
1(5): 19-35
SETEMBRO 2025 Unisinos
ISSN: 2764-6556

doi.org/10.4013/issna.2025.51.4
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1(5): 19-35
SETEMBRO 2025 Unisinos
ISSN: 2764-6556

doi.org/10.4013/issna.2025.51.4
Potential obstacles to the adoption of an adequate and healthy diet among university students: cost and time relation
Tatiana Calheiro França tatianacalheiro@hotmail.com

Nutricionista formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, São Leopoldo, RS, BRASIL
Luísa Rihl Castro luisarc@unisinos.br

Professora do curso de NutriçãoUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, UNISINOS, São Leopoldo, RS, BRASIL
Submissão: 12/09/2024
Aprovação: 31/12/2024
Universidade doVale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Instituto Tecnológico em Alimentos para a Saúde – itt Nutrifor. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei. CEP: 93022-750, São Leopoldo, RS, Brasil.
Contato principal: Prof. Dr. Cristiano Dietrich Ferreira. Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos. E-mail: revistappgna@ unisinos.br.

O estudo teve como objetivo investigar se o custo dos alimentos e o tempo destinado para práticas alimentares possui influência na adoção de uma alimentação adequada e saudável entre universitários. Estudo quantitativo, transversal, com aplicação de questionário online. Participaram 113 universitários; 54,9% do sexo feminino. Sobre o custo, 66% não consideram que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas ao custo dos alimentos; em relação ao tempo, 83,2% acreditam que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas à falta de tempo. Sobre alimentação, 45,1% necessitam de atenção e mudanças nos hábitos alimentares. A maioria dos universitários enfrentam dificuldades relativas ao tempo como principal obstáculo, necessitando de mudanças para uma alimentação mais equilibrada.
Palavras-chave: alimentação saudável, custo-benefício, estudantes, guias alimentares

A alimentação de universitários é uma preocupação importante, pois uma dieta saudável desempenha um papel fundamental no desenvolvimento acadêmico, na saúde e no bem-estar geral dos estudantes. Porém, muitos universitários enfrentam desafios relacionados ao custo e ao tempo ao tentar manter uma alimentação adequada. Os obstáculos de custo e tempo podem ser superados através do planejamento, da criação de prioridades e da busca de soluções criativas que se adaptem ao seu estilo de vida acadêmico.
Oato de alimentar-se tem papel fundamental na organização humana, desse modo, a alimentação não deve ser compreendida somente como consequência de fenômenos biológicos ou ecológicos, mas como uma prática associada a diversas representações sociais. Estas permitem compreender os diferentes grupos sociais, suas vontades e crenças, as quais são cada vez mais influenciadas pela modernização e pela globalização (Poulain, 2013).
Contudo, as questões relacionadas aos hábitos alimentares da população podem influenciar regulamentos governamentais oficiais e a criação de políticas vinculadas à temática. Desse modo, sugere-se que a reunião de informações contidas em um guia alimentar pode ser considerada um facilitador das escolhas alimentares cotidianas e do reconhecimento das identidades culturais da população brasileira (Ambrosi; Grisotti, 2022).
Uma das estratégias desenvolvidas pelo governo brasileiro para implementar a diretriz de promoção para uma alimentação adequada e saudável é o Guia Alimentar para a População Brasileira. O Guia apresenta um conjunto de informações, recomendações e princípios de uma alimentação adequada e saudável, com o intuito de auxiliar nas práticas alimentares de indivíduos, famílias e comunidades (Brasil, 2014).
O quinto capítulo do Guia Alimentar aborda sobre a compreensão e superação de potenciais obstáculos para adoção de uma alimentação adequada e saudável, entre eles, o custo e o tempo (BRASIL, 2014).
Segundo Maia et. al, (2020) em 1995, os alimentos ultraprocessados eram o grupo mais caro (R$ 6,51/kg), seguido dos alimentos processados (R$ 6,44/kg) e dos alimentos in natura ou minimamente processados e ingredientes culinários (R$ 3,45/kg). Desde o início dos anos 2000, o preço dos alimentos ultraprocessados sofreram reduções sucessivas, tornando-se mais baratos que os alimentos processados e diminuindo a distância entre este e o preço do outro grupo (Maia et al., 2020).
Ao abordar o tempo como potencial obstáculo, o Guia Alimentar ressalta, que para a adoção de uma alimentação saudável, as pessoas precisam destinar tempo para
a escolha dos alimentos, compra, preparo dos alimentos e limpeza dos utensílios, trazendo estratégias para o planejamento das refeições (Brasil, 2014).
Os hábitos alimentares são estruturados durante a infância e firmados mais tarde na vida adulta. O final da adolescência e o início da fase adulta são períodos que costumam ser marcados por mudanças sociais que podem favorecer a adoção de práticas alimentares inadequadas (Araújo; Freitas; Lobo, 2023).
Um exemplo de mudança significativa da vida adulta é a entrada na universidade, onde se deparam com diversas situações, entre elas as responsabilidades de autocuidado, moradia, alimentação, recursos financeiros, aspectos que favorecem um cenário potencialmente prejudicial à saúde (Araújo; Freitas; Lobo, 2023).
Diante do exposto, o objetivo do presente estudo é investigar se o custo dos alimentos e o tempo destinado para práticas alimentares possui influência na adoção de uma alimentação adequada e saudável entre universitários.
Estudo quantitativo, transversal, do tipo descritivo. A pesquisa foi realizada tanto na modalidade online, como de maneira presencial em uma universidade privada no município de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, entre os meses de agosto e setembro de 2023. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade, através do parecer de nº CAAE 70957123.1.0000.5344.
Os participantes deste estudo foram estudantes universitários matriculados em cursos de graduação presencial de todos os semestres da Universidade. A amostra foi por conveniência. Foram incluídos no estudo todos os estudantes com idades entre 18 anos até 60 anos de idade, matriculados no semestre atual da presente pesquisa, em cursos de graduação presencial da Universidade de todos os semestres. Os critérios de exclusão foram alunos matriculados no curso de graduação em Nutrição.
A coleta de dados foi realizada através de um questionário estruturado eletrônico, autoaplicável acessado
via link ou QR Code que contemplou quatro (4) etapas: aceite online para participação da pesquisa através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); questionário sociodemográfico; escala autoaplicável validada para avaliação da alimentação, segundo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira elaborado por Gabe e Jaime (2018) e questões relacionadas ao custo e tempo, baseadas no estudo de Olivier et al. (2023).
O questionário foi elaborado na plataforma Google Forms®. Como exposições, foram investigadas variáveis sociodemográficas: gênero; faixa etária; composição de moradia (grau de parentesco dos moradores com o entrevistado); o turno em que frequentava a universidade, assim como o semestre em que o aluno estava cursando no momento da pesquisa; trabalho remunerado e a classe econômica, baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP, 2022). Esta classificação leva em conta o poder aquisitivo de compra dos indivíduos e está representada de acordo com a renda média mensal domiciliar.
Para a avaliação da alimentação segundo as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, elaboradas por Gabe e Jaime (2018), foram aplicadas 24 questões, todas com as mesmas alternativas de respostas: “discordo fortemente”, “discordo”, “concordo” e “concordo fortemente”. As questões foram enumeradas e seguidas na ordem: “1 - Costumo comer balas, chocolates e outras guloseimas”; “2 - Costumo beber sucos industrializados, como de caixinha, em pó, garrafa ou lata”; “3 - Costumo frequentar restaurantes fastfood ou lanchonetes”; “4 - Tenho o hábito de beliscar no intervalo entre as refeições”; “5 - Costumo beber refrigerante”; “6 - Costumo trocar a comida do almoço ou jantar por sanduíches, salgados e/ou pizza”; “7 - Quando bebo café ou chá, costumo colocar açúcar”; “8 - Aproveito o horário das refeições para resolver outras coisas e acabo deixando de comer”; “9 - Costumo fazer as refeições na minha mesa de trabalho ou estudo”; “10 - Costumo fazer minhas refeições sentado(a) no sofá da sala ou na cama”; “11 - Costumo pular pelo menos uma das refeições principais (almoço e jantar)”; “12 - Costumo fazer minhas refeições sentado(a) à mesa”; “13 - Procuro realizar as refeições com calma”; “14 - Eu costumo participar do preparo dos alimentos na minha casa”; “15 - Na minha casa compartilhamos as tarefas que envolvem o preparo e consumo das refeições”; “16 - Costumo comprar alimentos em feiras livres ou feiras de rua”; “17- Quando eu faço pequenos lanches ao longo do dia, costumo comer frutas ou castanhas”; “18 - Quando escolho frutas, verduras e legumes, dou preferência para aqueles que são de produção local”; “19 - Quando escolho frutas, legumes e verduras, dou preferência para aqueles que são orgânicos”; “20 - Costumo levar algum alimento comigo para caso eu sinta fome ao longo do dia”; “21 - Costumo planejar as refeições que farei no dia”; “22 -
Costumo variar o consumo de feijão por ervilha, lentilha ou grão de bico”; “23 - Na minha casa é comum usarmos farinha de trigo integral”; “24 - Costumo comer fruta no café da manhã”.
Para a interpretação do escore dos resultados, foi realizado o somatório de pontuações. Para as questões 1 a 11 foram consideradas: 3 pontos para a alternativa “discordo fortemente”, 2 pontos para a alternativa “discordo” e 1 ponto para a alternativa “concordo” e 0 pontos para “concordo fortemente”. Para as questões 12 a 24 foram consideradas: 0 pontos para a alternativa “discordo fortemente”, 1 ponto para a alternativa “discordo”, 2 pontos para a alternativa “concordo” e 3 pontos para “concordo fortemente”. O somatório acima de 41 pontos para o questionário significa que os hábitos alimentares estão excelentes. Entre 31 e 41 pontos significa que a pessoa está no meio do caminho para uma alimentação saudável. Até 31 pontos requer atenção e mudanças para deixar a alimentação mais saudável e prazerosa. Para investigar a percepção dos participantes sobre a influência do custo na alimentação, foram utilizadas quatro perguntas fechadas: “Dos dois tipos de alimentação citados abaixo, qual você acredita que tenha maior custo? (Alimentação baseada em alimentos industrializadoscongelados, instantâneos, refrigerantes etc.; Alimentação baseada em alimentos naturais - frutas, legumes, verduras, arroz, feijão etc.)”; “Como você avalia o preço das frutas, legumes e/ou verduras nos locais onde as compras são realizadas? (Barato; Razoável; Caro; Não sei avaliar)”; “Alguma vez você já deixou de comprar frutas, verduras e/ ou legumes por causa do preço? (Sim; Não)”; “Você acha que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas ao preço elevado dos alimentos considerados saudáveis?” (Sim; Não).
Para avaliar a percepção em relação ao tempo, foram feitas outras quatro perguntas fechadas: “Você se considera uma pessoa organizada com seu tempo? (Sim; Não)”; “Quando você precisa preparar uma refeição, qual o seu primeiro pensamento? (Fico apreensivo, pois levará muito tempo para preparar a refeição; Fico indiferente, pois preparar as refeições não demanda muito tempo; Nenhum, pois nunca preciso preparar as refeições)”; “Você já deixou de preparar alguma refeição por falta de tempo? (Sim; Não)”; “Você acha que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas à falta de tempo? (Sim; Não)”.
Ao final do questionário, os participantes eram encaminhados para leitura do folder contendo orientações sobre os Dez Passos para uma Alimentação Adequada e Saudável, elaboradas pelo Ministério da Saúde (Brasil, 2015).
Os dados foram armazenados em planilha Excel e analisados com o software Statistical Package for the Social Science-SPSS, versão 21.0. A variável escore de alimentação foi verificada com o Teste Kolmogorov-Smirnov e apresentou distribuição normal, sendo descrita na forma
de média e desvio padrão. Variáveis categóricas foram descritas na forma de números absolutos e relativos. A associação entre variáveis categóricas foi realizada com os testes Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fischer e de Tendência Linear para o Qui-quadrado. A comparação do escore entre variáveis categóricas dicotômicas foi verificada com o Teste T de Student e entre variáveis politômicas, com o Teste ANOVA. Foram consideradas estatisticamente significativas as variáveis com p<0,05.
Foram avaliados 113 estudantes universitários, mais frequentemente, com idade entre 21 e 29 anos (46,9%),
do sexo feminino em seu registro civil (54,9%), mulher na sua identificação atual (54,4%), solteiros (67,3%) e residindo com familiares (63,7%). A maioria dos entrevistados declarou trabalhar de forma remunerada (83,2%), com renda familiar entre as classes B1 (20,4%), B2 (23,9%) e C1 (25,7%). Com maior frequência, frequentavam cursos noturnos (62,8%), da Escola da Saúde (26,5%), entre os três primeiros semestres (42,5%) (Tabela 1). Em relação ao custo para uma alimentação saudável, a maioria dos estudantes acredita que a alimentação baseada em alimentos naturais tem custo mais elevado (69,9%). Consideram, mais frequentemente, o preço de frutas, legumes e/ou verduras caro (35,4%) ou razoável (32,7%), já deixaram de comprar estes alimentos em virtude do preço (67,3%), mas não consideram que suas
TABELA 1
Tabela 1. Descrição da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial 6 de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
7
Descrição da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
8
Características N (%)
Faixa etária em anos
18 - 20 32 (28,3)
21 - 29 53 (46,9)
30 - 49 25 (22,1)
50 - 60 3 (2,7)
Como você foi designado, ao nascimento, no seu registro civil
Feminino 62 (54,9)
Masculino 51 (45,1)
Como você se identifica hoje?
Homem 44 (38,9)
Homem trans, homem transexual ou homem transgênero 8 (7,1)
Mulher 61 (54,4)
Estado civil
Casado 19 (16,8)
Divorciado 3 (2,7)
Solteiro 76 (67,3)
União estável 14 (12,4)
Viúvo 1 (0,9)
Composição da moradia
Moro com amigos 22 (19,5)
Moro com familiares 72 (63,7)
Moro sozinho 19 (16,8)
Trabalha, atualmente, de forma remunerada?
Não 19 (16,8)
Sim 94 (83,2)
Estimativa de renda mensal domiciliar ABEP
Classe A – R$ 21.826,74 14 (12,4)
(23,9)
(25,7)
1 (0,9) Composição
Moro com amigos 22 (19,5)
Moro com familiares 72 (63,7)
Moro sozinho 19 (16,8)
Trabalha, atualmente, de forma remunerada?
Não 19 (16,8)
Sim 94 (83,2)
Estimativa de renda mensal domiciliar ABEP
Classe A – R$ 21.826,74 14 (12,4)
Classe B1 – R$ 10.361,48 23 (20,4)
Classe B2 – R$ 5.755,23 27 (23,9)
Classe C1 – R$ 3.276,76 29 (25,7)
Classe C2 – R$ 1.965,87 17 (15,0)
Classe D e E – R$ 900,60 3 (2,7)
Turno de estudo na Universidade Diurno 14 (12,4)
Diurno e noturno 28 (24,8)
Noturno 71 (62,8)
Escola
Direito 6 (5,3)
Gestão e Negócios 21 (18,6)
Humanidades 20 (17,7)
Indústria Criativa 15 (13,3)
Politécnica 21 (18,6)
Saúde 30 (26,5)
Semestre
Entre 1o e 3o 48 (42,5)
Entre 4o e 6o 45 (39,8)
Entre 7o e 9o 19 (16,8)
Entre 10o e 12o 1 (0,9) 9 10
dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas ao preço elevado dos alimentos considerados saudáveis (66,4%). Em relação ao tempo, a maioria se considera organizada (76,1%) e pensa que preparar uma refeição não demanda muito tempo (59,3%), mas 94,7% já deixaram de preparar alguma refeição por falta de tempo e 83,2% acreditam que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas à falta de tempo (Tabela 2).
Em relação ao custo, estudantes entre 18-20 anos, mais frequentemente, consideram que alimentos naturais têm maior custo, enquanto estudantes entre 21 e 29 anos, indicaram que alimentos industrializados são mais caros (P=0,041). Em relação a ter deixado de comprar frutas, verduras/legumes pelo alto custo, estudantes que moravam com amigos, mais frequentemente, deixaram de comprar esses alimentos, enquanto aqueles morando com os familiares não (P=0,005); nenhum estudante com renda familiar Classe A, relatou ter deixado de adquirir
esses alimentos por conta do seu custo, enquanto que estudantes da Classe C2 sim (P<0,001); estudantes do curso noturno deixaram de adquirir os referidos alimentos, enquanto aqueles estudando em dois turnos não (P=0,008); alunos da Escola Politécnica já deixaram de comprar esses alimentos, em razão do preço, enquanto alunos da Saúde não (P=0,030).
Homens trans, transexuais ou transgêneros consideram que preço elevado dos alimentos saudáveis dificulta uma alimentação saudável (P=0,036); estudantes que moravam com amigos, mais frequentemente, consideram que o preço elevado dificulta a alimentação saudável, enquanto aqueles morando com os familiares não pensam assim (P=0,017); nenhum estudante com renda familiar Classe A considerou que o preço elevado dos alimentos saudáveis dificultam uma alimentação saudável, enquanto que estudantes da Classe D e E sim (P=0,001). Demais associações não foram estatisticamente significativas (Tabela 3).
Tabela 2. Frequência das variáveis relativas aos obstáculos custo e tempo, para uma 11 alimentação saudável, de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma 12 universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
13 14
Descrição da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
Variáveis N (%)
Custo
Qual a alimentação acredita que tenha o maior custo?
À base de alimentos industrializados 34 (30,1)
À base de alimentos naturais
Como avalia o preço das frutas, legumes e/ou verduras, nos locais onde realiza as compras?
79 (69,9)
Barato 12 (10,6)
Razoável 37 (32,7)
Caro 40 (35,4)
Não sei avaliar 24 (21,2)
Já deixou de comprar frutas, verduras e/ou legumes por causa do preço?
Não 37 (32,7)
Sim 76 (67,3)
Acha que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas ao preço elevado dos alimentos considerados saudáveis?
Não 75 (66,4)
Sim 38 (33,6)
Tempo
Considera-se uma pessoa organizada com seu tempo
Não 27 (23,9)
Sim 86 (76,1)
Ao ter que preparar uma refeição, qual seu primeiro pensamento?
Fico apreensivo, pois levará muito tempo 20 (17,7)
Fico indiferente, pois preparar refeições não demanda muito tempo 67 (59,3)
Nenhum, pois nunca preciso preparar as refeições 26 (23,0)
Já deixou de preparar alguma refeição por falta de tempo?
Não 6 (5,3)
Sim 107 (94,7)
Acha que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas à falta de tempo?
Não 19 (16,8)
Sim 94 (83,2)
TABELA 3
Associação entre as variáveis relacionadas ao obstáculo custo e as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
Tabela 3. Associação entre as variáveis relacionadas ao obstáculo custo e as características da 18 amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade 19 privada no município de São Leopoldo/RS (N=113). 20 21
Características
Acredita que alimentação à base de alimentos naturais tem maior custo
Já deixou de comprar frutas, verduras e/ou legumes por causa do preço
Preço elevado dos alimentos saudáveis dificulta a alimentação saudável
Faixa etária em anos
P=0,041a P=0,632a P=0,984a 18 - 20 27 (84,4)* 21 (65,6) 10 (31,3)
21 - 29 32 (60,4)* 37 (69,8) 18 (34,0)
30 - 49 19 (76,0) 17 (68,0) 9 (36,0)
50 - 60 1 (33,3) 1 (33,3) 1 (33,3)
Sexo, ao nascimento, no registro civil P=0,495b P=0,277b P=0,734b
Feminino 45 (72,6) 39 (62,9) 20 (32,3)
Masculino 34 (66,7) 37 (72,5) 18 (35,3)
Como você se identifica hoje? P=0,769a P=0,113a P=0,036a
Homem 29 (65,9) 29 (65,9) 12 (27,3)
Homem trans, transexual ou transgênero 6 (75,0) 8 (100,0) 6 (75,0)*
Mulher 44 (72,1) 39 (63,9) 20 (32,8)
Estado civil P=0,236a P=0,657a P=0,242a
Casado 12 (63,2) 12 (63,2) 8 (42,1)
Divorciado 1 (33,3) 1 (33,3) 1 (33,3)
Solteiro 56 (73,7) 53 (69,7) 26 (34,2)
União estável 10 (71,4) 9 (64,3) 2 (14,3)
Viúvo 0 (0,0) 1 (100,0) 1 (100,0)
Composição da moradia P=0,178b P=0,005b P=0,017b
Moro com amigos 17 (77,3) 21 (95,5)* 12 (59,1)*
Moro com familiares 52 (72,2) 42 (55,3)* 19 (26,4)*
Moro sozinho 10 (52,6) 13 (68,4) 6 (31,6)
Trabalha de forma remunerada P=0,346b P=0,340b P=0,203b
Não 15 (78,9) 11 (57,9) 4 (21,1)
Sim 64 (68,1) 65 (69,1) 34 (36,2)
Renda mensal domiciliar ABEP P=0,152a P<0,001a P=0,001a
Classe A – R$ 21.826,74 10 (71,4) 0 (0,0)* 0 (0,0)*
Classe B1 – R$ 10.361,48 17 (73,9) 12 (52,2) 4 (17,4)
Classe B2 – R$ 5.755,23 22 (81,5) 22 (81,5) 11 (40,7)
Classe C1 – R$ 3.276,76 21 (72,4) 23 (79,3) 11 (37,9)
Classe C2 – R$ 1.965,87 8 (47,1) 16 (94,1)* 9 (52,9)
Classe D e E – R$ 900,60 1 (33,3) 3 (100,0) 3 (100,0)*
Turno de estudo na Universidade
Diurno 9 (64,3) 10 (71,4) 5 (35,7)
Diurno e noturno 20 (71,4) 12 (42,9)* 6 (21,4)
Noturno 50 (70,4) 54 (76,1)* 27 (38,0) Escola P=0,322a P=0,030a P=0,503a
22
Classe A – R$ 21.826,74 10 (71,4) 0 (0,0)* 0 (0,0)*
Classe B1 – R$ 10.361,48 17 (73,9) 12 (52,2) 4 (17,4)
Classe B2 – R$ 5.755,23 22 (81,5) 22 (81,5) 11 (40,7)
Classe C1 – R$ 3.276,76 21 (72,4) 23 (79,3) 11 (37,9)
Classe C2 – R$ 1.965,87 8 (47,1) 16 (94,1)* 9 (52,9)
Classe D e E – R$ 900,60 1 (33,3) 3 (100,0) 3 (100,0)*
Turno de estudo na Universidade P=0,909a P=0,008a P=0,326a
Diurno 9 (64,3) 10 (71,4) 5 (35,7)
Diurno e noturno 20 (71,4) 12 (42,9)* 6 (21,4)
Noturno 50 (70,4) 54 (76,1)* 27 (38,0)
Escola P=0,322a P=0,030a P=0,503a
Direito 5 (83,3) 4 (66,7) 1 (16,7)
Gestão e Negócios 13 (61,9) 12 (57,1) 5 (23,8)
Humanidades 12 (60,0) 16 (80,0) 7 (35,0)
Indústria Criativa 12 (80,0) 10 (66,7) 8 (53,3)
Politécnica 18 (85,7) 19 (90,5)* 8 (38,1)
Saúde 19 (63,3) 15 (50,0)* 9 (30,0)
Semestre P=0,163a P=0,128a P=0,999a
Entre 1o e 3o 37 (77,1) 32 (66,7) 17 (35,4)
Entre 4o e 6o 31 (68,9) 34 (75,6) 15 (33,3)
Entre 7o e 9o 11 (57,9) 10 (52,6) 6 (31,6)
Entre 10o e 12o 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
P: a: Teste Exato de Fischer; b: Teste Qui-quadrado de Pearson. 23 * Associação estatística significativa. 24 25 26
Em relação ao tempo, homens trans, transexuais ou transgêneros não se consideram organizados (P=0,045); estudantes das Classes D e E não se consideram organizados em relação ao tempo, enquanto aqueles das Classes A e B2 sim (P=0,021). Entrevistados pertencentes à Classe A, mais frequentemente, afirmaram não terem deixado de preparar alguma refeição por conta do tempo, enquanto aqueles das Classes B2 e C1 sim (P=0,003). Demais associações não foram estatisticamente significativas (Tabela 4).
Na opinião sobre os preços de frutas, verduras e/ ou legumes, estudantes com idade entre 18 e 20 anos, mais frequentemente, não souberam avaliar, enquanto aqueles com 50 a 60 anos consideraram o preço barato (P=0,001); solteiros não souberam avaliar e os estudantes em união estável consideraram o preço razoável (P=0,047); estudantes que moravam com familiares não souberam avaliar e aqueles que moravam sozinhos consideraram o preço barato (P=0,007); entrevistados da Classe A acharam barato ou não souberam avaliar, enquanto aqueles da Classe B2 consideraram os preços elevados (P=0,021). Demais associações não foram estatisticamente significativas (Tabela 5).
Quanto ao primeiro pensamento, em relação ao tempo, ao ter que preparar uma refeição, estudantes que moravam com amigos, mais frequentemente, ficavam apreensivos com o tempo para preparar a refeição, enquanto aqueles que residiam com a família, não tinham 4
nenhuma preocupação, pois nunca precisavam preparar refeições (P<0,001); entrevistados que pertenciam à Classe D e E, mais frequentemente, ficavam apreensivos com o tempo para preparar a refeição, enquanto aqueles que eram da Classe A não tinham nenhuma preocupação, pois nunca precisavam preparar refeições (P<0,001); estudantes dos cursos diurno/noturno não tinham nenhuma preocupação, pois nunca precisavam preparar refeições, enquanto alunos de curso noturno eram indiferentes, pois consideravam que o preparo das refeições não demandava tempo (P<0,001). Demais associações não foram estatisticamente significativas (Tabela 6).
Na avaliação da qualidade da alimentação de universitários com base nas recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira, foi observado, com maior frequência, que a alimentação dos estudantes demonstrava necessidade de atenção e mudanças para uma alimentação mais saudável (escores até 31 pontos). Os hábitos alimentares foram considerados excelentes para 16,8% dos estudantes (Figura 1). O escore médio foi de 32,4±9,8 pontos.
A média dos escores da escala autoaplicável para avaliação alimentar, segundo o Guia Alimentar da População Brasileira, de estudantes com idade entre 50 e 60 anos foi superior à média do escore de alunos entre 18 e 49 anos (P<0,001). Divorciados e viúvos tinham escore superior ao de casados, solteiros ou em união
4
Tabela 4. Associação entre as variáveis relacionadas ao obstáculo tempo e as características da 27 amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade 28 privada no município de São Leopoldo/RS (N=113). 29 30
Associação entre as variáveis relacionadas ao obstáculo tempo e as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
Características
Considerase uma pessoa organizada com seu tempo
Deixou de preparar alguma refeição por falta de tempo A falta de tempo dificulta uma alimentação saudável
Faixa etária em anos P=0,880a P=0,497a P=0,999a
18 - 20 24 (75,0) 29 (90,6) 26 (81,3)
21 - 29 39 (73,6) 50 (94,3) 44 (83,0)
30 - 49 20 (80,0) 25 (100,0) 21 (84,0)
50 - 60 3 (100,0) 3 (100,0) 3 (100,0)
Sexo, ao nascimento, no registro civil P=0,421b P=0,436a P=0,771b
Feminino 49 (79,0) 58 (93,5) 51 (82,3)
Masculino 37 (72,5) 49 (96,1) 43 (84,3)
Como você se identifica hoje? P=0,045a P=0,999a P=0,574a Homem 35 (79,5) 42 (95,5) 36 (81,8) Homem trans, transexual ou transgênero 3 (37,5)* 8 (100,0) 8 (100,0)
Mulher 48 (78,7) 57 (93,4) 50 (82,0)
Estado civil P=0,603a P=0,537a P=0,594a Casado 16 (84,2) 19 (100,0) 15 (78,9)
Divorciado 3 (100,0) 3 (100,0) 2 (66,7)
Solteiro 54 (71,1) 70 (92,1) 63 (82,9)
União estável 12 (85,7) 14 (100,0) 13 (92,9)
Viúvo 1(100,0) 1 (100,0) 1 (100,0)
Composição da moradia P=0,268a P=0,247a P=0,291a
Moro com amigos 15 (68,2) 22 (100,0) 17 (77,3)
Moro com familiares 54 (75,0) 66 (91,7) 59 (81,9)
Moro sozinho 17 (89,5) 19 (100,0) 18 (94,7)
Trabalha de forma remunerada P=0,278a P=0,735a P=0,523a
Não 13 (68,4) 18 (94,7) 17 (89,5) Sim 73 (77,7) 89 (94,7) 77 (81,9)
Renda mensal domiciliar ABEP P=0,021a P=0,003a P=0,267a
Classe A – R$ 21.826,74 13 (92,9)* 10 (71,4)* 9 (64,3)
Classe B1 – R$ 10.361,48 15 (65,2) 21 (91,3) 19 (82,6)
Classe B2 – R$ 5.755,23 23 (85,2)* 27 (100,0)* 21 (77,8)
Classe C1 – R$ 3.276,76 23 (79,3) 29 (100,0)* 26 (89,7)
Classe C2 – R$ 1.965,87 12 (70,6) 17 (100,0) 16 (94,1)
Classe D e E – R$ 900,60 0 (0,0)* 3 (100,0) 3 (100,0)
Turno de estudo na Universidade P=0615a P=0,065a P=0,999a
Diurno 12 (85,7) 14 (100,0) 12 (85,7)
Diurno e noturno 20 (71,4) 24 (85,7) 23 (82,1)
Noturno 54 (76,1) 69 (97,2) 59 (83,1)
Escola P=0,838a P=0,189a P=0,299a
Direito 6 (100,0) 5 (83,3) 5 (83,3)
Classe B1 – R$ 10.361,48 15 (65,2) 21 (91,3) 19 (82,6)
Classe B2 – R$ 5.755,23 23 (85,2)* 27 (100,0)* 21 (77,8)
Classe C1 – R$ 3.276,76 23 (79,3) 29 (100,0)* 26 (89,7)
Classe C2 – R$ 1.965,87 12 (70,6) 17 (100,0) 16 (94,1)
Classe D e E – R$ 900,60 0 (0,0)* 3 (100,0) 3 (100,0)
Turno de estudo na Universidade P=0615a P=0,065a P=0,999a
Diurno 12 (85,7) 14 (100,0) 12 (85,7)
Diurno e noturno 20 (71,4) 24 (85,7) 23 (82,1)
Noturno 54 (76,1) 69 (97,2) 59 (83,1)
Escola P=0,838a P=0,189a P=0,299a
Direito 6 (100,0) 5 (83,3) 5 (83,3)
Gestão e Negócios 16 (76,2) 19 (90,5) 16 (76,2)
Humanidades 14 (70,0) 20 (100,0) 19 (95,0)
Indústria Criativa 12 (80,0) 15 (100,0) 14 (93,3) Politécnica 16 (76,2) 21 (100,0) 18 (85,7)
Saúde 22 (73,3) 27 (90,0) 22 (73,3)
Semestre P=0,876a P=0,217a P=0,518a
Entre 1o e 3o 35 (72,9) 43 (89,6) 37 (77,1)
Entre 4o e 6o 35 (77,8) 44 (97,8) 39 (86,7)
Entre 7o e 9o 15 (78,9) 19 (100,0) 17 (89,5)
Entre 10o e 12o 1 (100,0) 1 (100,0) 1 (100,0)
31 P: a: Teste Exato de Fischer; b: Teste Qui-quadrado de Pearson.
32 * Associação estatística significativa.
TABELA 5
Tabela 5. Associação entre a avaliação do preço das frutas, verduras e/ou legumes e as 36 características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de 37 uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
38
Associação entre a avaliação do preço das frutas, verduras e/ou legumes e as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
39
Características
Avaliação do preço das frutas, legumes e/ou verduras P
Barato Razoável Caro Não sabe
Faixa etária em anos 0,001a
18 - 20 2 (16,7) 7 (18,9) 9 (22,5) 14 (58,3)*
21 - 29 7 (58,3) 17 (45,9) 20 (50,0) 9 (37,5)
30 - 49 1 (8,3) 12 (32,4) 11 (27,5) 1 (4,2)
50 - 60 2 (16,7)* 1 (2,7) 0 (0,0) 0 (0,0)
Sexo, ao nascimento, no registro civil 0,773b
Feminino 6 (50,0) 21 (56,8) 20 (50,0) 15 (62,5)
Masculino 6 (50,0) 16 (43,2) 20 (50,0) 9 (37,5)
Como você se identifica hoje? 0,433c Homem 6 (50,0) 15 (40,5) 14 (35,0) 9 (37,5) Homem trans, transexual ou transgênero
Homem trans, transexual ou transgênero 0 (0,0) 2 (5,4) 6 (15,0) 0 (0,0)
Mulher 6 (50,0) 20 (54,1) 20 (50,0) 15 (62,5)
Estado civil 0,047c
Casado 2 (16,7) 6 (16,2) 10 (25,0) 1 (4,2)
Divorciado 1 (8,3) 2 (5,4) 0 (0,0) 0 (0,0)
Solteiro 7 (58,3) 20 (54,1) 27 (67,5) 22 (91,7)*
União estável 2 (16,7) 8 (21,6)* 3 (7,5) 1 (4,2)
Viúvo 0 (0,0) 1 (100,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Composição da moradia 0,007c
Moro com amigos 0 (0,0) 5 (13,5) 12 (30,0) 5 (20,8)
Moro com familiares 7 (58,3) 23 (62,2) 23 (57,5) 19 (79,2)* Moro sozinho 5 (41,7)* 9 (24,3) 5 (12,5) 0 (0,0)
Trabalha de forma remunerada? 0,126c Não 1 (8,3) 4 (10,8) 6 (15,0) 8 (33,3) Sim 11 (91,7) 33 (89,2) 34 (85,0) 16 (66,7)
Estimativa de renda mensal domiciliar ABEP 0,021c
Classe A – R$ 21.826,74 4 (33,3)* 2 (5,4) 1 (2,5) 7 (29,2)*
Classe B1 – R$ 10.361,48 2 (16,7) 8 (21,6) 6 (15,0) 7 (29,2)
Classe B2 – R$ 5.755,23 2 (16,7) 10 (27,0) 13 (32,5)* 2 (8,3)
Classe C1 – R$ 3.276,76 3 (25,0) 10 (27,0) 9 (22,5) 7 (29,2)
Classe C2 – R$ 1.965,87 1 (8,3) 7 (18,9) 8 (20,0) 1 (4,2)
Classe D e E – R$ 900,60 0 (0,0) 0 (0,0) 3 (7,5) 0 (0,0)
Turno de estudo na Universidade 0,305c
Diurno 1 (8,3) 7 (18,9) 4 (10,0) 2 (8,3)
Diurno e noturno 4 (33,3) 6 (16,2) 8 (20,0) 10 (41,7) Noturno 7 (58,3) 24 (64,9) 28 (70,0) 12 (50,0)
Escola 0,684c
Direito 0 (0,0) 2 (5,4) 3 (7,5) 1 (4,2)
Gestão e Negócios 5 (41,7) 6 (16,2) 4 (10,0) 6 (25,0)
Humanidades 2 (16,7) 6 (16,2) 8 (20,0) 4 (16,7)
Indústria Criativa 1 (8,3) 6 (16,2) 6 (15,0) 2 (8,3) Politécnica 0 (0,0) 9 (24,3) 9 (22,5) 3 (12,5)
Saúde 4 (33,3) 8 (21,6) 10 (25,0) 8 (33,3) Semestre 0,104c
Entre 1o e 3o 4 (33,3) 16 (43,2) 14 (35,0) 14 (58,3)
Entre 4o e 6o 6 (50,0) 10 (27,0) 21 (52,5) 8 (33,3)
Entre 7o e 9o 2 (16,7) 11 (29,7) 4 (10,0) 2 (8,3)
Entre 10o e 12o 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (2,5) 0 (0,0)
P: a: Teste de Associação Linear para o Qui-quadrado; b: Teste Qui-quadrado de Pearson; c:
Teste Exato de Fischer. * Associação estatística significativa.
Tabela 6. Associação entre a apreensão relacionada ao tempo, ao preparar uma refeição e as 46 características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de 47 uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
TABELA 6
Associação entre a apreensão relacionada ao tempo, ao preparar uma refeição e as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
48 49
Características
Primeiro pensamento, em relação ao tempo, ao ter que preparar uma refeição P Apreensã o Indiferença Nunca prepara
Faixa etária em anos 0,630a
18 - 20 9 (45,0) 17 (25,4) 6 (23,1)
21 - 29 7 (35,0) 32 (47,8) 14 (53,8)
30 - 49 4 (20,0) 15 (22,4) 6 (23,1)
50 - 60 0 (0,0) 3 (100,0) 0 (0,0)
Sexo ao nascimento, no registro civil 0,843b
Feminino 11 (55,0) 38 (56,7) 13 (50,0) Masculino 9 (45,0) 29 (43,3) 13 (50,0)
Como você se identifica hoje? 0,459a Homem 7 (35,0) 24 (35,8) 13 (50,0)
Homem trans, transexual ou transgênero 2 (10,0) 6 (9,0) 0 (0,0)
Mulher 11 (55,0) 37 (55,2) 13 (50,0)
Estado civil 0,936a
Casado 2 (10,0) 12 (17,9) 5 (19,2)
Divorciado 0 (0,0) 3 (4,5) 0 (0,0)
Solteiro 16 (80,0) 43 (64,2) 17 (65,4)
União estável 2 (10,0) 8 (11,9) 4 (15,4)
Viúvo 0 (0,0) 1 (100,0) 0 (0,0)
Composição da moradia <0,001a
Moro com amigos 9 (45,0)* 12 (17,9) 1 (3,8)
Moro com familiares 8 (40,0) 39 (58,2) 25 (96,2)*
Moro sozinho 3 (15,0) 16 (23,9) 0 (0,0)
Trabalha de forma remunerada? 0,882a Não 4 (20,0) 11 (16,4) 4 (15,4) Sim 16 (80,0) 56 (83,6) 22 (84,6)
Renda mensal domiciliar ABEP <0,001a
Classe A – R$ 21.826,74 0 (0,0) 3 (4,5) 11 (42,3)*
Classe B1 – R$ 10.361,48 3 (15,0) 13 (19,4) 7 (26,9)
Classe B2 – R$ 5.755,23 4 (20,0) 18 (26,9) 5 (19,2)
Classe C1 – R$ 3.276,76 6 (30,0) 20 (29,9) 3 (11,5)
Classe C2 – R$ 1.965,87 5 (25,0) 12 (17,9) 0 (0,0)
Classe D e E – R$ 900,60 2 (10,0)* 1 (1,5) 0 (0,0)
Turno de estudo na Universidade <0,001a
Diurno 1 (5,0) 7 (10,4) 6 (23,1)
Diurno e noturno 4 (20,0) 9 (13,4) 15 (57,7)a Noturno 15 (75,0) 51 (76,1)* 5 (19,2) Escola 0,570a
Classe B1 – R$ 10.361,48 3 (15,0) 13 (19,4) 7 (26,9)
Classe B2 – R$ 5.755,23 4 (20,0) 18 (26,9) 5 (19,2)
Classe C1 – R$ 3.276,76 6 (30,0) 20 (29,9) 3 (11,5)
Classe C2 – R$ 1.965,87 5 (25,0) 12 (17,9) 0 (0,0)
Classe D e E – R$ 900,60 2 (10,0)* 1 (1,5) 0 (0,0)
Turno de estudo na Universidade <0,001a
Diurno 1 (5,0) 7 (10,4) 6 (23,1)
Diurno e noturno 4 (20,0) 9 (13,4) 15 (57,7)a
Noturno 15 (75,0) 51 (76,1)* 5 (19,2)
Escola 0,570a
Direito 1 (5,0) 4 (6,0) 1 (3,8)
Gestão e Negócios 1 (5,0) 14 (20,9) 6 (23,1)
Humanidades 6 (30,0) 12 (17,9) 2 (7,7)
Indústria Criativa 4 (20,0) 7 (10,4) 4 (15,4) Politécnica 4 (20,0) 13 (19,4) 4 (15,4)
Saúde 4 (20,0) 17 (25,4) 9 (34,6)
Semestre 0,857a
Entre 1o e 3o 8 (40,0) 30 (44,8) 10 (38,5)
Entre 4o e 6o 10 (50,0) 25 (37,3) 10 (38,5)
Entre 7o e 9o 2 (10,0) 11 (16,4) 6 (23,1)
Entre 10o e 12o 0 (0,0) 1 (1,5) 0 (0,0)
50 P: a: Teste Exato de Fischer; b: Teste Qui-quadrado de Pearson. * Associação estatística 51 significativa.
55 FIGURA 1 Frequência relativa da classificação da adequação ao Guia Alimentar da População Brasileira, da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo RS (N=113).

Excelente Intermediário Atenção e mudança
Figura 1. Frequência relativa da classificação da adequação ao Guia Alimentar da População Brasileira,
da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada
no município de São Leopoldo RS (N=113).
A maioria dos participantes deste estudo acredita que uma alimentação baseada em alimentos naturais tem custo mais elevado do que alimentação à base de alimentos industrializados (69,9%). Esse resultado estável (P=0,008). Quem morava sozinho apresentou escore superior ao de estudantes que residiam com amigos (P=0,045). Relativamente aos semestres em que os estudantes se encontravam, o escore foi maior a cada semestre (P<0,001). Demais comparações não apresentaram diferença estatística significativa (Tabela 7).
Tabela 7. Comparação do escore da escala autoaplicável para avaliação da adequação alimentar
63 segundo as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação
64 presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
Comparação do escore da escala autoaplicável para avaliação da adequação alimentar segundo as características da amostra de estudantes matriculados em cursos de graduação presencial de uma universidade privada no município de São Leopoldo/RS (N=113).
65
66
Características
Média±DP P
Faixa etária em anos <0,001
18 - 20
21 - 29
30 - 49
30,1±10,0a
31,8±7,6a
34,0±10,7a
50 - 60 54,7±5,8b
Como você foi designado, ao nascimento, no seu registro civil 0,896
Feminino
Masculino
32,3±10,1
32,6±9,4
Como você se identifica hoje? 0,183
Homem
Homem trans, homem transexual ou homem transgênero
Mulher
33,7±8,7
26,9±10,9
32,2±10,2
Estado civil 0,008
Casado 34,2±11,0a
Divorciado ou viúvo
Solteiro
46,3±10,3b
30,8±8,9a
União estável 34,6±9,5a
Composição da moradia 0,045
Moro com amigos
Moro com familiares
Moro sozinho
28,9±8,3a
32,4±9,5a,b
36,5±11,1b
Trabalha, atualmente, de forma remunerada? 0,490
Não
31,0±9,4
Sim 32,7±9,8
Estimativa de renda mensal domiciliar ABEP 0,301
Classe A – R$ 21.826,74
Classe B1 – R$ 10.361,48
Classe B2 – R$ 5.755,23
Classe C1 – R$ 3.276,76
Classe C2 – R$ 1.965,87
33,9±14,7
33,5±11,2
34,4±7,3
30,6±7,0
31,6±9,5
Classe D e E – R$ 900,60 22,3±11,5
Turno de estudo na Universidade 0,556
Diurno
Diurno e noturno
34,9±10,2
31,5±10,9
Noturno 32,3±9,2
Escola 0,228
Direito
Gestão e Negócios
Humanidades
Indústria Criativa
34,8±12,6
34,3±11,1
28,3±9,1
35,9±12,5
32,4±6,9
67
68
69
Classe C2 – R$ 1.965,87
Classe D e E – R$ 900,60
31,6±9,5
22,3±11,5
Turno de estudo na Universidade 0,556
Diurno
Diurno e noturno
Noturno
34,9±10,2
31,5±10,9
32,3±9,2
Escola 0,228
Direito
Gestão e Negócios
34,8±12,6
34,3±11,1
Humanidades 28,3±9,1
Indústria Criativa
Politécnica
35,9±12,5
32,4±6,9
Saúde 31,6±8,4
Semestre <0,001
Entre 1o e 3o
Entre 4o e 6o
Entre 7o e 12o
DP: Desvio padrão.
28,9±9,4a
32,9±7,1b
39,8±11,6c
P: Variáveis dicotômicas foram analisadas com Teste ANOVA e Post Hoc LSD – Least
Significant Difference; variáveis politômicas foram analisadas com Teste T de Student. Letras
70 minúsculas sobrescritas iguais não diferem de acordo com LSD e letras minúsculas sobrescritas
72
71 diferentes, apresentam diferença estatística significativa.
pode estar relacionado com a definição de “alimentos naturais”, que pode ser diferente entre os estudantes. Enquanto alguns consideram saudáveis os alimentos como arroz, feijão, leite, ovos, carnes, frutas e hortaliças em geral, outros podem pensar em alimentos que são frequentemente apresentados nas mídias como saudáveis, por exemplo, frutas secas e oleaginosas, frutas exóticas (blueberry, gojiberry), etc (Santos et al., 2019).
Ainda, os participantes consideram o preço das frutas, legumes e verduras caros ou razoáveis, deixando de comprar estes alimentos em virtude dos valores. Segundo Maia et al., (2020), desde o início dos anos 2000, o preço dos alimentos ultraprocessados sofreram sucessivas reduções, tornando-se mais barato que os alimentos processados e diminuindo a distância entre este e o preço do outro grupo. As previsões indicam que os alimentos não saudáveis se tornarão mais baratos do que os alimentos saudáveis em 2026 (Maia, et al., 2020). Apesar disso, 66,7% dos participantes não consideram que suas dificuldades para ter uma alimentação saudável são devidas ao custo dos alimentos considerados saudáveis, sugerindo que eventualmente já deixaram de comprar estes alimentos, mas que não encaram os preços dos alimentos como seu principal obstáculo.
Ainda em relação ao custo, nenhum participante com renda familiar Classe A relatou ter deixado de adquirir frutas, legumes e verduras enquanto estudantes da Classe C2 sim. Sobre considerar o preço dos alimentos saudáveis como possível obstáculo, os estudantes com renda familiar Classe A afirmaram que o custo não é um obstáculo para a adoção de práticas alimentares saudáveis, enquanto as categorias D e E sim. Apesar de a
maioria responder sobre o custo não ser um fator determinante para adoção de práticas alimentares saudáveis, as categorias financeiras D e E sofrem dificuldades para o acesso a esses alimentos.
Segundo Maia et al., (2020), os preços dos alimentos no Brasil estão aumentando de forma desfavorável em relação às recomendações do Guia Alimentar, isso pode ter várias implicações negativas para a qualidade da alimentação da população. Isso é uma preocupação legítima, já que as famílias de baixa renda podem ter orçamentos apertados e podem não ser capazes de arcar com os custos de alimentos mais saudáveis, que geralmente são mais caros do que alimentos ultraprocessados e menos saudáveis.
Essa discrepância nas respostas destaca a importância de políticas públicas e estratégias que visam tornar os alimentos saudáveis mais acessíveis para todas as classes sociais. Isso pode incluir subsídios para alimentos saudáveis, educação alimentar e nutricional, promoção da produção local de alimentos e outras medidas que ajudem a reduzir as barreiras financeiras à adoção de práticas alimentares saudáveis, especialmente para as populações de baixa renda (Oliveira et al., 2021).
O Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) para as Políticas Públicas destaca a importância de fortalecer o protagonismo dos indivíduos, especialmente no contexto da vida acadêmica, a fim de incentivar a capacidade de fazer escolhas alimentares adequadas e saudáveis. Isso implica em empoderar os estudantes para que possam tomar decisões alimentares conscientes e saudáveis (Brasil, 2012).
Em relação ao tempo, a maioria dos participantes
considera-se organizados e pensam que preparar uma refeição não demanda muito tempo, referindo indiferença ou nenhum pensamento. Porém, quando questionados sobre deixar de preparar alguma refeição por falta de tempo, 94,7% dos participantes responderam que já deixaram de preparar alguma refeição, sugerindo que eventualmente em algum momento, a falta de tempo foi um obstáculo. Nesse sentido, apesar de existir uma organização prévia com o tempo, a vida universitária é caracterizada por desafios e momentos de alta demanda de tempo que podem afetar a capacidade dos estudantes de manter hábitos alimentares adequados (Câmara; Resende, 2021).
Um estudo realizado por Olivier et al. (2023) em uma universidade Federal do Rio Grande do Sul com 207 participantes, apontou que 69,9% já deixaram de preparar alguma refeição por falta de tempo. Esse resultado reflete que o tempo é um obstáculo para adoção de práticas alimentares adequadas.
Ainda, estudantes das Classes D e E não se consideram organizados em relação ao tempo, enquanto aqueles das Classes A e B2 sim. Essa observação de que estudantes de diferentes classes sociais têm diferentes percepções de organização em relação ao tempo é interessante e pode refletir uma série de fatores sociodemográficos e econômicos que influenciam a forma como as pessoas administram seu tempo e rotina. Entre as possíveis explicações estão os recursos e apoios financeiros diferentes entre as classes sociais, acesso à educação e oportunidades, o estresse financeiro e a pressão acadêmica e de trabalhos no qual pode afetar a percepção de organização e tempo (Costa; Petribú; Santos, 2023).
Sobre a avaliação da qualidade alimentar, foi observado em maior frequência que a alimentação dos estudantes demonstrou necessidade de atenção e mudanças para uma alimentação mais saudável (45,1%).
Um estudo realizado com 357 universitários de uma Universidade privada de Porto Alegre/RS evidenciou uma baixa adesão aos Dez Passos para uma Alimentação Saudável, conforme preconiza o Guia Alimentar para a População Brasileira (Souza; Backes, 2020).
Ainda, segundo Souza e Backes (2020), o comportamento alimentar é influenciado por diversos aspectos comportamentais e sociais que vão além do simples consumo de alimentos, sendo fundamental oferecer programas de educação alimentar e nutricionais direcionados a esse público para promover a autonomia alimentar e ajudar a resolver os problemas alimentares decorrentes da rotina de estudos.
A amostragem por conveniência utilizada no presente estudo permite a exploração e geração de hipóteses acerca do tema. Sugere-se a realização de estudos adicionais com amostras representativas não apenas entre universitários, mas com diferentes populações para aprofundar a compreensão dos hábitos alimentares e dos fatores de risco relacionados à saúde em diferentes
grupos. Isso contribuirá para uma base mais sólida de evidências e para o desenvolvimento de estratégias de promoção da saúde mais eficazes e abrangentes.
Os resultados do presente estudo sugerem que uma proporção considerável de universitários enfrenta dificuldades relacionadas ao tempo para o preparo dos alimentos, não considerando o custo dos alimentos o fator decisivo para adoção de práticas alimentares saudáveis, apesar de eventualmente deixarem de comprar alimentos em virtude dos preços. É importante lembrar que a adoção de uma alimentação saudável pode trazer benefícios significativos para o desempenho acadêmico e a saúde em longo prazo. Portanto, vale a pena investir tempo e esforço na busca de alternativas viáveis para superar os desafios relacionados ao tempo e ao custo dos alimentos durante a vida universitária.
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