Bloco de notas // dezembro 24

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Notas do MD

No próximo dia 2 de dezembro comemoramos o dia do Museu do Douro com a habitual reunião de Fundadores para aprovação do Plano de atividades do próximo ano e inauguração da exposição temporária “A Segunda Pele”, de Balbina Mendes Serão ainda apresentadas as alterações feitas à exposição permanente “Douro: Matéria e Espírito”, com a atualização e abertura de novas alas.

A entrada no Museu do Douro será gratuita neste dia.

FAZ FALTA SABER

De modo a melhorar a nossa oferta, teremos disponível, a partir de 2025, um bilhete de acesso ao Museu que possibilita ao visitante adquirir o copo da prova de Vinho do Porto, desenhado pelo Arq. Álvaro Siza Vieira.

SONS DO DOURO APRESENTAÇÕES MUSICAIS

- 15 de dezembro, às 17h, IX Feira ECORAIA, Salamanca

- 21 de dezembro, às 21h, Natal na Cidade, Peso da Régua

DESTAQUE EXPOSIÇÃO

PERMANENTE

Este mês abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito, inaugurada em 2014. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, ao longo destes 10 anos temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.

Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.

Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.

O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).

Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.

No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.

Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.

Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu, que este mês celebra os 27 anos da sua lei de criação.

EXPOSIÇÕES ITINERANTES

MUSEU DO DOURO

CELEBRAR O DOURO, SEMPRE

Auditório Municipal de Sabrosa

> 10 de dezembro a 23 de janeiro de 2025

INAUGURA

DOURO, DE CASAL AGUIAR

Museu da Vila Velha de Vila Real

> Até 6 de janeiro de 2025

VIA ESTREITA, DE CARLOS CARDOSO

Núcleo Museológico Porta dos Figos, Lamego

> Até 13 de janeiro de 2025

9 MESES DE INVERNO E 3 DE INFERNO, DE JOÃO PEDRO

MARNOTO

Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real

> Até 15 de janeiro de 2025

PERCURSOS PELA ARQUITETURA

POPULAR NO DOURO, DO ARQ. ANTÓNIO MENÉRES

Biblioteca Municipal de Mesão Frio

> Até 27 de janeiro de 2025

O SONHO DE MAGALHÃES DE DOMINIQUE PICHOU

MIDU – Museu do Imaginário Duriense de Tabuaço

> Até 30 de janeiro de 2025

CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022

CITICA - Centro de Inovação Tecnológica INOVARURAL de Carrazeda de Ansiães

> Até 2 de fevereiro de 2025

*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

A SEGUNDA PELE, BALBINA MENDES

A PARTIR DE 2 DE DEZEMBRO

A série de pinturas ASegundaPele resulta do fascínio pela máscara, símbolo do outro ou dos inúmeros que habitam cada ser humano. Assim, a máscara pode ser percecionada num ícone ancestral, num poema, nas camadas de tinta sobrepostas, ou no plexiglassque se sobrepõe a um rosto. A Segunda Pele são as múltiplas máscaras que ocultam e denunciam, obliteram e revelam...No caso do plexiglass, camada exterior que se introduz nesta série, só por si funciona como dupla máscara. É como um filtro que, por um lado, distancia o espectador da superfície da tela; por outro, adiciona uma nova imagem e grafismo à pintura. Simultaneamente, o reflexo do plexiglass convoca o observador a interagir com a obra, ao ver a sua imagem projetada para além do rosto que observa, adicionando-lhe uma nova máscara, uma outra pele.

Duplo
I, Balbina Mendes, 2020

EXPOSIÇÕES VIRTUAIS

ARQUITETURAS DA PAISAGEM VINHATEIRA

Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.

Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira.

Mancha de vinha na Balsa, Tabuaço, Desejosa ©2007, Egídio Santos/MD https://tinyurl.com/ynz7bych

EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO

COLEÇÃO

NATÁLIA FERREIRA-ALVES

E JAIME FERREIRA-ALVES

Esta coleção, agora ao público, reúne um conjunto de obras doadas ao nosso Museu, por Natália e Jaime Ferreira-Alves que, durante a sua vida profissional, se dedicaram ao estudo da arte, tendo por isso um natural gosto colecionista. As pinturas expostas são da autoria de Mónica Baldaque, pintora com quem os colecionadores estabeleceram uma relação de amizade, e cujas obras se centram na paisagem do Douro.

Está igualmente patente uma secção dedicada a outras obras pertencentes a esta coleção, nomeadamente um conjunto de desenhos da cidade do Porto e do rio Douro, da autoria do arqueólogo amador inglês William Tipping (1816-1897).

Com o objetivo de dar a conhecer o acervo doado ao Museu, esta coleção estará patente ao público ao longo ano de 2024.

EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO

ELOGIO A ÁLVARO BALTAZAR

MOREIRA DA FONSECA

NO WINE BAR DO MUSEU

Mostra temporária em parceria com a Confraria dos Vinhos do Douro, em homenagem ao Eng. Álvaro Moreira da Fonseca, figura incontornável da história contemporânea do Douro e do setor do vinho do Porto.

A exposição reúne sobretudo testemunhos da atividade do Eng. Moreira da Fonseca enquanto funcionário do Instituto do Vinho do Porto e também de objetos pessoais, cedidos pela família.

Nascido em Massarelos, na cidade do Porto, Álvaro Baltazar Moreira da Fonseca (1902-1980) tem as suas raízes familiares no Douro, região à qual dedicou a sua carreira. Formado no Instituto Superior de Agronomia, integrou os quadros do Instituto do Vinho do Porto, chegando a Chefe da 1ª Divisão. É no exercício deste cargo, juntamente com o de Presidente da Casa do Douro, que desenvolve o seu trabalho, tornando-se um profundo conhecedor do território e da sua história. Do seu imenso legado ressalta o “Método de Pontuação” que criou para classificar as vinhas durienses, permitindo a distribuição do Benefício de forma científica.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

BIBLIOTECA

Na sequência do pedido de colaboração da Confraria dos Vinhos do Douro ao Museu do Douro, que nos desafiou a associarmo-nos à homenagem a Álvaro Baltazar Moreira da Fonseca, e da qual resultou a mostra sobre este Engenheiro Agrónomo, realçamos algumas monografias da sua autoria consultáveis na nossa biblioteca.

FONSECA, Álvaro Baltasar Moreira da - O método da pontuação. Algumas considerações sobre a distribuição de benefício. Régua: [s.n.], 1952.

FONSECA, Álvaro Baltazar Moreira daAs Demarcações Pombalinas no Douro Vinhateiro. 3 Vols. Porto: Instituto do Vinho do Porto, 1949-1951.

FONSECA, Álvaro Baltazar Moreira da - O benefício e a sua distribuição. Peso da Régua: Federação dos Viticultores da Região do Douro (Casa do Douro), 1949.

FONSECA, Álvaro Baltazar Moreira da; PINHEIRO, Altino Dias - Três anos na direcção da Casa do Douro (19471948-1949). Régua: Imprensa do Douro, 1951.

COLEÇÃO MUSEU DO DOURO

COLEÇÃO IVDP

Destaque da coleção IVDP dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado e progressivamente digitalizado pelo Museu para divulgar a história da região.

A. G. DA SILVA BARROSA

(Também referida como António Gomes da Silva Barrosa ou Sociedade Vinícola Douro – Porto. Lda.)

Empresa exportadora de vinho do Porto fundada em 1865 com a designação A.G. da Silva Barrosa. Na Alfândega do Porto, estava registada como negociante com o nome de António Gomes da Silva Barrosa exportador sob o número 14, em 1907; mudou em 1915 para A.G. da Silva Barrosa & Cª. Em 1933 a razão social passa a ser Sociedade Vinícola do Douro - Porto, Lda., sendo extinta em 1937.

Fonte: PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto. GUIMARÃES, J.A.G.; GUIMARÃES, S. – Prontuário Histórico do Vinho do Porto. https://digigov.cepese.pt/ consultado entre 02 e 07/11/2024

Registo de três medalhas de prata atribuídas em diferentes concursos. In Diário do Governo, 28 de julho 1897, consultado em 6/10/2024

Lista dos premiados, entre os quais António Gomes da Silva Barrosa a quem foi atribuída a Medalha de prata in Apêndice ao Diário do Governo, 1889, nº 16, consultado em 07/11/2024

Cronologia

1865 – Fundação;

1888 – Medalha de prata na exposição industrial portuguesa no grupo de vinhos generosos, licorosos e espumosos finos;

1889 – Medalha de prata na exposição de Paris no grupo vinhos e licores;

1893 – Medalha de mérito da Exposição Internacional de Chicago;

1897 – Medalha de ouro da Exposição Internacional de Bruxelas;

1900 – Medalha de bronze da Exposição Universal de Paris de 1900;

1902 – Medalha de ouro da Exposição Industrial de Vila Nova de Gaia; Medalha de prata da Exposição de Bordeaux;

1903 – Sócio efetivo nº 596 da Associação Comercial do Porto (António Gomes da Silva Barrosa, rua dos Marinheiros, 137, Vila Nova de Gaia); (informação consultada em: https://geneall.net/en/forum/80533/associacao-commercial-do-porto/ , 06/11/2024)

1905 – Sede na Rua do General Torres nº 75 e Rua dos Marinheiros nº 137, Vila Nova de Gaia;

1908 – Medalha de ouro e prata na Exposição Nacional;

1909 – Medalha de prata e bronze na exposição Universal de S. Luiz;

1926 – Sede na Rua Guilherme Gomes Fernandes nº 135. Vila Nova de Gaia;

1933 – Muda a razão social para Sociedade Vinícola do Douro - Porto, Lda.;

1934 – Situada na Rua Guilherme Braga nº 49/55, Vila Nova de Gaia;

1935 – Idem, armazéns; pontuação 1 na LOEVP – Lista Oficial de Exportadores de Vinho do Porto;

1937 – Extinção.

Registo e descrição do rótulo Aeronauta in Diário do Governo, 24 de julho de 1902 https://tinyurl.com/37k3anz6

PATRIMÓNIO RDD PELOS BINÓCULOS DE MIGUEL TORGA

Ana Ribeiro

Universidade do Minho

Tertúlia João de Araújo Correia

Miguel Torga, pseudónimo do médico Adolfo Correia da Rocha (1907-1995), assina uma abundante obra que se reparte pelos mais diversos géneros: poesia, conto, novela, romance, teatro e diário. Ao longo de sessenta anos de vida literária, recebeu vários prémios e homenagens, tendo sido em 1989 o primeiro escritor de língua portuguesa distinguido com o Prémio Camões, instituído no ano anterior com o objetivo de “consagrar anualmente um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”.

Em recreio ou em trabalho, o escritor transmontano viajou por vários países, mas foi o nosso país que lhe guiou os passos de andarilho incansável. Nascido em S. Martinho de Anta (Sabrosa), foi particularmente sensível aos espantos e espinhos da sua região. É uma via-sacra a vida daqueles que têm por missão aplacar montes. Homem e natureza são os obreiros de cenários esplendorosos como este que descreve no seu Diário III:

“Não pode haver no mundo coisa mais bela do que o vale do Pinhão, quando estas primeiras tin-

tas do outono o visitam. A gente olha de cima, e não está mais na terra. Debruça-se sobre um abismo de cor, ao fim do qual dois rios se bebem com sede um do outro”. O seu “S. Leonardo de Galafura” celebrizou uma aldeia duriense ao representar a paisagem deslumbrante que do seu miradouro se avista, capaz de “fazer pecar um santo”. São os montes, o rio (anterior à construção da barragem de Bagaúste), mas também os socalcos e os vinhedos que divinizam o “cais humano”, instilando no santo o sentimento telúrico que lhe dificulta a viagem.

S. Salvador do Mundo, que capitaneia umas capelinhas num miradouro na mesma zona, embora na margem esquerda do Douro, é menos afortunado. Intitula-se “Litania” o poema sobre o Ermo, como também é conhecido localmente. A insatisfação dos fiéis surge logo no início, através da pergunta retórica que questiona a obra divina: “S. Salvador do Mundo… de granito:/ Que salvaste, afinal?/ Ossos e ossos deste velho mito/ Que, sem terra, se chama Portugal”. A natureza agreste do local é sugerida pelo “granito” e pelos metafóricos “ossos”. Reduzido às pedras, o mundo resgatado pelo Salvador surge como uma espécie de cadáver, sem vida, ou não faltasse também a terra de onde ela poderia brotar.

O desejo de solo fértil manifesta-se claramente logo a seguir: “Nós nas giestas pedem-te, devotos, / Carne de alcova, húmus de semente”. A

giesta, único elemento referido da flora local, confirma a natureza penhascosa do local. No entanto, ela surge aqui associada a um ritual de fertilidade que recupera a “crença segundo a qual qualquer rapariga que queira encontrar noivo e vá em peregrinação ao ermo, se, ao descer ou ao subir o monte, conseguir dar um nó na rama de giesta com a mão esquerda e se o nó não se desatar, encontrará noivo e casará no espaço de um ano”, de acordo com o registo de Alberto Júlio Silva em Lugares Santos de Portugal (2016). Religioso católico e religioso arcaico convivem, pois, no mesmo local, conferindo-lhe uma espessura cultural para a qual as características físicas não são irrelevantes. Erigido segundo o modelo do monte sacro, o santuário, aproveitando as características do lugar, investiu de um outro valor este trecho da natureza.

O santo, no entanto, parece insensível aos apelos dos seus devotos, pois é a pedra que continua a senhorear a paisagem: “E são fragas que dás, beijos remotos/ Num corpo que no céu há-de ser quente”. Vida adiada para o Além, permanece a sugestão de morte associada à natureza rude do local.

A impassibilidade do santo e da natureza madrasta é dolorosamente reconhecida no final pelos crentes desiludidos: “S. Salvador do Mundo… português:/ Temos rezado tanto,/E dás-nos este monte, esta aridez/ Feita pela erosão do nosso pranto!”. Sozinhos perante uma natureza inflexível, apenas lhes resta o refúgio num choro desmedido, equivalente ao sofrimento atroz que persegue estas almas abandonadas.

Escritos em épocas diferentes, estes dois poemas apresentam o caráter contrastante da paisagem duriense. Se em “Litania”, datado de 1947, a paisagem de S. Salvador do Mundo se apresenta desoladora na sua aspereza, em “S. Leonardo de Galafura”, de 1961, o poeta de São Martinho de Anta põe-nos perante um panorama a que a mão humana acrescentou encanto. Os próprios miradouros não dispensam essa mão. Engrinaldados com templos, são locais de culto que dão fé da religiosidade da comunidade que os circunda, a qual procura auxílio divino para as lutas que diariamente trava. São lugares animados por crenças e histórias que, se não chegam a “almofadar tanta beleza” (palavras de Torga), mostram pelo menos como a adversidade não tolhe a imaginação e como natureza e cultura caminham juntas.

eusoupaisagem – educação e território

A base da ação assenta na pesquisa de relações de experiência entre as pessoas e as paisagens.

Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a presença de crianças, adolescentes, jovens, adultos e seniores em atividades de experiência e conhecimento.

Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.

Interpelam-se as paisagens e as pessoas com o teatro, com a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, a geografia, a antropologia e a literatura, com a arquitetura paisagista e o cinema, com o desenho, com a fotografia e com o som.

eusoupaisagem é, desde 2006, um convite, uma convicção e uma vontade para atuar e refletir sobre a educação neste território e nestas paisagens.

CAFÉ CENTRAL.

Mostra em cartazes | Museu do Douro, Peso da Régua | Agosto 2024

Café Central. Mostra em cartazes. ©MD. 2024

CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM. Projeto com escolas. 2025 . 2024 . 2023

eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de dife rentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, car tas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sus surradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.

Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liberdade e a paisagem?

E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democra cia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pensar, para perguntar, para conhecer melhor as paisa gens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?

O que importa cuidar?

Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda -chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do paisagem são necessariamente plurais e democráticas, mis turam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.

Os programas do eusoupaisagem são realizados com gru pos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em par ceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.

Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. Ilustração Sónia Borges. ©2024

PRÁTICAS PARTILHADAS

O que pode ser a paisagem? O que pode ser a liberdade? São as perguntas que orientam, o programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

DOISMAISUM

Programa de oficinas e pequenas caminhadas, com recurso a linguagens performativas e visuais, dirigido a grupos do Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário dos concelhos da Região Demarcada do Douro.

Práticas Partilhadas. Pré-escolar Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real. ©MD 2024.
Doismaisum. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©MD 2022.

Público Comum.

Centro Escolar de Lamego Nº1. Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. ©MD 2024.

PÚBLICO COMUM

Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1, para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional.

O QUE É QUE HÁ AQUI? | BIBLIOTECAS

Programa de oficinas de escrita e fotografia, leitura e movimento, em parceria com professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião e do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas e Agrupamento

João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©MD 2024.

GRAVAR TERRITÓRIOS

Como podemos e como queremos paisajar? Como podemos saber mais da vida humana e mais que humana que nos rodeia e de que fazemos parte? O programa paisajar é preparado previamente com associações ou coletivos locais que solicitam apoio e parceria ao serviço educativo do Museu do Douro.

Este programa, realizado com a fotógrafa Paula Preto, parte de uma iniciação básica à fotografia e ao vídeo e tem como ação base caminhar para conhecer, de mais modos, as pessoas e os lugares.

O gravar territórios, em 2025, decorre no concelho de Mirandela, com jovens estudantes da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais.

Gravar Territórios. Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais | Mirandela. ©MD 2024

LABORATÓRIOS DO VER

Espaço do serviço educativo do edifício sede

Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges

Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta a remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.

Ilustração

Laboratório do Ver –Proposta de intervenção nas janelas do Museu do Douro –Serviço Educativo.
Sónia Borges. ©2024

DEMOCRACIAS EM MUDANÇA | CHANGING DEMOCRACIES

A minha democracia é a tua democracia? Oficina itinerante do projeto europeu Democracias em Mudança | Changing Democracies.

Biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia.

Esta oficina itinerante apresenta 30 testemunhas de histórias de transição de ditadura para democracia de dez países europeus: Portugal, Espanha, Lituânia, Polónia, Roménia, Chéquia, Croácia, Países Baixos, Bélgica e Grécia.

Como seria a vida sem democracia? A democracia tem cumprido as suas promessas? O que é que uma democracia saudável precisa para funcionar eficazmente? Qual é o papel dos cidadãos?

Democracias em Mudança | Changing Democracies (2023 a 2025) recolhe histórias pessoais não contadas de toda a Europa sobre transições recentes para a democracia e como podem estas conduzir a uma reflexão crítica e ao diálogo sobre a democracia atual.

A minha democracia é a tua democracia? É um generoso acolhimento do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, em parceria com o serviço educativo do Museu do Douro, ao projeto Democracias em Mudança | Changing Democracies, que está sedeado no i2ADS - Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade, FBAUP.

Poesia: Revolução é um convite a uma pequena viagem de liberdade pela poesia.

É uma proposta da atriz Rita Reis para o projeto Changing Democracies | Democracias em Mudança.

DIZER ALTO

OS CAMINHOS DA INSTRUÇÃO FEMININA NOS SÉCULOS XIX E XX. BREVE RELANCE1.

INTRODUÇÃO

Segundo a física do século XIX, cada ser humano era dotado de uma certa quantidade de energia, a qual se mantinha constante no corpo, não devendo por isso ser destruída ou desperdiçada. A fim de manter essa “força vital”, como então se dizia, não era aconselhada uma instrução aprofundada para as mulheres, uma vez que se considerava que o “estudo em demasia” reduzia a energia disponível para os órgãos femininos mais importantes – os reprodutores -, causando ou, pelo menos, tornando a mulher menos fecunda ou incapaz de amamentar2.

Esta tese, que actualmente nos pode fazer sorrir, era apoiada por médicos, filósofos e largos sectores da opinião esclarecida, indo também ao encontro de um sentir popular que troçava da mulher culta. O provérbio português “Burra que faça him e mulher que saiba latim não a quero para mim” traduz, melhor do que muitas palavras, a reprovação social de que era alvo a mulher que ousava transcender os horizontes culturais impostos pelo seu tempo. O próprio historiador Oliveira Martins não escapou a esta vaga de fundo, satirizando a intelectual que definia como

“um virago de cabelo curto, e óculos, vestido pardo e sólidas botifarras, sobraçando rimas de livros”, ou seja como a antítese da feminilidade, tal como esta era entendida no século XIX.

Segundo se pensava, o prosseguimento de uma carreira científica (tal como a carreira política) implicava a masculinização da mulher e a alteração da sua verdadeira natureza. Entre tantos autores que se poderia mencionar, defende este ponto de vista D. António da Costa, figura insuspeita que, apesar de se ter batido pela instrução feminina no século XIX, se opunha ao ingresso das mulheres no ensino superior. E di-lo com toda a convicção, afirmando: “[…] sinceramente suponho, em meu humilde parecer, que a emancipação política e científica não é um princípio natural da mulher. Outras carreiras lhe podem ser destinadas, outras fontes lhe devem ser abertas; esta não. Creio que se lhe opõem a sociedade, e a natureza […]. Mesmo quando a natureza lhe não vedasse as qualidades políticas e científicas, a mulher que seguisse essa carreira masculinizar-se-ia, teria de endurecer o coração para

afrontar o duro coração do seu adversário, teria de enodoar-se nas intrigas eleitorais, de corromper-se na luta prática das assembleias políticas, de converter as doces qualidades do sentimento no rancor das paixões […]”4.

Com base neste tipo de argumentação – científica, cultural ou outra – as raparigas eram desencorajadas a prosseguirem uma instrução para além da escolaridade básica. As taxas de analfabetismo feminino reflectem este contexto desfavorável, o qual, embora abrangesse a maioria da população portuguesa, era mais penalizador para com as mulheres. Em 1878, 89,3% da população feminina maior de sete anos não sabia ler nem escrever, ou seja, nove em cada dez portuguesas eram analfabetas. Em 1930, o panorama não era mais animador: a taxa de analfabetismo feminino baixara apenas para 74,3%5. Apesar do relativo progresso, fruto sobretudo do esforço da I República para alargar o sistema de ensino a todo o país, as mulheres mantinham-se à margem da instrução pública e da rede escolar.

Só a partir de meados do século XX é que a situação muda radicalmente, progredindo a participação feminina nos diversos níveis de ensino, incluindo o superior. A feminização das universidades é, aliás, segundo António Barreto, uma das características “mais curiosas e radicais” da sociedade portuguesa desde os anos sessenta à actualidade6, a qual tem permitido às mulheres recuperar da desigualdade de que foram objecto na educação formal do passado. Trata-se de um fenómeno que continua a suscitar curiosidade e a exigir explicações, mas que deve estar relacionado com a existência de práticas discriminatórias no mercado de emprego, obrigando as jovens a reforçarem o seu capital educativo. Por sua vez, o “recuo” das candidaturas masculinas no ensino superior parece prender-se com a ausência de garantia de emprego por parte do Estado, com a mediocridade relativa das remunerações e ainda com a acentuada desvalorização dos diplomas.

O acesso das mulheres à instrução é, pois, um fenómeno historicamente recente, com pouco mais de cem anos. Foi, no entanto, uma das principais reivindicações pela qual se bateram homens e mulheres desde meados do século XIX e um dos elementos chave através do qual se forjou a cidadania feminina e a intervenção das mulheres no espaço público. Compreender as etapas deste processo, as razões que o motivaram e os resultados alcançados é o meu objectivo nesta breve comunicação. (…)

1 Este texto está publicado na obra Turres Veteras III, Actas de História Contemporânea, Torres Vedras, Câmara Municipal de Torres Vedras, 2000, pp. 93-101.

2 Segundo João de Ayres de Azevedo, “O desenvolvimento intelectual é, pois, causa de esterilidade, e na mulher, além de a tornar menos fecunda, torna-lhe a secreção do leite cada vez mais pobre” (Estudos feministas I – A Mulher, Coimbra, Livraria Académica João de Moura Marques Editor, 1905, p. 156). Idêntico parecer é emitido por José Ferreira de Macedo Pinto (Medicina Administrativa e Legislativa, Primeira Parte, Hygiene Publica, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1862, pp. 50-51).

3 Cit. por Carolina Michäelis, Primeiro de Janeiro, 12 de Janeiro de 1902.

4 D. António da Costa, A Mulher em Portugal, obra posthuma publicada em beneficio de uma creança, Lisboa, Typographia Companhia Nacional Editora, 1892, pp. 411-412; 419.

5 Paulo Guinote, Quotidianos Femininos (1900-1933), I vol., Lisboa, CIDM, p. 46.

6 António Barreto, A situação social em Portugal, Município de Matosinhos, Câmara Municipal, 1996, p. 21.

Vaquinhas, Irene: Nem gatas borralheiras, nem bonecas de luxo. As mulheres portuguesas sob o olhar da História (séculos XIX-XX) pág. 73-75, Edição Livros Horizontes, 2005

COLABORAR E PARTILHAR MUSEU DE TERRITÓRIO

02 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

02 de dezembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI de Lobrigos, Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. Santa Marta de Penaguião. [11h00 – 12h00]

04 de dezembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Atividade no Museu de Lamego com 3º ano do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

04 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

05 de dezembro – Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Atividade no Museu de Lamego com os 4º anos do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. [9h30 – 12h00]

05 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 11ºs anos da Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

05 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

06 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar das Alagoas. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

09 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

09 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [14h00 – 15h30]

10 e 11 de dezembro – Café Central. Região Demarcada do Douro. [09h30 – 17h30]

10 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. JI do Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [10h30 – 11h30]

10 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

11 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

12 de dezembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI Associação 31, Vila Real. [10h30 – 11h30]

12 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 6ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

12 de dezembro – 2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Centro Escolar da Alameda. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua. [14h30 – 16h00]

12 de dezembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens. JI Associação 31, Vila Real. [15h00 – 16h00]

16 de dezembro – Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 6ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. [10h40 – 12h10]

17 de dezembro – Cartas da Liberdade e da Paisagem. Sessão de trabalho com António Júlio, ator e encenador, e equipa do serviço educativo do Museu do Douro. Peso da Régua. [09h30 – 17h30]

21 e 22 de dezembro – Projetos em Parceria. Oficina onde o grupo, como coletivo, é colocado mediante linguagens e experiências para escutar os corpos e os lugares. AD – Associação Cultural e Recreativa de Dança de Lamego. Lamego. [11h00 – 12h30] - [14h30 – 16h00]

MuD

A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!

Núcleo Museológico de Fotografia do Douro Superior Torre de Moncorvo

O Núcleo Museológico de Fotografia do Douro Superior pretende ser um espaço de divulgação e partilha de recolhas fotográficas e de filmes de Torre de Moncorvo e da região envolvente, bem como objetos relacionados com o seu registo e tratamento. Este espaço foi criado por Arnaldo Duarte da Silva e atualmente é propriedade do Município de Torre de Moncorvo.

Este espaço museológico localiza-se no Núcleo Medieval do Centro Histórico de Torre de Moncorvo, num edifício que foi residência de um fotógrafo amador.

A exposição permanente pretende, em primeiro lugar, informar o visitante da história e da evolução dos processos fotográficos, com recurso a infografias, textos, aparelhos fotográficos e acessórios para obtenção de fotografias, além de instrumentos de revelação. Por outro lado, é também dada a conhecer a história do edifício, bem como as intervenções arqueológicas realizadas no local.

Num segundo nível, talvez com maior relevância, o núcleo expõe imagens – fotografias e registos em vídeo de atividades económicas, sociais e culturais da região ao longo do séc. XX, bem como de monumentos e paisagens. Conjugam-se estes registos com alguns objetos de cultura material, de forma a enriquecer o discurso expositivo.

O acervo é composto por mais de uma centena de milhar de imagens, distribuídas por vários fundos de indivíduos – caso do Padre Francisco Manuel de Castro, Horácio Nobre Brilhante Simões, Pinto Santiago – e de casas fotográficas – Foto Peixe e Estúdio Torre.

Após um processo de higienização e reacondicionamento do espólio fotográfico, encontra-se atualmente em curso o processo de digitalização e inventariação das imagens, tendo em vista a sua divulgação.

Banda da GNR no Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo © Manuel José Carva, Coleção N.M.F.D.S. / Município de Torre de Moncorvo

José dos Santos Peixe (1917-2002)

O Fundo “Foto Peixe” é o mais relevante deste núcleo museológico, reunindo milhares de registos fotográficos desde os anos 30 aos anos 90 do séc. XX, bem como máquinas e aparelhos de apoio à reprodução e revelação de imagens. O espólio foi adquirido aos herdeiros do fotógrafo. Os temas registados vão desde as festividades religiosas às atividades que marcam a vida económica e social do concelho, mas também da região. Merece particular menção vários milhares de registos de fotografias de estúdio de indivíduos dos concelhos de Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa, Freixo de Espada à Cinta, Alfândega da Fé, Mogadouro, Miranda do Douro e Macedo de Cavaleiros.

Dr. Horácio Simões (1910-2001)

Horácio Nobre Brilhante Simões, embora sendo natural de Lisboa, vem para Torre de Moncorvo na década de 30 do séc. XX, aqui falecendo já no início deste século. Além das funções de veterinário, foi também professor e político. Foi uma personalidade muito interessada pela História, Arqueologia e Etnografia da região. A sua coleção documenta os interesses diversos do fotógrafo, demonstrando um sentido estético assinalável, deixando registos de elevado interesse e qualidade para documentar a vida e o quotidiano do Estado Novo na região.

Máquinas de projeção de filmes de José Peixe e Horácio Simões, © António Bento, Coleção Município de Torre de Moncorvo

Informações úteis

Horário de Funcionamento:

Segunda-feira a domingo das 09:30 às 17:30

Preçário Entrada livre

Contactos: turismo@torredemoncorvo.pt 279 252 289

Rua da Misericórdia, n.º 14. 5160-303 Torre de Moncorvo https://www.cm-moncorvo.pt

Fiadeira e rendeira © Horácio Nobre Brilhante Simões, Coleção N.M.F.D.S. / Município de Torre de Moncorvo

CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA

Durante o mês de dezembro, encontram-se patentes ao público as seguintes exposições:

- Exposição do 1º Raid Fotográfico "Caretos de Lazarim na Alcaria de Mazes";

- Exposição "Máscara de Lazarim Identidade de uma comunidade";

- Exposição “Artesãos de máscaras de Lazarim”

- Exposição "Entrudo de Lazarim - Domingo-gordo e Terça-feira Gorda";

- Exposição "BUUU por detrás da Máscara"

Informações úteis

Horário de Funcionamento: Terça a domingo: 10:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00

Preçário Gratuito

Contactos: cimi@cm-lamego.pt 254 090 134

Rua José de Castro 5100-584 Lazarim

Exposição Temporária de Fotografia "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro"

As fotografias expostas, cuidadosamente selecionadas, capturam a essência das paisagens que moldam a produção de azeite na região de Trás-os-Montes e Alto Douro e demonstram que este produto é mais do que um ingrediente gastronómico, é tradição, herança cultural e testemunho da vida rural.

Através desta mostra, não se espera apenas celebrar a beleza das paisagens, mas também promover uma maior reflexão e compreensão da importância cultural e económica do azeite para esta região e para as suas gentes.

A exposição "Paisagens do Azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro" é uma iniciativa realizada no âmbito do programa Alma do Azeite, parceria entre a Câmara Municipal de Mirandela, APPITAD - Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro e IPB - Instituto Politécnico de Bragança.

O concurso de fotografia que deu origem a esta exposição foi apresentado ao público durante as comemorações do Dia Mundial da Oliveira, a 26 de novembro de 2023, quando o Município de Mirandela se associou ao Projeto Europeu Olive4All e à Rede Nacional de Comemoração do Dia Mundial da Oliveira, para assinalar o dia e a sua importância.

A estará patente até 31 de dezembro.

Informações úteis

Horário de Funcionamento: Segunda a domingo: Dias úteis das 9:00 às 18:00.

Preçário Gratuito

Contactos: moa@cm-mirandela.pt 278 993 616

Travessa D. Afonso III, 48 5370- 516 Mirandela facebook.com/moa.mirandela

MUSEU DO VINHO, S. JOÃO DA PESQUEIRA

14 dezembro | Comemorações do 10.º Aniversário do Museu do Vinho:

- Missa

- Formação sobre vinho do Porto “Saber Servir, Vender Melhor”

- Inauguração da Exposição Temporária de Pintura, de Lúcia Cardoso

- Noites no Museu com música ao vivoTapas, Vinho e Bolo de Aniversário

Informações úteis

Horário de Funcionamento:

De segunda a domingo: das 10:00 às 18:00

Preçário 4€

Passaporte Mud: 20% desconto

Contactos: mvp@sjpesqueira.pt 254 489 983

Avenida Marquês de Soveral, n.º 79 5130 – 321 S. João da Pesqueira

LOJA DO MUSEU

Novidades de dezembro. na Loja do Museu do Douro.

http://loja.museudodouro.pt/

RESTAURANTE A COMPANHIA

Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com

Reservas: 93 215 01 01

PRISMA DO VISITANTE

Ficha técnica:

Título: Museu do Douro

Subtítulo: Bloco de Notas do MD

Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO

Periodicidade: mensal

URL: https://issuu.com/museudodouromd

ISSN 2795-5877

Bloco de Notas do MD newsletter

geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt

Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua

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