Novembro de 2015

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www.paroquiadapompeia.org.br/ pascompompeiabh@gmail.com

Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVIII - Edição de novembro de 2015

Tiragem: 3000 - distribuição gratuita

Dízimo,

um caminho para ajudar os pobres Página 3

palavra do pároco

Experiências de fé: caminho de construção do reino A experiência do encontro transformador com Jesus Cristo insere seus discípulos na comunhão com a Santíssima Trindade e lhes comunica a missão de anunciar o Reino de Deus, com palavras e sinais. Nessa perspectiva é que devemos todos nós caminhar, construindo caminhos de paz e bem, assim como fez Santa Isabel da Hungria, patrona da Ordem Franciscana Secular (OFS), que nos ensina com sua força intuitiva e amorosa a nos colocar a serviço dos menores e abandonados com humildade e empatia franciscana. Outro caminho de serviço aos pobres passa pela generosidade de contribuir com o Dízimo paroquial. Com ele, podemos nos ajudar e ajudar quem depende dessa dimensão social do Dízimo, como experiência de fé e partilha. Nessa dinâmica de construção de caminhos, quem nos capacita é o próprio Jesus Cristo, nosso

Advento: eis que chegou o tempo da espera, da esperança Página 3

inspirador e modelo máximo de humanidade e divindade. Celebrando Cristo Rei, inspiremos nossas ações neste Rei que se faz próximo, irmão que caminha conosco, para que saibamos louvar e agradecer a Deus por tudo: pelas nossas vidas, pelas nossas famílias, pela nossa caminhada comunitária, pelas nossas conquistas, pelos nossos sonhos e desafios. O Dia de Ação de Graças é momento propício da ação divina em nós, em nossos trabalhos e serviços. Que saibamos, também, rezar e render graças a Deus por aqueles e aquelas que muito já contribuíram para nossos projetos e sonhos, seja na caminhada familiar, seja na caminhada paroquial, nossos queridos irmãos e irmãs falecidos. Que no dia de finados, eles recebam de nós o carinho e afeto merecidos, através de nossas orações. Diante de tudo isso, saibamos esperar e vigiar, pois chegarão momentos em que precisare-

Solenidade de Cristo Rei: um rei que se faz próximo Página 4

mos parar e escutar o que vem ao nosso encontro, nos pedindo um novo jeito de ser. Advento, eis que chegou o tempo da espera, da esperança feliz de acolher o Emanuel, Deus conosco. Sendo assim, podemos manifestar nossa alegria, cantando este refrão de uma famosa música que anuncia esta chegada: Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais, Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais. A voz do anjo sussurrou no meu ouvido, eu não duvido, já escuto os teus sinais, Que tu virias numa manhã de domingo, eu te anuncio nos sinos das catedrais. Frei Romero José da Silva, OFMCap

Finados e a ressurreição Página 5


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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Novembro de 2015

batismo

Celebrações eucarísticas Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h ; de terça a sábado, às 7h e 19h; domingo, às 7h, 9h e 19h Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Horário: domingo, às 19h30; dia 28 de cada mês, às 8h e 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado e domingo, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: Sábado, às 19h; domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e os pais Walter Geraldo de Paula Filho e Camila Aparecida de Oliveira Santos; Anderson Lopes Teixeira e Sabrine Augusta dos Reis; Rafael Marques Motta e Luciana Coelho Pereira Motta; Reinaldo Alberto Matias Alexandre e Flávia Vieira Alexandre Matias; Gilson Antônio Fernandes e Luciana Paixão Mendes; Bruno César de Souza e Ana Paula Fagundes Oliva de Souza; Lucas Ferreira Silva e Paula Amanda de Oliveira Freitas; Sérgio Batista Lima e Dalila Joice de Souza Taveira; e Bruno Zanon

Silveira e Dayanne Veronica Arcanjo assumiram o compromisso de conduzir pelo caminho do seguimento de Jesus as crianças que passaram pelo Batismo no dia 18 de outubro de 2015: Anabella Valentina Oliveira de Paula, Arthur dos Reis Lopes, Bento Pereira Motta; Cecília Vitória Alexandre Matias; Gabriela Mendes Fernandes; Isabela Fagundes de Souza; João Lucas Ferreira Freitas; Sérgio Heitor Taveira Batista; Victor Zanon Silveira. Pelo batismo desses pequeninos, festejamos juntos o dom da vida e da fé. O rito foi presidido por Frei Romero.

bem vindos À PASCOM

Capela São Rafael Horário: domingo, às 10h Endereço: rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Santa Efigênia

expediente Pároco: Frei Romero Silva, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Frei Márcio Silva, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Helder Chaia Madalena Loredo Maurício Nascimento Osmar Abranches Patrícia Leal Renilson Leite Endereço: Rua Iara, 171 – Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh Arte e impressão: Fumarc Gráfica - 31 3249-7400 Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal. O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

IMAGEM DA CAPA

Milagre de pão e peixe. Óleo em tela, por Giovanni Lanfranco. 1620. Galeria Nacional da Irlanda, Dublin. Reprodução da internet: http://goo.gl/uwIx7O


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DESTAQUE: MÊS DEDICADO À CONSCIENTIZAÇÃO DO DÍZIMO

um pouco de história

Dízimo: um caminho para ajudar os pobres

Nossa Senhora do Rosário

O dízimo é uma íntima e profunda relação entre a pessoa de Fé e Deus. Deus dá força para o trabalho, material para a produção, inteligência para o seu desenvolvimento, e a pessoa de fé responde a Deus com parte do que recebe como recompensa por seu trabalho. É, na verdade, uma devolução a Deus do que é de Deus. A comunidade, consciente disso e colocando tudo em disponibilidade comum, reflete o verdadeiro sentido da vida cristã. É abundância de Graça Divina. A inspiração com que cada um vê ou percebe o dízimo vai atribuir-lhe um significado. Assim, ouve-se que é gesto de amor, de agradecimento, expressão de fé, de solidariedade, de fraternidade, retribuição aos dons e bênçãos de Deus, manifestação de responsabilidade para com a Igreja e o plano de Deus, e outros inúmeros qualificativos que buscam defini-lo. Na prática do dízimo em comunidade, manifestamos nosso compromisso de ajudar a manter os serviços necessários que são comuns e importantes, os quais concretizam o projeto bonito de Deus, que é o de mantermo-nos unidos a cada pessoa, a

mais intensidade a espiritualidade do Advento, vivermos a preparação para receber o Cristo e a vivência da esperança cristã. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior. Nesse sentido, perduram as figuras bíblicas que merecem destaque na celebração do Advento, Maria e João Batista, exemplos concretos da missão de cada cristão, quer preparando o caminho do Pai, quer levando o Cristo ao irmão para santificá-lo. No que tange a simbologia litúrgica, tem-se a Coroa do Advento, cuja forma circular é sinal do amor de Deus que é eterno e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma ideia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”. No centro da Coroa são colocadas quatro velas simbolizando as quatro semanas do Advento. A cada semana uma vela é acesa, representando à aproximação da chegada de Jesus, luz enviada por Deus para trazer a redenção ao mundo. No entanto, é importante salientar que esta simbologia pressupõe o momento de reflexão ao alcance da transformação interior. Que devemos continuar lutando na construção de um mundo mais justo, fraterno e verdadeiro. Para que possamos viver com mais afinco o tempo do Advento, faz-se então necessário pensarmos que Advento é tempo de espera, Advento é tempo de esperança, Advento é tempo de mudança, Advento é tempo de desapego. Tempo de renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas e esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida. E vivamos o Advento!

A Festa de Nossa Senhora do Rosário celebra a vitória dos cristãos na Batalha de Lepanto, durante a qual as forças do Islão foram derrotadas sob a proteção da Virgem do Rosário, acontecimento que motivou uma comemoração especial pela liturgia da Igreja por determinação do Papa Gregório XII. Desde o início da colonização brasileira, a Igreja Católica ensinou que os festejos religiosos deveriam ter a novena, a missa cantada, a benção do Santíssimo, o Te Deum – cerimônia de ação de graças e a procissão. Esta determinação valia para qualquer tipo de irmandade ou confraria de qualquer que fosse a classe social. O missal vinha do Vaticano com as orações, ofícios e regras de como realizar o ritual. Na Colônia, os administradores portugueses definiram que os negros, alforriados ou não, deveriam se organizar em Irmandades ou Confrarias enquanto grupos sociais. A Igreja Católica, por sua vez, definiu que a devoção desses grupos deveria ser a Nossa Senhora do Rosário. Desde suas origens, na África, os negros já a conheciam. Outros vieram a conhecê-la aqui, através da catequização. Em Minas Gerais, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foi fundada no início do século 18, com a finalidade de atender às necessidades sociais, religiosas, jurídicas e de saúde dos negros. Assim, sabe-se que, desde 1717, os negros se organizaram em Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Negros, com estatutos registrados, para receberem a prestação de serviços oferecidos por elas. Para uma Irmandade se auto sustentar, os irmãos negros deveriam pagar uma taxa mensal como a de qualquer outra irmandade de brancos ricos, brancos pobres ou mulatos. Em Ouro Preto, têm-se notícias de que Chico Rei financiou a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário com grandes ofertas. Mas, para participarem da Irmandade, todos os negros tinham de pagar uma espórtula. A primeira taxa era paga em ouro em pó todo dia 1º de janeiro, quando tomavam posse na Irmandade. Geralmente, os irmãos do Rosário e os iniciantes se reuniam em frente à casa de Chico Rei, de onde saía o cortejo em direção à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Negros de Antônio Dias. Eles subiam a ladeira de Santa Ifigênia até à Igreja levando o precioso metal espalhado em suas respectivas carapinhas (cabelos crespos) e dançando a dança das taieiras. Depois, entravam no templo e lavavam a cabeça, deixando o ouro para Nossa Senhora do Rosário nas pias de água benta. A imagem de Menino Jesus que a Nossa Senhora carrega tem significado especial, pois os negros, desde então, valorizavam a procriação e a maternidade. Logo, não foi difícil convencê-los a seguir a devoção a Nossa Senhora do Rosário. Este é o verdadeiro porquê da Igreja Católica ter definido ser a devoção a Nossa Senhora do Rosário a ideal para os negros, dentre as inúmeras devoções e iconografias de Nossa Senhora. As Guardas de Moçambique ou as Guardas de Catopés de Minas Gerais contam uma bela história sobre a chegada da imagem de Nossa Senhora do Rosário ao Brasil. Ela teria ficado agarrada em um banco de areia, após o naufrágio de um navio que a transportava para uma capela de negros no litoral nordestino. Os padres, ansiosos à beira da praia, pediram aos marinheiros que fossem buscá-la. Dispostos, eles foram até o local, mas não conseguiram retirá-la devido ao peso e à profundidade em que se encontrava. Os padres então recorreram aos caboclos e aos índios. Esses sim, com dificuldade, conseguiram trazê-la e colocá-la na capela que havia sido construída em sua homenagem. Mas, para a surpresa de todos, no dia seguinte, a imagem reapareceu no mesmo banco de areia. Quando os padres olharam para um canto da praia e viram os negros assentados humildemente a contemplar a cena, e sem o poder de opinarem sobre o fato, é que se deram conta de que haviam encomendado a imagem para a devoção deles. Logo, perceberam também que a eles caberia o direito de retirar a imagem do banco de areia e transportá-la para a capela. Os negros então se levantaram, rezaram, cantaram e bateram seus tambores. Depois, pediram licença às águas, entraram no mar e, com todo o respeito, tiraram a imagem com a maior facilidade, sem ao menos sentirem o peso. Enfim, levaram-na para a capela, de onde nunca mais teria saído.

Patrícia Machado Leal, bióloga

Maurício Nascimento, contador

cada irmão. Por isso, afirmar que dízimo é expressão forte de comunidade é constatar que estamos envolvidos em um projeto de espiritualidade que tem consequências positivas, que ajuda as pessoas a serem melhores e mais unidas em seus objetivos e necessidades comuns; e o principal de tudo, é um projeto que salva. São consequências positivas para nós mesmos, para os que formam esta comunidade e com um olhar para os que virão depois de nós para dar continuidade a essa experiência que nos fez bem e fortaleceu nossa fé. Participar em um projeto de Deus com nosso dízimo é elevar nossos bens a um nível superior, espiritual, místico. O dízimo é nada em si mesmo, adquire importância como resultado de nosso gesto, quando possibilita que toda comunidade tenha mais amor e gratidão a Deus. O que era meu se torna nosso. Em comunidade, o dízimo cria coisas, possibilita realizações materiais que dão condições para exercer os dons espirituais, faz acontecer a evangelização. Mas o dízimo de nossa participação nas pastorais, com nosso tempo doado, cria laços, une os corações e mentes em objetivos comuns, com visão comum, raiz profunda de sentimentos, expressão forte de comunidade. Pastoral do Dízimo Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Durante o todo o mês de novembro, nos finais de semana, haverá reflexões acerca da dimensão social do Dízimo na Paróquia. Participe da Missa em Ação de Graças aos Dizimistas, no dia 28 de novembro, sábado, às 19h, na Igreja Matriz da Pompeia.

Advento

“Eis que chegou o tempo da espera, da esperança...” Reprodução da internet: http://goo.gl/SPCfoo

A palavra Advento quer dizer “que está para vir”. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor. O Advento possui dois atributos que estão pautados nas quatro semanas que antecedem o Natal. O tempo de preparação da solenidade natalina, que nos faz recordar da primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, e, simultaneamente, é o tempo no qual, por meio desta recordação, o espírito é conduzido à espera da segunda vinda de Cristo no final dos tempos. O Tempo do Advento é, portanto, um elemento precioso e imprescindível para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos Jesus como referência e fundamento, bem como nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a esperança, a pobreza, a conversão e a renúncia. Neste tempo percebemos o quanto é importante a conversão, pois sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da sua vinda. É necessário que preparemos o caminho de Deus nas nossas próprias vidas, lutando contra o pecado, por meio de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra. Para tanto, as orações devem ser mais silenciosas, para tentarmos viver com


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CATEQUESE PERMANENTE

Catequese para crianças ou catequese infantil? Imagem: Reprodução da internet - http://goo.gl/sxjgfh

Vai e volta a gente escuta os catequistas dizerem: “Eu trabalho com catequese infantil”. Todos nós que escutamos esta expressão, logo concluímos que aquela pessoa é catequista de crianças e não de jovens ou adultos, ou seja, que sua turma é composta de crianças na faixa etária de mais ou menos 8 a 11 anos. Mas, pensando bem, não parece estranha essa expressão “catequese infantil”? Será que é a catequese que é infantil ou o público que é infantil? Tomara que seja o público! A catequese deve ser sempre um processo sério, maduro, que ajude a transmitir uma experiência de fé genuína e não algo infantil ou infantilizante.

Muitos se desgastam em diminutivos como mamãe do céu, papai do céu, Jesus nosso amiguinho. Infelizmente, cristalizou-se entre nós uma catequese bem infantil, no sentido negativo da expressão. Muitos catequistas acham que, porque o destinatário do anúncio são crianças, a fé deve ser uma teologia rala e rasa, sem densidade espiritual, sem aprofundamento bíblico. Uma espécie de papinha teológica, mais para despertar devoções e piedades que para promover um encontro com o Deus vivo. Então, muitos se desgastam em diminutivos como “mamãe do céu”, “papai do céu”, “Jesus nosso amiguinho”. Outros se dedicam a difundir figuras que mexem com a imaginação da criança, tais como anjos e santos da piedade popular. E ainda tem aqueles que simplificam ou minimizam a força da Escritura Sagrada transformando-a em histórias bem infantis, desviando-as do sentido original do texto. Pegam os relatos bíblicos e contam-nos como se fossem eventos acontecidos, tal qual estão escritos ali, sem nenhuma necessidade de interpretação: uma espécie de bíblia para crianças. É o caso do relato da criação, da queda, de Abrão e sua gente, de Sansão e Dalila, de José do Egito. Tudo bem que as crianças entrem em contato também com o Antigo Testamento. É muito bom que seja assim, mas não basta transformar esses relatos em histórias infantis. Eles precisam ser interpretados teologicamente, pois o autor sagrado quando os redigiu não escrevia uma história real, mas uma catequese ou teologia que pudesse

zante que temos dado às nossas crianças sucumbe no primeiro vendaval de emoções da adolescência, ela tem se desfeito mesmo antes do ataque da racionalidade que vem por ocasião da juventude. Tanto é que normalmente essas crianças nem têm chegado à crisma (por volta dos 15 anos); despedem-se da Igreja na primeira e última comunhão.

Quando aparecerem os primeiros questionamentos científicos, sua fé vai desmoronar como um castelo de areia. Muitos pegam os relatos bíblicos e contam-nos como se fossem eventos acontecidos, tal qual estão escritos ali.

ajudar sua gente a crescer na fé. O perigo que corremos com esse tipo de catequese é de infantilizar a fé. Porque lidamos com crianças não quer dizer que devemos testemunhar uma fé infantil, sem sólidos fundamentos, nem que devemos proporcionar uma experiência de fé ingênua e tola que não se sustente ao longo da vida. Uma catequese assim não prepara um seguidor de Jesus, um discípulo; ela forma o ateu de amanhã. Quando vier a primeira tempestade, aquele católico – agora jovem ou adulto – vai ver sua fé ir embora na enxurrada dos destroços de sua vida. Quando aparecerem os primeiros questionamentos científicos, sua fé vai desmoronar como um castelo de areia. Quando as primeiras e sérias decisões precisarem ser tomadas, ele verá que seus princípios religiosos são frágeis e não lhe dão segurança para seguir seu caminho. Ele se sentirá traído e enganado, e não apoiado e sustentado pela fé. Ora, o que a catequese pretende: ensinar umas historinhas da carochinha ou formar o cristão de amanhã? O que nós queremos: envernizar a vida das crianças com devoções populares baseadas em anjos da guarda ou ajudá-las a construir uma espiritualidade sólida e forte? Será que, quando essa criança crescer, a oração do anjo da guarda será suficiente para aliviar sua dor na hora da crise? Será que mandar um beijo para a mamãe do céu será o bastante para afagar seu espírito abatido na hora do sofrimento? Parece que não! A fé infantil e infantili-

Pensando nisso, entendemos que é preciso desde cedo dar às crianças uma experiência de fé confiável, na dose da criança é claro, mas uma experiência de fé autêntica e forte que a acompanhe pela vida e com ela amadureça cada dia. Então, em vez de ensinar orações devocionais, devemos ensinar de fato a rezar, a entrar em comunhão com Deus. Em vez de transformar Jesus em um amiguinho, melhor proporcionar uma experiência de seguimento de Jesus de Nazaré. Em vez de minimizar a dor do Calvário, melhor refletir sobre as maldades humanas. Em vez de transformar Deus em um papai do céu, que vive brincando com anjos na eternidade, melhor mostrar que ele é o pai de Jesus Cristo e nosso pai. Certamente que não vamos transformar Deus em um juiz implacável que fica anotando pecados lá no céu, com o intuito de vingá-los na hora do juízo. Mas daí a descaracterizar Deus, transformando-o no “amigo lá de cima”, num velhinho tipo Papai Noel ou numa energia cósmica, já parece demais. Em vez de ensinar que o Espírito Santo é uma pomba, parece mais inteligente mostrar que ele é Deus conosco. E assim vai. A catequese para crianças não pode e não deve ser uma catequese infantil, mas adulta, madura, como deve ser toda expressão de fé. Amenizar os mistérios da fé ou colocar tudo no diminutivo não resolve o problema catequético. Só nos cria mais um problema com consequências funestas para o futuro. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética

22 de novembro: Solenidade de Cristo Rei: um Rei que se faz próximo Reprodução da internet: http://goo.gl/SPCfoo

Sem dúvida, este título “Cristo Rei” induz-nos facilmente a equívocos para interpretar a festa do Senhor. Quando falamos rei, o que podemos pensar? Pensamos, por exemplo, no Palácio de Buckinghan, em Londres. Quando ouvimos falar de Cristo Rei, imaginamos logo uma glória, como nas grandes catedrais antigas do Oriente, onde existia a grande figura do Pantocrator (panto, em grego, significa tudo; crator significa poderoso). Um imenso mosaico do Cristo sério, severo, dominando tudo. Assim fizeram os homens e mulheres do século IV em diante: projetaram o Cristo às alturas, para as glórias da realeza. Estragaram a sua figura, porque Ele sempre foi muito próximo de nós. Quando a liturgia propõe falar do Cristo Rei, não fala da ressurreição, de quando subiu ao céu entre nuvens, mas de quando está preso, julgado por um pretor romano. Daí a pouco seria coroado de espinhos, receberia uma cruz, subiria para o Calvário, toda a sua roupa seria tirada. Nu e preso a uma cruz: esse é o rei! O palácio de Cristo Rei era a cruz, sua coroa era de espinhos, seu cetro era uma cana, seu manto era um trapo vermelho sujo, jogado sobre suas costas em meio à flagelação, cobrindo seu próprio sangue. Este é o nosso rei – próximo de nós, próxi-

mo da nossa dor, de nosso sofrimento. Para isso Ele quis ser rei. Não queria um reinado diferente, para que, quando esbarrássemos com a solidão, a tristeza, o desespero, não tivéssemos que olhar para cima, para um rei distante. Não! Mas bastaria olharmos para o lado. E Ele está ao nosso lado! Nos primeiros séculos, as imagens de Jesus que os cristãos mais próximos cultuavam nunca eram de um rei; preferiam a forma de um pastor. Nós tivemos medo do Jesus histórico, do Jesus que se aproximou das prostitutas, que acolheu a mulher condenada por adultério, ao invés de atirar-lhe pedras. Esse é o Rei que nós temos, e é como Ele que devemos ser para os outros – para o pai, para a mãe, para o filho. A todos daremos apoio, coragem. O pai e a mãe são reis quando estão próximos do filho, não se vulgarizando, mas colados a ele na força de pai, na força de mãe, para ressuscitá-los para a vida. Assim os mestres, professores, todos têm uma função na sociedade, vivendo colados às pessoas para dar-lhes a vida de que precisam. Toca-nos ser reis para elas, mas reis que acolhem, que ressuscitam, que consolam os corações atribulados. Ícone de Cristo Pantocrator baseado no painel do século VII no Monastério de Santa Katarina, Egito.

João Batista Libânio (adaptação de Frei Márcio, OFM Cap)


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santos do Mês e datas católicas

1º de novembro: dia de Todos os Santos

2 de novembro: dia de Finados

Todos santos e felizes em Cristo

Finados e a ressurreição

Reprodução da internet: https://goo.gl/hUSDOD

Se lhe fosse perguntado hoje: você é santo? Você é santa? O que responderia? E se a pergunta fosse: você é uma pessoa feliz? Qual seria a sua resposta? Há relação entre ser santo e ser feliz? Se ser santo é viver a vida pautada na experiência com Jesus Cristo e ser feliz também o é, já que é Ele o Caminho, a Verdade e a Vida, ser santo ou santa é ser uma pessoa feliz. Como canta o padre Zezinho, para ser feliz é preciso “amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu, sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria, e ao chegar ao fim do dia...” dormir mais feliz. Para dormir “muito mais feliz” é necessário, pois, levar Jesus para todos os lugares em que estivermos: para a escola, para o plenário, para as reuniões entre amigos e para os movimentos sociais, para a praça pública, para o lazer ou trabalho e, sobretudo, tê-Lo dentro de cada lar, em família. Isso vale também para as relações que estabelecemos na esfera virtual, nas incursões que fazemos, por exemplo, nas redes sociais, uma nova possibilidade de estar, se relacionar e se manifestar publicamente. Estamos vivendo tempos difíceis no mundo, observando uma inversão de valores em várias esferas da sociedade. Em nosso país, podemos identificar inversões de valores (sinais e atitudes contrárias à construção do Reino de Deus entre nós) na educação, na política, na família, nas redes sociais, nos hospitais, na segurança pública, nas relações interpessoais, enfim, em diversas instâncias. Diante dessa realidade, dormir mais feliz, com essa felicidade que emana da experiência de amar, sonhar, pensar, sentir e viver como Jesus, vai se esvaindo, ficando cada dia mais distante e mais difícil. E a culpa é de cada um de nós individualmente e, de todos nós, na escala coletiva (comunitária), enfim, da forma como estamos vivendo o nosso cotidiano. Por isso, a busca pela santidade deve ser diária e ininterrupta, trata-se de um desafio para o qual devemos nos preparar. Devemos, pois, viver por Cristo, com Cristo e em Cristo, em cada uma e em todas as nossas atitudes, deixando-nos guiar pelo caminho que é Cristo, pois caminhar sozinho é aceitar a nossa fragilidade humana, propensa à tentação de inverter os valores descritos pela verdade proclamada por Jesus, não só por suas palavras, mas também por seus gestos. Só assim, teremos a vida que, em Cristo, é feliz, abundante e eterna. Deixemos marcas dessa vontade de ser santo, de caminhar ao lado do Senhor e de ser feliz por Ele, com Ele e n’Ele. As canções nos ajudam a orar. Dentre tantas e belas músicas, sugiro que ouçam “Quero ser Santo”, cantada pelo Padre Alessandro Campos. Sejamos cristãos santos e felizes! Andréa Matos R. M. Castro Advogada e Doutora em Ciências Sociais

Reprodução da internet: http://goo.gl/4SceP5

A comemoração de “Todos os fiéis defuntos” acontece na Igreja Católica no dia 2 de novembro, um dia após a celebração de “Todos os Santos”. É antiquíssimo o costume de se rezar pelos mortos, pedindo ao Deus Todo-Poderoso que interceda por eles, em Sua misericórdia. A celebração iniciou-se entre os monges beneditinos de Cluny, na França, no final do primeiro milênio, e no século XIII já era vivenciada em toda a Igreja. Podemos encontrar a origem bíblica dessa oração universal pelos mortos no segundo livro de Macabeus, quando Judas, o grande líder, após uma batalha em que morreram diversos soldados seus, muitos deles com amuletos dos inimigos presos na mão fechada, manda oferecer um culto pelos seus combatentes, invocando de Deus o perdão pela possível idolatria, e também cultuando a memória heroica de seus homens. Judas Macabeu, “depois, tendo organizado uma coleta individual, enviou a Jerusalém cerca de duas mil dracmas de prata a fim de que se oferecesse um sacrifício pelo pecado; agiu assim absolutamente bem e nobremente, com o pensamento na ressurreição. De fato, se ele não esperasse que os que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos” (2 Mc 12, 43-44). No livro de Tobias, ainda no Primeiro Testamento, também temos outro fundamento: o Arcanjo Rafael diz a Tobias: “Quando tu e Sara fazíeis oração, era eu quem apresentava vossas súplicas diante da Glória do Senhor e as lia; eu fazia o mesmo quando enterravas os mortos” (Tb 12,12). Enterrar os mortos, eis aí uma tradição que revela a esperança na ressurreição dos mortos. No Evangelho, Mateus fala de um “mundo vindouro” (Mt 12, 32), que é a Pátria Celeste. Defunto, essa palavra pesada, vem da língua latina e designa aquele que cumpriu a sua função (functio), a sua missão, e agora está livre, desimpedido de tudo (de functus). Para com essas pessoas, resta-nos celebrá-las, torná-las sempre vivas em nossa memória. E a Missa, memorial do Senhor Ressuscitado, é o presente maior que aos nossos mortos podemos oferecer. O grande motivo de celebrarmos Finados tem seu fundamento no Credo, quando dizemos: “Creio na ressurreição da carne, e na vida eterna”. Primeiramente, há uma grande esperança de que a vida não termine com nossa existência terrena, breve e passageira. A fé, sobretudo aquela centrada nas Escrituras Sagradas, fortalece os que creem na vida eterna, como diz um canto litúrgico: “A vida, para quem acredita, não é passageira ilusão; e a morte se torna bendita, porque é nossa libertação! Nós cremos na vida eterna, e na feliz ressurreição”. Durante as celebrações eucarísticas e visitas aos cemitérios, vive-se um clima de nostalgia, uma breve consciência da vida passageira, da necessidade de vivermos eticamente melhor etc. Mas esse pensamento se esvai e, no fim do dia, todos estão novamente envoltos na faina diária, na luta pela vida, esquecidos de nossa fragilidade, esquecidos de que somos seres para a morte, como escreveu Sartre. Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas

26 de novembro: dia Nacional de Ação de Graças É interessante que as nações instituíram um dia para agradecer a Deus pela colheita, pelo ano que finda. Esse dia não é uma iniciativa das religiões e sim dos governos. Mas, sem dúvida, tem muito a ver com a ação de graças que fazemos a Deus a quem reconhecemos como doador de dons para nós. Mesmo não fazendo parte do calendário religioso e sim civil, esse dia é uma oportunidade para rezarmos e levarmos o nosso coração para estar mais próximo de Deus e, consequentemente, também de nossos irmãos e irmãs. Por isso, esse momento de agradecimento é o dia observado como “um dia de gratidão” a Deus pelos acontecimentos (a boa colheita) ocorridos durante o ano. Nesse dia, as pessoas dão as graças com festas e orações em família. No hemisfério norte, este é um dia ligado à colheita, chamado de Thanksgiving. Nos Estados Unidos, é um feriado nacional comemorado anualmente na quarta quinta-feira de novembro. No Canadá, esse feriado acontece na segunda segunda-feira de outubro. O Dia de Ação de Graças se destaca porque é instituído pelos países que querem ter um dia de agradecimento, de forma que todas as pessoas podem celebrá-lo da maneira como quiserem. As tradições em alguns países são fazer uma refeição com amigos ou com a família e agradecer pelo que se tem e pelo que ‘colheu’ no ano que passou. O primeiro Thanksgiving foi comemorado pelos colonos e índios americanos da colônia Nova Inglaterra no início do século 17, com a intenção de agradecer a Deus pela ótima colheita daquele ano. Sua verdadeira origem, entretanto, remonta aos festivais de colheita tradicionais em muitas partes do mundo desde tempos antigos. Hoje em dia o dia de Ação de Graças é uma comemoração da vida doméstica, centrado na casa e na família. O presidente Eurico Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, em 17 de agosto de 1949, por meio da Lei Federal Nº 781. O presidente Marechal Castelo Branco o regulamentou no ano de 1965, oficializando “a quarta quinta-feira do mês de novembro para a comemoração em todo o território Nacional”. O Dia Nacional de Ação de Graças pode ser comemorado de muitas maneiras, mas nós, como católicos, o que devemos fazer nesta data é agradecer, é bendizer, é rezar, é impetrar aos céus nossas ações de graças por tanta coisa boa que acontece em nossa caminhada e não agradecemos. Adaptação do texto de Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ. Publicado em 25 de novembro de 2014. Disponível em: http://goo.gl/APJOQp


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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Novembro de 2015

ACONTECEU NA PARÓQUIA Festa de São Francisco de Assis

Festa de Nossa Senhora Aparecida

Festa de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia

COZINHA FÁCIL

Pimentão recheado com carne moída

CAÇA-PALAVRAS

15 de novembro: Dia da Proclamação da República Reprodução da internet: https://goo.gl/uxXMst

Proclamação da República. Óleo sobre tela de 1893, por Benedito Calixto. Acervo da Pinacoteca Municipal de SP.

O BRASIL, após 389 anos como Colônia de PORTUGAL, tornou-se INDEPENDENTE e um IMPÉRIO,

E G A U S X A D S Y N A A P E O Ã S E D A

R L O I A P M I A E N O D S R M S D L D O

O I U V V Ç A T L H E D V W V I O A E K F

M S I M A H D Ç A W A R N H E M L K O U E

L B S E I N U A G I L A B G Z L I I A G C

S T A T R T R P U E K C S C M O R M Y D I

O A E S E R E L T A G I V T A E Ç M I E A

T C E I H H C U R C I S N Q P E L X T O S

X M U A L G E N O W S A A M I S I A O D E

A S O L A N R E P U B L I C A O B T U O Z

67 anos governado por Dom Pedro I e Dom Pedro II. Após movimentos regionais por LIBERDADE, foi proclamada a REPÚBLICA, em 15/11/1889. República significa “coisa pública” (res + publica). Os republicanos conseguiram derrubar o Império e instaurar a república por contar com a ADESÃO do marechal DEODORO da Fonseca, o primeiro presidente da República brasileira. Dom Pedro II partiu EXILADO para a Europa; morreu em 5/12/1891, em Paris. A república tem por finalidade fazer com que os bens da PÁTRIA estejam disponíveis democraticamente para todos, sem privilégios, como era no tempo do Império. Mas parece que, mesmo depois de 126 anos de existência, a República ainda precisa AMADURECER para que os bens públicos sejam realmente de TODOS.

V R B N M R U V E Q O I R W N E E Z P R P

S D P D O G R Ó K R A S T H M Q R Y M O N

V A D A R D O S N R F A A S O S D M U O I

S B D A T E I O E A I R P R X L A V C Ç W

O S C O U T A D Z Y L B A S C E D N O D T

F A V A R A G A E N R O F Z L A E O H O F

S V R A E N R L O E S R X A A Y C G D L I

C N L P O R T I P A S S C I A I C O Ç Ç W

Y T E D O C L X L A E N I A R E S T I R H

D O S O I N D E P E N D E N T E L O C S E

Ingredientes 5 pimentões coloridos 450g de carne moída 2 colheres (sopa) de azeite 2 dentes de alho amassados 1 cebola picada 100g de azeitonas picadas ½ lata de molho de tomate refogado Sal, orégano, salsinha e pimenta calabresa a gosto 1 colher (café) de noz moscada ralada 1 colher (sopa) de mostarda 1 colher (sopa) de molho de soja ½ pote de requeijão cremoso 2 ½ fatias de muçarela Modo de preparo Refogue em uma panela a carne moída com o azeite, alho, sal, orégano, pimenta calabresa e noz moscada. Quando começar a fritar, acrescente a mostarda, o molho de soja e, por último, a salsinha e as azeitonas. Deixe dourar. Acrescente o molho de tomate e deixe secar. Desligue o fogo, misture o requeijão cremoso e reserve. Corte um tampo nos pimentões, retire toda a semente, recheie-os com a carne, cubra com meia fatia de muçarela e tampe individualmente com papel alumínio. Leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos. Sirva quente.

DICA DE LEITURA

O Carteiro e o Poeta, de Antonio Skármeta Sucesso também no cinema, esta novela tem como cenário o refúgio de Pablo Neruda em Ilha Negra, no Chile. Narra a amizade do carteiro Mario Jiménez com o poeta, e como nasce a admiração pelas poesias e a cumplicidade entre os dois, até a morte de Neruda. Esta obra está disponível na Biblioteca do Convento dos Frades Menores Capuchinhos, (Rua Iara, 171 – Centro, Belo Horizonte).

PARTICIPE DO PROJETO LEITURA NA PRAÇA, AOS DOMINGOS, ÀS 10H, NA PRAÇA DA ABADIA, NO ESPLANADA.


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Informativo da Paróquia - Nossa Sra. do Rosário de Pompeia - Frades Capuchinhos - Novembro de 2015

página franciscana

17 de novembro: Dia de Santa Isabel da Hungria

Padroeira da Ordem Franciscana Secular (ofs)

25 de novembro: comemoração de todos os fiéis defuntos da ordem seráfica

Imagem: reprodução da internet: http://goo.gl/CjXa5C

Isabel de Hungria está entre as figuras mais fascinantes da Idade Média. O nosso saudoso papa João Paulo II citou-a no documento Mulheres Dignitatem entre as mulheres cristãs que mais dignificaram o gênero feminino. Nasceu na Hungria no ano de 1207, filha do rei André Segundo e de Gertrudes de Merânia. Foi educada em Wartburgo, centro da nascente literatura alemã medieval. A mais bela honra de Isabel foi a de ter desposado Ludovico Quarto da Turíngia, sob todos os aspectos um príncipe verdadeiramente exemplar que morreu como cruzado na Itália. Isabel e Ludovico viveram um casamento muito feliz, que ganhou grandes alegrias com o nascimento de três filhos: Sofia, Hermano e Gertrudes. Podemos realçar vários aspectos da sua rica personalidade. Destacaremos, sobretudo, a profunda humanidade e sensibilidade de seus atos e de suas palavras: uma vontade de viver não para si, mas para os outros, que se traduz num amor sem limites pelo marido e pelos filhos e a mesma delicadeza e atenção para com os outros, especialmente com os pobres e sofredores. Isabel mostrava sempre um semblante muito sereno, o que lhe conferia um toque de graça todo delicado. Conservou esse sorriso juvenil, que nunca veio a perder, mesmo passando pelas maiores tribulações, quando foi expulsa do castelo juntamente com seus filhos e reduzida a extrema pobreza. Logo depois, tomou sob seus cuidados uma criança rejeitada, portadora de grave deficiência e a teve junto de si em seus próprios aposentos, não se afastando dela até a morte. Aspecto fundamental da vida de Isabel é a sua pertença à Ordem Franciscana Secular (OFS). Quando teve contato com os franciscanos enviados para a Alemanha, entrou incontinenti na Ordem dos Penitentes, como era então chamada a OFS naquela época. A participação de Isabel na Ordem dos Penitentes foi tão importante que ela foi considerada a terceira figura do tríptico franciscano do século XIII, ao lado de são Francisco e de santa Clara. Santa Isabel foi canonizada no dia 12 de maio de 1235. Podemos caracterizar de maneira unitária toda a sua personalidade, dizendo que ela foi a santa mais

próxima de são Francisco de Assis que seu tempo conheceu. Paradoxalmente mais próxima na sua forte ação no mundo do que santa Clara, que vivia entre as paredes de um mosteiro. Em sua generosidade, teve de alguma forma que enfrentar seu confessor, que a proibia de aumentar a quantidade de esmolas e de servir aos doentes, temendo que ela ficasse privada do necessário para viver, ou sujeita a infecções pelo contágio. Tais resistências transpareceram na decidida vontade pauperística de Isabel, levada ao despojamento total. Esse despojamento também foi caracterizado por um tom de afetuosidade, ternura, gentileza e feminilidade, tendo como inspiração o exemplo haurido em são Francisco de Assis. Fatos, atitudes, sentimentos e relacionamentos pessoais fizeram com que santa Isabel fosse adornada pela honraria de ser a Padroeira da OFS. Santa Isabel é uma santa completa, uma incansável Marta que se dedicou inteiramente ao serviço dos pobres e abandonados. Uma ardorosa Maria, na oração e contemplação. Foi agraciada com grandes dons místicos, com êxtases e visões. Por ocasião do oitavo centenário de santa Isabel, o nosso papa emérito Bento XVI, escreveu uma carta ao arcebispo primaz da Hungria dizendo: “Com grande satisfação tomei conhecimento da preparação da grande festa. Nesta feliz circunstância, peçolhe que se torne intérprete junto aos fiéis da Hungria e de toda a Europa da minha espiritual participação nas celebrações previstas. Que elas sejam momentos oportunos para propor a todo o povo de Deus o esplêndido testemunho desta santa, cuja fama atravessou os confins da própria pátria, envolvendo muitíssimas pessoas também não cristãs em todo o continente”. Foi iniciado em Roma, o Ano Internacional Isabelino, a 17 de novembro do ano de 2007, trazendo novos estímulos para compreender melhor a espiritualidade dessa santa de Deus, que demonstra, ainda hoje, a todos os povos, a importância dos valores imorredouros do Evangelho. Morreu em 1231, com apenas 24 anos de idade. Teresinha Quirino, ministra da OFS

Rezemos pelos franciscanos e franciscanas que conviveram conosco e que, tendo abraçado a Irmã morte, vivem para a vida eterna.

Oração Ó Deus, glória dos fiéis e vida dos justos, que nos remistes pela morte e ressurreição do vosso Filho, concedei aos nossos irmãos, irmãs, parentes e benfeitores falecidos, que, tendo professado o mistério da vossa ressurreição, mereçam alegrarse na eterna felicidade.

29 De novembro: dia de todos os santos da ordem seráfica

Oração Deus eterno e todo-poderoso, que vos dignastes iluminar a vossa Igreja com o esplendor de todos os santos da Ordem Seráfica, fazei que, celebrando numa só festa a sua memória, possamos seguir na terra os seus exemplos e alcançar no céu a coroa da justiça.


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