

Bloco de Notas do MD
DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
No mês de dezembro abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.
Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.
Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.
O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).
Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.
No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.
Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.
Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu do Douro.

DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
EXPORTAÇÃO E ENGARRAFAMENTO
Designação: Arrolhador
N.º inventário: MD/M-000185
Material: Madeira, ferro fundido
Dimensões: A 1225 x L 715 x P 440 mm
Marca: Boldt & Vogel
Local de fabrico: Alemanha, Hamburgo
Datação: c. 1900
Cronologia: 02 de abril de 1880 foi registada, na Alemanha, a patente, desta peça sob o nº 13 186.
5 de setembro de 1882, registo da patente nos EUA com o n.º 263 676.
Produzida no início séc. XX. Terá sido adquirida pela família Borrajo, produtora de vinhos da Régua.
21/12/2006 – Doação de Cristina Vasques
Osório ao Museu do Douro, passando a integrar a coleção José Luís Borrajo.
Descrição: Aparelho, da marca Boldt & Vogel, datável de finais do séc. XIX, de fabrico alemão. Possui corpo de ferro fundido e base de madeira, usado para apertar a rolha e auxiliar na sua colocação no vasilhame vinário.
Função: Equipamento vinário


Arrolhador © 2025, MD


Publicidade aos equipamentos Bolt & Bogel vendidos na Austrália
Fonte: https://patents.google.com/patent/US263676A/en consultado em 14/02/2025 https://collections.museumsvictoria.com.au/items/253142 consultado em 14/02/2025 https://nla.gov.au/nla.obj-2954237316/view?sectionId=nla.obj-2956058069&partId=nla.obj-2954373628 consultado em 10/02/2025
Patente registada nos EUA
EXPOSIÇÕES ITINERANTES
EXPOSIÇÕES ITINERANTES
MUSEU DO DOURO




DOURO LUGAR DE UM ENCONTRO FELIZ
Centro de Interpretação do Território, Sambade, Alfândega da Fé
> Até 16 de março de 2025
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2022
Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> Até 30 de março de 2025
CELEBRAR O DOURO
Biblioteca da Escola Secundária Dr. João de Araújo Correia, Peso da Régua
> Até 31 de março de 2025
PERCURSOS PELA ARQUITETURA
POPULAR NO DOURO, DO ARQ. ANTÓNIO MENÉRES
Auditório Municipal de Alijó
> De 14 de março a 1 de junho de 2025
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
SILVA PORTO (1850-1893): OS ANOS DE FORMAÇÃO
7 DE MARÇO A 22 DE MAIO DE 2025
Esta exposição apresenta 60 desenhos que documentam a formação do pintor Silva Porto, nascido a 11 novembro de 1850, na cidade do Porto.
Acompanham-se primeiro os seus estudos elaborados a partir dos 12 anos, na Escola Industrial do Porto, e depois a partir dos 15, na Academia Portuense de Belas Artes. Acompanha-se depois o seu trajeto como bolseiro em Paris, na Escola de Belas Artes, onde permanece dos 23 aos 29 anos, e as estâncias no Vale do Oise, onde segue o círculo dos ar-livristas de Daubigny, e também em Itália, que percorre acompanhado pelo companheiro Marques de Oliveira.

Silva Porto notabilizar-se-á como professor de paisagem da Academia de Lisboa e é o introdutor da pintura moderna em Portugal, ao adotar um rigoroso ar-livrismo. Os seus seguidores ficarão conhecidos como o Grupo do Leão, tal como Columbano os representou. Desaparecido precocemente, aos 41 anos, deixa, porém, uma vasta obra, tendo inspirado sucessivas gerações de paisagistas em Portugal.
Curadoria: João Paulo Queiroz
Obras da coleção da Sociedade Nacional de Belas Artes
Silva Porto. Desenho de perspectiva com templete clássico. Desenho a tinta-da-china e aguarela, c. de 1874

Silva Porto. Rapaz nu. S/d (c. 1874-8) Pormenor. Desenho a lápis gordo e carvão. Inv. SNBA 255.
EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO
COLEÇÃO NATÁLIA FERREIRA-ALVES
E JAIME FERREIRA-ALVES
Esta coleção reúne um conjunto de obras doadas ao nosso Museu, por Natália e Jaime Ferreira-Alves que, durante a sua vida profissional, se dedicaram ao estudo da arte, tendo por isso um natural gosto colecionista. As pinturas expostas são da autoria de Mónica Baldaque, pintora com quem os colecionadores estabeleceram uma relação de amizade, e cujas obras se centram na paisagem do Douro.
Está igualmente patente uma secção dedicada a outras obras pertencentes a esta coleção, nomeadamente um conjunto de desenhos da cidade do Porto e do rio Douro, da autoria do arqueólogo amador inglês William Tipping (1816-1897).
Com o objetivo de dar a conhecer o acervo doado ao Museu, esta coleção estará patente ao público durante o primeiro trimestre de 2025.

EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
ARQUITETURAS DA PAISAGEM
VINHATEIRA
Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.
Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira.

https://tinyurl.com/ynz7bych
Mancha de vinha na Balsa, Tabuaço, Desejosa ©2007, Egídio Santos/MD
COLEÇÃO MUSEU DO DOURO BIBLIOTECA
DIA INTERNACIONAL DA POESIA
A Biblioteca do Museu do Douro, enquanto entidade cooperante da Rede de Bibliotecas do Peso da Régua, promove a exposição “ Celebrar o Douro,Sempre-20 escritores,20 anos de Património Mundial”, que estará patente no Agrupamento João de Araújo Correia, durante os meses de Fevereiro e Março. Esta exposição coincide com as celebrações do Dia Internacional da Poesia, assinalado a 21 de Março, reforçando a importância da literatura e da criação no ambiente escolar e cultural. Com esta ação, a Biblioteca do Museu do Douro reafirma o seu compromisso com a difusão do património cultural e com a cooperação entre as bibliotecas do concelho, contribuindo para o enriquecimento da vida escolar e para a promoção da literatura no meio educativo.
Esta exposição nasceu de uma iniciativa conjunta da Associação dos Amigos do Museu do Douro, do Museu do Douro e da Tertúlia João de Araújo Correia, de forma a dar uma panorâmica literária da realidade duriense, através dos seus mais relevantes escritores.
Os retratos dos escritores desta exposição, da autoria de Emerenciano, são desenhos coloridos com uma construção a partir do retângulo da folha de papel e a aproximação de algo que é relevante no desenvolvimento da obra do artista, a integração da representação visual da escrita, símbolo da mais importante invenção do homem, porque arrasta todas as outras.
Os escritores identificam-se nas suas diferenças, mas há uma envolvência plástica que determina uma coerência distintiva ao conjunto dos retratos.



COLEÇÃO MUSEU DO DOURO
COLEÇÃO IVDP
Destaque da coleção IVDP dedicado às empresas exportadoras de vinho do Porto e cujo espólio de rótulos foi conservado durante décadas pelo Instituto. No portal de coleções do Museu do Douro é possível consultar o espólio inventariado e progressivamente digitalizado pelo Museu para divulgar a história da região.
FONSECA BORGES & Cª OU FONSECA BORGES & Cª LID
Empresa exportadora de vinho do Porto inscrita na Alfândega do Porto em 1922, sob o n.º 58, cuja atividade cessou em 1929. Os rótulos aqui apresentados constam dos álbuns do Instituto do Vinho do Porto - IVP, sendo os vinhos apresentados como comercializados pela Cooperativa dos Viticultores e Exportadores de Vinho do Porto. Esta cooperativa tinha armazéns em Gaia, Régua e Pinhão, sendo a sede na Rua do Marco, nº 3 em Vila Nova de Gaia.
Após consulta do Arquivo Histórico do IVP, verificou-se que a correspondência entre o IVP e esta Cooperativa tem como datas extremas 1934 e 1937. A cópia da certidão, datada de 31 de dezembro de 1936, dá conta da extinção da Cooperativa e informa que a mesma não possui qualquer existência, sendo a sua conta liquidada, não podendo, por tal motivo, ter, de futuro, qualquer movimento.
Assim, tendo em conta as informações consultadas, podemos aferir que os rótulos desta empresa foram entregues ao IVP entre 1934 e 1936.
Fonte: PINTÃO, M.; CABRAL; C. - Dicionário ilustrado do vinho do Porto. Arquivo

Certidão de fecho de conta. Arquivo Histórico IVP, Cota: PT/MD/AC/IVP/B/F/014/005/001




Rótulo de Red and Fruity Port da marca Fonseca Borges & Cª Lid, Inv. MD/M- 006004.28
Rótulo de Tawny Extra Port da marca Fonseca Borges & Cª Lid Inv. MD/M- 006004.29
Rótulo de Red Superior Port da marca Fonseca Borges & Cª Lid Inv. MD/M- 006004.30
Rótulo de Old Vintage Port da marca Fonseca Borges & Cª Lid, Inv. MD/M- 006004.31
Coleção disponível: https://tinyurl.com/mvbk5vnb
CONSERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO PREVENTIVA
COLEÇÃO IVP
Com vista a dar uma maior longevidade ao conjunto de 17 litogravuras da autoria J. J. Forrester (1809-1861) pertencentes ao espólio do IVP, realizámos a sua conservação preventiva. As obras sobre papel, datadas de 1835, gravadas em Londres por George Childs (1826-1873) e impressas pela empresa litográfica inglesa Graf & Soret (1833-1856), apresentam algumas peculiaridades que as tornam únicas. São visíveis nas imagens retoques de coloração individual (aguarela?), com pontos específicos de brilho, encontrando-se os exemplares autenticados com o selo branco do próprio Barão.
O trabalho consistiu na limpeza de cada obra com pincel de cerdas macias, depois de desemolduradas, planificação e nova limpeza das áreas de margem com aparas de borracha branca.
Depois de limpas e digitalizadas, as obras foram acondicionadas em folhas de papel Glassine e colocadas em pastas de cartão acid free, sendo salvaguardadas na mapoteca do Museu do Douro.

Acondicionamento ©2025, MD

O Freixo Perto do Porto, set. 1835. J. J. Forrester. Estampa 8. (MD/M-7841)
IDENTIFICAR PARA CONSERVAR
ESTÁ A ACONTECER…
Um dos maiores desafios no campo do restauro de obras de arte é a operação de levantamento de camadas de verniz alteradas, depósitos de sujidades, repintes e retoques grosseiros, como o que está a acontecer na pintura de cavalete “O milagre da bilocação de Santo António”.
Tradicionalmente utilizam-se misturas de solventes tóxicos para realizar este tipo de limpeza. No entanto, as preocupações ambientais e de saúde, assim como a procura por soluções mais sustentáveis, têm levado o Museu do Douro à procura de alternativas. Nesse sentido, a investigação tem dado passos importantes, explorando a viabilidade de técnicas inovadoras, com especial destaque para o campo do bio-restauro, como a exploração de enzimas na limpeza daquela pintura, enquadrada na tese de mestrado de Ana Lucas.
Em comparação com as misturas de solventes, as enzimas são menos agressivas, tanto para as obras quanto para o meio ambiente. No entanto, como acontece com qualquer abordagem, esta técnica não é uma solução absoluta. Muitas vezes, é necessário combinar várias metodologias para alcançar o equilíbrio desejado e garantir a eficácia do processo de conservação.
Este tipo de intervenção destaca a complexidade do trabalho de restauro, onde a utilização de soluções ecológicas, menos tóxicas, representa um avanço significativo. A aplicação de misturas de solventes menos prejudiciais, que agora estão a ser introduzidas, como parte final da etapa de restauro da pintura em referência, visa oferecer um resultado final que preserve a obra sem comprometer a sua integridade.




Diferentes aspectos da intervenção. ©2025, MD
PATRIMÓNIO RDD
FORNO CERÂMICO ROMANO DO LOUREDO
(LOUREDO, SANTA MARTA DE PENAGUIÃO) CONSERVAÇÃO, RESTAURO E VALORIZAÇÃO
Por João Miguel Perpétuo (jperpetuo@arqueohoje.com; ArqueoHoje Lda.)
No verão de 2005 a autarquia de Santa Marta de Penaguião, juntamente com a empresa ArqueoHoje, Conservação e Restauro do Património Monumental, Lda., promoveu um projeto de conservação e restauro do Forno Romano do Louredo, tendo por objetivo a requalificação desta estrutura arqueológica, escavada nos inícios da década de 80 do século XX, cuja degradação e avançado estado de ruína punham em risco a sua estabilidade.
O sítio localiza-se no lugar da Ponte, União de freguesias de Louredo e Fornelos, no fundo de um vale cavado, na margem direita do rio Aquilhão. O acesso ao local, partindo de Santa Marta de Penaguião, pode fazer-se através da EN 304, em direção a Fornelos.
O Forno do Louredo é um testemunho inequívoco do estabelecimento dos Romanos nesta região, servindo as comunidades rurais que aqui habitaram há cerca de 2 000 anos.
Terá surgido acidentalmente, por ocasião de um arroteamento agrícola, ação que provocou a destruição da abóboda e respetiva chaminé (Silva et alli, 1982:149), tendo sido posteriormente escavado e estudado por um pároco local, Manuel Tuna, juntamente com os arqueólogos Armando Coelho da Silva e António Baptista Lopes. Os materiais arqueológicos recolhidos levaram os autores da intervenção a colocar a hipótese de este ter servido para cozer cerâmica de construção: telhas (tegulae), tijolos e pesos (pondera) (Silva et alli, 1982).

Este tipo de forno era composto por uma área de aquecimento enterrada no solo natural — boca do forno servindo de local de introdução de lenha e regulador da tiragem do ar (a), fornalha com aspeto de canal onde se acendia a fogueira (b) e recâmara de aquecimento sustendo a grelha, permitindo simultaneamente uma melhor distribuição calorífera (c) — e uma câmara de cozedura — grelha perfurada, em barro cozido, sobre a qual se colocavam os produtos a cozer (d) — sendo rematada por uma abóboda com chaminé para evacuação dos gases e fumos. Esta tipologia de forno — em que por influência indireta do fogo se consegue obter uma repartição térmica e cozedura regular — parece sugerir uma cronologia entre final do século I e o século II d.C. (Silva et alli, 1982:152).
As intervenções efetuadas durante os presentes trabalhos, consistiram na limpeza pormenorizada de depósitos de terras acumulados, consolidação pontual do material cerâmico e pétreo, preenchimento de juntas e lacunas com materiais compatíveis com os originais, tratamento e consolidação da parte superior da grelha, reintegrações de material cerâmico e produção/colocação de tijolos nos muros de arranque da abóbada.
A par destas atividades, desenvolveu-se uma série de ações na área periférica — consolidação dos muros de suporte dos taludes e das escadas de acesso ao forno, tratamento das superfícies exteriores e dos pisos de circulação da área arqueológica — tendo em vista a valorização/dignificação do local, uma vez que se trata de um sítio musealizado e visitável com significativa afluência de público.
Implantação do Forno do Louredo no Vale do rio Aquilhão.

Planta e Alçado (seg. Silva et alli, 1982).


Os trabalhos de conservação e restauro procuram minimizar o impacto da intervenção ao indispensável, tendo sido empregue uma metodologia que não colocou em causa a natureza e as características do sítio arqueológico, seguindo uma linha onde estiveram sempre presente os critérios da reversibilidade, da estabilidade e da compatibilidade dos materiais e tratamentos utilizados, fatores fundamentais que devem sempre orientar qualquer intervenção desta natureza.
A solução de conservação e restauro adotada, teve presente o aspeto museológico do monumento e o seu valor didático, tendo em vista futuras visitas feitas por entidades de ensino ou particulares que possam usufruir deste património.
Esta vertente implicou reproduzir alguns elementos construtivos, mediante informação arqueológica recolhida durante a escavação, de modo a permitir uma assimilação mais concreta da realidade exposta por parte do visitante.
Vista do Forno, após concluídos os trabalhos de restauro.
Vista do forno durante os trabalhos de conservação e restauro.
Dentro desta perspetiva, foi ainda colocado um painel explicativo junto ao arqueosítio e editado um desdobrável promocional.
Com esta ação de conservação e valorização, procurou-se minimizar a destruição e a degradação do forno, causada por fatores de ordem ambiental e antrópica, tentando minimizar a diferença entre o artificial e original.
As experiências realizadas na preservação de sítios arqueológicos demonstram que estas intervenções não são eternas, dado que a degradação é um processo dinâmico evolutivo. Assim, parte do sucesso das ações desenvolvidas neste projeto passa por uma manutenção contínua, imprescindível à valorização do monumento.
BIBLIOGRAFIA
SILVA, Armando Coelho F. da; LOPES, António Baptista; TUNA, Manuel (1982) — O Forno cerâmico romano de Louredo (Santa Marta de Penaguião), “Portugália”, Nova Série, 2-3, Porto, FLUP/IA, pp. 149-152.
SERVIÇO EDUCATIVO
eusoupaisagem – educação e território
eusoupaisagem 2025
Programa serviço educativo do museu do douro eu sou paisagem é o programa de educação do Museu do Douro que opera no território dos 21 concelhos da região demarcada do douro.
eusoupaisagem assenta na pesquisa, no envolvimento e na criação de experiências entre as pessoas e as paisagens que habitam. O trabalho de presença no território conjuga envolvimento, pesquisa e intervenção educativa, desde 2006.
O quê. Com quem
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a participação de crianças, adolescentes, jovens, pessoas adultas|seniores e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Como
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas. Interpelam-se as paisagens e as pessoas com a história, o teatro, a dança, com o vídeo, com a imagem animada, com a escrita, com a geografia e a literatura, com a arquitetura paisagista, com o vídeo e com o som...
Para
eu sou paisagem é, de modo claro e inequívoco, uma vontade e uma proposta para agir e para pensar a educação nos lugares deste território.
O eusoupaisagemopera numa lógica de proximidade. Com quase duas décadas de trabalho com as comunidades escolares, com grupos formais e informais de Educadores e Professores da Educação Pré-escolar; Ensino Básico; Ensino Secundário e Profissional estreitam-se esforços, à procura de mais modos de estar neste território que importa cuidar. Os programas do eusoupaisagemacontecem também com Bandas Filarmónicas de Música, Associações Recreativas e outros coletivos dos diferentes concelhos da Região Demarcada do Douro, que connosco queiram fazer e pensar na paisagem.
Não procuramos respostas ou soluções, mas sim contextos e modos para instalar diálogos, o que é pedra de toque para o trabalho em conjunto, e, quando possível em comum para estar com as pessoas nos lugares onde elas vivem.
Perante as mudanças que vivemos a nível local, nacional e mundial, nos anos recentes, é com muita convicção que reforçamos ou iniciamos parcerias formais e informais no território da Região Demarcada do Douro, o que permite trabalho sequenciado e atento ao retorno de quem vive na região. A presença continuada de autores no campo da fotografia, do vídeo, da escrita e da oralidade, do teatro e da dança com forte vínculo à vontade de pesquisa norteiam a nossa presença no território, na procura sistemática da interrogação e fixação temporária de respostas encontradas e realizadas.
CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM
PROJETO COM ESCOLAS
2025 . 2024 . 2023
eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de diferentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, cartas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sussurradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.
Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liber dade e a paisagem?
E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democracia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pen sar, para perguntar, para conhecer melhor as paisagens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?
O que importa cuidar?
Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda-chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do eusoupaisagem são necessariamente plurais e democráticas, misturam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.
Os programas do eusoupaisagem são realizados com grupos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em parceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.


Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. © 2024, Ilustração Sónia Borges
CAFÉ CENTRAL MOSTRA EM CARTAZES
MUSEU DO DOURO, PESO DA RÉGUA
Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD.
Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores fora deportas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares em que se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
No Douro, pesquisamos e procuramos os cafés que são centrais para a vida dos lugares onde existem. Os cafés são lugares de socialização e da vida quotidiana a que os museus são muitas vezes alheios. Este é um programa para estar presente, com as pessoas que nele estão em temporadas nos cafés do Douro, articulando fotografia, geografia e vídeo.
De cada estadia nos cafés centrais são realizados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual e apresentados nos cafés onde se realizam o ciclo de trabalho com Paula Preto.

Café Central. Mostra em cartazes. © 2024, MD
PRÁTICAS PARTILHADAS CARTAS DAS FLORES ÀS ÁRVORES
Neste ano de 2025 é realizado um trabalho centrado nos processos de conexão com a paisagem humana e física, com a aposta no trabalho de corpo e enraizamento nos lugares que habitamos.
O que pode ser a paisagem? O que pode ser a liberdade? São as perguntas que orientam o programa de partilha de experiências com as educadoras do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real e os seus grupos da primeira infância.

Práticas Partilhadas. Pré-escolar Agrupamento de Escolas Diogo Cão, Vila Real. © 2024, MD
DOISMAISUM
Programa de oficinas pluridisciplinares para grupos de crianças e jovens.
Este programa está disponível para educadores e professores interessados no trabalho em parceria e propõe a cada grupo de crianças, jovens ou seniores um percurso pedestre ou uma visita às exposições e aos espaços do edifício sede do Museu do Douro + duas oficinas temáticas.
Estas ações realizam-se em 3 momentos diferentes do ano e permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares.

Doismaisum. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. © 2024, MD
PÚBLICO COMUM
É um programa de trabalho articulado entre o Museu do Douro, no Peso da Régua e o Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego.
Programa de experiências na paisagem urbana e não urbana, em articulação com o Centro Escolar de Lamego N.º 1, para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional, experimentam-se abordagens mais democráticas no acesso a patrimónios imateriais e materiais bem como criações do presente que estas instituições cuidam e promovem.

Público Comum. Centro Escolar de Lamego Nº1. Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Teatro Ribeiro Conceição Lamego. © 2025, MD
O QUE HÁAQUI?
BIBLIOTECAS ESCOLARES
Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade – Mesão Frio; Agrupamento de Escolas de Santa Marta Penaguião e Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas. EB2,3 de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. © 2024, MD
LABORATÓRIOS DO VER
Espaço do serviço educativo do edifício sede Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges
Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta as remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.


Laboratório do Ver – Proposta de intervenção nas janelas do Museu do Douro – Serviço Educativo. Ilustração Sónia Borges. © 2024, MD
EUSOUPAISAGEM NO MUSEU DE LAMEGO PARCERIA EDUCATIVA
No âmbito do protocolo entre o Museu do Douro e o Museu de Lamego realiza-se a parceria com o trabalho de mediação e troca de saberes para a Exposição “Não visitem a sala colonial” de autoria de Catarina Simão.
Este trabalho de colaboração interinstitucional assenta na construção de dispositivos de trabalho de mediação em torno das heranças problemáticas que estão depositadas no Museu de Lamego e que estão a ser estudados e interpeladas, com um grupo de jovens estudantes e a artista Catarina Simão.

DIZER ALTO
[CAMINHOS RURAIS]
Muito há que dizer sobre caminhos rurais. Por mim, pouco posso adiantar, que não sou economista, nem sequer geógrafo. Sou transeunte, sensível à suavidade ou a rudeza do percurso entre freguesias ou de lugar a lugar da mesma freguesia.
Conheço como os meus pés os caminhos rurais de boa parte da minha região – Cima do Douro. Se fizer da memória uma lousa, poderei iluminá-la, a qualquer hora, com imagens lineares, representativas do sistema arterial de muita freguesia. Aí figuram, como grandes vasos, os caminhos grossos. Como arteríolas, vá lá, os caminhos dos consortes. Como capilares, os de pés posto.
Parece que os estou a ver, os caminhos plainos e os caminhos íngremes. Os primeiros, suportando as súbitas enchentes de preguiçosos riachos e o assoreamento devido à erosão dos montes. Os segundos, os de leva arriba, cavados e socavados pela tromba de água e pelo contínuo martelar, tumba catatumba, do carro de bois celta. Dizem que é celta o carro de bois duriense.
Pobres caminhos, que tanto sofrem! Valentes caminhos, que tanto resistem. Caminhos de costa acima, podem contar, no abismo de cada relheira, centímetro a centímetro, os séculos de sacrifício. Não olho para eles sem me comover. Calvários de si próprios e de quem os vence, a poder de pulso agarrado a imaginária corda – é como eu os sinto.
O turista, que apenas visite de automóvel o meu país vinhateiro e, sem sair da estrada, lance os olhos turísticos às quebradas revestidas de vinhedo, mal suporá como são ínvios os caminhos vicinais de cada freguesia. Cada rincão ilude-os como formosura perfeita. A Penajóia, por exemplo, vista da estrada de Resende ou da estrada que passa às Caldas do Moledo, é cachoeira de imaculada verdura. Quem percorrer a pé a terra das cerejas dirá que os seus caminhos são os senões da sua face. Subir da Corvaceira a S. Gião, com pé ateniense, é dar ao demo a cardada espartana. Aquele caminho, aprumado com o declive como escada de mão esquecida pelo caiador, não seria mais pitoresco, mas, seria mais
cómodo se fosse dividido entre confortáveis lacetes. Nada perderia a Penajóia se um belo ziguezague, arborizado a cerejeiras, a riscasse de alto a baixo. Essa linha quebrada, com o auxílio de linda ponte lançada sobre o rio, nas Caldas do Moledo, seria chamariz do viajante moderno, poço do comodismo.
O que se diz da Penajóia poderá dizer-se de qualquer outra freguesia do montanhoso Douro. Quem percorre a via férrea, desde Barqueiros até à Barca de Alva, e espreita do comboio a singular paisagem, única no mundo como aspereza domada pelo homem, com pá e ferro pacíficos, poderá, de lance a lance, exclamar: que maravilha! Não sabe quanto custa suar e tropeçar nos caminhos escondidos no meio das videiras.
Descer de Galafura a Covelinhas, de barranco a barranco, é empresa de homem medieval. Não é empresa de homem contemporâneo. Subir esse caminho, à hora do calor, com uma cruz às costas, representada pelo cesto vindimo carregado de uvas ou pelo cesto roupeiro carregado de figos, só a poder de peito e pés de bronze…
Ir de Canelas ao Viando, quinta arredia da antiga vila, é descer um dos círculos do Inferno. Põe em risco a coluna vertebral do caminhante inquieto que prefira a Costa, como atalho, ao suave desvio pelas matas.
São assim os caminhos durienses. Tiveram sorte os que se adaptaram à viação de carros e carretas automóveis. Alarga aqui, aterra ou desaterra acolá, puderam aderir a gasolina sem desonra, isto é, sem quebra de poesia ou pitoresco. Das suas paredes, ainda brotam ervas. Ainda os cobre alguma sombra de árvore. Ainda se debruça sobre eles, a cantar, um ou outro passarinho. Os outros, os que se não adaptaram, mostram nas suas corcovas a velhice de milhentos anos.
João de Araújo Correia, Passos Perdidos in Cabral, A. M. Pires: Douro Leituras II, Antologia de textos sobre o Alto Douro, pág. 227-229, Museu do Douro, 2008

Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 5ºs e 6ºs anos da EB2/3 de Peso da Régua. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
06 março [10h40 – 12h10]
10 março [10h40 – 12h10]
10 março [14h00 – 15h30]
11 março [10h40 – 12h10]
12 março [10h40 – 12h10]
25 março [10h40 – 12h10]
Bibliotecas. Oficinas em contexto do espaço da biblioteca escolar onde se constroem novos textos, novas oralidades, novos livros, com os 11ºs anos da Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
12 março [14h00 – 15h30]
25 março [14h00 – 15h30]
27 março [10h40 – 12h10]
Práticas Partilhadas. Oficina. Exploração de áreas de trabalho como a escrita, o movimento, o som, a palavra, o registo gráfico e o teatro permitindo novas linguagens e experiências. Agrupamento de Escolas Diogo Cão. Vila Real.
06 março [10h30 - 11h30] - JI da Timpeira
06 março [14h30 - 13h30] - JI das Árvores
2+1: Oficina. Encontro em 3 momentos diferentes do ano que permitem que o grupo, como coletivo, possa ser colocado mediante linguagens e experiências para a escuta dos corpos e dos lugares. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia. Peso da Régua.
07 março [10h30 – 12h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
07 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
13 março [10h30 – 12h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
13 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
14 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
17 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
18 março [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
18 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
19 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
20 março [10h30 – 12h00] – Percurso. Centro Escolar das Alagoas
20 março [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
20 março [10h30 – 12h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
25 março [10h30 – 11h30] – Oficina. JI do Centro Escolar da Alameda
26 março [10h30 – 11h30] – Percurso. JI de Galafura e JI de Loureiro
26 março [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
27 março [10h30 – 12h00] – Oficina. Centro Escolar das Alagoas
28 março [14h30 – 16h00] – Percurso. Centro Escolar da Alameda
31 março [14h30 – 16h00] – Oficina. Centro Escolar da Alameda
Cartas da Liberdade e da Paisagem. Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta - procuram-se modos de mais conhecer e viver estes lugares tendo sempre em conta a relação entre as liberdades e as paisagens.
11 março [11h00 – 12h00] – Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
11 março [14h30 – 15h30] – EB1 de Fontes. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
14 março [10h30 – 11h30] – JI Santa Casa da Misericórdia, Peso da Régua
17 março [09h30 – 10h30] – JI Centro Escolar Nº2 de Lamego, Agrupamento de Escolas da Sé, Lamego
17 março [11h00 – 12h30] – Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
19 março[11h20 – 13h10] – Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
21 março [15h00 – 16h30] – Universidade Sénior de Peso da Régua
24 março [09h30 – 10h30] – JI Centro Escolar Nº2 de Lamego, Agrupamento de Escolas da Sé, Lamego
24 março [11h00 – 12h30] – Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
24 março [14h00 – 15h30] – Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua
24março[14h10 – 16h10] – Escola Básica 2º,3º Ciclos De Santa Marta De Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
27março[14h10 – 16h10] – Centro Escolar de Santa Marta de Penaguião. Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião
28 março [14h30 – 16h00] – Escola Secundária João Araújo Correia. Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua
31 março [09h30 – 10h30] – JI Centro Escolar Nº2 de Lamego, Agrupamento de Escolas da Sé, Lamego
31março [11h00 – 12h30] - Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego
Público Comum. Programa em articulação com instituições pares (museus, teatros ou centros culturais da região) para percorrer e conhecer diferentes espaços no território local e regional. Atividades no Teatro Ribeiro Conceição com o 1º ciclo do Centro Escolar Nº1 de Lamego, Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego.
11 março [9h30 – 12h00]
13 março [9h30 – 12h00]
18 março [9h30 – 12h00]
19 março [9h30 – 12h00]
20 março [9h30 – 12h00]
21 março [9h30 – 12h00]
26 março [9h30 – 12h00]
27 março [9h30 – 12h00]
28 março [9h30 – 12h00]
Café Central. Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD. Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores fora de portas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
12 março [09h30 – 17h30] – Alfândega da Fé
13 março [09h30 – 17h30] – Alfândega da Fé
Laboratório do Ver. Trabalho com um grupo de crianças do 4º ano do Centro Escolar da Alameda, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua, a partir de ilustração de fauna e flora do Douro.
25 março [14h30 – 16h00]
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!
A MuD – Rede de Museus do Douro conta com 61 membros.

CASA MUSEU AIRES TORRES
Parada do Pinhão, Sabrosa
A Casa Museu Aires Torres, aberta em 2009, encontra-se em pleno coração da aldeia de Parada de Pinhão, que no dia 18 de Maio de 1893 viu nascer José Augusto Aires Torres, 1893-1979.
A Casa Museu Aires Torres foi concebida com a finalidade de preservar e divulgar aspetos da vida e obra do militar, revolucionário e poeta. Uma notável personalidade transmontana-duriense que desenvolveu intensa e relevante atividade cívica em defesa da República e da Democracia e que encontrou na expressão poética a forma mais conseguida de manifestação.
Procura também resgatar do esquecimento público a figura de um distinto poeta e cidadão, preservar e divulgar a sua produção literária, contribuir para a valorização e estudo da obra de um artista que, como outros, não teve no seu tempo o reconhecimento que indubitavelmente merece.
Aires Torres, possuidor de uma forte personalidade, da qual sobressaem o caráter austero e a defesa intransigente de princípios éticos e cívicos, era dotado de invul-
gares dotes artísticos, que o levaram a experimentar diversas formas de expressão como a representação, música e a pintura, mas foi à carreira militar e à poesia que dedicou grande parte da sua vida.
No plano da ação militar e política, a análise do percurso biográfico de Aires Torres torna-se particularmente interessante pela participação ativa que teve em alguns acontecimentos significativos da história de Portugal da primeira metade do século XX.
Na guerra colonial, em Angola, 1915; na I Guerra Mundial, 1917; na oposição ao golpe militar de 28 Maio de 1926, que instaurou a Ditadura Militar em Portugal; na tentativa de deposição do regime ditatorial português, 1927, o que levou Aires Torres ao exílio, prisão e ostracismo, que só terminaria com a revolução de 25 de Abril de 1974.

© 2024, Casa Museu Aires Torres
A visita à Casa Aires Torres é, assim, uma autêntica e esclarecedora aula de História. Enquanto poeta, inicialmente Aires Torres teve a influência do Movimento da Renascença Portuguesa, de Teixeira de Pascoaes e Leonardo Coimbra. Em 1925 publicou o seu primeiro livro de poemas, Inquietação. Em 1946 publicou o segundo livro, Anda às Voltas o Mundo, profundamente influenciado pela tragédia da II Guerra Mundial e pela opressão exercida pelo regime do Estado Novo, no qual o autor expressa a sua visão do Mundo e do Homem.
O visitante também poderá usufruir do contato com o recheio da Casa Aires Torres, o acervo literário do poeta e um conjunto significativo de objetos artísticos e outros pessoais, que denotam uma vida multifacetada, complementando a sua visita com um ilustrativo documentário biográfico.
A Casa Aires Torres, inserida no touring cultural e turístico do Município de Sabrosa, a par de outros equipamentos culturais como a Exposição Os Locais e Culturas da Viagem de Magalhães, o Espaço Miguel Torga, o Polo Arqueológico de Garganta e o Espaço Vida e Obra General Loureiro dos Santos, proporciona uma experiência distintivamente enriquecedora.
Será de realçar o ambiente natural de inserção da Casa Aires Torres, em plena natureza rural, acolhedora, com uma paisagem de norte, transmontana, pinheiro e granito, contrastante com uma paisagem de sul, vinhateira duriense, de xisto, duas realidades geográficas caraterizadoras do território do Município de Sabrosa.
(…) Bem hajas tu também, minha terra de fragas, Que me ensinaste a ler nas tuas linhas duras, A serena altivez, o orgulho inquebrantável, P’ra todo o mal, p’ra todo o sofrimento, P’ra tanta coisa odiosa e miserável… (…)
Aires Torres, In A Minha Estrela




Informações úteis
Horário de Funcionamento:
Terça e Quarta: 14:00-17:30
Quinta a Sábado 09:30-13:00 | 14:00-17:30
Encerrado à Segunda, Domingo e Feriados
Preçário Entrada gratuíta
Contactos: casa_airestorres@cm-sabrosa.pt 968 992 088
Rua Padre Adolfo, 5060-124 Parada de Pinhão-Sabrosa www.sabrosa.pt
© 2024, Casa Museu Aires Torres
MUSEU MUNICIPAL ARMINDO
TEIXEIRA LOPES
“Exposição de pintura “Equilíbrios Sensoriais”, de Adelia Clavien, no Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes
A exposição “Equilíbrios Sensoriais” é composta por obras de dois estilos e técnicas reconhecidas no mercado internacional (Pop Art e Abstrato), escolhidas pela própria artista. Esta mostra forma um conjunto visual de várias fases de seu percurso artístico, promovendo conforto sensorial, através de estímulos equilibrados, como luz, cor, textura e som.
Adelia Clavien nasceu em Mirandela, mas vive na Suíça, desde 1981.
Como artista, trabalha de maneira autodidática e apaixonada. Explora várias técnicas de pintura (acrílico, carvão, areia, vitrais etc.) e usa o seu conhecimento de fotografia para criar pinturas originais misturadas com fotografia - Novo Pop Realismo. Os vários temas apresentados permitem-nos viajar para um universo colorido e misterioso - o universo de Adelia.

Informações úteis
Horário de Funcionamento: Segunda a domingo: 9:00 às 18:00, marcação prévia
Preçário Gratuito
Contactos: museu@cm-mirandela.pt 278 201 590
Rua João Maria Sarmento Pimentel, n.º 161 5370 – 326 Mirandela

MUSEU DO VINHO DE SÃO JOÃO DA PESQUEIRA
28 de março: “Noites no Museu com música ao vivo”
Local: Wine Bar do Museu do Vinho
Hora: 21h00
Entrada gratuita
Informações úteis
Horário de Funcionamento:
De segunda a domingo: das 10:00 às 18:00
Preçário 4€
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos: mvp@sjpesqueira.pt 254 489 983
Avenida Marquês de Soveral, n.º 79
5130 – 321 S. João da Pesqueira

ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
- Visita guiada ao Museu “Adegas das Giestas Negras 1575”;
- Visita guiada às instalações de vinificação e envelhecimento, com degustação de vinhos Douro e Porto.
Informações úteis
Horário de funcionamento:
De segunda a sexta: das 09:30 às 17:00
Sábado e domingo: mediante reserva
Preçário
5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos:
coimbrademattos@gmail.com 254 920 214 | 965 519 991
Casa da Calçada, n.º 65 5050 – 042 Galafura
MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL
à descoberta da geologia

saídas:
21 de fevereiro (sexta-feira, 8h) – Visita ao Geoparque Terras de Cavaleiros e ao concelho de Vimioso
Orientação: Elisa Gomes Alcino Oliveira João Alves
15 de março (sábado, 9h) – Olha onde pões os pés! : Vila Real - Campeã - Campanhó – Fisgas de ErmeloVila Real
Orientação: Anabela Reis, Luís Pereira, Luís Sousa
21 de março (sexta-feira, 8h) – “Ca
Granitos de Valpaços e Rebordelo
Orientação: Elisa Gomes Rui Teixeira
5 de abril (sábado, 9h) – Recurso
Tresminas, Pedras Salgadas e Chav
Orientação: Luís Sousa Alcino Oliveira R
3 de maio (sábado, 8h) – “Serra da Orientação: Alcino Oliveira Nuno Vaz
17 de maio (sábado, 14h-18h) – Di Museus - Museu e Jardim Geológic
Orientação: Elisa Gomes Paulo Favas V
23 e 24 de maio (sexta-feira, 8h e regresso sábado, 20h) – Maciço de Morais e Arribas Douro Sul
Orientação: Elisa Gomes Paulo Favas
28 e 29 de junho (sábado, 8h e regresso domingo, 20h) – Maciço de Bragança e Serra de Montesinho”
Orientação: Elisa Gomes Carlos Aguiar

3 e 4 de outubro (sexta-feira, 7h e regresso sábado, 21h) – Geologia e Recursos Geológicos da Serra do Buçaco e do Maciço Calcário Estremenho”
Orientação: Alcino Oliveira Nuno Vaz Artur Sá Anabela Reis Elisa Gomes
Inscrições e informações: museugeo@utad pt A saída do dia 17 de maio é gratuita; as restantes têm um custo de 15 €/dia para membros da UTAD da Rede de Museus do Douro ou do Roteiro de Minas e 20 €/dia para o público em geral; Inclui transporte e visitas; Pagamentos por transferência bancária: IBAN PT5007 8101 120000000801873 (UTAD); Nas visitas de 2 dias as dormidas económicas são por conta dos participantes; As saídas realizam-se com a partida junto do portão da UTAD











Novidades de março. na Loja do Museu do Douro.
http://loja.museudodouro.pt/


Facebook: www.facebook.com/acompanhia.pt Através do e-mail: info.acompanhia@gmail.com
Reservas: 93 215 01 01

RESTAURANTE A COMPANHIA



Título: Museu do Douro
Subtítulo: Bloco de Notas do MD
Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
Bloco de Notas do MD newsletter
geral: (+351) 254 310 190 | loja: (+351) 254 310 193 geral@museudodouro.pt www.museudodouro.pt
Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua Ficha técnica:
Aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00