

de Notas do MD
CONCERTOS
FAZ FALTA SABER SONS DO DOURO
5 de julho
16h00 - Workshop Artimanha festival de Artes
Vila Pouca de Aguiar
6 de julho
14h30 - Roda de conversa “ Cultura, Comunidade e TerritórioA Cultura como um ativo importante para a comunidade e para o território”
Vila Pouca de Aguiar
6 de julho
18h00 - Concerto Artimanha festival de Artes
Vila Pouca de Aguiar
12 de julho
21h30 - Concerto na Feira do Livro Lamego
25 de julho
( hora a definir) - Concerto com o projeto musical Crua Guarda
31 de julho
( Hora a definir ) - Concerto na Feira Nacional de Artesanato Vila do Conde

DESTAQUE EXPOSIÇÃO
PERMANENTE
No final de 2024 abrimos ao público novos núcleos da exposição permanente Douro: Matéria e Espírito. Concebida desde o início como uma exposição evolutiva, temos vindo a adicionar conteúdos, criando novos núcleos e melhorando alguns pontos da visita.
Esta intervenção, apoiada pelo programa ProMuseus do Ministério da Cultura, foi pensada para dar a conhecer artefactos recentemente incorporados na nossa coleção, permitindo, ao mesmo tempo, melhorar alguns aspectos quer do discurso expositivo quer da sua acessibilidade. O objetivo é alargar a compreensão do território duriense, que é também património mundial, visto numa perspetiva global e integradora do espaço e do tempo.
Começamos pela entrada do Museu, onde uma maquete interativa da Região Demarcada permite conhecer melhor o território e localizá-lo no espaço. O entendimento da região, conta agora também com um núcleo dedicado à fauna e flora, centrado na biodiversidade do vale do Douro. Aqui é possível conhecer a coleção de taxidermia depositada no Museu pela Real Companhia Velha, proveniente da Quinta das Carvalhas.
O núcleo dedicado à Pré-História ganhou maior fluidez de discurso e novas peças, que facilitam o entendimento desta época remota. Os artefactos expostos são cedidos pelo Museu do Côa, juntamente com uma peça cerâmica da Idade do Ferro, proveniente do Castro de Palheiros (Murça).
Com o depósito do material arqueológico proveniente das escavações da Fonte do Milho pelo Estado Português, através da antiga DRCN, juntamente com o espólio do IVP e de outras estações arqueológicas, era imperiosa a criação de um núcleo dedicado à romanização. Esta civilização fundamental para a estruturação do nosso território sob o ponto de vista económico, social e administrativo, conta agora com vestígios expressivos da sua cultura material que nos dão a conhecer o seu quotidiano.
No piso superior, em paralelo com a parede dedicada à diversidade de vinhos que atualmente se produzem, abrimos ao público a enoteca histórica do IVP, criada ao longo de várias décadas. Em exposição estão 1152 garrafas, provenientes de uma grande diversidade de casas exportadoras.
Além destas coleções de maior dimensão, vários pontos da exposição foram enriquecidos com peças doadas ao Museu que se encontravam guardadas em reserva e que têm valor e significado histórico.
Estes são motivos de sobra para (re)visitar o Museu do Douro.


Cesta. Usada pelos enxertadores para transportar os garfos para enxertia, a ráfia e as ferramentas de trabalho. Coleção Museu do Douro, doação de Elias Martins Eiras ©2025, José Miguel Pires
DESTAQUE EXPOSIÇÃO PERMANENTE
MEMÓRIA
DA TERRA DO VINHO NÚCLEO EXCELÊNCIA DO DOURO
Designação: Vinagreira
N.º inventário: MD/M-000284
Material: Madeira e folha de ferro
Dimensões: A 90 Ø 78 cm
Origem: Quinta da Cerca, S. Nicolau, Mesão Frio
Incorporação: 27 de março de 2007
Descrição
Recipiente troncocónico, composto por aduelas de madeira, cingidas por arcos de chapa de ferro, com torneira de madeira na zona inferior e rolha de cortiça no tampo superior.
Função
Usada para o fabrico e armazenamento de vinagre.


Vinagreira, MD/M-284 ©2024, MD
EXPOSIÇÕES ITINERANTES




MÓNICA BALDAQUE – DOAÇÃO
FERREIRA-ALVES
Casa da Cultura de Mêda
> Abre a 2 de julho de 2025
ANTÓNIO MENÉRES, PERCURSOS
PELA ARQUITETURA POPULAR NO DOURO
Auditório Municipal de Sabrosa
> Abre a 4 de julho de 2025
CELEBRAR O DOURO, SEMPRE
Auditório Municipal, Murça
> Abre a 5 de julho de 2025
JAIME SILVA NA COLEÇÃO
MUSEU DO DOURO
Museu Diocesano de Lamego
> Abre a 9 de julho de 2025




RUI PIRES NA COLEÇÃO MUSEU
DO DOURO
Museu Municipal de Resende
> Abre a 19 de julho de 2025
VIA ESTREITA, DE CARLOS
CARDOSO
Centro Interpretativo da Mulher Duriense, Armamar
> Abre a 24 de julho de 2025
DOURO, LUGAR DE UM ENCONTRO FELIZ, DE ANTÓNIO
BARRETO
Sala de exposições temporárias, Museu do Vinho, S. João da Pesqueira
> Até 20 de julho de 2025
MITOS, DE CARLOS CARDOSO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> Até 27 de julho de 2025




COADOURO – PARA UMA
MEMÓRIA FUTURA
AUDIR, Auditório Municipal de Peso da Régua
> Até 29 de julho de 2025
CARLOS CABRAL: RÓTULOS DE VINHO DO PORTO
Galeria d’Artes do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa
> Até 30 de agosto de 2025
CONCURSO INTERNACIONAL DE FOTOGRAFIA 2020 “DOURO PATRIMÓNIO CONTEMPORÂNEO” –MEMÓRIA COM FUTURO
Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta
> Até 30 de agosto de 2025
O SONHO DE MAGALHÃES –DOMINIQUE PICHOU
Museu Armindo Teixeira Lopes, Mirandela
> Até 5 de janeiro de 2026
*As datas apresentadas poderão sofrer alterações de acordo com a agenda do Museu do Douro e/ou dos locais mencionados

© Lúcia Duarte
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA
SINFONIA DO NADA - UMA VIAGEM DE LUZ PELA REGIÃO DO DOURO
ATÉ 18 DE AGOSTO DE 2025
A exposição, da autoria da fotógrafa Lúcia Duarte, é uma jornada visual que nos leva ao coração enigmático do Douro. Nesta coleção de fotografias, a autora, natural de Armamar, partilha com o público uma interpretação introspetiva da paisagem que, à primeira vista, pode parecer silenciosa e inalterada, mas que ressoa com uma melodia subtil e profunda.
Cada imagem escolhida é uma exploração das camadas invisíveis deste vale antigo, uma nota na sinfonia do invisível. Através das lentes da sua câmara, tenta imortalizar este espaço grandioso, nos seus momentos mais serenos e misteriosos — onde a bruma sobre o rio, as sombras nas encostas e a tranquilidade dos vinhedos revelam uma sinfonia oculta. Este silêncio aparente é, na verdade, um espaço repleto de histórias não contadas e de uma beleza que se desdobra lentamente. «Sinfonia do Nada» convida a mergulhar numa experiência sensorial e introspetiva, que procura ir além da beleza externa. Interpela os visitantes a encontrar também o eco silencioso das profundezas do Douro, e que este silêncio revele novas camadas de significado e conexão com este lugar mágico e misterioso.
EXPOSIÇÃO MÉDIA DURAÇÃO
FOTOGRAFIA
ALVÃO
COLEÇÃO IVP
ATÉ MAIO DE 2026
Mostra de uma pequena parte do importante acervo de imagens da Fotografia Alvão, pertencente à Coleção do Instituto do Vinho do Porto, incorporada no Museu do Douro desde 2021.
Este conjunto de fotografias, sob diversos suportes, evidencia as diferentes encomendas do organismo à conhecida casa fotográfica do Porto. Documentando aspectos das lides vitivinícolas durienses, do património do Douro e do Entreposto e também do próprio Instituto, estas imagens foram utilizadas ao longo de décadas para dar a conhecer o Douro e o vinho do Porto em publicações, exposições e ações de propaganda em Portugal e no estrangeiro.

Presegueda - Panorama do Baixo CorgoCol. MD/IVDP MD/M-2952.16 © Álvaro Azevedo, Fotografia Alvão / MD/IVDP
EXPOSIÇÕES VIRTUAIS
ARQUITETURAS DA PAISAGEM
DO DOURO
Em 2007, o Museu do Douro levou a cabo um inventário indicativo das arquiteturas da paisagem do Douro, centrado nas formas históricas de armação do terreno para o cultivo da vinha. Estas empregam muros de pedra seca, distinguindo-se dois tipos: pré e pós-filoxera. São estas que formam o mosaico da paisagem, juntamente com outras culturas, como a oliveira, as árvores de fruto e hortas.
Convidamos o público a conhecer esta exposição virtual onde se abordam os diferentes tipos de armação do terreno e a sua implementação na paisagem vinhateira. https://tinyurl.com/ynz7bych

Mancha de vinha na Balsa, Tabuaço, Desejosa ©2007, Egídio Santos/MD
COLEÇÃO MUSEU DO DOURO
BIBLIOTECA
DOAÇÕES
O Museu do Douro e a Biblioteca Municipal de Murça permutaram publicações com o objetivo de alargar o acesso às suas edições. Assim, o MD ofereceu sessenta e nove publicações, que incluem edições próprias e outros livros disponíveis na loja do Museu, tendo incorporado na Biblioteca dez publicações editadas pelo Município de Murça:
- BRAGA-AMARAL, José-Murça:oencantonãotemtempo. Murça: Câmara Municipal, 2005.
- COSTA, Dinis Serôdio Lopes da - O concelho de Murça na Grande Guerra. Carviçais: Lema d’Origem, 2017.
- FRAGA, Dionísio - Murça 800 anos: memória do tempo. Carviçais: Lema d’Origem, 2024.
- FRANCO, José Eduardo; BRAGA, Isabel Drumond - A Arte de desmascarar a história: homenagem a António Borges Coelho. Lisboa: Edições Esgotadas, 2025.
- FREITA, Francisco Fernando de - MurçanoséculoXX.[Guimarães]: Cidade Berço, 2012.
- PEREIRA, Anacleto - O livro de Anacleto Pereira: Murça, anos 40 do século XX. Murça: Associação de Amigos, 2011.
- RIBEIRO, António Augusto - As pedras da minha rua. [S.l.]: [s.n.], 2024.
- RIBEIRO, António Augusto - O Douro, um olhar. [S.l.]:[ s.n.], 2017.
- SANCHES, Maria de Jesus – O Crasto de Palheiros: Fragada do Crasto: Murça-Portugal. Murça: Município de Murça, 2008.
- TELES, Luís - Sobre a Porca de Murça e outros berrões. Viseu: Edições Esgotadas, 2024.

O Castro de Palheiros Fragada do Castro , 2008
COLEÇÃO IVDP
VISITAS IVDP
Nos dias 30 de maio e 6 de junho, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP, IP) proporcionou aos seus trabalhadores uma visita guiada ao Museu do Douro, com a finalidade de conhecer e/ou recordar o património cultural pertencente ao IVDP, IP. Este património, que testemunha o percurso do Instituto ao longo do século XX, reúne documentos, objetos e outros itens que refletem a identidade cultural do IVDP, I.P.
Foi possível mostrar o espólio em reserva, em tratamento e ainda em exposição, permitindo entender toda a dinâmica realizada para valorizar este importante espólio da Região do Douro.
As visitas contaram com a participação de 43 pessoas desse organismo.


Visita de 30 de maio de 2025, ©2025, IVDP
Visita de 6 de junho de 2025, ©2025, IVDP

Intervenção de conservação e restauro ©2025, MD
CONSERVAÇÃO
POLARÍMETRO SACARÍMETRO
Está em curso a intervenção de conservação e restauro de um polarímetro sacarímetro (MD/M-9872), integrado na coleção científico-tecnológica do Museu, proveniente do acervo dos laboratórios do IVP. Este bem cultural, com relevância histórica no contexto laboratorial, está a ser alvo de uma abordagem que vai além da mera preservação material.
A intervenção procura um equilíbrio entre a estabilização de processos de degradação, como a corrosão, com a preservação dos sinais de uso, valorizando o desgaste como testemunho da história funcional do instrumento. Paralelamente, está a ser realizada a documentação detalhada do objeto, que assegura a salvaguarda do seu valor científico e patrimonial. Neste trabalho temos contado com o auxílio e perícia do nosso voluntário Rui Joaquim.

Polarímetro Sacarímetro ©2025, MD
PATRIMÓNIO RDD
A ESTRANHA INSCRIÇÃO DE S. PEDRO DAS ÁGUIAS
TABUAÇO
Por José d’Encarnação
Nas margens do Rio Távora e de frontaria voltada para oriente, como era de lei, não importando que, dessa banda, horizonte não houvera mas sim a montanhosa escarpa, a igreja de S. Pedro das Águias, sita na Granjinha (freguesia de Paradela e Granjinha, concelho de Tabuaço), tem na sua génese o conhecido drama da princesa Ardinga.
Dela me seduziu, porém, um pormenor: a inscrição latina gravada na pedra de fecho da arquivolta exterior do arco do portal lateral norte (Fig. 1). Está naturalmente cheia daqueles ‘enleios’ (nexos das letras, letras pequenas em diálogo com as maiores) em que se compraziam os escribas medievais, mormente forçados pela exiguidade do espaço disponível. Não obstante, desde há muito que se logrou decifrar o texto, rapidamente posto em paralelo com o que vem consignado versículo 8 do salmo bíblico 120:
«Dominus custodiat introitum tuum et exitum tuum, ex hoc nunc et usque in saeculum».
«O Senhor guarde a tua entrada e a tua saída desde agora e para todo o sempre».

No salmo, o Povo de Deus interroga-se: quem me socorrerá? E a resposta vem pronta: «O Senhor é o teu guarda». E é na continuação que surge a frase citada, onde, segundo a exegese bíblica, falar em entrada e saída é a forma habitual de indicar o conjunto das nossas acções: a vida inteira.
Contudo, tal significado simbólico dificilmente foi compreendido e o mais normal foi entender «entrada» e «saída» como porta. Por isso, a epígrafe está gravada na parte superior da porta, aqui já com uma adaptação a reforçar-lhe o sentido, porque não se refere um Senhor qualquer mas o «dos exércitos», o que tem o poder das armas:
Dominus exercitum custodiat huius templi introitum et exitum «O Senhor dos exércitos guarde a entrada e a saída deste templo».
Significativamente, portanto, com adaptações locais, essa é uma epígrafe patente em vários monumentos.
Figura 1 - O letreiro no portal da igreja de S. Pedro das Águias

Assim, sobre o portal da igreja de S. Pedro, em Jerusalém, a que se dá o nome de Gallicantu, isto é, ‘do canto do galo’ (Fig. 2), está consignada a primeira parte da frase bíblica: «Dominus custodiat introitum tuum et exitum tuum». Idêntica inscrição se lê no portal renascença do Palazzo Geraldini Battista, na comuna italiana de Amelia, e se estende, por seu turno, ao longo de todo o friso da chamada Porta Sancti Thomae («de S. Tomás»), em Treviso, cidade italiana bem perto de Veneza. Identifiquei-a também no centro histórico de Bari, sobre a arquitrave do portal do Palazzo Calò, onde a frase acabou por ter, em 1583, um sugestivo acrescento: D(omi)NVS • CVSTODIAT • INTROITVM • TVVM • ET • EXITVM • TVVM • TVLLIO • ET • IO • IACOBO • CALO • ET • AMICIS • ANO D(omi)NI (Fig. 3). Ou seja, aproveitou-se para, citando-os, individualizar o pedido de protecção para os proprietários do palácio (Túlio e João Tiago Calò), estendendo-o aos seus amigos. Anote-se, ainda, que a expressão Calo et amicis foi considerada oportuna para
Figura 2 - Inscrição na igreja de Gallicantu, Jerusalém
identificar o bistrot do hotel, constando da respectiva publicidade essa parte da epígrafe (Fig. 4).
Em suma: afinal, mui singela inscrição, passível de passar por completo despercebida, acaba por nos mostrar que quem a escolheu tinha a noção perfeita do largo horizonte em que se inseria. E assim a igreja de S. Pedro das Águias fica incluída num circuito internacional do mais elevado prestígio.


Figura 3 - Inscrição no Palazzo Calò, Bari
Figura 4 - Inscrição de publicidade ao bistrot do Palazzo Calò, Bari
SERVIÇO EDUCATIVO
eusoupaisagem – educação e território
eusoupaisagem 2025
Programa serviço educativo do museu do douro
eu sou paisagem é o programa de educação do Museu do Douro que opera no território dos 21 concelhos da região demarcada do douro.
eusoupaisagem assenta na pesquisa, no envolvimento e na criação de experiências entre as pessoas e as paisagens que habitam. O trabalho de presença no território conjuga envolvimento, pesquisa e intervenção educativa, desde 2006.
O quê. Com quem
Aposta-se na criação de contextos de experimentação, com caráter de continuidade, para a participação de crianças, adolescentes, jovens, pessoas adultas|seniores e seniores em atividades de experiência e conhecimento.
Como
Pesquisa-se com o território e a paisagem, com o corpo e o lugar, em diálogo e tensão com diferentes linguagens e falas.
Interpelam-se as paisagens e as pessoas com a história, o teatro, a dança, com a imagem animada, com a escrita, com a geografia e a literatura, com a arquitetura paisagista, com o vídeo e com o som...
Para
eu sou paisagem é, de modo claro e inequívoco, uma vontade e uma proposta para agir e para pensar a educação nos lugares deste território.
O eusoupaisagemopera numa lógica de proximidade. Com quase duas décadas de trabalho com as comunidades escolares, com grupos formais e informais de Educadores e Professores da Educação Pré-escolar; Ensino Básico; Ensino Secundário e Profissional estreitam-se esforços, à procura de mais modos de estar neste território que importa cuidar. Os programas do eusoupaisagem acontecem também com Bandas Filarmónicas de Música, Associações Recreativas e outros coletivos dos diferentes concelhos da Região Demarcada do Douro, que connosco queiram fazer e pensar na paisagem.
Não procuramos respostas ou soluções, mas sim contextos e modos para instalar diálogos, o que é pedra de toque para o trabalho em conjunto, e, quando possível em comum para estar com as pessoas nos lugares onde elas vivem.
Perante as mudanças que vivemos a nível local, nacional e mundial, nos anos recentes, é com muita convicção que reforçamos ou iniciamos parcerias formais e informais no território da Região Demarcada do Douro, o que permite trabalho sequenciado e atento ao retorno de quem vive na região. A presença continuada de autores no campo da fotografia, do vídeo, da escrita e da oralidade, do teatro e da dança com forte vínculo à vontade de pesquisa norteiam a nossa presença no território, na procura sistemática da interrogação e fixação temporária de respostas encontradas e realizadas.
CARTAS DA LIBERDADE E DA PAISAGEM
PROJETO COM ESCOLAS
2025 . 2024 . 2023
eusoupaisagem é o programa de educação do Museu do Douro que, nestes anos, aposta na troca de cartas, de diferentes modos, tamanhos e conteúdos: cartas escritas, cartas dançadas, cartas fotografadas, cartas faladas ou sussurradas… e outras, a imaginar em conjunto, para se estar e conhecer as paisagens do território que constitui a Região Demarcada do Douro.
Há dez anos, perguntamos: Que relações existem entre a liber dade e a paisagem?
E agora 10 anos depois, no tempo de 50 anos de democracia em Portugal, o que encontramos de relevante para fazer, para pen sar, para perguntar, para conhecer melhor as paisagens do Douro, quem as faz, quem as habita: O que mudou? O que está igual? A que temos de dar mais atenção?
O que importa cuidar?
Cartas da liberdade e da paisagem é a temática guarda-chuva deste programa que agrega as diferentes atividades e projetos, oficinas e caminhadas com o serviço educativo do Museu do Douro. As abordagens educativas do eusoupaisagem são necessariamente plurais e democráticas, misturam experiências nas paisagens que se habita ou visita, com recurso a diferentes linguagens e modos de expressão.
Os programas do eusoupaisagem são realizados com grupos de Educadores e Professores: Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Secundário e Ensino Técnico-Profissional, dos concelhos da Região Demarcada do Douro e em parceria com tecido associativo local e regional: Associações, Bandas Filarmónicas, Ranchos Folclóricos e outros coletivos durienses.


Cartas da Liberdade e da Paisagem – Projeto com escolas. © 2024, Ilustração Sónia Borges
CAFÉ CENTRAL
MOSTRA
EM CARTAZES
MUSEU DO DOURO,
PESO DA RÉGUA, MAIO A NOVEMBRO 2025
Programa para estar presente em diferentes cafés do território da RDD.
Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores foradeportas? Como podemos estar com as pessoas, nos lugares em que se encontram? Todas as terras têm um (ou mais) Café Central.
No Douro, pesquisamos e procuramos os cafés que são centrais para a vida dos lugares onde existem. Os cafés são lugares de socialização e da vida quotidiana a que os museus são muitas vezes alheios. Este é um programa para estar presente, com as pessoas que nele estão em temporadas nos cafés do Douro, articulando fotografia, geografia e vídeo.
De cada estadia nos cafés centrais são realizados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual e apresentados nos cafés onde se realizam o ciclo de trabalho com Paula Preto.

Café Central. Paisagem Armamar. © 2025, Paula Preto

CENTRO INTERPRETATIVO MULHER DURIENSE
ARMAMAR
Programa de parceria educativa com o centro interpretativo tendo em conta a importância da igualdade de género e a participação cívica.

Parceria Educativa. Paisagem Armamar. © 2025, Paula Preto
O QUE HÁAQUI?
BIBLIOTECAS
ESCOLARES
Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade – Mesão Frio; Agrupamento de Escolas de Santa Marta Penaguião e Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.

Bibliotecas. Escola Básica 2º,3º Ciclos Agrupamento de Escolas de Santa Marta de Penaguião. © 2025, MD


Bibliotecas. Escola Secundária João de Araújo Correia, Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua. © 2025, MD
LABORATÓRIOS DO VER
Espaço do serviço educativo do edifício sede
Ilustração fauna e flora do Rio Douro – Sónia Borges
Trabalho com crianças e jovens a partir de ilustração de fauna e flora do Douro realizada durante o ano de 2025 nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo, tendo em conta as remodelação da exposição permanente bem como a presença e a potência da ilustração para criar condições para observar com mais detalhe as paisagens não humanas que nos constituem.


Laboratório do Ver – Intervenção nas paredes de vidro do edifício sede - serviço educativo do Museu do Douro. Ilustração Sónia Borges. Ilustração Sónia Borges. © 2025, MD
DIZER ALTO
[FRUTAS DURIENSES]
Não preciso de sair do Douro para me deliciar com a melhor fruta do mundo. Não há peras que se comparem às peras durienses. Não há maçã que possa competir com a de Gojim ou Poiares – maçã dos altos. Nem figos há que levem a palma aos de Carlão ou Covelinhas – para citar apenas dois topónimos assinalados na produção de figos que fariam pecar de gula um santo. E laranjas? Haverá laranjas que possam disputar às laranjas do Tua o título de divinas? Terra das cerejas é a Penajóia como foi terra de pêssegos o vale do Rodo, antes de votado, exclusivamente, à uva d lagar. Mas, se acontece plantar-se ali um pessegueiro, diz o que foi, em sua especialidade, o vale do Rodo, tão decantado, como vale de Jugueiros, pelo sensual Ramalho Ortigão, que também gabou, na bacia da Régua, as sebes de marmeleiros.
Quem quiser boa marmelada terá de vir ao Douro, no Outono, procurar marmelos. Terá de vir procurar por aqui, por este Douro, qualquer espécie de fruta se quiser saber o que é fruta verdadeira. Poderá, por falta de amanho científico, sair-lhe defeituosa à primeira vista, mas, nunca o enganará no gosto inconfundível. Assim o dizem comerciantes do Sul, que por aqui aparecem para a levar e vender como sua. Dizem eles: não é muito bonita, mas, que saborosa! É uma delícia.
Basta-me chegar a uma janela para ver figueiras, laranjeiras, tangerineiras e limoeiros que prometem cumprir, no tempo, a sua obrigação. Se me desvio dois passos, toda a espécie de fruteiras me saúdam como amigas minhas que me retribuem amizade velha. Não preciso de ir longe para cumprimentar alfarrobeiras, que vieram do Algarve e aqui se naturalizaram como em terra própria. Nespereiras e diospireiros dão à minha paisagem, num ou noutro recanto, cintilações japonesas. Fazem-me lembrar Venceslau de Morais.
João de Araújo Correia, Sem Método
in Cabral, A. M. Pires: Douro Leituras I,Antologia de textos sobre o Alto Douro, p. 208, Museu do Douro, 2002
COLABORAR E PARTILHAR MUSEU DE TERRITÓRIO


RÉGUA
Edifício sede do Museu do Douro
Laboratório do ver | Sónia Borges - preparação caderno educativo - Ilustração fauna e flora do Douro – junho de 2026
Café Central | Paula Preto - mostra maio a novembro 2025
SANTA MARTA DE PENAGUIÃO
2 de julho [10h30-13h00]
Encontro de preparação do programa 25e26
O que há aqui? | Bibliotecas escolares
Programa de práticas oficinais de escrita, leitura, movimento e fotografia, realizado em parceria com os grupos de professoras/es bibliotecários do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade – Mesão Frio; Agrupamento de Escolas de Santa Marta Penaguião e Agrupamento de Escolas João de Araújo Correia, Peso da Régua.
ARMAMAR
9 de julho [10h00-17h00]
Centro Interpretativo Mulher Duriense
Programa de parceria educativa com o centro interpretativo tendo em conta importância da igualdade de género e participação cívica.
17 de julho [09h30 – 18h00] – Armamar
Café Central. Todas as terras têm um (ou mais) Café Central. Como podemos estar com as pessoas, nos lugares se encontram? Como podemos fazer que o museu seja lugar para tentar fazer e conhecer em comum com a presença de educadores fora de portas? Café Central - Programa para estar presente em diferentes cafés no território da RDD.
VILA REAL
11 de julho [10h00 – 11h30 | 14h30-15h30] - JI Associação 31, Vila Real
Cartas da Liberdade e da Paisagem. – Neste programa procuram-se modos de conhecer e viver os lugares em que se vive, nesta região, tendo em conta a relação entre as liberdades e as paisagens Através da criação e troca de cartas em vários suportes – da carta sonora à carta cantada, da carta escrita à carta em vídeo, da carta e mapa militar à carta oral, lida em voz alta.

©2023, Inquieta - agência criativa
A Rede de Museus do Douro, ao unir diferentes tipos de espaços museológicos, pretende também contribuir para a sua divulgação junto das comunidades de visitantes. Seja aproximando a comunidade local dos seus espaços, seja divulgando estas estruturas a quem nos visita, esta publicação é também um incentivo para partir à descoberta do território duriense. Através de diferentes coleções, os espaços aderentes permitem conhecer outras facetas do Douro, um território cuja paisagem é património Mundial!
A MuD – Rede de Museus do Douro conta com 61 membros.

ADEGA DAS GIESTAS NEGRAS
- Visita guiada ao Museu “Adegas das Giestas Negras 1575”; - Visita guiada às instalações de vinificação e envelhecimento, com degustação de vinhos Douro e Porto.
Informações úteis
Horário de funcionamento: De segunda a sexta: das 09:30 às 17:00 Sábado e domingo: mediante reserva
Preçário
5€, inclui visita e prova de vinho do Porto
Passaporte Mud: 20% desconto
Contactos: coimbrademattos@gmail.com
254 920 214 | 965 519 991
Casa da Calçada, n.º 65 5050 – 042 Galafura

CIMI | CENTRO INTERPRETATIVO DA MÁSCARA IBÉRICA - LAZARIM
Exposições para visita durante o mês de julho:
- 1º Raid Fotográfico “Caretos de Lazarim na Alcaria de Mazes”
- “Máscara de Lazarim Identidade de uma comunidade”
- “Artesãos de máscaras de Lazarim”
- “Entrudo de Lazarim - Domingo-gordo e Terça-feira Gorda”
- “BUUU por detrás da Máscara”
Informações úteis
Horário de Funcionamento: Terça a domingo: 10:00 às 12:30 e das 13:30 às 17:00
Preçário Gratuito
Contactos: cimi@cm-lamego.pt
254 090 134
Rua José de Castro 5100-584 Lazarim
MUSEU DE GEOLOGIA FERNANDO REAL

ACONTECEU NA MUD
OFICINA DE CONSERVAÇÃO PREVENTIVA: ARQUIVO
E ARQUEOLOGIA
Centro Intepretativo do Castro de Cidadelhe
No passado dia 23 de junho, no âmbito do Programa de Formação da MuD, decorreu a oficina de Conservação Preventiva: Arquivo e Arqueologia no Centro Interpretativo do Castro de Cidadelhe. Esta formação contou com a presença de vários técnicos da MuD, tendo como finalidade dar formação teórico-prática nas áreas de gestão de coleções de artefactos de arquivo e arqueologia.

Oficina de Conservação Preventiva © 2025, MD
EQUIPA MUSEU DO DOURO


Fernanda Fonseca
Natural do concelho de Armamar, Fernanda está no Museu do Douro há 22 anos e acompanhou de perto a sua evolução. A sua colaboração iniciou com a Estrutura de Projeto, na Rua da Alegria, e ao longo dos últimos 10 anos integra os Serviços Financeiros e Recursos Humanos. Ainda que o trabalho esteja mais relacionado com faturas, economato e outros processos administrativos, gosta de fazer um pouco de tudo e encara o trabalho no Museu como um desafio constante e de contínua aprendizagem. Sente orgulho em trabalhar num espaço que dá a conhecer o melhor da região onde vive
. José Pedro Alves
José Pedro Alves está no Museu do Douro há 8 anos e tem desempenhado várias funções, entre a receção, loja e visitas guiadas. Gosta de partilhar as histórias que esta região guarda e criar momentos de verdadeiro convívio para quem visita o Museu. Mostrar o Douro para além da paisagem, é o que o deixa mais realizado. Extrovertido por natureza, procura sempre colocar os visitantes à vontade, incentivando perguntas e a participação de todos. Para o José Pedro, cada visita é uma troca de culturas e uma forma de dar a conhecer o (seu) Douro.


Andreia Teixeira
Natural do Peso da Régua, Andreia está no Museu do Douro há cerca de dois anos, onde colabora na receção e nas visitas guiadas. Licenciada em Arte e Design, encontrou no turismo uma forma de cruzar a paixão pela região com o prazer de comunicar. Gosta de contar as histórias do Douro aos visitantes, a quem explica como tudo começou e como conseguimos preservar a identidade da região até aos dias de hoje. Entre as figuras que mais gosta está a Dona Antónia, que a inspira pela força e dedicação numa época em que o protagonismo feminino era exceção. Para a Andreia, o Museu é um espaço onde pode dar voz ao que o Douro tem de mais genuíno, as suas gentes, a sua memória e a sua identidade.
Filomena Marantes
Filomena trabalha no Museu do Douro desde 2023 e é natural da Régua. Contribui, com mais duas colegas, para a manutenção do Museu do Douro, com responsabilidades distribuídas de forma metódica por toda a equipa. Exemplo disso é o plano diário de tarefas, que começa horas antes da abertura ao público e que obriga a uma gestão minuciosa, de modo a não interferir com a atividade habitual deste espaço. Para a Filomena trabalhar nesta Instituição é uma experiência positiva e enriquecedora.
de julho. na Loja do Museu do Douro.
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Título: Museu do Douro
Subtítulo: Bloco de Notas do MD
Nome do Editor: FUNDAÇÃO MUSEU DO DOURO
Periodicidade: mensal
URL: https://issuu.com/museudodouromd ISSN 2795-5877
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Rua Marquês de Pombal 5050-282 Peso da Régua Ficha técnica:
Aberto todos os dias, das 10:00 às 18:00