MILÉNIO STADIUM 1767 - 17 DE OUTUBRO

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Cuidar é Viver – Luso Charities

Manuel DaCosta Editorial

A sociedade só pode ser mais humana se houver pessoas que cuidam umas das outras. À medida que criamos a nossa bolha, rodeada por aqueles que consideramos importantes nas nossas vidas, esquecemo-nos muitas vezes de que a sociedade é muito maior do que os milhões de círculos que abrigam a ignorância em relação aos que necessitam. Desde os lares individuais até às instituições, cuidar dos outros é algo que acontece todos os dias. Podemos discutir o grau de responsabilidade que cada um deve assumir, mas, no fim, a questão essencial é se vivemos uma vida ignorando que a comunidade e a sua boa governação dependem de uma combinação de recursos humanos cujo denominador comum é a humanidade, a empatia e a compaixão por aqueles que não se conseguem ajudar a si próprios.

Uma organização que, há muitos anos, tem abraçado esta humanidade é a Luso Canadian Charitable Society. Sob a liderança visionária de Jack Prazeres e com o apoio de muitos voluntários, a organização continua a prosperar, oferecendo benevolência e cuidado a muitos que vivem em situação de dependência.

A Luso Charities não é um edifício ou um conjunto de edifícios, mas sim um porto seguro que oferece um espaço de alívio temporário aos pais cujos filhos e filhas não foram agraciados com todas as capacidades normais da vida. A Luso Charities abre as suas portas para permitir que esses pais encontrem algum descanso e recarreguem forças para poderem recomeçar no dia seguinte. Aqueles que consideram o corpo e a alma “normais” dificilmente conseguem compreender os desafios enfrentados por famílias que cuidam de alguém todos os dias.

Perante isto, o que podemos fazer para aliviar o fardo que cada cuidador carrega? É certo que a Luso Charities oferece um alívio temporário diário para atenuar a dor, mas, enquanto indivíduos, também nós

carregamos uma responsabilidade. O peso e os desafios do dia a dia afetam-nos a todos, mas existe uma responsabilidade que todos assumimos desde o nascimento: cuidar uns dos outros.

Cuidar de alguém que não se pode cuidar a si próprio envolve uma multiplicidade de exigências emocionais, físicas e financeiras. Podemos assumir que a Luso consegue atenuar os dois primeiros desafios com bondade e coração, mas os encargos financeiros são uma barreira difícil de ultrapassar. As necessidades financeiras contínuas para cuidar de alguém com uma deficiência grave ou doença incapacitante podem ser devastadoras tanto para o cuidador como para as próprias instituições, como a Luso. Os custos com cuidados médicos, equipamentos especiais e pessoal qualificado representam uma pressão financeira significativa. A ajuda governamental é insuficiente, obrigando organizações como a Luso a sustentarem-se através da generosidade e solidariedade das comunidades. É aqui que entramos nós, enquanto cidadãos e membros dessa comunidade, com o dever de apoiar as carências financeiras

desta e de outras instituições. Sim, há muitos a pedir ajuda, mas devemos avaliar com bom senso onde as necessidades são mais urgentes e agir em conformidade. Existem muitas organizações culturais na comunidade portuguesa, com diferentes missões que contribuem para o enriquecimento cultural e cívico da mesma. Mas talvez, de vez em quando, pudéssemos abdicar de um baile e contribuir para organizações cujos membros não podem dançar, comer sozinhos, tomar banho sem ajuda ou preservar a sua intimidade nos momentos mais privados. Renuncie a uma dança para que alguém possa esboçar um sorriso.

Cuidar de alguém que não se pode cuidar a si próprio é um papel complexo e exigente, que requer recursos emocionais, físicos e financeiros significativos. Acorde amanhã e decida que será o dia em que pretende enxugar as lágrimas de alguém. Cuidar é viver.

Ano XXXII- Edição nº 1767 17 a 23 de outubro de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Foto: A comunidade. Crédito: Manuel DaCosta

Luso Charities

Um trabalho cada vez mais necessário

Em 2022, cerca de 28% dos residentes em Ontário com 15 ou mais anos (mais de 3,2 milhões de pessoas) reportaram ter pelo menos uma deficiência, refletindo uma realidade que continua a crescer em todo o Canadá. As deficiências relacionadas com a saúde mental, dor e visão estão entre as que mais aumentaram, acentuando a necessidade de apoios especializados e instituições dedicadas. Na província de Ontário, 18 mil pessoas recebem apoios residenciais financiados, mas mais de 52 mil continuam em lista de espera, o que evidencia a insuficiência dos serviços públicos.

ONTÁRIO

Dados relevantes

→ Em 2022, 28% da população de Ontário com 15 ou mais anos reportou ter pelo menos uma deficiência — isto equivale a cerca de 3,235 milhões de pessoas na província.

→ Nos serviços de developmental services do Governo de Ontário, cerca de 18 000 pessoas estavam a receber apoios residenciais financiados (group homes / supported residential supports), segundo fact sheets e documentação do ministério.

→ A rede de agências representada pela OASIS (Ontario Agencies Supporting Individuals with Special Needs) indica que as suas 190+ agências servem mais de 65 000 pessoas com deficiência do desenvolvimento na província. (isto refere-se ao universo de clientes apoiados por essas agências, não ao total provincial).

→ Há listas de espera significativas para apoios: organizações da comunidade reportaram que mais de 52 000 pessoas com deficiências do desenvolvimento estão em lista de espera por serviços em Ontário.

Neste contexto, o papel de organizações comunitárias como a Luso Canadian Charitable Society torna-se crucial. Sob a liderança de Jack Prazeres e com o apoio de uma vasta rede de voluntários, a Luso oferece alívio, dignidade e inclusão a pessoas com deficiências e às suas famílias. Muito além de um espaço físico, a instituição representa um porto seguro de esperança e solidariedade, onde o cuidado e a compaixão colmatam lacunas deixadas pelos sistemas públicos. Num cenário de crescente necessidade, a Luso Charities é um exemplo vivo de como a força da comunidade pode transformar vidas e promover uma sociedade mais humana e justa.

Em 2022, 27,0% dos canadianos com 15 ou mais anos, ou seja, 8,0 milhões de pessoas, tinham pelo menos uma deficiência. Isto representa um aumento de 4,7 pontos percentuais em relação a 2017.

Entre 2017 e 2022, a taxa de deficiência aumentou em todas as províncias e na maioria dos territórios.

Prevalência, 2022 Variação da taxa desde 2017, em pontos percentuais

Entre 2017 e 2022, as deficiências relacionadas com a saúde mental, a dor e a visão registaram os maiores aumentos, contribuindo de forma mais significativa para a subida geral da taxa de deficiência no Canadá.

Prevalência na população canadiana total, 2022

Variação da taxa desde 2017, em pontos percentuais

A taxa de deficiência aumenta com a idade. O crescimento da população sénior do Canadá entre 2017 e 2022 contribuiu para o aumento global da taxa de deficiência.

Em 2022, as mulheres de todas as idades tinham maior probabilidade do que os homens de apresentar uma deficiência.

Total Mulheres+ Homens+
Grupo etário
População total, 15 anos e mais, no Canadá Jovens, 15 a 24 anos
Adultos em idade ativa, 25 a 64 anos
Seniores, 65 anos e mais

Jack Prazeres

Sempre com o futuro no horizonte

Como Presidente da Luso Canadian Charitable Society, Jack Prazeres tem sido o grande mentor e impulsionador de uma das mais respeitadas instituições de apoio a pessoas com deficiência no Canadá. Visionário e profundamente ligado à comunidade luso-canadiana, Prazeres tem dedicado décadas a transformar desafios em oportunidades, garantindo que a inclusão e a dignidade sejam realidades tangíveis. Sob a sua liderança, a Luso expandiu centros, reforçou programas e deu início à construção de uma nova residência em Hamilton, um marco que simboliza o compromisso contínuo com as famílias e com o futuro da comunidade. Nesta entrevista, Jack Prazeres fala do passado, mas sempre com os olhos virados para o futuro da instituição que lhe está colada à pele.

Milénio Stadium: A Luso Canadian Charitable Society tem mais de duas décadas de serviço à comunidade. Pode contar-nos um pouco sobre como nasceu esta instituição e qual tem sido a sua principal missão ao longo dos anos?

Jack Prazeres: A Luso nasceu de uma ideia do Comendador António Dionísio, que era naquela altura o chefe lá na 183. E nós tínhamos um grupo de pessoal, que tinha participado na compra de um autocarro para os Portuguese Disable Building Fund, mas depois verificámos que eles precisavam de um sítio para eles irem passar os dias. E foi daí que nasceu a ideia de fazer a Luso. Inicialmente era para ir para o Parque da Caledonia. Nós gastámos até muito dinheiro nos planos para lá, mas depois, quando foi para tirarmos as licenças, disseram que tinha que ser um construtor aprovado por eles. Naquela altura, já queriam, acho que era 8 milhões, se não me engano, e era muito dinheiro para nós naquela altura. E então apareceu a oportunidade de comprarmos um lote na Saint Clair e nós comprámos. Foi muito mais barato. Foi o Victor Hipolito do Ambiente Designs que fez os desenhos e as plantas, tudo de graça. E foi aí que nasceu a primeira Luso que abriu, se eu não me engano, em 2007.

MS: Ao longo do tempo, a Luso tem crescido e diversificado o seu trabalho...

JP: Sim, como já expliquei, a Luso quando nasceu era para ajudar as pessoas do Portuguese Disable. Só que o prédio ficou muito

grande só para aquele grupo e começámos então a ajustar e a integrar outras pessoas que precisavam de ir para o centro. Havia e há muita necessidade. Então começámos a diversificar um bocadinho para outras pessoas sem ser daquele grupo e a Luso começou crescer. E depois apareceu a dona Helena Medeiros, de Hamilton, que começou a dizer que precisavam de um centro também lá. Começámos a trabalhar no centro, em Hamilton. Primeiro comprámos um clube pequenino e depois, com a ajuda do governo provincial, que nos deu, naquela altura, $600.000, construímos um novo e maior. Depois apareceu a oportunidade de construir um centro na área de Peel. Havia muitos telefonemas a pedir um centro naquela zona. E foi assim que nasceram os três centros.

MS: O mais recente projeto da Luso é a construção de um novo Lar em Hamilton, destinado a 45 utentes com necessidades especiais. Como surgiu esta iniciativa e o que motivou a sua concretização nesta fase?

JP: Bem, esta ideia vem da necessidade que os pais com mais idade têm. Temos vários exemplos de pais que, já com 70 ou 80 anos, têm muita dificuldade em tomar conta dos filhos, alguns já não conseguem mesmo e não têm uma residência própria que resolva os seus problemas. Nós sabemos que a lista de espera que há no sistema provincial, pode ir de 7 ou 8 a 15 anos, conforme a necessidade e, normalmente, só tem lugar quando os pais já morreram. Temos pais que andam a falar connosco há mais de dez anos. Temos tido várias reuniões em que sempre fica muito claro que precisávamos de um centro que cumprisse essa necessidade dos pais. Nunca tínhamos conseguido chegar a este ponto que chegámos agora. Com a ajuda do Governo provincial e com a ajuda da comunidade e todas as empresas que nos ajudam, conseguimos chegar ao ponto de comprar um lote e começar este prédio que vai ter 45 camas, para ajudar estas pessoas 24 horas por dia, sete dias por semana e vai ter também lugar para 80 a 100 utentes para programas de dia. 45 utentes não é nada. É uma gota de água no mar, mas é uma pequena ajuda para aqueles casos de emergência que nós conhecemos e que estão à nossa espera, mas também temos já outro projeto que já está a ser desenvolvido. Estamos à espera

de que comecem um prédio em Toronto, onde vamos ficar com dois andares e onde vamos ter mais 40 camas. Em princípio, já está tudo aprovado, já temos lá dinheiro em depósito. no prédio.

MS: Este investimento de Hamilton é de grande dimensão, que conta com apoios dos governos provincial, bem como da cidade de Hamilton. Pode explicar-nos como foi possível reunir este conjunto de apoios e que papel tem a comunidade portuguesa neste processo?

JP: Sim, a Residência de Hamilton vai ficar à volta de 25 milhões, mais coisa menos coisa. Com tudo incluído. Vamos ter 16 milhões do governo provincial e o resto somos nós que temos que arranjar.

MS: Estão confiantes que a comunidade vai ajudar mais uma vez, não é?

JP: Sem dúvida alguma. Temos tido sempre boa resposta da comunidade, uma boa ajuda. A comunidade sabe que a necessidade está lá, está tudo à vista e é uma boa causa. Para as pessoas que não têm experiência de lidar com estes pais e ver a angústia que estes pais têm em não saber o que é que vai acontecer aos filhos deles no futuro, quando já não puderem tomar conta dos filhos. É uma dor muito grande para eles. É um alívio muito grande saber que o Luso vai tomar conta deles. Eu tenho visto pais em reuniões a chorar, a chorar. “O que é que vai ser do meu filho ou da minha filha?

Porque eu já não consigo tirá-lo da banheira. Eu já não consigo dar-lhe banho, eu já não consigo vestir, eu já não consigo levar do quarto para a cozinha”. Para mim ouvir estas palavras é difícil, para a nossa direção é difícil. O que aqueles pais sofrem todos os dias, é uma dor muito grande. Por vezes, vêm-me lágrimas aos olhos a ouvi-los.

MS: Que características e serviços diferenciadores terá esta nova instalação? Em que medida irá melhorar a qualidade de vida dos utentes e das suas famílias?

JP: Os programas são todos diferentes, as necessidades são muito diferentes. Muitas das camas tem que ter elevadores (lift) para ajudar a tirar os utentes da cama. As banheiras são diferentes, tudo é diferente. E depois os programas de dia também são todos diferentes. Todos eles tem uma necessidade especial. Nem todos gostam de ouvir música, nem todos gostam de cozi-

nhar, nem todos gostam de andar, nem todos gostam de barulho, nem todos gostam de ouvir falar. É tudo muito personalizado.

MS: Finalmente, olhando para o futuro, quais são as próximas metas da Luso Canadian Charitable Society? Que sonhos ou desafios ainda gostaria de ver realizados enquanto presidente da instituição?

JP: Nós queremos ver se conseguimos fazer em 18 meses a obra da Residência em Hamilton e pô-la a funcionar. Queremos, entretanto, que os donos comecem construir o tal prédio de 40 e tal andares, para nós também darmos início à Residência em Toronto. E depois, a seguir, vamos ver o que é que conseguimos fazer. Mas temos falta de tudo. Temos falta de dinheiro, temos falta de diretores, temos falta de pessoas que dediquem um bocadinho do seu tempo para esta causa. E temos muitos, muitos pedidos de diferentes cidades que nos perguntam se é possível ir abrir programas lá, porque toda a gente fala do nosso trabalho. Até o governo provincial manda pessoal do Community Living de outros lados para verem como é que nós trabalhamos. Normalmente, os nossos utentes estão muito contentes e, ao fim do dia, nem querem sair de lá. Isto é o contrário do que acontece noutros centros. Portanto, é um prazer muito grande e um orgulho para a nossa comunidade termos uns centros assim, mas é um trabalho muito árduo.

MB/MS

Jack Prazeres. Créditos: Adriana Paparella
Futura sede em Hamilton no Ontario. Créditos: LCCS
A cultura de respeito e inclusão da Luso é vivida por toda a organização

- Heather Grand

Num país onde a inclusão social e o apoio às pessoas com deficiência continuam a exigir respostas estruturadas e humanas, a Luso Canadian Charitable Society tem-se afirmado como uma referência incontornável. Desde a sua criação, a organização tem dado voz e dignidade a centenas de famílias luso de programas que promovem a autonomia, a integração e o bem-estar de pessoas com necessidades especiais.

Com Heather Grand, CEO e Diretora Executiva, a Luso tem consolidado um percurso de crescimento sustentado, assente em valores de solidariedade, respeito e responsabilidade comunitária. Com três Centros de Apoio em funcionamento e um novo projeto residencial em curso em Hamilton, uma infraestrutura que acolherá 45 residentes permanentes, a instituição entra numa nova fase da sua história. Este projeto, apoiado por um investimento do governo provincial, bem como pela ajuda financeira que se espera por parte da comunidade portuguesa e outros doadores, representa muito mais do que uma residência: simboliza apoio, esperança e segurança para muitas famílias. Nesta entrevista ao Milénio Stadium, Heather Grand fala sobre os desafios e prioridades da Luso Charities, o papel fundamental da comunidade na sustentabilidade da organização e a visão que orienta o futuro desta instituição de solidariedade. Milénio Stadium: Como Diretora Executiva e CEO da Luso Canadian Charitable Society, quais têm sido as suas principais prioridades na gestão e expansão dos serviços nos últimos anos?

Heather Grand: À medida que a Luso tem vindo a crescer, com a abertura de três Centros de Apoio e o aumento dos programas e serviços disponibilizados aos nossos participantes, as decisões têm sido guiadas por duas prioridades fundamentais. A primeira é ouvir as famílias que apoiamos, compreender as suas necessidades (que se encontram em constante evolução) e assegurar que as mudanças são feitas no melhor interesse da segurança e bem-estar dos seus filhos. Esta é a nossa principal prioridade. Em segundo lugar, enquanto organização, temos sido ponderados quanto ao

momento certo para expandir, para garantir que as operações da Luso se mantenham sustentáveis tanto no presente como a longo prazo.

MS: A nova residência em Hamilton representa um marco importante na história da Luso. Qual foi o papel da equipa executiva no planeamento e desenvolvimento deste projeto?

HG: O Conselho Diretivo da Luso é composto por pessoas dedicadas e competentes, que providenciam orientações e asseguram a boa governação das nossas operações. A expansão e definição de prioridades são determinadas no âmbito do nosso processo de planeamento estratégico, sendo que os projetos relevantes são sempre apresentados e discutidos em reuniões do Conselho Diretivo.

Os membros desta equipa estiveram envolvidos na decisão de avançar com o projeto residencial, na escolha do local para o investimento, no desenho do projeto e no orçamento e restantes aspetos ligados à construção. Todo este trabalho resultou na cerimónia de lançamento da primeira pedra do passado dia 10 de setembro.

MS: Quais são os principais desafios logísticos e humanos na construção e gestão de uma residência para pessoas com necessidades especiais?

HG: A construção exige, naturalmente, financiamento, o que representa sempre um desafio logístico. Apesar de termos obtido apoio governamental para uma parte da obra, ainda será necessário angariar um montante significativo para a sua conclusão, bem como para a aquisição de equipamentos acessíveis, mobiliário e outros elementos essenciais. A comunidade terá também um papel fundamental no apoio à campanha de angariação de fundos que iremos promover para completar este projeto.

Do ponto de vista operacional, o desafio passa por garantir um ambiente seguro e adequado para os residentes deste novo espaço. Isto implica manter uma postura robusta na contratação de staff qualificado (e devidamente treinado/formado segundo os padrões da Luso) e na manutenção do elevado nível de qualidade de cuidados que prestamos.

MS: O trabalho da Luso vai muito além da infraestrutura - trata-se de inclusão, dignidade e integração social. Como garante a organização que estes valores estão refletidos nos seus programas e serviços diários?

HG: A Luso cultiva uma cultura de cuidado e apoio, e oferece um ambiente inclusivo que começa com o trabalho excecional do staff dos nossos Centros. É frequente os visitantes comentarem sobre o ambiente caloroso e acolhedor, bem como sobre a autenticidade das interações e o respeito mútuo entre colaboradores e participantes. As políticas internas e os procedimentos, por si só, não garantem a transmissão dos nossos valores. É essencial que estes sejam praticados pelas pessoas e reforçados por uma cultura organizacional que não aceite menos do que isso. Por isso, o recrutamento é um aspeto fundamental, tal como a formação contínua. A cultura de respeito e inclusão da Luso é vivida por toda a organização: desde o Conselho de Administração, às equipas dos Centros, voluntários e parceiros da comunidade.

MS: A Luso tem-se apoiado, desde sempre, no apoio de voluntários, doadores e parceiros institucionais. Qual a importância desta rede de colaboração para a sustentabilidade da organização e dos seus projetos?

HG: Desde a sua criação, a Luso tem contado com um vasto apoio da comunidade. Esta rede de voluntários, doadores e parceiros foi essencial para a criação de três Centros de Apoio modernos, concebidos para responder às necessidades de pessoas com deficiências complexas, oferecendo um ambiente seguro e programas e atividades enriquecedores.

Sendo uma instituição de caridade que não recebe financiamento contínuo do governo para as nossas operações, nada disto teria sido possível sem a generosidade da comunidade e a sua enorme participação nos nossos eventos de angariação de fundos. A comunidade reconhece as dificuldades que estas famílias enfrentam, e responde! À medida que avançamos com a construção da Residência Luso, o apoio de todos será mais importante do que nunca.

MS: Olhando para o futuro, qual é a sua visão para a Luso nos próximos anos? Exis-

tem áreas específicas que gostaria de reforçar ou inovar para continuar a responder às necessidades da comunidade?

HG: Neste momento, encontrámo-nos fortemente empenhados na criação da nova Residência da Luso, para responder às necessidades das famílias cujos cuidadores encontram-se a envelhecer. Esta é uma enorme prioridade. Olhando para o futuro, pretendemos que as Residências Luso se encontrem construídas, totalmente equipadas e com as portas abertas, prontas a acolher os participantes.

À medida que os cuidadores envelhecem, estes sentem-se muitas vezes inseguros e receosos sobre o futuro dos seus filhos. Uma das nossas grandes prioridades é a de podermos vir a aliviar esse peso e vir oferecer uma Residência acolhedora, especialmente concebida e adaptada às necessidades muito particulares dos seus filhos. Ao ouvirmos as famílias e testemunharmos os desafios que enfrentam diariamente, continuaremos a lutar por mais apoio e a sensibilizar a sociedade para as dificuldades que persistem.

Agradecemos à comunidade por todo o apoio e pelo seu compromisso contínuo para com estas famílias. MB/MS

Heather Grand. Créditos: E-Motions Photography
Credito: DR

1.Como é que a sua família se envolveu pela primeira vez com a Luso Canadian Charitable Society e o que a levou a procurar apoio junto da organização?

A nossa filha estava a terminar o ensino secundário e pesquisámos várias instituições que ofereciam programas diurnos. Quando visitámos a Luso, percebemos imediatamente que aquele era o lugar certo para ela. Decidimos não procurar mais. 2. De que forma a Luso fez diferença na vida diária e no bem-estar da sua filha?

A nossa filha fica entusiasmada todos os dias por ir à Luso. Gosta muito da interação com a equipa e com os colegas. Adora as atividades diárias e especialmente as saídas e visitas de vários grupos de programas.

1.Como é que a sua família se envolveu pela primeira vez com a Luso Canadian Charitable Society e o que a levou a procurar apoio junto da organização?

A nossa família sempre quis que o nosso filho Sebastien participasse num programa da Luso, mas, como vivemos em Brampton, tivemos de esperar até o centro de Mississauga abrir.

2. De que forma a Luso fez diferença na vida diária e no bem-estar da sua filha?

O nosso filho Sebastien gosta tanto de ir à Luso que quase

1.Como é que a sua família se envolveu pela primeira vez com a Luso Canadian Charitable Society e o que a levou a procurar apoio junto da organização?

Acredito que o Scott começou na Luso há cerca de 14 anos. Ele tinha terminado o ensino secundário, e um amigo do TEAD recomendou o programa, porque o seu filho já lá estava. O Scott era voluntário no TEAD e queríamos que tivesse um programa a tempo inteiro para se manter ativo.

2. De que forma a Luso fez diferença na vida diária e no bem-estar da sua filha?

O Scott agora tem um propósito: participar em diferentes atividades com outras pessoas. Ele adora sentir-se incluído e tem muitos amigos lá. Aprendeu muito ao participar

"Se o amor é a pergunta, a Luso é a resposta!"

Num país onde milhares de famílias procuram, todos os dias, respostas adequadas para os seus filhos ou familiares com necessidades especiais, a Luso Canadian Charitable Society tem sido um porto seguro. Fundada sobre valores de inclusão, dignidade e independência, a instituição tornou-se sinónimo de cuidado e esperança para a comunidade luso-canadiana — e muito além dela.

Nos centros de Toronto, Peel e Hamilton, a Luso acolhe diariamente dezenas de utentes, oferecendo-lhes não apenas programas personalizados e atividades significativas, mas sobretudo um sentido de pertença. Para as famílias, representa tranquilidade, apoio e a certeza de que os seus entes queridos estão em boas mãos.

Com o novo projeto residencial em Hamilton, a Luso dá mais um passo decisivo para responder a uma necessidade urgente: criar espaços seguros e inclusivos onde adultos com deficiência possam viver com autonomia e respeito. Nas palavras de três pais - Lucy Confortin, Rick Dorien e Kathy Birnie - fica evidente o impacto profundo que a Luso tem nas suas vidas. São histórias de gratidão, transformação e amor, que refletem o verdadeiro significado de comunidade.

3. Em que aspetos a vida da sua família mudou desde que passou a fazer parte da comunidade Luso?

A nossa família sente menos stress e um maior alívio, porque sabemos que a nossa filha recebe cuidados que estão em sintonia com os nossos valores e necessidades. Além disso, tivemos oportunidade de conviver com outras famílias que partilham experiências semelhantes.

4. A organização valoriza a inclusão, a dignidade e a independência das pessoas com necessidades especiais. De que forma vê esses valores refletidos na experiência da sua filha?

A inclusão e a independência são muito importantes, porque permitem que a nossa filha seja uma participante ativa na sociedade.

5. A nova residência em Hamilton vai aumentar a capacidade da Luso para responder às necessidades das famílias e dos próprios utentes. O que significa este projeto para si, pessoalmente, e quais são as suas expectativas quanto ao impacto?

prefere lá estar do que em casa connosco. Acreditamos que isso mostra o quão extraordinária é a Luso.

3. Em que aspetos a vida da sua família mudou desde que passou a fazer parte da comunidade Luso?

A Luso é a nossa FAMÍLIA, e por isso sentimo-nos enriquecidos para além das palavras.

4. A organização valoriza a inclusão, a dignidade e a independência das pessoas com necessidades especiais. De que forma vê esses valores refletidos na experiência da sua filha?

A família Luso é a verdadeira personificação da inclusão para pessoas com necessidades especiais.

5. A nova residência em Hamilton vai aumentar a capacidade da Luso para responder às necessidades das famílias

em novas atividades, como reciclagem, recolha de lixo e trabalhos artísticos.

3. Em que aspetos a vida da sua família mudou desde que passou a fazer parte da comunidade Luso?

O Scott é uma pessoa feliz e sente-se incluído. Gostamos de participar em angariações de fundos, conhecer novas pessoas e fazer amizades. O Scott sente-se bem consigo próprio.

4. A organização valoriza a inclusão, a dignidade e a independência das pessoas com necessidades especiais. De que forma vê esses valores refletidos na experiência da sua filha?

O Scott fica feliz por ir à Luso todos os dias! Fica entusiasmado por trazer para casa as obras de arte que faz. Tornou-se mais sociável e confiante.

5. A nova residência em Hamilton vai aumentar a capacidade da Luso para responder às necessidades das famílias e dos próprios utentes. O que significa este projeto para si,

Um projeto como este significa muito, porque reflete um compromisso com a melhoria da qualidade de vida, oferecendo um espaço onde as pessoas se sintam respeitadas. Também promove um maior apoio e independência. Este tipo de expansão pode ajudar famílias que têm dificuldade em encontrar recursos adaptados às necessidades dos seus entes queridos. As famílias podem prosperar graças a serviços especializados e a uma comunidade acessível.

6. Se pudesse deixar uma mensagem aos doadores, voluntários e funcionários que tornam o trabalho da Luso possível, qual seria?

Obrigada. A vossa generosidade, tempo e esforço criam oportunidades para pessoas e famílias que mais precisam. É o trabalho conjunto de pessoas com paixão que realmente cria impacto numa comunidade.

e dos próprios utentes. O que significa este projeto para si, pessoalmente, e quais são as suas expectativas quanto ao impacto?

A residência de Hamilton é um sonho para famílias que têm membros com necessidades especiais — e esperamos que seja apenas a primeira de muitas, especialmente porque os pais estão a envelhecer e começam a sentir o peso do cansaço.

6. Se pudesse deixar uma mensagem aos doadores, voluntários e funcionários que tornam o trabalho da Luso possível, qual seria?

Se o amor é a pergunta, a Luso é a resposta!

pessoalmente, e quais são as suas expectativas quanto ao impacto?

Para nós, o projeto representa um novo começo para todos — e numa parte mais agradável da cidade. As nossas expectativas mantêm-se: acreditamos que as atividades de desenvolvimento de competências e interação comunitária continuarão. Estamos muito entusiasmados com esta nova residência. Não sabemos se o Scott algum dia irá viver lá, mas é bom saber que existe. É algo muito necessário!

6. Se pudesse deixar uma mensagem aos doadores, voluntários e funcionários que tornam o trabalho da Luso possível, qual seria?

Todos na Luso são os melhores! Este é o melhor programa da nossa cidade!

MB/MS
Lucy Confortin, mãe de Diana Confortin (utente do Centro de Toronto)
Kathy Birnie, mãe de Scott Birnie (utente do Centro de Hamilton)
Rick Dorien, pai de Sebastien (utente do Centro de Peel)

O valor da Luso Canadian Charitable Society na comunidade

Há mais de duas décadas que a Luso Canadian Charitable Society se dedica a apoiar pessoas com necessidades especiais e as suas famílias, com um trabalho que combina solidariedade, inclusão e compromisso comunitário. Numa altura em que a instituição se prepara para um novo projeto, um lar pensado para pessoas com deficiência e os seus pais idosos. O Milénio Stadium foi às ruas ouvir o que pensa a comunidade sobre a importância da Luso e o impacto do trabalho que desenvolve. A Luso Canadian Charitable Society continua a ser vista como um pilar essencial da comunidade luso-canadiana. Entre quem conhece de perto e quem apenas ouviu falar, há um sentimento comum: o reconhecimento de um trabalho feito com dedicação, humanidade e impacto real.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Já ouvi falar, sim. Sei que trabalham com pessoas com necessidades especiais e que fazem um trabalho muito dedicado, sobretudo com famílias que precisam de apoio diário.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

É fundamental. Muitas vezes estas famílias sentem-se isoladas, e a Luso dá-lhes não só apoio prático, mas também emocional. É um exemplo de solidariedade dentro da nossa comunidade.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Acho que podíamos participar mais em eventos de angariação de fundos e voluntariado. Mesmo pequenas contribuições fazem diferença.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Já ouvi falar, mas não conheço bem o trabalho deles.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

Acho que é crucial. É bom ver instituições luso-canadianas a dar resposta a necessidades reais, com humanidade. A Luso é um exemplo que as autoridades do Canadá deviam copiar. Os portugueses quando querem, sabem fazer bem.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Acredito que a comunicação é chave — se mais pessoas soubessem o que a Luso faz, haveria mais apoio.

João, 45 anos

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Sim, conheço bem. Tenho amigos que já beneficiaram dos serviços deles.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

É um trabalho essencial. Dá dignidade e qualidade de vida a pessoas que, de outra forma, teriam muito poucas opções.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

As empresas podiam apoiar mais, com patrocínios ou parcerias. A comunidade tem recursos e devia investir mais em causas assim.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Sim, claro. Já participei num torneio de golfe de beneficência organizado por eles.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

É muito importante, sem dúvida. Dão uma resposta que o Estado nem sempre consegue dar.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Devíamos estar mais presentes. Mesmo quem não tem muito tempo pode ajudar a divulgar o trabalho deles — isso já é uma grande ajuda.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Conheço de nome, mas não muito em detalhe. Sou sincera.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

Acho que, embora não conhecendo muito, é muito importante, especialmente porque nem sempre há instituições suficientes para responder a estas necessidades.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Talvez com mais voluntariado. Muita gente quer ajudar, mas não sabe como — se houvesse mais divulgação, seria ótimo.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Sim, conheço e admiro muito. Já visitei as instalações e fiquei impressionada com a dedicação da equipa.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

É de uma importância enorme. Não é só um apoio institucional — é humano. A Luso ajuda a criar laços e a promover a inclusão de quem muitas vezes é esquecido.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Participando mais nas campanhas e eventos, e falando sobre o tema. A sensibilização é o primeiro passo para a mudança.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Sim, conheço há muitos anos. Tenho acompanhado o crescimento deles.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

É um trabalho de coração. Dão apoio a quem mais precisa e tratam os utentes como se fossem da família. Isso é raro hoje em dia.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

A comunidade devia estar mais unida. Participar, aparecer nos eventos, ajudar como puder — nem que seja com tempo, não só com dinheiro.

1. Conhece a Luso Canadian Charitable Society e o trabalho que ela desenvolve na comunidade luso-canadiana?

Sim, há muito tempo. Acompanho o trabalho deles desde o início.

2. Na sua opinião, qual é a importância do trabalho que a Luso faz no apoio a pessoas com necessidades especiais e às suas famílias?

A Luso faz um trabalho que não se vê todos os dias. Oferecem dignidade e esperança, especialmente a famílias que vivem situações difíceis.

3. De que forma acha que a comunidade pode ajudar ou envolver-se mais nas iniciativas da Luso?

Podíamos ser mais solidários, simples assim. Mesmo quem não pode contribuir financeiramente pode oferecer o seu tempo, e isso vale muito.

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras. A vez da voz e dos rostos da comunidade,

Sandra, 33 anos
António, 59 anos
Marta, 42 anos
Rui, 50 anos
Helena, 35 anos
Pedro, 60 anos
Carla, 38 anos

A vida tal como ela é...

Olá, bom dia, boa sexta-feira e um ótimo fim de semana. Esta semana, o tópico em cima da mesa fala-nos sobre entidades de caridade, charitable institutions. Bem, não me vou adiantar até porque, por vezes, pessoas que lideram há anos tais entidades na nossa comunidade fazem-no para usufruírem de títulos, alargar o ego e impor o tal “respeito” que caso contrário não teriam. Enfim, mais do mesmo.

Recordo-me dos meus tempos de rádio (Chin), onde certos grupos de “líderes” não sei de quê, se reuniam, dia após dia, e de conversas sábias tinham muito pouco ou nada. Abriam a boca para se auto “gabarem” e destacarem, mas a essência ficava aquém do que seria o ideal. Fazer algo realmente benéfico a outrem. A isso se chama liderança, carisma e bondade.

Quando nos autoimpomos e autoelogiamos, algo está muito errado. A empatia é um conceito de que muito poucos sabem sequer o significado.

Quem é que tem beneficiado destas posições de liderança na nossa comunidade? Mais do mesmo. Sempre as mesmas caras, sempre as mesmas atitudes e, por vezes,

têm seguidores que, tal como eles, dão valor ao mais medíocre.

Como diz o velho ditado, “Se não os consegues vencer, junta-te a eles”. A vida a acontecer.

Venham maratonas, peditórios, festas e mais e mais de tudo. É o que é e vai valer sempre o que vale. Ideias e sugestões frescas e novas nem se avistam a léguas.

Felizmente ainda há exceções à regra, como é o caso da Luso Canadian Charitable Society, que tem desenvolvido um muito importante trabalho de apoio a pessoas com necessidades especiais e suas famílias. Um trabalho reconhecido, desde logo pelas famílias dos seus utentes, mas também por várias instâncias oficiais, como é o caso dos Governos (Federal e Provincial).

Felizmente, a comunidade portuguesa tem demonstrado ter um carinho especial por esta instituição, que precisa muito de ajuda. Sempre, mas mais agora que vai iniciar um novo projeto – a construção de uma residência para utentes que têm pais já idosos e, portanto, sem condições físicas para lhes prestarem os devidos cuidados, 24 horas por dia, 365 dias por ano. Que não lhes falte a força para prosseguir este trabalho que, há mais de 20 anos, tem tornado mais feliz a vida de tantas pessoas, que a sociedade ainda olha com algum desdém. Fiquem bem e até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Estude na Europa, pague menos, ganhe mobilidade. Conheça o projeto 'Educação sem Fronteiras' que liga Toronto a Portugal.

• Quase 200 anos de sabor e história no coração de Lisboa. Descubra a icónica Ginjinha Espinheira.

O Arsenal do Minho celebrou 39 anos com música, dança e o orgulho das raízes portuguesas.

Falamos com os Marotos da Concertina sobre o sucesso e o tema que está na boca de todos: 'A Mão da Sua Filha'.

Meninas luso-canadianas, numa experiência educativa sobre apicultura na The Bee Shop.

• A 26.ª Gala do Fado, um tributo emocionante e vibrante a Amália Rodrigues.

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Cristina da Costa Opinião

Caring is Life - Luso Charities

Society can only be more humane if there are people who care for one another. As we create our bubble of life encircled by those who we feel are important to our lives, we often forget that society is much larger than the million bubbles housing the ignorance about those in need.

From individual homes to institutions caring for others goes on every day. We can be specific about what level of responsibility should be adopted but in the end, the concern is if we live a life ignoring that community and responsible governance is dependent on a combination of humane resources where the commonality is humanity, empathy and compassion for those who cannot help themselves. One organization that for many years has embraced the humanity of life is Luso Canadian Charitable Society. Under the visionary leadership of Mr. Jack Prazeres and its many volunteers, the organization continues to flourish by providing benevolence

in caring for many whose lives depend on others. Luso Charities is not a building or a combination of buildings but a safe harbour that provides temporary breathing space for those parents whose sons and daughters were not graced with all the normal abilities of life. Luso Charities opens its doors to allow the parents a relief so they can go on with the strength necessary to do it again tomorrow. Those of us who think of our bodies and souls as normal, cannot understand the challenges which confront families who care for someone every day. Considering this, what should we do to ease the burden carried by each caregiver? Yes, Luso Charities will provide a temporary respite each day to

ease the pain but as individuals we also carry a responsibility. The burden and challenges of living each day affects us all but there is a responsibility which we each assumed when we were born about taking care of one another. Challenges of caring for someone who cannot be themselves present as a myriad of demands that can be emotionally, physically and financially challenging. Let's assume that Luso can remedy the first two challenges with kindness and heart, but the financial burdens involved cannot be overcome. Continued financial needs to care for someone with a severe disability or illness can be financially draining for both the caregiver and institutions such as Luso.

The costs of medical care, special equipment and labour causes significant financial stress and help from the government is inadequate, forcing organizations like Luso to be self-supportive and dependent on the kindness of communities to help its sustainability. And this is where we come in as citizens who belong to the community as an answer to support the financial shortfalls of this organization and others. Yes, there are many who are asking for help, but let's judge judiciously where the demands are the greatest and react accordingly. There are many cultural organizations in the Portuguese community with varied mandates to elevate the community, culturally and civilly, but maybe once in a while we could give up on a dance and contribute to organizations whose members can't dance, eat on their own, need assistance to take a bath and have no bodily privacy for the most private moments. Give up your dance so they can have a little smile.

Caring for someone who cannot care for themselves is a complex and demanding role that requires significant emotional, physical and financial resources. Wake up tomorrow and decide that it will be the day you intend to dry someone's tears.

Caring is life.

Photo: Community by Manuel DaCosta
Manuel DaCosta Editorial

BEFORE YOU BUILD, BUY, OR BORROW... KNOW WHAT’S BENEATH

Before you invest in a property, it’s essential to know what’s beneath the surface. An Environmental Site Assessment (ESA) helps identify contamination risks in soil and groundwater — protecting you from costly surprises and ensuring you meet lender and municipal requirements.

Whether you’re buying, selling, leasing, renting, financing, or redeveloping, an ESA provides clarity and confidence at every step. From avoiding liability to securing approvals for site changes, it’s a safeguard that can’t be overlooked.

At ALLY, we’re not environmental experts ourselves — but with years of experience, we know how important this step is. That’s why we guide our clients toward the right professionals, helping them navigate due diligence and keep their deals moving forward smoothly. With us by your side, you can make informed decisions with confidence.

Every property requires environmental protection. Every investor requires an ALLY.

THE NOT-SO-BIG PICTURE

In the days when the means of outside communication were limited, people’s knowledge was mostly limited to the goings on in their own community. Consequently, when someone needed assistance of any kind, there were always those who naturally gave their support. In those days, smaller community sizes meant people were all familiar with one another, and when someone was in need, it felt more personal. As populations grew in the cities, the meaning of community suddenly meant much larger numbers of people.

The larger the number, the more likely it became for someone in need to fall through the cracks. As we all know today, falling through cracks has become a normal occurrence, even accepted, due to the sheer numbers of people requiring assistance of all kinds. Chronic and continuous underfunding by governments is also to blame, perhaps even more so. In a land where even standard care and assistance is failing due to these same issues, it isn’t

hard to imagine how difficult and complicated it probably is for an individual with specific and specialized needs, not to mention their families. Today, we get blasted daily by requests for donations from causes all over the globe, and I’d like to believe most are genuine. It happens so often that it’s become background noise. But we’ve programed ourselves to ‘not see’. Life is hard enough. Most of us are in survival mode, even if we don’t realize it, and our sight is getting worse. The lack of empathy among so many of us is alarming. It even seems to be creating a real impact on our younger generations.

So, maybe it’s too much to take in at once. If a person wants to help, to make a difference in the lives of others, maybe to give back some of the good fortune he or she has enjoyed, thinking locally is the best choice. The best way to get into charitable work is in your own community, if possible. The benefits are shared by all concerned. There are people out there, though, that require constant and specialized care, the kind that involves great

economic investment and specially trained staff. These kinds of initiatives are much more complex. In a society where every adult in a household needs to work for a living, having someone at home with special needs transforms a family’s paradigm. A working couple with a son or a daughter in need of care requires an institution that will properly look after their child, just as any other parent leaves their child at a daycare centre or at school. A big difference lies in the fact that special needs children require more personal attention, requiring a lot more trained staff.

Being a multicultural hub, Ontario has many different ethnic communities. As Luso-Canadians, we know the value of working together within our own culture, to provide for our own. It’s how every successful immigrant community operates. In our case, Luso-Canadians, we planted the seeds of our culture back in Portugal, through our many clubs and organizations, that have served the Portuguese community in Canada for decades. By supporting each other, we helped place

Luso-Canadians in all walks of Canadian life. In keeping with that, the Luso Canadian Charitable Society has been around for the last twenty years trying to catch those Canadians with a Portuguese background that sometimes fall through those proverbial cracks. They have three centres in southern Ontario that provide programs teaching life skills and sensory development. Respite care is also available, freeing up time for families. But they’re ambitious too; efforts are under way to try and fill another void. Parents worry about who will take care of their children when they’re no longer physically and/or mentally capable of doing so. Luso is responding by undertaking the creation of a centre in Hamilton and one in Toronto to help ease the concerns. Check out their website at lusoccs. org. By helping our own with whatever we can, we help everyone, and it’s not on the other side of the planet, it’s right next to us. Get in touch, get involved. Fiquem bem,

Raul Freitas/MS

Luso Canadian Charitable Foundation and the great work they do for the community

There are many good charities out there doing wonderful work, but one organization that holds a special connection to the Portuguese community is the Luso Canadian Charitable Foundation. I have firsthand experience with this incredible group — my nephew is a participant in Luso’s programs, and the experience has been a game changer for Aaron and his family. Not only are the programs firstrate, but the moral and emotional support given to families is second to none.

Luso’s services are designed with sensitivity to language, culture, and family dynamics, making them both effective and welcoming. Like many charities, they rely on local volunteers — parents, retirees, and students — who bring their time, energy, and community knowledge. Ma-

Francisco Bugalho

POESIA

terials in Portuguese and other community languages, as well as plain-language resources, help families better understand and access available services.

When I was growing up, there was little to no support for families, especially when language barriers were involved. Today, thanks to organizations like Luso, those support systems are in place and making a real difference.

Charities like Luso depend on community involvement. Volunteering your time is vital to the existence of programs like theirs — whether through tutoring, mentoring, event organizing, or helping with administrative tasks. Financial contributions and campaigns that provide school supplies, meals, or healthcare services also play a crucial role. Luso’s events — from cultural festivals to charity walks and community gatherings — raise both awareness and essential funds, and their impact is remarkable.

Luso Charities began in 2002 as the Society of Portuguese Disabled Persons of Ontario and has since expanded beyond serving only those of Portuguese heritage.

Francisco Bugalho (1905-1949) é autor dos livros « Margens» (1931), «Canções entre Céu e Terra» (1940), «Paisagem» (1947) e «Poesia» (1960). Este volume de 303 páginas junta os anteriores e alguns dispersos e inéditos para além de fotografias do autor e da sua Quinta em Castelo de Vide.

Vitorino Nemésio, João Gaspar Simões, José Régio, Sebastião da Gama, Irene Lisboa e David Mourão-Ferreira são algins dos autores de testos sobre a sua obra. Fixem dois poemas como convite à leitura. «Obsessão» e «Todos os dias».

O primeiro foi cantado por Amália Rodrigues num disco Valentim de Carvalho em 1990 (música de Carlos Gonçalves) e o segundo integra «O Trabalho - Antologia Poética» organizado por Armando Cerqueira, Joaquim Pessoa e José do Carmo Francisco para o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas em 1985. Vejamos o primeiro: «Dentro de mim canta, intenso/Um

Today, it supports people from all backgrounds. Their annual event, Volta Luso Charities — a walk/run/cycle/ride — raises significant funds each year.

Charities, especially those dedicated to children and families, play a crucial role in shaping healthier, more equitable societies. They operate at the intersection of care, opportunity, and justice — turning compassion into real, measurable outcomes. By supporting these organizations through donations, volunteering, or advocacy, we help create a world where every person has the chance to thrive — and Luso is making that difference. On a personal note, as I mentioned, my nephew’s participation in Luso’s programs has shown me firsthand that this organization is the real deal. They have helped families immensely. The hope and reassurance that Luso gives to parents and children is, in my view, the true magic of this organization. The moral support they provide is invaluable, and their programs are inspiring and effective.

Charities fill critical gaps that governments and markets often overlook. Jack Prazeres,

canto que não é meu/Cantar que ficou suspenso/Cantar que já se perdeu./Onde teria eu ouvido/ Esta voz cantar assim?/Já lhe perdi o sentido/Cantar o que passa perdido/Que não é meu estando em mim./Depois sonâmbulo, sonho: /Um sonho lento, tristonho. /De nuvens a esfiapar…/E novamente, no sonho/Passo de novo a cantar…/Sobre um lago, onde em sossego/As águas olham o céu/Roça a asa de um morcego/E ao longe o cantar morreu./Onde teria eu ouvido/Esta voz cantar assim?/Já lhe perdi o sentido…/Volta a voltar repetido/ E a cantar recanta em mim.» Vejamos o segundo: «Noite ainda fechada…/E, no entanto, /Apossa-se de mim aquela excitação/Que é como o palpitar da madrugada./A casa dorme um sono sossegado./È o quarto da modorra: /A hora dos ciganos e dos ladrões de gado/Na funda escuridão/ Passado tempo/Soa, lento, o comboio que há-de vir/Animar a estação/Com ruídos de vozes e de apitos./Depois de ele partir, /De, ao longe, se calarem os seus gritos/Voltará o silêncio/Já com espaçado trilar de aves à

the President and founding member of the Luso Canadian Charitable Foundation, has been instrumental in keeping this organization at the forefront. He has tirelessly lobbied governments, unions, and corporations for support and funding. Jack is the face of this organization — a dedicated advocate whose leadership and commitment deserve recognition and gratitude. He has been honoured by many groups, including the Portuguese Canadian Walk of Fame, but Luso remains closest to his heart.

Luso Charities embodies a powerful blend of cultural heritage, community solidarity, and compassion. By focusing on education, health, family support, and inclusion, they create nurturing environments where individuals and families can thrive. They build resilience, strengthen communities, and ensure that Lusophone traditions continue to enrich our society for generations to come.

Luso Charities is doing incredible work for the community — and they deserve our recognition, our support, and yes, our prayers… money helps too.

mistura./Só então, /Sobre o vulto da serra, a noite escura/Empalidecerá no dealbar./ Todo o ano, àquela hora chegam carroças à estação/Conheço bem as vozes dos carreiros/Seu falar estremunhado, devagar/Que soa n´amplidão/Como um ruído enorme / Conheço bem os guizos do seu gado/Que trazem vida a esta solidão/De paisagem informe./Seja de Inverno, ou Verão/Aqueles sons amigos vêm dizer-me /Que, mais tarde ou mais cedo, o dia está pra vir./Vêm trazer-me/Até ao morno silêncio da casa adormecida/O frescor da manhã/Por longe ainda perdida./Têm qualquer coisa de uma anunciação/De um perfume de flor que vai abrir.»

(Editora LG, Prefácio Joana Morais Varela, Organização Luís Miguel Gaspar, João Filipe Bugalho, Maria Jorge, Luís Amaro e Diana Pimentel, Ilustrações Luís Miguel Gaspar, Layout, paginação e supervisão gráfica Paulo da Costa Domingos, Fotografia Laura Castro Caldas e Paulo Cintra) JCF

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Host Vince Nigro Guest Aslin Tosun

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Saturdays 7:30 am

Vincent Black Opinion
Photo: Copyright

Crédito: DR

Na maioria dos municípios, tudo continua como antes Algumas novidades

Olá, caros leitores do Milénio. Como referi num artigo anterior, as eleições não se ganham, perdem-se. O importante é fazer uma análise séria ao que realmente aconteceu. Sem dúvida que houve surpresas e novidades. Não se podia esperar que os recentes resultados para a Assembleia da República se arrastassem para as autárquicas. O povo votou nas pessoas, não nos partidos.

Ofacto é que muitos independentes colocaram-se à prova, e ganharam. Uns com apoio partidário, outros por conta própria. E assim deve ser em democracia. Durante a campanha esperavam-se muitas alterações, mas a verdade é que pouco mudou. A prova está em Lisboa, todos os partidos da esquerda julgavam que Carlos Moedas seria “banido” da Câmara por causa do acidente do Elevador da Glória. Pensavam que trazer o tema de volta, em vésperas de eleições, iria prejudicar o PSD, ou melhor, a AD. Pelo contrário, o partido obteve mais votos, mais câmaras, mais assembleias e juntas. Isto diz muito.

Nas autárquicas, o povo escolhe as pessoas em quem mais confia e reconhece

maior capacidade. É certo que havia muitas câmaras em transição, e por isso várias mudaram de cor política. Mas, acima de tudo, venceu a credibilidade das pessoas. É verdade que, em alguns casos, o populismo ainda prevalece. E a forma como certos candidatos montaram a “máquina” de campanha também conta, mérito deles. Devemos respeitar o resultado, cabe agora a cada eleito provar que é capaz. As oposições devem deixar governar e fazer uma oposição com qualidade e respeito. Em democracia, o povo é quem manda. Curioso é que todos os partidos cantaram vitória, por alma da Senhora dos Aflitos!, mas sabemos bem que não ganharam todos. O grande vencedor, na minha opinião, foi o PSD, conquistou o Porto e re-

forçou Lisboa, onde Carlos Moedas quase atingiu a maioria. Moedas, aliás, é um dos grandes vencedores, poucos esperavam a sua vitória.

O Chega, para mim, não é surpresa. Superou a CDU por uma diferença de apenas 11 votos.

Mas é importante notar que o PSD venceu em muitos concelhos com maior número de habitantes, o que lhe dá uma vantagem significativa, Lisboa, Porto, Sintra e Vila Nova de Gaia, por exemplo. Outro caso relevante é Braga, que esteve por um fio, mas acabou por ser mantida. O partido conquistou ainda Ponta Delgada e Funchal, mas a grande surpresa foi Beja, historicamente liderada pelo PS e antes pela CDU, um território tradicionalmente de esquerda.

Como sempre, algumas câmaras mudam de cor de eleição em eleição, é normal em autárquicas. Outra surpresa foi a perda de Viseu e Bragança, bastiões históricos do PSD. No caso de Viseu, Fernando Ruas terá certamente de fazer uma análise profunda. O PS, por sua vez, perdeu Guimarães, onde costumava jogar as suas melhores cartas.

O Chega, que cantou vitória cedo demais, espalhou por todo o país a imagem do seu líder, algo que não ajudou. O povo soube separar as coisas. Isso não quer dizer que nas próximas legislativas o partido não possa crescer novamente, mas, por agora, ficou aquém das expectativas.

Conquistou três câmaras, Albufeira, Entroncamento e São Vicente, na Madeira. E, talvez pela primeira vez, ouviu-se André Ventura admitir o inesperado: “Esperava mais.”

No final das contas, parabéns aos vencedores, boa sorte na concretização dos vossos programas eleitorais. Aos vencidos, igualmente parabéns. Agora, trabalhem para as próximas, façam uma oposição com qualidade e estejam atentos a possíveis casos de corrupção.

Não se deixem vender a troco de mais um tacho, é assim que, muitas vezes, a oposição perde a sua credibilidade.

Bom fim de semana!

Augusto Bandeira Opinião

Rui Balsemão, Na cauda do tempo

Aida Batista

Rui

Balsemão nasceu em Luanda e, depois de ter vivido uma temporada em Portugal, após a descolonização de Angola, emigrou para o Canadá, vivendo atualmente em Mississauga. Foi aqui que publicou o seu primeiro livro de poemas “Meu grito, meu canto”, em 2003, a que se seguiu “A voz de dentro”, em 2008.

Se atendermos aos dois primeiros títulos, diremos que o primeiro, como um grito, foi o irromper da sua veia poética, durante anos silenciada e guardada nas gavetas da indecisão. No segundo, experimentou novos contornos e timbres, soltando-se de uma só forma de métrica e rima, tendo assim atingido uma expressão estética diferente, mas sempre com a mesma exigência e qualidade a que nos tinha habituado.

Dezassete anos depois, “Na cauda do tempo”, é a voz da maturidade, do homem que não esconde já ter feito 90 anos. Por isso, os 37 poemas que compõem esta antologia, representam o balanço de uma vida que, inexoravelmente, caminha para o seu epílogo. Não há como dizê-lo de outra forma, quando os ciclos da natureza se impõem, e o próprio autor claramente reconhece: “[…] quem por cá, recuado de tudo/ e exausto do uso e abuso de si/ vê os seus dias chegados ao fim.” (p. 48), ou “[…] os dias incertos, / orquestrados pelo pêndulo/ irreversível da vida.”, (p. 52).

Rui Balsemão é contabilista de profissão e, como tal, conhece bem as colunas do “Deve” e do “Haver” e de como a segunda lhe vai reduzindo o tamanho de um futuro vivido em cada amanhecer de um verso, teimando, no entanto, em manter o mesmo vigor e agilidade mental, patentes nos dois versos que o editor escolheu para figurar na contracapa: “Um hausto fundo/ enche-me de viço o imo da alma; […]”, (p. 72). Nos poemas desta antologia, verso a verso, e num tom autobiográfico, confessional e reflexivo, Rui Balsemão faz um mapeamento despudora

como em “Há muitas Marias” (p. 41) e “Se não era amor” (p.67) ou, num tom mais irónico, no poema “Depois de serem outros” (p. 65); de revisitação das memórias familiares (pais e irmãos); dos seus amores e desamores, feitos de encontros e desencontros; da profunda tristeza que tantas vezes o invade, tornando-o, como nos diz Eduardo Bettencourt Pinto no prefácio, num “mero espetador da sua própria vida.”

Existem lendas sobre pássaros, de que a do pássaro-lira é a mais conhecida. Cravado de espinhos, canta uma melodia para expressar a sua angústia e se despedir do mundo de forma sublime. Apesar de Rui Balsemão ser nonagenário, não estou a vaticinar que este é o seu último canto. Longe disso!

Por oposição à temática da velhice, a forma como o autor se exprime é de uma enorme vivacidade e jovialidade, ancoradas no estilo cuidado com que manuseia as palavras

certas, no ritmo e harmonia que imprime a cada verso, dando-nos a garantia de que nunca deixará de calar a poesia que lhe alimenta o pulsar dos dias.

Sendo este o 3º livro de Rui Balsemão, de imediato pensamos na proverbial frase: “Três foi a conta que Deus fez.” Por circunstâncias da profissão, é o Rui quem manuseia os números e com eles trabalha numa intimidade de operações com que paga as contas da sua existência. Por isso, ninguém melhor do que ele saberá subtrair ao tempo as horas que tem de dividir pelas da sua fértil inspiração para, depois, as multiplicar em novos poemas.

Para conhecer e adquirir a obra autografada, no próximo dia 21, vá até à Casa do Alentejo de Toronto onde, às 7.30 pm, será feito o lançamento com a presença do autor. Nada melhor para um final de tarde de convívio literário.

Diane Campos Founder/RCIC

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Opinião
Foto Ilustrativa. Créditos: DR.

A democracia em 30 segundos

O poder político na era digital

As redes sociais transformaram a política em Portugal e no mundo, não obstante o seu papel como canal de comunicação, tornaram-se num espaço onde uma perceção instantânea se pode confundir com a realidade, pois, na conjuntura atual, este discurso político rápido é visto como credível, e onde o eleitor já não escolhe apenas com base em programas ou debates, mas também em impressões e emoções digitais.

Acampanha política, que outrora se travava nas ruas, faz-se agora no campo invisível das interações e dos algoritmos. Esta transição não foi súbita, mas o seu impacto é hoje incontornável, sendo que a presença digital dos partidos e candidatos já não é uma opção, é uma condição de existência política, e invariavelmente dita o seu sucesso.

A mensagem, para ser eficaz, precisa, numa primeira instância, de chegar ao maior número de possíveis eleitores, e a velocidade com que circula, muitas vezes, determina a sua relevância. O discurso político tende, assim, a adaptar-se às lógicas das plataformas, simplificação, exagero e consequente resposta emotiva por parte do eleitorado que se tem mostrado, cada vez mais, sensível e influenciável relativamente a este tipo de discurso, sendo esta resposta o alicerce pela busca de votos de alguns partidos.

As redes sociais têm, de facto, uma ca-

pacidade inédita de aproximar eleitores e candidatos, o que quebra de certa forma os formalismos anteriormente observados. Contudo, essa proximidade é ambígua, por um lado desperta interesse, sobretudo entre os mais jovens, por outro, cria a ilusão de envolvimento político, reduzindo a cidadania a gestos mínimos, um like, um comentário, uma partilha.

A política converte-se em consumo rápido, e a relação entre eleitor e candidato passa a depender da habilidade de comunicar ideais políticos em poucos segundos.

O efeito desta lógica é visível nas campanhas e nos resultados. Em Portugal, os partidos e candidatos mais ativos no espaço digital tendem a dominar o debate mediático, mas nem sempre traduzem essa presença em vitórias eleitorais. O caso mais recente é do partido Chega que, após resultados expressivos nas legislativas, enfrentou um desempenho autárquico claramente inferior. O contraste não resulta apenas de fatores locais, mas também do desfasamento entre o entusiasmo digital e o voto real. As redes amplificam tendências, mas não criam necessariamente convicções duradouras.

A história oferece paralelos esclarecedores. Nos anos 80, o PRD, fundado por Ramalho Eanes, protagonizou uma ascensão meteórica nas legislativas de 1985, apenas para sofrer um colapso nas autárquicas de 1986. A distância entre um e outro ato eleitoral mostrou que a mobilização nacional não se traduz automaticamente em influência local. Teríamos de recuar talvez a 1975, nos tempos do PREC, para encontrar uma correspondência quase plena entre o voto legislativo e o voto autárquico, um período em que a estrutura partidária emer-

MOSTOS E SUMOS

Cabernet

Petite

Burgundy

Pinot

gente e o fervor ideológico produziam um alinhamento raro entre o nacional e o local. Hoje, a fragmentação do espaço público é ainda mais acentuada, o eleitor digital vive num ambiente filtrado por algoritmos que reforçam crenças e isolam perspetivas divergentes. O debate político torna-se uma sucessão de monólogos paralelos, e a desinformação, difundida com rapidez e aparente espontaneidade, mina a confiança nas instituições. A introdução da inteligência artificial e das ferramentas de manipulação de imagem e som acrescenta um novo grau de incerteza, tornando difícil distinguir o que é verdadeiro do que é fabricado.

Neste contexto, o marketing político assume um papel determinante e ambivalente, por um lado, oferece meios eficazes para comunicar ideias e envolver cidadãos, por outro, contribui para a erosão do conteúdo e da substância do discurso público. A mensagem política passa a ser calibrada em função de métricas de alcance, não de mérito e a consequência é um debate cada vez mais centrado na forma, e menos na substância. A política torna-se então meramente performativa, e o eleitor, condicionado por uma avalanche de estímulos visuais e emocionais, vota não tanto em projetos, mas em perceções.

O desafio democrático que se coloca é, por isso, urgente, as redes sociais democratizaram o acesso à voz, mas também multiplicaram o ruído, o poder da informação é agora indissociável do poder da manipulação, e a liberdade de expressão só se manterá plena se for acompanhada por responsabilidade digital e literacia mediática.

O combate à desinformação, à publicidade encoberta e à instrumentalização do es-

paço digital é uma condição essencial para garantir eleições livres e esclarecidas. As redes sociais alteraram o modo como se faz política, mas também o modo como se pensa a política, trouxeram visibilidade, mas acompanhada de uma assustadora distorção da realidade. A democracia continuará a depender do voto, mas o voto, cada vez mais, dependerá do ecrã.

Diogo silva Opinion
Crédito: DR

Com ambição e sem ilusões

“As notícias da nossa morte são manifestamente exageradas.” Tal como desmentia Mark Twain, também estas eleições autárquicas serviram de prova de vida do Partido Socialista. Longe de triunfalismos disfóricos que façam vitórias de derrotas, é justo reconhecer o mérito de milhares de autarcas, vencedores da confiança dos portugueses para governar a sua terra.

Não obstante ter fracassado o objetivo de manter a ANMP e a ANAFRE, foi claramente acertada a estratégia de apostar em capitais de distrito. O PS não só segurou 4 das 5 capitais que tinha, como também conquistou outras 5, trazendo alguma doçura ao que, de resto, poderia ser uma noite eleitoral bastante amarga. Ana Abrunhosa, Isabel Ferreira, António Pina, Carlos Zorrinho e João Azevedo, com vitórias julgadas por muitos como improváveis, simbolizam, por isso, um novo rastilho de esperança para o PS.

A história também não se pode contar apenas em presidências. Em Porto, Braga e Setúbal, Manuel Pizarro, António Braga e Fernando José ficaram a uma unha negra de vencer Câmaras que há muito nos são adversas. Em Sintra e Gaia, mesmo com campanhas esplendorosas de Ana Mendes Godinho e João Paulo Correia, o PS não resistiu ao regresso de antigos autarcas amplamente reconhecidos. É preciso sermos justos em admitir a dificuldade da tarefa que enfrentávamos.

Não podemos, porém, fugir de análises desconfortáveis. O PS governou Lisboa 27 dos últimos 36 anos e governa 13 das suas 24 freguesias. A cidade não é especialmente meiga a Presidentes recandidatos, como testemunharam João Soares, Carmona Rodrigues e Fernando Medina. Não se

Gérald Bloncourt

No ocaso deste mês assinalam-se sete anos do falecimento do saudoso fotógrafo francohaitiano Gérald Bloncourt (1926-2018), um dos grandes nomes da fotografia humanista, cujas amplamente conhecidas imagens que imortalizam a história da emigração portuguesa para França, representam um contributo fundamental para uma melhor compreensão e representação do nosso passado recente.

Colaborador de jornais de referência no campo social e sindical, o antigo fotojornalista que esteve radicado em Paris mais de meio século, teve o condão de retratar a chegada das primeiras levas massivas de emigrantes portugueses a França nos anos 60. A lente humanista do fotógrafo com dotes poéticos captou com particular singularidade as duras condições de vida dos nossos compatriotas nos bairros de lata nos arredores de Paris, conhecidos como bidonvilles, como os de Saint-Denis ou Champigny, com condições de habitabilidade deploráveis, sem eletricidade, sem saneamento nem água potável, construídos junto das obras de construção civil. Igualmente relevantes são as imagens que Bloncourt captou durante a sua primeira viagem a Portugal nos anos 60, onde retratou o quotidiano das cidades de Lisboa, Porto e Chaves. Assim como as da viagem a “salto” que fez com emigrantes além Pirenéus, e as dos primeiros dias de liberdade em Portugal, como as das comemorações do 1.º de Maio de 1974 em Lisboa, acontecimento que permane-

pode também dizer que o mandato tenha corrido especialmente bem a Moedas, que teve mesmo de trocar quase todo o seu executivo. Ainda assim, Moedas e a sua coligação reforçaram a sua votação face ao somatório dos resultados que esses partidos obtiveram em 2021. O in verso se verificou com a coligação Viver Lisboa.

Este cenário diz-nos duas coisas. A pri meira é que, ao contrário do que sucedeu com as últimas eleições legislativas, é preciso uma reflexão sem precipitações nem demoras. A segunda é que não vale esmorecer: o PS tem tudo para, em 2029, reconquistar esta autarquia. Só com ambição e sem ilusões é que o PS se poderá afirmar como alternativa à AD.

A vitória da AD e a derrota do CHEGA não alteram significativa mente o mapa político face às elei ções legislativas de maio. Tal como sucedeu com Cavaco Silva em 1985, Montenegro beneficia ainda do “estado de graça” de quem en trou em funções há 18 meses e foi reeleito há apenas 5. Já André Ven tura pode ter tido a sua imagem em cartazes pelo país fora que não engana os eleitores. Os portugueses demons traram distinguir bem os atos eleito rais. A extrema-direita continua e continuará a ser uma ameaça cres cente que conta agora com mais au tarcas, mesmo que lhe tenha escapa do a conquista de muitas autarquias. Esse panorama não se alterará por obra e graça do Espírito Santo. Além de reflexão, é preciso estratégia. O tripartidarismo não permite “espe

e a emigração

portuguesa

ce ainda hoje como a maior manifestação popular da história portuguesa.

O trabalho e percurso de vida do fotógrafo francês de origem haitiana, que durante mais de vinte anos escreveu com luz a vida dos portugueses em França e Portugal, foram em 2016 distinguidos pelo Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa. No âmbito das Comemorações do 10 de Junho em Paris, Dia de Portugal de Camões e das Comunidades Portuguesas, cujas comemorações oficiais nesse ano aconteceram pela primeira vez numa cidade fora do país, o aclamado fotógrafo foi condecorado na cidade simbólica de Champigny, com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. Recentemente, no decurso do mês de setembro e no âmbito da 35.ª edição dos Encontros da Imagem - Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, um dos eventos culturais, com epicentro em Braga, mais importantes de Portugal. O programa, que procura refletir a contemporaneidade, o mundo e a sociedade que nos rodeiam, incluiu nas suas várias mostras, a exposição “A emigração portuguesa a salto”, com imagens de Gérald Bloncourt, e curadoria do historiador da diáspora Daniel Bastos. Inaugurada no espaço exterior do Arquivo Municipal de Braga, a exposição, patente ao público até ao início de novembro, exibe cerca de duas dezenas de fotografias de grande formato. Oferecendo um testemunho visual impactante sobre a pobreza a todos os níveis da ditadura salazarista, a viagem “a salto”, isto é, de forma ilegal, dos emigrantes além-Pirenéus, e as condições miseráveis de alojamento dos “filhos dos grandes descobridores” nos bairros de lata, conhecidos como “bidonvilles”, nos arredores de Paris.

No texto de curadoria, o historiador Daniel Bastos, autor de obras de referência sobre o espólio do fotojor-

“a salto”

nalista franco-haitiano, sustenta que “numa época em que Portugal, tradicionalmente país de emigração, tem assistido a um incremento de fluxos de imigrantes, a expressividade das imagens a preto-branco de Gérald Bloncourt, ao evocarem a miséria rural e a ausência de liberdade, que impeliram nos anos 60 e 70, a saída maioritariamente clandestina, de mais de um milhão de portugueses em direção a França, sussurram um dever de memória para com todos que demandam além-fronteiras o direito a uma vida melhor”.

Miguel Costa Matos Opinion
Daniel Bastos Opinião
Gérald Bloncourt (1926-2018). Créditos: DR.
Crédito: DR

Barcelos

No sábado, 11 de outubro de 2025, o salão da LiUNA Local 183, em Toronto, encheu-se de alegria e tradição para celebrar o 27.º aniversário da Associação Migrante de Barcelos (A.M. Barcelos) com um memorável Jantar de Gala. O ambiente festivo começou logo à entrada, com aromas irresistíveis do menu preparado pela Europa Catering. O ponto alto da noite foi a comemoração do 25.º aniversário do Grupo Folclórico da A.M. Barcelos, com atuações do Rancho Infantil e Adulto, que encantaram o público com danças e cantares minhotos. A festa prosseguiu ao som vibrante dos Bombos do Arsenal, da animada Karma Banda e do enérgico cantor Kássio, que pôs todos a dançar. O evento contou ainda com a apresentação de Rómulo Ávila e uma mini-exposição de arte barcelense, celebrando com orgulho a cultura, a união e as raízes portuguesas em terras canadianas.

Kassio: “Sempre que venho, sinto-me em família”

O artista português Kassio regressou com entusiasmo, sentindo-se em casa entre o público que o acolhe com carinho: “Sinto-me em família. Sempre que venho cá, parece que nunca saí. Tenho amigos que já são quase família. Estou feliz e ansioso por

animar a malta”, disse o cantor sorridente, poucos minutos antes de subir ao palco. Com o seu habitual bom humor, revelou ter preparado “uma brincadeira” especial para o espetáculo. A tour mantém o nome “Mãe, és Luz!”, uma homenagem à mãe. “Este nome vai acompanhar também a celebração dos meus 25 anos de carreira, em 2026”, informou. Sobre o seu concerto nesta comemoração, adiantou: “Haverá músicas novas e algumas antigas com nova roupagem. O essencial é a entrega e o amor com que canto.” Refletindo sobre a sua carreira, Kassio partilhou: “O mais difícil é manter. Demorei 20 anos a semear e agora começo a colher. O segredo é ser eu próprio e respeitar o público — é por eles que canto.” Terminou com uma mensagem de gratidão: “Obrigado por todo o apoio e por valorizarem a música portuguesa. Venho sempre com muito gosto e de coração aberto.”

Vitor Santos: “Enquanto for presidente, vou dignificar Barcelos e Portugal”

O presidente da Associação Migrante, Vítor Santos, manifestou grande satisfação por liderar a instituição num momento especial: o 25.º aniversário do Rancho, que representa 27 anos de promoção da cultura portuguesa em Toronto. Destacou a dedicação dos jovens, o apoio dos voluntários

e das famílias, e afirmou que “tudo isto só é possível com a ajuda de muita gente”. A mensagem principal da celebração é de reconhecimento e gratidão a todos os voluntários e patrocinadores, fundamentais para o sucesso do grupo. Vítor Santos reforçou ainda o compromisso de manter e renovar o trabalho da associação, promovendo Barcelos e Portugal através de novas iniciativas, como a próxima exposição. Apesar das dificuldades, reconheceu que os projetos ambiciosos exigem perseverança, afirmando: “Às vezes penso: ‘Será que vou conseguir?’, mas não desisto. O segredo é avançar com calma, sem dar passos maiores do que as pernas.”

Comandante dos Bombeiros destaca solidariedade da comunidade em Toronto

A comunidade portuguesa em Toronto prepara-se para apoiar os Bombeiros Barcelinhos numa iniciativa marcada para o dia 17 de janeiro de 2026. O comandante português, natural de Barcelos, destacou a importância do envolvimento da diáspora: “Tenho uma enorme gratidão pela forma como fui recebido. A comunidade, embora distante fisicamente, está sempre próxima no coração e disposta a contribuir. É uma alegria ver tantas pessoas quererem apoiar

Antonio “Tony” Joaquim Pereira Alves do Forno (1935–2025)
A comunidade portuguesa no Canadá está de luto

Faleceu no dia 12 de outubro de 2025, em Chatham, Ontário, Canadá, aos 90 anos de idade, Antonio “Tony” Joaquim Pereira Alves do Forno, natural de Adoufe, concelho de Vila Real, Trás-os-Montes. Emigrado para o Canadá em 1966, destacou-se como empresário, líder associativo e defensor da cultura portuguesa.

Fundador da Chatham Portuguese Foods and Fish Store (1975) e da Forno’s Travel Agency (1977), foi também cofundador e primeiro presidente do Portuguese Canadian Social Club de Cha-

tham (1971), tornando-se uma referência na vida comunitária luso-canadiana. Durante mais de 20 anos, representou os emigrantes do Ontário e Manitoba no Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), onde promoveu o ensino da língua portuguesa e apoiou legalmente centenas de compatriotas, sendo nomeado Notário Público pelo Governo de Ontário. A sua casa foi, durante décadas, um ponto de acolhimento e solidariedade para muitos emigrantes recém-chegados. Foi distinguido com a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas e o Certificado de Serviço

Exemplar ao Canadá, entre outras homenagens. Homem de fé, foi membro ativo da Paróquia de St. Joseph, do movimento Cursilhos de Cristandade e dos Cavaleiros de Colombo, onde alcançou o Quarto Grau. Antonio será lembrado como um homem íntegro, generoso e profundamente comprometido com a comunidade. Deixa a esposa, filhos, netos e bisnetos, bem como um legado exemplar de dedicação e serviço.

os Bombeiros Barcelinhos como sócios e voluntários”, afirmou.

O comandante sublinhou que os Bombeiros Barcelinhos não atuam apenas no combate a incêndios, mas também no transporte de doentes para hospitais fora de Barcelos, ajudando a melhorar a qualidade de vida da população. “É uma forma de garantir que as pessoas vivam melhor, com mais segurança e felicidade. Esta iniciativa que vai acontecer é um exemplo da solidariedade da comunidade portuguesa aqui em Toronto e nós cá estaremos”, concluiu.

No final, entre brindes, abraços e promessas de reencontro, ficou a certeza de que a Associação Migrante de Barcelos é muito mais do que uma instituição — é uma verdadeira família. Uma família que, há 27 anos, mantém viva a chama das tradições portuguesas, passando de geração em geração o amor por Barcelos, por Portugal e pela comunidade. Foi uma noite de festa, de coração e de alma. Uma noite à moda portuguesa, onde foi ainda apresentada a equipa de futebol da associação.

RMA/MS

Mais fotos online. Aponte a câmara!

Urban Economy Forum destaca Madeira como referência em competitividade e desenvolvimento sustentável

A sétima edição do Urban Economy Forum (UEF) decorre este ano em Richmond Hill e Toronto, no Canadá, sob o tema “Housing Finance”, com enfoque no crescimento económico inclusivo, sustentável e de impacto social. Entre os oradores convidados destaca-se Andreia Collard, Diretora Regional de Competitividade, Inovação e Sustentabilidade da Madeira, que representa o Governo Regional a convite da organização.

Em declarações exclusivas, Andreia Collard sublinhou a urgência global do tema: “A acessibilidade à habitação é um direito fundamental e um desafio que afeta comunidades em todo o mundo. É essencial trabalharmos juntos para encontrar soluções inclusivas e sustentáveis.”

À margem do evento, destacou ainda o papel crucial da diáspora madeirense no fortalecimento económico, social e cultural da Região Autónoma: “A nossa comunidade espalhada pelo mundo é uma ponte viva que liga a Madeira ao mundo e o mundo à Madeira.”

O contributo da diáspora, acrescenta, é vasto - do investimento e promoção da imagem regional à transferência de conhecimento e competências. “A diáspora é guardiã da nossa cultura e das tradições que nos definem. Quando alguém diz com orgulho que é da terra do Cristiano Ronaldo ou fala com admiração da nossa gastronomia, sentimos o reflexo direto da nossa comunidade.”

A Diretora considera que o envolvimento dos madeirenses espalhados pelo mundo contribui para uma comunidade global unida, resiliente e orgulhosa das suas raízes, independentemente da geografia. Nos últimos anos, a região tem apostado na valorização da marca Madeira, implementando um Modelo de Gestão da Qua-

lidade na Administração Pública Regional, baseado na norma ISO 9001, com foco na melhoria contínua e na satisfação dos cidadãos. “Queremos afirmar-nos como uma região de excelência e confiança em qualquer parte do mundo.”

O Governo Regional trabalha para reduzir a dependência do turismo, promovendo o empreendedorismo, a tecnologia, a indústria, os serviços de saúde e a economia azul, baseada no uso sustentável dos recursos marinhos. Aposta-se ainda em energias renováveis e economia circular, fomentando uma cultura empresarial responsável e com impacto social. “Queremos usar tecnologia e criatividade para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e posicionar a Madeira como líder em desenvolvimento económico sustentável”, reforça.

Andreia Collard destacou também as medidas de apoio às startups e empresas inovadoras. “Estamos a criar ecossistemas

favoráveis à inovação, com programas de financiamento, incubadoras, aceleradoras e mentoria técnica. A StartUp Madeira tem tido um papel exemplar.”

Através da InvestMadeira, o executivo regional promove a presença de empresas madeirenses em feiras e missões internacionais, potenciando a visibilidade e a internacionalização. “Queremos reforçar a competitividade e posicionar a Madeira estrategicamente nos mercados emergentes.”

Um dos eixos centrais da sua intervenção no UEF foi o reforço da cooperação económica com a diáspora. “Incentivamos parcerias que promovam o intercâmbio de conhecimento, tecnologia e talento. A nossa localização no Atlântico facilita a ligação com a Europa, a América do Norte e África.” O Governo Regional, assegura, está disponível para apoiar estas iniciativas, reforçando a Madeira como hub atlântico de inovação e empreendedorismo.

Credito: DR

Comunidade portuguesa em Toronto unida pela fé Jantar

O Urban Economy Forum é uma plataforma global de diálogo entre líderes e especialistas que procuram soluções sustentáveis para desafios urbanos. Esta edição centrou-se no financiamento habitacional, com atenção especial às políticas para famílias de rendimentos baixos e médios. “Debatemos formas de criar instrumentos financeiros acessíveis, fortalecer mercados de crédito e promover parcerias público-privadas. Discutimos também o papel da tecnologia, da boa governança e da responsabilidade social.”

Andreia Collard levou ao fórum a perspetiva das regiões ultraperiféricas, defendendo a integração das ilhas nas decisões globais sobre cidades inteligentes. O impacto da intervenção madeirense foi evidente: o UEF anunciou a abertura de uma representação europeia em Portugal e a realização do primeiro programa na Madeira em 2026, reforçando o papel estratégico da Macaronésia no desenvolvimento sustentável e na economia azul.

No encerramento da visita, Andreia Collard deixou uma mensagem de esperança aos madeirenses e portugueses no Canadá: “Vivi muitos anos na Austrália e sei o que é estar longe, mas perto de coração. Mantenham viva a nossa cultura e os nossos valores. Quando sentirem que não pertencem a um só lugar, lembrem-se de que pertencem a dois — e na Madeira terão sempre um lar à vossa espera.”

A presença da Madeira no UEF 2025 representou mais do que uma participação institucional: foi uma afirmação de identidade, visão e compromisso com o futuro. “A Madeira quer ser parte da solução global para os desafios do futuro — e a nossa diáspora será sempre a nossa melhor parceira estratégica.”

RMA/MS

solidário para o Santuário da Beata Alexandrina

A comunidade portuguesa em Toronto voltou a demonstrar que, quando a causa é nobre e enraizada na fé, a união faz a diferença. Realizou-se recentemente, na Casa da Madeira Community Centre, um jantar solidário com o objetivo de angariar fundos para a construção do Santuário Eucarístico da Beata Alexandrina de Balasar projeto promovido pela Arquidiocese de Braga e pela Fundação Alexandrina de Balasar, em Portugal.

Ainiciativa nasceu de um grupo de amigos naturais de Balasar, com fortes ligações à comunidade luso-canadiana, e contou com o apoio fraterno da Casa dos Poveiros. A adesão superou as expectativas: mais de 300 pessoas participaram na noite, num verdadeiro espírito de comunhão, fé e solidariedade. O futuro santuário será construído em Balasar, freguesia da Póvoa de Varzim, onde repousa o corpo da Beata Alexandrina, carinhosamente conhecida como a “Santinha de Balasar”. Já visitado por milhares de peregrinos, o local será agora estruturado como Santuário Eucarístico, numa obra por fases, devido à sua dimensão.

Desde o anúncio do projeto, várias comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, em especial no Canadá, têm contribuído com donativos, orações e eventos. O jantar em Toronto foi mais uma prova do compromisso da diáspora com as suas raízes e a sua espiritualidade.

A ideia do jantar partiu de São Silva, uma das sete pessoas que integraram o grupo organizador do evento. “A Beata Alexandrina sempre foi a minha guia desde que cheguei a esta terra. Quando soube da construção do santuário, senti que tinha de fazer algo. Falei com o meu marido, a minha família apoiou-me e juntei mais seis amigos. Somos sete. Esgotámos a sala em apenas um mês. Todos me ajudaram, amigos, patrocinadores, vizinhos. Estou profundamente grata”, afirmou, emocionada. São Silva deixou ainda um apelo à continuidade: “Se houver quem queira organizar mais eventos, cá estaremos. Com a intercessão da Beata Alexandrina, acreditamos que este santuário será uma realidade muito em breve.” Ao seu lado na organização estiveram também Laurentino Esteves e Ana Lúcia Sou-

sa, igualmente empenhados na causa e na mobilização da comunidade. Laurentino destacou a importância do momento: “Este dia foi muito especial. A Casa da Madeira acolheu-nos com generosidade. Tivemos o apoio de mais de 300 pessoas, empresas locais e da comunicação social, como a MDC Group. Esta noite reflete o melhor da nossa comunidade: fé, união e entrega.” Já Ana Lúcia Sousa, conhecida por dinamizar várias iniciativas comunitárias, sublinhou a emoção vivida: “foi com orgulho e gratidão que participei. A sala estava cheia e, infelizmente, muitas pessoas não conseguiram lugar. Sente-se que a fé continua viva no coração de todos.”

O tecido empresarial luso-canadiano também respondeu à chamada. A Vieira & Associates Insurance Brokers LTD, repre-

sentada por Vítor Silva, foi uma das entidades patrocinadoras: “Acreditamos no valor espiritual e turístico deste santuário. Será um importante centro de peregrinação em Portugal, e queremos fazer parte deste momento histórico.”

Diane Campos, da Campos Immigration Consultancy Inc., fez questão de marcar presença: “É com alegria que estou aqui, unida a tantos amigos por uma causa que nos toca profundamente. A Beata Alexandrina é parte da nossa identidade.”

As atuações do Duo Tânia e Daniel e de Lídia Sousa enriqueceram a noite com instantes de celebração, emoção e partilha.

Um gesto que ultrapassa o valor material

A Fundação continua a receber donativos e a trabalhar com dedicação para que este santuário, há tanto tempo sonhado, se torne realidade. O jantar solidário em Toronto foi mais do que um evento, foi um verdadeiro testemunho de que, mesmo longe da terra natal, a chama da espiritualidade portuguesa permanece viva no coração de quem acredita.

Os nossos parabéns aos organizadores São Silva, Xico Silva, Laurentino Esteves, Linda Correia, Ana Lúcia Sousa, João Cardoso e Maria Zélia Cardoso e um agradecimento especial às associações, empresas e pessoas que, direta ou indiretamente, tornaram esta noite possível.

“Educação sem Fronteiras” liga Toronto a Portugal Estudar

na Europa,

Numa entrevista conduzida por Manuel DaCosta, a convidada Leila Couto — membro do Conselho da Diáspora Portuguesa (Núcleo do Canadá) e presidente/consultora de imigração na Luso Services & Consulting Inc. — lançou o mote para o encontro “Education Without Borders: Connecting Canada and Portugal”, marcado para terça-feira, 21 de outubro de 2025, 17h–21h, no Revival Event Venue (783 College St, Toronto, ON M6G 1C5). A sessão é presencial e gratuita mediante inscrição.

pagar menos e ganhar

Dois tópicos dominaram a conversa: mobilidade global e acesso a ensino de topo a custos mais baixos. Segundo Leila Couto, há um crescimento claro de lusodescendentes a requerer nacionalidade portuguesa, atraídos pela possibilidade de estudar em Portugal com propinas e custo de vida inferiores aos de programas comparáveis na América do Norte, sem abdicar de qualidade. As escolas presentes — Católica Porto Business & Economics, ISCTE Business School, ISEG, Nova SBE e Porto Business School — trazem ofertas em português e inglês, com MBAs, mestrados, licenciaturas e executivos reconhecidos internacionalmente. Outro trunfo é o Contingente Prioritário para

STUDY IN PORTUGAL. LEAD THE WORLD.

Tuesday, October 21, 5–9 PM

Revival Event Venue 783 College St, Toronto

Attendance is free. Registration is required eventbrite.ca/e/1712428221909

mobilidade

estudantes lusodescendentes no acesso ao ensino superior público, com 7% de vagas na 1.ª fase e 3,5% na 2.ª, sublinhou a consultora. A agenda inclui boas-vindas e networking, apresentações de reitores e direções, testemunhos de alumni e Q&A — um “tudo em um” para pais e estudantes do GTA perceberem caminhos académicos e saídas profissionais em negócios, finanças, consultoria e tecnologia. Para Manuel DaCosta, a iniciativa é também um investimento nas raízes e na língua, reforçando a ponte Canadá-Portugal: “A educação é o caminho: abre portas, dá mundo e mantém viva a nossa portugalidade.”

LusoFuture 2025 – Information Session with Portugal’s Top Business & Economics Schools

Join us for an exclusive evening in Toronto with Deans and representatives from Portugal’s leading business schools — internationally recognized and ranked among the world’s best by the Financial Times.

Discover master’s, MBA, executive, and undergraduate programs offering world-class education, affordable tuition, and global career opportunities.

Hear directly from alumni who turned their education in Portugal into international success stories in business, finance, consulting, and technology.

Who should attend: Students, young professionals, educators, and parents interested in studying or collaborating with Portugal’s world-class institutions.

Em entrevista, Manuel DaCosta e Leila Couto. Créditos: Camões TV+.

MADEIRA

Em 2024, havia 66.700 pensionistas da Segurança Social na Madeira

Segundo os dados divulgados pela Direção Regional de Estatística, sobre a Série Retrospetiva da Proteção Social, atualizada com a informação do ano de 2024, no final do ano passado, existiam 66.700 pensionistas da Segurança Social ativos na Região Autónoma da Madeira (RAM), o correspondente a 25,7% da população residente. Daquele efetivo, 63,6% recebiam pensões de velhice, 26,5% de sobrevivência e 10,0% de invalidez.

A pensão média dos pensionistas da Segurança Social em 2024 atingiu os 5.199 Euros. A pensão média anual de velhice regista o valor mais elevado (6.076 Euros), superando as pensões médias por invalidez (4.855 Euros) e por sobrevivência (3 223 Euros).

Os valores processados das prestações sociais atrás referidas, no final de 2024, totalizavam 346,9 milhões de Euros. Daquele montante, 74,3% correspondeu às pensões de velhice (257,7 milhões de Euros), 16,4% às pensões de sobrevivência (56,9 milhões de Euros) e 9,3% à pensão de invalidez (32,3 milhões de Euros).

JM/MS

Menos 4,8% de beneficiários de abono de família e menos 22% com rendimento de inserção

Em 2024 observou-se uma diminuição no número de beneficiários de abono de família para crianças e jovens (-4,8%) e um aumento do número de beneficiários do subsídio parental inicial (+1,0%), divulga a Direção Regional de Estatística, na divulgação da atualização da Série Retrospetiva da Proteção Social e, neste caso, sobre as principais prestações familiares da Segurança Social.

Quanto ao rendimento social de inserção, cerca de 4.000 indivíduos beneficiaram deste tipo de prestação social (-22,0% que em 2023), dos quais 47,4% pertenciam ao sexo masculino. Por grupo etário, observa-se que 33,2% dos beneficiários eram indivíduos com 55 e mais anos e 31,4% eram indivíduos com menos de 25 anos. O valor processado nesta prestação social foi de 6,2 milhões de Euros, tendo diminuído 6,6% face a 2023.

Em 2024 foram processados 20,4 milhões de Euros aos 4.777 beneficiários da prestação social para a inclusão (+18,2% e +7,0% face ao ano precedente, respetivamente), sendo o grupo etário dos 55 e mais anos aquele que registou maior número de beneficiários (1.394; 29,2% do total), seguindo-se os grupos dos 40 aos 49 anos (1.025; 21,5%) e dos 30 aos 39 anos (776; 16,2%).

JM/MS

AUTONOMIAS

Autárquicas/ Açores:PSD e coligação com mais câmaras, PS com mais votos

O PSD, sozinho ou coligado, passou a ter mais câmaras (9) nos Açores, por troca com o PS, que continuou a ter mais votos e vereadores. Com a Câmara do CDS, a coligação de Governo deverá manter a liderança da Associação de Municípios, mas quem também cresceu foram os movimentos de cidadãos e o Chega. Se existem eleições onde os resultados são os mais variados possível, elas são seguramente as eleições autárquicas. E as de ontem nos Açores, não foram exceção.

Se o bem maior é ganhar o maior número de câmaras e de juntas de freguesia, a coligação que lidera o Governo Regional (PSD, CDS-PP e PPM), seja com o PSD sozinho ou coligado, venceu mais câmaras e mais juntas de freguesia e contando com o apoio da autarquia liderada pelo CDS, nas Velas, em São Jorge, deverá manter a liderança da Associação de Municípios dos Açores.

Contudo e tal como já tinha acontecido em 2021, foi o PS, sozinho ou coligado, quem obteve mais votos nas eleições autárquicas de ontem e quem conseguiu eleger mais vereadores (53), embora esta situação se traduza, em termos práticos, numa derrota eleitoral.

Aliás, o PS sozinho ou coligado e o PSD, sozinho ou coligado mais o CDS-PP obtiveram ambos pouco mais de 49 mil votos nas eleições autárquicas de ontem, com uma vantagem tangencial para o PS.

Os movimentos de cidadãos ganharam uma câmara (Santa Cruz das Flores), conseguiram um histórico segundo lugar na votação da autarquia mais populosa dos Açores - Ponta Delgada - conseguiram eleger no total oito vereadores e obtiveram mais de 8750 votos nas nove ilhas açorianas. Isto quando nas autárquicas de 2021, os movimentos de cidadãos tinham obtido apenas perto de 2370 votos. Um sinal claro do que pode vir a acontecer nas autárquicas de 2029.

Também o Chega obteve um resultado importante, embora longe do impacto do resultado que obteve nas Legislativas, mas ainda assim conseguiu o feito de eleger o seu líder regional, José Pacheco, como o primeiro vereador do Chega nos Açores, em Ponta Delgada. Um caso paradigmático da nova realidade que se começa a desenhar nas autarquias dos Açores foi o de Ponta Delgada: O PSD e Pedro Nascimento Cabral renovaram a vitória obtida em 2021, mas o cenário da vereação é agora bastante diferente: há quatro anos, houve uma maioria absoluta do PSD, com cinco vereadores contra quatro do PS. Este ano, o PSD elegeu apenas três vereadores, o mesmo número que o movimento cívico independente ‘Ponta Delgada para Todos’, liderado por Sónia Nicolau, tendo a coligação ‘Unidos por Ponta Delgada’, liderada pelo PS e por Isabel Almeida Rodrigues, conseguido eleger dois vereadores e o Chega, como já foi referido, elegeu um. Quer isto dizer que ao contrário do que é normal nas câmaras

açorianas, não há uma maioria absoluta na vereação, obrigando o reeleito presidente, Pedro Nascimento Cabral, a promover o diálogo com as forças da oposição para conseguir fazer passar as suas políticas nas reuniões de câmara e até, eventualmente, a ter de liderar a câmara entregando pelouros a vereadores da oposição, uma vez que os anteriores cinco vereadores do PSD tinham todos funções executivas e pelouros atribuídos na autarquia. Refira-se que o PSD sozinho ou coligado venceu ontem nove câmaras municipais: Ponta Delgada (Pedro Nascimento Cabral); Ribeira Grande (Jaime Vieira); Nordeste (António Miguel Soares); Praia da Vitória (Vânia Ferreira); Santa Cruz da Graciosa (António Reis); Calheta (António Viegas); Madalena (Catarina Manito); São Roque do Pico (Luís Filipe Silva) e Horta (Carlos Ferreira).

Por seu lado, o PS venceu oito autarquias: Vila do Porto (Bárbara Chaves); Lagoa (Frederico Sousa); Vila Franca do Campo (Graça Melo); Povoação (Pedro Melo); Angra do Heroísmo (Fátima Amorim); Lajes do Pico (Ana Brum); Lajes das Flores (Beto Vasconcelos) e Corvo (Marco Silva).

O CDS-PP venceu a Câmara Municipal das Velas, com Catarina Cabeceiras e o movimento de cidadãos liderado por Elisabete Nóia venceu a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores.

AO/MS

Açores e Madeira em contraciclo com duplicação de indemnizações pagas por cortes de eletricidade no continente em 2024

A ocorrência de “eventos excecionais de grande impacto” em 2024, como os incêndios florestais nas regiões norte e centro do país, e ainda a tempestade Kirk, levou a que os portugueses tenham ficado, em média, mais de uma hora e meia (95,55 minutos) sem eletricidade nesse ano, o que representa um aumento de 9,1% face a 2023. Por causa disso, a ERedes (da EDP) teve de pagar mais do dobro do valor em indemnizações (mais 106%).

No que diz respeito às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, cujos operadores de rede são a EDA

– Eletricidade dos Açores e a EEM – Em-

presa de Eletricidade da Madeira, respetivamente, verificou-se uma melhoria dos indicadores de continuidade de serviço.

A EDA registou três incumprimentos dos padrões individuais, correspondendo a uma redução de 75% face a 2023 e pagou compensações aos clientes de média tensão (MT) e baixa tensão (BT) no valor de 1012 euros, superior ao do ano anterior. A EEM registou 136 incumprimentos dos padrões individuais, com compensações pagas aos clientes de MT e BT no valor de 1847 euros, um aumento de 40% face a 2023.

A conclusão é do Relatório da Qualidade de Serviço Técnica do Sector Elétrico, divulgado esta quinta-feira pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos

(ERSE), que avalia a qualidade do fornecimento de eletricidade prestada aos consumidores por parte dos operadores das redes de transporte e de distribuição de eletricidade.

O documento conclui que, apesar de a rede de distribuição de energia elétrica, operada pela ERedes (quase 150 mil quilómetros de extensão e 6,4 milhões de clientes), ter registado no ano passado uma redução do número médio de interrupções no fornecimento de eletricidade (1,56 cortes por cliente, -12%), a duração das mesmas aumentou por conta dos impactos dos fogos e das tempestades nas infraestruturas elétricas.

Credito: DR
Credito: DR

CANADÁ

Governo federal ameaça Stellantis com ação judicial devido à reversão da fábrica de Brampton

O governo federal do Canadá está a ameaçar o construtor automóvel Stellantis com ação judicial caso a empresa não “respeite as suas obrigações” para com os canadianos, anos depois de ter assinado um acordo automóvel que previa milhares de milhões de dólares em incentivos de desempenho.

Aministra da Indústria, Mélanie Joly, enviou uma carta ao diretor executivo da Stellantis, Antonio Filosa, expressando “extrema preocupação” com o plano da empresa de transferir a produção do modelo Jeep Compass da fábrica de Brampton (Ontário) para Belvidere, Illinois, segundo a carta divulgada e depois publicada nas redes sociais da ministra.

A mudança foi anunciada como parte de um investimento de 13 mil milhões de dólares norte-americanos nas operações industriais da empresa nos EUA. Filosa declarou à CNBC que a empresa partilha o objetivo do presidente norte-americano Donald Trump de ter um setor automóvel “forte” nos Estados Unidos.

Desde abril, os EUA impuseram uma tarifa de 25% sobre peças e veículos automóveis canadianos, com exceções para o valor das peças produzidas em solo americano. “Apesar do atual contexto tarifário nos EUA criar desafios complexos, a Stellantis assumiu compromissos importantes com o Canadá e com a sua força laboral”, escreveu Joly. “Se a Stellantis optar por

Negociações

não cumprir as suas obrigações, agiremos no interesse de todos os canadianos e responsabilizaremos a empresa por completo, incluindo por via legal.”

A empresa tinha assinado há dois anos um acordo com os governos federal e provincial de Ontário, prevendo até 15 mil milhões de dólares em incentivos de desempenho, condicionados ao cumprimento de metas, incluindo a manutenção de produção na fábrica de Brampton.

Joly sublinhou que a Stellantis se comprometeu a “manter toda a sua presença no Canadá, incluindo Brampton, em troca de um apoio financeiro substancial”. Qualquer incumprimento, escreveu, “será considerado uma violação do acordo”. “Investimos milhões de dólares nessa unidade com base no compromisso de que a empresa iria investir num novo modelo, se não o fizer, será responsabilizada”, disse Joly.

O pacto automóvel entre a Stellantis e os governos federal e provincial foi anunciado em 2023, à semelhança do acordo firmado com a Volkswagen e a sua subsidiária Power Co., para uma fábrica de baterias elétricas em St. Thomas (Ontário), com incentivos até 13 mil milhões de dólares. Um porta-voz da Stellantis disse à CBC que a empresa tem planos para a fábrica de Brampton que serão discutidos com o governo federal, mas não adiantou pormenores.

CBC/MS

comerciais de alto nível

prosseguem em Washington

As negociações comerciais de alto nível entre responsáveis canadianos e norte-americanos continuam em Washington, D.C., onde o Canadá procura acordos específicos em setores económicos problemáticos para as relações comerciais entre os dois países.

Oministro do Comércio Canadá-EUA, Dominic LeBlanc, o secretário do Conselho Privado, Michael Sabia, e outros altos funcionários concentram-se, a curto prazo, em acordos para os setores do aço, alumínio e energia.

Após a visita do primeiro-ministro Mark Carney à capital norte-americana na semana passada, LeBlanc afirmou que as reuniões resultaram em “conversas positivas e substanciais sobre questões comerciais”.

Essas negociações decorrem num contexto de crescente pressão interna, com vários Premiers provinciais e autarcas a pedirem a Carney uma postura mais firme face ao presidente norte-americano Donald Trump.

LeBlanc referiu que os encontros terminaram com Trump a instruir o secretário do Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial, Jamieson Greer, para continuarem as discussões com os seus homólogos canadianos sobre os setores de alumínio, aço e energia.

O ministro acrescentou que, se os acordos forem concluídos “rapidamente”, será possível avançar para outros setores no diálogo bilateral.

CBC/MS

Carney anuncia sistema automático de declaração de impostos e programa alimentar escolar

permanente

O governo liberal vai começar a implementar um sistema automático de declaração de impostos para canadianos de baixo rendimento e tornar permanente o programa nacional de alimentação escolar, antes da apresentação de um orçamento federal focado no apoio aos cidadãos mais vulneráveis.

Oprimeiro-ministro Mark Carney anunciou as medidas durante uma conferência de imprensa na sua circunscrição de Nepean, Ontário, onde também prometeu prolongar o Canada Strong Pass durante a época festiva e o verão de 2026.

“No orçamento, teremos de tomar decisões responsáveis e pragmáticas e, sim, decisões difíceis”, afirmou Carney. “Tomaremos decisões que protejam os programas e

iniciativas que apoiam os mais vulneráveis da nossa sociedade... Vamos construir programas que vos ajudem a progredir.” Por lei, todos os contribuintes devem apresentar anualmente a sua declaração à Agência de Receitas do Canadá (CRA). No entanto, muitos canadianos de baixo rendimento, especialmente os que recebem apoios sociais, raramente o fazem por não esperarem dever impostos. Carney sublinhou que não apresentar declaração quando se ganha abaixo do valor de rendimento pessoal isento significa que quem mais precisa de benefícios acaba por não os receber. Esses benefícios incluem o crédito fiscal GST/HST, o abono de criança do Canadá, o subsídio para trabalhadores, o benefício para pessoas com deficiência e o crédito fiscal para deficiência. CBC/MS

Província vai exigir que médicos formados no estrangeiro tenham pelo menos 2 anos de ensino secundário em Ontário

O governo de Ontário está a introduzir novos requisitos que poderão resultar em menos vagas de residência médica para médicos formados no estrangeiro, mesmo num momento em que a província enfrenta uma escassez de médicos.

Os graduados internacionais em Medicina, provenientes de países como o Reino Unido, Austrália ou das Caraíbas, passam agora a ter de comprovar pelo menos dois anos de ensino secundário concluídos em Ontário para poderem candidatar-se à primeira fase de colocação em programas de residência médica da província.

Os candidatos que pretendem fazer a sua residência no Canadá devem candidatar-se através do CaRMS (Canadian Resident Matching Service), a agência nacional responsável por emparelhar médicos com programas de residência, para poderem obter uma vaga.

O anestesiologista de Toronto Filipe Santos, ele próprio formado no estrangeiro, sublinhou a importância de ter uma força de trabalho médica que reflita a diversidade da população. “Precisamos de médicos formados no Canadá, e eu nunca direi o contrário”, afirmou. “Mas também acredito que precisamos de imigrantes. Precisamos desses médicos formados internacionalmente, com origens muito diversas, para cuidar da nossa população.”

As candidaturas à residência variam bastante, dependendo da especialidade, da província e do percurso académico. Regra geral, os médicos formados no estrangeiro têm de realizar um ou mais exames antes de concorrer à primeira fase de seleção. Essa fase já começou, o que tem cau-

sado frustração entre alguns candidatos, afirmou Zainab Abdurrahman, presidente da Associação Médica de Ontário (OMA). “Mudar as regras exatamente quando estão a tentar submeter documentos e a preparar tudo está a desorientá-los por completo”, disse.

Antes da introdução destes novos requisitos, havia mais de 1.200 candidatos elegíveis formados no estrangeiro para os programas de residência em Ontário. Agora, esse número deverá cair para apenas 170, informou a secção de clínica geral e medicina familiar da OMA num comunicado. Santos considera que essa mudança é simplesmente “inaceitável”. “Sentimos que temos de trabalhar o dobro apenas para estarmos nos mesmos lugares e espaços que outros médicos formados no Canadá”, disse. “Quando tentamos obter uma licença, sentimo-nos constantemente como se nunca fôssemos suficientemente bons.” Num comunicado, o CaRMS afirmou que Ontário é a única província com critérios de elegibilidade deste tipo, embora não seja a única com canais de candidatura específicos.

Uma porta-voz do Ministério da Saúde de Ontário explicou que a mudança nos requisitos visa apoiar residentes formados dentro da província que também tenham graus médicos internacionais. “O nosso governo está não só a garantir oportunidades de formação pós-graduada locais, como também a reforçar a nossa força de trabalho na área da saúde, para que as pessoas em todas as regiões da província tenham acesso a cuidados convenientes”, declarou Ema Popovic. CBC/MS

Credito: CBC
Credito: CBC

Eleições Autárquicas

Número de mulheres autarcas quase duplicou, mas está longe da paridade

O número de mulheres eleitas presidentes de câmara quase duplicou nas eleições de domingo (12), em relação às últimas autárquicas, mas continua longe do limiar de paridade fixado na lei, com exceção dos Açores.

Segundo os dados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, 48 mulheres foram eleitas nas 308 presidências de câmara do país (15,68%), um aumento face aos 9% verificados nas eleições autárquicas de 2021.

Na opinião da professora de Direito Administrativo Eva Macedo, este "é um resultado positivo, sobretudo porque infletiu a trajetória descendente que se tinha verificado em 2021", quando houve uma descida de um ponto percentual (tinham sido 10% nas eleições de 2017).

"No entanto, isto não é um resultado animador e eu tenho até algum receio que se cavalgue esta subida como sendo uma vitória que já faça não haver sentido, não haver necessidade de se pugnar pela paridade", alerta a professora de Direito Administra-

tivo na Universidade Portucalense. "Essa necessidade de todo não desapareceu, porque (...) este número permanece muito distante do limiar mínimo de paridade, que a lei fixa em 40%", recorda a autora da tese de doutoramento "Igualdade de género no exercício de direitos políticos - O caso dos municípios portugueses".

Eva Macedo sublinha que "se vão ou não tomar posse todas essas mulheres já é outra questão", recordando que "a lei da paridade não exige, nas desistências, que haja substituição por um eleito do mesmo sexo".

A professora e investigadora mantém, por isso, "todas as críticas" que tem feito à lei da paridade, defendendo uma revisão para abranger a eleição do cargo de presidente de câmara.

"Enquanto isto não acontecer, e estes resultados só vêm comprovar isso, vai continuar a produzir-se este resultado paraparitário, porque efetivamente as forças sociais e políticas não se têm revelado capazes de produzir naturalmente um resultado paritário", observa.

JN/MS

Violência Doméstica

Dois em cada três homens vítimas de violência não pedem ajuda, alerta APAV

Por cada homem vítima de violência que pede ajuda, estima-se que haja pelo menos outros dois que não denunciam a situação, disse à Lusa o psicólogo e assessor da direção da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

As estatísticas mais recentes da APAV sobre vítimas no masculino, relativas ao período entre 2022 e 2024, dão conta que a associação apoiou 10.261 pessoas, o que representa um aumento de 23% no decorrer destes três anos.

Em entrevista à agência Lusa, Daniel Cotrim explicou que esta evolução tem a ver com uma maior consciencialização para o tema da violência, mas lembrou que "há sempre o outro lado da moeda".

"Por cada uma destas vítimas apoiadas, destas 10.200 vítimas do sexo masculinas apoiadas, nós sabemos, porque é o que os estudos de incidência e prevalência nos dizem, que há sempre pelo menos duas pessoas, dois homens, que não vão denunciar a situação", revelou. Significa que o número

de vítimas masculinas a pedir ajuda à APAV poderia ultrapassar as 30.700.

Segundo o responsável, esta dificuldade em pedir ajuda tem também a ver com a "ideia profundamente estereotipada" e "cheia de preconceitos" que a sociedade ainda tem sobre a condição de vítima, em que "vítimas são as mulheres" e a "palavra vítima está muito conotada, de forma errada, com uma ideia de fragilidade e vulnerabilidade".

Por outro lado, explicou que a vergonha e o medo do julgamento de terceiros também dificultam falar sobre violência, o que, defendeu, remete para as questões da masculinidade e do que é ou não é ser-se homem.

Apontou que os três crimes mais denunciados à APAV remetem "para questões de fragilidade e de vulnerabilidade", desde logo violência doméstica, com 11.906 crimes denunciados, mas também crimes de ofensa à integridade física (885) e crimes de ameaça/coação (731).

Eleições

PORTUGAL

Uso da Base das Lajes

Carta com mais de 100 assinaturas pede esclarecimentos

Mais de 100 pessoas pedem esclarecimentos sobre o alegado uso da Base das Lajes, nos Açores, para transporte de armamento e escala de aeronaves militares norte-americanas com destino a Israel, numa carta dirigida a responsáveis políticos e militares.

"

Esta carta pretende mostrar que um conjunto de pessoas açorianas não desejam ver a sua região servir, ainda que involuntariamente, de instrumento em ações que possam agravar crises humanitárias ou violar compromissos internacionais de paz e direitos humanos", lê-se na missiva, enviada a responsáveis políticos e militares, da região e do país, que conta com 131 assinaturas.

Os signatários alertam para a "crise humanitária de grande dimensão" a que está sujeito o povo palestiniano, e defendem que, mesmo depois de ter sido comunicado um cessar-fogo em Gaza, o envolvimento indireto de Portugal em operações de transporte de aeronaves ou armamento para Israel deve ser "objeto de total transparência e escrutínio público".

Em causa está uma escala, em abril, na Base das Lajes, na ilha Terceira, de três aeronaves F-35, que foram vendidas pelos Estados Unidos da América a Israel.

Essa escala terá sido feita sem comunicação prévia ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, uma "falha de procedimento" cujas responsabilidades o ministério disse querer apurar. Os signatários pedem esclarecimentos sobre "a

identificação da cadeia de comando responsável pela aprovação e comunicação destas operações, incluindo as entidades portuguesas envolvidas" e sobre "os protocolos de comunicação e cooperação em vigor entre Portugal, os Açores e os Estados Unidos da América no âmbito do Acordo sobre a Base das Lajes (ou documento equivalente)".

Caso a alegada falha de procedimento tenha resultado de uma omissão por parte das autoridades norte-americanas, defendem que a situação deve ser "formalmente reconhecida e comunicada" à Assembleia da República e à Assembleia Legislativa dos Açores, "uma vez que coloca em causa aspetos da soberania nacional e da autonomia regional".

A carta, assinada por 131 pessoas, foi dirigida ao presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, ao presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Luís Garcia, ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Foi também dirigida ao comandante da Base Aérea número 4, coronel João Ricardo Campos da Silva, ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, general João Cartaxo Alves, e ao Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general José Nunes da Fonseca.

Entre os signatários, há residentes em quase todas as ilhas dos Açores, e em várias partes do continente.

JN/MS

Deputados concordam com teste a voto eletrónico pedido por emigrantes portugueses

A maioria dos deputados das Comissões parlamentares de Assuntos Constitucionais e Negócios Estrangeiros aprovaram a proposta de realização de um teste de voto eletrónico para os emigrantes portugueses.

Após uma audição conjunta das duas comissões ao Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), os deputados presentes do PSD, Chega, PS e CDS concordaram com a proposta de realização de um teste de voto eletrónico para

tentar resolver os problemas de votação dos emigrantes portugueses nas eleições legislativas.

O pedido foi feito pelo presidente do CCP, Flávio Martins, recordando que, nas eleições presidenciais de janeiro, esse teste não será possível porque a lei exige o voto presencial dos emigrantes.

"A abstenção vai ser elevadíssima", avisou o dirigente das comunidades portuguesas, que pede uma "uniformização [de procedimentos] para todos os atos eleitorais".

O dirigente do CCP Vasco Abreu alertou

para as limitações do serviço postal, recordando que, no seu país, há 25 mil eleitores recenseados e só chegaram a Portugal três votos por correio. "Isto não é aceitável numa democracia", considerou. Por seu turno, o dirigente do CCP Paulo Marques recordou que a prática do voto eletrónico já existe noutros países e defendeu que Portugal aprenda com esses exemplos. Nos casos em que o serviço postal não oferece garantias, o CCP quer que sejam os consulados a assegurar o correio, por via diplomática, algo que não teve resposta

pelos deputados. Flávio Martins defendeu ainda o alargamento da representatividade de deputados pela emigração: "Não podemos ter um milhão e meio de eleitores recenseados nos dois círculos com quatro deputados". Sobre a contagem dos votos por correspondência, que colocam os emigrantes como "eleitores de segunda", o presidente do CCP defendeu que sejam os consulados a fazer essa contabilidade, como é dever dos representantes do Estado português.

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2025

Lisboa
Porto
Viseu
Madeira
"Erro judicial gravíssimo": Tribunal inocenta homem após 15 anos preso por triplo homicídio

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil anulou na terça-feira (14) a condenação de um homem sentenciado, há 15 anos, a 47 anos de prisão por triplo homicídio numa zona nobre de Brasília.

Francisco Mairlon Barros Aguiar foi solto na quarta-feira (15) de madrugada. "Não estou a acreditar, o dia mais feliz da minha vida está a ser hoje. Muita gratidão a todas as pessoas que não desistiram de mim, a ONG Innocence que insistiu, ainda. Família, amigos, não sei nem o que dizer", afirmou, em entrevista à TV Globo à saída da Papuda, rodeado de familiares e advogados.

O coletivo do STJ classificou como um "erro judicial gravíssimo" a condenação do homem, agora com 37 anos. "É inadmissível que, no Estado Democrático de Direito, um acusado seja pronunciado e condenado por um tribunal de juízes leigos, apenas com base em elementos de informação da fase extrajudicial, dissonantes da prova produzida em juízo e sob o crivo do contraditório", lê-se na decisão, citada pelo jornal "Terra".

O STJ considerou ainda que houve, ao longo do processo, uma violação dos princípios da presunção de inocência.

O caso remonta a 2009, quando o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior

Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a sua mulher e a funcionária do domicílio foram esfaqueados dentro do apartamento, acabando por morrer.

A investigação ficou marcada por contradições e graves falhas, incluindo prisões injustas e falsificação de documentos. A primeira inspetora encarregada do caso acabou por ser detida, condenada e expulsa da Polícia Civil.

Em 2010, dois suspeitos confessaram os homicídios: Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio, e o seu sobrinho Paulo Cardoso Santana. Ambos disseram inicialmente que entraram no apartamento para roubar dinheiro e joias.

Mais tarde, as autoridades chegaram a acusar a filha do casal, Adriana Villela, de envolvimento no crime. Foi condenada em primeira instância, mas a sentença foi anulada, e o processo terminou com a sua absolvição.

Anos depois, um dos condenados afirmou à organização não-governamental Innocence Project que Francisco era inocente e que a sua incriminação tinha sido forjada.

A ONG entrou com um recurso no STJ e conseguiu a absolvição e consequente libertação de Francisco.

JN/MS

EUA

advertem Rússia: se guerra não acabar, aliados vão "impor custos" a Moscovo

O secretário norte-americano da Defesa, Pete Hegseth, avisou a Rússia que deve tomar medidas a curto prazo para terminar a guerra na Ucrânia, ou, em alternativa, Washington vai "impor custos" ao Kremlin.

"Agora é o momento de pôr fim a esta guerra trágica, interromper o derramamento de sangue desnecessário e sentar-se à mesa das negociações", declarou o político norte-americano na reunião do Grupo de Contacto da Ucrânia, através do qual cerca de 50 países prestam ajuda militar a Kiev.

A dias de um encontro previsto na Casa Branca entre os líderes norte-americano, Donald Trump, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, o secretário da Defesa indicou que, se a guerra não terminar e se "não houver caminho para a paz a curto prazo", os Estados Unidos estão prontos, com os aliados, "a tomar as medidas necessárias para impor custos à Rússia pela contínua agressão".

O responsável do Pentágono insistiu que o seu Departamento está preparado para "fazer a sua parte" em questões que "só os Estados Unidos podem fazer", referindo-se

ao reforço da NATO e do Exército ucraniano face à invasão russa da Ucrânia, que se prolonga desde fevereiro de 2022.

Após o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, alcançado na semana passada após pressão de Donald Trump, Washington tem reafirmado a doutrina da "paz pela força", incluindo na Ucrânia.

Hegseth elogiou Trump, afirmando que "sabe como forjar a paz, criar oportunidades em situações e cenários onde a paz parece distante". Hegseth abordou também a Lista de Necessidades Prioritárias da Ucrânia (PURL) da NATO, através da qual os aliados compram equipamento militar dos Estados Unidos a destinar para Kiev. O secretário da Defesa explicou que os aliados da NATO comprometeram mais de dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) em assistência de segurança através da PURL desde agosto.

"Os aliados costumam dizer que a segurança da Ucrânia é sinónimo de segurança europeia. Por isso, é tempo de os aliados da NATO transformarem as palavras em ações, investindo na PURL. Todos os países nesta mesa", declarou. JN/MS

Hamas

alega ter entregue todos os corpos de reféns a que teve acesso

O braço armado do grupo islamita palestiniano Hamas afirmou que entregou todos os reféns mortos mantidos na Faixa de Gaza a que teve acesso.

Em comunicado, as Brigadas al-Qassam alegaram que "cumpriram o compromisso com o acordo [de cessar-fogo na Faixa de Gaza], entregando todos os prisioneiros israelitas vivos sob a sua custódia, bem como os corpos a que tiveram acesso".

Apesar de o presidente norte-americano, Donald Trump, ter indicado que as negociações para a segunda fase do acordo entre Israel e Hamas já terem começado, o jornal israelita "Jerusalém Post" noticiou que as autoridades israelitas só vão retomar o diálogo até que todos os corpos dos reféns sejam devolvidos.

As autoridades de Israel têm, por outro lado, ameaçado que o fluxo de ajuda humanitária ao enclave palestiniano pode ser afetado pelo atraso na entrega dos corpos

de reféns, que estava prevista na primeira fase do acordo de cessar-fogo.

No âmbito do acordo, 20 reféns vivos foram entregues pelo Hamas na segunda-feira, mas apenas quatro corpos dos 28 que se presumem mortos foram então devolvidos. Após o Governo israelita ter condenado uma "violação dos compromissos" por parte do Hamas, outros quatro corpos foram transferidos na noite de terça-feira, no entanto, os exames forenses concluíram que um deles não era de um refém.

Em troca dos reféns devolvidos pelo Hamas, 1968 prisioneiros palestinianos foram também libertados na segunda-feira, incluindo muitos condenados por ataques mortais contra Israel, bem como 1700 palestinianos presos por alegadas "razões de segurança", desde o início da guerra, em outubro de 2023.

Nos últimos dois dias, Israel entregou igualmente os corpos de 90 palestinianos que mantinha na sua posse.

JN/MS

Desmantelada fábrica que abastecia armas para crime organizado no Rio de Janeiro

As autoridades brasileiras desmantelaram uma rede criminosa que fabricava e fornecia armas às "principais fações criminosas do Rio de Janeiro", tendo detido dez pessoas, anunciou a Polícia Federal (PF).

Numa ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal, e com o apoio da Polícia Militar do estado de São Paulo, foi realizada a operação com a missão de "desarticular uma organização criminosa especializada na produção, montagem e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito, com ca-

pacidade estimada em 3.500 fuzis/ano, que abasteciam as principais fações do Rio de Janeiro", indicou a polícia em comunicado.

Foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, além do arresto de cerca de oito milhões de euros em bens e valores dos investigados.

"Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa majorada, tráfico internacional de arma de fogo de uso restrito, comércio ilegal de arma de fogo de uso restrito", frisaram as autoridades brasileiras. Esta operação resulta de

uma outra lançada em outubro de 2023, quando o líder de um grupo criminoso foi detido em flagrante com 47 espingardas automáticas, levando ao encerramento de uma primeira fábrica de armas em Belo Horizonte.

Apesar de estar em prisão domiciliária e já condenado a 12 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o homem continuou a liderar a organização, reorganizando as operações e transferindo a produção para uma nova e mais sofisticada fábrica no interior de São Paulo, que funcionava sob a fachada de uma empresa de peças aeronáuticas.

Em agosto de 2025, a Polícia Federal desmantelou essa fábrica em Santa Bárbara d"Oeste, onde apreendeu armas e mais de 31 mil peças e componentes, quantidade suficiente para produzir dezenas de novos fuzis. O grupo importava componentes dos Estados Unidos e da China e utilizava equipamento industrial de alta precisão para fabricar as peças no Brasil.

"As armas produzidas eram vendidas a fações criminosas do Rio de Janeiro, com entregas destinadas a comunidades como o Complexo do Alemão e a Rocinha", recordou a PF.

JN/MS

Guerra na Ucrânia
Faixa de Gaza

Luis Camara Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello DiGiovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

Do sorriso dos Tubarões Azuis à frustração das Quinas, e das pistas de atletismo aos pavilhões das modalidades, a semana desportiva portuguesa lembrou-nos que o desporto é feito de talento, mas também, e sobretudo, de humildade.

Num fim de semana e semana dedicados a seleções, começo a crónica com um destaque especial: os parabéns e orgulho pelo histórico apuramento da seleção de Cabo Verde para o Mundial de 2026. Um feito inédito que enche de alegria todos os que acompanham o futebol lusófono. Parabéns, ‘tubarões, azuis’!

Na jornada do fim de semana, foi com surpresa que assistimos a um empate caseiro da Bélgica frente à Macedónia do Norte e para a derrota forasteira da República Checa frente à seleção das Ilhas Faroé por 2-1. Já a nossa seleção das Quinas, num jogo pouco inspirado, conseguiu vencer com um golo de Rúben Neves ao cair do pano a débil seleção da Irlanda por 1-0. Um golo ‘à Diogo Jota’, marcado por Rúben Neves, seu melhor amigo, que fez o seu primeiro jogo em Portugal com o número 21, que pertencia a Diogo Jota, naquele que foi o seu primeiro golo pela seleção portuguesa.

Coincidências caro leitor?

Num jogo morno, apesar de ter feito o suficiente para vencer o mesmo, Portugal demonstrou pouca ambição e arrojo. Roberto Martinez pareceu esperar por um rasgo individual para decidir o jogo, não arriscando em nenhuma das 5 substituições efetuadas,

com exceção da última quando trocou Bruno Fernandes por Gonçalo Ramos aos 86 minutos.

Na segunda jornada desta janela de jogos internacionais, e como já frisei atrás, o destaque maior vai para o inédito apuramento de Cabo Verde para o Mundial, vencendo a seleção de Essuatíni por 3-0, jogo realizado no Estádio Nacional, na Cidade da Praia. Quanto aos resultados mais surpreendentes, desde logo o empate forasteiro da seleção de França frente à Islândia (2-2), e a derrota da seleção sueca por 1-0 frente à frágil seleção do Kosovo, jogo realizado em território sueco, resultado que ditou o despedimento do selecionador sueco, Jon Dahl Tomasson.

Quando ao jogo da seleção das quinas, mais uma exibição dececionante que terminou com um 2-2 frente à seleção da Hungria. Os dois golos lusos foram marcados por Cristiano Ronaldo, que bate assim novo recorde sendo agora também o melhor marcador da história nas eliminatórias para Mundiais de Futebol. Sobre o jogo, sabendo de antemão que uma vitória lusa e uma não vitória por parte da Arménia garantiriam desde já a consumação do apuramento para o Mundial 2026, foi mais do mesmo: seleção apática, desinspirada e previsível. Roberto Martínez dispõe de talento de topo mundial, mas Portugal não tem conseguido transformar a qualidade individual em boas exibições coletivas. A jogar assim, dificilmente seremos candidatos às fases adiantadas do Mundial. No futebol feminino português, nada de novo na 4ª jornada da Liga BPI: Benfica deslocou-se a Gaia para vencer o Valadares Gaia por 4-1 e o Sporting viajou até à Madeira, onde venceu o Marítimo por 4 golos sem resposta. Finda a quarta jornada, Benfica e Sporting lideram a prova com 10 pontos cada.

Nesta crónica, os principais destaques vão para as modalidades. Com o início das provas oficiais do hóquei em patins em Portugal, no masculino o Sporting venceu a Supertaça António Livramento o FC Porto por 4-3 após prolongamento, enquanto no feminino, o Benfica venceu a sua 12ª Supertaça, vencendo no Pavilhão Multiusos de Odivelas a Sanjoanense por 3-1.

No futsal, destaque para a vitória, no Pavilhão da Luz, do Benfica por 4-2 sobre o Sporting. Benfica venceu igualmente o Sporting na segunda jornada da Liga Betclic de basquetebol por 103-66 no Pavilhão João Rocha.

Mas o destaque maior, vai para a extraordinária participação da seleção portuguesa de atletismo no Campeonato do Mundo Virtus, competição para atletas com deficiência intelectual, onde Portugal conquistou 16 medalhas, sendo sete de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.

A atleta açoriana Ana Filipe, distinguida pela organização como a melhor atleta feminina da prova, conquistou três medalhas de ouro, nos 100 metros barreiras, salto em altura e no triplo-salto, e uma medalha de prata no salto em comprimento. Lenine Cunha arrecadou cinco medalhas: ouro no triplo-salto, prata no heptatlo e nos 110 metros barreiras, e bronze no salto em comprimento e em altura. Sandro Baessa venceu o ouro nos 1500 e nos 400 metros barreiras além da prata nos 800 metros. Igor Oliveira conquistou o ouro nos 100 metros, ao passo que Carina Paim foi prata nos 400 metros e bronze nos 200 metros.

Uma notável prestação que honra o desporto português e demonstra, uma vez mais, que o talento e a dedicação não conhecem barreiras.

Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor.

Paulo Freitas Opinião

Portugal empatou em Alvalade, com a Hungria, por 2-2, em jogo de apuramento para o Mundial 2026 de futebol, adiando a qualificação imediata para a fase final do torneio. Bis de Cristiano Ronaldo traído na compensação do encontro, com um segundo tento dos magiares.

Aseleção portuguesa chegou ao intervalo a vencer por 2-1, virando o marcador, após a Hungria ter marcado primeiro, na sequência de um canto, com golo de Szoboszlai, à passagem do minuto 8. Diogo Costa saiu em falso, facilitando a tarefa da equipa magiar.

A reação lusa não demorou e a meio do primeiro tempo (22 minutos) Cristiano Ronaldo, assistido por Nélson Semedo, empatou o jogo.

Em cima do intervalo, no terceiro minuto de compensação, Cristiano Ronaldo voltou a marcar, agora após cruzamento de Nuno Mendes.

O segundo tempo foi emotivo, com três bolas nos ferros, das quais enviadas por jogadores portugueses (Rúben Dias e Bruno Fernandes), mas o marcador continuou a registar a supremacia lusa, pela margem mínima. No entanto, já na compensação (90+1), Szoboszlai, sem oposição na área, empatou, gelando as bancadas de Alvalade. Face ao resultado no outro jogo do Grupo F, com a vitória da República da Irlanda frente à Arménia (1-0), Portugal adiou o sonho da qualificação imediata. As quinas somam agora 10 pontos, mais cinco que a Hungria, seis do que a República da Irlanda e mais sete do que a Arménia. À seleção portuguesa basta um ponto, nos dois jogos finais, para validar a qualificação direta.

JN/MS

Cabo Verde faz história e garante lugar no Mundial 2026

Festa na cidade da Praia e em todo o arquipélago cabo-verdiano. Os tubarões azuis asseguraram, pela primeira vez na história, a presença na fase final de um Campeonato do Mundo, tendo carimbado, esta segunda-feira, o passaporte para a competição que vai decorrer nos Estados Unidos, Canadá e México com um triunfo sobre Essuatíni, por 3-0.

Ao segundo "match point" para marcar presença no Mundial, após não o ter conseguido frente à Líbia. Pela frente tinha Essuatíni, o último classificado do grupo, cuja postura ultradefensiva causou grandes dificuldades ao ataque durante os primeiros 45 minutos. Livramento perdeu a grande oportunidade da primeira parte, mas o avançado do Casa Pia redimiu-se logo a abrir a segunda. Após um pontapé de canto, a defesa forasteira foi apanhada a dormir e o ponta de lança não desperdiçou, lançando a loucura no Estádio Nacional. Pouco depois, Monteiro rematou à barra da baliza de Essuatíni, mas o segundo golo não demorou. Aos 55m, após um cruzamento da direita e de um desvio ao segundo poste, Willy Semedo estava no sítio certo para emendar e acabar com todas as dúvidas. As oportunidades para conseguir um resultado mais desnivelado sucederam-se e o terceiro surgiu em tempo de compensação, com Stopira a assinar a recarga que confirmou o mais importante: Cabo Verde vai ao Campeonato do Mundo de 2026. JN/MS MUNDIAL2026

seleção de Cabo Verde chegou à última jornada da qualificação africana a depender apenas de si própria para garantir o primeiro lugar do Grupo D e, apesar do nervosismo demonstrado na primeira parte do jogo disputado no Estádio Nacional, perante mais de 15 mil adeptos, não desperdiçou a oportunidade. O Governo tinha concedido tolerância de ponto a todo o país e o sonho acabou por se tornar uma realidade. Num grupo em que Camarões assumia todo o favoritismo ao único lugar de apuramento direto, Cabo Verde não desperdiçou

Portugal-Irlanda: Primeiro golo foi a melhor homenagem

guesa, o segundo seguido em Alvalade, depois de, em março passado, também ter errado o alvo na partida dos quartos de final da Liga das Nações com a Dinamarca.

Ronaldo. Ainda assim, garantiu na ponta final uma vitória preciosa e, no caso de derrotar a Hungria depois de amanhã, no mesmo palco, pode até garantir Mundial.

Ruben Neves estreou-se a marcar ao fim de 60 jogos por Portugal, alvergando o número 21 nas costas, que pertencia ao falecido Diogo Jota. Na noite em que completou a 60.ª internacionalização, Ruben Neves marcou o primeiro golo por Portugal, na melhor altura possível, garantindo uma vitória que coloca a equipa das quinas no caminho do Mundial 2026. O precioso golpe de cabeça com que bateu o guarda-redes Kelleher, já nos descontos, foi também a homenagem perfeita ao melhor amigo, Diogo Jota, ainda por cima tendo no corpo a camisola 21, a que o falecido avançado usava na seleção lusa.

"O meu primeiro golo não podia ser de outra forma, com este número", disse o médio, após o jogo, lembrando a "paixão" que Jota tinha quando jogava pela seleção portuguesa.

Menos positiva foi a noite de Cristiano Ronaldo, que desperdiçou a oportunidade de se tornar o melhor marcador de sempre em eliminatórias para o Campeonato do Mundo. O penálti que não conseguiu converter foi o décimo falhado pelo astro madeirense ao serviço da seleção portu-

Também nessa altura os companheiros de equipa trataram de compensar o falhanço, noutra vitória de Portugal.

Rúben Neves dá asas à seleção com inspiração de Diogo Jota Médio do Al Hilal, dono da camisola número 21, que pertencia ao jogador do Liverpool, marcou o golo da vitória de Portugal, com a Irlanda, aos 90+1 minutos, e apontou para o céu nos festejos. CR7 falhou penálti.

Com a camisola 21 de Diogo Jota, Ruben Neves foi herói do jogo ao marcar, na compensação, o golo da vitória de Portugal frente à República da Irlanda. Depois de um jogo sofrido e com pouca capacidade de perfuração, apesar dos 29 remates lusos, Francisco Trincão fez uma assistência perfeita para a cabeça do médio do Al Hilal, que marcou o tão desejado golo e dedicou-o ao antigo colega, mostrando a tatuagem na pernas em que ambos estão abraçados. Na altura em que fez o único golo do jogo, se calhar já poucos acreditavam que Portugal pudesse ainda chegar à vantagem num duelo em que sentiu dificuldades e nem de penálti conseguiu marcar, como provou o pontapé falhado por Cristiano

Roberto Martínez lançou um onze com enorme potencial ofensivo e, mesmo no meio-campo, apostou em Ruben Neves em vez de João Palhinha com o objetivo de maximizar a capacidade de circulação de bola. Portugal teve muitas dificuldades em criar ocasiões de golo e quando surgiram verificaram-se falhanços escandalosos: aos 17 minutos, Ronaldo atirou ao poste e, na recarga, sem ninguém na baliza, Bernardo errou o alvo. O futebolista do Manchester City teve nova chance de ouro para marcar na primeira parte, mas voltou a não ser feliz.

Na seleção não abundou a inspiração nem a criatividade, entre os jogadores mais experientes e influentes, toada que se manteve na segunda parte. Com abuso de cruzamentos para a grande área onde a Irlanda se mostrava eficaz em vez de privilegiar o jogo interior, o selecionador entendeu que tinha de mudar e refrescou o ataque com as entradas de Rafael Leão e de Trincão, até que Portugal teve, novamente, uma grande oportunidade, através de um penálti. No entanto, o pontapé para o meio da baliza de Ronaldo foi adivinhado por Kelleher e os irlandeses ganharam uma nova alma.

Adivinhou-se o pior, Portugal perdeu moral, mas não atirou a toalha ao chão. Num momento em que os adeptos irlandeses já faziam a festa, Ruben Neves transformou Alvalade num palco de emoções fortes. A equipa das quinas não ganhou para o susto, mas passou o teste.

Creditos: DR
Creditos: DR
Rúben Neves dedicou o golo a Diogo Jota e mostrou a tatuagem onde os dois amigos surgem abraçados (Rodrigo Antunes/EPA)

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, garantiu que "não há mapeamento clubístico" nos órgãos sociais do organismo, no qual assegura a idoneidade de "pessoas competentes e capazes".

"Não há nenhum mapeamento clubístico. Vamos ver se nos entendemos: quando existiu o processo eleitoral, toda a gente sabe, são de conhecimento público as tendências clubísticas - direi que eventualmente religiosas ou políticas - dos seus candidatos, é fácil conhecer estes números. A FPF tem nos seus altos quadros pessoas altamente competentes, e foi isso que se escolheu para esta candidatura: pessoas competentes e capazes de fazerem, por exemplo, estes eventos reconhecidos mundialmente", realçou o responsável máximo pela FPF, na zona mista, antes de entrar na Arena Portugal para o último dia

do Portugal Football Summit.

Antes de protagonizar a última intervenção do evento realizado na Cidade do Futebol e que hoje termina, Pedro Proença defendeu de forma intransigente a idoneidade dos elementos que consigo compõem os órgãos sociais da FPF.

"Há uma página nova na FPF no que se liga às regras de compliance, boas práticas. Hoje as pessoas são independentes, estou há quase 30 anos no futebol, passei por áreas muitíssimo delicadas, muito difíceis, nunca escondi quais eram as minhas opções, mas acima disto tudo está um presidente que quer é a competência, o rigor, que Portugal seja campeão do mundo no próximo Mundial, estamos a fazer tudo para que isso aconteça", assegurou. Questionado sobre as declarações de Frederico Varandas, que se referiu a um "mapeamento" que indica uma predominância

de apoiantes do Benfica nos órgãos sociais da FPF, Proença identifica a sua "responsabilidade de ter esta magistratura positiva", clarificando que "não se intromete nestes movimentos e está atento", avisando que "quando for o momento de agir, agirá com certeza". "Temos hoje um jogo importantíssimo e aquilo que me apraz registar neste momento, enquanto presidente da Federação, é o seguinte: hoje, na FPF, temos competência, pessoas independentes e que querem reger esta organização por estes princípios dos quais eu não vou abdicar", concluiu. O Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve início na quarta-feira e decorre até hoje na Cidade do Futebol, em Oeiras, com o objetivo de discutir o futuro do desporto a nível nacional e mundial.

Presidente da Liga revela existir "abertura" para alterar o modelo competitivo

O presidente da Liga de clubes, Reinaldo Teixeira, revelou esta sexta-feira ter sentido "muita abertura" da parte das sociedades desportivas que disputam a I Liga portuguesa para uma revisão do modelo competitivo da prova.

"Diria que temos dois [possíveis] modelos competitivos com mais consenso e um é o que disse hoje o presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas: criar mais "clássicos", mais Vitórias-Braga, num modelo com a primeira fase do campeonato a uma volta e depois uma divisão das equipas. Outro é o que está", disse o responsável pelo organismo que rege o futebol profissional em Portugal na sua participação no último painel do terceiro dia do evento Portugal Football Summit.

Reinaldo Teixeira reconhece que poderão existir alterações nos quadros competitivos da Liga, mas deixa para dezembro, em reunião com todas as partes interessadas, uma possível concretização dessa ideia.

"Nas conversas que temos tido com as várias sociedades desportivas, e já falámos com muitas, sentimos muita abertura para isso, mas em dezembro vamos acordar isso com as sociedades", fez saber, valorizando a importância de incentivar ao diálogo entre partes, cuja concretização considera um "desafio" possível de executar.

"Temos de entender-nos. Acho que é esse o desafio que nos deve a todos, responsabilizar - como incutimos competitividade, agressividade, dentro do regulamento, para ganharmos nos 90 minutos de jogo, mas depois percebermos que o parceiro dos negócios somos todos nós. Acho que esse espírito coletivo é um grande desafio e cabe, naturalmente à Liga e ao seu presidente, também dialogando com cada um dos presidentes das várias redes desportivas", acrescenta.

Reinaldo Teixeira chamou a si a responsabilidade de incentivar ao diálogo e promete continuar a fazê-lo, a bem da estabilidade do futebol português e de entendimentos entre todas as partes.

"Acredito no bom senso para resolver os problemas, esse princípio deve acompanhar-nos na vida", afirmou o líder do organismo responsável pelas competições profissionais em Portugal sobre a discórdia entre os "grandes" do futebol nacional, que têm dirigido ataques entre si através dos seus presidentes O presidente da Liga de Clubes reconhece ainda ser natural existirem posições discordantes em "competição" entre rivais e que isso até pode ser salutar, desde que todas as partes entendam a sua responsabilidade e que todos são "parceiros de negócios".

"O contraditório ajuda-nos a crescer e, por isso, quando algo acontece e não gostamos que tenha acontecido, é pensar o que podia ter feito para que não acontecesse, da minha parte; se for da outra parte, o que posso para que não volte a acontecer e o outro reconheça que fez menos bem. Isso é o desafio da vida", numa intervenção sobre a qual manifestou sensações positivas quando a tópicos de relevo como a centralização dos direitos televisivos para a época 28/29 em Portugal.

O Portugal Football Summit, organizado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), teve início na quarta-feira e decorrerá até sábado na Cidade do Futebol, em Oeiras, com o objetivo de discutir o futuro do desporto a nível nacional e mundial. JN/MS

Eleições do Benfica serão disputadas integralmente por voto físico

A Mesa da Assembleia Geral do clube da Luz emitiu um comunicado e explica a decisão «face à oposição ao voto eletrónico das listas encabeçadas por João Ferreira Leite, João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes»

AMesa da Assembleia Geral do Benfica emitiu, esta terça-feira, um comunicado em que esclarece que as eleições do próximo dia 25 de outubro serão disputadas «integralmente no modelo tradicional de voto físico.»

A explicação surge depois da «oposição ao voto eletrónico das listas encabeçadas por João Ferreira Leite, João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes.»

Na nota oficial no site do clube da Luz é ainda referido que «todas as candidaturas

apresentadas foram admitidas», anunciando a sua ordem, quais são os «procedimentos estatutários que se seguirão» e que os programas eleitorais apresentados serão publicados «no Site Oficial do Clube no dia de amanhã [quarta-feira], após o início da campanha.»

O comunicado da MAG do Benfica na íntegra

Para os devidos efeitos estatutários, a Mesa comunica o seguinte:

1. Face à oposição ao voto eletrónico das listas encabeçadas por João Ferreira Leite, João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes, as eleições disputar-se-ão integralmente no modelo tradicional de voto físico, da forma apontada no edital da sua marcação;

2. Todas as candidaturas apresentadas foram admitidas e terão a ordem aqui referida;

3. As candidaturas são compostas pelos seguintes candidatos – ver aqui;

4. Os procedimentos estatutários que se seguirão são os seguintes – ver aqui;

5. Os programas eleitorais apresentados serão publicados no Site Oficial do Clube no dia de amanhã, após o início da campanha;

6. Serão de imediato contactados os mandatários das candidaturas para a primeira reunião de acompanhamento do processo eleitoral.

Bola/MS

JN/MS
Reinaldo Teixeira, presidente da Liga. (Carlos Carneiro)
Pedro Proença, presidente da FPF. (Manuel de Almeida/ Lusa)

Portugal fecha competição com um

total de 16 pódios

Portugal conquistou, na passada semana, mais seis medalhas no último dia do Campeonato do Mundo Virtus, competição de atletismo para portadores

1-4 Sa t Oct 11

de deficiência intelectual, em Brisbane, na Austrália, que consagrou Ana Filipe como a melhor atleta feminina. No fecho do evento, Ana Filipe conquistou duas medalhas de ouro, nos 100 metros barreiras e no salto em altura, que juntou à do triplo-salto e à prata no salto em comprimento, e que valeram a distinção por parte da organização.

Sandro Baessa, depois dos títulos mundiais nos 1.500 e nos 400 metros Barreiras, conquistou no último dia a prata nos 800 metros, enquanto Lenine Cunha levou a prata nos 110 metros barreiras e o bronze no salto em altura. Lenine Cunha conquistou um total de cinco medalhas em Brisbane, sagrando-se campeão mundial no triplo-salto, 'vice' no heptatlo e nos 110 metros barreiras e fechou os pódios com bronze no salto em comprimento e no salto em altura. Na derradeira jornada, Carina Paim foi bronze nos 200 metros, juntando a medalha de prata conquistada nos 400 metros. Cristiano Pereira foi quarto classificado nos 5.000 metros, não conseguindo repetir a medalha de bronze conquistada nos 3.000 metros obstáculos, e Igor Oliveira, depois do ouro nos 100 metros, terminou em quinto nos 200 metros. Portugal, que se apresentou com uma seleção de seis atletas, somou 16 medalhas no Campeonato do Mundo Virtus, sendo sete de ouro, cinco de prata e quatro de bronze.

A competição decorreu nas instalações do Queensland Sport and Athletics Centre (QSAC), instalações que serão a pista de treino para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Brisbane, em 2032. JN/MS MUNDIAIS DE

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FUTSAL

O Benfica recebeu e venceu o Sporting, no Pavilhão da Luz por 4-2. Graças a este triunfo, as águias igualam os Leões de Porto Salvo na frente do campeonato. No jogo grande da quinta jornada do principal escalão de futsal, as águias acabaram por voar na Luz ao superar o rival leonino num dérbi que foi eletrizante do início ao fim.

Numa primeira metade com ameaças de lado a lado, acabou por ser o golo de Jacaré aos 10 minutos a prevalecer. Pouco antes, Rúben Freire (6 m) dos leões ainda tinha procurado a sorte, mas o esférico acabou por embater na trave.

Na retoma, Taynan (27 m) até chegou a restabelcer a igualdade, mas por pouco tempo, uma vez que um minuto depois Lúcio Rocha voltou a recolocar as águias na frente do marcador. Num jogo sempre liga-

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do à ficha, Afonso Jesus (28 m) ameaçou o terceiro, teve pontaria a mais e acertou no poste, mas acabaria por ser Kutchy (30 m) a ampliar para os encarnados.

Até ao fecho, os leões ainda reduziram por Paçô (38 m), depois do fixo e de Diogo Santos (38 m) terem endereçado duas bolas aos ferros.

No entanto, numa altura em que os verdes e brancos procuravam o empate, Lúcio Rocha (40 m) no campo defensivo ganhou uma bola, viu a baliza deserta e rematou de um lado ao outro para consumar o triunfo dos comandos de Cassiano Klein por quatro bolas a duas.

Desta forma, o Benfica iguala os Leões de Porto Salvo na liderança com 15 pontos. Já o Sporting cai para o terceiro posto com menos três.

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Ana Filipe consagrada nos Mundiais de atletismo Virtus em Brisbane (FPA)

BASQUETEBOL

Benfica com centenário esmagador em Alvalade

Tetracampeões nacionais estiveram arrasadores a atacar e desmoralizadores a defender frente ao Sporting num jogo que terminou com 37 pontos de diferença, mas que já estava decidido ao intervalo.

Apesar de, em setembro, os leões terem batido os grandes rivais lisboetas por 76-80 na final do III Torneio Internacional de Lisboa, desta vez foi a sério, a contar para a 2.ª jornada da Liga Betclic 2025/26, e as coisas revelaram-se totalmente diferentes. Inesperadas, mesmo.

Com o Sporting a apenas ter conseguido liderar por uma vez (3-0), o tetra campeão nacional foi ao Pavilhão João Rocha conquistar uma histórica vitória por 66-103 (17-25, 16-29, 14-18, 19-31), que mantém os encarnados imbatíveis no campeonato, a par de Ovarense e Imortal.

A última vitória dos verdes e brancos em competições nacionais contra as águias aconteceu à 8.ª jornada na Liga Betclic 2023/24 (91-88 a.p.) com a equipa então a ser orientada por Pedro Nuno Monteiro. Nos últimos 11 confrontos entre os dois conjuntos, os da Luz levam vantagem de 7 v-4 d.

Foram 37 pontos de diferença conseguidos já perto do apito final, em duas ocasiões (64-101, 66-103), mas que começaram a desenhar-se quando, no 2.º quarto, os visitantes, através de Diogo Gameiro (8 pts, 3 res, 5 ass, 2 rbl) Justice Sueing (13 pts, 9 res, 4 ass) começaram a construir um parcial de 0-8 (17-33), que se transformou em 2-14 (19-39) e acabou em 4-21(!) (21-46) e ainda 3.34m para se disputar até ao intervalo.

Nesse momento, os donos da casa registavam já 8 turnovers, que haviam originado 10 pontos, contra apenas 2 do adversá-

rio. O Sporting haveria por terminar com 16 perdas de bola sem lançamentos, que se transformaram em 20 pontos.

Um reflexo do que acontecia em campo, com o Benfica a apresentar mais do que uma defesa agressiva, uma defesa efetiva, que não permitia grandes passes para dentro da área ou facilidade no lançamento exterior e onde cada recuperação provocava de imediato um contra-ataque ou ataque em transição que os homens de Luís Magalhães tinham dificuldade em acompanhar.

Através do contra-ataque os campeões fizeram 19 pontos e dentro do garrafão: 50!, 34 até ao intervalo. Quando Aleksander Dziewa (13 pts, 4 res) não se impunha lá dentro, eram os bases que passavam entre a defesa leonina como uma faca em manteiga no verão.

Para piorar as coisas, os visitados estavam desastrados no lançamento, conseguindo até falhar oportunidades debaixo do cesto sem uma oposição efetiva. Terminaram com 13/32 em lanç. de 2 (39%), 8/38 em triplos (22%) e até da linha de lance livre (16/25, 64%) falharam mais do que deviam.

Ao conseguirem equilibrar um pouco as coisas em campo até ao intervalo com um parcial de 12-8 (33-54), houve a esperança que, no regresso dos balneários, os donos da casa tivessem uma reação para, pelo menos, salvarem a imagem do 1.º tempo. Mas não. Se até então já haviam atuado mal, conseguiram fazer pior ainda. Nos primeiros 6.40m conseguiram 5 pontos e sofreram 15 (38-39). Foi o momento em que a qualidade do basquetebol decaiu em ambos os lados, no entanto, o Sporting esteve mais de… 6 minutos (0-11) a seco. Nada funcionava. Nem na defesa, nem no ataque.

Já do lado contrário Dziew e Eugene Crandall (17 pts, 3 res, 2 ass, 3 rbl) mantiveram a máquina a funcionar antes do 4.º período em que o Benfica nunca baixou de ritmo e eficiência defensiva e manteve quase sempre a diferença acima das três dezenas. Nem parecia um duelo entre dois candidatos às três provas nacionais em que vão estar envolvidos.

Note-se que, a época passada, para o campeonato, o Benfica apenas consegui

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atingir a barreira dos 100 pontos por três ocasiões. Contra: Queluz (108-82), Esgueira (100-65) e Ovarense (103-71) já na meia-final do play-off. O dérbi lisboeta, e algo pouco habitual, só aconteceu em duas ocasiões e apenas para a Liga Betclic. Em ambas as águias levaram a melhor: 81-64 à 10.ª jornada; 85-87 à 21.ª..

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Aaron Broussard finaliza mais um contra-ataque com sucesso. (SL Benfica)

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Ana Seabra, a nova selecionadora do Irão: «Nunca tive medo de desafios»

Antiga internacional portuguesa assinou um contrato de dois anos com a Federação de andebol do Irão para treinar a seleção feminina. Uma aventura diferente de tudo o que viveu e já com o Mundial à porta

Aúnica guerra que preocupa Ana Seabra neste momento é a que tem com o lenço com o qual deve cobrir o cabelo em cerimónias oficiais agora que é selecionadora da equipa de andebol feminino do Irão.

«É uma luta, eu e os lenços não nos damos muito bem. Acho que por isso, tiveram o cuidado de me oferecer quatro chapéus e dizer de forma muito simpática: 'olha, não há problema, já percebemos que a coisa não está a funcionar muito bem, podes usar o chapéu'», contou a antiga internacional portuguesa.

«Pediram-me para usar apenas em situações oficiais, o que é normal. Nesses momentos, devo colocar o lenço na cabeça, cobrir pernas e braços. É uma questão cultural que deve ser respeitada», acrescentou com tranquilidade, revelando que no dia a dia não são necessárias essas regras rigorosas.

Mundial à porta

O primeiro grande desafio de Ana Seabra acontece já no próximo mês de novembro e será o Campeonato do Mundo que se realiza na Alemanha e nos Países Baixos. O Irão garantiu a sua presença no Mundial com a quarta vaga no apuramento asiático e vai ter como adversárias Suíça, Hungria e Senegal. Para já o objetivo é claro: «Aproximar o nível de jogo de outras seleções internacionais, sobretudo das asiáticas. Países como Japão, Coreia do Sul e China...

No fundo, as referências que temos na região», explica Seabra, que procura agora realizar jogos particulares antes de pisar o grande palco. «O Irão merece uma oportunidade e não tenho medo de coisas que dão trabalho. Encontrei jogadoras com muita vontade, um grupo de miúdas guerreiras, com um potencial incrível! Gostei muito do que vi, o que me motiva ainda mais», contou satisfeita. «É um desafio muito interessante e a oportunidade de trabalhar num país que quer investir no andebol, onde há muito para fazer, claro. Precisa muito de crescer, mas tem um grande potencial», explicou a treinadora, que, enquanto ponta-esquerda, jogou no Madeira SAD no Colégio de Gaia.

Ana Seabra continua a treinar as espanholas do Atlético Guardés, da Galiza e que acumula com o novo desafio de liderar a seleção do Irão nos próximos dois anos. «É uma oportunidade de crescer profissional e pessoalmente numa outra realidade e cultura, o que para mim é super-interessante e curioso, porque gosto de desafios. Nunca tive medo de desafios. Acima de tudo, gosto de conhecer e de aprender», explicou Seabra a A BOLA, que já esteve com as atletas num estágio na capital Teerão e encontrou ótimas condições para desenvolver o trabalho.

«Foi tudo incrível! Desde as pessoas super atenciosas e cuidadosas à atitude das atletas, dedicadas e com muita vontade de aprender e evoluir. O Mundo não conhece a realidade iraniana. Obviamente, têm os seus problemas, mas a verdade é que fiquei muito contente e surpresa com tudo o que encontrei», confessou.

«Facilitaram muito a minha presença, fizeram tudo para que me sentisse à vontade. Também me ajustei a algumas coisas que para eles eram muito importantes, não

por eles mesmos, acho, mas pelo governo e pela cultura. A influência da religião tem muito peso e as autoridades levam muito a sério e são muito exigentes», assumiu.

Ana Seabra confessa que sente que o desporto ajuda à emancipação feminina das iranianas.

Mas, claro, se ao sucesso desportivo que procura com as suas novas pupilas, puder juntar algo mais ficaria ainda mais satisfeita. «Por vezes, sinto que estou também numa missão pessoal, além da excelente

oportunidade profissional. Gostava de contribuir para ajudar jogadoras ou um povo que raras vezes tem a oportunidade de trabalhar com pessoas do estrangeiro. Por medo, por não saberem o que pode acontecer no Irão ou o perigo da guerra. Senti-me muito grata por ter esta oportunidade. Tenho vontade de contribuir para desenvolver o grande potencial que encontrei», contou a treinadora que confessou que não sentiu dificuldades na adaptação à cultura. A Bola/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 5 to 16 [born 2021-2010]

• Season begins mid October to mid March

• Weekly games & season ending tournament

• Team jersey, shorts and socks included

• Trophy and medals for all participants

SC TORONTO

Schedules for each age group, including playing days and locations, are posted at sctoronto.ca/indoor-house-league/

Creditos: DR

HÓQUEI EM PATINS

Benfica conquista Supertaça feminina

Águias bateram a Sanjoanense para selar a 12.ª conquista O Benfica bateu a Sanjoanense, por 3-1, para conquistar a 12.ª Supertaça feminina de hóquei em patins na sua história, cimentando a posição de recordista deste troféu, agora com 12 títulos.

No Pavilhão Multiusos de Odivelas, as duodecacampeãs nacionais impuseram-

-se à Sanjoanense, por 3-1. Ao intervalo, as águias já lideravam por 2-0, fruto dos golos de Aimée Blackman e de Raquel Santos. Na segunda parte, Sara Roces fez o terceiro das encarnadas, com Catarina Costa a reduzir para o conjunto de São João da Madeira.

Sporting conquista Supertaça de hóquei em patins pela terceira vez em masculinos

O Sporting conquistou pela terceira vez a Supertaça António Livramento de hóquei em patins, ao vencer o FC Porto, por 4-3, após prolongamento, em jogo disputado no Pavilhão Multiusos de Odivelas.

Os dragões, bicampeões nacionais em título, chegaram ao intervalo a vencer por 3-2, com golos de Ezequiel Mena (10 minutos) e Hélder Nunes (13 e 16), enquanto para o Sporting, detentor da Taça de Portugal e recentemente coroado campeão do mundo de clubes, marcaram Alessandro

Verona (16) e Facundo Navarro (18).

Na segunda parte, Facundo Navarro bisou na partida, aos 47 minutos e restabeleceu o empate, levando o jogo para prolongamento, fase em que completou o "hat-trick", com um tento decisivo aos 52.

Com este triunfo, o Sporting, que tinha vencido a Supertaça pela última vez em 2015, chega ao terceiro título, longe do recordista FC Porto, que continua com 23, enquanto o Benfica tem nove e o Óquei de Barcelos cinco.

JN/MS

Sporting derrota Benfica e conquista a Supertaça

Leões venceram o troféu pela quinta vez após o triunfo, em Loulé, por 3-1 (25-23, 25-17, 24-26 e 25-23) frente à equipa de Marcel Matz. Sentado junto ao público por ter ficado de fora dos convocados de João Coelho para a 30.ª edição da Supertaça masculina, mas invariavelmente a dar indicações aos companheiros da bancada, após o Sporting ter batido o Benfica por 3-1 (25-23, 25-17, 24-26, 2523) na finalíssima disputada no Pavilhão Municipal Professor. Joaquim Vairinhos, em Loulé, o capitão Tiago Pereira desceu para junto da equipa e coube-lhe a honra de, pela segunda temporada consecutiva, de levantar o troféu. O quinto no palmarés do clube (1991, 1992, 1993, 2024, 2025).

Curiosamente, há um ano os leões também haviam resolvido o confronto por 1-3, só que, desta feita, eram eles os campeões de Portugal e o adversário - que é recordista da prova com 12 Supertaças, 11 das quais ganhas em 13 anos – detentor da Taça de Portugal. Único título que não permitiu que rumasse para Alvalade em 2024/25.

Desta vez, salvo o 3.º set em que os encarnados assumiram o controlo inicial do marcador com um parcial de 0-4 (7-10), com o central paquistanês Murad Khan a começar a mostrar que irá ser uma mais-valia para a equipa, e André Aleixo a também dar uma preciosa ajuda num conjunto em que o cubano Nivaldo Gómez era quem fazia a diferença, o Sporting conseguiu quase sempre estar um passo à frente.

E mesmo no 3.º set, no qual terá passado por alguma quebra física, ainda reduziu a diferença, que chegara a ser de 5 (13-18) para 18-19. Mais tarde igualou a 23-23 e 24-24. A discussão poderia terminar por ali, mas Gómez não permitiu e obrigou a um 4.º set.

Novamente disputado até ao fim e com o Benfica em crescendo. Depois de sucessivas igualdades até ao 6-6, Valerii Todua, Gómez e Khan lançaram um parcial de 0-4 (6-10) que prometia tirar partido da quebra do adversário e de um fantástico distribuidor, Sergey Grankin, que orquestra os leões, com pouco treino entre si, como um maestro. É o rastilho para a pólvora e essa foi Edson Valencia.

O Sporting respondeu também com uma sequência de 4-0 (10-10) até que o oposto venezuelano explodiu. Chamou a si a responsabilidade de resolver o embate e assinou cinco dos últimos 12 pontos, incluindo três dos últimos cinco, quando após dois toques na bola das águias, os campeões desfizeram a igualdade a 19-19 com um parcial de 3-0 (22-20) em que foram aproveitando das falhas de uma formação em que nem a ação de Khan a salvou, apesar da equipa ainda ter chegado ao 24-23.

Começava a festa dos homens de João Coelho, que no set inaugural havia desfeito o equilíbrio no placard com uma sequência de 4-0 (16-19), com três pontos conseguidos por Valencia.

No 2.º, o mais desequilibrado de todos, muito por culpa da magia de Grankin, deixaram as águias desnorteadas junto à rede, onde Kelton Tavares e Lourenço Martins também fizeram estragos, com um parcial que começou em 5-0 e atingiu o 7-1 (20-12). Temeu-se que o set seguinte fosse apenas a confirmação da superioridade leonina, onde o dinamarquês Mads Jensen e o francês Jonas Agunier, mostraram saber finalizar quando foi necessário. No entanto, o Benfica recuperou a concentração e o poder do seu bloco para reequilibrar as coisas. Só que não ao ponto do poder de Edson Valencia, a maior estrela da tarde.

JN/MS

A última conquista dos leões tinha sido em 2015. (Manuel de Almeida/Lusa)
VOLEIBOL
A festa do Benfica em Odivelas - (Federação de Patinagem de Portugal)
Primeiro 'derby' da temporada valeu a Supertaça. (SL Benfica)

How do the Leafs find more offense?

Early into the Maple Leafs’ 2025-26 season, it became clear this would be a work in progress. Not because the team lacked talent—they’ll be good enough, with room to swing either way depending on coaching, health, and luck—but because everything just felt new.

Nic Roy was new. Dakota Joshua was new. Matias Maccelli and Easton Cowan were new. The lines were new, the roles

were new, and the chemistry was still very much a work in progress. So, when my cohost Nick Kypreos asked Tuesday, “How do the Leafs score without Mitch Marner?”, it was a fair question—one that Brad Treliving and Craig Berube surely spent the summer wrestling with.

Some believe Toronto can again finish top10 in goals after placing seventh last year. That might be ambitious, but not impossible—if they avoid some early-season pit-

falls.1. Don’t give up on Matias Maccelli. Through four games, Maccelli’s stat line— no goals, one assist—looks rough. But it’s

if the results aren’t. His ice time, however, has dipped from about 15 minutes early on to around 12. The Leafs need to resist the urge to bench him when the points don’t come right away. The offence will follow if they stay patient.2. Bobby McMann deserves leash. McMann has speed and a lethal shot, but when his game dips slightly, Berube has been quick to demote him. Consistency is fair— but consistency in how players are treated matters too. McMann isn’t Matthews, but he’s capable of flipping a game on one rush or blast. Let him play through the odd quiet night; his upside is worth it.3. Let more defencemen think offence.

Morgan Rielly has rediscovered his offensive touch, but he can’t be alone. Jake McCabe, who has the shot and skating to contribute more, should feel free to jump up, especially alongside stay-at-home partner Chris Tanev. Oliver Ekman-Larsson has also looked sharp early. If he can get back into the 30-point range, that would help pull Toronto’s blue-line scoring out of the league’s basement.4. Toughen up the power play.

Without Marner’s flair, this unit needs grit over finesse. The Leafs are loaded with shooters and net-front battlers like Knies and John Tavares. Simplify it: shots from the point, traffic in front, bang away at rebounds. It’s the kind of greasy, playoff-ready power play they’ve lacked for years.5. Nic Roy isn’t a fourth-liner.

Roy has been stuck around 12 minutes a night despite averaging over 15 the past four seasons and being a steady half-point-pergame player. He’s big, smart, and skilled enough to do more than just check. Give him the chance to show it.

The Leafs may miss Marner’s magic, but they still have plenty of offensive tools.

Luis Camara Secretary Treasurer

Ricardo Teixeira Recording Secretary

Jack Oliveira Business Manager

Nelson Melo President

Jaime Cortez E-Board Member

Marcello Di Giovanni Vice-President

Pat Sheridan E-Board Member

INFRASTRUCTURE AND

INNOVATION: Ottawa’s new plan to unclog Toronto’s housing pipeline

Toronto’s housing crisis may finally get some relief thanks to a federal plan that combines old-fashioned infrastructure investment with new-age construction methods. Two recent announcements — a major sewer expansion and the launch of a 540-unit modular housing project at Downsview Park — are part of Ottawa’s broader push to “supercharge” homebuilding by tackling the city’s biggest bottleneck: infrastructure capacity.

Earlier this week, the federal government confirmed an investment of up to $283 million through the Canada Housing Infrastructure Fund to upgrade Toronto’s Black Creek sanitary trunk sewer system, a network dating back to the 1960s that serves more than 350,000 residents. The City of Toronto is matching the effort with over $425 million of its own funding. The project will add 17 kilometres of new trunk sewers, reducing flooding risk and unlocking capacity for roughly 63,000 new homes, while supporting over 130,000 future residents and 65,000 jobs.

According to federal officials, the project isn’t just about pipes and pumps — it’s about clearing the path for future development. In many parts of Toronto, construction is stalled not by zoning or demand, but by the lack of basic servicing. This expansion, they say, will “lay the groundwork for growth” in key areas such as Downsview and Black Creek.

The timing of the announcement is no coincidence. On the same day, Ottawa revealed details of the first project under its new Build Canada Homes agency — a 540-unit modular housing community planned for Downsview Park’s Arbo

neighbourhood. The pilot, to be built on federal land, is designed to show that factory-built housing can deliver faster, more affordable results than traditional construction.

At least 40 percent of the units will be designated as affordable, with a mix of studios and family-sized apartments. The homes will be built using prefabrication and modular techniques, and then assembled on-site — a method intended to drastically shorten timelines and reduce costs. A Request for Qualifications (RFQ) will be issued in the coming months to select builders with experience in factory-built housing and sustainable materials, including mass timber.

Ana Bailão, former Toronto deputy mayor and now CEO of Build Canada Homes, called the initiative a personal and professional milestone.

“Affordable housing has always been more than policy — it’s a personal mission,” she said at the launch. “At Build Canada Homes, we’re bringing together government, industry, and communities to build homes faster, smarter, and more sustainably. We’re not just building units — we’re building opportunity, dignity, and a future where everyone in Canada has access to the homes they need and deserve.”

Bailão’s appointment to lead the new federal agency signals Ottawa’s intent to pair policy experience with on-theground pragmatism. During her years at Toronto City Hall, she championed modular housing for vulnerable populations and pushed to redevelop public land for affordable projects. Her new role gives her a national platform to scale up those efforts.

The Downsview site itself is part of the ongoing transformation of the former airfield and military base. The Arbo neighbourhood spans 25 hectares, and the 540 modular homes represent only the first phase — up to 1,700 units could eventually be built there. The site is managed by Canada Lands Company, which plans to host a public open house later this month to discuss infrastructure work, tree removal, bridge rehabilitation, and park design linked to the new development.

For Toronto’s construction and development industries, these announcements mark a turning point. By pairing infrastructure investment with housing delivery, governments are acknowledging that the two must move in lockstep. For years, builders have complained that approvals often outpace servicing, leaving shovel-ready projects waiting for capacity that doesn’t exist underground.

The modular pilot, meanwhile, could reshape how builders approach speed and scale. Prefabricated and modular construction has long been touted as a solution to Canada’s labour shortages, but large-scale adoption has lagged. If the Downsview project succeeds, it could validate modular’s promise as a faster, lower-cost alternative — and set a model for future projects across the country.

Still, challenges remain. Modular construction demands precise coordination between factory and field. Components must be designed, built, and shipped on tight schedules, with cranes, utilities, and foundations all synchronized. Domestic supply chains for mass timber and modular panels will need to grow quickly to meet demand. And while affordability is a central pillar of the plan, rising material and labour costs could still erode the savings modular construction aims to deliver.

Despite the risks, the plan’s alignment of infrastructure and housing policy is seen as a necessary evolution. Federal, provincial, and municipal governments have often operated in silos, leading to well-intentioned programs that fail to intersect. By contrast, Ottawa’s approach — sewers first, housing next — seeks to eliminate that disconnect.

If successful, it could become a model for other Canadian cities facing similar constraints. The message to the construction industry is clear: modular capacity, integrated planning, and public-private collaboration are no longer experimental ideas — they’re essential tools in addressing Canada’s housing shortfall.

As Bailão put it, this is “about more than building homes — it’s about building hope.” And for Toronto, hope may finally be breaking ground.

Ontario spending

$64M for in-class skilled trades apprenticeship training

The Ontario government has announced an investment of $64.2 million over the next three years to expand in-class apprenticeship training for the skilled trades.

The money is coming through the InClass Enhancement Fund (IEF) and will create up to 4,000 new training seats each year, a release reads, helping apprentices access in-class training faster while covering their $10-per-day Level 1 classroom fees.

“This investment is exactly what Ontario’s skilled trades workforce needs right now,” said Marc Arsenault, business manager and secretary treasurer for the Provincial Building and Construction Trades Council of Ontario in a statement. “Expanding in-class training capacity means more apprentices can start and finish their programs on time, with fewer financial and logistical barriers. It’s a smart, practical step that ensures major infrastructure projects are built by a well-trained, local workforce. Our members are ready to build Ontario’s future, and this kind of support helps get them on the tools faster and safer.”

The province is also examining ways to increase apprenticeship hiring on publicly funded infrastructure projects and construction sites.

In addition, it is working with Skilled Trades Ontario to expand testing, allowing apprentices to book Certificate of Qualification exams at certified testing centres closer to home, choosing the date, time and location that works best for them, the release adds.

The IEF is part of the $159.3 million announced in the 2025 Budget: A Plan to Protect Ontario to strengthen skilled trades programs.

Build Canada Homes CEO Ana Bailão and Toronto Mayor Olivia Chow look on as Federal Housing Minister Gregor Robertson announces new investments in housing infrastructure and modular construction at Downsview Park. (@ gregorrobertson via X)

SAÚDE & BEM-ESTAR

Trombose

Reconhecer os sinais e prevenir pode salvar vidas

Assinalou-se no passado dia 13 de outubro, o Dia Mundial da Trombose. Esta é uma data dedicada à sensibilização para uma condição médica que, apesar de silenciosa, pode ser fatal. A trombose é responsável por uma em cada quatro mortes em todo o mundo, segundo dados da International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH). No entanto, muitas pessoas continuam a desconhecer os seus sinais de alerta e as formas de prevenção.

O que é a trombose?

A trombose ocorre quando se forma um coágulo de sangue (ou trombo) dentro de um vaso sanguíneo, bloqueando total ou parcialmente o fluxo normal do sangue. Quando este coágulo se forma nas veias profundas, geralmente nas pernas, chama-se trombose venosa profunda (TVP). Se o trombo se soltar e viajar até aos pulmões, pode provocar uma embolia pulmonar (EP), uma emergência médica potencialmente mortal. Existe ainda a trombose arterial, que ocorre nas artérias e está frequentemente associada a enfartes do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Em qualquer das formas, o mecanismo é o mesmo: uma interrupção da circulação sanguínea que pode ter consequências graves.

Quem está em risco?

A trombose pode afetar qualquer pessoa, mas existem fatores que aumentam signifi-

cativamente o risco. Entre eles contam-se:

• Imobilização prolongada, como longas viagens de avião, períodos de convalescença ou internamento;

• Cirurgias recentes, especialmente ortopédicas ou abdominais;

• Gravidez e pós-parto;

• Uso de contracetivos hormonais ou terapias hormonais de substituição;

• Doenças crónicas, como o cancro, doenças cardíacas ou infeções graves;

• Histórico familiar de trombose;

• Tabagismo, obesidade e idade avançada.

Segundo especialistas, o problema da trombose é que muitas vezes se desenvolve sem sintomas visíveis, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, a informação e a vigilância são fundamentais.

Sinais de alerta a não ignorar No caso da trombose venosa profunda, os sinais mais comuns incluem:

• Inchaço súbito e inexplicável numa perna (ou braço);

• Dor ou sensibilidade que pode parecer uma cãibra persistente;

• Vermelhidão ou alteração da cor da pele;

• Sensação de calor na zona afetada.

• Já os sintomas de uma embolia pulmo-

nar, que ocorre quando o coágulo viaja até aos pulmões, podem incluir:

• Falta de ar repentina;

• Dor torácica que se agrava com a respiração;

• Aceleração do ritmo cardíaco;

• Tonturas ou desmaio.

Perante qualquer um destes sinais, é crucial procurar assistência médica imediata. O diagnóstico pode ser confirmado através de exames como o eco-Doppler venoso ou uma tomografia computorizada (TAC), e o tratamento geralmente envolve o uso de anticoagulantes para impedir o crescimento do coágulo e prevenir novos episódios.

Prevenir é o melhor tratamento

A boa notícia é que a trombose é altamente prevenível. Pequenas mudanças no estilo de vida e algumas medidas simples podem reduzir significativamente o risco.

• Mover-se regularmente: em viagens longas ou períodos de imobilização, é essencial levantar-se, caminhar ou fazer exercícios de alongamento.

• Evitar permanecer sentado por longos períodos: no trabalho ou em casa, deve-se levantar e movimentar as pernas a cada hora.

• Manter um peso saudável e uma alimentação equilibrada: o excesso de

peso aumenta o risco de coágulos.

• Não fumar: o tabaco danifica as paredes dos vasos sanguíneos e favorece a coagulação.

• Manter-se hidratado: beber água com regularidade ajuda a manter o sangue menos viscoso.

• Usar meias de compressão graduada, sob orientação médica, em casos de risco aumentado ou viagens prolongadas.

• Cumprir as recomendações médicas após cirurgias: os médicos podem prescrever anticoagulantes profiláticos e incentivar a mobilização precoce.

A criação do Dia Mundial da Trombose, em 2014, procurou dar voz a uma doença silenciosa e, muitas vezes, subdiagnosticada. A escolha da data não é aleatória - 13 de outubro é o aniversário de nascimento de Rudolf Virchow, médico alemão que, no século XIX, foi pioneiro no estudo da coagulação e na definição dos mecanismos da trombose. A trombose é um inimigo invisível, mas não invencível. Reconhecer os fatores de risco, identificar os sinais de alerta e adotar hábitos de vida saudáveis pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

A propósito do recente Dia Mundial da Trombose, deixamos-vos um importante lembrete: conhecer é prevenir, e prevenir é salvar vidas.

Credito: DR

Assaltada

Relação tóxica

O carro de Bárbara Norton de Matos foi assaltado à porta da casa onde vive a atriz, no Estoril. Ao deparar-se com o roubo, o rosto da ficção nacional mostrou-se chocada com a situação, bem como a sua filha mais nova, Flor, que ficou "num pranto" ao perceber que os seus pertences tinham sido levados. "Assaltaram-me o carro, rasgaram-me a capota, tenho a minha filha a chorar porque lhe roubaram a mochila. É isto que temos em pleno Estoril", lamentou ao gravar um vídeo para a rede social Instagram na manhã de terça-feira, quando se deparou com o aparato. Visita

Depois de meses e meses de espera, eis que Sara Prata já tem a nova casa completamente pronta. "O momento chegou! Depois de semanas de trabalho e muitos desafios, hoje abrimos as portas da nossa casinha. É tão bom agora olhar e ter uma sensação de que 'é nossa', porque escolhemos cada detalhe e cada cantinho. Este é o resultado de muito mais do que uma remodelação, é o reflexo de acreditar que passo a passo é possível transformar qualquer espaço, e qualquer sonho, em realidade", explica a atriz.

Mariana Pacheco e Syro não podiam estar mais felizes. O casal de artistas celebrou na terça-feira, 14 de outubro, o primeiro aniversário do filho Amadeo. A atriz partilhou uma galeria com as melhores imagens do menino onde escreveu: "12 meses deste piu piu". Já o pai da criança, o intérprete de 'Perto de Mim', partilhou também uma imagem da criança declarando todo o seu amor: "Parabéns, filho. Amo-te", escreveu Syro.

Marco Costa visitou na terça-feira, 14 de outubro, a associação AIREV - Caminhamos Juntos. O famoso pasteleiro deslocou-se a Vizela para passar o dia no local e ensinar a receita da sua torta de laranja a jovens e adultos com deficiência. "Viemos até aqui cozinhar para esta malta toda", começou por brincar ao mostrar na sua página de Instagram imagens captadas no local. Mais adiante mostrou-se abraçado a várias jovens e aproveitou para enviar uma mensagem à noiva, Carolina Pinto: "Estas meninas querem casar comigo. Já foste". "Hoje foi um dia feliz para mim Que projeto bonito. Inclusão na pastelaria Inclusão na vida", disse ao terminar a visita, que o deixou "bem mais rico e com o coração cheio". Através das redes sociais a AIREV, que tem "a missão diária de fazer sorrir 70 incríveis seres humanos com deficiência", agradeceu a visita de Marco Costa e destacou a sua simpatia, simplicidade e altruísmo. "O Marco Costa veio à AIREV e trouxe consigo o melhor ingrediente de todos: o altruísmo. Com o seu coração gigante e o talento que todos conhecem, encheu a AIREV de muita alegria, inspiração e sorrisos!”. Marco Costa, por seu turno, reagiu à partilha da AIREV admitindo que a emoção tomou conta de si durante os momentos especiais que viveu ontem. "Foi difícil segurar as lágrimas, mas foi incrível o amor puro que recebi", notou.

D’Angelo

Kim Kardashian abriu o coração para falar abertamente sobre a conturbada relação que teve com Kanye West. A empresária e influenciadora digital, de 44 anos, esteve no podcast de Alex Cooper - 'Call Her Daddy' - no passado dia 15 de outubro, tendo descrito o lado "tóxico" da relação com o rapper, que mudou o nome para Ye. "Tenho dificuldades em lembrar-me do que é bom", disse Kardashian. "As pessoas poderão dizer que havia sinais e, talvez, eu não tivesse prestado atenção a eles", admitiu. "Acho que quando alguém tem o primeiro colapso mental queres apoiar, ajudar a estar lá para eles", continua. Kim acrescentou que West não estava disposto a "fazer as mudanças" que considerava que seriam "benéficas e saudáveis". "Torna-se muito difícil continuar numa relação que pode ser tóxica", continua. "Quando se tem filhos, é ainda mais difícil terminar do que continuar. E muda a vida de toda a gente para sempre", faz saber. No que diz respeito ao ponto de rutura do casamento, um dos sinais mais preocupantes que Kim percebeu em Kanye West foram as decisões financeiras. "Não me sentia segura, não apenas fisicamente, mas também emocionalmente e financeiramente", explicou. "Tínhamos cinco Lamborghinis e um dia, quando voltei para casa, ele tinha-os oferecido todos após um colapso mental. 'Espera, onde estão os nossos carros? O meu novo carro?' E ele tinha-os dado aos amigos", recorda.

A morte do cantor americano de R&B, D'Angelo, deixou o mundo da música em choque por ser uma partida tão repentina e numa idade tão precoce - o músico tinha 51 anos e não resistiu à luta contra o cancro do pâncreas. Guillaume Lalung prestou uma homenagem ao artista que tanto admirava, referindo também o marco que este deixou na sua vida pelo seu talento. "D’Angelo. Michael Eugene Archer, o meu artista favorito. O meu cantor, compositor e produtor favorito. O meu professor de música. Que descanse em paz. Ele ensinou-me a ouvir música. Não apenas ouvi-la, a sentir cada nota, cada silêncio, cada emoção. Cada nuance, cada vibração. Ele despertou em mim este gosto profundo por harmonias, breakbeats, soul e neo-soul", começou por referir o empresário. "A tua música ajudou-me a superar as minhas dificuldades, a manter-me firme nos meus momentos mais difíceis. Eu ouço-te quase todos os dias, e até ensino os meus filhos através da tua música. A tua música impulsionou-me a superar-me, ela mudou-me para sempre. Descansa em paz, lenda", referiu, por fim, o companheiro de Rita Pereira.

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1 ano
Casa Nova

artesonora

Marta Ren

A Dona de uma Senhora Voz

Marta Ren é, claramente, um dos pilares com mais carisma da nova música portuguesa. A sua voz poderosa e inconfundível, é frequen temente comparada à das grandes vocalistas negras do Soul e do Funk, provando que é uma força da natureza no palco. Ela não é apenas uma cantora; é uma arquiteta sonora que soube construir um percurso único, na tradição de um groove e do rhythm & blues para criar algo inteiramente seu, a que chama "Funk n' Roll".

Asua história é um testemunho da paixão, da autenticidade e da capa cidade de uma artista portuguesa em conquistar o mundo com a força da sua alma musical. Marta Ren é natural do Porto e criada na Senhora da Hora; a sua primeira grande aventura deu-se como fundadora dos Sloppy Joe. Neste projeto, a cantora mostrou desde logo uma curiosidade insaciável, explorando os territórios jamaicanos com uma originalidade notável. Partindo do Ska, do Reggae e do Dub, os Sloppy Joe ofereceram uma visão refrescante e dançante da música, revelando o talento de Marta Ren com personalidade e ritmos complexos. A curiosidade por novos desafios e sonoridades levou-a, posteriormen te, a integrar os Bombazines, um grupo que se notabilizou pela sua atitude desconcer tante e pela consolidação do talento da cantora para a música old-school.

A sua voz tornou-se também parte integrante dos Movimento, solidificando o seu estatuto como uma vocalista versátil e em constante evolução no panorama musical português. Estes anos em grupo foram cruciais, ao contrário de um percurso linear, Marta Ren optou por um caminho sinuoso e enriquecedor, que lhe permitiu absorver influências diversas — do rock mais agressivo aos ritmos mais chill do dub, preparando-a para a paixão que viria a dominar a sua carreira a solo: o funk e o soul. Apesar das suas incursões bem-sucedidas por outros géneros, o coração musical de Marta Ren sempre bateu ao ritmo do funk mais profundo e da soul mais crua das décadas de 1960 e 1970. Esta paixão irredutível culminou, em 2016, na muito aguardada estreia a solo: o álbum "Stop Look Listen". Lançado pela prestigiada editora italiana Record Kicks, o disco foi um sucesso estrondoso e imediato. Acompanhada pelos The Groovelvets, uma banda de músicos coesa e com um groove impecável, Marta Ren entregou um trabalho que foi con siderado pela crítica internacional como uma obra-prima do retro-soul. Publicações de referência, como a Wax Poetics Magazine (EUA) e a Blues and Soul Magazine (Reino Uni do), saudaram o álbum como uma adição de topo à cena retro-funk, comparando a ener gia e a garra de Marta Ren à das fundadoras da soul, como Lyn Collins e Vicky Anderson. O influente DJ Craig Charles, da BBC6, classificou-o como um "álbum notável, grande em 2016!". "Stop Look Listen" não é apenas um disco de homenagem; é um trabalho original que capta a essência da soul clássica em qualquer parte do mundo. Faixas como "Release Me", com o seu groove funk contagiante, ou a balada emocional "So Long", demonstram a amplitude vocal e a profundidade lírica da artista. Como a própria Marta Ren refere, a soul só é possível se houver vida, crença inabalável e honestidade arrebatadora, e é precisamente essa alma vivida que emana de cada canção. O sucesso internacional do álbum foi traduzido numa tour massiva que se estendeu por dois anos. Marta Ren e os Groovelvets realizaram mais de 85 concertos por toda a Europa, pisando palcos de festivais de renome mundial. A artista foi aclamada em eventos como o Transmusicalles (França) e o Eurosonic (Holanda), onde foi uma das maiores revelações, e levou o seu Funk n' Roll a palcos icónicos como o Mostly Jazz Funk & Soul Festival (Reino Unido) e o Sziget Festival (Hungria). Esta tour não só consolidou a sua reputação internacional, como a estabeleceu como a "soul sister" número um de Portugal. O percurso de Marta Ren não se faz apenas dos seus projetos principais; é também rica em colaborações que atestam o seu ecletismo e o respeito que o seu talento inspira em diferentes quadrantes da mú sica portuguesa. A sua voz calorosa e poderosa deu uma nova dimensão ao Hip Hop Tuga, emprestando a sua alma a refrões clássicos em colaborações icónicas com os Dealema e Sam the Kid. Para além do Hip Hop, a sua versatilidade per mite-lhe mudar para o universo do rock nacional, participando com bandas históricas. Marta Ren colaborou com os Mão Morta, os Trabalhadores do Co mércio, foi convidada para partilhar o palco em digressão com os Wraygunn, e como guest dos GNR. Estas participações sublinham a capacidade única de Marta Ren de se integrar e brilhar em contextos musicais distintos, mantendo sempre a sua identidade vocal. Em 2019, Marta Ren aventurou-se numa cola boração monumental que sublinhou a sofisticação da sua arte: o encontro com

a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM). Este projeto viu a artista subir ao palco para reinterpretar os temas do seu disco a solo, "Stop Look Listen", e alguns dos seus clássicos favoritos, num arranjo para big band de jazz. Esta fusão demonstrou a força e a adaptabilidade da sua composição e interpretação. O groove característico da sua música fundiu-se com a riqueza harmónica e a complexidade rítmica do jazz, resultando em espetáculos de uma elegância e energia inquestionáveis, que foram calorosamente recebidos pelo público. O sucesso desta parceria levou a um novo concerto em 2020, no palco principal do Festival Avante, e culminou na edição do álbum "Ao Vivo Nos Aliados" em 2021, imortalizando este momento. Desde a sua estreia a solo, Marta Ren tem afirmado o seu estilo com a cunhagem de um género próprio: o "Funk 'n' Roll". Este termo encaixa perfeitamente a sua abordagem: uma mistura da intensidade crua e da atitude do rock 'n' roll com a profundidade rítmica e a sedução do funk e da soul dos anos 70. O single "Worth It" (2019) é um hino a este género, cantado com uma garra inigualável, o tema demonstra a sua capacidade de misturar a crueza do rock com um groove de funk profundo, reforçando a sua posição como uma referência global da música negra atual. Mais tarde, em 2020, num momento de profunda reflexão global, Marta Ren editou o single "22:22". Este tema, mais do que uma canção, é um diálogo com a sua versão adolescente e um convite universal à introspecção e à escuta. A artista revelou que 22 é um número que lhe diz muito e que a acompanha há muito tempo pois foi uma idade marcante na sua vida, de crescimento e também de alguma dor. Marta Ren é hoje uma artista consolidada e profundamente respeitada. A sua voz única e calorosa, aliada ao groove inegociável da sua banda, transformam cada atuação num evento contagiante e memorável. O seu percurso, que se relaciona com a música de época que escolheu honrar, é a prova de que a autenticidade e a paixão criam pontes que unem gerações e culturas. O seu Funk n' Roll é um fenómeno que continua a crescer, afirmando Marta Ren como uma das maiores vozes da música soul europeia e uma figura de proa da cultura portuguesa. O futuro promete novas surpresas, e quem conhece a sua energia ao vivo sabe que o que, com a rainha do groove, "vale a pena" esperar pelo que vem a seguir.

Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.

Credito: DR.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Precipitar-se a chuva sobre a terra

2.Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

3.Obrigar-se por compromisso

4.Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)

5.Extrair ou raspar os pelos de

6.Provocar alguém amorosamente, demonstrar interesse amoroso por; azarar

7.Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder

8.Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

Jogo das 10 diferenças

9.Balançar criança no berço ou aconchegando-a no colo, para fazê-la dormir

10. Apresentar, mostrar. Tornar (algo) visível ou perceptível a outrem (ou a um grupo de pessoas)

11.Pôr à disposição; ceder temporariamente

12. Tratar um cadáver com substâncias que o isentam de decomposição

13. Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico

14. Exprimir por meio de palavras

15. Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

D U F R A P L U C S E D L P Q

R E C O L O N I A L I S M O L

D R M A E C T E R R A O C P Q

A R O S R J R E T E M O C P R

Z A N F V V Z J C C J W W X E

A S T E V E N T O S Z

G

G Q A H F S R R Y D J Z D Z E

TERRA COLONIALISMO

HISTORIADOR

DISPUTA

GUERRA

COMETER

RECONHECER

GAZA

NECESSIDADE

VIVEMOS

TOPO

MONTANHA CIDADES

DESCULPA

EVENTOS

Bife à Portuguesa

Ingredientes

• 2 bifes da vazia (250 g)

• 2 ovos

• 2 fatias de presunto

• 2 dentes de alho

• 1 folha de louro

• Azeite

• Sal e pimenta q.b.

• 50 ml de vinho branco

• 1 colher de manteiga

Modo de preparação

Temperar os bifes com sal. Fritar os ovos num outro sauté e reservar. Levar um outro sauté ao lume com azeite, os dentes de alho e a folha de louro. Fritar os bifes dos dois lados, sem deixar passar demasiado. Adicionar a manteiga, o vinho branco e um pouco de pimenta para formar o molho. Adicionar as fatias de presunto ao molho para aquecer ligeiramente. Servir o bife com as batatas fritas, os ovos, as fatias de presunto e regar com o molho do sauté Até à próxima e bom apetite!

Caça palavras
Culinária por Rosa Bandeira

OLHAR COM OLHOS DE VER

Hits. Créditos: Fa Azevedo
Jardim Desencantado. Créditos: Madalena Balça
Escadas do World of Wine. Créditos: Paulo Perdiz
Ottawa. Créditos: Stella Jurgen

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Estará nesta semana a atravessar um período de grande lucidez e com grande capacidade de estratégia. Tudo se irá resolver definitivamente quer seja no bom ou no mau sentido, pelo menos vai saber com o que conta. No plano emotivo tenha cuidado para não dizer o que não quer. Controle o seu lado instintivo para não se vir a arrepender.

TOURO 21/04 A 20/05

Momento em que vai precisar de trabalhar muito para poder equilibrar as suas finanças e simultaneamente satisfazer as suas necessidades. Contudo este período faz com que consiga conhecer-se melhor evitando assim lutas interiores. Aprenda a controlar-se ganhando experiência para situações futuras.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Durante este período terá oportunidade de aprender novos métodos ou novas formas de organizar o seu trabalho assim como de corrigir pequenas anomalias tanto na sua vida profissional como familiar. Terá de lidar com assuntos relacionados com o «funcionamento» dos vários aspetos da sua vida e do seu bem-estar.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

O atual trânsito de Vénus acentua o seu lado mais caseiro. Que tal aproveitar essa vontade de ficar em casa para fazer algumas reformas domésticas, redecorar a casa ou fazer algumas limpezas? Este é um período de maior sensibilidade, que se traduzirá na expressão dos seus afetos, de uma forma tranquila e harmoniosa.

LEÃO 22/07 A 22/08

Nesta fase está capaz de tornar mais harmonioso, mais agradável e leve o ambiente da sua vida quotidiana. Contacta com os outros de uma forma simpática. Nesta altura poderá ter alguma tendência para se dispersar. Desejará rodear-se de coisas bonitas e apreciar o que de belo existe à sua volta. Conseguirá expressar- se de um modo mais emocional.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Ao longo deste período, aproveite para se ocupar das suas necessidades mais prementes, desde organizar a sua agenda de trabalho como também o seu bem-estar físico. Tente não se criticar em excesso e não se faça de vítima.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Neste período verá aumentada a sua capacidade de negociação, ou simplesmente a capacidade de apresentar ideias, através das quais poderá tentar melhorar as suas condições de trabalho ou financeiras. Esta é, também, uma boa fase para cuidar e valorizar o seu aspeto físico. Que tal aproveitar para renovar o seu guarda-roupa?

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Este é o momento para mergulhar a fundo no seu inconsciente, para perceber de que forma as suas ações são contrárias às suas intenções. Muitas vezes aquilo que estamos a querer fazer não coincide, aos olhos do mundo exterior, com o que estamos realmente a fazer. É, pois, uma boa altura para fazer essa destrinça.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Procure sair, divertir-se e, sobretudo, conviver mais. O atual trânsito de Vénus não é propício ao isolamento, antes promete compensar o convívio, o intercâmbio de ideias, e a partilha de projetos e ideais. É possível que neste momento venha a descobrir que determinada amizade é já amor ou que certo amor é... só amizade!

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Ao longo deste período poderão pedir-lhe para liderar algum projeto ou situação de que resultará uma agradável posição de comando acompanhada por uma melhoria das suas condições financeiras. Não se esqueça de que com o poder vêm as responsabilidades; analise bem a situação antes de se comprometer, para evitar deceções.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Durante este período o seu espírito de iniciativa poderá entrar em confronto com aspetos previamente estabelecidos e consolidados deste há muito na sua vida profissional. Desenvolva a disciplina e perseverança e aceite a ajuda se pessoas mais velhas que com a sua experiência ajudarão a alcançar os seus objetivos.

PEIXES 20/02 A 20/03

Este é um momento em que está sublinhada a sua criatividade intelectual. Tem ideias, faz planos e projetos inovadores. Para que os outros lhe deem o apoio de que necessita deve defender as suas teorias e convencê-los da sua razão. Deve ter o cuidado de não se envolver em conflitos com a lei nesta altura.

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49 anos da Banda Lira Portuguesa de Brampton

18 de Outubro, no Europa Convention Centre. 7050 Bramalea Rd. Reservas e Informações: 416-567-2060

Irmandade Açoriana do Divino Espírito Santo

Jantar Tradicional de Matança do Porco 18 de Outubro, 6pm, na Casa da Madeira de Toronto. Reservas e Informações: 416533-3095

Concerto da Banda do Sagrado Coração de Jesus de Toronto

Com a grandiosidade instrumental de Luis Martelo

18 de Outubro, no Centro Cultural Português de Mississauga. A partir das 6 pm. Reservas e Informações: 416-402 8606

Porto de Honra da Associação Cultural do Minho de Toronto

17 de Outubro, a partir das 9h pm, 165 Dynevor Road. Reservas e Informações: 416272-2980

48.º Aniversário da Associação Cultural do Minho de Toronto

18 de Outubro, 7pm, Europa C. Centre,1407 Dundas St West. Reservas Beatriz: 416272-2980 | Nicole: 416-805-1416

Cantorias e Desgarradas

Angariação de Fundos para ajudar quem precisa. 18 de Outubro, a partir das 6 pm, 30 Leeds St. Reservas e Informações: 647 982 8506

Associação Migrante de Barcelos

Grandioso Campeonato de Sueca

As inscrições: até 24 de outubro, dia do primeiro jogo. Bons prémios. Para mais informações: Vitor Santos (647 949 1390)

Clube “Asas do Atlântico” –Baile das Vindimas

25 de Outubro, a partir das 6 pm, na Casa dos Açores do Ontário. Reservas e Informações: 416-725-9237

Madeira – Pérola do Atlântico (Festa de Câmara de Lobos)

25 de Outubro, a partir das 6 pm, na Casa da Madeira de Toronto. Reservas e Informações: 416-817-8356

Portuguese Cultural Centre of Mississauga

Halloween Party c/ Karma Band. 25 de Outubro, a partir das 6 pm, no PCCM. Reservas e Informações: 905-286-1311 ou secretary@pccmississauga.ca

XL Semana Cultural da Casa do Alentejo

De 17 a 25 de Outubro, 1130 Dupont St, Toronto. Reservas e Informações: 416-5377766 /casadoalentejo@rogers.com

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