O Paráclito junho 2018

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Edição:

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O Paráclito

ANO 1 | JUNHO DE 2018 | EDIÇÃO ECUMÊNICA.

Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastarnos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. (2 Cor. 4: 16)

Ministério do acolhimento

Por Rev. Cezar F. Alves O primeiro serviço que uma paróquia deve realizar é o do acolhimento. É um fato a existência de muitos homens e mulheres numa situação de procura e que, em momentos decisivos, se dirigem à paróquia em busca de aconselhamento pastoral e orientação. Certos acontecimentos alegres ou tristes, de ordem afetiva, familiar ou profissional colocaram-lhes um conjunto de interrogações. Estas pessoas, por vezes, aproximam-se da paróquia. O acolhimento é decisivo. Os evangelhos, especialmente o de São João mostram a atitude de acolhimento que Jesus teve em relação a Nicodemos (um membro judeu do senado), à Samaritana (uma mulher do povo marginalizado) e ao Centurião (um funcionário romano pagão). Jesus acolheu publicanos e fariseus, prostitutas e doentes, marginalizados e crianças, massas populares e pecadores. A paróquia deve viver o serviço do acolhimento. A paróquia é a Igreja de portas abertas num lugar fixo. Pela sua presença visível, é um espaço aberto ao povo.

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Creio que, é bom lembrar que no ofício de instituição de um novo pároco o primeiro guardião da paróquia entrega as chaves do templo ao novo Ministro, dizendo: “Em nome e da parte da Paróquia – , Eu vos recebo e reconheço a vós, como nosso presbítero e pároco, e em sinal disto ponho em suas mãos as chaves da Igreja. Faça com que as portas estejam abertas para toda a gente”. Sendo assim, proponho uma reflexão sobre o fato de que muitas pessoas entram em contato com a Paróquia principalmente através da celebração Eucarística dominical. Ora, na Eucaristia a uma potente força de acolhimento e evangelização, e isto deve transparecer seja na fé do Ministro e dos presentes, seja mediante o desenvolvimento da liturgia em todas as suas partes, da acolhida aos cantos, dos gestos ao silêncio, da homilia aos avisos, das intercessões ao abraço da paz, da profissão de Fé a partilha do Pão e do Vinho eucarístico, Corpo e Sangue de Cristo dado por amor a nós. É preciso tão pouco para acolher com um sorriso, para dar uma explicação-informação com civilidade e gentileza, para retífica com calma uma informação errada. É importante sobretudo, mostrar que cada um particularmente é acolhido como pessoa, com sua dignidade intrínseca, inalienável, que Jesus nos habilita a reconhecer e valorizar, pois como sabemos as pessoas não aceitam de bom grado reprovações de quem não conhece ou não estimam, só através de uma amável

familiaridade é possível fazer as devidas correções e esclarecimentos. Desta forma, é necessário despertar em nossas comunidades, a capacidade e o empenho de viver sua vocação de ser uma Paróquia fraterna e acolhedora, uma fraternidade animada pelo espírito da unidade, a família de Deus num local concreto. A Paróquia não é essencialmente uma estrutura, um território, um edifício. A Paróquia é, em primeiro lugar uma comunidade de cristãos. Eis a finalidade da Paróquia, hoje: Ser uma comunidade misericordiosa, acolhedora e fraterna. Não se é cristão sozinho. “A Igreja só é Igreja quando existe para os outros” Dietrich Bonhoeffer. Depois de sete anos de ministério pastoral, estou inteiramente convicto de que as paróquias relevantes são aquelas que vivem de modo pleno sua vocação de comunidade terapêutica. Paróquias relacionais, comunidades de encontros autênticos farão a diferença nesta geração. A Paróquia relevante, é aquela comunidade que vive plenamente sua missão terapêutica trazendo cura, perdão e reconciliação. O

Frei Clodovis Boff em seu livro “Uma Igreja para o próximo milênio”, escreve que: “A Igreja de Cristo não pode fechar o coração a pessoa alguma, por mais perdida que possa parecer. Há de imitar seu fundador, que se chamou ‘Amigo dos publicanos e pecadores’ – Mt. 11:19 – A Igreja do crucificado não pode conhecer nenhuma sorte de exclusão, só os arrogantes estão fora, não porque sejam por ela excluídos, mas porque, por sua presunção, não se dignam de participar dela”. E continua: “A misericórdia de Deus se estende a todos aqueles que os sistemas morais e religiosos condenam e que são tidos como ‘pecadores’, proscritos e perdidos. A lista é longa, repartida entre categorias tradicionais e outras novas: as prostitutas, as mães solteiras, os divorciados, os homossexuais, as vítimas da AIDS, os dependentes químicos, etc.” Todos nós Clérigos e Eclesianos, devemos ir ao encontro de todos estes “perdidos”, em busca de um lar espiritual, “sem-tetos” religiosos, e com ternura e misericórdia pronunciar as palavras do Mestre: “Vinde a Mim e os aliviarei” Mt. 11:28-30, pois cada pessoa deve ser respeitada, acolhida e amada em nossas comunidades. E em nome do mesmo amor que acolhe, dizer: Apreciamos a sua participação em nossa comunidade. Vocês são sempre bem-vindos! Pois a Igreja de Deus “é Casa de Oração para todos os Povos” – Is. 56:7.

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Artigos

A palavra do Bispo Dr. Humberto Maiztegui Gonçalves Bispo da Diocese Meridional Igreja Episcopal Anglicana do Brasil

Q u e e i d e t e d i z e r, m e u p o v o ? S e p a r a t i a v e r d a d e é d o r, Se para ti a existência é abandono? Quem por séculos te maltrata, e vem, mais uma vez, oferecer o engodo? Quem é que devora tua carne? Que lucra te fazendo escravo? Quem é dono de tudo, e tudo pode? Quem diz que há democracia,

Uma palavra para o meu povo

mas não te deixa decidir sobre tua vida? Não permitas que a magia do mercado, usando religiões, mídias e afagos, te le ve a entregar tua esp erança, e m t ro c a d e e s p e l h o s e i lu s õ e s . Diz não aos truques sujos da violência, pois a vítima serás tu, de preferência. Diz não a qualquer solução que não emerga, d a tu a d e c is ã o l iv re e s ob e r an a .

Diz não a tudo o que exclui e discrimina, porque são as diferenças que te ensinam. E , s i m , m e u p ov o, am a d o p ov o, Diz sim ao encontro de cisivo, on d e s e r á s a forç a construtiva de tua história. Olha como és capaz dessa vitória, onde a justiça e a paz enfim se abracem, e seja tu: livre, feliz, santo!

Casal com síndrome de Down revela o segredo de 23 anos de “feliz união” Maryanne e Tommy Pilling estão comemorando 23 anos de felicidade conjugal. Quando trocaram seus votos, eles se tornaram o primeiro casal com síndrome de Down a se casar, enfrentando muitas críticas e previsões de que a união não daria certo. No entanto, os dois parecem mais felizes do que nunca. Tudo graças ao apoio da família e da comunidade, além de dois segredinhos. O casal se conheceu há mais de 24 anos, quando trabalhava na cozinha de um centro que ajuda adultos com desafios de aprendizado. Foi amor à primeira vista! Maryanne explicou ao site Echo News: “Eu nunca tinha sido tão feliz na minha vida antes. Eu achava ele muito bonito e adorável”. Depois, eles tiveram o primeiro encontro e deu no que deu. “Tommy causou uma boa impressão”, diz Maryanne.

Tommy também ficou apaixonado por Maryanne. Depois de 18 meses de relacionamento, estava pronto para pedir a mão da namorada 13 anos mais nova que ele. Como o rapaz não tinha dinheiro para comprar um anel de verdade, pensou em comprar um daqueles de brinquedo. Felizmente, quando a mãe de Maryanne, Linda Newman, soube das intenções do moço, ela o levou para comprar um pequeno anel em uma joalheria. Na hora em que Tommy pediu Maryanne em casamento, ela “pulava de alegria”, segundo o Today. O casamento aconteceu na igreja de Santa Maria, em Southend, Inglaterra. Na época, houve muitas críticas de pessoas que acreditavam que portadores da síndrome de Down não deveriam se casar. Felizmente, foi aí que a família de Maryanne entrou

Espediente:

O Paráclito Tel: (47) 3467 - 2430 Uma publicação:

Diretor: Nilo Junior adm.nilojunior@gmail.com

Diagramação: Christian Pacheco

diagramaçao@folhadearaquari.com.br www. facebook.com/anglicanosem joinville

em cena e ofereceu apoio aos noivos. A irmã de Maryanne, Lindi, foi categórica em dizer: “Tudo é possível através do amor e não devem haver limitações para ninguém, não importa quais sejam as circunstâncias”. Após o casamento, Tommy e Maryanne foram morar com a mãe dela. Depois mudaram-se para um apartamento do outro lado da rua. Embora eles ainda precisem de ajuda diária, como muitos outros casais, os dois compartilham interesses, gostam de cozinhar, jogar golfe, bem como um pouco de boliche. Como Tommy não tem parentes, a família da esposa cuida dele. E não há dúvida de que a história de sucesso do casal se deve em parte a essa dedicação dos parentes. Realmente, eles conquistaram toda a família. Lindi, a irmã de Maryanne criou

uma página no Facebook para o casal e postou muitas fotos, mostrando que os pombinhos ainda são apaixonados e que o amor entre eles só aumentou desde que se conheceram. Lindi quer inspirar o mundo com a maravilhosa história de sua irmã, cuja vida é tão cheia de alegria – b Mas qual é o segredo deles? Como eles mantiveram o casamento vivo enquanto tantos outros falham? Lindi revela: “Eles se amam com todo o coração e são honestos um com o outro”. O fato de a popularidade Maryanne ser equilibrada com a tendência de Tommy a ser mais reservado também ajuda. Em 2018, Tommy fez 60 anos justamente no Dia Mundial da Síndrome de Down. Ele comemorou com uma festa com seus entes queridos e vizinhos, basta ver as fotos!


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Especal IEAB

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IEAB 128 anos de história pastoral A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) é a mais antiga igreja nãocatólica romana do país, tendo suas origens no Tratado de Comércio e Navegação firmado em 1810 entre Portugal e Inglaterra e que permitiu à Igreja da Inglaterra estabelecer capelanias no país, contanto que elas não tivessem a aparência de templos religiosos. Nesse ano, ocorreram os primeiros cultos anglicanos do país – em inglês e voltado exclusivamente para estrangeiros. A primeira capela anglicana construída no Brasil foi em 1819 a Christ Church, no Rio de Janeiro. Em 1880 dois missionários americanos, Lucien Lee

Lucien Lee Kinsolving 1826-1929 1º Bispo Residente da IEAB) Kinsolving e James Watson Morris, organizaram uma missão em Porto Alegre. O primeiro culto foi realizado na tarde do dia 1o de junho de 1890, Domingo da Trindade, em Porto Alegre, na Rua Voluntária da Pátria, 387, numa ampla casa alugada, que ficou conhecida como Casa da Missão. Na época, Porto Alegre tinha aproximadamente 60 mil habitantes. No ano seguinte, chegaram os missionários William Cabell Brown, John Gaw

do Sul e descendo pela Serra do Faxinal onde está localizada a Paróquia da Páscoa em Praia Grande. Os primeiros Cultos foram realizados nas casas das famílias, uma delas foi a casa do senhor Idalino de Jesus Cardoso por volta de 1924. Seis anos mais tarde em 1930, foi adquirido o terreno onde é o salão paroquial, adaptado para servir de capela e salão para eventos sociais. Também Foto antiga do Altar da Catedral Nacional da Santíssima houve a necessidade de construir um cemitério, Trindade em Porto Alegre/ Arquivo Catedral pois não era permitido transformou na 19a enterrar pessoas de outra Meem e a professora Província da Comunhão confissão no cemitério Mary Packard. Esses cinco Anglicana e elegeu o seu católico, que era o único da missionários podem ser primeiro bispo primaz na cidade. considerados como os pessoa do Revmo. Bispo A comunidade em verdadeiros fundadores da Egmont Machado Krischke. Araranguá surge durante Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) em solo O processo de emancipação o Ministério do Reverendo Igreja Episcopal André Vargas a partir de brasileiro. Em seguida, da Anglicana do Brasil, até uma comunidade de origem estabeleceram missões em então dependente da igreja luterana fundada em 30 de Santa Rita do Rio dos Sinos americana, se completou dezembro de 1973. Como (hoje Nova Santa Rita), Rio com a independência não conseguia atendimento Grande e Pelotas. Essas três fi nanceira adquirida em pela Igreja Luterana a cidades e a capital do Estado 1982. comunidade entrou em logo se transformaram Atualmente, a Igreja em importantes pontos estratégicos e centros Episcopal Anglicana do irradiadores da expansão Brasil está presente em e do desenvolvimento da mais de 150 localidades do país, sendo composta igreja no Brasil. Em 1899, a Igreja Episcopal por nove dioceses e um Anglicana do Brasil teve distrito missionário (onde seu primeiro bispo na a presença anglicana é pessoa do Revmo. Lucien menor e carece de recursos Lee Kinsolving. Em 1907, para seu auto-sustento), a nova missão brasileira se cada uma deles encabeçado transformou em distrito por um bispo. James Watson Morris/ Armissionário, vinculado à quivo IEAB Em Santa Catarina Convenção Geral da Igreja A história da Igreja Episcopal dos Estados Episcopal Anglicana do contato com o Pároco da Unidos. O primeiro bispo brasileiro Brasil em Santa Catarina Igreja Episcopal em Praia só veio em 1940, com começa com a Paróquia da Grande, que passou a a sagração do Revmo. Páscoa em Praia Grande. atender a comunidade. O Athalício Theodoro Pithan O Reverendo Américo grande desenvolvimento se como bispo sufragâneo, Vespúcio Cabral assumiu deu durante o ministério do quando a Igreja Episcopal o que ele chamou de Reverendo Nilton Vergara, completou 50 anos de “Missão nos Campos de quando foi construído o atividades no Brasil. O Cima da Serra”, iniciando atual Templo da Igreja do Trabalho desenvolveu-se em Taquara no Rio Grande Cristo Redentor, a casa com a sagração de novos do Sul, aonde chegava de pastoral e o salão de festas bispos e criação de dioceses. Trem, subindo a cavalo para foi reformado atualmente, orientação do Em 1965, veio a autonomia São Francisco de Paula, sobre seguindo pelo interior, Reverendo Paulo Duarte, administrativa, quando a Igreja brasileira se passando por Cambará atual pároco.


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Notícias

Missão em Joinville oferece tarde de música para idosos do Lar Betânia No domingo dia 20/05 dia em que a Igreja celebra Pentecostes, e também encerramento da Semana de Oração para Unidade dos Cristãos, a Missão Anglicana em Joinville, através da Pastoral do Idoso, esteve

oferecendo aos moradores do Lar Betânia, cuidado pela Congregação da Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus da Igreja Católica em Joinville, um delicioso café da tarde e uma tarde musical com muitas

canções e muita alegria. O Café foi patrocinado pela Acredicoop uma cooperativa de crédito que atua no norte do estado. A animação ficou por conta do Instituto Movimento de Araquari e com o Grupo do professor de

Igrejas de Joinville encerram a SOUC

Durante a Semana de Oração pela Unidade Cristã, as diversas Igrejas e comunidades de Joinville reuniram-se em oração para celebrar a união. A Celebração de encerrramento foi na Paróquia Católica Nossa Senhora de Fátima da Rua XV de Novembro. Na ocasião o Pastor Marcos de Oliveira da Igreja Luterana, que ficou responsável pela pregação conclamou aos presentes que ficassem de mãos dadas durante a pregação

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mostrando como muitas vezes é difícil permanecer em união.

Vilão Edson Schimitz. Ao final da tarde um momento de oração e reflexão Bíblica e a visita com a benção final do Bispo Naudal Alves Gomes e de sua esposa Dona Carmen Regina Duarte, da nossa vizinha Diocese Anglicana do Paraná.


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