MILÉNIO STADIUM 1752 4 DE JULHO

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Canadianismo Eh! “Elbows Up”

Manuel

Estou sentado à minha secretária no Dia do Canadá a refletir sobre questões relacionadas com o nosso Dia Nacional e, em particular, porque decidi trabalhar neste dia. É antipatriótico da minha parte não celebrar mais um ano de sobrevivência em que, nos últimos 364 dias, tive de criticar vários aspetos da vida e de viver neste que já foi considerado o melhor país do mundo. E assim, enquanto reflito sobre a razão pela qual adoro este país, mas não celebro a glorificação da sua singularidade no mundo, pergunto-me o que mudou que me fez duvidar da distinção do país que ajudei a construir. É certo que o canadianismo é um sentimento, não um país, e que este conceito engloba elementos linguísticos, culturais e sociais distintivos que definem a identidade canadiana e a diferenciam de

outras nações de língua inglesa, nomeadamente os Estados Unidos e o Reino Unido. É também um facto que o nacionalismo canadiano ressurgiu desde que Donald Trump começou a discutir a anexação.

Tem havido uma campanha de “buy Canadian” e uma maior ênfase nos valores canadianos, mas será esta a solução para solidificar o nosso lugar no mundo? Este Dia do Canadá deveria ser um dia de reflexão, e não de celebração, para encontrar uma nova estratégia para fazer do Canadá um lugar singularmente especial novamente. Dadas as estatísticas que sugerem que 83% dos canadianos afirmam ter orgulho em ser canadianos, aumentando 7% em relação a junho de 2024, poderíamos assumir que tudo está bem neste país, desde que a guerra cerebral contra Trump começou e nos tornámos mais nacionalistas. No entanto, 20% dos canadianos acreditam que o Canadá não está à altura da reputação de ser um dos melhores países do mundo, sugerindo que está apenas “Ok”. São mais de 8 milhões

de pessoas insatisfeitas com as condições atuais que afetam a vida dos canadianos.

As atitudes desempenham um papel importante na manutenção de um país forte e os canadianos parecem ter uma aversão a dar o seu melhor, o que nos impede de atingir o nosso potencial. O Canadá foi construído com base na decência, mas já não nos podemos dar ao luxo de continuar a ser bem-educados e amáveis, porque isso prejudicará o nosso futuro face aos ataques e à geopolítica que os países enfrentam atualmente. Muitas vezes, sinto que desistimos dos pontos fortes que atraíram tantos de nós a atravessar oceanos para vir para o Canadá. Porque é que insistimos em emburrecer a intelectualidade deste país para acomodar sinergias trazidas de outros lugares?

A acomodação e a perseverança têm sido uma caraterística que o Canadá exportou para todo o mundo, mas decisões horríveis em matéria de políticas de imigração estão a destruir os nossos valores fundamentais, permitindo que o racismo e outros comportamentos antissociais tomem conta das nossas ruas. O ódio importado será a ruína do

Canadá se não reconhecermos que o atual grão cultural é uma ameaça ao nosso modo de vida. O “suficientemente bom” não é patriótico e os canadianos têm de regressar às raízes de serem os melhores, porque temos as condições para isso. A nossa história baseia-se num Canadá comunitário, hierárquico e religioso, mas estes mandamentos estão agora mortos e, em vez disso, abraçamos a liberalização das leis e os “direitos sociais” baseados no conceito de que num país democrático vale tudo, permitindo que a criminalidade seja a plataforma da liberdade social.

Um país não é um pedaço de terra, mas a soma do seu povo e deve ser um lugar onde qualquer pessoa de qualquer lugar pode fazer qualquer coisa. Temos de lutar por estes conceitos numa sociedade baseada em normas legais, onde as crianças possam voltar a orgulhar-se dos adultos que lixaram o seu futuro.

Feliz Dia do Canadá.

Ano XXXII- Edição nº 1752

4 a 10 de julho de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta

Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça
Parcerias: Diário dos Açores e Jornal
Versão em inglês
Pág. 11
Credito: Fa Azevedo

Porque quem conhece, valoriza. E quem valoriza, cuida.

Num mundo cada vez mais instável, onde as certezas do passado já não garantem o futuro, conhecer a história e os valores do país que nos acolheu é mais do que uma questão de cultura, é um dever cívico e um gesto de gratidão.

Para milhares de portugueses, o Canadá representou, e continua a representar, um novo começo. Um país onde o trabalho árduo é valorizado, a diversidade é celebrada e a liberdade é um pilar inegociável. Mas para além das oportunidades económicas e da segurança social, há uma história rica, cheia de desafios e conquistas, que moldou a identidade canadiana e a distingue do resto do mundo. Atualmente, vivemos um tempo em que parece ser necessário “redesenhar” o futuro de um país que, nos últimos

anos, tem sofrido alterações acentuadas no seu tecido social e económico.

Efetivamente, num momento em que até a soberania nacio nal é posta em causa, com pressões externas, como a ideia absurda de que o Canadá possa vir a ser o “51.º Estado dos EUA”, torna-se urgente afirmar com clareza aquilo que torna o Canadá único. A sua herança multicultural, o respeito pelos povos indígenas, a convivência entre duas línguas oficiais, a aposta na igualdade de direitos e no progresso social,

tudo isto são conquistas que merecem ser conhecidas e protegidas.

Aprender pelo menos o mais básico sobre a história e a cultura do Canadá não é apenas um exercício académico. É um passo importante para melhor compreendermos o país em que vivemos, participarmos ativamente na sua vida democrática e passarmos aos nossos filhos o valor de uma cidadania consciente e informada. Além disso, ao conhecermos a história do Canadá, as suas origens, as suas feridas e as suas vitórias, fortalecemos a nossa ligação ao país e tornamo-nos embaixadores de um modelo de convivência e inclusão que o mundo tanto precisa.

Este pequeno quiz que se segue é apenas um ponto de partida para sabermos mais sobre o Canadá. Porque quem conhece, valoriza. E quem valoriza, cuida.

1. A quem juram lealdade os novos cidadãos canadianos?

 a) À Constituição

 b) Ao Rei

 c) À bandeira

2. Quais são dois direitos consagrados na Carta Canadiana dos Direitos e Liberdades?

 a) Direitos de mobilidade e multiculturalismo

 b) Direitos ambientais e liberdade religiosa

 c) Direitos de defesa e de educação gratuita

3. Quais são duas responsabilidades dos cidadãos canadianos?

 a) Obedecer à lei e falar francês

 b) Votar e servir como jurado

 c) Trabalhar e pagar impostos

4. Qual é o nome do documento constitucional original do Canadá, de 1867?

 a) Lei do Canadá Britânico

 b) Ato da América do Norte Britânica

 c) Estatuto de Westminster

5. Qual é a única província oficialmente bilingue no Canadá?

 a) Quebec

 b) Ontário

 c) New Brunswick

6. Em que ano foi abolida a escravatura no Canadá?

 a) 1833

 b) 1849

 c) 1867

7. Qual foi a última província a entrar na Confederação Canadiana?

 a) Terra Nova e Labrador

 b) Alberta

 c) Colúmbia Britânica

8. Que província foi a primeira a dar direito de voto às mulheres?

 a) Quebec

 b) Manitoba

 c) Ontário

 a) Dia do Domínio

 b) Dia da Confederação

 c) Dia do Império

10. Qual é o desporto oficial de verão do Canadá?

 a) Basquetebol

 b) Hóquei

 c) Lacrosse

Ato da América do Norte Britânica

9. Qual era o nome do Dia do Canadá antes de 1982?
c) Lacrosse

Canadian, eh!

What was a Canadian to the rest of the world when I grew up?

A hockey-playing, beer-drinking, lumber-jacking adventurer? A highly capable and well-respected military force?

A humorous, humble, and hard-working nation? A safe, welcoming, and polite neighbour? Proud and passionately Canadian, not American? Though the answer might change greatly depending on who is asked, the correct answer was likely all the above!

Stereotypes are oversimplified ideas about particular types of people or things. For decades, Canadians were stereotypically seen as polite and respectful. We were privileged to hold one of the most powerful passports in the modern world, using it to strap on a backpack and explore unique, distinctive cultures. Canadian travelers would take pride in sewing the maple leaf onto their pack before leaving home. That simple action showed pride in our home and its values but also the passion to differentiate us from others.

Eva Ferreira

As the demographics of Canada’s largest metropolitan areas change, so too, theoretically, would the stereotype. If those new to Canada did not adopt the same characteristics the country was previously known for, and their numbers were large enough, they would inevitably spark a cultural revolution and create a new experience for visitors. That new experience, when shared, would inevitably change how people perceive Canadians.

What is a Canadian through the world’s lens TODAY?

An accepting leader in multiculturalism and diversification. A front-runner in green initiatives and sustainability. An international peace-keeper. A selfish, unwelcoming, and impassionate bystander? And everything previously mentioned… sort of.

Social media and media in general play a huge role in shaping a nation’s image. The world observes those portrayed in the media and forms an image—or stereotype—based on that portrayal. Largely,

Canadians are depicted as kind and respectful, which is inviting to those who feel their home does not share those qualities. But I now question: Is that what a foreign traveler would experience when visiting or establishing a life in Canada today?

Small-town Canada and its simpler life can be immune to these changes for the most part. Locked in a time when warmth, friendliness, and loving one’s neighbour were core principles of daily life—always considering that one didn’t inconvenience the rest of the world with selfish actions and decisions. Canadians who are old enough to remember when these characteristics were more common must now either tolerate or relocate.

I am a proud Canadian! But I am less proud than I was 25 years ago. It is my opinion that life in Canada has changed to some degree over the past three decades. Someone visiting our vast, wild, and beautiful country today might leave with a different opinion of Canadians than they would have 25 years ago. I will fight to protect the de-

cency and strength we once stood for, with the hope… that those I cross paths with, when asked, “What are Canadians like?” will still mention all the old-school characteristics I grew up with.

What will a Canadian be when my grandchildren roam this planet?

My hope is that our previous identity will prevail in time. This is only possible if those new to our nation are shown why we held that identity to begin with. They must have considered those qualities before visiting or moving to Canada and valued them. Hopefully, they will embrace them, teach them, and share them as they learn how Canadians constructed that stereotype in the first place.

The legacy of what it means to be Canadian cannot be just a fond memory—it’s must be something we whole heartedly protect and rejuvenate.

Uma história de emigração, obstáculos e sucesso

Esteve com ordem expulsão do Canadá. Eva Ferreira, de 43 anos, é empreendedora e terapeuta holística. Natural de Portugal, decidiu emigrar para o Canadá em 2012, na sequência da crise económica que assolou a Europa após 2008.

Na altura, trabalhava com o marido como motorista de camião no transporte internacional, mas a escassez de trabalho levou o casal a ponderar outros destinos. “Considerámos a possibilidade de emigrar para a Suíça ou para o Canadá, e acabámos por escolher o Canadá, pois já tinha família cá, o que nos dava uma rede de apoio”, recorda.

Questionada se voltaria a emigrar, Eva não tem dúvidas: “Sem dúvida. Voltaria a escolher o Canadá. Pela facilidade de adaptação, pela língua, sempre achei o inglês mais acessível do que o francês ou o alemão e pelas oportunidades que este país oferece.” As expectativas que trouxe na bagagem foram correspondidas. No Canadá encontrou trabalho e novas perspetivas. “Comecei por trabalhar como motorista de

camião de longo curso, mas, ao perceber as grandes diferenças em relação à Europa, optei por abrir a minha própria empresa de limpezas. Mais tarde, segui o caminho da terapia holística, que hoje é a minha paixão e profissão.” Apesar do percurso desafiante, Eva não tenciona regressar a Portugal num futuro próximo. “Neste momento, não tenho planos nem vontade de regressar, nem mesmo para visitar. Acredito que um dia possa acontecer, mas para já não estou preparada. Tenho poucas boas recordações do meu país e nada me puxa para voltar.”

Sobre a evolução do país que a acolheu, Eva reconhece mudanças. “De forma geral, o Canadá ainda é o que era. É um país multicultural, que acolhe quem vem de fora, quem foge de guerras ou procura uma vida melhor. No entanto, noto que a cidade onde vivo mudou bastante nos últimos anos há mais pessoas, mais movimento e, infelizmente, também mais notícias de crimes. Ainda assim, continuo a vê-lo como um país seguro e com muitas oportunidades.”

O percurso de Eva e da sua família teve um momento particularmente difícil, quando receberam uma ordem de expulsão. “Recebi a notícia por carta, através de uma convocatória do CBSA para uma reunião com um oficial, onde nos foi dito que teríamos de abandonar o país.” Inicialmente acompanhados pelo advogado que os representava há anos, acabaram por mudar de representante. “Nesse mesmo dia, o patrão do meu marido recomendou-nos outro advogado, que nos prometeu ajudar. Mais tarde, através de uma cliente, fui encaminhada para uma verdadeira advogada de imigração, licenciada, que assumiu o caso com seriedade e profissionalismo.” O processo foi emocionalmente desgastante. “Vivenciámos um momento de enorme stress, incerteza e medo. Empacotámos tudo, entregámos a casa ao senhorio e preparámos o nosso filho e o nosso animal de estimação para a viagem.” A reviravolta chegou no último momento. “No dia anterior ao voo, a oficial da CBSA ligou-me a informar que a ordem de expulsão tinha sido cancelada. A minha advoga-

da conseguiu que fosse aceite um processo humanitário, com o apoio do MP Adam van Koeverden, que reconheceu que tínhamos sido mal representados por anos.” Em 2021, Eva obteve residência temporária e, no ano seguinte, a residência permanente.

Eva Ferreira. Créditos: DR.
Credito: Chris Walton
“Fechámos a porta da nossa casa e viemos com uma mala na mão”

Canadá na visão de mãe e filha

Graça Araújo, 37 anos, é atualmente Caretaking leadhand no campus de Mississauga da Universidade de Toronto. Sete anos depois de emigrar, lembra que deixar Portugal nunca foi um plano inicial. “Honestamente, nunca fez parte dos meus planos emigrar para o Canadá ou para outro sítio qualquer. Contudo, este sempre foi o sonho do meu marido”, conta. A decisão de mudar de vida amadureceu com o tempo, sobretudo ao olhar para o futuro das duas crianças do casal: “Com o passar dos anos, vendo a situação de crise que o nosso país estava a atravessar, escassez de trabalho e aumento maluco de impostos, comecei a pensar que talvez o sonho dele fosse uma hipótese a ponderar.”

Oinício, admite, foi duro. “O primeiro ano foi muito complicado, tendo em conta que viemos os quatro so-

zinhos. Fechámos a porta da nossa casa e viemos com uma mala na mão. Uma mala cheia de sonhos, lágrimas e muito medo que as coisas não dessem certo. Ser emigrante não é fácil.”

Graça sublinha que sempre manteve os pés no chão: “Eu não tinha muita expectativa, vim de mente aberta. Ouvia histórias de outros emigrantes, uns davam força para continuar em frente e muitos diziam ‘não vás’, mas graças a Deus não sou uma pessoa influenciável e não baixei os braços.”

O percurso exigiu força e resiliência: “Comecei do zero! Lutei bastante, chorei muito sozinha, mas foquei-me sempre no nosso objetivo, no futuro da nossa família. Graças a Deus, em sete anos já conquistámos mais do que alguma vez tivemos em Portugal. Isso é o nosso incentivo todos os dias.”

Sobre um eventual regresso definitivo, Graça revela: “O futuro é escuro, mas de uma maneira geral não faço planos para regressar. Gosto muito da minha ilha, adoro voltar para rever a família e os amigos, mas neste momento o Canadá é a minha terra. Foi o país que nos acolheu e nos deu condições de começar uma vida nova.”

Graça reconhece também que o Canadá mudou nos últimos anos: “O custo de vida aumentou muito, mas não foi apenas aqui. Por todo o lado as pessoas queixam-se que está tudo muito caro. Contudo, ainda há muita oportunidade, basta querer e não ter medo do trabalho.”

Aos 14 anos, Constança, a filha de Graça, é uma estudante portuguesa a viver no Cana-

dá há sete anos. Em declarações sobre a sua experiência de emigração, a jovem deixa conselhos claros a quem pondera dar o mesmo passo: “Podem vir desde que estejam dispostos a sair da sua zona de conforto e aproveitar o máximo possível. A vida no Canadá é muito diferente de Portugal e vão ter que se acostumar com as diferenças e obstáculos que vão encontrar pela frente.”

Constança lembra as dificuldades que viveu ao chegar, com apenas 7 anos: “Eu diria para os meus pais terem vindo para o Canadá mais cedo. A minha irmã veio com 2 anos, quase a fazer 3, e começou a escola aqui. Mas para mim foi mais difícil por causa da língua. Comecei a escola a meio do ano, sem conhecer ninguém, e sem saber falar inglês. Não foi fácil! Por isso as pessoas precisam de coragem para começar uma vida nova.”

Questionada sobre se o Canadá correspondeu às suas expectativas, responde com sinceridade: “O Canadá tem as suas coisas boas e menos boas. O inverno é bonito para quem vem visitar o país, mas para quem vive aqui é chato lidar com neve e frio quase oito meses. A vida aqui pode ser melhor financeiramente, mas temos que trabalhar. Os meus pais trabalham muito e eu também vou passar o meu verão a trabalhar. Mas temos tempo para tudo.”

Sobre um eventual regresso definitivo a Portugal, Constança revela: “Portugal está sempre no meu coração. O facto de saber que a minha família está lá faz-me querer voltar para os ver, mas acho que não queria voltar a viver lá. Eu sinto muita falta deles, mas agora a nossa vida é aqui, os meus objetivos e planos são aqui.”

Para outros jovens que considerem emigrar, deixa um retrato realista do desafio: “Quando vim para o Canadá a única ideia que eu tinha era dos vídeos do YouTube, dos jovens nos Estados Unidos a falar inglês. Eu não sabia como ia ser aqui, eu ouvia as pessoas a falar e não entendia nada. Em Portugal, a minha professora de inglês só sabia ensinar ‘Hello’, ‘how are you’. A maneira de ensinar nas escolas aqui é muito diferente. Uma coisa boa é que com 15 anos já podemos ter o nosso part-time para depois ajudar a pagar os nossos estudos. O Canadá é um país bom para os jovens, mas também é preciso ter muito ‘juízo na cabeça’, tal como os meus pais me dizem todos os dias.”

RMA/MS

O seu jornal português em àguas canadianas

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Constança. Créditos: DR.
Graça Araújo. Créditos: DR.

Canadá e Portugal

Uma história partilhada e bem consolidada

Para muitos portugueses, o Canadá não é apenas um país estrangeiro. É um símbolo de oportuni-dade, liberdade e segurança. É um território onde milhares de emigrantes portugueses, ao longo de décadas, encontraram o espaço necessário para reconstruir vidas, erguer famílias e sonhar com um futuro mais digno. Para os canadianos, por sua vez, os portugueses representam muito mais do que uma comunidade trabalhadora: são vizinhos, colegas, amigos e elementos insubsti-tuíveis do tecido social, económico e cultural do país.

Ahistória da emigração portuguesa para o Canadá está entrelaçada com os valores que definem a própria identidade canadiana, diversidade, inclusão, perseverança e solidariedade. E é à luz des-ses princípios que o percurso da comunidade luso-canadiana tem sido, desde os anos 50 do século passado, uma história de sucesso e de integração exemplar.

A abertura do Canadá às diferenças culturais dos diversos povos que foram compondo o seu teci-do populacional é aliás, sublinhada pelo deputado federal Peter Fonseca, luso-canadiano com uma carreira longa na política e também ex-atleta olímpico, sublinha precisamente esse papel do Canadá enquanto farol de esperança. “O Canadá continua a ser um país que inspira pessoas em todo o mundo a procurar aqui uma vida melhor. Somos reconhecidos pela nossa abertura, diversi-dade e respeito pelos direitos humanos, valores que fazem parte da nossa identidade nacional.”

Peter Fonseca fala com conhecimento de causa. Como filho de emigrantes portugueses, cresceu com os valores do trabalho árduo e da dedicação à família, valores que continua a identificar nas novas gerações luso-canadianas e que considera parte essencial da contribuição dos portugueses para o país. “O Canadá tem uma economia dinâmica, serviços públicos de qualidade, segurança e um compromisso firme com o multiculturalismo, que garante que todas as culturas possam flo-rescer e contribuir para o bem comum”, sublinha o deputado. É precisamente nesse contexto que a

emigração portuguesa encontrou terreno fértil. Os primeiros tempos da imigração portuguesa no Canadá foram marcados por sacrifício e adaptação. Apesar das dificuldades, o espírito de entreajuda e o foco na melhoria das condições de vida foram de-terminantes para o sucesso da integração. Para os emigrantes portugueses de primeira geração, o Canadá representava uma terra de promessas. Num país onde a democracia era plena, onde o trabalho era justamente recompensado e onde havia estabilidade e segurança, muitos viram uma hipótese concreta de mudar o rumo das suas vidas e das suas famílias. O Canadá significava li-berdade, de pensamento, de expressão e de escolha. Significava acesso à educação para os filhos, à habitação, à saúde pública, a uma reforma digna. Era, para muitos, a primeira vez que podiam viver sem medo, sem censura, sem pobreza extrema. Mas o Canadá também significava distân-cia. Para a geração que chegou nas décadas de 1950 a 1970, a emigração implicava uma rutura emocional profunda. Muitos deixaram pais, irmãos e filhos para trás. As comunicações eram es-cassas, as viagens a Portugal raras, e a saudade tornava-se uma presença constante no quotidia-no. Ainda assim, os emigrantes portugueses mantiveram-se ligados às suas raízes. Organizaram festas, marchas populares e procissões religiosas. E, aos poucos, passaram a fazer parte do retra-to canadiano. Hoje, a comunidade luso-canadiana é vista como uma das mais respeitadas do país. Peter Fonse-ca não hesita em afirmar que “a comunidade portuguesa no Canadá é um exemplo brilhante des-se espírito. Ao longo de gerações, os portugueses mostraram trabalho, resiliência e dedicação à família e à comunidade, ajudando a construir este país.” e acrescenta: “Há um respeito profundo e mútuo entre o Canadá e a emigração portuguesa. É reconhecido o valor desta comunidade, não só pelo seu contributo económico, mas também pelo legado cultural e pelos laços de amizade que fortaleceram as nossas sociedades.”

Para os canadianos, os portugueses são conhecidos pela sua ética de trabalho, pelo sentido de responsabilidade e pela

sua hospitalidade. As padarias portuguesas, os restaurantes, as pequenas empresas familiares, os profissionais de saúde, os engenheiros e os professores de origem portu-guesa fazem, hoje, parte do dia a dia de milhares de canadianos. Além disso, as instituições ca-nadianas reconhecem publicamente o contributo da comunidade portuguesa com homenagens, nomeações de ruas e praças, e apoio a iniciativas culturais e sociais promovidas por luso-canadianos.

Com o passar do tempo, e à medida que os filhos e netos dos primeiros imigrantes cresceram no Canadá, a comunidade portuguesa começou a transformar-se. As segundas e terceiras gerações nasceram e foram educadas em solo canadiano, com domínio perfeito da língua inglesa ou fran-cesa, com uma vivência escolar e profissional tipicamente canadiana, e com referências culturais mais híbridas. Se a primeira geração se caracterizava pela nostalgia de Portugal e pela tentativa de recriar “um pedaço da terra” no país de acolhimento, as gerações seguintes procuram afirmar-se plenamente como canadianas de origem portuguesa. Esta diferença nota-se em vários aspe-tos: no menor domínio da língua portuguesa por parte dos mais jovens; numa maior abertura ao casamento interétnico; na menor presença em instituições comunitárias tradicionais; mas tam-bém numa valorização do legado português com formas mais modernas de expressão, como a música, a literatura ou o cinema de origem lusa. Enquanto os pais e avós se mantinham ligados aos clubes e às festas religiosas, os jovens luso-canadianos procuram hoje outras formas de liga-ção à sua identidade, muitas vezes através de experiências pessoais em Portugal, de intercâm-bios, viagens, projetos artísticos ou iniciativas empreendedoras.

Peter Fonseca deixa-nos, aliás, uma mensagem clara quanto ao futuro da imigração no Canadá: “Mesmo que hoje as rotas migratórias mudem, continuamos a ser um país que acolhe de braços abertos aqueles que querem viver em liberdade, com dignidade e com a ambição de construir um futuro melhor para si e para os seus filhos.”

É certo que, atualmente, o fluxo de emigrantes portugueses para o Canadá já não é tão intenso como no passado. Muitos jovens portugueses optam hoje por destinos mais próximos, como a Alemanha, o Luxemburgo ou a Suíça. Ainda assim, o Canadá mantém-se como um destino dese-jado para quem procura estabilidade, segurança e um horizonte alargado. Além disso, os laços entre Portugal e o Canadá estão longe de se quebrar. Ao contrário: continuam a fortalecer-se através da nova vaga de lusodescendentes que, ainda que já nascido no Canadá, sentem Portugal como parte da sua identidade e procuram formas de homenagear essa herança.

Num mundo em constante mudança, o exemplo da comunidade portuguesa no Canadá mostra que é possível integrar-se sem perder a memória, contribuir sem esquecer a origem, construir futuro sem apagar o passado. Essa é, talvez, a maior lição da emigração lusa: a capacidade de transformar a saudade em força, a distância em ponte, e o estrangeiro em casa. E nesse percur-so, o Canadá foi, e continua a ser, um capítulo essencial da história portuguesa no mundo.

MB/RMA/MS

Peter Fonseca. Créditos: DR. Credito: DR

Portugal e Canadá Uma história de emigração, acolhimento e construção de vidas

Há países que se tornam parte da identidade de outros, não por razões geopolíticas ou interesses estratégicos, mas pelo pulsar silencioso de milhares de vidas que cruzaram oceanos em busca de futuro. O Canadá é, para Portugal e muitas outras nações, um desses países. No caso da comunidade portuguesa, O Canadá representa aquele lugar longínquo onde se fincaram raízes portuguesas profundas.

Hoje, passados 72 anos da chegada dos primeiros de todos nós, a língua e a cultura lusas continuam a ecoar em bairros, clubes, igrejas, escolas e centros culturais. Efetivamente, foi em 1953 que chegou ao Canadá o primeiro contingente oficial de emigrantes portugueses, marcando o início de um fluxo migratório que, ao longo das décadas, cresceu de forma significativa. Naquele tempo, Portugal vivia sob o peso do Estado Novo, mergulhado numa crise social e económica que empurrava muitos para fora das suas fronteiras. O Canadá, por sua vez, procurava mão-de-obra para sustentar o seu crescimento económico, e abriu as portas a trabalhadores estrangeiros, entre eles, milhares de portugueses. Como sabemos a chegada dos primeiros emigrantes lusos fez-se em condições duras. Muitos partiram das ilhas dos Açores e da Madeira, regiões mais vulneráveis economicamente, e também de várias zonas do interior de Portugal continental. A maioria vinha com pouco mais do que uma mala de cartão, alguma roupa e muitos sonhos. Ao desembarcarem no Canadá, encontraram trabalho nas áreas da construção, agricultura, indústria têxtil e serviços domésticos. A língua era um obstáculo, o frio um choque, a distância de Portugal uma dor constante. Mas havia algo que os unia: a vontade de vencer e de dar melhores condições às suas famílias. Com o passar dos anos, os imigrantes portugueses começaram a estabelecer-se com maior solidez. Compraram casas, abriram negócios, fundaram clubes, associações e até paróquias com missa em português. Para o escritor e historiador Daniel Bastos, autor de várias obras sobre a diáspora portuguesa, o papel do Canadá na história da emigração portuguesa não pode ser subestimado. “O Canadá foi, durante dé-

cadas, um dos destinos mais significativos da emigração portuguesa. O país oferecia oportunidades concretas de trabalho, segurança e uma sociedade multicultural onde os portugueses encontraram espaço para crescer sem perderem a sua identidade”, afirma.

O autor, que no paasado sábado, dia 28, lançou em Toronto o livro Monumentos ao Emigrante, sublinha que “os portugueses no Canadá se afirmaram ao longo de décadas como uma das comunidades emigrantes mais bem-sucedidas, trabalhadoras e respeitadas, dando um contributo notável para o desenvolvimento do país de acolhimento, sem nunca perderem os laços com a sua cultura de origem”.

Essa afirmação é visível no tecido económico e social canadiano, onde os luso-canadianos se destacam como empresários, profissionais de saúde, trabalhadores da construção, dirigentes comunitários, académicos e artistas. Além disso, muitos filhos e netos de emigrantes portugueses alcançaram posições de destaque na política, nos meios de comunicação social e no ensino superior. Mas a emigração portuguesa para o Canadá não moldou apenas destinos individuais. A força e a coesão da comunidade luso-canadiana contribuíram para estreitar as relações diplomáticas, económicas e culturais entre os dois países. Através da rede de consulados, embaixadas, câmaras de comércio e intercâmbios institucionais, foi-se solidificando uma ponte entre Lisboa e Otava.

Economicamente, o Canadá tornou-se um parceiro relevante para Portugal, tanto ao nível das exportações de produtos alimentares e vinhos, como do turismo e do investimento. Social e culturalmente, os laços intensificaram-se com a criação de programas de ensino de português nas escolas canadianas, com o apoio de instituições como o Camões, I.P., e com a presença ativa de grupos folclóricos, bandas filarmónicas, festivais e atividades religiosas com inspiração portuguesa. Este intercâmbio tem ainda uma dimensão simbólica, espelhada em monumentos, praças e ruas dedicadas à comunidade portuguesa em várias cidades canadianas. Essas homenagens são reflexo do reconhecimento que o Canadá tem pelo contributo valioso dos portugueses no seu desenvolvimento.

Apesar deste passado de forte migração, o presente mostra uma nova realidade. Como observa Daniel Bastos, “hoje em dia, o Canadá já não é o destino preferencial para os emigrantes portugueses. As novas gerações, mais qualificadas e com outras ambições, tendem a escolher sobretudo países da Europa do Norte, como Alemanha, Suíça ou Luxemburgo, que oferecem proximidade geográfica, estabilidade económica e boas condições laborais.” As exigências de entrada no Canadá tornaram-se também mais apertadas, com processos de imigração mais complexos e seletivos, muitas vezes baseados em sistemas de pontuação que valorizam competências específicas, domínio do inglês ou francês, e experiência profissional em áreas prioritárias.

Mesmo assim, o Canadá mantém o seu prestígio como destino de eleição para quem procura qualidade de vida. “O Canadá continua a ser reconhecido como um país multicultural, com grandes oportunidades e uma elevada qualidade de vida. Esse prestígio internacional faz dele um destino valorizado por muitos emigrantes em geral”, sublinha Bastos. Assim, ainda que o fluxo migratório tenha diminuído, o legado da comunidade portuguesa no Canadá continua a ser profundamente relevante. Ao longo dos anos, muitos dos filhos e netos dos primeiros emigrantes decidiram permanecer, investindo na continuidade dos laços culturais. A língua portuguesa, os valores de solidariedade, o espírito de entreajuda e o orgulho pelas origens são passados de geração em geração, mesmo quando a fluência na língua vai esmorecendo, ou quando os ritmos da vida moderna tornam mais difícil a manutenção de certas tradições. “Muitos destes luso-canadianos continuam a visitar Portugal, a investir em propriedades nas suas terras de origem, e a manter um envolvimento ativo na vida das suas comunidades em ambos os lados do Atlântico. A diáspora portuguesa no Canadá mantém-se como um exemplo de integração, de união e de orgulho nacional”, conclui o historiador.

O lançamento do livro Monumentos ao Emigrante, da autoria de Daniel Bastos, é também uma expressão dessa valorização da memória e do percurso dos emigrantes.

A obra reúne, com rigor histórico e sensibilidade social, os monumentos erigidos em

Portugal em homenagem aos que partiram. Esses monumentos não são apenas obras de pedra ou metal: são marcos de memória coletiva, testemunhos silenciosos de coragem, dor e esperança. Recordam aqueles que partiram sem saber se voltariam, e celebram os que, mesmo longe, nunca deixaram de ser portugueses.

A história da emigração portuguesa para o Canadá é feita de sacrifícios, conquistas e reencontros. É uma história de famílias separadas e reunidas, de línguas misturadas, de sonhos realizados e de saudades que permanecem. É também uma história que continua a ser escrita, já não com os números de outrora, mas com a mesma força simbólica. Porque mais do que a quantidade dos que partem, importa a qualidade das pontes que se mantêm. E entre Portugal e o Canadá, essas pontes são sólidas, humanas e culturais.

Num tempo em que tanto se fala de migrações e identidades, vale a pena olhar para o exemplo da comunidade luso-canadiana: um exemplo de como se pode ser de dois mundos, com orgulho e pertença; de como a emigração, quando acompanhada de respeito, reconhecimento e integração, se torna numa história de sucesso partilhado.

MB/RMA/MS

Daniel Bastos. Créditos: DR.
Credito: DR

VOX-POP

Hoje queremos ouvir a voz de quem trocou Portugal pelo Canadá. Quais foram os motivos que os trouxeram até aqui? Valeu a pena? Correspondeu às expectativas? E há vontade de regressar? Vamos descobrir o que têm para nos contar sobre esta experiência de emigrar e viver no Canadá. O nosso jornal foi para a rua.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

O Canadá oferecia, nos anos 60 e 70, várias oportunidades de trabalho em diferentes sectores, o que dava a impressão de garantir um nível de vida melhor.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

Se pudesse voltar atrás no tempo, não emigrava, pela simples razão de não querer ter a vida dividida entre os dois países e a família espalhada cá e lá.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas? O Canadá correspondeu às minhas expectativas financeiras, mas foi preciso muita força de vontade para trabalhar muitas horas durante a semana, aos fins de semana e feriados, com poucas férias durante vários anos. Tive muita vontade de aprender para melhor me integrar neste país: trabalhava, mas também frequentava a escola para adultos nas horas disponíveis. Organizámos a nossa vida seguindo o lema “no poupar é que está o ganho”. Juntamente com o meu marido, conseguimos alcançar o nosso objetivo de ter aqui no Canadá a nossa própria casa e de manter e expandir a que já tínhamos em Portugal. Fizemos o melhor possível para garantir o conforto necessário para a família e para que os nossos filhos pudessem

estudar tanto na escola inglesa como na portuguesa. Sempre mantivemos as nossas tradições e a cultura portuguesa.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Gostamos de ir a Portugal e passar lá algum tempo para tratar das nossas coisas, mas também não podemos virar as costas ao Canadá, porque temos aqui a família e a nossa casa. Tentamos dividir o nosso tempo ao longo do ano entre os dois países da melhor forma possível.

5. O Canadá ainda é o que era?

No Canadá, muitas coisas mudaram ao longo dos anos, mas continua a ser um país muito bom. Gosto muito do Canadá, mas também gosto de Portugal.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

A razão que me levou a emigrar em 86 foi o facto de as coisas estarem más em Portugal. Decidi emigrar para melhorar a minha vida e só tenho de agradecer ao Canadá, pois foi aqui que fiz a minha vida.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

Se voltasse atrás, nos dias de hoje, não emigrava. Se voltas-

Otília Prazeres, tem negócio próprio

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

Vim acompanhada pela minha mãe, depois do falecimento do meu pai, com o objetivo de garantir um futuro melhor para as filhas.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

se atrás, nos dias de hoje, não emigrava. Com a experiência que tenho agora, percebo que teria sido melhor ficar em Portugal, mesmo com as dificuldades.

Evitava ter a vida e a família divididas entre dois países, e poupava o esforço e os sacrifícios de recomeçar tudo de novo num lugar tão distante.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

Superou as minhas expectativas. Quando emigrei, sabia que ia ser difícil, mas não imaginava conseguir alcançar tanto. Com muito trabalho e dedicação, consegui ter uma vida estável, garantir o futuro da família e conquistar coisas que em

Sim, sem dúvida. Não tenho qualquer hesitação em afirmar isso. Foi uma decisão difícil, mas necessária, e hoje reconheço que foi a melhor escolha possível dadas as circunstâncias. Apesar de todos os desafios, sinto que conseguimos alcançar aquilo a que nos propusemos, ainda que com muito esforço e sacrifício.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

O Canadá tem correspondido às minhas expectativas e não estou arrependida.

deixar o nosso país, família, amigos, costumes, mas o Canadá é um país cheio de oportunidades e opções para quem está disposto a trabalhar e recomeçar.

Portugal não seriam possíveis naquela altura. Sinto que todo o esforço valeu a pena e que, apesar dos sacrifícios, consegui mais do que alguma vez sonhei.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Tenho planos de regressar a Portugal.

5. O Canadá ainda é o que era?

O Canadá já não tem nada a ver com aquilo que era quando emigrei e está cada vez pior.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

A principal razão por que emigrei para o Canadá, como tantas outras pessoas, foi para procurar uma vida melhor. Emigrei com 19 anos, cheia de esperança, e claro, com o objetivo de construir um futuro mais promissor.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente? Sim, voltaria a emigrar. É verdade que se perde muito ao

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

O Canadá superou as minhas expectativas. Vindo de uma cidade pequena, fiquei impressionada com a variedade de escolhas que temos aqui, desde serviços a oportunidades de emprego. Além disso, o civismo das pessoas é algo que realmente se destaca e faz diferença no dia a dia.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal? Quanto à vontade de regressar a Portugal, claro que existe

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Só mesmo visitar e matar as saudades – de férias.

5. O Canadá ainda é o que era?

Apesar de haver altos e baixos naquela altura, como ainda hoje acontece, o custo de vida aumentou muito nos últimos anos, o que tornou tudo mais difícil. Ainda assim, tentamos manter a esperança e continuar a lutar por uma vida melhor.

sempre. Temos saudades e gostávamos de passar mais tempo lá. Mas não para regressar de forma definitiva, até porque temos aqui os filhos e os netos. A ideia seria poder passar lá quatro ou cinco meses por ano, matar saudades e manter a ligação às nossas raízes.

5. O Canadá ainda é o que era?

É verdade que o Canadá já não é o que era. Está tudo muito mais caro e não está fácil, especialmente para os jovens, conseguirem comprar casa ou até mesmo arrendar. Mesmo assim, continua a ser um dos melhores países para se viver, com qualidade de vida e segurança que ainda fazem valer a pena.

Maria Melo, reformada
Lina Pedrosa, freelancer
Teresa de Sousa, Reformada

Maria João Nascimento Especialista em Atendimento ao Cliente

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

Vim com o objetivo de construir uma vida ao lado da pessoa que amo, dando continuidade ao nosso matrimónio e criando juntos um futuro mais estável.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

Só consideraria emigrar novamente se fosse para o Canadá, pois é o único país que vejo como alternativa viável para recomeçar.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

Sem dúvida, é muito mais do que as pessoas imaginam: oferece oportunidades, desafios e experiências que nos transformam profundamente.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Para visitar, sempre! Portugal será sempre um destino obrigatório, cheio de memórias, família e amor.

5. O Canadá ainda é o que era?

Infelizmente não. Mas continua a ser o meu país de preferência.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

Vim com os meus pais em busca de melhores oportunidades e de um futuro mais estável. Foi uma decisão difícil, mas acreditávamos que seria o melhor para todos.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

A razão pela qual vim para o Canadá foi o facto de ser menor. Mas hoje agradeço a Deus pelo sacrifício que o meu pai fez e por ter vindo para cá de forma legal.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

Se tivesse tido opção de escolha, teria emigrado para a Suíça! O Canadá, como sabes, é o país de sonho de muitos imi-

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente?

Apesar das dificuldades de adaptação no início, foi uma experiência que me fez crescer muito. Aprendi a lidar com desafios, conheci novas culturas e tornei-me mais resiliente.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

Sim, correspondeu às expectativas. É um país com muita diversidade e oportunidades, mas também com os seus próprios desafios. A vida lá não é perfeita, mas abriu-me portas que talvez não tivesse encontrado noutro lugar.

grantes e era o sonho dos meus pais naquela altura. O meu pai recebeu uma oferta para vir para cá e, aventureiro como sempre foi, deixou a casa e trouxe na mala o sonho de uma vida melhor para a minha mãe, para mim e para os meus irmãos. Ao fim de três anos, cá estávamos nós, legalmente, sem sabermos bem para o que vínhamos, no fundo, também nós trazíamos tudo nas malas: sonhos, curiosidade e, sem sabermos, a saudade.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

O Canadá ensinou-me a ter saudade! Hoje sei o verdadeiro significado de cada letra dessa palavra - oh, se sei! Mas também me ajudou a ser a pessoa que sou hoje. Moldou aquela parte frágil e inocente que eu era.

Os meus filhos eram mais pequenos, teria sido apenas até eu criar condições para os trazer para junto de mim, mas não quis deixá-los com essa responsabilidade.

3. O Canadá correspondeu ou superou as suas expectativas?

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Sim, estou cá de férias agora, mas gostava de continuar a regressar, nem que seja por temporadas. Portugal é casa e sinto sempre vontade de manter essa ligação viva.

5. O Canadá ainda é o que era?

Portugal tem mudado, como todos os lugares. Está diferente, com novos problemas e oportunidades, mas continua a ser um país cheio de potencial. Vejo muitas possibilidades para quem quer investir ou construir um futuro aqui.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Se tenho planos para regressar a Portugal? Sim, muitos. Portugal viu-me nascer. Já passaram muitos anos, mas lá sou “a canadiana” e aqui sou sempre portuguesa. No fundo, é o meu filho que me prende cá, e Portugal acaba por ficar como segunda opção.

5. O Canadá ainda é o que era?

O Canadá já não é o que era… mas o que o torna especial é o multiculturalismo. O Canadá abraça qualquer cultura, e por isso sentimo-nos em casa, mesmo estando muito, muito longe.

1. Qual foi a principal razão que a/o fez emigrar para o Canadá?

A principal razão foi vir à procura de um futuro melhor para os meus filhos. Sou nascida cá e os meus filhos têm nacionalidade canadiana, o que nos abriu as portas sem qualquer dificuldade.

2. Se pudesse voltar atrás, escolheria emigrar novamente? Sim, sem dúvida alguma. Só alteraria uma coisa: teria vindo uns anos mais cedo, quando os meus pais me aconselharam.

O Canadá tem correspondido e até superado as expectativas, pois aqui é mais fácil encontrar trabalho, seja em que área for e em qualquer idade. No meu caso, sou cabeleireira e amo a minha arte, mas por um problema de saúde, ao fim de 32 anos tive de optar por outra profissão, pois não posso exercer como gostaria. Hoje, além de ainda tratar alguns cabelos, sou housekeeper e nanny. Se fosse em Portugal, não seria tão fácil; aqui temos mais oportunidades.

4. Tem planos ou vontade de regressar a Portugal?

Sim, tenho planos. Para a altura da reforma ou, quem sabe, até antes. Amo estar cá, é o país onde nasci. Embora de momento esteja aqui sozinha, pois os meus filhos já regressaram, não me sinto só: estou em casa. Mas sinto muitas saudades dos meus filhos, netos, pais e restante família. Saudades do país onde cresci, onde formei a minha família, o país que eu amo... Portugal.

5. O Canadá ainda é o que era?

Quanto a esta questão, só me posso manifestar pelo tempo em que estou cá agora, pois saí daqui com 7 anos e regressei há 10 anos. Mas nestes últimos 10 anos muita coisa mudou e não considero que tenha sido para melhor: a criminalidade, os sem-abrigo e o custo de vida têm vindo a aumentar.

Credito: DR
Sandy A. Soares
Cabeleireira, Housekeeper e Nanny
Liliana Lima, Estudante Universitária de Psicologia

O Canadá no mundo

Ora viva, bom dia. Boa sexta-feira e um excelente mês de julho.

Pergunto-lhe eu - o que acha deste grande país que é o Canadá? Considera-o melhor ou pior, relativamente à época em que cá chegou?

Andando a remexer em arquivos e deparei-me com algumas realidades, umas conhecidas, outras nem por isso.

O Canadá destaca-se no cenário mundial por diversos fatores, incluindo qualidade de vida, diversidade cultural, economia forte e compromisso com o meio ambiente. É um país com grande extensão territorial, o segundo maior do mundo, e possui uma população multicultural e bilíngue, com inglês e francês como línguas oficiais.

A tal Qualidade de Vida:

O Canadá é frequentemente classificado entre os melhores países para se viver, com altos índices de desenvolvimento humano, acesso à saúde e educação de qualidade, e um ambiente seguro e estável. Porém já foi melhor, também conhecido pela sua política de multiculturalismo, celebrando a diversi-

dade de povos e culturas que compõem a sua população. O país tem um forte compromisso com a sustentabilidade, com grande parte da sua matriz energética baseada em fontes renováveis, como a hidroelétrica. O Canadá é o segundo maior país em extensão territorial, com uma geografia variada, que inclui desde as Montanhas Rochosas até as planícies do centro do país.

O inglês e o francês são as línguas oficiais do Canadá, o que reflete a sua história e a influência cultural. Continua a ser uma monarquia constitucional parlamentarista federal, com um sistema político que combina elementos da tradição britânica.

Este país possui grandes reservas de recursos naturais, como petróleo, gás natural e

urânio, que desempenham um papel importante na sua economia. O Canadá investe em educação, com altas taxas de alfabetização e um sistema educacional bem avaliado, incluindo o ensino superior.

O Canadá possui também um mercado de trabalho atraente, com baixas taxas de desemprego e um grande número de vagas em diversos setores.

Entretanto, o Canadá já foi chão que deu melhor “Uva” , mas vamos ver onde vamos parar.

É o que é e vai valer sempre o que vale.

Até já e fiquem bem, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Paulo Gonzo - Com mais de 40 anos de carreira, continua a emocionar gerações com a sua voz icónica.

• Arraial no PCCM - O Centro Cultural Português de Mississauga transformou-se para celebrar o Dia de Portugal.

• Lançamento do livro Here and Elsewhere - Celebrar a alma luso-canadiana com o livro "Here & Elsewhere: An Anthology of Portuguese Canadian Writers 2025".

• Inauguração da Nova Casa das Beiras - A Casa das Beiras de Toronto reabriu as suas portas.

• Fado TV com Cláudia Picado - Uma atuação especial dedicada à alma da música portuguesa: o fado.

• Rosa's Portuguese Kitchen - Aprenda a fazer um delicioso Soufflé de Bacalhau neste novo episódio.

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Cristina da Costa Opinião
Credito: DR

Canadianism Eh! “Elbows Up”

I’m sitting at my desk on Canada Day pondering questions related to our National Day and in particular why I decided to work on this day. It is unpatriotic of me to not celebrate another year of survival where for the last 364 days I’ve had to criticize various aspects of life and living in this once considered the best country in the world. And so as I reflect on why I love this country but do not celebrate the glorification of its uniqueness within the globe, I wonder what has changed that has made me doubt the distinctiveness of the country that I helped build. Granted that Canadianism is a feeling not a

country and this concept encapsulates distinctive linguistic, cultural and social elements that define Canadian identity and differentiate it from other English speaking nations, particularly the United States and United Kingdom. It is also a fact that Canadian Nationalism has seen a resurgence since Donald Trump began discussing annexation.

There has been a campaign of “buy Canadian” and a stronger emphasis on Canadian values, but is this the solution to solidifying our place in the world? This Canada Day should be a day of

reflection, not celebration, to find a new strategy to make Canada a singularly special place again. Given statistics that suggest that 83% of Canadians say they are proud to be Canadian, raising 7% from June 2024, we could assume that everything is right in this country since the cerebral war against Trump started and we became more nationalistic. However, 20% of Canadians believe Canada doesn’t live up to the reputation of being one of the best countries in the world, suggesting that it’s just “Ok”. That’s over 8 million people unsatisfied with current conditions afflicting the lives of Canadians.

Attitudes play a big part in maintaining a strong country and Canadians seem to have an aversion to being our best, which will hold us back from reaching our potential. Canada was built on decency but we can no longer afford to continue to be well-mannered and kind because it will undermine our future in the face of attacks and geo-politics that countries are facing today. Often, I feel we have given up on the core strengths that appealed to so many of us crossing oceans to come to Canada. Why are we insisting in dumbing down the intellectuality of this country to accommodate synergies brought in from elsewhere?

Accommodation and perseverance has been a trait that Canada has exported throughout the world but horrible decisions with immigration policies is playing havoc with our base values by allowing racism and other anti-social behaviours to take over our streets. Imported hate will be the downfall of Canada if we don’t recognize that the current cultural grain is a threat to our way of living. “Good enough” is not patriotic and Canadians have to return to the roots of being the best because we have the conditions for that. Our history is based on a communitarian, hierarchal and religious Canada but these commandments are now dead and instead we embrace the liberalization of laws and “social rights” based on the concept that in a democratic country anything goes, allowing criminality to be the platform of social freedom.

A country is not a slab of land but a sum of its people and should be a place where anybody from anywhere can do anything. We have to fight for these concepts within a lawful society where children can be proud of adults again who have screwed up their future.

Happy Canada Day.

Manuel DaCosta/MS

Apresentador

Augusto Bandeira

Convidados

Vítor Silva Rómulo M. Ávila

Manuel DaCosta

Tema da semana: O que torna o Canadá único? Como tem evoluído? O que precisa para o futuro?

sexta-feira às 18h

Photo: Fa Azevedo

OPINIÃO

Is there anyone out there that isn’t at least related to an immigrant? Even among all of those who are on the side of populism, anyone? There seem to be many though, that are convinced that they are more Canadian than others? There are also naturalized Canadians who lean on the populist side. A while back, a recently retired Portuguese client of mine, who worked his whole life in Switzerland, told me that one of the reasons for his return was due to an influx of immigrants. Obviously, I kept quiet, but it was just one of the many times I’ve heard immigrants complaining about how they feel that there are too many immigrants.

I’m thinking there may be a mental time limit, where one no longer considers themselves an outsider. It does make sense, I sure didn’t feel like an outsider there. The discrepancy though, lies in the fact that due to that ‘comfort’, many are forgetting where they or their family originated from. This tends to cloud some judge-

ments, when it comes to others vying for their turn. Populist leaders prey on this and use it as their stepping-stone to positions of power. It’s not their only play, but it’s an important one. Let’s also get one thing straight, there’s a huge difference between an immigrant and a refugee. This is something else that seems to me, is also caught in the populist fog, although my heart goes out to those who genuinely seek refuge. Immigrants have been the backbone of the Canadian economy since the beginning. People from all over helped raise the nation to what we see today, under sometimes brutal conditions. Immigrants gave their lives both in labour and in battle, and the legacy is a nation that has flourished into one of the most progressive, peaceful, and safest in the world. But while I’m at it, what about the United States and Great Britain? Today’s neo-populism emerged from there, with Trump playing the Pied Piper. They’re feeding the mob mentality through the media, and so many of us are buying into it. What would any of these

THE FOG

countries be without Immigrants? In the U.S., they are removing people’s legal status, to then detain them as ‘illegals’. In Europe, migration goes back thousands of years. A few hundred years ago, Lisbon, for instance, already had an immensely diverse population due to trade. Slavery also played a large part, and their culture is part of the recipe of modern Portuguese culture, as is Canada’s. Here, populism is flourishing because of an argument against people coming to live in our country, in Portugal! A country that has millions of immigrants spread throughout the world! How could we deny that to others? For the first time in decades, our population has risen! An interesting fact: The Portuguese vote from Canada was mostly for our populist party. In Canada, the voters went Liberal to keep Trump at bay, but apparently it’s OK for Portugal. I guess that maybe they voted Conservative.

Canada has, for many generations, been a country of immigrants, a place where any people, of any culture, have been able

to thrive. A country that opens its doors to those wanting to make a go of it. A country that knows that these people fill specific roles, the low-paying jobs, the difficult high-paying jobs; just like the rest of us, when we first showed up. When you’re new, anything will do, because inside, you know that there are prospects for a better future, in a stable, welcoming country. So let’s try and resist the temptation of coming down on those who are the most vulnerable. They’re easy prey for those who are actually operating the fog machine. Our anger is best vetted against them, who are pointing fingers, and causing all the damage, for they are seeking to distract us. Let’s instead try and think a little bit more before we decide on what we think is right or wrong, or something else. Let’s try and empathize with those whose difficulties we may even understand from our own experiences. If none of that works, well, think of them as human beings. Fiquem bem,

Raul Freitas/MS

What it is to be canadian

My reflections during this July 1 weekend are all over the map but as Canadians prepare to celebrate Canada Day, it’s an opportune moment to reflect on what it truly means to be Canadian. The holiday, marking the founding of Confederation in 1867, is more than just fireworks and parades; it’s a celebration of identity, history, diversity, and the values that shape this vast and varied nation.

To be Canadian is to embrace a mosaic of cultures, languages, and perspectives. It’s about valuing politeness, inclusiveness, and a strong sense of community. Canadians often take pride in their natural landscapes-from the Rocky Mountains to the Atlantic coast-and their commitment to multiculturalism and social justice. While the stereotype of politeness is wellknown, it also reflects a deeper value of respect and civility that many Canadians hold dear.

Canada’s reputation as a welcoming country attracts millions of visitors and immigrants each year. Many come to celebrate Canada Day, experience the country’s natural beauty, or explore its vibrant cities. For some, the visit is a genuine attempt to appreciate and understand Canadian culture and history. For others, especially those seeking economic opportunities, the visit may be driven by work or business prospects, with the intention of returning to their home countries once their goals are achieved.

This mix of motives is natural in a globalized world. Many immigrants and visitors develop genuine affection for Canada over time, contributing to its multicultural fabric. Conversely, some may see their time in Canada as temporary, focused primarily on economic or personal gain, which can sometimes lead to questions about the depth of their connection to the country. In recent years, political figures-particularly from the United States-have sometimes acted as catalysts for reflection within Canada. The election of Donald Trump and his policies, rhetoric, and approach to nationalism have, for many Canadians,

served as a reminder of what they value about their own country. Some Canadians have expressed a renewed sense of patriotism, emphasizing their differences from American policies and identity, and feeling a desire to preserve and promote their social programs, multiculturalism, and inclusive values.

However, patriotism in Canada is often nuanced. Many Canadians are proud of their country’s achievements but remain modest about their national identity. Their pride is frequently intertwined with a sense of shared values rather than aggressive nation alism. The appreciation for Canada varies widely. Many Canadian take pride in their country’s reputation for peace, inclusiv ity, and natural beauty. They celebrate their cultural diversity and social safe ty nets, often viewing these as sources of national strength. Non-Canadians’ perceptions can differ. Visitors and immigrants may be struck by the country’s politeness, cleanliness, and natural landscapes. Conversely, some might critique issues such as indigen ous rights, environmental concerns, or social inequalities. Overall, Can ada’s reputation remains positive globally, often seen as a peaceful and welcoming nation.

Canada’s openness to im migrants is a defining fea ture. Yet, this openness also invites questions about integration, cultural preser vation, and social cohesion. Some newcomers come with a deep appreci ation of Can adian val ues, while others may

see their time in Canada as a stepping stone, driven by economic opportunities or safety. The challenge for Canada is to foster a sense of belonging for all residents, regardless of their background or reasons for coming. Canadian patriotism often manifests differently than in some other countries. It’s less about aggressive nationalism and more about pride in social programs, environmental stewardship, and multicultural policies. Recent political debates, including issues related to climate change, and foreign policy, influence how Canadians express their nationalism. The rise of social media has also created new platforms for expressing pride or critique, making patriotism a more dynamic and diverse phenomenon.

The July 1 weekend is a time for Canadians to reflect on what it means to be part of this country-its history, values, and challenges. While some come to Canada primarily for economic reasons. Many develop a genuine appreciation for its unique qualities. Political events, especially those in neighboring countries, can influence Canadian pride, but at its core, being Canadian is about embracing a diverse, inclusive, and resilient identity. Whether through celebration or reflection, Canada Day provides an opportunity for both Canadians and visitors to consider what makes this country special-and how they can contribute to its

In closing, fortunately or unfortunately, Donald Trump and his rhetoric has brought Canadians closer together and we are not shy about pronouncing that we are Canadian from Canada.

Vincent Black Opinion
Photo: Copyright
Host Vince Nigro Guest William Fox

Joe Silvey Um pioneiro da nação canadiana

Na passada terça-feira, comemorou-se o Dia Nacional do Canadá, um feriado simbólico que desde 1 de julho de 1867 assinala a independência deste território do Reino Unido, através da união de três colónias britânicas, a Província do Canadá, atual Ontário e Quebeque, e a Nova Brunswick e a Nova Escócia.

Estabelecida em grande parte da América do Norte, a sociedade canadiana destaca-se pela sua génese multiculturalista, intrinsecamente associada ao facto de possuir um dos maiores índices de desenvolvimento humano. Na base da mescla de grupos, idiomas e culturas étnicas que coexistem no Canadá, encontra-se o pioneirismo luso, que muito antes do fluxo migratório das décadas de 1950-60, teve no cabouqueiro Joe Silvey um precursor da presença portuguesa no território.

Natural dos Açores, Joe Silvey ou José Silva, terá deixado a ilha do Pico em 1846, ainda a entrar na adolescência, embarcando num barco baleeiro americano. Esfumada a quimera do ouro que levou à época infindos aventureiros à Califórnia, instalou-se na Colúmbia Britânica por volta de 1860, onde veio a unir-se a Khaltinaht, neta do chefe índio Kiapilano, e de cuja relação nasceu a filha, Elizabeth, a primeira criança de sangue europeu nascida em Vancouver. Joe acabaria por se tornar, em 1867, o primeiro europeu a receber a nacionalidade canadiana, tendo por essa altura aberto em

Após

instalou-se em Stanley Park, onde se dedicou à pesca, tendo sido o primeiro a conseguir uma licença oficial para pescar com a técnica da rede de cerco. Até à sua morte

em 1802, Joe casou-se ainda com a índia salish conhecida como Lucy, de quem teve dez filhos, fixando-se em Read Island, onde comprou um vasto terreno e partilhou parte da sua prosperidade derivada da atividade piscatória com a comunidade local.

O pioneirismo de Joe Silvey na construção da sociedade multicultural no Canadá levou a que em 25 de abril de 2015 a Câmara de Vancouver, situada na Colúmbia Britânica, a terceira maior província do Canadá, onde vivem atualmente cerca de 40 mil portugueses e lusodescendentes, inaugurasse em Stanley Park um monumento em sua homenagem. Concebido pelo bisneto de Silvey, o escultor Luke Marston, a estrutura comemorativa inclui a estátua do baleeiro açoriano e das suas duas mulheres nativas, sobre uma calçada portuguesa, para fazer a ligação à pátria origem.

Segundo alguns historiadores, o baleeiro açoriano oitocentista contribuiu indelevelmente para o desenvolvimento da província localizada no extremo oeste do Canadá e para a tolerância étnica. Sendo que, o então presidente da Câmara de Vancouver, aquando da inauguração do monumento de homenagem ao português Joe Silvey, assegurou que o mesmo, é concomitantemente, “um ponto de reconciliação entre os Povos das Primeiras Nações e a restante comunidade”.

Salientando ainda, estamos “a trabalhar arduamente para sermos a cidade da reconciliação. Vamos todos trabalhar neste objetivo multigeracional”, de modo, através da figura pioneira e inspiradora de Joe Silvey, “tentar ser um modelo para um futuro cheio de esperança, harmonioso, entre as nossas culturas”.

Os 5 truques da redução de IRS

Esta semana combina o prazo para entregar o IRS e a discussão no Parlamento sobre uma nova redução desse imposto, a efetuar ainda este ano. Depois do fiasco de um "choque fiscal" que já havia sido em 80% aprovado pelo Governo de maioria PS e da própria redução da AD ter sido chumbada em benefício de uma redução mais justa apresentada pelo PS na oposição, este ano teve um sabor ainda mais amargo com a redução em 32% dos reembolsos de IRS e milhares de famílias que, pela primeira vez, tiveram de pagar mais do que haviam retido.

Montenegro e Miranda Sarmento querem, pois, agora ficar bem na fotografia. Como qualquer retrato, o timing é essencial. O propósito anunciado do Governo, confirmado pela pressa na sua tramitação parlamentar, é que o alívio chegue já nos meses de agosto e setembro. Se ao Expresso o Governo afirma que o propósito é "reanimar a economia" – já ninguém acredita nas previsões otimistas de crescimento – qualquer português é suficientemente esperto para detetar aqui intrujice. Em vésperas de eleições autárquicas, com recurso ao mesmo balão financeiro que o ano passado, o que a AD quer é animar o

eleitor, não a economia. Se assim não fosse, porque não espaçar esse maná fiscal nos outros 3 meses que restam em 2025?

Este é, porém, apenas o primeiro truque da nova descida do IRS. Há que questionar a própria escolha deste imposto. A carga fiscal em Portugal é especialmente alta nos impostos indiretos, como o IVA, chegando a 14,6% do PIB, quando se cifra nos 13,0% na média europeia. Já os impostos diretos, como o IRS, são mais altos na média da UE (13,3%) do que em Portugal (10,6% do PIB). Sendo os primeiros mais desiguais e mais penalizadores do crescimento do que os primeiros, seria, por exemplo, mais ajuizado baixar o IVA do que o IRS. A própria escolha de a quem reduzir o IRS é um terceiro truque em si mesmo. O Governo ainda tentou sugerir que a descida era maior para a classe média. Confiou, para tal, na baixa literacia financeira dos portugueses. Afinal, quem ganha mais beneficia da descida do IRS não só na taxa marginal do seu escalão como, por via da taxa média, nas taxas marginais de todos os escalões anteriores. É assim que, enquanto um salário próximo do médio, de 1500€, não poupa mais de 7€ por mês, quem ganha 6000€ poupe 30€. Comparado com a redução aprovada no ano passado, esta descida é menos generosa para todos os que ganharem menos de 4500€. E chamam a isto justiça fiscal?

Infelizmente, o ilusionismo não fica por aqui. O quarto truque é que o Governo está

a dar com uma mão mas a tirar com a outra. Já aqui escrevi sobre como, em Portugal, a motosserra vem de mansinho. Desde os cortes na ciência ao congelamento das verbas para as federações desportivas, há sinais claros de que a manta não chega a todo o lado. Os jovens foram grandes prejudicados – o Governo já anunciou querer acabar com a devolução das propinas, que prometia arrecadar a cada jovem licenciado ou mestre entre 3 e 5 mil euros, respetivamente.

Mas não são só os jovens, os atletas e os cientistas que estão a pagar a fatura desta opção. Somos todos nós na bomba de gasolina. Afinal, o Governo previu no Orçamento um aumento das receitas da taxa de carbono em 525 milhões. Esta taxa está indexada ao preço de mercado dos certificados de emissões e, chegado a 1 de janeiro, ia aumentar menos que o previsto. Essa bonança não podia reverter nos bolsos dos portugueses. Tinha de ir para os cofres do Estado. Vai de lá, Miranda Sarmento aumentou o ISP na mesma medida. Com os preços dos combustíveis em alta, há também um "extra" em IVA que já não está a ser devolvido, como era assegurado semanalmente nos tempos da governação do PS. O quinto truque encontra-se no que está para vir. Desde logo, porque o Governo anunciou no seu programa a criação de "uma noção sintética" de rendimento sujeito a IRS que corrija as "subtributações resultantes da atual definição limitativa dos

rendimentos sujeitos a IRS". Este "IRS sintético" ameaça aumentar os impostos sobre as compensações dos bombeiros voluntários, os prémios literários, artísticos ou científicos, as prestações sociais ou, ainda, indemnizações por morte, doença ou lesão corporal.

O problema poderá ser bem maior do que esse. Com um excedente previsto de 863 milhões e um acréscimo de despesa em defesa de mil milhões, os 500 milhões a mais de descida de IRS dizem-nos que, ou as contas públicas estavam muito mal estimadas ou podemos caminhar para um défice já este ano. Essa, aliás, era já a previsão, sem estas medidas adicionais, do Banco de Portugal, com o CFP e Comissão Europeia a anteverem um saldo inferior ao impacto destas novas medidas (0,0 e 0,1%, respetivamente). Depois disso, há escolhas muito mais difíceis que ficarão por fazer.

Em política, não há nada como falar direto. Faça-se o que se fizer, num país onde se ganha mal, baixar o IRS parece sempre bem. Foi aliás essa a política do Partido Socialista nos 8 anos em que governou. Se aplicássemos as taxas de IRS de 2015 hoje, os portugueses pagariam mais 6 mil milhões de euros em IRS. Mas não é qualquer redução que serve. E dê-se as voltas que se quiser, esta nova redução de IRS de Montenegro tem truque. Ou melhor, pelo menos cinco.

Gastown um saloon chamado The Hole in the Wall (O Buraco na Parede).
a morte da sua primeira mulher, o açoriano natural do Pico vendeu o saloon e
Monumento de homenagem em Vancouver ao pioneiro português Joe Silvey e às suas duas esposas nativas, em memória do desenvolvimento da região e da tolerância étnica. Crédito: DR
Daniel Bastos Opinião
Miguel Costa Matos Opinião

Uma piada, para fazer rir, pode acabar em julgamento

E dizem por aí que vale tudo… tá bem, tá. Caros amigos, isto é de loucos. O cidadão, nos dias que correm, tem de ter cuidado até com as piadas. Quando até os profissionais, cujo trabalho é fazer piadas para fazer rir, começam a ser levados a tribunal, algo está mal. E como dizem os entendidos, rir faz bem à saúde, mas parece que nem toda a gente entendeu isso.

Dois manos, depois de interpretarem o hino nacional numa pista de motas no Autódromo Internacional do Algarve, tornaram-se alvo de uma piada feita por uma grande profissional do humor, reconhecida e respeitada no meio. A pia-

da girou em torno da performance deles. O que ninguém esperava é que essa piada se transformasse num verdadeiro caso judicial. Desde o dia em que foi dita, nunca mais parou de se desenrolar o novelo. Houve quem levasse mesmo a mal e se dissesse ofendido. Exigiram até uma indemnização de mais de um milhão de euros. Os manos não são coxos a pedir.

Parece que se esqueceram que eles próprios cantam para ganhar dinheiro, e um humorista também vive do que diz. Na minha opinião, a piada até foi uma promoção, às vezes as críticas ajudam a destacar as pessoas. Se forem construtivas, tanto melhor. Mas os manos não entenderam assim, e lá vão arrastar um tribunal com um caso que não faz qualquer sentido, num país que se diz livre e com liberdade de expressão.

Toda a pessoa que se torna figura pública, cantor, apresentador, político, atleta, humorista, etc. está sujeita a piadas, críticas e até insultos, mas os verdadeiros pro-

fissionais compreendem isso e não ocupam os tribunais com disparates. Uma piada, vinda de uma humorista com carreira, não pode ser encarada como difamação. Neste caso não foi. Foi só uma piada. Mas mesmo assim, terminou em julgamento. Eu acho que isto… só mesmo em Portugal. Aproveito e sigo na mesma linha, mas noutro ângulo, os julgamentos. Este caso foi rápido a chegar aos tribunais. E eu fico com a ideia de que há três tipos de justiça:

1. A dos pobres, que por um simples desvio de algo para comer no dia seguinte vão logo presos;

2. A dos média, que por uma piada saltam diretamente para o banco dos réus;

3. E a dos poderosos, que passam anos a fio a fugir à justiça, acabam em beleza à sombra da bananeira, e nunca são julgados nem culpados de nada, seja qual for o caso.

Isto é triste, mas é a realidade. O mundo tornou-se, aos poucos (aos poucos digo eu, para ser meigo…), num espaço cada vez mais corrupto. Tudo isto por falta de coragem para impor leis bem estruturadas, que sirvam a todos por igual. Não precisamos de leis que protejam os poderosos e castiguem os pobres. E não faz sentido ocupar um tribunal com uma simples piada.

Em alguns países, a justiça funciona a meio gás. Na maioria, não convém despachar os processos depressa, por causa dos interesses políticos. E noutros… justiça, simplesmente, não existe. No nosso país, a reforma da justiça precisa de ser profunda e urgente.

Isto é que vai uma nortada! Sabe-se lá de onde vem o vento.

Para terminar, evite fazer piadas, ou arrisca-se a ir a tribunal… só por fazer os outros rir. Bom fim de semana!

O voluntariado como humanização da economia

Sabemos que o terceiro sector é o conjunto de atividades voluntárias desenvolvidas em favor da sociedade, por organizações privadas não governamentais e sem o objetivo da obtenção do lucro. Ao conjunto das atividades económicas podemos chamar de Economia Solidária no que diz respeito a produção, consumo, crédito e poupança.

Quem pratica estas atividades em cima descritas são cooperativas, associações, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens e prestação de serviços assentes numa organização da produção, consumo e distribuição de riqueza onde a valorização do ser humano será tida sempre como o mais importante, deixando o capital para outras vertentes de negócio. Mas para existirem estes agentes económicos têm que existir pessoas que os suportem, seres humanos e aqui temos muito do que deve ser o voluntariado. Embora nos tenhamos habituado a ver voluntários em hospitais, por exemplo, este tipo de boa-vontade deve sair destas esferas tradicionais e caminhar para as empresas de outros sectores. A gestão do trabalho voluntário desenvolvido em sectores sem ser o social pode ser uma mola que ajude a impulsionar a economia para rácios interessantes. O trabalho voluntário tem que contribuir para a humanização e uma maior integração dos setores. O grande problema é que, nos tempos que

correm, a gestão do trabalho voluntário não tem o número de pessoas necessárias para fazer face a uma maior profissionalização da potencialização deste. Aquilo que julgo devia acontecer seria uma melhor qualificação da gestão do voluntariado e com esta mesma melhoria teríamos uma diferença positiva na melhoria da qualidade organizacional deste tipo de trabalho. A principal missão das organizações do terceiro sector será sempre a importância para a sociedade dos serviços que emanam

e do valor social projetado. Veja-se as Organizações Sem Fins Lucrativos (ONG's) que têm crescido de forma exponencial reclamando para si mais espaço nos diferentes Governos. Espaço este que tem crescido, mas não ainda de forma sustentada. Mas estas organizações devem apostar nas mudanças dos indivíduos, como referi no princípio desta opinião, o ser humano, sempre o ser humano, tem que ser sensível a uma mudança da maneira como usa a sua responsabilidade perante a sociedade.

As ONG's estão claro inseridas no terceiro sector, mas dependem do apoio incondicional da própria sociedade para poderem ter sucesso no conjunto das atividades que se propõem realizar. Aqui chegamos ao trabalho voluntário que é de capital importância na organização, sucesso, consistência e longevidade destas organizações, entenda-se trabalho não remunerado. Mas não fiquemos apenas pelo trabalho não remunerado, ajudar quem precisa não pode ser a mola para desenvolvimento económico? Claro que sim! Dando atenção aos problemas sociais, ajudando individualmente, ressalve-se fazendo economia solidária estamos a dar grande importância económica e com esta atitude podemos mesmo não só dar uma vida digna às pessoas ou mesmo salvar vidas. Isto também é voluntariado social. Muitos têm ainda, na minha opinião, uma visão tradicional errada do que deve ser o voluntariado, pois falta-lhes perceber a força que tem este movimento fora do mercado, basta que se juntarmos todas as ONG's elas seriam a sétima economia do Mundo.

Nós devemos construir um mundo onde todos tenham lugar, onde se ajude e dê oportunidades, não nos devemos envergonhar de ajudar, nem devemos nunca, repito nunca, criticar o governo por ajudar. Temos que deixar de agir sistematicamente individualmente e temos que ser mais coletivos, e aí sim poderemos com a ajuda aos outros humanizar a economia.

“Humanização é uma das chaves. As pessoas estão cansadas de receitas prontas. Querem algo pessoal. Mais sensível. Uma linguagem mais clara e menos robótica” Pedro Habacuck

Augusto Bandeira Opinião
Vítor M. Silva Opinião
Crédito: DR
Crédito: DR

Uma página para o futuro

É preciso partir, é preciso ficar.

Eugénio de Andrade

Hoje, 1de julho, dia em que escrevo e envio este texto, celebra-se o Dia Mundial das Bibliotecas. A edição da semana passada deste jornal foi dedicada aos livros, tendo dado particular destaque à produção literária da nossa diáspora residente na área metropolitana de Toronto. A tudo quanto foi dito e escrito - começando pelo editorial, a que seguiram excelentes artigos de opinião e elucidativas entrevistas de figuras dos mais variados quadrantes profissionais – nada mais teria a acrescentar à magia que os livros acrescentam às nossas vidas. Por isso, não poderia estar mais de acordo com o slogan da capa “Uma página por dia… que bem lhe faria”, decalcado de um provérbio inglês, cunhado em 1913, “An apple a day keeps the doctor away”.

Apesar de meu pai gostar muito de ler, em minha casa nunca existiu uma estante com livros, muito menos uma biblioteca, nem a compra de um jornal diário era um hábito instituído. Os poucos livros, jornais e revistas (se é que lhes podia dar esta designação) que me habituei a ler prendiam-se com a militante prática religiosa dos meus pais, em que a Bíblia e a Imitação de Cristo seriam exemplares de cabeceira. Além destas obras omnipresentes, recordo uma ou outra ligada a biografias de figuras católicas,

Orlando Raimundo

exemplos de vida tanto para os rapazes como para as raparigas, como era o caso do salesiano João Bosco ou da jovem Sãozinha de Alenquer. O único jornal que via meu pai regularmente ler era o da Casa do Gaiato, a que meu pai estivera sempre ligado em regime de voluntariado. De assinatura mensal, existia uma pequena revista “A Cruzada” e um jornal que, se a memória não me falha, se chamava Clarim, ambos também de matriz religiosa. Apesar deste universo tão limitado, sempre me conheci com um inato gosto pela leitura, que só podia satisfazer recorrendo às bibliotecas dos estabelecimentos de ensino que frequentava, já que os livros nunca fizeram parte de um cabaz de compras que tinha como prioridade sustentar uma família numerosa.

Pensando em todas as funções que um livro pode desempenhar, ocorre-me um episódio, ligado ao período da descolonização de 1975, que marcou a vida de meus pais e de alguns dos meus irmãos mais novos. Meu pai, que apostara toda a sua vida de trabalho em Benguela, cidade angolana que vira nascer e crescer a sua prole, não soube ler os sinais de mudança e viu-se, de repente, confrontado com uma decisão: ficar ou partir. Devido às suas fortes convicções religiosas - que o faziam entregar o destino da sua família às mãos de Deus -, foi em conformidade com as mesmas que tomou a decisão mais difícil da sua vida. Pegou em dois quadrados de papel em branco e, num deles, escreveu “PARTIR”; no outro, “FICAR”. Dobrou-os em quatro, como se de um boletim de voto se tratasse, baralhou-os e, abrindo aleatoriamente a Bíblia por duas vezes, colocou cada um deles em páginas diferentes, fechando-a logo de seguida. Chamou depois minha mãe, explicou-lhe o que fizera e, num silêncio cúmplice de olhares interrogativos, retirou um dos papéis do interior da Bíblia.

Tenho quase a certeza de que o que lhe saiu não seria a solução que ele mais desejara, mas como discípulo fiel da vontade de Deus, limitou-se a seguir o exemplo de Maria em resposta ao Arcanjo Gabriel: “Faça-se em mim segundo a tua vontade”. E foi assim que saiu grávido de esperanças numa outra vida para si e os sete filhos menores que consigo trazia.

Julho foi o mês em que nos deixou para sempre. A melhor maneira de o homenagear é recordar que foi em duas páginas de prosa que depositou o voto de um futuro de muitos capítulos por escrever.

Estácio de Sá O Herói Desconhecido

Orlando Raimundo (n.1949) além de jornalista no diário «O Século» e no semanário «Expresso» é autor de três livros sobre figuras do «Estado Novo» além de outros três sobre Jornalismo em Portugal.

Este seu trabalho de 122 páginas (Editora Rosmaninho, posfácio de Alexei Bueno) revela a biografia de Estácio de Sá, fundador do Rio de Janeiro e natural de Santarém. Nasceu em 1520 e morreu em 1567.

O brasão da cidade faz alusão (embora não directa) às setas envenenadas que o atingiram e lhe provocaram a morte: «um mo-

lho de setas, numa homenagem simbólica ao martírio de São Sebastião, o padroeiro». O seu nome ecoa hoje em diversos lugares do Rio de Janeiro: «uma grande universidade, um bairro popular, uma escola de samba, uma rua, uma praça, um largo, uma estação de metropolitano, um condomínio privado». Há três canções citadas no volume: a de Billy Blanco («Estácio no passado fez este presente/e deu abençoado três vezes à gente/pois Deus é africano, índio e português/cresceu, foi surgindo e todo lindo se fez»), a de J. Rui/ João Roberto Kelly («Foi Estácio de Sá quem fundou/e São Sebastião abençoou/o

Rio é quatrocentão/Mas um broto no meu corção») e a de Haroldo Barbosa/Raul Mascarenhas: «Procurei em toda a Cidade por seu Fundador/Cadê a estátua de Estácio de Sá?/Cadê a estátua de Estácio de Sá?» tudo isto sem esquecer os selos de correio, as medalhas e os postais. Um livro oportuno e pioneiro que vem revelar a portugueses e a brasileiros quem foi Estácio de Sá mesmo num tempo em que (adverte o autor) «o conhecimento é um bem raro, mal repartido e pouco cobiçado».

COMUNIDADE

LiUNA Local 183 angaria mais de 1,7 milhões de dólares para instituições de solidariedade

O sindicato Labourers’ International Union of North America (LiUNA) Local 183 organizou o seu 24.º torneio anual de golfe solidário, angariando um total recorde de 1.779.980,72 dólares para apoiar diversas instituições de solidariedade na Grande Área de Toronto (GTA).

Este evento, já uma tradição com mais de duas décadas, transformou-se num dos maiores torneios de golfe de um só dia na América do Norte. Este ano contou com um número recorde de 2.016 participantes, distribuídos por catorze campos de golfe de topo na região.

Jack Oliveira, Business Manager da LiUNA Local 183, destacou o espírito solidário que une os membros do sindicato:

“A nossa união assenta na solidariedade, não apenas nos locais de trabalho, mas também na comunidade. Este torneio é um exemplo brilhante do que conseguimos alcançar juntos. Cada dólar angariado é investido nas comunidades e reflete o nosso compromisso em ter um impacto positivo onde vivemos e trabalhamos.”

Oliveira sublinhou ainda o crescimento notável do evento: “Estamos incrivelmen-

te orgulhosos do que construímos. Todos os anos dizemos que é o nosso maior torneio de sempre e todos os anos superamos as expectativas. É uma prova da força e generosidade dos nossos membros, reformados e parceiros empreiteiros.”

O responsável realçou a importância da solidariedade: “Temos saúde, temos condições, e devemos ajudar quem mais precisa. É para isso que hoje estamos aqui — para angariar fundos para organizações que prestam apoio essencial. No dia em que formos nós a precisar de ajuda, talvez já não consigamos fazer este trabalho. Por isso é tão importante continuarmos unidos e empenhados.”

Sobre a preparação do torneio, Jack Oliveira explicou que o trabalho começa logo em janeiro, com meses de reuniões e organização: “Uma das maiores dores de cabeça é escolher os prémios dentro do orçamento e garantir que agradam a todos. Temos de preparar os campos, vender bilhetes, conseguir patrocinadores. São seis meses de trabalho intenso, mas que no fim fazem toda a diferença para quem mais precisa. No fundraising nunca há um limite fixo. Queremos sempre fazer mais e melhor para

ajudar mais pessoas. Para o próximo ano, o objetivo é chegar aos 2 milhões.”

A sua mensagem final foi de agradecimento e incentivo: “A todos os parceiros, patrocinadores e participantes, muito obrigado. A reação extraordinária que recebemos mostra que vale sempre a pena.”

Ao longo dos anos, o torneio anual de golfe do LiUNA Local 183 ajudou a financiar serviços essenciais e programas comunitários em Ontário, desde hospitais e iniciativas para jovens até abrigos e bancos alimentares.

Este ano, o jantar de encerramento contou ainda com a presença de Doug Ford, premier de Ontário, sublinhando a relevância e o impacto desta iniciativa para toda a província.

Com os olhos já postos no 25.º torneio, previsto para 2026, o LiUNA Local 183 renova o compromisso de continuar a liderar pelo exemplo. Mais do que angariar fundos, esta é uma celebração do poder da união e da generosidade. Porque quando nos juntamos para ajudar os outros, não mudamos apenas vidas - transformamos comunidades inteiras.

RMA/MS

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.

Monumentos ao Emigrante: Uma homenagem à história da emigração portuguesa Toronto acolhe lançamento de livro que homenageia emigrantes portugueses

A comunidade portuguesa da Grande Área de Toronto reuniu-se, no passado sábado, para o lançamento do livro "Monumentos ao Emigrante", uma obra do historiador/ escritor Daniel Bastos e do fotógrafo Luís Carvalhido. O livro, apresentado na Peach Gallery, presta tributo à diáspora portuguesa, evocando histórias de vida e de sacrifício dos pioneiros que ajudaram a construir comunidades fortes no estrangeiro, nomeadamente no Canadá.

Oautor do livro e deste estudo realizado no Continente e arquipélagos, Daniel Bastos, confessou à nossa reportagem que “este é um livro de homenagem às nossas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Em concreto, esta apresentação é um tributo à comunidade portuguesa de Toronto, uma das mais dinâmicas da América do Norte. É uma forma de expressarmos um profundo reconhecimento pela capacidade de trabalho, pela promoção da cultura e da língua portuguesa através dos nossos emigrantes, que são os mais genuínos embaixadores do país.”

Sobre o valor do livro físico, Daniel Bastos referenciou: “Faz todo o sentido continuarmos a ter o livro em papel. Para além de fonte de conhecimento, este livro é também um objecto artístico, sobretudo graças às fotografias de Luís Carvalhido,

que captam os sentimentos inscritos em mais de uma centena de monumentos ao emigrante. É, diria eu, uma obra de arte.”

O proprietário do espaço onde decorreu o evento, Manuel DaCosta, destacou o valor simbólico do local e da iniciativa: “Este é um espaço histórico e isso implica respeito. Dá-nos muito prazer acolher eventos desta qualidade. Não é apenas a apresentação de um livro - é explorar a história da emigração. Mesmo em grupos mais pequenos, há uma satisfação pessoal grande ao falarmos sobre quem somos e sobre a nossa portugalidade”. DaCosta sublinhou ainda que “sempre que se tratar de cultura e língua portuguesa”, estenderá sempre “a sua mão amiga e solidária”.

Presente na apresentação da obra, a Vice-Cônsul de Angola em Toronto, Albertina Cassoulet, também participou na cerimónia, sublinhando a importância da língua e da reconciliação: ”É extremamente importante estarmos aqui. Para além da história, hoje somos povos amigos. Há reconciliação, há troca de experiências, de livros, de exemplos de convivência. Quem faz o Canadá são os imigrantes, que continuam a chegar todos os dias. É essencial respeitá-los e aproveitar o melhor dessas contribuições. A amizade e cooperação entre Angola e Portugal é para sempre.”

Por seu turno, a Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito presente

no lançamento, salientou o carácter emotivo da obra: “É um livro-álbum que documenta a homenagem das pequenas terras de Portugal àqueles que partiram. É um trabalho quase etnográfico, feito com muito amor e afeição pela dupla Daniel Bastos e Luís Carvalhido. É uma homenagem tocante, que relembra as lacunas deixadas nas famílias com a partida de pais, tios, primos.”

Ana Luísa Riquito elogiou ainda a presença da vice-cônsul angolana como sinal de reconciliação e maturidade diplomática: “Foi um casamento perfeito. Quer a história da emigração portuguesa, quer as guerras de libertação em África, contam uma história comum de dor no século XX. Hoje é importante conhecer bem o passado, para promover a reconciliação e trabalharmos como amigos, unidos pela língua e por um projeto partilhado de futuro.”

Também marcou presença Peter Fonseca, Deputado Federal, que na altura foi claro: “Estamos a celebrar o mês de Portugal e da língua portuguesa, que representa a nossa cultura e raízes comuns. A língua aproxima portugueses, luso-canadianos e lusodescendentes no mundo. Hoje celebramos este livro, que dá voz às histórias dos emigrantes que construíram comunidades no Canadá e noutros países. É um legado para as novas gerações conhecerem os sacrifícios dos pioneiros que tornaram possí-

vel o nosso sucesso atual. Esta grande obra simboliza a nossa união, orgulho e gratidão por quem veio antes de nós”.

Por fim, o fotógrafo Luís Carvalhido destacou a importância do trabalho conjunto: “O livro só existe assim graças à união entre a escrita e a imagem. Num projeto conjunto não há primazias - há resultados obtidos em equipa. As imagens ajudam a lembrar o caminho percorrido pelos nossos emigrantes. Ao trazer estas memórias, estamos a evitar que se esqueçam. Hoje, a emigração mudou, por vezes faz-nos esquecer as dificuldades do passado. Ao falar com emigrantes mais velhos, senti alguma solidão, alguma tristeza. Às vezes demos aos filhos tudo o que não tivemos, criando uma distância. É importante lembrar estas histórias.”

Uma nota final e muito importante - a receita total da venda deste livro, reverte na totalidade para a Magellan Community Foundation e o livro está disponivel para venda precisamente na Peach Gallery no 722 da College Street.

O lançamento de "Monumentos ao Emigrante" foi assim mais do que uma apresentação de livro - foi um momento de memória, partilha e homenagem às comunidades que continuam a levar mais longe a língua e a cultura portuguesas.

RMA/MS
Credito: Adriana Paparella

Um brinde por um futuro mais seguro

Aconteceu no dia 26 de junho, num ambiente acolhedor e carregado de empatia. O Downtown Winery, no coração de Toronto, foi o cenário de uma noite memorável: “Raise a Glass, Raise the Roof – Um Brinde por um Futuro Mais Seguro”, um evento solidário promovido pela Royal LePage® Supreme Realty, com o objetivo de apoiar mulheres e crianças vítimas de violência doméstica, em particular através do abrigo The Redwood Shelter.

Oevento reuniu dezenas de agentes imobiliários, membros da comunidade luso-canadiana, líderes sociais e cidadãos sensibilizados pela causa, com o intuito de angariar fundos para a Royal LePage Shelter Foundation a maior fundação pública no Canadá dedicada exclusivamente ao financiamento de abrigos para mulheres e à prevenção da violência de género.

Desde a sua criação, em 1998, a Royal LePage Shelter Foundation já canalizou milhões de dólares para centenas de abrigos em todo o país. O seu modelo inovador liga cada agência imobiliária a um abrigo local, promovendo o envolvimento direto dos agentes nas comunidades onde vivem e trabalham. “Quando foi perguntado aos agentes imobiliários qual deveria ser o foco da nossa responsabilidade social, a resposta foi unânime: apoiar mulheres em situação de violência. É uma missão que nos une”, afirmou Carly Neale, responsável pela angariação de fundos e comunicação da fundação. O evento marcou também o início da nova edição do Shelter Foundation Challenge – Cambodia, uma caminhada solidária pelas florestas do Camboja que reunirá dezenas de agentes da Royal LePage para sensibilizar e angariar fundos para a causa. “Há dois anos, participei numa caminhada no Equador com mais de 100 colegas. Angariámos 1,7 milhões de dólares. Agora, vamos ao Camboja com o mesmo objetivo: dar voz a quem não a tem. Estas

caminhadas são simbólicas, mas o impacto é real nas vidas que conseguimos mudar”, afirmou Manny Andrade, presidente e proprietário da Royal LePage Supreme Realty. “Durante anos, fiz a minha vida nesta comunidade. Hoje, sinto que é minha obrigação retribuir. Ajudar a garantir que todas as mulheres tenham um lugar seguro onde possam reconstruir as suas vidas”, acrescentou, visivelmente emocionado.

Ao longo da noite, os convidados participaram num leilão silencioso, ouviram histórias de sobrevivência e conheceram de perto o trabalho do The Redwood Shelter, instituição beneficiada pelo evento, que presta apoio a mulheres e crianças vítimas de violência, pobreza e sem-abrigo. “A maioria das pessoas que apoia esta causa nunca irá conhecer quem está a ajudar. E é precisamente isso que torna o gesto tão poderoso. Saber que há uma comunidade por detrás de nós dá-nos força para continuar” partilhou Marie Colucci, gestora associada

de angariação de fundos e apoio à liderança do The Redwood Shelter “ Durante o evento, houve também espaço para reflexão sobre o papel dos homens na luta contra a violência de género. “É essencial envolver os homens nesta conversa. É preciso quebrar o silêncio, trabalhar na prevenção e na mudança de comportamentos. Todos homens e mulheres temos um papel a desempenhar. “Se estás a viver uma situação de violência, fala. Há ajuda. E se és um homem e percebes que precisas de mudar, também há apoio para ti. O primeiro passo pode ser difícil, mas é também o mais corajoso” sublinhou Marie Colucci. Neste evento solidário perguntamos para alguns dos participantes e organizadores a partilharem as suas motivações.

“Como mulher, sinto que é nosso dever dar voz àquelas que não podem falar. Tenho uma filha e quero que a geração dela saiba que viver com medo nunca pode ser normal”, afirmou Cândida Silva, agente da

Royal LePage Supreme Realty. “A inspiração para mim vem das muitas pessoas que conhecemos ao longo dos anos e que passaram por situações de violência. É nosso dever apoiar, de qualquer forma que pudermos”, partilhou Lúcia Macedo, gerente de vendas da Royal LePage Supreme Realty. No final da noite, foram angariados 12.000 dólares, um contributo significativo que irá diretamente apoiar os serviços prestados pelo The Redwood Shelter, incluindo acolhimento de emergência, programas de educação, apoio psicológico, formação profissional e reintegração social.

A Realidade no Canadá

No Canadá, ocorre um feminicídio a cada 48 horas, sendo a maioria dos crimes cometidos por parceiros íntimos ou familiares, muitas vezes dentro da própria casa. De acordo com dados da OAITH (Ontario Association of Interval & Transition Houses), Aura Freedom International – Freedom from Violence for Women and Girls, Governo do Canadá – Intimate Partner Violence e o relatório #CallItFemicide 2024, 77% das vítimas foram mortas em locais privados. A violência doméstica permanece uma realidade muitas vezes invisível: 1 em cada 3 mulheres canadianas já foi vítima de violência física ou sexual por parte de um parceiro íntimo, sendo que muitos casos nunca chegam a ser denunciados. A necessidade de proteger estas vítimas e de agir de forma coletiva enquanto comunidade é, hoje, mais urgente do que nunca. Nota aos leitores: Se conhece alguém em situação de violência doméstica, ou se precisa de ajuda, contacte uma linha de apoio local ou procure um centro de acolhimento. A violência não é inevitável e ninguém deve enfrentá-la sozinho.

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Arraial Popular da Casa dos Poveiros volta a encher Toronto de vida e tradição

A Casa dos Poveiros de Toronto voltou a organizar mais um dos seus tradicionais arraiais populares em Toronto, numa iniciativa que repetiu o sucesso de anos anteriores. Entre música popular com ranchos folclóricos, sardinha assada, broa, caldo verde, bifanas e até hot dogs - para os mais novos mais «lusocanadianos» - não faltou oferta para todos os gostos. Comemorando o São Pedro, o tal dono das portas do céu, as farturas, em particular, foram um dos grandes sucessos da tarde/noite, com pessoas à espera para as levar para casa.

“É mais um arraial típico da Casa dos Poveiros. A música é boa e o artista vem este ano de Montreal. Temos tudo pronto para receber e satisfazer toda a gente. Temos boa comida e muito divertimento”, referiu Linda Correia, à nossa reportagem. A presidente da executiva da organização salientou ainda o empenho de toda a equipa na preparação do evento, sublinhando o valor das tradições e o espírito comunitário que caracteriza estas celebrações. “Queremos manter viva a nossa cultura e as nossas raízes. Trabalhámos muito para oferecer um ambiente acolhedor e festivo, com pratos típicos, música tradicional e um programa pensado para todas as idades. É importante que todos se sintam em casa e possam partilhar bons momentos em família ou entre amigos”, explicou Linda Correia. Ela destacou também o cuidado na escolha do artista convidado, referindo o talento reconhecido do músico vindo de Montreal: “Fi-

zemos questão de trazer um artista que já tem experiência nestes arraiais e que sabe animar o público. Vai ser uma noite muito especial, com alegria, dança e muitas surpresas.”

Por fim, Linda Correia deixou um convite a toda a comunidade:“Abrimos as portas a todos os que queiram celebrar connosco. O nosso objetivo é unir as pessoas à volta daquilo que temos de melhor: a nossa cultura, a nossa gastronomia e a nossa hospitalidade.” O artista convidado para animar o arraial foi Júlio Lourenço, bem conhecido em Montreal e cada vez mais presença habitual em Toronto. “É sempre bom visitar outros lugares. Tenho sido muito bem recebido aqui na zona de Toronto. Venho cá muitas vezes. Daqui a uns dias estarei em Cambridge para as festas de Nossa Senhora de Fátima”, contou. Sobre o repertório

para a noite, adiantou: “Claro que vou interpretar músicas populares portuguesas e dos Santos Populares, para animar o pessoal com umas marchinhas e umas brincadeiras.” Júlio Lourenço deixou ainda um apelo: “É muito importante apoiar o artista luso-canadiano. Às vezes dão mais valor aos que vêm de fora, de Portugal. Eu também vim de Portugal, mas agora estou cá. E acho que deviam mudar um pouco essa mentalidade. As pessoas que estão cá têm tanto valor como as que estão lá.”

A noite prolongou-se em ambiente de festa, convívio e muita portugalidade, mostrando uma vez mais o papel essencial das associações na preservação da cultura e das tradições portuguesas no Canadá. No fim, mais do que música, comida ou tradição, estes arraiais são encontros de memórias, de

saudade e de afecto. São momentos em que a distância entre Portugal e o Canadá se encurta num abraço colectivo. Porque manter viva a nossa cultura é também manter viva a nossa identidade - e celebrar juntos aquilo que somos, onde quer que estejamos.

Linda Correia recebeu Medalha de Reconhecimento Poveiro, grau prata À margem do encontro festivo e popular foi lembrada a homenagem muito especial realizada na Póvoa de Varzim. No passado dia 16 de junho, data em que se celebrou o Dia da Cidade, Linda Correia foi distinguida com a Medalha de Reconhecimento Poveiro, grau prata. A cerimónia na Póvoa de Varzim teve tanto de festivo como de comovente, sublinhando não apenas o aniversário da cidade mas também a valorização do trabalho comunitário. Linda Correia, organizadora e dinamizadora comunitária, foi homenageada pela Câmara Municipal da Póvoa de Varzim pelo seu percurso de dedicação e serviço à comunidade lusocanadiana.

“Muito sinceramente, fiquei sem palavras», confessou, visivelmente emocionada. «Foi algo que nunca imaginei que me pudesse acontecer. O senhor presidente e toda a Câmara entenderam que eu merecia este reconhecimento. Foi muito bonito.” A noite teve ainda um toque especial com o concerto de Mariza, que Linda descreveu como “a cereja no topo do bolo”: “Estou muito grata. Nunca fiz nada para benefício próprio e as pessoas sabem disso. Acredito mesmo que, quando se faz com o coração, vale sempre a pena.”

Credito: DR
Credito: Francisco
Pegado

Artesanato dos Açores promovido na FIA em Lisboa

Segundo nota do executivo açoriano, “o maior certame de artesanato da Península Ibérica” abriu portas no passado sábado na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, em Lisboa.

Lúcia Linhares, Vanda Melo, Isabel Silva Melo, Cláudia Furtado, Adolfo Mendonça, Sofia Afonso e Adelaide Costa são os “embaixadores” do Artesanato dos Açores até domingo, dia 6 de julho, no evento internacional que atrai todos os anos milhares de visitantes.

Isabel Silva Melo e Adolfo Mendonça, na área da cerâmica e já premiados em edições anteriores deste certa-me, concorrem ao Prémio FIA 2025 nas categorias de Artesanato Tradicional e Contemporâneo. Adelaide Cos-ta, na área das fibras vegetais, e Cláudia Furtado, com gravura sobre osso de baleia e madeira, concorrem pela primeira vez.

A participação destas empresas artesanais que trabalham em cerâmica, escama de peixe, folha de milho, madeira, osso e têxteis é apoiada pelo Sistema de Incentivos ao Desenvolvimento do Artesanato (SIDART), através do qual são comparticipadas anualmente despesas em feiras da especialidade e promoção, entre outros investimentos, explica a mesma nota do governo regional.

O ‘stand’ do Artesanato dos Açores está localizado no pavilhão dedicado ao artesanato nacional, ao lado das principais entidades que desenvolvem a sua atividade no setor artesanal, como o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o CEARTE e Municípios de todo o País que promovem as suas produções arte-sanais

Dormidas

AUTONOMIAS

do ponto de vista cultural e turístico.

O ‘stand’ açoriano, que integra a habitual mostra de produtos alimentares certificados pela “Marca Açores”, destaca-se pela sua volumetria, materiais endógenos dos expositores e pelo ambiente festivo que acolhe e promove a riqueza do património cultural da Região.

Neste âmbito, está patente no ‘stand’ do Artesanato dos Açores na FIA-Lisboa uma mostra de nove registos do Senhor Santo Cristo dos Milagres que se distinguem pela exuberância das composições florais e pelos materiais utilizados, como a escama de peixe, a folha de milho, casulo do bicho-da-seda, missangas e uma grande variedade de papel e tecidos.

A FIA-Lisboa pode ser visitada das 15h00 às 23h00. Na sexta-feira e no sábado a exposição encerra às 24h00.

Montenegro

classifica arquipélago como “uma pérola” e promete cooperação no Dia da Região

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou a Madeira como “uma pérola” do país, saudando todos os porto-santenses e madeirenses no dia da região autónoma e prometendo cooperação em prol do futuro da ilha.

“Uma região rica em recursos e beleza natural, a Madeira é uma pérola do nosso país. Neste Dia da Região Autónoma da Madeira e das Comunidades Madeirenses, saúdo todos os porto-santenses

e madeirenses e renovo o compromisso de continuarmos, juntos, a trabalhar pelo futuro da região”, escreveu Luís Montene-gro numa publicação na rede social X.

O Governo Regional da Madeira é chefiado, desde 2015, por Miguel Albuquerque, que sucedeu a um período de perto de quatro décadas de Alberto João Jardim na governação da região e na liderança do PSD da Ma-deira.

JM/MS

em alojamentos turísticos nos Açores aumentaram 3,1% em maio

Os Açores registaram mais de 444,8 mil dormidas em alojamentos turísticos no mês de maio, uma subida de 3,1% face ao período homólogo, segundo dados revelados hoje pelo Serviço Regional de Estatística (SREA). “Em maio, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 444,8 mil dormidas, valor superior em 3,1% ao registado no mês homólogo”, lê-se no relatório de Atividade Turística do SREA, divulgado hoje.

Segundo o documento, a subida é superior à registada a nível nacional (1,3%). Nos primeiros cinco meses do ano, os Açores superaram um milhão de dormidas em alojamentos turísticos (1,4 milhões), um crescimento de 7,3% face ao período homólogo. Em maio, a região contabilizou 136,5 mil hóspedes (mais 5,2%), com uma estada média de 3,26 noites, que aumentou 2% em termos homólogos.

Os residentes no estrangeiro representaram mais de metade das dormidas no mês de maio (70,6%), totali-zando 313,9 mil, mais 5,2% do que no período homólogo.

Com 130,9 mil dormidas (29,4%), o mercado nacional registou uma quebra de 5,8%. Entre os mercados externos, os Estados Unidos da América foram o maior mercado emissor, neste mês, com 52,4 mil dormidas (16,7% das dormidas de residentes no estrangeiro), o que representa um aumento homólogo de 11,9%.

Em segundo lugar, surge a Alemanha, com 51,1 mil dormidas (16,3%), mais 1,1%, e em terceiro a Espanha, com 29,8 mil dormidas (9,5%), mais 1,2%.

Israel (42,4%), Polónia (40,0%) e Canadá (31,7%) foram os mercados com maior

crescimento homólogo.

Em sentido contrário, Bélgica (-20,8%), Brasil (-14,7%) e Países Baixos (-10,8%) apresentaram as maiores descidas.

Com 235,9 mil dormidas, a hotelaria concentrou 53% do total em maio, seguindo-se o alojamento local com 188,2 mil dormidas (42,3%) e o turismo no espaço rural com 20,7 mil dormidas (4,7%).

Foi no turismo no espaço rural que se registou o maior crescimento homólogo (15,2%), seguindo-se a ho-telaria (3%) e o alojamento local (2,1%).

Considerando apenas hotelaria e alojamento local, que concentraram 95,3% das dormidas, só duas ilhas registaram uma redução homóloga no número de dormidas em maio: Santa Maria (-7,7%) e Corvo (-0,7%). A Graciosa foi a ilha que mais aumentou o número de dormidas neste mês (28,1%), seguindo-se São Jorge (10,8%),

Flores (5%) e São Miguel (3%). A Terceira verificou uma subida de 1,6%, enquanto Pico e Faial apresentam uma ligeira oscilação de 0,1%.

A ilha de São Miguel, a maior do arquipélago, concentrou 70,9% das dormidas em hotelaria e alojamento local (300,6 mil), em maio, seguindo-se a Terceira, com 49,5 mil dormidas (11,7%), Faial, com 25,9 mil dormidas (6,1%) e Pico, com 23,9 mil dormidas (5,6%). O mercado nacional teve maior peso nas dormidas das ilhas Graciosa (73,3%), Santa Maria (71,6%), Terceira (57,0%) e Corvo (52,7%).

Os mercados alemão e norte-americano destacaram-se como principais mercados externos na maioria das ilhas, mas nas Flores a maioria dos turistas estrangeiros chegou de Espanha (16,1%). Na hotelaria, a taxa líquida de ocupação por cama atingiu 60,3% em maio (mais 0,1 pontos percen-

tuais) e os proveitos totais subiram 12,6% para 21 milhões de euros.

O rendimento médio por quarto disponível foi de 90,45 euros e por quarto utilizado de 124,73 euros. Já o turismo no espaço rural apresentou uma taxa líquida de ocupação por cama de 35,9% (mais 0,3 pontos percentuais) e proveitos totais de 2,2 milhões euros (mais 39,9%).

Nesta tipologia, o rendimento médio por quarto disponível atingiu 68,25 euros e por quarto utilizado 147,78 euros.

No alojamento local, não são apresentados dados sobre os proveitos, mas a taxa de ocupação por cama foi de 36,6% (mais 1,1 pontos percentuais).

Segundo o relatório, 23,9% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram mo-vimento de hóspedes em maio.

Madeira
Credito:

Multidão enche o centro de Toronto para celebrar o Pride Parade 2025

A baixa de Toronto recebeu, no domingo, dia 29 de junho, milhares de pessoas que se juntaram para celebrar a 44.ª edição do Toronto Pride Parade, considerado o maior evento do género no Canadá.

Mais de 25 mil participantes, integrados em cerca de 250 grupos, desfilaram pela emblemática Yonge Street, entre Bloor e Dundas, terminando na Praça Nathan Phillips, e transformaram a cidade num mar de cor, música e reivin-

dicação. O evento atraiu também milhares de espectadores e marcou o encerramento oficial das celebrações do Mês do Orgulho, que decorre tradicionalmente ao longo de junho.

O desfile teve início em 1981, na sequência das rusgas policiais aos balneários frequentados por membros da comunidade LGBTQ+. Desde então, tornou-se um símbolo nacional de diversidade, inclusão e defesa dos direitos civis no Canadá.

A edição de 2025 decorreu num ambiente

festivo, mas também de reflexão. Diversas vozes manifestaram preocupação quanto ao futuro destas celebrações, face a desafios sociais e políticos emergentes. Ainda assim, o Toronto Pride Parade reafirmou, uma vez mais, a vitalidade do movimento LGBTQ+ e o forte apoio da comunidade e dos seus aliados.

Reviva os momentos mais marcantes do Toronto Pride Parade 2025 com a nossa galeria de imagens.

FP/MS

Mulher de Oshawa perde 3.500 dólares em transferência

Interac intercetada ao tentar alugar apartamento no México

Uma mulher de Oshawa, Ontário, que tentava pagar 3.500 dólares pelo aluguer de um apartamento no México, afirma que a sua transferência Interac foi intercetada e que os fundos foram redirecionados para outra conta. “Todos continuam a dizer-me que não é da responsabilidade deles e que é uma pena para mim,” contou Tracy Barill à CTV News Toronto.

Barill reformou-se recentemente e disse que decidiu fazer uma viagem com o marido na primavera passada. Uma pessoa residente em Saskatchewan tinha um apartamento para alugar no México e pediu a Barill que lhe enviasse quase 3.500 dólares para o garantir. Barill disse à CTV News que confirmou o endereço de e-mail e transferiu o dinheiro para o endereço correto fornecido. Contudo, explicou que ficou surpreendida quando a conta de e-mail da destinatária foi pirateada e os fundos acaba-

ram por ser depositados noutra conta desconhecida. “Enviei o dinheiro para o e-mail certo e ela não o recebeu. Alguém o recebeu e o dinheiro desapareceu.”

A destinatária não tinha a funcionalidade de depósito automático (auto-deposit) ativada, e Barill reconheceu que usou uma pergunta de segurança demasiado fácil de adivinhar, mas admitiu que não fazia ideia de que fosse possível piratear uma transferência eletrónica. “O banco telefonou-me a dizer que o dinheiro tinha sido intercetado por outro e-mail,” contou Barill.

Acabou por fazer a viagem, mas teve de pagar duas vezes. “Tive de pagar novamente. Fomos ao México em março e tive de pagar toda a viagem outra vez. Custou-me o dobro.”

Quando a CTV News contactou a Interac em nome de Barill, um porta-voz respondeu num comunicado: “Se uma pessoa não tiver o depósito automático Interac ativado, recomendamos que escolha perguntas de segurança com respostas difíceis de adivi-

nhar ou que não sejam baseadas em informação pública — perguntas como ‘Em que cidade vives?’ devem ser evitadas. Além disso, se os canadianos precisarem de partilhar a resposta de segurança com alguém, é aconselhável usar um canal de comunicação diferente daquele utilizado para a transação.

A Interac oferece mecanismos de proteção para apoiar os canadianos que possam ser vítimas de fraude financeira. Se alguém for vítima de fraude por e-mail e o pagamento já tiver sido depositado, deve contactar imediatamente a sua instituição financeira para que esta possa intervir em seu nome.”

Como se proteger da fraude com e-transfers

“A fraude com e-transfers é um dos crimes financeiros que mais cresce no Canadá,” afirmou Frances Syms, especialista em cibersegurança e diretora associada da área de Tecnologias de Informação e Co-

municação no Humber Polytechnic. Syms disse à CTV News que, embora o depósito automático não seja infalível, é uma das formas mais eficazes de garantir que a transferência chega ao destino pretendido. “O depósito automático ajuda muito, porque se o e-mail de alguém for comprometido, a transferência entra diretamente na conta bancária associada a esse endereço de e-mail,” explicou Syms. O depósito automático é seguro e conveniente, ajuda os canadianos a protegerem-se contra fraudes por e-mail, garante que as transações chegam ao destinatário certo e permite que o dinheiro seja depositado automaticamente, sem perguntas de segurança. No entanto, Syms também recomenda ativar a autenticação de dois fatores e configurar alertas em tempo real no banco. Quanto a Barill, o roubo fê-la repensar a utilização de e-transfers. “Não voltarei a usar e-transfers para montantes elevados.” CTV/MS

Uma pessoa encontrada morta após grande incêndio em acampamento de sem-abrigo em North York

Uma pessoa foi encontrada morta na sequência de um incêndio de grandes proporções num acampamento de sem-abrigo em North York, durante a madrugada desta quinta-feira, informou o Corpo de Bombeiros de Toronto.

De acordo com o chefe dos bombeiros, Jim Jessop, os serviços de emergência foram alertados pouco depois das 4h da manhã. O acampamento situava-se no Don Valley, no fundo de um talude íngreme por detrás de uma zona co-

mercial na Credit Union Drive, na área da Eglinton Avenue East com a Bermondsey Road. Quando os bombeiros chegaram ao local, as chamas já atingiam até 12 metros de altura, relatou Jessop. Vários depósitos de propano e cilindros de gás comprimido explodiram, e várias árvores sofreram danos consideráveis devido ao fogo.

O incêndio foi controlado em cerca de 15 minutos. No entanto, durante a inspeção do local, os bombeiros encontraram uma pessoa morta no interior de uma estrutura improvisada. Por volta das 7h30,

Jessop falou com os meios de comunicação social, referindo que os investigadores dos bombeiros aguardavam ainda a chegada do médico legista. Não foram fornecidas mais informações sobre a vítima.

Segundo Jessop, havia várias estruturas no local, construídas com madeira e cobertas com cartão.

“Está bastante desenvolvido lá em baixo. Existem várias estruturas”, afirmou, acrescentando que elementos do Corpo de Bombeiros de Toronto já tinham visitado anteriormente o acampamento para

distribuir materiais informativos sobre segurança contra incêndios.

Aquando da chegada das equipas de emergência, não se encontrava mais ninguém no local. O responsável pelos serviços municipais de acolhimento e abrigo foi informado da ocorrência, disse Jessop. A origem, causa e circunstâncias do incêndio vão ser investigadas em conjunto pelos Bombeiros de Toronto, pela Polícia de Toronto e pelo Gabinete do Comissário de Incêndios de Ontário.

Carney reúne-se com CEOs da indústria

automóvel enquanto prosseguem as negociações comerciais com os EUA

O primeiro-ministro Mark Carney reuniu-se na manhã de quarta-feira (2) com presidentes executivos do setor automóvel para discutir as tarifas impostas pelos Estados Unidos e formas de proteger as cadeias de abastecimento canadianas no contexto da guerra comercial com o país vizinho.

Segundo um porta-voz do Gabinete do Primeiro-Ministro (Prime Minister Office - PMO), estiveram presentes na reunião os CEOs da Ford Canadá, Stellantis Canadá e GM Canadá, bem como Brian Kingston, da Associação Canadiana dos Fabricantes de Veículos.

Num breve comunicado, o PMO indicou que o grupo discutiu “a necessidade de construir uma cadeia de abastecimento produzida no Canadá, bem como de diversificar os nossos parceiros comerciais”.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, tem afirmado repetidamente que os Estados Unidos não precisam dos carros canadianos e deseja ver as empresas automóveis transferirem toda a produção para solo americano.

Os EUA impuseram tarifas de 25% sobre veículos fabricados no Canadá, com exceções para componentes produzidos nos próprios Estados Unidos, tendo em conta a natureza altamente integrada da cadeia de fornecimento automóvel. “Penso que é positivo e útil o primeiro-ministro reunir-se com os fabricantes automóveis sediados em Detroit. Esperamos também ter a oportunidade de nos encontrarmos com o primeiro-ministro”, afirmou David Adams, presidente e CEO da Global Automakers of Canada, que representa 26 marcas automóveis europeias e asiáticas, incluindo a Toyota e a Honda.

Adams destacou que uma das principais preocupações da indústria automóvel é a obrigatoriedade de produção de veículos com zero emissões, que deverá entrar em vigor no próximo ano e tem sido alvo de críticas por parte dos Conservadores

no Parlamento. “O mandato para veículos elétricos, tal como está, não é viável. As metas estabelecidas são inatingíveis”, afirmou Kingston à entrada da reunião. Após o encontro, Kingston divulgou um comunicado onde reiterou que o mandato deve ser “urgentemente revogado”.

A deputada conservadora e porta-voz para a indústria, Raquel Dancho, reforçou o apelo da indústria à revogação do mandato. “Acho que esta medida é extremamente irresponsável e, infelizmente, reflete a falta de ação séria dos Liberais, que é agora mais necessária do que nunca”, disse Dancho à CBC News. “Espero e acredito que acabarão por ver a luz.”

CBC/MS

CRA quer que nova lei seja aprovada antes de reembolsar imposto sobre serviços digitais

As empresas que pagaram o agora extinto imposto sobre serviços digitais terão de esperar que Ottawa aprove nova legislação antes de poderem receber os seus reembolsos, confirmou a Agência Tributária do Canadá (CRA).

Oprimeiro-ministro Mark Carney anunciou que o Canadá iria abandonar o imposto sobre os gigantes tecnológicos globais, numa tentativa de relançar as negociações comerciais com os Estados Unidos.

O primeiro pagamento estava previsto para segunda-feira (8) e representaria, no total, cerca de 2 mil milhões de dólares americanos pagos por empresas como a Amazon, Google, Airbnb, Meta e Uber. O imposto consistia numa taxa de 3% sobre a receita obtida pelas grandes empresas digitais junto de utilizadores canadianos. O pagamento era retroativo a 2022.

Um porta-voz da CRA afirmou que a agência chegou a recolher parte das receitas associadas a este imposto (DST - Digital Services Tax), antes da decisão de Ottawa, mas não revelou o montante. O porta-voz explicou que o Parlamento terá de aprovar legislação que revogue formalmente o imposto, para que os contribuintes possam ser reembolsados. Os deputados estão atual-

mente em pausa parlamentar e só deverão regressar a 15 de setembro.

Entretanto, a CRA dispensou os contribuintes da entrega da declaração relativa ao DST antes do prazo de 30 de junho e não exigirá quaisquer pagamentos associados.

Mark Carney afirmou que as conversações comerciais entre o Canadá e os EUA foram retomadas na segunda-feira de manhã e que o objetivo continua a ser alcançar um acordo até à data limite de 21 de julho, fixada com o presidente norte-americano Donald Trump na cimeira do G7 realizada no mês passado, em Alberta.

Após o anúncio de Carney sobre o fim do DST, a Casa Branca afirmou que o Canadá "cedeu" à pressão de Trump. O primeiro-ministro esclareceu que a decisão “faz parte de uma negociação mais ampla” e que “já se previa que estivesse incluída no acordo final”.Carney sublinhou que a medida visa dar segurança às empresas: “Não faz sentido cobrar impostos às pessoas para depois lhes devolver o dinheiro.”

Algumas empresas relataram confusão com a alteração de última hora, uma vez que já estavam em processo de pagamento do imposto.

CBC/MS

CANADÁ

Ottawa elimina todas as exceções federais do Acordo de Comércio Livre do Canadá

O governo federal anunciou que removeu todas as barreiras comerciais interprovinciais sob a sua jurisdição.

De acordo com um comunicado divulgado, a ministra do Comércio Interno, Chrystia Freeland, confirmou que Ottawa eliminou as exceções federais restantes no âmbito do Acordo de Comércio Livre do Canadá (CFTA, na sigla em inglês). Das 53 exceções agora eliminadas, a maioria estava relacionada com contratos públicos. “O anúncio de hoje reforça os esforços do governo para fortalecer a economia canadiana”, lê-se no comunicado. “O governo federal continuará a dar o exemplo nesta área, colaborando com as províncias e territórios para consolidar o CFTA, promover o reconhecimento mútuo e garantir uma mobilidade laboral flui-

da em todo o Canadá.” Durante a recente campanha para as eleições federais na primavera, o líder liberal Mark Carney comprometeu-se repetidamente a “eliminar” as barreiras comerciais interprovinciais e a criar um “mercado livre interno até ao Dia do Canadá”. No entanto, nem todas as barreiras comerciais internas do país foram eliminadas até essa data — nem mesmo todas as de âmbito federal.

O sistema de gestão da oferta de produtos lácteos, que define quotas de produção por província, continuará em vigor. Também se manterão os requisitos linguísticos do Quebec.

Nos últimos meses, várias províncias já tinham anunciado medidas para reduzir as suas próprias barreiras ao comércio interprovincial.

CBC/MS

Serviço de catering e take-out para todas as ocasiões, mesmo as mais especiais

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Descubra os melhores sabores da cozinha portuguesa nas nossas três localizações

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costaverde.ca

Credito: CBC

Canadá celebra 158 anos com orgulho e união de costa a costa

O Canadá celebrou, no passado dia 1 de julho, 158 anos de Confederação com uma atmosfera de festa, emoção e espírito de união, num dia que cará marcado não apenas pela efeméride nacional, mas também pela comemoração dos 60 anos da bandeira vermelha e branca e dos 45 anos desde que “O Canada” foi o cialmente adotado como hino nacional.

De costa a costa a costa, os canadianos saíram à rua com entusiasmo, orgulho e sentido de pertença. As celebrações multiplicaram-se em todo o país, com eventos que re ectiram a diversidade e a inclusão que são hoje marcas distintivas da identidade canadiana. Num ambiente de alegria contagiante, viram-se bandeiras desfraldadas com orgulho, canções entoadas em uníssono e abraços partilhados entre vizinhos, amigos e desconhecidos que celebraram lado a lado o privilégio de viver num país livre, justo e acolhedor.

Em Ottawa, na sua primeira mensagem o cial do Dia do Canadá, o novo Primeiro-Ministro, Mark Carney, recordou o espírito de cooperação que esteve na origem do país e que continua a de nir o seu rumo. “Este momento histórico foi uma aposta das províncias de que estariam mais fortes juntas do que alguma vez poderiam estar separadas”, a rmou, sublinhando a importância da unidade e da partilha como pilares da nação.

A bandeira canadiana foi hasteada pela primeira vez a 15 de fevereiro de 1965 no Parlamento. Seis décadas depois, continua a ser um símbolo poderoso da nossa identidade coletiva, representando os valores da paz, da tolerância e da solidariedade. Já o hino nacional, adotado o cialmente em 1980, tornou-se parte essencial da memória coletiva dos canadianos, sendo entoado com emoção nas mais diversas ocasiões e lembrando-nos das raízes comuns que nos unem.

Este ano, acompanhámos as celebrações em várias localidades da província de Ontário, onde o espírito comunitário esteve bem presente. Desde piqueniques ao ar livre até des les multiculturais, passando por concertos, feiras e atividades para todas as idades, o sentimento partilhado foi claro: orgulho em ser canadiano. Crianças de rostos pintados, idosos com pequenas bandeiras nas mãos, jovens voluntários, famílias de todas as origens culturais e étnicas – todos reunidos num só propósito: celebrar o Canadá.

Num momento em que o mundo enfrenta tantos desa os, a forma como os canadianos se unem para comemorar o seu país é uma poderosa mensagem de esperança. Esta data não é apenas uma celebração histórica; é também uma a rmação do que queremos continuar a ser: uma nação aberta, inclusiva e construída por todos. E deixamos, por isso, uma pergunta aos nossos leitores: sente orgulho em ser canadiano?

Partilhamos nesta edição algumas imagens captadas durante este dia especial, que ilustram de forma viva o espírito de comunhão e o amor pelo país. Parabéns, Canadá. Que continues a crescer connosco, com força, generosidade e união.

Gastos das famílias em saúde aumentaram 5% em 2023

Os gastos das famílias com saúde aumentaram 5% em 2023, impulsionadas pelo crescimento das despesas em hospitais, consultórios e nas clínicas privadas, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a Conta Satélite da Saúde 2024, a despesa das famílias em hospitais privados aumentou 12,6%, em prestadores de serviços de cuidados de saúde continuados como atividade secundária 11,7%, em outras vendas de bens médicos 8,0% e em prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório 6,5%. O INE registou também que as famílias “reduziram em 4,8% a sua despesa em farmácias, especialmente na aquisição de equipamentos de proteção individual (EPI), desinfetantes, autotestes e testes rápidos de antigénio de uso profissional”.

Os dados revelaram ainda que a despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos Serviços Regionais de Saúde (SRS) das Regiões Autónomas aumentou 3,6% em 2023, menos 3,2 pontos percentuais (p.p.) do que em 2022 (6,8%). “O financiamento dos

Imigração

hospitais públicos cresceu 8,4%, principalmente devido ao aumento dos custos com o pessoal”, lê-se no documento publicado hoje no ‘site’ do INE. O crescimento deveu-se à valorização da carreira dos enfermeiros e das remunerações dos trabalhadores em funções públicas e à prorrogação do regime do trabalho suplementar dos médicos em serviços de urgência. O aumento dos serviços de saúde contratados a entidades convencionadas nas áreas de internamento, hemodiálise e medicina física de reabilitação contribuiu para o crescimento da despesa com hospitais privados (12,4%) e com prestadores privados de cuidados de saúde em ambulatório (10,9%). A despesa com prestadores públicos de cuidados de saúde em ambulatório registou uma redução significativa de 14,5%, justificada essencialmente pela diminuição dos custos associados ao processo de vacinação contra a covid-19. A despesa em farmácias teve um decréscimo de 2,1%, refletindo o fim da comparticipação dos testes rápidos de antigénio de uso profissional.

JN/MS

Autorizações de residência caducadas prolongadas até 15 de outubro

As autorizações de residência caducadas de estrangeiros foram prolongadas administrativamente até 15 de outubro, com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e a sua estrutura de missão comprometidas a resolver as renovações, segundo foi anunciado esta quinta-feira.

Segundo a AIMA, a agência e a sua estrutura de missão, criada há um ano para resolver os processos pendentes de imigrantes, “disponibilizam dois serviços online para resolver todos os processos de renovação pendentes” para concluir até 15 de outubro o processo das renovações de documentos, cujo prazo de validade tem sido sistematicamente ampliado por decreto-lei desde a pandemia. A estrutura de missão irá garantir “a renovação das autorizações de residência caducadas até 30 de junho de 2025” e a AIMA irá assegurar os documentos que “caduquem em data posterior”. “Os titulares são notificados, via e-mail, pela estrutura de missão, por or-

dem cronológica da data de expiração dos títulos, isto é, desde fevereiro de 2020 até junho de 2025” e “após a receção da notificação, os titulares acedem à plataforma services.aima.gov.pt através do link nela indicado para revalidar as suas credenciais de acesso”. Depois, “devem pedir, na mesma plataforma, a geração de um Documento Único de Cobrança (DUC), para pagamento das taxas, que deve ser efetuado nos 10 dias úteis seguintes” e após a “a validação da conta e a confirmação do pagamento, os requerentes receberão, igualmente por e-mail, uma proposta de agendamento para atendimento presencial e recolha de dados biométricos”, se for necessário. Segundo a AIMA, “os requerentes deverão ter a sua situação contributiva e fiscal devidamente regularizada bem como toda a documentação legalmente exigida”. Já os “titulares de autorizações de residência que caduquem depois de 30 de junho de 2025” devem requerer a renovação diretamente no portal das renovações, que está disponível no site da AIMA.

PSD recusa sugestão do PS e leva já a votos diplomas do Governo sobre imigração

O PSD recusa a sugestão do PS para que os diplomas do Governo sobre imigração, em discussão no parlamento, baixem à especialidade sem votação e quer submetê-los a aprovação na generalidade, já na sexta-feira (4).

Esta posição foi transmitida pelo líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, na Assembleia da República, depois de confrontado com a ideia do PS no sentido de que os diplomas do Governo sobre a imigração baixem diretamente a especialidade para “retirar incerteza jurídica e constitucional” e permitir o trabalho de aperfeiçoamento em comissão. Hugo Soares rejeitou esses argumentos e contrapôs que os diplomas para a regulação da imigração “são prioritários”, razão pela qual “os partidos devem já tomar posição”. “Regular a imigração, olhar para a lei da nacionalidade, controlar melhor quem entra no país e quem cá está são prioridades para a vida do país e os partidos devem tomar posições sobre elas. Não me parece sequer que seja muito lógico adiar posicionamentos em matéria de generalidade quando depois todo o diálogo se deve fazer

Parlamento

no trabalho da especialidade”, alegou. Na sexta-feira (4), vão ser debatidas e votadas na generalidade, na Assembleia da República, as propostas do Governo de alteração da lei da nacionalidade, do regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional e o diploma que pretende criar a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública, chumbada na anterior legislatura. O presidente do Grupo Parlamentar do PSD manifestou-se disponível para trabalhar os diplomas do Governo em sede de especialidade, recusou estabelecer diferenças entre os socialistas ou o Chega como parceiros preferenciais para um consenso, mas afirmou-se “preocupado” por o PS “ainda não ter interiorizado o problema real da imigração”.

De acordo com Hugo Soares, após a fase na generalidade, segue-se um trabalho de especialidade, “onde o diálogo no parlamento e com o Governo deve ser intenso para que se possa chegar a soluções que visem, se for possível, melhorar os diplomas”. JN/MS

Governo insiste em rever lei da greve para garantir “equilíbrio”

Patrões pedem prioridade a discussão “profunda” sobre a lei laboral em Concertação Social. CGTP opõe-se a alterações e a UGT admite diálogo.

Oprimeiro-ministro reiterou a intenção de rever a lei da greve para consagrar serviços mínimos “em todas as ocasiões”, de forma a garantir “equilíbrio” entre o direito à greve e os direitos de quem precisa de fazer uso dos serviços. Luís Montenegro reuniu-se esta quarta-feira, pela primeira vez após a tomada de posse, com os parceiros sociais. Apesar de se terem mostrado abertos ao diálogo, os patrões pediram que seja dada prioridade a uma discussão “profunda” sobre a lei laboral, no âmbito da Concertação Social. O chefe do Governo defendeu ser necessária “uma solução” em “circunstâncias onde os serviços mínimos, por vicissitudes legais não são possíveis, possam passar a ser para garantir essa proporção”. Após a reunião plenária da Comissão Permanente da Concertação Social, Montenegro não quis avançar com prazos, nem detalhar a proposta que será “objeto ainda de negociação e diálogo com os parceiros”. Já as confederações empresariais insistiram numa lei laboral “mais moderna” e com “uma carga ideológica menor”, e, entre as matérias que querem revisitar, está o contrato de curta duração e o intermiten-

te e o banco de horas individual, referiu o presidente da Confederação do Turismo de Portugal. Sobre alterações à lei da greve, Francisco Calheiros considerou que o Governo não quer “contestar esse direito”, mas fazer ajustamentos. Para o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, não é um dos temas “prioritários”, mas admitiu que “não há tabus”. O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, afirmou que a lei “deve manter-se no sentido de garantir os direitos dos trabalhadores”, mas que esse direito “não deve impedir o direito ao trabalho”. “Há direitos que não podem ser levados ao excesso”, defendeu, referindo que estes dois direitos “devem estar em sintonia”. Do lado das centrais sindicais, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, falou de um ataque aos direitos dos trabalhadores, acusando o Governo de querer “limpar” o impacto das greves. “Há já setores em que os serviços mínimos que são estipulados são superiores ao dia normal de funcionamento dos serviços”, lembrou. Já o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, considerou não ser preciso mudar a lei “para resolver problemas”. Mas está recetivo a ouvir a proposta do Executivo. Todavia, “não há acordo a qualquer custo”, avisou. JN/MS

Sismo

Japão evacua ilha atingida por sismo depois de 900 abalos em 10 dias

O Japão ordenou a evacuação de uma ilha num arquipélago remoto, hoje atingido por um forte sismo, depois de terem sido registados mais de 900 tremores em 10 dias. Os 89 residentes da Ilha de Akuseki, parte do arquipélago de Tokora, no sul do Japão, foram instados a abandonar as suas casas, afirmou uma autoridade municipal.

Um grupo de ilhas no sudoeste do Japão foi atingido por mais de 900 sismos desde 21 de junho, alguns atingindo magnitudes de cerca de 5,0 na escala de Richter. O Observatório Meteorológico Regional de Kagoshima alertou a população para tremores fortes, uma vez que existe a possibilidade de outros sismos com magnitude superior a 5.

Para já, nenhum dano significativo foi relatado e, segundo o diretor da Divisão

de Observação de Sismos e Tsunamis da Agência Meteorológica do Japão (JMA), Ayataka Ebita, não há risco de ‘tsunami’ (grande maremoto) após o sismo de hoje. “Fiquem atentos a sismos de magnitude semelhante num futuro próximo”, sublinhou, no entanto.

Sete das 12 ilhas isoladas de Tokora são habitadas, com uma população total de cerca de 700 habitantes.

O Japão é um dos países mais ativos sismicamente do mundo, localizado sobre quatro grandes placas tectónicas ao longo da orla ocidental do chamado “Anel de Fogo” do Pacífico.

O arquipélago, que alberga aproximadamente 125 milhões de pessoas, sofre normalmente cerca de 1500 tremores de terra por ano e é responsável por cerca de 18% dos sismos do mundo.

JN/MS

Kanye West

Austrália cancela visto de Kanye West por causa de canção pró-Hitler

A Austrália anunciou a revogação do visto de Kanye West, conhecido como Ye, numa medida que reforça a sua política de tolerância zero perante manifestações públicas de discurso de ódio. A decisão surge após o controverso lançamento da canção "Heil Hilter", que exalta o ditador nazi Adolf Hitler.

Orapper norte-americano Kanye West, também conhecido como Ye, viu o seu visto para a Austrália ser revogado após o lançamento independente da música "Heil Hitler", na qual glorifica o ditador nazi Adolf Hitler.

O ministro da Administração Interna da Austrália, Tony Burke, confirmou, esta quarta-feira, em entrevista ao programa "Afternoon Briefing", da ABC, que não autorizaria a entrada no país de qualquer pessoa que procurasse justificar a islamofobia ou o antissemitismo como sendo "racionais", sobretudo quando o visto solicitado tinha como finalidade a "realização de discursos públicos".

Segundo Burke, o músico, de 48 anos, e a sua mulher, Bianca Censori, viajavam frequentemente para a Austrália, uma vez que a família da arquiteta e modelo é natural de Melbourne. "Fez uma série de comentários ofensivos, que levaram os meus funcionários a reavaliarem o seu caso quando lançou a canção 'Heil Hitler'. A partir desse

momento, deixou de reunir condições para manter um visto válido na Austrália", explicou o ministro.

Questionado sobre se seria "sustentável" manter a proibição em vigor, tendo em conta a possibilidade de Kanye West realizar concertos no país, Tony Burke respondeu: "O que não é sustentável é importar ódio. Já temos problemas suficientes neste país para estarmos a importar fanatismo de forma deliberada", afirmou.

A notícia da revogação do visto australiano surge numa altura em que Kanye West se prepara para regressar aos palcos, com um concerto marcado para 29 de novembro, num local ainda por anunciar, em São Paulo, Brasil.

JN/MS

MUNDO

Viagem

Associação europeia de companhias áereas uniformiza tamanho da bagagem de cabine grátis

A associação europeia de companhias de aviação Airlines for Europe (A4E) uniformizou a dimensão da bagagem de mão gratuita que normalmente é colocada debaixo do assento da frente, em 40 × 30 × 15 cm, avançou em comunicado.

Amedida vai ao encontro de uma decisão, em 5 de junho, dos ministros dos Transportes da União Europeia (UE) sobre direitos dos passageiros das transportadoras aéreas.

As companhias têm ainda de dar informação clara sobre as dimensões do objeto

Unicef

autorizado, em formato claro e acessível, das dimensões e peso máximos da bagagem que podem levar consigo na cabina.

A companhia aérea portuguesa TAP e as "low cost" Easyjet e Ryanair integram a A4E.

A decisão europeia resulta de acórdão do Tribunal de Justiça da UE, que decretou que o transporte de bagagem de mão não pode ser objeto de uma sobretaxa, desde que satisfaça requisitos razoáveis em termos de peso e dimensões e cumpra os requisitos de segurança aplicáveis.

Mais de 75% das crianças moçambicanas vive em situação de pobreza

A Unicef alerta que 77% das crianças moçambicanas vive em situação de pobreza e uma em cada quatro meninas sofre violência física antes dos 18 anos, pedindo "urgência" na proteção infantil no país.

"Em Moçambique, 77% das crianças vive em situação de pobreza e uma em cada quatro meninas sofre violência física antes dos 18 anos", lê-se numa nota do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef). Para a agência da ONU, os dados revelam "urgência" na profissionalização e ampliação da força de trabalho social "para garantir a proteção e o bem-estar infantil" no país.

"Com apoio da Unicef, a Associação de Assistentes Sociais de Moçambique trabalha para defender os direitos, interesses e o desenvolvimento profissional dos assistentes sociais no país, incluindo a prestação de serviços de qualidade por profissionais qualificados e bem treinados", acrescenta.

Em 24 de junho, a Human Rights Watch

(HRW), organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos, exigiu ações do Governo moçambicano para travar o aumento do número de crianças raptadas pelos grupos terroristas que operam desde 2017 na província de Cabo Delgado, norte, e depois são usadas em trabalhos forçados.

“O aumento dos sequestros de crianças em Cabo Delgado agrava os horrores do conflito em Moçambique (…). A Al-Shebab tem que poupar as crianças do conflito e libertar imediatamente as que foram sequestradas”, declarou a diretora-adjunta para a África da HRW, Ashwanee Budoo-Scholtz, citada num comunicado da ONG.

A Lusa noticiou em 20 de junho que Moçambique foi o segundo país com o maior aumento percentual (525%) de violações graves contra crianças em conflitos armados em 2024, apenas atrás do Líbano, segundo o relatório do secretário-geral da ONU sobre crianças e conflitos armados relativo a 2024.

JN/MS

Diogo Jota e o irmão morrem num despiste em Espanha

Morreu o jogador Diogo Jota, de 28 anos, ex-futebolista do F. C. Porto, que alinhava atualmente pelo Liverpool, num acidente de carro, em Zamora, Espanha. O irmão do jogador, André Silva, de 26 anos, também morreu no acidente.

Odespiste do Lamborghini aconteceu a quinta-feira (3) de madrugada, ao quilómetro 65 da autoestrada 52, junto ao município de Palacios de Sanabria. Depois de o carro sair da estrada, incendiou-se.

A 'Sky Sports News' revelou o primeiro comunicado da Guardia Civil de Zamora relativamente ao acidente de viação que vitimou o internacional português Diogo

Jota e o irmão, André Silva. Segundo as informações em questão, um dos pneus do veículo onde seguiam os dois jogadores terá rebentado durante uma ultrapassagem, o que originou a tragédia. "Um acidente de carro aconteceu às 00h30 desta madrugada ao quilómetro 65 da A-52, no município de Cernadilla, em Zamora. Um veículo saiu da estrada, o que indica que um dos pneus rebentou durante uma ultrapassagem. Como resultado do acidente, o carro ficou em chamas e ambos os ocupantes morreram. Ainda antes da realização dos exames forenses, um dos falecidos foi identificado como sendo Diogo Jota, jogador do Liverpool. O outro foi o irmão, André Filipe", lê-se no comunicado. Também o jornal espa-

nhol "Marca", que cita várias fontes, refere que, segundo testemunhas que acionaram os serviços de emergência, o carro ficou tomado pelas chamas, que alastraram à vegetação próxima. As vítimas começaram por ser identificadas pela matrícula e depois pelos documentos encontrados dentro do carro. Os corpos de Diogo Jota e do irmão, André Silva encontram-se no Instituto de Medicina Legal de Zamora à espera das respetivas autópsias, que podem demorar vários dias, segundo a delegação do Governo em Zamora. “Os corpos estão no Instituto de Medicina legal de Zamora, onde se vão realizar todos os exames necessários para assegurar a identidade das vítimas”, disse o subdelegado do governo espanhol em Zamora, Ángel Blanco, sublinhando, no entanto, que “podem ser necessários testes de ADN que deverão ser enviados ao Instituto Nacional de Toxicologia em Madrid”. Segundo fontes consulares, só depois da realização da autópsia é que os corpos serão trasladados para Portugal, e desconhece-se o tempo necessário para o procedimento. Na conferência de imprensa, Blanco confirmou que a violência do incêndio ocorrido após o acidente “dificulta os trabalhos de reconhecimento” e não se descarta que “os resultados possam demorar vários dias”. O futebolista tinha casado há poucos dias e tem três filhos pequenos. O irmão de Diogo Jota, André Silva, também era futebolista e jogava pelo Penafiel. Diogo Jota, de 28 anos, jogava pelos ingleses do Liverpool desde 2020, depois de ter passado

pelo Wolverhampton. O jogador começou no Gondomar, concelho de onde é natural, tendo passado pela formação do F. C. Porto, e alinhado pelo Paços de Ferreira e também Atlético de Madrid. Diogo Jota estava a regressar a Inglaterra. Segundo apurámos, o internacional português, de 28 anos, esteve no casamento de um amigo no fim de semana e, ontem, almoçou com a mulher e os filhos em Leça da Palmeira. O avançado ia a caminho de Liverpool, seguindo de viagem de carro até Santander (Espanha) de onde seguiria de ferry até ao sul de Inglaterra e, depois, para Liverpool - o clube arranca a pré-temporada no próximo dia 8. Na seleção, o futebolista, que tinha apetência para o golo, acabou também por ser referência, nem sempre a titular, mas com 49 internacionalizações e duas Ligas das Nações no currículo.

A UEFA anunciou que se realizará um minuto de silêncio antes do apito inicial dos jogos do Europeu feminino em homenagem a Diogo Jota e ao irmão, André Silva. Recorde-se que a Seleção Nacional - que entrará em campo com fumos - estreia-se na competição hoje, frente à Espanha, numa partida marcada para as 20h00. "A UEFA anuncia que se vai realizar um minuto de silêncio durante todos os jogos do Europeu feminino, em memória ao internacional português e avançado do Liverpool Diogo Jota e ao irmão André Silva, que morreram tragicamente hoje", lê-se no comunicado daquele organismo.

JN/MS

Diogo Jota. Foto: DR
Diogo Jota juntou-se ao FC Porto por empréstimo em 2016, enquanto o seu irmão André Silva estava nas camadas jovens. Foto: FC Porto
André Silva. Foto: DR

Diogo Jota: A estrela humilde, um goleador incansável e a paixão pelos videojogos

Internacional português, faleceu esta quinta-feira de madrugada, em Espanha, despistando-se de carro, numa viagem em direção a Inglaterra ao lado do irmão. Quem privava com o craque luso falava de uma pessoa com os pés bem assentes na terra e sem esquecer as raízes, enquanto era um dos melhores avançados do mundo.

Nascido e criado em Gondomar, quem via o pequeno Diogo sempre acompanhado da bola já dizia que ia dar jogador. Uma profecia que se tornou realidade, mas com uma carreira muito acima do que se projetava, feita de golos, títulos e momentos que marcaram o futebol português e inglês. Diogo Jota construiu, passo a passo, o percurso de um avançado goleador, que aliava talento a uma dedicação incansável. Internacional por Portugal em quase meia centena de ocasiões, foi também símbolo de humildade e proximidade com as origens, nunca esquecendo a família e os amigos de infância, com quem reunia sempre que podia. Fora do futebol, nunca escondeu a paixão pelos videojogos desportivos.

Em Gondomar, no disitrito do Porto, começou a mostrar os dotes futebolísticos nas ruas perto de casa e ingressou nas camadas jovens do clube da terra natal. Rapidamente, destacou-se entre os demais e, com apenas 16 anos, foi recrutado para os juniores do Paços de Ferreira, onde concluiu a formação e fez os primeiros jogos como sénior. Na Capital do Móvel, tornou-se no mais jovem a bisar desde Cristiano Ronaldo no principal escalão de futebol português e assumiu-se como titular indiscutível na sua segunda época, marcando 14 golos. Chamou à atenção dos maiores tubarões europeus, chegando mesmo a assinar contrato com o Atlético de Madrid, mas não saiu de Portugal. O

F. C. Porto recebeu-o por empréstimo do emblema espanhol e continuou a sua evolução, deixando a sua marca de goleador sempre que era chamado à ação nos dragões de Nuno Espírito Santo. O técnico mudou-se para Inglaterra, orientando o Wolverhampton no Championship, e não hesitou em requerer um novo empréstimo para contar com os serviços do avançado, que se adaptou como uma luva ao futebol britânico. Os golos convenceram e os Wolves pagaram 14 milhões de euros, desta vez já a disputar a Premier League, onde somou mais de uma centena de jogos e faturou 44 golos.

Em 2020, Diogo Jota deu o passo de afirmação, ao juntar-se ao Liverpool por quase 50 milhões de euros, com o técnico Jurgen Klopp a revelar que ficou extremamente surpreendido com a inteligência e a qualidade do português, festejando o título de campeão inglês já ao leme do treinador Arne Slot. Com o passar dos anos, era um dos jogadores com mais estatuto nos "reds" e com direito a cânticos das bancadas de Anfield.

O sucesso no país de onde originou o futebol não passou despercebido por Portugal. Estreou-se na seleção A em 2019 e nunca mais saiu. Com as quinas ao peito, levantou por duas vezes a Taça da Liga das Nações, tendo entrado no prolongamento na final da última competição, onde a seleção nacional bateu a Espanha nos penáltis. Fora dos relvados, Diogo Jota levava uma

vida simples, ao contrário da maior parte das superestrelas do futebol. Recentemente, casou com Rute Cardoso, com quem tinha uma relação desde os tempos da escola. O casal teve três filhos, dois rapazes e uma menina, e faziam questão de os levar frequentemente às origens, nunca negando autógrafos e fotografias.

Enquanto descansava das exigências do desporto ao mais alto nível, o internacional luso nunca deixou a paixão pelos videojogos. No FIFA, agora EA Sports FC, dedicou-se tanto que chegou a ser o número um mundial no ranking do jogo e até fundou uma equipa profissional. Além disso, também era apaixonado por Football Manager, um jogo de simulação de treinador, onde admitou ter estado viciado durante algo tempo.

Diogo Jota despediu-se no auge da carreira, semanas após celebrar importantes conquistas nacionais, internacionais e pessoais. Apesar da sua partida antecipada, deixa um legado inspirador para o desporto português. A história do menino de Gondomar que chegou ao topo do futebol mundial permanece como exemplo de talento, trabalho e humildade. Os golos, os títulos e as exibições que ofereceu ficarão para sempre na memória dos adeptos. Ficará a lembrança de um campeão dentro e fora de campo, um profissional apaixonado pelo jogo e um ser humano cujo percurso orgulhou o país inteiro.

Mundo do futebol e não só reage à morte de Diogo Jota

"Este é um momento de profunda consternação para toda a massa associativa portista e para todos os portugueses. Dois jovens perderam a vida de maneira trágica, dois homens que representaram o F. C. Porto de forma exemplar e que serão recordados não só pelo seu futebol, mas também pelas suas características pessoais e humanas. À família e amigos do Diogo e do André, devastado ainda com a injustiça da perda prematura das suas vidas, dirijo as minhas condolências. O futebol perdeu dois grandes homens. Resta-nos a honra de terem representado o F. C. Porto".

André Villas-Boas

Presidente do F.C.Porto

“O Liverpool está desolado com o trágico falecimento de Diogo Jota. O clube foi informado de que o jogador de 28 anos faleceu na sequência de um acidente de viação em Espanha, juntamente com o seu irmão, André. O Liverpool FC não vai fazer mais comentários neste momento e pede que a privacidade da família, amigos, colegas de equipa e funcionários do clube de Diogo e André seja respeitada enquanto tentam lidar com uma perda inimaginável. Continuaremos a dar-lhes todo o nosso apoio.”

Liverpool FC

“Diogo Jota demonstrou um elevado profissionalismo e dedicação na representação da Seleção Nacional, bem como nos restantes clubes por onde passou. Está inserido numa geração que tem levado o futebol português ao mais alto nível. O Presidente da República apresenta as mais sentidas condolências à sua família, amigos e colegas de profissão, por uma perda que a todos os portugueses consternou".

Marcelo Rebelo de Sousa Presidente da República Portuguesa

“Diogo Jota começou a trabalhar comigo aos 22 anos. Ele tinha feito um percurso com muito empenho, muito trabalho e subiu a pulso. O Diogo era muito esti-

mado por todos na Seleção". Quando ele se lesionou e não pode integrar a lista de convocados para a fase final do Mundial do Qatar de 2022, fez questão de estar com a equipa. Ele queria muito ter jogado e foi ter connosco só para apoiar".

Fernando Santos ex-Selecionador Nacional

“Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua familia, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles. Descansem em Paz, Diogo e André. Vamos todos sentir a vossa falta”.

Cristiano Ronaldo

“Estamos de coração partido. O Diogo era adorado pelos nossos adeptos, amado pelos seus colegas de equipa e acarinhado por todos os que trabalharam com ele durante o seu tempo no Wolves. As memórias que ele criou nunca serão esquecidas. Os nossos corações estão com a família, amigos e entes queridos do Diogo e do seu irmão, André. Sentiremos muito a vossa falta e serão sempre recordados.”

Wolves

“Hoje o futebol português está absolutamente devastado. Estamos todos de luto, está a Federação Portuguesa de Futebol, está esta geração de jogadores e o que representava hoje o Diogo, e se me permitem também o André [irmão]. O Diogo era aquilo que nós todos queremos ser, era uma referência para o futebol português, era um talento da sua geração, mas muito mais do que isso, hoje estamos todos enlutados pela tristeza bárbara da notícia que hoje recebemos. Um chefe de família, aproveito neste momento para dar um cumprimento muito especial à Rute (mulher), aos três filhos que ficaram. Aquilo que pedia era que neste momento soubéssemos todos respeitar a memória do Diogo e do André. É um momento muito difícil para o futebol português, e, portanto, a FPF hoje está de luto, o futebol português hoje está de luto, os clubes estão de luto, e é um momento de profunda tristeza.”.

Pedro Proença Presidente da Federação Portuguesa de Futebol

Chelsea vence Benfica e marca encontro com o Palmeiras

O Chelsea venceu o Benfica por 4-1 após prolongamento, num duelo interrompido quase duas horas devido à trovoada que se aproximou do Estádio Bank of America, em Charlotte, na Carolina do Norte. Trubin fica mal na fotografia em dois golos. Chega ao fim a participação das equipas lusas no Mundial.

Num duelo europeu, o Chelsea acabou por ser superior ao Benfica e garantiu a vaga para os quartos de final ao vencer de goleada por 4-1, com três dos golos a surgirem já depois do tempo regulamentar. O jogo assumiu proporções como nunca visto e teve um enredo inédito.

Depois de uma primeira parte sem golos, as redes viriam a balançar na segunda metade. Num livre lateral, Reece James (64 m) foi astuto e procurou meter a bola pelo buraco da agulha. Trubin, que até então vinha a realizar um grande jogo, foi apanhado desprevenido e acabou por ser batido. No entanto, perto do fecho aconteceu algo insólito. O jogo teve de ser interrompido aos 86 minutos e só foi retomado quase duas horas depois. Nos escassos minutos que restavam o Benfica conseguiu igualar numa grande penalidade convertidade por Di María (90+6 m) e adiou a decisão para um prolongamento.

Já nos restantes trinta minutos extra e numa altura em que jogavam com mais uma unidade, fruto de uma expulsão de Prestiani (93 m), os londrinos, que a dado momento até assumiram algumas dificuldades, não vacilaram e fecharam o resultado em menos de 10 minutos, com golos de Nkunku (108), Pedro Neto (114) e Hall (117). Chega ao fim a prestação das equipas portuguesas no Mundial de Clubes, naquele que também foi o adeus de Di María com a camisola dos encarnados. Já o Chelsea vai defrontar o Palmeiras no dia 5 de julho, no próximo sábado, às 2 horas. JN/MS

Jorge Jesus está muito próximo de ser anunciado como novo treinador do Al Nassr

Jorge Jesus parece ter chegado a acordo com o Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, e a apresentação estará para breve.

Fabrizio Romano, especialista no mercado de transferências, escreve que Jorge Jesus aceitou o desafio proposto pelo Al Nassr para se tornar no novo técnico dos sauditas. O acordo está fechado e a apresentação será realizada em breve, num negócio que contou com a validação do internacional português Cristiano Ronaldo.

De relembrar que Jorge Jesus foi demitido do Al Hilal em maio, após ter vencido uma Liga da Arábia Saudita, duas Supertaças e uma Taça do Rei.

JN/MS

100 Anos

Retribuindo.

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(na esquina da College com a Rusholme, entre a Gladstone e a Dovercourt)

Creditos:
Blues celebram o primeiro golo. Foto: Angela Weiss/AFP

Di María na despedida do Benfica:

"É como a minha casa"

Internacional argentino abordou todos os momentos nas águias, numa entrevista aos meios de comunicação dos encarnados.

“Disse-o muitas vezes quando saí do Benfica. Também disse que queria voltar a vestir esta camisola. Para mim é como a minha casa, porque foi o meu primeiro clube na Europa, um lugar onde cheguei com 18 anos, com os meus pais e as minhas irmãs. Desde o primeiro

dia senti o carinho e o amor das pessoas. Passei três anos maravilhosos e quando tive de sair foi duro. Custou-me muito, mas tinha essa esperança de um dia voltar a vestir esta camisola. Vou embora com essa alegria de ter voltado, de ter cumprido com a palavra de regressar ao Benfica. Também disse que tinha muita vontade de poder terminar no Rosario Central, no meu clube, onde me formei, onde comecei. É um final mais do que sonhado”, começou por dizer Di María.

Sobre quanto mais tempo vai jogar, quer durar o máximo possível. “É apenas um ano de contrato, vou ver como me sinto, mas acho que ainda tenho condições de continuar a um bom nível, acho que se foi vendo durante o Mundial de Clubes. Tenho a esperança de jogar mais uns anos”, realçou.

Na derrota frente ao Sporting na final da Taça de Portugal acabou o jogo em lágrimas, falando num falhar dos objetivos. "Tinha o sonho de ganhar o 39 e conquistar

a Taça. Tínhamos ganho a Taça da Liga e isso fez-me muito feliz. Tinha a esperança de conquistar os três títulos, mas não foi possível. Foi um momento difícil para mim, foi um conjunto de coisas. Saber que era o meu último jogo em Portugal, em Lisboa, na cidade onde fui muito feliz. Não poder dar a alegria a todos os benfiquistas doeu-me muito. Vou embora muito tranquilo, porque ganhei tudo o que podia ganhar em Portugal, todas as competições nos cinco anos em que estive, pude voltar e provar que realmente cumpri com a minha palavra e voltei a vestir esta camisola. Vou tranquilo, mas ao mesmo tempo um pouco triste por não poder dar mais uma alegria aos adeptos”, revelou.

Comentou também a relação com o capitão Nico Otamendi. "Somos muito unidos. Conhecemo-nos há muito tempo da seleção argentina, de viagens, de Mundiais, da Copas América. Mas poder conviver com ele no mesmo clube é muito diferente de quando se está na seleção. A verdade é que fiquei com uma impressão muito mais bonita da que já tinha dele e da sua família. Passei dois anos maravilhosos com eles, a partilhar churrascos, jantares, aniversários, momentos inesquecíveis, a levantar uma taça. Acho que foram dois anos incríveis com ele, com a sua família e a vestir esta camisola, o que é obviamente um privilégio".

Por fim, deixa como maior lembrança da segunda passagem, o "bis" contra o F. C. Porto. "Acho que nessa fase, de um mês e meio, dois meses, foi quando eu estava num nível alto, sentia-me muito bem, com muita confiança. As coisas fluíam naturalmente. É difícil conseguir marcar dois golos num clássico, conseguir desfrutar de jogar futebol, porque foi um jogo incrível em todos os sentidos, então acho que ter conseguido pelo menos essa vitória em casa contra o F. C. Porto vai ficar certamente na história do clube. Para mim e para todos os benfiquistas", concluiu o argentino.

JN/MS

A seleção portuguesa de sub-21 de andebol chegou esta segunda-feira ao Porto com a medalha de prata do Mundial da Polónia ao peito e o sentido de dever cumprido, com a certeza de um futuro promissor para a modalidade.

Portugal fez história no domingo (29) ao terminar em segundo o Mundial de sub-21, ao perder por 26-29 a final com a Dinamarca, e inscreveu os nomes do guarda-redes Diogo Rêma e do lateral João Bandeira Lourenço na equipa ideal da prova. “Foi completamente histórico. Nunca

NATAÇÃO

Portugal foi a uma final de um Mundial em nenhum escalão e ficamos muito contentes com a medalha de prata, que é um sinal que o andebol nacional está a evoluir”, disse à chegada Diogo Rêma. O guarda-redes admitiu que após a final perdida para a Dinamarca ficou um amargo de boca, reconhecendo que “a felicidade não era a máxima”, mas, umas horas depois, refletiram com calma sobre o feito que tinham acabado de alcançar. “Superamo-nos muito durante a competição [sete vitórias consecutivas até à final] e já em janeiro, nos seniores, fizemos um resultado histórico [4.º no Mun-

dial]. É sempre a subir”, assegurou Diogo Rêma, que também representa a seleção principal. O guarda-redes atribui o sucesso à preparação da seleção, embora tenha tido pouco tempo, à qualidade individual dos jogadores e ao coletivo forte, que se consegue completar muito bem, e ao treinador Carlos Martingo. “Conseguimos um grande resultado e só temos que estar orgulhosos disso”, disse ainda o guarda-redes Diogo Rêma, que integrou a equipa ideal do Mundial da Polónia juntamente com o seu compatriota João Bandeira Lourenço (lateral esquerdo).

Para João Bandeira Lourenço é um motivo de “grande orgulho” integrar o sete ideal do Mundial, em que cabiam outros jogadores lusos, como o pivô Ricardo Brandão, mas o lateral reconhece que se o conseguiu é fruto do trabalho da equipa. “A equipa é que levou a que isto acontecesse. Por termos uma equipa tão unida e tão boa é que isso foi possível. Qualquer um de nós podia entrar na equipa ideal”, defendeu o lateral esquerdo, repartindo o destaque individual com os restantes companheiros de seleção. Tal como Diogo Rêma, João Bandeira Lourenço também admitiu um sabor amargo, logo após a final perdida com a Dinamarca, que garantiu o histórico segundo lugar do Mundial. “Após o jogo não ficamos satisfeitos, porque queríamos o ouro, mas depois começámos a refletir e a pensar no que tínhamos alcançado e é muito bom. Fomos os únicos a conseguir fazê-lo”, acrescentou. O pivô Ricardo Brandão, que tal como Diogo Rêma já é presença assídua na seleção principal, também reconheceu que a seleção sentiu que podia ter feito melhor, mas está consciente de que deu mais um passo na historia do andebol nacional.

“Terminou o nosso percurso nas camadas jovens, mas vamos continuar a dar tudo para continuar a trabalhar e poder contribuir para a seleção principal”, disse um dos pivôs dos Heróis do Mar, que alcançou o inédito quarto lugar do Mundial de seniores.

A equipa nacional foi recebida no Aeroporto Francisco Sá Carneiro por alguns familiares e amigos ao final da manhã. O treinador Carlos Martingo não viajou com a equipa, que foi agraciada, ainda na aerogare, com uma caixa de natas.

JN/MS

Diogo Ribeiro com novo ouro nos Europeus de natação de sub-23

Após ser o mais rápido na prova de 50 metros livres, o nadador português arrecadou, no sábado à tarde (dia 28), mais um ouro na Eslováquia, desta vez nos 50 metros mariposa.

Éa terceira medalha de Diogo Ribeiro nos Europeus de natação de sub-23, sendo a segunda de ouro, depois de se sagrar campeão nos 50 metros maripo-

sa, batendo o ucraniano Vladyslav Bukhov, que foi segundo classificado, com 23,09 segundos, sendo que o romeno Denis-Laurean Popescu fechou o pódio, com o tempo de 23,43.

Diogo Ribeiro, que abdicou da final dos 100 metros livres para se focar nos 50 mariposa, termina os Europeus de Samorinm na Eslováquia com três medalhas, depois de já ter também garantido a prata nos 100 mariposa.

JN/MS

TÉNIS Nuno Borges consegue a primeira vitória em Wimbledon

Em relva, num piso em que baixa a percentagem de triunfos, o tenista português Nuno Borges venceu pela primeira vez no mítico torneio inglês de Wimbledon, nesta segunda-feira, avançando para a segunda ronda.

Passado dois anos da derrota frente ao argentino Cerundolo na estreia em Wimbledon, Nuno Borges conseguiu a desforra frente ao mesmo adversário e venceu pela primeira vez no All England Club, por 3-1, com os parciais de 4-6, 6-3, 7-6 e 6-0. . JN/MS

Toronto FC parts ways with Italian duo

Toronto FC made headlines in 2022 by opening the MLSE vault and bringing in Italian stars Lorenzo Insigne and Federico Bernardeschi as designated players, hoping to revitalize a floundering franchise. The ambitious move, however, failed to deliver the expected turnaround. This week, the club parted ways with both players, mutually agreeing to terminate their contracts. Insigne’s deal was set to run through July 2026, while Bernardeschi’s extended contract lasted until December 2028. While exact financial details of the settlements remain private, both players walked away with less than the total value of their deals.

Maple Leaf Sports and Entertainment (MLSE) president and CEO Keith Pelley described the decision as a crucial step in Toronto FC’s rebuild. “The importance of the DP strategy in MLS is critical,” Pelley said. “And unfortunately, despite our best intentions, the strategy of bringing in two high-profile Europeans no longer aligns with our club’s ethos and on-field identity. This move gives us the flexibility to reshape our roster and aim to become a consistent MLS Cup contender.”

The investment in Insigne and Bernardeschi was massive by league standards. The duo earned a combined $64 million in guaranteed compensation—figures that don’t even account for the recent settlement. Yet, that spending resulted in only 22 regular-season victories and minimal playoff relevance. In 175 matches across all competitions, the two combined for 45 goals and 40 assists, often underwhelming amid instability—four coaches in two years and inconsistent team play.

Toronto now has two open designated player slots and could create room for a third, depending on the balance it chooses between veteran DPs and younger U-22 initiative signings. General manager Jason Hernandez sees this as a pivotal moment. “We’ve been locked into a certain path for a long time,” Hernandez said. “Now, we’re free to explore new directions.”

With the MLS summer transfer window opening on July 24, TFC is already searching for new talent. Pelley confirmed that head coach Robin Fraser was reviewing scouting footage of a potential target earlier this week. Meanwhile, Hernandez noted a surge of interest from players and agents since news of the Italians’ exit broke.

Freeing up Insigne and Bernardeschi’s roster spots also relieves significant salary cap pressure. Their designated player status carried the maximum cap hit of $743,750 each, along with a portion of general allocation money. Though the financial loss is substantial, Pelley said ownership remains committed. “This was a strong statement of support from ownership, allowing us to settle with both players. Now, our focus turns to finding the right fit for our new direction,” he said.

Insigne was MLS’s second-highest earner in 2024 with a $15.4 million salary, trailing only Lionel Messi. Bernardeschi earned $6.295 million, sixth in the league. In contrast, Toronto’s next highest-paid player, Ola Brynhildsen, earns roughly $1.6 million, while seven players make less than $100,000. Fraser acknowledged that the salary gulf between the Italians and the rest of the squad may have impacted locker room unity. “Closer salaries help build a stronger team culture,” he said. “What-

ever we spend moving forward, it must enhance that team-first feeling.”

Still, not everyone believes salaries caused internal issues. Veteran defender Sigurd Rosted downplayed the impact. “Honestly, players don’t care about paychecks—that’s more for the media and fans,” said Rosted, whose $805,000 salary is about five percent of Insigne’s. “They were great teammates who always gave their best. We’ll miss them.”

Talks to move Insigne had stretched over several transfer windows but offers from clubs in Italy, Spain, Turkey, and Brazil never came to fruition. Discussions with Bernardeschi were more recent, unfolding over the past few weeks. Coincidentally, both deals were finalized at the same time. Notably, Bill Manning, the

HOUSE LEAGUE

club president who oversaw the signings, was dismissed in July 2024.

For head coach Fraser, the departure of the Italians brings renewed focus. “We can now prioritize evaluating talent for next year, including loanees and young players,” he said. Last weekend’s 3-0 win over Portland offered a glimpse of what the club hopes to become.

Toronto begins its new chapter Thursday at Yankee Stadium against New York City FC, currently ninth in the Eastern Conference—four spots and 11 points above TFC. The match represents the first test of a post-Insigne, post-Bernardeschi era, as the team aims to write a more successful future.

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are

SC TORONTO

Mitch Marner’s departure leaves many divided opinions

The Mitch Marner era in Toronto has officially come to a close, and reactions are predictably divided among a fanbase known for its passion—and its polarizing opinions.

To some, Marner's departure marks the end of a hometown success story. A local kid who grew up dreaming of donning the blue and white, Marner delivered on that vision, becoming one of the franchise’s most prolific point producers. His 741 points since entering the league in 2016 place him fifth all-time in Maple Leafs history, and he’s eighth overall in the NHL during that span—just eight points behind Sidney Crosby. The only players ahead of him? Connor McDavid, Leon Draisaitl, Nathan MacKinnon, Nikita Kucherov, Artemi Panarin, David Pastrnak, and Crosby—likely future Hall of Famers.

Still, there’s a segment of fans who never fully embraced him. Their frustration stemmed largely from his postseason performances. While Marner leads all Maple Leafs in playoff points (63 in total) during his tenure, his lack of goals and the team’s continued playoff shortcomings often made him a scapegoat—more so than teammates like Auston Matthews, William Nylander, or Morgan Rielly, despite them sharing the same disappointing postseason track record.

The criticism wasn’t always fair, and at times, it crossed a line. From fans dumping trash on his property to his home address being shared online, the scrutiny became invasive and extreme. Much of the animosity intensified after Marner signed a six-year, $65.358 million contract in 2019. Some critics slammed him for not taking a “hometown discount,” a notion TSN analyst and former Flames GM Craig Button has publicly ridiculed, calling Marner one of the game’s most underappreciated stars.

“I should start calling him 4-M: ‘Much Maligned Mitch Marner,’” Button said earlier this year, citing his All-Star nods, two First All-Star Team selections, and status as a Selke Trophy finalist.

Now, with the Vegas Golden Knights acquiring Marner in a sign-and-trade following his eight-year, $96 million extension with Toronto, the landscape has shifted. Vegas instantly becomes more dangerous. Marner adds skill, speed, and elite playmaking to a team already rich with highend talent like Mark Stone, Jack Eichel, and Alex Pietrangelo. Importantly, he won’t have to carry the leadership burden—he can simply play his game.

Golden Knights coach Bruce Cassidy is well aware of what Marner brings. He saw it firsthand while coaching Boston to two

playoff series wins over Toronto and again when Marner played a key role for Team Canada at the 4 Nations Face-Off earlier this year.

For Toronto, however, the loss stings—on the ice and in the locker room. The Leafs now face the daunting task of replacing a player who put up 102 points last season.

As GM Brad Treliving put it, “There’s not a Mitch Marner tree you go to and just replace him.” Compounding the blow, the gap between the Leafs and their rivals just grew.

The Florida Panthers, who eliminated Toronto in the playoffs and went on to win the Stanley Cup, re-signed key contributors Sam Bennett, Brad Marchand, and Aaron Ekblad—players the Leafs were eyeing in free agency. Instead, those names remain with the reigning champs.

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While Leafs fans ponder what comes next, Marner took to Instagram to thank the city that raised him.

“Leaving isn’t easy,” he wrote. “This city is where I grew up, where I fell in love with hockey, and where I’ve had the incredible honour of living out my childhood dream. Wearing the Maple Leaf wasn’t just about playing for a team—it was about representing my home.”

He acknowledged the weight of expectations and admitted falling short of his ultimate goal: delivering a Stanley Cup to Toronto. Now, in Vegas, that dream may be closer to reality.

For the Maple Leafs, that goal feels farther away than ever. RS/MS

One thing is certain as Major League Baseball approaches the July trade deadline: a flurry of deals is coming. Over the next month, dozens of players will change teams as contenders attempt to bolster their rosters for a playoff push. Less certain, however, is who will be traded—and at what cost. With several teams still undecided on whether they’ll buy or sell, and each market developing its own rhythm, there’s plenty of uncertainty surrounding this year's deadline.

That leaves buyers like the Toronto Blue Jays needing to stay nimble. With a winning record, Toronto is firmly in the playoff hunt, and their front office will be looking to address key needs—namely, starting pitching, bullpen depth, and right-handed bats. While the Blue Jays’ farm system has improved over the past year, general manager Ross Atkins

must strike a balance between strengthening the current roster and protecting future assets. Prospects still matter—and squandering them can set an organization back.

To better understand what the Blue Jays might face, it's worth examining last year's trade deadline. While 2024's deals can't be copy-pasted to 2025, the 68 trades completed last July offer valuable insight into the dynamics of deadline pricing. Most trades happen late.

As is often the case in baseball, deadlines fuel urgency. Of the 68 trades made last July, 60 happened in the final week before the deadline. Expect a similar pattern this year, especially for Toronto. The club will want clarity on the health status of players like Anthony Santander, Yimi García, Max Scherzer, and Alek Manoah before finalizing major decisions.

High-velocity relievers with swing-and-miss stuff are premium assets.

Contending teams covet flamethrowing relievers come playoff time. Last year, the Padres gave up four ranked prospects for Tanner Scott. Yimi García required two prospects, including Seattle’s No. 10, and Carlos Estévez fetched a pair as well. All three pitchers had fastballs clocking 96.8 m.p.h. or more and strong strikeout rates, making them ideal for the pressure-packed innings of October baseball.

Toronto is familiar with this demand, having acquired Jordan Hicks last summer for two pitching prospects. If they go after a similar arm in 2025, the cost will likely be steep again. It’s simply the going rate for elite bullpen help.

Relievers with team control aren’t much more expensive.

While it makes sense that controllable relievers would command more, the difference in cost between rentals and multi-year arms wasn’t as wide as expected. Teams like Tampa Bay, Washington, and Oakland traded high-velo relievers such as Jason Adam, Lucas Erceg, and Gregory Soto for packages that weren’t drastically bigger than those for rentals. The volatility of the reliever role plays a part here—extra control is valuable, but not a guarantee of future performance.

If the Blue Jays are giving up two or three quality prospects anyway, they’d be wise to pursue relievers under team control for 2026 and beyond.

Velocity isn’t everything.

Relievers like Nate Pearson and Ryne Stanek remind us that radar gun readings don’t guarantee value. Command issues and a lack of deception hurt their market-

ability, while someone like Jason Adam— whose delivery makes the ball harder to pick up—offers more upside despite similar velocity. The Blue Jays will need to weigh intangible traits like deception as they assess bullpen targets.

Back-end starters are affordable.

Last year, solid-but-unspectacular starters such as Aaron Civale, Michael Lorenzen, and Martín Pérez were traded for single prospects, none of whom ranked higher than No. 19 in their organizations. While Trevor Rogers yielded a better return, he was the exception.

For the Jays, this means they can likely acquire back-end rotation help—say, an Andrew Heaney or Charlie Morton type— without surrendering top talent.

Front-line starters come at a premium.

Acquiring a pitcher capable of starting a playoff game will cost more—often multiple well-regarded prospects. Yusei Kikuchi, Jack Flaherty, and Zach Eflin all required significant returns, reflecting the intense demand from playoff hopefuls.

Should the Blue Jays target someone like Merrill Kelly, expect a three-player package featuring at least one notable headliner. And if a true ace like Jacob deGrom becomes available, the price will soar even higher. These players don’t move often— and when they do, the bidding is fierce.

Ultimately, while the Blue Jays have reason to be aggressive, the market will dictate their options. Other teams’ preferences may shape who gets dealt and where. As always, flexibility, preparation, and timing will be key to pulling off the right moves.

Toronto Blue Jays starting pitcher Max Scherzer (31). Photo RM.

Design revealed for Ontario’s reimagined waterfront destination

The Ontario government has unveiled the final design for the new Ontario Place, marking a major milestone in the transformation of Toronto’s waterfront.

The Ontario Place’s many attractions will include public beaches, trails and parks, the state-of-the-art Ontario Science Centre, Live Nation’s revitalized year-round amphitheatre, and Therme Canada’s family-friendly waterpark and wellness destination.

Some highlights from the final designs for Ontario Place include:

• A new entrance that will serve as a gathering and transit hub, connecting visitors to the new Exhibition Station on the Ontario Line, lakeside walking, cycle paths, and onsite parking.

• A reimagined Brigantine Cove featuring an urban beach, boardwalks, and children’s playgrounds, including a multilevel interactive treehouse and turtle-shaped play

structures.

• New canoe and kayak launch sites and natural stone lookout points throughout the park will provide sunset views across Lake Ontario.

• The Ontario Place marina will become a vibrant hub, with open-air pavilions, boardwalks, and spaces for future programming and amenities.

• A new forum space at the park’s centre will provide ample space for outdoor markets and festivals and showcase a 0.4 ha (1-acre) splash fountain, with a core shaped like Ontario’s iconic trillium.

• An up to 315.8 m2 (3,400 sf) Indigenous Cultural Pavilion on the East Island, offering a dedicated space for community gatherings, workshops, and other learning programs.

CC/MS/ Photos courtesy Government of Ontario

Creditos: DR
The south shore.
The 0.4 ha (1-acre) splash fountain.
The Ontario Place marina will become a vibrant hub
Brigantine Cove
The final design for the new Ontario Place, marking a major milestone in the transformation of Toronto’s waterfront.

SAÚDE & BEM-ESTAR

Credito: DR

Seis erros comuns na escolha de probióticos

Os probióticos tornaram-se aliados da saúde intestinal e do bem-estar geral, mas ainda há muita falta de informação sobre como escolher o mais adequado. Escolher um probiótico sem critérios pode resultar em benefícios reduzidos ou até na completa ausência de efeito, o que compromete as expectativas e a confiança neste tipo de suplementos.

Dada a crescente importância dos probióticos na promoção da saúde, a escolha deve ser criteriosa e adaptada às necessidades individuais. A seleção da estirpe certa pode fazer toda a diferença na eficácia do probiótico.

Os avanços na investigação sobre a microbiota humana e os probióticos têm revelado um potencial terapêutico. Graças ao progresso da biologia e das ciências da saúde, sabe-se hoje que os probióticos podem modular a microbiota intestinal de forma específica, permitindo abordagens personalizadas para melhorar a saúde intestinal e até extraintestinal. Há estudos que demonstram benefícios promissores na gestão de condições como obesidade, alergias, problemas de fertilidade, fadiga e infeções.

A microbiota, composta por bactérias, fungos e leveduras, desempenha um papel essencial no funcionamento do organismo. A do intestino é a mais relevante, e pode influenciar, por exemplo, a absorção de nutrientes, a regulação do sistema imunitário e até o peso, através da comunicação com o cérebro. Esta ligação entre o intestino e o sistema nervoso central é tão complexa que o intestino é frequentemente apelidado de “segundo cérebro”.

Apesar dos avanços científicos que têm desvendado, cada vez mais, as interações entre o intestino e outros órgãos, a escolha de probióticos continua a ser um desafio. Com tantas opções disponíveis, nem sempre é fácil encontrar informação credível e detalhada, o que pode levar a equívocos e a erros comuns. Por isso, descubra, a seguir, os seis erros mais frequentes e aprenda a evitá-los.

1. Não considerar a estirpe do probiótico

Nem todos os probióticos são iguais. A eficácia depende da estirpe específica e não apenas do género ou espécie. Escolha um probiótico cuja estirpe tenha evidência científica para o que pretende.

2. Assumir que todos os probióticos funcionam para qualquer problema Probióticos diferentes têm indicações específicas. Escolha os que têm estudos clínicos a comprovar eficácia.

3. Acreditar que mais estirpes significam maior eficácia

É enganador pensar que um produto com mais estirpes diferentes será melhor. A eficácia de um probiótico depende mais da qualidade e função específica das estirpes do que da quantidade presente na fórmula. As bactérias probióticas competem entre si pelos mesmos nutrientes e espaço no intestino. Essa competição pode levar à inativação de certas estirpes, reduzindo a sua eficácia.

4. Pensar que doses mais elevadas de microrganismos garantem melhores resultados

Muitas pessoas assumem que quanto maior for a quantidade de microrganismos num probiótico, maior será a sua eficácia. A realidade é mais complexa! A eficácia de um probiótico não depende apenas do número de microrganismos presentes, mas da estirpe

utilizada e da dose específica que demonstrou benefícios em estudos científicos.

5. Não ter em conta a qualidade do processo de fabrico

A forma como são produzidos pode influenciar diretamente a sua viabilidade e ação no organismo. O processo de fabrico desempenha um papel importante na preservação das características dos microrganismos probióticos. Para que um probiótico seja eficaz, é essencial que as bactérias ou leveduras permaneçam vivas e ativas até chegarem ao intestino, onde exercem os seus benefícios.

6. Não seguir corretamente as instruções de uso

Por exemplo, algumas estirpes podem ser mais eficazes quando tomadas em jejum ou de manhã, enquanto outras devem ser ingeridas com alimentos para melhorar a sobrevivência no trato digestivo. O calor também pode destruir as bactérias probióticas antes mesmo de chegarem ao intestino. Por isso, os probióticos não devem ser misturados com bebidas ou alimentos quentes.

SBE/MS

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

Medo

Uma nuvem, um tsunami ou uma onda gigante? Esta foi a questão que mais pairou sobre alguns banhistas no domingo (29), que no final da tarde ficaram surpreendidos com um fenómeno meteorológico raro. O momento levou até algumas pessoas a abandonar as praias com receio, tendo algumas filmado e partilhado este episódio nas redes sociais. Conhecido como "nuvem rolo", este fenómeno "não está relacionado com tsunamis". Acontece devido à diferença de temperaturas sentidas entre a superfície terrestre e o mar. Esta não é, no entanto, a primeira vez que se verifica um fenómeno idêntico em Portugal. A última vez que foi avistada foi em 1999, no Algarve e "gerou pânico real".

Crime

O filho mais velho da princesa Mette-Marit e enteado do príncipe herdeiro foi formalmente acusado de violação e agressão física e sexual depois de uma investigação que demorou meses. Segundo as autoridades, as vítimas de Marius Borg Hoiby chegam aos "dois dígitos". Durante muitos anos, Marius viveu com a mãe e o padrasto, e os dois filhos do casal, a princesa Ingrid Alexandra e o príncipe Sverre Magnus, mas agora vive numa casa nas proximidades. Durante a sua infância e adolescência o jovem contou com a mesma atenção e luxos que os irmãos de sangue real. Mais tarde foi público o seu uso de drogas. O seu pai biológico chegou também a estar preso por crimes ligados a drogas e violência.

Saber rir

O escritor Pedro Chagas Freitas saiu em defesa de Joana Marques na sequência do julgamento frente a Nelson e Sérgio Rosado (Anjos). "Ser olhado pela Joana Marques - ou por qualquer outra criatura magnificamente lúcida - devia ser uma honra". O escritor fez uma partilha nas redes sociais, defendendo a importância de alguém conseguir rir-se de si próprio. “Pode ferir, e todos temos o direito de estar feridos, de nos sentirmos feridos; pode mexer em fios que preferíamos que estivessem quietos, e todos temos fios desses, delicados. Mas rir de nós é um dos maiores atos de amor-próprio: um elogio às nossas falhas. Uma libertação”.

Condenado

O rapper e empresário Sean "Diddy" Combs foi considerado culpado de dois crimes de transporte para fins de prostituição. O produtor musical foi declarado inocente das acusações de conspiração para associação criminosa e de tráfico sexual. Os procuradores pediam uma pena até 15 anos de prisão, mas esta condenação tem pena máxima de dez anos de prisão efetiva. O veredicto demorou 13 horas a ser tomado e foi uma decisão unânime dos 12 juris. Após ouvir o veredicto, Combs juntou as mãos em posição de oração e cumprimentou o seu advogado. O músico foi condenado por ter pagado viagens a mulheres e a trabalhadores ligados à prostituição masculina para terem relações sexuais.

Os procuradores defenderam que Combs coagia mulheres a participar nas suas festas sexuais onde eram cometidos atos abusivos envolvendo profissionais do mundo da prostituição que eram por si contratados. Garantia que essas mesmas mulheres consumiam drogas como cocaína e manipulava-as ameaçando as suas carreiras ou através de chantagem com recurso a violência, que podia incluir sequestro, incêndio criminoso e espancamentos. Nas alegações finais a procuradora-assistente Christy Slavik reforçou que o cantor "é o líder de uma organização criminosa": "Ele não aceita um não como resposta".Já o advogado de defesa, Marc Agnifilo, retratou Diddy como uma vítima de procuradores excessivamente zelosos que "exageraram muito" o seu estilo de vida e consumo de drogas, que considera "recriativo" para levarem a cabo um "julgamento falso". "Ele não é nada disso. Ele é inocente. Ele está ali, inocente. Devolvam-no à família que o espera", pediu nas alegações finais.

O ator António Pedro Cerdeira está a ser acusado de violência doméstica pela ex-companheira, Susana Silva. "Eu vivi o pesadelo durante sete anos. Vivi uma relação onde era agredida verbalmente, onde era agredida fisicamente, mas não eram agressões ao estilo de empurrões ou chapadas, eram mesmo murros na cabeça, eram pontapés, era trela de cão, eram bancos que me abriam a cabeça", esta é a acusação que Susana Silva fez a António Pedro Cerdeira no final da relação, frente às câmaras da TVI, em 2022.

O processo continua a correr nos tribunais mas parece que há novos desenvolvimentos. "António Pedro Cerdeira também acusou posteriormente Susana da Silva pelo mesmo crime, por violência doméstica. E o que sabemos, de fonte seguríssima, é que a acusação interposta por António Pedro Cerdeira à Susana da Silva caiu", avançou o programa 'V+ Fama', da TVI. Foi ainda avançado: "A única que se mantém é a de Susana da Silva contra António Pedro. E, portanto, o Ministério Público pede uma acusação formal, ou seja, está a acusá-lo formalmente de um crime de violência doméstica agravada. E pede uma pena entre três a cinco anos de prisão."

Casamento

Durante a sua festa de casamento com Jeff Bezos, que durou vários dias, Lauren Sanchez usou vários vestidos diferentes. Contudo, nenhum causou tamanho impacto como o vestido de noiva Dolce & Gabbana que usou na sexta-feira, dia 27 de junho, para trocar alianças com o multimilionário em Veneza, Itália. Para o grande momento, a apresentadora de televisão optou por um modelo de gola alta com espartilho, renda italiana e apliques feitos à mão. "Vou chorar!", disse à 'Vogue' na última prova do vestido, que teve lugar no atelier Dolce & Gabbana, em Milão. Bezos implorou para ver a criação. "Quase desisti!", admitiu. "Mas quero que seja uma surpresa.

À medida que envelhecemos, poucas coisas nos surpreendem. Mal posso esperar para ver o rosto dele", disse na altura. Com 180 botões minúsculos cobertos de chiffon, do pescoço ao tronco, o vestido - inspirado no modelo de renda e gola alta que Sophia Loren usou para casar com Cary Grant no filme 'Houseboat', de 1958 - exigiu mais de 900 horas de trabalho em atelier. Este é o segundo casamento de Bezos e Sanchez, que juntos têm sete filhos. Os dois ficaram noivos em maio de 2023, a bordo de seu iate de 127 metros, Koru.

Acusado
Credito: DR
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artesonora

Al Di Meola

A eterna viagem da guitarra acústica

Quando se fala em guitarra, poucos nomes têm o enorme reconhecimento mundial como Al Di Meola. Uma verdadeira lenda viva, o guitarrista americano tem mexido o panorama musical das últimas décadas com uma mistura de virtuosismo técnico, profundidade emocional e uma curiosidade artística que o leva a explorar muito outras novas sonoridades. Em tour pela europa, Al Di Meola traz na bagagem uma versão acústica de TWENTYFOUR, o seu mais recente trabalho com muita magia e introspecção.

Ahistória de Al Di Meola é a história de um prodígio da guitarra, nascido em Jersey City, Nova Jérsia, a 22 de julho de 1954: Di Meola descobriu a música através de ícones como The Ventures, The Beatles e Elvis Presley. Embora os instrumentos de percussão tenham sido o seu primeiro instrumento, a guitarra rapidamente tornou-se na sua verdadeira paixão; aos oito anos, já se dedicava intensamente ao instrumento, desenvolvendo uma técnica que o distinguiria dos seus pares. Numa época em que a cena musical era dominada por figuras como Eric Clapton, Jimi Hendrix e Jimmy Page, o jovem Di Meola sentia-se um tanto à margem. Nos anos 60, se ele "não tocasse como Eric Clapton, Jimi Hendrix ou Jimmy Page, não era aceite".

Por isso, nunca foi realmente aceite, porque Al tinha o seu estilo. Embora ele quisesse aprender músicas dos Beatles e dos Ventures quando começou a ter aulas, o seu professor (Bob Aslanian) também o fez gostar de jazz e bossa nova e um pouco de música clássica. Com estas influências, aprendeu muitas técnicas que muitos não conseguiam entender.

O seu crescimento na cena musical começou em meados da década de 1970; com apenas 19 anos, foi convidado por Chick Corea para se juntar aos Return to Forever, uma das bandas mais influentes e inovadoras do género jazz-rock fusion. Ao lado de talentos como Lenny White e Stanley Clarke, Di Meola ajudou a definir a era dourada deste estilo musical, um período em que bandas como Weather Report, Mahavishnu Orchestra e Headhunters reinavam. Os Return to Forever não eram apenas mais uma banda; eram uma referência na ligação do jazz ao rock, passando fronteiras estilísticas e marcando profundamente um período.

A participação de Di Meola nesta formação lançou-o para o estrelato, solidificando a sua reputação como um virtuoso e um inovador. A sua capacidade de integrar a complexidade do jazz com a energia do rock, tudo temperado com uma paixão pela música latina e pelos ritmos globais, tornou-o um talento singular. Ao longo de mais de 25 anos, Al Di Meola consolidou-

-se como um dos maiores guitarristas contemporâneos, não necessitando de grandes apresentações mesmo para o público mais distraído. O seu nome é sinónimo de excelência técnica e composições intrincadas; é um dos guitarristas mais premiados pela prestigiada “Guitar Player Magazine”, um testemunho da sua mestria e impacto contínuo no mundo da música. O álbum TWENTYFOUR, que Di Meola na sua versão acústica, anda apresentar na Europa, é uma prova da sua constante evolução e da sua capacidade de se reinventar. Lançado recentemente, o disco nasceu de uma experiência intimista durante o período de confinamento. O que começou como uma exploração pessoal e contemplativa da sua arte, materializou-se num excitante cruzamento de linguagens. Em TWENTYFOUR, as cordas da guitarra ganham uma vida muito especial, revelando uma profundidade, precisão e paixão que são a marca registada de Di Meola. A ausência de elementos elétricos permite que a essência da sua musicalidade brilhe, convidando a quem escute a entrar num caminho sonoro onde cada nota é meticulosamente esculpida. É um convite para apreciar a pureza do som, a ressonância da madeira e a alma que Di Meola infunde em cada corda. A sua obra tem sido caracterizada pela fusão de diferentes estilos, com uma notável admiração pela música latina. As suas

composições frequentemente incorporam ritmos complexos e melodias envolventes, que revelam a sua paixão pela cultura global. Esta abertura a diversas influências é o que torna a sua música tão rica e cativante, apelando a um vasto leque de ouvintes, desde os aficionados por jazz aos amantes da world music.

Al Di Meola não se limita a replicar; ele inova, ele funde, ele transcende. Para os que tiverem o privilégio de assistir a este concerto no formato acústico é a oportunidade perfeita para testemunhar a genialidade de um músico que continua a desafiar os limites da guitarra. É um momento para se deixar levar pela complexidade das suas composições, pela agilidade dos seus dedos e pela expressividade de cada acorde. É uma celebração da guitarra como nunca antes vista, onde a técnica e a emoção se fundem para criar algo verdadeiramente mágico. Ouça e prepare-se para ser transportado para um universo sonoro onde a paixão e a precisão se encontram, guiado por um dos maiores mestres da guitarra da nossa era.

Oiça Al Di Maria enquanto lê este texto, basta fazer scan do QR code!

Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Não aprovar; recusar algo

2.Transferir (bem ou mercadoria) para outrem em troca de dinheiro

3.Dizer quem é; determinar ou comprovar a identidade de (algo, alguém ou de si mesmo)

4.Coordenar a execução de; conduzir, liderar

5.Entregar em troca; permutar

6.Escolher uma pessoa ou coisa entre outras; decidir-se por

7.Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

8.Representar por meio de caracteres ou escrita

9.Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

10. Exprimir por meio de palavras

11.Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)

12. Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

13. Trocar palavras, ideias (com alguém), sobre qualquer assunto

14. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

15. Obter, mediante pagamento, a propriedade ou o uso de algo

Tarte de Maçã

Jogo das 10 diferenças

Caça palavras

M V G P Y L H H N V L H U A N

X N Q I J G X R I J L C U R O

R J R T R N T Q P C Y C J C Ã

E U Y L Á K Y J R C V O R P Ç

U X L G G U Z U E A P N A X A

T A Y C U J H T C N A S R O Z

I Q D N A P G S I I C U O R I

L B J K G L P E O L E M S I N

I U S O U U L R S A S O Q T I

Z F V L U V A A O T C V R N L

A N K Z J I N G F S X O E A A

Ç S P W K A E U W I Q O G R S

à V M X O L T L L R X U A A S

O G H D W J A A M C V T R G E

B D P W T R A T A M E N T O D

ÁGUA

PRECIOSO

RARO

LUGARES

CRISTALINA

CONSUMO

DESSALINIZAÇÃO

SECA

TRATAMENTO

PLUVIAL

PLANETA

REUTILIZAÇÃO

REGAR

Ingredientes

Modo de preparação

OLHAR COM OLHOS DE VER

Cores das correspondências. Créditos: Paulo Perdiz
Pedestal de flores. Créditos: Augusto Bandeira
Magellan rising. Créditos: Fa Azevedo

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Poderá sentir necessidade, durante este trânsito, de olhar mais para dentro de si e perceber de que forma o seu passado condiciona o seu presente. É um bom momento para fazer uma autoanálise profunda e libertar-se de alguns complexos que o perturbam. Verá que encontrará a paz necessária para melhor encarar o futuro.

TOURO 21/04 A 20/05

Este trânsito aconselha-o mais à reflexão do que propriamente a tomar decisões definitivas. Se tiver de fazer um contrato ou um negócio, procure documentar-se devidamente de modo a preparar a defesa dos seus pontos de vista. Poderá necessitar de grande argúcia e poder de argumentação para levar a sua avante.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Este é um momento de inspiração e de maior generosidade. Sente vontade de ajudar as pessoas que necessitam do seu apoio e de trabalhar em função do amor universal. Está com tendência para idealizar os outros, o que lhe pode trazer futuras desilusões. Procure distinguir a fantasia da realidade.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

A sua cabeça está a mil por hora.

O ritmo do seu pensamento só se iguala ao seu imparável ritmo de trabalho.

Aproveite esta altura para levar a cabo trabalhos intelectuais exigentes. Tenha atenção ao seu sentido crítico que está agora mais aguçado e tende a gerar atritos e mau ambiente à sua volta.

LEÃO 22/07 A 22/08

O seu desejo de sucesso material e financeiro poderá ter agora hipótese de concretização, se fizer um esforço nesse sentido. Poderá pôr em prática um plano que tem vindo a idealizar. Não exagere a tendência para sobrevalorizar as suas ideias. Evite despesas desnecessárias e não se precipite.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Este é um período no qual sente necessidade de estar em contacto com os seus amigos. Comunique com eles nem que seja só através da internet ou telefone. Partilhe as suas ideias ou ideais com os outros mesmo que as ideias deles sejam diferentes das suas. Exponha os seus problemas e verá que no debate de ideias, poderá encontrar as respostas e as soluções que necessita.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Algumas dúvidas que teimam em continuar no seu íntimo poderão ser resolvidas se, por exemplo, tentar ajudar os outros, sobretudo se se tratar de pessoas doentes ou de alguma forma diminuídas. Poderá sentir algum complexo de inferioridade, mas, não esqueça, o seu inimigo secreto encontra-se provavelmente no seu íntimo e pode ser apenas fruto da sua imaginação.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Este é um período em que sente necessidade de transmitir aos outros aquilo que sente. Está sensível em relação ao modo como reagem as pessoas que o rodeiam. Precisa de harmonia e equilíbrio nas suas relações pessoais. Há um maior desejo de intimidade, de expressar e de receber afeto, o que lhe trará grande satisfação.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Neste período poderá achar que chegou ao fim de uma fase da sua vida sentido necessidade de se preparar psicologicamente para uma nova etapa. Apesar da vida agitada que leva tente arranjar um tempo só para si aproveitando-o para autoanalisar-se e descobrir os seus pontos fortes, sentir-se-á melhor consigo e com o mundo.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

A passagem do Sol pela Casa VII poderá trazer-lhe algum problema. Depois de o resolver vai ver que pelo menos aprendeu a conhecer-se melhor, saber os seus limites e sobretudo adquiriu um conhecimento daqueles que estão a seu lado. Neste momento também poderá ter de tratar de assuntos diretamente ligados com a lei.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Período favorável ao relacionamento com os seus familiares, procurando que a paz e a harmonia reinem na sua casa. A decoração do lar será feita com esmero e elegância, tendo como objetivo a criação de um ambiente confortável e alegre. Organize em casa um jantar de família, ou uma festa para os amigos mais íntimos.

PEIXES 20/02 A 20/03

Neste período vai ter uma grande criatividade ao nível mental e intelectual. É uma excelente altura para transmitir os seus conhecimentos aos outros. Aproveite, portanto, o momento para ler, escrever e para exercitar a sua agilidade mental. Verá que se sentirá bastante melhor consigo próprio e terá maior prazer naquilo que fizer.

Soluções

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Cabeleireira licenciada Manuela - está disponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: (647) 761-9155

Aluga -se quartos para homem(s) entrada imediata na Caledonia e St. Clair. Por favor ligar para (647) 824-6283 falar com Maria.

Agenda comunitária

Casa do Alentejo

Arraial Santos Populares

1130 Dupont St. Toronto - 4 Julho 6:30pm

O Arraial dos Santos Populares muitas música para dançar e marchas populares da Casa do Alentejo. Sardinhas assadas, petiscos, quermesse, manjericos e muito mais. Info (416) 537-7766

Casa dos Açores

17th Annual Golf Tournament

Glen Eagle Golf Club, 15731 HWY-50, Caledon - 15 Julho 11 am - 9 pm Uma tradição que une desporto, amizade e espírito comunitário está de volta! Junte-se a nós para o 17º Torneio Anual de Golfe da Casa dos Açores, um dia repleto de boa disposição, competição saudável e celebração das raízes açorianas. Mais informações: caosecretaria@gmail.com

Associação Migrante de Barcelos Sardinhada

2079 Dufferin St, Toronto - 20 julho - 1 pm A famosa sardinhada com caldo verde, broa, salada e sobremesa. Mais informações: (647) 949-1390

Filarmonica Lira Bom Jesus Picnic de verão

5121 First Line, Milton, ON- 26 julho - 1 pm

Mais próximo.

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Mais atual. www.mileniostadium.com

O mesmo de sempre, mas melhor!

Todos bem-vindos para apoiar os nossos jovens e as tradições portuguesas. Mais informações: (416) 791-6651

Arsenal do Minho Festa São Martinho

1263 Wilson Ave, Toronto - Nov 8, 6 pm

A Festa de São Martinho está de volta no dia 8 de novembro de 2025 – e vocês não vão querer perder! Diretamente de Portugal, temos o prazer de receber Os Marotos da Concertina para uma noite cheia de música, tradição e muita animação! Não se esqueçam de guardar esta publicação ou adicionar aos favoritos – em breve teremos mais novidades! Mais informações: (416) 532-2328

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