

Bloco de Notas do MD
DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
No final de 2024 abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.
Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.
Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.
O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).
Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.
No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.
Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.
Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu do Douro.


Moedas romanas. Sítio da Fonte do Milho. Col. MD/IVDP ©️2025, José Miguel Pires
DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
MEMÓRIA
DA TERRA DO VINHO NÚCLEO EXCELÊNCIA DO
DOURO
Designação: Estufa de extrato seco
N.º inventário: MD/M-0007943
Material: Cobre
Dimensões: A 426 x L 321 x P 173 mm
Descrição
Peça de laboratório, de cobre, formada por caixa com quatro portas. No interior possui duas prateleiras de rede, onde eram colocadas cápsulas de níquel para secagem do extrato do vinho a analisar. Pertenceu ao laboratório do Instituto do Vinho do Porto, estando a sua utilização documentada na fotografia MD/M-2959.02.


Função
Usada para determinação de extrato seco direto. Este tipo de análise era realizado na Primeira Divisão do Instituto do Vinho do Porto.
Um vinho de qualidade tem extrato seco elevado, podendo uma alteração de valores indicar a adulteração do mesmo.
Para realizar a análise colocava-se a amostra do vinho em cápsulas taradas, metálicas e de fundo plano, que eram previamente aquecidas até que o resíduo da amostra assumisse a forma de uma lágrima que escorria ao inclinar-se a cápsula. A cápsula era colocada no interior da estufa por um tempo determinado, sendo depois pesada com o resíduo remanescente, o que permitia então a determinação do extrato seco. Uma alternativa a esta análise direta pode ser feita com base na densidade do vinho, grau alcoólico e acidez volátil.
https://tinyurl.com/5hfkmecu
Determinação de extrato seco, 1ª divisão do IVP. Col. MD/IVDP, MD/M-2959.02 ©️c. 1940, Álvaro Azevedo, Fotografia Alvão/IVP
EXPOSIÇÕES ITINERANTES





MITOS, CARLOS CARDOSO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> A partir de 7 de maio de 2025
CARLOS CABRAL: RÓTULOS DE VINHO DO PORTO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> A partir de 22 de maio de 2025
CELEBRAR O DOURO, SEMPRE
Auditório Municipal de Murça
> Até 25 de junho de 2025
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022 - ALTO DOURO
VINHATEIRO: 20 ANOS PATRIMÓNIO MUNDIAL
MIDU – Museu do Imaginário Duriense Tabuaço
> Até 29 de junho de 2025
DOURO, LUGAR DE UM ENCONTRO FELIZ
Sala de exposições temporárias, Museu do Vinho, S. João da Pesqueira
> Até 20 de julho de 2025
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
SILVA PORTO (1850-1893):
OS ANOS DE FORMAÇÃO
ATÉ 20 DE MAIO 2025
Esta exposição apresenta 60 desenhos que documentam a formação do pintor Silva Porto, nascido a 11 novembro de 1850, na cidade do Porto.
Acompanham-se primeiro os seus estudos elaborados a partir dos 12 anos, na Escola Industrial do Porto, e depois a partir dos 15, na Academia Portuense de Belas Artes. Acompanha-se depois o seu trajeto como bolseiro em Paris, na Escola de Belas Artes, onde permanece dos 23 aos 29 anos, e as estâncias no Vale do Oise, onde segue o círculo dos ar-livristas de Daubigny, e também em Itália, que percorre acompanhado pelo companheiro Marques de Oliveira.
Silva Porto notabilizar-se-á como professor de paisagem da Academia de Lisboa e é o introdutor da pintura moderna em Portugal, ao adotar um rigoroso ar-livrismo
Os seus seguidores ficarão conhecidos como o Grupo do Leão, tal como Columbano os representou. Desaparecido precocemente, aos 41 anos, deixa, porém, uma vasta obra, tendo inspirado sucessivas gerações de paisagistas em Portugal.
Curadoria: João Paulo Queiroz

Obras da coleção da Sociedade Nacional de Belas Artes SABER +

Silva Porto. Rapaz nu. S/d (c. 1874-8) Pormenor. Desenho a lápis gordo e carvão. Inv. SNBA 255.
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
SINFONIA DO NADA
- UMA VIAGEM DE LUZ PELA REGIÃO DO DOURO
30 DE MAIO A 18 DE AGOSTO DE 2025
A exposição, da autoria da fotógrafa Lúcia Duarte, é uma jornada visual que nos leva ao coração enigmático do Douro. Nesta coleção de fotografias, a autora, natural de Armamar, partilha com o público uma interpretação introspetiva da paisagem que, à primeira vista, pode parecer silenciosa e inalterada, mas que ressoa com uma melodia subtil e profunda.
Cada imagem escolhida é uma exploração das camadas invisíveis deste vale antigo, uma nota na sinfonia do invisível. Através das lentes da sua câmara, tenta imortalizar este espaço grandioso, nos seus momentos mais serenos e misteriosos — onde a bruma sobre o rio, as sombras nas encostas e a tranquilidade dos vinhedos revelam uma sinfonia oculta. Este silêncio aparente é, na verdade, um espaço repleto de histórias não contadas e de uma beleza que se desdobra lentamente.
«Sinfonia do Nada» convida a mergulhar numa experiência sensorial e introspetiva, que procura ir além da beleza externa. Interpela os visitantes a encontrar também o eco silencioso das profundezas do Douro, e que este silêncio revele novas camadas de significado e conexão com este lugar mágico e misterioso.

©️ Lúcia Duarte
EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO
FOTOGRAFIA
ALVÃO
COLEÇÃO IVP
Mostra de uma pequena parte do importante acervo de imagens da Fotografia Alvão, pertencente à Coleção do Instituto do Vinho do Porto, incorporada no Museu do Douro desde 2021.
Este conjunto de fotografias, sob diversos suportes, evidencia as diferentes encomendas do organismo à conhecida casa fotográfica do Porto. Documentando aspectos das lides vitivinícolas durienses, do património do Douro e do Entreposto e também do próprio Instituto, estas imagens foram utilizadas ao longo de décadas para dar a conhecer o Douro e o vinho do Porto em publicações, exposições e ações de propaganda em Portugal e no estrangeiro.
Com o objetivo de dar a conhecer este acervo, a exposição estará patente ao público ao longo ano de 2025.

Carregando o sulfato para a vinha: Pinhão. Col. MD/IVDP MD/M-2931.35
©️ Álvaro Azevedo, Fotografia Alvão / MD/IVDP
EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
ARQUITETURAS DA PAISAGEM
VINHATEIRA
Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.
Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira.
https://tinyurl.com/ynz7bych

Mancha de vinha em Póvoa, Cotas, Alijó ©️ 2008, Egídio Santos/MD
COLEÇÃO MUSEU DO DOURO
BIBLIOTECA

Foi integrada na nossa biblioteca, por doação, o catálogo do Museu do Vinho no World of Wine localizado na zona histórica do vinho do Porto, Vila Nova de Gaia. Este livro é uma homenagem aos enófilos, sommeliers e amantes do vinho, oferecendo uma perspetiva única sobre as castas que definem uma das mais refinadas expressões culturais da humanidade.
Agradecemos a oferta desta publicação à Orgal impressores.
COLEÇÃO IVDP
https://tinyurl.com/eyan43c8
Destaque da coleção IVDP dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado e progressivamente digitalizado pelo para divulgar a história da região.
JOÃO DE BETTENCOURT & Cª LDA
Empresa de exportação de vinho do Porto cujas informações remontam a 1911, com a sua inscrição na Alfândega do Porto sob o número 257, com sede na Rua Valverde, n.º 12, V. N. Gaia. Registou-se ainda a mudança de sede para a Rua Dr. António Granjo, n.º 19, em 1926, e para o n.º 73 em 1934. Em 1935, regista também armazéns na Rua de Valverde, situação que se mantém até 1948. A data da sua extinção difere entre autores, podendo ser 1941, ainda que se registem informações em 1948. Contudo, a documentação referente a esta empresa no AHIVP situa-se entre os anos de 1937 e 1940, sendo de notar que o mercado com o qual trabalhava era o francês, como aliás denotam os rótulos existentes.

Marca usada pela empresa J. de Bettencourt, ©️2023, Museu do Douro Rótulo, MD/M-005584.02a


Rótulo, MD/M-005584.06
Rótulo, MD/M-005584.07

Bettavilla Port, Garrafa da enoteca histórica do IVP, MD/M-6570


Fontes:
Arquivo Histórico do IVP PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto GUIMARÃES, J.A.G.; GUIMARÃES, S. – Prontuário Histórico do Vinho do Porto
IDENTIFICAR PARA CONSERVAR
No âmbito do projeto Identificar para Conservar, destaca-se a conclusão da investigação em biorestauro da mestranda Ana Lucas, com a defesa da sua tese de mestrado no passado dia 25 de março. Lembramos que o seu trabalho, em torno da pintura O milagre da bilocação deSantoAntónio, de Torre de Moncorvo, datável do século XVII, tinha como objetivo recorrer a enzimas para remover repintes grosseiros, camadas de verniz alteradas e depósitos de sujidades numa obra de excecional valor patrimonial. A seleção desta obra deveu-se ao seu estado de conservação, marcado pelos efeitos de uma anterior “meia” limpeza e pela aplicação de um verniz mais recente, provavelmente resultante de uma intervenção passada. Esta condição exigiu uma remoção cuidadosa e complexa dessas camadas, tornando essencial o desenvolvimento de métodos mais seguros e menos agressivos.
O júri elogiou a relevância científica e prática do trabalho, destacando o contributo que representa para a conservação e restauro de pintura de cavalete. A introdução de uma metodologia baseada no uso de enzimas, menos nociva para o conservador-restaurador e para a obra, constitui uma mais-valia face às abordagens tradicionais, representando um avanço em direção a práticas mais seguras e sustentáveis no setor.
Entretanto, os trabalhos de intervenção nesta obra seguem para a sua fase final, estando a atuação de reintegração centrada nas áreas afetadas, sem sobreposição de zonas originais em bom estado. Estão a ser utilizadas tintas aquosas e reversíveis, permitindo eventuais correções futuras, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio estético da obra, respeitando os critérios éticos e deontológicos exigidos pela conservação e restauro contemporâneos.

Reintegração da pintura ©️2025, MD
PATRIMÓNIO RDD
CAVACAS DE RESENDE
Pelo Município de Resende
“Ófreguesinho,nãovaimeioarrátele?OlhequesãodeResende!”, era desta forma que as doceiras do concelho apregoavam, no século XIX, um dos doces regionais mais deliciosos e apreciados nesta região duriense: as Cavacas de Resende. Este relato é referido num jornal da época, que ainda salienta que “Logo de manhã as doceiras estendiam sobre a toalha, toda franjada de rendas, vários doces muito cobertos de açúcar que despertavam a gulodice dos romeiros”. Não havia quem resistisse àquele pregão e muito menos às Cavacas!
Nessa época, eram feitas em diversos locais do concelho, nomeadamente Felgueiras, Pimeirol, Vinhós, Lages e Corvo, sendo vendidas nas feiras, festas e romarias. Na Páscoa este doce era oferecido como folar e, no Natal, havia a tradição dos caseiros oferecerem cavacas aos patrões, colocadas em “condessas” (pequenas cestas). Nestas épocas do ano a procura aumentava e as doceiras “não tinham mãos a medir”, muitas vezes trabalhando dia e noite.
Hoje, as Cavacas encontram-se à venda durante todo o ano em quase todos os cafés, pastelarias e restaurantes do concelho e, como a sua confeção é aparentemente fácil, há muitas pessoas que as sabem confecionar, não correndo o risco de esta tradição acabar.

Origem
Sobre a origem deste precioso doce não há registos, no entanto, existe uma lenda que defende que, na Idade Média, uma senhora residente em Vinhós preparava a boda de casamento da sua filha e confecionou o bolo de noiva. Entretanto, o casamento teve de ser adiado devido a uma peste, que estava a assolar o concelho. Dadas as parcas possibilidades económicas, a senhora viu-se obrigada a conservar o bolo até à data do casamento, pelo que retirou a parte de cima e molhou o restante numa calda de açúcar, que lhe restituiu a frescura e fez as delícias de todos os convidados.
Confeção
Esta delícia da doçaria tradicional, conhecida desde tempos imemoriais, ainda é feita, por regra, à moda antiga, mexida à mão e cozida nos fornos alimentados a lenha, tal como se faziam no tempo dos nossos avós.
Mas, não se iludam os que tencionam confecionar esta iguaria, pois, além de a tradição ser um dos segredos do sucesso, há quem afirme que as Cavacas são um doce fino, que só as mulheres de Resende o sabem fazer.
A Cavaca, que mede cerca de 5 cm de comprimento por 2,5 cm de largura e 2 cm de espessura, necessita para a sua confeção de apenas três ingredientes: ovos, farinha e açúcar.


Confeção das Cavacas
SERVIÇO EDUCATIVO
eusoupaisagem – educação e território
eusoupaisagem 2025
Programa serviço educativo do museu do douro eu sou paisagem é o programa de educação do Museu do Douro que opera no território dos 21 concelhos da região demarcada do douro.
eusoupaisagem assenta na pesquisa, no envolvimento e na criação de experiências entre as pessoas e as paisagens que habitam. O trabalho de presença no território conjuga envolvimento, pesquisa e intervenção educativa, desde 2006.
O quê. Com quem
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a participação de crianças, adolescentes, jovens, pessoas adultas|seniores e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Como
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas. Interpelam-se as paisagens e as pessoas com a história, o teatro, a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, com a geografia e a literatura, com a arquitetura paisagista, com o vídeo e com o som...
Para
eu sou paisagem é, de modo claro e inequívoco, uma vontade e uma proposta para agir e para pensar a educação nos lugares deste território.
O eusoupaisagemopera numa lógica de proximidade. Com quase duas décadas de trabalho com as comunidades escolares, com grupos formais e informais de Educadores e Professores da Educação Pré-escolar; Ensino Básico; Ensino Secundário e Profissional estreitam-se esforços, à procura de mais modos de estar neste território que importa cuidar. Os programas do eusoupaisagemacontecem também com Bandas Filarmónicas de Música, Associações Recreativas e outros coletivos dos diferentes concelhos da Região Demarcada do Douro, que connosco queiram fazer e pensar na paisagem.
Não procuramos respostas ou soluções, mas sim contextos e modos para instalar diálogos, o que é pedra de toque para o trabalho em conjunto, e, quando possível em comum para estar com as pessoas nos lugares onde elas vivem.
Perante as mudanças que vivemos a nível local, nacional e mundial, nos anos recentes, é com muita convicção que reforçamos ou iniciamos parcerias formais e informais no território da Região Demarcada do Douro, o que permite trabalho sequenciado e atento ao retorno de quem vive na região. A presença continuada de autores no campo da fotografia, do vídeo, da escrita e da oralidade, do teatro e da dança com forte vínculo à vontade de pesquisa norteiam a nossa presença no território, na procura sistemática da interrogação e fixação temporária de respostas encontradas e realizadas.
CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM
PROJETO COM ESCOLAS
2025 . 2024 . 2023
eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de diferentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, cartas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sussurradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.
Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liber dade e a paisagem?
E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democracia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pen sar, para perguntar, para conhecer melhor as paisagens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?
O que importa cuidar?
Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda-chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do eusoupaisagem são necessariamente plurais e democráticas, misturam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.
Os programas do eusoupaisagem são realizados com grupos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em parceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.


Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. ©️ 2024, Ilustração Sónia Borges
CAFÉ CENTRAL
MOSTRA EM CARTAZES
MUSEU DO
DOURO, PESO DA RÉGUA, MAIO 2025
Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD.
Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores foradeportas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares em que se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
No Douro, pesquisamos e procuramos os cafés que são centrais para a vida dos lugares onde existem. Os cafés são lugares de socialização e da vida quotidiana a que os museus são muitas vezes alheios. Este é um programa para estar presente, com as pessoas que nele estão em temporadas nos cafés do Douro, articulando fotografia, geografia e vídeo.
De cada estadia nos cafés centrais são realizados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual e apresentados nos cafés onde se realizam o ciclo de trabalho com Paula Preto.

Café Central. Mostra em cartazes. ©️ 2024, MD
DOISMAISUM
Programa de oficinas pluridisciplinares para grupos de crianças e jovens.
Este programa está disponível para educadores e professores interessados no trabalho em parceria e propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro + duas oficinas temáticas.
Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares.

Doismaisum. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©️ 2025, MD

Público Comum. Centro Escolar de Lamego Nº1. Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Teatro Ribeiro Conceição Lamego. ©️ 2025, MD
PÚBLICO COMUM
É um programa de trabalho articulado entre o Museu do Douro, no Peso da Régua e o Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego.
Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1, para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional, experimentam-se abordagens mais democráticas no acesso a patrimónios imateriais e materiais bem como criações do presente que estas instituições cuidam e promovem.
O QUE HÁAQUI?
BIBLIOTECAS
ESCOLARES
Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade – Mesão Frio; Agrupamento de Escolas de Santa Marta Penaguião e Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas. Escola Secundária João de Araújo Correia, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©️ 2025, MD

LABORATÓRIOS DO VER
Espaço do serviço educativo do edifício sede
Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges
Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta as remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.
Laboratório do Ver – Intervenção nas janelas do Museu do Douro – Serviço Educativo. Ilustração Sónia Borges. ©️ 2024, MD

GRAVAR TERRITÓRIOS
Este programa, realizado com a fotógrafa e videasta Paula Preto, parte de momentos oficinais de iniciação básica à fotografia e ao vídeo e tem como ação base caminhar para conhecer, de mais modos, as pessoas e os lugares.
Em 2025, o gravar territórios decorre no concelho de Mirandela, na Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais e acompanha o grupo de estudantes migrantes de Moçambique e Timor.
Gravar Territórios – EPA Carvalhais, Mirandela ©️ 2024, MD
P:R POESIA: REVOLUÇÃO
Espetáculo criado e interpretado por Rita Reis que constitui a experiência local da projeto europeu Changing Democracies | Democracias em Mudança. Esta criação, apresentada em 2024, constitui o ponto de partida para o trabalho com jovens estudantes envolvendo palavra dita, poesia e canções, ao longo dos 3 períodos letivos de 2025. É, segundo a autora, “um convite a uma pequena viagem de liberdade,propondo o ato revolucionário,entendido como acontecimento,como vontade de uma escolha e de mudança. A revolução é um movimento cíclico. E as conquistas – as do 25 de Abril, as pequenas, as grandes, as minhas, as tuas, as nossas, as das manhãs ou dos fins de tarde, as dos 15 ou dos 53 anos – continuamaterdeserfeitas,todososdias,atravésdegrandesoupequenasousadias. De grandes e pequenas revoluções”.

p:r poesia: revolução. Escola Secundária João de Araújo Correia, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. ©️2025, MD
PRÁTICAS PARTILHADAS CARTAS DAS FLORES ÀS ÁRVORES
Neste ano de 2025 é realizado um trabalho centrado nos processos de conexão com a paisagem humana e física, com a aposta no trabalho de corpo e enraizamento nos lugares que habitamos.
O que pode ser a paisagem? O que pode ser a liberdade? São as perguntas que orientam, o programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

Práticas Partilhadas.
DIZER ALTO
[MANHÃ PERDIDA]
Poucos dias depois de me hospedar na velha Pensão Bonifácio, aonde fora procurar sossego para escrever o primeiro capítulo de uma longa história, fui visitado, às dez da manhã, sem a menor cerimónia, pelo Dr. Ivo, mais conhecido na terra pelo Dr. Ivinho, porque, apesar de formado, era ainda novo, solteiro, magrito, vivia com os pais e tinha doentes capazes de crer na sua sabedoria. Era ainda menino, mas como tivesse já de seu uma cartinha de curso, com todos os efes e erres universitários, ninguém lhe negava o título, nem esquecia o diminutivo, que a natureza não dá saltos. Era o Dr. Ivinho…
Que me queria ele? Pouco me queira e muito me queria. Queria, por bons modos, que eu lhe ensinasse como se faz um conto. Queria uma argalha, mas, não estava na minha mão conceder-lha… como compreendem.
- É que, explicava, não sei se leu, o tal concurso, caramba, dão cinco contos… Convinha-me. Três páginas de máquina, a dois espaços, deita para cá cinco contos! Uma operação cirúrgica sem o perigo, a responsabilidade de uma operação cirúrgica. Diga-me, então, senhor Cavalheiro, como se faz um conto.
- Como se faz não sei. Como se escreve…
- Não compreendo. Fazer e escrever é a mesma coisa.
- Distinguo… Fazer é uma coisa e escrever é outra. Um conto ninguém o faz, porque se faz a si mesmo no miolo. Como não há geração espontânea, a semente vem de fora, mas, como no cinema, deita o caule, as folhas e o fruto num repente. Vem depois o escrever, que é pegar na planta com cautela, de modo que não perca a beleza, principalmente a seiva, e pô-la no papel. É trabalho de jardineiro, mas jardineiro de mãos tão leves como calejadas.
Correia, João de Araújo: Folhas de Xisto, pág. 25, Âncora Editora, 4.ª edição: Outubro 2018

Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs e 6ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
15 maio [10h40 – 12h10]
Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 11ºs anos da Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
28 maio [10h40 – 12h10]
29 maio [10h40 – 12h10]
2+1: Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua.
02 maio [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
02 maio [15h00 – 16h30] – Visita guiada ao Museu do Douro.
Centro Escolar da Alameda
06 maio [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
07 maio [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
07 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
07 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
13 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
15 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
16 maio [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
22 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
22 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
23 maio [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
27 maio [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
28 maio [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
29 maio [10h30 – 11h30] – Ler Debaixo da Árvore. Centro Escolar das Alagoas
29 maio [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
29 maio [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real.
05 maio [10h30 - 11h30 | 14h30 – 15h30] - JI de Lordelo
08 maio [10h30 - 11h30] - JI da Timpeira
08 maio [14h30 - 15h30] - JI das Árvores
09 maio [10h30 - 11h30] - JI de Vila Seca
09 maio [14h30 - 15h30] - JI de Vilarinho de Samardã
30 maio [10h30 - 11h30 | 14h30 – 15h30] - JI de Lordelo
Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens.
02 maio [15h00 – 16h30] - Universidade Sénior de Peso da Régua
08 maio [11h00 – 12h30] - Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
08 maio [14h00 – 15h30] - Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
12 maio [09h30 – 10h30] – JI Centro Escolar Nº2 de Lamego, Agrupamento de Escolas da Sé, Lamego
12 maio [14h10 – 16h10] - Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
21 maio [10h30 – 11h30] - JI Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua
21 maio [11h20 – 13h10] - Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
23 maio [10h30 – 12h30] - Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
26 maio [14h30 – 15h30] - Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
27 maio [10h30 – 11h30] - JI Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua
28 maio [10h30 – 11h30] - JI Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua
28 maio [14h10 – 16h10] - Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Atividades no Teatro Ribeiro Conceição com o 1º ciclo do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego.
06 maio [9h30 – 12h00]
07 maio [9h30 – 12h00]
13 maio [9h30 – 12h00]
16 maio [9h30 – 12h00]
20 maio [9h30 – 12h00]
22 maio [9h30 – 12h00]
Laboratório do Ver. Trabalho com um grupo de crianças do 4º ano do Centro Escolar da Alameda, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua, a partir de ilustração de fauna e flora do Douro.
05 maio [14h30 – 16h00]
Gravar Territórios. Oficinas de fotografia e vídeo com o grupo de estudantes migrantes de Moçambique e Timor da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, Mirandela.
06 maio [09h30 – 18h00]
22 maio [09h30 – 18h00]
Café Central. Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD. Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores fora de portas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
14 maio [09h30 – 18h00] – Carrazeda de Ansiães
15 maio [09h30 – 18h00] – Carrazeda de Ansiães
21 maio [09h30 – 18h00] – Armamar
p:r poesia: revolução. Espetáculo criado e interpretado por Rita Reis que constitui a experiência local da projeto europeu Changing Democracies | Democracias em Mudança. Esta criação, apresentada em 2024, constitui o ponto de partida para o trabalho com jovens estudantes envolvendo palavra dita, poesia e canções, ao longo dos 3 períodos letivos de 2025.
14 maio [10h40 – 12h10] - Escola Secundária João de Araújo Correia
14 maio [14h00 – 15h30] - Escola Secundária João de Araújo Correia
20 maio [10h40 – 12h10] - Escola Secundária João de Araújo Correia
20 maio [14h00 – 15h30] - Escola Secundária João de Araújo Correia
Semana Internacional da Educação Artística. No âmbito desta temática que visa aumentar a consciencialização da comunidade educativa para a importância da educação artística, o serviço educativo desenvolve oficinas pluridisciplinares de experimentação nas áreas da dança, movimento, teatro, voz, com turmas do 3º Ciclo e Secundário do Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
27 maio [14h00 – 15h30 | 15h30 – 17h00] - Escola Secundária João de Araújo Correia
REDE DE MUSEUS DO DOURO
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!
A MuD – Rede de Museus do Douro conta com 61 membros.

©️2023, Inquieta - agência criativa
MUSEU EDUARDO TAVARES
S. João da Pesqueira
Pelo Município de S. João da Pesqueira
Para se conhecer o Museu Eduardo Tavares será interessante visitar o núcleo histórico de S. João da Pesqueira, situado na Praça da República. Instalado no antigo edifício dos Paços do Concelho, construído em finais do século XVIII, o espaço alberga em exposição permanente as obras doadas pela viúva do escultor Eduardo Tavares. Nesta oficina artística, encontram-se inúmeras obras produzidas pelo escultor durante cerca de três décadas, entre 1952 e 1982.
Esta visita ao seu atelier proporciona a observação de obras em gesso, alguns modelos e maquetas para espaços públicos e outros em tamanho natural, de encomenda privada. Nesta coleção poderá ver algumas figuras da cultura portuguesa, como é exemplo Miguel Torga.
Além dos materiais de uso pessoal, o desenho complementa a expressividade artística do escultor. Em toda a sua obra é notório e significativo o tratamento da figura humana, numa clara intenção aos valores do humanismo bem presentes nas influências clássicas.
É marcante a presença da figura feminina em diversos estudos e obras finais; o coletivo e o pessoal, os valores alegóricos do Bem e do Mal, da Justiça e da Paz, temas que o encaminham para a produção dos dois painéis escultóricos no interior da Casa do Cabo em S. João da Pesqueira.

Vista da Praça da República
2023, Município de S. João da Pesqueira

Exposição permanente de escultura, obras em espaços públicos ©️ 2019, Município
Esta exposição representa o simbolismo e o valor da figura humana no percurso artístico de Eduardo Tavares.
No mesmo edifício está em exposição a coleção de diferentes achados arqueológicos do território de S. João da Pesqueira. Os diversos conteúdos museográficos expõem espaços e artefactos que permitem conhecer essas marcas no território ao longo dos milénios.
Esse percurso visitável inicia-se na descoberta do espaço funerário do Dólmen de Areita e na diversidade de materiais arqueológicos, destacando-se desde logo o colar de contas e um conjunto de dentes humanos. Os lugares mágicos e simbólicos têm expressividade em espaços de ocupação temporária. Aí representa-se a caça: é exemplo o Abrigo com Pinturas Rupestres da Fraga D’Aia.
de S. João da Pesqueira
Posteriormente, os inúmeros povoados com as suas linhas de muralha de defesa e os fragmentos de componente agrícola, cerealífera e as cerâmicas decoradas. Nesse contacto com a natureza, os ciclos agrários e a presença de diversas comunidades que contactarão com a romanização, é exemplo o berrão de Paredes da Beira com a inscrição AMBROECON.
O discurso expositivo apresenta o período romano com diferentes testemunhos: as diversas villae e vicus, os troços de via, lápides e a ara de Paredes da Beira, a numismática, cerâmicas e utensílios de tecelagem. Na Idade Média, os núcleos rurais, as diversas cartas de foral e a cerca medieval de S. João da Pesqueira. Momentos, espaços e objetos significativos do território de S. João da Pesqueira.
Informações úteis
Horário de Funcionamento: Segunda a sexta-feira: 09:30-12:30 14:00-18:00
Preçário Entrada gratuita
Contactos: met@sjpesqueira.pt 254 489 985
Praça da República, 1 5130-332 S. João da Pesqueira https://www.sjpesqueira.pt/espacos-culturais/ museu-eduardo-tavares#faq-3

MUSEU MUNICIPAL ARMINDO TEIXEIRA LOPES
A exposição “Equilíbrios Sensoriais” é composta por obras de dois estilos e técnicas reconhecidas no mercado internacional (Pop Art e Abstrato), escolhidas pela própria artista. Esta mostra forma um conjunto visual de várias fases de seu percurso artístico, promovendo conforto sensorial, através de estímulos equilibrados, como luz, cor, textura e som.
Adelia Clavien nasceu em Mirandela, mas vive na Suíça, desde 1981.
Como artista, trabalha de maneira autodidática e apaixonada. Explora várias técnicas de pintura (acrílico, carvão, areia, vitrais etc.) e usa o seu conhecimento de fotografia para criar pinturas originais misturadas com fotografia - Novo Pop Realismo. Os vários temas apresentados permitem-nos viajar para um universo colorido e misterioso - o universo de Adelia.
Informações úteis
Horário de Funcionamento:
Segunda a domingo: 9:00 às 18:00, marcação prévia
Preçário Gratuito
Contactos: museu@cm-mirandela.pt 278 201 590
Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 5370 – 326 Mirandela

NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE FAVAIOS, PÃO E VINHO
“Trilhos que Somos” de Mário Sampaio 17 de maio a 14 de junho
É um projeto fotográfico assente num conjunto de imagens que observa percursos e escolhas. Umas que agarramos, outras que nos agarram nos trilhos da vida e marcam a passagem de cada um de nós por este espaço, cuja pertença é uma não pertença. A presença humana e a sua relevância destinge cada uma destas imagens que em nós deambulam, mostrando seres que caminham na sua singularidade.
Informações úteis
Horário de Funcionamento: Segunda a domingo: 9:30 às 13:00 e das 14:00 às 17:00
Preçário 2€
Passort MUD: desconto 20%
Contactos: museu.favaios@cm-alijo.pt Rua Direita, 21 | 5070-272 Favaios 259 950 073
MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL
à descoberta da geologia

saídas:
21 de fevereiro (sexta-feira, 8h) – Visita ao Geoparque Terras de Cavaleiros e ao concelho de Vimioso
Orientação: Elisa Gomes Alcino Oliveira João Alves
15 de março (sábado, 9h) – Olha onde pões os pés! : Vila Real - Campeã - Campanhó – Fisgas de ErmeloVila Real
Orientação: Anabela Reis, Luís Pereira, Luís Sousa
21 de março (sexta-feira, 8h) – “Ca
Granitos de Valpaços e Rebordelo
Orientação: Elisa Gomes Rui Teixeira
5 de abril (sábado, 9h) – Recurso
Tresminas, Pedras Salgadas e Chav
Orientação: Luís Sousa Alcino Oliveira R
3 de maio (sábado, 8h) – “Serra da Orientação: Alcino Oliveira Nuno Vaz
17 de maio (sábado, 14h-18h) – Di Museus - Museu e Jardim Geológic
Orientação: Elisa Gomes Paulo Favas V
23 e 24 de maio (sexta-feira, 8h e regresso sábado, 20h) – Maciço de Morais e Arribas Douro Sul
Orientação: Elisa Gomes Paulo Favas
28 e 29 de junho (sábado, 8h e regresso domingo, 20h) – Maciço de Bragança e Serra de Montesinho”
Orientação: Elisa Gomes Carlos Aguiar

3 e 4 de outubro (sexta-feira, 7h e regresso sábado, 21h) – Geologia e Recursos Geológicos da Serra do Buçaco e do Maciço Calcário Estremenho”
Orientação: Alcino Oliveira Nuno Vaz Artur Sá Anabela Reis Elisa Gomes
Inscrições e informações: museugeo@utad pt A saída do dia 17 de maio é gratuita; as restantes têm um custo de 15 €/dia para membros da UTAD da Rede de Museus do Douro ou do Roteiro de Minas e 20 €/dia para o público em geral; Inclui transporte e visitas; Pagamentos por transferência bancária: IBAN PT5007 8101 120000000801873 (UTAD); Nas visitas de 2 dias as dormidas económicas são por conta dos participantes; As saídas realizam-se com a partida junto do portão da UTAD










Novidades de maio. na Loja do Museu do Douro.
http://loja.museudodouro.pt/


Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com
Reservas: 93 215 01 01


EQUIPA MUSEU DO DOURO


Isabel Arcanjo
“Esta loja é o meu bebé”, diz-nos Isabel, com um brilho nos olhos. Desde que o Museu do Douro abriu que cuida deste espaço como se fosse seu, sempre “ com brio”, já que é meio caminho andado para o sucesso das vendas.
Conta-nos que os estrangeiros não resistem aos livros sobre o Douro, aos azulejos tradicionais, às joias com motivos durienses, ou às amêndoas da região. Já os portugueses preferem os vinhos, os doces e as louças Bordalo Pinheiro. Embora não seja algo frequente, Isabel já teve o privilégio de vender obras de arte de renome, como pinturas de Armanda Passosuma experiência única.
Joaquim Velho
Técnico Superior de Informática, Joaquim está no Museu do Douro há dois anos e a sua secretária é uma espécie de mapa do seu dia-a-dia, onde nunca faltam alicates, cabos e um sem número de aparelhos eletrónicos. Para além da área da informática é também responsável pela área da manutenção e faz um bocadinho de tudo - seja reiniciar equipamentos, quando falha a eletricidade, ou dar um jeito à pintura da sala, antes de uma exposição - qualquer que seja a tarefa, Joaquim está sempre pronto a resolver.
A informática surgiu na sua vida por acaso, mas foi ganhando espaço até se tornar numa verdadeira paixão. Hoje, apesar de saber (e fazer) muita coisa, é no universo dos computadores que mais gosta de navegar.


Começou o seu percurso no Museu do Douro, como voluntária, em 2007. Um ano depois integra a equipa, e desde 2018, é Técnica Superior no Serviço de Museologia. Especialista em conservação preventiva de documentos gráficos e fotografias, o seu trabalho passa por tarefas minuciosas, desde o acondicionamento de diapositivos à construção de bolsas, indispensáveis à correta preservação de objetos. Embora o Arquivo seja o seu principal domínio, a dedicação da Enara vai muito além disso, já que apoia a equipa na montagem das exposições. O seu trabalho cuidado é determinante na preservação e salvaguarda do acervo deste Museu.
Técnica Superior no Serviço de Museologia, nomeadamente nas áreas de Arquivo e Biblioteca do Museu, a Umbelina dedica-se à organização do acervo, desde a descrição arquivística ao acondicionamento no depósito, passando também pelo registo em base de dados, tornando os documentos acessíveis ao público. A paixão pelos arquivos nasceu durante a licenciatura em Conservação e Restauro, quando passava horas entre a Torre do Tombo e a Biblioteca Nacional. No Museu do Douro, há dois arquivos que a fascinam: o da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro e o Arquivo Histórico do Instituto do Vinho do Porto.
Existe também um lado mais íntimo no seu trabalho - a organização de arquivos de famílias - com o tratamento de documentos pessoais, como cartas ou apontamentos… fragmentos de vidas passadas, que podem continuar a contar as suas histórias graças a este trabalho de salvaguarda.
Enara Teixeira
Umbelina Silva
PRISMA DO VISITANTE





Título: Museu do Douro
Subtítulo: Bloco de Notas do MD
Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
Bloco de Notas do MD newsletter
geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt
Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua Ficha técnica:
Aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00