou qualquer outra situação de perigo ou emergência. Tal preparação conta ainda com orientação e simulações com a participação dos alunos para que se automatizem hábitos essenciais e preventivos. Duas simulações ocorreram no segundo semestre de 2016 e foram um grande sucesso. O Jornal do Chicão entrevistou a professora de Ciências e Biologia, Débora Alvarez, para saber um pouco mais sobre o treinamento que ela e seus colegas receberam. Jornal - Como tudo começou?

Débora - O professor Ari Eustáquio, diretor do colégio, teve a ideia de fazer uma parceria com o Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros e convidou os coordenadores, funcionários que estão mais envolvidos na rotina do colégio e também os professores para participarem do projeto. Jornal – E como foi organizado o projeto? Débora - O treinamento foi dividido em três fases. A primeira fase foi teórica, quando tivemos contato com os conhecimentos básicos sobre um incêndio. A segunda fase também teve um conteúdo teórico e aprendemos os primeiros socorros. Na terceira fase passamos para a parte prática, tivemos o treinamento no recinto do Corpo de Bombeiros. Jornal - Onde ocorreram as três fases? Débora - A primeira e a segunda ocorreram no colégio, já a terceira ocorreu no Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros, em Sabará.

Jornal - Como foi o treinamento para você? Débora - Foi extremamente proveitoso, porque eu já tinha um conhecimento biológico, e a parte de primeiros socorros complementou o que eu já conhecia. A parte da prevenção do incêndio foi muito importante, visto que eu descobri várias formas de prevenir acidentes causados pelo fogo, pela eletricidade etc. E agora eu me sinto mais segura para agir no momento de pânico gerado por um princípio de incêndio ou qualquer outro acidente. Jornal - Como você está usando o treinamento no seu dia a dia? Débora - Nós continuamos colocando em prática o que aprendemos. Já observamos as mudanças necessárias que devem ser feitas no colégio e faremos também um treinamento contínuo com os alunos do colégio com simulações de evacuação. É um prazer fazer parte dos funcionários brigadistas do colégio! Bruna Giovanna (2ª série do Ensino Médio)


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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPEIA | FRADES MENORES CAPUCHINHOS | JANEIRO DE 2017

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