Janeiro de 2016

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Periodicidade: mensal - Circulação: Zona Leste - Ano: XVXI - Edição de Janeiro de 2016

Tiragem: 3000 - distribuição gratuita

Epifania do Senhor

Página 3 palavra do pároco

Tempo novo, novo tempo Vida nova, nova vida. Trazemos em nosso meio a Boa Nova, o Menino Jesus, que há poucos dias nascia, veio visitar o seu povo. Ele vem como manifestação divina pra toda a humanidade, revelando pra nós o amor do Pai. Luz das nações e visibilidade do rosto amoroso de Deus na terra. Pois o amor se fez carne e habitou entre nós! E, em solidariedade, como os irmãos e irmãs que buscavam o batismo de João Batista para sua conversão, Jesus se deixa ser batizado e continua caminhando e visitando o seu povo, ajudando-os e educando-os para um novo jeito de ser e viver a fé, como testemunhas vivas do Evangelho. Nesse sentido, Saulo como era chamado antes de sua conversão, “caiu do cavalo” quando percorria o caminho de Damasco em perseguição aos cristãos. Passa a ser uma nova criatura, adota um novo nome, simbo-

Batismo de Jesus Página 3

lizando este novo tempo de sua vida. Paulo vai reconstruindo seu caminho, não mais como perseguidor, mais como amante do cristianismo e em comunhão com os irmãos de caminhada abraça uma fé fervorosa, se tornando um grande missionário. E por falar em serviço e busca de santidade, celebraremos no dia 20 de janeiro a festa de um grande e importante santo de nossa Igreja, São Sebastião, amigo dos pobres e de Deus! Homem que na sua integridade defende a fé e dá ao povo de seu tempo testemunho de amor e serviço ao Reino de Deus, nos ensinando a abraçar também o nosso compromisso com a fé, no cuidado dos irmãos e irmãs. Temos também, em 6 de janeiro, a festa dos três reis magos, aqueles que, guiados pela estrela, encontram Jesus e o acolhem dando presentes. Que possamos, assim como eles, levar presentes aos nossos ami-

A conversão de São Paulo no caminho de Damasco Página 5

gos e irmãos, sendo nós mesmos presentes de alegria, paz e esperança! Neste tempo em que somos convocados a ser uma Igreja em saída, uma oportunidade de exercitar a proposta de nosso Papa é visitar os irmãos enfermos, estar com eles nesse momento de fragilidade e muitas vezes de solidão. Que possamos levar uma palavra de conforto e ser uma presença viva de amor e caridade na vida desses nossos irmãos que muito já contribuíram com a história e caminhada de nossas famílias e comunidades. Rezemos pelos enfermos, neste dia 14 de janeiro, a eles dedicado. Frei Romero José da Silva, OFMCap

Confraternização Universal e da Paz Página 7


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14 de janeiro: Dia do Enfermo A palavra latina infirmus, sendo in negação, e firmus, firme, era usada no império romano para designar aquele que não estava firme para guerrear. As línguas de origem latina (italiano, francês, espanhol, português) fizeram de enfermo sinônimo de doente. No tempo de Jesus de Nazaré, os doutores da lei (únicos com autoridade em ler, interpretar e ensinar as escrituras judaicas chamadas de Torah; corresponde ao Antigo Testamento dos Cristãos) impunham que se alguém nascesse ou adquirisse um mal físico era devido a castigo de Deus por ter pecado. Esse “pecador” era impuro e transmissor da doença que portava. Por isso, tinha que andar em grupo e separado da comunidade, tamanha a rejeição que sofria. Todos agiam assim. Quase todos. Adentrava em Jerusalém alguém que ensinava diferente, Jesus de Nazaré. Surpreendendo a todos, dedicava-se especialmente aos rejeitados. E fez um diagnóstico: os doutores da lei e seguidores tinham corações endurecidos, sem amor; e os rejeitados eram sedentos de carinho, compreensão e amor. O Mestre queria todos no seu Reino. Ninguém poderia estar com o coração infirmus. Deveriam se indumentar de amor, por dentro e por fora. E deixou-nos uma regra: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10,27). Na Comunidade do Rosário de Pompeia queremos aperfeiçoar nosso treinamento para que possamos estar firmes com Ele quando o tempo chegar (Mc 13,35-37). Podemos estar entre os rejeitados e/ou enfermos de hoje. Então temos que rever como está o nosso coração e valorizar e admirar os que

expediente Pároco: Frei Romero Silva, OFMCap Pastoral da Comunicação – Pascom: Andréa Matos David Tierro Débora Drumond Frei Márcio Silva, OFMCap Frei Romero Silva, OFMCap Helder Chaia Madalena Loredo Maurício Nascimento Osmar Abranches Patrícia Leal Renilson Leite JORNALISTA RESPONSÁVEL: Débora Drumond - MG 013.116/JP

Receita de Ano Novo

Imagem: https://goo.gl/JrwMOU

Imagem: http://goo.gl/V8qCnW

já estão fazendo isso, quer seja com atitudes individuais, em grupos, ou políticas públicas que visam melhorar a vida de milhões de pessoas. Então, amigos, precisamos estar atentos, vigiando, orando e agindo. Helder Chaia, médico

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS NO MÊS DE JANEIRO Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pompeia Horário: segunda, às 7h; de terça a domingo, às 7h e 19h; Endereço: rua Iara, 171 – Pompeia Capela São Judas Tadeu Horário: domingo, às 20h Endereço: rua Iara, 727 – Pompeia Capela Nossa Senhora Aparecida Horário: sábado, às 18h Endereço: rua Violeta, 555 – Esplanada Capela Nossa Senhora da Abadia Horário: domingo, às 9h Endereço: praça da Abadia, s/n – Esplanada Capela São Rafael Horário: domingo, às 10h30 Endereço: rua Raimundo Venâncio da Silva, 15 – Santa Efigênia

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?) Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Carlos Drummond de Andrade

IMAGEM DA CAPA

Endereço: Rua Iara, 171 – Pompeia, Belo Horizonte/MG Telefone: (31) 3889 4980 E-mail: pascompompeiabh@gmail.com Facebook: www.facebook.com/paroquiapompeiabh Arte e impressão: Fumarc Gráfica - 31 3249-7400 O Jornal O Rosário reserva-se o direito de editar os materiais recebidos.

Epifania do Senhor. Imagem da internet sem alusão a autor: http://goo.gl/12A6Jj


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DESTAQUE

Epifania: momento da grande manifestação divina a toda a humanidade É chegado o terceiro tempo do ciclo do Natal. Época em que celebramos a revelação universal de Jesus Cristo, a manifestação da Luz do Senhor a toda a humanidade, conhecida também como Epifania. Esse período começa quando da comemoração da visita dos Reis Magos ao menino Jesus. A palavra epifania, de origem grega, significa “manifestação”, “aparição”. Antes de tornar-se um termo utilizado pela Igreja Cristã, significava a chegada de um rei ou imperador. A partir de Cristo, tem a conotação de manifestação do divino ao mundo, que no Antigo Testamento era expressa pelo vocábulo “teofania”. Epifania é uma das festas litúrgicas mais antigas da Igreja, e para celebrar este mistério de revelação e manifestação, ela tem como centro a célebre antífona do Magnificat, os três milagres (tria miracula): a visita dos magos guiados pela estrela, o batismo de Jesus com a teofania do Jordão e o milagre das bodas de Caná. Com o tempo, no entanto, foi-se dando maior ênfase à visita dos magos ao Menino Jesus, que é reconhecido por eles como o rei dos judeus. A visita dos Reis Magos é momento da grande manifestação, e percebe-se isso pela intensidade da luz da estrela que os guiou até a gruta onde estava o Menino Jesus e pelos presentes que traziam: ouro (Cristo reconhecido como Rei do universo), mirra (o Unigênito de Deus que se une verdadeiramente à natureza humana), e incenso (deve ser adorado pela sua divindade). Na liturgia da Epifania é este o tema mais frequente: Cristo como manifestação de Deus é luz para todos os povos, é a glória do Senhor que paira sobre todas as nações e por isso somos todos herdeiros da imortalidade do Filho de Deus. E a profecia se realiza plenamente quando os magos do Oriente, conduzidos por uma estrela, se apresentam em Jerusalém, procurando o Messias nascido na cidade de Davi e trazendo riquezas. Ali, em Jerusalém, se realizarão todas as aspirações de uma humanidade purificada e reunida na luz de Deus, riquezas estas que são a fé, a compreensão, a fraternidade, a justiça e a valorização da pessoa humana; e elas brotarão do coração daquele que assumir a mensagem de Jesus em sua vida. Mas, mesmo centralizando-se na visita dos Reis Magos, a Epifania foi a primeira manifestação de Jesus como Filho de Deus e que foi reconhecida somente

Adoração dos Magos, por Franceso Bassano (1567-69), Ermitage. Imagem: http://goo.gl/YYdZr3

pelos magos, por esses grandes doutores. Com efeito, a Epifania concentra os acontecimentos mais importantes dos primeiros anos de Jesus de Nazaré e os celebra como revelações e manifestações de sua divindade. Esta manifestação vai continuar acontecendo na vida de Jesus por meio de sua palavra, de seus gestos e principalmente por estes dois momentos fundamentais do início da vida pública de Cristo – o seu batismo, quando a voz de céu declara ser ele o Filho dileto do Pai e nas bodas de Caná, o primeiro sinal pelo qual Jesus manifestou a sua glória e fez com que seus discípulos cressem nele. A mensagem que se destaca na solenidade da Epifania do Senhor é a manifestação Divina a todos os homens, e Isaías mostra isso quando coloca Jerusalém como centro do mundo, e Paulo afirma que os gentios são coerdeiros das promessas feitas a Israel.

Assim, vemos que como os magos muitos homens empreendem uma longa caminhada para buscar Deus que se manifesta na fragilidade do filho de Maria. O menino Jesus é apresentado a todos os homens, e essa história dos magos é a nossa própria história: caminhantes, peregrinos que buscam a Deus. Que a exemplo dos Santos Reis Magos estejamos atentos aos sinais dos tempos para que, quando a estrela brilhar, possamos segui-la para onde ela nos quiser levar e que sejamos também vocacionados a procurar transformar nossa vida em instrumentos de sabedoria divina e que estejamos sempre atentos aos pequenos gestos que nos mostrem caminhos justos e dignos para direcionar a nossa vida no caminho da paz! Patrícia Leal, bióloga

João queria ser batizado por Jesus, mas tinha uma missão: batizar o Messias O batismo de Jesus é o segundo relato do evangelho que anuncia o encontro dos primos João Batista e Jesus. No primeiro encontro, ainda nos ventres de suas mães, João se agitou e saltou de alegria na barriga de Isabel após a saudação de Maria à sua prima que, repleta do Espírito Santo, exclamou: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!”. No segundo encontro dos dois, nos é narrado pelos evangelistas que o filho de Zacarias e Jesus se encontram aproximadamente trinta anos depois, no rio Jordão. O Evangelho segundo Marcos inicia-se com o anúncio da chegada de Jesus, relembrando a profecia de Isaías de que um mensageiro seria enviado para preparar o seu caminho, o precursor João Batista. Sabendo de sua missão de preparar os caminhos do Messias, vivia na expectativa de encontrá-Lo. Ao notar a presença de Jesus no meio das muitas pessoas que estavam no rio para serem batizadas, João mais uma vez se alegrou, e sua primeira reação ao notar que o primo também estava ali para ser batizado por ele foi se esquivar, sob o argumento de que não era digno nem de desamarrar-Lhe as sandálias, quanto mais de batizá-Lo. Ao contrário, para João, Jesus era quem tinha que batizá-lo. Por quais motivos João não queria batizar Jesus? Pelo menos duas reflexões podem ser feitas:

Batismo de Cristo (1481-1483). Por Perugino, na Capela Sistina, no Vaticano

a primeira por causa da natureza do batismo praticado por João, que era de conversão para o perdão dos pecados. João tinha certeza de que Jesus, por ser o Messias, não tinha pecado e, por esse motivo, não precisaria receber aquele batismo de água, que necessitava de um ato de contrição para que os pecados fossem perdoados. Afinal, não havia no Homem-Deus matéria de arrependimento e penitência. Ademais, o tempo todo em que pregou no deserto, ressaltou que ele batizava com água, mas chegaria alguém que “batizaria com o Espírito Santo e com fogo” (Lc 3,16). Que a remissão dos pecados viria pelo “Cordeiro de Deus”. A segunda

reflexão está na própria espera de João Batista pelo Messias, afinal, ele também queria ser batizado pelo fogo e pelo Espírito, para receber a graça santificante, que procede de Deus. Jesus, por sua vez, insistiu em receber o batismo de João, aceitou receber o batismo penitencial, a submeter-se ao rito utilizado para os pecadores, argumentando que “a justiça deveria ser feita por completo”. Nas palavras de Santo Ambrósio: “A justiça exige que comecemos por fazer o que queremos que os outros façam, e exortemos os outros a nos imitarem pelo nosso exemplo”. Jesus quis ser exemplo para que todos fizessem o mesmo: fossem batizados, mas a partir daquele momento, pela água, pelo fogo e pelo Espírito Santo. Cumprir toda a justiça significava submeter-se “por inteiro à vontade de seu Pai: aceitar por amor este batismo de morte para a remissão de nossos pecados. A esta aceitação responde a voz do Pai, que coloca toda a sua complacência em seu Filho” (Verbete 536, Catecismo da Igreja Católica). Uma vez batizados, desejemos ser filhos e filhas amados e amadas pelo Pai. Sejamos, pois, motivo de agrado de Deus. (Mt 3,1-17; Mc1,1-11; Lc 3,1-22; Jo1,19-34) Andréa Matos R. M. Castro Advogada e doutora em Ciências Sociais


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CATEQUESE PERMANENTE

Deus é amor

Muitos pais ainda hoje corrigem seus filhos ensinando-os que Deus castiga. A teologia do medo traz terríveis consequências psicológicas e religiosas. Imagem: https://goo.gl/gKmreg

Saber que Deus é amor e experimentar esse amor em nossa vida é algo que alivia o coração e dá força pra viver. No entanto, a teologia do medo não cai de moda. Vai e volta, a gente escuta uma mãe dizer pra seu filho: “Faz isso não que Deus castiga!”, “Deus vai mandar uma coisa ruim pra você porque você não foi bom menino!”, ou ainda, “Papai do Céu não gosta de menino malcriado!”. Mas, se é tão maravilhoso sentir o infinito amor de Deus por nós, por que insistimos tanto em torturar nossas crianças com essa teologia? Por que não lhes ajudamos desde cedo a confiar no amor misericordioso de Deus? Acontece que o deus-torturador e vingativo da teologia do medo tornou-se instrumento disciplinar usado por muitos pais e sem esta imagem eles não saberiam mais criar seus filhos. Parece brincadeira, mas ainda há quem precise deste recurso pedagógico às avessas para colocar limites em seus filhos. Alguns dirão: “Que exagero, isso não existe mais!”. Mas não faz muito tempo, quando eu ainda coordenava a catequese de certa diocese, esse assunto deu pano pra manga. A coleção Catequese Permanente trabalha no Módulo 1 (crianças de 8 a 11 anos) o tema Deus é amor. São aproximadamente 16 encontros cujo tema central é este: Deus é amor e só sabe amar. Ora, se Deus é amor, como disse São João (cf. 1Jo 4,16-19), a relação com ele não pode admitir o medo. Insistimos neste assunto com crianças e adultos na catequese diocesana. Refletimos, cantamos, rezamos, partilhamos, brincamos, sempre guiados pelos textos da Escritura Sagrada, procurando fazer a experiência desse amor. Foi aí que caímos num belo texto da Carta de Tiago (cf. Tg 1,12-18) que afirma que, de Deus, só pode vir coisa boa, pois ele é o Pai das luzes e não tem fases como a lua: uma hora manda bênçãos, outra hora man-

da castigos. Tiago insiste: “Ninguém diga quando for tentado ou provado: é Deus quem me tenta ou prova!”. Os catequistas ficaram surpresos com tal teologia. As turmas adoraram a boa-nova. Os adultos ficaram espantados; as crianças ficaram vibrantes de entusiasmo. Para que a família acompanhasse o processo, por ocasião de um encontro festivo onde seriam apresentadas as atividades desenvolvidas nos encontros, enviamos aos pais um cartãozinho com uma formiguinha bem serelepe e feliz dizendo: “Oba! Deus não castiga ninguém!”. E logo em seguida, o convite: “Venha celebrar o amor de Deus conosco na festa da catequese!”. Pra quê, meu Deus? Foi um Deus nos acuda. No dia seguinte, o telefone não parava de tocar; pais e mães desesperados queriam explicações. Não contente em resolver tal polêmica ao telefone, uma mãe extremosa, cheia de cuidados com seus filhos, procurou-me pessoalmente, possuída de cólera e convencida de suas razões: “Como você me desautoriza diante de meus filhos?”. “Mas como assim?”, perguntei eu sem saber o que se passava. “Você disse que Deus não castiga ninguém. Se é assim, como vou fazer para corrigir meus filhos? Definitivamente, esta catequese não me serve!”. Foi uma longa conversa... Espero ter convencido a mãe de que aquele instrumento de correção não era o melhor. Amedrontar os filhos em nome de Deus não só tem consequências psicológicas funestas, mas tem consequências religiosas terríveis. Este tipo de teologia forma o ateu de amanhã. Afinal, por que eu deveria ser amigo de um Deus que me tortura, me castiga, vinga e pune os erros sem nenhuma misericórdia? Que vantagens há em seguir seus ensinamentos e por que eu deveria ser seu discípulo? Além de consequências psicológicas e religiosas – perdoem-me os adeptos da

teologia do medo! – esta é uma grande inverdade. Deus é amor e as Escrituras não se cansam de mostrar isso. Se nos textos sagrados aparece também a imagem de um Deus colérico e castigador não é porque Deus assim o é. Este é um recurso literário, um antropomorfismo, para dizer que Deus – que é amor – não compactua com o mal, não tolera o pecado. Mas o que é antropomorfismo? É dar forma e sentimentos humanos a algo que não é humano, por exemplo, aos animais, como vemos nas fábulas. Este é um recurso comum na Bíblia, sempre utilizado pelos escritores sagrados, especialmente do Antigo Testamento. Os escritores projetam em Deus seus sentimentos; eles escrevem sobre Deus a partir de suas experiências. Quem escreveu os livros bíblicos projeta em Deus sua indignação, sua raiva, sua cólera... Mas quem conhece um pouco da linguagem bíblica e, principalmente, quem conhece Jesus de Nazaré, o Filho de Deus, sabe que Deus só pode ser amor. Esta verdade ficou muito clara em cada gesto de Jesus, relatado nos Evangelhos. Que o povo que escreveu a bíblia precisasse deste recurso para falar de Deus é totalmente compreensível. Mas que a gente continue torturando nossas crianças com tal absurdo, aí já é demais. Já se passaram mais de 20 séculos desde que a bíblia foi escrita. Já é hora de repensar nossa teologia e de mostrar na catequese a face amorosa de Deus. Não fez bem para nós cultivar medo de Deus e não foi sem sacrifício e dor que conseguimos superar tal equívoco. Não vamos repetir na catequese hoje uma teologia do passado que a história já mostrou seus limites. Não vale a pena! Confira outros artigos no www.fiquefirme. com.br. Solange Maria do Carmo Mestre em Teologia Bíblica e doutora em Teologia Catequética


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A conversão de São Paulo no caminho de Damasco

A conversão de São Paulo”, óleo sobre madeira, por Caravaggio, em 1600. Odescalchi Balbi Collection, Roma. Imagem: http://goo.gl/IMIrcM

A cidade de Damasco, na Síria, é a capital mais antiga do mundo. Ali vivem cristãos que circulam livremente com seus amigos muçulmanos, alauítas, sunitas, drusos e até ateus. E comem a comida síria, que nós conhecemos aqui no Brasil: kibe, esfiha, kafta, charuto de folha de uva, hummus, coalhada seca etc. Os damascenos são acolhedores, sempre foram: os primeiros cristãos, perseguidos em Jerusalém e arredores, encontraram abrigo na Síria, que acolheu também os cristãos perseguidos no Iraque, após a queda de Saddam Hussein. Dizem que o cristianismo nasceu

em Jerusalém, mas cresceu na Síria e na Turquia. Saulo de Tarso tinha cerca de 28 anos quando se dirigiu a Damasco em perseguição aos cristãos: uma viagem de duzentos quilômetros, sete dias de marcha! Tinha ordens expressas do Sinédrio, tribunal judaico, para prender os seguidores do Nazareno (At 9, 1-2; 26, 9-12). O que Saulo não previa nessa viagem aconteceu: uma forte luz aparece e o deixa cego. Dentro da luz, uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9,4). Aquele judeu devoto não perseguia alguém em particular; perseguia um povo. Quem se

identificava com aquele povo perseguido por ele? Saulo encontrou-se com a Luz! E caiu (At 9,4; 22,7). E ficou cego: três dias na escuridão (At 9,8). Aconteceu com ele o que acontecera com o profeta Ezequiel ao ver a glória de Javé (Ez 1 27-28). Saulo só foi curado da cegueira quando Ananias impôs as mãos sobre ele e disse: “Saulo, meu irmão” (At 9,8). Após três dias na sepultura da cegueira, pelas mãos de Ananias, Saulo se levanta como um homem novo, convertido! Diz que seu nascimento para Cristo não foi um parto normal, mas algo repentino, como um aborto (1 Cor 15,8). Foi apanhado por aquele a quem perseguia (Fp 3,12). Três dias, segundo as Escrituras, não significam exatamente 72 horas. Três é um número simbólico: Jonas, antes de chegar a Nínive, ficou três dias e três noites no ventre do grande peixe (Jn 2,1); Jesus disse aos judeus: “destruam este templo e em três dias eu o erguerei de novo” (Jo 2,9; Mt 27, 40); o Credo que professamos nas missas nos fala que Jesus ressuscitou ao terceiro dia “conforme as Escrituras”. As Escrituras nos mostram coisas grandiosas acontecendo ao final de três dias de muitas dificuldades. Três é o período da maturação, do novo nascimento. Saulo teve as vistas curadas, voltou a ver após três dias. As Escrituras poderiam falar de três meses, três anos. Morreu Saulo; nasceu Paulo. Paulo teve que ser catequizado na doutrina cristã. Não podia ser um convertido consciente num simples toque de mágica. Sua conversão é comemorada no dia 25 de janeiro, data em que também se comemora o aniversário de São Paulo, a maior cidade do Brasil. Ele era da tribo de Benjamim (Rm 11,1), membro do Sinédrio (At 26,10); como cidadão romano se chamava Paulo (At 16,37). Convertido, pregou o Evangelho suportando tudo. Ele fala que trabalhou mais do que todos os outros (1 Cor 15,10), embora se coloque como um dos últimos (1 Cor 15,9; Ef 3,8). Respeita a autoridade dos apóstolos, mas reivindica o título de apóstolo para si, pois ele também “viu” o Senhor (1 Cor 9,1). Ele foi um apóstolo itinerante, viajou milhares de quilômetros a serviço do Evangelho, como São João Paulo II fez há pouco tempo. A doutrina encontrada nos escritos paulinos dá grande base de sustentação ao cristianismo. Muitos chegam a dizer, num exagero, que não haveria cristianismo sem Paulo. Segundo os estudiosos, sete cartas são de Paulo, com certeza: Rm, 1Cor, 2Cor, Gl, Fp, 1Ts, Fl. Outras são de seus discípulos, mas levam o seu nome: 2Ts, Ef, Cl, 1 e 2 Tm, Tt. No final de sua vida, Paulo disse: “Vivo, mas não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Oxalá pudéssemos também dizer isso hoje, com a consciência tranquila. Ismar Dias de Matos, professor de Filosofia e Cultura Religiosa na PUC Minas

20 de janeiro: Dia de São Sebastião

São Sebastião. Óleo sobre tela de Giovanni Antonio Bazzi, em 1525.Imagem: http://goo.gl/E4X0Jc

Sebastião foi um soldado romano, oficial e chefe da Guarda Pretoriana e protetor pessoal do imperador Diocleciano, de quem era bastante querido. Ele nasceu por volta do ano 260 d.C., em Narbônia uma cidade da antiga Gália, atual França. Sua família, cristã e firme na fé mesmo nos tempos de perseguição ao cristianismo, mudou-se para Milão, na Itália, quando ele era pequeno. Ainda jovem, Sebastião decidiu entrar para a carreira militar, bastante promissora no império romano, subindo de posto várias vezes. A verdade, porém, é que, desde o início, ele pensava em usar de seu cargo para proteger e auxiliar os cristãos presos e perseguidos. E assim ele o fez por muito tempo às escondidas. Sebastião não só protegeu e libertou cristãos perseguidos, como também evangelizou e converteu soldados romanos, inclusive alguns da Guarda Pretoriana, pelo seu caráter e influência. Converteu até mesmo o governador da cidade de Roma e o seu filho.

Ao tomar conhecimento, o imperador viu nessas ações de Sebastião uma grande traição. Ainda mais porque tencionava elevá-lo a postos mais altos no seu exército. Mesmo assim, Sebastião assumiu e não renegou sua fé em Jesus Cristo, e ainda, argumentou sobre as injustiças que o imperador cometia contra os cristãos. Enfurecido, Diocleciano ordenou que Sebastião fosse amarrado a uma árvore e morto a flechadas. Talvez pela inabilidade dos soldados, as flechas que o atingiram não foram capazes de matá-lo. Dado como morto, foi resgatado por uma senhora cristã que cuidou dele até se recuperar. Ao saber que Sebastião estava vivo, o imperador Diocleciano mandou que fosse levado para um circo. Assim, no dia 20 de janeiro do ano 288, São Sebastião foi morto por açoites, pauladas e bolas de chumbo. Seu nome e sua coragem jamais foram esquecidos entre os cristãos. Maurício Nascimento, contador


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CAÇA-PALAVRAS

COZINHA FÁCIL

Folia de Reis A FOLIA DE REIS é uma festa católica ligada à comemoração do Natal e lembra os três reis magos, GASPAR, BELCHIOR e BALTAZAR, que viram a ESTRELA de Belém no céu e foram ao encontro de Jesus, que havia nascido. Em alguns lugares, os presentes são distribuídos nessa data. O dia de Reis é 6 de JANEIRO, mas a festa é comemorada durante muitos dias e de formas particulares em várias partes do Brasil e de outros países. Aqui, principalmente no interior, acontecem os chamados REISADOS ou Folias de Reis, festas folclóricas que são formas e expressões locais da MÚSICA, dança e ORAÇÕES, quando as chamadas “companhias” vão de casa em casa cantar os seus versos acompanhados de violas, violões, sanfonas, pandeiros, triângulos, e instrumentos de corda. O embaixador da COMPANHIA é responsável pela BANDEIRA e cria, como um repentista, os versos principais, alusivos à viagem dos três reis magos até BELÉM, a história de E G A U S M E S T R E L A F D G O S B Z A

R L O I A P K I A E N O D S R M S D E D O

O I U V V R E I S A D O S N Ç A T A L K F

M S I M A H D Ç A W A R N H E M L K C U L

L B S G I N U A M I N A B G Z L I I H G C

S T A A R T Y P U E G C S C M E R M I D I

J A E S E R E L T A F I V T A L Ç C O L U

L E R P H H C U R C I S N M P E M F R O S

Ç M V A L G E N O W D N A A I S U R O D O

O E K R T G F O L I A D E R E I S X V L I

Salada de lentilhas Ingredientes: - 1 xícara de lentilhas cozidas e escorridas - 1 cebola roxa cortada em rodelas finas - 150 g de queijo branco em cubinhos - 1 xícara de tomatinhos cortados ao meio - 1 xícara de azeitonas pretas fatiadas - 1 dente de alho bem picadinho - Salsa picada - Hortelã picada - Azeite - Sal - Pimenta-do-reino - Aceto balsâmico

Imagem: http://goo.gl/n0sAU1

MARIA e São JOSÉ e o nascimento do menino Jesus. No dia de Reis é costume desfazer as decorações natalinas, guardar os enfeites e desmontar os PRESÉPIOS. V R B N N R U V E R O Z R I S E I A P S P

S D P B A N D E I R A Q D A O Q C S M E E

R A D A R D E A N R F R A S J S A M U Õ S

A B D A T E D L E A I Y B R X L A V C Ç E

Z S C O M P A N H I A N A S C E U N O A R

A A V A R A G H E U R O F Z L A E O H R P

T V R A E N R L O E I T X A A Y C G D O I

L N L P O R T I P A S O C I A I C Y Ç Z W

A T E D O C L X L A E N R A R E S T I R H

para colorir Férias Chegaram as férias, Que bom que vai ser! Eu vou passear, pular e correr!

Eu vou dormir tarde, vou brincar lá fora... Vou ver televisão até fora de hora. Vou ler o que eu quero, de noite e de dia... Brincar com o cachorro,

vou fazer folia! Com todos os amigos vou ficar de bem, só volto pra escola no ano/mês que vem!

B E L E M P U L J A N E I R O L A C N P G

Modo de preparo: Cozinhe a lentilha na água com sal até ficar macia, com cuidado para não desmanchar. Em uma panela, aqueça um pouco de azeite e frite a cebola até dourar. Retire do fogo e espere esfriar. Em uma saladeira, misture a lentilha, a cebola, o alho, o tomate, a azeitona e o queijo. Tempere com vinagre, azeite, sal, pimenta e salsa picada. Leve à geladeira até a hora de servir.

DICA DE LEITURA

Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva

Autora: Ruth Rocha

Aos vinte anos, ele sobe em uma pedra e mergulha numa lagoa imitando o Tio Patinhas. A lagoa é rasa, ele esmigalha uma vértebra e perde os movimentos do corpo. Escrito com sentido de urgência, o livro relata as mudanças irreversíveis na vida do garoto a partir do acidente. Ele é transferido de um hospital a outro, enfrenta médicos reticentes, luta para conquistar pequenas reações do corpo. Aos poucos, se dá conta de sua nova realidade, irreversível. E entende que é preciso lutar. O texto expressa a irreverência e a determinação da juventude, mesmo na adversidade, e a compreensão precoce “de que o futuro é uma quantidade infinita de incertezas”.


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página franciscana

Confraternização Universal e da Paz

São verdadeiramente pacíficos aqueles que, por tudo o que sofrem neste mundo, conservam a paz na alma e no corpo por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. Imagem: http://goo.gl/EKJIvH

O Dia da Confraternização Universal ou Dia Mundial da Paz é comemorado em quase todos os países em 1º de janeiro. Esta data, convidando todas as nações e povos ao diálogo e à paz, foi instituída em 1968, pelo Papa Paulo VI, com objetivo de unir os povos numa festa celebrada mundialmente em busca da paz e do término dos conflitos entre as nações. Paulo VI sugeriu que a celebração desse dia não se restringisse à Igreja Católica, mas se estendesse a todos os povos. O próprio Senhor Jesus nos ensina a raiz da fraternidade, quando diz: “Como há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos” (Mt 23, 8-9). Trata-se, pois, de uma paternidade geradora de fraternidade, porque o amor de Deus, quando é acolhido, transforma-se no mais admirável agente de mudança de vida e das relações, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha. Assim, é fácil compreender que a fraternidade é “Fundamento e Caminho” para a Paz (Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2014). “Vence a indiferença e conquista a paz” foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz em 2016. A indiferença é frequentemente relacionada a diferentes formas de individualismo que produzem isolamento, ignorância, egoísmo, e isso leva ao desinteresse

pelos irmãos. O desejo do papa é que essa mensagem seja um ponto de partida para que todos os homens de boa vontade, especialmente aqueles que atuam na educação, na cultura e nos meios de comunicação, possam construir juntos um mundo mais consciente e misericordioso e, portanto, mais livre e justo. O objetivo é sensibilizar e formar o sentido de responsabilidade em relação aos gravíssimos problemas que têm atingido os povos em diferentes países, tais como o fundamentalismo, as perseguições por causa da fé e da filiação étnica, as violações da liberdade e dos direitos, o abuso e a escravidão, a corrupção e o crime organizado, além das guerras que causam o drama de numerosos refugiados e imigrantes. Para atingir esse objetivo, é indispensável a participação das famílias, dos educadores, formadores, operadores culturais e dos meios de comunicação, intelectuais e artistas (Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2016). Francisco de Assis menciona em seus escritos, na XV Admoestação, “’Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus’ (Mt 5,9). São verdadeiramente pacíficos aqueles que, por tudo o que sofrem neste mundo, conservam a paz na alma e no corpo por amor de nosso Senhor Jesus Cristo. E ainda, em seu Testamento, registra que ‘Como

saudação, o Senhor me revelou que disséssemos: O Senhor te dê a Paz’ (2Ts 3,16)”. Ignacio Larrañaga, franciscano capuchinho, no livro Irmão de Assis, cita que Francisco de Assis, após recuperar a paz, propõe aos seus irmãos da fraternidade: “Vamos sair pelo mundo semeando a paz, pois seria avareza guardá-la para saboreála sozinhos”. O mesmo autor se refere a Francisco como embaixador da paz e conta que entre o Bispo Guido e o prefeito de Perugia tinha surgido uma violenta discussão. Francisco sentiu muito pesar, e o pior é que ninguém fazia nada pela concórdia. Então decidiu tornar-se construtor da paz e acrescentou uma estrofe ao Cântico do Irmão Sol: “Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor, e suportam enfermidades e tribulações. Bem-aventurados os que sofrem em paz, que por ti, Altíssimo, serão coroados”. O Cântico foi cantado em praça pública com a nova estrofe, o prefeito e o bispo se abraçaram e selaram a paz. A harmonia voltou à cidade. Que em 2016 possamos vencer a indiferença e conquistar a paz no Brasil e no mundo! Maria Aparecida de Faria Grossi , OFS Vice-ministra da Fraternidade Nossa Senhora do Rosário de Pompeia


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