MILÉNIO STADIUM 1759 - 22 DE AGOSTO

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Muitas mais lágrimas por chorar

Manuel DaCosta Editorial

O assassinato de crianças inocentes tornou-se uma injustiça aceite em nome da guerra. Como cantava Elvis Presley na música “In the Ghetto”, “people don't you understand the child needs a helping hand, or he'll grow an angry young man someday” (pessoas, não percebem que a criança precisa de uma mão amiga, ou um dia crescerá para ser um jovem revoltado).

Asociedade está a criar exércitos de jovens amargurados que se revoltarão contra a repulsa gerada pela disparidade em relação a tudo o que é humano. E os homens, com os seus exércitos, continuarão a destruir e a matar em nome da segurança e da paz, sabendo perfeitamente que a verdadeira luta é por semear desconfiança, ódio e repulsa social.

O mundo fechou os olhos perante as horrendas abominações da guerra, porque a fome e as balas ainda parecem distantes das nossas zonas de conforto.

Para onde foi a empatia das pessoas, quando o horror e o sofrimento emanam dos ecrãs e entram pelas nossas almas dentro? Estaremos a tomar partido de líderes políticos que perderam todo o sentido de razão e empatia para com os mais vulneráveis? Parece que sim, caso contrário a nossa repulsa seria manifestada com muito mais força.

Este editorial não se trata de discutir o certo e o errado entre fações em guerrapois há culpa dos dois lados - mas sim da derrocada moral e da insurreição que habitam nos nossos corações e almas, que nos cegam para as realidades da vida.

Muitas vezes perguntamos se a vida de uma criança vale mais do que a de um adulto. Mas parece valer menos, a avaliar pelo número de crianças que morrem em guerras, por fome ou por outras tragédias evitáveis. Perto de nós, em Toronto, a morte de crianças também faz parte das notícias, como no caso do pequeno Jah Vai Roy, de 8 anos, morto na semana passada por uma bala perdida enquanto descansava na sua cama.

Conseguirá a sociedade lidar com a perda da humanidade desta forma, quando outras crianças se tornam assassinas ao perpetuar guerras de gangues por controlo de territórios urbanos, incentivadas por adultos sem coração?

O preâmbulo deste editorial tem origem num comentário de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, que sugeriu que Israel tomaria o controlo de Gaza com o objetivo de “limpar” o território do Hamas.

Mas como se removem os terroristas de Gaza sem matar civis, quando estes são usados como escudos? Deverá Israel, mesmo em legítima defesa, ter o direito de levar a cabo esta purga, sacrificando milhares de crianças e civis?

Sou totalmente a favor de eliminar os terroristas, mas o custo humano - o custo para a humanidade inocente - é demasiado elevado.

O apoio dos Estados Unidos a esta guerra tem sido uma catástrofe moral e prática. Em vez de brincar aos jogos políticos com Putin, o Sr. Trump devia estar a tentar salvar o Médio Oriente de si próprio.

A descontaminação do ódio e do conflito naquela região nunca acontecerá, e o aumento do desgoverno, da misoginia e da brutalidade continuará a enraizar-se nos solos outrora fundados na esperança da salvação religiosa.

Sim, o 7 de Outubro foi horrível e inaceitável, e deve ser punido. Mas o custo da vingança e da retaliação custará dez vezes mais do que o ódio que esse dia desencadeou.

Tal como aconteceu na Síria durante o

regime de Assad, onde desapareceram cem mil pessoas - muitas delas crianças - e onde as investigações revelaram provas de genocídio. Estes são exemplos da podridão do Médio Oriente, onde o cano de uma arma extermina os inocentes do futuro da sociedade.

Os túneis de Gaza, os calabouços da Síria, as prisões do Irão e os mísseis da Rússia não mostram qualquer misericórdia para com aqueles que já vivem na miséria.

A maioria de nós, a ver de fora no conforto de um sofá, nunca entenderá porque é que 18.000 crianças de Gaza morreramsem terem tido sequer a oportunidade de deixar um legado no mundo, de confirmar que nasceram e viveram, porque foram condenadas pela mão de um inimigo.

Tal como outras morrerão de fome enquanto belicistas glutões distorcem as nossas ideologias até aceitarmos o status quo.

Não matemos de propósito as crianças de Gaza como o fizemos na Síria e em tantos outros lugares. Que vergonha, mundo.

Ano XXXII- Edição nº 1759

22 a 28 de agosto de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

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Manuel DaCosta

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Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

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Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Versão em inglês Pág. 9
Credito:

É URGENTE LIMPAR O MUNDO DA DESUMANIDADE

Nos últimos anos, o mundo tem assistido a imagens repetidas de sofrimento, destruição e morte vindas da Faixa de Gaza. Fotografias de edifícios reduzidos a escombros, crianças feridas, famílias em fuga e hospitais sobrelotados surgem diariamente nas televisões e redes sociais. No entanto, o que deveria chocar e mobilizar a consciência coletiva parece, para muitos, ter-se transformado num ruído de fundo. A exposição contínua à tragédia corre o risco de “normalizar” a barbárie, diluindo o impacto da dor alheia e tornando o inaceitável num hábito visual.

Ao mesmo tempo, a passividade da comunidade internacional é gritante. Organizações multilaterais e governos condenam verbalmente a violência, mas raramente tomam medidas concretas para travar a escalada ou proteger civis inocentes. Declarações

ORIGENS HISTÓRICAS E RELIGIOSAS

• A região conhecida como Palestina histórica (que incluía a atual Israel, a Cisjordânia e Gaza) tem importância religiosa para judeus, cristãos e muçulmanos.

• Ao longo dos séculos, foi controlada por diferentes impérios: egípcio, romano, bizantino, islâmico, otomano.

• Para os judeus, é a terra ancestral prometida a Abraão (na Bíblia hebraica). Para os palestinianos muçulmanos e cristãos, é a terra onde viveram as suas famílias há gerações.

O MOVIMENTO SIONISTA

• Final do séc. XIX: nasce o sionismo, movimento político que defendia o regresso dos judeus à sua “terra histórica”.

• O sionismo cresceu por causa do antissemitismo na Europa e, mais tarde, do trauma do Holocausto (1941–1945), quando cerca de 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazis.

CRIAÇÃO DE ISRAEL E A 1ª GUERRA

• Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion declara a independência de Israel.

• No dia seguinte, países árabes vizinhos (Egito, Síria, Jordânia, Iraque, Líbano) atacam - começa a Guerra Árabe-Israelita de 1948.

• Israel vence e conquista mais território do que o previsto pela ONU.

Centenas de milhares de palestinianos são expulsos ou fogem - episódio conhecido como Nakba (“catástrofe”).

MB/DG. FOTOS: DR

sucedem-se a declarações, enquanto no terreno a vida humana continua a ser esmagada sob o peso da guerra. A lógica da retaliação e da força substitui qualquer tentativa séria de diálogo, perpetuando um ciclo de ódio que parece não ter fim.

A situação em Gaza não é apenas um conflito regional; é um espelho da fragilidade dos mecanismos internacionais de defesa dos direitos humanos e da desigualdade no valor atribuído a cada vida. Quando a destruição de bairros inteiros e a morte de milhares já não provocam indignação suficiente para ação efetiva, o perigo não está apenas na violência em si, mas na erosão moral que ela provoca no resto do mundo. É, por isso, urgente olhar para este cenário com olhos limpos, recusar a indiferença e exigir, de forma inequívoca, que a humanidade seja colocada no centro de qualquer solução.

DOMÍNIO BRITÂNICO E PLANO DA ONU

Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano colapsa e o Reino Unido assume o Mandato Britânico da Palestina (1920–1948).

Cresce a imigração judaica, gerando tensões com a população árabe local.

Em 1947, a ONU propõe dividir a Palestina em:

· Um Estado judeu (55% do território)

Um Estado árabe (45% do território)

· Jerusalém internacional (cidade sagrada para as 3 religiões)

Os líderes judeus aceitaram. Os líderes árabes e vários países árabes rejeitaram, considerando injusta a divisão.

PORQUE A DISPUTA CONTINUA

Fronteiras: os palestinianos querem criar o seu Estado na Cisjordânia e Gaza, mas Israel ocupa e coloniza partes desse território.

Jerusalém: Israel considera a cidade sua capital “eterna e indivisível”; os palestinianos querem Jerusalém Este como capital do seu futuro Estado.

Refugiados: milhões de descendentes de palestinianos expulsos em 1948 querem o direito de regressar.

Segurança: Israel alega ameaças constantes de grupos armados como o Hamas; os palestinianos denunciam ocupação, bloqueios e falta de direitos.

Grande Israel, pequenas esperanças

José Manuel Rosendo analisa a guerra sem fim

Numa altura em que o conflito na Faixa de Gaza assume proporções devastadoras e em que a retórica política parece legitimar ações militares sem precedentes, as palavras do primeiro-ministro israelita sobre “limpar Gaza” levantaram alarmes a nível internacional. Para compreender melhor o alcance dessa declaração e as suas consequências no terreno, o Milénio Stadium falou com o jornalista José Manuel Rosendo, repórter com vasta experiência em cenários de guerra no Médio Oriente.

Ao longo da conversa, Rosendo aponta a transparência brutal do discurso de Benjamin Netanyahu, denuncia a passividade cúmplice da comunidade internacional e dá voz ao sofrimento de palestinianos e israelitas, sublinhando que a tão falada solução de “dois Estados” já não passa de uma miragem.

Milénio Stadium (MS): As recentes declarações do primeiro-ministro israelita sobre “limpar a Faixa de Gaza” representam, na sua leitura no terreno, um simples ato retórico ou um anúncio explícito de intensificação militar com potenciais consequências de limpeza étnica?

Jose Manuel Rosendo (JMR): Não tem nada de retórico, é absolutamente literal. Justiça lhe seja feita, Benjamin Netanyahu é absolutamente transparente nessa matéria. O objetivo é ter um território de Gaza sem palestinianos ou, no limite, com o mínimo possível de palestinianos. A estratégia aponta nesse sentido: os palestinianos têm sido conduzidos para campos encostados ao Mediterrâneo e, agora, o exército israelita prepara-se para “limpar” a cidade de Gaza, empurrando mais palestinianos para esses campos. E depois serão empurrados para junto da fronteira com o Egipto na es-

perança que alguém os acolha ou que manifestem vontade de sair da Faixa de Gaza.

MS: Face à repetição constante de imagens de destruição e sofrimento, sente que a opinião pública — tanto local como internacional — está a desenvolver uma certa indiferença ou “normalização” da violência?

JMR: Antes pelo contrário: parece haver uma cada vez maior consciência da opinião pública internacional relativamente à carnificina que Israel está a fazer em Gaza e ao sofrimento que está a provocar ao povo palestiniano. Mesmo nos países onde os governos reprimiram as manifestações contra a guerra e de apoio ao povo palestiniano, a opinião pública não desarmou e os protestos têm continuado. É impossível a Israel, mesmo matando jornalistas, esconder o que está a acontecer. A Fundação Humanitária para Gaza (criada por Israel e Estados Unidos) não tem competência nem capacidade para reduzir de forma significativa as necessidades dos palestinianos em Gaza. É, aliás, uma verdadeira ratoeira/armadilha que já custou a vida a centenas de pessoas com fome. É urgente que a UNRWA retome a actividade na Faixa de Gaza

MS: Como explica a aparente passividade da comunidade internacional perante as ações militares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, especialmente quando há acusações de violação de direitos humanos e crimes de guerra?

JMR: Os crimes e as violações de Direitos Humanos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia estão à vista de quem não quiser fechar os olhos. Em contraste com as manifestações populares, a passividade dos líderes políticos e governantes é uma mancha enorme nos currículos daqueles que deveriam ser os primeiros a erguer-se em defesa dos Direitos Humanos e do Direito Internacional.

Uma mancha que nunca mais conseguirão apagar. Essa passividade, que acaba por ser cumplicidade, deve-se ao medo e ao seguidismo que muitos defendem em relação aos Estados Unidos. O medo está também relacionado com eventuais consequências de afrontar Israel. Há todo um mundo dos negócios, da investigação e da geopolítica que tem grande influência de Israel. E há ainda, também, um preconceito “ocidental” em relação ao mundo árabe e muçulmano que, em caso de dúvida, prefere apoiar Israel. MS: No seu contacto direto com civis palestinianos e israelitas, quais são os principais receios e expectativas em relação ao futuro imediato desta guerra que já parece interminável?

JMR: Esta guerra aponta para a aniquilação da “solução dois Estados”. Já era uma utopia, mas agora fica formalmente eliminada. Gaza está destruída, a Cisjordânia para lá caminha. Não ficaria surpreendido que a Cisjordânia venha a viver muito em breve uma situação semelhante à de Gaza. Assim sendo, Israel fica mais longe da paz. E Benjamin Netanyahu ameaça não ficar por aqui. Numa entrevista ao i24 News, na terça-feira, um jornalista perguntou a Netanyahu, se apoiava a “visão” de um “Grande Israel”. Netanyahu respondeu: “com certeza”, duas vezes. A expressão “Grande Israel” alude às fronteiras bíblicas do tempo do Rei Salomão, que abrangem a Cisjordânia, e parte dos países vizinhos (Jordânia, Líbano, Síria e Egito), que os israelitas ultranacionalistas sonham ocupar. Todos os receios são justificados.

Nota do entrevistador:

As palavras de José Manuel Rosendo, jornalista da RTP, deixam pouca margem para ilusões: o conflito em Gaza já não se

resume a uma operação militar de resposta, mas a uma estratégia de expulsão e de destruição que põe em causa o futuro de todo um povo. A indiferença da comunidade internacional, marcada por interesses económicos e dependências políticas, agrava ainda mais a tragédia e compromete os princípios universais de defesa dos Direitos Humanos. Enquanto se fala em “Grande Israel” e se empurra a solução de dois Estados para o campo da utopia, cresce o risco de uma escalada sem precedentes. A questão que permanece é até quando o mundo continuará a assistir, em silêncio cúmplice, a esta devastação.

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am Sundays 10:00 am

RMA/MS
José Manuel Rosendo/MS

João Miguel Miranda, psicólogo social, em entrevista ao nosso jornal, alerta que tanto Israel como o Hamas alimentam um ciclo de violência que aprofunda traumas coletivos e gera novos extremistas. Destaca ainda a “Pandemia do Egoísmo”, onde a insensibilidade e a passividade internacional fragilizam a solidariedade. A repetição de imagens de guerra nos media provoca exaustão e dessensibilização, levando à erosão da compaixão e da justiça social.

Milénio Stadium (MS): À luz da psicologia política e do trauma coletivo, que impacto podem ter declarações como a do primeiro-ministro israelita — “vamos limpar a Faixa de Gaza” — na intensificação do medo, do ódio e do sentimento de insegurança, tanto na população diretamente atingida como na comunidade internacional?

João Miguel Miranda (JMM): Estamos perante duas visões bem conhecidas e que, até certo ponto, se podem considerar unidas no seu objetivo final. Ambas não olham a meios para atingir os seus fins. O Governo de Israel – e não o país em si – luta pela sua sobrevivência política, como forma de escamotear os graves processos judiciais e criminais que o seu primeiro-ministro enfrenta, arrastando a população para uma guerra que, mais do que "militarizada", deixa estigmas sociais e uma perceção externa profundamente marcada sobre aquele povo. O Hamas – e não a maioria dos civis de Gaza – perdeu as suas bases de recrutamento militar e viu, no seu último ataque, mesmo com perdas previsíveis e significativas para a população, uma oportunidade de gerar novos extremistas que mantenham viva a causa, alimentada pelas

perdas familiares, físicas e psicológicas que a resposta natural de Israel impôs à população local.

MS: No campo da psicologia social e da comunicação, como compreender a aparente dessensibilização da opinião pública mundial perante imagens recorrentes de destruição e sofrimento humano na Palestina? Que mecanismos de defesa psíquica (como negação, habituação ou dessensibilização empática) podem estar em jogo?

JMM: Para compreender este fenómeno, é necessário recuar algumas décadas, ou mesmo milénios (basta recordar o que aconteceu, naquela região, a Jesus Cristo). Enquanto cidadãos do mundo, conhecemos bem os acontecimentos trágicos que marcaram a primeira metade do século XX. É confrangedor testemunhar os crimes perpetrados por Israel, uma suposta democracia moderna. A opressão sobre o povo palestiniano e a progressiva ocupação do seu território, em contradição com a resolução aprovada pelas Nações Unidas em 1947, traduzem-se não só numa lenta tentativa de apagar um povo que há gerações considera aquela região a sua casa, mas também numa traição a todos os judeus que viram os seus próprios direitos negados e o seu povo dizimado. Assim, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, vivemos num limbo e numa dormência em que se tornou normal a conivência e o apoio a aquilo que, em última análise, não parece ser mais do que uma nova tentativa de limpeza étnica inaceitável.

MS: Do ponto de vista da psicologia moral e das dinâmicas de grupo, como interpretar a passividade ou a resposta limitada da comunidade internacional face a uma situação descrita por muitos como limpeza étni-

ca? Que processos cognitivos e emocionais podem levar à racionalização da inação ou à externalização de responsabilidades?

JMM: Numa visão simplista, chamo a isso a Pandemia do Egoísmo. Tivemos a COVID-19, mas ela trouxe consigo a variante mais perigosa de todas: a da insensibilidade. No início da pandemia, o que vimos foram informações pouco seguras sobre como nos proteger e evitar a infeção. Com base nessas informações, os governos estabeleceram regras de convivência e de funcionamento das sociedades e o que se verificou, em grande parte do mundo, foi uma disparidade de comportamentos. Talvez cansadas de viver uma nova realidade não escolhida, muitas pessoas recolheram-se, preocupadas e tensas perante um cenário de incerteza, de espera por uma solução. Há uma frase que diz: “...espero que me ame quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso.” É possível que todos nós estejamos a enfrentar esse sentimento. Não podemos deixar de ser solidários com os nossos semelhantes, pois uma coisa é certa: uns melhores, outros piores, todos descendemos do “macaco”. Não podemos desrespeitar as regras básicas, voltando a aglomerar-nos em atitudes individualistas, esquecendo que, ao evitar a injustiça contra o outro, estamos também a proteger-nos a nós próprios e aos nossos.

Se cada um tiver cuidado, será possível encontrar formas de contornar o sofrimento, as perdas emocionais, o desassossego e avançar para a luta por uma maior equidade e pela justiça social possível.

MS: Considerando a memória coletiva, o trauma intergeracional e o papel dos media, até que ponto a repetição e o enquadramento narrativo dos acontecimentos

contribuem para a banalização da violência, para a naturalização da barbárie e para a perpetuação do sofrimento psíquico associado ao conflito israelo-palestiniano?

JMM: A guerra afeta-nos a todos. Queremos saber o que acontece e os meios de comunicação trazem-nos informação de extrema importância. No entanto, a exposição prolongada a imagens violentas pode provocar sofrimento, medo, tristeza, raiva, insegurança, ansiedade e uma sensação de impotência. Por outro lado, a repetição excessiva pode também gerar exaustão e uma certa dessensibilização face ao “horror da violência” e, por consequência, até uma diminuição da “compaixão pelos direitos humanos”. Se inicialmente nos sentimos chocados, a constante exposição a imagens e relatos de crimes violentos pode levar a uma atenuação – ou mesmo ausência –desse sentimento nobre que é a compaixão.

RMA/MS

João Miguel Miranda. Créditos: DR.
Credito: DR

O conflito em Gaza visto pela comunidade

A guerra na Faixa de Gaza continua a gerar indignação, mas também uma sensação de impotência crescente. A recente declaração do primeiro-ministro israelita, que falou em “limpar Gaza”, levantou dúvidas sobre até onde pode ir a retórica política e que consequências tem no terreno. Nas ruas, a perceção é clara: as palavras soam perigosas, as imagens de destruição já não chocam como antes e a comunidade internacional parece refém dos seus próprios interesses. Para muitos, o que está em curso ultrapassa a lógica de um conflito militar e aproxima-se de uma limpeza étnica. Fomos à rua saber o que pensam as pessoas...

RMA/MS

No início, cada imagem me arrepiava. Agora noto que a repetição cria anestesia. É assustador: passamos a ver corpos e escombros como paisagem normal de telejornal.

Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

A palavra ‘limpar’ não é inocente. Não é apenas metáfora militar, é linguagem usada em vários momentos da história para justificar massacres. Quando um líder diz isso, está a normalizar a ideia de que pessoas são descartáveis. Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Vejo um duplo padrão. Quando se trata de outros países, há sanções rápidas. Aqui, há silêncio porque os aliados ocidentais têm interesses militares e energéticos envolvidos. Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

Não tenho dúvidas: quando se ataca deliberadamente infraestruturas civis e se tenta impedir que as pessoas regressem, é isso mesmo.

Já não ficamos tão chocados, porque os media transformaram Gaza numa espécie de cenário permanente de destruição. Isso tira humanidade às vítimas.

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

É uma frase que choca, mas penso que também foi calculada. Ele sabe que mexe com as emoções, que gera medo e apoio interno. No entanto, é perigoso porque legitima uma violência sem limites.

Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

Já vi muita coisa na minha vida, mas nunca pensei ouvir líderes atuais usarem expressões tão violentas. Dizer ‘limpar’ é falar como se aquelas pessoas fossem lixo.

Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

Os governos europeus falam em paz, mas na prática não querem confrontar Israel ou os Estados Unidos. É puro cálculo político.

Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

Não me sinto confortável a usar esse termo, mas reconheço que os factos apontam para expulsão e desaparecimento gradual da população local.

Vejo crianças feridas e penso nos meus netos. Ainda me choca, mas noto que muitos à minha volta já não reagem. E isso é perigoso.

Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

É frustrante. Vejo conferências de imprensa, discursos bonitos, mas no fundo nada muda. Os mais poderosos não querem sujar as mãos com este conflito.

Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

A palavra assusta, mas é o que sinto estar a acontecer. Não é apenas guerra, é destruição sistemática da vida de um povo.

Ao fim de meses, o efeito já não é o mesmo. É como se estivéssemos a assistir a uma série interminável de horrores. A repetição parece que já não choca nada nem ninguém. Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

Interpreto como linguagem política exagerada, mas que ultrapassa os limites. Um governante não devia falar assim, porque transforma vidas humanas em alvo de operações.

Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

Quando um líder fala em ‘limpar’ um território, está a legitimar crimes de guerra. É quase um anúncio público de que não vai poupar ninguém.

Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Estamos a banalizar o sofrimento. O problema é que, quanto mais normalizamos, menos

Os países têm medo de romper com Israel, mas sobretudo com os EUA. É sempre o jogo dos interesses, nunca o das pessoas.

Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

Prefiro dizer que é uma guerra desproporcional. Mas se a consequência prática é expulsar e destruir a identidade de um povo, então é difícil não pensar nesse termo.

pressão existe para parar.

Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

Vejo pura hipocrisia. Se fosse noutro país, já teríamos visto intervenções militares ou sanções pesadas. Mas como Israel tem apoio das grandes potências, há um escudo de impunidade. Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

Acredito que sim, estamos a assistir a uma forma de limpeza étnica. Não é apenas confronto militar, é um ataque à existência do povo palestiniano.

Já não consigo ver muito. No início chorava, agora desligo. Acho que muita gente faz o mesmo. O ser humano habitua-se até ao horror.

Estaremos a normalizar a barbárie? Na sua opinião, porque é que a comunidade internacional reage com tanta passividade ao que se passa na Faixa de Gaza?

Como interpreta a declaração do primeiro-ministro israelita de “limpar a Faixa de Gaza”?

Para mim não há rodeios: é um discurso que revela a intenção de expulsar os palestinianos e ocupar aquele território.

Acha que as imagens de destruição e morte em Gaza já não causam o mesmo impacto?

Porque ninguém quer perder dinheiro, armas, negócios. É tudo sobre poder, não sobre vidas humanas.

Considera que o conflito atual pode ser visto como uma forma de limpeza étnica?

Sim, é isso. Podem dar-lhe outros nomes mais suaves, mas é o que está a acontecer.

Marta, 42 anos
João, 55 anos
Rosa, 67 anos
Nuno, 46 anos
Teresa, 61 anos
Carlos, 40 anos

Entre o medo e a esperança Como a guerra molda consciências e gerações

Numa época marcada por imagens constantes de guerra, destruição e discursos inflamados, é urgente refletir sobre o impacto que tudo isto tem nas pessoas - tanto nas que vivem o conflito de perto como nas que o acompanham à distância. Nesta entrevista ao Milénio Stadium, Maria Gomes*, partilha uma visão crítica e humana sobre o medo, a manipulação mediática e a polarização, defendendo a importância da empatia e do autoconhecimento para quebrar ciclos de trauma e abrir caminho à reconciliação.

Milénio Stadium: Como palavras de líderes, como “vamos limpar a Faixa de Gaza”, mexem com o medo e a insegurança das pessoas, tanto na região quanto no mundo todo?

Maria Gomes: Sem dúvida alguma que tais palavras mexem profundamente com o emocional de qualquer pessoa. Diria até que muitos líderes recorrem deliberadamente a este tipo de discurso para controlar a população, instalando o medo, o pânico e a insegurança. Ao tornar as pessoas mais vulneráveis, acabam também por as tornar mais fáceis de manipular. Quem assiste diariamente a estas barbaridades, mesmo à distância, não pode deixar de ser afetado. No entanto, o impacto é ainda mais devastador para quem vive em tempo real todo este sofrimento, enfrentando perdas humanas, destruição e um futuro incerto. Este tipo de retórica belicista não só agrava o conflito local, como também repercute a nível global, alimentando tensões, divisões e sentimentos de insegurança em todo o mundo.

MS: Por que imagens constantes de destruição parecem não nos chocar mais, e como isso afeta nossa capacidade de sentir empatia?

MG: A verdade é que muitas pessoas estão a despertar e a “sair da Matrix”, percebendo cada vez mais que a comunicação social manipula ou condiciona grande parte da informação que transmite. Isso faz com que aqueles que despertam procurem outras fontes, em busca de conhecimento e de uma compreensão mais ampla da realidade. É ingenuidade acreditar que tudo o que

a mídia nos mostra corresponde à verdade absoluta. Hoje, nota-se que mais pessoas começam a questionar-se sobre o porquê de tantas tragédias, sobre os interesses escondidos por detrás dos conflitos e sobre a forma como a informação nos é apresentada. Esse processo de despertar é extremamente positivo, porque contribui para o fortalecimento da consciência coletiva e para uma maior consciência mundial. No entanto, há também um efeito preocupante: a exposição constante a imagens de destruição pode, de certa forma, dessensibilizar-nos. Quando o horror se torna rotina, corremos o risco de perder a capacidade de nos comover ou de sentir empatia. É aqui que o despertar de consciência se torna essencial — para que não deixemos de ver a humanidade por trás de cada imagem, e para que não nos deixemos anestesiar pela repetição da dor.

MS: O que explica que a comunidade internacional muitas vezes permaneça inerte diante de crimes graves contra civis, homens, mas sobretudo mulheres e crianças?

MG: Porque, infelizmente, a empatia de muitos líderes internacionais está condicionada, sobretudo, pelo poder, pelos interesses estratégicos e pelo dinheiro. As vidas humanas, em particular as de civis inocentes — homens, mulheres e sobretudo crianças — acabam muitas vezes relegadas para segundo plano face a jogos de influência geopolítica e a alianças económicas ou militares. Quem verdadeiramente sofre são aqueles que vivem diariamente este tormento, sem proteção e sem voz. E também sofre quem assiste, impotente, à distância, sentindo a injustiça de ver que os princípios universais de humanidade e de dignidade são constantemente sacrificados em nome de interesses políticos. A inércia da comunidade internacional revela uma contradição dolorosa: ao mesmo tempo que se proclamam valores como os direitos humanos e a proteção dos mais vulneráveis, na prática prevalece a lógica do cálculo político. Essa incoerência mina a confiança global e prolonga o sofrimento de populações inteiras.

MS: Como a repetição diária de notícias sobre guerra e violência molda a memó-

ria das próximas gerações e perpetua o trauma?

MG: É evidente que a repetição diária de notícias sobre guerra e violência vai afetar as gerações futuras. Tal como a nossa geração ainda carrega e procura curar traumas herdados dos nossos antepassados, também as próximas irão herdar marcas emocionais e psicológicas do tempo presente. Quem consome televisão ou redes sociais diariamente e é exposto repetidamente a imagens de barbaridades acaba por viver num estado constante de alerta, de pânico e de medo. Essa atmosfera gera ansiedade, insegurança e preocupações exageradas, criando um peso coletivo que inevitavelmente afeta a saúde mental da população. Esse impacto não se limita ao presente: deixa raízes profundas que se transformam em novos traumas. E sabemos que muitos traumas, quando não tratados, acabam por se manifestar em vícios, dependências químicas e comportamentos autodestrutivos. Por detrás de cada vício existe, quase sempre, uma dor não resolvida, uma ferida emocional que precisa de ser reconhecida e curada. Portanto, a forma como lidamos hoje com a guerra e com a violência não só condiciona o nosso equilíbrio emocional, como molda a memória coletiva e o bem-estar psicológico das próximas gerações.

MS: Até que ponto a polarização entre “nós” e “eles” bloqueia a empatia e torna mais difícil qualquer possibilidade de reconciliação?

MG: Toda a guerra tem, na sua origem, o ego. O ego representa a nossa sombra interior, a voz que nos faz duvidar das nossas capacidades e acreditar que não merecemos a felicidade. É através dele que os nossos medos se manifestam, convidando-nos a confrontá-los para que possamos libertar-nos deles. Pelo contrário, a nossa centelha divina — aquilo que de mais puro existe em nós — deseja apenas paz e amor. A polarização entre “nós” e “eles” alimenta precisamente esse ego coletivo, bloqueando a empatia e tornando a reconciliação muito mais difícil. Quando vemos o outro apenas como inimigo, deixamos de o reconhecer como ser humano. A verdadeira superação deste bloqueio começa

dentro de cada um de nós, através do autoconhecimento.Ao povo, diria: foquem-se em si mesmos, cultivem conteúdos que nutram a saúde mental, física e espiritual. Não entreguem o vosso poder a líderes que procuram controlar a mente e a vida das pessoas. Sejam os líderes da vossa própria vida. Não importa apenas o que aconteceu ou o que está a acontecer — o essencial é a forma como escolhem reagir a isso. Todos nós temos o poder de decidir. E aos líderes internacionais deixaria um apelo: que manifestem o seu poder com consciência, humildade e respeito, lembrando-se sempre que estão a lidar com vidas humanas e que a verdadeira grandeza se mede pela capacidade de gerar paz, e não pela de impor violência.

*Maria Gomes é terapeuta e cuidadora social, com trabalho orientado para o desenvolvimento humano e o bem-estar coletivo. Tem-se dedicado ao estudo da espiritualidade, da física quântica e da reprogramação mental.

RMA/MS

Maria Gomes. Créditos: DR.
Credito: Unicef-Eyad El Baba

COMO SE APAGA HISTÓRIA?

Olá, muito bom dia. Desejo-vos um bom fim de semana e que este verão vos continue a tratar bem.

Calor, fogos, chuva e estranheza humana. Estes são os fatores que marcam o dia a dia.

As pessoas estão cada vez mais insensíveis e com a mente deturpada.

Em cima da mesa, esta semana, está um tópico que é perturbador, no mínimo.

Como se apagam séculos de história de uma nação?

O poder e o fanatismo são assustadores e populações inteiras sofrem por isso.

Vamos à descoberta juntos, para tentarmos perceber o porquê desta insanidade.

A religião e o governo de Israel têm o objetivo de garantir a segurança da sua população e o direito de existência do Estado judeu, enquanto a Palestina deseja o reconhe-

cimento de um Estado independente e o fim do controlo israelita sobre a Faixa de Gaza.

A história da disputa pela posse da Faixa de Gaza remonta ao período do Mandato Britânico na Palestina, entre 1920 e 1948. Durante esse período, houve um aumento significativo da imigração judaica para a região, em resposta ao crescimento do movimento sionista e à perseguição e discriminação sofridas pelos judeus em diferentes partes do mundo. Aos poucos, os judeus passaram a representar uma parcela significativa da população da Palestina e a reivindicar o direito de estabelecer um Estado judeu na região. No entanto, essa aspiração dos judeus também despertou o nacionalismo palestiniano e a resistência das comunidades árabes que lá habitavam. Com o fim do Mandato Britânico, em 1948, o Estado de Israel foi proclamado, provocando uma guerra entre os países árabes vizinhos e Israel. A Faixa de Gaza, então, foi ocupada por forças egípcias, que exerceram controlo sobre o território até à Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel passou a ocupar a região.

As raízes do conflito na Faixa de Gaza, e também o controlo sobre esse território, são de extrema importância para Israel, uma vez que a região faz fronteira com o país e é utilizada como uma forma de defesa contra possíveis

ataques vindos da Palestina. Além disso, a Faixa de Gaza também possui importantes recursos naturais, como a reserva de gás natural no mar, o que torna a região ainda mais disputada.

Essas divergências políticas e territoriais acabam por criar tensões e alimentar o conflito na região.

No contexto religioso, a Cidade de Jerusalém desempenha um papel fundamental. Tanto judeus como muçulmanos consideram Jerusalém um local sagrado e reivindicam a sua posse. Essa disputa alimenta ainda mais os ânimos e dificulta o objetivo de encontrar uma solução pacífica e duradoura para o conflito na Faixa de Gaza.

Em resposta a esta dificuldade de dois povos resolverem este conflito “pelo poder da terra”, vai-se extinguindo uma nação e apagando-se o seu povo, deixando um rasto de destruição humana para trás.

Já era tempo de se fazer paz.

Ao fim ao cabo, nada levamos connosco.

E o que é, é. vale o que vale.

Fiquem bem e bom fim de semana.

Até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Fernando Correia Marques - Uma carreira de ouro! 46 anos de música, memórias e emoção numa entrevista imperdível.

No VIBRA Festival 2025 o ritmo, a cor e a alegria invadiram Toronto, encontro da cultura brasileira, no STACKT Market!

• Torneio Solidário de Bocha Nick Barbieri: comunidade unida por grandes causas na 32ª edição do torneio.

• Ouro Branco Do Mondego para o mundo: o sal da Figueira da Foz, tradição e dedicação um documentário marcante.

• Encontro D’Águas (parte 1) - A Natureza em estado puro: Daniel Pinheiro revela a beleza e os segredos da Ria e do Baixo Vouga Lagunar.

• Healthy Bites comer bem nunca foi tão delicioso! Descubra novas receitas que cuidam de si sem perder o sabor.

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Cristina da Costa Opinião

A lot more tears to cry

The killing of innocent children has become an acceptable injustice in the name of war. As Elvis Presley sang in the song "In the Ghetto", "people don't you understand the child needs a helping hand, or he'll grow an angry young man someday". Society is creating armies of bitter young men who will revolt against the revulsion being created by disparity against all that is humane. And men with their armies will continue to destroy and kill in the name of safety and peace knowing fully well that the fight is about sowing seeds of distrust, hatred and social repulsion. The world has turned a blind eye to the horrendous abominations of war because hunger and bullets appear to still be far away from our zones of comfort.

Where has the empathy of people gone as horror and suffering emanates from viewing screens and into our souls? Have we taken sides with political masters who have lost all sense of reason and empathy towards the most vulnerable? It appears to be so, otherwise our revulsion would be manifested with stronger repugnance. This editorial is not about the concept of right and wrong between warring factions because there's plenty of the two forces on both sides, but is about collapsing morals and insurrection in our hearts and souls, which blind us to the realities of life.

We often ask if a child's life is worth more than a life of an adult. It seems to be worth less if we consider how many are dying in wars, but also of starvation and other

maladies. Close to home in our Toronto, children being killed are in the news such as the death of 8-year-old Jah Vai Roy last week, killed by a stray bullet while resting on his bed. Can society ever grapple with the loss of humanity in this way when other children are the killers in continuing turf wars to control urbanistic criminal activity supported by heartless adults?

The preamble of this editorial originates from a comment by Benjamin Netanyahu, Prime Minister of Israel, where he suggests that Israel will take over Gaza for the purpose of cleansing Ha mas from the territory. How do you remove the terrorists from Gaza without killing all the civilians since they are being used as shields? Should Israel even in self-defense be allowed to perform this purge, sacrificing thousands of children and civilians?

I am in total support of purging the terrorists but the total cost to innocent humankind is too great. American support for this war has been a moral and practical catastrophe and instead of playing footsies with Putin, Mr. Trump should be saving the Middle East from itself. The decontamination of hate and conflict from the region will never happen and the increase in misrule, misogyny and brutality will plant itself in the soils which were once the foundation of religious salvation. Yes, October 7th was horrific and unacceptable and should be punished, but the cost of revenge and retribution will cost ten times what October 7th provided by way of surging hatred. As it happened in Syria during the Assad regime where one hundred thousand people disappeared never to be found, including thousands of children, investigations have found genocidal evidence. These are examples of the rot in the Middle East where the barrel of a gun exterminates the innocent from society's future. The tunnels of Gaza, Syria's dungeons, Iran's prisons and the missiles of Russia show no mercy to those who already live in misery.

Most of us on the sidelines watching from the comfort of a sofa will never understand why 18,000 Gazan children have died, not having been given an opportunity to leave a worldly legacy confirming that they were born and died but because of the hands of an enemy, they will never know. Just as many may die of starvation while glutenous warmongers murkify our ideologies to accept the status quo. Let's not kill the children of Gaza purposely as we did in Syria and many other places. Shame on you, world.

Photo: Copyrights

Why can’t we be friends

It isn’t the first time we’ve touched on this subject, and it certainly won’t be the last. The tension began during the first world war, when the British announced, in 1917, that they would support the creation of what they then referred to as a “national home” for the Jewish people in Palestine. About 3 years later a league of nations gave Brittain rule over Palestine, and subsequent mass Jewish migration to the region created a great deal of tension and conflict between Arabs, Jews, and the British in the country. All of this culminated in civil war, in 1947, when the UN adopted a plan to partition Palestine into separate Arab and Jewish states.

The Cities of Jerusalem and Bethlehem would be administered internationally. To make a long story short, 1948 saw Zionist forces conquer and depopulate territories, in the proposed area sec-

tioned off for Arabs by the UN, followed by an Israeli declaration of independence, just as the British mandate was about to end. These events trigger Egypt, Syria and a couple of other to move into Palestine, where after ten months of fighting, Israel ended up with their original share, and 60% of what was meant for the Palestinians. Since then, there have been accords, peace agreements, and even relative quiet in the 90’s, and the beginning of the new millennium, but the problems persist.

On October 7th of last year, Hamas blew their way into Israel, killing many civilians and taking many others hostage. This insurgence led to an intense and bloody reaction from Israel, lasting to this day. This latest conflict has got the worlds undivided attention, especially due to the scale and brutality of the violent attacks waged by Israel on the Palestinian people. All filters used in past diplomacy are also gone.

The Israeli PM has no qualms about declaring that he will be clearing the whole region of Palestinians. This, to me, has been the endgame all along. Zionists won’t relax until they have rid the whole region of Palestinians, and all this because they are of different religions, although as a people, they have a very similar culture, (not surprising, considering they are all from the same region. But people are dying every day, and again, it’s all due to religious differences. We cannot govern people with religious ideology, the separation of church and state crucial. The great problem is that these kinds of extreme beliefs can make good people do terrible things, simply because their good book says it’s alright. People are victims of this kind of phenomenon every day; those of colour, different sexual orientation from the ‘norm’, or just the female sex, females have suffered greatly at the hands of religion, and for thousands of years. Yet, noth-

ing changes, the rich country imposes its will on its poorer neighbour by whatever means necessary, without guilt or consequence, thus the one-sidedness of it all.

I’m calling it as I see it. The world sits on their hands while watching other human beings being annihilated in the most incredible circumstances. The only positive note is that the Israeli people have this week been protesting on the streets in greater numbers than ever. Hundreds of thousands are demanding an end to this carnage, and the safe return of those hostages who are still alive.

Let’s stop the killing of people over religion, it’s been going on for thousands of years. Are we really more civilized now, or are we just much more skilled at going through the motions?

Fiquem bem,

Photo: Copyright

Jews or Muslins...

Who will win the Gaza Strip ownership...

What is the Gaza Strip?

The Gaza Strip is a small, densely populated Palestinian territory on the eastern edge of the Mediterranean, bordering Israel to the north and west, and Egypt to the south, and is home to about 2 million people. Since 2007, Hamas has controlled Gaza after winning elections in 2006 and then fighting with rivals to take control. The Palestinian Authority governs parts of the West Bank. Israel controls Gaza’s borders, airspace, and maritime access, and Egypt controls the southern border.

Gaza faces electricity shortages, limited clean water, high unemployment, and restricted movement of people and goods because of blockades and repeated conflicts. International aid is crucial for many families. Why is there so much turmoil over this strip of land?

The Israeli-Palestinian conflict has long-standing claims to land, national identities, and refugee questions dating back decades. The Gaza Strip’s current prominence grew after Israel captured the area in 1967 and after events in the early 2000s. Since 2007, Israel and neighboring Egypt have restricted movement of people and goods in and out of Gaza for security reasons. There have been several wars frequent clashes between Hamas and Israel,

causing civilian harm and widespread humanitarian need. Overcrowding, limited jobs, scarce water, and damaged infrastructure contribute to hardship. The conflict is also connected to broader regional rivalries and diplomatic efforts, which can either help or hinder progress.

Who are the two groups fighting over?

Hamas....a Palestinian Islamist political and military group that governs Gaza. It is considered a terrorist organization by some countries. Hamas emphasizes resistance to Israel and has launched rocket attacks, but it also runs social services and local governance in Gaza. The Israeli state, which views Hamas as a threat and aims to protect its citizens from rocket fire and other attacks. Israel argues that its actions in Gaza are about security, preventing weapons smuggling, and protecting civilians.

Any lasting solution would need to cover mutual recognition and security, borders and sovereignty, the status of Jerusalem, the fate of refugees, settlements, and the humanitarian impact of the blockade. Two-state solution.... creating an independent Palestinian state alongside Israel. This approach faces major hurdles on borders, security, the future of Jerusalem, and governance, especially with the Gaza-West Bank split. A single state or a loose federation with equal rights for all inhabitants. These ideas raise questions about national identity, governance, and who would have real sovereignty and security.

What are we heads for regarding the Gaza Strip?

The trajectory is uncertain.... the future depends on leadership decisions, regional dynamics, and international

O mais recente livro da autora (Poética Edições, prefácio Licínia Quitério, ilustração Rita Hayward) afirma nas suas 93 páginas o tempo de uma viagem: «Um dia embarco na nau/e aventuro-me sem espaço/sem lugar/sem tempo/sem ti/sem mim». Há um projecto enunciado deste modo: «Sempre buscarei /a parte que me falta/no mar na terra/ no ar na água/ em todos os lugares/ onde já fui/e onde nunca irei».

diplomacy. Escalations can trigger humanitarian crises; successful diplomacy can ease suffering and allow progress on governance and development. Civilian protection, access to healthcare, clean water, electricity, food, housing, and reconstruction. Humanitarian aid and reliable aid delivery will likely remain essential.

The role of diplomacy.... periods of ceasefire and negotiation-sometimes brokered by regional actors or international organization-can reduce violence temporarily and create openings for longer-term talks. The risk of renewed clashes remains high if core grievances persist. Durable ceasefires with verifiable security arrangements, steps toward easing the blockade under international oversight, significant humanitarian relief and reconstruction, and inclusive political negotiations that address both Palestinian national aspirations and Israel concerns.

It's about a long-running political and territorial conflict between Israelis mostly Jewish and Palestinians primarily Muslim over who controls Gaza and the broader land, with deep historical grievances, security concerns, and humanitarian consequences. It’s not simply Jews vs Muslims as groups: many jews and Muslim advocate for peace, and the conflict involves governments, armed groups, civilians, and international interests.

Not all Jews support all Israeli policies, and not all Muslims agree with Hamas or any group’s methods. There are diverse opinions within both communities. However, this conflict will be debated and fought over for many more years to come. This is one conflict that has been going on for some time with no solution in the near future that would satisfy both groups.

Quem

escreve essa viagem é um determinado «eu»: «Quando fico em mim/são os momentos traduzidos/em palavras/ os ferozes regressos/das lágrimas/as saudades que não dissemos». A memória é uma pergunta («Lembras-te dos tempos azuis/ intermináveis e belos?») e o poema é uma afirmação: «Vivo um lugar-comum/absurdo trivial/lágrimas e memória/não me deixo vencer/-voo». O registo deste livro está entre a memória e o futuro: «As palavras não terminam em interrogações relidas/nem com respostas silenciadas/As palavras terminam em fugas ideais/ em partidas sem regresso/no momento certo do esquecimento». A página 91 reitera um propósito («Não posso deixar /que as memórias me morram») e a 93 revela o título do volume: «A tempo do tempo».

10:30 am

10:00 am

7:30 am

JCF
Paula Banazol de Carvalho
Vincent Black Opinion
Photo: Copyright

Portugal em chamas

Críticas

não apagam fogos, soluções sim

Crédito: DR

Fogo, fogo e mais fogo. Parece estranho, mas, se olharmos para trás, percebemos que há zonas que, de dez em dez anos, são destruídas pelas chamas. Ninguém consegue descobrir o porquê… ou será que consegue? Depois de ouvir o jornalista José Gomes Ferreira comentar sobre os incêndios, começo a acreditar que, em Portugal, os fogos interessam e até “dão de comer” a muita gente. Pode ser engano meu, mas parece realmente existir uma verdadeira indústria dos incêndios.

Basta recuar aos anos 80: fogos florestais quase não se ouviam. E havia uma razão muito simples: os montes estavam

limpos. Os animais pastavam, apanhava-se a lenha caída, recolhia-se o tojo para as cortes, aproveitava-se a giesta. Nada se desperdiçava. Havia guardas florestais, as pessoas cultivavam as suas terras, limpavam os matos e até quem não tinha terreno comprava o que precisava. O resultado era simples: não havia combustível acumulado. Vieram as modernices e tudo mudou. Abandonaram-se os campos, desapareceram os animais nas cortes, o mato deixou de ter utilidade, e até os pinhais, antes considerados riqueza, perderam valor. Foi então que começaram a surgir os grandes fogos. Curiosamente, logo a seguir apareciam os madeireiros para “limpar” e fazer negócio com a madeira queimada. Assim, os incêndios passaram a ser vistos também como oportunidade de lucro. Não por acaso, a maior parte dos fogos concentra-se no centro e no norte, em zonas de terrenos abandonados, cobertos de erva seca —

combustível perfeito — e com pinheiros de valor comercial. O problema tende a agravar-se: as gerações mais velhas, que ainda conhecem os terrenos, estão a desaparecer, e as novas nem sabem onde ficam as propriedades, quanto mais limpá-las. Talvez, no futuro, o Estado tenha mesmo de assumir a gestão destas áreas. E, se for inteligente, deveria pôr os incendiários apanhados em flagrante a limpar as matas e os terrenos ao abandono.

Dias atrás ouvi o diretor da Proteção Civil afirmar que os fogos de verão não se apagam; controlam-se. E é isso que se tem visto: perante a quantidade de incêndios este ano, o número de tragédias tem sido relativamente baixo. Quando não há controlo, acontece o que vimos em 2017: uma catástrofe. Como dizem os especialistas, deixem trabalhar quem sabe. Porque “bombeiros de bancada” há muitos, e críticos ainda mais. Soluções é que quase nunca aparecem.

Um exemplo simples: colocar um gover-

nante ou presidente de câmara no terreno, a tentar mandar nos bombeiros, é tão absurdo como pedir a um bombeiro que faça uma cirurgia. Cada profissional no seu lugar. Em 2017, as conclusões dos especialistas foram claras: a presença de políticos atrapalhou a resposta operacional. Este ano repetiu-se a cena; um autarca, em vez de acalmar as populações, só baralhava o trabalho de quem estava no terreno, e qualquer coisa saía sem seriedade.

A oposição também devia refletir: em vez de criticar por criticar, que apresentem soluções, que colaborem a acalmar as populações. Críticas vazias não apagam incêndios. O que o país precisa é de prevenção, de controlo eficaz e de justiça pesada para quem ateia fogo.

E deixo um conselho prático: se tem terrenos sem cultivo, mande-os limpar. Está a proteger-se a si próprio e a ajudar os bombeiros.

Bom fim de semana!

Ter coração é acolher

Hoje é moda criticar emigrantes e imigrantes. Não devia ser assim para quem tem coração. A situação de conflito e os graves acontecimentos que marcam ainda a Ucrânia já não são novidade, infelizmente. Só em Portugal, desde 2014, foram apresentados mais de mil pedidos de proteção internacional por cidadãos ucranianos. Estes estavam intimamente ligados a vários focos de conflito que se viviam nesse país do Leste Europeu. A grande maioria destes cidadãos teve concedida proteção ao abrigo da Lei do Asilo.

Todos temos de estar preocupados com as mortes, feridos e a grande violência que os avanços russos estão a infligir, com consequências humanitárias sobre o povo ucraniano que podem ser avassaladoras e devastadoras. Exige-se uma resposta da União Europeia e do mundo para que cidadãos europeus, como nós, tenham direito a um bem essencial que é a vida. Nesta altura, o que se espera e exige dos Governos é que as fronteiras com a Ucrânia sejam abertas, no sentido de acolher quem não tem outra escolha senão fugir. E quando digo fugir, refiro-me a escapar da mor-

te certa em muitas situações. Devem, por isso, facilitar imediatamente a emissão de vistos, dando um sinal de desburocratização. Também o Tratado de Dublin deve ser revisto no sentido de facilitar a vida àqueles que chegam desesperados a qualquer território europeu - ou mesmo noutros acordos mundiais que, muitas vezes, mais não são do que leis que só dificultam resoluções que não podem esperar meses, mas têm de ser tomadas em segundos.

E devemos ir mais além no que às crianças diz respeito, estando preparados para as receber e dar-lhes as condições que

cativa, será mais fácil às próprias famílias acolherem os seus concidadãos, mas os governos têm de estar atentos e documentar estes refugiados com as credenciais necessárias para viverem com direitos.

Aqui no Canadá, a própria história do país é de integração de imigrantes. E os imigrantes fazem parte da história deste próspero país do Norte da América, onde tantos têm oportunidades para o desenvolver e fazer crescer. Mas muitos chegam também como refugiados e são acolhidos, sendo-lhes dada proteção e algumas doses de caridade. O Governo canadiano tem nas suas leis plataformas de acolhimento que penso serem do conhecimento do. Sei

Crédito: DR

que muitos defendem que alguns se aproveitam da situação apenas para entrar no país, mas temos de abrir o nosso coração e aprender a receber, reconhecendo que nem todas as leis são perfeitas - mas seria muito pior se não existissem.

Quando acontecem desastres civilizacionais, como este na Ucrânia, a comunidade internacional fica mais atenta e pressiona no sentido de serem respeitados a dignidade humana e o direito à vida. Mas depois temos de saber aceitar diferenças culturais e religiosas, aprendendo a partilhar a comunidade com aqueles que pensam de forma diferente de nós.

Acima de tudo, um refugiado é uma pessoa como eu e como o leitor que lê este artigo. Existem milhares de refugiados em todo o mundo e nós devemos ter por eles o maior respeito. A liberdade e os valores essenciais do ser humano não devem ter fronteiras. A ajuda a quem precisa também não deve ter fronteiras. Muitas vezes, estes seres humanos só querem um sítio para viver sem ter medo de morrer a cada segundo. Sim, estão a fugir de uma morte certa. Todos nós devemos esforçar-nos, sem exceção, por criar alicerces para que a mais urgente questão da civilização mundial - o acolhimento de quem foge do fim da sua vida - seja continuamente implantada. Porque, afinal, como diz Zygmunt Bauman, “não conseguimos omitir a sua presença”.

Augusto Bandeira Opinião
Vítor M. Silva Opinion

Entre todas as virgindades, nenhuma é tão sagrada como a de uma página em branco.

Jacinto Benavente y Martinez, dramaturgo espanhol

VIVER DE VÉSPERAS

Era um fim de tarde quente, como têm sido os últimos entardeceres, desde que o verão se fez anunciar nesta sucessão de temperaturas altas. No dobrar de mais um segundo, ouvi soar o telemóvel. Uma mensagem seca, como a pancada da viatura que de costas te atirou ao chão. Havias sido atropelado perto de casa. Precisava de detalhes, de ir ao pormenor da desgraça, mas nada mais se sabia ainda além de que estavas internado no hospital.

Otempo, mesmo que curto, foi de longas esperas. À medida que as horas iam passando, a informação ia também correndo a conta gotas. Nos tubos que te ligavam à vida, passavam gota a gota os fluídos que te mantinham em coma induzido. Passaste a habitar uma espécie

de limbo, à margem de qualquer interação com o mundo que te rodeia. Interrogamo-nos, interrogamos os médicos, os enfermeiros de serviço. Pedimos respostas, mas só recebemos silêncios. Silêncios quanto ao futuro incerto que ninguém pode prever, muito menos adivinhar. No espaço onde te encontras, uma parafernália de equipamentos envia toda a informação para os inúmeros ecrãs a que estão ligados, mas não existe nenhuma bola de cristal.

Eles sabem tudo, eles sabem tudo, pensamos nós, embora bem no mais íntimo, saibamos que, nestes momentos, eles não sabem nada. Eles não sabem nada do que queríamos ouvir.

Talvez saibamos mais nós da tua grande vontade de viver, porque sempre acreditámos em ti, sempre te conhecemos como um lutador, sempre acompanhámos a tua vontade de vencer a doença de que há tantos anos padecias, nunca vimos em ti um desistente quando numa outra cama de hospital te vimos lutar contra um tumor no cérebro, ganhando pequenas, mas muito bem-sucedidas vitórias diárias contra os reveses da vida.

Diariamente és visitado, duas vezes por dia. Fazemos-te festas para que sintas o calor da nossa pele na tua pele, apertamos-te a mão na esperança de uma resposta, falamos-te ao ouvido, pedimos-te sinais, um qualquer que dê a entender que nos ouves, que sabes que estamos ao teu lado e do teu lado.

Estamos todos a viver a virgindade desta página em branco sem sabermos como agir. Mas falamos-te do antes e do depois da queda fatídica, do passado e do futuro, na ânsia de que voltes a habitar o que já viveste e o que ainda tens para viver. Dos dias programados na Costa da Caparica, para onde irias no dia seguinte com a Tina e onde, para além dos banhos de mar, fazias longas caminhadas; da semana que havias pedido para passar no Sardoal; da viagem planeada para, com um grupo de irmãos, passares o Natal em Benguela, teu berço, um sonho há tantos anos acalentado; das glórias do teu clube do coração, o Benfica, que te fazia vibrar com as suas vitórias atrás de vitórias; de tantas outras situações comezinhas que te divertiam. Pequenos nadas que quebravam a monotonia dos teus quotidianos vividos

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na solidão de quem nunca constituiu a sua própria família. Mas tinhas amigos por todo o lado, já que a tua simpatia era o lastro que largavas por onde passavas.

Todos eles enviam saudações, perguntam por ti, desejam melhoras, mandam correntes de energia positiva, mas, mais do que isso, exigem que acordes, que voltes até eles, que saias da inconsciência a que o coma te levou. Pouco percebemos da escala de Glasgow. Os seus números são meros indicadores que nada dizem da saudade imensa de te não termos. De como és agora a folha em branco, onde todos queremos imprimir os pequenos gestos do teu acordar. Até agora, cada dia é apenas a véspera do amanhã vitorioso por todos tão desejado. P.S. Como é habitual, enviei a crónica na terça-feira, depois de ter visitado o meu irmão Zeca. Foi a última véspera do amanhã que não trouxe o desejado dia vitorioso, mas a notícia da sua partida, na manhã de quarta.

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Museu da Emigração Açoriana Um espaço de memórias da diáspora açoriana

A emigração tem sido ao longo do tempo um fenómeno constante no modo de vida de milhares de açorianos. Embora as suas origens remontem aos primórdios do povoamento do arquipélago português situado no Atlântico nordeste, o seu carácter sistemático consubstanciou-se entre os séculos XIX e XX com o surgimento dos cinco grandes destinos da emigração açoriana: Brasil, Estados Unidos da América, Bermudas, Havai e Canadá.

Atualmente estima-se que cerca de 1,5 milhões de açorianos e seus descendentes residam no estrangeiro, números reveladores da grandeza da diáspora açoriana, muito mais se considerarmos que residem no arquipélago cerca de 250 mil pessoas, e que ajudam a compreender a razão destas numerosas comunidades serem denominadas “A Décima Ilha”.

Como sustenta António Machado Pires, acerca da “Emigração, Cultura e Modo de Ser Açoriano”, os “açorianos da emigração são hoje, pelo seu número e pela sua diversidade, um vasto prolongamento da unidade e da diversidade dos Açores. São

estão a constituir uma comunidade autêntica, assente nos laços de sangue e de cultura”.

A mundividência e relevância da diáspora açoriana encontram-se plasmadas na missão e objetivos do Museu da Emigração Açoriana. Inaugurado em 2005, no antigo Mercado de Peixe da Ribeira Grande, o espaço museológico, aberto à união de esforços e trabalhos em parceria no âmbito da história da emigração portuguesa, preserva através de fotografias, documen-

tos, roupas e memórias de diversos tipos, as trajetórias de milhares de açorianos que ao longo do devir histórico saíram do arquipélago para o estrangeiro em busca de melhores condições de vida.

O Museu da Emigração Açoriana, ao estruturar uma visão geral sobre as razões e destinos da diáspora açoriana, constitui não só, um elemento-chave na história da emigração açoriana, como valida a sua considerável base de dados com fichas de emigrantes e os requerimentos para emi-

gração realizados no século XIX. Mas também, representa um elemento-chave para a compreensão e identidade do arquipélago, e do demais território nacional, ou não fosse a emigração um fenómeno constante da vida portuguesa.

De facto, o Museu da Emigração Açoriana, instalado no terceiro concelho mais populoso da Região Autónoma dos Açores e o segundo da Ilha de São Miguel, tem vindo a resgatar a documentação municipal açoriana relativa a processos de emigração, entre 1879 e 1989, com o objetivo de preservar e dinamizar a pesquisa entre os emigrantes e o torrão arquipelágico. Um trabalho relevante, empreendido pelo espaço museológico, que no próximo mês de setembro assinala o seu 20.º aniversário, e que já abalizou a digitalização e inventariação de dados relativos aos concelhos da Ribeira Grande, Ponta Delgada, Lagoa e Nordeste.

Na esteira das palavras abalizadas da professora luso-americana Rosa Simas, proferidas, em 2022, na cerimónia de reabertura do espaço ao público, então alvo de renovações ao nível do interior e engrandecido com uma nova museografia. O Museu da Emigração Açoriana, uma genuína “Casa da Emigração nos Açores, celebra tudo isso, de uma forma real e dinâmica, dando-nos o privilégio de podermos participar, aqui e no além, da experiência emigrante, da dimensão diáspora que faz parte do próprio ADN da Açorianidade, como também faz parte do ADN da Portugalidade, embora não exista, até à data, um museu nacional da emigração, um enorme lapso, a meu ver, do país”.

Museu da Emigração Açoriana-©Câmara Municipal da Ribeira Grande. Créditos: DR.
Daniel Bastos Opinião

, 2025 | 6:00 PM

LiUNA! Local 183 (Headquarters) 200 Labourers Way Vaughan ON L4H 5H9

A night dedicated to celebrating heritage, community, and care for our Portuguese-speaking seniors. Join community leaders, philanthropists, and advocates for an unforgettable evening, featuring A live performance by award-winning artists, A chance to support the first culturally-sensitive long-term care home and affordable housing for Portuguese-speaking seniors in Ontario

COMUNIDADE

Torneio Solidário da LiUNA Local 506

União, Convívio e Solidariedade na 32.ª Edição

Num ambiente marcado pela alegria, pelo convívio e por um generoso sol de verão, o sindicato dos trabalhadores LiUNA Local 506, em parceria com a Associação de Empreiteiros Gerais de Toronto, organizou a 32.ª edição do Torneio Solidário de Bocha Nick Barbieri um evento que se tornou uma tradição profundamente enraizada no coração da comunidade.

Realizado no Centro de Formação da LiUNA Local 506, o torneio revelou-se muito mais do que uma competição desportiva. Foi um dia de celebração, partilha, música, boa comida, jogos e, acima de tudo, solidariedade em ação. Profissionais, líderes sindicais, empreiteiros, membros da comunidade e representantes políticos reuniram-se num ambiente de camaradagem e apoio mútuo, unidos por um objetivo comum: ajudar quem mais precisa e prestar homenagem a Nick Barbieri, antigo membro e inspiração por detrás do evento.

O Business Manager da LiUNA Local 506, Carmen Principato, destacou os dois gran-

des motivos que continuam a dar sentido à iniciativa: “O primeiro é recordar o meu grande amigo Rick Barbieri. Como sabem, tudo começou há 32 anos, foi uma ideia dele. Infelizmente, partiu poucos anos depois, mas o seu espírito continua bem presente neste torneio”, partilhou.

“O segundo motivo é a solidariedade. Todos os anos escolhemos uma instituição de caridade e angariamos fundos para quem mais precisa. Fazemo-lo com prazer, com sentido de responsabilidade, e também em nome dos nossos empreiteiros, dos nossos colegas e da nossa comunidade”, acrescentou. Em cada jogada de bocha, havia mais do que competição: havia o gesto simbólico de contribuir para uma causa maior.

Todos os anos, o comité organizador selecciona instituições de apoio social que, de alguma forma, marcaram a vida dos membros do sindicato ou das suas famílias. Até à data, o torneio já permitiu angariar mais de 10 milhões de dólares.

O Vice-Presidente e Diretor Regional da LiUNA Internacional, Joseph Mancinelli, reforçou a importância da iniciativa para a comunidade: “É realmente um dia maravilhoso.

Mudanças na liderança da LIUNA

Local

183

após

aposentação de vice-presidente histórico

A LIUNA Local 183 anunciou alterações significativas na sua estrutura diretiva, motivadas pela aposentação do vice-presidente Bernardino Ferreira, que integrava a organização há mais de três décadas.

Membro desde 1992, Ferreira iniciou funções como representante sindical em abril de 2003 e, oito anos depois, foi eleito vice-presidente, cargo que desempenhou ao longo de quatro mandatos consecutivos, até 2023. Reconhecido pela sua dedicação e pelo trabalho em prol dos trabalhadores, o dirigente deixa um legado marcado pelo empenho e pela continuidade na defesa dos direitos laborais.

Com a sua saída, a direção procedeu a uma reorganização interna. Marcello Di Giovanni foi nomeado novo vice-presidente, enquanto Ricardo Teixeira passa a exercer funções como secretário. Estas

mudanças pretendem, segundo a instituição, garantir estabilidade e continuidade no funcionamento da organização. Num comunicado divulgado, a direção esclareceu ainda que a gestão da publicidade e das relações com os meios de comunicação ficará centralizada num novo responsável, sob a coordenação do gestor principal, Jack Oliveira. O objetivo passa por reforçar a clareza na comunicação e assegurar uma maior proximidade com os parceiros externos.

A LIUNA Local 183, considerada uma das maiores organizações sindicais da América do Norte, representa atualmente milhares de trabalhadores da construção civil e de outros setores. A instituição sublinha que estas mudanças visam consolidar o trabalho realizado até agora e fortalecer a ligação tanto com os seus membros como com as comunidades onde está presente.

RMA/MS

Estar aqui, rodeado de tantos amigos e colegas, a celebrar o Torneio Solidário da LiUNA Local 506 é algo muito especial. Este não é apenas um momento de convívio é também uma oportunidade de apoiar causas importantes, como hospitais e o centro de reabilitação Caritas”, referiu. “Celebramos ainda o legado de Nick Barbieri, que tanto deu à nossa comunidade. É um verdadeiro tributo à solidariedade e ao espírito de união”, acrescentou.

Este ano, foram atribuídas doações de 50 mil dólares a quatro instituições: Breakthrough T1D Canada, Caritas School of Life, Ride Project Saving Legs e St. Michael’s Unity Health Toronto.

A presença e envolvimento da comunidade foram visíveis ao longo de todo o dia. Bruna Vilaça, em representação do BPA Group, sublinhou: “Poder participar neste momento, divertir-me e, ao mesmo tempo, contribuir para esta causa é incrível. Tenho a certeza de que será um dia maravilhoso”, disse. A LiUNA Local 506 reafirma assim, ano após ano, o seu compromisso com o bem-estar dos seus associados, das suas famílias e da comunidade em geral. Através da cooperação com organizações

comunitárias, instituições sociais, empregadores e autoridades públicas, a organização continua a promover uma sociedade mais justa, coesa e solidária.

O Ministro do Trabalho, Imigração e Formação Profissional de Ontário, David Piccini, também marcou presença no evento e enalteceu o envolvimento da comunidade: “Juntando-se ao sector da construção, a nossa comunidade laboral une-se para retribuir, apoiar instituições de caridade locais e contribuir para o nosso sector da saúde. É isto que torna o Ontário mais forte”, afirmou. “Estamos muito gratos por tudo aquilo que devolvem à nossa comunidade”, reforçou.

Já o Ministro dos Transportes de Ontário, Prabmeet Singh Sarkaria, elogiou a longevidade e relevância do torneio: “É ótimo estar aqui hoje, a apoiar uma causa tão nobre. Penso que este já é o 32.º torneio anual, e é fantástico poder retribuir. É simplesmente incrível ver tantas pessoas presentes, a apoiar não só a LiUNA 506, mas também todas as pessoas extraordinárias que beneficiam com esta causa”, acrescentou. Porque este não é apenas um torneio. É uma afirmação do poder da união, da entreajuda e da força coletiva. É o espírito da classe trabalhadora transformado em esperança e mudança real na vida de muitos. FP/MS

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Festa de Nossa Senhora do Monte celebra-se em grande no Madeira Park

O Madeira Park, em Toronto, foi palco de uma vibrante celebração nos dias 17 e 18 de agosto, com a realização da tradicional Festa de Nossa Senhora do Monte, padroeira da Ilha da Madeira.

Organizado pela Casa da Madeira Community Centre, o evento é um dos mais aguardados do ano pela comunidade portuguesa no Canadá, e voltou a encher-se de fé, cultura e espírito comunitário.

Durante dois dias, centenas de fiéis reuniram-se ao ar livre para homenagear Nossa Senhora do Monte, mantendo viva uma tradição com mais de 60 anos de história em solo canadiano.

Segundo Luís da Corte, presidente da Casa da Madeira: “estamos a celebrar a padroeira da Madeira, numa tradição que já dura há décadas. O espaço está a encher-se, com pessoas a chegar de vários pontos, incluindo caminhonetes vindas de Toronto. Há música, comida e muita alegria para todos. O tempo está a ajudar e o ambiente é ótimo para o convívio. Mais logo, teremos a Procissão das Velas, um dos momentos mais bonitos desta festa. Todos são bem-vindos. Há espaço para todos!”

O programa religioso incluiu a tradicional missa campal, a Procissão das Velas e momentos de oração, unindo participantes de todas as idades num verdadeiro testemunho de fé, que permanece firme mesmo

a milhares de quilómetros da ilha natal. Para além da componente religiosa, o evento foi um espaço privilegiado de reencontro entre famílias, amigos e conterrâneos. Muitos participantes optaram por acampar no local ou chegaram em autocaravanas, recriando o espírito das romarias madeirenses agora com um toque moderno e adaptado à realidade da diáspora portuguesa.

Marco Fernandes partilhou: “este é um momento único, onde reencontramos amigos e vivemos esta tradição da Pérola do Atlântico, que é a Madeira.” Paulo Santos acrescentou: “ é uma forma de estarmos juntos. Esta festa é de todos os emigrantes.”

A festa contou ainda com diversas atividades recreativas, como torneios de futebol, música ao vivo e atuações culturais, garantindo animação para todas as idades.

O músico e compositor Henrique Cipriano comentou: “ é um privilégio poder estar aqui, junto dos portugueses – e não só – e dar um pouco de mim.”

Um dos grandes atrativos do evento foi, sem dúvida, a gastronomia madeirense, que conquistou o paladar dos visitantes com sabores autênticos e, nalguns casos, inovadores. As bancas ofereceram as tradicionais espetadas em pau de louro, bolo do caco, malassadas e até uma novidade que surpreendeu muitos: pastéis de nata fritos.

Joe Da Silva, comerciante e membro da organização, sublinhou: “desde 1965 que

Mais de 12800 utentes aguardavam por cirurgia nos Açores no final de julho

Os dados relativos às listas de espera cirúrgica nos Açores não eram atualizados desde abril, altura em que foram divulgados os números de março.

Dos três hospitais da região, o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, era o que apresentava mais utentes em lista de espera (8417) no final julho.

Afetado por um incêndio em maio de 2024, o maior hospital da região registou a maior subida da lista de espera cirúrgica, contabilizando mais 98 (1,2%) utentes inscritos do que em junho e mais 1564 (22,8%) do que no período homólogo.

O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) contabilizava 3033 doentes inscritos para cirurgia no final do mês e foi o único a registar uma ligeira redução da lista de espera, com menos três utentes (0,1%) do que em junho e menos 15 (0,5%) do que em julho de 2024.

Já o Hospital da Horta (HH) apresentava 1425 utentes inscritos, mais 18 (1,3%) do que no mês anterior e mais 131 (10,1%) do que no período homólogo.

Há utentes inscritos em mais do que uma cirurgia, por isso o número de propostas cirúrgicas em lista de espera, no final de julho, era de 14268, mais 1841 (14,8%) do que no período homólogo.

Apesar do crescimento das listas de espera, a produção cirúrgica nos Açores aumentou neste mês.

Segundo o relatório, foram realizadas 776 cirurgias, mais 139 (21,8%) do que em junho e mais 129 (19,9%) do que no período homólogo.

Em termos percentuais, a subida foi mais expressiva no Hospital da Horta, que realizou 158 cirurgias, mais 49 (45%) do que no período homólogo,

seguindo-se o HDES, que contabilizou 359 operações, mais 83 (30,1%).

Já o hospital da Terceira realizou 259 cirurgias, menos três (1,1%) do que em julho de 2024.

Segundo a Secretaria Regional da Saúde e Segurança Social, o boletim apresenta apenas os números da produção acrescida, no âmbito do programa CIRURGE, não contabilizando as cirurgias realizadas no período normal nos hospitais.

Em julho, os açorianos aguardavam, em média, 460 dias (acima de um ano e três meses) por uma cirurgia, mais 39 dias do que no mesmo mês em 2024.

No hospital de Ponta Delgada, o tempo médio de espera atingia 500 dias (mais 52 do que em julho de 2024), no da ilha Terceira 412 dias (mais cinco) e no da Horta 340 dias (mais 23).

Nas três unidades de saúde, o tempo médio de espera estava acima dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.

Das cirurgias realizadas em julho nos Açores, cerca de metade (53%) ocorreu dentro dos TMRG, menos 6,8 pontos percentuais do que no período homólogo (59,8%).

Em julho, deram entrada nos três hospitais da região 1118 novas propostas cirúrgicas, mais 0,6% do que em junho e mais 10% do que no período homólogo.

Verificaram-se ainda 200 cancelamentos de cirurgias, o que representou um aumento de 25,8% em relação ao mês anterior e de 48,1% face a julho de 2024.

esta festa tem sido uma referência. A gastronomia e a devoção à nossa padroeira são os pilares desta tradição.”

Manuel Oliveira, também comerciante, comentou: “estamos aqui com o nosso bolo do caco, a representar o sabor da Madeira.”

Já Luís Leite, conhecido pelas suas malassadas, afirmou com orgulho: “sem as malassadas e o bolo do caco, esta festa não seria a mesma.”

O sucesso gastronómico do evento contou com o apoio de empresários e comerciantes locais, muitos deles membros da comunidade luso-canadiana, comprometidos com a preservação das tradições cul-

turais e religiosas madeirenses.

A devoção a Nossa Senhora do Monte tem raízes profundas na história da Madeira, sendo considerada uma das maiores manifestações de fé popular da região. No Canadá, essa devoção foi trazida pelos primeiros emigrantes madeirenses e continua viva até hoje, adaptando-se ao contexto local sem perder a sua essência.

Mais do que uma festa, esta celebração foi um verdadeiro encontro com a espiritualidade, a cultura e a identidade madeirense preservada com orgulho e emoção, mesmo longe de casa. FP/MS

AUTONOMIAS

Cerca de 600 jovens do Funchal viveram de perto um pouco da realidade do que é ser polícia

O Comando Regional da Madeira da Polícia de Segurança Pública realizou duas edições do Dia do ATL com a PSP, promovidas pela Divisão Policial do Funchal.

Ainiciativa teve como objetivo aproximar a Polícia de Segurança Pública à população, com especial enfoque à população mais jovem.

Estas iniciativas, decorreram no Parque de Santa Catarina, e juntaram diversos ATL’s do Concelho do Funchal. Estas ações contaram com uma demonstração do Grupo Operacional Cinotécnico da Unidade Especial de Polícia da PSP, uma demonstração de um resgate em montanha efetuada pela Brigada de Busca, Salvamento, Socorro e Resgate em Montanha deste Comando Regional e com uma exposição de meios policiais, onde crianças e jovens conviveram de perto com os mesmos e com os po-

lícias, de forma a conhecer melhor a Polícia de Segurança Pública e a fomentar relações de proximidade e confiança.

A ação contou ainda com o empenho dos polícias do programa de policiamento de proximidade – Escola Segura, desde o contato prévio com as diferentes entidades, até ao dia do Evento. Este esforço conjunto efetuado em duas manhãs, possibilitou a cerca de 600 crianças e jovens do Funchal a oportunidade de experienciar de perto um pouco da realidade do que é ser polícia.

O Comando Regional da PSP Madeira aproveita a ocasião para relembrar o compromisso com a população no que concerne à sua proximidade com a comunidade e presença social com este tipo de Eventos que em fomenta o sentimento de segurança, bem-estar e tranquilidade da nossa comunidade.

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Ontário não divulga data de abertura do LRT de Mississauga desde 2019, dizem documentos internos

O Hurontario LRT estava previsto abrir no outono de 2024, mas continua em construção.

Ontário não fornece uma atualização pública sobre quando uma importante linha de transporte de Mississauga será concluída há mais de cinco anos, segundo documentos internos, enquanto continuam os trabalhos no projeto de metro ligeiro originalmente previsto abrir no outono passado.

O governo do Premier Doug Ford adjudicou o contrato para a construção do Hurontario LRT em outubro de 2020, com conclusão prevista para o outono de 2024.

No início de 2025, a linha ainda não abriu. Documentos obtidos pela CBC Toronto através de um pedido de acesso à informação mostram que a província não forneceu um cronograma atualizado desde 2019. Os documentos, destinados a informar altos funcionários e o Ministro dos Transportes sobre pedidos da comunicação social relativamente a atrasos no projeto, estão parcialmente censurados. Não explicam por que motivo a linha não abriu na data prevista nem por que a província recusou fornecer uma atualização ao público.

“Embora a Província não tenha reconhecido explicitamente um atraso na conclusão do projeto, a Metrolinx respondeu recentemente a perguntas da comunicação social dizendo: ‘Quando a construção estiver quase concluída e avançarmos para a fase de testes e comissionamento, estaremos em melhor posição para fornecer uma data específica de abertura’”, escreveram os funcionários numa nota datada de novembro de 2024.

O Hurontario LRT, também chamado Hazel McCallion LRT, é uma linha de 18 quilómetros que atravessará o coração da cidade, do Lago Ontário até Brampton. Os trabalhos decorrem desde o verão de 2020 e o custo está estimado em 5,6 mil milhões de dólares.

No entanto, a Metrolinx recusou atualizar o cronograma ou explicar os atrasos, fornecendo uma resposta quase idêntica à nota interna obtida pela CBC Toronto.

“Quando a construção estiver quase concluída e avançarmos para a fase de testes e comissionamento, estaremos em melhor posição para fornecer uma data aproximada de abertura”, disse a agência numa declaração na terça-feira (19).

O gabinete do Ministro dos Transportes, Prabmeet Sarkaria, afirmou que continuará a pressionar o empreiteiro para concluir os trabalhos o mais rapidamente possível, sem indicar uma nova data.

“Não vamos comprometer a segurança”, disse a porta-voz Dakota Brasier. “É crucial que esta linha seja segura e fiável no primeiro dia de funcionamento.”

O vereador de Mississauga, Alvin Tedjo, afirmou que a construção tem causado transtornos a empresas e utentes ao longo da Hurontario Street, considerada a “espinha” da cidade. A comunicação da Metrolinx sobre o projeto e a data de abertura tem sido vaga, aumentando a frustração de vários anos, disse.

“O que recebemos da Metrolinx não é clareza suficiente, nem informação suficiente”, afirmou.

1 morto e 1 ferido após tiroteio duplo em residência de Brampton, dizem autoridades de Peel

Um homem morreu e outro ficou ferido na sequência de um tiroteio duplo dentro de uma residência em Brampton na noite de terça-feira (19), segundo a Peel Regional Police.

Oincidente ocorreu na Bayhampton Drive, perto da interseção da Castlemore Road com a Humberwest Parkway. A polícia foi chamada para a residência devido a uma denúncia de perturbação por volta das 8:40pm.

Quando os oficiais chegaram, encontraram os dois homens com ferimentos por arma de fogo.

Um foi declarado morto no local, enquanto a segunda vítima foi levada para um centro de trauma, onde os ferimentos foram considerados não ameaçadores à vida. As idades das vítimas não foram di-

vulgadas. A agente Sarah Patten, porta-voz da Peel Regional Police, afirmou que os suspeitos terão fugido num veículo, mas a polícia ainda não forneceu descrição dos envolvidos nem do automóvel utilizado.

“Acreditamos tratar-se de um incidente isolado e direcionado”, disse Patten aos jornalistas no local. Patten não divulgou mais detalhes sobre as vítimas.

Detetives de homicídio assumiram a investigação e a polícia montou um centro de comando móvel no local.

Um residente da área afirmou ser a primeira vez que presencia atividade criminal na região em mais de uma década.

Quem tiver informações é instado a contactar a polícia de Peel.

CBC/MS

Mãe recorda filho morto por bala perdida como um menino gentil com “o melhor espírito”

Antes de Holly Roy perder o filho, Jahvai, devido à violência armada, dois dos seus outros filhos também foram afectados por este tipo de violência.

Roy contou que o seu filho mais velho sobreviveu a um tiroteio em 2019, e a sua segunda filha foi intimidada e ameaçada com violência armada em 2022.

Embora fosse mais novo do que os outros dois, Jahvai queria cuidar dos irmãos, disse Roy, lembrando-o como um menino amoroso.

“Ele testemunhou tanto trauma na sua curta vida e ainda assim tinha o melhor espírito e era tão bondoso”, disse Roy, que trabalha como gestora de casos na ENAGB Indigenous Youth Agency, uma organização que pretende fornecer aos jovens indígenas competências e oportunidades.

“É isso que torna isto tão difícil. Ele era tão gentil e atencioso comigo. Apenas queria tornar as coisas mais fáceis porque sabia que tínhamos dificuldades.” Roy disse que a dor é intensa enquanto se dirige para

o norte de Ontário para enterrar o filho. Roy descreveu o incidente em North York numa publicação no Facebook: “Estávamos na cama!! Ele estava deitado ao meu lado e depois ouvimos os tiros! Dois tiros… demorou um minuto até perceber que não eram fogos de artifício. O meu bebé sentou-se. O último olhar que me deu foi de medo! Depois mais três tiros e senti vidro bater-me na cara. Fui tentar pegar no meu filho para o colocar no chão e ele estava sem vida! Foi instantâneo.”

A polícia de Toronto afirmou que Jahvai morreu no hospital no sábado (16) depois de ter sido atingido por uma bala perdida num prédio de apartamentos na área de Martha Eaton Way com Trethewey Drive, perto da Black Creek Drive. Ele é a 26.ª vítima de homicídio do ano na cidade.

Os agentes responderam ao chamado por volta das 00h30. Os suspeitos fugiram antes da chegada da polícia.

CBC/MS

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.

Mais de 60 pessoas resgatadas de helicóptero após inundações

num parque provincial da Colúmbia Britânica

Foram necessárias 10 viagens de helicóptero e cerca de sete horas para retirar mais de 60 pessoas das inundações no Bugaboo Provincial Park, no domingo (17).

Jordy Shepherd, membro da equipa Columbia Valley Search and Rescue, disse que foram chamados pela primeira vez ao popular parque na região de East Kootenay por volta das 8am (hora local) no dia 17 de agosto.

Ele explicou que o Alpine Club of Canada tinha informado os socorristas de que os níveis do ribeiro estavam muito altos na área da popular cabana Conrad Kain e que deveriam investigar.

O que os socorristas descobriram foi que o ribeiro junto à cabana, sob uma ponte de trilho, corria muito rápido, a água estava turva - e cerca de 60 caminhantes e campistas na área teriam enfrentado uma travessia perigosa se a ajuda não tivesse chegado.

"É bastante sortudo que a estrada de saída, a estrada de madeira, não tenha sido comprometida por este aumento do nível da água", disse Shepherd.

Shepherd afirmou que os convidados retidos tinham idades que variavam entre os 10 e os 70 anos.

"Demorou cerca de sete horas desde que fomos chamados até conseguirmos retirar todos", disse. "E também fizemos outro voo para um parque de campismo fora do par-

que, numa área mais remota."

O socorrista explicou que um lago de montanha — chamado de tarn — no parque, historicamente popular pelas suas escaladas e paisagens acidentadas, cortou um canal e causou as inundações.

"Notámos que o lago superior, abaixo do Bugaboo e das Crescent Spires, cortou um canal profundo através do gelo do glaciar que historicamente retinha o lago desse lado", disse Shepherd.

"Portanto, o lago estava a escoar pelo lado oposto ao que normalmente flui."

"Isto teria sido outro problema se todos os veículos também ficassem do lado errado de uma erosão."

Assim que os socorristas perceberam que os caminhantes e campistas estavam retidos, estabeleceram uma área de preparação e transportaram-nos de helicóptero, levando-os depois ao início do trilho para recolher os seus veículos.

Shepherd elogiou os socorristas pela operação, que contou inteiramente com voluntários, e disse estar satisfeito por os campistas não terem tido de passar a noite no local ou tentar atravessar o ribeiro por conta própria. Grande parte da área central do parque está encerrada indefinidamente, enquanto os funcionários do B.C. Parks investigam a extensão dos danos causados pelas inundações.

CBC/MS

Segundo especialista, novas abordagens são necessárias para o Canadá se preparar e combater os incêndios florestais

À medida que o Canadá atravessa mais uma temporada difícil de incêndios florestais, cresce o apelo para que o país mude a forma como se prepara, reage e responde a estes desastres naturais.

Especialistas afirmam que Ottawa precisa repensar a gestão dos incêndios, especialmente numa temporada que obrigou milhares de canadianos de várias regiões do país a abandonar as suas casas.

Até 18 de agosto, arderam 7,8 milhões de hectares no Canadá este ano, segundo o Canadian Interagency Forest Fire Centre.

Um relatório nacional sobre a situação dos incêndios florestais indica que, até 13 de agosto, a área ardida é substancialmente superior à média dos últimos 10 anos.

Ken McMullen, presidente da Canadian Association of Fire Chiefs, que representa os bombeiros municipais, tem defendido a criação de uma administração nacional de incêndios.

“Precisamos de um órgão coordenador a nível federal para trabalhar na coordenação, na resposta, na formação e no equipa-

mento necessário, de forma a colocar esses recursos de forma mais eficaz nas nossas províncias e territórios”, disse McMullen numa entrevista.

Quando questionada sobre se o governo federal criará uma nova entidade ou programa para melhorar a resposta aos incêndios florestais, a Ministra Federal da Gestão de Emergências, Eleanor Olszewski, afirmou que é uma das ideias em consideração. Olszewski disse que está a analisar todas as oportunidades e opções para fazer melhor, de forma a que as mesmas dificuldades não surjam na próxima temporada de incêndios florestais.

Embora a supressão seja crucial, Yolanda Clatworthy, diretora interina da Mitigating Wildfire Initiative, defende que esta abordagem não resolve a causa principal da crise dos incêndios florestais.

Clatworthy afirmou que é necessário colocar maior ênfase na prevenção e na mitigação.

Febre maculosa das Montanhas Rochosas transmitida por carrapatos está a espalhar-se no Canadá

Doença potencialmente mortal já encontrada em Ontário e Quebec este ano.

OQuebec registou o seu primeiro caso da potencialmente mortal doença transmitida por carrapatos, a febre maculosa das Montanhas Rochosas. A doença também foi reportada em cães em Ontário.

A febre maculosa das Montanhas Rochosas é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. Recebeu este nome porque foi identificada pela primeira vez nos vales das Montanhas Rochosas, em Idaho e Montana, na década de 1890.

Os sintomas nos humanos podem incluir febre, dor de cabeça, náuseas ou vómitos, dor abdominal, dores musculares e falta de apetite. A doença é nomeada pela erupção cutânea vermelha que se desenvolve dois a

quatro dias após o início da febre. A erupção pode variar desde pequenos pontos até manchas vermelhas maiores.

A doença pode ser tratada com o antibiótico comum doxiciclina, e a maioria das pessoas recupera completamente. No entanto, pode ser mortal em cinco a 10% dos casos nos EUA, mesmo com tratamento, segundo a Cleveland Clinic, sediada nos Estados Unidos. Sem tratamento, uma em cada quatro pessoas morre da doença.

Os cães também podem contrair a febre maculosa das Montanhas Rochosas.

O Dr. Scott Weese, diretor do Centre for Public Health and Zoonoses da Universidade de Guelph, disse que os sintomas nos cães incluem febre, mal-estar, aumento dos gânglios linfáticos, perda de apetite e dores musculares que tornam os animais relutantes em se mover. A erupção cutânea

pode, por vezes, ser visível dentro da boca do cão. Tal como nos humanos, a doença pode ser mortal nos cães, e Weese afirmou que um dos primeiros cães identificados com a doença em Ontário acabou por morrer devido a ela.

Não é transmitida de pessoa para pessoa. A doença é adquirida apenas através da picada de carrapatos — tipicamente o carrapato-americano-do-cão (Dermacentor variabilis), que se encontra desde o leste do Alberta até à Nova Escócia, especialmente nas regiões sul dessas províncias.

Weese afirma que, apesar do nome, a doença não afeta especificamente cães, mas sim uma variedade de grandes mamíferos, incluindo humanos.

Anteriormente, as pessoas não se preocupavam com o carrapato-americano-do-cão porque ele não transmitia a doença de

Lyme, que é contraída através do carrapato-de-perna-preta ou carrapato-do-veado. "Agora temos de mudar um pouco a nossa forma de pensar, percebendo que este carrapato pode não ser tão inofensivo como pensávamos aqui", disse Weese. Tal como os carrapatos-de-perna-preta, os carrapatos-americanos-do-cão encontram-se em áreas com relva e florestas. Os carrapatos também podem viajar entre cães ou de cães para humanos — algo que, segundo Weese, aconteceu recentemente com o seu próprio cão em casa. Outros carrapatos que podem transmitir a febre maculosa das Montanhas Rochosas incluem o carrapato-da-madeira-das-Montanhas-Rochosas (Dermacentor andersoni) e o carrapato-castanho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus).

CBC/MS

PORTUGAL PORTUGAL

Viana vai acolher espólio dedicado ao património arqueológico do Alto Minho

A câmara de Viana do Castelo aprovou, nesta terça-feira (19) a celebração de um protocolo de colaboração intermunicipal, com os dez municípios do Alto Minho, para criação de um polo arqueológico para o património da região com sede naquela cidade.

Ofuturo espaço, a criar num edifício na Praia Norte, acolherá achados resultantes de intervenções arqueológicas em Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira. Trata-se, segundo a proposta de protocolo aprovada em reunião do executivo municipal, de uma iniciativa no âmbito da implementação da Estratégia Regional para a Cultura NORTE 2030. Nele, os dez municípios do distrito de Viana do Castelo [que geograficamente corresponde à região Alto Minho], "assumem o compromisso de colaborar na criação e dinamização de uma Rede Intermunicipal de Património Arqueológico, assente no Pólo Arqueológico do Alto Minho".

"A presente colaboração visa fomentar um ecossistema patrimonial sustentável,

Incêndios

através da qualificação e disponibilização de infraestruturas adequadas à salvaguarda, inventariação, conservação e valorização dos espólios resultantes das intervenções arqueológicas levadas a cabo no território dos municípios envolvidos", descreve a proposta, indicando que o futuro espaço constituirá "uma estrutura de apoio técnico-científico, educativo e cultural, promovendo a investigação aplicada, a valorização da identidade territorial e a fruição alargada do património arqueológico, em articulação com os agentes locais, instituições académicas e a comunidade em geral".

O projeto será objeto de candidatura ao Norte 2030.

O presidente da câmara de Viana do Castelo, Luis Nobre, destacou a função da nova infraestrutura de disponibilização "à população em geral, às escolas, investigadores e a todos os profissionais que entendam visitar, como espaço de trabalho, informação e partilha", de património, que atualmente se encontra guardado por cada uma das autarquias.

Violência Doméstica

Homicida do Mercado de Sines procurou mulher para a matar após assassinar rival

O homem que matou um idoso, esta terça-feira (19), junto ao Mercado Municipal de Sines, também tentou assassinar a mulher, logo após o homicídio. O agressor suspeitava da existência de uma relação extraconjugal entre a sua esposa e a vítima mortal, ambos comerciantes no Mercado.

De acordo com informações recolhidas, o homicida, companheiro da comerciante de fruta, que desconfiava que esta o traía com um colega de uma outra banca, traçou um plano para tirar a

vida aos dois. Florival Pereira, 72 anos, foi morto a tiro de caçadeira no parque de estacionamento em jeito de execução e a mulher perseguida dentro do mercado, mas escondeu-se e escapou.

O crime aconteceu na manhã de terça-feira (19) nas traseiras do mercado de Sines. O suspeito, com 65 anos, aproximou-se do carro de Florival Pereira quando este chegou ao mercado, empunhou a caçadeira e disparou várias vezes, matando-o. Depois partiu para a segunda fase do plano que havia traçado: matar a mulher.

JN/MS

Turista desaparecido encontrado morto em Albufeira

Um homem, de nacionalidade irlandesa, foi encontrado morto no fundo de uma arriba, junto ao porto de pesca de Albufeira, na segunda-feira (18). Mark Kiely estava desaparecido desde a madrugada de sábado (16).

Éo quarto turista que perde a vida naquela cidade algarvia no espaço de dois meses. As autoridades consideram todas as mortes acidentais e nenhuma está a ser investigada por suspeitas de crime.

Kiely, que estava de férias em Albufeira, tinha sido visto pela última vez na zona dos bares, na baixa de Albufeira, próximo do túnel da praia do Peneco. Familiares e amigos divulgaram o desaparecimento nas redes sociais e pediram ajuda nas buscas. O corpo acabaria por ser encontrado por populares, na segunda-feira (18), no fundo de uma arriba, junto ao porto de pesca. Equipas dos Bombeiros de Albufeira foram acionadas e retiraram o cadáver do local. Atendendo à zona e ao estado em que o corpo foi encontrado, a Polícia Marítima,

que tem jurisdição naquela zona, informou a Diretoria do Sul da Polícia Judiciária (PJ). Todas as diligências efetuadas pela PJ apontaram para uma queda acidental, sem intervenção de terceiros, e excluíram a hipótese de crime.

Em junho, um escocês de 38 anos, que estava desaparecido há uma semana, foi encontrado morto no fundo de uma ravina na zona do Cerro da Águia. Ter-se-á separado dos amigos que o acompanhavam nas férias e não conseguiu regressar ao hotel. No mesmo mês, um inglês, de 21 anos, morreu nas escadas que dão acesso à Avenida da Liberdade, após ter caído da varanda de um prédio. A 15 de julho, dois turistas britânicos, de 29 e 27 anos, foram encontrados mortos numa piscina de um aldeamento turístico. Terão decidido mergulhar, de madrugada, sem que soubessem nadar.

Segundo várias fontes policiais, todos os homens tinham ingerido bebidas alcoólicas e nenhum dos corpos apresentava quaisquer marcas de violência.

JN/MS

Fogo que começou em Arganil deverá ser o maior de sempre em Portugal

O incêndio que começou no distrito de Coimbra e que se estendeu aos distritos de Castelo Branco e Guarda já terá consumido cerca de 60 mil hectares, afirmou à agência Lusa o especialista em incêndios e membro das comissões técnicas de análise aos grandes incêndios de 2017.

Oinvestigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) recordou que o maior incêndio desde que há registos em Portugal é o fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que afetou 53 mil hectares, seguindo-se o de Arganil, também nesse ano, com cerca de 38 mil hectares (excluindo os fogos deste ano). A estimativa do investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é feita com base em informação de monitorização de incêndios por deteção remota.

A área calculada por Paulo Fernandes é superior aos dados provisórios do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), que apontam para uma área ardida de 47 mil hectares (até terça-feira)

e do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), que regista 57.596 hectares, com a última atualização feita hoje.

"Muito provavelmente será o maior incêndio de sempre", vincou o investigador,

referindo que há incêndios "que nascem para serem grandes", considerando que o de Arganil, iniciado há uma semana, "é um desses casos".

De acordo com o investigador, o incêndio começou de madrugada, a partir de

dois raios, numa cumeada, o que levou a uma resposta mais lenta e sem possibilidade de recurso a meios aéreos no ataque inicial, "num sítio relativamente inacessível".

Incêndio "propagou-se muito rapidamente"

Num ambiente de trovoada que gera ventos, o incêndio "propagou-se muito rapidamente" nas primeiras horas, notou, considerando que essa é "a receita para que se torne num incêndio maior nas horas ou mesmo dias seguintes".

Tudo isto, constatou, aconteceu num "território muito complexo", não apenas pela acessibilidade, mas pelo efeito que a topografia "tem na evolução do fogo", numa região que arde sucessivamente, registando grandes incêndios em 1987, 2005 e 2017. Segundo Paulo Fernandes, desde 2017 o que se fez foi apenas planos. "É sempre aquilo que é mais fácil de fazer. Basicamente, tivemos processos de planeamento [de alteração da paisagem], mas não de implementação no terreno", notou. JN/MS Credito:

Credito: JN
Alto Minho

Rede Social

Encerrado grupo de Facebook com 32 mil utilizadores que partilhavam fotos das mulheres nuas

A rede social Facebook encerrou esta quarta-feira (20) um grupo com quase 32 mil utilizadores no qual eram partilhadas e comentadas fotos de mulheres em momentos de intimidade, presumivelmente sem a sua permissão, após várias denúncias recebidas.

Oencerramento deve-se ao facto do grupo violar as normas contra a exploração sexual de adultos da rede social, conforme explicou à agência EFE um porta-voz da Meta, empresa que detém o Facebook.

"Não é permitido conteúdos que promovam violência, abusos ou exploração sexual. Se tornarmos conhecimento de conteúdo que incitem à violação, podemos desativar os grupos e as contas que os publicam e compartilhar os seus dados com as autoridades policiais", referiu o porta-vos, citado pela agência noticiosa.

O grupo público em causa chamava-se "Mia Moglie" (minha esposa, em português), acumulando 31.885 membros desde a sua criação há sete anos.

Neste grupo eram publicadas fotografias de mulheres em momentos íntimos captadas sem o seu consentimento, algumas inclusive geradas com Inteligência Artificial (IA). A decisão da Meta surgiu depois de uma de-

Navio

núncia no Instagram da escritora e ativista Carolina Carpia e da organização "No justice no peace".

A ativista tomou conhecimento da existência "de um grupo no Facebook com 32 mil utilizadores, no qual alguns dos seus membros trocam fotos íntimas das suas próprias mulheres para comentar a sua aparência e dar voz às suas fantasias sexuais. As mulheres, que muitas vezes não sabem que estão a ser fotografadas, eram submetidas a uma violação virtual", escreveu Carolina Carpia na rede social, citada pela EFE.

A sua publicação tornou-se viral em Itália e desencadeou inúmeras denúncias por parte de utilizadores do Facebook, bem como associações e partidos políticos, obrigando a Meta a encerrá-lo.

O Partido Democrata, o principal partido da oposição italiana, apoiou estas denúncias e exigiu o fim da "tolerância ao sexismo e à violência contra as mulheres na rede social".

A principal associação de consumidores do país, Codacons, ameaçou a Meta com uma denúncia se não fechasse o grupo no prazo de cinco dias, considerando a sua existência "simplesmente intolerável".

Credito: JN

Investigação

EUA enviam navios para costa da Venezuela, que convoca 4,5

milhões de milicianos

Os Estados Unidos enviaram três contratorpedeiros para a costa da Venezuela, numa escalada do Governo de Trump contra o Executivo de Nicolás Maduro. Washington acusa Caracas de estar por detrás de um cartel, enquanto as autoridades venezuelanas negam, tendo convocado mais de quatro milhões de milicianos para defender o país.

OPentágono enviou três contratorpedeiros equipados com o sistema de mísseis guiados Aegis para as águas da Venezuela. Segundo fontes ouvidas pela

Aeroporto

O aeroporto de Milão-Malpensa foi parcialmente evacuado, na manhã de quarta-feira (20), depois de um homem ter pegado fogo a um balcão de check-in.

Cerca das 9 horas, o homem "visivelmente agitado", segundo relata a BBC, pegou fogo ao balcão e começou a partir ecrãs e a atingir uma parede, com aquilo que parece ser um martelo. Acabou por ser controlado por um outro homem, que o atingiu com um extintor, e por outros

agência britânica Reuters, as embarcações são o USS Gravely, o USS Jason Dunham e o USS Sampson. Um outro funcionário do Governo norte-americano disse à mesma agência que cerca de quatro mil marinheiros e fuzileiros navais participam na operação na região Sul do Caribe. O Departamento de Defesa dos EUA poderá destacar ainda aeronaves de espionagem Boeing P-8 Poseidon, navios de guerra e um submarino de ataque, informou tal fonte, sob condição de anonimato.

JN/MS

passageiros, que conseguiram chamar a polícia, segundo mostra um vídeo que circula nas redes sociais.

O homem foi detido pelas autoridades, mas o incêndio poderá provocar atrasos e cancelamentos ao longo do dia, alerta a Associação de Aeroportos da Lombardia, já que aquela zona do Termnal 1 teve de ser evacuada, por precaução, devido ao fumo. Até ao momento, não se sabe o que terá motivado o incidente.

MUNDO

Antártida corre risco de mudanças abruptas com "consequências catastróficas"

A Antártida corre o risco de mudanças abruptas e potencialmente irreversíveis no gelo, no oceano e nos ecossistemas com "consequências catastróficas" para as próximas gerações, indica um estudo divulgado esta quarta-feira (20) na revista científica "Nature".

Onovo trabalho de investigadores da Universidade Nacional Australiana (ANU) e da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), em colaboração com cientistas de cada um dos principais centros de investigação da Austrália no continente do Polo Sul, assinala que, a menos que sejam tomadas medidas urgentes para conter as emissões globais de gases com efeito de estufa (GEE), as mudanças terão implicações muito significativas.

A equipa de investigação defende que as grandes e abruptas mudanças em curso na Antártida estão "interligadas", colocando ainda mais pressão sobre o clima global, o nível do mar e os ecossistemas, refere um comunicado sobre o estudo divulgado pela ANU.

Segundo os investigadores, a Camada de Gelo da Antártida Ocidental (WAIS) corre sérios riscos de colapso, já que continuam a subir os níveis globais de dióxido de carbono (CO2), o principal gás com efeito de estufa.

O estudo adverte que a derrocada da WAIS provocaria a subida do nível do mar "em mais de três metros", ameaçando as cidades e as comunidades costeiras do mundo.

Um colapso deste tipo teria "consequências catastróficas para as gerações futuras", salientou a principal autora do estudo, Nerilie Abram, cientista chefe da Divisão An-

tártica Australiana (AAD), citada no comunicado.

"Já foram detetadas mudanças rápidas no gelo, nos oceanos e nos ecossistemas da Antártida, e isto deverá piorar a cada fração de grau de aquecimento global", disse Nerilie Abram, que realizou este trabalho quando era professora de Ciência do Clima na ANU.

A cientista precisou que a perda de gelo marinho tem efeitos em cadeia, como tornar as plataformas de gelo flutuantes em torno do continente mais suscetíveis aos danos causados pelas ondas, sendo que a perda destas pode tornar-se imparável em breve.

Também altera a quantidade de calor solar retido no sistema climático, o que poderá agravar o aquecimento na região.

"O declínio do gelo marinho da Antártida e a desaceleração da circulação profunda no Oceano Antártico estão a mostrar sinais preocupantes de serem mais suscetíveis a um clima mais quente do que se pensava anteriormente", indicou.

A vida selvagem e os ecossistemas oceânicos da região também poderão ser gravemente afetados.

"A perda de gelo marinho da Antártida aumenta o risco de extinção dos pinguins-imperadores, cujas crias dependem de um habitat estável de gelo marinho antes do crescimento das suas penas impermeáveis", disse Matthew England, da UNSW e do Centro Australiano de Excelência em Ciência Antártica, acrescentando já ter sido observada em toda a costa do continente "a perda de colónias inteiras de crias" e casos de "falhas reprodutivas" por esse motivo.

CRÓNICA DESPORTIVA

Quando a própria Liga Portugal não cumpre com os regulamentos, como pode exigir que os clubes o façam?

Terminada a segunda jornada da Liga Portugal Betclic, a primeira com os nove jogos disputados (recorde-se que da primeira jornada ainda falta realizar o SL Benfica vs Rio Ave devido aos compromissos europeus das águias), é justo afirmar que, face ao expectável, não se verificaram surpresas de maior. Diria mesmo que se está a confirmar o que já aqui referi anteriormente: equipas que participam nas competições europeias apresentam dificuldades nos jogos in ternos que acontecem logo de seguida. Exemplos disso são o Santa Clara, que entre jogos europeus tem por derrotas os dois jogos para o campeonato, e do Benfica, que embora vitorioso por 1-0, apresentou uma exibição aquém das re gistadas frente ao Sporting, na Superta ça e frente ao Nice, para as eliminatórias da Champions. Por outro lado, FC Porto e Sporting CP confirmam a consolida ção das novas ideias táticas e técnicas neste arranque, ambos com duas vitó rias em dois jogos.

Começa a época, começam as críticas à Liga Portugal. Com toda a razão, acrescentaria eu. Pelos regulamen tos da Liga, até ao dia 31 de julho devem ser anunciadas as datas e horas dos jogos até à

antecipação em relação à 3ª jornada. Com necessidades de viagens e de marcação de toda a logística adjacente por parte dos clubes, já começaram as críticas. Ian Cathro, treinador do Estoril Praia, já veio a público criticar o atraso na definição das datas afirmando inclusive em conferência de imprensa, e passo a citar “…já marcámos quatro hotéis porque não sabemos onde vamos jogar com o Tondela. Defendo o campeonato português, mas quando há situações destas temos de as denunciar”. Também os horários escolhidos para alguns jogos deram origem a críticas. O treinador do

que aconselham evitar a exposição solar até às 17h. Ora, numa competição onde se quer trazer mais gente aos estádios, que quer centralizar os direitos televisivos para hipoteticamente maximizar o retorno financeiro de todos os clubes, marcar jogos para horário onde há recomendação para as pessoas evitarem a exposição solar é, como se diz em bom português, dar tiros nos pés. A escolha claramente, e na minha ótica, privilegia interesses televisivos em detrimento dos adeptos, o que revela amadorismo e falta de sensibilidade por parte da entidade organizadora.

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gem do Wolverhampton a Diogo Jota e para a derrota do Manchester United, de Rúben Amorim, em Old Trafford diante do Arsenal, de Viktor Gyokeres, por 1-0. Curiosamente sobre o avançado sueco e quando começa a ser alvo de críticas por parte dos adeptos gunners, embora na minha opinião seja prematuro avaliar os primeiros jogos de um reforço quer seja pela positiva ou pela negativa, o jornalista português Rui Santos escreveu na sua página de Facebook que “… a Liga e os clubes portugueses podem não acompanhar financeiramente outras condições que se acham noutras Ligas, mas oferecem “pequenas/grandes” coisas que mais ninguém oferece. Por exemplo, afecto e apoio…”. Ainda na Premier League, registou-se a primeira aplicação da regra dos 8 segundos no que à reposição de bola pelo guarda-redes diz respeito: o infrator foi Dúbravka, do Burnley, tendo sido o jogo retomado com pontapé de canto para o adversário. Exemplo a seguir em outras latitudes, acrescentaria eu. Por sua vez, na La Liga destaque para a derrota do Atlético Madrid por 2-1 na deslocação ao terreno do Espanyol.

Nas modalidades, o destaque da semana vai para o ciclismo e para a Volta a Portugal em bicicleta, que coroou como vencedor em Lisboa o ciclista russo Artem Nyck pelo segundo ano consecutivo.

Em nota final, gostaria de deixar uma palavra de agradecimento e reconhecimento aos Bombeiros Portugueses pela tarefa hercúlea que têm tido nos últimos tempo no combate aos incêndios no nosso país. Bem-haja os nossos soldados da paz.

Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor. Creditos:

Com mais um jogador, a partir dos 30 minutos, devido à expulsão de Nandín, o Sporting não teve misericórdia e aproveitou, com competência, a vantagem numérica para golear o Arouca, por 6-0, com destaque para o bis de Ricardo Mangas, que se estreou como titular, e, também, de Luis Suárez e de Francisco Trincão. Foi um jogo de sentido único e, à semelhança do duelo com o Casa Pia, na primeira jornada, o bicampeão nacional mostrou que atravessa um excelente

AUma grande penalidade convertida por Pavlidis deu os primeiros três pontos ao Benfica na sua estreia na I Liga, em jogo da 2.ª ronda da prova, diante do Estrela da Amadora. Três épocas depois, o Benfica volta a vencer na estreia na I Liga. Os Encarnados somam os primeiros pontos, mas não levam muito para celebrar da Reboleira, já que os da casa tiveram as melhores oportunidades, mas pecaram na finalização. O jogo teve muito simbolismo. Na zona VIP do Estádio José Gomes, na Reboleira estava José Maria Neves, presidente de Cabo Verde, convidado para estar presente na sequência da campanha de angariação de fundos para ajudar as vítimas das cheias que assolaram a ilha de São Vicente, uma das mais importantes do arquipélago africano.

ntes do apito inicial, respeitou-se um minuto de silêncio em memória de Fernando Cruz (morreu este sábado), lenda do Benfica, bicampeão europeu pelo clube e fez 445 jogos de águia ao peito, e ainda de Joaquim Oliveira (morreu na 6.ª feira), empresário ligado ao futebol e à comunicação social.

Quatro jogos, quatro vitórias, seis golos marcados e zero sofridos: estes são os números do grande arranque de época do Benfica. O Estrela da Amadora saiu assim derrotado frente ao Benfica por 1-0, no jogo da segunda jornada da I Liga. O treinador José Faria cumpriu castigo e viu o jogo da bancada, sendo substituído pelo adjunto Luís Silva. Na flash interview, Luís Silva afirmou que o resultado foi injusto, tendo em conta a exibição da equipa tricolor.

momento de forma, com mecanismos bem oleados. Já a equipa de Vasco Seabra entrou bem no jogo, com personalidade e a explorar bem os flancos, mas os erros defensivos e o cartão vermelho deitaram tudo a perder.

Na primeira parte, até à expulsão do avançado do Arouca, Debast, na defesa, e Catamo, na direita do ataque, foram os principais focos de desequilíbrio no Sporting, mas foi Mangas a inaugurar o marcador, aproveitando uma bola que sobrou após um lance dividido entre João Valido e Suárez. Pouco depois, o penálti que sentenciou a partida: Nandín atingiu a cabeça de Inácio com a sola do pé e recebeu ordem de expulsão. Suárez cobrou o penálti e, a partir daí, a história da partida mudou. Se já era difícil a tarefa do Arouca, tornou-se hercúlea a jogar apenas com 10 jogadores e nada pôde fazer para impedir a goleada.

Antes do intervalo, num remate pleno de efeito, Francisco Trincão marcou o terceiro e, no reinício, Mangas voltou a concretizar, num passeio que ameaçava tornar-se um pesadelo para o Arouca. Face à vantagem no marcador, Rui Borges aproveitou para dar minutos a alguns jogadores, como foi o caso de Vagiannidis, que fez a assistência para segundo golo de Mangas. Já o adversário preocupou-se, com várias substituições, em tapar o caminho da baliza, mas com pouco sucesso. Suárez comemorou o quinto, após desferir um míssil, e Trincão fechou a contagem. Alvalade queria mais, mas ficou contente com a goleada, o Sporting soma e segue, pleno de confiança.

JN/MS

F. C. Porto ganha em Barcelos

Alverca bem tentou, mas SC Braga venceu por 3-0 e somou segunda vitória na I Liga

F.C. Alverca 0

S.C. Braga 3

O SC Braga venceu o Alverca por 3-0,  na segunda jornada da I Liga. A equipa ribatejana teve muitas oportunidades para ter chegado ao golo, mas manteve-se a zeros até ao final da partida.

Aequipa bracarense chegou à vantagem aos 12 minutos com um golaço de Diego Rodrigues. Dois minutos depois, Ricardo Horta fez o segundo tento, com assistência de Lelo. O 0-3 surgiu ainda antes do apito para o intervalo, na sequência de uma grande penalidade convertida por El Ouazzani. A turma

minhota optou por gerir o resultado na segunda parte, tendo ficado mais vulnerável a nível defensivo. O Alverca jogou bem o suficiente para criar muitas oportunidades de golo, mas não o suficiente para ser minimamente competente no capítulo da finalização.

Foram vários os lances de perigo da equipa da casa, mas nenhum deles se concretizou em golo.

Com este resultado confortável para o SC Braga somou a segunda vitória na I Liga, após o triunfo, também por 3-0 frente ao Tondela. Em contrapartida, o Alverca voltou a sair derrotado, tal como aconteceu por 2-1 contra o Moreirense.

SI/MS

e cola-se ao

Gil Vicente F.C. 0

FC Porto 2

Os dragões voltaram a ganhar no campeonato e juntaram-se a Sporting, Braga, Famalicão e Moreirense no lote de equipas com seis pontos na Liga portuguesa.

Na deslocação a Barcelos, o F. C. Porto começou por cima no jogo e abriu o marcador aos 20 minutos, num cabeceamento imparável do médio Froholdt, na sequência de um canto apontado por Gabri Veiga.

A seguir, os dragões tiveram duas boas oportunidades para ampliar a vantagem, mas Samu e Pepê remataram para fora quando estavam em posição privilegiada.

O avançado espanhol saiu lesionado aos 30 minutos (entrou De Jong) e o Gil Vicente equilibrou na parte final do primeiro tem-

po, ameaçando o empate num par de ocasiões: aos 34 minutos, Luís Esteves surgiu com espaço dentro da área do F. C. Porto e rematou ao lado; aos 41, a bola chegou a rondar a linha de golo portista, com Diogo Costa a comprometer numa má saída.

A segunda parte começou praticamente com o segundo golo dos azuis e brancos, numa jogada rápida em que Pepê finalizou da melhor maneira um cruzamento bem medido de Zaidu.

O Gil Vicente sentiu o golpe e não foi tão perigoso como nos minutos que antecederam o intervalo e o jogo tornou-se morno, sem que o F. C. Porto acelerasse em busca do terceiro.

Aos 78 minutos, os adeptos dos dragões tiveram mais uma razão para festejar, com a entrada de Rodrigo Mora, que assim foi utilizado pela primeira vez pelo treinador Francesco Farioli no campeonato.

Moreirense bate Santa Clara por 1-0 e volta a vencer na I Liga

C.D. Santa Clara 0

Moreirense F.C. 1

O Santa Clara voltou a escorregar na I Liga, desta vez frente ao Moreirense por 0-1. A equipa insular perdeu, em casa, graças à 'lei do ex'. Guilherme Schettine faturou contra a antiga equipa.

Aformação da casa entrou mais forte e inaugurou o marcador aos 8 minutos por intermédio de Schettine. A defesa do Santa Clara vacilou, Dinis Pinto ganhou o ressalto e serviu para o 1-0.

Na reação, os insulares continuaram com mais posse de bola e pressionaram mais alto o Moreirense. Ainda assim, manteve-se longe da baliza adversária. Até ao final da partida, o Santa Clara foi tendo oportunidades de golo, ao passo que o Moreirense se manteve mais apagado. Com este resultado, o Santa Clara voltou a perder na I Liga, após a derrota na estreia contra o Famalicão. Já o Moreirense, triunfou pela segunda vez, tendo vencido o Alverca por 2-1 na 1.ª jornada. SI/MS

JN/MS
Creditos:
Creditos:

I LIGA - CLASSIFICAÇÃO

II LIGA - CLASSIFICAÇÃO

RESULTADOS

AVS 0-2 Casa Pia

Tondela 0-1 FC Famalicão

Vitória SC 3-2 Estoril

Est. Amadora 0-1 Benfica

Rio Ave 1-1 Nacional

Alverca 0-3 Braga

Santa Clara 0-1 Moreirense

Sporting CP 6-0 Arouca

Gil Vicente 0-2 FC Porto

3ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

23 de agosto

Moreirense 16:00 Vitória SC

Nacional 18:00 Sporting CP

Arouca 20:30 Rio Ave

Benfica 20:30 Tondela

25 de agosto

FC Famalicão 15:30 Gil Vicente

FC Porto 18:00 Casa Pia

Braga 20:30 AVS

26 de agosto

Est. Amadora 20:15 Alverca

RESULTADOS - 2ª JORNADA

Feirense 4-1 Portimonense

Felgueiras 0-1 Marítimo

Vizela 4-0 FC Porto B

Lourosa 2-2 Chaves

Académico 0-0

Paços Ferreira

Farense 0-3 Torreense

Sporting B 1-0 UD Leiria

Penafiel 0-0 Oliveirense

Benfica B 1-1 Leixões

3ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

23 de agosto

Chaves 20:15 Felgueiras

24 de agosto

Portimonense 11:00 Vizela

Paços Ferreira 14:00 UD Leiria

Torreense 15:30 Académico

25 de agosto

Oliveirense 11:00 Sporting B

FC Porto B 11:00 Farense

Leixões 14:00 Penafiel

Marítimo 15:30 Feirense

25 de agosto

Lourosa 18:00 Benfica B

SEPTEMBER 27, 6:00 PM

FUTEBOL

Capitão Vitinha dá vitória ao Paris Saint-Germain ante o Nantes de Luís Castro

O português Vitinha deu a vitória (10) ao campeão francês de futebol Paris Saint-Germain na visita ao Nantes, treinado por Luís Castro, ao marcar o golo solitário que decidiu o encontro da primeira jornada do campeonato. O médio internacional português decidiu a contenda, com um remate certeiro, aos 67 minutos, a passe de Nuno Mendes, que tinha entrado aos 61, ainda que a bola tenha sofrido um desvio significativo.

Gonçalo Ramos, também titular, ainda ampliou a vantagem, mas o golo do avançado luso, perante o compatriota Anthony Lopes, foi anulado por fora de jogo, aos 76 minutos.

Os campeões franceses e europeus em título entraram com o pé direito na "ressaca" da conquista da Supertaça Europeia, enquanto Luís Castro começou a perder no principal escalão, tendo sido contratado pelo Nantes após o bom trabalho no secundário Dunquerque.

Antes, Félix Correia estreou-se pelo Lille com uma assistência, aos 11 minutos da visita ao Brest, ao passar para o regressado goleador Olivier Giroud, num jogo que acabou empatado a três bolas.

Haraldsson fez o 2-0 para os dogues, aos 26, mas a equipa da casa reagiu, com um bis de Doumbia, aos 34 e 51. Os forasteiros voltaram a adiantar-se, por Mukau, aos 66, antes de Le Cardinal selar o 3-3 final, aos 75.

O recém-promovido Paris FC entrou a perder na Ligue 1, depois de o anfitrião Angers marcar primeiro, por Lepaul aos nove minutos, e depois "aguentar" até final, mesmo com menos um, após expulsão de Mouton aos 57.

Um golo solitário de Panichelli, aos 86 minutos, deu o triunfo ao Estrasburgo na visita ao Metz (1-0), enquanto um autogolo permitiu ao Auxerre vencer em casa o Lorient (1-0).

Sapo/MS

esse jogo, o técnico das águias sabe que não vai contar com Florentino, que acabou expulso após dois amarelos quase consecutivos.

-campo.

A estratégia pareceu trazer resultados nos minutos iniciais, com os encarnados a terem mais bola e mais iniciativa de jogo, sem que tal se traduzisse em flagrantes oportunidades de golo; Richard Ríos testou a atenção de Eğribayat logo no segundo minuto, e o guardião voltou a estar em destaque ao travar um livre direto de Akturkoglu.

O Fenerbahçe, por seu lado, mostrou-se muito compacto e confortável em dar a iniciativa de jogo ao adversário, procurando espaço para lançar os seus dois avançados em transição ofensiva.

Contudo, tal nunca chegou a acontecer e as águias anulavam todas as iniciativas ofensivas dos turcos. Foi preciso esperar até ao minuto 36 para ver a primeira defesa de Trubin. O guardião ucraniano foi obrigado a mais trabalho pouco depois, agora para travar um tiro de Oosterwolde. O intervalo não trouxe novidades e o encontro manteve-se na mesma toada, muito atado, e onde as defesas iam neutralizando os ataques com maior ou menor dificuldade.

À entrada dos últimos 20 minutos, e numa altura em que os dois treinadores já tinham mexido, Florentino perdeu o 'tino', vendo dois amarelos no espaço de dois minutos, deixando o Benfica com dez.

FUTEBOL

Treinador português de guarda-redes leva seis pontos na cabeça após festejo efusivo

Os festejos do primeiro golo do Nottingham Forest no campeonato inglês de futebol resultaram em seis pontos na cabeça do treinador de guarda-redes, Rui Barbosa. No passado fim de semana, o Forest venceu o Brentford por 3-1, com Chris Wood a dar a vantagem à equipa da casa aos cinco minutos, na sequência de um pontapé de canto. Os elementos no banco de suplentes explodiram em celebrações, mas Rui Barbosa bateu com a cabeça com força na cobertura do banco. Foi-lhe prestada assistência médica ainda no estádio.

«O golpe foi bastante desagradável, porque agora tem seis pontos. Ficou até atordoado», revelou o treinador Nuno Espírito Santo na conferência de imprensa após o jogo.

O Forest venceu na primeira jornada da Premier League pela primeira vez desde 1996, quando derrotou o Coventry.

Benfica empatou a zero em casa do Fenerbahçe, num jogo onde terminou reduzido a dez elementos, por expulsão de Florentino. O Benfica conseguiu sair de Istambul com boas perspetivas de qualificação para a fase regular da Liga dos Campeões. Num jogo com poucas balizas e muito disputado a meio-campo, os encarnados alcançaram um empate a zero que permite aos comandados de Bruno Lage resolver a eliminatória no Estádio da Luz, no próximo dia 27. Para

Depois de uma partida onde pouco ou nada se arriscou, as duas equipas não terão outra escolha que não seja procurar a vitória na segunda-mão, se quiserem chegar à 'liga milionária'.

Contrariamente ao que tem vindo a ser habitual, Bruno Lage fez alterações no seu onze inicial, promovendo as titularidades de Akturkoglu e Florentino, dando assim sinal de uma equipa do Benfica mais de tração atrás e disposta a controlar o meio-

A partir daí, e como seria de esperar, o Fenerbahçe assumiu as rédeas do jogo, sem contudo criar uma clara oportunidade; aos 81 minutos, En-Nesyri chegou a colocar a bola dentro da baliza após defesa incompleta de Trubin, mas o marroquino estava em fora de jogo.

Até final o Benfica soube segurar o nulo e deixar tudo em aberto para o jogo da segunda-mão, no Estádio da Luz, onde se decidirá qual das duas equipas estará presente na Liga dos Campeões.

100 Anos

Ao celebrarmos o nosso 100º aniversário, a Cardinal Funeral

A Bola/MS
Creditos: DR

FUTEBOL

Al Nassr segue para a final da Supertaça com golo de Félix a passe de Ronaldo

O Al Nassr bateu o Al Ittihad por 2-1 em jogo a contar para a meia-final da Supertaça da Arábia Saudita. João Félix (63 m) foi assistido por Cristiano Ronaldo e marcou o golo da vitória.

OAl Nassr defrontou o Al Ittihad, em Hong Kong, na primeira meia-final da Supertaça da Arábia Saudita e num jogo com vários portugueses. No final, acabou por ser o clube sediado em Ríade a fazer a festa ao garantir um bilhete de acesso à final da competição.

O jogo cedo começou com alterações no marcador. Sadio Mané abriu o ativo aos 10 minutos para o Al Nassr e acabaria por ser expulso, com vermelho direto, aos 25 minutos. No entanto, pelo meio, o

Al Ittihad, com Danilo Pereira no onze, conseguiu igualar a uma bola por intermédio de Bergwijn (16m). Um resultado que persistiu até ao intervalo.

Já segunda parte, o Al Nassr, agora comandado por Jorge Jesus, conseguiu colocar-se novamente na frente com uma combinação portuguesa. Cristiano Ronaldo assistiu para João Félix (61 m) marcar o primeiro golo ao serviço do emblema saudita. Pouco depois, o internacional português até bisou, mas o lance acabou por ser anulado.

Fruto deste triunfo, o Al Nassr deixa para trás o campeão nacional e avança até à final, onde irá encontrar o vencedor da partida entre Al-Qadisiyah e Al Ahli.

Lincoln Red Imps F.C. 0

S.C. Braga

O SC Braga goleou o Lincoln Red Imps por 4-0. Os golos dos bracarenses foram apontados por Victor Gómez, Zalazar (2) e Victor. O Braga bateu o Lincoln por 4-0 na noite desta quinta-feira, num encontro válido pela primeira mão do playoff da Europa League. O primeiro golo do jogo foi marcado por Víctor Gómez, aos

34'. O segundo tento surgiu ainda na primeira parte, por intermédio de Rodrigo Zalazar, aos 39'. O uruguaio fez o bis no segundo tempo, aos 79'. Pau Víctor selou o marcador, aos 90+1'. O jogo foi disputado no Estádio do Algarve, local onde o emblema de Gibraltar disputa os seus jogos internacionais. A segunda mão está marcada para o dia 28 de agosto, no Minho.

JN/MS

Os cabelos brancos de Mourinho e o destino de “fazer um Mundial por Portugal”

Sporting derrota Real Madrid e conquista a Great Wall Cup

O Sporting conquistou a Great Wall Cup, competição jovem disputada em Beijing, na China, ao longo da útima semana. Na final da prova, o conjunto de sub-17 dos verdes e brancos, que viajou até solo chinês para a primeira participação da nova temporada em torneios internacionais, derrotou o Real Madrid por 3-0, numa partida em que os marcadores de serviço foram Alexandre Rosado (32'), Sandro Ferreira (51') e Manuel Costa (80+4').

Na caminhada até ao jogo decisivo na 10ª edição do torneio Great Wall Cup, a equipa de sub-17 do Sporting venceu na fase de grupos o Jeju SK FC (5-0), o Beijing AF (3-1) e Auxerre (2-0), antes de deixar pelo caminho o Estrela Vermelha, nas meias-finais, graças a uma vitória pela margem mínima (1-0).

“Mais diferente no sentido de contribuir grandemente para a minha aceleração de cabelos brancos foi o Carlos Alberto, no F.

C. Porto. Ele tinha 18 anos, chegou lá e fez história. É o segundo jogador mais jovem a marcar um golo numa final da Champions. O primeiro jogo que fez na Europa foi contra o Manchester United na Champions, teve um impacto tremendo e eu também era um jovem treinador. Rapaz superdivertido, mas contribuiu bastante para isso", contou, antes de relembrar alguns nomes como Deco, Derlei, Lucas Moura, Clayton e até Fred, Talisca e Becão que orienta atualmente na Turquia. José Mourinho falou, ainda, sobre o rumor que o ligou à seleção brasileira, referindo não ter sido diretamente procurado e destacou aquela que seria a sua missão ao serviço de uma seleção.

"Muitas pessoas falaram comigo sobre isso, mas honestamente também era uma coisa que não me interessava, então não procurei desenvolvê-la. Estou fora de Portugal desde 2004 e acho que o meu país não aceitaria que treinasse uma seleção que não fosse a minha. O meu destino em termos de seleções é fazer um Mundial pela seleção portuguesa. Nunca pensei em comandar a seleção brasileira. A minha primeira experiência tem de ser com Portugal e depois as pessoas têm de entender que sou profissional e que posso treinar outras seleções, mas sempre seleções com as quais tenho algo que me una. Brasil obviamente pela relação histórica com os nossos países, Inglaterra porque é a minha casa, Itália trabalhei lá vários anos, mas a primeira experiência em seleção tem de ser a minha", confidenciou. O técnico português abordou, ainda, o trabalho dos treinadores portugueses nos últimos anos no Brasil, tendo destacado um em especial: "Obviamente que vejo com enorme satisfação as coisas que eles fazem no Brasil. Acho que o Abel é obviamente a grande referência. Não só pelo que ganhou, outros também ganharam, o Jorge Jesus e o Artur Jorge ganharam a Libertadores, por exemplo. Mas o Abel ganha a Libertadores, Brasileirão, está um, dois, três, quatro, cinco anos. Faz uma coisa que é difícil de fazer, que normalmente os treinadores não fazem, que depois de ganhar muito, é hora de fugir. E ele não tem fugido", referiu.

Sapo/MS José Mourinho, treinador do Fenerbahçe, concedeu uma entrevista ao canal brasileiro "Sporty Net", onde falou sobre vários temas, com destaque para os elogios a Abel Ferreira e o destino de um dia vir a orientar a seleção portuguesa. Na entrevista, José Mourinho, a dado momento, falou sobre o jogador brasileiro que acabou por "contribuir grandemente" para a "aceleração de cabelos brancos" do técnico setubalense, quando se encontrava a orientar o F. C. Porto.

JN/MS
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CICLISMO

Artem Nych sagra-se bicampeão da Volta a Portugal. Rafael Reis vence última etapa

Artem Nych (Anicolor-Ten21) sagrou-se bicampeão da Volta a Portugal, após fazer o segundo melhor tempo no contrarrelógio, em Lisboa. O ciclista russo terminou a 16 segundos de Rafael Reis, que venceu a última etapa com o melhor tempo do 'crono'.

Avitória de Artem Nych foi conseguida sem grande oposição e com alguma previsibilidade, ele que é líder na geral desde a quarta etapa. Desta feita, o russo conseguiu revalidar o título, que também tinha conquistado em 2024.

Rafael Reis voltou a vencer, tal como já tinha acontecido no prólogo. O ciclista português chegou ao fim com 18m55s. No segundo lugar ficou Nych, ao passo que Tyler Stites (Caja Rural) foi terceiro, a 28 segundos

do líder. Emanuel Duarte (Credibom-LA) acabou na quarta posição a 29 segundos, enquanto Tiago Antunes foi quinto, a 41 segundos.

Feitas as contas na classificação geral, Alexis Guérin é segundo classificado com mais 1:15 de diferença do líder. O francês terminou em nono lugar, em Lisboa. A completar o pódio, Byron Munton subiu a terceiro, deixando para trás Jesús Peña. O ciclista sul-africano fez o sétimo melhor tempo do 'crono' e garantiu o pódio para o Feirense-Beeceler.

Tiago Antunes foi o melhor português em prova com o quinto lugar alcançado, enquanto Lucas Lopes ganhou a Juventude.

SI/MS

CANOAGEM

Mundiais

promete

de Canoagem: Portugal

TÉNIS

Cabral em frente em Winston-Salem e Nuno Borges é eliminado

O tenista português Francisco Cabral qualificou-se para a segunda ronda de pares do torneio de Winston-Salem, nos Estados Unidos, onde Nuno Borges foi afastado na estreia em singulares.

Ao lado do austríaco Lucas Miedler (28.º do ranking de pares), Cabral (29.º) afastou o sueco Andre Goransson (33.º) e o neerlandês Sem Verbeek (43.º), por 4-6, 7-6 (7-3) e 10-8, em uma hora e 44 minutos. Na próxima ronda, a dupla luso-austríaca, terceira cabeça de série, vai defrontar o francês Sadio Doumbia (30.º) e o norte-americano Nathaniel Lammons (60.º) ou o po-

laco Jan Zielinski (46.º) e o norte-americano Jackson Withrow (50.º).

Em singulares, Nuno Borges, 42.º da hierarquia, foi afastado na estreia, depois de ter ficado isento da primeira ronda, ao perder frente ao polaco Kamil Majchrzak, 78.º, por 6-1 e 6-3, em uma hora e sete minutos.

O torneio de Winston-Salem é o último de preparação para o Open dos Estados Unidos, quarto e último Grand Slam da temporada, que arranca no domingo, no qual Nuno Borges e Francisco Cabral têm entrada direta e Jaime Faria e Henrique Rocha vão disputar a qualificação.

quer

chegar

ao topo, mas não
medalhas e diz que "não há drama, se não acontecer

O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem não escondeu as expectativas em relação à participação lusa, mas não promete medalhas.

Os Mundiais de velocidade estão ao virar da esquina e a Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) acredita que Portugal vai voltar a ter uma representação positiva. Será em Milão que a seleção nacional, composta por oito homens e seis mulheres, terá a oportunidade de lutar por medalhas. Contudo, não é uma 'exigência'.

Em declarações à Lusa, o presidente da FPC fez a antevisão à prova mais importante do ano para a modalidade, afirmando que nunca são prometidos pódios. Porém, a motivação está ao mais alto nível e é possível que sejam atingidos os "lugares de topo".

Ricardo Machado lembrou que há competições mais importantes e que o triunfo não é uma constante no desporto.

"Estou confiante. Felizmente, nos últimos anos temos conseguido. Mas se não acontecer, não há nenhum drama, o desporto é isto mesmo, nem sempre se ganha. Por vezes, é preciso perder para depois ganhar. Antes agora do que mais à frente, na qualificação ou nos Jogos Olímpicos, obviamente com uma importância muito superior", afirmou, à Lusa.

Ainda assim, a excelente exibição portuguesa nos Europeus, em junho, só reforço a confiança de que bons resultados podem ser alcançados. Na República Checa, Fernando Pimenta conquistou os títulos de K1 1.000 e 5.000 metros, bem como o ouro em K4 500 metros, com

Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha. Messias Batista também venceu a prata em K1 200 metros.

"Encaramos estes Mundiais com muita confiança, a de quem vem de um Campeonato da Europa com resultados muito promissores, tanto no setor masculino como no feminino, mas também com o pragmatismo de quem sabe que não há competições iguais e que esta é a prova mais importante do ano."

Relativamente aos desafios que se aproximam nos Mundiais, há um deles que salta à vista: K1 1.000 metros e K2 500. Fernando Pimenta e João Ribeiro e Messias Baptista conquistaram estas distâncias em 2023 e é inevitável a pressão quanto a uma revalidação.

O presidente da FPC reconhece que há um "peso extra", mas garante que os atletas vão "competir tranquilos". Lembra a experiência de cada um deles e enaltece que a "pressão" sentida é uma "responsabilidade" face às expectativas.

Setor feminino em reconstrução

Ao contrário do setor masculino que tem provas dadas e o futuro sólido, o feminino tem tido uma realidade mais conturbada ao nível de resultados e Ricardo Machado diz que a federação está a tentar "criar uma embarcação nova".

No fundo, o presidente refere que é preciso encontrar uma fusão entre a experiência e a juventude de quem está a dar "os primeiros passos na categoria sénior".

É um pouco isso que vai acontecer nesta prova mundial, em que Teresa Portela encabeça a lista feminina com a prova de K1 200 metros. Para além disso, a canoísta orienta as tropas no K4 500 com Ana Brito, Ana Rodrigues e Inês Costa, ainda sub-23. "Acreditamos que esse barco possa ter evoluído um bocadinho mais desde o Europeu e possa chegar ao Campeonato do Mundo e mostrar que está aqui para lutar pelo apuramento olímpico, que é esse o nosso objetivo também no setor feminino", concluiu.

Recorde-se que os Mundiais de velocidade são compostos por cerca de 800 atletas e são esperados 73 países. Portugal vai à procura de glória, mas "sem drama" se não existirem medalhas. A prova começa esta quarta-feira e prolonga-se até domingo. JN/MS

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What is Bo Bichette’s future with the Jays

With Vladimir Guerrero Jr. secured on a 14-year, $500 million extension, the Toronto Blue Jays now face another critical decision: the future of Bo Bichette. The star shortstop is approaching free agency after completing a three-year, $33 million contract signed in 2023, which carried him through his arbitration years.

Toronto has demonstrated a greater willingness to spend in recent seasons, carrying MLB’s fifth-highest payroll at $252 million, but Bichette’s next deal may involve more than just dollars. According to ESPN’s Buster Olney, his positional future could play a major role.

“When I talk to evaluators with other teams, many believe he’ll eventually need to move off shortstop,” Olney said on TSN 1050’s First Up. “It reminds me of Marcus Semien—when he left Toronto, some saw him as a shortstop, some as a second baseman. Texas paid big and he embraced the

shift. That could be the same with Bo.”

Since debuting in 2019, Bichette has logged over 6,000 innings at shortstop and has consistently been the club’s everyday player at the position. However, his defensive metrics tell a different story. He led the league in errors in 2021, and this season’s advanced stats are his worst yet: -7 run value and -10 outs above average, both ranking among the lowest in MLB.

Meanwhile, Toronto has invested in the position’s future, drafting shortstops Arjun Nimmala and JoJo Parker in recent first rounds. That could further complicate Bichette’s negotiations, particularly if he insists on remaining at shortstop.

Set to headline a relatively thin freeagent shortstop class, Bichette will command attention regardless of where he plays defensively. For the Blue Jays, the looming question is whether they can lock up another cornerstone—or whether positional uncertainty pushes him elsewhere.

TFC sends Flores to Saudi Pro League

Toronto FC’s roster overhaul continued Wednesday with the departure of defensive midfielder Deybi Flores, who has been transferred to Saudi Pro League side Al-Najma SC.

The 29-year-old Honduran international was in the final year of his contract, though Toronto held a club option for 2026. Flores, who earned $656,667 this season, joined TFC in January 2024 from Hungary’s Fehérvár FC and quickly became a regular starter.

“Everyone at Toronto FC would like to thank Deybi for his commitment and effort since joining us,” said general manager Jason Hernandez in a release. “He embodied passion, resilience, and determination. While we’ll miss him, we understand the importance of this opportunity for Deybi and his family and wish him the very best.”

Toronto also announced the sale of an international roster slot to the New York Red Bulls for $175,000 in general allocation money (GAM), split between 2025 and 2026. That deal pushes the club’s recent GAM total to $1.675 million, pro-

viding added flexibility under the MLS salary cap.

Flores joins Matty Longstaff, traded to CF Montréal, and Tyrese Spicer, sent to Orlando City, among the recent departures as Toronto (5-13-8) continues restructuring.

On the field, Flores was one of TFC’s most reliable midfielders this season. Known for his grit and defensive work, he often disrupted opposing attacks and transitioned play with sharp passing. He also provided an aerial presence on set pieces but was prone to picking up fouls with aggressive challenges. He leaves tied with new designated player Djordje Mihailovic for the team lead in assists (two), though Mihailovic reached that mark in just two appearances compared to Flores’s 19.

Internationally, Flores has earned 56 caps for Honduras since debuting in 2015. He previously played in Greece with Panetolikos, in MLS with Vancouver, and in his home country with CD Motagua and CD Olimpia.

RS/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

SC TORONTO

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Luis Camara Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello Di Giovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

Major Canadian construction contracts awarded for $7B St. Thomas gigafactory

PowerCo Canada has just announced it has awarded two major contracts for the $7 billion St. Thomas gigafactory, with agreements in place for both structural steel and foundations for the project’s first cell production building and critical works.

While dollar amounts were not disclosed, Steelcon Group of Companies will carry out the structural steel work and Magil Construction Canada Inc. was contracted for the foundations.

This milestone sets the stage for groundbreaking at the site in the coming weeks, explains a release, marking another step for Canada’s largest-ever electric vehicle battery manufacturing facility. The factory alone will be the size of 210 football fields. The entire industrial park itself will span an area of 850 football fields.

The gigafactory will have six production blocks with a potential production volume of up to 90 gigawatt hours – enough for about one million EVs a year, the project website reads.

When it comes to the most recent contracts, Steelcon will have 500 workers in their production facilities working on fabricating the steel for the project. Onsite, at peak, there will be approximately 100 workers installing the steel. More than 30 workers will be from the surrounding London and southwestern Ontario region.

“We are proud to partner with PowerCo Canada to build the St. Thomas gigafac-

tory, a project that embodies the future of Canadian industry,” said Danny Bianco, president at Steelcon Group of Companies, in a statement. “Our team of skilled Canadian fabricators is ready to deliver, and we are especially proud to contribute to a project that will support significant local employment and drive economic growth here in Ontario.”

According to PowerCo, the foundation work to be delivered by Magil Construction Canada Inc is one of the largest foundation packages to date in southwestern Ontario. It includes construction of foundations for three buildings, encompassing a total floor area of 850,000 square feet.

The first concrete pour is anticipated in the

coming weeks. There will be 32,500 cubic metres of concrete involved in this stage of the project and 500,000-plus square feet of formwork.

This announcement follows the kickoff of PowerCo’s recruitment campaign to fill hundreds of jobs at the gigafactory this year. Once fully operational, the plant will support thousands of direct and indirect jobs in the region, the release adds.

PowerCo SE was founded by Volkswagen in 2022 to lead battery cell production on a global scale. PowerCo SE has made plans for three gigafactories – including the St. Thomas Gigafactory – with two of them now under construction.

DCN/MS

Designed by Kohn Partnership Architects for Liberty Developments, Carousel Towns at Thornhill Walk is a new community of 58 back-toback townhomes in Vaughan, Ont.

It introduces a livable townhouse model, offering a replicable approach for other growing suburbs. Materially, the project uses durable brick combined with wood-grain metal siding, creating a clean, warm, and contemporary aesthetic that complements its surroundings.

Each three-and four-storey unit is accessed individually from a shared underground garage. The three-bedroom homes feature private rooftop terraces, open-concept layouts, and spacious primary suites.

The interiors are designed with open-concept layouts and finished with modern, high-quality materials, and the exterior includes a landscaped amenity space.

Construction is scheduled to start in late 2025. CCA/MS

SAÚDE & BEM-ESTAR

Ioga

Um caminho milenar para a saúde e o equilíbrio

O ioga é muito mais do que uma simples prática física. É um sistema completo de exercícios e filosofia de vida que procura harmonizar corpo, mente e espírito. Com raízes milenares na Índia, o ioga nasceu há mais de cinco mil anos como uma disciplina espiritual, mencionada nos textos sagrados conhecidos como Vedas. Inicialmente, era praticado por sábios e monges com o objetivo de alcançar a união com o “eu” mais profundo e o equilíbrio com o universo. Ao longo do tempo, a prática evoluiu e adaptou-se a diferentes culturas, mantendo a sua essência, mas incorporando abordagens mais físicas e terapêuticas.

Apalavra “ioga” deriva do sânscrito yuj, que significa “unir” ou “integrar”. Esta união refere-se à ligação entre corpo, mente e espírito, alcançada através de posturas físicas (asanas), exercí-

cios respiratórios (pranayama), meditação e princípios éticos. Hoje, o ioga é praticado em todo o mundo, quer em estúdios especializados, quer em casa, como uma forma de melhorar a saúde, reduzir o stress e promover o bem-estar.

Uma das principais vantagens do ioga é a melhoria da flexibilidade e mobilidade. As posturas, quando praticadas com regularidade, ajudam a alongar os músculos, libertando tensões e aumentando a amplitude de movimentos. Esta flexibilidade reduz o risco de lesões e melhora o desempenho noutras atividades físicas.

O ioga também contribui para o fortalecimento muscular. Ao contrário de outros tipos de treino, que podem sobrecarregar articulações e ligamentos, o ioga trabalha a força de forma suave e equilibrada, protegendo as estruturas do corpo. Os músculos tonificados não só melhoram a postura, como também ajudam na prevenção de

dores crónicas, especialmente nas costas e no pescoço. Outro benefício físico importante é a melhoria da respiração. Através das técnicas de pranayama, o praticante aprende a respirar de forma profunda e consciente, aumentando a capacidade pulmonar e a oxigenação dos tecidos. Esta prática é especialmente útil para quem sofre de ansiedade, problemas respiratórios ligeiros ou fadiga. O ioga também promove a circulação sanguínea e a saúde cardiovascular. Certos estilos mais dinâmicos, como o Vinyasa ou o Ashtanga, podem ter efeitos semelhantes a um exercício aeróbico moderado, ajudando a manter o coração saudável e a regular a pressão arterial. Para além do corpo, o ioga atua de forma profunda na mente. A prática regular ajuda a reduzir os níveis de cortisol, a hormona do stress, e a aumentar a produção de serotonina, associada ao bem-estar e à felicidade. A combinação de respiração consciente e posturas físicas induz um estado de relaxamento, permitindo que o praticante lide melhor com situações de tensão. A meditação, muitas vezes integrada nas aulas de ioga, é um poderoso aliado na melhoria da concentração e da clareza mental. Aprender a focar a atenção no momento presente ajuda a combater a dispersão mental, a ansiedade e até sintomas depressivos ligeiros. Este treino mental também pode ter impacto positivo na produtividade e na qualidade do sono. Praticar ioga de forma consistente desenvolve ainda a consciência corporal e emocional. O praticante aprende a identificar sinais de stress, fadiga ou desconforto antes que se tornem problemas mais graves, podendo atuar de forma preventiva.

O ioga não é apenas um conjunto de exercícios, é um estilo de vida que promove hábitos saudáveis. Muitos praticantes acabam por adotar uma alimentação mais equilibrada, dormir melhor e dedicar mais tempo a atividades que nutrem o corpo e a mente. Outro aspeto relevante é a inclusão social e o sentido de comunidade que o ioga pode proporcionar. Aulas presenciais permitem criar laços com pessoas que partilham os mesmos objetivos de saúde e bem-estar, fomentando um ambiente de apoio mútuo. Além disso, estudos científicos têm demonstrado que o ioga pode ser um complemento eficaz em tratamentos de reabilitação física e mental. É usado como terapia auxiliar para aliviar dores crónicas, apoiar na recuperação pós-cirúrgica, melhorar a mobilidade em pessoas idosas e reduzir sintomas de ansiedade e depressão. Enfim, com tudo isto o que vos queremos dizer é que o ioga é uma prática completa, capaz de transformar não apenas o corpo, mas também a mente e a forma como se vive o dia a dia. Com raízes profundas na tradição indiana, continua atual e relevante numa sociedade onde o ritmo acelerado e o stress são constantes. Seja para ganhar flexibilidade, melhorar a postura, acalmar a mente ou simplesmente encontrar um momento de paz no meio da rotina, o ioga oferece um caminho seguro e eficaz para a saúde e o bem-estar global. Adotar esta prática é investir em si próprio e, como mostram milhares de anos de história, os benefícios podem acompanhar-nos para toda a vida.

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

Tegui

Armando Esteves Pereira voltou esta terça-feira, no Correio da Manhã, a defender que Teresa Caeiro foi “uma vítima não contabilizada de violência doméstica em Portugal”. No artigo, refere que a antiga deputada viveu “uma relação tóxica” que afetou a sua saúde e deixou marcas profundas. A posição contrasta com o comunicado emitido pela família, que rejeita essa versão e pede “decoro, contenção e respeito” pela memória de Teresa, conhecida carinhosamente como Tegui. Para Esteves Pereira, no entanto, a homenagem à sua amiga passa por não aceitar “uma narrativa socialmente mais conveniente, mas falsa”.

Após a morte de Marco Paulo, o bombeiro Eduardo Ferreira, conhecido como Duduzinho, ganhou destaque mediático por ser um dos herdeiros do cantor. A proximidade a figuras da televisão e a facilidade em falar com comentadores abriram-lhe portas, mas também trouxeram críticas. O desejo de maior visibilidade concretizou-se quando entrou no Big Brother, experiência em que se destacou pela postura calma e ausência de polémicas, embora a sua participação tenha sido breve. Depois do programa e de uma presença no Dois às 10, Dudu afastou-se dos holofotes e reduziu a atividade nas redes sociais, enfrentando comentários menos favoráveis.

Filipa Areosa anunciou nas redes sociais que já é casada. A atriz partilhou duas fotografias e revelou que o “sim” tinha sido dado há muito tempo, quando decidiu formar família com o companheiro. “Namorado, parceiro, pai dos meus filhos já não fazia jus. Marido, finalmente!”, escreveu. O marido, Timo, de ascendência japonesa e alemã, mantém-se afastado da vida pública e é 12 anos mais velho do que Filipa. O casamento concretiza um desejo antigo da atriz, que se prepara agora para receber o segundo filho, depois do nascimento de Hiro, em fevereiro de 2023.

Cayetano

Cayetano Rivera, conhecido pela sua postura discreta, tem estado recentemente em evidência na imprensa. Após o fim da relação com a apresentadora Maria Cerqueira Gomes, o toureiro espanhol enfrentou episódios que o colocaram no centro das atenções, entre eles um incidente em Madrid, ocorrido durante a madrugada num restaurante, que levou à intervenção policial. Libertado pouco depois, o episódio gerou ampla cobertura mediática em Espanha e também em Portugal.

Nos últimos meses, Cayetano viu-se igualmente obrigado a suspender alguns compromissos profissionais. Através das redes sociais, explicou que enfrenta dificuldades de saúde que não lhe permitem regressar à arena com a preparação necessária. Sublinhou, contudo, que o respeito pelo público e pela sua profissão exige transparência e responsabilidade, mesmo que isso represente adiar o reencontro com a sua atividade, pela qual nutre grande paixão.

Apesar deste período mais delicado, Rivera foi recentemente fotografado em Sotogrande, onde passou alguns dias de descanso acompanhado por amigos. Nas imagens, divulgadas em exclusivo pela televisão espanhola, surge sorridente e descontraído, ao lado de uma jovem cuja identidade não foi revelada. Segundo o fotógrafo responsável pelos registos, Cayetano mostrou-se tranquilo e bem-disposto, desfrutando do convívio. Um momento que sugere que o toureiro poderá estar a atravessar uma fase de maior serenidade e equilíbrio pessoal, conciliando recuperação física com novos laços afetivos.

A rainha emérita Sofia, de 86 anos, atravessa um período marcado por preocupações pessoais e familiares. O alegado agravamento do estado de saúde da sua irmã, a princesa Irene da Grécia, tem exigido grande dedicação da sua parte e acabou por alterar a rotina que há décadas mantinha nas férias de verão da família real em Maiorca, local de grande significado para si.

Apesar disso, a mãe de Felipe VI fez questão de comparecer na tradicional receção no Palácio de Marivent. A sua presença foi notada, embora os sinais de cansaço físico e emocional tenham suscitado comentários entre especialistas e observadores da realeza. O peso dos últimos meses reflete-se no seu semblante mais sério, num andar mais hesitante e numa aparência considerada mais frágil.

Este contexto soma-se a outros desafios de saúde que enfrentou no último ano, nomeadamente uma infeção urinária que a levou a estar internada durante alguns dias. Embora tenha recuperado, a sua imagem pública mostra uma rainha que atravessa um período de maior vulnerabilidade.

Felipe VI interrompeu parte das férias na Grécia para acompanhar a mãe, além de prestar apoio às regiões afetadas pelos incêndios em Espanha. Assim, o verão foi vivido num tom mais reservado e familiar, marcado pela preocupação com Irene e pelo cuidado constante de Sofia, que continua a demonstrar dedicação e resiliência.

Guerra entre mães?

Bruna Biancardi recorreu esta segunda-feira, 18 de agosto, ao Instagram para partilhar alguns registos do seu dia, entre os quais uma fotografia onde surgiam a filha Mavie, de quase dois anos, fruto da relação com Neymar, e Helena, filha do jogador com Amanda Kimberlly. Pouco tempo depois, a publicação foi apagada, despertando curiosidade entre seguidores e comentários nas redes sociais.

A influencer esclareceu a situação, explicando que a decisão de remover a imagem foi tomada a pedido da mãe de Helena. “Apaguei porque a mãe dela pediu”, escreveu Bruna. Posteriormente Amanda esclareceu que apenas solicitou ser informada sempre que imagens da filha fossem partilhadas. O motivo prende-se com a proteção da criança, que tem sido alvo de comentários negativos na internet.

Este episódio surge após outros momentos de tensão entre Bruna e Amanda. Em outubro de 2024, a mãe de Helena tinha acusado a modelo de limitar a convivência do jogador com a filha, então com três meses. Bruna respondeu publicamente, defendendo-se e lamentando que a situação tivesse sido exposta sem diálogo prévio. Atualmente, Bruna e Neymar são também pais de Mel, nascida há um mês. O jogador tem ainda Davi Lucca, de 13 anos, fruto da relação com Carol Dantas.

Casada!
Dudu
Rivera
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Rainha Sofia
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artesonora

Seu Jorge Uma carreira de Inovação e Nostalgia

Seu Jorge, um dos nomes mais multifacetados da música brasileira contemporânea, é um artista gigante. Conhecido pela sua voz marcante, talento versátil e composições icónicas, encanta sempre o público com um espetáculo que promete ser sempre uma viagem onde mistura a inovação com a nostalgia dos seus grandes sucessos. Nascido Jorge Mário da Silva em 8 de junho de 1970, no Rio de Janeiro, Seu Jorge é uma figura que representa bem a cultura brasileira. A sua arte é uma fusão poderosa e única de samba, soul e Música Popular Brasileira (MPB), criando um estilo inconfundível que o distingue no cenário musical mundial.

Acarreira artística de Seu Jorge começou bem antes de se tornar uma estrela.; os seus primeiros passos foram no teatro universitário e em musicais, onde aperfeiçoou as suas habilidades de interpretação e presença no palco. Essa experiência inicial como ator foi fundamental para a sua capacidade de estar com o público de uma forma simples e autêntica. No final dos anos 90, ganhou destaque como vocalista da banda Farofa Carioca, um grupo que se notabilizou com os seus ritmos brasileiros com funk e pop. Foi o trampolim para o início de sua carreira a solo, que o levou para o reconhecimento internacional. O lançamento de seu primeiro álbum a solo, Samba Esporte Fino (2001), marcou o início de uma nova era. O disco foi aclamado pela sua originalidade, apresentando um som que misturava a tradição do samba com influências modernas. Foi um refresh na música brasileira, e rapidamente conquistou a crítica e os fãs. No entanto, foi com o álbum Cru (2004) que Seu Jorge solidificou sua reputação global, explorando ainda mais a sua fusão de samba, funk e soul. A discografia de Seu Jorge é um testemunho de evolução constante e da sua força de se reinventar sem perder a sua essência.

O álbum Carolina (2003) elevou a sua notoriedade a nível nacional e internacional. Hits como "Carolina" e "Burguesinha" dominaram as rádios brasileiras e tornaram-se hinos. O seu talento para a música não se limita apenas às suas composições originais; a sua interpretação de clássicos da MPB e sua capacidade de reinventar o samba com uma abordagem contemporânea contribuíram significativamente para sua popularidade fora do Brasil. Com colaborações com artistas internacionais como a dupla de música eletrónica francesa Daft Punk e o rapper norte-americano RZA mostram muito a sua versatilidade. Em 2015, Seu Jorge lançou A Resposta, um álbum que aprofundou mais as letras. O trabalho recebeu elogios por abordar temas sociais e pessoais com uma perspectiva refletiva. Ao longo da sua carreira, Seu Jorge ganhou Grammys Latinos e prémios Multishow, uma prova da sua relevância e da qualidade do seu trabalho. Atuou em algumas das mais prestigiadas salas de concertos do mundo, como o Royal Albert Hall, o Carnegie Hall e o Madison Square Garden, levando a música brasileira a palcos globais. Além da sua carreira musical, a presença de Seu Jorge no cinema é igualmente impressionante. Com uma estreia no aclamado filme Cidade de Deus (2002), no papel de Mané Galinha, ganhou reconhecimento internacional; foi elogiado pela sua intensidade e autenticidade, provando que o seu talento vai além da música. Outro papel notável foi no filme A Vida Marítima com Steve Zissou (2004), dirigido por Wes Anderson. Aqui interpretou o personagem Pelé dos Santos, ele não só atuou, como também contribuiu para a banda sonora com versões em português de canções de David Bowie. As suas interpretações acústicas das músicas de Bowie, tornaram-se num álbum de sucesso, mostrando a sua capacidade de transformar e dar uma nova vida a clássicos. Seu Jorge não é apenas um artista; ele é um ativista cultural. Reconhecido pelo seu compromisso com causas sociais e culturais no Brasil, ele tem sido um defensor incansável da cultura afro-brasileira. Ele inspira jovens artistas a usar a arte como uma ferramenta de mudança e expressão. A influência de Seu Jorge na música e na cultura brasileira é grande. A mistura de estilos tradicionais com abordagens modernas continua a inspirar novos artistas e a cativar o público. Com uma discografia rica e variada, aliada a uma presença carismática e às suas contribuições para a arte e a cultura, fazem dele uma figura central e indispensável no cenário artístico brasileiro. Os espetáculos que Seu Jorge prepara prometem ser uma festa da sua carreira. Canções como Amiga da Minha Mulher e Burguesinha fazem sempre parte do repertório, pois são repletas de memórias e encantam o público que as canta em coro pelo facto de saber as suas letras de cor. São concertos onde ele não apenas canta; ele conta histórias. Os seus concertos longos, são uma experiência única; a sua energia, a sua voz e o seu talento, levam o samba e o soul brasileiro para todos os cantos do planeta. Seu Jorge é, sem dúvida, um artista completo, cheio de autenticidade e a profundidade da cultura brasileira que é duradoura e inspiradora.

Palavras cruzadas

1. Analisar questionando; levantar questões a respeito de (algo); examinar detalhadamente

2.Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder

3.Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si

4.Esforçar-se por achar ou descobrir (alguém ou algo)

5.Ter veneração por (alguém ou algo); ter grande apreço por; reverenciar

6.Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

7.Representar por meio de caracteres ou escrita

8.Expressar-se vocalmente por meio de (frases melódicas)

9.Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

10. Descansar em estado de sono

11.Seguir por um caminho ou percorrê-lo andando a pé

12. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

13. Entregar em troca; permutar 14. Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

15. Provocar hipnose em alguém

W F G S R I M O T C F M U Q P

K G Q F F G U E R R A E R Z B

L B X B S X D M A N Q D T G U

E R B A H A A U B H Y R C R B

D A W V H I N N A Z N O T A K

A T T I L F

Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

Bacalhau a Gomes de Sá

Ingredientes

• 500grs de bacalhau desfiado

• 500 grs de batatas cozidas aos cubos

• 6 ovos cozidos

• 2 dl de azeite

• 1 cebola em juliana

• Salsa picada

• Azeitonas pretas

• Sal e pimenta a gosto

Modo de preparação

Num tacho com azeite refogar a cebola em juliana durante dois minutos. Adicionar o bacalhau desfiado deixar refogar durante 5 minutos. Adicionar as batatas cozidas ao cubos e misturar bem. Raspar três ovos cozidos e misturar no preparado. Retificar o sal e a pimenta a gosto. Colocar tudo num recipiente de servir. Decorar com os restantes ovos raspados a salsa picada e as azeitona pretas. Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras

OLHAR COM OLHOS DE VER

Prensa. Créditos: Paulo Perdiz
Iluminar. Créditos: Augusto Bandeira
Home sweet home. Créditos: Fa Azevedo

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Se houve, recentemente, algum episódio que lhe criou inimizades ou situações de algum conflito, aproveite esta ocasião em que Marte lhe dá uma energia acrescida vocacionada para os relacionamentos, amorosos ou outros, para corrigir e/ou esclarecer esses factos, para que não fique qualquer ressentimento de parte a parte. Os astros estão do seu lado.

TOURO 21/04 A 20/05

Há factos no seu passado que, no seu íntimo, deixaram marcas negativas e têm perturbado a liberdade e descontração do seu espírito. Aproveite a atual passagem do Sol para uma análise pessoal, e concluirá que o seu mal-estar é mais provocado pela sua imaginação do que pela importância de factos reais. Liberte-se, pois, de fantasmas prejudiciais, e encontrará paz.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Neste momento a sua atividade está pressionada pelos muitos assuntos que surgem à sua volta. Se vê que a resposta a todos é impossível, não desista, abandonando o problema. Se necessário procure no adiamento uma solução pois este é mais um momento de reflexão, prudência e estudo do que de decisões definitivas.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

O seu gosto pelas coisas bonitas e agradáveis estará agora mais acentuado. No trabalho, escolha fazer prioritariamente aquilo que lhe dá mais prazer. No aspeto pessoal aproveite para se relacionar com as pessoas, ir a eventos sociais, pois a sua personalidade irradiante só lhe terá benefícios no futuro.

LEÃO 22/07 A 22/08

Este é um período em que se sentirá compelido a auxiliar o próximo, mesmo que para isso tenha de se prejudicar. Esta sua entrega desinteressada e sem limites, não será imediatamente compensada. Mais tarde uma colaboração amiga ou mesmo uma relação amorosa poderão surgir em consequência desta sua atitude altruísta.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Vai encontrar as soluções de que precisa dentro de si. A meditação e a espiritualidade vão ajudá-lo a planificar a vida e a conhecer-se melhor, mas não se feche demasiado, inconscientemente poderá estar a fugir da realidade. Apesar de não sentir vontade de conviver faça-o, numa conversa ocasional poderá encontrar alguém especial.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Tanto o seu pensamento como a sua capacidade de comunicar com os outros estão estimulados nesta altura. Contacte com os seus amigos, nem que seja através da internet ou telefonicamente. Poderá sentir uma sensação de bem-estar pela partilha de ideais, um diálogo mais intelectual e deixar fluir as conversas pois elas terão mais significado.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Com Marte a transitar na Casa XII, vai sentir uma enorme necessidade de se afastar de tudo e de todos. Vai querer fugir da rotina. Esta é uma fase em que a insatisfação estará presente. Está com receio de não se realizar emocional e profissionalmente. Para superar esta fase menos boa, tente dedicar mais atenção aos outros, ajudando-os.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

É uma fase um pouco tumultuosa no que diz respeito aos relacionamentos de um modo geral. Há circunstâncias não muito percetíveis em relação à intimidade ou à afetividade com as quais vai ter de lidar. Poderá contar com o apoio financeiro de um sócio ou do próprio cônjuge e ver resolvidos alguns problemas.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

É a sua carreira que lhe vai exigir grande atenção neste período. A sua capacidade de trabalho poderá ser posta à prova. Poderá sentir que é alvo do autoritarismo de outros, pelo que se puder optar por um trabalho individual e independente, tanto melhor. Caso contrário, evite entrar em confronto com terceiros.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Nesta altura não deverá isolar-se no seu trabalho e empreendimentos. Se recorrer à opinião de terceiros insuspeitos, concluirá que duas cabeças pensam melhor do que uma só. Está a desenvolver a sua capacidade de aprender mais sobre si através do contacto com os outros de uma forma geral e sobretudo na sua relação a dois.

PEIXES 20/02 A 20/03

Sente necessidade de organização na realização do seu trabalho e das atividades diárias. Terá vontade de agir, pelo que deverá aproveitar este momento para dar andamento a assuntos cujo fim tem vindo a ser protelado. Para melhorar o seu bem-estar físico faça exercício e corte com o que lhe pode prejudicar a saúde.

Soluções

Classificados

Aluga-se apartamento num basement na zona da Dufferin e Davenport com entrada separada, dois quartos, Cozinha e sala em comum, casa de banho e lavandaria. Esta disponível de imediato. Contatar (416) 995-4883

Apartamento num basement para alugar com um quarto, casa de banho, cozinha e ampliar com sala de estar com lagareira a gas. Com lavandaria e entrada privada e com espaço de lazer para colocar BBQ. Na zona da Dufferin e Glencairn. Contatar (416) 991-7164.

Cabeleireira licenciada Manuela - está disponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: (647) 761-9155

Aluga-se quartos para homem, entrada imediata, na Caledonia e St. Clair. Contatar 647-824-6283

Apartamento para alugar na zona da Weston Road e Eglinton. Com um quarto, cozinha, sala e casa de banho. Contatar (416) 531-4045

Apartamento para arendar na żona da Davenport e Dufferin. Com 2 quartos, sala e cozinha e acesso a lavandaria. Contatar (416) 427-4703

Aluga-se apartamento num basement na zona da Lawrence e Keele, com 2 quartos, cozinha e sala em comum, casa de banho e estacionamento.Esta disponível de imediato. Contatar (416) 995-4883

Agenda comunitária

Luso Canadian Charitable Society

Carpe Diem - Noite Solidária

1130 Dupont St. Toronto, ON 27 setembro - 6h30 pm

Ementa completa, festa com baile e variedades, varias atuações na noite , luz e som a cargo de John Santos. Mais informações: (416) 831-8251

Arsenal do Minho

Anniversary Gala Dinner

3404 Dundas St., Toronto - Oct 4, 7 pm

We’re thrilled to host a special Gala Dinner in honour of the 30th anniversary of our Grupo Folclórico! Although we reached our 25-year milestone during the pandemic and couldn’t celebrate, this time we’re making up for it. Come dressed to impress and help us celebrate this incredible journey. More informations: (416) 532-2328

Casa das Beiras

Noite da Chanfana

115 Ronald Ave. Toronto, ON 25 outubro Marque na sua agenda. Mais informações: (416) 604-1125

Cantoria & Desgarradas

30 Leeds St., Toronto, ON 18 outubro, 6:30 pm

Jantar para angariação de fundos Cabazes de Natal. Jantar com animação musical Marly e Sergio e Djs. Mais informações: (647) 982-8506

Arsenal do Minho

Festa São Martinho

1263 Wilson Ave, Toronto - Nov 8, 6 pm

A Festa de São Martinho está de volta no dia 8 de novembro de 2025 e vocês não vão querer perder! Diretamente de Portugal, Os Marotos da Concertina. Mais informações: (416) 532-2328

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