MILÉNIO STADIUM 1773 - 28 DE NOVEMBRO

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Manuel DaCosta Editorial

Como homem de uma faixa etária avançada e tendo-me cruzado com muitas mulheres ao longo da minha vida, ainda não consigo apreciar totalmente, nem remediar a minha ignorância sobre muitas características físicas e mentais que afetam as mulheres. Este comentário não é apenas uma opinião sobre a minha compreensão da complexidade das mulheres e das suas diferenças em relação aos homens, mas uma avaliação respeitosa do meu desconhecimento por não ter prestado mais atenção aos efeitos da vida sobre as mulheres.

Consigo compreender que a maioria dos homens possa ter receio de falar sobre o que influencia o comportamento feminino, mas nos tempos modernos, os homens deveriam educar-se sobre a fisiologia da mulher e o motor que a faz

funcionar. Continua a deixar-me perplexo quanta ignorância existe sobre um dos elementos mais fundamentais da vida, que é a interação entre os dois sexos no que diz respeito à saúde mental e às questões reprodutivas. Claro que a fisicalidade e a aparência são argumentos que podem ser considerados como condições contributivas para preocupações de saúde mental, mas são as estruturas internas do corpo da mulher que definem as nossas diferenças. Com a percentagem das taxas de divórcio a aumentar, isto é uma prova das diferenças entre os sexos, que são agravadas pela incompreensão de processos de pensamento desiguais.

O sistema reprodutor feminino afeta a qualidade de vida da maioria das mulheres, e vale a pena citar uma descrição da healthdirect.gov.ca que explica muitos dos desafios, e é repetida aqui:

"O sistema reprodutor feminino é complexo e inclui os ovários, as trompas de Falópio, o útero, o colo do útero e a vagina. É responsável pela produção de óvulos, pela facilitação da fertilização e pelo apoio à gravidez. As alterações hormonais ao

longo da vida de uma mulher, como as que ocorrem durante a puberdade, menstruação, gravidez e menopausa, podem afetar significativamente a saúde. Compreender estes processos é essencial para abordar as questões de saúde das mulheres."

A maioria dos homens não compreende estas questões, que constituem uma plataforma para a qualidade de vida que as mulheres vão enfrentar ao longo da vida. Os homens, na sua maioria, são condicionados para não compreender, porque são “questões de mulheres”. O humor é sempre inserido quando se têm conversas, especialmente quando se fala de questões menstruais, não compreendendo que estas irregularidades podem afetar a vida diária e muitas vezes requerem intervenção médica. Além disso, as mulheres têm de lidar com Síndrome dos Ovários Poliquísticos, Endometriose, Fibromas Uterinos, Menopausa, bem como Depressão Pós-Parto, privação de sono e expectativas familiares devido ao sistema reprodutivo. Muitas vezes, as mulheres sofrem em silêncio, o que com o tempo resultará em problemas de saúde mental e degradação física.

Mais uma vez, a falta de compreensão dos impactos sociais e económicos resultantes dos desafios físicos que o corpo de uma mulher enfrenta reduz a aplicação de medidas de saúde devido à ignorância sobre a seriedade dos desafios femininos na sociedade. A quantidade de produtividade perdida devido aos desafios físicos femininos tem um forte impacto no PIB dos países, à medida que mais mulheres abandonam o mercado de trabalho e/ou ficam em casa porque estão fisicamente incapacitadas. Isto não quer sugerir que os homens não se preocupem com a situação das mulheres na sociedade, mas sou da opinião de que a ignorância sobre aquilo que as mulheres têm de enfrentar para ter um bebé, por exemplo, alimenta gerações de homens que sentem que as questões femininas não são da sua conta. É tempo de mudar e de acabar com o analfabetismo sobre o sistema feminino e talvez assim possamos compreender o que significa o “liga e desliga” do corpo das mulheres. Quando tudo funciona entre os sexos, é algo belo.

Ano XXXII- Edição nº 1773 28 de novembro a 4 de dezembro de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Manuel DaCosta

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Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

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Credito:

Que as mulheres não são iguais aos homens todos nós sabemos, o que durante muito tempo todos, no mundo da medicina, pareciam ignorar é que a mulher e o homem têm substanciais diferenças, desde logo ao nível da fisiologia. Efetivamente, a medicina nem sempre tratou a mulher de forma diferenciada, e a perceção de que isso é necessário surge da tendência de generalizar a saúde masculina para as mulheres, resultando em diagnósticos tardios e tratamentos inadequados para elas. Atualmente, há um movimento crescente para uma abordagem mais específica, reconhecendo as diferenças biológicas e sociais que exigem um olhar distinto. Nesta edição do Milénio pretendemos dar destaque à saúde no feminino. Porque, muitas vezes, nem as próprias mulheres sabem o que se passa com elas, muito menos os homens. E, afinal, a mulher está só a viver com as suas diferenças.

A maioria do nosso conhecimento atual em medicina assenta em modelos masculinos

- Alyson McGregor

Durante décadas, a medicina avançou com um pressuposto silencioso, mas profundamente influente: o de que o corpo masculino podia servir como modelo universal para diagnosticar, tratar e compreender todas as pessoas. Estudos clínicos, protocolos hospitalares, diretrizes terapêuticas e até os livros de medicina foram construídos sobre esta base aparentemente neutra, mas que, na verdade, excluiu metade da população. As consequências desse “viés masculino” tornaram-se evidentes nas estatísticas: mulheres mal diagnosticadas, sintomas ignorados ou atribuídos a fatores emocionais, reações adversas a medicamentos, e condições graves, como doenças cardíacas, tratadas demasiado tarde por não corresponderem ao padrão masculino ensinado nas faculdades de medicina.

Éprecisamente neste contexto que se destaca a voz da Dra. Alyson McGregor, médica de emergência, investigadora e autora do livro Sex Matters. O seu trabalho tem sido determinante para expor uma verdade incontornável: o sexo biológico não é um detalhe anatómico, mas uma variável fundamental que molda a forma como as doenças se manifestam, como os medicamentos são metabolizados e como os tratamentos funcionam. Ignorar esta variável não é apenas cientificamente incorreto, é perigoso para a saúde das mulheres e, em muitos casos, também para a dos homens.

Com base em décadas de prática clínica e investigação, McGregor tornou-se uma das vozes mais firmes na defesa de uma medicina que reconheça, integre e operacionalize as diferenças biológicas entre sexos. Para ela, a verdadeira equidade em saúde começa quando deixamos de tratar as variações entre corpos como exceções e passamos a vê-las como dados essenciais para prestar cuidados eficazes.

Nesta entrevista, a Dra. Alyson McGregor aprofunda alguns dos pontos mais urgentes levantados em Sex Matters: a necessidade de reformar currículos universitários, a importância de analisar dados exclusivamente por sexo, a persistência de diagnósticos tardios ou incorretos em mulheres, e o perigo dos estereótipos que continuam a moldar a prática clínica. McGregor também aponta caminhos para o futuro, destacando o papel crescente da tecnologia, desde a inteligência artificial até dispositivos de monitorização desenvolvidos especificamente para mulheres, na redução das lacunas históricas na investigação.

A conversa que se segue é, por isso, mais do que uma reflexão teórica: é um convite a repensar a forma como entendemos a medicina, o corpo humano e aquilo que chamamos ciência. Uma chamada de atenção para a urgência de transformar conhecimento em prática e garantir que, finalmente, o sexo biológico deixe de ser uma nota de rodapé para se tornar parte central na prestação de cuidados de saúde verdadeiramente equitativos.

Milénio Stadium: No seu livro Sex Matters, defende que o sexo biológico influencia de forma significativa a forma como as doenças se manifestam e como os tratamentos atuam. Quais considera serem as mudanças mais urgentes que a comunidade médica deve implementar para responder a estas diferenças?

Alyson McGregor: Atualmente, dispomos de uma grande quantidade de evidência que demonstra como o sexo influencia a apresentação das doenças, o metabolismo dos medicamentos e os resultados dos tratamentos. O passo mais urgente é implementar este conhecimento na prática médica atual e na forma como educamos os profissionais de saúde. Isto significa rever os currículos das faculdades de medicina, integrar conteúdos baseados no sexo na formação contínua e atualizar as diretrizes

clínicas e ferramentas de apoio à decisão para refletirem estas diferenças. Sem estas mudanças, corremos o risco de deixar evidência crítica na prateleira em vez de a utilizarmos para melhorar os cuidados prestados aos doentes.

MS: Durante décadas, muitos estudos médicos basearam-se sobretudo em sujeitos masculinos, criando lacunas no conhecimento sobre a saúde feminina. Até que ponto acha que já conseguimos reduzir esta lacuna e que obstáculos ainda persistem?

AM: A NIH Revitalization Act foi um primeiro passo importante, mas a verdadeira mudança veio com a política do NIH Office of Research on Women’s Health (ORWH) sobre o Sexo como Variável Biológica (SABV). Esta política deixou claro que não basta incluir mulheres nos estudos, é necessário estratificar e analisar os dados por sexo. Apesar destes avanços, ainda temos um longo caminho pela frente. A maioria do nosso conhecimento atual em medicina assenta em modelos masculinos, e esse legado continua a influenciar os diagnósticos e os tratamentos hoje em dia.

Olhando para o futuro, acredito que a tecnologia irá acelerar o encerramento desta lacuna. Os avanços na inteligência artificial e nos dispositivos de monitorização feminina irão gerar dados reais numa escala sem precedentes, ajudando-nos a identificar padrões e evidências que os métodos tradicionais não conseguiram captar. Mas enquanto a análise baseada no sexo não for prática habitual em toda a investigação e diretrizes clínicas, a lacuna persistirá.

MS: Tem destacado frequentemente que os sintomas femininos de doenças potencialmente fatais, como a doença cardíaca, são muitas vezes desvalorizados ou mal diagnosticados. Que mudanças estruturais ou culturais são necessárias na prática clínica para garantir que as mulheres sejam devidamente ouvidas e diagnosticadas?

AM: Primeiro, é necessário reformular a educação médica, ensinando os padrões de sintomas específicos do sexo como conhecimento central, e não como exceções. Segundo, os sistemas clínicos devem incorporar ferramentas de apoio à decisão que incentivem os clínicos a considerar as diferenças entre sexos no diagnóstico e no tratamento.

Finalmente, a nível cultural, é fundamental combater o preconceito implícito que vê os sintomas das mulheres como “atípicos” ou psicossomáticos. Ouvir as pacientes, sem filtrar as suas experiências através de estereótipos ultrapassados, é essencial para um diagnóstico adequado.

MS: O seu trabalho defende que reconhecer as diferenças entre sexos é essencial para garantir equidade nos cuidados de saúde. Como responde a quem teme que focar-se nessas diferenças possa reforçar estereótipos em vez de melhorar os resultados clínicos?

AM: Reconhecer as diferenças entre sexos não tem como objetivo reforçar estereótipos, mas sim substituir suposições por evidência científica. Estas diferenças são importantes tanto para mulheres como para homens. Por exemplo, a osteoporose é frequentemente considerada uma “doença feminina”, o que leva a que os homens sejam subdiagnosticados e insuficientemente tratados. Da mesma forma, o cancro da mama nos homens raramente é discutido, resultando em deteções tardias e piores prognósticos.

O que procuramos é eliminar estereótipos e garantir que os cuidados são baseados em ciência precisa e específica ao sexo. Equidade em saúde significa adaptar o tratamento à individualidade de cada pessoa e o sexo é uma parte fundamental dessa individualidade.

Alyson McGregor. Créditos: DR.

Para os homens... com carinho

A relação entre homens e mulheres sempre teve os seus pequenos mistérios, mas poucos são tão profundos e, admitamos, tão cómicos como aqueles que envolvem a saúde feminina. Entre ciclos, hormonas, mudanças de humor, dores que vão dos “ai” aos “meu Deus”, e fases da vida que parecem níveis avançados de um jogo sem manual de instruções, muitas mulheres vivem num ritmo biológico que os homens… tentam acompanhar. Tentam.

Do outro lado, há os parceiros bem-intencionados, que observam, perguntam, concluem depressa demais e, por vezes, interpretam tudo como um enigma existencial. Para muitos deles, a biologia feminina é como uma série em língua estrangeira sem legendas: percebem partes, adivinham outras, e ainda assim acreditam que estão a acompanhar a história.

Esta página junta, com carinho e sentido de humor, algumas das situações mais comuns da saúde das mulheres e as interpretações (nem sempre brilhantes) que alguns homens fazem delas. Não é para acusar ninguém; é para rir, reconhecer e, quem sabe, criar pontes de entendimento. Afinal, se há coisa que todos partilham, é a vontade de comunicar melhor… mesmo quando o Wi-Fi hormonal está instável.

Porque sim, a saúde feminina é um universo complexo. Mas também é, muitas vezes, um excelente teste ao amor, à paciência e à arte ancestral da diplomacia doméstica. E se conseguirmos rir disso juntos, já é meio caminho andado para a harmonia.

Síndrome Pré-Menstrual (SPM)

O que acontece: Oscilações hormonais que afetam humor, energia e bem-estar.

O que alguns homens pensam: “Ela deve estar com fome.”

O que as mulheres devem responder: “Não é só fome, mas snacks ajudam a diplomacia internacional.”

Perimenopausa

O que acontece: Ondas de calor, irritabilidade, noites mal dormidas.

O que alguns homens pensam: “Porque é que está frio e quente ao mesmo tempo?”

O que as mulheres devem responder: “Porque sim.”

Endometriose

O que acontece: Dores intensas que podem ser incapacitantes.

O que alguns homens pensam: “Dói assim tanto?”

O que as mulheres devem responder: “Se os homens tivessem endometriose, já era feriado nacional.”

Enxaqueca Menstrual

O que acontece: Dores de cabeça fortes associadas ao ciclo.

O que alguns homens pensam: “É daquela dor de cabeça famosa…”

O que as mulheres devem responder: “Sim, é famosa. E infeliz.”

Gravidez e Fadiga Extrema

O que acontece: O corpo trabalha para construir outro ser humano.

O que alguns homens pensam: “Mas estavas só sentada…”

O que as mulheres devem responder: “Sentada, sim, mas também a fabricar órgãos.”

Pós-Parto

O que acontece: Hormonas a reorganizarem-se, cansaço e adaptação emocional.

O que alguns homens pensam: “Já passou a parte difícil, não?”

O que as mulheres devem responder: “Não. Simplesmente começou um novo nível do jogo.”

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

O que acontece: Alterações hormonais que afetam peso, humor, fertilidade.

O que alguns homens pensam: “Nunca ouvi falar disso…”

O que as mulheres devem responder: “Pois. Mas está na lista de coisas que deviam conhecer.”

Menopausa

O que acontece: Os níveis hormonais estão a mudar, o corpo está em transição, e o desejo sexual pode diminuir.

O que alguns homens pensam: “Pronto. Ela não quer sexo, desistiu de mim.”

O que as mulheres devem responder: “Calma, é só o Wi-Fi hormonal a fazer reset.”

Menstruação

O que acontece: “Cólicas, dores lombares, enxaquecas, flutuações hormonais...

O que alguns homens pensam: “Mas é tão forte assim? Mesmo?”

O que as mulheres devem responder: “A maioria de vocês entraria em licença médica permanente se tivesse uma cólica menstrual nível 7/10.”

Mudanças de humor

O que acontece: O humor varia com o ciclo menstrual, stress, carga mental e um milhão de fatores.

O que alguns homens pensam: “Ela mudou de expressão. Socorro.”

O que as mulheres devem responder: “Para muitos, interpretar humor feminino é como ler hieróglifos sem guia.”

Cansaço extremo

O que acontece: Trabalho, casa, família, hormonas, responsabilidades...

O que alguns homens pensam: “Mas... estivemos sentados no sofá há bocado?”

O que as mulheres devem responder: “Pois... o software mental que está sempre a correr em segundo plano não se vê.”

Ondas de calor

O que acontece: As mulheres sentem que estão a ser cozidas de dentro para fora.”

O que alguns homens pensam: “Então... abrimos a janela?”

O que as mulheres devem responder: “Eles acham que é só um desconforto. Até experimentarem um carro sem ar condicionado no pico de agosto.”

Sensibilidade emocional

O que acontece: O corpo está a pedir atenção e equilíbrio.

O que alguns homens pensam: “Ela chorou... o que é que eu fiz agora?”

O que as mulheres devem responder: “Se calhar nada e esse é o problema.”

Falta de libido (qualquer fase da vida)

O que acontece: Stress, hormonas, exaustão, saúde...

O que alguns homens pensam: “É o princípio do fim.”

O que as mulheres devem responder: “Só se for para vocês...”

Dor nos seios

O que acontece: Parte normal do ciclo.

O que alguns homens pensam: “Então... não posso tocar? Nada?”

O que as mulheres devem responder: “Não.”

Necessidade de espaço

O que acontece: Por vezes a mulher só precisa de silêncio para reorganizar a cabeça.

O que alguns homens pensam: “Está chateada comigo.”

O que as mulheres devem responder: “Nem tudo é sobre vocês.”

Menopausa Tempo de transformação

A menopausa continua, para muitas mulheres, a ser um território pouco explorado, mesmo quando já lá estão. Entre mudanças subtis e outras mais evidentes, muitas atravessam esta etapa sem perceber realmente o que está a acontecer ao seu organismo. Parte deste desconhecimento vem do silêncio cultural que sempre envolveu a saúde feminina: fala-se pouco, pergunta-se menos ainda, e muitas mulheres acabam por normalizar mal-estares que poderiam ser compreendidos, acompanhados e até aliviados.

Averdade é que a menopausa não é apenas um “fim” do ciclo reprodutivo; é uma transformação profunda que influencia o corpo, a energia, o humor, o sono e até a maneira como a mulher se relaciona consigo própria. Ter informação adequada, vinda de profissionais de saúde e não apenas de conversas entre amigas, pode fazer toda a diferença na qualidade de vida.

A menopausa não precisa de ser vivida em silêncio ou confusão. Quando a mulher entende o seu corpo, recupera poder, escolha e tranquilidade e transforma uma fase de

incerteza numa etapa de autoconhecimento.

• Falta de energia

• Depressão

• Dores musculares e articulares

• Insónia

• Afrontamentos e suores noturnos

• Secura vaginal

• Problemas de controlo da bexiga

• Problemas sexuais

Já falou com os seus prestadores de cuidados de saúde sobre os seus sintomas. Por vezes, a terapia hormonal é a melhor opção de tratamento.

Indicações para terapia hormonal:

• Tratamento dos afrontamentos e outros sintomas da menopausa

• Tratamento de problemas da vulva, vagina e bexiga

• Tratamento da osteoporose quando existem outros sintomas da menopausa

Factos sobre os afrontamentos

• Ocorrem em 60% a 80% das mulheres durante a menopausa

• Podem ocorrer dezenas de vezes por dia

• 20% das mulheres classificam os afrontamentos como muito graves e causadores de grande impacto

• A maioria desaparece ao fim de 3 a 5 anos, mas em 10% das mulheres persistem por 15 anos ou mais

• Os fatores de risco incluem tabagismo, obesidade e inatividade física

Alterações no estilo de vida

• Vestir roupas em camadas

• Tomar duches frios

• Usar ventoinha, especialmente no quarto e no local de trabalho

• Técnicas de respiração ritmada e outros métodos de biofeedback

• Gestão do peso

• Deixar de fumar

• Exercício regular

• Evitar alimentos desencadeadores como álcool ou comida picante

O que funciona

A terapia hormonal é o tratamento mais eficaz para os afrontamentos. Estrogénio, com ou sem progestagénios, é normalmente prescrito. Para mulheres que não podem ou não querem fazer terapia hormonal, existem outras opções, mas são menos eficazes. Fale com o seu médico para saber mais.

SINTOMAS UROGENITAIS

Os sintomas urogenitais afetam 40% das mulheres pós-menopausa. Apenas 1 em cada 5 fala com o médico sobre isto.

Os sintomas incluem

• Dor durante a relação sexual

• Disfunção sexual

• Aumento da frequência urinária

• Infeções urinárias recorrentes

• Comichão, ardor ou dor na vulva

• Aumento da necessidade de urinar durante a noite

Ao contrário dos afrontamentos, que melhoram com o tempo, os sintomas urogenitais pioram progressivamente. Com o tempo, os tecidos da vulva e da vagina ficam mais finos e perdem elasticidade, podendo ocorrer fissuras. A atividade sexual regular pode ajudar a prevenir algumas destas alterações.

• Deixar de fumar

94% do risco de doença cardíaca nas mulheres é prevenível.Faça a mudança.

ACIDENTES VASCULARES CEREBRAIS (AVC) E COÁGULOS SANGUÍNEOS

Factos sobre AVC

• Em mulheres entre 50 e 59 anos que tomam terapia hormonal oral, não há aumento significativo do risco de AVC. O estrogénio transdérmico pode reduzir ainda mais o risco

• O risco de AVC aumenta com a idade

• O AVC é a terceira principal causa de morte no Canadá

• 1 em cada 5 mulheres terá um AVC

• O AVC é mais comum nos homens, mas mais mulheres morrem devido a AVC

Fatores de risco de AVC (modificáveis)

• Diabetes

• Tabagismo

• Hipertensão

• Dieta e exercício inadequados

Factos sobre o Cancro da Mama

• O maior fator de risco é o envelhecimento

• Nas mulheres entre 50 e 59 anos, o risco aproximado é de 28 por 1.000

• Embora fatores como história familiar e genética não possam ser alterados, até 60% dos riscos podem ser modificados com mudanças no estilo de vida

• O rastreio por mamografia é recomendado; a idade recomendada varia entre províncias (dos 40 aos 50 anos)

• Fatores de Risco do Cancro da Mama

Grande parte do risco pode ser reduzido com alterações no estilo de vida:

• Manter um peso saudável

• Exercício regular

• Limitar o consumo de álcool a 2 bebidas por dia ou menos

DOENÇAS CARDÍACAS

Muitas mulheres acreditam que a terapia hormonal causa ataques cardíacos. Isso não é verdade.

Mulheres que começam terapia hormonal até 10 anos após a menopausa têm menor risco de doença cardíaca.

FACTOS SOBRE DOENÇA CARDÍACA

• É a principal causa de morte entre mulheres no Canadá

• Antes da menopausa, o estrogénio protege contra doença cardíaca

• Após a menopausa, o risco aumenta devido à redução do estrogénio

• O que pode fazer para reduzir o risco

• Alimentação saudável e baixa em gorduras saturadas

• Manter peso saudável

• Exercício regular (150 minutos/semana ou mais)

• Manter pressão arterial saudável

• Monitorizar e tratar níveis de lípidos, se necessário

• Rastreio de diabetes

• Estrogénio Transdérmico

• Muitos estudos mostram aumento do risco de coágulos sanguíneos com estrogénio oral

• O estrogénio transdérmico (pela pele) não está associado ao aumento desse risco

Factos sobre Osteoporose

• As mulheres perdem massa óssea mais rapidamente durante a transição da menopausa

• Fraturas por osteoporose são mais comuns do que ataques cardíacos, AVC e cancro da mama combinados

• Uma mulher na casa dos 50 tem 40% de probabilidade de sofrer fraturas da anca, vertebrais ou do punho

• O risco de fratura da anca é de 1 em 6 — maior que o risco de cancro da mama (1 em 9)

• 23% das mulheres que fraturam a anca morrem no prazo de um ano

Fraturas da anca e coluna podem levar a dor, perda de mobilidade, perda de independência, pior qualidade de vida e morte. O estrogénio melhora a densidade óssea e reduz o risco de fratura.

O que pode fazer para reduzir o risco

• Deixar de fumar

• Limitar consumo de álcool

• Reduzir cafeína

• Garantir ingestão adequada de Vitamina D e Cálcio

• Exercício com impacto (carga) regularmente

• Prevenir quedas

• Falar com o médico sobre rastreios de saúde óssea e osteoporose

CANCRO DE MAMA
AVC
SAÚDE ÓSSEA E OSTEOPOROSE
OS SINTOMAS INCLUEM:

ENDOMETRIOSE

A dor invisível que afeta milhões de mulheres

com sem

A endometriose é uma das doenças ginecológicas mais comuns e, paradoxalmente, uma das menos compreendidas. Afeta cerca de 1 em cada 10 mulheres em idade reprodutiva, embora muitos especialistas suspeitem que a prevalência real seja ainda maior devido ao subdiagnóstico. A condição ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, que reveste o interior do útero, cresce fora dele, instalando-se noutras estruturas da cavidade pélvica, como ovários, trompas, intestinos ou bexiga. Este tecido responde às hormonas menstruais da mesma forma que o endométrio uterino: espessa, sangra e inflama. Porém, como não tem forma de sair do corpo, provoca dor intensa, inflamação crónica e, em muitos casos, infertilidade.

Apesar da dimensão do problema, a endometriose continua envolta em silêncio. Muitas mulheres passam anos (em média sete a dez) até obterem um diagnóstico definitivo. Esta demora resulta de múltiplos fatores: a normalização social da dor menstrual, a falta de formação específica entre profissionais de saúde e a persistente crença de que queixas femininas são, muitas vezes, exageradas ou “psicológicas”. O resultado é devastador: mulheres que aprendem a viver com dores incapacitantes, ciclos menstruais que interrompem vidas profissionais e familiares, fadiga constante e impactos significativos na saúde mental.

Os sintomas variam, mas alguns sinais devem chamar atenção: cólicas menstruais muito intensas, dor durante as relações sexuais, dor pélvica crónica, fluxos menstruais abundantes, dificuldade em engravidar, dores intestinais ou urinárias durante o período. É fundamental que mulheres com estes sintomas sejam avaliadas por um profissional com experiência em endometriose, uma vez que o diagnóstico nem sempre é simples e pode exigir exames como ecografia especializada ou laparoscopia.

Embora não exista cura definitiva, há múltiplas opções de tratamento focadas no controlo dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida. Estas incluem terapias hormonais, analgésicos, fisioterapia pélvica e, em casos mais complexos, cirurgia para remover lesões endometrióticas. A escolha do tratamento deve ser personalizada, tendo em conta os objetivos reprodutivos da mulher e o impacto da doença no seu quotidiano.

A endometriose é, acima de tudo, uma doença que exige reconhecimento. Trazer o tema para o espaço público, e sobretudo para o debate médico, é essencial para reduzir o tempo de diagnóstico, melhorar o acesso a cuidados e garantir que nenhuma mulher vive com dor porque lhe disseram que era “normal”. É tempo de transformar visibilidade em ação. MB/MS

SABIA QUE...

Os sintomas de enfarte são diferentes entre homens e mulheres.

A dor no peito que irradia no braço é comum entre homens e mulheres, mas na mulher há outros sintomas, como dor no lado esquerdo do tórax, dor na região do estômago, náusea, cansaço, fraqueza, indigestão e mal-estar intenso.

Atenção: após a menopausa, o risco de enfarte aumenta 30%, devido à diminuição de estrogénio, que estimula a dilatação dos vasos sanguíneos.

As mulheres precisam de dormir mais do que os homens.

As mulheres conseguem distinguir mais variações de cores, mesmo que elas sejam subtis.

Apesar do envelhecimento, as mulheres tendem a parecer mais jovens que os homens, isso porque a pele é menos agredida ao longo dos anos.

O corpo feminino possui menos água do que o corpo masculino. A mente das mulher é multitarefas o que exige mais capacidade cerebral.

Z Z Z

A mulher deve observar as suas mamas com frequência.

No duche, no momento da troca de roupa ou noutra situação do quotidiano, faça a apalpação, sem necessidade de uma técnica específica.

Na maior parte das vezes, o cancro de mama é descoberto pelas próprias mulheres.

Importante: Sempre que perceber alterações suspeitas nas mamas, a mulher deve procurar o serviço de saúde.

Deve ter cuidado com a sua higiene íntima.

Lavar em excesso pode parecer sinal de maior cuidado, mas na verdade remove a camada lipídica natural que protege a região, provocando secura, irritação e comichão.

O ideal é manter uma higiene equilibrada: três lavagens por dia são suficientes, usando produtos adequados e evitando duches internos, que podem alterar a flora vaginal.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTs)

DST SINTOMAS COMPLICAÇÕES PREVENÇÃO TRATAMENTO

Clamídia

Gonorreia HPV

Sífilis

Herpes Genital

Corrimento, dor ao urinar, dor pélvica

Corrimento verde/ amarelado, dor pélvica

Verrugas genitais ou assintomático

Feridas indolores, manchas no corpo

Bolhas dolorosas, coceira, febre

As Doenças Sexualmente Transmissíveis continuam a ser um tema envolto em silêncio, preconceito e, muitas vezes, desinformação — especialmente entre mulheres. No entanto, conhecer estas infeções, compreender como se manifestam e saber como preveni-las é uma das formas mais eficazes de proteger a saúde sexual e reprodutiva.

Clamídia, gonorreia, sífilis, tricomoníase, herpes genital e HPV estão entre as DSTs mais comuns. Muitas delas começam de forma silenciosa, sem dor, sem febre, sem qualquer alteração visível. Esta falta de sintomas é precisamente o que torna estas doenças tão perigosas: quando não tratadas, podem evoluir para complicações sérias, incluindo infertilidade, doença inflamatória pélvica, problemas durante a gravidez e até cancro do colo do útero, no caso de certas estirpes do HPV. Além dos riscos físicos, há ainda o impacto emocional. Muitas mulheres sentem vergonha, medo de serem julgadas ou até receio de falar com o parceiro. Mas a verdade é que as DSTs são problemas de saúde como qualquer outro, não são um reflexo de caráter, mas

DST

Papanicolau

Ultrasom Transvaginal

Mamografia

Desintometria

Testes de DSTs

Infertilidade, Doença inflamatória pélvica

Doença inflamatória pélvica, complicações na gravidez

Câncer de colo de útero

Danos ao sistema nervoso, risco na gravidez

Crises recorrentes

Antibióticos, uso de preservativos

Antibióticos, uso de preservativos

Vacinação, papanicolau regular

Antinióticos, testes regulares

Antivirais, uso de preservativos

sim de exposição a um vírus ou bactéria que qualquer pessoa sexualmente ativa corre o risco de contrair.

O que fazer para se proteger?

A prevenção continua a ser a melhor aliada. O uso consistente de preservativos, quer masculinos quer femininos, reduz significativamente o risco de transmissão. Realizar rastreios regulares, mesmo na ausência de sintomas, é essencial, especialmente para mulheres com menos de 30 anos, que têm maior incidência de certas infeções como a clamídia. E se algo parecer diferente no seu corpo, por muito pequeno que seja, procure apoio médico sem hesitar.

Cuidar da saúde sexual não é motivo de vergonha. É um gesto de responsabilidade, amor-próprio e proteção para o futuro. Cada mulher merece acesso à informação e ao acompanhamento certo, porque quanto mais sabemos, mais seguras estamos.

MS/MS

Frequência Recomendada O que detecta?

Anual ou conforme orientação médica

Anual ou conforme necessidade

Anual a partir dos 40 anos (ou antes, se houver histórico familiar)

Após a menopausa ou com histórico familiar de osteoporose

Regularmente para mulheres sexualmente ativas

Lesões pré-cancerosas câncer de colo de útero

Miomas, cistos ovarianos, alterações uterinas

Cancêr de mama

Avalia a densidade óssea e riscos de fraturas

HIV, sífilis, clamídia gonorreia

Saúde feminina

Passo a passo

Ao longo da vida, a mulher percorre várias etapas marcadas por transformações físicas, hormonais e emocionais que exigem cuidados específicos. Desde a infância, quando o corpo começa a desenvolver-se, até à maturidade e à velhice, cada fase apresenta desafios próprios e necessidades distintas. A adolescência traz as primeiras mudanças hormonais e o início da menstruação; a idade adulta envolve questões como fertilidade, vida sexual, maternidade e saúde mental; mais tarde, surgem temas como a perimenopausa, a menopausa e o envelhecimento saudável.

Por isso, compreender o corpo e procurar acompanhamento médico adequado torna-se essencial para garantir bem-estar e prevenir complicações. Este acompanhamento é ainda mais importante em períodos complexos e delicados, como a gravidez, que exige vigilância constante, ou a menopausa, cuja transição pode ter impacto na energia, no humor, na saúde óssea e cardiovascular. Muitas destas fases ainda são envoltas em silêncio ou desconhecimento, levando mulheres a normalizar sintomas que mereciam atenção.

Cuidar da saúde não deve ser um ato reativo, mas sim preventivo. Conhecer o próprio corpo, ouvir os sinais que ele envia e procurar apoio especializado fazem toda a diferença para viver cada ciclo com mais confiança, qualidade de vida e equilíbrio. A saúde da mulher é uma jornada contínua e informação é sempre o primeiro passo.

MB/MS

Menarca

10 aos 15 anos

Recomendações: Primeira visita a um médico especialista ginecológico

A orientação dos pais é essencial nesta etapa de desenvolvimento e mudanças, onde ocorre a menstruação e iniciam-se os cuidados com a higiene íntima, por exemplo. A primeira visita ao ginecologista é indicada, pois neste momento é possível identificar alterações hormonais graves ou má-formação do aparelho reprodutor.

Menacme

20 anos

Recomendações: Início de acompanhamento médico regular e vacinação contra o HPV

Exames: Sangue e Papanicolau É o estágio no qual a mulher está na sua plenitude sexual e reprodutiva. As doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada lideram a lista das preocupações femininas neste período.

Para se certificar de que está tudo bem, deve-se realizar os exames de rotina (Sangue e Papanicolau) uma vez ao ano. Além disso, a vacinação contra o HPV (Humam Papiloma Vírus) pode evitar que as mulheres contraiam o vírus, que é o principal responsável pelo câncer de colo de útero.

Recomendações

Atenção aos sinais do corpo

Aliviar a tensão da menopausa e realizar outros acompanhamentos médicos

Atenção a gestação e prevenção de doenças

Acima dos 50 anos

Exames

Atenção aos sinais do corpo

Proctológico, Ultrassom pélvico, Fundo de olho e Densitometria Óssea

Mamografia, Colesterol, Triglicerídeos, Hormônios e Glicose

Início de acompanhamento médico regular e vacinação contra o HPV Sangue a Papanicolau

Primeira visita a um médico especialisrta ginecológico

40 anos 30 anos 20 anos

10 aos 15 anos

Climatério

40 anos

Recomendações: Aliviar a tensão da menopausa e realizar outros acompanhamentos médicos

Exames: Proctológico, Ultrassom pélvico, Fundo de olho e Densitometria Óssea

Os primeiros sinais da menopausa são sentidos, a transição do ciclo reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição das hormonas sexuais produzidos pelos ovários.

Os exames recomendados são: Proctológico, para prevenir o câncer colorretal; Ultrassom pélvico, para ver o útero, as tubas uterinas e os ovários; Fundo de olho, para analisar o estado dos vasos sanguíneos e Densitometria óssea, para avaliação da massa óssea e predição de fratura óssea.

Menopausa

Acima 50 anos

Recomendações: Atenção aos sinais do corpo

Exames: Check Up completo Os cuidados são semelhantes para homens e mulheres na meia-idade. É indicado realizar um check-up completo no corpo, como exames de sangue, pressão e medida de cintura. É importante também, ficar atenta a sintomas diferentes que o corpo possa apresentar. Acima dos 65 anos, é indicada a vacinação anual contra a gripe e, conforme prescrição médica, contra a pneumonia. Lembrando que, exercícios físicos e alimentação balanceada são indicados em todas as fases da vida. Assim como, não fumar e ingerir bebidas alcoólicas com moderação. E o acompanhamento médico é a melhor maneira de se prevenir contra doenças.

Nós, as mulheres…

Ora viva, bom dia! Mais uma semana disto e daquilo… Dias longos, mas ao mesmo tempo curtos, isto porque estamos em horário de inverno.

Sempre a lidar com mil situações, mas é bom sinal. Ainda por ca andamos no mundo da loucura.

Esta semana em cima da mesa, estamos “nós” mulheres, ou seja, como lidamos nós connosco e como lidam os homens com as nossas questões. Tema nada fácil, mas não obstante bora la dar mais uma voltinha neste carrossel ao qual chamamos vida.

Mulher, que nome lindo que nos foi dado, certo? E o que significa? Bem, temos tantos “botões“ que até fica difícil descrever, mas vou tentar.

Mulher é símbolo de força, de coragem e inspiração. Se me permitem, moldamos o mundo com a nossa presença, determinação e graça. Modéstia a parte, mas com muita verdade. Mães, filhas, irmãs, esposas, e amigas de quem merece. Somos verdadeiras guerreiras.

Cuidadoras e, uma e tantas vezes, descuramos de nós. Passamos por tudo o que se possa imaginar, o nosso corpo sofre alterações mensais e, a cada dia que passa, temos de estar cada vez mais atentas a tudo o que o nosso corpo nos comunica. Cada vez mais há a necessidade de saber e estar informada.

Ainda assim, cuidamos de tudo e de todos, em grosso modo e na grande maioria dos casos.

Quando atingimos a nossa “maioridade”, menopausa forma mais gentil de a tratar, cada uma de nós passa por “estágios“ diferentes, Umas sofrem mais do que outras, não me posso queixar, é genético, graças a Deus. E nunca usei esta ou aquela dor para ficar em casa sem trabalhar. Sempre na luta.

E quanto aos homens? Será que nos entendem ou será que os confundimos a cada passo? Ahahaha temos de sorrir, se tiver a sorte de ter um marido gentil e compreensível como o meu, tudo se torna mais fácil, porque tal como nós, também eles passam por alterações a nível hormonal. Há que haver empatia e para mim esse é o ingrediente essencial.

Quanto a nos cuidarmos... creio que seja fundamental adotar uma abordagem integral que inclua alimentação saudável,

atividade física, acompanhamento médico regular, exames preventivos, atenção à saúde mental e cuidados com a higiene íntima. É importante também ter um médico de confiança, com quem se possa conversar abertamente sobre as dores e que dedique tempo para entender a paciente de forma completa.

Ser mulher é algo de mágico e nunca jamais queria ter vindo a este mundo de outra forma. Há que nos cuidarmos a nós próprias, com carinho sempre e sempre. É o que é e vai valer sempre o que vale.

Fiquem bem e até já, Cristina Da Costa

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

Confirmámos que quando a comunidade se une, tudo é possível no 2º Annual Gala Dinner do Magellan

• Estivemos no Encontros de Cinema na Mealhada.

Os 40 anos de tradição e emoção da Casa dos Açores em Toronto.

• Preservar a história da Bairrada no panorama nacional e internacional com a exposição "Espumante Bairrada Terra-Mãe".

• Comemoramos os 50 anos de história e conquistas de Angola no hasteamento da bandeira em Toronto.

Vamos provar o sabor e cuidar do corpo em mais um Healthy Bites.

• Gastronomia e tradições portuguesas na Festa de São Martinho em Toronto.

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Cristina da Costa Opinião
Creditos: DR

What do men know?

As a man of an advanced age group and having intertwined with many women on my life's path, I still can't fully appreciate or remediate my ignorance about many physical and mental traits affecting women. This comment is not just an opinion on my understanding of the complexity of women and their differences from men, but a respectful assessment of my unfamiliarity from not having paid more attention to the effects of life on women.

Ican understand that most men may be afraid of speaking about what influences female behaviour but in modern times, men should get educated about the physiology of women and the motor that operates it. It still bewilders me how much ignorance there is about one of the most fundamentals of life, which is the interaction between both sexes as it relates to the mental health and reproductive issues. Of course, physicality and appearance are arguments that could be had as contributory conditions to mental health concerns but it's the internal structures of women's bodies that define our differences. With the percentage of divorce rates increasing, this is proof of the differences between

the sexes which are compounded by misunderstanding of unequal thought processes.

The female reproductive system affects most women's quality of life and a description which explains many of the challenges are worth quoting from healthdirect. gov.ca and are repeated here "The female reproductive system is complex and includes, ovaries, fallopian tubes, uterus, cervix and vagina. It is responsible for producing eggs, facilitating fertilization and supporting pregnancy. Hormonal changes throughout a woman's life, such as occurring during puberty, menstruation, pregnancy and menopause, can significantly impact health. Understanding these

processes is essential to address women's health issues." Most men do not understand these issues which form a platform for the quality-of-life women will endure over a lifetime. Men, for the most part, are conditioned not to understand because it's "women's issues". Humour is always inserted when having conversations, particularly speaking about menstrual issues, not understanding that these irregularities can affect daily life and often require medical intervention. In addition, women have to deal with Polycystic Ovary Syndrome, Endometriosis, Uterine Fibroids, Menopause plus Post-Partum Depression, Sleep Deprivation and family expectations because of the reproductive system. Often women suffer in silence, which in time will result in mental health issues and physical degradation.

Again, lack of understanding of the social and economic impacts as a result of the physical challenges a woman's body goes through will reduce the application of health measures because of ignorance of the seriousness of female societal challenges. The amount of lost productivity due to female physical challenges has a high effect in countries' GDP as more women leave the workforce and/or stay home because they are physically incapacitated.

This is not to suggest that men do not care about the plight of women in society but I am of the opinion that ignorance about what women have to navigate to have a baby, as an example, feeds generations of men who feel that female issues are not their concern. Time to change and stop the illiteracy of women's systems and maybe then we can understand what the "off and on" of women's bodies mean. When everything works between the sexes, it's a beautiful thing.

Manuel DaCosta

Luis Camara Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello DiGiovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

The differences

Women’s health, a topic that has been widely spoken about, especially in the last ten to twenty years. This is an opinion column, but I certainly am not going to step up onto my soap box to offer opinions on a subject pertaining to the complexities of the health and well-being of the opposite sex. Doctors, of course, are schooled in these matters, but are male doctors as enlightened as their female counterparts, when it comes to dealing with menopause and pregnancy, for instance? In the old days, people chose their doctors. I remember our first family doctor in Toronto, Dr. Vargas, who always greeted us with a huge, familiar smile.

My dad was actually his first-ever patient! My mom liked and respected Dr. Vargas, but eventually switched to a female doctor, with whom she felt more comfortable. Isn’t that the way it should be? Today, people are lucky if they can get a

family physician at all. Health is paramount to everything, but it hasn’t been a priority for most governments, of course their rhetoric stating the opposite. The problem with health is that most people don’t get health care. Most of us are being tracked, merely to monitor what medicines are necessary to keep us propped up. We need to stay propped up so we can work, produce, pay our bills, and support pharmaceutical companies. That’s how I feel. I recently told my doctor that I felt like I was on a merry-go-round of sorts. She was obviously surprised, but I went on to tell her that the twice-a-year bloodwork and exams were more to see what pills one might have to endure, than to figure out the root of any problem that might exist. At the core of most of the problems with Canada’s and many other countries’ ´free’ health care systems is that the cost of medicines continuously rises, and governments shamelessly underfund and understaff the public hospitals. I

ask myself, what are we doing here? Every penny that government spends comes from the pockets of the people, so why are services for the people so lacking? Why do we fund pharmaceutical companies that then make fortunes with medicines we help fund? I know why. It’s because we have zero control over what happens with our contributions. We just pay, otherwise they just take whatever you may have. We are constantly under threat, while seduced to believe everything is done with us in mind. Women need answers, guidelines, from people who care about them, same goes for men. Men need to listen to their female loved ones. That’s the only way to learn about their unique problems. We men are notorious for not listening to our partners, and society loves to play up that stereotype. We can’t afford to play dumb anymore, it’s from working with our similarities that we will understand our differences. It has to be about cooperation, not division, (which seems to be most

people’s cup of tea, these days). Women’s health is an important issue, one that has not been taken seriously for far too long. The current dialogue is making headway, but if the whole system doesn´t change, women will continue to be lead along, without any real chance, just like all the other issues important to humanity. Money is not one of them. Money is useful if it’s for the good of all, not just those who are currently hoarding it, while trying to convince us that they know what’s best. We need more doctors, more nurses, more hospitals, and more education on looking after ourselves. Among the highest priorities would be education in the understanding of how we get consistently duped by corporate interests. These people are the captains of the team of culprits that keep us all in this quagmire, which is only getting worse.

Fiquem bem,

Upcoming municipal election... who’s

in and who’s out

As Toronto gears up for its next municipal election, residents, community groups, and local media are taking stock of the contenders, the key issues shaping the race, and what each candidate brings to the table. I will try to give you a snapshot of the current landscape, including references to the existing mayor, Olivia Chow, potential contenders, and the broader pool of candidates that may emerge before Election Day.

Olivia Chow has a long history in Toronto politics, including service on the municipal council and experience in federal politics. Her leadership style tends to emphasize accessibility, social equity, affordable housing, transit improvements, and community-based solutions. Her primary goals in my estimation are and have been expanding affordable housing and addressing homelessness. Transit reliability and modernization, including TIC service improvements. She has tried to take this fiscal responsibility with a focus on efficient city services to this point. Her support for LGBTQ plus and immigrant communities, inclusive policies, and equity initiatives have been her calling cards.

Name recognition in any election is important and in municipal races it has been my experience that name recognition is at the top of the list. Her biggest areas to tackle will be in balancing budgets in a high-cost city, addressing criticism over service delivery, and differentiating from challengers on specific policy details. Toronto has always been a progressive city and candidates like the present mayor will benefit from the make-up of the city. The one advantage that Olivia Chow has with the upcoming election is that the turn out for municipal elections is always low and I do not see any change in this upcoming election. The other big advantage that the current mayor has is that the progress left has a much better-oiled political machine and they all come out to vote.

This week Brad Bradford launches his campaign officially, even though he must wait till May 1/ 2026 before he can officially register. I must say that he has over the past two years been talking about making the move and I must say that I has to give him credit for taking the plunge. Unlike John Tory who likes o hear his name being dropped in many conversations without really making any commitments. I hope that Mr. Bradford goes through with his

decision without being a political stunt to get publicity. I says this is because in a three-way race with Tory, Bradford and Chow, she wins because the other two will split the vote.

John Tory, former mayor of Toronto, has been a prominent voice in municipal politics. Since 2024, speculation about a potential bid in the 2026 municipal election centers on questions of leadership, experience, and public familiarity. Proponents argue Tory’s record in prior fiscal prudence, infrastructure focus, and a recognizable name could help mobilize voters seeking stability amid ongoing urban challenges like transit, housing, and downtown growth. A comeback bid might be framed as a continuation of pragmatic, center-right governance that emphasizes public safety, business confidence, and orderly develop

Just a quick observation on Brad Bradford and his continuous pursuit of becoming mayor. It’s refreshing representing a more youthful approach as opposed to Tory and Chow who had been around for ever. Bradford is addressing serious concerns in this city and if he stays in the race he should be given a look and a consideration.

The interesting political bullet in this entire upcoming race is Doug Ford, better known as the BOSS and where will he lean his support and why. Once again, my insider information is that Doug Ford has no issues to see Olivia Chow re-elected as mayor of Toronto. In fact, I believe that Ford would prefer to have Olivia Chow stay on as mayor because thus far he has been able to work with Chow and drive his agenda forward. Ontario place is probably the best example and these two have had more positive communication and wins for their sides then many other politicians from the past. The relationship between Tory and Ford has been tested over the year’s and there is no love lost between the two. The other interesting point to make is that John Tory’s son is seeking a Liberal nomination in Scarborough which has split the strong family conservative connections with Tory junior making the move to cross over which deep down does not sit well with Ford.

Social media will play an important part in this election with the likes of Integrity TO on the right and progress Toronto on the left that are platforms that can mobilize many folks to get out to vote and set narratives. There are a few other platforms emerging and the one to watch is Works Toronto and interesting platform and one backed by the left and the union community.

Toronto’s municipal election, coming up on October 26, 2026, is one of the most important elections that will shape the city’s approach to housing, transit, safety, and everyday quality of life for years to come.

With Olivia Chow as the established incumbent, the race will hinge on how challengers articulate fresh ideas, demonstrate governance competence, and address the needs of diverse communities across

the city. As the field evolves, residents are encouraged to engage actively, scrutinize platforms, and participate in the democratic process to influence Toronto’s trajectory.

My final prediction is that John Tory will not run, and Olivia Chow will be re-elected. Olivia Chow’s political machine will back Ana Bailão in four years, and she will be elected mayor of Toronto.

Saturday 10:30 am

10:00 am

Photo: Copyright

A delícia que nos identifica na noite de Natal

O fiel amigo, quem gosta, é melhor não demorar a comprar.

Àmedida que a época de Natal se aproxima a passos largos, todos sabemos bem o que representa esta data para a grande maioria dos portugueses. É, acima de tudo, tempo de família, de amigos que são como família, e de manter vivas as tradições que nos foram passadas pelos nossos pais e avós.

Falo por mim: sempre fui habituado a que, na noite de consoada, a mesa não fosse nem rica nem pobre, fosse aquilo que a vida permitia em cada ano. Houve anos melhores e outros menos bons, como acontece para todos. Mas uma coisa era certa e constante, o fiel amigo estava sempre lá. Uns anos mais vistoso, mais grosso e de melhor qualidade; outros anos mais fino, mas com o mesmo sabor que nos fazia água na boca.

No mês de dezembro, já se começava a criar a expectativa daquele prato especial da consoada: o bacalhau, acompanhado com batatas, couves e tudo bem regado com azeite. Para mim, continua a ter um sabor único naquela noite.

Mas este ano, quem quiser o fiel amigo na mesa é melhor não deixar para a última hora. Segundo se ouve na praça pública, e de acordo com o que os comerciantes têm vindo a avisar, o preço do bacalhau tem subido praticamente todas as semanas desde o início do ano. E com o aproximar do

Natal, a tendência é agravar-se. O melhor é comprar já.

Segundo uma notícia da SIC, em Portugal os preços do peixe têm aumentado significativamente. Há comerciantes que dizem que um peixe que, em 2024, custava 18 euros, agora está a 22. E o bacalhau não fica atrás. A procura aumenta, como acontece todos os anos, porque de norte a sul todos queremos manter as tradições, e o bacalhau faz parte da mesa de quase todos os portugueses na noite de consoada. E não nos podemos esquecer que, além de ser o prato rei da consoada, há mil e uma maneiras de confecionar bacalhau. Sendo um produto de qualidade, como exigem as melhores receitas, acredito que o preço não vai impedir os portugueses de o colocar na mesa neste Natal. Que seja como tantos outros, que não falte bacalhau à mesa de ninguém, para que todos possam manter a tradição.

Aqui por estas bandas, onde nos encontramos, o que pode falhar é a qualidade na hora da procura. Quem quer algo diferente sabe que uma boa cura amarela faz toda a diferença, pena que seja tão difícil de encontrar por cá. Mas que enriquece a mesa na noite de Natal, isso é verdade. Por isso, se vai manter o fiel amigo na consoada, o melhor é procurá-lo quanto antes. Não se deixe para amanhã o que se pode ir buscar hoje. Natal é uma vez por ano, e devemos, sempre que possível, manter o nosso fiel amigo bem regado com azeite. E se sobrar, já sabe: no dia seguinte, nada como uma bela roupa velha. Eu já não volto a comer bacalhau até à noite de consoada. Bom fim de semana!

Augusto Bandeira Opinião
Crédito: DR

Palavras Apalavradas

Entre nós e as palavras, os emparedados e entre nós e as palavras, o nosso dever falar.

Mário Cesariny, poeta e pintor

De 20 a 22 do corrente, realizou-se na cidade de Abrantes mais um Festival de Filosofia, iniciativa de louvar nos tempos que atravessamos em que a disciplina de Filosofia vem perdendo terreno nos programas da escolaridade obrigatória. Sendo Abrantes uma pequena cidade do interior de Portugal, cumpre-nos aplaudir esta 9ª edição que faz de Abrantes um centro da reflexão e discussão dos problemas do universo filosófico contemporâneo, que teve como mote “O Poder da Palavra – pensar, agir, transformar…”

Manuel Jorge Valamatos, Presidente da Câmara Municipal, na cerimónia de abertura teve a preocupação de salientar que “Num tempo em que o populismo se apresenta como defensor da razão e explora medos, ressentimentos e ódios, o poder das palavras torna-se ainda mais decisivo”.

Após a magistral conferência inaugural, proferida por José Gil, filósofo homenagea-

do, seguiram-se várias mesas-redondas e oficinas, em que o poder da palavra foi analisado por conceituados académicos e especialistas da palavra de diferentes áreas, sob a perspetiva ética, política e digital, como ferramenta de construção e de transformação, sem esquecer o tema do silêncio e da ausência da palavra.

Quem, como eu, foi e continua a ser professora, a palavra é o material a que diariamente recorre para cumprir a minha função. Como cronista, é pela palavra escrita que semanalmente chego até vós nesta língua que nos une. E sempre que o jornal sai, leio as palavras dos que me acompanham em cada edição.

Por muito que se defenda que outros seres vivos têm também a sua cultura, a verdade é que apenas a condição humana permite verbalizar a realidade, feita de quotidianos em que as emoções e os sonhos ganham papel de destaque. Foram, por isso, três dias muito intensos, em que os intervenientes, desafiados por um/a provocador/a, puderam dar-nos leituras muito diversificadas do seu pensamento crítico sobre o poder e o valor das palavras, sem as quais, segundo José Gil “a filosofia, a ciência e a técnica, o direito e a justiça, e mesmo a moral, não se poderiam sustentar.”

Os da minha geração sabem bem como se tinha de fazer malabarismo com as palavras, ditas malditas, para se poder dizer o interdito. Hoje, temos a liberdade de poder usar todas as palavras, onde, quando e da maneira que quisermos, ao ponto de muitas delas estarem já gastas pela banalização. Não adianta negar que dias há em que nos sentimos cansados, quando elas se transformam numa verborreia desprovida de conteúdo, significado ou importância, ampliada por “essa verdadeira biblioteca de Babel que é a Internet”, como lhe chamou o físico e ensaísta Carlos Fiolhais. Por causa da agressividade que a palavra ganhou no espaço público, pela roupagem deselegante com que diariamente se veste em certos comentários, pela pobreza lexical com que cobre como se fosse uma mendiga de dicionários, sentimos cada vez mais necessidade do silêncio para nos podermos entregar aos

nossos solilóquios interiores. É no silêncio que as aconchegamos, as guardamos só para nós, para com elas estabelecermos os mais íntimos diálogos.

Não é por acaso que a sabedoria popular consagra em aforismos o valor e o peso que a palavra tem nas nossas vidas. “A palavra é de prata, o silêncio é de ouro” é aquele mais enfatiza o valor do silêncio. Outros, ainda, preferem prevenir-nos contra a função perniciosa da palavra, acautelando-nos em relação ao cuidado que com elas devemos ter. Por exemplo: “A pedra e a palavra não se recolhe depois de deitada”, “Palavra fora da boca, é pedra fora da mão” ou “Mais fere a palavra do que a espada” são bem o exemplo de como a palavra pode ter uma força destruidora. Para o evitar, cabe-nos apalavrar palavras responsáveis pela construção de pontes de entendimento.

Acompanhe histórias inspiradoras da nossa comunidade, eventos inesquecíveis e momentos que fazem a diferença!

Crédito: DR
Aida Batista Opinião

O lançamento da primeira pedra da nova Casa dos Açores de Hilmar, na Califórnia

A comunidade lusa nos Estados Unidos da América (EUA), cuja presença no território se adensou entre o primeiro quartel do séc. XIX e o último quartel do séc. XX, período em que se estima que tenham emigrado cerca de meio milhão de portugueses essencialmente oriundos dos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, destaca-se hoje pela sua perfeita integração, inegável empreendedorismo e relevante papel socioeconómico-cultural na principal potência mundial.

Hodiernamente, segundo dados dos últimos censos americanos, residem nos EUA mais de um milhão luso-americanos, sendo que só no estado mais populoso do país, a Califórnia, residem mais de 300 mil, na sua maioria oriundos dos Açores, que trabalham por conta de outrem, na indústria. Embora, sejam muitos, os que trabalham nos serviços ou se destacam na área científica, no ensino, nas artes, nas profissões liberais e nas atividades políticas. No seio das numerosas comunidades luso-americanas da Califórnia, o estado com maior diáspora de origem portuguesa nos EUA, proliferam dezenas de associações recreativas e culturais, meios de comunicação social, clubes desportivos e sociais, fundações para a educação, bibliotecas, grupos de teatro, bandas filarmónicas, ranchos folcló-

ricos, casas regionais, sociedades de beneficência e religiosas. E inclusive, um espaço museológico que homenageia e perpetua a herança cultural portuguesa na Califórnia, mormente, o Museu Histórico de São José. Ao longo das últimas décadas, umas das associações recreativas e culturais que mais tem contribuído para a dinamização da açorianidade e portugalidade no estado mais populoso dos Estados Unidos, é indubitavelmente a Casa dos Açores de Hilmar, no Vale de San Joaquin, um dos mais tradicionais e relevantes centros da emigração portuguesa na Califórnia. Fundada em 1977, a instituição tem desde a sua génese como objetivos principais, o fortalecimento da identidade e a memória cultural açoriana, em particular, e portuguesa, em geral, através da música, do desporto, da literatura e da recriação de tradições religiosas, como seja o caso, das celebrações do Espírito Santo. No passado dia 20 de novembro, a Casa dos Açores de Hilmar, membro do Conselho Mundial das Casas dos

Açores, deu um passo marcante para honrar o passado, celebrar o presente e construir o futuro, através do lançamento da primeira pedra da sua nova sede. Um novo espaço, orçado em vários milhões de dólares, cuja conclusão se encontra prevista para o final do próximo ano, e que funcionará como um moderno centro cultural multifuncional, capaz de acolher festas e uma variedade de atividades culturais, como exposições, concertos, eventos literários, colóquios, programas intergeracionais, encontros sociais ou celebrações comunitárias. Um passo marcante, e concomitantemente, um sinal de esperança no presente e futuro do associativismo luso-californiano, que enfrenta atualmente um desafio complexo, que advém essencialmente do envelhecimento dos seus quadros dirigentes, porquanto nas últimas décadas a América do Norte tornou-se um destino secundário da emigração portuguesa. Um presente e futuro do associativismo luso-californiano, que como na restante América do Norte, deve passar pela diversificação de atividades de animação sociocomunitária, que possam conciliar a cultura tradicional enraizada no movimento associativo, com novas dimensões socioculturais, como o cinema, a literatura, o design, a dança, o teatro, a arte ou a moda, entre outros, de modo a atrair as jovens gerações de lusodescendentes, genuínos impulsionadores da presença portuguesa.

Nesse sentido, o lançamento da primeira pedra da nova Casa dos Açores de Hilmar, é uma “pedrada no charco”, um passo seguro no caminho que honra o passado, constrói o presente e assegura o futuro. Paradigmaticamente espelhada, em dois dos rostos mais visíveis da atual instituição, designadamente, o jovem e dinâmico lusodescendente, George Costa Jr., presidente da Casa dos Açores de Hilmar, e o seu vice-presidente, o comendador Manuel Eduardo Vieira, um dos mais proeminentes emigrantes e beneméritos da comunidade portuguesa na Califórnia.

Este novo capítulo da profícua história da Casa dos Açores de Hilmar, na Califórnia, sinal de esperança no presente e futuro das comunidades portuguesas na América do Norte, robustece a máxima de Fernando Pessoa, um dos maiores génios poéticos da nossa literatura: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.

800 anos depois do «Cântico das Criaturas» de São Francisco de Assis (1182-1226) escrito no século XIII e aqui reproduzido numa versão de Ruy Ventura.

Organiza o volume e assina o posfácio, este livro de 87 páginas integra quarenta poemas dos seguintes autores: Abel Inácio Quitaia, Alexandre Faria, Álvaro Valverde, Amadeu Baptista, António Cândido Franco, Aurelino Costa, Carlos Poças Falcão, Flor Campino, Heleno Godoy, Joana Ruas, João Rasteiro, Joaquim Félix de Carvalho, Jorge Teixeira, José de Jesus, José do Carmo Francisco, José Kozer, José Luís Peixoto, José Mário Silva, José Rui Teixeira, Leonardo Almeida Filho, Luís Aguiar, Luís Leal, Luísa Costa Macedo, Márcio Catunda, Marco Daniel Duarte, Maria Guadalupe Alexandre, Maria José Diegues de Oliveira, Maria José Mures, Maria Sarmento, Maria Teresa Maia Gonzalez, Natália Carbajosa Palmeiro, Nuno Matos Duarte, Ozias Filho, Rafael Angel Garcia Lozano, Ronaldo Cagiano, Rui Almeida, Ruy Ventura, Vanessa S. Dias, Verónica Benedito e Victor Oliveira Mateus. Fixemos uma advertência do organizador:

«O chamado Cântico das Criaturas não deve ser entendido como texto isolado, mesmo sendo um dos cumes mais altos da capacidade expressiva desse homem descalço, roto e remendado que recorria à animação gestual e a palavras de fogo quando se tratava de arrastar os seus semelhantes às alturas celestes». A edição é da OFFICIUM LECTIONIS, teve o apoio da Província Portuguesa da Ordem Franciscana, de Frei Hermínio Araújo e é dedicada à memória do Papa Francisco (1936-2025)cuja Lettera ai Poeti abre o volume.

Daniel Bastos Opinião
Cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova Casa dos Açores de Hilmar, na Califórnia, onde marcaram presença vários membros da comunidade luso-californiana, entre os quais, George Costa Jr., presidente da Casa dos Açores de Hilmar, e o vice-presidente, comendador Manuel Eduardo Vieira - © Casa dos Açores de Hilmar.. Créditos: DR.

Esperança: o legado da “década Costa”

Há dez anos, António Costa tomava posse como primeiro-ministro de Portugal. Depois de quatro anos de austeridade, o país estava descrente. Com um resultado eleitoral precário e uma “geringonça” que muitos achavam condenada à nascença, poucos anteviam que este seria o início de um ciclo não apenas de recuperação e transformação do país, mas também de significativas vitórias políticas, incluindo uma maioria absoluta e a eleição do próprio António Costa para presidente do Conselho Europeu.

Éimportante recordar o ponto de partida. A saída do programa de assistência da troika não fora assim tão “limpa”. Não só a dívida superava os 130% do PIB, como Bruxelas ameaçava com sanções, num procedimento por défice excessivo. Havia o Banif por resolver e o Novo Banco por vender. Não obstante o compromisso de cortar 600 milhões em pensões, a Segurança Social tinha previsões de esgotar as suas poupanças até 2030. O crescimento era, ainda, anémico e a taxa de desemprego superava os 12%.

Havia motivos mais que suficientes para o pessimismo. Mas o “diabo” de Passos Coelho nunca chegou e as contas “aritmeticamente impossíveis”, segundo Maria Luís Albuquerque, revelaram-se não só possíveis como mais certas do que em qualquer exercício sob o seu comando. Ao vermos agora Bruxelas voltar a avisar para o risco de Portugal incumprir as regras orçamentais, será bom recordar que, nesses tempos, a nossa credibilidade era tal que o “Ronaldo das Finanças” foi eleito presidente do Eurogrupo.

Na verdade, nesta década Portugal passou da liga dos últimos para o pódio do crescimento económico na Europa. Com exceção do período da covid-19, Portugal cresceu sempre mais que a União Europeia. Em vez de sermos ultrapassados pela Roménia, foi mesmo Portugal quem conseguiu crescer mais rápido e voltou a ultrapassar a Polónia, a Estónia e a Lituânia em

PIB per capita. Este crescimento não foi indiferente aos portugueses, com os salários a crescerem mais rápido que o PIB e a pobreza a cair de 19 para 16,6% da população.

Ao contrário de Luís Montenegro, que surpreende com um pacote laboral que omitiu durante as eleições, a primeira legislatura de Costa teve como mote “palavra dada, palavra honrada”. Foi assim com o fim da sobretaxa e dos cortes nas pensões e salários. Foi assim também com o aumento do salário mínimo e do emprego, entre muitas outras áreas. Já agora, foi assim também com as leis laborais.

Cientes de ter os factos do nosso lado, a esquerda deve refletir sobre os motivos que permitiram que se instalasse a perceção de que “nada foi feito” ou de que o “país estava estagnado”. A crise inflacionista do pós-covid não é explicação suficiente. A histórica incapacidade comunicacional do PS também não.

Depois de conquistada a estabilidade financeira, faltou a confiança para gastar onde tinha de ser gasto, incluindo no rol crescente de carreiras públicas que ora estavam em greve, ora perdiam a atratividade necessária para que os serviços públicos funcionassem. A verdade é que os brilharetes orçamentais implicaram o adiamento de opções de política claras, a não-execução de outras e um condicionalismo excessivo de medidas que podiam e deviam ter chegado à classe média, medidas que podiam e deviam ter contribuído para o PS construir um projeto verdadeiramente aspiracional.

A alegada “falta de reformas” foi, aliás, uma das principais críticas que a oposição, da esquerda à direita, fazia a António Costa e aos seus governos. Se fizermos um balanço justo, porém, podemos identificar várias medidas “reformistas”. É o caso das creches e manuais gratuitos ou dos passes, que vieram trazer novos benefícios sociais universais para os portugueses. É também o caso da automaticidade do IRS, do IVA, da renovação do cartão de cidadão, da tarifa social da eletricidade ou do abono de família, concretizando no quotidiano a redução da burocracia. A Reforma do Estado não se concretizou apenas aí, tendo como sua “pedra angular” a descentralização de competências para os municípios e, na área

da saúde, o funcionamento integrado de cuidados de saúde primários e hospitalares nas ULS. Outros exemplos não faltam, desde o investimento na cultura à inclusão de pessoas com deficiência. Não foram mandatos de grandes obras públicas, como os de Cavaco, Guterres ou Sócrates. O investimento público foi sempre imperdoavelmente atrasado, deixando praticamente tudo para Luís Montenegro inaugurar. Esta falta de consequência do planeamento também explica a dificul dade em substituir o SEF pela AIMA e preparar a integração de imigran tes, resultando num duro rico chete político e social. Todavia, ainda que com atrasos, o des bloquear do investimento em energias renováveis, a aposta na economia digital e uma es tratégia industrial assente em setores como a indústria ae ronáutica ou farmacêutica tem despoletado um ciclo de investimento estran geiro que pode mesmo colocar Portugal na linha da frente da próxima revolução indus trial.

As maiores con quistas destes dez anos não são, po rém, uma única polí tica ou um único inves timento. É, por um lado, o novo consenso de que o país não precisa de “em pobrecer” e reduzir salá rios para ganhar competi tividade e “sair da crise”. Hoje, nenhum partido – e poucas instituições europeias e internacionais – é contra a subida do salário mínimo ou das prestações sociais. A política de rendimentos, expressa em acordo de concertação social, foi aliás reno vada por este Governo.

É também, ou sobretudo, a esperança no que podemos fazer como país. Dez anos decorridos, o ciclo políti co é hoje muito diferente. Despreza-se o pas

sado e pintam-se as oportunidades do país como se tivessem começado (convenientemente) agora que a direita está a governar. É muito nobre que tenhamos a humildade e a exigência de acreditar que se podia sempre ter feito melhor. Mas é exatamente nessa ideia, de que hoje temos muito mais ao nosso alcance, que está o melhor balanço desta que poderemos chamar a “década

O apagão das Comunidades Portuguesas no OE 2026

É muito difícil entender qual é a ideia do Governo para as Comunidades Portuguesas, porque aquilo que se vê é muito pouco e bastante vago. Pode mesmo considerar-se que estamos perante um verdadeiro apagão das comunidades portuguesas no Orçamento de Estado para 2026. A designação das rúbricas evidencia uma preocupante perda de influência das políticas para os portugueses residentes no estrangeiro, agora relegadas para segundo, terceiro ou, mesmo, quarto plano.

É preocupante que a designação “Comunidades Portuguesas” desapareça totalmente nos diversos capítulos da “Nota Explicativa” do Orçamento, que, por regra, apresenta sempre de forma muito detalhada as diferentes medidas e verbas previstas para cada área de intervenção, o que neste orçamento não é o caso. Em vez disso, surgem apenas as designações “Embaixadas, Consulados e Missões”,

“Coordenação da Rede Externa”, “Funcionamento da Rede Externa” e “Investimento na Rede Externa”. “Comunidades Portuguesas” zero, o que não deixa de ser uma séria desvalorização da Secretaria de Estado das Comunidades.

Este apagão é um sinal de alarme, porque as comunidades portuguesas, com os seus mais de cinco milhões de mononacionais e binacionais espalhados pelo mundo, sempre foram consideradas uma vertente da política externa. A perda de visibilidade representa claramente um enfraquecimento da Secretaria de Estado das Comunidades, tornando-a um apêndice da política externa e inviabilizando qualquer estratégia para as comunidades, que deveria ser uma exigência absoluta de quem governa.

É particularmente preocupante que o Governo faça uma referência ao Programa Voltar, sem delinear qualquer ideia sobre o que virá a ser no futuro. Em jeito de antecipação, foi, entretanto, divulgado que o Programa Voltar terá uma vertente para o regresso dos reformados que queiram fixar no país a sua residência fiscal, reivindicação de que o PS e eu próprio fomos percursores, mas ainda sem qualquer

detalhe que permita perceber o alcance do que vai acontecer, sobretudo de que forma serão transformados os aspetos do Programa Regressar, que fizeram dele um dos mais virtuosos criados para as comunidades portuguesas.

E é particularmente preocupante, porque o Programa Regressar, que foi lançado num Governo do PS quando era Secretário de Estado das Comunidades José Luís Carneiro, tem resultados extraordinários, como se comprova com a grande procura e pelo facto de já ter beneficiado mais de 30 mil portugueses.

Nas medidas anunciadas consta também a revisão do regime jurídico do Ensino de Português no Estrangeiro, mas com uma ambiguidade enorme e sem quaisquer outras medidas para o ensino no estrangeiro, do básico às universidades, não obstante haver imensas necessidades tanto relativamente aos alunos como aos professores. O Ensino de Português no Estrangeiro surge no capítulo “Promoção da Lusofonia”, no meio de outras medidas igualmente vagas como o reforço do papel da CPLP, diplomacia cultural ou o reconhecimento do Português como Língua oficial nas Nações Unidas, num horizonte

tão distante que se perde de vista. Torna-se uma evidência que, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, assistimos a uma clara degradação das políticas públicas para as comunidades portuguesas e a um enfraquecimento do vínculo que liga o país aos nossos compatriotas no estrangeiro. Aliás, não deixa de ser caricato que, em determinada altura do texto do Orçamento, se refira que “…o Governo manterá o reforço da sua ação junto das comunidades portuguesas no estrangeiro… Incluindo através de visitas às mesmas”, como se ir ao encontro dos portugueses não fosse óbvio e como se Emílio Sousa precisasse de dar um grito para dizer que existe. Por isso, tem toda a legitimidade a pergunta: Porquê? Porquê este apagão das comunidades portuguesas nas prioridades do Governo? Porquê esta desconsideração por tantos milhões de compatriotas que, acima de tudo, têm de estar sempre a lutar para não serem esquecidos pelo país onde não puderam ficar e onde, um dia, poderão querer regressar?

Paulo Pisco-Diretor do Departamento de Comunidades do PS e ex-deputado

Miguel Costa Matos Opinion
Crédito: DR

LiUNA e Magellan organizaram uma Gala grandiosa

A união faz a força!

Mais de 2000 pessoas marcaram presença na segunda Gala Anual da Magellan Community Foundation. Um evento para angariação de fundos que contou com a força da LiUNA que não só cedeu o seu imponente salão, como muito contribuiu para que a noite se transformasse num acontecimento inesquecível para a comunidade portuguesa residente na Grande Área de Toronto.

Manuel DaCosta, Presidente da Direção do Magellan, não escondia a sua felicidade e orgulho ao constatar que esta instituição está a conseguir juntar todos para que se atinja o objetivo – abrir o Lar de Idosos da Magellan em 2027. “Tenho dois sentimentos: um é o sentimento de alívio por ver que isto, finalmente, vai acontecer. Esta gala vai acontecer e para nós tem sido uma lição sobre como organizar uma gala deste tamanho, para angariar fundos. Por outro lado, sinto-me satisfeito por perceber que só com a colaboração do LiUNA Local 183 isto foi possível. Uma organização como a Magellan sozinha, seria quase impossível organizar uma festa destas. Espero que no futuro mais e mais organizações como a LiUNA e outras se juntem a nós e a outros, porque a comunidade portuguesa tem muitas instituições que precisam de ajuda, como a Luso e outras. E é dessa forma que nós vamos conseguir angariar fundos. As outras comunidades fazem-no e nós precisamos

também de o fazer - trabalhar em equipa, em conjunção com outros”.

De visita a Toronto e Montreal, o Secretário-Geral do PS incluiu no programa da sua deslocação, a presença num dos mais importantes eventos comunitários. José Luís Carneiro, mesmo conhecendo a força da comunidade, mostrou-se surpreendido e orgulhoso pela dimensão desta Gala. “Sinto muito orgulho em estar numa comunidade com esta diversidade, com esta riqueza humana que é a comunidade portuguesa no Canadá. Este encontro é uma expressão daquilo que os portugueses têm de mais empreendedor, porque eu tenho afirmado que Portugal é um país global, mas é um país global pela sua diáspora, porque ela comporta tudo quanto Portugal tem de mais positivo a língua, a cultura, a capacidade para empreender. Daí a importância dos nossos empresários no mundo e aqui no Canadá. Depois também a forma como temos uma rede de eleitos que hoje tem uma influência política muito importante na vida destes países de acolhimento. Um exemplo é a Ana Bailão, que agora está com responsabilidades também muito relevante do ponto de vista da política de habitação no país e o Charles de Sousa, por exemplo, que foi ministro e é hoje deputado federal, são apenas dois exemplos para ilustrar a importância da representação das nossas comunidades. Queria que ficasse bem presente a minha mensagem para todos: se vier a ser Primeiro-Ministro de Por-

tugal, farei das comunidades portuguesas uma das principais prioridades estratégicas no investimento do Estado, porque esse investimento é relevantíssimo para a internacionalização da economia portuguesa, para a atração de investimento direto do estrangeiro e para a boa inserção e o prestígio dos portugueses no mundo”.

Vítor Silva, membro da Direção da Magellan, confessou-nos que se encontrava particularmente emocionado. “Eu estou bastante emocionado porque aquilo que se tem conseguido com este projeto é, realmente, a união dos portugueses. Esta é a grande obra da comunidade portuguesa de sempre nestes anos todos de emigração portuguesa. E este é um momento onde se juntam mais 2000 pessoas em torno desta obra, que já está praticamente a meio, com as garantias que em 2027 a conseguimos inaugurar. O meu coração está naturalmente cheio, com muito orgulho de ser português, com muito orgulho de poder pertencer ao Magellan e trabalhar com pessoas como o Manuel da Costa à frente desta instituição”.

Jack Oliveira, Business Manager da Local 183 e da LiUNA OPDC, no final da noite estava confiante que se teria atingido o grande objetivo – a angariação de um milhão de dólares para esta obra tão necessária. “Isto é um evento muito importante para a comunidade portuguesa. Nós todos vamos envelhecer e acho que é muito importante, quando lá chegarmos, termos o apoio que é necessário. Neste evento, estamos a anga-

riar fundos para a construção do primeiro edifício do Magellan. Espero que este termine em breve e que se comece outro. O Mayor aqui Vaughan, o Steven Del Duca, já se comprometeu a ajudar. Pode ser que ele tenha um bocado de terra aqui para o próximo. A gente nunca sabe. É muito importante termos a nossa comunidade toda unida. Acho que se estivermos todos unidos a fazer eventos desses, não há nada que nos vai parar, não há nenhuma montanha que não consigamos atravessar. Esta noite também mostra o poder da comunidade portuguesa, temos aqui muitos políticos, tanto canadianos, como portugueses. Nós a LiUNA Local 183, a LiUNA OPDC e a LiUNA Canadá, estamos sempre dispostos a ajudar, a contribuir, a fazer a nossa parte, seja para a comunidade portuguesa, seja para outras comunidades. Hoje que estamos aqui todos unidos, num só, e acho que os resultados serão sempre positivos no fim da noite. Não sei se vocês estavam presentes no último evento que a Magellan organizou, eu disse-lhes que era a altura de organizarem um evento para angariar um milhão de dólares. Espero que eles hoje façam isso. Por o que estamos a ver aqui acho que eles devem atravessar essa barreira e se não atravessarem, temos que fazer outro para atravessarmos essa barreira”.

A noite contou com a atuação dos The Tenors, que encantaram toda a audiência com as suas extraordinárias vozes e agradável presença em palco. MB/MS

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras. A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

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José Luís Carneiro homenageou Joel Filipe

O Secretário-Geral do Partido Socialista, José Luís Carneiro, esteve no Canadá, para numa curta visita contactar a comunidade portuguesa. O programa da sua deslocação a Toronto incluiu uma noite mais dedicada aos militantes que integram a secção de Toronto, do Partido Socialista. E trouxe uma mensagem que ficou registada como promessa – se os portugueses vierem a elegê-lo primeiro-ministro de Portugal, as comunidades portugueses serão uma das suas prioridades.

“As comunidades portuguesas estão nas minhas primeiras prioridades políticas, porquanto elas representam um fator estratégico de afirmação de Portugal no mundo e porquanto elas também representam um fator essencial de coesão e desenvolvimento do nosso país. Eu queria que as comunidades portuguesas tivessem a consciência de que a valorização da língua e da cultura portuguesas no mundo, a promoção e a contribuição do investimento para esse objetivo, o apoio às redes dos portugueses que afirmam Portugal na economia, nas empresas, nas instituições políticas, terão da parte do Estado uma atenção regular, permanente. Por outro lado, comigo como primeiro-ministro, será criada uma cultura na organização e nos serviços públicos do Estado, vocacionada para dar um tratamento adequado aos portugueses que se deslocam ao país, em muito pouco tempo durante as férias, sobretudo para tratarem dos seus assuntos, para cuidar do seu investimento em Portugal, para solucionar dificuldades da sua vida que se faz em circunstâncias tão difíceis. Será também uma das nossas prioridades. Claro está que temos também que valorizar as comunidades portuguesas enquanto alicerce de internacionalização da economia portuguesa, porque as gran-

des empresas portuguesas contarão sempre com a força e a integração da diáspora nas redes globais de valor para se inserirem na vida internacional”.

A noite contou com um momento de reconhecimento do Partido a um dos militantes que mais tem contribuído para que a secção do PS Toronto continue a ser uma realidade. José Luís Carneiro explicou à nossa reportagem o que o levou a prestar esta homenagem a um dos seus camaradas luso-canadianos – Joel Filipe. “O Joel Filipe foi o fundador da secção do Partido Socialista em Toronto e foi o grande impul-

sionador da filiação e na promoção de uma cidadania política especialmente comprometida com os valores da liberdade, com os valores da igualdade e da fraternidade. Através dele nós o que quisemos fazer foi homenagear tantas e tantos cidadãos anónimos que têm sido os defensores da democracia e que veem no Partido Socialista a grande casa comum da democracia do nosso país”.

Visivelmente emocionado, Joel Filipe recebeu das mãos do Secretário-geral do seu partido uma reprodução da ata constitutiva do Partido Socialista e ainda um emblema

em prata, pelos seus serviços de dedicação ao PS. Uma homenagem que não esperava... “Não esperava... fui abordado com a informação de que iria acontecer qualquer coisa, há duas semanas atrás. Estava longe de pensar que era isto. De qualquer das formas, fico agradecido. Agradecido ao partido pelo que me fizeram hoje. Nos últimos 25 anos, não tem sido fácil manter a secção ativa. É muito difícil. Eu estava a trocar impressões sobre isso com Secretário-Geral, quando não se é governo, mais dificuldade temos em manter secções pelo mundo fora. Quando é governo é difícil. Quando não é governo é muito, muito difícil. Mas com o sacrifício do Carlos Miranda do Vítor Silva e de mim próprio temos mantido a chama acesa. Acho que vai continuar a estar e esperamos que, dentro de pouco tempo, o nosso partido seja governo outra vez e que venha dar-nos muitas alegrias. O nosso partido sempre foi grande e continuará a ser, dentro de um futuro próximo”. No final, o coordenador do Partido Socialista para o Círculo de Fora da Europa, Vítor Silva, mostrava-se satisfeito por tudo o que tinha acontecido naquela noite. “Olhe, foi uma noite onde houve sentimento, onde houve emoção, onde houve também momento para falar de coisas sérias e de política. Mas realmente estou muito contente por termos aqui o nosso Secretário-Geral e também por o partido em Portugal reconhecer um dos melhores, um dos nossos, que é o Joel Filipe. E esse reconhecimento do Joel é também, no fundo, o reconhecimento do partido a todos aqueles que vivem fora de Portugal, que fazem o seu trabalho fora de Portugal. E como eu disse na minha intervenção, está na hora de em Portugal nos olharem como portugueses de primeira e não como português de segunda, como ainda é agora o hábito lá por Portugal”.

MB/MS

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Movember 2025

Quando a comunidade se junta para falar, prevenir e cuidar

A comunidade portuguesa em Toronto voltou a reunir-se para celebrar o Movember, naquela que foi a 8.ª edição dedicada à saúde masculina, com especial atenção ao cancro da próstata e à saúde mental.

Odestaque deste ano foi o Jantar de Angariação de Fundos, realizado a 23 de novembro, numa noite de casa cheia e de forte espírito comunitário. Entre conversas animadas, gargalhadas e, claro, bigodes uns verdadeiros, outros improvisados ninguém esqueceu o verdadeiro propósito desta campanha global.

A iniciativa é organizada por Ana Lúcia Sousa, colaboradora ativa da Movember Foundation Canada, que este ano contou também com a presença de Pete Whish, representante da organização internacional, que sublinhou a importância do envolvimento da comunidade portuguesa e agradeceu o apoio contínuo.

Motivação e impacto do Movember

Ana Lúcia Sousa explicou o que a levou a iniciar este trabalho: “A perda de familiares devido ao cancro, assim como os casos de suicídio entre homens e adolescentes, mostraram-nos que era urgente agir, alertando a comunidade sobre prevenção, saúde mental e solidariedade.”

Oito anos depois, e apesar do tempo, Ana

Lúcia continua inspirada pelo impacto positivo da iniciativa: “Ver os sorrisos dos homens e celebrar o Mês Internacional do Homem é gratificante. É incrível observar o interesse crescente e a solidariedade de todos.”

As mulheres desempenham um papel essencial no incentivo à saúde masculina, participando ativamente na celebração do Movember. Ana Lúcia Sousa destacou a importância da presença feminina no movimento “elas vêm apoiar e simbolizar solidariedade. A Fundação Movember valoriza e apoia os homens, e iniciativas como estas têm motivado cada vez mais participantes.”

Seguindo esta reflexão sobre a participação feminina, Teresa Sousa reforçou a necessidade de quebrar tabus “ainda é muito tabu falar sobre o cancro da próstata e outras doenças masculinas, como o cancro da mama em homens. Está na altura de apoiar mais esta causa. Se começarmos a falar abertamente, ajudamos os homens a cuidarem da própria saúde. Esta é uma causa que merece todo o nosso apoio.”

Complementando esta perspetiva, Juliana Marinho partilhou a sua motivação pessoal para estar presente “hoje estou aqui para apoiar esta causa, pois tenho o meu pai, o meu esposo e o meu filho. Acredito ser muito importante estar presente, dar apoio aos homens e lembrar todos de cuidarem de si. Feliz Movember!”

Pete Whish, da Movember Canada, reforçou a importância da comunidade: “A primeira palavra que me vem à mente é ‘paixão’. Estar reunido com a comunidade portuguesa, unidos por uma causa tão significativa como o Movember, é realmente especial. Sinto o carinho e a energia positiva de todos à minha volta. A mensagem mais importante é dedicar tempo aos homens nas nossas vidas, mesmo com gestos simples, como tomar um café ou ver um jogo, criando momentos de conversa genuína e significativa.”

Os participantes também partilharam experiências pessoais sobre a importância desta causa.

Jaime Nascimento, Presidente da Casa do Alentejo, destacou: “O mais importante é haver um espaço onde as pessoas possam reunir-se, dialogar e sentir-se esclarecidas, contribuindo para acabar com estes tabus. Falar sobre o cancro da próstata é falar de qualquer cancro: não é contagioso, não prejudica ninguém. Estou aqui como exemplo: fui afetado, fui tratado e estou vivo, saudável e capaz de participar e prestar esclarecimentos. Este tipo de partilha traz bem-estar e promove mudanças positivas na vida de todos.”

Emanuel Borges reforçou a relevância para a saúde mental: “Parabéns à Dona Lú-

cia e a toda a equipa. Iniciativas como esta são fundamentais, porque a saúde mental afeta-nos a todos. Para nós, homens, é importante falar sobre os problemas, procurar ajuda e envolver-nos em causas como esta. Tanto a saúde mental como o cancro, incluindo o da próstata, têm grande impacto psicológico. É inspirador ver a Casa do Alentejo cheia de portugueses e outros a apoiar esta causa.”

O Vice-Presidente da FPCBP, Ruben Borba, acrescentou “hoje estou aqui como membro da Federação e como homem, num domingo em que normalmente as famílias estão em casa. É inspirador ver tantas pessoas reunidas a apoiar uma causa ainda tabu: a saúde física e mental dos homens. Eventos como este são essenciais, pois trazem informação, promovem conversas abertas e fortalecem o diálogo, contribuindo para quebrar barreiras e reforçar toda a comunidade.”

Entre jogos, música ao vivo e até um pezinho de dança, houve espaço para celebrar, mas também para reforçar que o Movember vai muito além dos bigodes e da boa disposição.

Estatísticas-chave sobre Saúde Masculina no Canadá

• 1 em cada 9 homens canadianos será diagnosticado com cancro da próstata ao longo da vida.

• O cancro testicular é o mais frequentemente diagnosticado em homens jovens no Canadá.

• Em 2019, mais de 3.050 homens morreram por suicídio (cerca de 59 por semana).

• No Canadá, 3 em cada 4 mortes por suicídio são de homens.

• O suicídio é a segunda principal causa de morte entre homens canadianos dos 15 aos 44 anos.

A mensagem é clara: é preciso falar, cuidar e quebrar tabus. Porque salvar vidas… também passa por deixar crescer um bigode em novembro.

FP/MS

Angolanos celebram o 50.º aniversário da Independência Nacional em Toronto

A comunidade angolana celebrou, em Toronto, a tradicional Gala da Dipanda, que este ano assinalou o 50.º aniversário da independência de Angola. A iniciativa, promovida pela Comunidade Angolana de Ontário (ACO, na sigla em inglês), comemorou também os 35 anos da criação da associação, reunindo membros da diáspora, representantes do corpo diplomático angolano acreditado no Canadá e outros convidados. O evento decorreu num ambiente de confraternização, animado pela música, dança e gastronomia típica de Angola.

Na abertura do evento, a presidente da ACO, Joyce Santos, destacou a emoção da dupla celebração: “O meu coração está cheio de felicidade. Estamos a celebrar 50 anos de independência e 35 anos da criação desta organização comunitária angolana em Ontário. Ver o nosso povo e os amigos de Angola reunidos com o mesmo propósito, a celebrar uma etapa tão importante, é motivo de grande alegria.”

Joyce Santos elogiou ainda o crescimento da participação comunitária e deixou votos de continuidade: “Quero felicitar a comunidade angolana por tudo o que alcançou até aqui, pelo crescimento e pela união. Desejo prosperidade e que continuemos a

atingir novos patamares, que nos permitam chegar a outras comunidades e sermos reconhecidos no Canadá como uma comunidade forte, integrada e vibrante.”

O vice-presidente da ACO, Anael Sambo, reforçou a importância da união e do trabalho conjunto, salientando que estes encontros promovem o papel da comunidade angolana no Canadá e a integração das novas gerações.

Ao longo da noite, participantes e convidados partilharam mensagens de orgulho,

lembrando a história e os sacrifícios que permitiram a conquista da independência.

Para Nai Webba, foi um momento de profunda celebração: “Todo o angolano devia sentir orgulho neste dia. Foram muitas batalhas e sacrifícios para chegarmos aqui. Celebrarmos esta história tão bonita e custosa para o nosso povo, mesmo fora de Angola, enche-nos de orgulho.”

Os irmãos Oakley e Kayan Newman destacaram a importância de marcar presença e felicitaram a comunidade, realçando a

beleza de Angola e das suas gentes, e o significado especial dos 50 anos de independência.

Com a participação e colaboração de membros da comunidade, do corpo diplomático angolano e de amigos de Angola, as comemorações do cinquentenário prolongaram-se ao longo de novembro, com várias iniciativas simbólicas e oficiais. Entre elas, destacaram-se as cerimónias de hasteamento da bandeira de Angola na Assembleia Legislativa de Ontário, na Câmara Municipal de Toronto e, pela primeira vez, na Câmara Municipal de Hamilton, assim como a festa comemorativa organizada pelo Kandando Toronto.

O programa deste ano incluiu também ações de plantação de árvores e um culto religioso na Igreja Admito, dedicado à oração e à reflexão sobre as cinco décadas de independência.

Graças a estas iniciativas, novembro reafirma-se como o principal mês de celebração para a comunidade angolana no Canadá, fortalecendo os laços culturais e identitários e consolidando a presença angolana no mosaico multicultural canadiano, transformando este período no verdadeiro mês da herança cultural angolana no país.

Creditos: José A. Rodrigues
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Toronto recebe sinais da província para substituir radares de velocidade, grandes demais para os postes

A província está a fornecer grandes sinais para 20 zonas escolares, em substituição das antigas câmaras automáticas de velocidade da cidade, depois de o governo de Doug Ford ter ordenado a remoção das câmaras nas últimas semanas, mas os sinais são demasiado grandes para os postes de Toronto.

Numa declaração, a porta-voz da cidade, Kate Lear, disse que a província arcará com os custos de instalação de «aproximadamente 80 novos sinais» em Toronto, o que significa cerca de quatro sinais por zona escolar, com «trabalhos em andamento para identificar os locais exatos». Numa conferência de imprensa não relacionada, a presidente da câmara Olivia Chow confirmou que os sinais são demasiado grandes para serem instalados. «Temos de arranjar novos postes. A província disse que iria cobrir os custos», afirmou Chow. Embora as câmaras de velocidade de Toronto já não estejam em funcionamento, Chow reiterou que acredita que elas salvam vidas. Anteriormente, também financiaram iniciativas de segurança na cidade, como guardas de trânsito e agentes de polícia de trânsito em áreas específicas. Chow também observou que, até a província determinar a sua remoção, havia 150 câmaras de velocidade em zonas escolares, com 641 zonas desse tipo na cidade e não há opção de pedir à província mais sinais além dos fornecidos para as 20 zonas que concordaram em cobrir. «A menos que mudem de ideias, são 20 locais», disse ela.

Dakota Brasier, porta-voz do ministro dos Transportes de Ontário, Prabmeet Sarkaria, disse numa declaração que o tamanho dos sinais não deveria ser uma surpresa. Brasier disse que o ministério «trabalhou com os municípios afetados há semanas para fornecer as dimensões e sugerir os tamanhos dos postes». «Também cobrimos a instalação e oferecemo-nos para fazer a instalação», disse ela. Toronto recebeu dinheiro para outras medidas de segurança em zonas escolares para cobrir o custo de luzes intermitentes e guardas de travessia, acrescentou Brasier.

CBC/MS

CANADÁ

Novo plano de apoio a setores da siderurgia e madeira

O primeiro-ministro Mark Carney anunciou que o governo federal vai lançar medidas de apoio aos setores do aço e da madeira serrada, fortemente afetados pelas recentes tarifas impostas pelos EUA. As tarifas americanas penalizam exportações canadianas, especialmente aço e madeira, produtos onde o Canadá depende fortemente do mercado dos EUA.

De acordo com um comunicado de imprensa do gabinete de Carney, o governo federal está a tomar medi-

das contra as importações de aço estrangeiro de países que têm um acordo de comércio livre com o Canadá, bem como de países que não têm. Para os países sem um acordo de comércio livre, o Canadá está a restringir as suas quotas tarifárias para produtos siderúrgicos de 50% para 20% dos níveis de 2024.

Durante uma conferência de imprensa na tarde de quarta-feira (26), Carney disse que a medida poderia abrir mais de $ 850 milhões em demanda interna para o aço canadiano. Antes do anúncio, um funcionário do governo federal disse que o aperto

das quotas, em vez da imposição de uma tarifa direta, ajuda as empresas canadianas a fazer a transição para longe do aço estrangeiro, garantindo ao mesmo tempo que parte do abastecimento continue a chegar. Com este plano, o governo pretende “proteger os trabalhadores e as indústrias mais expostas” e incentivar o uso de matéria-prima produzida no Canadá, uma estratégia para reduzir a dependência do mercado externo e mitigar os impactos das tarifas na economia nacional.

Supermercados e The Beer Store chegam a acordo sobre retornáveis

Supermercados e a cadeia The Beer Store chegaram a um acordo-prévio que permite aos retalhistas não aceitar garrafas e latas vazias de cerveja e vinho a partir de janeiro, alterando o programa provincial de depósito e devolução (container-return program).

Alguns supermercados vinham expressando preocupação há meses sobre questões de espaço e higiene caso tivessem de continuar a receber garrafas vazias.

«Após meses de negociações, os comerciantes e a The Beer Store chegaram a um acordo que mantém a reciclagem de embalagens de bebidas alcoólicas simples e confiável; um sistema que os consumidores conhecem e esperam», escreveu Kim Furlong, presidente e CEO do Conselho

de Retalho do Canadá, em comunicado. O custo total para os comerciantes ainda não é conhecido e não está claro se eles irão repassar todo ou parte desse custo aos consumidores.

Gary Sands, vice-presidente sénior de políticas públicas e defesa da Canadian Federation of Independent Grocers, disse que os comerciantes independentes e pequenos teriam de arcar com custos adicionais para instalar sistemas nas suas lojas para recolher e armazenar embalagens vazias para recolha, pelo que haveria um custo de qualquer forma. Com o novo acordo, espera-se que o sistema de reciclagem se torne mais simples para os comerciantes, mas críticos alertam que a mudança pode reduzir a taxa de reciclagem e ter impacto ambiental.

RCC/MS

Relações Canadá–Índia

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Anita Anand, disse que o Canadá e a Índia agirão rapidamente para avançar num acordo comercial após dois anos de relações tensas, observando que Ottawa tem uma nova política externa em resposta à guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump.

Adeclaração de Anand seguiu-se a uma reunião entre o primeiro-ministro canadiano Mark Carney e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi na cimeira do Grupo dos 20 na África do Sul, onde os líderes concordaram em reiniciar as negociações paralisadas para um

novo acordo comercial. «Os líderes foram enfáticos em que este trabalho deve prosseguir o mais rapidamente possível, para que o prazo seja expedito», disse Anand. As relações entre o Canadá e a Índia têm sido tensas desde que a polícia canadiana acusou Nova Deli de ter desempenhado um papel no assassinato, em junho de 2023, de um ativista sikh canadiano perto de Vancouver. Ottawa estará então a trabalhar rapidamente para avançar nas negociações de um novo acordo comercial com a Índia, uma parceira estratégica na mira de diversificação económica internacional. O objetivo é reduzir a dependência histórica do Canadá das exportações para os Estados Unidos e aprofundar cooperação económica com potências emergentes. A ministra das Relações Exteriores sublinhou a urgência de retomar o diálogo e acelerar um acordo mutuamente benéfico.

“Esta é uma abordagem completamente nova à política externa, que responde ao ambiente económico global em que nos encontramos”, afirmou Anand. “Há um novo governo, uma nova política externa, um novo primeiro-ministro e uma nova ordem mundial, em que os países estão a tornar-se mais protecionistas, e este é um momento importante para o Canadá como nação comercial.”

AUTONOMIAS

“Trata-se do maior aumento de sempre na subscrição plurianual da ESA, associado ao maior investimento de sempre do país”, sublinha o Ministério da Educação, Ciência e Inovação, recordando que Portugal é membro da agência desde 2000. Em comunicado, o Ministério da Educação explica que a contribuição portuguesa vai envolver as áreas governativas da Ciência e Inovação, responsável pela maior fatia (56,7%), Economia (14,1%) e Infraestruturas (9,8%).

Pela primeira vez, estão também envolvidas as áreas governativas da Defesa, que participa com 16,2%, e do Ambiente, com 1,7%, bem como o Governo Regional dos Açores, que participa com 1,5%.

De acordo com a tutela, a Ciência e Inovação vai assegurar os programas obrigatórios e os programas opcionais associados às missões científicas e à colaboração entre centros de investigação e empresas tecnológicas. As restantes áreas governativas e a Região Autónoma dos Açores contribuem em programas opcionais como a observa-

ção da terra, segurança espacial, transporte espacial, comunicações, tecnologia ou resiliência. Uma das missões financiadas é o Space Rider, que envolve o desenvolvimento de um veículo espacial reutilizável para a realização de experiências científicas em microgravidade e para testar tecnologias de serviços de outras missões espaciais, e cujo local de retorno será ao largo da ilha de Santa Maria, nos Açores.

“O reforço da contribuição portuguesa para o ciclo 2026-2030 visa incentivar a criação de mais e melhor investigação, novas empresas, a atração de empresas multinacionais e de investimento estrangeiro”, sublinha a tutela, acrescentando que o investimento é também exemplo do que se pretende para a futura Agência para a Investigação e Inovação. A proposta será apresentada pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, durante o Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia, que decorre entre quarta-feira e quinta-feira em Bremen, na Alemanha.

AO/MS

Madeira reforça cooperação científica com a China com missão institucional

O Centro de Química da Madeira (CQM) reforçou a sua presença no panorama científico internacional com uma missão institucional à China, realizada entre 25 de outubro e 3 de novembro e liderada pelo Professor Doutor João Rodrigues, Investigador Sénior e Coordenador Científico do Centro.

Adeslocação permitiu consolidar parcerias já estabelecidas e impulsionar novas oportunidades de cooperação com algumas das mais relevantes universidades chinesas. Em Xangai, o Professor Doutor João Rodrigues integrou o painel internacional de avaliação do laboratório estatal chinês State Key Laboratory for Modification of Chemical Fibers and Polymer Materials (SKLFPM) da Universidade de Donghua, e apresentou uma palestra convidada no ICAFPM2025 – The 12th International Conference on Advanced Fibers and Polymer Materials.

A missão prosseguiu no campus internacional de Haining da Universidade de Zhejiang, onde está sediado o China–Portugal Belt and Road Joint Laboratory on Advanced Materials, do qual o CQM é parceiro em diversos projetos de investigação. Durante a visita, o investigador reuniu-se com diferentes equipas de investigação para discutir o trabalho em curso e identificar novas linhas de colaboração.

Ainda a convite da Universidade de Zhejiang, João Rodrigues deslocou-se ao Transvascular Implantation Devices Research Institute, em Hangzhou, um novo instituto criado em parceria com empresas chinesas e dedicado ao desenvolvimento de dispositivos vasculares baseados em biomateriais. Ali teve contacto com a primeira plataforma humanizada para testes de biomateriais apoiada por inteligência artificial, reunindo-se com os responsáveis desta infraestrutura pioneira.

A missão terminou com uma visita ao Museu do Grafeno, também em Hangzhou, onde o investigador pôde observar diversas aplicações industriais e comerciais deste material avançado, desde dispositivos eletrónicos a têxteis de uso geral e soluções para aplicações médicas. A China é atualmente o maior produtor industrial e utilizador de grafeno. Esta missão enquadra-se nas atividades regulares de internacionalização do CQM. Decorrentes destas parcerias estratégicas, a Universidade da Madeira é atualmente a instituição portuguesa que, proporcionalmente, apresenta o maior número de publicações científicas em coautoria com instituições chinesas.

JM/MS

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Fraude

Presidente da República não comenta escolha de juiz, mas apoia iniciativa para combater fraude no SNS

O Presidente da República escusou-se a comentar a escolha do juiz Carlos Alexandre pelo Governo PSD/CDS-PP para presidir a uma Comissão de Combate à Fraude no SNS, mas considerou que essa é uma iniciativa positiva.

Em resposta a perguntas dos jornalistas, na Fundação Champalimaud, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar a nomeação do juiz Carlos Alexandre, para presidir a essa nova estrutura, ainda não formalizada, mas confirmada na quarta-feira (26) pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

"Eu acho que não devo pronunciar-me sobre decisões concretas", justificou o chefe de Estado. "Agora, acho que todos os portugueses perceberão que uma decisão que vise afirmar a legalidade, a transparência, o bom funcionamento das instituições e combater a corrupção em geral, ou a fraude, se quiserem, vai ao encontro do sentir dos portugueses", considerou.

Segundo o Presidente da República, "qualquer português, independentemente das suas opiniões, se é mais pró-Governo ou contra o Governo, de ter opções diferentes políticas e eleitorais, concorda que isso se aplica à saúde, como se aplica às instituições em geral".

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que a futura Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde (SNS) será constituída por uma equipa "interdisciplinar, mas no domínio da saúde", com o objetivo de "ter a noção exata da fraude na saúde e combatê-la".

"Haver uma iniciativa nesse domínio, em abstrato - eu gosto de colocar as coisas em abstrato - pode significar que em matérias sensíveis, que valem para além do caso A, B, C, D, E, se está a deferir um quadro que é positivo para o Governo, para as instituições e para o país", acrescentou.

PORTUGAL

Orçamento aprovado por PSD e CDS com abstenção do PS

A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi aprovada na quinta-feira (27) em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (Chega, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.

Este foi o segundo Orçamento do Estado apresentado por um Governo liderado por Luís Montenegro e, quando a votação foi anunciada no hemiciclo, os deputados do PSD e CDS aplaudiram de pé. A deputada do PS Isabel Moreira anunciou a entrega de uma declaração de voto por escrito.

Durante o período de debate e votação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025, que começou em 20 de novembro, foram aprovadas medidas como o congelamento das propinas, o reforço da dotação do Tribunal Constitucional, a isenção de portagens em autoestradas como a A25 ou em partes da A6 e A2 ou o aumento do suplemento especial de pensão dos antigos combatentes - tudo propostas apresentadas por PS ou Chega contra a vontade do Governo. No total, durante as votações na especialidade, foram aprovadas 163 pro-

postas de alteração, sendo o PS o partido da oposição que conseguiu ver mais propostas aprovadas.

O Governo prevê um saldo orçamental positivo de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, mas, durante o debate de hoje, o secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Brandão de Brito, disse que as propostas de alteração aprovadas ameaçam "obliterar o excedente orçamental" projetado para 2026.

A contar com um maior dinamismo da atividade económica, o executivo projeta que a economia cresça 2,3% em 2026 em relação a 2025, depois de uma variação do Produto Interno Bruto (PIB) prevista de 2% este ano.

A proposta de Orçamento do Governo foi entregue na Assembleia da República a 9 de outubro, um dia antes do prazo e quando decorria a campanha para as eleições autárquicas, e foi debatida e aprovada na generalidade em 27 e 28 de outubro. Os únicos partidos que mudaram de voto entre a generalidade e a votação final global foram o PAN e o JPP: ambos tinham-se abstido na generalidade, mas optaram por votar contra na votação final global.

A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados pelo INE.

De acordo com a estimativa provisória da esperança média de vida aos 65 anos para o triénio 20232025, divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), este valor foi estimado em 20,19 anos, apresentando um aumento de 0,17 anos (2,04 meses) relativamente ao triénio 2022-2024.

Com base nestes dados é possível calcular que em 2027 a idade legal de acesso à reforma será de 66 anos e 11 meses.

Este valor é superior em dois meses ao de 2026, que tinha já subido dois meses em relação a 2025.

Em 2024, a idade de reforma ficou inalterada, nos 66 anos e quatro meses, face

a 2023, ano em que se registou um recuo de três meses por comparação com a idade fixada para 2022, algo inédito desde que a idade da reforma passou a estar associada à esperança média de vida. Tanto a redução de 2023 como a manutenção da idade para 2024 estão associadas ao recuo na esperança média de vida devido à mortalidade associada à pandemia de covid-19 e a sua incidência junto da população mais idosa. O valor provisório da esperança de vida aos 65 anos, apurado anualmente pelo INE, é divulgado em novembro servindo de referência para efeitos de determinação da idade normal de acesso à pensão de velhice do regime geral de Segurança Social e do fator de sustentabilidade a aplicar ao montante estatutário das pensões de velhice do regime geral de Segurança Social.

Credito: JN
Reforma

NOVEMBER

22, 2025

PHOTOS: ADRIANA PAPARELLA

Israel voltou a atacar "infraestruturas terroristas" do Hezbollah

O exército israelita lançou uma nova série de ataques aéreos contra "infraestruturas terroristas" da organização político-militar xiita Hezbollah no sul do Líbano, coincidindo com o primeiro aniversário do cessar-fogo que pôs fim a 13 meses de combates.

Os militares israelitas adiantaram em comunicado ter atacado várias áreas do sul do Líbano, incluindo bombardeamentos a locais onde eram armazenadas "armas do Hezbollah" e a "posições militares utilizadas pela organização para promover planos

Segundo a mesma fonte, "a presença de infraestruturas e atividades do Hezbollah nestas áreas constitui uma violação dos entendimentos entre Israel e o Líbano", referindo-se ao cessar-fogo.

Golpe de estado

"As FDI continuarão a agir para eliminar qualquer ameaça ao Estado de Israel", adiantou o exército, garantindo, no entanto, que as autoridades israelitas continuam "comprometidas com os entendimentos alcançados entre Israel e o Líbano".

Israel já lançou dezenas de ataques aéreos contra o Líbano, apesar do cessar-fogo de novembro de 2024, alegando que está a agir contra as atividades do Hezbollah e afirmando que, por isso, não está a violar o pacto. No entanto, tanto Beirute como o grupo xiita criticam estas ações, que foram também condenadas pelas Nações Unidas.

Os ataques aéreos israelitas no sul do Líbano intensificaram-se nas últimas semanas, tendo Israel e os Estados Unidos pressionado Beirute para desarmar o grupo xiita apoiado pelo Irão.

JN/MS

Putin admite terminar conflito se Kiev retirar forças de territórios que

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscovo cessará as hostilidades com a Ucrânia caso Kiev retire as suas forças dos territórios que a Rússia alega ter anexado.

Olíder russo não especificou se se referia apenas às regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, consideradas alvos prioritários pelo Kremlin, ou também às de Kherson e Zaporijjia, no sul.

Em setembro de 2022, a Rússia reivindicou a anexação destes quatro territórios, que não controla totalmente.

A entrega por Kiev das regiões de Donetsk e Lugansk a Moscovo fazia parte do plano original de 28 pontos dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia, que foi visto por muitos em Kiev como uma capitulação.

O texto foi entretanto reformulado após consultas com a Ucrânia e os países da chamada "Coligação dos Dispostos", onde a possibilidade de ceder território é uma

Rússia anexou

questão volátil após quatro anos de invasão russa no país.

O enviado norte-americano, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo na próxima semana para discutir o plano com responsáveis russos.

Putin também reiterou que o seu país não tem qualquer intenção de atacar a União Europeia (UE), mas indicou que Moscovo tinha elaborado "medidas de retaliação" económicas em caso de apreensão dos bens russos congelados.

Tanto a UE como a Ucrânia têm defendido a utilização dos bens russos apreendidos para apoiar o país que tem sido fustigado por quatro anos de conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022.

Atualmente, existem cerca de 210 mil milhões de euros em bens congelados russos na UE, principalmente na Bélgica, onde está sediada a Euroclear, uma das maiores instituições de títulos financeiros do mundo.

JN/MS

General toma posse na Guiné-Bissau após ser nomeado pelos militares

As forças armadas da Guiné-Bissau nomearam o general Horta Inta-A como novo líder do país por um período de um ano, na quinta-feira (27), um dia após tomarem o poder, prenderem o presidente e impedirem o anúncio dos resultados eleitorais.

Após tomar posse numa cerimónia no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, o general Horta Inta-A, chefe do Estado-Maior do Exército, declarou que vai "liderar o Alto Comando", observaram jornalistas da AFP.

Dezenas de soldados fortemente armados foram destacados para o local enquanto o presidente empossado dizia numa conferência de imprensa que as ações eram necessárias "para bloquear operações que visavam ameaçar a democracia". Inta-A afirmou que as provas eram "suficientes para justificar a operação", acrescentando que "as medidas necessárias são urgentes e importantes e requerem a participação de todos".

Tendo servido até agora como chefe do Estado-Maior do exército do país, Inta-A era considerado próximo do presidente Embaló nos últimos anos.

O general Denis N'Canha, chefe do gabinete militar presidencial, disse aos jorna-

listas que os militares estavam a assumir o controlo do país "até novo aviso", após ter sido descoberto um plano envolvendo "barões da droga", que incluía "a introdução de armas no país para alterar a ordem constitucional".

Embaló foi preso na quarta-feira (26) e mantido na sede do Estado-Maior, onde estava a ser "bem tratado", segundo uma fon-

te militar. Um oficial superior acrescentou que "o chefe do Estado-Maior e o ministro do Interior" também tinham sido detidos.

O presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "condena inequivocamente o golpe de Estado" numa declaração na quinta-feira, recordando a "tolerância zero do organismo em relação a mudanças inconstitucionais de governo".

Portugal desencoraja "qualquer ato de violência"

A Guiné-Bissau está entre os países mais pobres do Mundo e é também um centro de tráfico de droga entre a América Latina e a Europa, um comércio facilitado pela longa história de turbulência política da nação.

A estabilidade política foi uma das principais questões nas eleições, dado o passado turbulento do país. Em outubro, o exército afirmou ter frustrado uma "tentativa de subverter a ordem constitucional" e prendeu vários oficiais militares de alta patente.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, estava "a acompanhar a situação com profunda preocupação", disse o seu porta-voz, enquanto Portugal, antiga potência colonial do país, desencorajou "qualquer ato de violência institucional ou cívica". A região da África Ocidental tem sido palco de vários golpes de Estado nos últimos anos, com o Mali, o Burquina Faso, o Níger e a Guiné a verem os seus governos derrubados.

Situada entre a Guiné e o Senegal, a Guiné-Bissau sofreu quatro golpes de Estado desde a independência de Portugal em 1974, bem como várias tentativas de golpe.

Guerra na Ucrânia

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Enquanto os grandes avançam sem surpresa, a essência da prova fica ameaçada quando clubes são impedidos de jogar nos seus estádios e adeptos são privados do fator casa.

Terminada mais uma dupla jornada de seleções, que marcou o fim da fase de grupos rumo ao Mundial de 2026, regressou o futebol nacional. Como é habitual, o recomeço faz-se com a Taça de Portugal, desta vez com a disputa da quarta eliminatória.

Com exceção da eliminação do Tondela frente ao Caldas, nas grandes penalidades, praticamente todos os favoritos confirmaram o seu estatuto.

O campeão em título, o SC Portugal, recebeu e venceu sem dificuldades o Marinhense por 3-0. Numa semana conturbada para a equipa da Marinha Grande, que culminou com o despedimento do treinador Rui Sacramento e de toda a sua equipa técnica na sequência de denúncias de pressão e abuso psicológico sobre os jogadores, Rui Borges optou por rodar praticamente todo o onze inicial. Apenas Francisco Trincão e Eduardo Quaresma mantiveram a titularidade habitual, permitindo que os jogadores mais utilizados recuperassem fisicamente.

No Estádio do Dragão, o FC Porto recebeu o Sintrense, e venceu por uns esclarecedores 3-0. Os golos dos azuis e brancos foram marcados por Borja Sainz, Denis Gul e Rodrigo Mora. Apesar de ter alte-

rado sete titulares, Farioli não encontrou grandes dificuldades em controlar o jogo e garantir a passagem à fase seguinte, aproveitando também para gerir o esforço dos atletas mais desgastados.

Já para os lados da Luz, apesar de ter vencido o Atlético CP por 2-0 no Estádio do Restelo, tardam em aparecer as exibições convincentes. José Mourinho manteve sete habituais titulares, mas aproveitou para testar uma nova ideia tática, recorrendo a uma defesa a três. A experiência, porém, não correu como esperado e obrigou o técnico a regressar ao tradicional 4-3-3 ao intervalo.

Na conferência de imprensa do final do jogo, José Mourinho optou por dar um murro na mesa afirmando que, e passo a citar: “Não gosto de jogadores que me traem! Ao intervalo identifiquei os jogadores que manteria de bom grado. Havia dois que queriam jogar. Os jogos são para levar a sério. Os outros nove não estavam” (fim de citação). Conhecendo minimamente o estilo de Mourinho, estas palavras duras tiveram dois propósitos claros: para dentro do balneário, de modo a espicaçar o balneário e assim conseguir retirar mais rendimento deles; e para a direção do SL Benfica tendo em vista a reabertura do mercado de transferências, em janeiro próximo. Mourinho encontrou um plantel desequilibrado e distante do perfil que entende ser necessário para o Benfica. Não é coincidência que, no Fenerbahçe, tenha tentado contratar Kerem Aktürkoğlu antes da pré-eliminatória da Champions: percebeu que, sem o extremo turco, o Benfica perdia a sua principal arma de desequilíbrio pelas alas, até porque, na altura, Lukebakio ainda não fazia parte do plantel. Ironia do destino: seria precisamente Ak-

türkoğlu a marcar o golo que permitiu ao Benfica eliminar o Fenerbahçe e qualificar-se para a fase de grupos. É sabido que quando as estruturas estiveram alinhadas com o treinador luso, os resultados apareceram e os objetivos cumpridos. Veremos o que acontecerá nesta segunda passagem de Mourinho na Luz.

Aproveitando a Taça de Portugal, há um tema que gostava de abordar: o direito de todas as equipas realizarem os seus jogos caseiros nos seus estádios. A prova é, por tradição, a grande festa do futebol português, e essa festa só faz sentido se todos os clubes puderem receber os seus jogos nos seus próprios estádios.

Não é lógico que uma equipa que tem os seus terrenos devidamente homologados para as competições em que participa, seja impedido de jogar em casa na Taça. Deslocar um jogo da Taça de Portugal para um outro estádio a quilómetros de distância, obrigando os seus adeptos a se desloca-

rem para verem a sua equipa jogar, não faz qualquer sentido. Com isso, perde-se muita coisa: perde-se a essência do futebol amador, perde-se o efeito do fator casa, perde-se o verdadeiro espírito da festa da Taça (que bonito seria ver um grande do futebol português se deslocar ao terreno de uma equipa da distrital).

Por outro lado, há dirigentes que encaram a visita de um grande como um autêntico jackpot financeiro, optando por levar o jogo para um estádio maior, maximizando receitas. É uma opção compreensível, face às dificuldades financeiras que a maioria dos clubes atravessa, mas coloca os interesses económicos acima dos desportivos, sendo algo que não deveria sequer ser equacionado. E deveria, no mínimo, envergonhar quem dirige o futebol português.

Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor.

Paulo Freitas Opinião

Portugal vence o Mundial sub-17

Portugal 1

Áustria 0

Anísio Cabral marcou o único golo da final do Mundial sub-17, frente à Áustria. Portugueses conquitam terceiro Campeonato do Mundo da história, o primeiro neste escalão

Riade 1989, Lisboa 1991 e Doha 2025. A partir desta quinta-feira, são as cidades e anos em que Portugal venceu um Mundial de futebol! Aos triunfos conquistados pela Seleção de sub-20, juntam-se hoje os meninos dos sub-17, que foram homens de barba rija e voltaram a colocar, 34 anos depois, o futebol português no pináculo da modalidade a nível global!

Bino Maçães, que há 36 anos no ainda denominado Mundial sub-16, integrou o plantel de Portugal que acabou no 3.º lugar da prova, junta-se agora a Carlos Queiroz como os únicos treinadores a colocarem as Quinas portuguesas no lugar mais alto do pódio do futebol mundial. Junta também o título de campeão europeu que já conquistara no último verão, num ano absolutamente memorável para este escalão.

Bravos portugueses

A Áustria nunca escondeu a suas cartas. No pontapé de saída, atirou a bola pela linha de fundo portuguesa, de modo a pressionar alto desde o primeiro minuto. Portugal não se deixou intimidar e rapidamente impôs o seu jogo. Anísio Cabral e Mateus Mide criaram uma jogada que culminou num remate perigoso, mas ao lado, de Duarte Cunha (3’). O primeiro aviso estava dado. O mesmo Duarte Cunha introduziu depois a bola na baliza (13’), mas fez um defes aus-

tríaco chocar com o guardião Daniel Posch e não passou impune. A Áustria respondeu com um lance perigoso protagonizado por Johannes Moser (15’). O melhor marcador do Mundial atirou, no coração da área, contra Mauro Furtado, e depois ao lado.

Apesar desse susto, Portugal tinha um jogo controlado, com uma clara perceção dos riscos que devia correr no passe e nas desmarcações, mas bem trabalhado, sobretudo, pelas alas, onde Mateus Mide se deslocava para dar qualidade à distribuição deA Áustria vivia um pouco mais de um jogo anárquico, queria provocar um caos controlado com passes verticais e contra-ataques rápidos, mas que Portugal sabia muito bem controlar. Sem essa arma, a Áustria tinha muito pouco poder ofensivo e não encontrava soluções.

Ia-se fiando na defesa, a melhor deste Mundial, com apenas um golo sofrido nos sete jogos anteriores. Mas Portugal tinha marcado 22 vezes no mesmo período e com tanta qualidade no ataque, o adversário tinha de sucumbir.

Mauro Furtado descobriu Duarte Cunha no flanco direito, o avançado combinou muito bem com Mateus Mide e assistiu Anísio Cabral, que atirou (32’) para uma baliza deserta e aproximou Portugal do tão desejado título! O selecionador austríaco ainda pediu ao árbitro para rever as imagens do lance e, de facto, parecia que o avançado do Benfica estava em fora de jogo, mas o árbitro decidiu que o lance era legal.

Contra todas as armas, marchar!

A Áustria sabia que tinha de mudar o seu jogo na 2.ª parte e, com um jogo mais apoiado, conseguiu criar um ligeiro ascendente na posse de bola, mas pouco mais do que isso. Só Hasan Deshishku ameaçou (48’)

de livre direto, mas Romário Cunha estava atento.

Portugal não se inibiu e continuou a apostar no ataque. Stevan Manuel fez um defesa cair (49’), antes de rematar com perigo e Mateus Mide (62’) ficou muito perto do 2-0 com um remate de cabeça, após um cruzamento perfeito. Portugal conseguia controlar o jogo e até atacar com mais perigo do que a Áustria. Faltava discernimento e cabeça fria para os austríacos, que não encontravam soluções para, em ataque organizado, desbloquearem a compacta defesa portuguesa. Só nos minutos finais é que conseguiram mesmo encostar Portugal às cordas e, aos 85’, o sonho português estremeceu quando Daniel Frauscher, acaba-

do de entrar em campo, acertou no poste da baliza de Romário Cunha. Portugal conseguiu mesmo manter a vantagem, ainda que de forma algo atabalhoada em algumas ações, mas o mais importante foi conseguido! É o primeiro título mundial de Portugal neste escalão, numa geração verdadeiramente especial e que, a partir de hoje, escreveu história a letras douradas no futebol português! No futebol de seleções, incluindo todos os escalões, já só faltam dois títulos por conquistar a Portugal: o Europeu de sub-21 e o Mundial na Seleção principal. Roberto Martínez e Luís Freire, o palco agora é vosso. Sapo/MS

HOUSE LEAGUE

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• Boys & girls 8 to 18

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SOCCER CAMP

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A festa do golo de Anísio Cabral (Portugal) na final do Mundial sub-17. (FPF/João Pimpim)

José Mourinho decidiu apostar num sistema com três centrais e promover a estreia absoluta de Rodrigo Rêgo como ala esquerdo, mas a verdade é que a inovação do técnico não deu frutos. O Benfica sentiu, desde o início, muitas dificuldades para lidar com o bom futebol do Atlético, que assinou dois remates com algum perigo nos dois primeiros minutos.

A equipa da Liga 3 voltou a avisar num cabeceamento de Ricardo Dias, após pontapé de canto, e foi preciso esperar quase meia hora para que as águias conseguissem criar verdadeiro perigo, num remate de Dedic bem travado pelo guarda-redes Rodrigo Dias.

O treinador do Benfica não podia estar satisfeito e isso ficou bem claro no início da segunda parte, com quatro substituições de uma assentada. Tomás Araújo, João Rego, Enzo e Ivanovic ficaram nos balneários para darem os respetivos lugares a Dahl, Leandro Barreiro, Richard Ríos e Schjelderup. Mourinho prescindiu dos três centrais e a mudança tática permitiu à equipa passar a controlar melhor o desenrolar dos acontecimentos, mas sem grande criatividade no ataque, desbloqueando o problema com uma bola parada.

O sorteio da Taça de Portugal definiu um duelo entre F. C. Porto e Famalicão. Já o Benfica vai até ao reduto do Farense. Por outro lado, o Sporting regressa aos Açores para defrontar o Santa Clara. A chave ditou ainda um possível confronto entre dragões e águias nos quartos de final da prova. O sorteio dos oitavos de final da Taça de Portugal, realizado esta terça-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras, desvendou o trajeto das equipas na competição. O F. C. Porto vai receber o Famalicão, enquanto Benfica e Sporting têm deslocações fora. As águias medem forças com o Farense. Já os leões deslocam-se até ao reduto do Santa Clara.

Nos restantes emparelhamentos de destacar um confronto entre Vitória de Guimarães e o AVS, enquanto o Braga vai até às Caldas da Rainha.

Os jogos serão disputados de 16 a 18 de dezembro.

No mesmo evento ficou-se a conhecer a chave do trajeto para os quartos de fi-

nal, na qual F. C. Porto e Benfica poderão medir forças caso avancem na prova.

Mas as surpresas não se ficam por aqui. No horizonte poderá ainda haver um confronto entre Vitória de Guimarães e Sporting.

Eis o sorteio:

5.ª eliminatória

• Lusitano de Évora x Fafe

• Casa Pia x Torreense

• F. C. Porto x Famalicão

• Vila Meã x União de Leiria

• Caldas x Braga

• Farense x Benfica

• Santa Clara x Sporting

• V. Guimarães x AVS

6.ª eliminatória

F. C. Porto/Famalicão x Farense/Benfica

Casa Pia/Torrense x Vila Meã/União Leiria

Moncarapachense/Fafe x Caldas/Braga

JN/MS

O Benfica venceu o Atlético, por 2-0, e garantiu a presença nos oitavos de final da Taça de Portugal. A equipa de José Mourinho realizou uma exibição pobre frente a um adversário da Liga 3 e apenas chegou aos golos à entrada do último quarto de hora, com Richard Ríos e Pavlidis, na transformação de uma grande penalidade, a garantirem o sucesso na prova rainha.

Um pontapé de canto de Aursnes, aos 73 minutos, encontrou a cabeça de Richard Ríos, com o colombiano a estrear-se a marcar com a camisola encarnada e, pouco depois, uma falta sobre Leandro Barreiro permitiu a Pavlidis ampliar a vantagem de penálti.

Já no período de compensação, Fábio Veríssimo viu uma falta dentro da área sobre António Silva e assinou um castigo máximo, mas Otamendi permitiu a defesa de Rodrigo Dias.

JN/MS

O F. C. Porto recebeu e bateu o Sintrense, do Campeonato de Portugal, por 3-0, e passou à próxima fase da Taça de Portugal. Borja Sainz, Deniz Gul e Rodrigo Mora deram ritmo à festa. Na próxima quarta-feira, às 17. 45 horas, Francesco Farioli e Pablo Rosario reencontram o Nice. No último duelo deste sábado para a Taça de Portugal, o F. C. Porto juntou-se ao Sporting e Benfica nos oitavos de

final da Taça de Portugal.

Numa primeira parte de sentido único, o espanhol Borja Sainz (25 m) de fora de área, na sequência de um canto, tratou de adiantar os azuis e brancos no marcador com um remate sem hipóteses para o guardião Rodrigo Santos que só parou no canto superior esquerdo da baliza. Já na segunda metade, Deniz Gul (70 m) e Rodrigo Mora (80 m), numa bela finalização, saltaram do banco para consumar o triunfo. JN/MS

O Sporting recebeu e bateu o Marinhense, em Alvalade, por 3-0. Bis de Trincão e um golo de Suárez carimbam passagem aos oitavos da Taça de Portugal. O Sporting, detentor em título, não facilitou e levou de vencida a formação do Marinhense, do Campeonato de Portugal. Um bis de Trincão (29m e 37m) abriu caminho para o triunfo na primeira parte, com Alisson Santos (42 m) ainda a enderaçar uma bola à barra perto do recolher aos balneários.

Já na segunda metade, os comandados de Rui Borges continuaram por cima e acabaram por chegar ao terceiro, por intermédio do goleador de serviço Luis Suárez (81 m). Um triunfo confortável que permite seguir até à próxima fase.

JN/MS

Pavlidis marcou o segundo golo do Benfica na transformação de uma grande penalidade. (Mário Vasa)
Mora e Gul deixaram marca no encontro. (Manuel Fernando Araújo/EPA)
Trincão foi o destaque ao bisar na partida. (António Pedro Santos/EPA)
Atlético

Benfica

Equipa de Amsterdão superou o registo do Feyenoord em 2017/2018 e tornou-se a pior equipa neerlandesa na prova com cinco derrotas nos primeiros cinco jogos e uma diferença de golos de '-15'

OAjax sofreu esta terça-feira a quinta derrota consecutiva na Liga dos Campeões, depois de ser batido em casa pelo Benfica por 0-2, na Johan Cruijff ArenA. Com este resultado, o clube de Amesterdão, agora sob o comando interino de Fred Grim, regista um mínimo histórico e torna-se o único dos 36 participantes na principal competição europeia que ainda não somou qualquer ponto.

Este novo desaire na prova milionária confere ao Ajax o pior desempenho de sempre de uma equipa neerlandesa na Liga dos Campeões: cinco derrotas em cinco jogos, com uma diferença de golos de -15.

Esta é apenas a segunda vez na história que uma equipa dos Países Baixos perde os primeiros cinco jogos da fase de grupos da Champions. Na época 2017/2018, o Feyenoord também perdeu os primeiros cinco jogos mas tinha uma diferença de golos de «-10», que foi largamente superada pelo Ajax. No último jogo do Feyenoord na competição nessa época, a equipa de Roterdão acabaria depois por vencer o Nápoles por 2-1.

As cinco derrotas do Ajax na Liga dos Campeões esta época foram frente ao Inter (0-2), Marselha (4-0), Chelsea (5-1), Galatasaray (0-3) e, por fim, Benfica (0-2). Em dezembro, o próximo e último adversário europeu do Ajax será o Qarabag, do Azerbaijão, que já leva 7 pontos na competição, depois de ter vencido o Benfica, o Copenhaga e ter empatado com o Chelsea. A Bola/MS

Sporting volta a ganhar na Champions

adversário de forma violenta e a decisão do juiz alemão foi transformar a expulsão num cartão amarelo.

O F. C. Porto voltou às vitórias na Liga Europa, ao derrotar em casa o Nice, por 3-0, na quinta jornada da fase regular da competição.

Ojogo começou da melhor maneira para os portistas, que abriram o marcador logo no primeiro minuto, com um golo de Gabri Veiga, após assistência de Pepê. O médio espanhol também foi o autor do segundo golo dos azuis e brancos, aos 33 minutos, numa finaliza-

ção de qualidade, servido por Froholdt. Na segunda parte, os dragões aumentaram a vantagem aos 61 minutos, numa grande penalidade convertida por Samu, a castigar falta na área do brasileiro Dante sobre o avançado espanhol. Inicialmente, o árbitro esloveno Matej Jug não assinalou o penálti, mas reverteu a decisão após ver as imagens do VAR.

Com este triunfo, o F. C. Porto passa a somar 10 pontos e continua em boa posição para lutar pelos oito primeiros classificados, que passam diretamente aos oitavos de final, ou no mínimo para passar ao play-off.

Vitória sobre o Brugge (3-0) deixa o Sporting em boa posição para seguir em frente na Liga dos Campeões.

OSporting somou a terceira vitória em cinco jornadas da fase de liga da Champions, de novo em Alvalade, desta vez sobre o Brugge (3-0), passando a somar 10 pontos na prova, o que lhe permite continuar muito bem posicionado na corrida ao play-off e manter-se na luta por um lugar entre os oito primeiros, que garantem a passagem direta aos oitavos de final.

Os leões apanharam um susto aos 10 minutos, quando o árbitro Tobias Stieler mostrou um cartão vermelho direto a Hjulmand, num lance aparatoso a meio-campo. As imagens do VAR mostraram que o médio dinamarquês não atingiu o

Aos 24 minutos, Geovany Quenda abriu o marcador, concluindo junto à baliza uma jogada com assistência de Geny Catamo. Pouco depois, aos 31 minutos, Luis Suárez fez o 2-0, concluindo com um toque de classe um lance em que a equipa belga abriu muitos espaços na defesa.

No início da segunda parte, Suárez apareceu de novo isolado perante o guarda-redes do Brugge, mas perdeu tempo em fintas e permitiu o corte a um defesa belga, que acertou no poste quando pretendia afastar a bola para fora.

Aos 70 minutos, depois de os visitantes terem ameaçado reduzir num par de ocasiões, o 3-0 para o Sporting surgiu mesmo, obra de Trincão, que deu a melhor direção a uma bola passada por Quenda para o meio da área.

JN/MS

Braga empata na liga Europa

minutos depois de o uruguaio Rodrigo Zalazar ter sido expulso, com cartão vermelho direto.

O Sporting de Braga empatou hoje 1-1 na visita ao Rangers, em Glasgow, na Escócia, em jogo da quinta jornada da fase de liga da Liga Europa de futebol, mantendo-se em lugar de apuramento direto para os ‘oitavos’.

Oinglês James Tavernier deu vantagem aos anfitriões, aos 45+3 minutos, na transformação de uma grande penalidade, e o espanhol Gabri Martinez empatou, aos 69, oito

Com este empate, os minhotos, que tinham perdido na jornada anterior na receção aos belgas do Genk, por 4-3, ocupam o sétimo lugar, com os mesmos 10 pontos do FC Porto, oitavo, ambos em posição de acesso direto aos oitavos de final, enquanto o Rangers, que também ficou reduzido a 10 devido ao duplo cartão amarelo a Diomande, aos 90+5, somou o primeiro ponto e subiu ao 33.º posto.

LUSA/MS

JN/MS
Geovany Quenda abriu o marcador para o Sporting. (Lusa)
Gabri Veiga bisou e esteve em destaque no Dragão. (Lusa)

Judo é a primeira federação a levantar restrições aos atletas

A Federação Internacional de Judo (FIJ) é a primeira organização desportiva a levantar a suspensão aos atletas russos, que a partir de sexta-feira, no Grand Slam de Abu Dhabi, podem competir em representação do país. A FIJ comunicou esta quinta-feira que terminam as restrições aos atletas russos, impostas no seguimento da invasão da Rússia à Ucrânia, em 2022, no que é uma decisão inédita para uma federação desportiva russa desde o início da guerra.

Uma decisão que entra em vigor no Grand Slam de Abu Dhabi, uma das principais provas do circuito internacional, a decorrer entre sexta-feira e domingo e que terá em ação na Mubadala Arena a judoca olímpica portuguesa Catarina Costa (-48 kg).

Em Abu Dhabi, estão inscritos 19 judocas da Rússia (12 masculinos e sete femi-

russos

ninos), país que continua a ser uma das principais potências na modalidade.

A decisão da FIJ já motivou reação por parte da federação russa de judo, com o seu presidente, Sergei Soloveitchik, a considerar que se trata de uma "medida esperada, justa e corajosa".

Na sua página oficial, a FIJ relembra que depois de uma reintegração plena dos judocas bielorrussos, país aliado da Rússia, é apropriado permitir a participação russa em igualdade de circunstâncias.

"A FIJ mantém o compromisso de tratar todos os seus membros de forma igualitária, sem discriminação, de acordo com a Carta Olímpica e os princípios do desporto, que referem que o desporto deve ser praticado e representado sem qualquer tipo de discriminação", indicou ainda o organismo.

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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, foi empossado no comité das associações nacionais da UEFA, em Nyon, anunciou o organismo nacional. "O líder federativo assumiu lugar num dos órgãos consultivos de aconselhamento ao Comité Executivo da UEFA", revelou a FPF, dando conta desta nova incumbência do antigo árbitro, numa das 19 comissões que a UEFA possui, divididas em matérias diferentes relacionadas com a indústria, como arbitragem, licenciamento, futebol de formação, transferências, saúde, competições, entre outras.

O comité das associações nacionais é liderado por Servet Yardimci, antigo presidente da federação turca, tendo

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como áreas de atuação o desenvolvimento das relações da UEFA com os seus membros, inscrições de novas federações-membro e cooperação com outras confederações e entidades.

"Para a FPF, integrar o comité das associações nacionais representa uma enorme honra. O futebol português goza de grande prestígio, está presente nos maiores fóruns de reflexão do futebol europeu e será sempre um membro ativo na procura de caminhos para a indústria", afirmou Proença, citado pelo organismo que rege a modalidade em Portugal.

Ainda de acordo com a FPF, a primeira reunião deste comité serviu para fazer o ponto de situação sobre projetos da UEFA, como o Innovation Hub ou o UEFA Together.

JN/MS

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Pedro Proença (esquerda) e Aleksander Ceferin (direita). (FPF)
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Equipa feminina do clube encarnado perdeu com o Fenerbahçe, por 3-0, na primeira jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, competição a que regressou após 50 anos O Benfica regressou à Liga dos Campeões de voleibol feminino meio século depois com uma derrota frente ao Fenerbahçe, esta terça-feira, em Istambul.

Aequipa encarnada perdeu por 3-0 na primeira jornada do Grupo B da principal competição europeia de clubes, cedendo ao adversário turco pelos parciais de 25-18, 25-19 e 25-12. As águias não encontraram argumentos para contrariar a superioridade exibida pela formação do Fenerbahçe, que liderou o marcador desde o início do encontro. De qualquer modo, no primeiro set, as turcas só se destacaram com um parcial de 6-0 quando se registava um empate a 11 pontos (1711). A partir de então, as anfitriãs, continuaram a pressionar e não voltaram a perder o controlo da partida, fechando-a em 25-18. No segundo set foi quase idêntico ao inaugural, com a resistência do Benfica a

perdurar ligeiramente mais, até ao 13-12, quando o Fenerbahçe se destacou - embora não mais de quatro pontos, conferindo ao duelo uma falsa perceção de equilíbrio e de que as encarnadas poderiam discutir a vitória. Essa noção errónea confirmou-se quando as turcas alargaram a vantagem para cinco pontos, aos 23-18, o que as deixava a uma distância dificilmente superável para as portuguesas, a dois pontos do segundo triunfo.

Irrecuperável também foi a capacidade anímica das benfiquistas após a segunda derrota parcial no jogo, deixando-as mais atrás na disputa do terceiro set, fazendo com que a desvantagem para a equipa turca se tivesse acentuado mais cedo (94). Ainda assim, num derradeiro esforço, as águias reagiram e aproximaram-se aos 10-8 e 11-9 – mas só. Até ao encerramento do encontro, as campeãs portuguesas fizeram apenas três pontos (25-12).

Na próxima jornada, marcada para 13 de dezembro, o Benfica recebe na Luz o Lodz, da Polónia.

A Bola/MS

ANDEBOL FC Porto em noite

Dragões abriram rapidamente um fosso no marcador nos 10m iniciais e depois de assegurarem uma vantagem de 13 ao intervalo, geriram o encontro na segunda parte. Agora só têm de pontuar na última jornada para passarem à Main Round

Só não se pode dizer que está apurado para a Main Round da Liga Europeia porque a matemática não o permite a uma jornada do fim da fase de grupos mas, esta terça-feira, o FC Porto deu um passo importante para a qualificação ao bater, a contar para a 5.ª ronda do Grupo D, os islandeses do Knattspyrnufelagio Fram por 44-30. Isto depois de ao intervalo já estar a liderar por 23-10. Com o Elverum a ter ido à Suíça derrotar o Kriens-Luzern por 24-26 (19-20), os Dragões mantiveram o primeiro lugar da poule com 8 pontos, apenas um desaire, e para seguirem em frente basta, sem depender de outros, pontuarem na derradeira jornada na Suíça, em casa do Kriens-Luzern. Adversário que na 1.ª volta ultrapassaram por 44-31.

Quanto ao encontro em si, antes que os adeptos na bancada conseguissem dizer Knattspyrnufelagio Fram sem erros nem gaguejar, já os homens de Magnus Andersson comandavam por 4-1, que rapidamente se transformou em 8-2 com quatro golos sem resposta, dois deles de Vasco Costa (5).

Depois de ter feito passar o jogo e finalização em Daymaro Salina (7), os portistas apostaram na transição para superar os nórdicos, que inicialmente cometeram o erro a também tentar surpreender na velocidade, mas quando se deram a perder por 13-4, com dificuldade de remate e perdas de bola, baixaram o ritmo. Mesmo com três exclusões de 2m do FC Porto até ao intervalo, o forasteiros tiveram dificuldade em ultrapassar a defesa contrária e quando o conseguiram, estava lá um sensacional Diogo Rêma que, a par de Antonio Martinéz, com 11/10 em remates, e Henrique Magalhães (10/8) foram as principais figuras do dragões que no 2.º tempo limitaram-se a gerir a vantagem conquistada.

A Bola/MS

OLÍVIA SARAIVA Paralegal licenciada | Notária pública Notariado de documentação e representação no tribunal

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MUNDIAL2026

Cristiano Ronaldo disponível para jogo de estreia de Portugal

Segundo o acórdão do Comité Disciplinar da FIFA, ao qual a agência Lusa teve acesso, o jogador, de 40 anos, foi sancionado por três encontros, após ter sido expulso com cartão vermelho direto na derrota na República da Irlanda (2-0), em 13 de novembro, na quinta e penúltima jornada do Grupo F de qualificação europeia para o Campeonato do Mundo.

Ronaldo cumpriu suspensão três dias depois, ao falhar o triunfo sobre a Arménia (9-1), no Porto, que garantiu a nona presença, e sétima consecutiva,

da equipa nacional na principal competição internacional de seleções, antes de a FIFA analisar a exposição da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para que o avançado não fosse suspenso por mais do que um duelo, após a sua primeira expulsão ao fim de 226 internacionalizações.

A exposição começou a ser preparada depois da derrota em Dublin, com o envolvimento direto do presidente da FPF, Pedro Proença, e incidia em três pontos, nomeadamente o clima pré-jogo criado pelo selecionador da República da Irlanda, a jogada que originou a expulsão de Cristiano Ronaldo e a ausência de antecedentes do futebolista madeirense.

No entender do organismo, as declarações do técnico islandês Heimir Hallgrímsson, que acusou o avançado de ter controlado a arbitragem na vitória lusa frente aos irlandeses (1-0), em 11 de outubro, em Lisboa, na terceira jornada do Grupo F, terão provocado “um ambiente claramente e comprovadamente hostil” em torno do capitão da equipa nacional.

A FPF considerou ainda que, no lance da expulsão, Ronaldo “foi, como em muitas outras ocasiões durante o jogo, ostensivamente agarrado dentro da área” e teve “uma reação de frustração” aos 61 minutos, quando deu uma cotovelada no defesa central irlandês Dara O’Shea e foi punido pelo árbitro sueco Glenn Nyberg, com recurso ao videoárbitro (VAR).

O organismo liderado por Pedro Proença aludiu também à ausência de antecedentes do avançado, que pertence aos sauditas do Al Nassr, treinados por Jorge Jesus e com João Félix no plantel, e que ainda não tinha sido expulso “em mais de 200 jogos pela seleção, algo que é abso-

tes” para convencer a FIFA de que Cristiano Ronaldo não merecia ser castigado com mais do que uma partida de suspensão, objetivo cumprido em função da sanção aplicada ao capitão.

Dos três duelos de castigo, os dois últimos têm execução suspensa por um período de advertência de um ano, pelo que o recordista de jogos (226) e golos (143) por Portugal pode atuar na estreia lusa na fase de grupos da 23.ª edição do Campeonato do Mundo.

“Caso o requerido cometa outra infração de natureza e gravidade semelhantes durante o período de advertência, a suspensão mencionada será considerada automaticamente revogada e os dois jogos restantes deverão ser cumpridos imediatamente durante o(s) próximo(s) jogo(s) oficial(is) da seleção portuguesa. Isto não vai prejudicar quaisquer sanções adicionais impostas pela nova infração”, explicou o Comité Disciplinar da FIFA, que aplicou uma multa de 5.000 francos suíços (cerca de 5.400 euros ao câmbio atual).

A fase final do Campeonato do Mundo tem sorteio agendado para 05 de dezembro, em Washington, e realiza-se de 11 de junho a 19 de julho do próximo ano, contando pela primeira vez com 48 seleções, numa inédita organização tripartida entre Estados Unidos, México e Canadá, todos automaticamente apurados como anfitriões, aos quais já se juntaram mais 36 apurados.

Depois de garantir a qualificação direta, Portugal não voltará a ter partidas oficiais até à estreia no Mundial2026, mas deverá disputar jogos de preparação na próxima paragem internacional, em março, e em junho, com oponentes, datas e locais ainda por designar.

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FC PORTO

F. C. Porto vai ter a "camisola das camisolas" em homenagem a Pinto da Costa

O presidente do F. C. Porto disse, este sábado, que está a ser planeada a criação de uma camisola em homenagem ao histórico ex-dirigente.

André Villas-Boas respondeu a alguns sócios na Assembleia Geral que decorreu no Dragão Arena. Entre outros temas, o líder máximo do emblema azul e branco explicou que o mural de homenagem a Pinto da Costa ainda não está completamente pronto, escreve o jornal "O Jogo".

Estando perto de ser concluído, Villas-Boas garantiu que o que lá está não é mais do que 20% do total que os adeptos deixaram. Para os restantes 80%, decorrem conversas com dois artistas no sentido de fazerem "alguma coisa verdadeiramente marcante para o presidente dos presidentes".

O atual presidente dos dragões revelou ainda que estão também em andamento negociações com uma marca para fazer uma camisola, que será "a camisola das camisolas", que "terá o número dos títulos conquistados por Pinto da Costa e um design que faça a justa a homenagem" ao seu legado. André Villas-Boas explicou ainda que "toda a correspondência que chega ao F. C. Porto para Pinto da Costa não pode ser aberta e é remetida à morada da família do presidente".

JN/MS

AO/MS

JOGOS SURDOLÍMPICOS

Portugal com recorde de medalhas nos Jogos Surdolímpicos

Portugal conquistou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos Surdolímpicos, que encerraram esta quarta-feira no Japão, na edição mais profícua de sempre, com destaque para Margarida Silva, André Soares e Joana Santos.

Margarida Silva arrebatou duas medalhas de ouro e uma de prata no atletismo, André Soares uma de prata e uma de bronze no ciclismo e Joana Santos uma de ouro no judo.

Portugal estreou-se com uma goleada de 10-0 à Tanzânia, em jogo do Grupo C do Mundial de feminino de futsal, que decorre nas Filipinas, que ao intervalo já vencia por meia dúzia de golos. Num jogo de sentido único, a equipa orientada por Luís Conceição não podia ter tido melhor começo no primeiro Mundial da história, num jogo em que os 10 golos foram marcados por jogadoras diferentes.

Com muitas oportunidades para visar a baliza de Zuhura Waziti, a seleção das quinas impôs o ritmo que quis e houve tempo, e oportunidade, para o selecionador nacional dar ritmo de jogo a todas as jogadoras inscritas.

Ao intervalo, a equipa lusa tinha a vitória praticamente no 'bolso', mas o segundo tempo trouxe mais quatro golos, um dos quais um autogolo de Fatuma Issa, a tentar um corte num lance desenhado por Helena Neves, que no mesmo minuto ainda fez o 8-0, sem interferência das adversárias.

No outro jogo do Grupo C, o Japão impôs-se, igualmente com autoridade, frente à Nova Zelândia, com um triunfo por 6-0, mas que deixa as nipónicas atrás de Portugal na liderança da classificação, face à diferença de golos.

A seleção lusa, finalista dos Europeus em 2019 e 2022 e semifinalista em 2023, integra o Grupo C do Mundial, juntamente com Tanzânia, Japão, com jogo na quarta-feira, e Nova Zelândia, no sábado.

A primeira edição do Mundial decorre na PhilSports Arena, na área metropolitana de Manila, entre 21 de novembro e 07 de dezembro.

Em prova vão estar 16 seleções, na disputa por duas vagas em cada um dos quatro grupos para os quartos de final.

Depois disso, Portugal garantiu já um lugar nos quartos de final da primeira edição do mundial feminino de futsal organizado pela FIFA, ao vencer o Japão por 3-1, em encontro da segunda jornada do Grupo C. Ana Azevedo, aos 16 e 40 minutos, e Kaká, aos 16, apontaram os tentos da formação das quinas, que ao intervalo já vencia por 2-0, enquanto Sara Oino, aos 37, marcou o golo das nipónicas.

Na classificação do Grupo C, Portugal, que na primeira jornada goleou a Tanzânia (10-0), soma seis pontos, contra três do Japão e da Tanzânia, que bateu por 4-2 a Nova Zelândia, última do agrupamento, com zero pontos, e derradeira adversária da seleção lusa na fase de grupos.

JN/MS

A participação no atletismo rendeu três medalhas, todas por Margarida Silva, de ouro nos 800 (2.10,38 minutos) e cinco mil metros (17.26,23) e de prata nos 1500 (4.40,60), prova que a setubalense concluiu sem uma sapatilha.

Destaque também para Francisco Laranjeira, que foi quarto classificado nos cinco mil metros (14.59,34 minutos), falhando por pouco o pódio, e oitavo nos dez mil metros (32.00,25 minutos).

Estiveram ainda em competição os atletas Hemilton Costa, no salto em comprimento (6,56 metros, com 6,64 na qualificação), Gustavo Pereira, no salto em altura (1,70 metros), e o maratonista Ricardo Gomes, que terminou em 12.º (2:38.45 horas).

No ciclismo, André Soares conquistou a medalha de prata no contrarrelógio individual e foi bronze na corrida de pontos,

A judoca Joana Santos também contribuiu para a profícua participação da equipa de Portugal em Tóquio e esteve em evidência ao conquistar o ouro na categoria de -57kg, revalidando o título conseguido há três anos em Caxias do Sul, no Brasil.

A comitiva portuguesa integrou 13 atletas, de cinco modalidades - atletismo, ciclismo, judo, natação e tiro -, que estiveram a competir desde 15 de novembro, em Tóquio, no Japão. Os Jogos Surdolímpicos Tóquio2025 juntaram cerca de três mil atletas com deficiência auditiva. JN/MS

Amid all the buzz around Macklin Celebrini, Connor Bédard, Tom Wilson, and Nick Suzuki, one storyline has quietly emerged in Toronto: John Tavares is putting together a remarkably strong season for the Maple Leafs. He isn’t an obvious or automatic selection for Team Canada — not with the sheer depth of elite Canadian forwards across the NHL — but he also wouldn’t be an unreasonable choice as Hockey Canada prepares to name 14 forwards for the Olympic roster later this winter.

This is the delicate task facing general manager Doug Armstrong and his staff. Building an Olympic team isn’t simply about picking the 25 most talented players; it’s about assembling a group that fits together quickly and effectively. With almost no time for lengthy camps or experimentation, Canada will arrive at the Olympics and jump straight into competition. The management group must have a clear vision — and get it right.

Tavares has responded impressively to Toronto’s disjointed season. With Auston Matthews injured at times, William Nylander inconsistent, and Mitch Marner playing elsewhere, Tavares has stepped into the void. He’s been Toronto’s most reliable player, its de facto leader even without the captain’s “C,” and arguably the team’s most valuable contributor on

Team Canada’s Olympic

a roster performing worse than its record suggests.

Even so, Tavares began as a long shot to make the Olympic roster and remains one. What Armstrong and head coach Jon Cooper decide to do with the final two forward spots will be telling. Do they want young, dynamic players with little international experience, or a veteran who will accept any role without disrupting the group?

Celebrini has likely played his way into a top-six spot, becoming just the fourth teenager in NHL history to record 30 points in his first 20 games — joining Wayne Gretzky, Mario Lemieux, and Sidney Crosby. Bedard, while less of a lock, owns a shot that makes him hard to omit. Suzuki and Wilson both bring attributes that seem essential in a short tournament. And Mark Scheifele, currently tied for fifth in league scoring, has made a compelling argument after being left off the 4 Nations roster.

Adding Celebrini is a given. Including Bedard is a strong possibility. Suzuki, Wilson, and Scheifele would be on many projected rosters. That leaves little room for Tavares unless the final forward slot is reserved for a trusted veteran presence.

And with returning players like Sam Bennett, Anthony Cirelli, Brandon Hagel, Travis Konecny, Seth Jarvis, and Mark Stone all fighting for limited spots, the pressure on Armstrong’s group will only intensify.

RS/MS

Entering the season, the Raptors were surrounded by skepticism thanks to an odd mix of contracts and confusing roster construction. Instead, they’ve embraced a modern NBA blueprint built on speed, versatility, and constant movement — and it’s paying off. Toronto has ripped off nine straight wins and sit at 14-5, second in the Eastern Conference. So why aren’t their championship odds reflecting that success?

Despite improving their position in the futures market, the Raptors still hold only the 10th-best odds to win the East — a number that feels dismissive. Realistically, Toronto may not have the singular superstar required to dominate a playoff series, but in an East full of imperfect contenders, the Raptors deserve to be taken seriously as a potential spoiler capable of a surprise run.

Their hot start isn’t a temporary burst. Toronto’s defense, transition game, pace, and depth are all traits that can translate deep into the season. After opening at +200 to make the playoffs, they’ve flipped to -450, and their projected win total has jumped from 34.5 to 46.5. Historically, teams that start 14-5 almost always reach the postseason.

Even with the Pistons and Raptors emerging early, the Knicks and Cavaliers remain the presumed powers in the East — yet Toronto swept Cleveland in their sea son series. Yes, the Cavs were shorthanded in each game, but this is still a 64-win team

from a year ago. Toronto showed it can compete with the conference’s elite.

The Raptors boast a top-five net rating and rank in the top 10 on both ends of the floor. Critics continue to point out that 88% of their salary cap is tied up in four players with only one All-Star nod between them in the last five years, but Toronto is thriving through collective strength. Coach Darko Rajakovic, currently second in Coach of the Year odds, has instilled a style centered on pushing the pace, quick decisions, and relentless off-ball movement.

Toronto ranks among the league leaders in assists, transition scoring, and cutting, while also moving the ball faster and dribbling less than most teams. They attempt one of the NBA’s highest volumes of open shots and remain efficient from deep despite low overall volume. Brandon Ingram has boosted the half-court attack while playing quicker than ever, and the Raptors feature six double-digit scorers led by Ingram and Scottie Barnes.

Their bench has been a revelation, providing real depth and maintaining production when starters rest. Defensively, Toronto’s pressure and length force turnovers at a high rate, with Barnes building an All-Defense résumé.

The Raptors are still long shots — but so were last year’s Pacers before their stunning run. With an open conference and a dynamic style, Toronto fans finally have reason to dream again.

Creditos: DR

O ESSENCIAL DA SUA FESTA

Luis Camara Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello Di Giovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

OBCT report shows ‘persistent’ challenges for women in construction

Ontario Building and Construction Tradeswomen (OBCT) recently released the results of its 2025 Advancing Recruitment and Retention of Women in the Building Trades survey, which shows while there is progress, persistent challenges remain.

Presented during the recent Ontario Building Trades Annual Convention in Windsor, the new report highlights while most tradeswomen are committed to long-term careers in the industry, barriers such as harassment, lack of appropriate washroom facilities, limited child care options and underrepresenta-

tion in leadership roles, continue to affect recruitment and retention.

According to a release, Ontario’s construction industry will need to recruit an estimated 154,100 workers over the next decade, according to BuildForce Canada and currently women represent just five per cent of onsite trades and occupations in Ontario’s construction sector, with only 14,200 women working directly on the tools.

“OBCT was started by tradeswomen, for tradeswomen – so we understand the dedication and pride women who have chosen a career in the construction industry have for their trade,” said Kate Walsh, program manager of the OBCT, in a state-

ment. “But too often, they face avoidable barriers that push them out of the industry. With this new research, it provides us with clear data and practical solutions to help employers, unions, and government work together to change that.”

The OBCT 2025 Tradeswomen Survey featured 342 women respondents across Ontario and is meant to build on the findings of a 2022 survey. It also included interviews with employers and industry partners, as well as a review of academic and sector research.

Here are some key findings from the report:

Women are committed to staying in the trades

• 82 per cent of tradeswomen see themselves in the industry two to fiv years from now.

• 65 per cent are satisfied with their pay and benefits, and 62 per cent with their work environment.

Women often discover trades later in life

• 58 per cent entered as a second career, and 54 per cent after age 25, signalling untapped potential through earlier outreach.

• Worksite culture remains a major challenge.

• 52 per cent of respondents reported experiencing harassment and over half were dissatisfied with how their complaints were handled.

Structural barriers limit participation

• More than half of tradeswomen with children reported turning down work due to lack of child care (57 per cent) or scheduling conflicts (56 per cent).

• More women in leadership is key to retention.

• 67 per cent said increasing women in leadership roles is the top priority for long-term retention.

• 37 per cent identified gender bias as a major barrier to career advancement.

The OBCT report provides 16 recommendations, including:

• Early outreach to schools and targeted recruitment of women and equity-deserving groups.

• Zero-tolerance enforcement for harassment and discrimination on jobsites.

• Mandate/legislate anti-discrimination and anti-harassment training in all apprenticeship, union and employer programs.

• Industry-wide improvements to personal protective equipment, washrooms and child care solutions.

• Leadership targets and mentorship programs to support women’s advancement.

• Accountability measures through transparent reporting on women’s participation and progress.

• 65 per cent of respondents said they need better-fitting personal protective equipment and access to appropriate washroom facilities.

The full report is available online at: obctradeswomen.com/2025-survey

Toronto’s first net-zero community aquatic facility officially opens

The new 94,000-square-foot Rouge Valley Community Recreation Centre in Scarborough is now open.

Located in Joyce Trimmer Park, the facility has a 25-metre swimming pool and a leisure pool for all ages, full-size gymnasium with enough space for a practice indoor cricket pitch, a child care centre with space for 62 children, a teaching kitchen, dance and fitness studios, multipurpose rooms and more, explains a release.

It is the first in Ontario to achieve the Canada Green Building Council’s Zero Carbon Building Certification.

The net-zero building is designed to operate entirely on electricity. Solar pan-

els on the roof make both heat and electricity at the same time, the walls of the building have solar panels built into them and heat pumps use outside air to help heat the building in winter and cool it in summer, the release adds.

The project was designed by Perkins&Will Canada Corporation and was built by Aquicon Construction Company Ltd.

While site constraints were addressed during the design phase of the project, the timeline of the project had to be revised to address time lost due to labour disruptions and unforeseen soil conditions. It was originally scheduled to be completed in 2024.

DCN/MS

Crónica ao contrário: HUMOR COM REALIDADE

Paciência a zero, hormonas a mil e homens com TPM

Dizem por aí que a menopausa é um portal místico, uma espécie de promoção involuntária para o cargo de “Sacerdotisa da Sabedoria Hormonal”. Os jornais anunciam dicas, sintomas e previsões. Mas e o restante do batalhão? E as mulheres que ainda estão ali, firmes, menstruando com a pontualidade de um relógio suiço, e fazendo ainda correr “ribeiras de emoção”. Essas também merecem manchete. Porque a mulher que ainda menstrua faz parte de um clube secreto - não porque seja discreto, mas porque ninguém quer falar sobre ele antes do café da manhã. É um clube onde o humor varia mais que cotação do dólar ou do ouro.

Afinal, há toda uma coreografia mensal: Primeiro, a TPM chega a mandar recado tipo parente que avisa “tou passando aí rapidinho”. De repente, já está sentada no sofá, de chinelo, reclamando da vida e pedindo chocolate. Depois, vem o momento CSI – Investigação Criminal: qualquer dorzinha é examinada com a seriedade de quem está tentando decifrar hieróglifos. “Será cólica, gases, ou apenas a minha alma pedindo demissão?”

E quando finalmente chega o fluxo, a mulher se transforma numa engenheira qualificada em hidráulica, planeamento estratégico, previsão meteorológica e logística pesada. Enquanto isso, o jornal lá, falando da menopausa. “Ondas de calor”, “sono”, “mudança de humor”, “libertação das amarras menstruais”. Que maravilha e claro que tem razão querer ajudar. Mas, e as outras? As guerreiras que ainda convivem com um útero que tem mais personalidade do que muito deputado? Ou que convivem com a força que tem mais vigor do que um jogador do Sporting pronto a vencer mais um campeonato. Essas mulheres merecem medalha, feriado nacional e uma caixa de bombons com assinatura vitalícia. Porque a verdade é uma só: enquanto o mundo dis-

cute a menopausa, tem uma legião feminina vivendo o capítulo anterior com maestria, humor e uma paciência que deveria ser medida em megawatts.

E, cá entre nós… quando essas mulheres finalmente atravessarem o portal da tal sabedoria? Ah, vão entrar na menopausa com a classe de quem já encarou batalhas hormonais e saiu sorrindo (ou chorandomas com estilo).

E, em verdade, convenhamos: há homens nesta comunidade que, se tivessem um calendário hormonal, ele estaria marcado a vermelho de segunda a domingo, 24/7. Aquilo não é mau humor, é um eclipse lunar permanente. Estão sempre com o período menstrual. E a TPM dos homens não sei se existe, mas que anda tudo muito sensível, irritadiço e pronto a fazer intriga por causa de um emoji mal colocado, lá isso alguns andam.

Um diz “bom dia” e o outro responde como se tivesse acabado de receber uma multa de estacionamento. Outro lê um comentário neutro e age como se fosse uma crítica pessoal à árvore genealógica inteira. E depois nós é que temos de respirar fundo, alinhar os chakras e lembrar que não vale a pena discutir com alguém que claramente precisa de um snack, uma sesta, ou talvez um reset completo ao sistema operativo emocional. Enfim, já não há pachorra… mas olhem, pelo menos dá para rir, tipo uma comédia “masculina”.

Ainda há imensassssss mulheres prontas para a guerra e para a vida, com ou sem menopausa. Já os homens… bem, esses parecem estar em vias de extinção, em todos os sentidos. São campeões olímpicos do “medo” e mestres do “não assumir os próprios problemas de saúde”. As mulheres enfrentam tudo de frente; nós, homens, muitas vezes preferimos esconder-nos debaixo das saias delas… o que, no verão, diga-se de passagem, nos traz sérios riscos a um dos nossos sentidos mais preciosos: o olfacto.

As desculpas para o sexo (versão portuguesa)

Há quem diga que o português é um povo modesto. Discordo. Quando chega a hora de inventar desculpas para evitar o sexo, somos verdadeiros génios da imaginação (elas e eles) - poetas, dramaturgos, e às vezes até engenheiros mecânicos. Comecemos pela clássica, a rainha-mãe das desculpas: “Tenho uma dor de cabeça.” Em Portugal, esta desculpa tem estatuto de património nacional. Serve para tudo: para não discutir política, para não ir ao jantar de família, e claro, para escapar a momentos de intimidade.

A dor de cabeça portuguesa é tão versátil que já devia ser como o Fado, património nacional imaterial. Depois há as desculpas meteorológicas, que só funcionam realmente neste país: “Oh pá, está uma nortada terrível, não estou para isso agora”. A nortada! O vento! Como se o clima tivesse um botão específico chamado “desligar libido”. Seguimos para as desculpas fisiológicas, que variam entre o absurdo e o brilhante: “Comi demais ao jantar”. Esta é profundamente portuguesa, quase cultural. Porque sabemos como são os jantares portugueses: começam com sopa, acabam com sobremesa dupla e, entre uma coisa e outra, vivem 3 pães, 2 travessas e uma Tupperware de “leva mais, que sobrou”. Há também as desculpas tecnológicas, típicas dos tempos modernos: “Deixa-me só acabar esta série”. Claro. É sempre só este episódio. E depois mais um. E mais outro porque ficou parado. Quando damos por nós, o romance foi substituído por 6 episódios e um balde de pipocas.

Uma das minhas preferidas é a desculpa patriótica: “Amanhã acordo cedo”. Em Portugal, ou aqui, acordar cedo é argumento para tudo. É quase uma religião. Quem se levantar às 7h da manhã ganha automaticamente o direito de negar qualquer atividade humana depois das 22h. E finalmente, a mais artística de todas - a

desculpa que vive entre a esperança e a gestão de expectativas: “Hoje não dá, mas amanhã logo se vê”. É vago, é suave, e ao mesmo tempo não promete absolutamente nada. Um verdadeiro monumento à diplomacia portuguesa.

Com esta criatividade toda, não admira que sejamos bons a contar histórias. Nem sempre as vivemos… mas contá-las, isso ninguém nos tira. Atenção: entre sorrisos, quero dizer que as minhas crónicas não são sobre mim.

Diáspora à moda do Governo

É curioso, quase divertido, observar como os políticos açorianos falam da diáspora. Transformam-se em poetas de coração partido, mestres da lágrima ensaiada e do discurso choroso: “Ai, a saudade… ai, os nossos filhos espalhados pelo mundo…” Palavras tão dramáticas que até dá vontade de aplaudir, tirar selfies com bandeiras, e depois vender a história aos jornais como se fosse cinema. Broadway açoriana, versão política. Mas a realidade… ah, a realidade é outra história, bem menos romântica e muito mais cruel. Enquanto se enchem a boca de patriotismo sentimental, o novo plano e orçamento regional dos Açores decide cortar quase 40% dos apoios à diáspora. Quase metade do que servia para manter viva a ligação entre Açores e os Açorianos espalhados pelo mundo simplesmente desaparece.

O resultado? Uma diáspora cada vez mais desamparada, enquanto no palco o drama continua: lágrimas ensaiadas e discursos emocionados. Nos bastidores, porém, a tesouraria trabalha a sério: corta aqui, corta ali, e pronto, a saudade continua bonita, mas o suporte… esse, que se lixe. E no fundo, não é apenas uma questão de euros ou orçamentos. É uma questão de respeito, de coerência, de confiança. A diáspora percebe rápido: para os políticos açorianos, o que interessa é parecer emocionado, não cumprir compromissos.

De volta...

Ana Duarte marcou presença na quarta-feira, 26 de novembro, no programa Dois às 10, da TVI, para confirmar os últimos rumores a respeito da sua vida pessoal. A cantora, que fez parte do leque de participantes de Big Brother Verão, voltou para os braços do antigo namorado - Diogo Barosa. A relação de 10 anos tinha terminado pouco antes de Ana ter entrado no reality show da TVI e acabou por ser reatada pouco depois de a experiência ter terminado. Ana Duarte assumiu ter vivido "uma fase negra a nível profissional", que acabou por interferir na vida pessoal.

Inesperadamente e para surpresa até de grande parte da equipa do programa "Manhãs da Comercial", Nuno Markl entrou no ar na quarta-feira, 26 de novembro, na Rádio Comercial, para fazer uma edição única de "O Homem Que Mordeu o cão", em direto do Hospital Egas Moniz, onde se encontra internado a recuperar de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Estou vivo, estou bastante melhor. Estou a reaprender a fazer uma série de coisas, nomeadamente a andar. Estou focado. Estou a sentir a minha mão de volta e o meu braço esquerdo. O lado esquerdo do meu corpo meteu férias e tem estado a acordar aos poucos", disse ainda Markl. Nuno Markl, de 54 anos, recordou ainda como tudo aconteceu. "Quero começar por agradecer ao meu filho, mais uma vez. Porque se não fosse ele, eu não estaria aqui, foi um orgulho tudo aquilo que ele fez", notou, referindo-se ao facto de ter sido o filho Pedro, de 16 anos, quem ligou para o 112. Nuno Markl mostrou-se bastante emocionado com as muitas mensagens e gestos de amor que tem vindo a receber desde que foi hospitalizado, mas também focado na recuperação e no regresso ao trabalho. "Estou a fazer terapia da fala para rapidamente começar a fazer «O Homem Que Mordeu o Cão»", disse, mostrando-se de coração cheio com o momento que acabara de viver na rádio.

Mafalda, a filha mais nova de Diogo Jota e Rute Cardoso, completou na quarta-feira, 26 de novembro, um ano de vida. A data especial foi assinalada nas redes sociais pela viúva do jogador português. Rute Cardoso partilhou no Instagram diversas imagens que marcaram este primeiro ano da bebé, desde o dia em que Diogo Jota levou a filha para casa na saída da maternidade até a momentos de ternura com os dois irmãos mais velhos - Dinis e Duarte.

Dua Lipa mostrou-se encantada com a sua recente visita ao Brasil. A cantora anglo-albanesa esteve no país onde deu dois espetáculos, um a 15 de novembro em São Paulo e outro a 22 de novembro no Rio de Janeiro, e ficou rendida ao local e aos fãs brasileiros. Na sua página de Instagram, a artista foi partilhando os momentos vividos no país e confessou que já se sente "carioca". De passagem pelo Rio de Janeiro, no âmbito da tour "Radical Optimism Tour", que promove o seu terceiro álbum de estúdio, "Radical Optimism", a cantora, de 30 anos, aproveitou da melhor forma a praia, o sol e as vistas deslumbrantes da cidade.

Os pai de Dylan recorreram às redes sociais para tornarem público que os negócios da família estão a sofrer ataques serrados dos fãs do Secret Story e a serem prejudicados pela participação do jovem no reality show. Os pais de Dylan são proprietários do Auto Santoinho, um stand e oficina multimarcas, do restaurante Beira Rio, na praia da Argaçosa, Viana do Castelo. Negócios que estão a ser inundados de comentários e críticas negativas nas plataformas digitais, tudo por causa da prestação do jovem no reality show da TVI. "Vimos desta forma lamentar este tipo de situações, consideramos absolutamente lamentável e injusto que a reputação de um negócio familiar seja colocada em causa devido à participação de um concorrente num programa de televisão", pode ler-se num comunicado partilhado na quarta-feira, 26 de novembro. "Trabalhamos todos os dias para sermos melhores, temos negócios e muita gente que depende desses negócios, não queremos de forma alguma que tentem manchar uma reputação que demorou anos a ser construída. Apelamos assim ao bom senso das pessoas e que não compactuam com este tipo de atitudes. Temos por princípio respeitar todas as opiniões construtivas que nos ajudem a melhorar", pode ainda ler-se na referida nota.

Francisco Pinto Balsemão morreu a 21 de outubro de 2025 e deixou para trás um enorme legado no país ou não tivesse sido um dos grandes nomes da democracia. O antigo primeiro-ministro tinha 88 anos e ao longo da sua carreira deu cartas também como empresário tendo fundado o grupo Impresa, um dos mais importantes grupos de media portugueses. Ao longo de várias décadas acumulou (e herdou) também um grande património. Segundo a revista Sábado, Balsemão declarou ao Constitucional cerca de 36 milhões de euros em dinheiro e aplicações. De acordo com a mesma revista, Balsemão assinou o seu último testamento a 6 de fevereiro de 2020 e nele constam as decisões finais sobre o destino do seu património. E é aqui que está a grande surpresa. O ex-primeiro ministro deixou milhares de euros a funcionários. Segundo a publicação, o antigo primeiro-ministro decidiu atribuir mais de 100 mil euros a alguém que foi mais que colaborador, foi um verdadeiro amigo ao longo de mais de três décadas. José Sousa, o seu motorista irá receber cerca de 116 mil euros. "O Doutor Balsemão não era só um patrão, era um amigo. É difícil, há muitas histórias que ficam aqui no carro, ficam aqui para perdurar ao longo da minha vida. Ficam muitas recordações, muitos almoços, muitos jantares", disse José Sousa emocionado.

Surpresa na herança
Credito:

artesonora

60 anos de arte e vida de António Sala

No coração da Bairrada, no cine-teatro Messias, decorreu uma conversa emotiva com António Sala, o icónico comunicador e artista português, a propósito do seu mais recente espetáculo, António Sala - O Comunicador. Esta produção não é apenas uma retrospectiva, mas uma celebração da sua vida e dos seus 60 anos de carreira, marcada por rádio, televisão, e uma profunda ligação com o público. António Sala, começou com uma confissão: a ideia do espetáculo surgiu por acaso. “Eu tenho assinalado a partir dos 20 anos, eu acho que é uma dádiva, o tempo, o tempo que Deus nos dá. E, portanto, de 10 em 10 anos eu tenho celebrado sempre… comecei com os 20 anos, 30 anos de carreira, 40 anos, 50 anos,” explicou Sala. Já tendo feito lançamentos de discos, livros e vários tipos de apresentações, a questão que se impôs para a marca dos 60 anos foi: “O que é que se vai fazer desta vez?”

Aresposta materializou-se num espetáculo que procura reviver, década a década, a história de António Sala e, simultaneamente, acompanhar a evolução da sociedade portuguesa. “Pensei, por quê não, um espetáculo onde eu pudesse reviver as décadas todas que passaram, no fundo, a minha história, e como o mundo muda constantemente, e de década para década as coisas vão sendo diferentes, acompanhar também aquilo que foi o mudar do nosso país. O nosso país há 60 anos era muito diferente, há 50 também, há 40,” referiu. O espetáculo torna-se, assim, uma “viagem no tempo”, onde se revivem canções, programas de rádio e de televisão, e se recorda o contexto musical e mediático de cada época.

Um dos aspetos mais tocantes e inovadores da peça é a presença de João Mesquita, um jovem pianista, que interpreta “o Salinha pequenino”, ou seja, o António Sala na sua infância. “Ele faz de Sala, de António Sala, que era o Toninho, exatamente aqui nesta região [Vila Nova de Monsarros] e depois na ida para Lisboa,” explicou o artista. João Mesquita, com apenas 11 anos, é descrito como um “jovem cheio de talento” que toca piano desde os 5 anos e começou a ter aulas de música aos 6. A reação do público a esta viagem é diferente. Para os mais novos, o espetáculo é uma “descoberta” de figuras e de um Portugal que não conheceram; para os mais velhos, é um regresso nostálgico; para João Mesquita, participar no espetáculo é uma “experiência muito produtiva, muito gira, muito emocionante e também [como] uma aprendizagem,” especialmente por ele ser do século XXI e o espetáculo o confrontar com realidades que não viveu diretamente, como a rádio e a televisão dos anos 60 e 70.

A emoção de ver João a representá-lo é inegável para Sala: “É emocionante. Este espetáculo tem coisas para rir, tem momentos que são muito engraçados, recordam-se coisas que muitos dos portugueses que nos estão a ler no Canadá, quando foram daqui de Portugal, se hão de lembrar: o programa da manhã, o jogo da mala, programas de televisão tantos que eu fiz”.

A longa carreira de António Sala permite-lhe traçar um paralelo entre os diferentes meios de comunicação que dominou. A grande diferença entre o estúdio e o palco, onde se celebram os 60 anos de carreira, é o risco. “Eu gosto mais de rádio que tudo. O rádio é fantástico. E rádio tem uma certa magia. As pessoas podem sonhar, as pes-

soas com as vozes, com os silêncios, com a música, imaginam o que quiserem,” afirmou Sala. A rádio é o reino da imaginação. A televisão é mais “realista”, mas o palco é um “risco total”, sem rede. “Aqui a meia dúzia de metros de nós, logo a seguir ao palco, temos as pessoas sentadas e temos as pessoas que vieram para viver e para apreciar um espetáculo. Portanto, nós estamos permanentemente a correr riscos. Podemos falhar, podemo-nos enganar, as coisas podem correr bem,” descreveu. Essa adrenalina, esse nervo que antecede cada espetáculo, é transversal a todas as profissões, mas no palco atinge o seu auge.

O artista confessa que não janta antes das atuações e que, ao começar, as mãos estão “geladas” e suadas. Contudo, é também aí que reside a satisfação, no momento em que a confiança cresce e o espetáculo termina com o êxito e o apreço do público. A conversa abordou as transformações da comunicação na era digital e o impacto na relação entre o artista e o público. “Eu acho que nós evoluímos muito sob o ponto de vista técnico. Sob o ponto de vista tecnológico as coisas avançaram de uma maneira extraordinária,” reconheceu Sala. No entanto, ele sente que as novas formas de comunicação “esfriaram um bocadinho a boa relação e o afeto entre as pessoas.” Antigamente, havia uma proximidade maior. Os ouvintes sabiam o nome de quem fazia o programa. Hoje, os jovens ouvem diariamente um programa de rádio e, muitas vezes, não sabem sequer o nome do locutor. “Gosto muito de ouvir, ouço todos os dias, não sei sequer o nome da pessoa. Algo está errado,” lamentou, defendendo que é preciso corrigir este arrefecimento na relação. “Sim a todos os

avanços tecnológicos, mas não pode desaparecer o sentido humano das coisas”. O comunicador também abordou a questão da efemeridade e da velocidade. A música tornou-se “mastiga e deita-se fora”. Antes, um álbum durava anos; hoje, mal é lançado, a pergunta seguinte é sobre o que virá a seguir. Outro ponto crucial é o impacto das playlists, que se tornaram “rainhas e reis disto tudo”. Sala defende que, embora haja espaço para as playlists, deve haver também espaço para o “desenho do autor”, para a rádio de autor, onde o locutor assina o seu programa com a sua cultura, sensibilidade e gosto musical. “O locutor entra na cabine e tem uma playlist já toda montada,” criticou. Ele recorda o caso de um locutor que, após um belíssimo quarto de hora a falar sobre Amália Rodrigues com um ouvinte, encerrou a conversa com “vamos ouvir os U2” – um claro sinal de que a playlist se impôs sobre o conteúdo emocional e temático do momento.

Na rádio de António Sala, a seguir a um segmento sobre Amália, ouvir-se-ia Amália. Na rádio, “o silêncio também é um som, é o som do nada, do espaço,” enfatizou Sala. E esse silêncio, quando bem usado, tem uma força tremenda, especialmente em momentos dramáticos. “Fiquei sem palavras”, diz a frase feita, que é o mesmo que ficar em silêncio. O comunicador recordou o teatro radiofónico, onde a pausa dramática criava a tensão necessária. Um ator que pergunta a uma mulher se ela quer casar com ele, seguido de um silêncio, era muito mais impactante do que se a resposta fosse imediata. “Portanto, o silêncio é muito importante e faz parte do respirar normal” da comunicação. Questionado sobre que conselho daria a um jovem como João Mesquita, se ele quisesse ser comunicador, António Sala foi categórico: em primeiro lugar, “que estudasse, que tecnicamente se aperfeiçoasse, que ganhasse conhecimento e que ganhasse toda a teoria que fosse necessária para exercer essa profissão”. Mas, o conhecimento não pode ser padronizado. O segredo é “adaptá-lo a ele e ele ser aquilo que ele é, traduzir a sua forma de ser, de comunicar”. A autenticidade é o que o distingue. “Ninguém é substituível, mas há uma coisa que nós temos: ninguém é imitável,” sentenciou. Ele lamenta o facto de muitos colegas seus, que são agradáveis e naturais no dia-a-dia, se transformarem e adotarem uma voz artificial e plástica quando o microfone é ligado. O espetáculo António Sala - O Comunicador, inicialmente previsto para durar um ano, vai agora no segundo e terminará no Natal, sendo também gravado para transmissão televisiva. António Sala, o homem da rádio que vendia a alma, e o da televisão que vendia a cara, continua a ser um comunicador ímpar, um artista que sabe valorizar a emoção e o respeito pelo seu público, e um homem que se emociona ao revisitar as suas memórias em palco, ladeado pelo talento promissor de um jovem "Salinha".

aos sábados 7h30 às 9h00 aos domingos 10 da manhã

Credito: DR

Palavras cruzadas

1.Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

2.Empregar as mãos no uso de; mover com as mãos

3.Ir ou conduzir (alguém ou um animal) a algum lugar, para (se) entreter ou exercitar

4.Trazer à memória; recordar

5.Mostrar ou manifestar gratidão, render graças; reconhecer

6.Pôr para trás, fazer recuar; retrasar

7.Mergulhar ou banhar em qualquer líquido

8.Não aprovar; recusar algo

Jogo das 10 diferenças

9.Ter parte em; partilhar

10. Precipitar-se a chuva sobre a terra 11.Entregar em troca; permutar 12. Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo 13. Fazer ficar ou ficar gordo; tornar(-se) gordo

14. Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

15. Descansar em estado de sono

A Y Y O P G A M U N D O M D

ESTUDANTE UNIVERSIDADE GOVERNO IMPACTO SEMANA DIMINUIR FALAR INTERNACIONAL FEDERAL PROVINCIAL MUNDO ATUAL SEMANAL

EMITIR

CANADIANOS

Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

Ingredientes

• 500grs de batatas descascadas

• 300 grs de cenouras descascadas

• 200 grs de abobora descascadas

• 100 grs de espinafres

• 2 dentes de alho

• 1 cebola grande

• 1 alho francés

• 50 ml de azeite

• Sal q.b

Modo de preparação

Num tacho colocar as batatas, as cenouras, e a abóboras-meninas cortadas em cubos. Adicionar os dentes de alho, a cebola cortada e o alho- francês em pedaços. Cobrir com água e levar ao lume durante cerca de 35 minutos. Quando os legumes estiverem cozidos retirar do lume. Adicionar o azeite o sal a gosto. Triturar com a varinha magica até obter um creme homogêneo. Levar novamente ao lume brando adicionar as folhas de espinafre e deixar cozinhar mais 5 a 8 minutos. Retificar os temperos se necessário. Servir quente.

Caça palavras
Culinária por Rosa Bandeira

OLHAR COM OLHOS DE VER

Entrance or Exit? Créditos: Fa Azevedo
Sem legendas. Créditos: David Ganhão
Sunset. Créditos: Tim Wilson
Dois num. Créditos: David Ganhão

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Os seus bens materiais serão fortemente defendidos e protegidos nesta fase, mesmo que para isso tenha que entrar em litígios. Não receie, pois, a sua grande capacidade de argumentação vai favorecer a sua expansão financeira. A introspeção e reflexão sobre assuntos como o psiquismo e a vida para além da morte, poderão ocorrer.

TOURO 21/04 A 20/05

Com o Sol na sua Casa VIII poderá ter um conflito com alguém próximo. Tente conhecer e perceber melhor a pessoa com quem tem esse problema mesmo achando que tem razão. Aproveite bem os conselhos de outra pessoa amiga alheia a esse conflito. Período em que poderá ter de resolver assuntos antigos relacionados com a lei.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Sente neste momento que consegue trabalhar de forma mais rentável, eficiente e ordenada. Poderá ter de fazer pequenas viagens no âmbito da sua profissão que lhe irão trazer benefícios a curto ou longo prazo. É possível que se sinta nesta altura insatisfeito sem saber o porquê e com os nervos mais à flor da pele.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Nesta fase poderá sentir a sua saúde um pouco debilitada podendo ocorrer estados febris devido a pequenas inflamações no aparelho respiratório. O sistema nervoso também poderá estar mais tenso e ter mudanças repentinas de humor. Tenha atenção a situações que possam provocar acidentes. Veja onde põe os pés.

LEÃO 22/07 A 22/08

O seu lado romântico está exaltado e não hesitará em tomar iniciativas para alcançar os seus desejos. Esta não é altura de inibições, procure tirar o máximo de prazer nos seus encontros, cimentando as relações que já possui. Pequenos conflitos poderão ocorrer com os seus filhos, saia e divirta-se com eles.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Durante este período sentirá maior facilidade em resolver os pequenos problemas ou atritos do dia-a-dia, uma vez que dispõe agora da capacidade de tornar leve e simpático o ambiente envolvente. Em termos afetivos, pode ser boa ideia comunicar finalmente os seus sentimentos àquela pessoa especial.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Nesta semana você irá expressarse de forma lógica e criativa, o que lhe trará discernimento e capacidade para chegar a acordo com os outros. Fase ótima para expor os seus pontos de vista, pois a sua excelente capacidade comunicativa irá fazer com que os outros aceitem as suas ideias e sigam os seus ideais.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Como a Casa II é a área referente às posses e aos bens materiais, é provável que nesta fase a sua atenção esteja aí concentrada. É, pois, a altura propícia para pôr em prática um plano que o possa favorecer materialmente no futuro. Contudo, procure evitar qualquer forma de exibicionismo e tente ser mais natural.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Nesta semana poderá sentir-se bem a ajudar os outros, mas faça-o com um verdadeiro espírito de entrega e devoção, não se arme em mártir nem imponha a sua presença, pois não obterá compreensão por parte de quem está a ajudar. A verdadeira recompensa é espiritual e a satisfação advirá do facto de ter cumprido o seu dever.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Saia de casa, divirta-se! Neste momento a solidão não é boa conselheira. Procure a companhia dos seus amigos, integre-se em grupos ou participe em atividades coletivas. Prepare-se, pois é possível que durante o atual trânsito de Mercúrio aconteçam-lhe coisas imprevistas e excitantes, que afastem a rotina.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

É para a sua carreira que, nesta altura, a sua atenção vai estar voltada. Procurará avidamente o sucesso nessa área. É um período em que deseja trazer perfeição, rigor e criatividade para a sua carreira profissional. Vai tentar fugir da rotina criando projetos e novo modo de vida.

PEIXES 20/02 A 20/03

Nesta altura terá necessidade de se sentir com os pés bem assentes na terra, antes de se lançar em qualquer empreendimento de ordem profissional, pois sentirá que tudo são restrições e contrariedades. Procure trabalhar a um ritmo certo e constante, mas não se preocupe, pois, a sua capacidade de trabalho não será posta em causa.

Soluções

Classificados

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Agenda comunitária

29 de Novembro

PCCM

Gala dos 51 anos

53 Queen St. N, Mississauga, a partir das 18h. Reservas e Informações: 905-286-1311 / secretary@pccmississauga.ca

Casa das Beiras Matança de Porco

115 Ronald Avenue, Toronto, a partir das 19h. Reservas e Informações: 416-604-1125

OBITUARY

Apartamento para arrendar na żona da Davenport e Dovercourt. Com 2 quartos e acesso a lavandaria. Contatar 416-427-4703

Apartamento num basement para alugar. Super acolhedor com 2 quartos, cozinha e sala em comum, casa de banho e lavandaria a moedas. Acesso a quintal Lawrence e Dufferin. Contatar 416-991-7164

Quarto para alugar com internet e laundry. Área da St. Clair & Lansdowne. Entrada privada. Contatar: 647-938-6367.

Um apartamento com 1 quarto, cozinha, sala e casa de banho e com lavandaria. Estacionamento disponível. Na zona da Weston Road and Eglinton. Contato por telefone 416-531-4045 ou pode mandar mensagem.

Aluga-se apartamento na cave na zona da Rogers e Old Weston Road. Com cozinha, sala ampla, 1 quarto, lavandaria e aspiração central, em ótimas condições. Contactar 416-473-6460 ou 647-406-2994

Para publicar um classificado, ligue para 416-900-6692 ou envie e-mail para info@mileniostadium.com

Festival de Comédia “Rir faz bem”

LiUNA! LOCAL 183 - 1263 Wilson Ave, a partir das 19h. Reservas e Informações: 416-358-9477

30 de Novembro

Casa dos Açores do Ontário Almoço/Festa de Natal 1136 College St, a partir das 17h, c/ Jessica Amaro. Reservas e Informações: 416-953 5960

Mr. Antonio Domingues

November 24, 2025

Predeceased by his beloved wife, Maria Domingues. Survived by his children, Edward and Ana, and his granddaughters Clarita, Mikayla, and Marissa. He will always be missed and loved by his family and friends.

Visitation

Sunday, November 30, 2025

2 to 4 and 6 to 8 p.m.

Cardinal Funeral Homes Bathurst 366 Bathurst St., Toronto

Funeral Mass

Monday, December 1, 2025

10:00am

St. Anthony’s Catholic Church 1041 Bloor St. W. Toronto

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