

FAZ FALTA SABER SONS DO DOURO
CONCERTOS
6 de junho
20:00 – Santa Marta de Penaguião, BCC Douro
7 de junho
21:30 – Pinhel - Feira Medieval
10 de junho
21:30 – Peso da Régua – Douro Wine City, AUDIR

DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
No final de 2024 abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.
Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.
Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.
O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).
Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.
No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.
Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.
Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu do Douro.


Fragmentos de gomil, Coleção Museu de Lamego emprestada ao Museu do Douro (Intervenção arqueológica no Mosteiro de S. João de Tarouca - DRCN) ©2025, José Miguel Pires
DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
MEMÓRIA
DA TERRA DO VINHO NÚCLEO EXCELÊNCIA DO DOURO
Designação: Balcão de Provas
N.º inventário: MD/M-000299
Material: Madeira, xisto e folha de ferro
Dimensões: A 92 x L 252 x P 80 cm
https://tinyurl.com/5hfkmecu
Descrição
Peça de mobiliário, de madeira de nogueira, com formato retangular e tampo de xisto com abertura dupla, onde encaixam duas pias de folha de ferro esmaltadas de azul.
Função
Este móvel pertencia à Sala dos Provadores da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, atual Wine Bar do Museu do Douro, onde era usado como mesa de provas. Era aqui que se vazavam as provas de vinho após a sua avaliação.

EXPOSIÇÕES ITINERANTES



COADOURO – PARA UMA MEMÓRIA FUTURA
AUDIR, Auditório Municipal de Peso da Régua
> Abre a 10 de junho de 2025
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2020 “DOURO PATRIMÓNIO CONTEMPORÂNEO” –MEMÓRIA COM FUTURO
Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta
> Abre a 14 de junho de 2025
O SONHO DE MAGALHÃES –DOMINIQUE PICHOU
Museu Armindo Teixeira Lopes, Mirandela
> Abre a 20 de junho de 2025
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados

CELEBRAR O DOURO, SEMPRE
Auditório Municipal de Murça
> Até 25 de junho de 2025


CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022 - ALTO DOURO
VINHATEIRO: 20 ANOS PATRIMÓNIO MUNDIAL
MIDU – Museu do Imaginário Duriense Tabuaço
> Até 29 de junho de 2025
DOURO, LUGAR DE UM
ENCONTRO FELIZ
Sala de exposições temporárias, Museu do Vinho, S. João da Pesqueira
> Até 20 de julho de 2025


MITOS, CARLOS CARDOSO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> Até 27 de julho de 2025
CARLOS CABRAL: RÓTULOS DE VINHO DO PORTO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> Até 30 de agosto de 2025
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
SINFONIA
DO NADA - UMA VIAGEM DE LUZ PELA REGIÃO DO DOURO
ATÉ 18 DE AGOSTO DE 2025
A exposição, da autoria da fotógrafa Lúcia Duarte, é uma jornada visual que nos leva ao coração enigmático do Douro. Nesta coleção de fotografias, a autora, natural de Armamar, partilha com o público uma interpretação introspetiva da paisagem que, à primeira vista, pode parecer silenciosa e inalterada, mas que ressoa com uma melodia subtil e profunda.
Cada imagem escolhida é uma exploração das camadas invisíveis deste vale antigo, uma nota na sinfonia do invisível. Através das lentes da sua câmara, tenta imortalizar este espaço grandioso, nos seus momentos mais serenos e misteriosos — onde a bruma sobre o rio, as sombras nas encostas e a tranquilidade dos vinhedos revelam uma sinfonia oculta. Este silêncio aparente é, na verdade, um espaço repleto de histórias não contadas e de uma beleza que se desdobra lentamente.
«Sinfonia do Nada» convida a mergulhar numa experiência sensorial e introspetiva, que procura ir além da beleza externa. Interpela os visitantes a encontrar também o eco silencioso das profundezas do Douro, e que este silêncio revele novas camadas de significado e conexão com este lugar mágico e misterioso.

© Lúcia Duarte
EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO
FOTOGRAFIA
ALVÃO
COLEÇÃO IVP
ATÉ MAIO DE 2026
Mostra de uma pequena parte do importante acervo de imagens da Fotografia Alvão, pertencente à Coleção do Instituto do Vinho do Porto, incorporada no Museu do Douro desde 2021.
Este conjunto de fotografias, sob diversos suportes, evidencia as diferentes encomendas do organismo à conhecida casa fotográfica do Porto. Documentando aspectos das lides vitivinícolas durienses, do património do Douro e do Entreposto e também do próprio Instituto, estas imagens foram utilizadas ao longo de décadas para dar a conhecer o Douro e o vinho do Porto em publicações, exposições e ações de propaganda em Portugal e no estrangeiro.

Presegueda - Panorama do Baixo CorgoCol. MD/IVDP MD/M-2952.16 © Álvaro Azevedo, Fotografia Alvão / MD/IVDP
EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
ARQUITETURAS DA PAISAGEM
DO DOURO
Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.
Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira. https://tinyurl.com/ynz7bych

Mancha de vinha na Balsa, Tabuaço, Desejosa ©2007, Egídio Santos/MD
COLEÇÃO MUSEU DO DOURO
BIBLIOTECA ENCONTRO DE REDE DE BIBLIOTECAS
PÚBLICAS
DE PESO DA RÉGUA
No passado dia 20 de maio, realizou-se na Sala de Leitura do Museu do Douro, mais uma reunião da Rede de Bibliotecas Públicas da Região (RBPR).
O principal ponto da ordem de trabalhos foi a preparação da iniciativa “Arruada –Camões 500 anos”. Esta atividade, que assinala os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, contará com um conjunto de atividades culturais promovidas pelas bibliotecas da região, incluindo leituras públicas.
Durante a reunião foram ainda discutidos outros assuntos relativos ao funcionamento da Rede, reforçando a cooperação entre instituições e o compromisso com a promoção da leitura e da cultura no território.

ARQUIVO PARCERIA ARDAD
ESTÁGIO DA CARLA CUSTÓDIO
O Museu do Douro, no âmbito de um protocolo de colaboração com a ARDAD –Associação da Região do Douro para Apoio aos Deficientes, recebeu a formanda Carla Custódio para a realização de um estágio curricular com a duração de seis meses.
O estágio, que decorre nas instalações do Museu, está centrado em atividades de organização documental, com especial foco na constituição de maços de documentos de arquivo. Sob a orientação da equipa técnica, a Carla tem vindo a colaborar ativamente neste trabalho, contribuindo para o tratamento de um número significativo de documentos do Arquivo Histórico do Instituto do Vinho do Porto. Esta iniciativa reforça o compromisso do Museu do Douro com a formação em contexto de trabalho e com a inclusão social.


COLEÇÃO IVDP
Destaque da coleção IVDP dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado e progressivamente digitalizado pelo para divulgar a história da região.
MANOEL R. D’ASSUMPÇÃO & FILHOS, LDA.
Empresa exportadora de vinho do Porto fundada em 1887 por Manoel Rodrigues d’Assumpção. Inscreveu-se em 1907 na Alfândega do Porto como negociante, sob o número 63.
No Arquivo Histórico do Instituto do Vinho do Porto (AHIVP) a documentação, até à data, corresponde ao período entre 1950-1970 e, refere-se, na sua maioria, a pedidos de certificados de origem, selos de garantia e registo do vinho do Porto exportado.


Rótulo e gargantilha de vinho do Porto, cujo design segue uma narrativa conotativa associada à tipografia e à afirmação da marca. A gargantilha tem a indicação do tipo de vinho. MD/M-005577 https://tinyurl.com/bd3fsshd



Documento com as diferentes marcas a fogo usadas pela firma Manoel R. D'Assumpção & F.ºs, Lda. Além desta firma inclui também a A. C. d'Almeida, a Albert Thorups Bodega. Informação entregue para dar cumprimento ao artigo 7º, do decreto n.º 22.461 (que cria o IVP), que decreta a organização de um arquivo ou registo de todas as marcas de exportação.
Data provável: c.1934 - entrega no IVP dos rótulos e marcas de fogo da empresa para arquivo. https://tinyurl.com/mw25zhr5
CRONOLOGIA
1887 – Fundação da casa exportadora Manoel Rodrigues d’Assumpção
1907 – Inscrição na Alfândega do Porto sob o número 63
1908 – Consta do Anuário do Commércio do Porto com sede na Rua Serpa Pinto n.º 29, VNG, telef. 174
1926 – Passa de firma, em nome individual, para Manoel R. D’Assumpção & Filhos, Lda. Passam a fazer parte da sociedade a esposa e todos os filhos
A inscrição na Alfândega do Porto muda para o n.º 295
Muda de instalações para a Rua Valverde n.º 31, VNG
1935 – Pontuação 1 na LOEVP
28/09/1942 – Data de entrada no laboratório do IVP para análise da amostra do vinho velho do Porto Saúde
07/10/1942 – Data de entrada no laboratório do IVP para análise da amostra do vinho velho do Porto Relíquia Alto-Douro
26/01/1944 – Consta da relação de sócios do Grémio de Exportadores de Vinho do Porto com o n.º 44, com o direito de 1 voto
1948 – Instalações na Rua Valverde n.º 23, VNG
9/01/1950 – Data do primeiro ofício no AHIVP a declarar meia pipa e um barril de vinho do Porto, carregado no barco “Nereida”, com destino a Bordéus
4/05/1950 – Aprovação para aposição do selo de garantia das marcas “Gladder Tawny” e “Triumphal Ruby”
26 fevereiro a 29 março/1951- Correspondência entre a firma e o IVP relativa a pedido de troca de 33 meias garrafas de vinho da marca Gloire de Porto, compradas pelo IVP para exposição e venda nas gares de caminho-de-ferro. A empresa acede à troca por 11 garrafas de 0,75 cl do vinho do Porto Gotas de Ouro, seco de valor equivalente para serem vendidas no Solar do Velho Porto, em Lisboa, único local onde o Instituto pode realizar a venda
19/09/1951 – Envio de 5 coleções de toilette relativos à mudança de rótulo do vinho Porto Triunfal, vinho que já se encontrava no mercado mas com outro design
15/04/1952 – Referência à entrega de 12 garrafas de 0,75 cl marca ToastTawny no posto da Beira-Rio
20/05/1954 – Recibo de caixa, com 12 garrafas de Porto Assumpção, destinado ao Exmo. Senhor António Luiz da Silva Branco, Secretário da Legação de Portugal em Nova Deli, Índia
4/09/1956 – Ofício a informar o IVP da intenção da empresa de concorrer à exposição de vinho do Porto, a realizar no Palácio de Cristal, com o vinho do Porto Gotas de Ouro.
13/09/1956 - Aprovadas as seguintes amostras de vinho:
Blanc Supérieur 1940
Tawny Supérieur 1940
Rouge Supérieur 1940
24/09/1956 – Aprovadas as amostras de vinho:
Porto Rouge 1944
Porto Tawny 1944
Porto Tawny A 1944
Porto Rouge A 1944
Porto Blanc 1 estrela 1948
21/01/1957 – Ofício a indicar os vinhos que figuram na lista do Solar do Velho Porto em Lisboa: Porto Triunfal (Rótulo preto e vermelho), Gotas de Ouro seco e PortoAssumpção
Os agentes da empresa em Lisboa são Villarinho & Sobrinho, Limitada, Rua das Janelas Verdes, 56-82 Lisboa
25/01/1957 – Consta da relação de sócios inscritos no pleno gozo dos seus direitos e votos do Grémio dos Armazenistas de vinho com o n.º de sócio 954, categoria c) 20 000, sem registo de votos
6/05/1957 – Aprovação dos seguintes vinhos:
Porto Vieux Blanc – 20 ans d’age
Porto Vieux Tawny – 20 ans d’age
Porto Vieux Rouge – 20 ans d’age
7/06/1957 – Entrega de 6 garrafas da marca Relíquia para figurar no stand do vinho do Porto, a instalar na Praça D. João I, durante as Festas da Cidade do Porto, fornecida a preço líquido de 25$00 a garrafa
4 a 6 de novembro de 1957 – Pedido, pelo IVP, de 2 caixas de vinho do Porto Gotas de Ouro, para a Legação de Portugal em Bangkok. O preço estabelecido foi de 40% de desconto sobre o preço constante da lista de vinhos à venda no Solar. O pagamento deste envio foi feito a 14 de abril de 1958.

Último ofício com papel timbrado de Manoel R. D’Assumpção para o IVP AHIVP – PT/MD/AC/IVP/B/I/021/131/001
https://tinyurl.com/2hfdz9av
5/12/1957 – Pedido de esclarecimento ao IVP, acerca do uso da palavra Vintage, colocada pelos agentes na Dinamarca
25/08/1958 – Novo pedido, pelo IVP, de uma caixa de vinho do Porto Gotas de Ouro S, para a Legação de Bangkok
25/08/1958 – Pedido, pelo IVP, de duas caixa de vinho do Porto, Gotas de Ouro S, para a Legação de Salvador – Baía.
10/11/1958 – Envio de duas caixas de vinho do Porto Gotas de Ouro Seco para o Exmo. Sr. Dr. José Calvet de Magalhães, Chefe da Delegação junto do O.E.C.E em Paris
8/11/1960 – Envio de 1 garrafa de vinho do Porto, marca Porto Assumpção, destinada à exposição permanente de produtos portugueses a efetuar em Bruxelas, conforme circular n.º 1 696 do Grémio de Exportadores de Vinho do Porto
29/11/1961 – Pedido de dedução da taxa de propaganda do envio de 12 caixas de vinho, com 108 litros de vinho do Porto, destinadas aos Soldados do Ultramar e que havia sido paga. A circular n.º 1760 do Grémio de Exportadores de Vinho do Porto informava da isenção de tal taxa
11/07/1966 – O IVP solicita uma caixa de vinho do Porto Gotas de Ouro (Seco) destinada à Embaixada de Portugal em Karachi
27/06/1967 – O IVP solicita quatro caixas de vinho do Porto GotasdeOuro(Seco) destinadas ao Cônsul de Portugal em S. Francisco Califórnia
12/07/1967 – O IVP solicita uma caixa de vinho do Porto Gotas de Ouro destinada ao Embaixador de Portugal no Paquistão
25/04/1970 – Consta da relação de sócios do Grémio de Exportadores de Vinho do Porto com o n.º 35, com o direito de 1 voto
11 de setembro de 1970 – O IVP solicita uma caixa de vinho do Porto Triunfal, destinada à Missão Militar Portuguesa junto da OTAN em Bruxelas
2/03/1971- Aprovação da toilette da marca Saúde
20/09/1973 – Data da escritura pública onde são reconhecidos como sócios da firma Manoel R. D’Assumpção e Filhos, Lda. a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (Real Companhia Velha) e a Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal SARL, nas proporções de 70% e 30% respetivamente. A sede da firma muda para a Rua de Azevedo Magalhães n.º 314, VNG.
24/09/1973 – Pedido de autorização para armazenar nos armazéns da Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, 6 000 pipas de vinho da próxima vindima, dada a falta de espaço e vasilhas. O pedido é aceite e as pipas em questão ficarão sob a fiscalização do Instituto.

Garrafa de vinho velho do Porto adamado Triunfal https://tinyurl.com/mrxnfpzz

Garrafa de vinho velho do Porto Saúde, 28.9.942 https://tinyurl.com/5dh6rjst


13/10/1973 – Devolução, por parte do IVP da certidão da escritura de cessão de quotas e alteração do pacto social da firma
26/12/1973 – Envio ao IVP nova Escritura a comunicar a alteração do Pacto Social da empresa:
1. La Martiniquaise, quota de 900 contos
2. Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro - CGAVAD, SARL, quota de 50 contos
3. Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal,SARL, quota de 50 contos
12/02/1974 – Pedido de autorização para engarrafar 50 000 garrafas nos armazéns da CGAVAD, devido à falta de mão-de-obra
20/05/1974 – IVP informa que tem disponíveis, para levantamento, os 250 000 selos de garantia, novo modelo, parte da encomenda de 350 000 selos
4/07/1974 – Novo ofício a reiterar a necessidade, imperativa, de levantamento dos selos até 31 de dezembro de 1974
17/09/1974 – Aprovados, como renovação de lote, os vinhos PortoTriunfal(White Dry Port), Saude, Gotas de Ouro (doce), Gotas de ouro (seco), Reliquia, Porto Assumpção e Porto Triunfal
28/10/1974 – Aprovada a roupagem das marcas ReservaAssumpção e Reserva, para todos os mercados
26/12/1974 – Último ofício com papel timbrado de Manoel R. D’Assumpção para o IVP
1975 – É revendida à empresa francesa La Martiniquaise e dá origem à Gran Cruz Sociedade Comercial de Vinhos Lda.
Fontes: https://bibliotecacasadoinfante.cm-porto.pt/sh_tripeiro/online/bap/b54961_07.pdf Biblioteca Casa do Infante, Anuário do Commércio do Porto, 1908, consultada online 15/05/2025
Diário do Governo 25/04/1970, 31/01/1957, 7/02/1952, 8/02/1951e 2/02/1944.
Arquivo Histórico do IVP
MARTINS, CONCEIÇÃO ANDRADE – Memória do Vinho do Porto
PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto.
GUIMARÃES, J.A.G.; GUIMARÃES, S. – Prontuário histórico do vinho do Porto.
BALCÃO DE PROVAS
O balcão de provas pertencente à Sala dos Provadores da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, possivelmente datado da segunda metade do século XVIII e de presumível produção nacional, constitui um exemplar raro do mobiliário técnico-laboratorial português, com grande valor patrimonial e documental.
Antes da intervenção, o balcão evidenciava sinais significativos de degradação: verniz escurecido, superfícies danificadas, elementos em falta e corrosão nas partes metálicas. Faltava-lhe ainda a coluna com torneiras, um componente essencial cuja presença está documentada em registos fotográficos antigos.
A intervenção de conservação e restauro teve como princípios orientadores o respeito pela autenticidade, intervenção mínima e uso de materiais compatíveis e removíveis. O balcão foi cuidadosamente estabilizado, limpo e protegido, sendo também reconstituídos ou restituídos alguns elementos em falta, como a tubagem e as fechaduras, com base em modelos compatíveis com os originais. Apesar dos bons resultados alcançados, a ausência da coluna com torneiras continua a comprometer a leitura completa da peça - tanto do ponto de vista técnico como histórico.
Neste contexto, o Museu apela, com sentido de responsabilidade patrimonial, a quem possa ter conhecimento do paradeiro desta coluna, que nos ajude a repor o móvel original. A sua devolução, mesmo anónima, representaria um gesto nobre de preservação da memória coletiva e permitiria restaurar a integridade da peça. Mais do que um objeto funcional, este balcão de provas é um marco da cultura material portuguesa, testemunhando práticas enológicas do passado e a ligação entre o saber técnico e a identidade regional.


Balcão de Provas antes das obras de restauro da Casa da Companhia ©2004, MD
Intervenção de restauro ©2013, MD

A Feira de São Pedro, 1888. Fotografia de António Narciso Alves Correia. Acervo Museu do Som e da Imagem.
PATRIMÓNIO RDD
A OLARIA DE BISALHÃES E A FEIRA DE SÃO PEDRO
Ana Rita Dias Simão de Melo
Pelo Município de Vila Real
No dia 28 de novembro de 2016, em Adis Abeba, na Etiópia, o processo de confeção do barro negro de Bisalhães entrou para a Lista do Património Cultural Imaterial Que Necessita de Salvaguarda Urgente. Esta designação específica tem “a função de alertar para o sério risco de desaparecimento de uma prática cultural, neste caso imaterial, apesar da existência de algum tipo de tentativa de o prevenir.” (Bernardo, 2022, p. 27).
Isabel Fernandes refere que “desde pelo menos o século XVI que nas terras em redor de Vila Real havia homens a trabalhar o barro e a fazer loiça de que a população necessitava para armazenar, preparar, cozinhar e servir os alimentos” (Fernandes et al., 2009, p.7).
Existem registos documentais (Foral de D. Manuel I de 1515, Foral de Lordelo de 1519), que referem a produção de louça em aldeias próximas a Vila Real (Lordelo, Vila Marim, Parada de Cunhos, Mondrões e Bisalhães), pelo menos desde o século XVI. Louça essa que, maioritariamente, era de caráter utilitário, como sendo alguidares, potes, púcaros, talhas, bilhas, panelas, cafeteiras. Também a existência de bastante barro nesta região pode ser um fator que explique a existência desta atividade.
No século XVIII, são já em maior número as fontes documentais a fazer referência à atividade olárica da região, e ao elevado número de oleiros em atividade em Mondrões e Lordelo.
Com a criação da região demarcada, deu-se início à construção de muros, de socalcos e à plantação de vinhas em larga escala, o que naturalmente fez aumentar a produção e comércio do centro olárico de Bisalhães, para suprir estas necessidades (Bernardo, 2020, p. 116).
Em 1882, Luís Fernandes, um oleiro natural de Bisalhães, ganhou uma menção honrosa na Exposição de Cerâmica Nacional, no Porto, organizada por Joaquim de Vasconcelos (Fernandes et al., 2009, p.17). Alargou-se então o mercado da venda das peças utilitárias, pois os oleiros e as suas mulheres e filhos começaram a percorrer, a pé, os caminhos que ligavam a sua aldeia a outros locais mais distantes, como Peso da Régua, Sabrosa, Alijó, Santa Marta de Penaguião, Lamego, São João da Pesqueira, para venderem as suas peças ou para as trocar por bens alimentares diversos (Tapada, 2013).
Mas era na feira de São Pedro, também denominada de Feira dos Pucarinhos, que todos se encontravam nos dias 28 e 29 de junho para vender centenas de peças de barro de caráter utilitário.
Embora não seja conhecida uma data precisa para o seu início, alguns registos dizem-nos que pelo menos desde meados do século XIX que ela se realizava. Esta feira secular situava-se (ainda se situa atualmente, embora com menor ênfase) na Rua Central, acumulando-se as peças junto à Capela Nova, onde milhares de pessoas afluíam nesses dias. Nesta feira juntava-se o artesanato, a cultura popular e a celebração comunitária. Juntamente com as peças de barro negro, vendiam-se também as peças de linho de Agarez, numa espécie de “casamento” que durou várias décadas.

A Feira de São Pedro, 1955. Fotografia de Mário Rodrigues da Silva (1905-1983). Acervo Museu do Som e da Imagem.
Também era na feira de São Pedro que se jogava o “jogo do Panelo”, no qual as peças, normalmente as que tinham defeito e não eram, portanto, vendidas, eram atiradas de mão em mão enquanto as pessoas, em roda, cantavam canções populares, perdendo quem a deixasse cair.
A partir da segunda metade do século XX, com o avanço tecnológico que criou materiais inovadores e baratos, como os recipientes de plástico e alumínio, que gradualmente foram substituindo os objetos de função idêntica, mas em cerâmica. Como estes recipientes de plástico e alumínio eram mais resistentes e duradouros, a olaria teve de se reinventar para não desaparecer, adaptando-se aos novos mercados e exigências da população. Começam então a fabricar-se peças com finalidades decorativas, como miniaturas, serviços de chá, jarras, e pucarinhos de peito. Ao mesmo tempo, abandonam-se também a venda pelas feiras da região e a venda pelas aldeias, começando a fixar-se postos de confeção e venda na Estrada Nacional n.º 15, que fazia a ligação entre Vila Real e o Porto, sendo, à época, a principal via rodoviária existente na região. Refira-se que estes postos de venda eram bastante rudimentares, com louça exposta no chão ou em expositores arcaicos de madeira.
A feira continua a realizar-se anualmente nos dias 28 e 29 de junho, associada a outros eventos, como, por exemplo, a Noite Negra, com jantar e animação musical, na Avenida Carvalho Araújo. Tenta-se, deste modo, reavivar a tradição, que resiste ao passar dos anos e ao número escasso de oleiros em atividade.
Referências bibliográficas:
• Bernardo, E. (2020). Patrimonialização e turismo cultural no Douro: O caso do barro de Bisalhães [Universidade de Aveiro]. http://hdl.handle.net/10773/28827
• Bernardo, E. (2022). Turismo Cultural e Patrimonialização no Douro (Portugal): O Caso do SouvenirBarro Preto de Bisalhães. RPER, 62, 21–38. https://doi.org/10.59072/rper.vi62.558
• Fernandes, I. M., Castro, F., & Moscoso, P. (2009). A louça preta de Bisalhães, Mondrões, Vila Real = The black pottery of Bisalhães, Mondrões, Vila Real. Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real.
• Tapada, M. A. (2013). O centro oleiro de Bisalhães: Uma proposta cooperativa para o seu desenvolvimentoturístico. [Dissertação de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro]. http://hdl.handle.net/10348/4231
EDUCATIVO
eusoupaisagem – educação e território
eusoupaisagem 2025
Programa serviço educativo do museu do douro
eu sou paisagem é o programa de educação do Museu do Douro que opera no território dos 21 concelhos da região demarcada do douro.
eusoupaisagem assenta na pesquisa, no envolvimento e na criação de experiências entre as pessoas e as paisagens que habitam. O trabalho de presença no território conjuga envolvimento, pesquisa e intervenção educativa, desde 2006.
O quê. Com quem
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a participação de crianças, adolescentes, jovens, pessoas adultas|seniores e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Como
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.
Interpelam-se as paisagens e as pessoas com a história, o teatro, a dança, com a imagem animada, com a escrita, com a geografia e a literatura, com a arquitetura paisagista, com o vídeo e com o som...
Para eu sou paisagem é, de modo claro e inequívoco, uma vontade e uma proposta para agir e para pensar a educação nos lugares deste território.
O eusoupaisagemopera numa lógica de proximidade. Com quase duas décadas de trabalho com as comunidades escolares, com grupos formais e informais de Educadores e Professores da Educação Pré-escolar; Ensino Básico; Ensino Secundário e Profissional estreitam-se esforços, à procura de mais modos de estar neste território que importa cuidar. Os programas do eusoupaisagem acontecem também com Bandas Filarmónicas de Música, Associações Recreativas e outros coletivos dos diferentes concelhos da Região Demarcada do Douro, que connosco queiram fazer e pensar na paisagem.
Não procuramos respostas ou soluções, mas sim contextos e modos para instalar diálogos, o que é pedra de toque para o trabalho em conjunto, e, quando possível em comum para estar com as pessoas nos lugares onde elas vivem.
Perante as mudanças que vivemos a nível local, nacional e mundial, nos anos recentes, é com muita convicção que reforçamos ou iniciamos parcerias formais e informais no território da Região Demarcada do Douro, o que permite trabalho sequenciado e atento ao retorno de quem vive na região. A presença continuada de autores no campo da fotografia, do vídeo, da escrita e da oralidade, do teatro e da dança com forte vínculo à vontade de pesquisa norteiam a nossa presença no território, na procura sistemática da interrogação e fixação temporária de respostas encontradas e realizadas.
CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM
PROJETO COM ESCOLAS
2025 . 2024 . 2023
eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de diferentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, cartas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sussurradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.
Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liber dade e a paisagem?
E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democracia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pen sar, para perguntar, para conhecer melhor as paisagens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?
O que importa cuidar?
Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda-chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do eusoupaisagem são necessariamente plurais e democráticas, misturam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.
Os programas do eusoupaisagem são realizados com grupos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em parceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.


Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. © 2024, Ilustração Sónia Borges
«UMA PESSOA CHAMADA MARIA»
No âmbito do Cartas da Liberdade e da Paisagem, projeto inserido no programa de educação do Museu do Douro, a atriz e arte educadora, Sandra Barros, em colaboração com o serviço educativo irá desenvolver oficinas/leituras, a partir do seu novo livro «Uma pessoa chamada Maria», com ilustrações de Sónia Borges, edição da BURILAR. Este aborda a temática da liberdade, da identidade individual e da autodeterminação e insere o Plano Nacional de Leitura.


CAFÉ CENTRAL
MOSTRA
EM CARTAZES
MUSEU DO DOURO,
PESO DA RÉGUA, MAIO A NOVEMBRO 2025
Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD.
Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores foradeportas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares em que se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
No Douro, pesquisamos e procuramos os cafés que são centrais para a vida dos lugares onde existem. Os cafés são lugares de socialização e da vida quotidiana a que os museus são muitas vezes alheios. Este é um programa para estar presente, com as pessoas que nele estão em temporadas nos cafés do Douro, articulando fotografia, geografia e vídeo.
De cada estadia nos cafés centrais são realizados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual e apresentados nos cafés onde se realizam o ciclo de trabalho com Paula Preto.

DOISMAISUM
Programa de oficinas pluridisciplinares para grupos de crianças e jovens.
Este programa está disponível para educadores e professores interessados no trabalho em parceria e propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro + duas oficinas temáticas.
Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares.

Doismaisum. JI do Centro Escolar da Alameda, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia © 2025, MD

PÚBLICO COMUM
É um programa de trabalho articulado entre o Museu do Douro, no Peso da Régua e o Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego.
Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1, para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional, experimentam-se abordagens mais democráticas no acesso a patrimónios imateriais e materiais bem como criações do presente que estas instituições cuidam e promovem.
Público Comum. Pavilhão Multiusos de Lamego. Centro Escolar de Lamego Nº1. Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego. © 2025, MD
O QUE HÁAQUI?
BIBLIOTECAS ESCOLARES
Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade – Mesão Frio; Agrupamento de Escolas de Santa Marta Penaguião e Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas. Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. © 2025, MD

GRAVAR TERRITÓRIOS
Este programa, realizado com a fotógrafa e videasta Paula Preto, parte de momentos oficinais de iniciação básica à fotografia e ao vídeo e tem como ação base caminhar para conhecer, de mais modos, as pessoas e os lugares.
Em 2025, o gravar territórios decorre no concelho de Mirandela, na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais e acompanha o grupo de estudantes migrantes de Moçambique e Timor.
Gravar Territórios – EPA Carvalhais, Mirandela © 2024, MD

LABORATÓRIOS DO VER
Espaço do serviço educativo do edifício sede
Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges
Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta as remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.

Laboratório do Ver – Intervenção nas janelas do Museu do Douro – Serviço Educativo. Ilustração Sónia Borges. © 2024, MD
P:R POESIA: REVOLUÇÃO
Espetáculo criado e interpretado por Rita Reis que constitui a experiência local da projeto europeu Changing Democracies | Democracias em Mudança. Esta criação, apresentada em 2024, constitui o ponto de partida para o trabalho com jovens estudantes envolvendo palavra dita, poesia e canções, ao longo dos 3 períodos letivos de 2025. É, segundo a autora, “um convite a uma pequena viagem de liberdade,propondo o ato revolucionário,entendido como acontecimento,como vontade de uma escolha e de mudança. A revolução é um movimento cíclico. E as conquistas – as do 25 de Abril, as pequenas, as grandes, as minhas, as tuas, as nossas, as das manhãs ou dos fins de tarde, as dos 15 ou dos 53 anos – continuamaterdeserfeitas,todososdias,atravésdegrandesoupequenasousadias. De grandes e pequenas revoluções”.

p:r poesia: revolução. Escola Secundária João de Araújo Correia, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©2025, MD
PRÁTICAS PARTILHADAS CARTAS DAS FLORES ÀS ÁRVORES
Neste ano de 2025 é realizado um trabalho centrado nos processos de conexão com a paisagem humana e física, com a aposta no trabalho de corpo e enraizamento nos lugares que habitamos.
O que pode ser a paisagem? O que pode ser a liberdade? São as perguntas que orientam, o programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

Práticas Partilhadas. JI de Lordelo. Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real. ©2025, MD
DIZER ALTO
[CEREJAS]
As primeiras cerejas do ano aparecem na feira de Santa Cruz, em Lamego, no dia 3 de Maio. Vêm de Cambres ou da Penajóia. Por serem poucas, meia duzinha delas as que assim amadurecem temporãs, constituem mimo, próprio mais para regalar a vista do que o paladar. Tão escassa esta primícia, que é raro vender-se ao quilo. Vende-se, mas em rocas. Um pau ou uma cana rachada a meio, com raminhos de cerejas entalados dum lado e doutro, folhas de cerdeira ou laranjeira a enfeitar, aí está a roca. A roca tem cabo ou pé, livre de folhagem e de frutos, para se lhe poder pegar.
As primeiras cerejas cativam os olhos de toda a gente. Quem vê ou quem prova a primeira cereja exclama: Ano melhor ano! – Há também quem diga, mais pausado: Ano, melhor ano!
As cerejas servem de adorno. Os boieiros prendem-nas às molhelhas dos bois. As crianças põem-nas ao dependuro nas orelhas, como brincos. Mulheres há que demoram tempo infinito uma cereja rubra entre os dentes brancos.
A terra das cerejas é a Penajóia. Muitos anchos desta regalia, costumam os da Penajóia dizer em Maio e Junho, quando alguém lhes pergunta de que terra são:
Sou da Penajóia!
A espada vai na burra!
Se quer alguma coisa, Salte cá prà rua.
Fora do tempo farto, se alguém perguntar de que terra é a um Penajóia, ouvirá a seguinte lamúria:
Sou de Penajóia… meu senhor… daquela maldita terra…
Contam-se estas coisas, mas não serão verdade. Como também dizem que os Penajóia, se virem que o pássaro lhes foge com uma cereja, vão atrás dele até ao calcanhar do mundo, para que o coração não fique em terra estranha.
Verdadeiro é o seguinte ditado, corrente em todo o Douro:
Do castanho ao cerejo
Mal me vejo.
Do cerejo ao castanho, Bem me amanho.
Abanho quer dizer avenho.
João de Araújo Correia, Sem Método in Cabral, A. M. Pires: Douro Leituras I,Antologia de textos sobre o Alto Douro, pp. 206 e 207, Museu do Douro, 2002
COLABORAR E PARTILHAR MUSEU DE TERRITÓRIO


Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 11ºs anos da Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
03 junho [10h40 – 12h10]
Bibliotecas. Uma pessoa chamada Maria. Oficinas/leituras a partir do novo livro da atriz e arte educadora Sandra Barros.
01 junho [10h30 – 12h00] - EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
11 junho [14h00 – 15h30] - Escola Básica 2.º,3.º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
2+1: Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua.
04 junho [10h30 – 11h30] Ler Debaixo da Árvore. JI Centro Escolar da Alameda
06 junho [10h30 – 11h30] – Ler Debaixo da Árvore. JI Centro Escolar das Alagoas
12 junho [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
12 junho [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
13 junho [10h30 – 11h30] – Ler Debaixo da Árvore. JI Centro Escolar das Alagoas
13 junho [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
17 junho [10h30 – 11h30] Ler Debaixo da Árvore. JI Centro Escolar da Alameda
18 junho [10h30 – 11h30] Ler Debaixo da Árvore. JI Galafura e JI Loureiro
20 junho [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
20 junho [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
23 junho [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
26 junho [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
Práticas Partilhadas. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real.
26 junho [10h30 - 11h30 | 14h30 – 15h30] - JI de Lordelo
Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens.
02 junho [10h00 – 11h30] - Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
02 junho [14h30 – 16h00] - EB1 de Assento. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
02 junho [15h00 – 16h30] – Plano Nacional das Artes, Escola Básica e Secundária Gomes Teixeira, Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira, Armamar
03 junho [10h30 - 11h30] - JI da Escola Básica Fernão de Magalhães, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa
03 junho [14h30 – 16h00] - Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião, Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
03 junho [14h30 – 15h30] - JI da Escola Básica Fernão de Magalhães, Agrupamento de Escolas Miguel Torga, Sabrosa
04 junho [11h20 – 13h10] – p:r (poesia e revolução), Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
04 junho [14h10 – 15h50] - p:r (poesia e revolução), Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
06 junho [10h20 – 12h10] - Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
06 junho [15h00 – 16h30] - Universidade Sénior de Peso da Régua
09 junho [10h30 – 11h30] - JI do Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
09 junho [14h30 – 16h00] – EB1 de Fontes. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
17 junho [14h30 – 16h00] - EB1 de Assento. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
23 junho [10h00 – 11h30] - Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Atividades no Teatro Ribeiro Conceição com o 1º ciclo do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego.
05 junho [9h30 – 16h00]
11 junho [9h30 – 12h00]
16 junho [9h30 – 12h00]
24 junho [9h30 – 13h00]
Laboratório do Ver. Trabalho com um grupo de crianças do 4º ano do Centro Escolar da Alameda, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua, a partir de ilustração de fauna e flora do Douro.
09 junho [14h30 – 16h00]
Gravar Territórios. Oficinas de fotografia e vídeo com o grupo de estudantes migrantes de Moçambique e Timor da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, Mirandela.
17 e 18 junho [09h30 – 18h00]
DAQUI. Mostra. Parceria com OCO. Projeto de Artes Visuais - Fotografia e Vídeo, que se debruça na Paisagem sobre o lugar e o eu. Este eu prefigura-se sempre como Estrangeiro: emigrante, imigrante, vizinho ou nativo (estrangeiro de si mesmo).
05 junho [09h30 – 18h00] - Mirandela
REDE DE MUSEUS DO DOURO
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!
A MuD – Rede de Museus do Douro conta com 61 membros.

©2023, Inquieta - agência criativa
VAI ACONTECER NA MUD
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA: ARQUIVO E ARQUEOLOGIA
No próximo dia 23 de junho, no âmbito do Programa de Formação da MuD, iremos organizar um workshop dedicado à Conservação Preventiva: Arquivo e Arqueologia:
Data: 23 de junho de 2025
Local: Centro Interpretativo do Castro de Cidadelhe
Formadoras: Umbelina Silva (Técnica Superior de Arquivo e Biblioteca do Museu do Douro) e Enara Teixeira (Técnica Superior do Museu do Douro, especializada em Fotografia e Arqueologia)
Horário: 10:00 – 12:30 | 14:30 – 17:00
Organização: MuD e Município de Mesão Frio
Participantes: 15 pessoas
Público Alvo: Técnicos da MuD
Inscrições limitadas: Via formulário Google a disponibilizar nas redes sociais e página da MuD, a partir de 11 de junho.
Informações: rededemuseus@museudodouro.pt

ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
- Visita guiada ao Museu “Adegas das Giestas Negras 1575”; - Visita guiada às instalações de vinificação e envelhecimento, com degustação de vinhos Douro e Porto.
Informações úteis
Horário de funcionamento: De segunda a sexta: das 09:30 às 17:00 Sábado e domingo: mediante reserva
Preçário
5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos: coimbrademattos@gmail.com
254 920 214 | 965 519 991
Casa da Calçada, n.º 65 5050 – 042 Galafura

Informações úteis
Horário de Funcionamento:
Segunda a domingo: 9:00 às 18:00, marcação prévia
Preçário Gratuito
Contactos: museu@cm-mirandela.pt 278 201 590
Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 5370 – 326 Mirandela
MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES
A exposição “Equilíbrios Sensoriais” é composta por obras de dois estilos e técnicas reconhecidas no mercado internacional (Pop Art e Abstrato), escolhidas pela própria artista. Esta mostra forma um conjunto visual de várias fases de seu percurso artístico, promovendo conforto sensorial, através de estímulos equilibrados, como luz, cor, textura e som.
Adelia Clavien nasceu em Mirandela, mas vive na Suíça, desde 1981. Como artista, trabalha de maneira autodidática e apaixonada. Explora várias técnicas de pintura (acrílico, carvão, areia, vitrais etc.) e usa o seu conhecimento de fotografia para criar pinturas originais misturadas com fotografia - Novo Pop Realismo. Os vários temas apresentados permitem-nos viajar para um universo colorido e misterioso - o universo de Adelia.

Informações úteis
Horário de Funcionamento:
Terça a domingo: 10:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00
Preçário Gratuito
Contactos:
cimi@cm-lamego.pt 254 090 134
Rua José de Castro 5100-584 Lazarim
CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA - LAZARIM
Exposições para visita durante o mês de junho:
- 1º Raid Fotográfico “Caretos de Lazarim na Alcaria de Mazes”
- “Máscara de Lazarim Identidade de uma comunidade”
- “Artesãos de máscaras de Lazarim”
- “Entrudo de Lazarim - Domingo-gordo e Terça-feira Gorda”
- “BUUU por detrás da Máscara”
1 de junho – Programa com atividades do Dia Mundial da Criança

Informações úteis
Horário de Funcionamento:
Segunda a domingo: 9:30 às 13:00 e das 14:00 às 17:00
Preçário 2€
Passort MUD: desconto 20%
Contactos:
museu.favaios@cm-alijo.pt
Rua Direita, 21 | 5070-272 Favaios 259 950 073
NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS, PÃO E VINHO
“Trilhos que Somos” de Mário Sampaio Até 14 de junho
É um projeto fotográfico assente num conjunto de imagens que observa percursos e escolhas. Umas que agarramos, outras que nos agarram nos trilhos da vida e marcam a passagem de cada um de nós por este espaço, cuja pertença é uma não pertença. A presença humana e a sua relevância destinge cada uma destas imagens que em nós deambulam, mostrando seres que caminham na sua singularidade.
MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL


Novidades de junho. na Loja do Museu do Douro.
http://loja.museudodouro.pt/


Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com
Reservas: 93 215 01 01


EQUIPA MUSEU DO DOURO


Fernando Seara Claúdia Monteiro
Fernando Seara, arquiteto de formação, assumiu a direção do Museu do Douro em 2011, embora a sua ligação tivesse iniciado anos antes.
Tem liderado a instituição com uma visão estratégica e um forte compromisso com a valorização do património material e imaterial da região duriense. Ao longo da sua direção, o museu consolidou-se como casa comum da memória, identidade e cultura do Douro, promovendo uma programação diversificada e mantendo um trabalho contínuo de aproximação às comunidades locais, aos agentes culturais e aos visitantes.
Sob a sua liderança, o Museu do Douro tornou-se uma referência nacional e internacional tendo como base a construção coletiva — onde o Douro é celebrado em todas as suas dimensões.
Natural da Régua, Cláudia Monteiro está no Museu do Douro desde a sua inauguração. Trabalha na Loja do Museu, onde procura destacar, essencialmente, os produtos regionais já que refletem a qualidade e diversidade do território, despertando o interesse dos visitantes.
Para a Cláudia, o Museu é uma referência na região — um espaço que dá visibilidade ao Douro e principalmente à sua cultura. É esse orgulho que procura transmitir todos os dias, com um sorriso e com a vontade de bem receber.


Fátima Pereira
Duriense de gema, Fátima Pereira é uma peça fundamental no Museu do Douro, já que contribui diariamente para a manutenção deste espaço.
Antes de integrar a equipa do museu, trabalhou em áreas distintas, como numa escola e na costura, mas foi no Museu do Douro que encontrou o seu verdadeiro lugar.
Sempre orgulhosa do que faz, e com um forte sentido de compromisso, a sua dedicação e cuidado são essenciais para que o Museu funcione de forma harmoniosa.
Maria João Fonseca
Maria João Fonseca é natural de Armamar e está no Museu do Douro desde 2016. Formada em Arquitetura, encontrou no MBA em Gestão das Indústrias da Cultura e do Turismo o impulso certo para abraçar o universo dos museus. Ao longo destes quase dez anos, tem acompanhado de perto o crescimento e a transformação do Museu, passando por várias áreas, desde a Museologia à Direção, onde hoje assume diferentes responsabilidades.
Para a Maria João, o Museu do Douro é mais do que um local de trabalho — é a sua segunda casa. É com esse sentido de pertença que vive o dia a dia no Museu, colaborando com uma equipa que partilha o mesmo compromisso: fazer do Museu um espaço fiel ao Douro e à sua gente.
PRISMA DO VISITANTE





Título: Museu do Douro
Subtítulo: Bloco de Notas do MD
Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
Bloco de Notas do MD newsletter
geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt
Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua Ficha técnica:
Aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00