








Manuel DaCosta Editorial Credito:
São muito poucas as conversas, hoje em dia, em que o tema da Inteligência Artificial (IA) não surge. Há também muita evidência de que a maioria das pessoas não compreende verdadeiramente o significado da Inteligência Artificial nem os seus efeitos na vida quotidiana. A intervenção da IA nas nossas vidas virá de forma gradual, mas perceptível, e aceitá-la será fundamental para diminuir a ansiedade causada pelo bombardeamento constante de notícias sobre os impactos catastróficos que a IA poderá trazer a cada cidadão do mundo.
Omaior impacto far-se-á sentir nos nossos empregos e estilos de vida, à medida que os avanços tecnológicos substituem grande parte do trabalho rotineiro, hoje realizado por pessoas com menor nível de escolaridade e poucas oportunidades de progressão profissional. Os trabalhadores de hoje, nos países desenvolvidos, revelam atitudes cada vez mais individualistas, em que a lealdade às
empresas foi comprometida, mas as expectativas de bons salários e a exigência de reconhecimento do seu valor continuam a crescer descontroladamente. Muitas destas exigências são economicamente irrealistas e, no Canadá, já se observam as consequências: menor crescimento do PIB e declínio nos níveis de produtividade.
Sim, trabalhar a partir de casa, ter menos horas de trabalho, mais férias e melhores pacotes de benefícios pode ser positivo para a saúde mental dos trabalhadores, mas os consumidores não podem suportar as consequências financeiras de satisfazer todas estas exigências quando, em contrapartida, as empresas têm menores retornos financeiros. Como resultado, as entidades empresariais não terão alternativa senão implementar medidas para alterar a forma como o trabalho é realizado e eliminar o impacto da preguiça e da falta de lealdade que se têm infiltrado no mercado laboral.
Algumas estatísticas relevantes que já têm, ou terão, impacto nos fluxos de trabalho incluem: no segundo trimestre, 12,2% das empresas canadianas reportaram utilizar IA nos seus processos ou produção, segundo o Statistics Canada. Este valor representa o dobro face a 2024, quando apenas 6,1% das empresas reportaram o mesmo. No mesmo trimestre, 89,4% das empresas indicaram não ter registado qualquer alte-
ração nos níveis de emprego após a introdução de ferramentas de IA. Isto significa que a integração da IA nos locais de trabalho resultará num congelamento ou diminuição das novas contratações em empregos que dificilmente voltarão a existir.
Ao celebrarmos o Dia do Trabalhador na América do Norte, a 1 de setembro de 2025, reconhecemos e homenageamos as contribuições dos trabalhadores de todo o continente. Mas estas celebrações devem também servir de reflexão sobre a contínua incerteza de um mercado de trabalho em rápida transformação, impulsionado pela crescente presença da IA em muitos setores da força laboral. Estamos a entrar numa era de disrupção, incerteza e mudança constante e estar na linha da frente significa aprender mais depressa, adaptar-se com maior inteligência e liderar com propósito.
As universidades e outras instituições de ensino terão de se adaptar a estas mudanças, e os estudantes precisarão da IA para os ajudar a decifrar qual poderá ser a sua escolha de carreira. Já não basta frequentar o ensino superior sem um plano estratégico em mãos, capaz de definir como é que o ser humano (cada um de nós) e a tecnologia podem ser parceiros. Esta estratégia abrangerá todas as áreas laborais, incluindo a construção. As mãos calejadas continuarão a ser necessárias para erguer os edifícios e
infraestruturas do futuro; no entanto, muitas tarefas serão simplificadas por sistemas robóticos, o que resultará em construções mais rápidas e precisas, geridas por agentes de IA que trabalharão lado a lado com cada trabalhador, recebendo instruções e replicando a força de trabalho de toda uma organização.
Na primavera passada, JD Vance dirigiu-se a líderes mundiais e apresentou um quadro convincente sobre como aproveitar a tecnologia da IA para aumentar a produtividade dos trabalhadores e reduzir a dependência de imigração em massa de mão de obra pouco qualificada. A eliminação de tarefas de baixa qualificação poderá elevar o nível de vida dos trabalhadores, caso as exigências para o emprego futuro no Canadá passem a assentar em competências de alto nível.
A IA continua a evoluir, e muitas questões são colocadas sobre o quão perigosa ou útil poderá ser. Não há caminho de regresso, pelo que o melhor é aceitá-la, porque ela vai, inevitavelmente, afetar-nos. Está preparado para mudar de rumo se o seu trabalho for substituído amanhã?
Ano XXXII- Edição nº 1761
5 a 11 de setembro de 2025
Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!
Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5
Telefone: 416-900-6692
Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com
Madalena Balça
Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com
Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com
Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com
Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com
Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.
Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Traduções: David Ganhão e Madalena Balça
Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias
A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.
Os avanços tecnológicos estão a mudar o trabalho e os requisitos de competências
13 % 29 %
OCUPAÇÕES COM MAIOR RISCO
35,7 %
20 %
19,7 %
Novos desafios ao mercado de trabalho
Acesso à formação
ADOÇÃO DE IA POR TAMANHO DE EMPRESA
20 %
2,6 %
TAREFAS AUTOMATIZÁVEIS E REQUALIFICAÇÃO
20 %
40 %
O mercado de trabalho canadiano, à semelhança do que acontece em todo o mundo, encontra-se em profunda transformação. A digitalização, a automação e, sobretudo, a ascensão da inteligência artificial estão a remodelar não apenas as funções e os setores económicos, mas também as competências exigidas aos trabalhadores e as políticas necessárias para garantir um futuro laboral mais justo, inclusivo e sustentável. Estas mudanças não se verificam num horizonte distante: já fazem parte da realidade atual e projetam-se de forma cada vez mais intensa na próxima década.
Éneste contexto de transição acelerada que ganha particular relevância a análise de Angus Lockhart, Senior Policy Analyst no Dais, um centro de reflexão em políticas públicas e liderança da Toronto Metropolitan University. A sua investigação incide precisamente sobre a interseção entre tecnologia, educação e democracia, procurando compreender como estas três áreas podem convergir para construir prosperidade partilhada e cidadania ativa no Canadá.
Na entrevista que se segue, Lockhart traça um retrato claro dos desafios e das oportunidades que se colocam ao mercado de trabalho canadiano. Desde logo, destaca que os efeitos da inteligência artificial podem assumir duas formas distintas: a substituição total de determinadas funções, através da automação, ou o aumento da produtividade em profissões que exigem maior qualificação. Assim, ocupações rotineiras e de baixa remuneração, como funções administrativas ou financeiras, são particularmente vulneráveis, enquanto áreas como engenharia, direito ou medicina tendem a ser beneficiadas pela tecnologia, através da sua integração como ferramenta de apoio.
Mas a transformação do trabalho não se esgota na automação. O crescimento do teletrabalho, dos modelos híbridos e da chamada gig economy coloca em cima da mesa novas exigências de regulação e de políticas públicas. Como assegurar condições laborais justas num cenário marcado pela flexibilidade, pela precariedade e pela inovação constante? Para Lockhart, a resposta passa por apoiar a transição dos trabalhadores mais expostos ao risco de automação para funções onde a inteligência artificial seja um complemento e não uma ameaça. O reforço do acesso à educação pós-secundária
e a modernização dos programas de apoio ao rendimento são, nesse sentido, passos fundamentais.
Outro ponto fulcral é a aprendizagem ao longo da vida. Se antes uma licenciatura ou diploma técnico eram suficientes para garantir estabilidade ao longo da carreira, hoje as exigências mudaram. A atualização constante de competências – tanto técnicas como digitais – tornou-se indispensável. Universidades, governos e empresas têm, por isso, a responsabilidade partilhada de criar percursos de formação acessíveis, que permitam aos trabalhadores canadianos manter-se competitivos e preparados para lidar com a rápida evolução tecnológica.
Por fim, Lockhart sublinha que a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade devem estar no centro dos novos modelos de trabalho e empreendedorismo. A automação não afeta todos os grupos de forma igual e existe o risco real de agravamento das desigualdades já existentes. Cabe, assim, às instituições públicas e privadas garantir que ninguém é deixado para trás.
A entrevista que se apresenta a seguir convida-nos a refletir sobre estas questões de forma aprofundada. Mais do que prever o impacto da inteligência artificial e da automação, desafia-nos a pensar em soluções concretas para equilibrar inovação e proteção, crescimento económico e justiça social.
Milénio Stadium: Como vê a inteligência artificial, a automação e a digitalização a remodelarem o mercado de trabalho do Canadá na próxima década, e que setores sentirão o maior impacto?
Angus Lockhart: A inteligência artificial terá dois efeitos principais, dependendo da natureza do trabalho: poderá automatizar uma função (substituindo-a totalmente) ou aumentá-la (reforçando a produtividade). Os empregos mais vulneráveis à automação tendem a ser tarefas rotineiras e de menor remuneração, como funções administrativas, financeiras e empresariais. Em contraste, ocupações que exigem qualificações mais elevadas, muitas vezes com formação pós-secundária, têm maior probabilidade de serem aumentadas pela tecnologia. Estas incluem profissões como engenharia, direito e medicina.
MS: Com o rápido crescimento do teletrabalho, dos modelos híbridos e da gig economy, que mudanças de políticas são mais urgentes para garantir condições justas
para os trabalhadores, apoiando simultaneamente a inovação e o empreendedorismo?
AL: O Canadá precisa de criar vias de transição para trabalhadores cujos empregos estão em risco de automação, para funções onde o seu trabalho seja aumentado pela inteligência artificial, ou que não interajam diretamente com ela. Dado que os empregos que exigem formação pós-secundária são particularmente resilientes à automação, ampliar o acesso a este tipo de educação é um passo essencial. Ao mesmo tempo, os programas de apoio ao rendimento devem ser modernizados, de forma a proteger melhor os trabalhadores de baixos salários, cuja atividade poderá ser interrompida pela automação.
MS: A aprendizagem ao longo da vida e a literacia digital são frequentemente citadas como essenciais para o futuro do trabalho. Que papel devem desempenhar universidades, empregadores e governos na criação de percursos acessíveis que permitam aos canadianos atualizar e melhorar continuamente as suas competências?
AL: As universidades, os empregadores e os governos têm todos um papel fundamental na preparação dos canadianos para os impactos da inteligência artificial no trabalho. Os empregadores estão na linha da frente desta questão e devem investir ativamente na atualização das competências dos seus trabalhadores, para que estes estejam preparados para utilizar eficazmente a IA nas suas funções. Quando profissões inteiras correm o risco de ser automatizadas pela IA, cabe aos governos e às universidades um papel decisivo na requalificação dos trabalhadores e no apoio à sua transição para setores alternativos, em funções aumentadas pela tecnologia. As universidades devem, de forma proativa, integrar a resiliência à IA no planeamento dos programas e currículos, para que os trabalhadores que necessitam de atualização possam ter acesso a formação relevante.
MS: À medida que os locais de trabalho evoluem, como pode o Canadá garantir que a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade sejam valores centrais nos novos modelos de trabalho e empreendedorismo?
AL: É importante compreender quem é mais negativamente afetado pela automação. Algumas profissões sentirão os impactos mais do que outras; e nem todos os gru-
pos de canadianos serão afetados da mesma forma. Esta disparidade pode agravar desigualdades já existentes no país. Ao monitorizar que grupos estão a ser mais atingidos pela IA, os governos poderão adaptar os seus programas de apoio a quem mais necessita. Os esforços atuais para promover a inclusão e a diversidade precisam de ser reforçados: devemos concentrar-nos, simultaneamente, em limitar os impactos negativos da inteligência artificial na igualdade e em reduzir as desigualdades que já existem no Canadá.
MS: O mundo do trabalho em mudança traz tanto oportunidades como riscos. Que estratégias deve o Canadá adotar para equilibrar o crescimento impulsionado pela inovação com a proteção dos direitos dos trabalhadores e a resiliência económica global?
AL: Os trabalhadores precisam de ser incluídos no processo de tomada de decisões sobre a adoção da inteligência artificial. De forma geral, os canadianos tendem a ser desconfiados em relação a esta tecnologia. Se os trabalhadores não confiarem nos sistemas que lhes são impostos, a adoção será mais lenta e menos eficaz. Pelo contrário, empregadores e empregados devem trabalhar em conjunto para decidir que tecnologia se adapta melhor às suas necessidades específicas. Ao garantir que os trabalhadores se sentem parte do processo de introdução de novas tecnologias no local de trabalho, é mais provável que estas sejam utilizadas de forma produtiva.
MB/MS
A transformação do mercado de trabalho, impulsionada pela automação, pela inteligência artificial e por novos modelos laborais, está a criar desafios complexos para trabalhadores, empresas e legisladores. Em Ontário, como em muitas outras regiões do mundo, a legislação laboral procura acompanhar este ritmo acelerado de mudança, mas a velocidade das inovações tecnológicas e sociais levanta inevitavelmente questões para as quais a lei nem sempre tem respostas imediatas.
Simone Ostrowski, advogada no escritório Whitten & Lublin Employment Lawyers, tem acompanhado de perto estas mudanças e os seus impactos nas relações de trabalho. Numa altura em que a inteligência artificial já começa a ser usada em processos de recrutamento, em que o trabalho remoto se tornou uma realidade para milhares de pessoas e em que a chamada “gig economy” desafia os modelos tradicionais de emprego, torna-se urgente refletir sobre se os atuais mecanismos legais são suficientes para garantir proteção e equidade no mundo laboral.
Nesta entrevista, Ostrowski analisa os avanços recentes e as lacunas existentes na legislação laboral de Ontário, desde as regras sobre o uso de inteligência artificial em processos de seleção até às fragilidades que afetam trabalhadores a contrato ou de plataformas digitais. Aponta ainda caminhos possíveis para equilibrar os interesses das empresas e os direitos dos trabalhadores, defendendo medidas como a inversão do ónus da prova em disputas sobre o estatuto laboral.
A conversa sublinha, em última instância, que a lei terá sempre de correr atrás da mudança, mas pode e deve ser desenhada de forma a reduzir vulnerabilidades, proteger os mais expostos e garantir que a inovação não se faz à custa da justiça social.
Milénio Stadium: Quão preparada está a atual legislação laboral de Ontário para responder aos desafios trazidos pela automação e pela inteligência artificial no local de trabalho?
Simone Ostrowski: Estão a ser feitas algumas alterações positivas na lei. Por exemplo, a partir de 1 de janeiro de 2026, os empregadores que publiquem publicamente uma oferta de emprego terão de indicar no
anúncio se será utilizada inteligência artificial para selecionar, avaliar ou escolher candidatos para a função. Isto é significativo, dado que atualmente existem muito poucas regras legais para os anúncios de emprego. É possível que alguns empregadores evitem recorrer à inteligência artificial para analisar candidaturas, precisamente porque isso pode trazer uma conotação negativa (questões de privacidade, enviesamento na seleção de candidatos, falta de contacto humano, etc.).
No entanto, esta nova regra não se aplicará a todas as empresas – apenas às que tenham 25 ou mais trabalhadores. Assim, os empregadores mais pequenos poderão usar inteligência artificial na seleção de candidatos sem terem de o divulgar, o que o público poderá desconhecer. Além disso, a definição de “inteligência artificial” nesta lei em particular é vaga, sendo difícil saber exatamente o que está incluído nessa definição. Isto pode levar a situações de incumprimento por parte das empresas.
MS: O crescimento do trabalho remoto e dos contratos temporários levanta novas questões jurídicas. Que lacunas identifica na lei e como podem ser resolvidas?
SO: Os trabalhadores a contrato muitas vezes não sabem que podem ter direito a indemnização, tal como os empregados permanentes. Normalmente pensam que, por estarem a contrato e serem tratados como clientes de “negócio” e não como empregados, não têm direito a qualquer compensação se a empresa terminar o contrato mais cedo ou não o renovar. Cada caso depende das circunstâncias, mas muitos trabalhadores nem sequer pensam em consultar um advogado e acabam por perder a possibilidade de reclamar indemnizações. Trabalhadores a contrato que tenham prestado serviços à mesma empresa sem contrato escrito, ou através de sucessivos contratos, devem considerar consultar um advogado se forem dispensados.
No caso dos trabalhadores remotos, a principal questão é que a maioria dos contratos de trabalho não garante por escrito qualquer direito ao teletrabalho. Muitas vezes, o trabalho remoto é um termo não escrito do emprego, o que dificulta a sua reivindicação se o empregador decidir chamar os trabalhadores de volta ao escritório. A melhor solução é que esse direito esteja
integrado no contrato desde o início. No entanto, mesmo que conste do contrato, o empregador pode, em determinadas situações, despedir um trabalhador remoto que recuse deslocar-se fisicamente ao local de trabalho, exceto em casos limitados (por exemplo, por razões de saúde ou familiares que impeçam a deslocação).
MS: Até que ponto a lei protege adequadamente os trabalhadores da economia digital (Uber, estafetas, plataformas digitais) em termos de benefícios, segurança e estabilidade?
SO: A lei apresenta muitas lacunas nesta área, porque os trabalhadores da chamada “gig economy” raramente são classificados como empregados. Isto apesar de, na realidade, trabalharem para obter rendimento e estarem vulneráveis às empresas tal como os empregados. Na prática, só poderão reivindicar direitos laborais se conseguirem provar que são, de facto, empregados, mesmo que tenham outra designação. Muitas empresas lutam intensamente em tribunal para evitar que os seus trabalhadores sejam classificados como empregados, precisamente para não terem de pagar indemnizações, horas extraordinárias, férias, etc. Da mesma forma, a lei também não protege suficientemente os trabalhadores despedidos por terem reclamado os seus direitos legais.
MS: Que alterações legais seriam necessárias para equilibrar melhor os interesses das empresas que adotam novos modelos de trabalho e os direitos dos trabalhadores?
SO: A Lei das Normas de Emprego de Ontário de 2000 deveria impor às empresas o ónus da prova quando um trabalhador alega que é um empregado e não um prestador de serviços contratado, no âmbito da reivindicação dos seus direitos legais. Atualmente, cabe ao trabalhador o encargo de provar que desempenha funções e é tratado como empregado, e não como contratante independente, que em princípio tem mais liberdade e, por isso, não goza dos mesmos direitos. Trata-se de um ónus de prova elevado. Contudo, os trabalhadores não estão na melhor posição para provar isso, uma vez que normalmente não têm acesso aos documentos que serviriam como melhor prova, nem dispõem dos recursos financeiros para
contratar um advogado que possa discutir a questão em tribunal. Em contrapartida, as empresas deveriam ter de provar que o trabalhador não é seu empregado, mas sim um prestador de serviços, caso essa alegação seja apresentada ao Ministério do Trabalho de Ontário ou em tribunal. No direito, esta situação é conhecida como “reverse onus” (inversão do ónus da prova).
MS: A legislação laboral está preparada para acompanhar a velocidade da mudança social e tecnológica, ou estará sempre a reagir com atraso?
SO: Ontário faz um excelente trabalho em adaptar as leis laborais e de emprego para tentar acompanhar os avanços sociais, mas nunca conseguirá estar totalmente atualizada em relação a todas as mudanças. Dada a dimensão da província, existem demasiadas áreas potenciais de transformação a explorar em simultâneo, como o envelhecimento da população, a imigração, a igualdade de género, entre outras.
Além disso, as alterações legais são geralmente debatidas entre políticos e, muitas vezes, sujeitas a emendas adicionais antes de serem confirmadas como lei, o que demora tempo. Mesmo depois desse passo estar concluído, a entrada em vigor da lei pode levar vários meses. Assim, as atualizações legislativas podem facilmente demorar um ano ou mais até produzirem efeito.
MB/MS
O mundo do trabalho está a atravessar uma transformação profunda, marcada pela digitalização, pela automação e pela inteligência artificial. No Canadá, e em particular em Toronto, o sistema educativo enfrenta o desafio de preparar as novas gerações para profissões que ainda estão a ser desenhadas e para realidades laborais em constante mutação.
Neste contexto, o Toronto Catholic District School Board (TCDSB) tem vindo a implementar uma série de programas inovadores que visam dotar os alunos das competências técnicas e humanas necessárias para prosperar no século XXI. Numa entrevista concedida, o Board explicou de que forma está a preparar os estudantes para os desafios de amanhã, integrando tecnologia, criatividade, equilíbrio e diversidade no currículo escolar. Questionado sobre como o sistema escolar de Toronto se está a preparar para um futuro de trabalho dominado pela digitalização, pela automação e pela inteligência artificial, o TCDSB respondeu: “O Toronto Catholic District School Board (TCDSB) está empenhado em dotar os alunos das competências necessárias para prosperarem na economia atual. Muitas das nossas escolas secundárias oferecem programas nas áreas da Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM), proporcionando uma base sólida em disciplinas essenciais que são determinantes para as oportunidades futuras.
Além disso, as escolas do TCDSB oferecem também programas Specialist High Skills Major (SHSM) para alunos do 11.º e 12.º anos, nas áreas das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). Estes programas proporcionam aprendizagem prática, ao mesmo tempo que educam os alunos sobre o papel da digitalização, da
inteligência artificial (IA) e da automação, fatores que moldam constantemente o mercado de trabalho do século XXI e que são fundamentais para dar aos estudantes uma vantagem competitiva nas suas futuras carreiras.”
Esta aposta traduz-se num investimento contínuo em áreas-chave como ciência, tecnologia e matemática, mas também em programas práticos que aproximam os jovens do ambiente real de trabalho. O contacto direto com a inteligência artificial e a automação permite que os estudantes desenvolvam uma compreensão clara das ferramentas que irão marcar as suas carreiras.
Num mundo cada vez mais tecnológico, as chamadas soft skills, criatividade, pensamento crítico e comunicação, ganham relevância acrescida. O TCDSB reconhece este desafio e integra estas competências no percurso educativo dos seus alunos. “O Board reconhece que encontrar soluções criativas e pensar de forma crítica é essencial para prosperar no local de trabalho e também na vida em geral. Muitas das nossas escolas oferecem clubes de robótica, onde os alunos concebem e constroem os seus próprios robôs, aplicando competências de resolução de problemas e capacidades analíticas para melhorarem as suas criações.
Ao nível do ensino básico, os professores colaboram frequentemente com instituições de ensino pós-secundário para introduzir os alunos a tecnologias emergentes, como a robótica, veículos guiados automatizados, robôs colaborativos e mecatrónica. Os estudantes adquirem ainda experiência prática em design 3D, desde a captura de movimentos e motores de simulação até às aplicações de realidade virtual, alargando horizontes e inspirando percursos futuros na inovação e na tecnologia.”
Assim, a formação vai muito além da teoria. Clubes de robótica, experiências práticas com tecnologias emergentes e parcerias com instituições de ensino superior permitem que os alunos experimentem, criem e desenvolvam soluções. O objetivo é claro: formar cidadãos capazes de inovar e de se adaptar a novas realidades laborais.
O equilíbrio entre vida profissional e pessoal tornou-se um valor central no mundo do trabalho contemporâneo. Consciente desta tendência, o TCDSB procura transmitir essa consciência desde cedo. “O Board, através dos seus programas de cooperação, incentiva os alunos a adquirirem experiências de trabalho reais que sublinham a importância de manter um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. Além disso, o programa Focus on Youth do Board proporciona oportunidades de emprego de verão em organizações comunitárias sem fins lucrativos, ao mesmo tempo que disponibiliza as instalações escolares para uso da comunidade. Estas experiências ajudam os alunos a reforçar a gestão do tempo, as competências de organização e a aprender a importância de equilibrar o trabalho, a aprendizagem e o bem-estar pessoal, enquanto adquirem um emprego com significado.”
Programas de estágios e de cooperação com organizações comunitárias oferecem aos jovens não só experiências de trabalho reais, mas também lições fundamentais sobre a importância de gerir o tempo, valorizar a saúde mental e encontrar harmonia entre as várias dimensões da vida.
O futuro do trabalho exige não apenas conhecimentos técnicos, mas também uma visão inclusiva e sustentável. Nesse sentido, o Toronto Catholic District School Board tem vindo a dar passos significativos para integrar estas dimensões na sua estratégia educativa. “O Plano de Ação para
a Equidade 2023-2026 do TCDSB identifica as nossas prioridades para garantir que proporcionamos oportunidades equitativas às comunidades escolares em todos os níveis do nosso sistema. Estas prioridades incluem: 1) contratar um corpo docente diversificado que reflita a nossa população estudantil; 2) ministrar um currículo que destaque as experiências de grupos historicamente marginalizados; e 3) expandir os recursos e apoios para que os alunos possam demonstrar as suas competências e talentos através de estágios, programas Specialist High Skills Major e oportunidades de aprendizagem em regime de aprendizagem profissional (apprenticeship).”
A diversidade e a equidade são, assim, entendidas não como meros slogans, mas como práticas concretas que moldam o futuro profissional dos jovens. Através de currículos mais inclusivos, estágios e oportunidades de aprendizagem diversificadas, os estudantes têm a possibilidade de desenvolver competências valorizadas num mercado global.
Da aposta nas áreas STEAM à valorização das soft skills, do equilíbrio entre vida pessoal e profissional à promoção da diversidade e da inclusão, o Toronto Catholic District School Board assume um papel de liderança na preparação dos jovens para o futuro do trabalho.
Num mundo em constante mudança, marcado pela automação e pela inteligência artificial, a educação desempenha um papel crucial para garantir que os cidadãos de amanhã não apenas sobrevivem, mas prosperam. O TCDSB mostra que o futuro do trabalho começa hoje, dentro das salas de aula e nos programas que dão voz, prática e oportunidades aos estudantes. MB/MS
local. Esta tragédia vai ficar para sempre na memória de todos os lisboetas e turistas que por ali passavam no dia 3 de setembro. Este foi um dos maiores desastres na história da cidade, sendo que esta já não é a primeira vez que tal sucede, com o primeiro acidente, a 7 de maio de 2018, um dos carros terá descarrilado, mas sem qualquer ferido. Menos mal, mas ontem a história foi mais grave e perguntamo-nos?
Olá, muito bom dia. Espero-vos bem.
Hoje escrevo-vos sobre um tema que nos toca a todos, principalmente, se temos algo em comum com a capital, Lisboa, e conhecemos os factos relatados. É o meu caso. Fiquei sem palavras para descrever a tristeza profunda que me assolou ao perceber a trágica noticia de ontem sobre o que ocorreu em Lisboa, que correu mundo e não pelos melhores motivos. Ainda há pouco tempo passei por ali. Questiono-me como todos o devem de estar a fazer neste momento se este tipo de transporte porque assim é, não é inspecionado regularmente e que tipo de exigências estão colocadas para evitar algo assim. Algo falhou, sem dúvida. O histórico Elevador da Glória, mesmo no centro da cidade, sofreu ontem um acidente fatal e levanta questões sobre a segurança e o turismo
Até onde se impõem regras? Não pode ser só acerca de faturar e atrair turistas para a cidade. Há que haver regras de segurança e que sejam cumpridas. A ver o que os peritos na matéria descobrem, acidente, sabotagem? A ver... Todos nós sabemos que o nosso povo facilita “ah pá deixa entrar mais um”. Não pode, não deve. Que tristeza. Como dizemos em inglês “Rest easy“ e que fiquem na paz do senhor.
A vida num ápice. Aconteceu o que jamais se pensou. A tragédia espreita em qualquer esquina. Vamos pensar que, apesar desta tragédia, ao menos sirva para abrir os olhos das autoridades e melhorar a segurança da cidade, do país a todos os níveis. Um exemplo dos mais tristes que, esperamos, traga melhorias a todos os níveis.
Até já, Cristina da Costa
Aos sábados às 7:30 da manhã
Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã
Esta semana
• Mosteiro dos Jerónimos - Uma visita que nos transporta para a grandeza da história de Portugal.
• Mais do que uma Conversa - Conheça Rui Pimenta, um artista que tem uma conversa que vai muito além da arte
• Caves São João - A mais antiga vinícola familiar de Anadia, junta tradição e vanguarda em cada garrafa.
• Healthy Bites - Descubra propostas deliciosas que provam que cuidar do corpo e o prazer à mesa andam juntos.
• Samuel Silva e João Sêco - Prepare-se para um concerto único com dois grandes nomes da música nacional.
• Barbatuques - Uma celebração de 25 anos de carreira de um grupo que faz música com o corpo.
• Quem Desdenha - Onde você finalmente pode confessar os seus gostos impopulares.
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There are very few conversations today where the topic of AI doesn’t come out of someone’s lips. There is also a lot of evidence out there that most people do not understand the meaning of Artificial Intelligence and its effects on their lives. The AI intervention on our lives will come gradually but perceptibly, and embracing it will go a long way to decrease the anxiety that the continuous bombardment of news about the catastrophic impacts of AI will impact on every citizen of the world. The biggest impact will be on our jobs and lifestyles, as technical advances take over much of the menial work being done by people with lower education who do not have opportunities to go up the employment ladder.
Today’s workers in developed countries have advanced attitudes of self-servitude where loyalty to companies has been compromised but the expecta-
tions of good salaries and the demands of recognition of the workers value continue to spiral out of control. Many of the demands are economically unrealistic and in Canada we can already observe the consequences with lower GDP and declining productivity levels. Yes, working from home, diminished hours, more vacations, and superior benefit packages may be beneficial for the workers’ mental health but consumers cannot afford the financial consequences to pay for all wants with reduced financial yields for corporations. As a result, corporate entities will have no choice but to implement measures to change how work is performed and eliminate the impact of laziness and lack of loyalty which have permeated the laboural forces.
Some statistics worth noting that have or will have impact on workflow include: in quarter # 2, 12.2 percent of Can-
adian businesses reported using AI in their workflows or production, according to Stats Can. Further, this represents a doubling from 2024 when only 6.1 percent of businesses reported the same Q2 and 89.4% of businesses reported no change in employment levels following the introduction of AI tools. This means that integration of AI in workplaces will result in freezing or diminishing of new hires and these are jobs that will not be available again.
As we celebrated Labour Day in North America on September 1st, 2025, we recognized and celebrated the contributions of workers across North America. These celebrations should also be a reflection of continued uncertainty about a rapidly changing labour market due to the influxion of AI in many aspects of the labour force. We are entering a time of disruption, uncertainty and constant change and staying ahead means learning faster, adapting smarter and leading with purpose.
Universities and other education agencies will have to adapt to these changes and students will need AI to decipher what perhaps will be their career choice. It’s just not good enough to go to higher education without a strategic plan in hand to establish how a human (you) and technology can partner and this strategy will encompass every aspect of labour, including construction. Calloused hands will be needed to build the buildings and infrastructures of the future, however, many of the tasks will be simplified by robotic systems which will result in faster and more precise construction managed by AI agents working alongside each worker receiving instructions and replicating the entire workforce of an organization.
Last spring JD Vance addressed World Leaders and presented a compelling framework about leveraging AI technology to boost worker productivity and reduce our reliance on mass low-skilled immigration. The elimination of low-skills will improve the standard of living for workers if high-skills are required for future employment in Canada. AI continues to progress with many questions being asked about how dangerous or helpful it is. There’s no turning back so we may as well embrace it because it’s going to affect you. Are you ready to pivot if your job is replaced tomorrow?
Apresentador
Augusto Bandeira
Convidados
Vítor Silva Rómulo M. Ávila
Manuel DaCosta
Tema da semana: O mundo do trabalho está em mudança? Qual o impacto da tecnologia e da automação?
sexta-feira às 18h
Desde os anos 70, a comunidade portuguesa tem estado no coração da nossa história. Cada aperto de mão, cada negócio, cada sorriso partilhado construiu não apenas relações profissionais, mas também amizades sinceras.
Hoje, seja para vender ou arrendar um imóvel comercial, industrial, de investimento — ou um terreno para desenvolvimento — cada passo é mais fácil com um aliado — a Ally. Estamos aqui com aconselhamento de confiança e um serviço sincero para cada cliente — porque o sucesso, tal como um pastel de nata, é melhor quando partilhado.
Em nome de Tony Natale e Amy Franco, obrigado por estarem connosco, por nos apoiarem e por acreditarem em nós ao longo destas décadas.
Most of us are convinced that advances in technology have greatly enhanced our quality of life. We have the world at the swipe of a screen, robots that clean our floors, pots that cook entire meals, and even cars that drive themselves. It probably comes with age, but I am questioning that logic. Obviously, there are technological advances that cannot be denied as being positive.
Modern medicine, space exploration, transport, and sustainable energy are a few that come to mind. But it’s the ones that are marketed to us as vehicles that will “simplify” our daily routines and make life easier by giving us “more time to do whatever we wish”, that worry me, somewhat. Computers, Artificial Intelligence and smartphones fit into this
category. I’m old enough to remember life before computers changed everything, and I fail to see how we now live richer existence for having this technology. Since the onset of computers our lives have picked in speed. On average, I believe that today a person performs many more tasks in one day than in the times of paper and pencil, but has that been more beneficial for us? It seems to me that these things were developed more to aid Big Business in getting us to do more for the same pay. Yes, we have a computer wherever we go, some of us can even work from anywhere that has WIFI, but it’s still work, and it only benefits a certain number of people. Now with AI, we’ll be doing less, and less, because it’s here to do everything for us, great! What do we do then? What tasks would we be performing to be able to pay our bills and keep the top economic tier
afloat? Will they be paying us just because we need the money?
I think this is a very slippery slope. If only we could each go back in time to see our lives from the time we were children. We would be able to see that we don’t live any better today. We have been duped into thinking that it’s the things we own that make us who we are and ultimately make us happy. All this cool tech is really just taking over our minds. We are in danger of creating a future of people that have no intrinsic knowledge, people who will be wholly dependent on a third party for everything. Come to think of it, there are lots of people like that already. My younger friends jokingly laugh when I remind them that their total submission to the latest technology is not as wonderful as they might think. One great reminder is when there’s no electri-
city for a day or two. It may sound ridiculous to some, but the members of the more recent generations need to hone up on the basics like cooking and baking, using and applying tools and growing plants. This is called freedom, when you can perform duties that will keep you alive, without having to count on someone else.
Technology is a testament to human resolve, but, like always, it needs to exist to help the people of this planet, without caveats; no strings attached, no hidden agendas, no profits, and if it’s in any way detrimental, then you need to halt it, and fix it, or shelve it. Fiquem bem,
Vincent Black Opinion
Labor unions, once the cornerstone of worker protections in the 20th century, have faced decades of decline in membership and influence. Globalization, automation, the rise of gig work, and shifting political landscapes have weakened their reach. Yet, the COVID-19 pandemic
ery drivers, warehouse staff, and nurses demanded not only higher pay but dignity and safety. COVID became a catalyst for a renewed awareness of the value of labor.
The new challenges and opportunities for unions face a paradox. On one hand, workers are more willing than in years past to push back against corporate practices. On the other, the workforce has never been more fragmented. Gig work, contract employment, and the rise of remote jobs challenge traditional union organizing models. Workers often don’t share the same physical workplace, making solidarity harder to build.
technological strategies to represent gig workers, they could expand dramatically. Governments debating minimum wage hikes, workers protections, and AI regulation will influence union power. A pro-labor political climate could rejuvenate membership.
Traditional dues-paying unions may evolve into looser networks, advocacy groups, or digital platforms that allow for flexible participation. Younger generations, shaped by pandemic insecurity and climate change concerns, are more open to collective action than their predecessors, giving unions a chance to rebrand themselves
Hsciousness.... the pandemic laid bare struc tural inequalities in the workplace. Essential workers in healthcare, logistics, food service, and retail risked ex posure to keep societies functioning, while many white-col lar workers shifted to remote jobs. Hazard pays, inadequate sick leave, understaffing, and unsafe conditions sparked frustration. For the first time in decades, workers across in dustries openly questioned whether employers were doing enough to protect them.
This discontent translated into action. Here in Ontario, strikes in healthcare, education, and logistics are always threats on the horizon. Similar movements appear worldwide: deliv
Credito: DR
O título deste livro de 254 páginas (Editora Tinta da China, capa Vera Tavares) está na 180: «é comum os moribundos acordarem e melhorarem por umas horas. Ele pensa que o fazem só para se despedirem dos entes queridos e, se assim for, é para mim uma das maravilhas da Natureza».
Rui Cardoso Martins (n.1967) afirma na página 172: «Eu sou de uma cidade antiga» o mesmo é dizer de uma cidade onde as alcunhas são tão fortes como os nomes: Cruzeta, Esqueleto, Homem Elástico, Bife Duro. Organizada em 23 capítulos, a narrativa tem um ponto de partida («Perceber o que somos não é só mudar as
blessing for the unions and their followers.
lâmpadas) e um ponto de chegada: «Se algum dia perguntarem o que ficará de nós, do nosso esplendor no fim do mundo, eu digo que desta terra será uma tapeçaria». O pano de fundo desta viagem á pátria dos suicídios é uma rede de velhas histórias como a do homem horas sem saber da mulher e do patrão a decidir: «vou ter de o capar e enforcar-me a seguir» e onde por fim «aqui pode dar vontade a uma pessoa de se matar mas não de aborrecimento». A narrativa avança («Inventar não é mentir») com a participação de escritores tão diversos como Dinis Machado, Cardoso Pires, Lobo Antunes, Cristóvão Falcão, José Duro, Raul Cóias, Carlos Garcia de Castro, José Régio, Cristovam Pavia, Fernando Pessoa, Luiz de Camões, Eduardo Guerra Carneiro, Ernest Hemingway, Augusto Monterroso e Francisco Bugalho; entre outros. Afirma o autor: «Não gosto de nostalgia mas precisamos de memória, até porque sem ela não fica nada, nem verdade nem ficção». Esta (digamos) autobiografia prematura de um lagóia («ciade parada, sem indústria, sem comércio, sem porvir»)pode ser acompanhada com uma banda sonora («Os sinos de São Lourenço») disponível no Youtube. Um livro a não perder. JCF
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Host Vince Nigro
GuestYara Attalla
Saturday 10:30 am
Sundays 10:00 am
Saturdays 7:30 am
Um grande problema, com o mesmo denominador comum, e vivido atualmente no Canadá e em Portugal e por todo o mundo, são as políticas a seguir na Habitação. Por aqui, casos como o Greenbelt (já acabou?) põe todos a discutir se existiu ou não corrupção e não o verdadeiro problema da construção das tão necessárias habitações. Voltando a Portugal, a responsabilidade pela habitação, desde 1984, é dos municípios portugueses. Todos sabemos que a arrecadação de impostos sobre o património é efetuada pelas câmaras municipais. A verdade é que os municípios ganham, mas, na hora de exigir, reclamam do governo central a responsabilidade das políticas da habitação.
Como nos devemos lembrar, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa não concordou que a construção direta de habitação ocorra só com fundos comunitários. Esta posição está completamente errada, pois os fundos a vir da Europa são suficientes para as necessidades. Exigem-se mais medidas para combater o sufoco que as famílias em Portugal vivem com os juros relativos à habitação. Mas não podemos viver numa redoma e não olhar à volta e constatar o que se passa no resto do mundo. E claro que são necessárias mais medidas, mas é necessário que se consigam implementar com equidade.
Este dossier da Habitação foi, em tempos, superiormente conduzido pela ex-Ministra Marina Gonçalves, mas infelizmente tem caído de retrocesso em retrocesso,
não se vendo soluções a curto e médio prazo. Em Portu gal, a transformação das casas destinadas a estudantes, convertidas em residências de turismo, gera obviamente mais dinheiro a quem aluga, mas criou muitos problemas ao alojamento estudantil, sendo mesmo a habitação uma das barreiras para o acesso ao ensino superior. Por cá, é verdade que é preciso construir, mas construir para quem? Continuar a construir casas que sufocam quem as quer comprar não me parece uma política acertada. O principal objetivo de uma política de habitação será promover o acesso a uma casa digna a toda a popula ção. Os políticos canadianos, seja a nível municipal, provincial ou federal, precisam urgentemente de mais e melhores medidas não só para criar habitação, mas para que esta, sobretudo, seja acessível. Está na hora de deixar de pensar nos lucros que o urbanismo pode trazer e fazer o que deveria ser a maior competência de um Governo – primeiro as pessoas. E para as pessoas te rem qualidade de vida precisam de habitação digna e a preços que possam pagar.
A habitação nunca deverá ser uma questão meramente política, mas um direito que os cidadãos devem ter acesso por igual. Os governos devem fazer um “esforço” para que as pessoas residam num espaço que seja não só um abri go, como um lugar seguro onde possam desenvolver a sua vida pessoal, familiar e social.
“No programa Mais Habitação, definimos dois grandes ei xos de intervenção. Um de proteção das famílias, proteção dos arrendamentos e dos créditos à habitação já existen tes. E depois uma segunda dimensão, mais transversal, com vista a reforçar as respostas de habitação.”- Marina Goncalves - ex-Ministra da Habitação (PS)
Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico, político e associativo.
Nos vários exemplos de difusão e promoção da cultura portuguesa na diáspora, cada vez mais percecionados como um ativo estratégico no progresso e reconhecimento do país, tem-se destacado, ao longo dos últimos anos, o percurso inspirador de José Ilídio Ferreira, conhecido empresário e ativista cultural no Canadá.
Natural da ilha do Faial, situada no grupo central do arquipélago dos Açores, José Ilídio Ferreira, emigrou há várias décadas para o Canadá, uma das mais relevantes comunidades lusas na América do Norte, onde se estima que vivam, atualmente, mais de meio milhão de luso-canadianos, sobretudo concentrados em Ontário, Quebeque e Colúmbia Britânica.
Com um percurso socioprofissional consolidado e de sucesso na prestação de serviços de contabilidade, consultoria financeira e fiscal, o emigrante faialense tem-se igualmente distinguido, ao longo dos últimos anos, como um fautor além-fonteiras dos costumes e tradições açorianas. Desde
logo, através de uma participação ativa e dedicada no movimento associativo da comunidade portuguesa no Canadá, mormente na Casa dos Açores de Toronto, atual Casa dos Açores do Ontário, da qual já foi presidente, e que se mantém há quarenta anos como uma genuína montra da açorianidade na província mais populosa do Canadá.
Um dos projetos mais emblemáticos dinamizados por José Ilídio Ferreira, foi indubitavelmente a criação, no início do séc. XXI, do portal Adiáspora, com o objetivo basilar de fomentar a inclusão das comunidades açorianas e portuguesas dispersas pelos quatro cantos do mundo. Uma pioneira rede colaborativa dirigida à Diáspora, que foi reconhecida em 2010, no âmbito do "Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa", que visa premiar e divulgar cidadãos portugueses residentes no estrangeiro que se destacaram pelo seu papel empreendedor, inovador e responsável nas sociedades. E que nessa época, concorreu também para que fosse premiado com o “Ontario Certificate of Merit”, por serviços prestados à província do Ontário, região onde vive e trabalha a maioria dos emigrantes portugueses no Canadá.
Ainda em 2011, em reconhecimento do seu contributo na divulgação da cultura faialense e açoriana na diáspora, o Município da Horta, uma cidade com séculos de história ligados à navegação, distinguiu o ilustre filho da terra com a Medalha de Mérito Municipal Dourada.
Em 2017, José Ilídio Ferreira foi um dos principais dinamizadores junto da comunidade portuguesa no Canadá, da angariação de fundos que permitiram nesse ano, a inauguração no Faial, no adro da Igreja de Nossa Senhora das Angústias, de um bus-
to em homenagem ao Monsenhor Júlio da Rosa, saudoso sacerdote católico, historiador e jornalista que se destacou no panorama intelectual da cidade da Horta.
O profundo apego ao torrão arquipelágico, consubstanciado no constante apoio, promoção e preservação das culturas, tradições e festividades açorianas aquém e além-fronteiras, tem valido várias distinções ao emigrante faialense. Nas mais recentes, destaca-se o certificado que lhe foi outorgado no final do passado mês de julho, pelo presidente da Câmara Municipal de Brampton, Patrick Brown, e pelo vereador luso-canadiano Martin Medeiros,
em prol da participação cívica dos luso-canadianos nesta cidade da província do Ontário que integra a região metropolitana de Toronto, cuja população atual ultrapassa o meio milhão de habitantes, e segundo dados dos censos canadianos os portugueses residentes suplantam os 25 mil. No decurso, da sua recente estadia veranil no território arquipelágico, José Ilídio Ferreira foi recebido nos Paços do Concelho da Horta, pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Ferreira. Assim como, nos Paços do Concelho das Lajes do Pico, pela Presidente da Câmara Municipal, Ana Catarina Brum. Em ambos os encontros com os autarcas, foi realçado o trabalho inspirador do empresário luso-canadiano em prol da açorianidade, assim como da importância da diáspora açoriana como fator de desenvolvimento económico e cultural.
O meu país não é um país, é uma ilha solitária.
Uma ilha reservada ao turismo da saudade
Michael Gouveia, in O Herdeiro
Aida Batista Opinião
Terminou agosto, o mês popularizado no nosso calendário como o dos emigrantes e, por isso, há muito apodado de “o nosso querido mês de agosto”.
Se quisermos brincar com o trocadilho de Quim Barreiros, poderemos dizer que, para a maioria dos emigrantes é o mês em que se “entra a gosto”, mas dele se sai a “contr-agosto”. Há até quem afirme que agosto não seria o mesmo sem esta leva de gente em viagens de retorno às suas raízes. Na verdade, a paisagem humana portuguesa muda consideravelmente com estas romarias anuais às inúmeras ilhas da saudade, em cujos cais se reencontram os que partiram e os que ficaram. Vêm em busca dos abraços prolongados pela proporção das ausências; das conversas olhos
nos olhos, interrompidas pelas distâncias; das reuniões familiares em que todas as gerações se interpelam; dos odores e dos sabores nunca esquecidos, impregnados que estão em cada evocação de um passado feito presente nas suas memórias de infância. Nem sempre, contudo, os que partiram têm merecido grande atenção das entidades públicas, pese embora o facto de termos há muitos anos uma Secretaria de Estado das Comunidades que lhes dedica um ou outro programa. E não é apenas o governo, mas a população em geral, mesmo aquela em que as famílias foram amputadas de membros que escolheram percorrer os caminhos da emigração. Por vezes, sente-se mesmo algum desprezo por aqueles que um dia decidiram buscar fora de portas o que não tinham portas a dentro. Pensemos como o anedotário nacional está cheio de piadas sobre o tema e até os gentílicos ganham palavras novas quando, por generalização, são designados de “aveques”, em virtude de, na década de 60, a França ter sido o maior destinatário dos nossos movimentos migratórios.
Quem assim troça, nunca viveu entre duas línguas, num movimento pendular entre as duas. Nunca conheceu outro chão que não aquele onde nasceu, por opção ou falta de coragem de arriscar outro. Nunca teve outro mundo a não ser aquele onde cresceu, não conseguindo, na maioria das vezes, ir além do universo à volta do qual ergueu as suas próprias fronteiras. Não entende o que é viver “entre-lugares”, beneficiando de mais do que uma cultura sem nunca abdicar da sua. Não entende o que é viver entre dois mundos e sentir o apelo de ambos como uma força centrípeta que o arrasta para a massa de que ambos são feitos. Não entende que viver entre encruzilhadas de vários mundos não faz com que nos percamos, mas, pelo contrário, é no cruzamento delas que nos descobrimos na matriz da construção da nossa identidade. Não entende que, no meio de tantos desvios, identificamos o caminho certo para atingir a satisfação e afirmação pessoais. Não entende que é na diversidade multicultural que sobressaem os valores que norteiam
as decisões mais difíceis. E a mais difícil de todas é, mais uma vez, optar por partir ou ficar, em viagem de sentido inverso, numa idade em que se sentem manietados pelas amarras familiares que os prendem na hora das grandes decisões.
Como dizia o grande cronista brasileiro, Luís Fernando Veríssimo, que recentemente nos deixou: “Quando a gente acha que sabe todas as respostas aí vem a vida e muda todas as perguntas”.
Na hora da partida primeira, levavam na bagagem uma narrativa formatada com respostas claras – triunfar e voltar ao fim de alguns anos ao chão matricial. Pelas mais variadas circunstâncias, as respostas mudaram ao longo do percurso. Agora, na maturidade de uma vida construída com a argamassa dos sonhos cumpridos, confrontam-se com uma narrativa aberta, titubeantes no fim que lhe hão de dar. Metem a chave na fechadura da porta sem cuidarem da nova abertura porque, como dizem, “o futuro a Deus pertence”.
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Sim, porque numa avaliação geral os fogos foram muitos, como se podia esperar num ano quente. Houve incêndios de grande dimensão, mas, em Portugal, a oposição pegou no assunto a sério sem sequer se preocupar em perceber como os fogos acontecem, antes de começar logo a penalizar alguém. Como o diretor da Proteção Civil disse e afirmou, “os fogos não se apagam, controlam-se”. Foi um recado para alguém, certamente.
Menos mal que este ano não houve as tragédias de 2017, ano em que o país foi envergonhado. Os políticos da altura mostraram-se inteligentes, mas de uma rara inteligência… Este ano,
pelo contrário, ficou provada muita coisa e foram desmascarados alguns “meninos bonitos” da política, mais interessados na fotografia do que em obras concretas em prol da população.
Foi positivo o ministro da Defesa vir a público e colocar o dedo na ferida. Já antes alguém tinha levantado a manta que cobria o líder do PS, quando este dizia que o governo andava em festas, como se viu e provou tinha tudo controlado. Mas esse mesmo líder estava em Portimão, na festa da sardinha. Nada contra as festas, mas antes de apontar o dedo aos outros, devia fazer o trabalho de casa. José Luís Carneiro, proteja o seu telhado, porque é de vidro. Falou, falou… e, como se diz em bom português, só se enterrou. Fazer política desta forma dificilmente o levará a primeiro-ministro.
Seja como for, Nuno Melo mostrou aquilo que alguns não queriam que viesse ao conhecimento público. Esta po-
sição só veio a público depois de José Luís Carneiro ter afirmado que o ministro da Defesa tinha feito declarações infundadas e faltado à verdade sobre os meios aéreos de combate aos fogos. Teve ainda a ousadia de tentar convencer que foram os socialistas a garantir a capacidade dos KC-390 e a aprovar a compra de dois novos Canadair.
Mas afinal, quem anda a mentir? Estes políticos esquecem-se que vivemos noutro tempo e que já não estamos há 40 ou 50 anos, quando era fácil esconder a verdade. Hoje há meios para verificar os factos. O líder do PS perdeu uma boa oportunidade de estar calado.
Nuno Melo, e muito bem, pediu um exercício de memória, ao recordar que, em 2015, um Governo formado por PSD e CDS já defendia a compra dos Canadair, e que só não se concretizou por decisão do executivo do PS que o sucedeu. Isto é verdade, basta ter memória. Afinal, tanto alarido
e quem travou a preparação para o futuro foi o governo socialista. Nuno Melo esteve bem, mostrou como muitos não sabem fazer oposição construtiva, vivem da mentira e tentam enganar o povo. Agora cabe ao povo acordar e não se deixar levar por discursos vazios.
Os novos Canadair, segundo afirmação do novo ministro da defesa, só deverão chegar em 2029 e 2030, se tudo correr bem. Quer isto dizer: deixem governar quem mostra trabalho, e façam a avaliação no tempo certo. Atrapalhar sem apresentar alternativas não leva a lado nenhum. Os que cá estão, se fizerem o mesmo erro, terão também a sua avaliação. Mas, por agora, é justo reconhecer, estão a fazer melhor, e as provas estão à vista.
Não vale a pena enviar recados a quem mostra obra no terreno. Bom fim de semana!
Faltam poucos dias para o início das aulas e 140 mil alunos ainda não têm professor. É uma redução de 30% face aos números estimados para o ano passado, muito longe da meta que o Governo tinha definido de uma redução de 90% no número de alunos sem professor. Depois do rol de medidas adotadas pelo Governo para atenuar esta escassez de profissionais, incluindo a retirada de até 300 professores das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens e de até 500 professores dos serviços centrais do Ministério da Educação, estes dados são meramente ilustrativos da dificuldade
crónica de recrutamento que o Estado enfrenta.
Ea escola pública não é caso único. Por todo o Estado, há sinais de escassez gritante de pessoal. Faltam dois mil guardas prisionais, num país que teve recentemente fugas significativas das suas cadeias. Já na carreira de enfermagem, faltam cerca de 20 mil profissionais, dez vezes mais. A isto poderíamos somar a falta de médicos no SNS, tendo o Governo sido obrigado a limitar a contratação de tarefeiros aos médicos que também prestam serviço público. Uma pesquisa por outras profissões públicas permite encontrar notícias semelhantes: 266 conservadores e 1981 oficiais de registo, 1800 oficiais de justiça, falta de inspetores na Autoridade Tributária, IGAS e ASAE e, claro, o triste caso do INEM onde a falta de pessoal levou o número de
chamadas não-atendidas a aumentar dez vezes entre 2021 e 2024. Já para não falar da crónica falta de pessoal na PSP, GNR e forças armadas que coloca em causa uma das mais primordiais funções do Estado. A falta de atratividade de uma carreira pública torna-se patente não só na paulatina redução no número de candidatos em várias destas profissões, como também no facto de muitos desistirem a meio das formações para início de funções, como se verificou com a PSP ou os técnicos de emergência pré-hospitalar. Isso é especialmente grave num contexto de progressivo envelhecimento, em que o número de saídas por reforma subiu de 6.482 para 18.671 no prazo de uma década. A isto soma-se cerca de 7% dos funcionários públicos que, todos os anos, saem definitivamente por outros motivos. Substituir estas pessoas custa tempo e recursos, ainda para mais quando a autorização de recrutamento tarda a vir (ou como no caso do SIRESP, nunca vem). Perante uma situação tão dramática em matéria de recursos humanos, não admira que tantos serviços públicos estejam a falhar na qualidade que todos exigimos deles. O problema é que muitos já começaram mesmo a desistir da provisão pública desses serviços, acreditando que estes já não têm emenda. É aí que nasce um desfasamento entre os impostos que pagamos e os serviços que recebemos e a tentação de ora privatizá-los ora baixar impostos ou, num salto difícil de alcançar para as contas públicas, ambos ao mesmo tempo.
Recentemente, no seu discurso de rentrée política, a nova líder da Iniciativa Liberal decidiu cavalgar nesse tema, sugerindo despedir os funcionários públicos que “estão a mais”. É certo que todos conhecemos exemplos dessa figura que arrasta os pés refastelado na segurança de um “emprego para a vida”. Os próprios servidores do Estado devem ser os primeiros a incomodarem-se com o colega que dá mau nome ao serviço e à classe. Todavia, é importante não tomarmos a árvore por a floresta. É fundamental não nos iludirmos achando
que, até nos mais “flexíveis” mercados de trabalho, o setor privado é eficiente a eliminar estas “ineficiências”. Seria bom, aliás, que primeiro nos lembrássemos que estamos a falar de pessoas e que a sua produtividade não é fixa nem pré-determinada. Ter outras funções ou outra organização do trabalho poderão ser fatores essenciais de motivação desse ser humano.
A verdade é que, olhando para o panorama global, Portugal dificilmente pode ser descrito como tendo funcionários públicos “a mais”. Nos últimos 10 anos, houve um aumento de 106 mil pessoas com emprego público. Essa variação (+16%) pode assustar algumas mentes mais inquietas mas, não só está abaixo do crescimento do emprego no setor privado (+21%), como concentra-se inteiramente nos setores da saúde, educação e poder local. Portugal é mesmo um dos países da União Europeia onde há menos trabalhadores no Estado, em percentagem do total das pessoas empregadas.
Se o propósito não é apenas regurgitar uma cartilha ideológica estafada mas, sim, fornecer melhores serviços aos cidadãos e empresas, promovendo assim a prosperidade e a qualidade de vida, podemos traçar um roteiro alternativo ao de Mariana Leitão. Podemos concluir a revisão e valorização das carreiras, adotar concursos mais regulares e ágeis e dotar os gestores públicos de previsibilidade na autorização de contratação, como sucedeu nos últimos suspiros do Governo de António Costa. A avaliação, reforçada com o novo SIADAP, é uma parte indispensável deste esforço, devendo permitir progressões que mantenham o Estado competitivo com quem tenta ficar com o seu melhor talento. Uma certeza poderemos, no entanto, ter: entre a falta de pessoal que já há e o que virá fruto das transições digitais, climáticas e demográficas, se o nosso objetivo for mesmo servir melhor os cidadãos, a maior riqueza do Estado não está nas paredes dos ministérios. Está nas pessoas que fazem o serviço público acontecer.
Meta
No próximo dia 28 de setembro de 2025, realiza-se a 11.ª Volta Luso Charities, um evento solidário que combina caminhada e passeio de bicicleta em prol de indivíduos com necessidades especiais.
A iniciativa decorrerá em dois locais: o LiUNA Station, em Hamilton (360 James St. N), e o Portuguese Cultural Centre, em Mississauga (53 Queen St. N).
AVolta é um dos três grandes eventos solidários organizados anualmente pela Luso Canadian Charitable Society, juntamente com o Torneio de Golfe e a Gala Anual. É graças a estas iniciativas que a instituição consegue, todos os dias, dar resposta aos inúmeros pedidos de ajuda de pessoas com deficiência e das suas famílias.
Este ano, a meta é ambiciosa: atingir os 450 mil dólares e superar as 1000 participações. Para isso, a organização lança o apelo à comunidade: “Registem-se no site www.lusovolta.ca e façam parte desta causa.”
Na conferência de imprensa, Jack Prazeres, líder da Luso Canadian Charitable Society (LCCS) deixou uma mensagem clara à comunidade: “Apelo a que todos se juntem a nós para um dia de família e de alegria, onde vamos acolher, celebrar, cuidar e capacitar pessoas com deficiência, fato que acontece desde 2003”.
O seu convite ecoa o lema que inspira este movimento: “Walk. Run. Cycle. Celebrate. Change lives.”
Apresentada também pela LIUNA Local 183, a Volta é um evento inclusivo, familiar e comunitário, que apoia pessoas com deficiências físicas e de desenvolvimento. O dia promete ser de convívio e solida-
riedade, com música, animação, comida, concursos e muito mais. A participação é gratuita, sem taxa de inscrição, mas cada presença conta para que a Luso continue a transformar vidas.
A força deste evento é sentida nas histórias de quem vive com esta instituição todos os dias. Participar na Volta é muito mais do que caminhar ou pedalar: é oferecer esperança, dignidade e futuro. Cada passo e cada quilómetro ajudam a financiar os programas diurnos e noturnos e a desenvolver os projetos de habitação assistida da Luso, destinados a adultos com deficiência em processo de envelhecimento. Estes programas são um alicerce de tranquilidade para as famílias e uma garantia de que os mais vulneráveis terão sempre um lugar seguro e digno onde viver.
Este setembro, ao juntar-se à Volta, está a caminhar lado a lado com centenas de famílias, está a celebrar a vida e está a provar que “quando a comunidade se une, nada é impossível. Junte-se à Volta. Traga alegria, leve esperança, e ajude a mudar vidas”, tal como nos disse Ana Cristina Marques, Coordenadora de Projetos Residenciais na LCCS.
RMA/MS
No dia 30 de agosto de 2025, a comunidade açoriana rumou até ao Madeira Park, para celebrar uma tradição muito especial: o 20º aniversário do Piquenique e Festa Brava do Gente da Nossa TV. Este evento anual representou muito mais do que uma simples reunião; foi uma verdadeira homenagem às raízes culturais da ilha Terceira, nos Açores, e um momento de profunda união para toda a comunidade.
Organizado há duas décadas, o Piquenique e a Festa Brava manteve viva a tradição das Touradas à Corda, uma das manifestações culturais mais emblemáticas da Terceira. Esta prática, que consiste na condução controlada dos touros, foi uma expressão autêntica da história e do espírito açoriano, cuidadosamente valorizada e preservada por várias gerações, também aqui em terras do Canadá. Para além das emocionantes corridas de touros e bezerros, o evento apresentou uma programação diversificada que incluiu música ao vivo, dança, entrega de prémios e um piquenique comunitário.
Entre os artistas que abrilhantaram a festa estiveram o Duo Som Luso, João Marques, Cheila Teixeira, Décio Gonçalves, sendo que Nellie Pedro, como mestre de cerimónias, garantiu também momentos de alegria e animação para todos os gostos. Elio
Leal, ligado à organização desde sempre “trouxe” dois touros à arena, sendo que os outros dois foram da Ganadaria Canadiana.
O dia iniciou-se às 12h30 com as corridas de bezerros, seguindo-se um almo-
ço comunitário. Depois das três da tarde realizou-se um espetáculo equestre, a cargo de Tiago e de Mariana, que trouxeram ao terreiro a beleza e a singularidade do cavalo lusitano, seguido pelas corridas de touros. A partir das 18h30, a festa prolongou-se com música e dança até ao final do dia, proporcionando um ambiente de confraternização e celebração.
Este evento foi muito mais do que comida e entretenimento; tratou-se de um momento de reafirmação da identidade cultural, onde a comunidade se reuniu para celebrar quem é e o que torna esta “minha” (da Nellie Pedro) ilha tão única e especial. A organização esteve a cargo do “Gente da Nossa TV”, que ao longo destes 20 anos esteve sempre ao lado da comunidade, comprometida em manter vivas as tradições, fortalecer os laços comunitários e transmitir este espírito de geração em geração. Foi uma festa singular, que uniu cultura, amizade e muita alegria.
RMA/MS
Sob o lema “O Capital Humano e o Desenvolvimento de Angola”, a Conferência Nacional sobre o Capital Humano teve lugar nos dias 29 e 30 de Agosto, na Baía de Luanda, reunindo um conjunto alargado de especialistas, decisores e representantes institucionais, num momento de reflexão estratégica sobre o futuro do país.
Integrada nas comemorações dos 50 anos da Independência Nacional, a iniciativa promovida pelo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço reafirmou o compromisso nacional com a valorização das competências, da educação e da formação como vectores centrais para o progresso económico e social de Angola.
O evento contou com mais de 200 participantes, entre os quais delegados de 12
países, configurando-se como uma plataforma de diálogo com forte dimensão internacional. Em destaque esteve a presença da diáspora angolana, representada por 98 delegados, incluindo cinco provenientes do Canadá, um sinal inequívoco da mobilização global dos angolanos e do seu compromisso com o desenvolvimento da Pátria.
Durante dois dias de trabalho intenso, foram discutidos 36 temas fundamentais, com enfoque no ensino superior, formação técnico-profissional, investigação científica e capacitação de quadros, tendo como referência o Plano Nacional de Desenvolvimento do Capital Humano.
O encontro reuniu líderes institucionais, académicos, especialistas, representantes de organizações públicas e privadas, membros da sociedade civil e quadros da diáspora, que analisaram os desafios e
oportunidades associados à construção de uma Angola mais qualificada e soberana.
A programação incluiu sessões plenárias, painéis temáticos e uma feira-exposição que envolveu instituições nacionais de ensino e formação, promovendo a partilha de boas práticas, o intercâmbio de experiências e o estabelecimento de parcerias estratégicas.
Entre os eixos temáticos em destaque estiveram: Educação de qualidade e formação contínua, Empregabilidade e inclusão social, Inovação, ciência e competitividade, Colaboração entre o sector público, privado e académico.
Os delegados sublinharam a importância de políticas públicas orientadas para as pessoas, sustentadas na valorização do saber e da competência, como caminho para uma Angola mais justa, resiliente e preparada para enfrentar os desafios globais.
Mais do que um fórum de ideias, a Conferência foi um espaço de construção colectiva, de diálogo intersectorial e de compromisso com acções concretas capazes de transformar o capital humano no motor dinâmico do desenvolvimento nacional.
Numa altura em que Angola reforça a aposta na diversificação da sua economia e na modernização dos sectores produtivos, o investimento nas pessoas surge como prioridade inadiável e garantia de soberania.
A realização desta Conferência representa, assim, um marco significativo no caminho para uma Angola mais capacitada, coesa e preparada para o futuro colocando o seu povo no centro da estratégia nacional de crescimento e afirmação no mundo.
Francisco Pegado/MS
A Madeira vai investir, ao longo dos próximos quatro anos, mais de 30 milhões de euros na modernização, requalificação e descarbonização dos portos, numa estratégia que pretende responder às atuais necessidades e preparar o futuro do crescimento económico do arquipélago, conforme anunciou hoje a Secretaria Regional de Economia.
“O objetivo é termos portos modernos, compatíveis com as normas da União Europeia, sustentáveis e capazes de acompanhar o crescimento económico da Madeira e do Porto Santo”, sublinhou o secretário regional da Economia, José Manuel Rodrigues, durante uma visita ao porto do Caniçal, realizada esta segunda-feira. O governante com a tutela dos portos da Região Autónoma da Madeira reconheceu que, atualmente, a infraestrutura já evidencia sinais de saturação, resultado do
aumento do volume de contentores importados pelas empresas e pelas famílias. Para dar resposta a esses constrangimentos, está em curso uma obra de requalificação do cais norte, num investimento de cerca de 10 milhões de euros, que contempla a instalação de novas redes de esgotos, água, incêndios e energia elétrica.
A conclusão desta primeira fase está prevista para o final do corrente ano, seguindo-se uma segunda fase, orçada em 9 milhões de euros, que incluirá a expansão do cais norte e a sua ligação ao cais sul, aumentando a operacionalidade e a eficiência da infraestrutura portuária.
Este plano insere-se numa visão de longo prazo, que aposta na inovação e na sustentabilidade, com o objetivo de reforçar o papel estratégico dos portos madeirenses na economia regional.
JM/MS
Municípios e empresários concordam com mais apoios à imigração
A Associação de Municípios dos Açores (AMRAA) e a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) apoiaram a iniciativa do PS, na Assembleia Regional, que propõe mais apoios à integração dos imigrantes no arquipélago. “Que a questão é pertinente, é! Que faz todo o sentido, faz! Eu diria que isto é quase para ontem!”, realçou o presidente da AMRAA, Alexandre Gaudêncio, ouvido na Comissão de Assuntos Sociais do parlamento açoriano, reunida em Ponta Delgada.
Oautarca social-democrata recordou que os setores da restauração e da construção civil se queixam, regularmente, da falta de mão de obra e que são necessárias medidas como aquelas que agora são propostas pelos deputados do PS, no sentido de facilitar a entrada a e integração desses imigrantes na região. “Nós temos a restauração a gritar por pessoas, temos a construção civil a gritar por pessoas, e muitas vezes esses imigrantes vêm diretamente de outros países para cá, começam logo a trabalhar e não têm qualquer integração social na comunidade”, recordou Alexandre Gaudêncio, lembrando que muitos desses trabalhadores nem sequer falam português, situação que gera sempre “alguma barreira linguística” com a comunidade local.
Opinião idêntica tem o empresário Marcos Couto, que está a presidir à Direção da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, igualmente ouvido pelos deputados à Assembleia Legislativa Regional, e que além da falta de mão de obra estrangeira, está também preocupado com a sua devida integração na sociedade açoriana. Marcos Couto destacou também o papel que os imigrantes que têm escolhido os Açores para trabalhar e para viver têm tido na dinamização da economia açoriana, que continua, ainda assim, carente de recursos humanos em vários setores de atividade. “Os que têm vindo, têm sido essenciais para a evolução dos Açores e da sua economia, sendo que, obviamente precisamos de mais, tendo em conta aquilo que tem sido a evolução económica e empresarial da região nos últimos anos”, insistiu o representante da CCIA. A deputada do PS ao parlamento açoriano Marlene Damião reconheceu a importância da mão de obra estrangeira na dinamização da economia açoriana, em setores estratégicos, como o turismo ou a constru-
ção civil, mas lembrou que é preciso fazer mais para que esses cidadãos estrangeiros se sintam bem integrados nos Açores. De acordo com os dados divulgados pela bancada do PS no parlamento açoriano, o número de imigrantes a viver e a trabalhar nos Açores aumentou cerca de 73% nos últimos dez anos e há agora cerca de 6.000 cidadãos estrangeiros a residir nas ilhas. Os socialistas açorianos entendem que é necessário prestar assistência a esses imigrantes, nomeadamente, no âmbito da regularização da residência, autorizações de trabalho, segurança social, seguro de saúde e suporte à obtenção de alojamento, bem como garantir apoio à integração das respetivas famílias. O PS defende igualmente, a criação de cursos de formação profissional intensivos, um reforço da carga horária dos cursos de Língua Portuguesa para imigrantes, mais apoio às entidades que contribuem para a integração social dos cidadãos imigrantes na sociedade açoriana e a criação de espaços físicos para atendimento aos imigrantes nas ilhas do Faial, Terceira, Pico e Santa Maria.
AO/MS
Comandante da PSP pede reforço de meios: “Temos sentido algum esquecimento”
O comandante regional da PSP na Madeira salientou a reivindicação de reforço e otimização de meios e recursos para a polícia, e pediu o desbloqueio das melhorias infraestruturais nas esquadras da Região, lamentando que haja algum “esquecimento” por parte da tutela.
Na sessão solene do 147º aniversário da PSP da Madeira, e aproveitando a presença do secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, Paulo Simões Ribeiro, o superintendente Ricardo Matos alertou para as lacunas que afetam o comando regional e alertou que há menos polícias, com uma média de idades mais alta e com cada vez mais trabalho.
“Sabemos que há comandos com mais carências, mas temos sentido algum esquecimento”, lamentou.
No entanto, Ricardo Matos também endereçou recados internos, reservando
palavras duras para elementos que, considerou, comprometem a operacionalidade do serviço ou para “aqueles que adoecem sempre em agosto”.
O responsável da PSP na Madeira também pediu contenção na forma como são expostas algumas reivindicações dos polícias, criticando o “ruído” e “propaganda”.
O superintendente alertou que este discurso é contraproducente e contribui para afastar os mais jovens do interesse de ingressar na polícia, argumentando que os quem ouve esse tipo de reclamações “pensa que um polícia recebe o salário mínimo, não tem folgas e vai desenvolver alguma doença mental”.
Ricardo Matos disse mesmo que “a propaganada é tão forte que os próprios polícias já se convenceram que estão no patamar mais baixo de todas as profissões”. “Isso não é verdade”, vincou. JM/MS
A reitora da Universidade dos Açores (UAc), Susana Mira Leal, encontra-se em visita académica ao Brasil, onde participou em diversas iniciativas de relevo no âmbito da cooperação académica luso-brasileira e das comemorações dos 200 anos do Tratado de Amizade e Paz entre os dois países.
Areitora da academia açoriana proferiu a palestra intitulada “Da Educação na Sala de Aula à Reitoria: Desafios e Oportunidades”, no Auditório Newton Faller do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O evento, aberto à comunidade académica, destacou a sua trajectória dedicada ao ensino, à formação de professores e à gestão universitária, bem como os desafios e oportunidades da liderança no ensino superior. No decurso desta deslocação, a UAc e a sua reitora foram ainda distingui-
das com o Colar do Mérito Pedro, O Libertador, atribuído pelo Conselho de Minerva, associação de antigos alunos da UFRJ. Esta distinção, criada em 2022, em tributo a D. Pedro I do Brasil e IV de Portugal, homenageia personalidades e instituições que se destacam pela defesa da educação, da liberdade e da fraternidade entre povos. Na ocasião, a reitora evocou a ligação histórica dos Açores à epopeia liberal de D. Pedro, sublinhando que as ilhas foram “porto seguro e ponto de partida de uma epopeia que marcou o destino da nação”, ao acolherem a resistência constitucional e apoiarem o Exército Libertador na luta pela liberdade e pela Constituição. Destacou, ainda, que a outorga do Colar não enaltece apenas a instituição que dirige, mas também “a memória colectiva e a identidade do povo açoriano, marcado pela coragem, lealdade e espírito de abertura ao futuro”. DA/MS
Milhares de trabalhadores, sindicatos e alguns representantes políticos encheram as ruas centrais de Toronto para celebrar o Dia do Trabalhador, uma data marcada por discursos, reivindicações e a afirmação do poder sindical. Acompanhamos de perto a Parada do Dia do Trabalhador esta celebração da força laboral que construiu - e continua a construir - o Canadá.
David Piccini: “Um dia fundamental para os trabalhadores”
O Ministro do Trabalho, Imigração, Formação e Desenvolvimento de Competências de Ontário, David Piccini, marcou presença e deixou uma mensagem de reconhecimento: “Este é um dia importante para os trabalhadores. Antes de mais, feliz Dia do Trabalhador a todos. É um dia fundamental para o movimento laboral em todo o Ontário – um movimento que conquistou muito: a proteção da segurança dos trabalhadores, a criação de percursos de aprendizagem significativos, e a defesa dos que, muitas vezes, não tinham voz. Esta comunidade construiu, literalmente, o Ontário – incluindo muitos novos canadianos. Sei que, quando o meu avô chegou, entrou para um sindicato, trabalhou na siderurgia e ajudou a erguer este país. Por isso, para a comunidade portuguesa e tantas outras, o Dia do Trabalhador é um momento de união e celebração dos sacrifícios notáveis feitos pelos trabalhadores em toda a província”.
Jack Oliveira: “Continuamos a precisar dos sindicatos”
O rosto da liderança da LiUNA Local 183 e da LiUNA OPDC, Jack Oliveira, dirigiu-se aos sócios, pensionistas e à comunidade em geral com uma mensagem clara, direta e carregada de significado. Falou não apenas
como dirigente sindical, mas como alguém que conhece, de perto, o valor do trabalho e da união. Com voz firme e confiante, destacou a importância do momento: “Este é o dia mais importante do ano em defesa dos trabalhadores: o Dia do Trabalhador.” Mais do que uma data simbólica, Jack Oliveira reforçou que este dia representa a memória viva de tudo o que já foi conquistado pelas mãos dos trabalhadores organizados - e o quanto ainda está por fazer. O dirigente fez questão de lembrar que as vitórias não surgem por acaso, mas são fruto de décadas de luta, negociação e solidariedade: “Estamos aqui para celebrar tudo o que construímos ao longo dos anos - cidades, linhas de metro, bairros inteiros - mas também para lembrar que o futuro, com tudo o que está a acontecer no mundo, continua a precisar muito dos sindicatos.” O líder da LiUNA não poupou nas palavras ao reconhecer que o contexto atual - marcado por instabilidade económica, avanços tecnológicos rápidos e mudanças nas condições laborais - exige sindicatos ainda mais presentes, fortes e ativos. E sublinhou que o objetivo é claro: garantir que nenhum trabalhador fique para trás. “O nosso trabalho é árduo: lutar por mais direitos, por contratos justos, para que os trabalhadores consigam alcançar aquela classe média que é tão essencial. Porque uma sociedade justa constrói-se com oportunidades reais, salários dignos, proteção no local de trabalho e estabilidade para as famílias.”
Mas a sua mensagem não se ficou apenas pelos que já fazem parte da estrutura sindical. Com um apelo sentido e inclusivo, Jack Oliveira estendeu a mão àqueles que ainda não estão sindicalizados - encorajando-os a juntar-se ao movimento e a fazer parte de algo maior: “Penso também naqueles que ainda não estão sindicalizados - esta
A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!
é uma boa oportunidade para se organizarem, aproximarem-se dos sindicatos e tornarem-se sócios. Os sindicatos estão de braços abertos, prontos para os receber.”
No final da sua intervenção, deixou um agradecimento emocionado e uma mensagem de esperança, já com os olhos postos no próximo ano: “Um grande abraço a todos os que estão aqui, ao movimento sindical e a todos os sindicatos. Esperamos que, no próximo ano, estejamos aqui de novo, em solidariedade e com ainda mais sócios. Isso é fundamental. Muito obrigado.” As palavras de Jack Oliveira ressoaram como um verdadeiro manifesto em defesa do trabalho digno, lembrando que os alicerces do Canadá foram - e continuam a ser - erguidos por trabalhadores organizados, resilientes e conscientes do seu valor.
Joe Mancinelli: “A nossa força está no cimento… e na comunidade”
O Vice-Presidente Internacional e Líder Regional para o Centro e Este do Canadá da LiUNA, Joe Mancinelli, destacou o papel central do sindicato: “Hoje é, sem dúvida, um dia muito importante. Há dias marcantes no ano: o Natal, a Páscoa e, claro, o Dia do Trabalhador - o nosso dia para celebrar tudo o que a LiUNA tem feito. A LiUNA é o maior sindicato da construção no Canadá. As estradas onde circulamos, os edifícios que nos rodeiam – tudo foi construído pelos nossos trabalhadores. Mas a nossa força não está apenas no tijolo e no cimento; está também na participação ativa nas comunidades, que é exemplar. A Local 506, a Local 183 e todos os nossos sindicatos locais são parte integrante desta comunidade. Tenho muito orgulho em estar aqui com os membros fortes da LiUNA. Sintam o poder!”.
Carmen Principato: “É o dia das pessoas que trabalham”
Também presente, Carmen Principato, Business Manager da LiUNA Local 506, reforçou o espírito de união: “Hoje é, de facto, um dia muito importante: o Dia do Trabalhador, o dia das pessoas que trabalham. Tenho orgulho em estar aqui, acompanhado pelos nossos membros, para partilhar este momento tão especial. É em dias como este que nos unimos e celebramos juntos. Desejo a todos um feliz Dia do Trabalhador. Sintam o poder! Obrigado.”
Julie Dzerowicz: “Não há classe média sem sindicatos”
A deputada federal por Davenport, Julie Dzerowicz, fez questão de marcar presença, mesmo estando oficialmente de férias: “Hoje é um dia importante para os trabalhadores. Na minha comunidade de Davenport, temos o maior número de membros da LiUNA Local 183. Também temos muitos da Local 506, do IUPAT, sindicatos de professores, trabalhadores dos Correios do Canadá. Estou aqui para dizer: apoiamos os sindicatos. E digo mais: não pode existir uma classe média forte no Canadá se não apoiarmos os sindicatos. Queremos garantir que, quando os trabalhadores vão para o emprego, estão em segurança, são bem pagos, têm benefícios e as ferramentas necessárias para desempenharem as suas funções. É por isso que estou aqui: para apoiar. Estou, na verdade, de férias hoje, mas quis passar cá uma hora apenas para vos cumprimentar”.
O evento terminou com um slogan que ficou a ecoar nas ruas de Toronto e nos corações de quem ali esteve: "Sem educação não há trabalho, sem formação não há futuro."
Mais do que palavras bonitas, foi o reflexo de uma realidade sentida por todos os que constroem - todos os dias - este país, muitas vezes longe das luzes da ribalta, mas no centro de tudo o que importa. Foi um lembrete poderoso de que o trabalho digno não nasce por acaso, mas sim da luta coletiva, da solidariedade e da exigência de que o progresso seja partilhado por todos.
Neste Dia do Trabalhador, ouvimos vozes que representaram comunidades, sindicatos e famílias inteiras. Sentiu-se nas ruas de Toronto um orgulho profundo. Orgulho em quem, com as mãos calejadas, levanta edifícios, constrói bairros, traça linhas de metro e faz do Canadá um país de oportunidades. Sentiu-se também uma chama viva - a de um movimento sindical que não esmorece e que se renova com cada novo membro que entra, com cada jovem que descobre o valor de lutar por um contrato justo, por segurança no trabalho e por um salário digno. A nossa equipa despede-se num ambiente onde se respirava coragem, união e esperança. Ali, no coração de Toronto, encontrámos não apenas trabalhadores, mas autênticos construtores do futuro. Homens e mulheres que continuam, todos os dias, a levantar este país - não apenas com cimento e aço, mas com dignidade, resiliência e sonho.
RMA/MS
Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.
TTC desvia rotas na King Street com arranque oficial do TIFF em Toronto
Com o arranque oficial do Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF), a King Street, no centro da cidade, volta a ser encerrada este ano entre a Spadina Avenue e a University Avenue para dar lugar à chamada festival street. O fecho estará em vigor de 4 a 8 de setembro, obrigando a alterações nos percursos das linhas de elétrico 504/304 King e 508 Lake Shore. A TTC garantiu que terá funcionários devidamente identificados em pontos estratégicos para prestar apoio e informação aos passageiros. O serviço normal será retomado às 5h da manhã de segunda-feira, dia 8. No entanto, a transportadora alertou que os eventos de passadeira vermelha na King Street, entre 10 e 13 de setembro, poderão ainda provocar atrasos pontuais.
“A TTC agradece a compreensão dos clientes durante o TIFF, um evento que beneficia a economia de Toronto e reforça a sua reputação internacional como cidade de classe mundial”, refere a nota oficial.
CP24/MS
Oito pessoas hospitalizadas após “incidente grave” em comunidade indígena de Manitoba
Pelo menos oito pessoas foram levadas de urgência para um hospital em Winnipeg depois de um “incidente grave” ocorrido na manhã da passada quinta-feira na Hollow Water First Nation, em Manitoba, Canadá.
De acordo com a Shared Health, duas vítimas foram transportadas de helicóptero pelo serviço STARS, enquanto seis outras foram encaminhadas por via terrestre para o Health Sciences Centre, em Winnipeg. As autoridades de saúde confirmaram que os feridos apresentam diferentes níveis de gravidade.
O hospital emitiu um alerta de “código laranja” — ativado quando existe a possibilidade de receber um afluxo súbito de múltiplos pacientes. A Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) informou que várias das suas esquadras, bem como unidades especializadas, foram destacadas para a comunidade, situada na margem leste do Lago Winnipeg, a cerca de 160 quilómetros a nordeste da cidade.
O incidente ocorreu antes das 8h30 locais e, embora não tenham sido revelados pormenores sobre o sucedido, a polícia sublinhou que não existe risco para a segurança pública. As autoridades deverão permanecer na área ao longo do dia. A estrada 304 encontra-se encerrada em ambos os sentidos a sul da Black River First Nation, cerca de 40 quilómetros a sul da Hollow Water, em ligação direta com a ocorrência.
CBC/MS
Após quase 40 anos
O Honda Dealers Indy Toronto, tradicional corrida automobilística do Canadá, vai mudar de rota e transferir-se para Markham a partir do próximo ano. O anúncio, em conferência de imprensa e representa uma mudança significativa para a prova anual de monolugares, popularmente conhecida como Honda Indy, realizada desde 1986 num circuito citadino em Exhibition Place, Toronto.
Acorrida ganhou o apelido de “Roar on the Lake Shore”, graças à icónica reta ao longo da Lake Shore Boulevard. As autoridades de Markham e a Green Savoree Toronto, promotora do evento, revelaram que a nova edição decorrerá entre 14 e 16 de agosto de 2026. O novo traçado temporário terá 12 curvas e 3,52 quilómetros — mais extenso que o atual de 11 curvas e 2,874 quilómetros em Toronto — e será construído no centro de Markham, entre a Kennedy Road, a Enterprise Boulevard, a linha férrea Unionville GO e a Highway 407. A pista incluirá ainda uma área de boxes em ambos os lados.
Os organizadores estimam que o evento atraia mais de 140 mil espetadores ao longo de três dias e gere “dezenas de milhões” de dólares em impacto económico, através do turismo desportivo, hotelaria e serviços as-
sociados.“Esta oportunidade de receber a Ontario Honda Dealers Indy em Markham prepara-nos para mostrar do que somos capazes”, afirmou o presidente da câmara, Frank Scarpitti, em conferência de imprensa. “Estamos prontos e entusiasmados para acolher este espetáculo histórico, desde o planeamento já em curso até à bandeira axadrezada final.”
Os detalhes financeiros do novo contrato, com duração de cinco anos, não foram revelados. A IndyCar Series é uma das principais categorias de monolugares da América do Norte, com carros que podem atingir velocidades de até 370 km/h.
Toronto perde corrida por causa da FIFA
Questionado sobre a mudança, Jeff Atkinson, presidente da Ontario Honda Dealers Indy em Markham, explicou que a realização da Copa do Mundo da FIFA 2026 em Toronto foi um dos fatores decisivos.
“O Exhibition Place é um ótimo local, mas tem muitos projetos de desenvolvimento em curso. Além disso, várias cidades estão interessadas em acolher uma etapa da NTT IndyCar Series e, se ficássemos um ano sem Toronto, corríamos o risco de perder a prova de forma definitiva”, disse.
A presidente da câmara de Toronto, Olivia Chow, reconheceu que “não era logis-
ticamente possível” organizar a Copa do Mundo e a Honda Indy no mesmo verão, apesar das tentativas para ajustar calendários.“Fizemos todos os esforços para alterar a data — algumas semanas antes ou depois — mas a Indy não aceitou, pelo que não tivemos alternativa”, afirmou Chow. Críticas à pista em Toronto
No Grande Prémio de Toronto deste ano, vários pilotos da IndyCar Series queixaram-se das condições da pista, em particular da Curva 3, localizada na Lake Shore Boulevard.
O traçado está em obras devido à construção do polémico Therme Spa e de um parque aquático, e pilotos como Kyle Kirkwood e Will Power apontaram a existência de um grande ressalto no asfalto.
O evento, que no passado foi conhecido como Molson Indy, tornou-se um dos maiores acontecimentos desportivos do Ontário, encerrando parte da Lake Shore Boulevard durante um fim de semana em julho. A corrida já contou com a participação de vários nomes de prestígio, incluindo Will Power, que em 2018 estabeleceu a volta mais rápida da história do circuito, com o tempo de 59.714 segundos.
Polícia Montada do Saskatchewan invade complexo do culto “Rainha do Canadá” e detém 16 adultos
A Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) prendeu durante a passada semana 16 adultos - incluindo a autoproclamada líder espiritual Romana Didulo, conhecida como a “Rainha do Canadá” - durante uma operação no vilarejo de Richmound, província de Saskatchewan.
Aação policial teve início quando agentes munidos de mandado de busca entraram num antigo edifício escolar, atualmente propriedade privada, onde Didulo e os seus seguidores vivem há cerca de dois anos.
De acordo com a inspetora Ashley St. Germaine, a operação foi desencadeada após uma denúncia, a 25 de agosto, de que um dos ocupantes estaria na posse de uma arma de fogo. Na busca, foram apreendidas quatro réplicas de armas, mas foram apre-
sentadas acusações formais. Mais de 30 viaturas policiais, incluindo veículos táticos, participaram na operação, descrita pelas autoridades como “complexa e de grande escala”. Um vídeo em direto, transmitido pela própria Didulo na aplicação Telegram durante a madrugada, registou o momento da sua detenção, quando agentes armados entraram no local e lhe ordenaram que largasse o telemóvel.
A operação trouxe alívio aos habitantes de Richmound, uma pequena comunidade de apenas 118 residentes, localizada a 365 quilómetros a oeste de Regina, junto à fronteira com Alberta.
“É o melhor dia da minha vida”, disse Vanessa Johnson, moradora local, explicando que os residentes se sentiam intimidados e inseguros com a presença prolongada do grupo. O culto, ligado originalmente ao
movimento conspirativo Q-Anon, evoluiu para um movimento de “cidadãos soberanos”, cujos seguidores rejeitam a autoridade do Estado, recusam pagar impostos e não acreditam em vacinas. Segundo investigadores, muitos acreditam também que Didulo possui “poderes alienígenas”.
A líder vinha afirmando ser a soberana legítima do Canadá e a única autoridade reconhecida sob a chamada “lei natural”.
Em julho, o proprietário do imóvel e seguidor de Didulo, Rick Manz, já havia sido acusado de agressão a agentes, resistência à detenção e ameaças.
Enquanto a investigação prossegue, os residentes esperam que a operação marque o início do fim da presença do grupo na comunidade, que descrevem como “viver ao lado de um vulcão adormecido”.
CBC/MS
PORTUGAL PORTUGAL
Tragédia
O histórico Elevador da Glória, um elétrico que liga num curto troço de 260 metros, a zona dos Restauradores ao Bairro Alto, em Lisboa, provocou na tarde da passada quarta-feira (3) 16 mortos e 18 feridos. O ascensor, com capacidade para 43 pessoas e tido como uma popular atração turística da capital, embateu com violência num prédio após sair dos carris quando fazia uma curva no percurso descendente entre o Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto e Restauradores.
Oalerta foi dado às 18.06 horas e ao local acorreram 61 elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, apoiados por vários veículos e o INEM, com 22 viaturas. A Polícia Judiciária de Lisboa e o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários vão investigar o que esteve na origem deste acidente mortal. Há ainda 18 feridos, cinco deles em estado grave, que foram encaminhados para o hospital Santa Maria, S. José e S. Francisco Xavier. O Hospital de São José recebeu sete feridos do descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, cinco dos quais em estado grave. Para o Hospital Santa Maria seguiram duas vítimas. De acordo com fonte da PSP, os feridos estão a ser transportados com o apoio da PSP para vários hospitais da Grande Lisboa, para além dos referidos. O presidente da República pediu, numa nota
de pesar na qual apresenta o seu pesar e solidariedade às famílias afetadas por esta tragédia, que a investigação seja célere. Marcelo Rebelo de Sousa informou que "lamenta profundamente o acidente ocorrido esta tarde com o elevador (funicular) da Glória, em Lisboa, em particular as vítimas mortais e os feridos graves, bem como os vários feridos ligeiros", e apresentou "o seu pesar e solidariedade às famílias afetadas por esta tragédia".
O descarrilamento provocou um caos na zona onde ocorreu e levou ainda a que dezenas de pessoas que estavam noutra composição, estacionada nos Restauradores, saltassem pelas janelas, temendo que o elevador acidentado embatesse contra este na descida. Ainda assim, tal não aconteceu. Em vídeos publicados nas redes sociais, é relatado que seguiam crianças dentro do elevador que descarrilou. Ainda assim, não foi possível, até ao início da noite, confirmar se havia crianças entre as vítimas.
A Carris, gestora do elevador da Glória, em Lisboa, assegurou que já "ativou todos os meios" e está no local com as suas equipas. Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa disse que "entrou de imediato em contacto com as forças de emergência e segurança". Margarida Castro Martins adiantou que as causas do acidente poderão estar relacionadas com "cabos e com a forma de funcionamento dos elétricos porque eles funcionam de forma compensada".
JN/MS
O presidente da República considerou que a aprovação do Orçamento do Estado "este ano é mais fácil", tendo em conta a estrutura "mais leve" da proposta de lei e a impossibilidade de dissolução do parlamento. Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Fundação Champalimaud, em Lisboa, após ter participado na terceira edição do encontro Book 2.0, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).
Interrogado sobre as primeiras reuniões entre o Governo e partidos, na Assembleia da República, sobre o Orçamento do Estado para 2026, o chefe de Estado manifestou a opinião de que "estão na disposição de falar, de dialogar, com tempo", até à entrega da proposta do Governo PSD/ CDS-PP, "de forma a encontrar as plataformas". Segundo o presidente da República, "e este ano é mais fácil do que era tradicional" a aprovação do Orçamento.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que, nos termos da Constituição, a Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, nem no último semestre do mandato do presidente da República, que termina em 9 de março do próximo ano. Neste contexto, uma dis-
solução do parlamento provocada por uma eventual crise orçamental, como aconteceu no passado, "está fora de causa", afirmou. Antes, o chefe de Estado referiu, por outro lado, que "foi alterada um bocadinho a estrutura do Orçamento", que é agora "mais leve e tem o fundamental".
"Por exemplo, em matéria de impostos, uma parte pode ficar fora e ser uma lei própria, sobre o IRS, sobre o IRC, sobre matérias que muitas vezes são, no pormenor, muito polémicas, certo tipo de despesas em pormenor", apontou.
No seu entender, "pode ser que isso facilite, no essencial, os partidos a aproximarem-se".
O ano de 2025 é o terceiro pior de sempre em termos de área ardida até 31 de agosto, indica o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR), avançando que 17% dos grandes incêndios começaram à noite. Uma análise preliminar aos incêndios de 2025, referente ao período de 01 de janeiro a 31 de agosto, a que a agência Lusa teve acesso, refere que deflagraram 7.046 fogos que consumiram 254 mil hectares de área.
"Até 31 de agosto, embora o número de incêndios se mantenha significativamente abaixo da média histórica, tal como nos últimos anos, 2025 regista-se como um dos três piores anos de sempre em termos de área ardida", precisa a análise feita pelo SGIFR, da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).
Os anos com área ardida superior, até 31 de agosto, são 2003 (421 mil) e 2005 (308 mil) embora o ano mais trágico de sempre seja 2017, quando contabilizados os incêndios de outubro.
A análise dá também conta que as regiões do norte e centro são as mais afetadas e o incêndio de Arganil, que começou em 13 de agosto e durou 11 dias, foi o que registou maior área ardida, um total de 65.417 hectares, seguido do fogo em Trancoso, com 55 mil hectares.
Segundo o documento, este ano ocorreram 35 grandes incêndios, com mais de 500 hectares de área ardida, 18 dos quais deflagraram no Norte, 12 no Centro e cinco no Alentejo, e representam "apenas 0,5%" do total dos fogos, mas 92% do total da área ardida.
JN/MS
A Autoridade Marítima Nacional informou que 16 pessoas morreram nas praias portuguesas entre maio e agosto, 10 delas por afogamento. "Quatro meses decorridos da Época Balnear 2025, a Autoridade Marítima Nacional registou, entre 1 de maio e 31 de agosto, 1007 salvamentos, 3561 ações de primeiros-socorros e 16 vítimas mortais nas praias portuguesas", refere a entidade num comunicado enviado hoje à Lusa.
Durante a época balnear, cinco pessoas morreram por afogamento, em zonas marítimas não vigiadas: Rio Douro,
no Cais de Gramido (distrito do Porto), no Rio Minho, (distrito de Viana do Castelo) e na Praia de Armação de Pera, no Algarve. Fora da época balnear, em maio, duas crianças morreram afogadas, na Praia de Pedrógão (distrito de Leiria), na altura sem vigilância. Dentro da época balnear, três pessoas morreram por afogamento, em praias vigiadas: a Praia de Carcavelos (distrito de Lisboa), a Praia do Titan (distrito do Porto) e a Praia Formosa, no Funchal, na Ilha da Madeira. Contactada pela Lusa, a Autoridade Marítima Nacional apelou à frequência de praias vigiadas, destacando que sete dos
dez afogamentos ocorreram em zonas sem vigilância.
A entidade pede ainda às pessoas que respeitem as bandeiras expostas e os vigilantes das praias, sendo estes nadadores-salvadores, autoridades, entre outros responsáveis.
A autoridade marítima informou ainda que é necessária a "vigilância permanente às crianças", alertando para as duas crianças que morreram, na Praia de Pedrógão, no distrito de Leiria, em maio. A época balnear termina no final de setembro. JN/MS
Reunião de líderes chinês, russo e norte-coreano desafia ordem internacional, acusa UE
A reunião em Pequim dos dirigentes chinês, Xi Jinping, russo, Vladimir Putin, e norte-coreano, Kim Jong-un, é um “desafio direto” à ordem internacional, declarou hoje a chefe da diplomacia da UE.
Este encontro não envia apenas “sinais anti-ocidentais”, como também representa um “desafio direto ao sistema internacional baseado em regras e não é apenas uma questão de simbolismo”, afirmou Kaja Kallas à
imprensa, em Bruxelas. Xi Jinping chegou à Porta de Tiananmen, em Pequim, acompanhado por Vladimir Putin e Kim Jong-un para o início da parada militar que assinalou o 80.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico. Os três líderes subiram juntos à tribuna de honra, depois de terem saudado individualmente cinco veteranos da Segunda Guerra Mundial, alguns com mais de 100 anos.
ED/MS
Donald Trump criticou os democratas por estarem a promover iniciativas com vista à publicação de todo o material relativo ao caso Jeffrey Epstein, o multimilionário falecido acusado de pedofilia e tráfico de menores. "Isto é um engano dos democratas que nunca mais acaba. Recorda-me um bocado a situação de Kennedy. Já demos tudo, uma e outra vez, mais e mais, e nunca estão satisfeitos", afirmou, na Casa Branca, ao lado do presidente da Polónia, Karol Nawrocki.
As declarações de Trump foram feitas enquanto está a decorrer um evento no Capitólio, para exigir mais transparência sobre o caso Epstein, que tem contado com a participação de sobreviventes dos abusos, apoiantes das vítimas e vários congressistas, tanto democratas como republicanos. "Senhor presidente. Sou uma republicana registada. Não é que
isso seja importante, porque isto não é política, mas convido-o cordialmente para o Capitólio para que me conheça em pessoa e assim possa entender que isto não é uma fraude", disse Haley Robson, uma sobrevivente dos abusos de Epstein, transmitiu a CNN. O congressista republicano Thomas Massie, eleito pelo Estado do Kentucky, e o democrata Ro Khanna, eleito pelo da Califórnia, ambos presentes, impulsionaram uma iniciativa para obrigar a Câmara dos Representantes, a votar uma resolução que exija ao Departamento de Justiça a publicação de todos os documentos.
A medida também foi apoiada pelas republicanas Marjorie Taylor Greene, Lauren Boebert e Nancy Mace.
Trump já considerou que quem ajudar a promover esta votação está a fazer "um ato hostil" contra o seu governo, divulgou a cadeia de televisão NBC.
JN/MS
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, insistiu que a Rússia procura o reconhecimento internacional sobre as regiões ucranianas anexadas de forma a garantir uma “paz duradoura”.
Lavrov, em declarações publicadas no portal oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, disse que as novas “realidades territoriais” devem ser reconhecidas e formalizadas de acordo com o direito internacional, para que a “paz seja duradoura”.
O homólogo ucraniano, Andrii Sybiga, reagiu imediatamente às declarações de Lavrov.
Sybiga disse através das redes sociais que a Rússia não alterou os objetivos e “ultimatos antigos” e que não mostra vontade de se envolver em negociações.
“Isto prova que o apetite do agressor só aumenta quando não é submetido à pressão e à força. É tempo de atingir a máquina de guerra russa com novas sanções”, acrescentou o chefe da diplomacia ucraniana.
Anteriormente, o Presidente russo, Vladimir Putin, exigiu que Kiev ceda à Rússia as quatro regiões ucranianas que afirma ter anexado desde setembro de 2022, além da
Península da Crimeia, anexada em 2014. Moscovo exige também que a Ucrânia renuncie aos planos de adesão à Aliança Atlântica.
Estas condições são inaceitáveis para a liderança ucraniana e para os países aliados de Kiev. A Ucrânia exigiu que o Exército russo se retire totalmente dos territórios ocupados.
Na semana passada, a diplomacia da Turquia afirmou que a Rússia continua a exigir que a Ucrânia ceda o Donbass (leste da Ucrânia), que não controla totalmente, mas está disposta a congelar o conflito no sul do país ao longo das atuais linhas da frente. O Governo turco acolheu três rondas de negociações entre representantes russos e ucranianos este ano em Istambul. O Exército russo ocupa cerca de um quinto do território ucraniano.
Moscovo reivindica a anexação de cinco regiões: as do leste de Donetsk e Lughansk, que formam o Donbass; as do sul de Kherson e Zaporijia; e a Crimeia, que foi ocupada em 2014. Durante as negociações em Istambul, no início do ano, os negociadores russos exigiram a retirada total da Ucrânia destas cinco regiões como pré-condição para o fim do conflito.
JN/MS
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acusou os autores de protestos contra a guerra na Faixa de Gaza de se comportarem "como fascistas" ao usarem a violência e ameaças nas suas ações. Ameaçam matar-me a mim, ao primeiro-ministro e à minha família diariamente. Também estão a atear fogo. Disseram que cercariam a minha casa, a casa do primeiro-ministro, com um anel de fogo, como grupos fascistas", declarou Netanyahu, após várias pessoas terem incendiado veículos junto da sua residência em Jerusalém.
Ochefe do Governo israelita insistiu que os autores destes protestos "falam e comportam-se como fascistas", quando o seu Governo enfrenta amplos protestos em Israel e no estrangeiro pela condução da guerra contra o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza. "O que está a acontecer aqui é simples. Não há controlo e, quando não há, a violência aumenta. Começaram por partir bloqueios e tentar derrubar vedações, depois lançaram sinalizadores que quase queimaram vivo um guarda perto da mi-
nha casa, e agora estão a formar um anel de fogo", descreveu. Netanyahu disse que "não há absolutamente nenhuma aplicação da lei" e que esta situação "precisa de mudar", expressando que pretende das autoridades responsáveis o cumprimento das regras, que é o que "o povo israelita exige para que haja democracia". Apesar de reconhecer que as manifestações são legítimas em democracia, o primeiro-ministro israelita disse que os protestos são "financiados, organizados e politizados contra o Governo" e que todas as linhas foram ultrapassadas.
"Estão a vandalizar propriedades, a bloquear estradas, a infligir sofrimento a milhões de cidadãos e a perseguir os eleitos", frisou. Vários membros do executivo israelita condenaram os incidentes e também políticos da oposição, embora tenham acusado o Governo de abandonar os reféns mantidos pelas milícias palestinianas na Faixa de Gaza.
JN/MS
O Labour Day, ou Dia do Trabalhador, é um feriado nacional no Canadá celebrado na primeira segunda-feira de setembro. Em 2025, a data assinalou-se a 1 de setembro.
Para muitos canadianos, este dia representa não apenas um merecido descanso, mas também o fim não oficial do verão e o regresso às rotinas escolares e profissionais com maior intensidade.
Sendo o último fim de semana prolongado antes da chegada do outono, o Labour Day é visto como uma oportunidade especial para aproveitar os derradeiros dias de clima ameno, seja em viagens, convívios familiares ou atividades ao ar livre.
Contudo, a data tem também um forte significado social e político: sindicatos e trabalhadores de diversos sectores ocupam as ruas de Toronto, numa demonstração de unidade e reconhecimento pela luta laboral. A tradicional parada do trabalhador teve início na intersecção da Queen Street com a University Avenue e segue pelo coração da cidade, numa homenagem a todos os trabalhadores do Canadá.
Freitas Opinião
Decorrida a quarta jornada do Liga Portugal Betclic, assistimos finalmente ao primeiro clássico da época: Sporting CP vs FC Porto. Tal como já aqui havia antecipado, vimos um jogo escaldante, intenso, aberto e com oportunidades em ambas as balizas. Confirmou-se o futebol positivo e objetivo que ambas as equipas têm apresentado neste arranque de época, com os azuis e brancos a levarem os três pontos para a invicta. Destaque ainda para a difícil vitória do SL Benfica na deslocação ao terreno do Alverca, equipa que regressou ao principal escalão do futebol português após 21 anos pelas divisões secundárias. Apesar da equipa da Luz ir somando triunfos e cumprindo objetivos, continua a apresentar um nível exibicional inferior aos seus principais opositores. Quando aos restantes jogos, nota para a primeira derrota do Moreirense, para a invencibilidade mantida pelo Famalicão e para os empates pós jornada europeia para as equipas do SC Braga e do CD Santa Clara.
Findas as eliminatórias para as competições europeias, realizaram-se os sorteios para as fases de grupos. Na Champions League, ao campeão em título Sporting CP, que faz a sua 19ª presença na principal prova de clubes, calhou em sorteio a receção ao campeão em título PSG, e as sempre difíceis deslocações aos terrenos do FC Bayern, da Juventus FC, do SSC
Napoli e do Athletic Bilbao. Recebe ainda no seu estádio o Club Brugge, o Olympique Marseille e o Kairat. Já o SL Benfica, na sua 42ª segunda participação, recebe na Luz o Qarabag, o Leverkusen, o Napoli e o todo-poderoso Real Madrid. Conta ainda com deslocações aos terrenos do Chelsea, Newcastle, Ajax e Juventus. Perspetiva-se, portanto, uma fase exigente, mas acredito que ambas as equipas lusas têm condições para chegar às rondas a eliminar. Na Liga Europa, calharam em sorte ao FC Porto as equipas do Salzburgo, Zvezda, Nott’m Forest, Utrecht, Nice, Malmo, Plzen, Rangers, enquanto ao SC Braga as equipas do Feyenoord, Celtic, Zvezda, Genk, Rangers, Nice, Nott’m Forest e Go Ahead. Sorteios
difíceis, preveem-se jogos equilibrados, mas a passagem à fase a eliminar da prova está ao alcance das equipas portuguesas. Entretanto, foi divulgada a convocatória da Seleção Nacional portuguesa para os jogos frente a Arménia e Hungria, no arranque da qualificação para o Mundial 2026, que se realiza nos Estados Unidos da América, Canadá e México. Numa convocatória sem novidades – que mais parece um grupo fechado –, gostaria de realçar o gesto simbólico do selecionador Roberto Martínez sobre Diogo Jota ao referir que a lista era composta por “23 jogadores + 1”, numa alusão à memória de Diogo Jota. No futebol internacional, em Inglaterra continua a caminho tumultuoso de Rú-
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ben Amorim no Manchester United. Após a surpreendente eliminação da Taça da Liga Inglesa frente ao Grimsby, do quarto escalão do futebol daquele país, os red devils conseguiram arrecadar a primeira vitória no campeonato, com um golo obtido já no período de compensação por Bruno Fernandes, através da conversão de uma grande penalidade. A jornada inglesa trouxe ainda as derrotas do Arsenal e do Manchester City, frente ao Liverpool e Brighton, respetivamente. Na La Liga, o destaque da jornada vai claramente para os empates do Barcelona frente ao Rayo Vallecano e do Atlético Madrid, desta feita frente ao Alavés. Na Série A, a derrota em casa do Inter de Milão na receção à Udinese foi o principal destaque da jornada. A semana europeia ficou também marcada pelo despedimento de José Mourinho do Fenerbahçe, depois da eliminação da Champions frente ao SL Benfica. Analisando a carreira de Mourinho, não deixa de ser curioso analisar os montantes financeiros recebidos pelo treinador português aquando dos seus despedimentos: 108 M€. Nas modalidades, o português João Almeida continua a levar alto o nome de Portugal e brilhar na Vuelta, volta a Espanha em bicicleta. A prova ficou igualmente marcada por um protesto pró-palestina, quando um grupo de manifestantes furou as barreiras de segurança para travar a passagem de ciclistas de equipa israelita. Infelizmente alguns grupos teimam em instrumentalizar o desporto com política. No Hóquei em patins, a seleção portuguesa de sub-19 sagrou-se campeão da Europa da categoria, vencendo na final a congénere espanhola por 5-2. Por fim, este domingo, dá-se oficialmente o pontapé de saída na época do futebol feminino em Portugal, com a realização da Supertaça que coloca frente-a-frente o SL Benfica, campeão em título, e o Torrense, vencedor da Taça de Portugal.
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LO F. C. Porto foi a Alvalade vencer o Sporting, por 1-2, no primeiro clássico da temporada 2025/26, continuando 100% vitorioso no campeonato português. A primeira parte terminou sem golos, apesar das várias investidas de ambas as equipas, num duelo muito renhido. Na retoma do encontro, o F. C. Porto entrou com tudo e abriu o marcador, com Alberto Costa a descobrir De Jong sozinho ao segundo poste, tendo apenas de encostar para dentro da baliza e fazer o 0-1.
ogo de seguida, William Gomes fez o segundo golo para a formação portista com um grande remate de fora de área. O Sporting não desistiu e beneficiou de um autogolo de Nehuen Perez, depois de cruzamento de Mangas, que colocou os leões no jogo.
O guarda-redes Diogo Costa defendeu um remate perigoso de Luis Suarez e segurou o triunfo portista, que garantiu 12 pontos nos quatro jogos disputados na temporada.
JN/MS
Benfica sofre, mas vence no terreno do Alverca com Dedic expulso
F.C. Alverca 1
S.L. Benfica 2
O Benfica sofreu o primeiro golo da temporada e teve que se defender para bater o Alverca (1-2), após a expulsão do lateral Dedic aos 70 minutos, em jogo a contar para a quarta jornada da I Liga. Com a estrela do Real Madrid Vinicius Júnior na bancada a assistir ao encontro, bastaram cinco minutos de jogo para o Benfica abrir o marcador. Scheldrup aproveitou o erro defensivo da defensiva ribatejana e fez o primeiro golo da temporada sem grandes dificuldades. Dedic foi do céu ao inferno, primeiro ao au-
mentar a vantagem encarnada para dois de diferença, com uma grande jogada individual ao cair do pano da primeira parte, depois, na segunda parte, viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho, após travar mais um contra-ataque do irreverente Chiquinho.
Bruno Lage reforçou o eixo defensivo e Samuel Soares foi brilhando na baliza de forma a impedir as tentativas de golo do Alverca, até que Davy Gui conseguiu diminuir a margem, mas sem conseguir chegar ao empate. O Benfica chega aos nove pontos no campeonato, enquanto o Alverca segue com apenas um.
C.D.
C.F.
Santa Clara e Estrela da Amadora empataram sem golos, em partida a contar para a quarta jornada da I Liga de futebol.
Na chegada à partida, disputada no Estádio de São Miguel, Santa Clara e Estrela da Amadora procuravam o primeiro triunfo na época. Uma tarefa que se revelaria impossível. Num jogo com poucas oportunidades de golo e muitas faltas, mas em que a
equipa da casa conseguiu quase sempre ter o controlo do jogo, foi necessário esperar pelo minuto 88 para ver a bola no interior de uma baliza, após remate do médio brasileiro Adriano, mas apenas para o VAR anular o lance que daria vantagem à equipa da casa. Depois de novo empate e ainda à procura da primeira vitória no campeonato, Estrela da Amadora segue em 12º com três pontos, enquanto o Santa Clara é 15º com apenas um, mas menos um jogo.
O Sporting de Braga falho a subida ao terceiro lugar e o regresso às vitórias na I Liga de futebol, ao empatar 2-2 na visita ao Rio Ave, recuperando de duas desvantagens, na quarta jornada.
Em Vila do Conde, o brasileiro Clayton "bisou" pelos anfitriões, aos 14 minutos, de penálti, e aos 24, para se isolar na liderança dos melhores marcadores
da prova, agora com cinco golos, mas os visitantes, recém-apurados para a fase de liga da Liga Europa, igualaram por Roger Fernandes, aos 22, e pelo suplente franco-marroquino Amine El Ouazzani, aos 88. O Sporting de Braga empatou pela segunda jornada consecutiva e está no sexto lugar da I Liga, com oito pontos, enquanto o Rio Ave é 11.º classificado, com três (menos um jogo), e registou a terceira igualdade em outras tantas partidas disputadas, mantendo-se sem derrotas na prova, a par dos minhotos, do líder isolado F. C. Porto, do Famalicão e do Benfica. JN/MS
• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]
• Season begins mid May to mid September
• Weekly games & season ending tournament
• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball
To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague
RESULTADOS - 4ª JORNADA
Gil Vicente 2-0 Moreirense
Casa Pia 0-2 Nacional
AVS 0-1 Famalicão
Sporting CP 1-2 FC Porto CD Tondela 2-2 Estoril Praia
Santa Clara 0-0
Est. Amadora
Rio Ave 2-2 SC Braga
FC Alverca 1-2 Benfica
5ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)
12-09-2025
FC Alverca 20:15 CD Tondela
Benfica 20:15 Santa Clara 13-09-2025
Moreirense 15:30 Rio Ave
Estoril Praia 15:30 AFS
FC Porto 18:00 Nacional
Famalicão 20:30 Sporting CP 14-09-2025
Est. Amadora 15:30 Vitória SC
FC Arouca 18:00 Casa Pia
SC Braga 20:30 Gil Vicente
RESULTADOS - 4ª JORNADA
UD Leiria 1-0 Torreense
FC Penafiel 0-2
GD Chaves
Felgueiras 3-1 Lourosa
Feirense 2-0 Leixões
Benfica B 1-2 Portimonense
Farense 0-2 Marítimo
Sporting B 3-0 Paços Ferreira
Académico 2-0 FC Porto B
Vizela 1-0
UD Oliveirense
5ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)
13-09-2025
Felgueiras 11:00 Benfica B
Lourosa 14:00 Penafiel
Leixões 15:30 Farense 14-09-2025
Portimonense 11:00 Sporting B
Marítimo 14:00 Vizela
Torreense 15:30 Paços Ferreira
FC Porto B 15:30 UD Leiria
GD Chaves 18:00 Feirense 15-09-2025
UD Oliveirense 20:15 Académico
Sporting faz queixa do F. C. Porto no Conselho de Disciplina
Leões apresentam queixa por causa do comportamento dos adeptos do F. C. Porto que estilhaçaram vidros na bancada e feriram 17 adeptos leoninos. O Sporting vai apresentar uma participação disciplinar ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol contra o F. C. Porto, na sequência do comportamento dos adeptos portistas no setor reservado aos visitantes, logo após o primeiro golo dos dragões.
Nesse momento, dois vidros da bancada partiram-se, com os estilhaços a caírem na bancada, causando ferimentos em 17 pessoas. Destes, 16 necessitaram de assistência médica no interior do estádio e uma no exterior, atendida pelo INEM. Recorde-se que o F. C. Porto ganhou o clássico por 2-1. Já o primeiro-ministro Luís Montenegro subiu ao palco para deixar uma "palavra de profundo reconhecimento do Governo".
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, e Fernando Gomes, ex-presidente da FPF, também marcaram presença na cerimónia, que incluiu a entrega de condecorações às famílias de Diogo Jota e Jorge Costa.
Sapo/MS
O F. C. Porto anunciou o reforço do plantel com Jakub Kiwior. Internacional polaco chega oriundo do Arsenal.
É oficial. Jakub Kiwior é reforço do F. C. Porto por empréstimo do Arsenal no valor de dois milhões de euros, num acordo que envolve ainda uma cláusula de compra obrigatória de 17 milhões de euros, acrescida de " uma remuneração variável máxima de 5M em função do cumprimento de certos objetivos". "Esta opção poderá ser exercida pelo F.C. Porto ou pelo Arsenal. O Arsenal irá reter também um valor fixo de 2M numa potencial futura transferência do jogador", pode ler-se numa nota dos azuis e brancos.
"O Arsenal assumirá a responsabilidade com o mecanismo de solidariedade devida a terceiros e o FC Porto declara que esta transferência não contou com qualquer intervenção de intermediação", completam.
Em declarações aos meios do clube, o internacional polaco, de 25 anos, disse que "estava muito ansioso" por chegar e "descobrir tudo sobre o clube".
Sapo/MS
A seleção portuguesa começa na passada terça-feira a preparar o arranque da fase de qualificação para o Mundial2026 de futebol, que será frente a Arménia e Hungria, com o primeiro treino na Cidade do Futebol, em Oeiras. Portugal tem uma sessão agendada para as 13 horas, com os primeiros 15 minutos a serem abertos à comunicação social. O treino marca o regresso ao trabalho da equipa do selecionador Roberto Martínez depois da morte de Diogo Jota, e também do seu irmão André Silva, na sequência de um acidente de viação, em 3 de julho.
Entre as novidades nas escolhas de Martínez, destaque para o regresso de João Cancelo, que falhou em junho a conquista da Liga das Nações devido a lesão.
No Arena Portugal, também na Cidade do Futebol, o antigo avançado do Liverpool Diogo Jota foi homenageado, tal como Jorge Costa, antigo central, internacional português e jogador e dirigente do F. C. Porto, que faleceu em 5 de agosto, com 53, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória.
No Grupo F, Portugal vai arrancar o apuramento com uma dupla jornada fora, primeiro em Erevan, no sábado, frente à Arménia, e em 9 de setembro, em Budapeste, com a Hungria. A Irlanda completa o agrupamento.
O vencedor do grupo assegura um lugar no torneio que se vai disputar no próximo ano nos Estados Unidos, no Canadá e no México, e que pela primeira vez vai ter 48 seleções.
Diogo Jota e Jorge Costa inauguram Praça dos Heróis na Cidade do Futebol
Villas-Boas:
Diogo Jota e Jorge Costa, recentemente falecidos, foram homenageados pela Federação Portuguesa de Futebol, numa cerimónia emotiva, que reuniu toda a seleção portuguesa, figuras do futebol português, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa. Na Cidade do Futebol, os dois ex-internacionais portugueses receberam tributos muito sentidos, com todos os intervenientes a deixarem a garantia de que "nunca serão esquecidos".
"É um momento difícil, mas muito especial e particularmente especial para as famílias do Diogo (Jota) e do Jorge (Costa). A FPF estará sempre ao vosso lado, pronta para tornar a vossa dor mais suportável. Jamais permitiremos que sejam esquecidos", referiu Pedro Proença, presi-
dente da Federação Portuguesa de Futebol, que também lembrou André Silva, irmão de Diogo Jota também falecido no mesmo acidente.
"O espírito de Diogo Jota acompanhará a seleção no caminho para o Mundial 2026, que hoje começa. Seremos sempre 23+1", acrescentou.
Neste sentido, Pedro Proença anunciou a inauguração da Praça dos Heróis na Cidade do Futebol, concretamente na FPF Arena Portugal, da qual Diogo Jota e Jorge Costa são os primeiros integrantes.
"Este será um espaço em que iremos homenagear todos aqueles que, pelos seus desempenhos, dentro de campo ou fora dele, contribuíram para o engrandecimento do futebol português. Um espaço que será aberto ao público para que todos possam, também, passar a prestar-lhes
homenagem. Porque heróis como o Diogo e como o Jorge não são só nossos, são de todos", salientou Pedro Proença.
Rúben Neves, um dos melhores amigos de Diogo Jota, foi o porta-voz da seleção, assegurando "à família e aos amigos que iremos fazer de tudo para manter o Diogo connosco".
Já o primeiro-ministro Luís Montenegro subiu ao palco para deixar uma "palavra de profundo reconhecimento do Governo".
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, e Fernando Gomes, ex-presidente da FPF, também marcaram presença na cerimónia, que incluiu a entrega de condecorações às famílias de Diogo Jota e Jorge Costa.
JN/MS
"Gostávamos de homenagear o Jorge Costa com a conquista do campeonato"
O presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas, esteve presente, na Cidade do Futebol para prestar homenagem a Jorge Costa, Diogo Jota e André Silva, não escondendo a importância que o falecido diretor para o futebol teve na reformulação da equipa dos dragões. "Jorge Costa e Diogo Jota deixam legados diferentes, tinham diferentes personalidades, ambas igualmente carismáticas. Eu tinha obviamente mais proximidade com o Jorge, a nível pessoal e profissional. Era a representação de um líder perfeito e de um defensor dos grandes valores do F. C. Porto, da sua mística. Alguém muito especial para mim, que nunca me abandonou, esteve sempre ao meu lado em todos os momentos, principalmente neste que foi o meu primeiro ano de presidência, onde ele foi um herói e será sempre um herói para os seus familiares", afirmou o dirigente máximo dos azuis e brancos.
"A sua presença física deixou-nos, mas estamos todos imbuídos do seu espírito, não só no F. C. Porto, mas também aqui na Federação Portuguesa Futebol por tudo o que ele fez por Portugal. Do Diogo recordo apenas umas pequenas conversas que tive com ele, um homem de uma simplicidade e de um sorriso fulminante que contagiava todos. Tinha uma família
fantástica e humilde", acrescentou Villas-Boas.
O presidente portista recordou a difícil temporada passada e o papel que Jorge Costa teve na reformulação da equipa: "Não abandonou os profissionais, a equipa, o balneário, e à Direção fez-nos acreditar que isto era uma maratona e não um sprint. Neste momento encontramo-nos todos rejuvenescidos e, sabendo que faltam mais 30 jornadas, gostávamos muito de poder homenagear o Jorge com uma conquista do título de campeão nacional. Claro está que é tudo muito prematuro, preferíamos não usar a sua memória como força motriz para ganhar um campeonato. Faz-nos muita falta e gostávamos de o ter por perto".
O ano de 2025 ficou ainda marcado pelo falecimento de Pinto da Costa, que liderou o F. C. Porto durante 42 anos e Villas-Boas não esqueceu o "presidente dos presidentes".
"Foi um ano muito complicado para todos os adeptos do F. C. Porto. Perdemos não só o Jorge, mas também Jorge Nuno Pinto da Costa. Eles são a força motriz do F. C. Porto, pessoas que o fizeram em valores, em princípios, em imagem e determinação, em tudo o que é o F. C. Porto e a nossa mística. Nós temos esta ambição [de dedicar o título de campeão], mas ainda falta muito tempo, muitas batalhas, muitas guerras. Mas não há dúvidas: queremos
muito honrar os dois. O Jorge deixou-nos de uma forma trágica, no Olival, a trabalhar, o presidente Pinto da Costa nunca deixou o seu gabinete do Estádio do Dragão. Esteve sempre presente, está sempre
presente, é uma figura única do desporto português e iremos tentar honrar a sua memória com essa conquista", garantiu o líder do F. C. Porto.
JN/MS
Sporting com o melhor saldo, no mercado de transferências. Benfica um pouco acima nas compras. F. C. Porto e Braga recordistas, gastam mais do que recebem. O mercado de transferências fechou em Portugal, com o último dia a confirmar o apetite pelas compras que marcou o verão negocial da bola. F. C. Porto e Braga investiram como nunca, o Benfica, mesmo sem bater recordes, também foi mais comprador do que vendedor e só o Sporting contrariou a tendência, muito à custa da melhor venda da Liga, com a saída de Gyokeres para o Arsenal, por 65,8 milhões de euros.
Entre compras e vendas, o Sporting foi o único dos quatro grandes a ter saldo positivo, de 55,2 milhões. Mesmo assim, para o fim, a SAD leonina guardou a concretização do namoro antigo com o avançado grego Ioannidis (Panathinaikos), selado por 22 milhões, ligeiramente abaixo do máximo investido (Luis Suárez, 22,2 milhões) e, segundo o jornal "O Jogo", garantiu a cedência de Jota Silva (Nottingham Forest), por 4,5 milhões, com opção de 15,5
FUTEBOL FEMININO
milhões. A época mais gastadora dos leões continua a ser a de 2023/24 (75,4 milhões) e ao nível de vendas a atual só é inferior ao pecúlio de 2022/23 (139,1 milhões).
Já o Benfica, que no último dia foi buscar o extremo belga Lukebakio ao Sevilha, por 20 milhões, investiu mais 8,5 milhões do que o volume de vendas registado. As águias passaram os três dígitos nas compras (105,5), com realce para os 27 milhões aplicados no médio colombiano Richard Ríos (ex-Palmeiras), mas ainda aquém dos 115 milhões investidos em 2020/21, o mais alto valor de sempre em compras. Já nas vendas, a saída de Álvaro Carreras para o Real Madrid (50 milhões), foi o mais alto negócio do clube nesta época, mais de metade do total arrecadado.
O F. C. Porto prometera investir como nunca e concretizou a "ameaça", superando os 94 milhões, acima dos 68,7 milhões da época passada, enquanto o volume de vendas rondava os 78 milhões, ditando um saldo negativo de cerca de 17 milhões. No último dia chegou o defesa - central e esquerdo - polaco Jakub Kiwior, cedido por uma época pelo Arsenal, com taxa de em-
préstimo de dois milhões e opção fixada em 17 milhões.
Quanto ao Braga, o fim do mercado não trouxe novidades sobre aquisições, mas os minhotos já haviam batido o recorde interno, com 28,5 milhões investidos em reforços, superando a época anterior (22,7), com realce para o avançado espanhol Pau Víctor (ex-Barcelona), comprado por 12 milhões, a maior compra de sempre dos guerreiros. A nível de vendas, o clube ficou-se pelos 9,9 milhões, sendo a mais elevada a de Roberto Fernández (6,2 milhões), que foi para o Espanhol. Um valor abaixo do que a SAD assegurara em épocas anteriores, bastando referir que há um ano arrecadara 61,2 milhões. No saldo final de compras e vendas, os minhotos registam uma perda de cerca de 18 milhões.
O volume global de vendas na Liga foi o mais alto de sempre (352 milhões), superando os 274 milhões de 2024/25. Números que carecem de atualização final, pois à hora do fecho desta edição a Liga ainda não revelara alterações concluídas até à meia-noite.
JN/MS
FC Porto reforça equipa feminina de futebol com norte-americana Lily Bryant
Lily Bryant foi apresentado como reforço da equipa feminina de futebol do FC Porto. A norte-americana irá ter a primeira experiência fora do seu país. No Dragão, irá juntar-se às conterrâneas Eliza Turner e Cora Brendle.
"Fiquei muito emocionada com o convite. Durante toda a minha vida, tive o sonho de jogar futebol profissional num grande clube, por isso representar o FC Porto deixa-me sem palavras. Estou muito
animada e as minhas companheiras são todas muito talentosas e gentis. Receberam-me muito bem, não podia pedir melhor. Para já a minha experiência está a ser muito boa", disse a jogadora, ao site do FC Porto.
"Queremos dar continuidade ao bom momento vivido na época passada e subir à Primeira Divisão. Estou muito entusiasmada, sei que esta equipa foi muito bem-sucedida e elas podem contar comigo para trabalhar no duro e dar tudo em campo", acrescentou a jogadora de 22 anos.
Lily Bryant é natural de Brookline, no estado de Massachusetts. A jogadora de 22 anos, que joga como média, mudou-se aos 18 anos para Nova Jérsia para conciliar os estudos com a prática desportiva. Durante os quatro anos da licenciatura em Economia, a centrocampista deu nas vistas na equipa da Universidade de Princeton.
Na primeira época fez seis golos e quatro assistências e na época seguinte, em 2022, foi promovida ao Melhor Onze da Ivy League - a Liga Universitária da Costa Este, num ano em que disputou todos os os encontros da Universidade de Princeton na competição. Em 2024 voltou a integrar a Melhor Equipa na temporada, após marcar três golos e assinar outras tantas assistências em 19 encontros. Lily Bryant destaca-se nas funções ofensivas e consegue atuar como média ou extrema. No Dragão irá envergar a camisola número 13 azul, na estreia do FC Porto na Segunda Divisão Nacional. O objetivo é a promoção à Primeira Divisão.
SI/MS
Neves está a emocionar os adeptos
A Federação Portuguesa de Futebol partilhou, um vídeo nas redes sociais onde é possível ver que Rúben Neves fez uma tatuagem na perna em homenagem a Diogo Jota, gesto que comoveu os adeptos. De recordar que será o atleta a herdar a camisola 21, do falecido jogador.
Sapo/MS
O avançado Dodi Lukébakio, contratado pelo Benfica, é um dos 20 jogadores incluídos na última lista da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) relativa ao fecho do "mercado", sem Jota Silva como reforço do Sporting. As águias oficializaram a contratação do internacional belga na noite de segunda-feira, que se vinculou até 2030, após uma transferência em o clube encarna-
do pagou 20 milhões de euros ao Sevilha, da I Liga espanhola, pela totalidade do passe.
Oclube da Luz inscreveu também o médio italiano Federico Coletta, de 18 anos, que cumpriu a formação na Roma e se sagrou campeão europeu sub-17 em 2024, após a vitória transalpina sobre Portugal na final (3-0), no Chipre.
A última atualização da LPFP exibe também quatro dos jogadores oficializados pelo Rio Ave no último dia da "janela" de transferências de verão: o guarda-redes espanhol Alfonso Pastor, o lateral esquerdo inglês Omar Richards, que regressa aos vila-condenses, novamente cedido pelo Nottingham Forest, e os médios Tamás Nikitscher, húngaro, e Lorent Talla, kosovar.
A lista inclui ainda o lateral direito brasileiro Pedro Lima, de 19 anos, que reforçou o F. C. Porto por empréstimo do Wolverhampton, da Premier League inglesa, mas não o avançado internacional português Jota Silva, dado como reforço do Sporting pela imprensa especializada desportiva.
A eventual transferência contemplava um empréstimo do jogador, de 26 anos, pelo Nottingham Forest aos leões até ao final da época 2025/26, mas a inscrição não foi feita dentro do prazo junto da LPFP.
Entre os clubes da Liga, o Santa Clara inscreveu o extremo brasileiro Luquinhas nos últimos instantes do mercado, garantindo um jogador que regressa ao principal campeonato português, no qual representou o Desportivo das Aves, na temporada 2018/19.
A última atualização da LPFP conta com três jogadores que os açorianos emprestaram a clubes da II Liga: o lateral direito Edney Silva ao Portimonense, o médio Miguel Pires à União de Leiria, e o extremo Henrique Pereira, ao Desportivo de Chaves.
A equipa de Portimão inscreveu ainda Mateus dos Santos e os leirienses o guarda-redes Fábio Sousa, jogadores numa lista que conta ainda com os médios Marco Ribeiro, assegurado pelo Felgueiras, Liberato, emprestado pelo Moreirense ao Torreense, e Nuno Cunha, cedido pelo Tondela ao Paços de Ferreira, bem como o avançado Lucas Daniel, contratado pelo Académico de Viseu.
No último dia do período de transferências de verão, os clubes da I e da II Liga portuguesa entregaram na LPFP documentação relativa a 86 futebolistas.
JN /MS
Sporting oficializa novo avançado Ioannidis
O Sporting anunciou no seu site oficial que Fotis Ioannids, internacional grego de 25 anos, foi contratado ao Panathinaikos e reforça o plantel às ordens de Rui Borges. O avançado grego Fotis Ioannids chega a Alvalade proveniente do Panathinaikos e assinou um contrato válido até 2030, contando com uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, tendo custado 22 milhões ao cofres leoninos.
"Quero agradecer a todos por me terem recebido tão bem. Gosto muito do Clube e das suas ideias. Vou jogar a um nível muito alto contra adversários muito difíceis e com colegas de equipa muito bons", disse Ioannidis, aos meios de comunicação do Sporting.
JN/MS
HÓQUEI EM PATINS
O sorteio da primeira fase da edição 2025/26 da Liga dos Campeões masculina de hóquei em patins realizado em Paredes, palco do Campeonato da Europa, juntou no mesmo grupo quatro das cinco equipas portuguesas, uma delas o campeão em título Óquei de Barcelos. O clube de Barcelos integra o Grupo B da principal prova europeia de clubes juntamente com Oliveirense, Sporting, Benfica, Bassano, de Itália, e Liceo de Corunha, de Espanha. "Calhou-nos um grupo com muitas equipas portuguesas e vários candidatos à vitória final. Resta-nos tentar defender o título com muito trabalho e o apoio dos nossos adeptos", reagiu Daniel Oliveira, também conhecido por Pokas, em declarações à agência Lusa.
Osorteio arrancou alguns sorrisos entre os presentes na sala de imprensa do Pavilhão Rota dos Móveis em Lordelo, Paredes, palco do Europeu de seleções, mas o minicampeonato luso do Grupo B também tem aspetos positivos.
"Isto é a 'Champions', em que, para seres campeão, tens de ganhar a todos. É quase um campeonato português, mas isso também traz vantagens nos custos e no apoio que consegues. Para o Sporting, é sempre motivador, porque queremos ganhar todos os jogos em que entramos", comentou Pedro Gil, novo coordenador da modalidade no Sporting.
O FC Porto, finalista vencido na última edição da prova, ficou no Grupo A, do qual fazem ainda parte o Barcelona, recordista
de vitórias na competição, com 22 troféus, Reus e Igualada, todos de Espanha, o Trissino, de Itália, e os franceses do Saint-Omer. "É um grupo muito equilibrado e difícil, com muitas viagens. Será desgastante nesse aspeto, mas estamos confiantes e queremos chegar o mais longe possível e, se possível, marcar presença no maior número de finais", disse Franklin Pais, atual "team manager" dos dragões, à Lusa.
Na variante feminina, onde somente se apuram os dois primeiros de cada série, o Benfica conseguiu escapar nesta fase às campeãs do mundo do Vila-Sana, mas também não foi muito feliz no sorteio, integrando o Grupo B com três formações espanholas, entre as quais o Fraga, vencedor em 2023/24 e finalista vencido na última edição.
Na segunda competição mais importante da modalidade, a WSE Cup, o sorteio foi amigo de Sanjoanense e Juventude Pacense, frente a modestas equipas francesas e suíças, respetivamente, e foi madrasto para o HC Braga, opositor dos italianos do Lodi. O sorteio ditou ainda um confronto luso entre Riba d"Ave e Sporting de Tomar, semifinalistas da última edição.
Na variante feminina desta competição, a realizar-se pelo segundo ano, Gulpilhares defronta as espanholas do San Cugat, enquanto a Escola Livre de Azeméis, campeã em título, defronta a Sanjoanense, num dérbi que encabeça o quadro de jogos dos 16 avos de final.
Na competição Trophy, o Valongo, isento da primeira ronda, entra em prova somente nos quartos de final com a ambição de lutar pelo título e poder suceder ao Pasa Alcoi, de Espanha.
JN/MS
Ao celebrarmos o nosso 100º aniversário, a Cardinal Funeral Homes orgulha-se de apoiar o futuro da nossa comunidade com um donativo de 100.000 dólares à Magellan Community Foundation, ajudando a dar vida a uma nova unidade de cuidados continuados dedicada a servir a comunidade
Leões apresentam queixa por causa do comportamento dos adeptos do F. C. Porto que estilhaçaram vidros na bancada e feriram 17 adeptos leoninos. O Sporting vai apresentar uma participação disciplinar ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol contra o F. C. Porto, na sequência do comportamento dos adeptos portistas no setor reservado aos visitantes, logo após o primeiro golo dos dragões.
Nesse momento, dois vidros da bancada partiram-se, com os estilhaços a caírem na bancada, causando ferimentos em 17 pessoas. Destes, 16 necessitaram de assistência médica no interior do estádio e uma no exterior, atendida pelo INEM. Recorde-se que o F. C. Porto ganhou o clássico por 2-1. Já o primeiro-ministro Luís Montenegro subiu ao palco para deixar uma "palavra de profundo reconhecimento do Governo".
André Villas-Boas, presidente do F. C. Porto, e Fernando Gomes, ex-presidente da FPF, também marcaram presença na cerimónia, que incluiu a entrega de condecorações às famílias de Diogo Jota e Jorge Costa. Sapo/MS
ANDEBOL
Sporting - Ricardo Costa: «Perdemos com o Barcelona nos detalhes» VOLEIBOL
A seleção portuguesa de voleibol perdeu no fim de semana frente à Roménia, por 3-2, no primeiro dos três jogos particulares de preparação para o Campeonato do Mundo, a disputar de 12 a 28 de setembro, nas Filipinas. Em Piatra Neamt, o encontro foi decidido apenas na negra, com parciais de 24-26, 25-18, 25-21, 1725 e 15-9, depois de Portugal ter entrado a vencer e depois de sofrer a reviravolta dos romenos, forçar ao quinto set.
Filip Cveticanin, central de Portugal que actua no campeonato romeno, fez a análise do jogo: «Sinceramente, depois da viagem que fizemos, para mim este jogo, apesar de uma derrota em cinco sets, acabou por ser muito positivo. Tendo em consideração a difícil viagem que tivemos e o cansaço, e mesmo em conseguir gerir os treinos de musculação com bola, creio que fizemos um jogo muito sólido e muito bom. Também já nos adaptámos um bocadinho mais ao pavilhão pelo que, acredito, vamos melhorar nos
próximos jogos e não cometer tantos erros não forçados em momentos mais difíceis.»
As duas equipas voltam a defrontar-se no sábado e no domingo, às 18h30 locais (16h30 em Lisboa), antes da seleção nacional viajar, a 2 de setembro, para Manila.
O selecionador João José começou o jogo com Filip Cveticanin, Miguel Tavares Rodrigues, Lourenço Martins, Kelton Tavares, José Pinto e Nuno Marques, tendo Ivo Casas como líbero. Entraram ainda Guilherme Menezes, Tiago Violas, André Pereira, Rafael Santos e Gonçalo Sousa. No Mundial, Portugal integra o Grupo D e estreia-se a 13 de setembro frente a Cuba, pelas 06h30 (hora de Lisboa). Segue-se o confronto com os Estados Unidos, no dia 15, às 14h00, e o jogo com a Colômbia, em 17 de setembro, às 03h00.
A competição, que passa este ano a contar com 32 seleções, garante qualificação direta para o Mundial de 2025 e para o Europeu de 2026.
A Bola /MS
O Sporting perdeu no passado domingo a final da Supertaça Ibérica de andebol frente ao Barcelona, no desempate por livres de sete metros (4-3), depois de igualdade a 32 golos no tempo regulamentar, no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Os catalães mantêm a hegemonia absoluta na prova, conquistando o quarto título consecutivo e repetindo o desfecho da época passada, quando também derrotaram os leões na final disputada em Torrelavega, Espanha. No rescaldo, o treinador leonino, Ricardo Costa, destacou a evolução da equipa portuguesa:
«Cada vez somos melhores, cada vez somos melhor equipa. Sinto que estamos a aproximar-nos deles [das melhores equipas da Europa] cada vez mais. Perdemos por de-
talhes.» O técnico deixou ainda uma palavra de reconhecimento: «Dou os parabéns ao Barcelona por vencer esta competição. Mas dou-os também aos meus atletas, por este fim de semana, por aquilo que continuamos a construir para a temporada que está aí à porta. Por isso, há que retirar as coisas boas desta Supertaça, retificar as más e seguir em frente.» Sobre o encontro, Ricardo Costa sublinhou: «Creio que a chave desta final foi estarmos sempre perto do Barcelona, das suas peças fundamentais, que tiveram de jogar muito bem, ao mais alto nível. O aspeto defensivo foi essencial, mas a atitude dos meus atletas foi irrepreensível. E destaco a rotação com todos os jogadores.» E concluiu: «Fomos capazes de colocar muitos problemas ofensivos ao Barcelona. Perdemos no detalhe.»
A Bola/MS
Toronto Maple Leafs forward William Nylander isn’t convinced that former teammate Mitch Marner had plans to leave the club last season.
Speaking at the NHL/NHLPA European Player Media Tour, Nylander told NHL. com that Marner was locked in on Toronto’s playoff push and never gave any indication that free agency was on his mind.
“I don’t know where those rumors came from,” Nylander said. “I don’t think he was ever thinking about leaving during the season. I even asked him about it at one point, and he told me he was focused on Toronto. I didn’t want to press him further, but it was clear that his attention was on helping us. After the season ended, I asked him again, and at that point, he wasn’t sure yet.”
Marner ultimately left the Leafs in the offseason, joining the Vegas Golden Knights through a sign-and-trade deal that secured him an eight-year, $96 million contract. Nylander, who signed his own eight-year extension with Toronto in 2024 worth $11.5 million annually, admitted he would have preferred to see Marner
stay but has accepted the business side of the game.
“It’s tough seeing him go,” Nylander said. “But I’m happy for him and his family. He got to choose where he wanted to be, and in that sense, it’s great for him. We’re going to miss him a lot, but that’s part of the sport. Now we need to regroup and keep finding ways to win.”
The pair had been teammates since 2016, forming part of Toronto’s core alongside Auston Matthews and helping the Leafs to the playoffs each year, though never advancing beyond the second round. Nylander said that while Marner’s 100-point production on the ice will be difficult to replace, his leadership off the ice will also leave a gap.
“He was the one organizing team events—Halloween parties, dinners, things that brought us closer,” Nylander said. “He did an incredible job with that. And beyond hockey, he’s just a great friend. Someone I could always talk to. He’ll definitely be missed.”
With Marner gone, Toronto faces a major challenge offensively. Nylander is
coming off a career-best 45-goal season and knows he may be counted on to take another step. Still, he remains optimistic after the Leafs pushed the eventual Stanley Cup champion Florida Panthers to seven games.
“That was probably one of our best years since I’ve been here,” the 29-yearold said. “We were right there. If we can learn from those mistakes, I think we can be even better.”
The Blue Jays will be the first to admit it: the past two weeks have not been their strongest. August ended with a 15-12 record, one of their weaker months outside of a dismal April (11-14). What stings most is how they failed to capitalize on
“easier” stretches. Against the Pirates, Marlins, and Twins, Toronto managed only a 5-4 record. That eventually grew into a 6-6 mark after a difficult series with the first-place Brewers. Struggles in April can be excused. Struggles in late
August and September, however, are far more concerning.
History shows how dangerous late-season slumps can be. The 2024 Twins looked like a playoff lock but collapsed after going 14-14 in August and 9-18 in September. By comparison, Toronto is in better shape—they at least finished August above .500. But their upcoming schedule offers no breathing room. The Yankees, Astros, and Red Sox all await, while matchups with the Reds, Orioles, Rays, and Royals look deceptively tricky. On paper, some of these teams may seem beatable, but the Jays’ struggles against them earlier this year suggest otherwise.
The reality is Toronto missed its chance to build cushion in August. September now looms even larger, with tougher opponents and fewer opportunities for “easy” wins. Still, there’s reason for optimism. The Jays are 40-33 against teams with winning records, proving they can step up when the competition is stronger. That ability will be tested heavily over the
next month, especially with Boston and New York closing in. Toronto’s lead has shrunk to just three games over the Red Sox and three and a half over the Yankees, both of whom face softer schedules in September.
For true contenders, the path is clear: win against good teams. The Blue Jays’ slate essentially serves as a playoff rehearsal, filled with opponents that mirror the type of competition they’d face in October. Facing contenders like Houston and Boston might be brutal in the short term, but it could harden the Jays for what lies ahead.
September is far from easy, but then again, nothing about Toronto’s season has been. Few expected them to be in this position at all, yet here they are, very much alive in the divisional race. If the Blue Jays want their surprising run to continue, the mission is simple—fight, scrap, and win. Their grit has carried them this far; now it must carry them through.
RS/MS
There’s a real chance the Raptors could surprise people this season, and Sandro Mamukelashvili—“Mamu”—might play a meaningful role in that success. While it’s premature to call him Toronto’s secret weapon, two clear scenarios exist: either the Raptors’ transition defense continues to mask some of his weaknesses, or Mamu sharpens his reads and becomes less of a defensive liability thanks to his physical tools and mobility.
Defensively, the concerns are real. Mamu has made costly mistakes, such as the sequence where Austin Reaves scored nine points in just 11 seconds against him. Those errors came more from poor decisions than a lack of ability—misreads in transition, ill-timed switches, and getting beaten off the perimeter. Still, his mechanics aren’t broken.
Like many developing defenders, he’ll likely frustrate fans before showing real growth. Encouragingly, he has shown flashes, like anticipating Jalen Green’s baseline attack, even if the shot still fell. Against Houston, Mamu also held Steven Adams to just two points in nearly five minutes of direct matchups, fighting hard despite being physically outmuscled. With an offseason of added strength and the experience of EuroBasket, he could be more ready to bang inside.
On offense, his value is clearer. Mamu has the handles to attack slower bigs, thrives in transition, and stretches the floor with a credible jumper. He shot 37% from deep on 2.6 attempts per game last season, mostly catch-and-shoot looks, and proved effective in pick-and-pop actions. While his clutch shooting numbers are shaky, the sample size is too
small to draw conclusions. In Toronto’s system, his ability to space the floor, then put the ball on the deck when needed, could open up exciting options—especially in double-big lineups alongside Scottie Barnes or Jakob Poeltl. Plays like doubledrag screens with Immanuel Quickley attacking, one big diving, and Mamu popping could add variety and unpredictability.
Beyond the court, Mamu brings positive locker-room energy, something Toronto leaned on heavily last year. Having already experienced contrasting team dynamics— Milwaukee’s championship aftermath and San Antonio’s rebuild—he enters Toronto on a two-year, $5.5 million “prove-it” deal. For the Raptors, it’s a low-cost bet on upside. For Mamu, it’s a chance to solidify his place in the league while helping a team looking to compete now.
It might not be a starring role, but Mamu’s story with the Raptors has the potential to be one of those pleasant surprises fans love to root for.
Luis Camara
Secretary Treasurer
Ricardo Teixeira
Recording Secretary
Jack Oliveira Business Manager
Nelson Melo President
Jaime Cortez E-Board Member
Marcello Di Giovanni Vice-President
Pat Sheridan E-Board Member
Ontario is removing interprovincial barriers for workers in regulated professions, allowing them greater mobility when searching for work across the country, the province said Monday.
The Labour Day announcement said the provincial government has signed 10 agreements with provinces and territories to remove barriers to let workers come to Ontario to find work in over 50 “in-demand” professions, including engineers, architects and electricians.
“Our government is leading Canada in
our efforts to protect workers by helping them find better jobs and building a more resilient, competitive and united Canadian economy,” said David Piccini, Minister of Labour, Immigration, Training and Skills Development.
“With these historic measures, we’re tearing down barriers to create more opportunities for workers and businesses, building a stronger province and country.”
The province said under these agreements, Ontarians in these fields will also be able to find work in other provinces.
As of Jan. 1, 2026, people working in regulated professions will be able to start work-
ing within 10 days of having their credentials confirmed by their regulator, whereas under the current process, certified workers can wait for several months to become registered to begin a job.
A news release from the province said the new agreements include “reciprocal measures” that make it easier for Ontario workers to move to and work in other provinces and territories, and allow workers from other parts of the country to work in the province.
Vic Fedeli, the minister of Economic Development, Job Creation and Trade, called the move a “historic” decision.
“By cutting red tape and eliminating costly delays for certified professionals, our government is unlocking new markets and opportunities for workers and businesses, strengthening our domestic and national economy, and ensuring Ontario remains a resilient and competitive jurisdiction for investment and growth,” he said.
Associations representing geoscientists, engineers and lawyers were among several groups welcoming the change.
Jennifer Quaglietta, CEO of Professional Engineers of Ontario, said giving engineers the freedom of movement across the country will help grow the Canadian economy.
“We know that these efforts will help to build Canada, including much needed projects and endeavours here in Ontario,” Quaglietta said.
DCN/MS
Concrete, the world’s most used building material, is also one of the largest sources of carbon emissions. Now researchers at the Massachusetts Institute of Technology (MIT) and technology giant Meta are turning to artificial intelligence to make it stronger, faster, and far more sustainable.
“There is so much data out there on potential materials — hundreds of thousands of pages of scientific literature,” says MIT postdoctoral researcher Soroush Mahjoubi. “Sorting through them would have taken many lifetimes. We realized that AI was the key to moving forward.”
MIT’s Approach
The MIT team built a machine-learning framework that scans scientific data and ranks candidate materials by their chemical and physical properties. Inspiration came from the durability of ancient Roman concrete, which used ceramics to create waterproofing qualities still evident in structures standing 2,000 years later.
Mahjoubi and his team explored whether modern tiles, bricks and pottery could react chemically in similar ways when added to concrete. They also looked at the poten-
tial of reusing industrial waste such as mine tailings. Both approaches could support what researchers call a “circular building economy,” where discarded materials find new life in construction.
“AI tools have gotten this research far in a short time,” says Professor Elsa Olivetti of MIT’s Department of Materials Science and Engineering. “We are excited to see how the latest developments in Large Language Models enable the next steps.”
Meta’s Challenge
While MIT studies materials, Meta faces the practical problem of building massive new data centres across the United States. These facilities consume huge amounts of power, raising environmental concerns. Meta has pledged to use low-carbon concrete wherever possible, but current formulas are difficult to work with.
“Modern constructions require concrete optimized for sustainability, curing speed, workability, and finishability,” Meta explains. “But compared to traditional concrete, low-carbon versions cure slower and often struggle with quality.”
To solve this, Meta partnered with Amrize — a North American spin-off of Holcim — and the University of Illinois Urbana-Cham-
paign’s Grainger College of Engineering. Together, they developed an open-source AI tool that uses Bayesian optimization to quickly test new concrete recipes.
The first major test came at Meta’s $800-million data centre in Rosemount, Minnesota. The AI-designed concrete mix cut the project’s carbon footprint by 35 percent, reduced shrinkage by nearly 10 percent, and reached strength benchmarks 43 percent faster than traditional formulas.
Meta has released the model on GitHub so other companies can adapt it. “With open-source AI models, everybody leapfrogs to that level,” says Grainger assistant professor Nishant Garg. “If only one company has better concrete, the rest lag behind. My aspiration is that within 10 years, all ready-mix plants worldwide use these tools.”
For Darryl Neopolitano of Amrize, collaboration will be key: “General contractors, suppliers, building owners — we all have a stake in revolutionizing the most used material on our planet. If we work together, we can advance how our world builds the future.”
DCN/MS
Poilievre calls on Liberals to scrap the temporary foreign worker program
Conservative Leader Pierre Poilievre is calling on the Liberals to scrap the temporary foreign worker program and to stop issuing visas under the program.
Poilievre argues a jobs crisis among young people has been caused in part by corporations hiring foreigners who work for less than Canadian citizens.
He is calling out specific fast-food chains he claims are hiring foreigners over locals, including through job postings that call specifically for temporary foreign workers.
Poilievre accuses the government of creating conditions that frustrate the efforts of young people to start their working lives.
Poilievre also says Prime Minister Mark Carney has not lived up to his promise to launch major infrastructure projects, saying the government has been calling meetings instead of getting things built.
He also predicts Carney will have a much higher deficit than his predecessor Justin Trudeau in the budget his government is expected to table next month. DCN/MS
A evolução tecnológica nas últimas décadas transformou radicalmente a forma como vivemos, comunicamos e trabalhamos. No entanto, é no campo da saúde que essa revolução tem gerado algumas das mudanças mais significativas, com impacto direto na qualidade de vida e na esperança de milhões de pessoas em todo o mundo. A digitalização de processos, a análise de dados em larga escala e, mais recentemente, a Inteligência Artificial (IA) abriram portas a uma nova era no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças.
Um dos maiores desafios da medicina sempre foi a deteção precoce das doenças. Quanto mais cedo um problema de saúde é identificado, maiores são as probabilidades de sucesso no tratamento. A IA tem desempenhado um papel fundamental neste campo, através de algoritmos capazes de analisar milhões de imagens médicas, como radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias, em segundos. Estudos têm demonstrado que estes sistemas conseguem identificar sinais precoces de doenças como o cancro da mama ou o melanoma com uma precisão comparável, e por vezes superior, à de médicos experientes. Esta capacidade não substitui os profissionais de saúde, mas funciona como um
apoio adicional, permitindo diagnósticos mais rápidos e reduzindo a margem de erro. Além disso, liberta tempo dos médicos para se concentrarem na dimensão humana do tratamento, algo que a tecnologia, por mais avançada que seja, nunca poderá substituir. Outro impacto significativo da tecnologia no tratamento de doenças é o desenvolvimento da chamada medicina personalizada. Através da análise genética e do uso de grandes bases de dados, torna-se possível adaptar os tratamentos às características individuais de cada paciente. Em vez de aplicar uma terapêutica igual para todos os doentes com uma determinada condição, a tecnologia permite criar planos específicos que aumentam a eficácia e reduzem os efeitos secundários.
A IA e o processamento avançado de dados permitem cruzar informação genética, hábitos de vida, histórico clínico e até fatores ambientais para prever qual o tratamento mais eficaz. Esta abordagem já começa a ser aplicada em doenças como o cancro, a diabetes e as doenças cardiovasculares, representando um enorme avanço face ao modelo tradicional.
A pandemia de COVID-19 acelerou um processo que já estava em curso: a digitalização da relação entre médico e paciente.
A telemedicina tornou-se uma realidade, permitindo consultas à distância, acom-
panhamento de doentes crónicos e redução da pressão sobre os serviços de saúde. Paralelamente, dispositivos portáteis como relógios inteligentes e sensores biométricos oferecem dados em tempo real sobre batimentos cardíacos, níveis de oxigénio no sangue ou padrões de sono.
Esta monitorização contínua permite detetar anomalias precocemente e agir antes que surjam complicações graves. Para doentes com insuficiência cardíaca, por exemplo, um simples alerta do dispositivo pode significar a diferença entre um internamento prolongado e uma intervenção atempada em ambulatório.
O processo de criação de um novo fármaco é tradicionalmente longo e dispendioso, podendo demorar mais de dez anos entre a fase de investigação e a chegada ao mercado. Aqui, a tecnologia e a IA estão a acelerar etapas cruciais, como a identificação de moléculas promissoras e a simulação de interações químicas.
Durante a pandemia, a utilização de algoritmos de IA foi fundamental para o desenvolvimento rápido de vacinas, permitindo testar virtualmente milhões de cenários antes de avançar para os ensaios clínicos. Esta capacidade de acelerar a inovação poderá ser decisiva no combate a doenças raras ou a novas ameaças virais no futuro. Apesar dos enormes benefícios, a integração da tecno-
logia e da IA na saúde também levanta desafios. Questões relacionadas com a privacidade dos dados dos pacientes, a equidade no acesso a tecnologias avançadas e o risco de dependência excessiva dos sistemas automatizados exigem uma reflexão ética profunda.
Há ainda o desafio da formação dos profissionais de saúde, que precisam de estar preparados para lidar com ferramentas digitais e interpretar os resultados fornecidos por sistemas de IA. A tecnologia deve ser vista como uma aliada, e não como uma substituta, num ecossistema em que a empatia, a confiança e o contacto humano permanecem insubstituíveis.
A importância da tecnologia e da Inteligência Artificial no tratamento de doenças é inegável. Estamos perante uma revolução que já está a salvar vidas, a tornar os diagnósticos mais rápidos e eficazes, a personalizar tratamentos e a abrir caminho para descobertas médicas sem precedentes.
Contudo, para que este progresso beneficie toda a sociedade, é necessário garantir que os avanços tecnológicos não criam novas desigualdades, mas sim oportunidades para todos. O futuro da medicina será, inevitavelmente, tecnológico, mas deve continuar a ser profundamente humano.
O rei Carlos III esteve no Metropolitan University Hospital, em West Midlands, no qual teve a oportunidade de conhecer alguns dos membros da equipa, nomeadamente profissionais e voluntários, assim como doentes do local, inclusive os que, tal como ele, lutam contra um cancro. Foi nesta visita que o soberano, de 76 anos, conheceu Jacqueline Page, uma paciente de 85 anos. Os dois brincaram acerca do seu estado de saúde, com Carlos III a referir: "Eu sei, isto é uma coisa terrível, ainda continuo a descobrir. As peças não funcionam tão bem quando se passa dos 70". Questionado sobre a sua recuperação por um outro doente, Matthew Shinda, de 73 anos, o rei referiu "não estar muito mal".
Depois de ter passado pela passadeira vermelha da 82.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, Georgina Rodríguez 'refugiou-se' no 'colo' dos filhos. A companheira de Cristiano Ronaldo tem evitado mostrar o rosto das crianças nas redes sociais, no entanto, não deixa de fazer partilhas sobre os mais novos da casa. Ainda na quarta-feira, dia 3 de setembro, Georgina Rodríguez surpreendeu os seguidores nas stories da sua página de Instagram com uma nova fotografia onde podemos ver uma criança a brincar aos dentistas, e parece ser a mais nova da família, a pequena Bella.
Júlia Pinheiro está numa fase muito positiva da sua vida. A comunicadora, de 62 anos, foi avó da pequena Pilar no passado dia 2 de maio e prepara-se para apresentar o programa 'Aldeia do Amor' que estreia brevemente. A cara do canal de Paço de Arcos esteve no formato das manhãs da SIC, 'Casa Feliz', onde falou sobre o futuro com Diana Chaves e João Baião. "Na 'Aldeia do Amor' eu vou andar à procura de homens e mulheres que tenham o grande desejo, já noutra etapa da vida [de encontrar o amor]", começou por revelar. "Podem-se inscrever, ainda estamos à procura de candidatos", reforçou Júlia. Afastada deste tipo de formatos há muitos anos, a comunicadora revela-se muito feliz e entusiasmada com o que vêm aí. "Esta aldeia vai ser um lugar muito especial, vão acontecer coisas que nunca aconteceram até agora. Há outro olhar que vem de outro sítio, acho que vai ser muito engraçado, vou-me divertir muito", concluiu, deixando no ar que este novo formato promete surpreender os telespectadores. Entretanto, Júlia Pinheiro não podia estar mais feliz com a chegada da pequena Pilar, filha de Matilde Pêgo. "Tenho uma neta muito linda que já palra. Tem agora quatro meses, um aplauso para a Pilar. O meu gatinho [...] Eu já era avó da Francisca e da Benedita. O ano de 2025 têm-me trazido desafios e um lado de amor de família. Não estávamos à espera deste bebé. Ficámos felicíssimos", garante. Estivemos um bocadinho em sobressalto, toda a gestação do bebé, e depois houve o dia 2 de maio e foi prodigioso ver a minha filha transformar-se numa menina mãe", confessou Júlia Pinheiro.
feliz Fé
Na quarta-feira, dia 3 de setembro, assinalam-se dois meses desde a trágica morte de Diogo Jota e do irmão, André Silva, num acidente de automóvel na zona de Zamora, Espanha. O atleta tinha 28 anos e o irmão André, que jogava no Penafiel, 25. Apoiando-se na sua fé, Rute Cardoso - mulher de Diogo Jota - fez questão de ir ao Santuário de Fátima no dia anterior à data, 2 de setembro, e publicou uma fotografia na qual mostra o santuário e, por cima, a sua aliança de casamento.
O artista luso-canadiano voltou a Lisboa para um concerto esgotado no Meo Arena, marcado por uma noite de grandes emoções. Shawn Mendes voltou a Portugal na noite desta quinta-feira, 28 de agosto, para atuar perante uma plateia esgotada no Meo Arena, em Lisboa. O concerto faz parte da tour mundial do artista, que apresenta o seu mais recente álbum, Shawn, lançado em novembro de 2024. Filho de pai algarvio, o cantor fez questão de sublinhar, ao longo da noite, o orgulho que sente em ser português. "Tenho muita família aqui hoje. Eu estive aqui algumas vezes em Portugal quando era mais novo, mas, nos últimos dias, sentado a olhar para o mar, tive pela primeira vez a sensação de estar a voltar para casa. Sou alguém que lida com esse sentimento de pertença e, muitas vezes, quando estou em Portugal, sinto que pertenço. Obrigado por isso", declarou, arrancando fortes aplausos da plateia. No entanto, um dos momentos mais emocionantes do concerto aconteceu na segunda parte, durante a interpretação de 'Heart of Gold'. Shawn Mendes surgiu em palco envergando uma camisola da Seleção Nacional com o nome de Diogo Jota e segurando uma bandeira de Portugal, num tributo sentido ao futebolista que morreu tragicamente no passado dia 3 de julho, num acidente de viação em Espanha, juntamente com o irmão André Silva. O gesto comoveu os milhares de fãs presentes, que responderam com uma longa ovação.
Matias Damásio e Cristiano Ronaldo encontraram-se em Lisboa. O artista partilhou uma imagem do momento nas redes sociais e não escondeu o seu orgulho pelas palavras trocadas entre os dois onde o jogador se declarou um fã do cantor. Matias Damásio teve um feliz encontro com alguém que admira muito: Cristiano Ronaldo. O artista partilhou na sua página de Instagram que esteve com o internacional português e não escondeu o seu orgulho pelas palavras trocadas entre os dois onde o jogador se declarou um fã do cantor. "SIIIIIII!!! Ontem tive o privilégio e a honra de estar com o Grande Cristiano. Um ídolo para mim, para os meus filhos e para bilhões de pessoas espalhadas por todo o mundo. Ele disse várias vezes durante a nossa conversa SOMOS FAMÍLIA MATIAS. Que privilégio. Mais do que o craque que todos conhecemos dentro de campo, exemplo de resiliência, perseverança, força, sucesso e muito trabalho, o Cristiano é um ser humano com um coração enorme, humilde, inteligente e muito inspirador", revelou o artista. De seguida, o intérprete confessou que Cristiano Ronaldo se disponibilizou para fazer uma videochamada para os filhos do cantor. "Obrigado pelo tempo que partilhaste comigo e pela videochamada que fizeste com os meus filhos. Esse gesto tornou o momento ainda mais especial e ficará guardado para sempre no meu coração. Que Deus continue a abençoar a tua família e que continues a ser a pessoa que és. Deus no comando", concluiu Matias Damásio.
Paulo Perdiz
Credito: DR
Da “Bela Portuguesa” às romarias pelo mundo, o grupo continua a ser sinónimo de alegria e união popular.
Não há festa em Portugal que não tenha já sido animada, em algum momento, pela música do Agrupamento Musical Diapasão. O grupo, que se tornou sinónimo de alegria popular, conquistou o público com temas cheios de energia, sendo “A Bela Portuguesa” o seu cartão-de-visita mais marcante. Mais de quarenta anos depois da fundação, continuam a encher romarias, arraiais e palcos dentro e fora do país, mantendo-se fiéis ao género musical que os tornou uma referência nacional.
Nas quadras festivas, voltam sempre a ser notícia com a mesma vitalidade que os levou a conquistar milhares de admiradores ao longo das décadas. O Agrupamento Musical Diapasão nasceu em 1980, fruto da vontade de seis músicos em levar música de baile a todo o país. António Marante (voz e guitarra), Manuel Bessa (baixo), Jorge Moreira (guitarra e coros), Filipe Rodrigues (teclados e coros), Armando Mendes (bate-
ria) e Jorge Marante (voz, percussão e coros) formaram uma banda que rapidamente se destacou. Num tempo em que as festas de aldeia e pavilhões eram o centro da vida comunitária, o grupo tornou-se presença obrigatória. Com ritmos simples, melodias contagiantes e letras acessíveis, conquistaram quem procurava dançar, cantar e esquecer as dificuldades do dia a dia. O segredo esteve sempre na essência do baile: música feita para ser vivida em conjunto, em pé de igualdade com o público. Ao longo das décadas, os Diapasão lançaram mais de vinte álbuns, muitos deles marcados por temas que se tornaram verdadeiros hinos de festa. A sua popularidade refletiu-se também no reconhecimento da indústria, com um Disco de Platina, vários Discos de Ouro e Discos de Prata. Para se ter uma ideia da dimensão, na época em que receberam o Disco de Platina era necessário vender cerca de quarenta mil cópias físicas, algo notável num tempo em que não existiam plataformas digitais. Este percurso cimentou o nome do grupo como um dos mais sólidos da música popular portuguesa.
Se há música que define os Diapasão é “A Bela Portuguesa”. Lançada nos anos 90, tornou-se rapidamente num sucesso, atravessando gerações. A letra, que celebra a mulher portuguesa com orgulho, emoção e saudade, fez história e esteve quatro meses consecutivos no top musical da RTP. Tornou-se presença obrigatória em festas e karaokes, ganhou nova vida em 2006 num anúncio da Skip e voltou à ribalta em 2011 com a paródia de Fanny Rodrigues no programa “Casa dos Segredos 2”. O refrão simples e contagiante fez desta canção um símbolo cultural da música pimba e um dos momentos mais esperados em qualquer concerto do grupo. Embora profundamente enraizados na cultura popular portuguesa, os Diapasão não se limitaram ao território nacional. Já atuaram em França, Luxemburgo, Alemanha, Canadá e Estados Unidos, sempre com a mesma missão: aproximar as comunidades portuguesas da sua terra de origem. Para muitos emigrantes, assistir a um concerto do grupo era mais do que ouvir música, era reviver tradições e matar saudades. No centro desta história está António Luís Cortez Marante,
nascido a 15 de julho de 1948, em Barqueiros, Mesão Frio. Antes da música, Marante dedicou-se ao futebol, jogando como avançado no Salgueiros entre 1969 e 1973, até ser chamado ao serviço militar em Angola. De regresso, decidiu mudar de vida e entregou-se à música. Fundou primeiro o grupo Transformação, em 1976, e quatro anos depois criou os Diapasão. Além do trabalho no grupo, seguiu também carreira a solo desde 1989, com sucessos como “Som de Cristal” e “Garçon”, que mostraram a sua versatilidade. Carismático e comunicador nato, Marante é a verdadeira alma dos Diapasão. Poucos grupos resistem tanto tempo sem perder a chama. Os Diapasão conseguiram porque souberam ser fiéis ao seu estilo e, acima de tudo, ao seu público. Não tentaram reinventar-se para seguir modas passageiras. Pelo contrário, mantiveram-se firmes no género musical que lhes deu identidade. Essa coerência gerou uma relação especial com os fãs, que sabem sempre o que esperar: música alegre, direta e feita para partilhar.
Em entrevistas, António Marante sublinha que muitos concertos acabam por se prolongar porque o público não os deixa sair do palco. É uma energia de mão dupla: os Diapasão dão a festa e o público devolve carinho. O próprio Marante já afirmou que “nunca mais vai existir uma banda como os Diapasão”. Mais do que uma frase, é a certeza de que a autenticidade e a longevidade do grupo marcaram a música portuguesa. Este ano, os Diapasão celebram uma marca verdadeiramente especial: 45 anos de carreira. Para assinalar esta ocasião única, a banda lançou um álbum comemorativo intitulado “Best Of”, reunindo não apenas os maiores sucessos que marcaram gerações, mas também temas inéditos que revelam a vitalidade e a criatividade que continuam a acompanhar o grupo ao longo das décadas. O disco inclui a remasterização de algumas das canções mais icónicas do repertório dos Diapasão, proporcionando aos fãs a oportunidade de reviver memórias, agora com uma qualidade sonora aprimorada. Entre os singles lançados ao longo do ano, destacam-se “Agora é Tarde” e “Foi Tudo Mentira / Ela e a Outra”, que reforçam a capacidade da banda de se reinventar sem perder a sua identidade musical. O álbum “Diapasão – 45 anos”, lançado oficialmente em junho, não é apenas uma compilação, mas sim uma verdadeira homenagem a uma carreira marcada por dedicação, talento e uma ligação muito próxima com o público. Desde os palcos mais pequenos até às grandes salas de espetáculo, eles são a banda sonora de muitas vidas. Com 45 anos de estrada, o Grupo Diapasão mostra que a música tem o poder de unir, emocionar e permanecer viva através do tempo. Este álbum comemorativo é, por isso, tanto um presente para os fãs de longa data como uma porta de entrada para quem agora descobre a força e a autenticidade desta banda lendária. Porque, no fim de contas, não há festa completa sem os Diapasão.
Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.
Palavras cruzadas Sudoku
O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.
1. Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas
2. Amar excessivamente
3. Dar ou adquirir forma correta ou melhor; consertar(-se)
4. Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder
5. Ter parte em; partilhar
6. Ver-se frente a frente com; deparar, achar
7. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade
8. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico
Jogo das 10 diferenças
9. Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo
10. Mostrar ou manifestar gratidão, render graças; reconhecer
11. Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)
12. Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si
13. Pôr à disposição; ceder temporariamente
14. Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico
15. Submeter (algo, alguém ou a si mesmo) à ação de encanto, feitiço ou magia; enfeitiçar
V Z Z B A T O D A I R E F O B
D I C D J O C F E S T A S W Z
H N P L C R O M X T B C L N I
N T J D J O Y P I Z U S R S Z
B E L I T N A F N I V S V G A
I R C P F T N D F F M A K J H
Z E T R G O J Z L T F C O M A
A S O A D W Z R X Q N I Z R L
R S R I G U C X O Q Z D Y A U
R A Y A R A T I S I V W L J R
O N J R I T R E V I D M Z A G
W T C S J K P A S S E A R I A
R E Z I B C A M P O X I J V K
B C N F R U U I U A R G T I T
E T N A
RESTAURANTE
Ingredientes
• 1 rolo de massa folhada
• 1 cx de morangos cortados ao meio
• 1 caixa de mirtilos
• 1 caixa de framboesas
• 1 pacote de geleia incolor
• 1 lata de leite condensado
• 250 ml de leite
• 6 gemas
Modo de preparação
Colocar a massa folhada numa tarteira e levar ao forno durante 15 minutos. Fazer o creme com o leite condensado, o leite e as gemas. Mexer bem e deixar cozer durante 8 minutos . Colocar o creme na tarteira e levar ao frigorifico durante 30 minutos. Decorar com as frutas por cima. Pincelar com a geleia incolor para dar brilho Bom apetite!
CARNEIRO 21/03 A 20/04
Esta passagem de Mercúrio pela Casa VI é um convite a prestar mais atenção ao seu trabalho e à sua saúde. É possível que não se sinta em plena forma, podendo sentir-se nervoso, receoso ou inquieto. Procure fazer exercício físico ou uma atividade que lhe dê prazer. Verá que a sua mente também sairá beneficiada.
TOURO 21/04 A 20/05
Está numa altura em que necessita de harmonia e tranquilidade no seu ambiente íntimo. Neste momento apetece-lhe mais ficar no conforto do lar do que sair. Sente-se bem junto daqueles que ama e da sua família. Poderá querer receber os amigos em casa. Não deve cair em excessos e abusar dos doces ou da alimentação.
GÉMEOS 21/05 A 20/06
Está numa fase em que sente necessidade de proteger os outros ou de ser protegido por eles. Vai sentir vontade de se dedicar mais à sua vida familiar, íntima, e ao seu lar. Está mais sensível neste momento. Situações não resolvidas da sua vida passada podem surgir agora para serem analisadas e solucionadas.
CARANGUEJO 21/06 A 20/07
Pode sentir-se sob grande pressão no seu dia-a-dia durante a passagem de Mercúrio pela Casa III. Os acontecimentos surgem com grande rapidez, o que poderá fazer com que se sinta desorientado e sem ânimo para continuar. Não desista. Adie o que puder ser adiado pois certamente tempos mais calmos virão.
LEÃO 22/07 A 22/08
Porque nesta altura estão favorecidas a sua capacidade de comunicação e de movimento, aproveite para se dedicar a tarefas que dependam destes fatores. Poderá sentir alguma tensão ou ver acentuado o seu lado individualista e egocêntrico. Utilize essa energia de uma forma mais intelectual no seu dia-a-dia.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Porque este é o início de um novo ciclo, é a altura ideal para iniciar um projeto, concluir um trabalho ou resolver um assunto cuja finalização tem vindo a ser adiada. Nesta altura deverá desenvolver ou uma atividade física ou criativa para gastar o excesso de energia e para que não fique tenso.
BALANÇA 23/09 A 22/10
É uma altura em que sentirá grande força interior e personalidade. Embora não tente obter qualquer posição de destaque, se seguir as suas próprias ideias com independência e vontade sentirá que se está a realizar. Deverá entregar-se ao trabalho com afinco, mas sem interferência dos outros pois agora não aceitará bem opiniões alheias.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
Nesta semana é no lar e no ambiente familiar que se sentirá em segurança e em paz. Refugie-se em casa e liberte-se de todas as suas angústias. Medite e analise as atitudes passadas, de modo a conseguir transmitir com clareza os seus sentimentos e as posições que defende, obtendo assim a compreensão dos outros.
SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Com a passagem de Vénus na Casa IX, a Casa das viagens, esta é uma ótima altura para tirar férias e gozar os prazeres de uma longa viagem por países distantes e exóticos. Deixe-se levar pela aventura e beleza do desconhecido e abra os seus horizontes através da observação dos hábitos e costumes dos diferentes povos.
CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01
Fase de grande intelectualidade e de sede de conhecimentos. Uma enorme vontade de aprender vai fazê-lo ser um bom ouvinte, tolerando muito bem as diferenças de opiniões. A comunicação, o diálogo e a troca de ideias abstratas, são, pois, aconselhadas. Aproveite para alargar os seus horizontes viajando por países distantes.
AQUÁRIO 21/01 A 19/02
O seu relacionamento afetivo com os outros, sejam eles família, amigos, colegas de trabalho ou parceiros de negócios estará mais acentuado nesta altura. Sentirá uma maior facilidade em estabelecer contactos e a sua simpatia e charme abrirão muitas portas. O trabalho será proveitoso para ambas as partes.
PEIXES 20/02 A 20/03
É possível que surja um conflito na sua vida. Por muito que lhe pareça que isso não é agradável, pense que todas as experiências são enriquecedoras e que poderá sair com um maior autoconhecimento. No futuro, tirará daí os seus frutos. Assuntos burocráticos ou legais poderão ter de ser resolvidos agora. Debruce-se sobre eles.
Soluções
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Agenda comunitária
Casa da Madeira
Festa dos Compadres
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Arsenal do Minho
Anniversary Gala Dinner
3404 Dundas St., Toronto - Oct 4, 7 pm
We’re thrilled to host a special Gala Dinner in honour of the 30th anniversary of our Grupo Folclórico! Although we reached our 25-year milestone during the pandemic and couldn’t celebrate, this time we’re making up for it. Come dressed to impress and help us celebrate this incredible journey. More informations: (416) 532-2328
Casa das Beiras
Noite da Chanfana
115 Ronald Ave. Toronto, ON 25 outubro Marque na sua agenda. Mais informações: (416) 604-1125
Cantoria & Desgarradas
30 Leeds St., Toronto, ON 18 outubro, 6:30 pm
Jantar para angariação de fundos Cabazes de Natal. Jantar com animação musical Marly e Sergio e Djs. Mais informações: (647) 982-8506
Arsenal do Minho
Festa São Martinho
1263 Wilson Ave, Toronto - Nov 8, 6 pm
A Festa de São Martinho está de volta no dia 8 de novembro de 2025 e vocês não vão querer perder! Diretamente de Portugal, Os Marotos da Concertina. Mais informações: (416) 532-2328
O mesmo de sempre, mas
, 2025 | 6:00 PM
LiUNA! Local 183 (Headquarters) 200 Labourers Way Vaughan ON L4H 5H9
A night dedicated to celebrating heritage, community, and care for our Portuguese-speaking seniors. Join community leaders, philanthropists, and advocates for an unforgettable evening, featuring A live performance by award-winning artists, A chance to support the first culturally-sensitive long-term care home and affordable housing for Portuguese-speaking seniors in Ontario