MILÉNIO STADIUM 1762 - 12 DE SETEMBRO

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Humanização dos Animais

CManuel DaCosta Editorial

O papel dos animais nas nossas vidas diárias está a aumentar todos os anos e parece coincidir com o aumento da incidência de problemas de saúde mental, em particular a solidão e a falta de companhia humana. A presença cada vez maior de animais a passear nas nossas ruas, sobretudo cães, é um reflexo da necessidade que muitos têm de estabelecer uma ligação com um animal, que preencha carências ausentes nas suas vidas no seio da diáspora humana.

omo já foi referido, a sociedade está a tornar-se mais solitária em idades cada vez mais precoces, ao contrário da perceção de que esta condição afetava sobretudo gerações mais velhas. Hoje, verifica-se uma inversão: os problemas de saúde mental estão a afetar cada vez mais os mais jovens, fenómeno que se propagou ainda mais desde os anos da Covid. Esta condição parece atingir mais as mulheres do que os homens, mas a explicação para tal exigiria uma análise profunda dos anos em que os movimentos anti-homens influenciaram relações. A solidão, a depressão e a ansiedade têm de ser combatidas com elementos positivos nas nossas vidas, e os animais parecem preencher esse vazio que, se não for colmatado, pode ter consequências desastrosas. Mas até que ponto devemos ir ao integrar os animais numa “família”, onde muitos lhes atribuem direitos iguais aos de qualquer membro humano do lar? Recentemente, a cidade de Nova Iorque aprovou uma lei que concedeu

direitos aos cães, equiparando-os aos dos humanos. Na minha perspetiva, isso é levar os direitos dos animais longe de mais, colocando a “tribo dos quatro patas” em pé de igualdade com os humanos. Terão os animais evoluído em capacidade intelectual ao ponto de se igualarem aos humanos? Alguns sugerem que os animais são superiores, mas eu considero essa teoria mais um desejo do que uma realidade. Pode ainda teorizar-se que os humanos inclinados a colocar os animais ao nível dos antropoides bípedes carecem de uma certa objetividade, tal como uma pessoa cega que só consegue ver sombras e, por isso, perde parte da perceção da realidade. Isto não significa que um animal não deva fazer parte da vida humana, porque muitas vezes o mundo parece esmagador e solitário, e o animal oferece uma lealdade que funciona como um elo de ligação de volta a uma vida com significado e conexão.

O impacto positivo que um cão pode ter na vida de algumas pessoas é imenso,

mas o investimento numa vida equilibrada é incalculável e essa relação pode deslocar-se para outra esfera, à medida que a dependência do animal em relação a si se aprofunda. Eu não sou uma “pessoa de animais”, mas consigo amar os animais. Não tenho nem o tempo, nem a energia para cuidar de um diariamente, nem desejo compará-los a humanos. A associação entre problemas de saúde mental e a inclusão de animais como “cura” nunca me impressionou ao observar os donos de cães. Já testemunhei cuidadores de cães serem abusivos e sem a personalidade adequada para possuir um animal.

O abuso animal é generalizado por parte de donos que descarregam as suas frustrações em animais indefesos. Se não tem tempo para cuidar de um animal, não o adote. Pelo lado positivo, às vezes gostava de ser um cão, sobretudo se fosse tratado como aquele que melhor conheço.

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Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

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O valor do companheirismo

Como os animais

Os animais de estimação ocupam um lugar especial nas nossas vidas, muito além da simples companhia diária. Para muitos, tornam-se membros da família, estabelecendo laços emocionais profundos que influenciam o bem-estar, a rotina e até a saúde mental dos tutores. Em entrevista ao nosso jornal, a psicóloga clínica Liliana Canelas, especialista em psico-oncologia, fala sobre os efeitos positivos do convívio com animais, os riscos do apego excessivo, a humanização dos pets, os desafios financeiros associados à sua manutenção e as consequências do abandono. Através da sua experiência pessoal com Lucky, o seu Labrador Retriever sénior, Liliana mostra como a relação entre humanos e animais exige responsabilidade, empatia e compromisso, reforçando que o amor pelos animais deve caminhar sempre lado a lado com cuidados conscientes e respeito pelas suas necessidades.

Afetos e vínculos emocionais com animais de estimação

Em entrevista ao nosso jornal, a psicóloga Liliana Canelas explica que a presença de um animal pode reduzir stress, ansiedade e solidão, incentivar hábitos saudáveis e melhorar o humor. “A interação com os animais liberta ocitocina, a ‘hormona do amor’, que influencia comportamento e fisiologia”, acrescenta.

Cuidar de um animal também proporciona sentido e rotina no dia a dia, especialmente para quem se sente sem motivação. Contudo, Liliana alerta para os riscos de apego excessivo: “Quando a ligação emocional se torna desadaptativa, pode afastar o tutor de amigos, familiares e atividades sociais, aumentando o risco de depressão.” A especialista conclui que é essencial reconhecer quando o apego ao animal começa a pre-

transformam vidas

Animais em testes científicos: um debate ético que divide

A utilização de animais como cobaias em experiências científicas tem trazido, ao longo dos anos, benefícios significativos para a vida humana, especialmente na área da saúde. No entanto, esta prática continua a gerar polémica, devido ao sofrimento a que os animais são submetidos.

Em conversa com Liliana Canelas, especialista também em ética animal, percebe-se que a sociedade se encontra claramente dividida. "Por um lado, temos aqueles que amam os animais incondicionalmente, respeitando-os enquanto seres vivos e exigindo que sejam tratados com dignidade. Por outro, há quem considere que os animais existem apenas para servir o Homem", explica.

A questão ética e moral relacionada com o uso de animais em experiências científicas divide opiniões desde o início desta prática. Liliana Canelas salienta que estes conflitos têm-se intensificado com o maior acesso à informação sobre o tratamento dos animais: "Cada vez mais pessoas sentem empatia pelos animais, o que gera sensações de injustiça, revolta e impotência altamente significativas."

Segundo a especialista, este debate tem ganho cada vez mais espaço na sociedade, tornando-se um tema central de discussão e reflexão: "As discussões sobre este assunto conquistaram notoriedade e, hoje, é impossível ignorar a necessidade de ponderarmos cuidadosamente os direitos dos animais face aos benefícios para a ciência."

judicar relações e hábitos de socialização, equilibrando o amor pelos pets com a vida social e emocional saudável.

Humanização dos animais domésticos: afeto que pode ter consequências

A humanização dos animais domésticos é atualmente um tema amplamente discutido. Nos dias de hoje, a interação entre humanos e seus animais de estimação difere significativamente daquela observada em gerações anteriores. Segundo Liliana Canelas, psicóloga, a relação que estabelecemos com os nossos animais tornou-se muito próxima, baseada em valores como compromisso, respeito, atenção às suas necessidades, garantia de dignidade nas condições em que vivem e cuidados prestados, além de uma profunda gratidão por se mostrarem verdadeiros companheiros. “Como consequência desta ligação, existem vários benefícios psicológicos para os humanos, incluindo melhora do bem-estar emocional e redução de sentimentos de solidão”, explica a especialista. No entanto, Liliana Canelas alerta que este vínculo emocional intenso também pode ser prejudicial, não apenas para os tutores, mas para os próprios animais. “Quando se dá prioridade a comportamentos humanos - como vestir o animal ou mimá-lo constantemente - em detrimento das suas necessidades instintivas, podem surgir problemas comportamentais. Animais nessa situação podem desenvolver agressividade, ansiedade ou até depressão”, esclarece.

A psicóloga reforça a importância de equilibrar carinho e humanização com respeito às necessidades naturais dos animais. Permitir que eles realizem atividades instintivas, como explorar, brincar e exercitar-se, é fundamental para a sua saúde física e mental.

Custos de manutenção de animais de estimação: um desafio que afeta a Saúde Mental

Ter um animal de estimação é, para muitos, fonte de alegria e companhia. Mas as dificuldades financeiras associadas à sua manutenção podem transformar esta experiência num verdadeiro desafio, causando stress, ansiedade e sentimentos de culpa nos tutores. Liliana Canelas explica: "Quando surgem despesas médicas inesperadas ou quando não é possível garantir os cuidados necessários ao animal, os tutores sentem uma sensação de impotência e frustração.

O medo de perder o animal afeta diretamente a saúde mental e pode comprometer o vínculo emocional, que normalmente é positivo, mas que nestas circunstâncias se transforma numa fonte de angústia, tristeza e sofrimento devastadores." Para Liliana, a decisão de adotar ou ter um animal de estimação deve ser tomada com responsabilidade e consciência. "É fundamental ponderar não apenas o apoio emocional que o animal pode trazer, mas também a disponibilidade financeira para cobrir necessidades inesperadas ao longo do tempo. O compromisso com um animal implica estar preparado para lidar com imprevistos, garantindo-lhe bem-estar e segurança", sublinha. O alerta da especialista reforça a importância de uma reflexão cuidadosa antes de assumir a responsabilidade por um animal, lembrando que o amor e a companhia que ele oferece devem vir acompanhados de compromisso e condições adequadas para o seu cuidado. Abandono de animais: consequências sociais e emocionais

O abandono de animais é um problema social grave, com impactos profundos tanto para os animais quanto para os seres humanos envolvidos. Os traumas causados nos animais vão além do físico, atingindo o psicológico: ansiedade, depressão, medo, des-

confiança e dificuldade em criar laços de segurança são consequências frequentemente ignoradas por uma parte da sociedade. No caso dos tutores, esta decisão pode gerar culpa, arrependimento e remorso, criando, em alguns casos, um ciclo de desresponsabilização ou negligência. Muitas vezes, estes comportamentos estão ligados a problemas de saúde mental do próprio tutor. Para a comunidade, o abandono de animais provoca sentimentos de revolta, tristeza, ansiedade e impotência. Situações como o aumento de matilhas em determinadas áreas, riscos de ataques motivados pelo instinto de sobrevivência, acidentes e disseminação de doenças são apenas algumas das consequências que podem afetar diretamente a população. Profissionais e voluntários que testemunham o sofrimento dos animais também sofrem emocionalmente, nutrindo um enorme sentimento de compaixão e esforçando-se para garantir cuidados básicos ou a recolocação dos animais em lares responsáveis. Liliana Canelas defende que a educação sobre responsabilidade na posse de animais, a promoção da adoção responsável e a implementação de políticas públicas eficazes são passos essenciais para assegurar um futuro melhor para os animais. “Compreender e abordar estas questões é um ato de empatia e responsabilidade cívica, com impacto positivo nos nossos lares e na sociedade”, afirma. A psicóloga alerta ainda que motivos como “cresceu muito”, “faz muitas asneiras”, “estava doente”, “não se dá bem com crianças ou desconhecidos” ou “faço alergia ao pelo” não podem justificar o abandono de um animal. Muitas destas questões podem ser avaliadas antes da adoção, por exemplo, através de visitas a canis, associações ou questionando familiares e amigos sobre os cuidados necessários. Decisões conscientes evitam sofrimento emocional tanto para o tutor quanto para o animal. Liliana partilha a sua experiência pessoal com Lucky, seu Labrador Retriever sénior: “É um membro da família desde o primeiro dia e assim será até ao seu último dia. É um companheiro incrível! Nunca conseguirei retribuir todo o amor que me oferece diariamente, nem o cuidado que demonstrou enquanto me acompanhava nos tratamentos de quimioterapia. A sortuda sou eu!” O exemplo de Liliana e Lucky reforça a importância da responsabilidade, do compromisso e do amor incondicional na relação entre humanos e animais de estimação.

RMA/MS

Liliana Canelas com Lucky. Créditos: DR

Companhia, vínculo e desafios

A influência dos animais no bem-estar humano

A relação entre seres humanos e animais de estimação vai muito além do simples convívio diário. Ela envolve afetos, vínculos emocionais profundos e, muitas vezes, um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar psicológico das pessoas. No entanto, esse laço também levanta questões complexas: até que ponto a humanização dos animais pode ser benéfica e em que momento ela passa a se tornar prejudicial? Como lidar com dilemas éticos, como o uso de animais em pesquisas científicas? E de que forma aspectos práticos, como os custos de manutenção e os casos de abandono, influenciam emocionalmente os tutores e a sociedade?

Para refletir sobre essas questões, contamos com a participação de Angela Masuzzo, psicoterapeuta, que nesta edição nos traz sua visão profissional sobre os benefícios, desafios e consequências psicológicas dessa relação tão especial entre humanos e seus animais de companhia.

Milénio Stadium: Até que ponto a humanização de animais domésticos pode ser positiva para o bem-estar psicológico das pessoas e quando pode se tornar prejudicial?

Angela Masuzzo: A humanização dos animais é um assunto complexo que pode trazer benefícios, mas também pode tornar-se prejudicial às pessoas. Ter todo o cuidado e carinho especial com o animal de estimação é o ideal e é muito saudável para ele, além de trazer inúmeros benefícios psicológicos ao tutor, como companhia, redução do stress e da ansiedade, melhoria do humor e, em alguns casos, até a regulação da pressão arterial. Para além disso, a presença do animal pode favorecer a interação social e proporcionar uma sensação de segurança e conforto emocional. O cuidado atento promove uma ligação profunda entre humano e animal, fortalecendo o vínculo afetivo. No entanto, quando a humanização é excessiva, pode gerar efeitos negativos, tanto para o animal como para o tutor. O animal pode ter as suas necessidades naturais e biológicas negligenciadas, o

que pode levar a problemas de saúde física e comportamental. Por outro lado, o tutor pode desenvolver expectativas irrealistas sobre o comportamento do animal, o que pode gerar frustração ou ansiedade. Assim, o equilíbrio é fundamental: oferecer amor e atenção sem comprometer a natureza e o bem-estar do animal.

MS: Quais fatores explicam a intensidade dos vínculos emocionais entre humanos e seus animais de estimação?

AM: Os afetos e os vínculos emocionais são bastante significativos para a saúde mental e física das pessoas. Já foram comprovados os benefícios na redução do stress, da depressão, da ansiedade e da solidão. Outro fator importante é o vínculo emocional que o animal de estimação oferece, servindo como suporte emocional e, em alguns casos, físico também, como no caso dos animais de serviço. Os animais promovem uma ligação profunda que ajuda na regulação emocional da pessoa através da sua companhia, conforto, criação de uma rotina diária, treino, brincadeiras, afeição e carinho. O facto de a pessoa ter de sair de casa para levar o seu animal de estimação a passeios diários e satisfazer as suas necessidades físicas promove a socialização, tornando a pessoa mais ativa, conhecendo outras pessoas da vizinhança e até criando novas amizades.

MS: Como a sociedade lida psicologicamente com o dilema ético do uso de animais em pesquisas científicas?

AM: A opinião pública sobre este tema é bastante diversa e trata-se de uma questão polémica. As posições dividem-se entre a valorização dos benefícios médicos e a preocupação ética com o bem-estar dos animais. Alguns defendem que o uso de animais é essencial para o desenvolvimento e o progresso da medicina, argumentando que muitos avanços científicos não seriam possíveis sem esses estudos. Outros, porém, posicionam-se de forma contrária e sublinham o sofrimento a que os animais são sujeitos, considerando inaceitável a sua utilização em experiências. Assim, a sociedade lida psico-

logicamente com este dilema através de um constante confronto entre a necessidade de progresso científico e os princípios de compaixão e respeito pelos direitos dos animais.

MS: De que maneira as dificuldades financeiras associadas à manutenção de animais domésticos podem impactar a saúde mental de seus tutores?

AM: Sabemos que cuidar de um animal envolve gastos, por vezes bastante elevados. É um compromisso para o qual a pessoa deve estar bem esclarecida e conscientemente disposta a assumir. Aqui em Ontário, por exemplo, o custo de uma visita de rotina ao veterinário é elevado, especialmente quando o animal necessita de cuidados médicos inesperados ou sofre de um problema de saúde que exige tratamentos mais complexos. Quando a pessoa não dispõe de recursos financeiros suficientes, isso pode gerar um grande impacto emocional, uma vez que o animal de estimação é muitas vezes considerado um verdadeiro membro da família. Em alguns casos, as dificuldades económicas podem levar o tutor a tomar decisões extremamente difíceis, como abdicar de determinados tratamentos ou até ponderar entregar o animal, o que causa sofrimento e sentimentos de culpa. Para reduzir esse peso financeiro e emocional, é recomendável explorar soluções como seguros de saúde para animais (“Pet Insurance”), que podem ajudar a amenizar os custos em situações de emergência veterinária.

MS: Quais são os efeitos psicológicos do abandono de animais tanto para os tutores que abandonam quanto para a comunidade que presencia esses casos?

AM: O abandono de animais tem consequências sociais muito significativas, provocando uma sobrelotação nos abrigos e aumentando os riscos para a saúde pública e para os próprios animais, que ficam desprotegidos e sem os devidos cuidados. Existe também a dimensão ética, uma vez que o abandono representa a violação da responsabilidade do tutor para com o seu animal, comprometendo os valores de empatia e respeito pelos seres vivos.

Em alguns casos, as pessoas, por motivos pessoais, de saúde ou financeiros, veem-se obrigadas a desfazer-se do seu animal de estimação. Trata-se de um processo doloroso para ambos, que pode causar tristeza profunda, sentimentos de culpa, conflito interno e até confusão mental. Estes sentimentos podem persistir por longos períodos, afetando o bem-estar psicológico do tutor. Para a comunidade, presenciar situações de abandono desperta indignação, revolta e também sentimentos de impotência perante o sofrimento animal, gerando debates sobre responsabilidade social e ética.

O abandono é, acima de tudo, um ato cruel que coloca em risco não só o bem-estar do animal, mas também a harmonia social. Sempre é aconselhável procurar a melhor solução possível, como a entrega responsável em associações ou programas de adoção, de modo a garantir segurança e bem-estar ao animal. Para o tutor, estas alternativas podem atenuar a dor da separação, tornar menos pesada a difícil decisão e promover a sensação de que fez tudo ao seu alcance para proteger e cuidar do seu animal.

RMA/MS

Angela Masuzzo. Créditos; DR.
Credito: DR
A humanização dos animais de estimação
De companhia a membros da família

Nos últimos anos, a relação entre humanos e animais de estimação sofreu uma transformação profunda. Cães e gatos, outrora vistos sobretudo como guardiões de propriedades, auxiliares na caça ou simplesmente como animais úteis ao quotidiano, passaram a ocupar um lugar central na vida familiar. Hoje, para muitos lares, os animais não são apenas companheiros — são considerados verdadeiros membros da família. Segundo especialistas, este fenómeno está associado a mudanças sociais evidentes: famílias mais pequenas, adiamento ou ausência da maternidade e paternidade, envelhecimento da população, urbanização acelerada e uma procura crescente por laços emocionais fortes e incondicionais. Para muitos, o afeto de um animal tornou-se um pilar de equilíbrio emocional num mundo marcado pelo ritmo acelerado, pelo stress e pela solidão urbana. Por exemplo, a investigadora Maria Fernandes, socióloga especializada em relações humanas e animais, explica que “os cães e gatos desempenham hoje papéis que antes eram exclusivos de familiares próximos. São vistos como filhos, confidentes e até como companheiros de vida, ajudando a preencher vazios emocionais e sociais”.

No coração de Toronto, na 2741 Dundas Street West, nasceu o MERCADO PET - mais do que uma loja, um espaço de cuidado, confiança e partilha entre pessoas e seus fiéis companheiros de quatro patas. Gabriella Darin, cofundadora e proprietária, assume que o estabelecimento inspira-se no amor profundo pelos animais e no compromisso com a comunidade, oferecendo produtos de alta qualidade, inovadores e acessíveis. Como pequeno e independente pet shop, acreditam que o seu papel vai além do comércio: acompanham cada fase da vida dos pets, do entusiasmo dos primeiros passos até à ternura da velhice, partilhando alegrias, desafios e até despedidas. Cada cliente e cada animal tornam-se parte da família.

Animais na vida quotidiana

Ter um animal de estimação já não se resume a cuidados básicos de alimentação e saúde. O Mercado Pet adaptou-se rapidamente para responder a esta nova realidade, oferecendo experiências e produtos que antes seriam impensáveis. Hoje, é comum ver donos à procura de restaurantes e espaços de lazer onde os seus animais sejam bem-vindos. Shoppings, hotéis e até companhias aéreas deram passos importantes, permitindo que cães e gatos viajem junto aos tutores na cabine, reduzindo o stress tanto para os donos quanto para os animais.

A moda também se expandiu para o universo pet: camisolas, botas, bandanas e acessórios personalizados fazem parte do guarda-roupa de muitos animais, combinando praticidade com expressão de identidade. Para alguns tutores, vestir o cão ou o gato é uma forma de cuidado; para outros, é uma forma de afirmar estilo e personalidade. No campo da alimentação, a inovação tem sido ainda mais visível. Surgem cada vez mais alternativas que replicam hábitos humanos, como bolachas, gelados e biscoitos especialmente formulados para cães e gatos. Há até menus degustação em cafés e padarias pet-friendly, que permitem aos animais partilhar uma refeição em família, com receitas adaptadas às suas necessidades nutricionais.

O caso Mercado Pet

Um dos exemplos mais representativos desta tendência é o Mercado Pet, que aposta numa visão holística e humanizada do cuidado animal. Entre os serviços disponíveis, destacam-se os banhos de hidratação, pensados para a saúde da pele e do pelo, sessões de grooming personalizadas em ambiente calmo e até um serviço de atendimento ao domicílio - ideal para tutores séniores ou com mobilidade reduzida.

Na vertente de nutrição, a loja oferece alimentos e suplementos de grau humano, adaptados às diferentes fases da vida dos animais ou a condições específicas de saú-

de, como alergias, obesidade ou problemas articulares. A aposta vai além da nutrição e higiene: brinquedos interativos, puzzles de enriquecimento e acessórios personalizados ajudam a reforçar a ligação emocional entre tutores e animais. Para muitos clientes, uma visita ao Mercado Pet já é considerada uma saída em família. Os cães “escolhem” os seus brinquedos, os gatos recebem mimos de funcionários treinados e os donos participam em workshops sobre comportamento ou nutrição. “Queremos que cada visita seja uma experiência de afeto e partilha”, afirma Gabriella Darin, gerente da loja. Laços de afeto e bem-estar emocional A humanização dos animais manifesta-se sobretudo na dimensão afetiva. Donos descrevem o grooming como um verdadeiro “dia de spa”, em que os animais regressam a casa mais calmos e felizes, recebendo recompensas ou momentos extra de brincadeira. “Gostamos de criar momentos de ligação”, refere a equipa do Mercado Pet. “Não se trata apenas de cuidar da higiene ou da saúde física, mas de fortalecer a confiança e o carinho entre animais e tutores.”Estudos comprovam que a presença de animais de estimação reduz os níveis de stress e ansiedade, contribui para o bem-estar emocional e até diminui a solidão em idosos. Crianças que crescem com cães e gatos desenvolvem maior empatia, sentido de responsabilidade e competências sociais. Este movimento não se limita aos serviços: cafés e espaços sociais pet-friendly estão em franca expansão. Em algumas cidades, já existem parques temáticos exclusivamente para animais, cafés onde cães e gatos podem brincar livremente e até hotéis que oferecem serviço de spa, piscina e aulas de obediência. Os custos de ser um dono responsável Apesar de todos os benefícios, ter um animal de estimação implica responsabilidades financeiras significativas. Alimentação, consultas veterinárias, grooming, brinquedos, acessórios e até suplementos podem representar um peso considerável

no orçamento familiar. De acordo com dados do setor, manter um cão de médio porte pode custar entre 800 e 1.500 euros por ano, dependendo das necessidades de saúde e estilo de vida. Para gatos, o valor é ligeiramente inferior, mas ainda assim representa uma despesa regular e contínua. O Mercado Pet procura aliviar esse encargo com programas de apoio: descontos no mês de aniversário, pacotes especiais para famílias com vários animais, e recompensas para clientes que recomendam os serviços a amigos. Além disso, trabalha em conjunto com distribuidores para oferecer amostras de produtos, incentivando os tutores a experimentar antes de investir.

Abandono: a outra face da moeda Contudo, nem todas as histórias terminam bem. O aumento do custo de vida tem levado algumas famílias, em países como o Canadá, a desistir de cuidar dos seus animais e, em casos mais graves, ao abandono.

É um problema que preocupa o setor e que exige respostas. O Mercado Pet, segundo a sua fundadora, por exemplo, tem procurado estabelecer parcerias com abrigos e aposta fortemente na educação: orientar famílias sobre nutrição, comportamento e responsabilidade antes da adoção, para evitar decisões precipitadas.

A empresa também partilha informações sobre recursos comunitários, como bancos alimentares para animais, clínicas veterinárias a baixo custo e programas de apoio local, ajudando tutores a enfrentar tempos difíceis sem abdicar dos seus companheiros. “As pessoas precisam de saber que existem alternativas antes de chegar ao abandono”, explica Gabriella Darin. “O nosso papel é educar, apoiar e criar soluções em rede, para que ninguém se sinta sozinho na responsabilidade de cuidar.” Uma tendência sem volta atrás

A humanização dos animais não é uma moda passageira, mas sim um reflexo da evolução da sociedade. Numa altura em que os laços humanos sofrem pressões cada vez maiores, os animais de estimação emergem como fontes de estabilidade, companhia e amor incondicional. Para muitos, regressar a casa e ser recebido por um cão entusiasmado ou por um gato que se aninha no colo é uma das maiores recompensas do dia. Essa presença não apenas conforta como também cria rotinas mais saudáveis: passeios regulares, horários de alimentação e momentos de brincadeira. Mais do que nunca, cães e gatos são vistos não apenas como animais, mas como parte integrante da família. E esta tendência, que reflete mudanças culturais profundas, promete moldar o futuro das relações humanas com os seus companheiros de quatro patas, trazendo novos desafios e também novas oportunidades para o setor pet.

Nota do Entrevistador

Ao sair do Mercado Pet, fiquei a saber mais sobre gestos pequenos, quase impercetíveis, mas que carregam um peso imenso: o da confiança absoluta. O amor pelos animais ensina-nos sobre presença, paciência e entrega. Não há máscaras nem convenções nesse vínculo; há apenas a simplicidade do estar junto. Talvez seja por isso que tantos os consideram família, porque nos recordam, todos os dias, que não precisamos de muito para sermos felizes. No fundo, falar dos nossos companheiros de quatro patas é falar de nós próprios: das nossas fragilidades, das nossas carências, mas também da nossa capacidade de amar sem condições. E, num mundo cada vez mais apressado, é nesse silêncio partilhado com eles que reencontramos um pedaço de ternura e de verdade que julgávamos perdido.

Credito: Mercado Pets

VOX POP

Entre patas e abraços: o que significa ter um animal de estimação?

Os animais de estimação fazem cada vez mais parte das nossas vidas: partilham a nossa rotina, estão presentes nos momentos felizes e até nos mais difíceis. Mas será que estamos a tratá-los como membros da família ou a ir longe demais na chamada humanização? Será que estamos a tratar os nossos animais como gente?

Fomos saber junto da comunidade o que é ter um animal de companhia e qual é o maior desafio no dia a dia: custos, cuidados ou risco de abandono?

RMA/MS

Acha que hoje em dia os animais de estimação estão a ser demasiado “humanizados”?

Olhe, eu acho que há um bocadinho disso, sim. Há pessoas que tratam os animais quase como filhos, e cada um é livre de o fazer, claro… Mas eu, com o meu Coco, gosto de o mimar, de o tratar bem, mas também respeito a sua natureza de cão. Gosto é de passear com ele, de ver o rabo a abanar de felicidade… isso é muito humano, mas ele continua a ser um cão, com as suas necessidades e o seu jeito todo especial.

E o vínculo emocional com um animal de companhia, para si, o que significa no dia a dia?

Ah, é tudo! O Coco é da família, é mesmo uma companhia diária. Quando chego a casa, ele está ali à espera, abanando o rabo, e isso dá uma alegria que não se explica. Sabe, depois de

Acha que hoje em dia os animais de estimação estão a ser demasiado “humanizados”?

Eu acho que algumas pessoas até exageram, mas eu não me importo muito. Eu trato a minha Ice com muito carinho, mas sei que ela é uma cadela, não uma pessoa. Gosto de brincar com ela, de dar festas, de a vestir às vezes com casacos no frio… mas isso é só por diversão. Acho que o importante é respeitar o que eles são, não tentar transformá-los em humanos. E o vínculo emocional com um animal de companhia, para si, o que significa no dia a dia?

Para mim, é tipo ter uma melhor amiga que nunca me julga. A Ice está sempre comigo, mesmo quando estou triste

Acha que hoje em dia os animais de estimação estão a ser demasiado “humanizados”?

A Tiffany, a minha cadela, não chegou há muito tempo, mas já é como da família, claro, mas também sei respeitar que ela é um animal. Há pessoas que exageram e vestem os cães, comem à mesma mesa, usam fraldas… acho que isso já é um bocadinho demasiado. Para mim, o importante é dar amor, carinho e atenção, mas sem perdermos a noção de que eles têm necessidades próprias de cão, gato ou seja qual for a espécie.

E o vínculo emocional com um animal de companhia, para si, o que significa no dia a dia?

A Tiffany já é a minha companhia, alegra-me os dias, acompanha-me nos momentos bons e nos maus. Sabe aquele amor incondicional que só os animais sabem dar? É incrí-

Acha que hoje em dia os animais de estimação estão a ser demasiado “humanizados”?

Acho que, de certa forma, os animais de estimação são demasiado humanizados, porque não penso que seja necessário vesti-los. Mas, por outro lado, também acho que não são humanizados o suficiente. Como os animais falam uma linguagem diferente, embora consigam comunicar entre si - é difícil, tanto para quem tem como para quem não tem animais de estimação, vê-los como algo mais do que simples animais. No entanto, tal como nós, os seres humanos, pensam, sentem, têm fome, ficam cansados, também eles o fazem, só que nós não conseguimos compreendê-los. Isso não significa que não mereçam os mesmos cuidados e atenção.

E o vínculo emocional com um animal de companhia, para si, o que significa no dia a dia?

Para mim, ter uma ligação emocional com um animal de estimação significa ter um melhor amigo que o acompanha para onde quer que vá. É também alguém que percebe quando não estamos bem ou simplesmente sente que algo não está certo. No ano passado aconteceu algo com a minha família e a única coisa que me alertou foi a forma como

um dia cansativo, é ele que também me dá aquele aconchego. É carinho, é amizade, é um tipo de amor que não julga, não exige, mas que dá tanto em troca… é uma dádiva, mesmo. Na sua opinião, qual é o maior desafio para quem tem um animal de estimação: os custos, os cuidados ou o risco de abandono?

Acho que o maior desafio é o compromisso. Ter um animal não é só amor e festas, é responsabilidade. Os custos existem, sim, e às vezes pesam, e os cuidados exigem tempo e paciência… mas o risco de abandono, esse é que me parte o coração. Muitas pessoas não estão preparadas para assumir o compromisso por 10, 15 anos, e acabam por abandonar o animal. Para mim, isso é o pior de tudo. Um cão, como o meu Coco, dá amor sem pedir nada em troca, e merece ser tratado com dignidade até ao fim.

ou nervosa. Quando chego a casa da escola e ela me recebe a abanar o rabo, sinto-me feliz e mais tranquila. É muito bom ter alguém que gosta de ti só por seres tu, sem mais nada. Na sua opinião, qual é o maior desafio para quem tem um animal de estimação: os custos, os cuidados ou o risco de abandono?

Eu acho que o maior desafio é mesmo o compromisso. Ter uma cadela não é só brincar ou dar comida, é preciso cuidar, levá-la ao veterinário, limpar o que ela suja… e depois tem a parte dos custos, claro. Mas o pior mesmo é quando as pessoas abandonam os animais. Isso deixa-me muito triste, porque eles dão amor e companhia sem pedir nada em troca, e merecem ser tratados com carinho até morrerem.

vel. Eu saio do trabalho cansada, mas chega a Tiffany, abana o rabo, e tudo parece mais leve. Esse vínculo faz-nos sentir que não estamos sozinhos, que somos importantes para alguém… mesmo que seja de quatro patas!

Na sua opinião, qual é o maior desafio para quem tem um animal de estimação: os custos, os cuidados ou o risco de abandono?

Eu diria que é uma combinação, mas o risco de abandono preocupa-me muito. Há pessoas que compram ou adoptam um animal sem pensar nas responsabilidades, e depois deixam de cuidar quando a fase “fofa” passa. Os custos e os cuidados são desafiantes, claro, mas se houver amor e compromisso, ultrapassam-se. O abandono, esse… não dá para desculpas, é uma questão de consciência e responsabilidade.

o meu gato miou - o que pode parecer estranho. Acho que há muito a dizer sobre a intuição dos animais, e existe uma razão para haver animais de assistência: eles conhecem os seus donos e o vínculo é recíproco. Tanto quanto os animais precisam de nós, nós também precisamos deles. Na sua opinião, qual é o maior desafio para quem tem um animal de estimação: os custos, os cuidados ou o risco de abandono?

Acho que todos os pontos referidos são, de facto, os maiores desafios para os donos de animais, porque o custo é um fator muito relevante, sobretudo na economia atual. O cuidado também não é isento de dificuldades, especialmente no meu caso, em que não levo o meu gato ao veterinário de estética e corto-lhe eu próprio as unhas. Nunca quero causar-lhe dor, mas também é necessário para a minha segurança, para não me magoar enquanto ele brinca. No entanto, o mais difícil é, sem dúvida, a consciência de que um dia nós, humanos, viveremos mais tempo do que os nossos animais, porque naturalmente a nossa vida é mais longa. É uma realidade dura de aceitar, saber que um dia viverei sem o meu animal, mas tenho o consolo de saber que, enquanto ele esteve vivo, lhe proporcionei a melhor vida possível.

Odilia Andrade Janeiro
Maria Inês Ávila
Carla M. Melo
Katherine Carvalho

Amor fiel

Ora viva, bom dia.

Mais um mês quase a meio, oh pá estamos aqui e não tarda cai-nos o Pai Natal pela chaminé. lol

Esta semana, em cima da mesa, a equipa do jornal Milénio lembrou-se de perguntar o que significa ter um animal de estimação? Eu chamo-lhe o meu

melhor amigo, o meu filhote, que eu adoro. O meu amor pequenino.

Dizer que é fácil ao nível que eu trato o Ross, de todo. Mas, quando o adotei fiz-lhe uma promessa, que o iria respeitar, cuidar e dar-lhe a melhor vida possível. Assim é. Não só por dizer, quem priva comigo e com o Ross, sabe o quão importante ele é para mim. Ross que é um bebé de plena pandemia, que me veio salvar numa altura em que reinava o caos. O meu fiel amigo, sim que me persegue pelos cantos todos da casa, que vai comigo às compras, ao cabeleireiro, senta-se ao meu colo nos restaurantes, vamos ao banco, viaja do meu lado e é o meu melhor co-piloto. Aliás, quando não o levo porque tenho quem cuide, em algumas ocasiões (sozinho nunca está), já estranham e perguntam “E o Ross, hoje não vem?“. É um sentimento que só quem o vive sabe entender. Dei volta à minha vida para que a dele seja o mais confortável possível. E a lealdade com que estes seres tão fieis

e inteligentes depositam em nós? É para lá da minha compreensão o porquê de alguém conseguir maltratar ou abandonar um ser de luz, tão puro e leal.

O Ross come comida cozinhada por mim devido a problemas gastrointestinais e é cuidado com o maior rigor e cuidado para que tenho uma vida longa, saudável e feliz. Quem me achar “estranha” quando lhe digo “anda cá bebé, vem cá à mãe”, o problema não é meu, é de quem não sabe mais. De quem não sabe o que é ter e dar este tipo de amor. Para nós eles são os patudos do nosso mundo e para eles nós somos o mundo deles.

É o que é e vale o que vale. Farei tudo o que esteja ao meu alcance para o cuidar da melhor forma possível e só peco que ele viva uma vida longa e tranquila. O meu amor pequenino, o meu Boo, o meu melhor amigo.

Até já e fiquem bem, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

No Quem Desdenha descubra gostos impopulares e confesse os seus segredos.

• Conheça a história e o novo single dos ÁTOA!

• Conversas que inspiram, motivam, com mais um Sentir, Pensar e Agir.

O Rosa's Portuguese Kitchen ensina-nos a fazer a Serradura com Framboesas.

• Toronto celebra a força dos trabalhadores em mais um Labour Day Parade!

• Artur Rosa apresenta Pedaços Literários Poesia que ganha voz.

• Ratinhos / Carlos Tomás e a sua Cerâmica viva de Coimbra e as suas cores.

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Cristina da Costa Opinião
Credito: Cristina da Costa

Humanization of animals

The role of animals in our daily lives is increasing every year and it appears to coincide with the increase in the incidence of mental health issues, particularly loneliness and lack of human companionship. The prevalence of animals being walked on our streets, particularly dogs, is a testament to the needs of many for an affiliation with an animal, which will fulfill needs which may be absent in their lives within the human diaspora.

As previously stated, society is becoming lonelier earlier than the perceived condition that generally affected older generations. Today, there is an inversion in the development of mental health issues which is afflicting younger generations, with an increased propagation since the Covid years. This condition appears to afflict women more than men, but the explanation for this requires a deep dive into the self-inflicting years where the anti-men movement dictated relationships. Loneliness, depression and anxiety have to be contradicted with positive elements in our lives and animals appear to fill the void, which if left unfulfilled the consequences can be dis-

astrous. But how far should we go in adopting animals into a “family” where many will affirm equal rights as any human member of the household? Recently, New York City adopted a law which rendered rights to dogs confirming equal rights as any human. In my view that’s taking animal rights too far by equating the four-legged tribe to humans. Have animals progressed in intellectual capacity to equal humans? Some will suggest that animals are superior to humans, but I would debate this theory as more of a wish than reality. Further it can be theorized that humans who are inclined to place animals in equal status as two-legged anthropoids may be missing a level of realism in their lives similar to a blind person who can only see shadows and thus reality has obviously abandoned part of a brain function called objectivity. This is not to suggest that an animal should not be part of humanhood, because often the world feels overwhelming and isolating and the animal provides an element of loyalty but it’s based on a daily treatment of well-being of the animal who will retribute with a sense of stability and a bridge back to a life of meaning and connection.

The positive impact a dog can have in some people’s lives is enormous, but the investment is immeasurable on a balanced life and it will shift into an alternative sphere as the dependence on you deepens. I’m not an animal person but I can love animals. I cannot provide the time and energy to take care of an animal on a daily basis, nor do I wish to liken an animal to a human. The assimilation of mental health issues and the inclusion of animals to cure the ailments never impressed me as I observe dog owners. I have observed keepers of dogs being abusive and devoid of the personality to own an animal.

Animal abuse is rampant by owners who take their frustrations on defenceless pets. If you don’t have time to take care of an animal, don’t get one. On the positive side, sometimes I wish I was a dog, particularly if I was to be treated like the one I know best.

Apresentador Augusto Bandeira

Convidados Jorge Ribeiro Rómulo M. Ávila

Tema da semana: Que afetos e vínculos emocionais se estabelecem entre o ser humano e os seus animais de estimação?

sexta-feira às 18h

Manuel DaCosta/MS
Photo:

Every step is easier with an Ally

Since the 1970s, the Portuguese community has been at the heart of our story. Every handshake, every deal, every smile shared has built not just business relationships, but sincere friendships.

Today, whether you’re selling or leasing a commercial, industrial, or investment property — or a development site — every step is easier with an Ally. We’re here with trusted advice and sincere service for every client — because success, like a pastel de nata, is best when shared.

On behalf of Tony Natale and Amy Franco, thank you for standing with us, supporting us, and believing in us for all these decades.

A Tail

Dogs, cats and birds, have partnered with us at least as long as recorded history. For the most part, these species had their practical uses; security, pest control and hunting are practicalities that have kept these animals by our side until today. Where I live, dogs are still widely used for huntin g and guarding property. Cats do a great job of controlling rodents. As for birds, around here people keep them for their songs, unless they’re chickens.

In the cities, where in the western world most people call home, pet owners have mostly other reasons. There seems to be a great surge of love for animals, at least the ones we can have at home. My children

grew up with dogs and cats. There’s nothing more fulfilling than watching a child love a pet. This has to be one of the best reasons to have an animal at home. Company, is another. The burden of loneliness can be overwhelming; cats, and especially dogs, are well known for being good listeners and reading our moods. You don’t even have to be lonely; a pet is always a good sounding board for whatever is on your mind, as long as you’re fully aware that you’re talking to yourself. But it works! I like my big, burly dog, I talk to him all the time. I even put words in his mouth, but that’s the beauty of it, he doesn’t care! He just wants to be wherever I am, or where my wife is, (that is unless he sees someone with something edible - priorities).

Of course, our beloved system is capitalizing, (pun intended), on the people’s love for their pets. Go to a Vet, and all is revealed. A shot, a nail job, a trim, an illness? All equal or greater than a small fortune. You want to feed the pooch some pellets that are somewhat nutritional and not filled with unknown substances? Unbelievably expensive. Left with no choice, people will pay anything to help their beloved pet. But it takes its toll on a few. Pets are left behind on a daily basis. People get carried away, adopt an animal using only emotion as a tool, because they’re so damn cute and cuddly... but the reality is many can’t afford to keep a pet. A single vet bill could eat up your rent money in one go. The result is many cages with many cute

and cuddly pets, awaiting the next excited human, who may give them a home. That’s life in the big city. If you’re in the country, like me, the few stray dogs and cats that are around get taken care of by the citizens. But even here there are many families and couples with pets, people are out walking their dogs all the time. We have three vets in town, which in itself shows the trend. I can’t close out this article without reminding everyone that pets, albeit lovable and beneficial, are no substitute for people. It’s in developing human relationships that we will find answers. Our pets will always be faithful.

Fiquem bem.

Raul Freitas/MS

My new best friend... “Woody”

Woody is the name of my pet and best friend because he gives me something few humans can offer so con sistently.... unconditional love and loyalty. When l come home, no matter what kind of day you’ve had, your dog is there-tail wagging, eyes bright, eager just to be with me. He doesn’t judge your choices, hold grudges, or demand explanations. Instead, he offers companion ship in its purest form. That “smile” you see-whether it’s the open mouth, wagging tail, or joyful eyes-is your dog’s way of saying: “I’m happy you’re here. You mat ter to me.” Unlike people, who can sometimes let each other down, a dog’s loyalty is steady. That’s why many say dogs don’t just become pets-they become family.

Humans and pets have shared a unique and profound relationship-one rooted in companionship, loyal ty, and mutual understanding. This bond goes be yond mere ownership; it often becomes an integral part of a person’s identity, family dynamics, and societal fabric.

For many individuals, pets are more than animals; they embody aspects of personality and serve as family members. People often see their pets as reflections of their own traits-playful, nurturing, protective, or independent. A lively dog might mirror a family’s energetic spirit, while a calm cat may embody se renity and introspection.

In the context of family, pets frequently hold a special place, often considered children or sib lings. They participate in family routines, celebra tions, and even serve as emotional anchors during difficult times. For children, pets often become life long friends, teaching responsibility, empathy, and un conditional love. For adults, pets can provide comfort, re duce stress, and strengthen bonds within the household.

Among various pets, dogs hold a particularly prominent place in human hearts. Often called “man’s best friend,” dogs have been companions for thousands of years, assisting humans in hunting, herding, guarding, and more

Research has shown that interactions with dogs can trigger the release of oxytocin, the hormone associated with bonding and affection, reinforcing the emotional connection. Many pet owners describe their dogs as family members, and this bond can significantly influence their mental health and well-being.

Modern society has increasingly recognized the importance of pets, leading to profound cultural and social shifts. Today, pets are often seen as integral members of the family, with dedicated spaces in homes, specialized services, and even legal rights. This change is reflected in the booming pet industry-premium pet foods, grooming salons, veterinary care, pet-friendly housing, and gravel accommodations. Cities and communities have adapted by creating pet-friendly parks, events, and amenities that encourage socialization among pets and

Furthermore, the recognition of pets’ emotional and therapeutic benefits has led to their integration into healthcare and therapy programs. Service dogs assist individuals with disabilities, while therapy animals bring comfort to hospitals, nursing homes, and schools. Society’s evolving view acknowledges that pets contribute significantly to human happiness, mental health, and social cohesion. Their role extends beyond mere companionship to being active participants in our lives, fostering empathy, responsibility, and community. The relationship between humans and pets is multifaceted-shaped by personal identity, family bonds, and societal values. Pets, especially dogs, are more than animals; they ate companions, protectors, and reflections of our own personalities. Society’s ongoing adaptation to this bond underscores its importance, highlighting how pets enrich our lives physically, emotionally, and socially. As w continue to develop our understanding of this relationship, pets will remain cherished members of our families and communities for generations to come.

Woody.... you have been a game changer to our family.

Vincent
Michael and Woody. Photo: Nigro Family
Crédito: DR

Ser

Prisioneira dos afetos

No Canadá, à semelhança dos Estados Unidos da América, é em setembro que se celebra o Dia dos Avós, figuras marcantes das nossas vidas. Nem todos poderão dizer o mesmo, e recordo uma amiga que sempre se lamentou de não ter conhecido os avós. Perguntei-lhe se tinham morrido cedo. Fui confrontada com a resposta de uma descoberta tardia de que os seus pais eram filhos de pais incógnitos, uma verdade que lhe fora sempre escondida.

Aausência de fotografias, num tempo em que o registo de imagens era ainda privilégio de poucos, era aceite como um sinal dos tempos. Um dia, a necessidade de tratar de documentos

encarregou-se de lhe estampar, numa linha da filiação, a palavra que não constava do seu léxico já alargado por alguns anos de crescimento. E foi assim, sem direito a perguntas nem respostas, que se manteve incógnita uma parte da copa amputada da sua árvore genealógica, condenada à não existência, mas a ensombrar-lhe a dúvida que até hoje persiste.

Eu tive a felicidade de ter conhecido três avós: da parte materna, convivi com os dois; da parte paterna, apenas conheci a minha avó. O pai do meu pai, morreu tinha ele 14 anos, o mais velho dos rapazes de sete irmãos. Imagine-se as dificuldades que a minha avó deve ter tido para, com os parcos recursos de meia dúzia de leiras, gerir, de um dia para o outro, a orfandade de tantas bocas.

Hoje, facilmente entendo como a vida lhe deve ter sido difícil, e como a luta pela sua sobrevivência e a dos filhos a deve ter tornado amarga. Em criança, porém, não sabia fazer essa análise e senti-lhe sempre

a falta de um carinho, de um olhar cúmplice, de um sorriso, qualquer gesto que quebrasse aquela postura rígida de que nunca se libertava. Por isso, quando recordo as duas, a minha simpatia vai, sem hesitar, para a minha avó materna, a única que consigo encaixar no padrão típico com que se recordam as avós. Sei agora que incorro num juízo de ser tremendamente injusta, mas as linhas com que se cosem os afetos da infância são mesmo assim, indiferentes à lógica da razão. Devo-lhe, por isso, o tributo de a recordar numa das poucas gargalhadas que lhe ouvi, desenhada num rosto em que as rugas da idade assinalavam já a falta de muitos dentes. Aconteceu numa tarde tórrida de agosto, em que não corria uma aragem e o calor abrasava os corpos húmidos de suor. Eu e as minhas irmãs decidimos vestir os biquínis e começarmo-nos a molhar com uma mangueira no pátio de entrada da casa da aldeia. Situada no cimo da colina, e voltada para uma das poucas ruas que atravessa

o povoado, tinha a localização ideal para se expor à bisbilhotice alheia. Com a algazarra que fazíamos, a minha avó despertou da sesta, surgiu da parte de cima da casa e, imponente na sua sisudez habitual, encarnou a figura de magistrado proclamando: - Que pouca vergonha! Ao que nós chegámos! Ó Manuel (meu pai) tu devias era chamar a guarda, para as levar todas presas! Rematou este veredito com uma sonora gargalhada, voltou para dentro e retomou a sesta no ponto em que a tinha interrompido. Ainda hoje, não sei se a gargalhada resultou do inusitado da situação, ou se de puro deleite por nos ver entrar a todas para dentro de um carro celular.

O destino fora-lhe tão cruel que lhe apreendera, demasiado cedo, os sorrisos todos que tinha para dar. Aquela gargalhada talvez mais não fosse do que um convite libertador para que partilhássemos a cela de ternura em que vivera aprisionada uma vida inteira sem coragem de a mostrar aos netos.

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Fuerza Pátria

Assistimos a uma grande derrota de Javier Milei. Finalmente, o mundo parece acordar para a realidade nociva dos regimes totalitários assentes em políticas de extrema direita. Depois de muitos escândalos de corrupção, da desconfiança dos mercados e da fragilidade mesmo perante o próprio Congresso da Argentina, o presidente Milei decidiu envolver-se pessoalmente nas eleições legislativas da Argentina. Acabou por perder por números esclarecedores depois de   21 meses de governo. Este resultado foi uma clara derrota política. O presidente pediu para as eleições “profunda auto-

crítica do governo” e o povo respondeu com o voto dizendo que não quer mais este tipo de política. Um sucessivo número de erros da parte do governo aliado ao escândalo da irmã de Mileil, (Karina Milei) a quem este chama de “chefe” sendo esta a responsável pela estratégia política do governo argentino, escândalo ocorrido com a Agência Nacional para a Deficiência. num esquema de subornos na compra de medicamentos. Karina Milei, que é secretária geral da Presidência, está agora formalmente acusada de corrupção.  Uma grande vitória do centro esquerda liderado por Axel Kicillof, que agora é o líder da oposição sendo forte candidato a vencer as eleições presidenciais de 2027.Quanto aos resultados estes não deixam dúvidas: Milei e o seu partido "La Libertad Avanza" tem 33.8% enquanto que o partido "Fuerza Pátria" de centro esquerda conquista quase 50% dos votos. Lembro que este

Fuerza Pátria está ligado à ex-presidente Cristina Kirchner. A democracia precisa de voltar a imperar por todos os países, precisa de voltar a ganhar espaço a ideologias de extremos, seja à direita ou à esquerda. Os nacionalismos exagerados, as políticas xenófobas, o racismo, os fundamentalismos religiosos não deveriam fazer parte deste século. Por exemplo, a remoção da sociedade de elementos considerados inferiores pelos fascistas é algo muito perigoso e que de maneira nenhuma se deveria tolerar, devemos combater o ataque às minorias. Ninguém é superior a ninguém e não existem raças superiores.

Não devemos cair no erro de pensar que os regimes totalitários são cópias de outros, não é assim. António de Oliveira Salazar criou o Estado Novo assente no corporativismo, no antiliberalismo, no anticomunismo, no colonialis-

A homenagem na terra-mãe ao comendador

No decurso do passado mês de agosto, a comunidade da Silveira, um povoado localizado no concelho das Lajes do Pico, na ilha do Pico, a segunda maior ilha do Arquipélago dos Açores, homenageou o comendador Manuel Eduardo Vieira, um dos mais insignes filhos do torrão arquipelágico, e uma das figuras mais proeminentes da numerosa comunidade portuguesa na Califórnia.

Natural do local da Silveira, que segundo a historiografia está entre os locais que primeiro foram habitados na ilha do Pico, Manuel Eduardo Vieira emigrou no alvorecer dos anos 70 para os Estados Unidos, depois de uma década de vivência migratória no Rio de Janeiro, a segunda maior metrópole do Brasil. Através de uma trajetória de mérito empresarial, alicerçada numa capacidade de trabalho hercúlea, esforço incansável e mérito resiliente, o emigrante picaroto, genuíno “self-made man”, tornou-se a partir do Vale de São Joaquim, um dos centros da emigração portuguesa na Califórnia, maioritariamente de origem açoriana, no maior produtor de batata-doce biológica do mundo.

O sucesso que alcançou ao longo dos últimos anos no mundo dos negócios, tem sido constantemente acompanhado de um generoso apoio a projetos emblemáticos da comunidade luso-americana da Califórnia, a quem devota um forte sentido público de empenho sociocultural e identitário. E na

mesma esteira, à terra que o viu nascer, que visita frequentemente, e onde apoia prodigamente várias associações, como seja o caso, do Centro Social da Silveira, cuja construção iniciada em 1996, e inauguração concretizada em 2003, teve no empresário filantropo luso-americano o seu principal impulsionador.

A relevante dimensão empreendedora e filantropa do “Rei da Batata-Doce”, como é conhecido aquém e além-fronteiras, estiveram na base da inauguração pela edilidade lajense, em 2017, na Praceta do Centro Social da Silveira, de uma estátua em sua homenagem, concebida pelo escultor açoriano Rui Goulart, que eterniza igualmente a generosidade que tem repartido por diversas associações da ilha do Pico.

Este foi o mote para a apresentação, no decurso do mês transato, do livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”, no Salão do Centro Social da Silveira. Uma iniciativa cultural, que lotou o espaço com três centenas de pessoas, entre antigos e atuais emigrantes, forças vivas e população local, e contou com a presença, do reputado empresário e filantropo da comunidade portuguesa na Califórnia; de José Luís Carneiro, antigo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que atualmente assume as funções de Deputado à Assembleia da República e Secretário-Geral do Partido Socialista; de Ana Brum, Presidente da Câmara Municipal das Lajes do Pico; João António das Neves, Cónego da Sé de Angra; Tomás Orlando Cardoso, Presidente do Centro Social da Silveira; Manuel Bettencourt, Conselheiro das Comunidades Portuguesas na Califórnia; e Daniel Bastos, historiador da diáspora.

mo com um forte apoio da igreja. Se a extrema-direita chegar ao poder em Portugal não tem necessariamente de ser uma cópia do estado Novo, será isso sim um retrocesso na vida de Portugal e dos portugueses. Enquanto temos o direito de voto vamos com esta poderosa arma manter-nos afastados deste tipo de regimes onde tantos inocentes pagaram com a sua própria morte a simples razão de pensarem diferente. “Quando o fascismo chegou ao poder, a maioria das pessoas estava despreparada, tanto em termos teóricos quanto práticos. Elas eram incapazes de acreditar que o homem pudesse exibir tais propensões para o mal, tal desejo de poder, tal desrespeito pelos direitos dos fracos ou tal desejo de submissão. Apenas alguns estavam cientes do estrondo do vulcão que precedeu o surto.”

Arthur Miller

Manuel Eduardo Vieira

Uma sessão de apresentação, em que a comunidade veio em peso homenagear o ilustre filho da terra, e concomitantemente, prestar tributo às comunidades açorianas na América do Norte, em particular, às comunidades picoenses, fortemente presentes nos Estados Unidos e Canadá. Com o nome gravado no coração dos seus conterrâneos, quer na pátria de origem, quer na pátria de acolhimento, o percurso de vida e constante generosidade do comendador Manuel Eduardo Vieira, qual

“homem ubíquo”, encontra-se engrandecido com cerca de duas dezenas de distinções internacionais, nacionais, regionais e locais. No torrão arquipelágico, em 500 anos de história da vila das Lajes do Pico, é justa e merecidamente, detentor da 18.ª Chave de Ouro do Município, símbolo maior do preito de homenagem da terra-mãe, porquanto é destinada a distinguir excecionais serviços, contributos para com a comunidade e atos praticados de mérito extraordinário.

Fotografia da estátua do comendador Manuel Eduardo Vieira na Praceta do Centro Social da Silveira © Livro “Monumentos ao Emigrante”
Crédito: DR
Vítor M. Silva Opinion
Daniel Bastos Opinião

O que é bom não é novo, o que é novo não é bom

Há ministros que fazem reformas. E há ministros que desfazem o que estava a ser feito. Nos últimos anos, muito se fez para que ensino superior não seja um “privilégio”, como afirmou o Ministro da Educação. Afinal, este é um direito consagrado constitucionalmente, naturalmente condicionado ao aproveitamento académico. É um caminho de conhecimento e de elevação cultural e cívica dos alunos, de quem lá investiga, mas também do conjunto da sociedade. Cedamos, porém, ao utilitarismo dos tempos: o ensino superior é uma necessidade do país e das suas

empresas, que precisam de médicos, engenheiros, professores, economistas, entre outras profissões. Hoje, com a taxa de desemprego próxima do seu mínimo, a procura por pessoal qualificado chegou a setores onde há bem pouco tempo não se encontrava trabalho. A redução do número de estudantes a entrar para o ensino superior é, por isso, uma tragédia que importa solucionar.

Não fosse o terrível acidente no elevador da Glória (deixo aqui os meus sentimentos aos familiares e amigos dos que faleceram e um sincero reconhecimento às forças de segurança e proteção civil), esta última semana teria sido em grande para Fernando Alexandre. Não é preciso nos entretermos com a novela da Universidade do Porto. Só o “sr. Escuta” saberá o que

Fausto Castelhano

foi ou não dito nas chamadas telefónicas. Parece claro o despropósito da reação do Ministro à notícia e pouco prudentes as suas diligências no sentido de tentar obter vagas supranumerárias. Muito mais relevante foi a aprovação em Conselho de Ministros da nova proposta de lei de Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior ou os anúncios de terça-feira, à pala de um estudo sobre o nosso modelo de ação social. Sobre o governo de instituições universitárias, a grande reforma do sr. Ministro pariu um rato. Afinal, tanto no Conselho Geral como na eleição do Reitor, cada corpo (docentes e investigadores, estudantes, pessoal técnico e antigos estudantes) valerá entre 10 e 50%, numa decisão que caberá a uma assembleia de transição. É um sacudir de água do capote que não deixa o Governo menos molhado. Afinal, esta assembleia de transição é composta na sua metade por professores e, além destes, por mais personalidades externas do que estudantes ou pessoal técnico. Logicamente, ela tenderá a beneficiar no cálculo eleitoral esses dois grupos maiores, ilustrando bem uma versão tacanha do ensino superior dominado por docentes ou por figuras externas que vêm salvar “a honra do convento”. Isto, claro, se não vier a suceder o pior que é beneficiar o grupo que, localmente, seja mais instrumentalizável e clientelar. A cobardia do Ministro vai atirar as instituições para um pé-de-guerra que era dispensável e é lamentável. Também no mesmo Conselho de Ministros foram aprovados 42,5 milhões de euros para celebrar acordos com municípios para alargar a oferta de vagas de educação pré-escolar. O que parece uma boa notícia para as 12.500 famílias a quem falta uma vaga revela uma gestão desastrosa da parte de Fernando Alexandre. Em abril, o Ministério anunciava apoios para o setor privado e social abrirem mais de 200 salas de pré-escolar. Todavia, os concursos só avançaram mesmo em julho. O setor privado apenas correspondeu com 1200 vagas e quatro salas. O concurso para setor social, que se havia queixado de falta de contacto da parte do Ministério, teve de ser prolongado por duas semanas e ainda não se conhecem os seus resultados. Foi assim que, a menos de 2 semanas do início do ano letivo, o Governo, sem qualquer negociação prévia, enviou protocolos aos municípios para abrirem eles salas de pré-escolar. Resta saber como é que o iluminado Professor da Universidade

do Minho acha que as autarquias conseguirão cumprir com a contratação pública dos “monoblocos” ou o ajuste de outros contratos, como limpeza ou refeições, neste curto espaço de tempo. Ou, então, simplesmente, porque não se lembrou desta solução antes. Se estas novidades do Conselho de Ministros passaram despercebidas, e seguramente muito longe de escrutinadas criticamente, o mesmo não se pode dizer do aumento das propinas e do fim da acumulação da sua devolução com o IRS Jovem, como até agora sempre ocorrera. É uma má notícia para os jovens, que se tornam assim nas primeiras vítimas de um Orçamento sem margem. A devolução das propinas valia entre 2 e 5 mil euros, para licenciados e mestres respetivamente. Segundo o Doutor Finanças, este benefício é mais favorável do que o IRS Jovem para salários até 1.680 e 2.482€, consoante o grau que o jovem tenha concluído.

O aumento da propina não é um problema para as famílias pelos 13€ que subirão no próximo ano. Como uma bola de neve, estes aumentos de propina vão-se acumular ano após ano, até que o seu valor seja incomportável para muitas famílias. Já nos mestrados, o Governo optou por voltar a deixar as universidades cobrarem o que quiserem. Anunciar isto no dia em que se apresenta um estudo sobre ação social no ensino superior é uma piada de mau gosto. Fazê-lo ao mesmo tempo que se deixa, impunemente, incumprir a Lei n.º 8/2025, de 5 de fevereiro, que alargava à classe média o apoio ao alojamento é igualmente paradigmático da fragilidade das nossas instituições.

Também aqui o caminho da AD esfuma-se, como areia entre os dedos. O grande estudo da ação social conclui sobretudo (para não dizer apenas) pelo alargamento das bolsas automáticas que a Juventude Socialista aprovou em Orçamentos do Estado desde 2020. Como já havíamos visto na floresta, na água, na economia ou na modernização do Estado, as “grandes reformas” revelam-se minúsculas alterações ao que já existia e já estava a ser feito. Estes novos pacotes servem para esconder o resto: os retrocessos e os impasses de um Governo que está a travar o progresso do país. Já dizia o ditado: com Montenegro, o que é bom não é novo e o que é novo não é bom. Talvez não haja melhor exemplo disso do que no triste e fracassado Ministério de Fernando Alexandre.

Bonifácio – Quinta de Montalegre

Depois de «Benfica de outrora e a Herdade da Granja» de 2022, Fausto Castelhano (n.1940) assina este livro de 293 páginas no qual, apesar da indicação na capa («Memórias de Benfica») o texto vai muito mais longe e apresenta memórias articuladas da família Castelhano, da cidade de Lisboa, de Portugal e do Mundo. A edição é da Espaço Ulmeiro, a capa de Armando Cardoso, a introdução de Teresa Castelhano e o prefácio de Alexandra Carvalho. A partir da história de uma pessoa e de uma família, surge o contexto nacional e mundial, as mudanças de regime político, os conflitos regionais, as guerras mundiais. É neste enquadramento que surge o Bonifácio, o boneco de Arnaldo Ressano que o «Diá-

rio de Notícias» do dia 11-6-1939 anuncia a fazer chover dinheiro em Lisboa das 17 às 19 horas. É o alfaiate António Castelhano que apanha o boneco caído de um avião. Ao longo da História a Literatura nunca deixou de chamar as coisas pelos seus nomes; o autor não hesita em chamar alucinado e tenebroso ao general franquista Millan Astray, célebre pelo grito de «Viva la muerte!». A Quinta de Montalegre ocupava o espaço onde se situa o Estádio da Luz do Sport Lisboa e Benfica (clube fundado em 13-9-1908) e foi inaugurado em 1-12-1954 com um desafio de futebol entre S.L.B. e o F.C. Porto que este venceu por 3-1.

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Host Vince Nigro GuestYara Attalla

Saturday 10:30 am

Sundays 10:00 am

Saturdays 7:30 am

Crédito:
DR Miguel Costa Matos Opinião

Em Brampton, Senhor Santo Cristo dos Milagres

A fé que move um povo, também no Canadá

Mais do que uma festa ou tradição, é a alma de um povo que se ajoelha com lágrimas nos olhos e promessas no coração. Quando o andor do Senhor Santo Cristo dos Milagres percorre as ruas de Brampton, longe da ilha-mãe, ecoa a dor, a esperança e a fé de gerações que mantêm vivas as suas raízes açorianas. É uma fé que nasce das promessas feitas nas madrugadas difíceis, das velas acesas por mãos trémulas, dos ensinamentos dos avós e do cheiro das bifanas e do incenso. O som das bandas filarmónicas e as cores das fitas e bandeiras elevam o espírito, lembrando que, apesar dos oceanos, somos todos ilhéus, unidos por esta devoção profunda. No arraial, entre alegria e silêncio, cada coração carrega a sua cruz, e diante do Senhor Santo Cristo tudo se torna mais leve. E assim, geração após geração, renova-se o milagre de um povo que nunca esquece quem é e que ergue, sempre, a bandeira da açorianidade.

Norberto Brum, padre convidado: a fé que une além-mar Em Brampton, na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, onde bate forte o coração micaelense, o Padre Norberto Brum regressa como “verdadeiro peregrino do Senhor Santo Cristo dos Milagres”. Traz consigo “o abraço quente dos Açores, da identidade, da beleza e da alma de um povo espalhado pelo mundo, mas unido pela fé”. Deixa uma mensagem “de esperança luminosa: mesmo quando a vida nos contraria, é a fé que nos ergue, que nos sustém e nos impede de cair. Com Deus, tudo é possível”. Leva no coração “a ternura e a força desta vivência profunda, tantas vezes mais intensa fora das ilhas, onde a saudade, a fé viva e o amor à terra se entrelaçam no olhar devoto de cada açoriano”, e assume que “aqui, mais do que nunca, a fé fala alto. E une.”

Patrick Brown, Presidente da Câmara de Brampton: “isto une Brampton e reforça laços com os Açores”

No momento em que a cidade de Brampton voltou a encher-se de cor, fé e tradição, este evento, já enraizado no calendário comunitário, destaca-se como um momento de união e partilha cultural. “Faz parte da beleza do Canadá celebrarmos, juntos, as tradições uns dos outros”, referiu o Presidente da Câmara daaquela cidade, que acompanohou a procissão, “marcada por momentos de oração, música e sabores típicos da gastronomia açoriana”. Com uma forte presença da comunidade açoriana em Brampton, Patrick Brown en fatiza que “a celebração é vista como uma expressão viva da identidade insular além-fronteiras”. Em paralelo com o evento religioso, cresce também a expectativa em torno do futuro Parque dos Açores, onde terá uma réplica das Portas da Cidade de Ponta Delgada. Segundo o responsável político, o projeto “será de grande importância para a cidade, reforçando os laços culturais e emocionais com o arquipélago, trazendo para Brampton um autêntico pedaço dos Açores”. A inauguração está prevista para o próximo ano e promete tornar-se num novo espaço de encontro, memória e celebração da açorianidade.

Martim Medeiros destaca impacto da Festa do Senhor Santo Cristo e do futuro Parque dos Açores

O vereador de Brampton sublinhou “a importância da Grandiosa Festa do Senhor Santo Cristo, que cumpre este ano a sua 19.ª edição”, destacando “não só o seu valor religioso, mas também o impacto turístico e cultural para a cidade”. O evento atrai um número crescente de visitantes, incluindo canadianos.

O autarca Martim Medeiros, referiu ainda que “foi o proponente do nome Azores Park” e que “lidera o projeto das futuras

Portas da Cidade, desenvolvido em colaboração com membros da comunidade”. A nova infraestrutura “pretende ser um símbolo duradouro da presença e identidade açoriana em Brampton”.

Vereador Paul Vicente refere a grandiosidade da comunidade luso-canadiana

O vereador Paul Vicente, da Câmara Municipal de Brampton, destacou a” profunda ligação pessoal e comunitária às Festas do Senhor Santo Cristo, que acompanha desde a infância, em Toronto”, e que “hoje vive com especial emoção junto à Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Brampton”. Filho de emigrantes portugueses e com passagem por Fátima, o vereador sublinhou “o orgulho em ver a comunidade unida pela fé e pela tradição”, considerando “a construção no futuro Azores Park como um símbolo vivo dos Açores e de Portugal”, Segundo Paul Vicente, “a construção do parque, em parceria com o vereador Martin Medeiros e com o apoio do presidente da câmara, Patrick Brown, representa um reconhecimento da comunidade portuguesa que, nas suas palavras, nos colocou aqui e à qual têm o prazer e a responsabilidade de servir”.

Guido Pacheco destaca força da fé e prepara celebração dos 20 anos da Festa O responsável pela organização das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres em Brampton destacou, “com emoção, a forte adesão popular ao evento deste ano, especialmente no domingo, sublinhando a crescente participação da comunidade e o envolvimento notável da juventude”. “O que mais me tocou foi ver tantos jovens a carregar o andor e a ajudar na organização. São eles o futuro das nossas tradições”, afirmou. Agradecendo a todos os voluntários, realça que “apesar do cansaço natu-

ral após meses intensos de preparação, o organizador garantiu que continuará, pelo menos até à edição do próximo ano, que assinalará os 20 anos das festas”.

Guido Pacheco assume que já está “a começar a organizar-me e a pensar em ideias para enfrentar esse grande ano. Se Deus quiser, vamos celebrar em grande”, concluiu, deixando “em aberto o que poderá vir depois, devido ao desgaste acumulado e a questões pessoais”.

O testemunho comovente da peregrina

Maria Melo

Com a voz embargada pela fé e o coração cheio de saudade, Maria Melo falou como quem reza. Peregrina há 19 anos e fiel à imagem, é na capela do Senhor Santo Cristo que encontra consolo, coragem e força para continuar. Vai lá três vezes por semana. Cuida, enfeita, serve - como quem ama. “O Senhor Santo Cristo dá-me vida. Ele toma conta de mim”, disse, emocionada, com os olhos brilhantes de fé. Ao lado do marido viveu 48 anos. Agora, com ele já na eternidade, Maria sente que a fé os mantém ligados. “Ele partiu... mas continua comigo. Doou até os seus órgãos. Foi tudo tão bonito. A fé consola-me”. É ali, junto ao Senhor, que Maria entrega as suas dores. “Digo-Lhe: ‘Toma conta de mim e dos bons que estão comigo’. E Ele nunca falha. Quem falha, às vezes, é o nosso coração...” Entre as flores do altar e o silêncio das orações, Maria pede o essencial: paz, amor, fé e alegria de ir à Igreja. Pede por todospelas crianças, pelos jovens, pelos idosos, pelos governantes. E termina com um grito de alma: “Aleluia, Senhor!”.

E é assim. Olhos nos olhos com a imagem que representa toda esta grandiosidade e é com fé que me despeço de vós, sempre no coração da comunidade. Porque enquanto houver fé, o Senhor Santo Cristo dos Milagres caminhará connosco. E nós, com Ele. A 19.ª edição da Procissão do Senhor Santo Cristo não foi apenas mais uma - foi um renovar de promessas, um reencontro de gerações, um grito silencioso de gratidão que subiu aos céus entre lágrimas, velas acesas e cantos de esperança. Em Brampton, tão longe das ilhas e tão perto do coração, ergueu-se mais do que uma festa: ergueu-se a alma de um povo. Há reportagens que se fazem com palavras, com imagens, com técnica… Mas esta, para mim (Rómulo), é uma daquelas que se fazem com alma - daquelas que ficam no coração e fazem a gente sentir, verdadeiramente, o pulsar da fé e da esperança desta comunidade.

RMA/MS/Fotos: Alfredo Alves

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras. A vez

Bem-vindos à edição de agosto do Boletim Magellan! À medida que o verão chega ao fim, temos o prazer de partilhar convosco as mais recentes atualizações sobre o nosso progresso e uma antevisão das iniciativas entusiasmantes que nos levarão até ao outono.

Temos a satisfação de anunciar que George Furtado assumiu o cargo de Presidente Interino da Magellan Community Foundation. George traz consigo uma vasta experiência, liderança e paixão pela nossa missão, e estamos confiantes de que a sua orientação ajudará a reforçar os nossos esforços na construção de um futuro mais brilhante para a nossa comunidade.

Conecte-se connosco!

Espero que tenha gostado da atualização deste mês! Como sempre, agradeço os vossos comentários e sugestões.

Estou ansiosa por regressar no próximo mês com mais novidades do Magellan.

Com os melhores cumprimentos,

Natalie Santos

Diretora-Geral, Magellan Community Charities (437) 914-9110 nataliesantos@magellancharities.com

Do fundo do coração, OBRIGADO!

Os seniores da nossa comunidade de língua portuguesa precisam do Magellan Centre, e graças a si estamos no bom caminho para tornar este sonho realidade.

Aponte a câmara para doar

Grandes

avanços na construção e o que está por vir

Desde a última atualização, houve uma atividade significativa no local, com grande foco no trabalho estrutural, à medida que a estrutura de betão e aço continua a erguer-se. Na semana passada, foram realizadas duas grandes

Torneio de Golfe ESGOTADO!

Temos o prazer de partilhar que o nosso 2.º Torneio Anual de Golfe, que terá lugar na quarta-feira, 17 de setembro de 2025, no Lebovic Golf Club, em Aurora (Ontário), está oficialmente esgotado! Um sincero agradecimento a todos pelo vosso apoio incrível –aguardamos com entusiasmo um dia memorável no campo de golfe, juntos.

betonagens no Piso 3, estando mais três programadas para o início de setembro.

O trabalho está a avançar de forma constante, com colunas e paredes a serem construídas do Piso 3 para o

Piso 4. Após cada laje ser betonada, segue-se imediatamente a construção de colunas e paredes. Prevê-se que as betonagens do Piso 4 comecem em meados de setembro. Além disso, o início da instalação das tubagens subterrâneas de esgotos, águas pluviais e abastecimento está previsto para meados ou final de setembro.

2.º Grande Baile de Angariação de Fundos da Magellan patrocínios e mesas já disponíveis!

O planeamento do nosso baile anual está em pleno andamento, e temos a alegria de anunciar que já estão abertas as oportunidades de patrocínio e reserva de mesas! Para mais informações, visite o nosso site em magellangala.ca ou contacte-nos pelo telefone (437) 914-9110.

Junte-se a nós para uma noite inesquecível em apoio à missão da Magellan: Sábado, 22 de novembro de 2025

18h00 – 23h00

LiUNA! Local 183 Headquarters, 200 Labourers Way, Vaughan

Apresentado e co-presidido por Joseph Mancinelli da LiUNA!, juntamente com a Direção Executiva da LiUNA! Local 183 –Jack Oliveira, Luis Camara, Nelson Melo, Marcello Di Giovanni, Ricardo Teixeira, Jaime Cortez e Patrick Sheridan – o baile deste ano contará com uma atuação especial dos The Tenors e promete ser um espetáculo memorável!

Hamilton dá início a projeto pioneiro de habitação inclusiva promovido pela Luso Canadian

Foi lançada esta terça-feira, 10 de setembro, a primeira pedra de um projeto que promete marcar a cidade de Hamilton e servir de exemplo de inclusão e solidariedade para o Canadá e o mundo. Trata-se da futura unidade de habitação de apoio promovida pela Luso Canadian Charitable Society, que oferecerá um lar digno, seguro e humano a 45 adultos com deficiências físicas e/ou intelectuais.

Acerimónia simbólica realizou-se no terreno onde será erguido o edifício, na 922 Main Street East, e contou com a presença de representantes de vários níveis de governo, incluindo um representante do Governo português. Estiveram também presentes utentes, familiares, voluntários, amigos, doadores e membros da comunicação social local, num ambiente marcado por um forte envolvimento comunitário.

Este projeto pioneiro assenta num investimento robusto e diversificado: 16 milhões de dólares do Governo de Ontário, 2,7 mi-

Charitable Society

lhões de dólares do Governo do Canadá (através do Enabling Accessibility Fund), 500 mil dólares em taxas de urbanização isentas pela cidade de Hamilton, e uma campanha de angariação de fundos de 7 milhões de dólares liderada pela Luso Canadian Charitable Society

Com seis andares, a futura residência será muito mais do que um edifício. Será um espaço de pertença e vida, com apoio permanente 24 horas por dia, programas individualizados, espaços comunitários e uma infraestrutura totalmente acessível, concebida para responder com humanidade às necessidades específicas de cada residente. Jack Prazeres, presidente da Direção da Sociedade de Caridade Luso Canadian, expressou a emoção e importância deste momento para a comunidade: “este é um dia há muito esperado, fruto de quase oito a dez anos de trabalho e planeamento que agora finalmente se materializa com o início da construção. É um projeto urgente, pois muitas famílias vivem em aflição e já não conseguem cuidar sozinhas dos seus

familiares com deficiência. Só quem está neste ‘comboio’ sabe a verdadeira aflição destas famílias.” Prazeres acrescentou que a construção arrancará logo que a licença seja aprovada, possivelmente ainda esta semana, e que o objetivo é avançar o mais rapidamente possível. O contexto atual do setor da construção, com maior disponibilidade de mão-de-obra e custos ligeiramente mais baixos, é um fator favorável. Embora complexo, o projeto deverá ser inaugurado no início de 2027. “Este modelo da Luso é já reconhecido internacionalmente, servindo de inspiração para outros países e governos canadianos. Quando todos puxam para o mesmo lado, a carroça avança”, concluiu o líder comunitário, agradecendo o apoio dos diversos níveis de governo e da comunidade.

O Premier de Ontário, Doug Ford, realçou a importância deste projeto: “hoje celebramos uma conquista notável. Este projeto representa muito mais do que habitação; é um verdadeiro alívio e uma fonte de esperança para as famílias que enfrentam de-

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Com mais de 10 anos de experiência a ajudar a comunidade imigrante a construir uma nova vida no Canadá, Diane Campos dá agora início a um novo capítulo com a criação da Campos Immigration Consultancy Inc.

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safios diários. Ver futuros utentes, como o Walter, tão entusiasmados por finalmente terem um lar, mostra o impacto profundo desta iniciativa. Este sucesso só foi possível graças à colaboração dos governos municipal, provincial e federal, e ao apoio dedicado da comunidade. Juntos, estamos a construir um futuro mais inclusivo, onde todos podem viver com dignidade e segurança.”

Andrea Horwath, Presidente da Câmara Municipal de Hamilton, reforçou: “é com grande satisfação que Hamilton acolhe este projeto, um passo importante rumo a uma cidade mais inclusiva e acessível. Este é o verdadeiro exemplo de parceria: traz tranquilidade às famílias, dignidade aos residentes e esperança a toda a comunidade. Porque isto é muito mais do que habitação é um lar. É futuro.”

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, partilhou o seu orgulho e esperança: “hoje é um dia de sol radioso, de alegria e profundo orgulho, não só para a comunidade portuguesa, mas para toda a cidade de Hamilton. Este novo projeto da Luso vai apoiar com dignidade pessoas com necessidades especiais e as suas famílias ao longo da vida. Num mundo cheio de barreiras e preconceitos, iniciativas como esta são fundamentais. Estou grata e orgulhosa, como Cônsul-Geral, mulher e ser humano, por testemunhar o nascimento de um projeto que faz verdadeiramente a diferença.”

A Luso Canadian Charitable Society é uma instituição sem fins lucrativos, registada no Canadá, dedicada a melhorar a qualidade de vida de adultos com deficiências físicas e/ou intelectuais. Com centros em Toronto, Hamilton e Mississauga, apoia anualmente mais de 300 utentes através de programas diurnos, formação em competências de vida, apoio à literacia, atividades comunitárias e serviços de alívio temporário para cuidadores. Destaca-se há décadas pelo forte espírito associativo e sentido de responsabilidade social.

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Credito: Francisco Pegado

Num gesto simbólico carregado de emoção e patriotismo, a comunidade brasileira em Toronto reuniu-se esta sexta-feira, 5 de setembro, na Assembleia Legislativa de Ontário, no emblemático Queen’s Park, para assinalar o 203.º aniversário da Independência do Brasil.

Organizada pelo Conselho Brasileiro de Cidadania de Ontário (CONCID), em parceria com o Consulado-Geral do Brasil em Toronto, a cerimónia de hasteamento da bandei-

LOCAL

Comunidade brasileira em Toronto celebra a Independência do Brasil

ra brasileira contou com a presença de autoridades locais, membros do corpo diplomático de outros países, representantes da comunidade brasileira e várias gerações de imigrantes.

O Cônsul-Geral do Brasil em Toronto, Embaixador Enio Cordeiro, proferiu um discurso caloroso, sublinhando a importância do 7 de setembro como símbolo de soberania, liberdade e identidade nacional “celebrar esta data longe do Brasil é também reafirmar o nosso compromisso com os valores da paz, da democracia e da solidariedade entre os povos. O Brasil é grande, e a sua presença no mundo reflete-se também nas comunidades que constrói no exterior”, afirmou o diplomata.

O Embaixador destacou ainda os laços históricos entre o Brasil e o Canadá, que mantêm relações diplomáticas há quase dois séculos, com um comércio bilateral superior a 10 mil milhões de dólares e investimentos recíprocos de grande relevância.

Condutor acusado após acidente mortal em creche de Richmond Hill, Ontário

Um condutor foi acusado na sequência de um acidente mortal, ocorrido na quarta-feira, (10), quando um veículo embateu contra uma creche em Richmond Hill, informaram as autoridades policiais.

Num comunicado emitido na quinta-feira (11), a Polícia Regional de York afirmou que um homem foi acusado de um crime de condução perigosa com resultado em morte e de dois crimes de condução perigosa com resultado em ferimentos corporais.

Um menino de um ano e meio morreu e outras seis crianças ficaram feridas depois de um veículo ter embatido contra a First Roots Early Education Academy por volta das 15h de quarta-feira (10).

Uma das crianças continua em estado crítico e as restantes vítimas apresentam ferimentos que não põem a vida em risco, segundo a polícia de York. No momento do acidente, encontravam-se 96 crianças no edifício, informou a polícia. Três funcionárias adultas também ficaram feridas.

Um homem de 70 anos foi detido no local. Os investigadores disseram que não

acreditam que o embate tenha sido intencional, mas não avançaram explicações sobre o que poderá ter causado o incidente, ocorrido à hora de recolha das crianças.

Um veículo elétrico Hyundai de grandes dimensões foi retirado do edifício na noite de quarta-feira e colocado num reboque, apresentando poucos danos visíveis além de uma chapa de matrícula pendurada.

Os pais ficaram profundamente abalados com o caos após o acidente, afirmou o presidente da câmara de Richmond Hill, David West, que acrescentou que a cidade está de luto após o incidente e que, nos próximos dias, irá falar com as famílias das vítimas e outros pais. “Imaginar a situação em que estas pessoas se encontram é simplesmente impensável, mesmo hoje, depois de termos tido algum tempo para assimilar o sucedido”, disse. “Somos uma comunidade forte. Permaneceremos unidos e faremos o que for necessário para ajudar todos a ultrapassar este momento.”

Segundo West, o carro entrou na creche a partir do parque de estacionamento situado na parte traseira do edifício.

CBC/MS

O evento reuniu diversos membros da comunidade brasileira. Muitos dos presentes envergavam roupas com as cores da bandeira nacional, criando um ambiente festivo, nostálgico e cheio de orgulho. Estima-se que cerca de 150 mil brasileiros vivam no Canadá, dos quais aproximadamente 80 mil residem na Área da Grande Toronto (GTA) uma comunidade composta por estudantes, empresários, artistas e famílias que mantêm vivas as suas ligações com o Brasil.

A celebração também foi um momento de partilha e reflexão para muitos brasileiros presentes. Anne Mourão, nascida no Canadá é consultora imobiliária e agente de crédito à habitação, também marcou presença no evento, destacando a importância da celebração para a integração e valorização da comunidade “estes eventos fortalecem os nossos laços com o Brasil e entre nós, aqui no Canadá. É importante que as novas gerações e não só conheçam e celebrem as nossas origens.”

Na mesma linha, Ulysses de Paula, agente cultural na comunidade, partilhou a emoção do momento “foi uma honra participar no hasteamento da bandeira do Brasil em homenagem ao 7 de setembro. Viver no Canadá e celebrar a nossa independência é emocionante. Pelo segundo ano consecutivo, participo nesta cerimónia com muito orgulho. É um momento histórico para todos nós, brasileiros.”

A cerimónia foi encerrada com uma vibrante apresentação de chorinho, género musical tipicamente brasileiro que, como destacou o Vice-Cônsul Alexandre Lemos, “simboliza a riqueza da diversidade cultural do Brasil”.

Mais do que uma celebração institucional, o evento revelou-se um espaço de reencontro, emoção e partilha para todos os que carregam o Brasil no coração, mesmo vivendo a milhares de quilómetros de distância. FP/MS

Mais de 10.000 trabalhadores de apoio

dos colleges em greve em Ontário

Mais de 10.000 trabalhadores de apoio a tempo inteiro dos 24 colleges públicos de Ontário entraram em greve na quinta-feira (11) numa tentativa de garantir segurança no emprego, informou o sindicato.

OCollege Employer Council (CEC)

“abandonou a mesa de negociações”, disse a equipa de negociação do pessoal de apoio do Ontario Public Service Employees Union (OPSEU). “Se pensam que podem negligenciar a sua responsabilidade de negociar, está na hora de lhes lembrarmos que há força no sindicato”, afirmou o sindicato numa declaração enviada por email. “Isto não é apenas uma luta por um contrato — é sobre o futuro do apoio aos estudantes. Estamos a lutar porque sabemos que os nossos estudantes precisam de nós.”

O OPSEU, que representa técnicos de biblioteca, funcionários de registos e pessoal de apoio tecnológico, e o CEC têm vindo a negociar um novo contrato desde junho. O anterior expirou a 1 de setembro. Apontando para despedimentos em massa, o sindicato afirma que a segurança no emprego e o financiamento adequado são as principais preocupações dos trabalhadores. O sindicato estimou que cortes anteriores e futuros em todo o sistema resultarão em 10.000 perdas de emprego e que mais de 650 programas já foram cancelados, de acordo com declarações feitas à CBC News em agosto.

Mais de 55 grupos comunitários juntaram-se ao compromisso da Federação do Trabalho de Ontário de apoiar os trabalhadores em greve, acrescentou o sindicato. JN/MS

Credito: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado

Canadá

está a “avaliar”

relação com Israel após ataque ao Qatar: ministra dos Negócios Estrangeiros

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá disse que Ottawa está a “avaliar” a sua relação com Israel na sequência do ataque deste país ao Qatar — mas não especificou em que consiste essa avaliação. “Estamos a avaliar a relação com Israel. Claro que o ataque de ontem ao Qatar foi inaceitável. Foi uma violação do espaço aéreo do Qatar. Houve mortes no terreno numa altura

em que o Qatar estava a tentar facilitar a paz”, disse Anita Anand aos jornalistas, durante o retiro do grupo parlamentar liberal em Edmonton. “Existem muitas peças em movimento no Médio Oriente neste momento. E, em última análise, a posição do Canadá é que precisamos de trabalhar pela paz no Médio Oriente e de responder à situação humanitária em Gaza.”

Anand fez estas declarações quando questionada sobre o anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que pretende propor sanções e uma suspensão parcial do comércio contra Israel devido à guerra em Gaza. A ministra dos Negócios Estrangeiros foi questionada sobre se o Canadá consideraria limitar o comércio com Israel após o bombardeamento de terça-feira no Qatar. Ela respon-

deu que o foco do Canadá está no reconhecimento de um Estado palestiniano. Quando lhe pediram para clarificar os comentários, especificamente se o Canadá adotaria medidas semelhantes, Anand disse que o governo “continuará a avaliar os próximos passos.”

Um porta-voz do gabinete de Anand disse à CBC News que os comentários da ministra foram feitos “no sentido de que o governo está constantemente a acompanhar a situação e continuará a avaliar formas de pressionar por um cessar-fogo, por ajuda humanitária sem restrições e pela libertação de todos os reféns.”

Israel atacou na terça-feira a sede do Hamas no Qatar, matando cinco membros do grupo, numa altura em que as suas principais figuras se reuniam para considerar uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. As Forças de Defesa de Israel disseram numa publicação nas redes sociais que estavam a visar a liderança sénior do Hamas.

O primeiro-ministro Mark Carney classificou o ataque como “uma expansão intolerável da violência e um atentado à soberania do Qatar”.

Netanyahu voltou a defender o ataque e ameaçou novas ações contra o Qatar. “Digo ao Qatar e a todas as nações que abrigam terroristas: ou os expulsam ou os levam à justiça”, afirmou Netanyahu. “Porque, se não o fizerem, fá-lo-emos nós.”

CBC/MS

Governo federal adota nova estratégia para reduzir testes em animais

O governo federal lançou uma nova estratégia para reduzir o número de animais usados em testes laboratoriais regulatórios em todo o Canadá, uma medida que alguns especialistas estimam poder resultar em milhares de animais a menos por ano sujeitos a testes dolorosos ou tóxicos.

Aestratégia, publicada online em meados de julho, prevê que o governo identifique e promova o uso de alternativas cientificamente viáveis aos testes químicos previstos na Lei Canadiana de Proteção Ambiental, realizados em animais vertebrados como gatos, cães, ratos e coelhos. No entanto, esta medida não terá impacto no uso de animais para testes de medi -

camentos, produtos médicos e alimentares.

A decisão surge quase dois anos depois de o governo federal ter posto fim ao uso de animais em testes de produtos cosméticos. Amy Clippinger, diretora executiva da organização de defesa dos animais People for the Ethical Treatment of Animals (PETA), afirmou que a estratégia pode ter impacto, mesmo que os químicos e pesticidas representem apenas uma pequena parte dos testes regulatórios que envolvem animais. “Pode significar milhares de animais. São muitos os animais usados em testes regulatórios”, disse Clippinger. Contudo, especialistas como Clippinger alertam que o impacto da medida dependerá do nível de recursos e da prioridade que o governo atribuir à implementação da estratégia.

A iniciativa decorre do projeto de lei S-5, adotado em junho de 2023, que introduziu uma série de alterações à Lei Canadiana de Proteção Ambiental. A estratégia foi alvo de uma longa consulta nos últimos anos.

A publicação da estratégia antecede um relatório do Investigative Journalism Bureau (IJB), divulgado a 7 de agosto, que detalhou experiências cruéis conduzidas em cachorros num hospital de Ontário, no âmbito de uma investigação sobre o coração. As revelações do IJB levaram o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, a proibir os testes em cães e gatos na província, classificando-os como “cruéis” e “inaceitáveis.”

JM/MS

Carney diz que diversificação das relações comerciais com a Europa e a Ásia é um dos principais objetivos para o outono

O primeiro-ministro Mark Carney afirmou que o governo federal irá lançar este outono uma nova estratégia de diversificação comercial para “reforçar as relações existentes e abrir novos mercados para as empresas canadianas, particularmente na Ásia.”

Carney, que discursava no encontro do grupo parlamentar liberal em Edmonton, apresentou as sete prioridades do governo para este outono, que abrangem segurança económica, redução do custo de vida, construção de habitação acessível, proteção da soberania canadiana e garantia de taxas de imigração sustentáveis. No seu discurso, sublinhou que a economia global não está a passar por uma transição, mas sim por “uma rutura”, à medida que os Estados Unidos transformam fundamentalmente todas as suas relações comerciais. “Já ultrapassámos o choque, mas nunca devemos esquecer as lições: temos de cuidar de nós próprios e temos de cuidar uns dos outros”, afirmou Carney, observando que o Canadá iria construir uma nova relação económica e de segurança com os EUA, ao mesmo tempo que

diversifica as suas relações comerciais. Segundo Carney, os trabalhos para implementar o recente acordo do Canadá com a União Europeia começarão este mês, após o anúncio de um novo enviado especial canadiano. O gabinete do primeiro-ministro não forneceu detalhes sobre quem será o enviado nem sobre as funções concretas do cargo.

O Canadá tem procurado reforçar os laços com a Europa enquanto reavalia a sua relação com os Estados Unidos em plena guerra comercial. Em junho, Carney assinou uma parceria estratégica de defesa e segurança com a União Europeia, que abriu a porta à participação de empresas canadianas no programa ReArm Europe, avaliado em 1,25 biliões de dólares. Em agosto, o primeiro-ministro viajou à Alemanha, Ucrânia e Polónia para se reunir com líderes políticos e empresariais de relevo, com o objetivo de avançar oportunidades de cooperação em áreas como comércio, energia, minerais críticos, defesa e inteligência artificial. Falando no retiro do grupo parlamentar liberal em Edmonton, Carney afirmou que os Estados Unidos transformaram de forma

fundamental todas as suas relações comerciais, causando uma “rutura” e não uma mera transição na economia global. Carney reiterou que a habitação acessível continua a ser um dos objetivos do governo para este outono. Disse ainda que o governo lançará o seu programa federal de habitação, Build Canada Homes, já na próxima semana. O plano visa duplicar o ritmo de construção habitacional na próxima década. A nova entidade funcionará como promotora imobiliária, supervisionando a construção de habitação acessível no Canadá e disponibilizando dezenas de milhares de milhões em financiamento para novos projetos habitacionais em todo o país. “Não vamos apenas construir casas, vamos construir habitação que seja solidária, competitiva, amiga do clima e, acima de tudo, canadiana”, disse Carney. O primeiro-ministro acrescentou ainda que este outono será apresentada a nova estratégia governamental de “competitividade climática”, sublinhando que combater as alterações climáticas é um “imperativo económico.”

Credito: DR

"Lá vamos nós". Trump quebra silêncio sobre drones russos na Polónia com mensagem enigmática

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pronunciou-se sobre a incursão de cerca de 20 drones russos na Polónia com uma mensagem sucinta e enigmática. "O que está a Rússia a fazer ao violar o espaço aéreo da Polónia com drones? Lá vamos nós", afirmou Trump na sua rede social Truth Social.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, confirmou que pelo menos 19 drones russos violaram o espaço aéreo da Polónia entre terça-feira (9) à noite e quarta-feira (10), o que obrigou a ativar os sistemas de defesa e a abater pelo menos três dessas aeronaves não tripuladas. Varsóvia invocou o artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte para solicitar consultas formais aos restantes países-membros da NATO, um bloco do qual também fazem parte os Estados Unidos.

A NATO ajudou a intercetar drones que os ocidentais consideraram terem sido deliberadamente enviados durante a noite pela Rússia.

JM/MS

Anulação

Juiz vai contra Alexandre de Moraes e pede anulação do processo contra Bolsonaro

O juiz Luiz Fux pediu a "anulação do processo por incompetência absoluta" da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O terceiro de cinco juízes que compõem o coletivo apoiou as defesas dos réus, depois de, no dia anterior, o juiz relator, Alexandre de Moraes, e do juiz Flávio Dino terem votado pela condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus, num julgamento que terminará esta sexta-feira (12).

"Jair Bolsonaro é ex-presidente, mas está a ser julgado como se presidente fosse. Se é ex-presidente, o processo deveria ir para o juízo de primeiro grau", considerou, dizendo ainda que, "em virtude da incompetência absoluta para o julgamento, impõe-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados."

JM/MS

Atentado

Charlie Kirk, aliado de Trump e defensor do porte de armas, morre baleado durante evento

O comentador norte-americano Charlie Kirk, ativista de extrema-direita e acérrimo apoiante de Trump, morreu baleado, na quarta-feira (10), durante um evento no estado do Utah, nos EUA.

Charlie Kirk, figura de destaque no movimento conservador norte-americano, promotor de teorias da conspiração e de supremacia branca, com posições regressistas face a temas como o aborto, imigração e direitos da comunidade LGBTQIA+, foi baleado durante um evento na Universidade de Utah Valley, naquele estado norte-americano. O óbito foi anunciado por Donald Trump na sua rede social: "O grande e lendário Charlie Kirk morreu."

O ativista, que financiava campanhas de candidatos nacionalistas e conservadores através da organização Turning Point USA, que fundou, é conhecido pela participação em eventos universitários e debates ora-

Negação

tórios em que discute com membros da plateia opiniões acerca de temas sociais. De acordo com a CNN, quando foi atingido por um disparo, o ativista de extrema-direita, uma das vozes mais relevantes da juventude pró-Trump, estava num evento no campus da Universidade de Utah Valley para o qual tinha sido convidado. Segundos antes de ter sido atingido, respondia a uma pergunta acerca de ataques armados contra pessoas transgénero.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver Charlie Kirk - defensor do porte de armas de fogo - a ser baleado no pescoço, enquanto falava sentado debaixo de uma tenda perante o público que o ouvia.

De acordo com um comunicado da universidade, citado pela CNN, o atacante ainda não foi detido. O diretor do FBI, Kash Patel, garantiu estar "a acompanhar de perto as notícias sobre o trágico tiroteio", garan-

Rússia acusa Polónia de espalhar boatos sem provar que drones eram russos

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo acusou a Polónia de "tentar escalar" o conflito na Ucrânia, disseminando boatos sobre a intrusão no espaço aéreo polaco de drones, que Varsóvia alegou terem sido enviados pela Rússia.

Aembaixada russa na Polónia sublinhou que as autoridades polacas não forneceram provas que indicassem que os drones eram de origem russa, de acordo com comunicado. "O lado polaco (...) acusou a Rússia de provocações de forma completamente infundada", acrescen-

tou a embaixada, na mesma nota.

A presidência russa disse, também em comunicado, que não teve intenção de atacar alvos polacos, embora também não tenha confirmado a entrada de drones russos no espaço aéreo do país europeu. Ainda assim, o Kremlin admitiu que vai "realizar consultas sobre este assunto com o Ministério da Defesa polaco".

Na quarta-feira (10), a Polónia denunciou uma incursão de drones russos no espaço aéreo, o que considerou um ato deliberado pelo que solicitou formalmente uma consulta urgente com os aliados da NATO,

tindo, através de uma publicação na rede social X, que o organismo policial apoia "totalmente a investigação em curso".

O presidente norte-americano, Donald Trump, já reagiu ao incidente, elogiando Kirk como "um grande tipo, de cima a baixo".

Disse que "mortes valem a pena" para defender porte de armas

Em abril de 2023, num argumento favorável ao livre porte de armas no país, Charlie Kirk defendeu que algumas mortes provocadas por tiroteios "valem a pena" para garantir a Segunda Emenda da Constituição dos EUA, que protege o direito da população de garantia a legítima defesa, por porte de armas ou de qualquer outro equipamento. "Acho que vale a pena ter um custo de, infelizmente, algumas mortes por armas de fogo todos os anos para que possamos ter a Segunda Emenda para proteger os nossos outros direitos concedidos por Deus. É um acordo prudente. É racional", disse, na altura.

invocando o Artigo 4.º da Aliança Atlântica. O artigo em causa prevê consultas entre as partes sempre que um dos membros da aliança de defesa considerar estar ameaçada a "integridade territorial, a independência política ou a segurança".

Embora o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, tenha descrito a situação como "mais próxima de um conflito aberto do que nunca desde a Segunda Guerra Mundial", sublinhou que não havia motivos para afirmar que o país estava em guerra. Além dos aviões polacos, também foram acionados meios da NATO, com aviões e sistemas de defesa nos Países Baixos, em Itália e na Alemanha a serem ativados para enfrentar os drones.

JN/MS

Larry

Ellison ultrapassa Elon Musk. Quem é o novo homem mais rico do Mundo?

O empresário norte-americano Larry Ellison, cofundador da Oracle, duplicou os seus ganhos este ano para 200 mil milhões de dólares graças ao aumento das ações da empresa, tornando-se a pessoa mais rica do Mundo. Com 81 anos, ultrapassou o CEO da Tesla, Elon Musk, com o seu património líquido a ultrapassar os 393 mil milhões de dólares, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.

As ações da Oracle subiram 42%, na quarta-feira (10), atingindo máximos históricos, depois de a empresa ter previsto um crescimento fenomenal das receitas, impulsionado pela procura de inteligência artificial (IA), num relatório de resultados divulgado após o fecho do mer-

cado em Nova Iorque. As ações duplicaram de valor este ano, elevando o valor de mercado da Oracle para quase um bilião de dólares. Ellison já era o maior vencedor da lista dos mais ricos este ano no fecho de terça-feira (9), tendo lucrado 103 mil milhões de dólares desde janeiro. O aumento das ações elevou o valor da participação de Ellison na Oracle em 117 mil milhões de dólares para cerca de 395 mil milhões de dólares. O aumento num dia é superior aos valores de mercado da Nike, Robinhood ou DoorDash. O património líquido do presidente do conselho de administração da Oracle mais do que quadruplicou em menos de três anos. Em outubro de 2022, tinha cerca de 80 mil milhões de dólares.

George Pimentel: Best of TIFF Photo Exhibit

Neste mês de setembro de 2025, o Toronto International Film Festival celebra meio século de existência e essa efeméride é evocada com uma série de iniciativas que combinam memória, glamour e cinema. Uma das mais marcantes é a exposição fotográ ca de George Pimentel, intitulada George Pimentel: Best of TIFF Photo Exhibit, que revisita cinco décadas de momentos icónicos captados no tapete vermelho e nos bastidores do TIFF.

A exposição apresenta 50 das fotogra as mais memoráveis de Pimentel, cada uma delas escolhida para contar uma narrativa única: não só das celebridades que des laram por Toronto, como Halle Berry, Brad Pitt, Sophia Loren ou Denzel Washington, mas também dos instantes informais, íntimos, que muitas vezes escapam ao brilho dos ashes, mas que revelam o pulsar humano por detrás da fama.

Aberta ao público até ao próximo domingo, dia 14 de Setembro, na Portland Square (600 King St. W.), a galeria pop-up permite olhar de perto o percurso visual do TIFF, numa celebração da cultura cinematográca como fenómeno coletivo e espaço de glamour, arte e memória. Para além disso, há uma oportunidade para adquirir edições limitadas das fotogra as expostas, algo especialmente atrativo para fãs do festival, de fotogra a e da história do cinema.

Mais do que uma mera exposição de moda ou celebridades, o trabalho de Pimentel funciona como documento histórico: re ete transformações no estilo, nas personalidades, na própria forma como os festivais de cinema operam e recorda aos espectadores que cada retrato é também um fragmento de tempo, inserido num contexto cultural, social e mediático. A mostra junta-se a outras celebrações do 50.º TIFF, como a revista comemorativa “City of Stars: 50 Years of Movie Magic”, projetada para capturar a evolução, os bastidores e as narrativas menos visíveis que moldaram o festival ao longo de cinco décadas.

MB/DG Fotos: George Pimentel

Catarina Martins anuncia candidatura a Belém para "cuidar da democracia"

Catarina Martins confirmou a candidatura à Presidência da República através de uma mensagem aos militantes. A eurodeputada e ex-líder do Bloco de Esquerda compromete-se com a "luta generosa pela democracia".

Algumas semanas depois de se ter posicionado na corrida a Belém, num texto publicado nas redes sociais, a antiga coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) confirmou, na quarta-feira (10), que é candidata a presidente da República, através de uma mensagem enviada aos militantes bloquistas, avança o "Expresso". Catarina Martins quer que a sua candidatura seja um "espaço alargado" de encontro entre "tantas outras e tantos outros". "Nunca, como hoje, sentimos o perigo desta rampa deslizante. Não é uma questão de franjas da população nem mesmo de uma bancada parlamentar ruidosa. A voz da selvajaria está no centro da decisão política e a contaminar as instituições", escreveu a bloquista, reconhecendo que a "solidariedade é uma grande força de Portugal" e que "há quem queira negar essa força". A atual conjuntura política "não é uma repetição do passado", mas sim algo "novo e

eficaz" que exige "indignação, imaginação, coragem e ação", considera Catarina Martins, citada pelo mesmo jornal, declarando, "sem hesitações", que quer "ajudar a mudar já os termos do debate em Portugal", para "cuidar da democracia".

De acordo com o texto a que o "Expresso" teve acesso, a antiga coordenadora do BE assegura estar empenhada "em centrar o debate político na exigência da dignidade do trabalho, no direito à habitação, no apoio nas diferentes etapas da vida, no acesso à saúde, à educação e à cultura e no combate a todas as desigualdades e discriminações, em serviços públicos de qualidade".

Também aponta que é urgente "popularizar a democracia" e enfrentar os "poderes que se movem na sombra", defendendo um futuro assente na transição climática, "com um novo modelo de economia, um território vivo e coeso e uma nova credibilidade interna e externa". No panorama global, Catarina Martins defende que Portugal pode ser determinante na luta pela defesa do direito internacional, sempre sem "duplos critérios nem transigências de conveniência"..

JN/MS

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, falou ao telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as oportunidades para os dois países estreitarem as relações económicas, políticas e culturais.

De acordo com Luís Montenegro, Donald Trump manifestou solidariedade a Portugal na sequência do acidente com o elevador da Glória, em Lisboa, que fez 16 mortos. "Conversei ao telefone com o presidente Donald Trump no âmbito da nossa aliança e das relações bilaterais. Ambos vemos muitas oportunidades para estreitarmos as ligações económicas, políticas e culturais entre os EUA e Portugal", escreve o chefe do executivo português numa publicação na rede social X. "Agradeci, sensibilizado, a solidariedade que o Presidente Trump me transmitiu a propósito da tragédia do Elevador da Glória", escreve ainda o primeiro-ministro português..

SNS precisava do dobro dos obstetras para urgências não fecharem, diz Álvaro Almeida

O diretor executivo do SNS, Álvaro Almeida, alertou que se os médicos obstetras se limitassem a cumprir a sua obrigação contratual, metade dos serviços de urgência estaria sempre fechada. "Os médicos que estão no SNS estão obrigados, de acordo com os seus contratos, a prestar 509 mil horas de urgência no total" por ano, mas, para conseguir ter as 39 urgências de obstetrícia a funcionar continuamente, são necessárias um milhão e 22 mil horas de urgência, ou seja, o dobro, disse Álvaro Almeida, esta quarta-feira, na Comissão de Saúde, no Parlamento. Na audição, onde foi ouvido a requerimento do Chega sobre a morte de dois bebés, o responsável afirmou que "para garantir, de certeza, que não há problemas", o SNS precisava do dobro dos especialistas que tem hoje para assegurar as urgências em permanência. Contudo, disse ser impossível conseguir este objetivo nem "no curto, nem no médio prazo, nem mesmo ao fim de muitos anos", independentemente dos esforços que estão a ser feitos para aumentar esse número. "Felizmente, os profissionais têm uma disponibilidade - que tem de ser realçada e aproveito este momento para o fazer -, que permite que o problema não seja assim tão grave, tão profundo, e portanto vamos tendo bastante mais do que metade das urgências a funcionar em cada momento. Aliás, temos quase sempre para cima de 90% das urgências a funcionar", assinalou.

Segundo Álvaro Almeida, houve menos 35% de encerramentos de urgência de obstetrícia e ginecologia este verão de junho a agosto, comparativamente ao mesmo período do ano passado, o que indica que o plano que está a ser executado "está a dar resultados". "Se me dizem: mas continua

a haver encerramentos? Com certeza, os problemas estruturais não se resolvem num dia. Resolvem-se gradualmente, com várias soluções, umas de curto prazo", nomeadamente a coordenação das urgências para garantir que há sempre uma resposta e uma redução do número de encerramentos, e medidas estruturais. Álvaro Almeida adiantou que há medidas em análise, uma das quais a revisão da rede de urgências, que já está em curso, tendo para isso sido criado um grupo de trabalho que terá de apresentar em 30 dias uma proposta de rede de referenciação, que incluirá a criação de urgências regionais, que são pontos de urgência únicos numa determinada região. Questionado sobre o fecho de urgências, nomeadamente na margem Sul, que obriga as grávidas a fazer vários quilómetros para serem assistidas, Álvaro Almeida começou por dizer que toda a população gostaria de ter "uma urgência hospitalar à porta de casa, mas não é possível".

JN/MS

Vítor Escária foi nomeado novo diretor do Instituto Superior de Gestão, uma escola do grupo Lusófona. O antigo chefe de gabinete de António Costa, a quem foram apreendidos 75.800 euros em dinheiro, é arguido no âmbito da Operação Influencer.

Num comunicado online, o Instituto Superior de Gestão, em Lisboa, destaca que a decisão surge como "um novo capítulo", apresentando-o "com energia renovada e com ambição", no reforço da missão da escola de alcançar a excelência ao nível do ensino.

A escola traça o currículo de Vítor Escária, doutorado em Economia na Universidade de York (Reino Unido), mestre em Economia Monetária e Financeira e Licenciado em Economia no ISEG, autor de diversos artigos científicos, tendo como áreas de especialização a economia do mercado de trabalho e a política económica.

O antigo chefe de gabinete de António Costa alegou que o dinheiro apreendido em novembro de 2023 no seu gabinete era proveniente de rendimentos de trabalhos no estrangeiro. Em novembro de 2023, foi também descoberta no cofre do gabinete de trabalho de Vítor Escária uma "pen-drive" com a identificação e outros dados pessoais de centenas de agentes do Serviço de

Informação e Segurança (SIS), Serviço de Informações Estratégicas e Defesa (SIED), Polícia Judiciária (PJ) e Autoridade Tributária (AT). A apreensão deu origem a um inquérito por violação do segredo de Estado, no âmbito do qual o antigo chefe de gabinete foi ouvido em 30 de janeiro de 2025 pelo Ministério Público. Em 7 de novembro de 2023, foram detidos, no âmbito da operação Influencer, Vítor Escária e mais quatro pessoas, libertadas após interrogatório pelo juiz de instrução criminal. O caso culminou na queda do Governo de António Costa (PS) e na realização em 10 de março de 2024 de eleições legislativas antecipadas.

Credito:

UMAR sensibiliza entre 700 a 800 jovens madeirenses por ano

Joana Martins, coordenadora da delegação regional da UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta, revelou, em conferência de imprensa, que, graças ao projeto AR’THEMIS+, são sensibilizados, por ano, entre 700 a 800 jovens de todos os ciclos de estudo. Refira-se que este é um projeto que continuará nas escolas e tem por objetivo a prevenção primária da violência, por meio da organização de ações de sensibilização, muitas vezes incluídas na disciplina de Cidadania. Neste momento, qualquer estabelecimento de ensino poderá contactar, através dos meios disponibilizados nas redes sociais, para associar-se a esta causa. Embora “faltem recursos para o tanto que há a fazer”, evidenciou a coordenadora.

Comemorações do 49.º aniversário

A conferência de imprensa promovida nas instalações da UMAR, teve por objetivo dar a conhecer as atividades previstas para assinalar o 49.º aniversário da associação, a 12 de setembro. O programa enceta esta terça-feira com a apresentação do livro ‘Estudo de caraterização de jovens e famílias do concelho do Funchal’, cujos resultados foram apresentados em dezembro do ano passado. A iniciativa terá lugar na Câmara Municipal do Funchal.

A UMAR dará, também, continuidade à campanha ‘Seguimos juntos/as pela Igualdade’, na qual são envolvidas várias turmas de crianças e jovens na criação de pulseiras com mensagem relacionadas com a igualdade e inclusão, diretos humanos e o combate à violência.

A associação dará início a ‘Rodas de Conversa’ mensais na FNAC Madeira, sendo que cada uma das tertúlias será dedicada a um tema específico. A primeira, sob o tema ‘Feminismo e Igualdade de Género: coisas de mulheres?’, tem data agendada para 22 de setembro e contará com a diretora de Serviços de Igualdade e Cidadania, Mariana Aragão Gouveia, e do coordenador da Opus Gay Madeira, Paulo Spínola, como oradores.

Por fim, no dia 14, importa referir que haverá um almoço de aniversário para associadas.

Diga-se que o que a UMAR pretende, com este trabalho contínuo, é, de acordo com Joana Martins, “intervir na prevenção da violência, através da mudança de mentalidades e ajudar a perceber a base dos direitos humanos e a tratar as pessoas com respeito, independentemente das diferenças que existem”

JM/MS

AUTONOMIAS

Terra Nostra lança colecção de roupa Happy Cowllection

No âmbito do programa Leite de Vacas Felizes, criado pelo Grupo Bel com o propósito de promover o bem-estar animal, o desenvolvimento sustentável e a valorização do sector leiteiro, a marca Terra Nostra, acaba de lançar a ‘Happy Cowllection’, uma colecção de roupa de edição limitada.

Olançamento desta colecção é acompanhado por uma campanha publicitária omnicanal, com criatividade da VML, alia a moda ao activismo positivo, reforçando o posicionamento da marca como uma ‘lovebrand’ próxima dos consumidores. A actriz Rebeca Caldeira foi a escolhida para promover a colecção.

Casamentos

“O lançamento surge da escuta ativa dos consumidores, que nas redes sociais pediam as peças usadas pelos produtores nos Açores. Recebemos inúmeros pedidos e quisemos responder de forma criativa e relevante. A ‘Happy Cowllection’ é moda com propósito, que aproxima ainda mais os consumidores do nosso universo e da felicidade que inspiramos nos Açores”, explica Yvan Mendes, director de marketing da Terra Nostra, citado em comunicado de imprensa.

Divulgada em televisão, exterior, redes sociais e ponto de venda, a campanha publicitária é complementada com activações ao ar livre e com acções de marketing digital nas redes sociais ao longo do mês de

Setembro.

“A Terra Nostra tem uma missão, a missão de cuidar não só dos animais, como das pessoas e da natureza. Esta campanha vai muito além de uma colecção de roupa ao ser um manifesto quase que activista. Representa a nossa preocupação com o outro e com o seu bem-estar, incentivando cada português a cuidar de si e da sua felicidade, promovendo-a através do contacto com a natureza”, justifica Yvan Mendes.

Produzida em Portugal com algodão orgânico, a colecção, com artigos para adultos e crianças, tem algumas peças com a particularidade de serem fotossensíveis, revelando padrões ao sol.

DA/MS

descem em 2024, mas divórcios mantêm-se elevados nos Açores

A vida conjugal na Região Autónoma dos Açores tem sofrido mudanças significativas entre 2021 e 2024. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que, embora os casamentos tenham recuperado após a pandemia, em 2024 registou-se uma descida que os afasta ainda dos valores de 2019, enquanto o número de divórcios continua a ser expressivo.

Entre 2021 e 2024, celebraram-se nos Açores entre 837 e 945 casamentos por ano, com 871 uniões em 2024. Estes números mostram uma recuperação face ao período mais restritivo da Covid-19, mas permanecem abaixo das 958 uniões registadas em 2019, o último ano antes da pandemia. Por outro lado, os divórcios mantiveram-se em patamares elevados, com 603

em 2021, 581 em 2022 e 546 em 2023. Apesar de ligeiramente abaixo dos 590 registados em 2019, estes valores representam ainda uma taxa de dissolução significativa para uma região com população relativamente reduzida. Para 2024, os dados ainda não estão disponíveis.

Para a socióloga e professora catedrática da Universidade dos Açores, Gilberta Pavão Nunes Rocha, a interpretação destes números deve ser feita com cautela. Ainda assim, a docente reconhece que se podem detetar sinais de mudança estrutural.

“Numa ótica de longo prazo é visível a diminuição dos casamentos e até o aumento dos divórcios, não por uma relação direta, mas porque ambos os fenómenos se inserem em mudanças sociais significativas da sociedade. O casamento já não tem a importância que tinha no passado e o con-

ceito de família, mesmo a família nuclear é entendida e aceite socialmente nas suas diversas vertentes, com base no casamento, na união de facto ou simples vivência conjunta”, explica.

Quanto à influência de fatores externos, como crises económicas ou a pandemia, Gilberta Rocha admite que estes podem atuar em sentidos contraditórios: “As pessoas podem divorciar-se mais devido à tensão gerada pelos problemas, mas também podem evitar o divórcio por razões económicas, dificuldade de arranjar casa, que passará a ser paga por uma só pessoa, sustento dos filhos, etc. Pode também haver diminuição de casamentos ou outras uniões também por dificuldade económica, de habitação”.

AO/MS

Talento da Madeira promove língua portuguesa no mundo

A Rede de Portugueses e a NaMinhaTerraTV assinaram um memorando para promover a diáspora, a língua portuguesa e o talento nacional, com apoio audiovisual e uma digressão internacional. A Rede de Portugueses na União Europeia, nas Organizações do Sistema das Nações Unidas e noutras Organizações Internacionais (RPNU) e o canal NaMinhaTerraTV assinaram, na passada semana, um Memorando de Entendimento que marca o início de uma parceria estratégica dedicada à valorização da diáspora portuguesa, à promoção da língua portuguesa como ativo global e à divulgação do talento português espalhado pelo mundo.

A cerimónia contou com a presença de Marta Henriques Pereira, fundadora da

Rede de Portugueses, e de representantes do canal NaMinhaTerraTV, que sublinharam a importância desta colaboração enquanto instrumento de diplomacia cultural e de soft power para Portugal. Por parte dos responsáveis do canal, Tony Oliveira revelou que o projeto nasceu da vontade de dar a conhecer histórias de portugueses que, no estrangeiro, se destacam em diferentes áreas, desde cargos públicos e institucionais a iniciativas empresariais e culturais. “Queremos mostrar não apenas os profissionais em organismos internacionais, mas também empresários e criadores de projetos que têm impacto nos países onde vivem”, referiram. JM/MS

CRÓNICA DESPORTIVA

Pós-Jota mostrou-nos uma seleção com vontade de honrar e perpetuar memória do falecido colega

Num fim de semana sem jogos de clubes, arrancou a qualificação lusa para o Mundial de 2026, que se realiza nos Estados Unidos da América, Canadá e México. A seleção A de Portugal teve um duplo confronto com viagens à Arménia e à Hungria. Em solo arménio, confirmou-se o natural favoritismo luso com uma expressiva vitória por 5-0, com a curiosidade dos 5 golos terem sido marcados por portugueses a atuar na Arábia Saudita: Cristiano Ronaldo e João Félix bisaram, tendo João Cancelo fechado a contenda. Já no jogo da segunda jornada, realizado no deslumbrante e imponente Puskás Aréna, a seleção das quinas voltou a ser posta à prova num ambiente de grande intensidade conseguindo trazer os três importantes pontos na bagagem, com vitória por 3-2 sendo os golos portugueses

marcados por Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e João Cancelo.

Olhando para os restantes grupos, o destaque maior da dupla jornada de seleções vai para a surpreendente derrota da seleção da Alemanha por 2-0 frente à Eslováquia, em jogo da primeira jornada europeia desta paragem para jogos de seleções. O desaire levou Julian Nagelsmann, selecionador germânico, a criticar publicamente a postura da sua equipa, afirmando: “Talvez da próxima vez tenhamos de convocar jogadores com menos qualidade”, numa alusão direta à falta de atitude dos seus atletas, apesar de serem considerados a elite germânica. Em forma de redenção, no segundo jogo os alemães bateram em solo germânico por 3-1 a seleção da Irlanda do Norte. Destaque ainda para a expressiva vitória da seleção espanhola por 6-0 frente à Turquia, em jogo disputado em solo turco.

Encerrado no passado dia 1 de setembro o mercado de transferências do futebol português, é-nos agora possível efetuar algumas leituras e conclusões sobre o mesmo. Para

efeitos desta análise, vamos nos focar nos três crónicos candidatos a vencer o principal campeonato português. Começando pelo campeão em título, o Sporting CP, foi o mais contido, apostando sobretudo em substituições diretas: por exemplo sai Gyokeres, entra Luis Suaréz; sai Conrad Harder, entra Ioannidis. Diria que a principal exceção foi a aquisição do lateral direito grego Georgios Vagiannidis, reforço pensado para suprir uma lacuna identificada por Rui Borges no plantel leonino para o sistema de jogo leonino. Em suma, e contabilizadas as entradas e saídas, o mercado leonino terminou com um balanço positivo de 59,77 M€ neste mercado de verão. Já do outro lado da segunda circular, no SL Benfica houve um claro all-in da direção liderada por Rui Costa de forma a melhor capacitar a equipa encarnada para atingir todos os objetivos a que se propuseram, mas também tendo em conta as eleições do próximo mês de outubro. Neste mercado, Rui Costa abriu os cordões à bolsa e colocou às ordens de Bruno Lage jogadores de craveira internacional, como são os casos de Richard Ríos, Dodi Lukébakio e Georgiy Sudakov, estes

dois últimos que ainda não tiveram oportunidade de se estrear em virtude de terem sido contratados nos últimos dias de mercado. Curiosamente, os que mais têm brilhado até ao momento são reforços de perfil mais dicreto, como Amar Dedic e Enzo Barrenechea. Terminado o mercado de transferências, o Benfica termina o mercado de verão com um défice vendas vs compras de 8,55 M€. Mais a norte, e após uma época de contenção e desinvestimento, que pode muito bem ser considerado o ‘ano zero’ da gestão de André Villas-Boas, o FC Porto atacou forte o mercado de transferências. Além de ter contratado um novo timoneiro, chegaram jogadores de qualidade indiscutível, onde se destacam os nomes de Victor Froholdt, Gabri Veiga e Alberto Costa, todas elas por valores acima dos 15 M€, tendo a transferência de Alberto Costa ainda envolvido a viagem do português João Mário no caminho inverso. Entre entradas e saídas, os azuis e brancos apresentaram, neste mercado, um défice de 16,59 M€. Sobre o mercado de transferências, uma interessante curiosidade: No Sporting, entrada (24,4 anos) e saídas (24,3 anos) equilibram-se. No Benfica, as entradas apresentam uma média de 23,9 anos e as saídas de 26,3 anos, sugerindo rejuvenescimento do plantel. Já no Porto, a média etária dos reforços situa-se nos 25,1 anos e as saídas nos 26,2 anos.

Mudando de palco, no futebol feminino destaque para a derrota do SL Benfica frente ao Torrense para a Supertaça Feminina de Futebol. No futsal, a época teve o seu início igualmente com a disputa da Supertaça, com o Sporting a levar a melhor sobre o Benfica por 6-1.

Termino com duas notas importantes para o desporto português: a meritória participação da seleção portuguesa de basquetebol no Eurobasket e para as atuações de Neemias Queta, bem como com a brilhante vitória lusa no Europeu de Hóquei em Patins, levando de vencida na final a seleção francesa por 4-1.

Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor.

Paulo Freitas Opinião
Creditos: DR

MUNDIAL2026

Pontapé de João Cancelo salva Portugal e Roberto Martínez na Hungria

Apesar de contar com Gonçalo Inácio, António Silva e Renato Veiga, optou pelo médio Ruben Neves para jogar ao lado de Ruben Dias, no eixo da defesa, decisão que quase teve custos. O segundo golo da Hungria, da autoria de Varga, sucedeu nas costas de Neves que, com menos altura, não conseguiu impedir o avançado do Ferencvaros. O objetivo da sua utilização como central era o de permitir uma boa circulação de bola desde a grande área, mas o espanhol esqueceu-se de que os húngaros são possantes fisicamente.

À semelhança da larga maioria dos últimos jogos, Portugal teve mais posse de bola e mais remates, mas, ao contrário da partida com a Arménia, mostrou-se bem menos criativo no ataque. Além disso, não teve a sorte do jogo: no primeiro remate magiar à baliza de Diogo Costa, houve golo. Sem marcação e com apenas Vitinha por perto, Varga cabeceou como quis. Apesar do soco na barriga, a seleção lusa reagiu rapidamente e dispôs de várias oportunidades, uma flagrante de Ronaldo, mas foi Bernardo que encontrou o caminho do golo.

Portugal goleia Arménia com Cristiano Ronaldo e

Félix a bisar

Portugal arrancou a fase de apuramento para o Mundial de 2026 de futebol com uma expressiva vitória frente à Arménia (5-0), em Erevan, no primeiro jogo desde a conquista da Liga das Nações e a morte de Diogo Jota.

Portugal soma e segue na fase de qualificação para o Mundial, fruto da segunda vitória em dois jogos, mas na passada terça-feira foi obrigado a suar, em Budapeste, frente à Hungria, para conquistar

os três pontos. A quatro minutos do fim, um momento de brilho de João Cancelo, com um remate colocado à entrada da área, permitiu à equipa das quinas voltar à vantagem (na altura, estava 2-2), que não mais largou até ao fim. O lateral do Al Hilal salvou a equipa das quinas e, também, Roberto Martínez, face às escolhas no onze.

Com o objetivo de dificultar a tarefa ao adversário, os portugueses mudaram de posição durante os 90 minutos, uma estratégia com custos e benefícios. Aos 57 minutos, Ronaldo "ganhou" um penálti, após uma bola que bateu no braço de Négo, e o próprio capitão concretizou. Frente ao 38.° do ranking da FIFA, tudo parecia estar decidido, mas não... Apercebendo-se que o terceiro golo não chegava e que os húngaros ameaçavam, apesar das suas evidentes limitações técnicas, Martínez fez entrar João Palhinha, que ainda teve tempo de assistir, no relvado, ao bis de Varga. A seguir, a história já é conhecida, Cancelo desatou um nó que seria muito difícil de Martínez explicar.

JN/MS

Roberto Martínez satisfeito com "foco e atitude" da Seleção

"Todos os jogos são diferentes, mas encontrámos soluções importantes. A Hungria tem um contra-ataque muito bom, defendemos bem no geral, controlámos o jogo e tivemos muita posse. Dois remates, dois golos. É difícil quando damos dois golos, mas adorei a atitude e o foco. Faltou em momentos levar o jogo para onde queríamos. Foi um jogo para melhorar e ajustar aspetos", disse o espanhol, sublinhando a importância do triunfo. Para Martínez, o ponto-chave esteve na reação após os momentos de maior pressão adversária: "Mostrámos personalidade incrível. Quando sofremos, acreditámos sempre. Essa resiliência é muito importante para construir o resto do jogo. Ajustámos o ritmo, algumas posições, e a polivalência voltou a ser determinante. Utilizar jogadores em posições diferentes faz com que seja difícil para o adversário".

Questionado sobre o posicionamento dos médios, o selecionador rejeitou críticas à forma como a equipa defendeu: "A Hungria teve um canto e dois remates. Se só permitimos isso, significa que defendemos bem. Ter o Rúben Neves

mais recuado ajudou bastante. Claro que Szoboszlai tem qualidade, mas limitámos a sua influência".

Margem para crescer

A vitória em Budapeste, garantida com golos de Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo e João Cancelo, permite a Portugal liderar o Grupo F com seis pontos em dois jogos. Ainda assim, Martínez insiste que há margem para crescer. "O foco foi incrível, os jogadores que entraram ajudaram e fizeram a diferença. Mas precisamos de controlar melhor o ritmo para sermos ainda mais consistentes", realçou.

Bernardo Silva destacou a importância do triunfo numa deslocação difícil, mas não deixou de apontar fragilidades. "Vitória muito importante frente a uma equipa competitiva. Cometemos alguns erros, num jogo de transições, onde devíamos ter acalmado o ritmo em alguns momentos", admitiu. Para o médio, "o importante é ter seis pontos em dois jogos".

Também Rúben Neves reconheceu que a exibição não foi perfeita, embora o resultado tenha correspondido às expectativas. "Foi um arranque perfeito em termos de resultado, mas podíamos ter feito um jogo melhor. Sofremos dois golos", afirmou,

lembrando que o estilo de jogo da Hungria coloca sempre dificuldades no setor defensivo. Ainda assim, o médio não escondeu a satisfação pela consistência de Portugal fora de casa. "Começar com duas vitórias fora de casa é muito importante".

O jogador falou ainda sobre o peso emocional da camisola que envergou em Budapeste. "É com orgulho que visto a camisola 21. Não têm sido os melhores tempos, mas agradeço todo o apoio que tenho recebido. Resta-me continuar a honrar o Diogo Jota da melhor forma", disse.

Já Francisco Trincão fez questão de sublinhar o espírito de grupo. "Sabíamos que tínhamos de estar fortes frente a uma boa equipa", começou por afirmar, antes de reconhecer os momentos de maior dificuldade. "Tivemos alguns problemas com as bolas longas, mas conseguimos controlar e acreditámos até ao final."

Para o avançado do Sporting, este arranque perfeito no apuramento é decisivo para consolidar confiança. "É bom arrancar com seis pontos, e agora temos dois jogos em casa para resolver a qualificação. Espero continuar a ajudar a equipa no futuro", concluiu.

JN/MS

SEPTEMBER 27, 6:00 PM

RENAISSANCE BY THE CREEK, MISSISSAUGA

ENTERTAINMENT - KARMA BANDA

A seleção nacional começou desde cedo a dominar e, logo aos 10 minutos, João Félix abriu o marcador, após cruzamento teleguiado de Cancelo. No minuto de homenagem a Diogo Jota, o capitão Cristiano Ronaldo encostou para aumentar a vantagem.

Ainda antes de acabar a primeira metade, João Cancelo marcou depois de estar nas duas primeiras jogadas de golo. Na retoma, Ronaldo bisou com um grande golo de fora de área no primeiro lance, antes de o colega do Al Nassr marcar também o seu segundo no encontro.

JN/MS

FUTEBOL

Diogo Jota vai dar nome ao primeiro campo da Academia da AF Porto

O primeiro campo da Academia da Associação de Futebol do Porto, que será inaugurado amanhã, sábado, vai ter o nome do futebolista Diogo Jota, que morreu em julho, anunciou o presidente do organismo. "Entendemos que este campo número um tinha que ter um nome, tivemos acontecimentos trágicos no futebol em Portugal e, por conseguinte, decidimos em reunião de direção dar-lhe o nome de Diogo Jota", referiu o presidente da associação, José Manuel Neves, acrescentando que André Silva, irmão de Jota, também "será homenageado, de forma diferente".

O líder da associação referiu ainda que numa parede situada junto ao campo, haverá um mural dedicado ao futebolista, que alinhava no Liverpool, considerando im-

portante que "as crianças de amanhã que visitem aquele centro se inspirem em Diogo Jota, que começou cedo a pisar os campos da associação, de uma forma simples, e que pisou os grandes campos mundiais com tranquilidade".

A Academia, que segundo o presidente deverá estar totalmente construída no prazo de dois anos e meio, é composta por quatro campos - dois sintéticos e dois relvados, um com dimensões FIFA e outro com dimensões especificas de treino de guarda-redes - e um edifício de apoio, com balneários, uma clínica e um espaço de acolhimento de outro tipo de eventos. Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram em 3 de julho passado, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

Francesco Farioli eleito o melhor treinador da Liga em agosto

O treinador do F. C. Porto, Francesco Farioli, superou Hugo Oliveira (Famalicão) e Vasco Botelho da Costa (Moreirense) na eleição do melhor treinador da Liga em agosto.

"O mês de agosto de Francesco Farioli, enquanto técnico do F. C. Porto, foi perfeito - quatro vitórias em quatro jogos - e valeu-lhe a distinção de Treinador do Mês da Liga Portugal Betclic. O técnico italiano foi o mais votado pelos companheiros de profissão da competição, recolhendo 43,7% das preferências", diz a Liga Portugal, em comunicado, esta quarta-feira.

"Em estreia no futebol português, Farioli conduziu os dragões a triunfos caseiros frente a V. Guimarães (3-0) e Casa Pia (4-0), aos quais junta vitórias nas deslocações ao reduto do Gil Vicente (20) e do Sporting (2-1), terminando o período em questão na liderança da competição, com o melhor ataque da prova (11 golos) e apenas um tento sofrido", acrescenta a nota.

Hugo Oliveira (Famalicão) somou 26,19% dos votos, enquanto Vasco Botelho da Costa (Moreirense) recebeu 17,46% das preferências.

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 5 to 16 [born 2021-2010]

• Season begins mid October to mid March

• Weekly games & season ending tournament

• Team jersey, shorts and socks included

• Trophy and medals for all participants

SC TORONTO

Schedules for each age group, including playing days and locations, are posted at sctoronto.ca/indoor-house-league/

Creditos: DR
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Benfica: Vieira fala de «atropelos» e «favorecimento» a Rui Costa

A candidatura de Luís Filipe Vieira a presidente do Benfica, nas eleições marcadas para 25 de outubro, emitiu um comunicado na sequência da reunião, realizada a meio da semana passada, entre as várias listas e promovida pela Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube.

Entende Luís Filipe Vieira existirem «atropelos aos estatutos» na proposta de regulamento eleitoral apresentada» e também «favorecimento à candidatura de Rui Costa» que, sublinha, «ameaçam eleições».

O comunicado na íntegra:

«A candidatura de Luís Filipe Vieira participou na reunião convocada pela Mesa da Assembleia Geral (MAG), realizada estando em curso vários atropelos aos estatutos e o favorecimento da candidatura de Rui Costa.

1. A ausência de representação da candidatura de Rui Costa, que estranhamos e deixa fundadas suspeições sobre a ligação privilegiada entre a MAG e a referida candidatura.

2. O PMAG, responsável máximo (em teoria) pelo ato eleitoral, não rejeitou a possibilidade de vir a ser candidato na lista que Rui Costa apresentar para a Direção; a confirmar-se esta possibilidade, não refutada após questão explícita que lhe foi colocada, o PMAG deve cessar imediatamente funções.

3. Toda a organização do processo eleitoral está a ser definida e acompanhada pela Direção, cujo presidente se recandidatará, nomeadamente na definição dos serviços da empresa que está a ser proposta para certificar todo o processo eleitoral, incluindo as operações de voto físico e do putativo voto eletrónico.

4. A Direção de Rui Costa fica com o impensável poder de gerir o ato eleitoral, através da definição do caderno eleitoral, a contratação da parametrização e encriptação de dados no putativo voto eletrónico, na escolha dos locais de voto e quanto ao tempo e modo como esta informação é partilhada com as demais candidaturas.

5. Não existem garantias sobre o acesso das candidaturas ao caderno de encargos de

contratação da empresa certificadora do ato eleitoral, nem o tipo de acesso que poderão ter às operações que irão realizar no ato eleitoral e que ditarão os resultados do sufrágio.

6. Esta função de acompanhamento e certificação podia ser assegurada por uma comissão eleitoral, plural e participada, mas foi opção da MAG externalizar globalmente o serviço a uma empresa não identificada, mas escolhida pela Direção.

7. A indefinição sobre a disponibilidade da Direção para discutir, debater e alterar o Regulamento Eleitoral, nomeadamente o Regulamento Eleitoral Alternativo apresentado pela candidatura Voltar a Ganhar.

8. O entendimento da MAG de que apenas a Direção pode submeter à votação da Assembleia Geral um Regulamento Eleitoral, o qual não pode ser alterado na reunião magna.

9. A falta de transparência quanto ao processamento do voto eletrónico e a rejeição por parte da Mesa da possibilidade de voto por correspondência colocam em risco o exercício do direito de voto por parte de milhares de sócios benfiquistas.

Desta forma, entende a nossa candidatura que a isenção, idoneidade e universalidade do ato mais importante do nosso clube estão ameaçados. Por agora, daremos prioridade absoluta ao diálogo e à Assembleia Geral agendada para dia 27, para mostrar o nosso descontentamento, estupefação e até incredulidade, e conseguir que esta discussão resulte numas eleições que garantam a igualdade a todas as listas propostas.»

JN/MS

Frederico Varandas recusou ser CEO do Al Ahli para ficar no Sporting

O presidente do Sporting recusou uma proposta milionária em pleno mercado de transferências para ser CEO do Al Ahli.

Numa altura em que se decidia em Alvalade muito do futuro da equipa leonina para a nova temporada, Frederico Varandas, presidente do Sporting, viu chegar em julho uma proposta para ser CEO de um clube saudita pertencente ao Fundo Soberano, avançou o jornal "Observador".

Sabe o JN que o emblema em questão se tratava do Al Ahli, conjunto sediado em Gidá e que conta no elenco com jogadores como Mendy, Demiral, Kessiê, Galeno, Mahrez e Toney.

A oferta seria para um vencimento bem superior ao que aufere nos leões, mas Frederico Varandas rejeitou o convite para prosseguir o projeto nos bicampeões nacionais.

De recordar que Domingos Soares de Oliveira, antigo CEO do Benfica, ocupa um cargo semelhante no Al-Ittihad, atual campeão nacional. Sapo/MS

Canoístas campeões mundiais felizes no regresso a Portugal

A seleção portuguesa de canoagem terminou em quarto lugar os mundiais que se disputaram em Gyor, entre quinta-feira e domingo, tendo sido recebida em clima de grande emoção por algumas dezenas de fãs, que acorreram ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia.

Ao lado de José Ramalho, Fernando Pimenta, que também havia conseguido o ouro na prova curta de K1, conquistou o título mundial em K2 pela quarta vez, com a dupla a ficar mais perto de um 'penta' que nunca foi antes conseguido.

"O trajeto que nós tivemos em Gyor era duro. Acabava por ser prejudicial para mim, porque tinha bastantes voltas e portagens. Mas tentei adaptar-me, focar-

HÓQUEI

-me no que conseguia fazer e as sensações não podiam ser melhores com dois títulos mundiais", analisou o duplo medalhado olímpico, à comunicação social presente. Também o balanço geral da época é muito positivo para Pimenta, na qual o canoísta, de 36 anos, terminou com oito medalhas, seis delas de ouro, reagindo da melhor forma ao desaire nos Mundiais de velocidade em Milão, onde falhou o pódio em K1 500 e 5.000 metros.

"[As perspetivas] Sem dúvida que têm que ser boas. Foi um desafio bastante grande, conseguir conjugar os campeonatos de velocidade e de maratona é sempre um desafio ainda maior, porque a maioria dos atletas especializa-se numa das vertentes. E, depois de ter saído desapontado com a minha performance em

Marcelo felicitou a forma "heroica e brilhante" como seleção conquistou europeu de hóquei

O presidente da República felicitou a seleção portuguesa de hóquei patins pela conquista do Campeonato da Europa, sublinhando a forma "heroica e brilhante" como conseguiu "inverter um início de competição" que não começou da melhor forma.

"Num torneio realizado em Lordelo, em Paredes, e sempre com enorme apoio vindo das bancadas, os hoquistas nacionais conseguiram, de forma heroica e brilhante, inverter um início de competição que não começou como todos ambicionávamos", referiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Numa nota, publicada online pela Presidência da República, o chefe de Estado manifestou "grande satisfação" e felicitou a equipa por se ter sagrado campeã europeia pela 22.ª vez na sua história.

"Em nome de Portugal e de todos os portugueses", Marcelo Rebelo de Sousa

saudou "com orgulho", os hoquistas, a equipa técnica, a organização do torneio e o trabalho da Federação de Patinagem de Portugal "na promoção de uma modalidade histórica" para Portugal.

Portugal sagrou-se no sábado campeão da Europa de hóquei em patins pela 22.ª vez na história, ao vencer a França na final, por 4-1, em Paredes, recuperando um título que lhe escapava desde 2016.

Portugal conquistou frente à França a 56.ª edição do Campeonato da Europa, que iniciou com derrotas nos três jogos da primeira fase, que não eliminava, avançando, depois, com uma goleada a Andorra (11-2) para as meias-finais, quando afastou a tricampeã Espanha (3-2 nos penáltis, desempatando o 2-2 do tempo regulamentar e do prolongamento).

JN/MS

Milão, voltei ao trabalho afincadamente para conquistar os títulos mundiais, sabia que tinha essas condições", reiterou. José Ramalho, já com 43 anos, também conseguiu o bronze na prova curta de K1 que Pimenta venceu, e disse ter realizado um sonho, garantindo que se sente muito bem fisicamente para continuar a alcançar os melhores resultados.

"Em 2022, iniciámos esta nova etapa da nossa carreira desportiva e percebemos desde cedo que isto tinha futuro [K2 com Fernando Pimenta]. Dispusemo-nos a este desafio e estamos aqui para continuar, apesar da nossa idade avançada para o que é normal em atletas. A verdade é que continuamos a responder bem e o nosso corpo reage bem ao treino. Quanto ao 'penta', adoraria voltar a conquistar o

título mundial para passarmos a ser o K2 mais titulado do mundo", assumiu. Por sua vez, Rui Lacerda e Ricardo Coelho conquistaram pela primeira vez o título mundial em C2 maratonas, com os dois limianos a fecharem da melhor forma uma temporada em que também haviam sido campeões europeus, em Ponte de Lima. "Depois de sermos campeões europeus, sabíamos que era possível. As tripulações presentes eram muito fortes, mas acreditámos sempre. A partir daqui, tem de continuar tudo igual, o trabalho torna-se mais exigente para conseguir manter os resultados, porque agora os nossos adversários já sabem o que nós valemos e vão esforçar-se mais", explicou Rui Lacerda à Lusa. Ricardo Coelho, que também sublinhou a necessidade de manter o nível de trabalho, já aponta a manter os mesmos resultados nos próximos anos, de modo a voltar a ter as mesmas sensações da primeira prova mundial conquistada.

"É indescritível, um arrepio que sobe pelo corpo no momento em que percebi que íamos ser campeões. Esta é uma tripulação que tem vindo a ser trabalhada ao longo dos anos. Conquistar isto com um amigo é especial. Era um grande sonho sermos campeões europeus e mundiais na mesma época, um desafio possível, mas muito difícil. Tivemos os adversários muito perto, mas foi o nosso dia", concluiu à Lusa.

Nos juniores, Leonardo Barbosa conquistou a prata em C1. Portugal terminou os mundiais de maratonas no quarto lugar, com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.

JN /MS

O espetáculo vai começar: Sporting estreia-se na Champions

Leões são representantes únicos de Portugal na maior competição europeia de clubes e terão na estreia, esta quarta-feira, a partir das 17h45, o primeiro confronto com os romenos do Dinamo Bucuresti onde não faltam caras conhecidas, a começar pelo selecionador nacional, Paulo Jorge Pereira

Sete adversários distribuídos por 14 jogos marcam o início da jornada do Sporting na Liga dos Campeões 2025/26 e a Roménia assinala a primeira paragem dos leões para a ronda inaugural, amanhã, quarta-feira.

Os bicampeões nacionais vão regressar a um dos poucos recintos onde, no ano passado, não foram felizes e, desta vez, encontrarão caras novas mas bem conhecidas: o treinador, timoneiro dos Heróis do Mar, Paulo Pereira, e ainda o internacional português Miguel Martins e o ex-dragão Pedro Valdés.

«Sabemos bem o que é jogar em Bucareste, onde não vencemos no ano passa-

do. Conhecemos a equipa do CS Dinamo București, sabemos que estão bem e que ganharam a Supertaça da Roménia. Temos de procurar fazer um grande jogo para iniciar a EHF Champions League da melhor forma», recordou Ricardo Costa, treinador do Sporting.

Grupo A: 1.ª jornada Quarta-feira (10 set)

Aalborg, Din - Veszprém, Hun, 17h45

Dinamo Bucareste, Rom - SPORTING 17h45

Quinta-feira (11 set)

Kielce, Pol - Kolstad, Nor, 17h45

Nantes, Fra - Füchse Berlim, Ale, 17h45

O Sporting procura qualificar-se para os quartos da Liga dos Campeões, à semelhança do que aconteceu na época passada, quando terminaram muito perto daquilo que seria uma histórica passagem às meias-finais. O sonho acabou no dia 30

de abril frente aos franceses do Nantes, novamente adversários dos portugueses no Grupo A esta temporada, que bateram os leões, em duas mãos, 28-27, em França, e 32-30, em Lisboa.

Forma de disputa

A fase de grupos da Machineseeker EHF Champions League volta a ser disputada no formato todos contra todos, com um total de 14 jornadas, após as quais as duas equipas melhor classificadas de cada grupo se qualificarão diretamente para os quartos de final, percurso que o Sporting fez em 2024/2025. As equipas que terminarem nos terceiro, quarto, quinto e sexto lugares disputarão os 'play-offs', com o objetivo de garantir um lugar nos quartos. Os dois clubes pior classificados de cada grupo serão eliminados da competição no final da fase de grupos.

Esta época, os leões alimentam novamente o sonho de tornar-se na primeira equipa portuguesa a chegar à final four da

Champions, naquela que é a quarta presença do Sporting neste formato, a segunda consecutiva. No anterior formato, sem uma final a quatro concentrada, o ABC de Braga foi finalista vencido em 1993/94, perante os espanhóis do TEKA Santander.

«Sabemos que vencer qualquer jogo já é difícil por si só. Será igualmente difícil em casa, mas fora é diferente, muito mais difícil em um estádio como o Dínamo. Devo também destacar que, pela primeira vez na história, dois técnicos portugueses se enfrentando na primeira fase é um momento marcante» admitiu o técnico leonino ao site da Federação Europeia na antevisão do encontro com os romenos. Na última temporada, o Bucareste falhou nos play-offs contra o futuro vencedor da Champions, o SC Magdeburg, enquanto o Sporting chegou às quartas de final pela primeira vez, mas perdeu duas vezes contra os gauleses.

JN/MS

FUTSAL

Seleção de Futsal: os convocados para o início da preparação para o Europeu

Portugal vai defrontar a Croácia em dois jogos de preparação. A Seleção Nacional prepara-se para arrancar a preparação para o Europeu 2026, com um estágio onde estão agendados dois encontros com a Croácia, em Vila do Conde.   A equipa das quinas vai trabalhar entre 14 e 22 de setembro, numa primeira fase na FPF Arena Portugal e, depois, em Vila do Conde. Os jogos com

a Croácia estão marcados para 20 e 22 de setembro, no Pavilhão Municipal de Desportos de Vila do Conde, ambos com início às 19.45 horas.

Jorge Braz, selecionador nacional, divulgou, esta quarta-feira, os convocados para o duplo compromisso com a Croácia. A equipa concentra-se no domingo, dia 14, na Casa dos Atletas.

Eis a lista de convocados:

Guarda-redes: Edu (El Pozo Murcia) e Bernardo Paçó (Sporting)

Fixos: André Coelho (Benfica) e Tomás Paçó (Sporting);

Fixo/Ala: Afonso (Benfica) e Bruno Maior (Sporting);

Universal: Erick (Barcelona)

Alas: Tiago Brito (SC Braga), Diogo Santos (Sporting), Silvestre Ferreira (Benfica), Pany (Benfica), Kutchy (Benfica) e Pauleta (Sporting);

Pivô: Neves (SC Braga)

O próximo Campeonato da Europa, disputa-se na Letónia, Lituânia e Eslovénia, entre 20 de janeiro e 7 de fevereiro de 2026. A equipa das quinas qualificou-se para a fase final com um pleno de vitórias. O sorteio da fase final será no dia 24 de outubro. Portugal vai cumprir quatro estágios de preparação antes de se juntar em janeiro para o Europeu, realizando dez jogos de preparação nesse período. A primeira concentração decorre entre 14 e 24 de setembro, em Vila do Conde. Segue-se outro momento de preparação em outubro, mais concretamente entre os dias 12 e 22, na Letónia. Portugal defrontará a seleção local, uma das anfitriãs do Europeu, em duas partidas, a 19 e 21 de outubro, em Riga. A equipa de Jorge Braz tem mais um estágio, entre 9 e 12 de novembro, onde vai enfrentar a Eslovénia por duas vezes, nos dias 11 e 12. Em dezembro, a formação portuguesa volta aos trabalhos cumprindo jogos com o Cazaquistão (19 de dezembro) e Ucrânia (dia 21). A Seleção concentra-se depois a 11 de janeiro, tendo ainda dois jogos de preparação (a definir), nos dias 15 e 16, antes de seguir viagem para o Europeu.

JN/MS

FÓRMULA 1

Max Verstappen

bate McLaren e vence GP de Itália

O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu o Grande Prémio de Itália de Fórmula 1, 16.ª ronda da temporada, e somou o terceiro triunfo da temporada.

O campeão mundial em título, que na véspera garantiu a pole position mais rápida da história, deixou o britânico Lando Norris (McLaren) na segunda posição, a 19,207 segundos, com o australiano Oscar Piastri (McLaren) em terceiro, a 21,351.

Com estes resultados, Piastri mantém o comando do campeonato, mas agora com 31 pontos de vantagem sobre Norris, a quem teve de deixar passar nas últimas voltas a pedido da equipa após um erro dos mecânicos na troca de pneus.

AO/MS
Creditos: DR
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Jorge Braz, Selecionador Nacional de futsal (FPF). Creditos: DR

son, the 22-year-old is set to take on a more prominent role and says he’s prepared for the challenge of performing in

“I want that feeling that I’m playing for the whole city,” Knies told a sports interviewer recently. “I don’t look at it as pressure that can tear me down. For me, it’s motivation—something that pushes me to get better.”

That mindset will be put to the test this season as Knies embarks on the first year of his six-year, $46.5-million contract. With Mitch Marner’s departure creating a major hole in Toronto’s forward group, Knies will be counted on to help carry some of the offensive load.

Knies is coming off a breakout campaign in 2024-25, where he recorded 29 goals and 58 points in his second full NHL season. He continued his strong play in the postseason, adding five goals and two assists before the Maple Leafs were eliminated in Game 7 of the second round by the eventual champion Florida Panthers. That performance not only solidified him as a rising star in Toronto but also earned him an invite to Team USA’s Olympic orientation camp this summer.

Looking ahead, Knies recognizes the need to elevate his game even further. “I know I have to perform better and take on

more responsibility, whether that’s extra ice time or a bigger role overall,” he said. “If that’s what’s needed, I’ll be ready for it, and I want to make sure I succeed in those areas.”

Part of his offseason focus has been on developing his physical game, an aspect he believes could separate him from others at his position. “I want to get as physically dominant as possible,” Knies explained, emphasizing his desire to become tougher to play against while maintaining his scoring touch.

The Leafs originally selected Knies in the second round of the 2021 draft, and his rise has been steady ever since. After a standout collegiate career at Minnesota, he joined Toronto late in the 202223 season and quickly carved out a role. Now, just a few years later, Knies finds himself with both the opportunity and the responsibility to emerge as one of the team’s key foundational pieces moving forward.

Extending Bichette should be first thing on Jay’s list

As the 2025 season began, the Toronto Blue Jays were faced with contract uncertainties, particularly concerning key players who were approaching free agency within the next two years. Among these players were Vladimir Guerrero Jr. and Bo Bichette. Guerrero's future was secured with a record-breaking 14-year, $500 million contract extension, while Alejandro Kirk also inked a five-year deal. This left Bichette as the primary focus for the team going forward. Other notable players such as Chris Bassitt, Kevin Gausman, Shane Bieber, Max Scherzer, George Springer, Daulton Varsho, and potentially José Berríos (via a player option) were also nearing free agency, but retaining Bichette was deemed crucial for the Blue Jays.

After a disappointing performance in 2024, Bichette has bounced back and reestablished himself as one of the most reliable hitters in baseball. He currently leads the American League in plate appearances, at-bats, hits (180), and doubles (43). While his power got

off to a slow start early in the season, he has since hit 18 home runs and boasts a .311/.356/.482 slash line along with a 3.3 bWAR. Advanced statistical measures further highlight Bichette's offensive prowess, with an .838 OPS, a 127 OPS+, and a .307 expected batting average, placing him in the 100th percentile.

Despite some areas where Bichette falls below league averages like bat speed and chase rate, metrics such as xSLG (.489), xwOBA (.364), and strikeout rate (14.5%) emphasize his offensive impact. Defensively, he has faced challenges, ranking poorly in Outs Above Average and Defensive Runs Saved. However, his bat remains the central point of any contract negotiations.

ESPN's Jeff Passan recently suggested that Bichette's next contract could range between $250 million and $300 million, comparable to deals received by Xander Bogaerts and Trea Turner. Given Bichette's age advantage, it is plausible to anticipate a contract surpassing that range.

Financially, the Blue Jays are estimated to have a payroll of around $207 million

for 2025, factoring in Bieber's $16 million option. This leaves room for flexibility, especially if team ownership is willing to invest in retaining their star players. With the Blue Jays in contention for a playoff spot, there is momentum for the front office to secure Bichette's long-term commitment.

Ultimately, ensuring Bichette remains in Toronto should be a top priority for the Blue Jays. While seasoned players like

willingness to defend, that’s my #1 thing,” he said after being drafted. “That’s what gets me going in games, and that’s what my team will get from me every night.”

His Summer League showing was uneven statistically, but defensively he stood out immediately. Alongside Mouhamadou Gueye Mogbo, Murray-Boyles looked like one of the Raptors’ best stoppers and displayed flashes of the all-around impact that could translate down the road.

The draft was followed by organizational upheaval. Masai Ujiri, the architect of the Raptors’ championship run, was informed prior to the draft that his tenure would end. MLSE officially parted ways with him on June 27, later elevating Bobby Webster to Head of Basketball Operations with an extended contract. While this doesn’t replicate Ujiri’s role or authority, it signals increased MLSE oversight. Whether that helps or hinders long-term success is uncertain, but Ujiri’s legacy as a transformative figure in Toronto is unquestionable.

“My

On the roster front, the biggest freeagent move was the signing of Sandro Mamukelashvili. While not a star acqui-

Springer, Gausman, or Bassitt may seek opportunities elsewhere, Bichette stands as a cornerstone alongside Guerrero, providing stability to the organization as emerging prospects like Trey Yesavage, Addison Barger, and Joey Loperfido come to the forefront.

In essence, the resounding message is clear: Bo Bichette must remain a lifelong Blue Jay.

RS/MS

sition, he brings size, floor spacing, and a skill set different from Jakob Poeltl. Defensively he’s less of a rim protector, but offensively he offers mobility and shooting gravity that could unlock spacing for others. If his jumper stabilizes, his value grows.The Raptors’ other draft swing was on Alijah Martin, who signed a two-way deal. His path to sticking in the league lies in point-of-attack defense and outside shooting. Comparisons to Norman Powell may be convenient, but Martin himself embraces them. Still, unlike last year’s second-rounders who secured standard contracts, Martin has more to prove. Veteran Garrett Temple returned on another minimum contract, providing locker-room stability rather than on-court impact. Meanwhile, Chucky Hepburn earned the final two-way spot, expected to bolster the Raptors 905 with defensive energy and steady guard play. Between Murray-Boyles’ promise, organizational changes, and complementary roster moves, Toronto enters the season with a mix of uncertainty and opportunity. RS/MS

Toronto Maple Leafs forward Matthew Knies knows the spotlight on him is only getting brighter, but he’s not shying away from it. Entering the 2025-26 sea-
hockey’s biggest market.
The Raptors entered the offseason with their highest draft pick since 2021, when they took Scottie Barnes. This year’s ninth overall pick brought in Collin Murray-Boyles, a sophomore forward from
South Carolina. I liked the choice — Murray-Boyles was one of my favorite prospects due to his defensive versatility and ability to attack the rim with touch and force. He also knows his identity.
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Luis Camara

Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira

Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello Di Giovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

Anxiety, burnout and pain among mental health issues impacting Canadian trade unions, finds landmark CBTU report

Canada’s Building Trades Unions (CBTU) have released a comprehensive report detailing the mental health and substance use challenges faced by its 600,000 members across 60 skilled trades. The report, prepared by the Douglas Coldwell Layton Foundation, sheds light on the unique stressors impacting tradespeople and emphasizes the inherent supportive role of unions in fostering member well-being, while also offering actionable recommendations for improvement.

The survey of over 1,000 CBTU members reveals that nearly half rate their mental health as fair or poor, with significant impacts stemming from work environments. Common issues reported include stress (77 per cent), anxiety (62 per cent), burnout (50 per cent), depression (45 per cent), and insomnia (38 per cent). The report also highlights a correlation between job-related pain, substance use as a coping mechanism, and barriers to accessing mental health support. Importantly, the findings dem-

onstrate that tradespeople feel a strong sense of community and support within their unions, more so than workers in other sectors, providing a crucial foundation for addressing mental health challenges.

“This report confirms what we’ve long suspected: our members face pressures that take a toll on their mental well-being. However, it also underscores the unique strength of our union structure in providing a built-in support network,” said Sean Strickland, Canada’s Building Trades Unions executive director. “We are committed to leveraging this strength, while addressing the challenges head-on, advocating for better resources, and fostering a culture of open communication within our unions and on job sites. Prioritizing our members’ mental health is a central part of honouring and recognizing their work.”

In response to the report’s findings, CBTU is announcing the formation of a nationwide Mental Health and Substance Use Committee, bringing together representatives from across its affiliated unions.

“This committee signifies a unified commitment from all corners of the CBTU to prioritize the mental health of our members, building upon the natural support systems already in place,” stated Robert Kucheran, Chairman of the CBTU Executive Board. “By working together, sharing best practices, and advocating for consistent standards across the country, we can provide the comprehensive support our members deserve, strengthen the existing bonds within our unions, and create lasting positive change.”

Key findings from the report include:

• Tradespeople feel more supported by their trades community than workers in other sectors, demonstrating the innate supportive nature of unions.

• Nearly half of tradespeople surveyed rate their mental health as fair (29 per cent) or poor (17 per cent).

• 62 per cent of workers who report poor mental health say their job significantly affects it.

• 25 per cent use substances daily or weekly to cope with mental health challenges.

• Stigma remains a primary barrier to accessing union-provided mental health and addiction programs.

• 84 per cent believe their union offers necessary mental health supports, but only 10 per cent have utilized them. The report recommends:

• Increasing awareness of addiction and mental health programs, leveraging the existing sense of union community.

• Working with employers to reduce workplace injuries and ergonomic stressors.

• Nurturing a sense of belonging amongst tradespeople to encourage help-seeking.

• Recognizing physical pain in the trades and encouraging workers to seek medical help. DCN/MS

Carney announces supports for sectors affected by U.S. tariffs

Prime Minister Mark Carney announced Friday a suite of new measures to support sectors of the economy hit hardest by U.S. tariffs.

The announcement includes $5 billion for a new fund to help companies pivot to new products and markets and keep skills and production in Canada, and to make them more competitive globally.

At a press conference at an aerospace plant in Mississauga, Ont., Friday morning, Carney said that the fund would be open to “all sectors, given the fact that the tariff impacts are wide-ranging across Canadian industries.” He said that heavily affected sectors like steel, automobile, lumber and aluminum would have priority.

Carney also announced a “Buy Canadian” policy for the federal government. A government backgrounder said the policy would require materials in some defence and construction procurements to come from Canadian companies. It said the policy would “initially cover Canadian steel and softwood lumber” but would allow the government to later include additional materials.

The Canadian Steel Producers Association praised the move Friday, saying in a press release that Canadian steel producers could replace more than 80 per cent of imported steel consumed in Canada.

Carney’s government is also introducing new supports for the canola sector and a one-year delay to the electric vehicle sales mandate. It says it will expand support and loans for small and medium busi-

nesses, and introduce new measures to help workers acquire new skills.

Carney said tariff-exposed sectors like steel, lumber, aluminum and copper will be “central to our future competitiveness in a world of major infrastructure investment, defence and security, and that unprecedented acceleration in home building.”

Carney said Canada can’t rely on trade with the U.S. as it did in the past, and his government’s new industrial strategy will build an economy that is more resilient to global shocks.

The Liberal government is in the midst of trade talks with the administration of U.S. President Donald Trump, which has imposed tariffs on much of the world.

DCN/MS

14 de setembro

Dia dos Avós

Sempre que ouço ou leio testemunhos de alguém a lembrar os seus avós com carinho, reverência e/ou saudade, não consigo deixar de me interrogar sobre o que os meus netos irão recordar de mim.

Testemunhos frequentes na literatura, teatro, cinema e, mais recentemente, nas redes sociais assinalam a figura de um avô ou avó que marcou indelevelmente a vida de um neto ou neta.

Tenho consciência de ser uma avó menos tradicional, própria da época em que vivo. Escolhi uma carreira que me ocupou a tempo inteiro e me deu possibilidade de viajar muito; simultaneamente impediu-me de ser presença assídua na vida dos netos e de estar ausente em datas significativas para a família. Que recordará cada um dos meus quatro netos sobre a sua avó? Terei alguma relevância nas suas vidas? Que legado imaterial lhes deixarei?

Nas três antologias em que colaborei: Passos de Nossos Avós, Avós: Raízes e Nós, e Avós e Netos - Uma Viagem de Afetos é difícil não ficarmos admirados com os textos que os netos escolheram escrever sobre os avós.

O texto de Ana Luísa Silva MARIANA E O MAR é um bom exemplo do que afirmo. Esta narrativa surpreende pelo carinho, respeito e devoção com que a autora recorda uma de suas avós. A originalidade das ideias e o humor presentes cativam a leitura.

Manuela Marujo

Mariana e o mar

Ana Luísa Silva

Tive a sorte de ter passado uma grande parte da minha infância com a minha avó. O nome dela era Mariana e, apesar de ter vindo do interior de Portugal, mais conhecido pelos seus campos doirados de trigo e clima seco, e de nunca ter aprendido a nadar, o seu nome sempre me fez lembrar o mar pois foi perto da água que passámos os nossos melhores dias juntas. Mariana (Mar e Ana), eu e a minha avó estaremos sempre próximas.

Quando eu era pequena, passei dias inesquecíveis com a minha avó, na praia. Ela levava um monte de sandes de pão e queijo, um saco com fruta, pacotes de bolachas e uma garrafa de água congelada; carregava o nosso chapéu de sol para fazer sombra nas horas de maior calor, as toalhas de praia e lá íamos nós passar o dia.

Lembro-me de ser acordada para apanhar o autocarro das sete da manhã que nos levava à praia da Costa da Caparica antes que as multidões do verão ocupassem os melhores lugares. Só posso imaginar a que horas a minha avó se levantava para preparar tudo para o nosso dia. A forma como ela conseguia carregar tanta coisa e, de alguma forma ainda segurar a minha mãozinha, enquanto abria caminho para chegar lá, no meio de multidões, e também fazer as mudanças de autocarro.

Estava sempre entusiasmada por ir, e era sempre a primeira a pôr os pés no mar para verificar a temperatura da água. Um dia inteiro na praia com a sua neta favorita, - eu, era a forma preferida da minha avó passar o dia. Para mim, era amor, felicidade e liberdade totais. A minha avó sabia bem o que eu gostava. Brincávamos juntas, ela via-me nadar, fazíamos castelinhos na areia, poças fundas para eu molhar os pés, e comíamos; cuidava de mim em todos os aspectos.

O amor da minha avó teve efeitos duradouros. Esse sentimento de amor incondicional não só permaneceu como serviu de modelo para a minha vida, no que diz respeito à felicidade e ao amor.

Quando eu tinha cerca de cinco anos, comecei a ter consciência do meu corpo. Já não queria correr nua na praia ou sem a parte de cima do biquíni. Sentia-me envergonhada e queria tapar o peito. A minha avó não gostava que eu me sentisse desconfortável comigo própria. O seu amor era tão forte que decidiu fazer “topless” também, para me mostrar que não devemos ter vergonha do nosso corpo.

Lembro-me perfeitamente de ela se levantar na praia, e tirar a parte de cima do biquíni - já o facto de ela usar um biquíni em vez de um fato de banho era muito moderno, num Portugal do início dos anos 80, e uma demonstração da sua natureza rebelde -, e assim afirmar que o nosso corpo é bonito e que também não é da conta de ninguém a não ser da nossa.

Isto marcou-me para toda a minha vida. Neste ato de solidariedade, a minha avó deu-me permissão para ser dona do meu corpo enquanto jovem. Como mulher, e agora mãe de raparigas, sei como é raro ter esta experiência.

Atribuo à minha avó o mérito de me ter passado uma mensagem tão forte e clara que, se não tivesse sido acompanhada de ação, penso que não teria tido tanto impacto. Em vez de deixar que as normas sociais limitassem a nossa experiência de amor, felicidade e liberdade na praia, a minha avó mostrou-me como recuperar o nosso espaço e o nosso corpo, num ato de desafio.

Ela não só tirou o sutiã, como foi dona do seu peito. Ergueu-o com orgulho e mostrou-me como fazer o mesmo.

Embora a minha avó não soubesse nadar, para mim ela era uma sereia. Não saímos da praia até ao pôr do sol. Aproveitávamos cada dia ao máximo, antes de arrumar os sacos e regressarmos à paragem do autocarro. Dia após dia, do nascer ao pôr do sol, onda após onda, só nós as duas, o sol e o oceano.

Este texto foi publicado em AVÓS E NETOS – Uma Viagem de Afetos, da AlmaLetra, uma antologia apresentada em Toronto, o ano passado, para comemorar a data Dia Dos Avós. Dos sessenta autores que escreveram histórias ou os seus avós ou sobre os seus netos, doze residem no Canadá: Ana Luísa Silva, Ana Paula Ribeiro, Bill Moniz, Carl Cassell, Carmen Carvalho, Clara Abreu, Domingos Marques, Eduardo Bettencourt Pinto, Esmeralda Cabral, Madalena Balça, Manuel DaCosta e Manuela Marujo.

Credito: Ana Luísa Silva

Arguido

Manuel Marques terá sido constituído arguido pelo processo de violência doméstica apresentado pela filha Inês Marques. A informação foi avançada pelo programa 'V+ Fama' na emissão desta terça-feira, 9 de setembro. Segundo o apresentador do formato, Adriano Silva Martins, "Manuel Marques é oficialmente arguido por um crime de violência doméstica cometido, alegadamente, contra a filha mais velha Inês Marques. Fontes judiciais confirmaram a notícia ao 'V+ Fama'", começou por revelar. "Isto muda o panorama do Manuel Marques [...] a partir de agora Manuel Marques vai ter acesso ao processo e vai poder preparar como deve ser a sua defesa", referiu ainda o apresentador do formato.

Cristina Ferreira completou 48 anos na terça-feira, 9 de setembro, data que foi vivida em Formentera e Ibiza, ilhas espanholas. A apresentadora da TVI viajou com o namorado João Monteiro e ainda com o amigo Rubinho Correia, tal como mostrou nas redes sociais. Já de regresso a Portugal, onde voltou à antena do canal de Queluz de Baixo, a comunicadora foi recebida da melhor forma pela pessoa mais importante da sua vida: o filho Tiago de 17 anos. Nas stories do Instagram, Cristina mostrou o presente que recebeu do jovem. "Acabei de receber o Óscar de melhor mãe do mundo", escreveu a apresentadora numa imagem onde podemos ver a estatueta e ainda um peluche de Londres. Já o namorado, João Monteiro, ofereceu à companheira um ramo de jarros brancos e de túlipas brancas. "O meu amor é lindo", referiu Cristina na legenda da imagem. Em jeito de reflexão por mais um aniversário, a apresentadora das manhãs referiu ainda que passou o fim do dia de anos com a família e agradeceu aos seguidores que a parabenizaram. "E agora casa que tenho a família toda para jantar. Casa cheia de amor. O que me dá a força para seguir sempre. Como cada uma das vossas mensagens. Desculpem não conseguir responder mas vou ler tudo nos próximos dias. São vocês que fazem a diferença. Obrigada", escreveu.

Marisa Cruz não podia estar mais feliz. O seu filho mais velho, João, completou no passado dia 10 de setembro, 20 anos de idade. Na sua página de Instagram, a modelo partilhou várias imagens inéditas onde é possível ver o crescimento do jovem desde a infância até aos dias de hoje. "Meu filho, hoje completas 20 anos!! Duas décadas de vida que tive o privilégio de acompanhar com orgulho, amor e admiração. Desde pequeno mostraste um caráter firme, bondoso e justo. Que nunca te falte coragem para seguir o teu caminho e humildade para reconhecer o teu valor”.

Helena Costa viveu um dia de muita emoção ao lado das filhas Maria do Mar e Mercedes, de seis anos, fruto da sua relação já terminada com Frederico Formigal. A atriz partilhou com os seguidores imagens do batizado das meninas e mostrou a importância que este momento teve para toda a família. "Um dia cheio de amor, na companhia dos melhores padrinhos que podiam ter. Foi especial em tudo, o padre é da família, a cerimónia aconteceu na Ericeira e tiveram a sorte de já ter idade para guardar este dia na memória para sempre!”.

Foi com grande emoção que o cantor Agir e a mulher Catarina Gama anunciaram a gravidez do primeiro filho em comum. Casados há oito anos, aproveitaram o dia da celebração para revelar a boa notícia nas redes sociais. As reações não se fizeram esperar e há uma muito especial: a da madrinha do bebé, Bárbara Bandeira. Na legenda da partilha do casal a cantora escreveu: "Já posso contar ao mundo que sou madrinha? Obrigada. Amo-vos para sempre", referiu. Mais tarde e já nas suas redes sociais, a artista partilhou uma story com uma foto muito especial. Na imagem aparece Bárbara, o seu namorado Dillaz, Agir e Catarina Gama. A cantora segura uma ecografia na mão e escreveu na legenda da imagem: "P.S. Sou madrinha", confirmando desta forma que foi a escolhida pelo casal para ter este importante papel na vida da criança. O anúncio da gravidez de Catarina Gama foi feito de forma muito original. O casal publicou um vídeo em conjunto no Instagram onde é possível ver a barriguinha da influencer e dentista num vídeo. Na legenda desta partilha é referido que a gravidez era há muito desejada e que não tinha sido fácil. “Não foi fácil. Deste luta. Demoraste. Mas, agora que chegaste, estamos aqui fora, à tua espera", pode ler-se na legenda.

Reconciliação?

O rei Carlos III e o filho mais novo, o príncipe Harry, reuniram-se pela primeira vez em mais de um ano. A última vez que estiveram juntos foi em fevereiro de 2024, depois de o monarca ter falado do tratamento contra o cancro. De acordo com o Metro, o príncipe Harry viajou dos EUA até à terra natal, Londres, e visitou o pai, Carlos III. O encontro durou cerca de 30 minutos. Ao fim de cerca de 20 meses, depois de ter estado com o pai no ano passado, Harry esteve na Clarence House - a casa real onde mora o rei em Londres. O príncipe Harry viajou até ao Reino Unido numa viagem de quatro dias para apoiar algumas instituições de caridade, como relata ainda o Metro. Sabe-se ainda que o duque de Sussex viajou sozinho até ao país natal. A mulher, Meghan Markle, ficou na Califórnia - onde o casal vive atualmente - com os filhos de ambos, Archie, de sete anos, e Lilibet, de quatro. Quando chegou a Inglaterra, na segunda-feira, Harry foi visto a deixar flores no túmulo da avó, a rainha Isabel II, isto antes de ter estado no WellChild Awards. E depois marcou presença noutros compromissos que envolveram grupos de ação social e instituições de caridade locais.

Gravidez
Credito: DR
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artesonora

Zé Amaro Cowboy Português

Zé Amaro é um dos artistas mais queridos de Portugal e também um dos mais originais. Nascido em Guimarães, mostrou sempre muita paixão pela música e pela vida, construindo uma carreira que se tornou um verdadeiro exemplo de dedicação e persistência. O que diferencia Zé Amaro da maioria dos cantores portugueses é o estilo musical que escolheu: o country. Esse género, conhecido sobretudo nos Estados Unidos e no

deixou claro que precisava de algo mais pessoal, que refletisse a sua verdadeira identidade artística. Em 2007 decidiu seguir sozinho e lançou o seu primeiro álbum a solo, intitulado “O Coração da Gente Chora”.

O disco foi um sucesso imediato, trazendo ao público canções como “Agarradinho”, “Mentira Dela” e a faixa-título “O Coração da Gente Chora”. Estas músicas não só passaram nas rádios como também

péu de cowboy, as botas, a guitarra e uma imagem cuidadosamente pensada, construiu uma marca própria. Mais do que cantar, Zé Amaro oferecia ao público uma experiência diferente, transportando-o para um ambiente que parecia saído de um filme do Velho Oeste, mas com letras e emoções que pertenciam ao coração português. Essa fusão entre country, pop e música ligeira tornou-se o seu cartão de visita e acabou por cativar pessoas de todas as idades. O público começou a vê-lo não apenas como um cantor, mas como um verdadeiro símbolo de romantismo, liberdade e aventura.

Com o passar dos anos, a carreira de Zé Amaro consolidou-se. Vieram outros discos, concertos em todo o país e também no estrangeiro, onde conquistou comunidades emigrantes que viam nele uma ligação especial à terra natal. O seu percurso é hoje marcado por números impressionantes: dez discos de ouro, cinco discos de platina e dois DVDs de ouro. Para além disso, já soma dezassete trabalhos discográficos, entre álbuns de originais, coletâneas e gra-

Mas mais importante do que os prémios é a forma como se mantém próximo do público. Em cada espetáculo, mostra humildade, carisma e um profundo respeito por aqueles que o seguem. Essa relação direta é uma das razões para o seu sucesso duradouro. Os fãs não veem em Zé Amaro apenas um artista, mas também um amigo que canta as suas histórias e emoções.

Credito: DR

Em 2024, o cantor voltou a surpreender ao lançar o single “Vai com Deus”. Esta canção fala sobre o fim de uma relação, mas não de forma amarga. A letra transmite uma mensagem de coragem, lembrando que deixar ir alguém não é sinal de fraqueza, mas sim um ato de amor-próprio e de força. “Vai com Deus” rapidamente conquistou o público, alcançando dezenas de milhares de visualizações no YouTube e somando reproduções nas plataformas de streaming como o Spotify. Mais do que um sucesso comercial, foi uma música que tocou profundamente muitas pessoas, porque todos, em algum momento da vida, enfrentam despedidas dolorosas. O tema também reforçou a capacidade de Zé Amaro de unir romantismo e realidade, transmitindo mensagens que ajudam as pessoas a pensar nas suas próPouco depois, lançou outro tema marcante, “Cavaleiro Solitário”. Esta canção tornou-se quase um hino pessoal do cantor, pois simboliza o seu percurso artístico e a imagem que construiu ao longo dos anos. Fala de liberdade, de amor à estrada, de viver com autenticidade e paixão. A figura do cavaleiro solitário, que segue o seu caminho com coragem, espelha na perfeição a forma como Zé Amaro enfrentou a carreira: sozinho contra a corrente, mas sempre fiel a si

O tema foi incluído no álbum “O Melhor”, o décimo sétimo trabalho da sua discografia, que reúne algu-

mas das canções mais emblemáticas do seu percurso. Zé Amaro tornou-se conhecido como o “Cowboy Português”, e este título não é apenas uma brincadeira; representa a forma como ele conseguiu criar um universo próprio dentro da música nacional. Ao subir ao palco, o ambiente transforma-se: luzes, cenário e a sua presença transportam o público para um espaço que mistura o imaginário do Faroeste com o romantismo das histórias portuguesas. É essa atmosfera única que faz com que os seus concertos sejam experiências inesquecíveis. Muitos descrevem-nos como viagens emocionais, onde há alegria, nostalgia e, acima de tudo, uma ligação forte entre cantor e audiência.

Ele canta para as pessoas, mas também com elas, fazendo com que cada espetáculo seja um encontro de amigos, em vez de uma simples apresentação musical.

Outro aspeto marcante da sua carreira é a forma como consegue manter-se atual. Apesar de já contar com mais de duas décadas de percurso, continua a reinventar-se e a lançar canções que tocam diferentes gerações. A sua música não envelhece porque fala de sentimentos universais: o amor, a saudade, a liberdade, a coragem. Esses temas atravessam o tempo e mantêm-se relevantes, permitindo que novos fãs descubram a sua obra a cada ano.

Além disso, a utilização das plataformas digitais mostra que o cantor está atento às mudanças do mercado e procura estar sempre próximo das novas formas de consumo musical.

Ao olhar para a carreira de Zé Amaro, percebe-se que ele conseguiu algo que parecia impossível: popularizar o country em Portugal. Ao fazê-lo, não só abriu espaço para si próprio, mas também mostrou a outros artistas que é possível explorar estilos menos comuns e adaptá-los à realidade cultural portuguesa. Com isso, enriqueceu o panorama musical do país, adicionando diversidade e inovação.

Hoje, quando se fala em country português, o nome de Zé Amaro é automaticamente o primeiro a surgir. Ele é o pioneiro, o homem que teve coragem de arriscar e que, com a sua voz e o seu estilo, conquistou o coração do público.

Em resumo, a vida e a carreira de Zé Amaro são uma prova de que a paixão pela música pode mover montanhas. O rapaz de Guimarães que começou em programas de televisão tornou-se num dos artistas mais populares de Portugal, com uma imagem e um estilo únicos. As suas canções, desde “O Coração da Gente Chora” até “Vai com Deus” e “Cavaleiro Solitário”, fazem parte da banda sonora da vida de muitos portugueses.

O seu legado vai além dos prémios e discos de ouro: está no sorriso dos fãs, na emoção dos concertos e na certeza de que, sempre que ouvimos a sua música, sentimos que há um cowboy dentro de cada um de nós. Zé Amaro continua a cavalgar pelas estradas da música com o espírito livre de quem sabe que o mais importante não é chegar depressa, mas sim aproveitar cada momento da viagem.

Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele

2. Aproximadamente; pouco mais ou menos

3. Exercer (uma prática) com regularidade; praticar, professar

4. Empregar as mãos no uso de; mover com as mãos

5. Analisar questionando; levantar questões a respeito de (algo); examinar detalhadamente

6. Aquele que faz parte da tripulação de uma embarcação

7. O que é objeto da nossa mais alta aspiração; a solução perfeita

8. De altura superior à média; de grande dimensão vertical

9. Aquilo que possui baixa temperatura

10. Fazer trepidar ou trepidar; fazer estremecer ou estremecer; tremer

11. Casa em que se admitem hóspedes; pensão, hospedaria

12. Lugar onde se pode deitar e/ou dormir

13. Instrumento constituído por lâmina cortante presa a um cabo

14. Abertura que serve de entrada ou saída de um recinto

15. Recipiente geralmente cilíndrico, usado para beber

G O L D F I S H N U T V C L G

U W E W X H X J H W Q G Ã A N

P K U D L S D K O Z O A O G S

Á E H B P C N P Z D Z T M A C

S P C A R E T B V L E O I R O

S S E Y M I R A O X D K N T E

A A P I O S N I R F I Y H O L

R F Z I X P T Q Q T N I A R H

O A C D K E F E U U A N D W O

J Q Ã I I C R R R E I R A V Y

W U O T G M É D M P D T U M G

V Á E G Q S P B C T J O O G T

U R I V C M T Y F W Z E R O A

X I N M R H I V R J R W B Z W

Y O U H I O L X I I E Z R S O

CÃO

GATO

COELHO

PÁSSARO

PEIXE

HAMSTER RÉPTIL

TARTARUGA

PERIQUITO

GOLDFISH

Sopa de peixe à Portuguesa

Ingredientes

• 1 robalo pequeno

• 1 dourada pequena

• 1/2 tamboril

• 400 grs de camarao

• 3 colheres de pasta de pimento

• 2 cebolas picadas

• 2 dentes de alho picados

• 100 grs de massa (pequena para a sopa)

• 3 colheres de azeite

• Sal e pimenta q.b.

• Piripiri

Modo de preparação

Cozer as cabeças e as cascas do camarao, espinhas do tamboril, pasta do pimento, cebola, sal e pimenta e 2 litros de agua

Num tacho, aquecer o azeite e saltear o alho picado com os camarões descascados durante 3 a 5 minutos.

Retirar os camarões e reservar. Refogar cebola picada num tacho a parte.

Adicionar a restante pasta de pimento e deixar cozinhar.

Refogar cebola picada num tacho a parte. Adicionar a água coada do peixe e levar a ferver. Juntar a massa e deixar cozer 10 minutos. Juntar o tamboril em pedaços e o peixe e os camarões reservados, retificar o sal e a pimenta.

Caça palavras
Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças

OLHAR COM OLHOS DE VER

Se gostas de animais... Que não sujem os quintais, cães de loiça. Créditos: David Ganhão
As saias de Nazaré . Créditos: Paulo Perdiz
O Segredo da vida, observar… Créditos: Augusto Bandeira

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Esta semana desafia-te a agir com equilíbrio. A tua energia habitual pode levar a decisões impulsivas. Respira fundo antes de reagir. No amor, evita discussões desnecessárias. Finanças estáveis, mas não gastes por impulso. Uma boa caminhada pode clarear ideias e abrir caminhos.

LEÃO 22/07 A 22/08

Brilhas naturalmente, mas esta semana é sobre aprender a ceder. A tua generosidade será notada se agires sem esperar retorno. Algo inesperado no trabalho pode surpreender positivamente. No amor, cuidado com o orgulho. Um elogio sincero muda o teu dia para melhor.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Vontade de fugir à rotina pode levar a decisões impulsivas. Pensa antes de aceitar convites arriscados. Uma viagem ou plano futuro anima o teu espírito. Amizades oferecem apoio inesperado. Romance pede mais escuta do que ação. Movimento físico alivia tensão acumulada.

Soluções

TOURO 21/04 A 20/05

Um sentimento de estabilidade traz-te conforto, mas não deixes que a rotina apague a tua criatividade. Estás mais sensível a críticas — escuta com abertura. No trabalho, uma oportunidade discreta pode render frutos. Amor em tom suave e cúmplice. Aproveita os pequenos prazeres.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

As tuas palavras têm poder — escolhe-as com cuidado. Uma conversa pode mudar a direção de um projeto ou relação. Estás cheio de ideias, mas organiza-te antes de agir. Um reencontro inesperado pode abalar emoções antigas. Tempo ideal para ler, escrever, partilhar.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Organização é o teu superpoder, mas cuidado para não te perderes nos detalhes. Uma tarefa adiada pede atenção. Esta semana traz boas notícias ligadas a dinheiro ou carreira. No amor, mostra mais do que pensas. Um hábito saudável começa com um pequeno passo.

BALANÇA 23/09 A 22/10

A busca por harmonia pode ser testada. Escolhe as tuas batalhas e diz o que sentes. Um desequilíbrio nas finanças exige revisão. Tempo ideal para resolver um mal-entendido antigo. Amor pede presença e escuta. Arte ou beleza trarão um momento de cura.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

O teu lado emocional está mais visível, o que pode aproximar ou afastar pessoas. Protege-te sem te fechar. No trabalho, confia na tua intuição. Questões familiares pedem escuta ativa. Romance ganha profundidade se te permitires vulnerável. Dormir bem será essencial esta semana.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Intensidade define os próximos dias. Evita dramatizar situações simples. Um segredo pode vir à tona — reage com maturidade. Estás magnético, mas precisas de respeitar os teus limites. No trabalho, segue a tua intuição. Sonhos vívidos trarão mensagens importantes — presta atenção.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Responsabilidades aumentam, mas tu sabes lidar. Confia na tua experiência, mas não te isoles. Uma conversa com alguém mais jovem pode trazer nova perspetiva. Finanças pedem controlo — evita compras por emoção. O amor pode florescer em ambientes profissionais ou discretos.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

As tuas ideias são brilhantes, mas nem todos estão prontos para as ouvir. Tenta comunicar com mais clareza. Alguém do passado pode reaparecer com novas intenções. Evita conflitos familiares. O inesperado traz-te boas surpresas. Cultiva tempo sozinho para recarregar energia mental.

PEIXES 20/02 A 20/03

Sensibilidade em alta. Usa-a para criar, não para te afundares em dramas. Ajuda chega de onde menos esperas. Cuidado com promessas vagas — pede clareza. Romance flui melhor longe de pressões externas. Música, arte e natureza serão fontes de inspiração e equilíbrio.

Classificados

Aluga-se apartamento - 2.º andar, 2 quartos, sala e cozinha. Acesso à lavandaria (moedas). Zona Dufferin/Rogers. Disponível a partir de 1 de outubro. 647-979-1743

Aluga-se apartamento - Totalmente renovado, 3 quartos, acesso à lavandaria. Zona Christie/St. Clair. 416-936-9417

Apartamento para arrendar no basement 1 quarto, casa de banho, cozinha e sala de estar com lareira a gás. Lavandaria, entrada privada e espaço exterior para BBQ. Zona Dufferin/Glencairn. 416-991-7164.

Apartamento para alugar — zona Weston Road/Eglinton. 1 quarto, cozinha, sala e casa de banho. Com varandas. 416-531-4045

Apartamento para alugar — zona Davenport e Dufferin. 2 quartos, sala e cozinha, acesso à lavandaria, e com varanda. 416-427-4703

Aluga-se apartamento no basement — 2 quartos, cozinha e sala, casa de banho e estacionamento. Disponível de imediato. Zona

Agenda comunitária

A.M. Barcelos

Festa das Cores do Galo de Barcelos

Casa dos Açores - 13 de setembro

Jantar e animação musical. 647-949-1390

NPCC - Oshawa

Picnic

5300 Bowmanville Ave, Hampton

September 14, 9am

NPCC members $15, non-members $20, children 7-17 $5, children 0-7 free.

Casa dos Açores do Ontário

Jantar das Vindimas/Chicharro 1136 College Street, 20 de setembro 6h pm

Reservas e Informações: 416-953-5960

Luso Canadian Charitable Society

Angariação de Fundos

Casa do Alentejo 27 de setembro, 6 pm

Organização dos Carpe Diem. Jantar e música.

Reservas: 416-727-6790 carpediemridingclub@gmail.com

Casa das Beiras

Noite do Leitão

115 Ronald Ave. Toronto 27 de setembro, 6pm

Reservas e Informações: 416-604-1125

Luso Canadian Charitable Society

Volta Luso 2025

PCCM - 53 Queen Street North, Mississauga 28 de setembro, 8am

Angariação de fundos

lusovolta.ca ou info@lusoccs.org ou 905-858-8197

Sporting FC Academy

Festa de Aniversário

Renaissance By the Creek, Mississauga 27 de Setembro, 6pm

Reservas: events@sportingfctoronto.com

Lawrence e Keele. 416-995-4883

Aluga-se apartamento no basement — 2 quartos, cozinha e casa de banho, com acesso a lavandaria. Sem animais. Não fumadores. Zona Grace e College. 416-303-8341

Aluga-se apartamento no 2.º piso — 1 quarto, casa de banho, cozinha partilhada, varanda. Só para senhoras. Sem animais. Não fumadores. Zona Dufferin e Bloor. 416-303-8341

Apartamento para arrendar — 1.º piso, 2 quartos, sala, cozinha e casa de banho. Zona St. Clair/Dufferin. Disponível de imediato. Contacto: 547-639-4837

Trailer for sale in Madoc, ON – Your perfect nature getaway! Looking for a peaceful retreat near the lake, surrounded by nature? This trailer is in great condition and ready for you to enjoy! $38,000 CAD (very negotiable!). 416-618-6547

Para publicar um classificado, ligue para 416-900-6692 ou envie e-mail para info@mileniostadium.com.

Associação Amigos de Rabo de Peixe

Grandiosa Festa Aniversário

LiUNA 183, 1263 Wilson Ave, North York 27 de Setembro, 6pm

Com Jorge Ferreira

Reservas: 647-537-7272

PCCM

Gala de Fado

53 Queen Street North, Mississauga October 4, 6 pm

Tributo à Amália Rodrigues

Reservas: 905 286-1311 secretary@pccmississauga.ca

Arsenal do Minho

Anniversary Gala Dinner

3404 Dundas St., Toronto - October 4, 7 pm

Reservas: 416-532-2328

Associação Cultural do Minho

Santoinho

40 Titan Rd - 4 de Outubro, 4h pm

Beatriz: 416-272-2980

Paulo: 647-404-7566

Nicole: 416-805-1416

A.M. Barcelos

27º Aniversário

LiUNA 183, 1263 Wilson Ave, North York 11 de Outubro, 6pm

Kássio, Bombos do Arsenal, Karma Banda, e Ranchos. 647-949-1390

Cantoria & Desgarradas

30 Leeds St., Toronto 18 de outubro, 6:30 pm

Jantar para angariação de fundos Cabazes de Natal. Jantar com animação musical

Marly e Sergio e Djs. 647-982-8506

Casa das Beiras

Noite da Chanfana

115 Ronald Ave. Toronto

25 de Outubro, 6pm

Reservas e Informações: 416-604-1125

, 2025 | 6:00 PM

LiUNA! Local 183 (Headquarters) 200 Labourers Way Vaughan ON L4H 5H9

A night dedicated to celebrating heritage, community, and care for our Portuguese-speaking seniors. Join community leaders, philanthropists, and advocates for an unforgettable evening, featuring A live performance by award-winning artists, A chance to support the first culturally-sensitive long-term care home and affordable housing for Portuguese-speaking seniors in Ontario

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