MILÉNIO STADIUM 1750 20 DE JUNHO

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David Ganhão

Desordem mundial

Manuel DaCosta Editorial

O mundo parece estar a dirigir-se para um precipício do qual poderá não conseguir recuperar.  Em muitas partes do mundo, o fumo das forças destrutivas das máquinas e das bombas fabricadas pelo homem está a espalhar-se no horizonte. A destruição não será apenas materialista, mas também humanista, com a recuperação de sentimentos feridos num futuro muito longínquo, isto é, se conseguirmos sobreviver ao rancor dos déspotas que querem destruir a sociedade tal como a conhecemos.  A desordem mundial está por todo o lado e é praticada tanto pelos belicistas como pelos pacifistas.  O que é que aconteceu ao mundo?  Sim, Bob Dylan cantou que “world is a changing”, mas não se trata de uma mudança, mas de uma destruição dos nossos espíritos.  O mundo não parece bom para o futuro dos nossos filhos e, na sua maioria, nin-

guém parece estar preocupado ou falar sobre as consequências futuras.

Omedo aparece nos rostos das pessoas, mas não está a ser expresso pelas suas bocas, desafiando aqueles que querem destruir a própria essência da vida. Os conflitos geopolíticos e as guerras atuais estão a criar condições em que pessoas feridas ferem pessoas e parece haver uma competição pela dor e pelo ódio. Todos os países do mundo têm vestígios históricos de sofrimento às mãos de outro país e se formos rever a velha bagagem de conflitos e continuarmos a atuar com base neles, nunca haverá paz. Os factos são que o ódio está a aumentar em todo o lado e a alienação das pessoas leva a ações desesperadas que provocam a parcimônia entre os que têm e os que não têm. As facções beligerantes do liberalismo e do conservadorismo estão a conduzir a conflitos em todo o mundo, liderados principalmente por um homem. Na história do mundo, num curto espaço de tempo, tudo o que assumimos como normal na sociedade tornou-se anormal, onde os violadores dos direitos humanos apenas difundem mais violência

à custa do respeito e da empatia que deixaram de existir. Em meados de 2025, o mundo estará a assistir a várias guerras e conflitos geopolíticos em curso que terão implicações significativas para a estabilidade regional e global. Os falcões de guerra em Israel, no Irão, na Rússia, na Índia, no Paquistão, na Síria e em muitos outros países estão na fase de aquecimento e estão a criar tensões em todo o mundo. O que pode um trabalhador e uma trabalhadora vão pensar de monstros como Putin, Netanyahu, Trump e outros que estão a desestabilizar as suas vidas? Os nossos dias estão cheios de tensões e preocupações com a segurança, os impactos económicos e o ar oco da diplomacia, e a ideia de que podemos estar à beira de uma era extremamente violenta e de desordem mundial.

A violência política, os assassinatos, o ressurgimento dos neo-nazis são agora normais nos artigos noticiosos de todo o mundo. A morte de alguém ocupa muito pouco tempo na nossa mente e pergunto-me o que é que isso diz sobre nós quando vemos a violência a aumentar por todo o lado. Atualmente, nos Estados Unidos, existem dois blocos opostos, um que leva

tanto os manifestantes como as forças governamentais a tornarem-se mais militantes, uma vez que cada um procura impor a sua vontade ao outro. A violência política baseia-se na ignorância e dá lugar a confrontos sérios baseados em valores perceptivos alimentados pela ignorância dos políticos. Hoje em dia, há uma guerra de vontades nos Estados Unidos que estimula o discurso político em todo o mundo, por isso vamos culpar os EUA por terem iniciado a 3ª Guerra Mundial. Não há ninguém por aí com tomates suficientes para dizer aos Estados que já chega?

Em todas as famílias há um líder, como em todos os países e no mundo. Deem um passo em frente, cobardes, e acabem com esta loucura, mas...

Acabei de observar um idiota numa motorizada numa zona de 30 mp/h, com uma mulher atrás, a fazer 60 mp/h com pouca proteção, ele não se importou com as leis que controlam as suas ações. Ele vai fazer o que quiser, apesar das regras. É assim o mundo atual.

Ano XXXII- Edição nº 1750

20 a 26 de junho de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta

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Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

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Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

NO XADREZ DA GUERRA QUEM MAIS SOFRE SÃO SEMPRE OS PEÕES

O Médio Oriente voltou a ganhar a atenção do mundo pelos piores motivos - uma nova e preocupante ofensiva militar, desta vez entre Israel e o Irão. Numa operação de grande envergadura, Israel lançou múltiplos ataques aéreos contra dezenas de alvos militares iranianos, incluindo instalações nucleares, numa ação que, segundo o governo israelita, se justifica porque o Irão estaria a semanas de ter uma bomba nuclear. Assim, começou a operação mais significativa desde a troca de ataques ocorrida em outubro do ano passado.

Os bombardeamentos israelitas resultaram na morte de várias figuras de topo do regime iraniano, além de vários cientistas nucleares. A central nuclear de Natanz foi atingida, mas a Agência Internacional de Energia Atómica garante que, até ao momento, não há aumento dos níveis de radiação. A resposta iraniana não tardou e Israel tem sido atingido por drones e misseis, apesar de muitos deles terem sido intercetados antes de atingirem território israelita.

Este confronto direto entre os dois países é o culminar de décadas de tensões. Desde a Revolução Islâmica de 1979, que levou ao poder o ayatollah Khomeini, o Irão recusa-se a reconhecer a existência de Israel, que por sua vez acusa Teerão de apoiar organizações terroristas. Agora, em 2025, o mundo acompanha o dia a dia de mais um foco de alta tensão, mais um jogo de guerra, num xadrez muito pouco estratégico e nada bem pensado, onde quem mais sofre são sempre os peões.

1. O QUE JUSTIFICOU A AÇÃO DE ISRAEL?

Fontes oficiais israelitas revelaram que “foram atingidas dezenas de alvos militares, incluindo nucleares, em diferentes áreas do Irão”. A operação terá sido decidida “no último minuto, depois de esgotadas todas as outras vias”, segundo explicou Gideon Sa'ar, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel. Foi a operação mais significativa desde os ataques mútuos ocorridos em outubro do ano passado.

3. QUEM ERAM

E O QUE REPRESENTAVAM OS LÍDERES DO IRÃO MORTOS ATÉ AGORA?

Morto na sequência dos bombardeamentos, Hossein Salami era líder da Guarda Revolucionária, principal ramo militar de defesa política e religiosa do Irão. Tinha 65 anos. Outra das vítimas confirmadas é a de Amir Ali Hajizadeh, comandante das Forças Aeroespaciais, além de seis cientistas nucleares.

Também foi morto o chefe do Estado-Maior iraniano, Ali Shadmani, que assumiu o cargo há alguns dias, depois de o seu antecessor, o major-general, Gholam Ali Rashid, ter sido também morto logo no primeiro dia dos ataques das forças israelitas.

5. O RISCO DE RADIAÇÃO NUCLEAR AUMENTOU?

Apesar da intensidade da ação de Israel e da confirmação que a central nuclear iraniana de Natanz foi atingida, a Agência Internacional de Energia Atómica garantiu que “os níveis de radiação não aumentaram”. As centrais de Bushehr e Isfahan não terão sido afetadas, pelo menos até agora.

2. QUAL FOI A RESPOSTA DO IRÃO?

Após ter visto o seu espaço territorial atacado durante a madrugada (horário local), o Irão terá lançado cerca de 100 drones em direção a Israel, todos eles intercetados antes de atingirem o solo.

4. QUANDO COMEÇARAM AS TENSÕES ENTRE OS DOIS PAÍSES?

O ano de 1979 foi de mudança de regime no Irão, com o derrube do xá Reza Pahlavi na sequência da Revolução Islâmica que levou ao poder o ayatollah Khomeni. Desde então, Teerão não reconhece a existência do Estado judeu, o qual, por sua vez, acusa o rival de financiar organizações terroristas, como o Hezbollah.

6. O QUE DISSERAM OS ALIADOS DE ISRAEL E COMO REAGIU O IRÃO?

Na reunião do G7, no Canadá, a cúpula dos países industrializados e a representação da União Europeia também presente, condenaram o programa nuclear iraniano, defenderam que o regime iraniano não pode possuir uma bomba atómica, reafirmaram o direito de Israel de se defender e pediram redução das tensões no conflito com Israel. Em resposta, o Irão acusou o G7 de estar ao lado do governo israelita no conflito. "O G7 deve desistir de sua retórica unilateral e enfrentar a verdadeira fonte da escalada – a agressão de Israel", disse o porta-voz do Ministério do Exterior do Irão, Esmaeil Baqaei.

A diplomacia implicaria o envolvimento ativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas há pouca concordância e muita divisão nesse fórum.

- Prof. Alistair Edgar

O Médio Oriente volta a ocupar o centro das atenções internacionais com o recrudescimento das hostilidades entre Israel e o Irão. Numa altura em que o equilíbrio geopolítico global já se encontrava fragilizado pela guerra na Ucrânia e pelas tensões crescentes entre grandes potências, o recente ataque israelita às instalações nucleares iranianas marca uma nova e perigosa fase do conflito.

Para compreender o contexto, as motivações e as possíveis consequências deste confronto, o Milénio Stadium ouviu Alistair Edgar, especialista em política internacional e segurança global, Professor Associado de Ciência Política e Vice-Diretor da Escola de Política e Governação Internacional da Balsillie School of International Affairs, Wilfrid Laurier University, Waterloo.

À luz dos últimos desenvolvimentos, Israel terá considerado que o avanço do programa nuclear iraniano representava uma ameaça existencial imediata. No entanto, como explica o Professor Edgar, não se tratou de um ataque inesperado. Já em 2024, Israel tinha testado com sucesso as suas defesas antimísseis e enfraquecido algumas das capacidades defensivas do Irão. No entanto, os relatórios mais recentes da Agência Internacional de Energia Atómica, indicando que o Irão estaria próximo de ter material suficiente para produzir várias ogivas nucleares, terão precipitado a ofensiva. Para Telavive, a ameaça não poderia ser ignorada.

O silêncio relativo de vários países árabes, como a Arábia Saudita, os Emirados e o Egito, é revelador. Nenhum destes regimes deseja ver um Irão nuclear, não apenas pelo risco de ataque direto a Israel, mas também pelo desequilíbrio de forças que tal representaria na região. A posse de armas nucleares daria a Teerão uma posição de força com a qual nenhum dos seus vizinhos está confortável. Assim, a ofensiva israelita, embora arriscada, poderá não ser totalmente indesejada para algumas destas capitais. Mas o ataque levanta inevitavelmente questões sobre o futuro dos Acordos de Abraão e das tentativas recentes de normalização das relações entre Israel e o

mundo árabe. Embora não haja ainda respostas definitivas, os riscos de retração diplomática são evidentes.

Num plano mais global, o conflito espelha a divisão crescente entre os EUA e a Rússia, com Trump a apoiar vigorosamente Israel e Putin a manifestar simpatia pelo Irão, parceiro militar de Moscovo na guerra contra a Ucrânia. Como salienta Alistair Edgar, este não é um “novo eixo” no sentido estrito, mas a convergência de interesses entre Moscovo, Teerão e Pequim ganha cada vez mais forma, sobretudo através do BRICS+.

Quanto ao papel do Canadá, Edgar destaca a posição tradicionalmente moderada de Ottawa no Médio Oriente. Embora apoie o direito de defesa de Israel, o Canadá tem criticado a atuação israelita em Gaza e as restrições à ajuda humanitária. Perante o atual conflito direto com o Irão, a posição mais viável parece ser a de apelo à desescalada e proteção dos civis. No entanto, falta ao Canadá o peso político e económico para assumir um papel central na mediação.

Resta, por fim, a questão mais difícil: haverá ainda espaço para a diplomacia? Edgar acredita que sim, mas admite que a janela é cada vez mais estreita, dependendo da evolução das ações militares no terreno e da capacidade de o Conselho de Segurança da ONU superar as suas profundas divisões internas.

Num cenário em que qualquer erro de cálculo poderá precipitar uma guerra aberta de consequências imprevisíveis, a comunidade internacional assiste, apreensiva, a uma crise que poderá moldar o futuro do Médio Oriente e não só.

Milénio Stadium: No seu ponto de vista, o que motivou Israel a lançar este ataque, neste momento específico?

Alistair Edgar: Sabemos que Israel já tinha conseguido danificar algumas das capacidades de defesa aérea do Irão nos confrontos do ano passado, ao mesmo tempo que demonstrou que os seus próprios sistemas antimísseis eram bastante eficazes. Neste contexto, os relatórios da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) sobre o incumprimento do Irão e a possibilidade, reportada em maio de 2025, de o Irão conseguir produzir urânio enriquecido

suficiente para fabricar entre 9 a 22 armas nucleares, provavelmente levaram Israel a considerar que enfrentava uma potencial ameaça existencial, que exigia ser prevenida através da destruição das instalações de enriquecimento.

MS: Como avalia a reação do mundo árabe? Países como a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Egito mantiveram-se largamente em silêncio — isso é sinal de apoio tácito ou de prudência diplomática?

AE: Um pouco de ambas. Nenhum destes estados se sentiria confortável com o desenvolvimento de um arsenal nuclear pelo Irão, seja pela possibilidade de utilização contra Israel (embora Israel também detenha armas nucleares, acredita-se que possua pelo menos 90, podendo chegar até 400, e poderia lançar uma resposta devastadora), seja pela influência político-militar adicional que estas armas poderiam conferir ao regime de Teerão. Assim, a redução, atraso ou destruição desta capacidade, a curto ou médio prazo, seria visto como estando no seu interesse.

MS: Como vê a crescente polarização entre os EUA e a Rússia neste conflito? Trump manifestou apoio a Israel, enquanto Putin se posicionou ao lado do Irão. Estamos perante o surgimento de um novo eixo de confronto global?

AE: Não é um novo eixo, mas é, de facto, um eixo. O Irão tem fornecido à Rússia drones de ataque Shahed e mísseis balísticos que esta utiliza na sua invasão e ataques à Ucrânia, visando cidades e populações civis ucranianas. Para além dos seus laços militares diretos com a Rússia, o Irão foi um dos países que aderiu ao BRICS+, juntando-se à China e à Rússia, juntamente com a Índia e a África do Sul.

MS: O Canadá tem tradicionalmente mantido uma política externa cautelosa no Médio Oriente. Neste caso, deveria manter-se neutro, condenar o ataque ou assumir um papel mais ativo na mediação?

AE: Embora o Canadá tenha mantido, em termos gerais, apoio ao direito de Israel se defender de ataques terroristas, também tem condenado a atual campanha militar

israelita em Gaza e a privação de ajuda humanitária necessária à população palestiniana. No caso do atual ataque israelita ao Irão, e dos ataques retaliatórios iranianos contra Israel, a posição mais provável, refletida na declaração do G7, será a de apelar à proteção de civis e à desescalada por ambas as partes. Contudo, não é claro de que forma o Canadá poderia assumir um papel mais ativo na mediação; apesar de existirem dezenas de milhares de cidadãos canadianos a residir na região, Ottawa não dispõe de ativos políticos, económicos ou diplomáticos significativos que lhe confiram influência para desempenhar um papel diplomático ativo.

MS: Ainda há espaço para a diplomacia neste momento ou já entrámos numa fase de confronto direto sem retorno? Que passos imediatos seriam necessários para reabrir os canais diplomáticos?

AE: Há sempre espaço para a diplomacia, mas a questão agora é saber se o governo Netanyahu acredita que deve continuar a atacar alvos nucleares e militares iranianos antes de parar com as ofensivas, e se o Irão ainda mantém capacidade militar - mísseis e drones - para atacar Israel. A diplomacia implicaria o envolvimento ativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas há pouca concordância e muita divisão nesse fórum.

MB/MS
Alistair Edgar. Créditos: DR.
Guerra Israel/Irão
Credito: DR

Entre a provocação estratégica e a ameaça existencial

O conflito entre Israel e o Irão está a mergulhar o Médio Oriente numa perigosa espiral de confrontação, com implicações que ultrapassam largamente as fronteiras regionais. Num contexto já marcado por décadas de tensões ideológicas, religiosas e estratégicas, a recente ofensiva israelita contra alvos militares e nucleares no Irão elevou o risco de escalada para níveis inéditos. Para compreender melhor as ramificações deste conflito e as suas possíveis consequências, o Milénio Stadium ouviu o Professor Joe Algharam, diretor do Canadian Institute for Middle East and Gulf Studies (CIMEGS), uma das vozes académicas com mais autoridade nesta matéria, uma vez que se especializou exatamente na análise das dinâmicas geopolíticas do Médio Oriente e do Golfo Pérsico.

Milénio Stadium: Como interpreta a decisão de Israel à luz da doutrina militar iraniana? Este ataque é visto por Teerão como uma provocação estratégica ou como uma ameaça existencial?

Prof. Joe Algharam: Teerão interpreta, muito provavelmente, este último ataque israelita tanto como uma provocação estratégica, como uma ameaça existencial. A doutrina militar do Irão assenta na dissuasão, na guerra assimétrica e no uso de forças proxy para exercer influência regional. Este ataque ultrapassa um limite significativo, reforçando a convicção, entre os setores mais radicais do regime iraniano, de que Israel e os seus aliados pretendem enfraquecer ou mesmo derrubar o regime. Esta narrativa está profundamente enraizada no pensamento estratégico iraniano e é alimentada por declarações públicas de líderes israelitas, incluindo o primeiro-ministro Netanyahu, que têm falado abertamente na necessidade de neutralizar a República Islâmica. Assim, o regime iraniano tende a encarar esta escalada como uma

ameaça existencial, que exige uma resposta firme e calculada.

MS: Até onde pode ir a retaliação do Irão? Estamos perante um risco real de envolvimento de proxies como o Hezbollah, ou de um confronto direto e aberto?

JA: Há uma elevada probabilidade de que a retaliação iraniana permaneça calculada e multidimensional. Para já, uma guerra direta e em larga escala entre o Irão e Israel parece improvável, tendo em conta o cenário geopolítico mais amplo, com a Rússia a apoiar o Irão e os EUA, Israel e vários países europeus do lado oposto. O Hezbollah tem sido tradicionalmente o principal proxy do Irão, mas a sua capacidade foi bastante enfraquecida pela pressão militar sustentada de Israel, o que limita a sua utilidade estratégica neste contexto. No entanto, o Irão pode ainda mobilizar outras forças proxy, sobretudo no Iraque e no Iémen, através da Guarda Revolucionária (IRGC), aplicando pressão indireta sobre Israel e os seus aliados ocidentais. O risco de escalada permanece elevado; a situação é volátil e pode agravar-se rapidamente caso haja erros de cálculo de qualquer dos lados.

MS: Este conflito terá impacto no programa nuclear iraniano? Pode acelerar o seu desenvolvimento ou, pelo contrário, levar a alguma contenção estratégica?

JA: Num cenário tão volátil, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Qatar terão um papel central, podendo atuar como estabilizadores ou adaptar as suas estratégias em função das mudanças no equilíbrio de poder. Não se trata de um acaso: é engenharia geopolítica e poderá definir o futuro da região nas próximas décadas.

MS: Como está o regime iraniano a responder internamente? Este ataque pode reforçar a coesão interna em torno da liderança ou reabrir divisões latentes?

JA: As ameaças externas costumam favorecer a coesão interna, e é provável que o

regime iraniano aproveite este momento para mobilizar o sentimento nacionalista. A liderança poderá, temporariamente, desviar a atenção pública das dificuldades económicas, da repressão política e dos protestos sociais em curso. No entanto, estas divisões subjacentes poderão voltar à superfície quando a crise imediata passar. Se o Irão sair enfraquecido ou derrotado deste confronto, o regime poderá endurecer ainda mais o seu autoritarismo para manter o controlo. Por outro lado, se conseguir demonstrar resiliência ou alcançar uma vitória estratégica, a liderança poderá aproveitar esse impulso para consolidar ainda mais o seu poder.

MS: Putin já manifestou apoio ao Irão. Acredita que a Rússia poderá intervir diretamente ou continuará a ser um patrocinador indireto?

JA: A Rússia dificilmente intervirá de forma direta, mas continuará a apoiar o Irão militar e diplomaticamente e através da propaganda estratégica. Para Putin, o Irão é um contrapeso útil à influência dos EUA e de Israel na região. Apoiar Teerão está alinhado com o objetivo mais vasto de Moscovo de redesenhar as estruturas de poder globais, sem recorrer a um confronto militar direto. Esta crise oferece à Rússia uma oportunidade de se reafirmar no palco internacional, mesmo estando ainda fortemente envolvida na guerra da Ucrânia. Ao apoiar o Irão de forma retórica e logística, Putin projeta força, complica a estratégia norte-americana no Médio Oriente e reforça o papel da Rússia como ator relevante na diplomacia multipolar. Contudo, se o conflito evoluir para uma guerra prolongada de desgaste, o risco de um envolvimento mais profundo da Rússia (e eventualmente de outros atores internacionais) poderá aumentar.

MS: O Canadá cortou relações diplomáticas com o Irão em 2012. Que margem tem o Canadá, neste contexto, para influenciar

a situação ou, eventualmente, ajudar a mediar canais diplomáticos?

JA: O papel direto do Canadá é limitado, devido à ausência de relações diplomáticas formais com o Irão. No entanto, Ottawa pode exercer influência através dos seus parceiros no G7, na NATO e nas Nações Unidas, particularmente defendendo o apaziguamento, a estabilidade regional e considerações humanitárias. A reputação de longa data do Canadá na diplomacia multilateral, combinada com uma diáspora iraniana e do Médio Oriente ativa e diversa, pode abrir oportunidades informais ou através de canais de bastidores. Assim, continua a ser possível que o Canadá dê um contributo significativo aos esforços internacionais para reduzir tensões e prevenir um conflito mais alargado, mesmo não sendo um ator central.

MB/MS

Conflito Israel-Irão
Joe Algharam. Créditos: DR.
Credito: DR

Os iranianos não são daqueles que se rendem

- José Manuel Rosendo

Com uma vasta experiência acumulada em zonas de conflito, nomeadamente no Médio Oriente, José Manuel Rosendo, jornalista da RTP e da Antena 1, tem acompanhado de perto as dinâmicas e tensões de uma das regiões mais instáveis do planeta. Nesta entrevista ao Milénio Stadium, Rosendo analisa a mais recente ofensiva de Israel contra o Irão, num contexto marcado por múltiplas frentes de guerra, interesses cruzados de grandes potências e profundas divisões internas nos países envolvidos.

Ojornalista traça o enquadramento político e estratégico que poderá ter motivado a ação israelita, abordando não só a eterna questão em torno do programa nuclear iraniano, mas também as movimentações internas do governo de Benjamin Netanyahu, atualmente pressionado por processos judiciais e dependente de parceiros da extrema-direita para se manter no poder. José Manuel Rosendo analisa ainda as possíveis repercussões internacionais deste conflito, o papel ambíguo das grandes potências, dos Estados Unidos à Rússia e à China, bem como as dificuldades em encontrar uma solução diplomática viável. A entrevista revela a complexidade de uma guerra que pode eventualmente ultrapassar as fronteiras regionais e envolver novos atores num cenário já de si altamente volátil. Milénio Stadium: O que realmente motivou esta ofensiva de Israel? O argumento de ameaça de bomba nuclear iminente tem fundamento?

José Manuel Rosendo: Olha, começando pelo fundamento, aquilo que se sabe e é oficial por parte, por exemplo, da Agência Internacional de Energia Atómica é que o Irão, a única coisa que fez de errado, relativamente àquilo que estava acordado, foi não respeitar alguns aspetos do acordo. É a única coisa que diz a Agência Internacional de Energia Atómica. Por outro lado, há relatórios norte-americanos, nomeadamente da senhora que faz a coordenação entre a CIA e a Agência de Segurança Nacional norte-americana, que dizem que relativamente ao desenvolvimento do urânio e o enriquecimento de urânio no Irão, ainda estavam muito longe de chegar ao ponto de construção de uma bomba nuclear. Fala-se num ano e fala-se em três anos. Não sei exatamente, mas pronto, é isto que se

sabe. Oficialmente, o Irão o que diz é que só quer enriquecer urânio para fins civis. Estes são os dados concretos. O que é que Israel eventualmente sabe que nós não saibamos? É óbvio, não posso falar, não posso falar sobre isso. Mas perante estes dados concretos, nada justifica aquilo que aconteceu. Sendo certo que Israel aproveitou uma janela de oportunidade. Estavam a decorrer negociações entre os Estados Unidos e o Irão para um eventual acordo. Convém aqui também dizer que Donald Trump, neste momento, está a querer um acordo. Quando foi ele em 2018 ou 2019, já não me lembro bem, que rasgou precisamente o acordo que tinha sido obtido e agora está a querer um novo acordo com o Irão. E, portanto, Israel aproveitou essa janela de oportunidade para travar o programa nuclear iraniano, antes de um eventual acordo. E, depois, há ainda uma terceira questão que se calhar é a mais importante, que é a fuga para a frente de Benjamin Netanyahu. Há aqui um aspeto que é importante e que convém não esquecer. Benjamin Netanyahu, neste momento, é um foragido da justiça internacional. Tem um mandado de captura passado pelo Tribunal Penal Internacional. Por outro lado, o governo de Netanyahu, há poucos dias, esteve quase a cair. Ele teve que fazer cedências aos partidos religiosos ortodoxos para que a coligação de governo não caísse. Netanyahu está envolvido em vários processos na justiça israelita e mantém um conflito com a Procuradoria-Geral da República relativamente à nomeação do novo diretor do Shin Bet, agência de Segurança Nacional israelita. Portanto, Netanyahu está a jogar com isto tudo. Para além de, obviamente, querer fazer esquecer aquilo que está a acontecer na Faixa de Gaza. Com esta guerra no Irão, todos os jornais, todas as televisões se viraram para Teerão, viraram-se para Telavive para observar esta guerra e deixaram a questão de Gaza para segundo plano. E em Gaza estão a morrer cerca de 50 pessoas por dia.

MS: Mas será uma fuga para a frente ou uma fuga para se enterrar ainda mais.

JMR: Enquanto Netanyahu conseguir manter este nível de conflitualidade, conseguir manter estas frentes de guerra, será mais difícil, internamente, contestá-lo e derrubar o governo. Quando um país está envolvido em tantas frentes de guerra... e, por outro lado, esta é também uma exigência de al-

guns parceiros que ele tem no governo, nomeadamente, como eu já falei, dos partidos religiosos ortodoxos sobre questões muito concretas, como por exemplo, chamar os religiosos ortodoxos para cumprir serviço militar. Mas há outros aspetos e esses outros aspetos estão mais ligados aos partidos de extrema-direita, que exigem, por exemplo, que continue a guerra em Gaza até à extinção do Hamas e exigem também a anexação de Gaza e exigem também a anexação da Cisjordânia, porque na Cisjordânia a situação está muito complicada. O território, este território palestiniano, está cercado há vários dias, completamente fechado e o avanço dos colonos continua. Continuam a retirar território aos palestinianos e, portanto, é tudo isto que a extrema-direita israelita quer. E enquanto Netanyahu corresponder a estas exigências, vai conseguir manter-se no governo.

MS: Nas últimas horas, o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, alertou para "danos irreparáveis" e acrescenta que "os iranianos não são aqueles que se rendem". O que o mundo pode esperar depois desta afirmação?

JMR: Os iranianos não são daqueles que se rendem. Ainda ontem falei com um iraniano que vive em Portugal e perguntei-lhe se havia alguma hipótese de Ali Khamenei fugir do país. E ele disse-me que nem pensar. Faz parte da cultura persa resistir e, portanto, nem é bom pensar nisso. Ali Khamenei não vai fugir. É a opinião apenas de um iraniano aqui em Portugal. Mas se olharmos, por exemplo, ali para o lado, o Afeganistão foi carimbado com aquela célebre expressão “cemitério dos impérios”, não é? Todos os impérios que passaram pelo Afeganistão foram derrotados e foram corridos. São culturas diferentes, a do Afeganistão e a da antiga Pérsia, agora o Irão, mas nesse aspeto são muito parecidas. Portanto, aquilo que acontece é que o Islão tem uma história milenar. Eu não sei se o poder norte-americano tem noção do que isso significa. Agora, o que o mundo pode esperar, penso eu, é que o Irão, o governo do Irão, o líder Supremo, vão responder até onde for possível. Algo que não sabemos é qual é de facto, o verdadeiro poder militar do Irão. Eu penso que ninguém sabe. Ninguém, com grande grau de certeza, pode falar da verdadeira capacidade militar do Irão. O Irão continua, dia após dia, a dizer que vai fazer ataques mais poderosos. Até agora isso

não tem acontecido, sendo que Israel neste momento já foi atingido como nunca tinha sido até agora. O que prova também que as defesas militares israelitas não são assim tão fortes quanto tem sido anunciado. E, portanto, é bom também lembrar que o Irão é um país e um país imenso. Sabemos, por exemplo, o que aconteceu no Iraque em 2003 e eu acho que, por exemplo, seria uma loucura querer fazer no Irão o que tentaram fazer no Iraque. Eu recordo que o Benjamin Netanyahu tem dito que quer fazer uma mudança de regime no Irão, mas ninguém sabe muito bem como é que isso pode acontecer, até porque também há algumas tensões internas e se o poder cair na rua, a situação no Irão pode vir a complicar-se.

MS: Israel já atingiu vários dos objetivos que tinha – matou vários lideres militares iranianos, atingiu uma estação nuclear, matando vários cientistas... falta matar o líder, Khamenei. Esse será um objetivo difícil de atingir, não achas? Teremos então mais uma guerra interminável à vista?

JMR: E é isso que toda a gente supõe que Ali Khamenei esteja completamente protegido, ou o mais possível protegido. Mas, no entanto, eu recordo que Israel, para além dos líderes militares que referiste e dos cientistas que matou agora nos últimos dias, também já matou líderes do Hamas em Teerão, como foi, por exemplo, o caso de Ismail Haniyeh. Não teria, obviamente, o nível de proteção que tem agora Ali Khamenei, mas Israel conseguiu fazer isso e conseguiu isso, obviamente com informação muito concreta, a partir do próprio Irão, a partir, certamente, de agentes infiltrados. Não sei se Israel vai conseguir isso ou não. Israel já demonstrou grande capacidade nessa política de assassínios seletivos, mas isso acho que seria muito mau. Seria terrível para a comunidade internacional. Israel atrever-se a matar o líder de um país soberano seria enterrar definitivamente, ou quase, a Carta das Nações Unidas, que por acaso fazem 80 anos agora, na próxima semana. Israel viola constantemente o direito internacional e não seria uma surpresa. Mas o que choca também nestas ameaças que estão a ser feitas a Ali Khamenei é a terminologia utilizada por Donald Trump. Sabemos quem é Trump, mas de facto, aquilo que se espera de um estadista, que ocupa o lugar mais poderoso nos Estados Unidos, é outro tipo de linguagem, outro tipo de terminologia. E quando Donald Trump vem

dizer que “sabemos onde ele está e, por enquanto, não o queremos matar”... ninguém espera ouvir isto de um líder internacional, de um líder de um qualquer país e muito menos dos Estados Unidos, que se arrogam de ser essa grande democracia que quer espalhar a democracia pelo mundo. Aquilo que Israel, neste momento, está a fazer, está a ter o apoio dos Estados Unidos e o apoio, ou pelo menos o consentimento calado, de grande parte da comunidade ocidental. Estão a dar apoio a exatamente o mesmo que criticaram a Vladimir Putin quando invadiu a Ucrânia. É muito difícil perceber esta dualidade de critérios.

MS: Como conhecedor da região, como interpretas a ausência de manifestações públicas de apoio ao Irão, por parte de países vizinhos?

JMR: Olha, é assim, sabemos que aquela zona do mundo do Médio Oriente tem ali aquela grande fratura entre o Islão xiita e o Islão sunita, ou seja, tudo o que possa enfraquecer a grande potência xiita que é o Irão será bom para todos os outros países de maioria sunita e, portanto, esse silêncio explica-se um bocadinho com essa questão. Mas por outro lado, a organização da Conferência Islâmica, que é a organização que junta a totalidade dos países muçulmanos do mundo, cerca de meia centena de países, já veio condenar fortemente o ataque de Israel e o Secretário-Geral da organização já expressou solidariedade ao Irão e ao povo do Irão. O Paquistão também expressou solidariedade com o Irão. O ministro da Defesa paquistanês disse mesmo que o mundo deve preocupar-se mais com o nuclear israelita, dando esse toque para que as pessoas não se esqueçam que Israel não permite, por exemplo, visitas dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica e ninguém sabe ao certo qual é o poder nuclear de Israel. Portanto, é tudo isto que está em jogo e é tudo isto que talvez também ajude um bocadinho a explicar algum silêncio por parte de alguns países de maioria muçulmana.

MS: Ainda relativamente aos apoios, o Irão já recebeu apoio da Rússia e até da China. Por outro lado, temos Trump sempre muito ao lado de Israel. Este posicionamento, tanto dos Estados Unidos como de outras grandes potências mundiais, como a Rússia e a China pode ajudar a escalar esta guerra, até aqui, regional?

JMR: Num primeiro momento não me parece. Poderá escalar, fazendo uso da tua palavra, no nível regional um bocadinho mais alargado. Por exemplo, ninguém sabe muito bem o que é que o Iraque poderá fazer? Eu recordo que o Iraque é também um país de maioria xiita. Tem o governo politicamente muito alinhado com Teerão, tem fações, milícias iraquianas, pró Irão, tem outras que têm mesmo homens, combatentes, iranianos. Existem as unidades de mobilização popular, por exemplo, que foram criadas aquando do combate contra a organização Estado Islâmico e que, neste momento, continuam no Iraque e já vieram dizer que podem interferir nesta guerra se os Estados Unidos entrarem diretamente na guerra. Portanto, há algumas coisas que estão por um fio, digamos assim. Relativamente à Rússia... a Rússia perdeu recentemente um grande aliado que tinha na região, que era o presidente Bashar Al Assad, o antigo presidente sírio.

A Rússia está muito envolvida na frente da Ucrânia e, portanto, neste momento, o Médio Oriente não será a sua prioridade, mas é certamente um território, um cenário que Moscovo olha com preocupação e, se puder intervir, vai intervir. Tem manifestado apoio diplomático. Eu recordo que ainda muito recentemente, foi assinado um acordo de parceria entre Teerão e Moscovo, mas que não tem uma componente de assistência militar (como outros acordos que a Rússia foi assinando com vários países) e, portanto, a Rússia vai continuar a olhar para a região com muita atenção, mas, para já, penso que não devemos esperar, pelo menos nos tempos mais próximos, uma intervenção direta da Rússia.

MS: O que é que podemos esperar desta guerra que tem dias ainda? Que possibilidade existe de um fim de guerra pela via diplomática?

JMR: Aquilo que podemos esperar eu acho que depende muito dos objetivos que foram fixados por quem desencadeou a guerra. E quem desencadeou a guerra? Neste caso, não há dúvida nenhuma, foi Israel. Por exemplo, com o Hamas, aí foi Israel que foi diretamente atacado e depois respondeu. Mas ainda assim também estabeleceu imediatamente objetivos para essa guerra, objetivos que passavam por eliminar o Hamas, evitar que o Hamas voltasse a governar Gaza e controlar territorialmente

aquilo que se passa em Gaza para que nunca mais Israel voltasse a ser atacado daquela forma. Esses foram os objetivos traçados. E depois o que aconteceu foi que Benjamin Netanyahu ficou um pouco refém desses mesmos objetivos, porque ainda não conseguiu nenhum deles, não é? E o que é certo é que já tem praticamente toda a comunidade internacional contra ele, com exceção dos Estados Unidos, face ao massacre que está a fazer em Gaza. Agora com o Irão, o que é que Benjamin Netanyahu veio dizer? Veio dizer que quer mudar o regime, acabar com o regime dos ayatollah’s e estes são objetivos que ele dificilmente vai conseguir atingir. Eu penso que um líder de um país a apelar à mudança de regime num outro país é sempre, enfim, algo de muito complicado, que não deve ser feito, porque os países são soberanos e são os povos que devem decidir. Agora, Netanyahu fazer isso numa altura em que lança uma guerra contra o Irão, penso que é um duplo erro, porque em situações de guerra, independentemente da contestação interna que cada governo possa sofrer, a tendência natural que há é para que os povos que são agredidos se unam à volta do governo que os defende. E, portanto, estamos nisto. Não sei exatamente como é que poderá acabar, sendo certo que todas as guerras só podem acabar através da diplomacia. E esta não vai ser uma guerra que vai fugir à regra.

MS: E quem é que está em posição de ser mediador nesta situação? Quem poderá ser, digamos, o coordenador dessa via diplomática de pacificação?

JMR: É muito difícil porque, normalmente, quem pode mediar também tem uma grande capacidade militar associada a essa mediação. Os Estados Unidos não são, na minha perspetiva, um mediador fiável, porque estão diretamente envolvidos na guerra, por muito que digam que não. Ou seja, Israel nunca poderia estar envolvido nas guerras em que está envolvido sem o apoio direto dos Estados Unidos em termos de fornecimento de equipamentos militares, seja explosivos, munições, ou seja outros equipamentos, tal como Israel também recebe, por exemplo, do Reino Unido, da França e por aí fora e, portanto, isso seria impossível. Portanto, não sei muito bem quem é que poderá mediar. Eu recordo que não há muito tempo, a China, por exemplo, promoveu uma aproximação entre o Irão e a Arábia Saudita, coisa que os Estados Uni-

dos até aqui não tinham feito. E os Estados Unidos estão, de facto, numa situação em que estão a tomar posições que contrariam o próprio Donald Trump, que voltou ao poder em janeiro a dizer que era o presidente que queria acabar com as guerras e até agora não acabou com guerra nenhuma e pelo contrário, está a envolver-se numa terceira frente de guerra. Portanto, fica difícil. Não sei se a China poderá retomar aqui esse papel de mediação, atendendo ao distanciamento que tem mantido nos últimos dias, mas é um fator a ter em conta.

A Turquia poderá também ter um papel a dizer, sendo que a Turquia certamente que não será aceite como mediador por parte de Israel, porque, enfim, Netanyahu e Erdogan têm trocado as acusações mais ásperas que possamos imaginar e, portanto, não sei muito bem como é que as coisas poderão evoluir. O ideal, nestas circunstâncias, seria que as partes em conflito, as partes em guerra, aceitassem uma mediação direta das Nações Unidas. Mas aí também sabemos que Israel certamente não irá aceitar.

MB/MS

José Manuel Rosendo. Créditos: DR.
Credito: DR

Guerras de poder … no século 21

Ora viva bom dia, espero que estejam bem. Cá estamos no meio da viva loucura. Século XXI entra-nos porta dentro e pronto - pandemia, guerras, conflitos, governos tresloucados… Onde estamos, afinal? No meio da loucura. Sem qualquer sombra de dúvida.

Esta última encenação de terror não estava, de todo, prevista. Pagam os civis e quem lá no meio está e nós, em redor, pagamos as favas a um alto preço. Que ninguém duvide que tempos menos fáceis se avizinham.

Fui tentar rebuscar os mais recentes acontecimentos para também ficar eu a perceber melhor.

Forças israelitas bombardearam depósitos de petróleo do Irão. Conflito já deixa dezenas de mortos e centenas de feridos nos dois lados. Novo ataque do Irão leva Israel a pedir que população procure abrigo.

A ofensiva israelita - denominada Operação Leão em Ascensão - envolveu cerca de 200 aviões e teve como alvos a capital Teerão, as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz, o aeroporto de Mehrabad e diversas bases militares. Lideranças militares, cientistas e civis iranianos estão entre os mortos.

Estados Unidos e Israel alertam que o pior ainda pode estar por vir, enquanto Teerão defende que sua resposta foi "totalmente

legítima". O Presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, garantiu que Israel receberá uma resposta "mais dolorosa" se os ataques israelitas, iniciados na sexta-feira (13) contra alvos nucleares e militares em solo iraniano, continuarem.

"O Irão vai pagar um alto preço por matar civis, mulheres e crianças intencionalmente. Atingiremos o nosso objetivo de uma só vez", afirmou o primeiro-ministro israelita durante uma visita à localidade de Bat Yam, nos arredores de Tel Aviv, onde um míssil atingiu um prédio e causou a morte de seis pessoas, duas delas menores de idade.

No local, ele expressou pesar "pela perda de vidas" e pediu que a população siga as diretrizes de segurança. “Quem as ouviu e cumpriu, e estava numa zona protegida, salvou-se. Quem não o fez, infelizmente, ficou ferido”, disse.

O primeiro-ministro israelita foi acompanhado pelo ministro da Defesa, Israel Katz, entre outras autoridades.

Os Estados Unidos já reiteraram o apoio incondicional a Israel.

Assim estamos nós, os mais desprotegidos, sempre a pagar as maleitas dos governantes. A história repete-se a cada passo. Temos que tentar manter a calma, porque nada é pior do que alarmar populações. Mas como os tempos que decorrem, dias de medo e insegurança é o que temos de mais certo.

Vamos zelar e rezar pela paz.

Fiquem bem e até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Baseado Numa História Verídica – Histórias reais, com emoção de cinema! Aurélio Gomes conduz-nos por vidas marcadas pela coragem e superação.

• Parada de Portugal 2025 - Toronto celebrou o orgulho luso em grande estilo! Música, cor e tradição marcaram a 38.ª Parada de Portugal.

• Portugal Week Festival - Três dias de festa no coração de Toronto! O Earlscourt Park brilhou com sons, sabores e o espírito vibrante das tradições portuguesas.

• Taça Camões de Futebol - Sol, alegria e muita bola! A Taça Camões uniu a comunidade em torno do futebol e da amizade.

• Rosa's Portuguese Kitchen - Rosa ensina a preparar mais um clássico português cheio de sabor e tradição.

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Cristina da Costa Opinião

World disorder

The world appears to be headed into a precipice which may not be able to recover from.  Smoke is billowing on the horizons of many parts of the world from the destructive forces of man-made machines and bombs. The destruction will not only be materialistic, but humanistic with the recovery of wounded sentiments very far away in the future and that's if we can survive the rancour of the despots that want to destroy society as we know it.  The world disorder is everywhere and being practiced by both the war mongers and pacifists.  What has happened to the world?  Yes, Bob Dylan sang  that the “world is changing,”

but this is not a change but a destruction of our spirits.  The world doesn’t look good for the future of our children and for the most part no one seems to be concerned or speak about futuristic consequences.

Fear appears on the faces of people but it’s not being expressed by their mouths by challenging those who want to destroy the very essence of life. Current geopolitical conflicts and wars are creating conditions where hurt people hurt people and there appears to be a competition for pain and hatred. Every country in the world has historical rem-

nants of suffering at the hands of another country but if we are to review old baggage of conflicts and continually act on them, there will never be peace. The facts are that hatred is on the rise everywhere, and alienation of people leads to desperate actions causing acrimony between the haves and have nots. Warring factions of liberalism and conservatism are leading to conflicts throughout the world led primarily by one man. In the history of the world, in a short period of time, all we assumed as normal in society has become abnormal where human rights abusers only infuse more violence and respect, and empathy no longer exists. As of mid-2025, the world

is witnessing several on-going wars and geopolitical conflicts that will have significant implications for regional and global stability. War hawks in Israel, Iran, Russia, India, Pakistan, Syria and many others are the warm-up stage and are creating tensions worldwide. What can a working man and woman think of monsters such as Putin, Netanyahu, Trump and others who are destabilizing their lives? Our days are filled with tensions and worries about security, economic impacts plus the hollow air of diplomacy, and the thought that we may be on the brink of one extremely violent era and world disorder is real. Political violence, assassinations, neoNazis resurgence are now normal in news articles throughout the world. The killing of someone occupies very little time in our mind and I wonder what this says about us when we see violence escalating everywhere. In the United States today there are two opposed blocks, one that drives both protesters and government forces to become more militant as each seeks to impose their will on the other. Political violence is based on ignorance and leads to serious confrontations based on perceptive values fuelled by the ignorance of politicians. Today there’s a war of wills in the United States which encourages political discourse all over the world, so let’s blame the USA for starting WW3. Isn’t there anyone out there with big enough balls to tell the rogue States that enough is enough?

In every family there is a leader as in every country and in the world. Step up you cowards and stop this insanity, but…

Just observed a jerk on a bike in a 30mph zone with a woman sitting behind him doing 60mph with little protection and he didn’t care about the rules that control his actions. He’s going to do whatever he wants despite the rules. That’s the world today.

ORGANIZED CRIME

Two countries, Iran and Israel, led by their respective extremist groups, are fighting once again. Normally, this would be a shocking headline, were it not for the fact violence has plagued the region for much longer than any sane person would care for. It is an escalation, with Iran being a pretty formidable opponent, but Israel does have the advantage, considering it has the United States to back it up.

The American government has always been Israel’s closest ally, and Donald Trump has not only maintained the course, but it seems he has managed to make the bond even stronger. The Israeli leader has taken advantage of this, (as Israel always has), and emboldened himself, ridding himself of all filters, continuing his incessant bombing in defense of their citizens who were killed, or kidnapped by Hamas. It can be said, though, that killing

tens of thousands of Palestinian civilians in the process is heavy handed, which it is. No one in their right mind can justify something like this.

Israel’s seemingly unprovoked attack on Iran’s nuclear and government facilities last Friday came as a surprise to almost everyone. Trump, (who’s diplomats were simultaneously working out a deal with Iran, where the U.S. would relieve sanctions against them, provided they scale down their nuclear programme), attended the G7 summit in Alberta, where he admitted he was informed the attack was going to take place. The Israeli government sited the attack was preemptive, in order to prevent Iran from developing nuclear weapons, thus safeguarding Israel’s future. Am I missing something here? I must be. What kind of diplomacy is this? The U.S. is trying to get Iran to cool off on nuclear proliferation, yet while these negotiations are going on, the U.S. also knows that Fri-

day Israel is going to bomb Iran, with the same purpose in mind, but with missiles. To top it all off, the Americans had another meeting scheduled. Did they seriously think that the Iranians would still show up? Or is no one communicating in the White House? It seems to me that the lives of ordinary people are being played with.

Now Trump says he’s not getting involved, preferring to let them duke it out. I would just like to know when our leaders will start looking him in the eye. I cannot believe that they’re all too scared to take him on. Maybe not alone, but banded together, they could choke the current government out of office and maybe into jail. Canada even invited him over, after all the crap he’s thrown north of the border. We need to collectively unplug him. The world will take the jolt.

We are all much better without them, and maybe next time we put all of our eggs in someone's else’s basket, we’ll think

twice, or maybe more. This Middle East crisis is not going to end. As long as extremism walks hand-in-hand with religion, there will never be peace. Also, the strategic importance of the area to the United States will also hinder whatever peace may eventually come.

One thing we must also remember is while Trump has us looking toward the conflicts in the Middle East and Europe, we’re distracted from the lawlessness that he has imposed on his own people. It's a real wake-up call watching what on the outside seemed to be a haven for many throughout the world, could end up on its knees at the foot of one brainless tyrant, who’s out to exact revenge on those who crossed him, no matter the means. I hope we all learn from this.

Fiquem bem,

The nuclear threats between Iran and Israel

This is getting very serious!

The nuclear tensions between Iran and Israel repre sent one of the most volatile and complex security challenges in the Middle East today. These threats are rooted in deep-seated political, religious, and stra tegic differences, and their potential escalation could have profound consequences for regional stability and global security.

Iran’s pursuit of nuclear technology has been a conten tious issue for decades. While Iran insists its nuclear program is for peaceful purposes, many Western coun tries and Israel suspect it aims to develop nuclear weapons. Israel perceives a nuclear-armed Iran as an existential threat. It has consistently opposed Iran’s nuclear pursuits and has implied it might take pre-emptive military action if it deems Iran’s program to be nearing weaponization. Israel itself is widely believed to possess nuclear weapons, though it maintains a policy of ambiguity.

Iran’s support for proxy groups like Hezbollah in Lebanon and Hamas in Gaza, which are hostile to Israel, adds layers to the conflict. Israel views these alliances as direct threats, and any escalation involving Iran’s proxies could trigger wider conflict. Negotiations over Iran’s nu clear program have been fraught with setbacks, mistrust, and geopolitical competition. The possibility of renewed diplomacy remains uncertain, and the absence of effective dialogue increases the risk of miscalculation.

The repercussions of a nuclear escalation between Iran and Israel extend far beyond the Middle East. A conflict could prompt other countries in the region to develop or acquire nuclear capabilities, destabilizing an already fragile geopolitical landscape. Any use of nuclear weapons or even a significant exchange could cause widespread humanitarian disaster, economic turmoil, and environment

al damage. It could also trigger a broader war involving global powers, especially if other nations are drawn into supporting either side. The Middle East is a vital corridor

sponses could lead to a wider regional war, involving multiple actors and increasing unpredictability.

An escalation into full-scale conflict or nuclear exchange scale conventional warfare could result in massive loss of life, displacement, and long-term environmental damage.

forts toward peace and development in the Middle East. Economic turmoil, a

The role of the United States, Russia, China, and European nations significantly influence

ment and containment, shaping Iran’s nuclear decisions and Israel’s security strategies. The involvement of these powers can either stabilize or exacerbate tensions depending on their

late a complex web of security, political, and ideological

sequences for regional and global stability. Preventive diplomacy, confidence-building measures, and renewed international engagement are essential to avert a crisis

Photo: DR
Vincent Black Opinon

Os 4 eixos que interessam

Saúde e habitação, justiça e educação são, na verdade, os grandes eixos dos trabalhos da Assembleia da República.

Falar de imigração (não vou dar para esse peditório) tornou-se uma prática comum entre as discussões políticas. Mas não estamos todos de acordo que se deve regular a imigração em Portugal? Claro que sim. Ponto final. Parágrafo. Mas muito mais importante que esta temática é a da saúde, a da habitação, a da justiça e a da educação. Estes quatro eixos, tratados como merecem, são a grande mola impulsionadora de um futuro melhor para Portugal e para os portugueses.

Eixo 1 – Saúde

O anterior governo, liderado por Luís Montenegro, falhou claramente nas políticas da saúde. Vamos ver o que aí vem. Um bom, organizado e valorizado, serviço nacional de saúde é de vital importância para a qualidade de vida dos portugueses. Devemos fazer tudo que esteja ao alcance do governo para reter os profissionais no

setor (a saída massiva de profissionais da saúde para os hospitais privados tem de se travar) a gestão das urgências que tem sido caótica deve ser profissionalizada e agilizada. Não podemos continuar a ter grávidas a não conseguir aceder a um hospital para um parto, por exemplo. Temos mais 36 mil portugueses sem médico de família do que no ano passado e isto é um retrocesso que não pode continuar. O que se passou com a greve do INEM, com resultados catastróficos (com mortes) tem de ter responsáveis assinalados e não se voltar a repetir. A saúde mental e a saúde oral têm de ter mais investimento público. A privatização dos serviços de saúde nunca será solução, será o agudizar do problema.

Eixo 2 – Habitação

Um dos grandes problemas dos nossos dias. Os jovens não têm capacidade para comprar ou mesmo alugar casa. O PS, no programa eleitoral para as últimas eleições, propôs mesmo que parte dos dividendos da Caixa Geral de Depósitos fossem utilizados para a construção social. As casas devolutas são também um desafio, estas devem ser disponibilizadas para quem precisa desde que os direitos dos proprietários nunca sejam esquecidos. A reabilitação de imóveis públicos será outra solução a ter em conta para combater a falta de habitação, mas também a subida dos preços dos imóveis,

Rogério Rodrigues Ferreira

impossíveis de acompanhar por uma grande parte da população portuguesa.

Eixo 3 – Justiça

Este é, sem dúvida, um dos pilares da política que precisa de maiores consensos. Aqui julgo que PS e PSD devem criar amplos consensos para que a reforma necessária seja uma realidade. A celeridade da justiça, a ética e transparência na política são desafios que este governo deve começar a discutir imediatamente onde o PS deve dizer presente como o grande parceiro da democracia no parlamento português. A independência total da justiça é uma das grandes conquistas da democracia e nunca, em momento nenhum, se deve perder.

NOTA

Exatamente 1 mês depois das eleições, a Procuradoria Geral da República arquiva a averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos.

Repito... A independência total da justiça é uma das grandes conquistas da democracia e nunca, em momento nenhum, se deve perder.

Eixo 4 – Educação

Sendo a Escola Pública uma das maiores conquistas da nossa democracia, urge do-

Murmúrios, subúrbios e outros subterfúgios

O livro é uma «escolha poética de mais de 50 anos» mas não é uma estreia. Rogério Rodrigues Ferreira (n.1948) já tem poemas publicados nos jornais («Diário de Lisboa» e «República») e no livro «POESIA 71» (Editorial Inova) um volume organizado por Egito Gonçalves e Fiama Hasse Pais Brandão. Por outro lado «Loures – uma terra de gente generosa» editado em 2005 pela Câmara Municipal de Loures, integra textos seus sobre peças em cerâmica. Publicado pela Booklink Edições, este livro de 165 páginas tem capa de Ri -

cardo Passos, foto de Miguel Barrento, paginação de Rita Pinto Ferreira e prefácio de José do Carmo Francisco. Organiza-se em cinco capítulos: Poemas do Amor e suas imprecações, Preparação para a Guerra Colonial, À volta de Abril, Tempos relativos (anos na venta) e Subúrbio e outros subterfúgios.

Os poemas fazem citações de autores como João Bandeira, Vitorino Salomé, Manuel Alegre, Sérgio Godinho, Carlos Pombo, Fernando Assis Pacheco e José Afonso.

tá-la de qualidade para formar cidadãos e estes combaterem as desigualdades com a educação adquirida. Nos últimos 50 anos, notamos uma redução significativa do abandono escolar e uma conclusão dos estudos do secundário normalizada. Mas o passo seguinte, o ensino superior, deve primar também pela qualidade e a sua acessibilidade tem de garantir que a grande maioria lá chegue (com redução de propinas, por exemplo.)

Corolário

Para além de tudo isto, melhores e mais justos salários para todos, um apoio à cultura que a valorize e a disponibilize para quem quer aceder. Nunca esquecer quem trabalhou uma vida para ter uma reforma que permita viver como merece, tendo uma segurança social pública sólida, equitativa e sustentável criando soluções para um envelhecimento digno. Uma valorização dos emigrantes com E. Nós merecemos ser portugueses de primeira e deixar a segunda categoria de uma vez por todas. Um país como Portugal merece o melhor da política e dos políticos com um Estado mais próximo, ágil e inteligente.

“O interesse que tenho em acreditar numa coisa não é a prova da existência dessa coisa.” - Voltaire

Vejamos o poema da página 54: «tenho netas, tenho remos/e as filhas a ver o mar/ tenho mapas tenho rotas/com elas vou navegar/tenho netas, tenho sonhos/e cantigas de embalar/tenho o amor bem à vista/nos seus olhos a boiar/uma é grande, outras pequenas/três netas raios de sol/as duas filhas seus lemes/e também o seu farol/tenho barcos, tenho remos/tenho no tejo um veleiro/com minhas filhas e netas/ navego pelo mundo inteiro» mas sem esquecer a página 164 «esperemos pelas filhas e netas e contaremos para dentro cinquenta sóis. Talvez se aqueça, talvez não se esqueça».

JCF

Vítor M. Silva Opinião
Crédito: DR
As pessoas já se movem e aceleram para ganhar a cadeira

Eleições

autárquicas estão aí perto, e muitos já se preparam para agarrar o lugar.

Tudo indica que será no final de setembro ou início de outubro que os portugueses vão ser chamados a votar, desta vez para eleger os presidentes de câmara e de junta de freguesia. Sempre foi assim, mas cada vez se exige mais de quem se apresenta. Para ser presidente de junta, é preciso gostar de trabalhar para as pessoas. É um cargo de grande responsabilidade, pois quem for eleito vai gerir os destinos da freguesia ou vila durante os próximos quatro anos.

Não é preciso ter um curso superior, ser doutorado, empresário ou ter uma idade específica. No passado dizia-se que, para ser um bom presidente, era preciso ser empresário. Puro enga-

no. Ser um bom presidente está na pessoa: dedicação, tempo disponível, gosto pela sua terra, honestidade… podia continuar. A idade não é impedimento, pode até ser um jovem e vir a ser um grande presidente. Muitos jovens não têm vícios e vêm com novas ideias.

Quem se candidata tem de estar consciente de que vai perder muito tempo ao serviço dos outros. Não pode ir com o objetivo de se "remediar", de fazer sociedades com amigos ou de comprar terrenos e moradias que aparecem primeiro à junta. Há tantas situações que podem ser consideradas corrupção ou conflito de interesses. E, sim, isso acontece, aconteceu em muitos lugares. Só que o Zé Povinho, como anda meio a dormir, deixa passar. Mas um bom cidadão, que gosta da sua freguesia e preza a transparência, quando sabe de algo anormal, denuncia. Assim evitam-se muitos problemas.

Quem coloca o nome a votos, sobretudo para presidente de junta, não deve es-

tar com dificuldades económicas. Deve ter uma vida estável, sem precisar de pensar em "casos e casinhos". Tem de estar preparado para sacrificar parte da sua vida pessoal e profissional para servir o povo. Não se pode candidatar só para conhecer os "cantos da casa", começar a trabalhar para si próprio e esquecer-se de que foi eleito para trabalhar pelo povo e com o povo. Presidir uma freguesia é cuidar da limpeza, da cultura, do embelezamento dos canteiros, do alargamento de caminhos, do saneamento básico, de melhorar a qualidade de vida dos idosos, apoiar crianças com menos recursos, mobilizar voluntários, criar oportunidades. Sabemos que as juntas não têm meios financeiros para grandes obras. Mas aí entra a disponibilidade e a vontade de ir até à câmara municipal, apresentar os problemas, propor soluções e lutar por apoios. Porque a maioria dos projetos são da competência das câmaras.

Não é com a perna estendida na esplanada que se gere uma freguesia. Por isso, o

mais importante é ter tempo e capacidade. E, claro, hoje em dia, é necessário ter conhecimentos diversos, as exigências tecnológicas assim o obrigam. Mas um bom presidente sabe rodear-se de uma boa equipa.

Os mandatos deviam ser limitados a dois. Muito tempo no poder vicia as pessoas, faz com que percam o gosto, e há quem comece a governar-se a si próprio. Perde-se o respeito pelos direitos e deveres, e esquece-se a razão pela qual se foi eleito. Que venham muitos candidatos, mas que sejam honestos e dedicados. Não basta apresentar um manifesto cheio de boas intenções e depois deixá-lo esquecido numa gaveta.

Parabéns a todos os que tencionam candidatar-se. Mas não se esqueçam: eleições não se ganham. Perde-se tempo, dinheiro, dias de vida, tempo com a família… e, o que muitos não pensam, mas acontece: perdem-se amigos. Bom fim de semana!

Augusto Bandeira Opinião
Crédito: DR

Manuel DaCosta Um ícone da emigração portuguesa no Canadá

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico e político.

Nos vários exemplos de empresários da diáspora, cada vez mais reconhecidos como uma mais-valia estratégica na promoção do país, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso do comendador Manuel DaCosta, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto.

Natural de Castelo do Neiva, concelho de Viana do Castelo, Manuel DaCosta emigrou para o Canadá em 1970, com 14 anos de idade, na companhia da mãe e dos irmãos, ao encontro da figura paterna que emigrara três anos antes em demanda de melhores condições de vida para uma família humilde e numerosa de pescadores-lavradores, marcada pelo espectro de grandes carências, na esteira da larga maioria da população que durante a ditadura portuguesa vivia na pobreza, quando não na miséria.

A chegada a Toronto, a maior cidade do Canadá, numa fase de crescimento da emigração lusa para o território da América do Norte, marca o início de um percurso de vida de um verdadeiro “self-made man”. O trabalho, o esforço e a resiliência, valores coligidos no exemplo diário da mãe, transformaram o jovem castelense, que começou a trabalhar na colheita do tomate em Wallaceburg e anos mais tarde frequentou a Ryerson Polytechnical Institute, univer-

Flexibilidade

sidade onde se formou em arquitetura e aprendeu muitos dos alicerces que lhe permitiram progredir profissionalmente, num dos mais proeminentes empresários portugueses na área da engenharia de construção na província do Ontário. Empresário multifacetado, com uma trajetória marcada pelo mérito e pela inovação, premissas que estão na base das insígnias do grau de comendador que lhe foram atribuídas pelas autoridades portuguesas, Manuel DaCosta dirige presentemente uma das mais importantes empresas de comunicação social luso-canadianas. Designadamente, a MDC Media Group, que incorpora órgãos de informação como a Camões Radio & TV, o jornal Milénio Stadium, as revistas Amar e Luso Life, e que desde a sua génese se tem posicionado como uma plataforma de inovação e informação ao serviço da comunidade lusófona no Canadá. O sucesso que alcançou ao longo das últimas décadas no mundo dos negócios, tem sido constantemente acompanhado de um generoso apoio a projetos emblemáticos da comunidade portuguesa em Toronto, a quem devota uma forte preocupação com o conhecimento do seu passado, os desafios do seu presente e a sua futura matriz cultural e identitária. Como é o caso atualmente, da Magellen Community Charities, instituição responsável pela construção em Toronto, do primeiro lar de cuidados a longo termo para idosos de expressão portuguesa.

Ainda em 2019, no âmbito das comemorações do 171.º aniversário de elevação de Viana do Castelo a cidade, o município alto-minhoto distinguiu Manuel DaCosta com o título de “Cidadão de Honra de Viana do Castelo” pelos notáveis serviços de cidadania e relevantes serviços na diáspora e no torrão natal, enquanto empresário e promotor da cultura portuguesa.

Nunca abdicando da coragem, frontalidade e audácia de pensar, dizer e fazer,

o comendador Manuel DaCosta, é entre muitas outras iniciativas, fautor da Galeria dos Pioneiros Portugueses, um espaço museológico singular em Toronto que se dedica à perpetuação da memória e das histórias dos pioneiros da emigração portuguesa para o Canadá.

Assim como, do Portuguese Canadian Walk of Fame, que anualmente laureia portugueses que se têm destacado no território canadiano. No decurso da cerimónia deste ano, que decorreu no alvorecer do mês de junho, e onde foram homenageados Albino Fernandes da Silva, empresário cultural e proprietário do restaurante Chiado; Maria Barcelos, diretora executiva da organiza-

ção The Gatehouse; José Eustáquio, presidente da Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO); e o First Portuguese Canadian Cultural Centre. Destacou-se também, a justa e merecida homenagem surpresa a Manuel DaCosta, um incontornável ícone da emigração portuguesa no Canadá, cuja dedicação, nas palavras dos diretores do Portuguese Canadian Walk of Fame, “ao longo de muitos anos, especialmente em tempos difíceis como a pandemia, demonstra a sua persistência e compromisso com a comunidade”.

A palavra bonita para a precariedade

O diálogo democrático é um bem em si mesmo mas não lhe é indiferente o caminho que toma. Hoje começa-se a discutir o programa do XXV Governo Constitucional. Luís Montenegro, como António Costa já havia feito, incluiu propostas dos partidos de oposição no seu Programa de Governo. Este exercício foi conveniente para enxertar e assim tentar legitimar medidas que a AD não ousou apresentar aos eleitores mas que fazem parte do repertório clássico de um partido de direita. É o caso da privatização parcial da CP, do esbanjar de dinheiro público em pensões privadas e do endurecimento da política de imigração e integração.

Asurpresa mais gritante, porém, são as leis laborais. O programa eleitoral da AD dizia apenas pretender "valorizar o trabalho e o emprego e combater a pobreza dos trabalhadores", designadamente através de um Suplemento Remunerativo Solidário. Semanas depois, nada disso inte-

ressa. Já no Governo, a AD anuncia que "o grau de rigidez da legislação laboral deverá ser atenuado", de forma a "equilibrar a proteção dos trabalhadores com uma maior flexibilidade dos regimes laborais". Para quem fala tanto em estabilidade e reformas, o que a AD pretende fazer é o oposto. Em 2022, o Governo do Partido Socialista propôs a Agenda do Trabalho Digno, no sentido de valorizar salários e combater a precariedade. Foram meses de negociação em concertação social a que se seguiu um rico diálogo parlamentar, onde foram também incluídas propostas dos partidos da oposição, culminando na Lei n.º 13/2023, de 3 de abril. Essa reforma está ainda a surtir os seus efeitos, designadamente no reconhecimento dos contratos de trabalho para os trabalhadores das plataformas digitais. Goste-se mais ou menos das alterações que ela trouxe, voltar a mexer nas leis laborais tão pouco tempo depois da sua reforma é estar a introduzir mais instabilidade e custos para as empresas, que terão de se adaptar mais uma vez a novas regras e às novas dinâmicas que elas trouxerem.

Não devemos ter, porém, tibiezas em relação ao sentido da AD. O propósito é claramente uma contrarreforma – desfazer a Agenda e regressar aos índices de precariedade que vivemos no período da Troika, sem

qualquer mandato popular para o efeito. Há, no plano dos princípios, amplos motivos para ser contra. A precariedade é uma cruz que impede as famílias de organizarem a sua vida. Desregula horários e limita a capacidade dos trabalhadores obterem melhores salários. Em média, a remuneração dos contratos a termo é 40% inferior à dos contratos permanentes. Para um país tão fustigado pela pobreza e pela emigração, só pelo impacto que terá nos trabalhadores esta seria uma má contrarreforma. E para as empresas, será esta uma boa medida? A AD justifica a sua contrarreforma com a necessidade de "aumen¬tar a produtividade e competitividade das empresas, bem como de incenti¬var o desempenho dos trabalhadores". Partindo da economia clássica, vêm a rigidez como um custo que impede as empresas de se ajustarem a flutuações na procura e que, assim, precavendo-se para essa eventualidade, não investem ou não contratam.

Como vimos em sucessivas crises económicas, não podemos levar as teorias clássicas à letra. No caso, este argumento está caduco. Vivemos hoje numa economia do conhecimento, onde tanto os bens tangíveis como intangíveis, já para não falar dos serviços, dependem da especialização e da inovação. Isso é especialmente

verdade para uma economia europeia que não pode nem deveria querer competir pelo baixo custo mas, outrossim, pelo valor acrescentado.

Uma economia competitiva hoje em dia requer investimento em capital físico (maquinaria), em capital intangível (software), em organização (melhor gestão), mas também ou sobretudo capital humano. É por isso que uma variedade de estudos económicos aponta para a ineficácia da flexibilização das relações laborais como medida de aumento da produtividade, investimento, emprego ou salários.

Não é difícil de perceber porquê. Um trabalhar sem perspetivas de ficar no seu emprego estará, em regra, menos motivado para aprender as competências e conhecimentos específicos à sua função, empresa ou indústria. Estará também menos apto a arriscar, a discordar das práticas correntes, a ousar propor diferente – numa palavra, a inovar.

Este não é, pois, um bom augúrio neste arranque do XXV Governo Constitucional. É uma má notícia para os trabalhadores, para a economia e para a inovação. Se é para isto que Montenegro quis ir buscar propostas aos partidos da oposição, mais valia ficar pelo "pequeno nada" que deixou no seu programa eleitoral.

Daniel Bastos Opinião
O comendador Manuel DaCosta no decurso do Portuguese Canadian Walk of Fame 2025. Créditos: Francisco Pegado
Miguel Matos Opinião

Passos gravados na pedra

Ser emigrante não é deixar a terra, é levar a terra consigo. José Saramago

Aida Batista

Daniel Bastos, historiador bem conhecido pela publicação de textos sobre figuras destacadas, instituições ou associações ligadas à nossa diáspora, fez, no passado dia 20 de maio, na Sociedade de Geografia de Lisboa, o lançamento de uma obra que muita falta fazia no panorama da nossa historiografia – “Monumentos ao Emigrante: Uma Homenagem À História da Emigração Portuguesa.” Apesar de ter sido um evento amplamente difundido nos vários órgãos da comunicação social, nunca será demais escrever sobre um tema que tanto nos convoca para um novo olhar sobre a mobilidade social.

Trata-se de uma recolha de mais de uma centena de registos fotográficos de monumentos espalhados por Portugal Continental, e respetivos arquipélagos da Madeira e dos Açores, que homenageiam a gesta das partidas, captados pela lente do conceituado fotógrafo Luís Carvalhido.

A maioria desta estatuária foi erguida por iniciativa das próprias edilidades, em cujos concelhos o fenómeno migratório mais se fez sentir - “as terras que sentiram na pele os dramas da emigração sabem mais, e não se envergonham de o lembrar”, como refere o Professor Onésimo Almeida no prefácio; outra, resultou da vontade dos próprios imigrantes que se juntaram e, através de quotizações, se organizaram para que o nome do berço que tantos filhos dera ao mundo ficasse perpetuado no imaginário coletivo.

Quando no nosso país, e por toda a nossa diáspora, estamos a viver a maior onda anti-imigração a que já assistimos, é bom que nos centremos nestes monumentos, tes-

temunhos vivos de que já fizemos o mesmo e exatamente pelas mesmíssimas razões: melhores condições de vida, numa aposta desesperada em futuros por cumprir, independentemente do destino escolhido. E não me venham com o argumento das portas escancaradas e da ilegalidade das situações. Nós, repito, nós – portugueses – fizemos exatamente o mesmo e continuamos a fazê-lo. Continuamos a partir com vistos de turistas, prolongando-os para além do tempo legalmente permitido, ludibriando assim a clandestinidade com todas as artimanhas que o “frio e a fome metem a lebre ao caminho”. Conheço casos, não falo de cor. Não são tão numerosos como um passado recente atestou, mas, apesar de o cerco ser muito mais apertado e as medidas de vigilância mais restritivas, eles acontecem. Não quero com isto dizer que se deve pactuar com a ilegalidade, mas apenas recordar que o recurso à mesma também faz parte das nossas práticas, enquanto condição intrínseca de quem não quer viver aprisionado nas amarras que o fado lhes ditou. Por isso, é tanto mais incompreensível quanto aqueles que emigraram sejam hoje, lá como cá, as vozes que mais se destacam no combate à imigração e agora, também, ao reagrupamento familiar.

Na análise iconográfica dos monumentos, o elemento que mais se destaca é a mala, reduzida, por vezes, a uma simples trouxa. Como muito bem nos diz a Professora Maria Beatriz Rocha Trindade, autora do posfácio: “A mala […] quer seja suportada pela mão do emigrante quer se encontre pousada ao seu lado, torna-se indispensável como objeto de grande intensidade simbólica.”

Mais dos que os parcos haveres materiais, a mala transportava sonhos: o sonho de fugir da miséria e da fome, o sonho de triunfar, o sonho de ser bem-sucedido e dar uma educação formal aos filhos, o sonho de construir uma casa ou de comprar um carro, sem esquecer o excesso de peso das memórias traduzidas em sabores e odores da terra nunca deixada, porque transportada como uma ferida aberta à espera de cicatrização.

Como o livro irá ser lançado no próximo sábado (dia 28), às 10h, na Peach Gallery em Toronto, faço um apelo a todos os que da comunidade portuguesa puderem estar presentes, porque essa será a melhor forma de prestar uma homenagem pública aos que tiveram a ousadia de partir. Ou seja, a si próprios.

Opinião

O ponto alto foi o célebre jantar requintado no Clube Cultural Português de Mississauga, que encerrou o evento com chave de ouro. “Foi um dia fantástico, com uma adesão impressionante. Estamos muito gratos a todos os patrocinadores, jogadores e voluntários que tornaram isto possível”, afirmou a organização, que já olha com entusiasmo para a edição de 2026.

Este ano, o valor “das mãos unidas e solidárias” ascendeu, segundo fonte da organização, aos 290 mil dólares, que serão, sem dúvida, uma importante ajuda no quotidiano da instituição.

Rómulo Medeiros Ávila/MS Torneio

em nome da inclusão

O tradicional Torneio Anual de Golfe da Luso Canadian Charitable Society (LCCS) voltou a ser um êxito estrondoso ao esgotar por completo as inscrições nas duas localizações escolhidas para esta 17.ª edição, que decorreu na sexta feira (13 de Junho) com casa cheia – 450 participantes - e espírito solidário em alta. Este evento já é um marco no calendário da comunidade luso canadiana e de todos os que apoiam a causa da inclusão.

Pela primeira vez, o torneio teve lugar em dois clubes de golfe distintos, comprovando o seu crescimento e o entusiasmo em torno da iniciativa. O Torneio de Golfe da Luso é muito mais do que um simples evento desportivo, pois trata se de um dos mais importantes momentos de angariação de fundos da associação, permitindo assegurar a continuidade de programas e serviços essenciais a pessoas com deficiência e às suas famílias. Sem financiamento governamental contínuo, a associação depende do apoio generoso da comunidade para manter o seu trabalho. Segundo Jack Prazeres, presidente da

LCCS, “a meta principal do evento é clara: angariar fundos para os programas sociais da instituição, que apoia pessoas com deficiência e as suas famílias ao longo de todo o ano”. Acrescentou que “este montante é essencial para garantir o funcionamento e a expansão dos programas de apoio, que atualmente não conseguem dar resposta integral a todas as famílias”.

Ao longo do ano, a LUSO organiza vários eventos com este propósito, como a Gala, o Torneio de Golfe e a Volta, sendo que esta última já está marcada para 28 de setembro, no Centro Cultural Português de Mississauga. “Decidimos realizá la um pouco mais tarde este ano, após as férias, para assegurar uma melhor organização”, justificam os responsáveis.

Em conversa com o nosso jornal, Jack Prazeres lançou um apelo direto: “Esta parte da sociedade não tem o apoio necessário dos governos. Se não formos nós, os voluntários, a LUSO, outras associações, estas pessoas ficam esquecidas. Não protestam, não se fazem ouvir; estão em casa, isoladas. Cabe nos a nós ajudá las.”

Entre tacadas certeiras e sorrisos partilhados, Ilídio Coito voltou a marcar pre-

sença num dos eventos solidários promovidos pela LUSO. “Enquanto comunidade, devemos unir esforços para apoiar esta grande associação”, afirmou, destacando o papel da LUSO como centro de assistência a pessoas com necessidades, sejam elas portuguesas ou de outras origens. “Já são três casas, com vontade de crescer, porque há muita gente a precisar de apoio.”

Para além do jogo, a jornada serviu também de encontro e reforço de laços entre participantes e empresas. “O dia está espetacular. É uma forma de conversar, criar relações e, ao mesmo tempo, descansar e aliviar o stress, tudo em prol de uma causa maior.”

Ilídio revelou ainda o seu entusiasmo pelo desporto: “O golfe é viciante, entra nos nas veias. Para muitos de nós, já reformados, torna se mais acessível e é uma excelente forma de expressão e liberdade.” O seu apelo final foi claro: “Participem. Juntem se à causa. Ajudar quem mais precisa é um dever de todos nós.”

Durante o dia, os participantes desfrutaram não só de uma experiência de golfe de excelência, como também de diversas atividades e desafios ao longo do percurso.

Noite de Tertúlia Cultural em Toronto

A Casa de Alentejo foi o palco, na noite de quinta-feira, 5 de junho, da primeira edição da “Tertulia Night: An Evening of Letters, Music & Drinks”, uma iniciativa cultural organizada pelo Núcleo de Leitura da Casa de Alentejo, com a colaboração de diversos amantes das artes. O evento marcou o início de um fim de semana repleto de celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Toronto.

Oencontro reuniu um grupo diversificado de artistas luso-canadianos escritores, músicos, pintores e outros criadores numa noite dedicada à valorização da expressão artística e cultural da comunidade portuguesa no Canadá. Um dos momentos mais marcantes foi o espaço de "open mic", que propor-

cionou uma plataforma para novos talentos apresentarem seus trabalhos a um público atento e entusiasta.

Mais do que uma mostra artística, a Tertulia Night revelou-se um verdadeiro espaço de partilha, diálogo e fortaleci-

mento dos laços comunitários. A atmosfera descontraída, enriquecida por várias manifestações culturais, criou um ambiente acolhedor e festivo, onde tradição e modernidade se entrelaçaram com naturalidade.

Aberto ao público, o evento foi recebido com grande entusiasmo. Segundo os organizadores, a estreia "superou todas as expectativas" e tem potencial para ser incorporado de forma permanente no calendário anual das celebrações do Dia de Portugal e outras festividades em Toronto. Com esta realização, deu-se o pontapé de saída para um fim de semana inteiramente dedicado à celebração da herança portuguesa e à promoção da cultura luso-canadiana na cidade.

Francisco Pegado/MS

III Encontro de comunicação social no Canadá Fortalecer a

identidade

A Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades promoveu o III Encontro de Diretores de Comunicação Social dos Açores e da América do Norte, que decorreu no Canadá, entre 12 e 16 de junho, nas cidades de Toronto e Montreal. A iniciativa, organizada pela Direção Regional das Comunidades, reuniu órgãos de comunicação dos Açores e das províncias canadianas de Ontário e Quebeque, com o objetivo de debater desafios da comunicação transatlântica e partilhar experiências e conhecimentos.

Oprograma inclui visitas a rádios, televisões e jornais locais, sessões de debate com representantes dos meios de comunicação participantes, e uma participação nas Festas do Divino Espírito Santo em Laval.

O encontro contou com a presença de nove órgãos de comunicação açorianos e cerca de vinte canadianos. As anteriores edições tiveram lugar em 2022, nos Açores e nos EUA, e deram origem à ADMA – Azores Diaspora Media Alliance, coordenada pelo Portuguese Beyond Borders Institute, nos EUA.

Este III Encontro visou reforçar a cooperação e promover a identidade cultural açoriana, através de intercâmbio e sinergias entre meios de comunicação social da diáspora e da Região Autónoma dos Açores. Merece destaque o debate /encontro de Diretores de Comunicação Social dos Açores e da América do Norte, no Graciosa Community Centre, em Toronto. O grupo MDC esteve presente numa sessão presidida pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, que contou com a participação de vários órgãos de comunicação dos Açores e da província do Ontário. Os trabalhos foram organizados em painéis temáticos dedicados à Imprensa, Rádio e Televisão, promovendo o debate e a troca de experiências entre os profissionais dos dois la-

açoriana através da comunicação

dos do Atlântico.

O III Encontro de Comunicação Social foi considerado, pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, como “sendo fundamental para fortalecer a ligação entre os Açores e a diáspora”. O Secretário destacou que “a comunidade açoriana vai muito além dos residentes no arquipélago, sendo essencial o papel da comunicação social para manter essa comunidade unida e com identidade partilhada”.

O Governo pretende concretizar esse potencial “através de várias medidas: criação de um centro logístico em Ponta Delgada com recursos adequados, promoção de ações de formação nos Açores com participação ativa de jornalistas da diáspora, e apoio à comunicação social da diáspora com publicidade institucional a partir do próximo ano”. Além disso, há interesse em aproveitar as “sinergias e boas práticas dos órgãos luso-canadianos, tanto técnicas como organizacionais, reforçando o intercâmbio de conteúdos e aproximando as

realidades dos Açores e da diáspora. O foco agora é fazer acontecer, dotando o setor dos meios necessários”.

José Andrade, Diretor Regional das Comunidades, destacou “a importância da continuidade das iniciativas de intercâmbio entre os órgãos de comunicação dos Açores e da América do Norte. Recordou que “o primeiro encontro foi realizado nos Açores em 2022, e o segundo nos EUA, onde foi criada a Aliança de Cooperação Transatlântica da Comunicação Social dos Açores e da América do Norte, com cerca de 20 órgãos participantes”

Neste terceiro encontro, realizado no Canadá, a prioridade é “operacionalizar a Aliança com o apoio do Secretário Regional, através da criação de uma plataforma digital de partilha de conteúdos e de intercâmbios entre os meios de comunicação dos Açores, EUA e Canadá. A união das comunidades açorianas através da comunicação social é vista como essencial para fortalecer laços e promover uma identidade partilhada”.

Golfe, comunidade e benfiquismo

56 Anos da Casa do Benfica Toronto celebrados com desporto e alegria

Há 56 anos que a Casa do Benfica de Toronto é muito mais do que um espaço de paixão clubística - é um verdadeiro símbolo de identidade, união e perseverança da comunidade portuguesa no Canadá. Fundada por portugueses, para portugueses, esta Casa ergue-se como uma embaixada do coração, onde o vermelho do Benfica se funde com o verde, amarelo e vermelho de Portugal. São mais de cinco décadas de história, conquistas e tradição, onde cada iniciativa, cada evento e cada celebração ecoam o amor não só pelo clube da Luz, mas, acima de tudo, pelas raízes que nos ligam à nossa terra. A Casa do Benfica em Toronto é a prova viva de que a força de uma comunidade não se mede apenas em números, mas na capacidade de manter viva a cultura, a língua e os valores portugueses, geração após geração. Aqui, o Benfica é pretexto e Portugal é o propósito.

Apesar de ser totalmente verde, o Columbus Golf & Country Club Toronto voltou a vestir-se de vermelho e branco com mais uma edição do Torneio Anual de Golfe da Casa do Benfica. O evento, inserido nas comemorações do mês de Portugal e dos 56 anos da Casa, reuniu cerca de 150 participantes num ambiente de convívio, paixão clubística e celebração da

identidade lusitana.

O torneio, promovido pela Casa do Benfica em Toronto, esgotou rapidamente, mostrando mais uma vez a força desta instituição junto da comunidade. Para além da vertente desportiva, o encontro serviu também como ponto de união e partilha entre gerações de emigrantes portugueses e amantes do clube da Luz.

“Este torneio é mais do que desporto, é uma festa. Uma verdadeira celebração da nossa portugalidade e do nosso benfiquismo,” afirmou Frank Álvarez, membro do Comité de Golfe da Casa do Benfica. Em declarações ao nosso jornal, o comendador realçou que “este torneio é mais um sucesso e a prova do trabalho excelente desta direção”. Já sobre o futebol português, Álvarez assumiu que “o futebol em Portugal precisa de uma verdadeira limpeza, para que possamos ter um campeonato mais decente e mais limpo.”

John da Costa, presidente da Casa do Benfica, reforçou a importância da ligação à comunidade: “Sempre foi parte do nosso projeto envolver a comunidade. Ainda há muito por fazer, mas a adesão tem sido excelente. Este evento está cheio, como tem sido habitual nos últimos anos.” Para além do golfe, o evento terminou com um jantar de confraternização, onde se trocaram histórias, brindes e a certeza de que “o Benfica é muito mais do que futebol - é família.

Estamos sempre a trazer um bocadinho de Portugal até nós. E isso é das coisas mais importantes que fazemos.”

O torneio contou ainda com a presença de várias figuras conhecidas da comunidade portuguesa de Toronto, incluindo Paulo Pereira, reconhecido líder associativo, que deixou uma mensagem de união: “A comunidade é feita por todos nós. Quem ainda não participa, que venha participar, seja na Casa do Benfica ou noutras associações. A união faz a força, e precisamos disso para termos uma comunidade cada vez mais forte.”

Também David Curto, vice-presidente da Casa do Benfica, sublinhou o sucesso da iniciativa: “As inscrições esgotaram em duas semanas. Já nos perguntam quando será o próximo torneio. Se calhar, no futuro, teremos de fazer dois dias.” O dirigente salientou ainda que “para nós, emigrantes, viver o Dia de Portugal e as festividades à volta dessas comemorações são sempre momentos de encher a alma.”

O dia terminou em festa, com palavras de agradecimento aos patrocinadores, organizadores e a todos os que contribuíram para o sucesso do evento. A visita do antigo jogador Eliseu foi outro dos momentos altos do dia passado na natureza.

Para os organizadores, o sucesso do torneio e das festividades do mês de Portugal

Este foi, também, um gesto profundo de pertença, um reencontro de vozes separadas pelo Atlântico, mas unidas por um mesmo coração açoriano. Em cada debate, cada visita, cada partilha, fez-se mais do que trocar experiências: construiu-se uma ponte viva entre a terra-mãe e as suas diásporas, feita de palavras, sons e imagens com raízes profundas e horizontes largos. Esta aliança transatlântica não é apenas um projeto institucional - é a alma de um povo que se recusa a esquecer quem é, onde quer que esteja. Ao investir em comunicação, formação e intercâmbio, o Governo dos Açores planta as sementes de um futuro onde todos os açorianos se possam ver e ouvir, como se estivessem lado a lado. Neste tempo de grandes desafios globais, este encontro mostrou que comunicar é resistir ao esquecimento, é celebrar a memória, e é, acima de tudo, cuidar daquilo que nos faz povo: a nossa voz. E essa, agora mais do que nunca, ecoa em uníssono dos dois lados do mar.

Rómulo Medeiros Ávila / MS

confirma o caminho que a Casa do Benfica tem trilhado em Toronto, um caminho feito de paixão, dedicação e, acima de tudo, comunidade.

Porque enquanto houver Benfica, enquanto houver Portugal no coração da diáspora, a chama nunca se apagará. É como que um legado - benfiquista - que atravessa oceanos e gerações. E assim será, sempre.

Rómulo Medeiros Ávila / MS

Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.

Mississauga celebra Portugal com alma, tradição e sonhos em movimento

O Centro Cultural Português de Mississauga (CCPM) voltou a vestir as cores de Portugal e de festa para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, num ambiente carregado de emoção, simbolismo e genuína portugalidade. No sábado (14 de Junho), o içar da bandeira portuguesa marcou o início da cerimónia, seguiu-se um arraial típico, repleto de folclore, sabores tradicionais e um forte espírito de união entre gerações.

Laurentino Esteves, conselheiro das Comunidades Portuguesas, marcou presença e como confesso “amante de folclore” era, por si só, um homem feliz. “O hastear da bandeira nacional é sempre um momento de grande honra. Onde quer que esteja a nossa bandeira, há sempre regozijo e sentimento de portugalidade”, sublinhou.

Esteves destacou a importância da continuidade destas celebrações, afirmando que “o 10 de Junho deve viver-se o ano inteiro”. A organização do evento contou com presença de vários ranchos folclóricos e sabores autênticos como sardinhas assadas, cozido à portuguesa e pastéis de nata - foi aplaudida pelo conselheiro, que a classificou como “uma combinação perfeita para continuarmos a ser portugueses, sempre”.

O sentido comunitário e de união do CCPM foi elogiado como modelo para outras organizações: “Aqui não há vedetas, não vejo protagonismos. Vejo pessoas comprometidas com uma associação renovada.” O conselheiro apontou ainda o papel fundamental da cooperação com políticos locais, frisando que a comunidade não se deve excluir do processo político. “Os políticos fazem parte do tecido da sociedade. Temos de saber agradecer quando as coisas são bem feitas.”, disse.

Também presente esteve o deputado federal Charles de Sousa, que dirigiu palavras sentidas aos participantes: “Sou muito orgulhoso de ser luso-canadiano, a celebrar o Dia de Portugal, de Camões e das Comu-

nidades pelo mundo fora. Aqui estamos, mais uma vez, a celebrar o mês de Portugal no Canadá. Um grande calor humano para todos os que aqui estão. Muitos contribuíram para a nossa comunidade ao longo dos anos. Agradeço a todos, e desejo um bom mês de Portugal, e, neste caso, uma excelente festa. Quero dizer que em Mississauga há também uma grande comunidade, forte e intergeracional.” As suas palavras reforçaram o espírito de pertença e de continuidade que caracterizam a comunidade portuguesa na diáspora.

A voz da juventude foi trazida por Bárbara Monteiro. Num momento de grande simbolismo, a jovem Bárbara Monteiro interpretou – com grande brilhantismoos hinos do Canadá e de Portugal. “Quase chorei quando me pediram para o fazer”, revelou emocionada. Nascida no Canadá mas com raízes portuguesas profundas, deixou uma mensagem clara aos jovens: “Que se envolvam na comunidade, que não fiquem em casa. Participem!”

O sonho da realização de uma parada portuguesa em Mississauga

Por seu turno, Jorge Mouselo, presidente do Centro Cultural Português de Mississauga, relembrou o percurso que levou à instituição do hastear da bandeira portuguesa neste recinto: “Foi uma batalha. Levou tempo, mas graças a Deus, cá estamos.” Sobre a ideia de realizar uma parada de Portugal nesta zona - em Mississauga, não escondeu a ambição: “É um sonho meu. Está nos planos. E parece-me mais próximo do que eu imaginava. Estamos a trabalhar para isso”.

O rosto da liderança do CCPM foi claro à nossa reportagem: “É um sonho meu que conseguíssemos mesmo concretizar isto aqui em Mississauga, porque Toronto é Toronto, e não lhe tiro mérito. Adoro Toronto, mas temos muitos portugueses em Mississauga. Muitos mesmo. A nossa comunidade aqui é enorme: temos grandes comércios, grandes negócios, e mesmo

A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

aqui ao lado temos a Luso Canadian Charitable Society. Já fazemos parte de Streetsville. Se pensarmos em tudo isto, acho que faz todo o sentido a realização de uma parada portuguesa aqui. E seria mesmo, como costumo dizer, a cereja no topo do bolo. É um sonho, e estou a trabalhar para que se torne realidade”.

A recente renovação das instalações, incluindo o parque de estacionamento, e a criação de iniciativas solidárias, como a venda de fitas a favor do projeto Magellan, demonstram o dinamismo da associação comunitária. “Todo o dinheiro das fitas será doado. O meu sonho é ver a nova vedação completamente cheia”, partilhou Jorge Mouselo.

O projeto Magellan, lar destinado a idosos luso-canadianos, continua a ser uma prioridade solidária. “Muitos na nossa comunidade já precisam de uma casa dessas e não têm para onde ir. O Magellan está a nascer, e se Deus quiser, dentro de dois ou três anos será uma realidade”, admitiu o presidente do CCPM.

Andrew Câmara, ligado ao movimento cultural da comunidade, refletiu sobre o futuro da identidade portuguesa no Canadá: “Os jovens que entram agora não são imigrantes, não têm aquela saudade, mas querem preservar as tradições. Serão festas diferentes, com artistas diferentes, mas com a mesma paixão.”

A festa terminou como começou: ao som do folclore, com trajes e danças tradicionais, com artistas comunitários, num tributo à cultura que une gerações. O Centro Cultural Português de Mississauga demonstrou, mais uma vez, que a portugalidade não se esgota num dia, nem num lugar. Este cento mostrou, uma vez mais, que é possível honrar o passado, viver o presente e construir o futuro - com união, orgulho e um espírito incansável.

Porque ser português, mesmo longe, é uma chama que não se apaga. É uma raiz que cresce em qualquer terra onde se fale com o coração. Rómulo Medeiros Ávila / MS Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.

Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.
Credito: Luciano Paparella Jr.

Angola inaugura oficialmente o

novo

espaço do Consulado-Geral em Toronto

Angola inaugurou oficialmente, na quinta-feira, 12 de junho, o novo espaço permanente do seu Consulado-Geral em Toronto, numa cerimónia que assinala um momento histórico no reforço da presença diplomática angolana na América do Norte.

Oevento teve lugar nas novas instalações, localizadas no número 77 da Bloor Street West, 14.º andar, Suite 5, e contou com a presença de representantes do Governo angolano, membros do corpo diplomático, autoridades locais, convidados especiais e membros da comunidade angolana residente no Canadá.

Desde o encerramento da Embaixada de Angola em Ottawa, em 2018, os serviços consulares passaram a ser assegurados a partir dos Estados Unidos da América, através das representações diplomáticas angolanas naquele país, bem como por meio de deslocações pontuais de membros do corpo diplomático.

A partir de 2023, esses serviços começaram a ser prestados de forma provisória em Toronto. Com a inauguração oficial do novo espaço permanente, o Consulado-Geral dispõe agora de melhores condições para atender os mais de sete mil angolanos residentes no Canadá, assim como cidadãos estrangeiros com interesses em Angola.

O Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Ango-

lanas no Exterior, Embaixador Domingos Custódio Vieira Lopes, destacou a relevância institucional e simbólica da iniciativa: “Este consulado representa a extensão da administração do Estado angolano. É reflexo das boas relações entre Angola e o Canadá, e permite prestar, com maior proximidade e eficiência, serviços essenciais aos nossos concidadãos, independentemente da província onde residam.”

Sublinhando também a vertente económica da missão, acrescentou: “A nossa presença consular deve igualmente promover Angola como destino de investimento. Durante esta deslocação, já mantivemos contactos com empresários canadianos interessados no nosso mercado.”

O Diretor-Geral Adjunto do ICAESC/ MIREX, Elísio Cabinda, reforçou: “A inauguração do Consulado-Geral em Toronto é apenas o início de um processo contínuo. No sábado, reuniremos com a comunidade para ouvir as suas preocupações e, a partir daí, trabalhar em soluções concretas.”

O Embaixador Mateus Barros José, Cônsul-Geral de Angola em Toronto, definiu este momento como um novo capítulo nas relações bilaterais e na aproximação à diáspora: “Hoje celebramos a conquista de um espaço definitivo, após dois anos a funcionar em instalações provisórias. Enfrentamos diversos desafios, incluindo a pandemia, mas mantivemos sempre o foco

na missão de servir a nossa comunidade. À comunidade angolana no Canadá, peço que confiem nas instituições e trabalhem pela união e cooperação entre todos. Em resumo, este é um dia muito especial para todos nós.” O diplomata reafirmou ainda o compromisso de promover os interesses nacionais, proteger os cidadãos angolanos e fortalecer os laços comerciais, culturais e científicos com instituições canadianas.

A cerimónia contou ainda com diversas presenças institucionais, entre as quais se destacou a Embaixadora Caroline Delayne, Diretora-Geral do Global Affairs Canada para Assuntos Económicos da África Austral e Oriental, que felicitou Angola e destacou o reforço das relações bilaterais.

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, deixou votos de parabéns pelos 50 anos da independência de Angola: “Desejamos as maiores felicidades a Angola e, em particular, à comunidade angolana no Canadá, especialmente no Ontário. Estão todos de parabéns! Este ano celebram 50 anos de independência, 50 anos de liberdade e fazem-no com a inauguração deste magnífico Consulado-Geral em Toronto, um espaço digno e ao serviço de toda a comunidade.” Foi igualmente transmitida uma mensagem da República de Santa Lúcia, através do Cônsul-Geral Henry Mangal, que destacou o fortalecimento

da cooperação entre Angola e aquele país da região das Caraíbas. George Oprea, da Consular Corps Association of Toronto (CCAT), agradeceu o convite e elogiou a organização do evento: “Este evento foi muito bem organizado. Correu tudo de forma excelente. Muito obrigado.”

Durante a cerimónia, a presidente da Associação da Comunidade Angolana do Ontário (ACO), Joyce Santos, expressou o sentimento de pertença e orgulho da diáspora: “Estamos a viver um momento histórico. Este espaço é acolhedor, repleto de símbolos da nossa terra, e vem afirmar a nossa identidade. A comunidade angolana no Canadá sente-se, hoje, mais próxima do seu país.”

Encontro com a Comunidade

No sábado, dia 14, realizou-se um encontro comunitário que reuniu angolanos provenientes de diversas províncias do Canadá. A sessão foi dedicada à escuta ativa, partilha de experiências e recolha de sugestões para a melhoria dos serviços consulares, além de outros temas de interesse para a comunidade.

Marcaram presença o Secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Exterior, Embaixador Domingos Vieira Lopes; o Embaixador Agostinho Van-Dúnem, representante de Angola no Canadá; o Diretor-Geral Adjunto do ICAESC/MIREX, Elísio Cabinda; assim como os Cônsules-Gerais Mateus José Barros (Toronto), Augusta Mangueira (Nova Iorque) e Ana Paula do Nascimento (Houston).

A participação dessas altas entidades diplomáticas constituiu um claro sinal de compromisso institucional e coesão na resposta às necessidades da diáspora angolana. O encontro terminou com uma confraternização entre representantes diplomáticos e membros da comunidade, num ambiente marcado pela alegria, orgulho nacional e espírito de pertença.

A inauguração permanente do Consulado-Geral de Angola em Toronto insere-se nas celebrações dos 50 anos da independência nacional, a assinalar-se a 11 de novembro de 2025. Este marco simboliza não apenas a consolidação da presença diplomática angolana no exterior, mas também um compromisso renovado com os cidadãos angolanos espalhados pelo mundo e com o reforço dos laços bilaterais entre Angola e o Canadá.

Francisco Pegado/MS

Peniche em Toronto: uma ponte de afeto, identidade e futuro

Vereador da Câmara Municipal de Peniche, Ângelo Marques, visitou comunidade

A comunidade luso-canadiana voltou a ser lembrada com emoção e orgulho, através de mais uma visita institucional que reforça os laços entre Portugal e o Canadá. Desta vez, o palco foi a Camões Rádio, nos estúdios do Grupo MDC, onde o vereador da Câmara Municipal de Peniche, Ângelo Marques, partilhou uma mensagem clara de confiança, solidariedade e identidade.

Ângelo Marques destacou, em entrevista, a importância estratégica desta deslocação a Toronto. "Esta visita enquadra-se num eixo essencial do nosso trabalho autárquico: fortalecer os laços entre o concelho de Peniche e a nossa diáspora", afirmou o vereador.

Durante a sua intervenção, sublinhou o papel vital que a comunidade penichense desempenha no Canadá:“Os nossos emigrantes em Toronto são verdadeiros embaixadores da nossa terra, da nossa cultu-

ra e da nossa história. Representam uma ponte viva entre o passado, o presente e o futuro da nossa identidade coletiva.”

Com emoção, referiu-se às visitas realizadas logo no primeiro dia da sua estadia, incluindo o sindicato LiUNA, padarias portuguesas e peixarias onde encontrou peixe proveniente de Peniche. “Senti uma enorme satisfação ao encontrar pessoas do nosso concelho a manterem vivas as nossas tradições, mesmo a milhares de quilómetros de casa”, acrescentou.

A relação entre Toronto e Peniche é, segundo Ângelo Marques, muito mais do que afetiva - é cultural, económica e social. “Onde existe um penichense, Peniche está presente”, declarou. Sublinhou também o papel da comunidade luso-canadiana no enriquecimento da sociedade local em áreas como o desporto, a política, a ciência, os negócios e o associativismo, sem nunca perderem a ligação às suas raízes. O vereador deixou ainda uma mensagem especial

aos penichenses residentes em Toronto: “Quero agradecer profundamente o vosso contributo e lançar um compromisso: trabalharmos juntos na preservação das nossas tradições e na construção contínua de pontes entre Peniche e Toronto.”

Enalteceu ainda o papel do Peniche Community Club, que considera “um espaço essencial de amizade e celebração da nossa herança”. E concluiu: “Acredito que acolher com dignidade e respeito é valorizar o nosso passado e afirmar Peniche como território de inclusão e de futuro.”

Antes de se despedir, Ângelo Marques lançou um agradecimento emocionado aos canadianos que acolheram os penichenses como seus. “Esta colaboração mútua é uma riqueza que devemos elevar e valorizar. Proponho que possamos explorar ainda mais esta ligação, com trocas culturais e associativas entre os dois povos.”

Rómulo Medeiros Ávila / MS

Credito: Cindy da Ponte E-Motions Photography
Credito: Luciano Paparella Jr.

AUTONOMIAS

O “Pastor Picaroto” segue rumo a Espinho para a estreia do filme

“First Date”

Nuno Janeiro é o “Pastor Picaroto” no primeiro filme de Luís Filipe Borges, “First Date”. A comédia-romântica filmada na ilha do Pico, nos Açores, é a primeira aventura cinemática do argumentista e comediante. “Quando escrevi a personagem do Pastor pensei logo no meu amigo Nuno Janeiro,” admitiu Luís Filipe Borges à equipa e apoiantes na ilha.

“O Nuno, além de talento, tem um carácter exemplar e um sentido de humor que a maioria das pessoas talvez não imagine. E aceitou de imediato ser utilizado assumidamente como objecto sexual da narrativa, numa espécie de vingança contra o cliché desse papel ser regra geral atribuído a mulheres”.

Picaroto ou picoense são os nomes atribuídos às pessoas da ilha do Pico, na montanha mais alta de Portugal. E, as suas belas paisagens, captadas pelo director de fotografia, Diogo Rola, já foram mencionadas em várias críticas internacionais sobre o filme, incluindo a cena em que Nuno Janeiro entra,

que mostra lagoas no interior da ilha. “Já fui várias vezes aos Açores para promover projetos televisivos,” indica o carismático actor, “mas, foi no Pico que senti energias muito atractivas. O estar ao pé do mar, os campos verdes, a lava preta. Isto tudo faz o local especial e apetece visitar mais vezes.”

“Iniciei-me no mundo da televisão quando tinha 27 anos, a encarnar uma personagem de 15 anos em ´Morangos com Açúcar´”, admite Nuno Janeiro. Mas é pela personagem do Padre, que se apaixona por uma moça local, em ´Bem Vindos a Beirais´, que a maioria das pessoas o conhece.

Agora, Advogado do Diabo e MiratecArts, as produtoras de “First Date” esperam que a personagem do Pastor Picaroto também fique na mente de quem assiste à curta-metragem.

A estreia nacional de “First Date” está marcada para o dia 26 de Junho, às 21h no Auditório Multimeios de Espinho, em competição oficial para o Grande Prémio Nacional do FEST – Novos Realizadores Novos Filmes.

SATA é “o pior problema de governação” dos Açores

O secretário regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, Duarte Freitas, admitiu que a SATA “é o pior problema de governação que nós temos nos Açores”, para o qual só existem duas soluções: “ou se privatiza ou vai ser fechada”

Duarte Freitas falava na cidade New Bedford, nos Estados Unidos da América, onde existe uma forte comunidade açoriana, durante um encontro realizado no Museu da Baleação, segundo noticiou o jornal da comunidade portuguesa The Herald News /O Jornal.

“O problema da SATA vai ficar resolvido de uma forma ou de outra, ou se privatiza ou vai ser fechada. Só temos duas hipóteses,” afirmou Duarte Freitas ao The Herald News/O Jornal. Duarte Freitas recordou igualmente perante a comunidade açoriana nos Estados Unidos da América que a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal para apoio à reestruturação da SATA, mas impôs vários “remédios,” incluindo a venda de pelo menos 51% da Azores Airlines e de 100% do handling, destacando ainda que o processo da privatização da Azores Airlines “está na fase final de negociação” .

Citado pelo The Herald News/O Jornal, Duarte Freitas afirmou que “temos até ao final deste ano para cumprir aquilo com que nos comprometemos”, destacando que o consórcio que está negociar a privatização da Azores Airlines teve recentemente “um reforço interessante,” com a entrada dos acionistas Paulo Pereira e Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis.

Duarte Freitas lembrou que Carlos Tavares é um dos mais conhecidos gestores de Portugal, tendo liderado marcas internacionais como a Reunalt ou a Peugeot. E para Duarte Freitas, citado pelo The Herald News /O Jornal, “isso deu muita credibilidade” não só ao consórcio, mas também para negociar com bancos.

Ainda ao The Herald News/O Jornal, Duarte Freitas explicou que no caderno de encargos da privatização da Azores Airlines, o comprador teria de manter, pelo menos durante três anos, as rotas para a diáspora, a sede da empresa nos Açores e os trabalhadores, concluindo que “a nossa esperança é que quem a compre, como aconteceu com outras companhias, que ganhe ainda mais músculo e acabe por ter mais aviões e mais pessoas”.

População residente na Madeira atinge o valor mais alto da última década

No final do ano passado, residiam na Madeira 259.440 pessoas, sendo este o número mais elevado desde 2014. O crescimento populacional manteve-se pelo sexto ano consecutivo, com mais 2.818 cidadãos que em 2023.

Dados da Direção Regional de Estatística (DREM), com base em informações providenciadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que vivem na Madeira 120.996 homens e 135.626 mulheres.

O saldo migratório foi positivo, na ordem dos 3.599, compensando o saldo natural negativo de 781, embora este tenha sido inferior ao do ano transato (-1.040).

Os municípios com os maiores crescimentos populacionais foram, no ano passado, São Vicente (29,9‰), Porto Santo (27,5‰) e Porto Moniz (27,35%), sendo que todos os concelhos da Madeira cresceram neste aspeto. A densidade população foi de 323,9 habitantes por Km2, com o Funchal a registar o maior valor (1 418,6 Hab/Km2), contrastando com o Porto Moniz, que apresentava o valor mais baixo (31,3 Hab/Km2).

O número de população jovem, com menos de 15 anos, voltou a cair, representando apenas 11,9% dos residentes, enquanto a quantidade de idosos (com 65 ou mais anos), continua a aumentar representando 21,3% do total. A idade mediana da população residente na Região, passou de 46,9 anos em 2023 para 47,2 anos em 2024. O número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos), aumentou para 1,25 filhos por mulher (1,22 em 2023), enquanto foram registados 1.793 nados-vivos, mais 46 crianças (+2,6%) do que em 2023. Nesse ano, registaram-se 2 574 óbitos de residentes na Região, menos 217 óbitos (-7,8%) do que no ano anterior. O número de casamentos atingiu o valor mais elevado dos últimos 17 anos (1 225 casamentos), refletindo-se numa taxa bruta de nupcialidade de 4,7 casamentos por mil habitantes, em 2024. Já os matrimónios dissolvidos por morte de um dos cônjuges atingiu o valor mais baixo desde que há registo (em 1981), tendo se registado apenas 932.

JM/MS
Credito: DR
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Canadá organiza voos para os canadianos que fogem de

O Governo federal está a planear ajudar os canadianos que fogem da escalada do conflito entre Israel e o Irão, organizando voos comerciais a partir dos países vizinhos, segundo a Ministra dos Negócios Estrangeiros, Anita Anand.

Em entrevista ao programa Power & Politics da CBC News Network, Anand instou os canadianos que fogem dos dois países a dirigirem-se para a Jordânia, Turquia e Arménia, onde o Canadá está a reforçar os seus serviços consulares. "Estamos muito preocupados com os canadianos na região e encorajamos todas as partes a exercer a máxima contenção", disse ao apresentador David Cochrane. A Comissária afirmou que os voos estarão disponíveis "imediatamente" e que o Canadá está a estudar outras opções com os seus aliados.

O espaço aéreo comercial sobre Israel e o Irão foi encerrado, uma vez que Israel e o Irão lançaram numerosos ataques na semana passada. Anand encorajou os canadianos que procuram serviços consulares a registarem-se junto da Global Affairs Canada.

Anand afirmou que “milhares” de canadianos permanecem em Israel e no Irão e que todos os dias há mais a contactar o governo. A CBC News pediu ao GAC um número específico.

Recebemos mais chamadas de cada jurisdição, mas também estamos a monitorizar essas chamadas. Algumas das chamadas que recebemos são sobre como manter a nossa segurança enquanto permanecemos na região - e, a esse respeito, se quiserem ficar, estamos a pedir a todos que se abriguem no local", disse Anand. “Se quiserem partir, estamos a ajudá-los nas jurisdições vizinhas, reservando-lhes voos para garantir que possam chegar onde precisam de ir”.

Israel e do Irão

Os canadianos que fogem do Irão para a Turquia têm três opções de passagem de fronteira e uma na fronteira arménia, segundo o sítio Web do GAC. De Israel e da Cisjordânia para a Jordânia, existem três postos fronteiriços disponíveis.

As comunidades da diáspora canadiana manifestaram grande preocupação com os familiares que se encontram na região, devido à escalada do conflito na semana passada. Israel lançou um ataque surpresa contra as instalações militares e nucleares do Irão na sexta-feira passada, dando início a uma troca de tiros de mísseis entre os dois países. Um grupo iraniano de defesa dos direitos humanos, com sede em Washington, afirmou que pelo menos 585 pessoas, incluindo 239 civis, foram mortas no Irão e mais de 1.300 ficaram feridas.

RMA/MS

Crescimento da população do Canadá estagnou no primeiro trimestre de 2025

A Statistics Canada afirma que a população canadiana aumentou em 20 107 pessoas de 1 de janeiro a 1 de abril, o menor aumento desde o terceiro trimestre de 2020 - durante a pandemia da COVID-19 - quando contraiu 1 232 pessoas.

Segundo o StatsCan, o Canadá tem atualmente uma população de 41 548 787 pessoas. O aumento foi tão pequeno que correspondeu a um crescimento de 0,0 por cento, segundo a agência. “Esta foi a segunda taxa de crescimento trimestral mais lenta no Canadá desde o início dos registos comparáveis (primeiro trimestre de 1946), atrás apenas do terceiro trimestre de 2020 e empatado com o quarto trimestre de 2014”, disse a agência em comunicado. Foi o sexto trimestre consecutivo de crescimento populacional mais lento após uma decisão do governo federal em 2024 de reduzir os níveis de imigração temporária e permanente. No entanto, a imigração ainda foi responsável por todo o crescimento populacional no trimestre, uma vez que houve mais 5.628 mortes do que nascimentos no Canadá. O Canadá admitiu 104.256 imigrantes no primeiro trimestre de 2025, enquanto a emigração líquida totalizou

Presidente da Câmara de Brampton faz apelo ao primeiro-ministro para que classifique o bando Bishnoi como grupo terrorista

O Presidente da Câmara de Brampton, Patrick Brown, está a juntar-se a um apelo para que o governo federal declare o gangue de Lawrence Bishnoi uma organização terrorista, afirmando que o gangue baseado na Índia tem estado ligado ao crime e à violência na região de Peel.

Brown afirmou que a polícia de Peel suspeita que o famoso gangue esteve envolvido em casos de extorsão e tiroteios na região. “Aterrorizam as comunidades, aterrorizam os indivíduos e são uma organização predadora”, disse Brown numa entrevista. "Trata-se de um crime transnacional que é gerido a partir de um país diferente e é uma ameaça com a qual não temos de lidar há muito tempo".

No início desta semana, o Premier de B.C., David Eby, apelou ao governo federal para que incluísse o gangue na lista de grupos terroristas, devido à preocupação com o facto de o grupo ter estado envolvido em extorsões e outros crimes contra a comunidade sul-asiática. Eby disse que iria escrever ao Primeiro-Ministro Mark Carney para pedir que o gangue recebesse a designação de terrorista “para permitir que a polícia possa usar as ferramentas necessárias para investigar”.

Brown disse acreditar que a designação ajudaria a polícia de Peel a investigar cri-

mes semelhantes na região. Os apelos surgem na mesma semana em que o Canadá e a Índia concordaram em reintegrar os seus altos-comissários e analisar a renovação dos serviços de vistos para os cidadãos e empresas. Carney anunciou a medida após uma reunião bilateral com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na cimeira do G7 em Alberta.

No outono passado, os dois países expulsaram os seus altos-comissários, diplo-

matas de alto nível que são semelhantes aos embaixadores, depois de a polícia de polícia civil ter acusado o governo indiano de participar numa rede de violência no Canadá, incluindo homicídios e extorsões.

A RCMP afirmou também que o bando de Bishnoi tinha como alvo membros do movimento pró-Khalistan em solo canadiano, alegadamente a mando do Governo indiano. CBC/MS

17.410. Entretanto, o número de residentes não permanentes diminuiu em 61 111. Embora a taxa de crescimento da população tenha abrandado durante o primeiro trimestre, a Statistics Canada afirmou que os níveis de imigração permanecem elevados, embora comparativamente mais baixos do que nos últimos anos. A agência disse que este foi o menor número de imigrantes admitidos durante um primeiro trimestre em quatro anos.

Em outubro de 2024, o Ministério da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá divulgou informações sobre o seu Plano de Níveis de Imigração para 2025-27, que incluía, pela primeira vez, objetivos para estudantes internacionais e trabalhadores estrangeiros temporários. "Nos últimos anos, o Canadá acolheu recém-chegados para apoiar a nossa economia e responder às necessidades do mercado de trabalho. À medida que nos afastamos das medidas pós-pandémicas, é necessário alinhar melhor os níveis de imigração de residentes temporários e permanentes com a capacidade da comunidade", afirmou o governo federal na altura.

CBC/MS

Doug Ford diz que trata as Primeiras Nações “como ouro”, mas "continuam a vir de chapéu na mão”

O Premier do Ontário, Doug Ford, diz que está disposto a dar às Primeiras Nações o que elas querem pelo seu apoio no desenvolvimento de minas, mas que não podem “estar sempre a pedir mais dinheiro ao governo”.

As Primeiras Nações estão furiosas com a província por causa da aprovação do Projeto de Lei 5, que dá ao Governo o poder de suspender as leis municipais e provinciais para projetos escolhidos através da criação das chamadas zonas económicas especiais. A designação destas zonas faz parte de uma nova lei global que, segundo o Governo de Ford, se destina a acelerar a construção de grandes projetos de infraestruturas, em especial de minas. Ford afirmou que a região do Anel de Fogo, rica em minerais, no norte do Ontário, será declarada a primeira zona deste tipo. As Primeiras Nações afirmaram que querem fazer parte do desenvolvimento económico, mas estão indignadas com a decisão do governo de avançar com a legislação sem as consultar.

Creditos: DR

Falhas graves no programa do Governo na luta contra a corrupção

A Transparência Internacional Portugal (TPI-PT) considerou que o programa do Governo omite ou trata de forma insuficiente muitos dos pilares essenciais para um combate efetivo à corrupção e enumerou nove omissões estruturais que classificou como graves.

“O Programa de Governo limita-se a prosseguir a Agenda Anticorrupção 2024, sem apresentar uma nova estratégia para 2030 com metas objetivas, indicadores mensuráveis e mecanismos independentes de fiscalização”, afirmou a estrutura, em comunicado, defendendo que a ausência dessas métricas compromete a avaliação dos progressos e a responsabilização do Executivo.

Entre as omissões estruturais, a organização sublinhou que o Programa de Governo “não contempla a obrigatoriedade de audições parlamentares transparentes" para nomeações como o governador do Banco de Portugal, procurador-geral da

República ou presidente do Tribunal de Contas, considerando este “um mecanismo fundamental” para garantir o mérito e a integridade. “A TI-PT conclui que, embora existam sinais positivos, o Programa de Governo não apresenta o salto qualitativo necessário para responder aos desafios sistémicos da corrupção em Portugal, sendo que eram esperados compromissos mais claros, monitorizáveis e ambiciosos nesta matéria”, lê-se no documento.

Para a Transparência Internacional, persistem “lacunas significativas” na luta contra a corrupção, entre as quais falta de autonomia financeira para as entidades anticorrupção. “O Governo apenas se compromete a registar a 'pegada legislativa' do executivo, sem incluir o parlamento e as autarquias num portal centralizado, como proposto pela TI-PT para um verdadeiro escrutínio público”, criticou a organização independente.

Assaltos

Neonazis discutiram invasão do Parlamento e do Palácio de Belém

Quatro dos seis detidos em operação da PJ ficaram em prisão preventiva. Grupo extremista fez treino tático.

Os neonazis do Movimento Armilar Lusitano (MAL), além da invasão à Assembleia da República, também discutiram a possibilidade de ocupar a residência oficial do presidente da República. No entanto, o plano foi abortado quando elementos do grupo extremista armado alertaram para a existência de instalações policiais muito próximas. Quase todos possuíam mochilas com um kit de sobrevivência. Ontem, quatro dos membros do MAL ficaram em prisão preventiva. São eles o chefe da PSP Bruno Gonçalves, considerado o líder da milícia armada, Bruno Carrilho, Nuno Pais e Ricardo Pereira. Todos estão indiciados por infrações relacionadas com grupo terrorista e detenção de arma proibida. Os restantes dois detidos na operação “Desarme 3D”, realizada pela Polícia Judiciária (PJ), ficaram obrigados a apresentar-se, uma vez por semana, nas instalações policiais da sua área da residência. Estão indiciados por detenção de arma proibida, porque foi apreendido diverso armamento nas suas residências. Contudo, a PJ suspeita que as armas foram ali escondidas pelos filhos, estes, sim, elementos do MAL.

Inspirados nos EUA e no Brasil

A atividade do MAL estava a ser monitorizada pela PJ há cerca de três anos e foi,

sobretudo, através de um grupo da rede social Telegram que os inspetores acompanharam as discussões e os planos dos seus elementos. E foi também por ali que perceberam que os neonazis portugueses foram inspirados pela invasão ao Capitólio dos Estados Unidos da América, em 2021, e ao Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal brasileiro, em 2023. Queriam protagonizar uma ação de igual dimensão em Portugal e um dos primeiros alvos apontados foi a residência oficial do presidente da República. Mas, membros com mais experiência policial e militar alertaram para o desconhecimento que todos tinham do local, assim como para a proximidade do Palácio de Belém a diversas instalações policiais.

O plano seria abortado e, no grupo de Telegram (com cerca de 900 membros), começou-se a falar na hipótese de invadir a Assembleia da República. Para preparar este eventual assalto, os membros do MAL realizaram treino tático, com armas de airsoft, em campos de paintbal ou em locais isolados, e compraram impressoras 3D para produzir armas. “Investiram muitas horas, e a qualidade das armas era tanta que os carregadores, originais, adaptavam-se perfeitamente”, conta fonte ligada ao processo.

Muitos deles tinham mochilas com um kit de sobrevivência pronto a usar caso o MAL concretizasse um ato terrorista. JN/MS

Balões de São João voltam a fechar espaço aéreo do aeroporto Sá Carneiro

O espaço aéreo do aeroporto Francisco Sá Carneiro vai estar encerrado entre as 21.45 horas de segunda-feira (23) e a 1 horas de terça-feira (24), devido ao lançamento de balões de São João.

PJ dá novo golpe em grupo que assaltou bancos no Centro e Sul do país

Cinco membros de um grupo que será responsável por uma série de assaltos, à mão armada, de bancos no Centro no Sul do país foram detidos, na Grande Lisboa, pela Unidade Nacional Contra Terrorismo, anunciou esta quinta-feira a Polícia Judiciária. Outros quatro assaltantes tinham sido detidos dias antes pela PJ.

Segundo a Polícia, "o grupo criminoso vinha atuando desde agosto de 2024, cometendo roubos a agências bancárias, nas regiões do sul e centro do país, e em Lisboa, tendo-se locupletado com avultadas somas de dinheiro".

Após as primeiras quatro detenções, a 6 deste mês, a PJ fez nova investida dez dias depois, na última segunda-feira (16), de-

tendo outros cinco. Os nove detidos foram ouvidos em tribunal, tendo três deles ficado em prisão preventiva, enquanto os outros seis, dois homens e quatro mulheres, foram sujeitos a medidas de coação não privativas da liberdade. Os detidos são suspeitos de, durante e após os roubos, terem cometido sequestros, violência física e branqueamento de capitais.

A PJ diz ainda que apreendeu ao grupo um "vasto acervo probatório" - armas de fogo, 11 viaturas, um motociclo, computadores, equipamentos de telecomunicações e cerca de 20 mil euros em dinheiro.

O inquérito-crime é dirigido pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Santarém.

JN/MS

Àsemelhança do que aconteceu nos anos anteriores, "o encerramento em causa visa a salvaguarda da segurança operacional da navegação aérea, cingindo-se a um período de maior intensidade de largada de balões de ar quente com mecha acesa, prevenindo assim o risco de colisão e de interferência dos mesmos na operação segura das aeronaves”, explica a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC). “A fim de promover a salvaguarda da segurança de voo durante o período dos festejos do São João e limitar os constrangimentos decorrentes do encerramento da infraestrutura aeroportuária que serve a região, solicita-se a melhor atenção da população em geral relativamente aos riscos associados aos lançamentos de lanternas de ar quentes”, acrescenta a mesma entidade, que no seu site disponibiliza os cuidados a ter.

O lançamento de balões, tradição sanjoanina que os portuenses não dispensam, só será permitida, precisamente, no horário de encerramento do espaço aéreo.

Mas não serão só os balões a colorir os céus na noitada de São João. À meia-noite começa o espetáculo piromusical que, neste ano, vai estender-se entre as pontes de Luís I e da Arrábida. “Durante 16 minutos, um espetáculo de luz e som irá encher os sons da cidade, num momento que promete ser, mais uma vez, mágico”, promete a

Câmara do Porto, que promove a sessão de pirotecnia em conjunto com a Câmara de Gaia.

Com o alargamento da área do fogo de artifício, haverá mais locais onde será possível assistir a um dos momentos mais aguardados da festa. “Assim, para além da habitual zona da Ribeira, a população poderá assistir ao fogo de artifício a partir do Parque de Estacionamento da Alfândega, da zona superior da Rua da Restauração, do Passeio das Virtudes e da Marginal entre o Cais das Pedras e a Ponte de Arrábida, entre outros, podendo, desta forma, usufruir de um espetáculo único na noite mais longa do Porto”, pormenoriza a autarquia. De igual modo, na marginal de Gaia será possível a população espalhar-se entre a ponte Luís I e a zona da Afurada. JN/MS

Corrupção
Porto

Eleições Autárquicas

Carneiro diz que autárquicas são momento para voltar a fazer do PS a “maior força política”

O candidato à liderança do PS, José Luís Carneiro, disse em Ponta Delgada, nos Açores, que as eleições autárquicas são o momento para voltar a fazer do partido a “maior força política” do país. “Nós estamos no momento em que temos de voltar a fazer do PS a maior força política no país. E não há melhor momento do que o momento das eleições autárquicas”, afirmou José Luís Carneiro em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, no discurso proferido num encontro com militantes, onde apresentou a candidatura a secretário-geral do PS.

Ocandidato único à liderança do PS pediu aos militantes que o escutavam “um especial compromisso”, apelando que telefonem e conversem com os seus conhecidos.

“Muitas das vezes há tanta coisa que ficou por dizer na nossa vida às pessoas, deixámos de conversar, deixamos falar uns com os outros, temos que pegar, fazer esse esforço, telefonar aos nossos camaradas, aos nossos simpatizantes, àqueles eleito res que já votaram em nós, mas que estão momentaneamente zangados connosco”,

afirmou. E prosseguiu: “Temos [de] ir ao seu encontro. E, se formos capazes de ir ao seu encontro, nós, de novo, voltaremos a reconstituir essa relação de confiança com o Partido Socialista”. E antes de terminar a intervenção, lembrou o que dizia Ricardo Reis, um heterónimo de Fernando Pessoa:

“Segue o teu caminho rega as tuas plantas, ama as tuas rosas”. “É isso que o PS tem que fazer para voltar a merecer a confiança dos

e referiu assuntos relacionados com as regiões autónomas, particularmente com os Açores e assumiu dois compromissos. O primeiro, o de contribuir, por intermédio do grupo parlamentar socialista na Assembleia da República, para uma nova Lei de Finanças Regionais “capaz de reforçar os meios e os recursos que consubstanciem uma autonomia mais qualificada” e que comporte “mais responsabilidade”. O segundo compromisso prende-se com o facto de defender que os Açores “tenham uma palavra a dizer na gestão e na administração dos recursos do mar”.

Na sessão também discursou o líder do PS/Açores, Francisco César, que reafirmou compromissos do partido para com a região, nomeadamente pelo aprofundamento da autonomia e pela revisão da lei de bases do ordenamento do espaço marítimo. César apontou que a Região Autónoma dos Açores tem “um problema de sustentabilidade das contas públicas” e disse que o secretário regional das Finanças do executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM já admitiu “um plano de reequilíbrio financeiro”. Falou também da empresa de aviação SATA, que “está a caminhar para uma situação de instabilidade”, recordando que o partido avisou para a situação e está disponível para “dar a mão do governo” para fazer “parte da solução”, se este assim o entender.

Por sua vez a secretária coordenadora do PS/Açores, Cristina Calisto, disse que José Luís Carneiro é “o líder certo” para o partido e considerou-o “um político de causas”. O deputado José Luís Carneiro é candidato único às eleições diretas para secretário-geral do PS, marcadas para 27 e 28 deste mês, para escolher o sucessor de Pedro Nuno Santos, que se demitiu após o desaire nas legislativas.

JN/MS

Serviço de catering e take-out para todas as ocasiões, mesmo as mais especiais

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Credito: JN
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MUNDIAL DE

O Mundial de Clubes reúne os campeões de cada continente na disputa A edição de 2025 arrancou a 14 de junho e termina a 13 de julho.

CALENDÁRIO DE JOGOS

CLUBES COM MAIS TÍTULOS

disputa pelo título de melhor equipa do mundo. DG/MS

CLUBES COM MAIS TÍTULOS

VENCEDORES MUNDIAL DE CLUBES

Desde 2000, o Mundial de Clubes consagra o campeão mundial entre os melhores clubes de cada continente.

Deportações

MUNDO

Justiça

Acusado de assassínio de congressista dos EUA pode ser condenado a pena de morte

O acusado de ter assassinado uma congressista do Estado do Minnesota e ferido outro pode incorrer em algo que é uma raridade estadual, mas que se pode tornar comum durante o mandato de Donald Trump, a pena de morte.

Oe a sua mulher, Yvette, que vivem a pouca distância.

O suspeito entregou-se na noite de domingo (15), depois de ter sido montada a maior caça ao homem na história do Estado. JN/MS

Um jornalista salvadorenho que vive nos Estados Unidos há duas décadas enfrenta a deportação depois de ter sido detido enquanto cobria protestos anti-Trump, revelou um grupo de defesa dos direitos da comunicação social.

Mario Guevara cobria no sábado (14) os protestos "No Kings" [“Sem reis”, em português] em direto em espanhol nas redes sociais, a maior mobilização popular desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca, quando os agentes o abordaram para o deter.

"Deixem-me terminar... Não fiz nada de errado", referiu Guevara aos polícias em inglês, sem se opor à sua detenção, que foi transmitida em direto no seu canal de Facebook, que tem 783 mil seguidores.

De acordo com as imagens, Guevara usava um colete à prova de bala com o logótipo "Press" e um capacete de proteção enquanto cobria os protestos no condado de DeKalb, perto de Atlanta, Geórgia. "Acabem com o ICE [Serviço de Imigração e Alfândega, a polícia de imigração dos EUA}", gritavam manifestantes pouco antes da sua detenção, perto de polícias e de Guevara, jornalista especializado em questões de imigração, pelo qual recebeu um Emmy em 2023.

"Estamos alarmados por saber que o jornalista Mario Guevara, que tem autorização para trabalhar nos Estados Unidos, foi transferido para o centro de detenção

do ICE depois de ter sido detido enquanto cobria um protesto", denunciou o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) em comunicado, classificando o incidente como "uma erosão perturbadora da liberdade de imprensa nos Estados Unidos".

Numa carta detalhada ao condado de DeKalb, o CPJ defendeu que Guevara "não estava a obstruir o trabalho policial, mas a documentar um protesto" e expressou preocupação com a sua possível deportação dos Estados Unidos. Numa audiência na segunda-feira (16), um juiz solicitou a sua libertação sob fiança, mas a polícia de imigração emitiu uma ordem de detenção, uma medida que permite que uma pessoa seja mantida sob custódia até à sua retirada dos Estados Unidos, alertou ainda o CPJ na sua carta. "Não há absolutamente nenhuma razão para deportar um jornalista com autorização de longa data para trabalhar nos Estados Unidos", acrescentou a Fundação para a Liberdade de Imprensa, uma organização norte-americana que apoia repórteres independentes.

Desde que regressou ao poder, em janeiro, o Presidente norte-americano, Donald Trump, intensificou os esforços para deportar o maior número possível de imigrantes considerados ilegais, sobretudo para El Salvador, onde alguns estão detidos numa prisão de segurança máxima, conhecida por falhas nos direitos humanos.

JN/MS Jornalista

O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou disponibilidade para se reunir com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas apenas na fase final de conversações de paz bilaterais, atualmente paralisadas.

"Queremos também terminar [o conflito com a Ucrânia] o mais rapidamente possível", disse Putin numa mesa-redonda com editores de agências internacionais, no âmbito do Fórum Internacional de São Petersburgo. Uma reunião com Zelensky é possível, mas apenas na "fase final" das negociações, sublinhou.

As cidades ucranianas têm sido alvo de ataques russos todas as noites, numa altura em que as negociações de cessar-fogo se encontram num impasse. Na terça-feira (17), no âmbito da cimeira do G7, Volo-

Minnesota aboliu a pena capital em 1911 e a última execução ocorreu em 1906. Mas os procuradores federais anunciaram acusações contra Vance Boelter que podem implicar a pena de morte. Não é inédito procuradores federais e estaduais instaurarem casos criminais pela mesma ofensa, em particular em assuntos com visibilidade. Neste caso, as autoridades federais essencialmente agarraram a lógica da procuradora estadual Mary Moriarty, que é opositora à pena de morte. Mas duas das seis acusações federais podem implicar esta. Boelter deveria fazer o primeiro aparecimento no tribunal estadual, mas em vez disso foi conduzido ao tribunal federal em St. Paul, onde foi confrontado com acusações federais, que são mais graves. Boelter é acusado de ter alvejado mortalmente a antiga presidente da Câmara dos Representantes estadual, a democrata Melissa Hortman, e o seu marido, Mark, na sua casa, ao início de sábado, nos subúrbios de Minneapolis. Antes, acusaram as autoridades, também disparou e feriu outro democrata, o senador John Hoffman,

Emergência climática

Cientistas alertam que indicadores climáticos estão no vermelho

Gases com efeito de estufa (GEE), subida do nível do mal, limiar dos 1,5 graus centígrados (1,5ºC) de aquecimento global - uma dezena de indicadores climáticos chave estão no vermelho, alertaram 60 cientistas de renome em estudo divulgado na quinta-feira (19). “O aquecimento de origem humana aumentou a um ritmo sem precedente, atingindo 0,27°C por década em 2015-2024”, salientaram.

As emissões de GEE, resultantes da utilização das energias fósseis, atingiram um nível recorde em 2024, com uma média anual de 53 mil milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na

última década. Por outro lado, as partículas poluentes no ar, que têm um efeito refrescante, diminuíram.

O estudo foi publicado na revista Earth System Science Data e resultou do trabalho de investigadores provenientes de 17 países. O interesse deste estudo é o de fornecer indicadores atualizados, com um base anual, sem ter de esperar pelo próximo relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). Em relação a 2024, o aquecimento observado em relação à era pré-industrial atingiu os 1,52°C, dos quais 1,36°C atribuíveis apenas à atividade humana.

no “final” de negociações de paz

dymyr Zelensky denunciou o ataque como “um dos piores” da Rússia contra a capital desde o início da invasão, em 2022. "É uma grande tragédia", afirmou Zelensky, que também reiterou que a Ucrânia "está pronta para negociações de paz e um cessar-fogo sem condições".

Sobre o rearmamento da NATO, desencadeado como resposta ao aumento da atividade militar russa, Putin afirmou que não representa uma "ameaça" para a Rússia, que tem as "capacidades de defesa" necessárias para a enfrentar. "Não consideramos qualquer rearmamento da NATO uma ameaça para a Federação Russa, porque somos autossuficientes em questões de segurança", disse Putin. "

Em relação a alegados planos do Kremlin para atacar um país membro da NATO, o presidente russo disse serem "absurdos".

"Todos nós compreendemos que isto é um disparate (...) O orçamento militar da NATO é de 1,3 biliões de dólares, mais do que o de todo o mundo combinado, incluindo a Rússia", disse Putin.

O presidente russo referiu-se ainda ao esperado fornecimento pela Alemanha de mísseis de longo alcance Taurus à Ucrânia, alertando que tal deterioraria completamente as relações entre Moscovo e Berlim. "É sabido que isto não irá alterar a situação nas linhas da frente, mas irá certamente deteriorar as nossas relações" com a Alemanha, afirmou Putin.

O presidente russo manifestou a sua disponibilidade para dialogar com o novo chanceler alemão, Friedrich Merz. JN/MS

Credito: JN
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MUNDIAL DE CLUBES

Boca Juniors - Benfica, 2-2

A equipa do Benfica entrou finalmente em campo no Mundial de Clubes frente ao Boca e teve de enfrentar vários desafios que se adivinhavam. O primeiro foi calor intenso e humidade que causam constrangimento, sobretudo a uma equipa que não está habituada a este clima tropical e trabalha há poucos dias com o plantel completo, depois de se juntarem os jogadores internacionais. O segundo foi conseguir encontrar forma de não se sentir condicionada pelo apoio fantástico dos adeptos do Boca. O estádio foi dos argentinos. Viam-se algumas zonas nas bancadas com adeptos benfiquistas, mas não tiveram forma de fazerem-se ouvir a não ser no momento dos golos dos encarnados. A fama dos hinchas do Boca é grande e merecida.

Mas o Benfica entrou melhor no jogo, com futebol pausado, procurando tirar proveito dos desequilíbrios do Boca, que entrou com maior intensidade que as águias, mas a ser menos equipa. Em

consequência desse melhor posicionamento, o Benfica rondou com mais perigo a baliza de Marchesín. Logo aos 6' Renato Sanches rematou com perigo e aos 18' Bruma acertou no poste esquerdo. O jogo parecia encaminhado e os comandados por Bruno Lage com a estratégia estudada e bem aplicada. O que certamente não estava nos planos foi o golo de Miguel Merentiel, aos 21'. O golo do Boca desconcentrou a equipa do Benfica e abriu espaço para os argentinos crescerem. O segundo golo, apenas 6 minutos depois, marcado de cabeça por Battaglia, novamente ajudado por passividade dos defesas, tornou tudo pior. Se as bancadas eram dos argentinos, no relvado eles também ganharam ascendente. Pavlidis gozava de pouco espaço, Di María ia sendo alvo de marcações sem piedade, estava difícil para a equipa acompanhar o ritmo do Boca. Mas as águias reagiram, nem sempre bem, mas reagiram, e um penálti cometido sobre Otamendi e convertido por Di María, já em período de compensação, devolveu a esperança ao Benfica.

Bruno Lage sentiu que era preciso mexer - dar companhia a Pavlidis, e lançou Belotti para a segunda parte. Com Belotti, as águias ganharam presença na área e maior capacidade de pressão na saída de bola do adversário, que reagiu com a agressividade que colocou sempre no jogo, mas teve de recuar metros. A equipa estava por cima no jogo e Lage refrescou-a com Kokçu e Akturkoglu. As mudanças trouxeram energia diferente, mas faltavam lances de golo iminente. A expulsão de Belotti complicou mais a tarefa. Quando o jogo estava algo pachorrento, entre o Boca a resistir e o Benfica a tentar sem conseguir, o capitão Otamendi subiu e de cabeça, após pontapé de canto, empatou o jogo. Ele, adepto do River Plate, capitão do Benfica, evitou a vitória do Boca Juniors. Uma pequena ironia que permite ao Benfica continuar a acreditar na qualificação para os oitavos de final. JN/MS

Bruno Lage, treinador do Benfica, assumiu que os encarnados mereciam ter ficado com os três pontos e lamentou o pouco tempo de compensação concedido pelo árbitro mexicano César Palazuelo e ainda a expulsão de Belotti, ponta de lança italiano que viu o cartão vermelho poucos minutos depois de ter entrado, na segunda parte, quando as águias procuravam contrariar a desvantagem.

“Começámos bem e poderíamos ter vencido o jogo, mas tivemos a capacidade de empatar. Merecíamos ter vencido o jogo, repito, criámos oportunidades para fazê-lo. E esta segunda parte com apenas 5 minutos de tempo extra... mas foi assim que o árbitro olhou para o jogo. Esteve sempre muito parado, mas o árbitro decidiu assim... Foi uma pena a expulsão de Belotti ter sido tão cedo [minuto 70], pois sentimos que com dois pontas de lança poderíamos encostar o Boca Juniors mais à sua área. Mesmo a jogar com menos um homem em campo não se notou a diferença.”

A Bola/MS

Creditos: DR
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Velho génio ainda domina Dragões

O FC Porto até entrou a vencer, mas voltou a deixar a desejar a nível criativo e ofensivo, além de uma certa passividade defensiva, e os norte-americanos do Inter Miami aproveitaram, guiados pela habitual genialidade de Leo Messi, para virar na 2ª parte. Os de Miami venceram por 2-1 e deixaram os dragões numa situação muitíssimo delicada no Mundial de Clubes. Depois do empate na estreia, de ambos os lados, Inter Miami e FC Porto procuravam a primeira vitória neste Mundial de Clubes. Do lado portista, Anselmi apresentava exatamente o mesmo onze inicial do jogo com o Palmeiras (0-0). Do lado norte-americano, Mascherano apresentava duas mexidas no onze inicial, com a entrada de Benja Cremaschi e Marcelo Weigandt.

Arte da eficácia

Ajogar em «casa», o Inter Miami entrou a querer ter bola, com Messi, como esperado, a assumir o papel de maestro, baixando no terreno para aju-

dar na construção do seu meio-campo e a fazer mexer a equipa no último terço. O argentino, de resto, mostrou uma grande facilidade em explorar as costas da defesa portista, desmarcando o colega Luis Suárez por diversas vezes na cara do golo. Foi valendo Cláudio Ramos. Do outro lado, por sua vez, o FC Porto demonstrou as suas dificuldades, mais uma vez, na construção, mas foi estando forte no momento da perda, pressionando alto, e dificultando a missão norte-americana - isto deixou o jogo partido com facilidade. Contudo, na sua primeira intervenção ofensiva pensada, aos 7', os dragões beneficiaram de uma grande penalidade, por falta de Noah Allen sobre João Mário, e Samu converteu com sucesso. A partir daqui, com os portistas a manter dificuldades na construção - Fábio Vieira ainda recuou e deslocou-se para o meio para auxiliar o miolo, mas a equipa apostou excessivamente no jogo direto -, o Inter Miami assumiu as rédeas, aproveitando o espaço excessivo dado pelo meio-campo luso. Apesar disso, o FC Porto soltou-se na ponta final e teve duas grandes

chances. Primeiro, aos 39', depois de uma boa jogada pela esquerda - o lado mais ativo -, Rodrigo Mora aproveitou o trabalho de pivot de Samu na área e rematou com selo de golo, mas Falcón cortou em cima da linha de golo. Pouco depois, aos 44', foi a vez de Alan Varela, com um remate de fora da área, acertar no poste. Soltou-se o génio

Estava tudo em aberto para a 2ª parte e ainda mais ficou quando o Inter Miami precisou de menos de dois minutos para empatar: aos 47', Weigandt foi desmarcado na direita e cruzou tenso para o coração da área, onde surgiu o ex-Casa Pia Telasco Segovia a rematar para o 1-1. No entanto, os norte-americanos não ficaram por aqui e tiraram dividendos da sua grande entrada, quando, aos 54', Messi cobrou um dos seus famosos livres indefensáveis, à entrada da área, não deu hipóteses a Cláudio Ramos e confirmou a reviravolta. Pela primeira vez em desvantagem no jogo (e no Mundial de Clubes), a turma comandada por Anselmi foi obrigada a assumir as rédeas. O técnico argentino, percebendo as dificuldades

de ligação no último terço, aliadas a um desaparecimento de Fábio Vieira na construção, apostou nos desequilibradores que tinha no banco de suplentes, com as entradas de William Gomes e Gonçalo BorgesEustáquio também entrou para estabilizar a defesa. Mora tentou remar contra a maré @ FC Porto A partir daqui, assumindo algum desgaste pela iniciativa tida até então, o Inter Miami foi começando a recuar ligeiramente as linhas e isso deu cada vez mais espaço ao FC Porto. Apesar disso, a reta final foi expondo cada vez mais as dificuldades evidentes do FC Porto em construir de forma continuada no ataque, mostrando-se sempre muito dependente de iniciativas individuais pelas alas. De resto, as oportunidades lusas na ponta final foram praticamente inexistentes e o Inter Miami aproveitou para vencer por 2-1. Os azuis e brancos ficam numa situação muitíssimo delicada no Mundial de Clubes e a eliminação na fase de grupos é cenário provável. Zero Zero/MS

FUTEBOL

Lage aborda possível regresso de Félix e o Barça aponta a mira a um internacional espanhol

Se foi o último jogo de Cristiano RonalBruno Lage, treinador do Benfica, deu conta que há um interesse mútuo no regresso de João Félix, mas considera que será preciso ter em conta o aspeto financeiro. Aqui ao lado, o Barcelona procura fechar com o extremo Nico Williams. Já Iuri Medeiros sai de Israel.

Após o empate contra o Boca Juniors (2-2), Bruno Lage, técnico dos encarnados, abordou um possível regresso de João Félix, afirmou que "há vontade dos dois lados", mas que é preciso ter em conta o aspeto financeiro. "Quanto é que realmente nós temos para gastar no João. Depois, também, o lado do João, de entender que o Benfica, neste momento, não pode suportar o seu salário. Isto é para ser claro, porque nós sabemos muito a vontade que o João tem em voltar ao Benfica", referiu.

FUTEBOL FEMININO

Diana Gomes:

Já Otamendi, após o jogo, falou sobre o futuro nos encarnados: "Ainda não resolvi, estou a aproveitar esta competição que todos querem jogar".

O namoro entre os culés e Nico Williams segue bem vivo e poderá ter um final feliz. O jornalista Florian Plettenberg, da Sky Sports, dá conta que Laporta, presidente do Barcelona, procura neste momento fechar o acordo com o internacional espanhol. As conversas com Hansi Flick e Lamine Yamal terão sido fundamentais para o extremo querer rumar até à Catalunha.

Iuri Medeiros já não é jogador do Hapoel Be’er Sheva após ter solicitado a saída "por motivos pessoais". "A direção do clube respondeu ao seu pedido e queremos agradecer ao Iuri pelo tempo dele com a camisola vermelha. Querido Iuri, boa sorte", escreve o emblema israelita. O extremo, de 30 anos, tinha contrato até 2027.

JN/MS

Mensagem de Taremi depois de ficar retido no Irão

Mehdi Taremi está retido no Irão e é baixa para o Inter no Mundial de Clubes por não ter conseguido viagem devido ao conflito entre Israel e o Irão.

Há vários dias sem atividade nas redes sociais – o canal Sportmediaset italiano afirmara até que o Inter tinha perdido contacto com o jogador -, Taremi publicou uma mensagem na noite de segunda-feira (16), em pleno conflito.

O post apresenta um desenho do Irão com as cores da bandeira e uma mensagem de unidade: «Irão para sempre.»

O antigo avançado do FC Porto foi passar alguns dias a casa após terminada a Serie A e final da Liga dos Campeões, e acabou por se ver forçado a desistir o Mundial de Clubes após os bombardeamentos israelitas a instalações iranianas

e as respostas que se seguiram, o que deixou o Médio Oriente em sobressalto. Estes ataques levaram ao encerramento dos aeroportos e do espaço aéreo do Irão, obrigando o jogador a ficar para trás. Viajar por terra também é demasiado arriscado.

Apesar da mensagem de união, Taremi tem sido uma voz contra a política iraniana. «Estamos a pagar o preço de um governo falhado que está a tentar distrair-nos. Mas o povo sabe-o», escreveu em fevereiro. Durante o Mundial de 2022, recusou-se, juntamente com companheiros de equipa, a cantar o hino nacional durante o jogo de abertura contra a Inglaterra, com bastante visibilidade, em protesto contra a repressão das manifestações no Irão. A Bola/MS

«Vamos enfrentar equipas muito difíceis, mas sabemos que é possível»

A Seleção Feminina esteve em estágio na Cidade do Futebol antes de rumar à Suíça onde, pela terceira vez, a equipa das quinas vai disputar uma fase final de um Europeu, depois da presença nas edições de 2017 e 2022.

Adefesa-central Diana Gomes, de 27 anos, foi a porta-voz do grupo e, em conferência de imprensa, mostrou-se otimista, apesar dos últimos resultados, em que Portugal perdeu quatro jogos e acabou ver confirmada a descida à Liga das Nações B. «Sabemos que vimos de uma fase não tão boa para nós, mas também sabemos o valor que temos e a qualidade que temos aqui no grupo e que já conseguimos virar a página e estamos a responder bem

nos treinos e sabemos que queremos ir para o Europeu e dar uma resposta melhor do que fizemos nos últimos jogos», começou por dizer.

Aquando da divulgação da lista das 27 pré-convocadas, o selecionador Francisco Neto apontou como objetivo para o Europeu chegar à fase de eliminar, meta corroborada pela central, que conta com mais de meia centenas de internacionalizações de quinas ao peito: «Sabemos que é algo que a Seleção nunca conseguiu e queremos chegar ao terceiro jogo só a depender de nós, claro que o objetivo é passar a fase dos grupos, mas vamos pensar jogo a jogo. Sabemos que vamos enfrentar equipas muito difíceis, mas também sabemos o nosso valor e sabemos que é possível.»

O selecionador chamou 27 jogadoras para o Campeonato da Europa, na Suíça, sendo que será reduzida a 23 e será divulgada no próximo 25, mas Diana Gomes garante que isso não traz mais responsabilidade para estes dias de trabalho: «Temos sempre essa responsabilidade e sabemos que estamos aqui e já damos sempre o nosso melhor porque é para o bem do grupo e também para nós individual. E se conseguimos dar o máximo individualmente vai ajudar o grupo e é isso que todas queremos, depois tenho a certeza que o professor Francisco vai escolher as mais aptas para a fase final.»

Abordada sobre o seu futuro, depois de três anos a representar o Sevilha - A BOLA já noticiou que Diana Gomes vai reforçar o Benfica - a defesa não se quis pronunciar: «O meu foco neste momento é a Seleção e o futuro está nas mãos do meu agente, e de mim, claro.»

Diana Gomes tem acordo com as águias e deve ser oficializada no final da presente temporada. Defesa-central está em fim de contrato com o Sevilha e chegará à Luz a custo zero.

Refira-se que o grupo só ficará completo no dia 23 com a chegada de Kika Nazareth (Barcelona) e Sierra Cota-Yarde, guardiã do AFC Toronto que ainda disputará mais uma jornada da NSL.

Tatiana Pinto já se encontra na Cidade do Futebol, enquanto Joana Marchão foi reintegrada, sob vigilância médica, numa sessão que contou com a presença de sub15 masculinos de Estoril e Linda-a-Velha. Lúcia Alves ficou-se pelo ginásio.

A Bola/MS

POLÍTICA E DESPORTO Trump recebe camisola de Ronaldo com mensagem

António Costa, enquanto presidente do Conselho Europeu, entregou ao presidente americano, Donald Trump, uma camisola autografada por Cristiano Ronaldo. Aconteceu durante a cimeira do G7, no Canadá, sendo que a camisola autografada diretamente para Trump tinha também uma mensagem: «Jogar pela paz.»

O antigo primeiro-ministro português divulgou na rede social X fotografias com Donald Trump, havendo também um vídeo em que Trump lê a mensagem: «Jogar pela paz... adoro isso.»

A Bola/MS

Creditos: DR
Creditos: DR

Seleção feminina de sub-19 goleia a

Inglaterra

A seleção portuguesa feminina de sub19 goleou na quarta-feira (18) a Inglaterra, por 4-1, depois de ter estado em desvantagem, no Europeu da categoria, que decorre na Polónia, e lidera o grupo B após duas jornadas disputadas.

No estádio Tarnobrzeg, Portugal ficou em desvantagem no último lance da primeira parte (45+2 minutos) na sequência de um autogolo de Iara Lobo, mas deu a volta ao resultado em dois minutos, com golos de Carolina Santiago (76) e Anna Marques (78).

Apenas quatro minutos depois, aos 82, Marta Gago ampliou a vantagem na conversão de uma grande penalidade, e aos 89 Carolina Santiago ‘bisou’ para estabelecer o resultado final.

No outro jogo do grupo, a Espanha, tricampeã em título, foi derrotada por 1-0 pelos Países Baixos, depois de na primeira ronda se ter imposto a Portugal por 2-0. Após duas jornadas disputadas, as quatro equipas do grupo seguem todas com três pontos, com Portugal a liderar, à frente da Espanha, que é segunda.

Com tudo por decidir no apuramento para as meias-finais, Portugal, que cumpre a segunda presença na fase final do Europeu feminino de sub-19, defronta no sábado os Países Baixos.

Portugal precisa de ficar nos dois primeiros lugares do Grupo B para seguir para as meias-finais. Se for terceira, a seleção nacional ainda pode conseguir um lugar no Mundial de 2026.

Judoca portuguesa Patrícia Sampaio derrotou a chinesa Zhenzhao Ma e sobe ao pódio na categoria de -78 kg nos Mundiais de judo.

Um ano depois de ter conseguido o bronze nos Jogos Olímpicos de Paris, Patrícia Sampaio repetiu a proeza nos Mundiais de judo, que decorrem em Budapeste.

A judoca portuguesa ganhou a medalha que a levará a subir ao pódio na categoria de -78 kg, ao derrotar a chinesa Zhenzhao Ma, num combate em que a asiática acumulou três castigos.

Atual número um do ranking mundial, Patrícia Sampaio junta, assim, este terceiro lugar ao título europeu que obteve no passado mês de abril, em Podgorica (Montenegro), sem esquecer a já referida medalha olímpica conquistada em 2024.

A judoca de Tomar chegou a sonhar com o ouro em Budapeste, mas foi derrotada nas meias-finais pela alemã Anna Olek, que viria a perder o combate do título com a italiana Alice Bellandi, atual campeã olímpica. A Bola/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Creditos:

George Russell vence GP do Canadá e McLaren fica em choque

O piloto britânico George Russell ofereceu o primeiro triunfo à Mercedes em 2025, conquistando o Grande Prémio do Canadá. Max Verstappen foi segundo, Kimi Antonelli fechou o pódio e os dois McLaren, que têm dominado a temporada, bateram, após uma manobra arriscada de Lando Norris. Veja o vídeo do momento.

OCircuito Gilles Villeneuve foi palco de uma corrida emocionante, com os primeiros cinco classificados a rodarem sempre muito juntos. George Russell aproveitou, na perfeição, a "pole position" que havia conquistado no sábado para subir ao lugar mais alto do pódio. Max Verstappen ainda chegou a apertar o piloto britânico, mas teve de se contentar com o segundo posto, à frente do segundo Mercedes, de Kimi Antonelli. As últimas voltas prometeram e cumpriram. Com os cinco primeiros separados por menos de sete segundos, os dois McLaren aproximavam-se,

rapidamente, de Antonelli, mas não surgiram ordens de equipa e os dois pilotos tiveram liberdade para lutar.

Lando Norris, que tinha pneus com menos voltas, chegou a ultrapassar Oscar Piastri, mas o líder do campeonato não facilitou em nada e devolveu a manobra. Já na reta da meta, e com o DRS aberto, Norris arriscou em demasia, tocou na traseira do monolugar do companheiro de equipa e teve de desistir.

O australiano teve mais sorte e conseguiu manter-se em prova e somar bons pontos para o campeonato, embora tenha, agora, Max Verstappen ligeiramente mais próximo.

Os Ferrari de Charles Leclerc e Lewis Hamilton fecharam no quinto e sexto postos, Fernando Alonso levou o Aston Martin até sétimo, Nico Hulkenberg foi oitavo, Esteban Ocon nono e Carlos Sainz fechou os lugares pontuáveis.

JN/MS

Hamilton "devastado" depois de atropelar marmota no Grande

Prémio do Canadá

Lewis Hamilton está "devastado", depois de saber que tinha matado uma marmota, danificando o seu carro Ferrari, no caminho para terminar em sexto lugar no Grande Prémio do Canadá.

Hamilton, que tem um buldogue francês chamado Roscoe que é frequentemente visto com ele nos Grandes Prémios, disse que não viu a marmota e sentiu que o incidente reduziu o desempenho do seu carro depois de um início brilhante neste domingo. "Estava a sentir-me bastante bem até então", disse o sete vezes campeão do mundo. "Fiz um bom arranque, mantive a posição e estava a segurar o grupo da frente. "Estava a gerir bem os pneus, por isso estava otimista. "Não vi o que aconteceu, mas ouvi dizer que bati numa marmota. É devastador porque

adoro animais e estou muito triste com isso. É horrível. Nunca me tinha acontecido aqui, mas o chão - basicamente o lado direito - tinha um buraco. Dado isso, tivemos um problema de travões a meio da corrida, e depois provavelmente ficámos demasiado tempo na primeira paragem e saímos atrás do trânsito... foi de uma coisa para outra."

Depois de ter passado 10 corridas sem um pódio esta época, pela primeira vez na sua carreira na Fórmula 1, depois de se ter juntado à Ferrari, Hamilton expressou uma frustração crescente com o início de ano dececionante da equipa. "Estou grato por ter terminado, especialmente com o problema de travões que tive. Estamos realmente a precisar de uma atualização, mas há muitas coisas que têm de mudar para podermos competir na frente."

JN/MS

www.cardinalfuneralhomes.com

100 Anos

Retribuindo.

Ao celebrarmos o nosso 100º aniversário, a Cardinal Funeral Homes orgulha-se de apoiar o futuro da nossa comunidade com um donativo de 100.000 dólares à Magellan Community Foundation, ajudando a dar vida a uma nova unidade de cuidados continuados dedicada a servir a comunidade luso-canadiana com dignidade e compaixão.

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(na esquina da College com a Rusholme, entre a Gladstone e a Dovercourt)

A equipa de andebol do Benfica despede-se de três jogadores que integraram o plantel na última temporada e entre eles está o segundo melhor marcador e quarto jogador com mais jogos: o central húngaro Egon Hanusz.

O pivot brasileiro Guilherme Cabral, que estava no clube desde a época 2021/2022, ruma agora a Espanha para representar o

Atlético Valladolid, emblema com o qual assinou contrato para as próximas duas épocas.

Depois de representar as águias durante duas épocas, o lateral Filip Taleski regressa agora a casa, para representar os macedónios do RK Vardar, onde já tinha jogado antes.

A Bola/MS

O Benfica sagrou-se campeão nacional de basquetebol pela quarta vez consecutiva, ao vencer, 93-71. este domingo o F. C. Porto, no Dragão Arena, no jogo 4 da final da Liga. Com este triunfo, os encarnados fecharam a série com 3-1 e conquistaram o 31.º título do seu palmarés, reforçando o estatuto de clube mais titulado do basquetebol português.

Depois de ganhar os dois primeiros jogos da final – 95-94 e 89-81 na Luz – o Benfica ainda viu o F. C. Porto reagir no terceiro duelo, sexta-feira, com uma vitória (82-75). Mas, esta tarde, os encarnados responderam com um desempenho categórico, vencendo e dominado três parciais e impondo uma global superioridade.

Este clássico até arrancou equilibrado, mas o Benfica foi mostrando, progressivamente, superioridade. Venceu o primeiro período por 21-19, e logo a seguir impôs um parcial de 28-9 perante uma quebra dos dragões, que lhe permitiu ir para o intervalo com uma vantagem confortável de 49-28.

No regresso dos balneários, os encarnados mantiveram o ritmo e ampliaram a vantagem, e mesmo com os dragões a serem mais eficazes no terceiro período, fixaram o marcador em 69-51. No último quarto, o F. C. Porto ainda procurou reagir, mas o Benfica nunca perdeu o controlo do jogo e fechou a vitória por 91-73, fazendo a festa do título no pavilhão dos portistas.

A Bola/MS

Norberto Alves conduziu o Benfica ao título de campeão de basquetebol. Foto DR
Egon Hanusz de saída do Benfica. Foto DR

HOCKEY

Free-agent options for the Leafs are plenty

This summer’s NHL free agency class might not feature marquee names — apart from the ever-speculated Mitch Marner situation — but it more than makes up for that in solid, dependable depth. For the Toronto Maple Leafs, that’s not a bad tradeoff. Rather than targeting high-priced stars, the Leafs have a chance to retool with smart, versatile, and cost-effective additions — players who can thrive under new head coach Craig Berube and round out a top-heavy roster.

FORWARDS WITH VERSATILITY & GRIT

ANTHONY BEAUVILLIER

Anthony Beauvillier is a strong topnine winger candidate. He brings energy, skill, and a bit of edge. Despite his modest size, Beauvillier plays with bite and consistency, especially around the net, as shown by his 91st-percentile ranking in high-danger shots last season. He’s not flashy, but 15-20 goals and positional flexibility — from the fourth line to the top line, as he showed with Washington — would give Berube options and reliability.

TANNER JEANNOT

Tanner Jeannot fits the Berube mould: size, grit, and potential upside. The 6-foot-2 winger exploded onto the scene with a 24-goal rookie year, prompting Tampa Bay to trade heavily for him. He hasn’t rediscovered that form, largely due to limited opportunity, but a bigger role with better linemates could reignite his production. If the Leafs want more sandpaper and some goal-scoring potential in the bottom six, Jeannot is worth the gamble — though his likely asking price (around $3 million) requires some faith.

ANDREW MANGIAPANE

Andrew Mangiapane brings speed, effort, and a potential scoring touch. A Toronto native and Brad Treliving draft pick, Mangiapane had a breakout 35goal season but more commonly hovers around the 15-18 mark. If deployed higher up with more offensive zone starts and linemates who can finish, he could return to 20-goal form. He’s a feisty, tenacious forechecker — something this Leafs lineup has often lacked.

ERIC ROBINSON

Eric Robinson also offers size, speed, and middle-six scoring. At 6-foot2, Robinson has straight-line speed (ranking in the 83rd percentile) and contributes with both goals (14 last season) and physicality. He’s versatile, kills penalties, and fits the Berube blueprint.

JEFF SKINNER

Jeff Skinner, while not as physical, brings something the Leafs still need: pure goal-scoring upside. Despite a down year in Edmonton where he was often a healthy scratch, he still scored 16 goals in limited ice time. A threetime 30-goal scorer, Skinner could be a budget-friendly bet to rediscover that touch in a second-line role.

REILLY SMITH

Reilly Smith is a playoff-proven veteran who can do a bit of everything. His versatility — power play, penalty kill, defensive zone starts — makes him an ideal glue guy for a contender. A shortterm deal near his previous $5 million cap hit might offer solid value. Hailing from Toronto, Smith could relish a homecoming and a shot at another Cup.

HONOURABLE MENTIONS

DEFENSIVE DEPTH & UPSIDE

BRENT BURNS

Brent Burns might be 40, but he’s still playing 20+ minutes a night, anchoring top-pair units and contributing to special teams. With reduced responsibility in Toronto — behind Chris Tanev and Brandon Carlo — he could still add offensive punch, especially on a second power-play unit. Burns ranked ninth among NHL defencemen in shot attempts last season, and Berube values point shots and net-front chaos. Burns also provides lineup flexibility, potentially forming a veteran third pair with Oliver Ekman-Larsson or shifting up with Morgan Rielly for offensive-zone draws.

Nick Perbix, on the other hand, represents upside. A 27-year-old right-shot defenceman from Tampa Bay, Perbix had six goals and 19 points last year with no power-play time and limited minutes. Slotting him next to a puck mover like Ekman-Larsson could unlock more offense. With size (6-foot-4, 200+ pounds), mobility, and potential to grow into a bigger role, Perbix offers a smart blend of youth and reliability.

There are plenty of other names worth monitoring. Mason Appleton is a two-way thirdline forward built for tough matchups. Connor Brown is a versatile penalty killer and former Leaf. Nick Bjugstad offers size and fourth-line utility. Sean Kuraly brings intensity and grit. Corey Perry, at 40, still provides playoff utility and edge. Victor Olofsson and Brandon Tanev round out the list with scoring and physicality respectively. While the Leafs likely won’t land every name here, targeting smart, sneaky-good fits could be exactly what’s needed to reshape the roster into a more balanced, playoff-capable unit.

NICK PERBIX

Canada’s objectives are clear in World Cup 2026 – Win It All

With the 2026 FIFA World Cup on the horizon, this summer’s Concacaf Gold Cup carries extra weight for the Canadian men’s national team. Just a year away from hosting their first World Cup match at Toronto FC’s BMO Field, Canada is treating this tournament as a crucial dress rehearsal. It represents their final stretch of competitive action before the world arrives on North American soil—and a chance to build chemistry, sharpen tactics, and chase their first trophy since lifting the Gold Cup in 2000.

FORMULA 1

The journey begins Tuesday night at Vancouver’s BC Place, where Canada will open Group B play against Honduras (10 p.m. ET | TSN, FS1). After that, the team heads to Houston’s Shell Energy Stadium for group matches against Curaçao and El Salvador. For head coach Jesse Marsch, this tournament is more than just a competition—it’s a foundation-laying opportunity.

“Everybody knows how important this summer is and what it means for the World Cup,” Marsch said. “I’ve told the

team how I feel about this tournament, but I didn’t need to convince anyone. They all said, ‘We’re coming, we want to win it.’ That’s a powerful message. I’m proud to coach a team with that mindset.”

Canada arrives in strong form, having recently claimed the inaugural Canadian Shield Tournament. They beat Ukraine 4-2 and held African champions Ivory Coast to a goalless draw—matches that pushed the group’s limits and gave Marsch a chance to assess new players in high-stakes scenarios.

Among the emerging talents are Vancouver Whitecaps winger Jayden Nelson, CF Montréal midfielder Nathan Saliba, and 21-year-old forward Promise David, who recently helped Royale Union Saint-Gilloise break a 90-year title drought in Belgium’s top division. Their performances added depth and options to a Canadian squad that features 12 MLS-based players.

“The matches we played gave us a good look at the different styles and challenges we’ll face on the world stage,” Marsch explained. “There are similarities between Ivory Coast and Honduras—both are physical, athletic teams—so we have to be ready for tough games all tournament long.”

For the players, the Gold Cup is a proving ground. It’s not just about lifting a trophy, but about staking a claim to one of the coveted World Cup roster spots. Nelson, back in the national team picture for the first time since the 2023 Gold Cup, views this as a pivotal moment.

“I’ve seen Canada through highs and lows, and I know what this team is capable of,” he told MLSsoccer.com. “I’ve bounced in and out of the national team before, but now I’m ready to say: ‘I’m here to stay.’”

Beyond the pitch, this tournament offers logistical preparation for next summer’s World Cup. Canada is replicating the kind of travel, hotel stays, and matchday rhythms they’ll experience in 2026. After opening in Toronto for training, the team has shifted to Vancouver—where they’ll play two group-stage games next June and could return for knockout matches.

“We’ve spent a lot of time in Toronto and know what that setup’s like,” Marsch said. “Now, being in Vancouver, even staying at the hotel we’ll use next summer, gives us valuable insight. Everything about this experience is helping us prepare the right way for what’s coming.”

Marsch, who is serving a two-match touchline suspension to begin the tournament, is focused on evaluating which players and combinations fit best for various situations and opponents. With a blend of veterans and new faces, Canada enters the Gold Cup not only chasing silverware, but forging a squad ready to make history on home soil in 2026.

Canadian Grand Prix signs deal to stay on circuit through 2035

The Canadian Grand Prix is set to remain a fixture on the Formula 1 calendar until at least 2035, following a newly announced contract extension between the race organizers and Formula 1’s commercial rights holder, Liberty Media. The agreement was revealed just a day after the 2025 edition of the Montreal race concluded, affirming the event’s long-term future in the sport.

Previously, the Canadian Grand Prix had a deal in place running through the 2031 season. That agreement already accounted for the cancelled races in 2020 and 2021 due to the COVID-19 pandemic. Now, four additional years have been added, ensuring the event continues through the mid-2030s.

Montreal has hosted the Canadian Grand Prix almost continuously since 1967, when it first appeared on the F1 calendar with a race at Ontario’s Mosport Park. Since 1978, the race has taken place at Circuit Île Notre-Dame — later renamed Circuit Gilles Villeneuve in 1982 in honour of the late Canadian racing icon, who won the inaugural race at the venue.

Built on a man-made island in the St. Lawrence River, originally developed for Expo 67 and later used for the 1976 Olympic Games, the track has undergone several upgrades over the years. Most recently, the paddock facilities were revamped, and those modernizations were highlighted in F1’s announcement. The series described the upgrades as part of a broader push to “modernize infrastructure to meet the growing demands of Formula 1 as the sport continues to expand globally.” Continued investment will be key in elevating the fan and team experience at the venue going forward.

As part of the agreement, F1 also confirmed a change to the race’s placement

on the calendar. Beginning in 2026, the Canadian Grand Prix will be moved earlier in the season, immediately following the Miami Grand Prix in May. This logistical shift is intended to reduce travel inefficiencies, avoiding the previous format where the series would hold several European rounds before crossing back to North America for a standalone race.

However, the date change will come with some trade-offs. The earlier slot will see the Canadian race directly clash with the iconic Indianapolis 500 in the U.S., a scheduling overlap that could present challenges for broadcasters and North American motorsport fans alike.

Despite recent upgrades, access to the track remains a concern. In 2024, po-

lice restrictions on a major bridge caused heavy delays for fans and paddock personnel, highlighting the logistical challenges posed by the circuit’s island location. In 2023, technical issues with CCTV coverage led to the abandonment of the opening practice session after just five minutes.

The new agreement also includes a long-term extension for Bell Media’s rights to broadcast F1 races in Canada, though specific terms were not disclosed.

F1 CEO Stefano Domenicali praised the announcement, noting Montreal’s rich racing history and vibrant atmosphere.

“It is fitting that we have announced an extension with the Canadian Grand Prix,” he said. “I look forward to creating more

unforgettable moments in Montreal over the next 10 years.”

This deal places Montreal alongside other long-term host cities like Melbourne (2037), Bahrain (2036), and Silverstone (2034), though still behind Miami, which is locked in until at least 2041.

Attendance continues to grow for the Montreal race, with 352,000 fans attending the 2025 edition — up from 345,000 in 2023 and 350,000 in 2024. Last weekend’s race was won by George Russell of Mercedes, while Canadian driver Lance Stroll, racing for Aston Martin, remains the country’s lone F1 representative.

RS/MS

Latest Middle East escalation adds pressure to steel and aluminum costs

per barrel, or seven per cent, to around $73 per

barrel. For North American construction professionals, this development signals another round of inflationary pressures, especially for steel and aluminum.

Energy prices and metal costs: A direct link

Steel and aluminum production are highly energy-intensive. Any significant spike in energy costs, driven by oil price volatility, translates directly into higher input costs for these essential construction materials.

ConstructConnect Chief Economist Michael Guckes said, “Industry concerns about managing steel input costs to construction just became more complex with the latest clashes in the Middle East.”

Guckes added, “The data show a long-running, tight connection between oil prices and energy-intensive metal production costs. The jump in oil prices in response to the events in Iran on June 13 could quickly worsen an already difficult picture for metal prices.”

Tariffs compound the pressure

The latest round of 50 per cent tariffs on steel and aluminum imports, announced earlier this month, is already reverberating through the North American market. These tariffs are expected to raise costs

across a wide range of products, from vehicles and appliances to building materials and construction projects.

What construction professionals can expect

Given the current situation, construction professionals should consider the following:

• Prepare for higher structural steel and aluminum costs, driven by increased energy prices and an evolving tariff environment.

• Expect a worsening potential for project delays or budget adjustments as suppliers adjust pricing to reflect rising input costs.

• Anticipate increased volatility in the metals market, which could make procurement planning and risk management more challenging.

The recent escalation in the Middle East and a wide-reaching and evolving tariff policy are poised to push steel and aluminum prices even higher in the coming weeks. Construction professionals should monitor market developments closely and consider proactive strategies to mitigate the impact on existing and future projects.

DCN/MS

Humber Polytechnic launches industry-backed project co-ordinator micro-credential program

Humber Polytechnic, in partnership with CourseCompare and in collaboration with Pomerleau, has announced

the launch of the Project Coordinator for Construction (PCC) micro-credential program.

The 16-hour, hybrid, micro-credential is designed around real-world demands and combines technical instruction with simulations, states a release.

“Canada faces a once-in-a-generation building challenge,” said Frank Cappadocia, dean, continuous professional learning at Humber Polytechnic, in a statement. “To restore housing affordability and deliver the infrastructure Canadians need, we must train the right people for the right jobs. This program provides a fast, practical and scalable solution that’s been built with the sector, for the sector.”

In preparation for this program, CourseCompare produced a report based on interviews with construction leaders from Pomerleau, Orion Construction and industry groups including Building Transformations and BuildForce Canada, highlighting the core competencies for project co-ordinators in Canada.

“There’s a growing recognition that project co-ordinators are essential to scaling Canada’s construction capacity,” said Robert Furtado, CEO of CourseCompare. “Our job is to connect that industry need with motivated

learners — and to support employers in building stronger, more efficient jobsites through targeted education and workforce engagement. We’re helping shift project co-ordination from an informal skillset to a professionalized standard.”

Participants gain hands-on instruction in scheduling trades, managing RFIs, interpreting construction drawings and navigating project lifecycles.

The program is available on demand to employers looking to upskill new hires or help team members transition into co-ordination roles, the release adds.

“Ideal training includes real-world examples,” said Greg Cicovacki, OCT, and online course developer at Humber Polytechnic. “When instruction reflects what actually happens onsite, it’s easier for learners to engage, apply what they’ve learned and step into the role with confidence.”

Construction firms can access the program directly through CourseCompare: www.coursecompare.ca/courses/toronto/humber-polytechnic/project-coordinator-for-construction-pcc

DCN/MS

In an escalation overnight, Israel launched a missile barrage against key Iranian sites and military leaders.
The immediate market reaction has been swift: oil prices jumped over $5
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SAÚDE & BEM-ESTAR

9 Erros comuns ao fazer snacks e como evitá-los

O conceito de “três refeições por dia” pode levá-lo a pensar que o pequeno-almoço, o almoço e o jantar devem fornecer todos os alimentos de que necessita em 24 horas. Na realidade, nem sempre é esse o caso. Por vezes, precisamos de comer qualquer coisa para continuar o nosso dia e não há nada de inerentemente errado nisso.

Apesar da cultura da dieta enquadrar muitas vezes o petiscar como algo negativo - um ato desenfreado de gula, na melhor das hipóteses, e um sinal de fraqueza moral, na pior -, procurar um estímulo comestível quando a fome aperta é a coisa mais natural do mundo. Mas, ao mesmo tempo, alguns dos seus hábitos de petiscar podem não o estar a fazer sentir-se tão bem como poderia. De facto, as escolhas erradas para petiscar podem até fazer com que se sinta pior do que quando começou a sua dietaa última coisa que quer.

Aqui ficam nove hábitos a evitar para melhorar a sua relação com a comida entre refeições.

1. Nunca comer snacks

A ideia de que só se deve comer três refeições por dia é antiquada. A fome não segue horários rígidos e há vários motivos válidos para precisar de um snack: uma refeição pequena, mais atividade física, ou simplesmente vontade. Snacking pode ajudar a manter os níveis de energia e evitar excessos mais tarde.

2. Sentir culpa pelo que come Há quem se sinta mal por escolher um bolo em vez de uma maçã. No entanto, todos os alimentos podem ter lugar

numa alimentação equilibrada. A culpa alimentar só contribui para uma relação negativa com a comida.

3. Evitar snacks à noite

Embora comer demasiado perto da hora de dormir possa causar azia ou perturbar o sono, o corpo continua a precisar de energia mesmo durante a noite. Se janta cedo e só se deitas horas depois, é normal sentir fome. Escute o seu corpo e evite alimentos mais pesados ou irritantes perto da hora de dormir.

4. Ignorar os desejos

Tentar substituir aquilo que realmente lhe apetece por uma alternativa “mais saudável” pode acabar por não o satisfazer. Se lhe apetece algo doce e só tem pipocas salgadas, o snack não vai cumprir o seu papel. Escutar os desejos é importante para evitar frustrações e compensações mais tarde.

5. Descurar o valor nutricional

Muitos snacks são ricos em hidratos de carbono e pobres em proteína, gordura ou fibra — o que pode não o saciar. Combina alimentos: fruta com frutos secos, bolachas com queijo ou chips com húmus, por exemplo. Isso ajuda a prolongar a saciedade e a melhorar a qualidade nutricional.

6. Comer a horas irregulares

Snacks aleatórios ao longo do dia podem levar a decisões impulsivas. Comer algo a cada 3 a 4 horas ajuda a manter a energia estável e a evitar chegar às refeições principais com demasiada fome. Planeia com antecedência, especialmente em dias atarefados.

7. Comer diretamente do pacote

Ir tirando do saco até acabar pode levar a comer mais do que o desejado. Servir o snack numa tigela cria um “ponto de verificação” que ajuda a estar mais consciente da quantidade e da saciedade.

8. Petiscar o dia todo sem fazer refeições completas Algumas pessoas substituem refeições por snacks constantes. Isso pode prejudicar a variedade e a qualidade nutricional da alimentação. Além disso, dificulta perceber sinais de fome e saciedade. Se não tem tempo para refeições formais, tente planear snacks mais robustos e equilibrados.

9. Usar snacks como substituto de autocuidado Muitas vezes petiscamos por stress, cansaço ou aborrecimento. Embora a comida possa reconfortar, é útil perguntar: “Estou com fome ou a tentar lidar com outra emoção?” Nem sempre é errado comer por razões emocionais, mas reconhecer esse padrão pode abrir espaço para outras formas de autocuidado.

Conclusão:

Snacks são aliados, não inimigos. Quando feitos com intenção, consciência e equilíbrio, ajudam a regular a fome, melhorar o humor e manter uma alimentação saudável — sem culpa.

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

Pedido em português

Credito: DR

Chris Evans revelou detalhes inéditos sobre o pedido de casamento à atriz portuguesa Alba Baptista. Durante a estreia do seu novo filme, Amores Materialistas, em Nova Iorque, o ator contou que aprendeu a frase “Queres casar-te comigo?” em português, e ensaiou durante uma semana para tornar o momento ainda mais especial. Apesar de todos os ensaios, Evans admitiu que ficou tão nervoso que quase deixou escapar o segredo enquanto preparava o pequeno-almoço nesse dia. Os dois casaram-se em setembro de 2023.

Renovação

Catarina Gouveia vive uma fase de verdadeira renovação pessoal e profissional. A influenciadora digital e empreendedora acaba de apresentar a nova coleção da sua marca, Pura, reafirmando o compromisso com peças intemporais, produzidas de forma consciente e com materiais naturais, como o linho. Após trocar de casa, Catarina reencontra agora um novo equilíbrio na sua rotina familiar, celebrando também o terceiro aniversário da filha, Esperança, que em breve vai também ela iniciar uma nova etapa, com a entrada no colégio.

Preparativos

Iury Mellany a antiga concorrente de reality shows da TVI foi pedida em casamento por Daniel Monteiro, que conheceu aquando da participação de ambos em 'Big Brother 2020'. Na quarta-feira, 18 de junho, esteve no 'Dois às 10' e falou sobre os preparativos para o grande dia. "Ainda não há nada planeado, mas temos algumas ideias. Agora, data não", confessou Iury, que foi pedida em casamento por Daniel Monteiro no 'Secret Story - Desafio Final'. Ainda que a data não esteja definida, a personal trainer quer casar-se "no próximo ano e no outono".

CR7 e Júnior

Maria João Pires, de 80 anos, comunicou que fará uma pausa na carreira devido a um problema de saúde. “Surgiu-me um problema de saúde cerebrovascular, que encaro como um sinal, talvez um aviso”, explicou a pianista. Além de cancelar os concertos previstos para junho em Portugal, Maria João revelou que também não poderá cumprir as apresentações programadas no Japão.

A artista, admirada pela sua profundidade emocional e técnica ao piano, expressou a tristeza de se afastar dos palcos, mas também se mostrou grata e esperançosa: “Vou dedicar este período a reencontrar o equilíbrio entre o corpo e o espírito, e a encontrar alegria em me retirar, ler, meditar e aprender com as lições que a vida me quer ensinar”.

Audiência papal

Cristiano Ronaldo voltou a dar que falar ao partilhar fotografias ao lado do filho mais velho, Cristiano Júnior. Nas imagens, captadas na academia, pai e filho aparecem descontraídos, ambos em tronco nu, mostrando não só a excelente forma física, mas também a cumplicidade que os une. Nas imagens, pai e filho aparecem descontraídos, ambos em tronco nu, mostrando não só a excelente forma física, mas também a cumplicidade que os une. O que mais surpreendeu os seguidores foi a altura de Cristiano Jr., que, com apenas 14 anos, já se aproxima muito da altura do pai. Os comentários multiplicaram-se, com muitos a notar que o jovem está quase tão alto como Ronaldo, e a brincar com a possibilidade de, em breve, o ultrapassar. Cristiano Ronaldo, sempre atento, respondeu de forma bem-humorada, esclarecendo que ainda mantém alguma vantagem em altura: “Pai 187, júnior 185”.

No dia 16 de junho, o Vaticano foi palco de um encontro invulgar: Al Pacino, um dos atores mais reconhecidos do cinema internacional, foi recebido em audiência privada pelo Papa Leão XIV. O ambiente foi de grande proximidade e respeito, com espaço para a partilha de ideias sobre temas que tocam a todos — desde a importância da família até ao papel da cultura na sociedade. A visita de Al Pacino deu-se durante as filmagens de “Maserati: The Brothers”, onde interpreta Vincenzo Vaccaro, uma figura marcante na história da lendária marca italiana de automóveis. O produtor Andrea Iervolino acompanhou o ator e, como gesto simbólico, ofereceu ao Papa uma miniatura de um automóvel Maserati.

O Papa Leão XIV, o primeiro pontífice americano, mostrou-se particularmente interessado na forma como a arte pode inspirar valores e o contribuir para o bem comum. Tanto o ator como o Papa partilharam a convicção de que o cinema e a fé podem ser forças complementares na promoção destes ideais. A história rapidamente se tornou notícia, não só pela presença de uma estrela do cinema no Vaticano, mas também porque Al Pacino é o primeiro ator de Hollywood a ser recebido pelo Papa Leão XIV, numa audiência privada no Vaticano.

Pausa
Credito:

artesonora

Paulo Gonzo

O Intemporal

É raro encontrarmos um artista que consiga, ao longo de quatro décadas, manter-se no topo da cultura musical de um país. Paulo Gonzo é, sem dúvida, esse tipo de artista. Com mais de 40 anos de carreira, as suas canções continuam a fazer parte da vida de muitas pessoas. Ele não é apenas um cantor, é um contador de histórias que fala diretamente ao coração de quem o ouve, conquistando diferentes gerações e mantendo-se atual, numa indústria musical em constante mudança. Desde os seus primeiros passos na música, nos anos 70, como vocalista da banda Go Graal Blues Band, até se afirmar como um artista a solo, Paulo Gonzo mostrou desde cedo que a sua música teria um caráter especial. O lançamento do seu primeiro álbum, em 1986, mostrou um cantor que unia vários estilos musicais – pop, blues, soul – numa mistura muito pessoal e marcada por letras profundamente sentidas. Não foi só a qualidade musical que cativou o público, foi também a capacidade de transmitir emoções genuínas. O verdadeiro salto para o grande público aconteceu nos anos 90, altura em que lançou o álbum “Só Gestos” (1992) e, sobretudo, a canção “Jardins Proibidos” (1993). Esta música tornou-se um hino para muitos portugueses, atravessando gerações e tempos, ocupando um espaço permanente no imaginário coletivo.

Asua popularidade nas rádios, nas festas, nas novelas e nos concertos é prova da sua força intemporal. “Jardins Proibidos” não é apenas uma música; é um fenômeno cultural que muitos portugueses associam a momentos marcantes das suas vidas. Mas Paulo Gonzo não é só “Jardins Proibidos”, o seu repertório está cheio de canções que tocam o coração e que são facilmente reconhecidas por muitos. “Dei-te Quase Tudo”, “Sei-te de Cor” e tantas outras falam de temas universais como o amor, a saudade, as dores e as alegrias que todos experimentamos. A voz única de Paulo Gonzo, forte e cheia de alma, acrescenta a estas letras uma dimensão quase mágica. Quem já o viu ao vivo sabe que a sua presença em palco não é só a de um intérprete, mas de um verdadeiro contador de histórias, alguém que consegue fazer-nos sentir aquilo que ele sente. Ao longo da sua carreira, Paulo Gonzo vendeu mais de 500 mil discos, um feito que mostra não só a sua popularidade, mas também a qualidade do seu trabalho. Não é apenas um artista comercial; é um músico respeitado, premiado e admirado por colegas e fãs. Os duetos que realizou com artistas como Mariza, Jorge Palma e Tito Paris mostram a sua versatilidade e capacidade para se adaptar a diferentes estilos, sem perder a sua identidade. Aliás, essa capacidade de se reinventar, mantendo a essência, é uma das maiores qualidades de Paulo Gonzo. Os álbuns “By Request” (2003) e “Duetos” (2014) são bons exemplos de um artista que não se deixa ficar parado no tempo; o primeiro reúne grandes baladas que já fazem parte da cultura portuguesa, enquanto o segundo mostra a sua capacidade de

trabalhar com diferentes gerações e estilos musicais. Essas colaborações reforçam a sua relevância e o facto de continuar a ser uma referência no panorama musical nacional. O que impressiona em Paulo Gonzo é a sua longevidade sem perder a autenticidade. Muitos artistas perdem-se ao longo do tempo, cedendo a modas ou tentando agradar a todos. Paulo Gonzo mantém-se fiel a si próprio, a cantar com verdade, o que o torna ainda mais respeitável. A sua música não é descartável nem efémera; é intemporal e cheia de significado. Hoje, Paulo Gonzo continua a encher salas de concerto por todo o país, juntando públicos de diferentes idades. É raro um artista conseguir atrair pais, filhos e até avós para cantar juntos, isso mostra que as suas canções são uma ponte entre gerações, capazes de unir pessoas através das emoções que despertam. Nos seus espetáculos, além dos clássicos, Paulo Gonzo apresenta temas novos, provando que a sua criatividade está longe de esgotar-se. Além de ser um cantor de sucesso, Paulo Gonzo é também uma inspiração para muitos músicos mais jovens. O seu percurso mostra que é possível construir uma carreira sólida e respeitada sem perder a essência ou ceder a fórmulas vazias. Ele é um exemplo de como a música portuguesa pode ser feita com qualidade, emoção e sinceridade, e ainda assim conquistar um público vasto.

O impacto de Paulo Gonzo na música nacional vai para além das vendas ou dos prémios, ele representa uma voz autêntica e sincera num cenário que muitas vezes valoriza mais o espetáculo do que a substância; ele mostra que a música deve servir para emocionar, para contar histórias, para criar ligações nas pessoas. Num mundo dominado pelas tendências rápidas e pela música feita para consumo imediato, Paulo Gonzo mantém uma postura quase clássica, mas muito necessária: a de um artista que se preocupa com a mensagem e a qualidade, talvez seja por isso que as suas músicas ainda nos tocam tanto, mesmo passados tantos anos. No fundo, Paulo Gonzo é mais do que um artista, é um símbolo da música portuguesa, um património cultural que pertence a todos nós. As suas canções fizeram e fazem parte das nossas vidas, acompanhando momentos de alegria, tristeza, amor e nostalgia. É raro encontrar um músico com esta capacidade de atravessar gerações e ainda assim continuar a ser atual. O facto de Paulo Gonzo ainda hoje lançar músicas novas e fazer concertos cheios mostra que o seu talento não tem data de validade. A sua carreira é um exemplo de dedicação, paixão e verdade, qualidades que fazem falta na indústria musical atual. Portanto, quando falamos de Paulo Gonzo, estamos a falar de muito mais do que um cantor ou compositor, estamos a falar de um artista que faz parte da alma musical de Portugal, que inspira e emociona, que une e faz sonhar, e que, muito provavelmente, continuará a fazê-lo durante muitos anos. Paulo Gonzo não é apenas uma referência do passado; é uma presença viva e pulsante na música de hoje, e isso, numa indústria musical dos tempos modernos, é uma conquista extraordinária.

Aos sábados 7h30 às 9h na aos domingos 10 ao meio dia

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Entregar em troca; permutar

2. Exercer ação restritiva sobre; conter, regular

3. Não aprovar; recusar algo

4. Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

5. Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

6. Fazer trepidar ou trepidar; fazer estremecer ou estremecer; tremer

7. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade

8. Dar ou adquirir forma correta ou melhor; consertar(-se)

9. Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

10. Reunir em uma só todas as partes que não têm ligação natural entre si

11. Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

12. Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se)

13. Exprimir por meio de palavras

14. Ir ou conduzir (alguém ou um animal) a algum lugar, para (se) entreter ou exercitar

15. Adquirir habilidade e/ou conhecimento

U M G O N D W E K I A D S R W

Z B O B H M P H Q A V E L O S

N A V I O M T K B V I N S Ã A

O T E J O R N A L T Ã T P Ç T

C F A M Í L I A U B O R K A U

O J P O R T U G U E S E S R R

M R A Í Z E S P L U Z V F G N

B Q V C H E G A D A R I U I I

O K L C R V I A G E M S T M A

I C O M U N I D A D E T U I Q

O A M K A Y M F H G T A R S F

I L N K E I Z N X Y G N O G F

E N U N V B I S N S A K S C H

C O N Q U I S T A J N Z T A M

T C K Y V C Z H O O X Y O Z P

PORTUGUESES

IMIGRAÇÃO

SATURNIA

VIAGEM

NAVIO

COMBOIO

AVIÃO

COMUNIDADE

ENTREVISTA

JORNAL

CONQUISTA

CHEGADA

FAMÍLIA

FUTURO

RAÍZES

Francesinha

Ingredientes

• 2 cebolas pequenas

• 2 dentes de alho

• Azeite

• 1 folha de louro

• Sal e pimenta q.b.

• Piripiri

• 2 cervejas

• 200ml de polpa de tomate

• 50 ml de vinho do Porto

• 40ml de whisky

• 30ml de vinho branco

• 2 colheres de sopa de colorau

Ingredientes da francesinha

• 8 fatias de pão

• 4 ovos

• 4 bifes finos do vazio

• 4 salsichas frescas

• 4 fatias de fiambre

• 4 fatias de chouriço

• 20 fatias de queijo

• Mostarda

Modo de preparação

Regar a cebola e o alho em azeite . Quando dourar, juntar a cerveja e os restantes ingredientes excepto a maisena . Deixar ferver durante 2 horas. À parte dissolver a maisena em água fria e juntar ao molho até engrossar. Retirar a folha de louro e triturar com a varinha magica e retificar os temperos.

Preparação da francesinha

Temperar os bifes com sal e pimenta e fritar ou grelhar. Fritar as linguiças e as salsichas frescas. Montar a francesinha

Uma faia de pão torrado, fiambre, bife, queijo, salsicha, queijo, chouriço, outra fatia de pão. Prensar durante 3 minutos. Colocar o ovo estrelado e o queijo por cima. Levar ao forno até o queijo derreter. Regar com o molho quente e servir com batatas fritas.

Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras

OLHAR COM OLHOS DE VER

The Ship of Tolerance - Gairloch Gardens. Créditos: Stella Jurgen
Small Sneakers. Créditos: Tim Wilson
Mirror tree. Créditos: Fa Azevedo

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Esta é uma época mais introspetiva. Sentirá que está mais voltado para si próprio do que é habitual. No entanto, a comunicação dos seus sentimentos e emoções mais profundos será mais fácil e espontânea. Tudo o que tenha a ver com a casa, a vida doméstica ou com a família poderá requerer grande parte da sua atenção.

TOURO 21/04 A 20/05

Durante este trânsito sentir-se-á com tendência para a evasão das obrigações rotineiras. O convívio com os amigos será incentivado e procurará optar por uma ocupação que o realize e dê prazer ou até mesmo iniciar um período de férias que contribuam para a sua descontração. Não perca qualquer oportunidade para se distrair.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Neste período, sentirá uma maior capacidade para recarregar as suas energias. Concentrar-se-á mais nos seus assuntos pessoais do que nos do mundo em geral. Não no que lhe dita o egoísmo, mas sim de uma necessidade real de olhar para dentro de si e encontrar o que necessita para o seu progresso e a sua evolução pessoal.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Quando o Sol transita pela Casa XII, a percepção do lado invisível da sua vida absorve-o de forma intensa. Tente perceber de que forma as suas ações contradizem as suas intenções. É possível que se interesse menos pelo convívio com outras pessoas e que aprecie fazer meditação ou dedicar-se à leitura.

LEÃO 22/07 A 22/08

Neste período poderá sentir que sofre alguma contestação por parte de outras pessoas em relação às suas iniciativas. Não tenha receio em confrontá-las e fazer valer os seus pontos de vista. Calar-se seria admitir a sua própria derrota. Verá que é uma época de lutas passageira e que tempos mais tranquilos virão.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Poderá, neste momento, sentir uma certa atração por tudo o que exige energia, impulso ou paixão. Porque tem, fisicamente, mais energia e vitalidade, poderá realizar tarefas ou concretizar projetos que vinha a adiar precisamente por não sentir a determinação e atividade agora oferecidas por Marte, ao passar pela sua Casa I.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Ao longo deste período sentirá uma muito maior capacidade de argumentação, de expor e defender ideias, quer seja no plano profissional, no contacto com superiores ou com quem depende de si, como também na sua esfera afetiva e de amigos. A segurança que sente e que transmite ajudará a fazer vingar um projeto seu.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Período propício ao recolhimento e introspeção. A compreensão lógica e racional das coisas não lhe basta, existe uma necessidade de sentir a vida com todas as suas emoções e a um nível mais profundo. Época de preocupações financeiras. Sociedades e negócios conjuntos poderão ocorrer tentando obter apoio monetário dos outros.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Nesta fase disporá de muitas energias que lhe facilitarão a ação, mas deverá olhar em volta e reconhecer as necessidades dos outros. Da sua iniciativa, esforço e perseverança poderá surgir a realização de um projeto há muito ambicionado, porém o seu brilho será maior se não se esquecer daqueles que o ajudaram.

22/12 a 20/01

Este é o momento oportuno para lidar com assuntos do coração. O seu lado romântico e apaixonado está em evidência e sente grande necessidade de expressar os seus sentimentos. Uma relação muito profunda, intensa, possivelmente com uma importante componente física, poderá surgir durante este trânsito.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Qualquer tipo de confrontação que possa surgir durante a passagem de Marte por esta Casa poderá trazer-lhe algum litígio ou fracasso. Uma mudança dos seus pontos de vista nesta altura poderá ser meio caminho andado para a resolução de um problema. Tente não ver as situações de uma forma tão radical.

PEIXES 20/02 A 20/03

A sua sensibilidade em relação aos outros está mais acentuada, o que pode proporcionar em si formas inesperadas de agir. É uma altura em que se sente capaz de exprimir os seus sentimentos e o que lhe vai na alma, pelo que deve aproveitar para resolver situações de mal-entendidos ou relacionamentos conturbados.

Soluções

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Classificados

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Agenda comunitária

Arsenal do Minho

São João

40 Titan Rd, EtobicokeON - 21 Junho - 4 pm Grande festa, com as tradições comidas de São João. Festa animada com os bombos do Arsenal, ranchos folclóricos vindos de Montreal e Newark. Info (416) 532-2328

Associação Cultural do Minho

PicNic de São João

165 Dynevor Road, York, ON - 22 Junho - 8 am Celebrar o S. Pedro. Bora lá comer umas sardinhas assadas, febras e as nossas famosas farturas. Vamos ter uma tarde muito animada. Info (416) 781-9290

Casa dos Poveiros

São Pedro

187 Geary Av. Toronto - 28 Junho - 11 am Celebrar o S. Pedro. Bora lá comer umas sardinhas assadas, febras e as nossas famosas farturas. Vamos ter uma tarde muito animada. Info (416) 720-9371

Casa do Alentejo

Arraial Santos Populares

1130 Dupont St.. Toronto - 4 Julho 6:30pm O Arraial dos Santos Populares muitas música para dançar e marchas populares da Casa do Alentejo. Sardinhas assadas, petiscos, quermesse, manjericos e muito mais. Info (416) 537-7766

Casa dos Açores 17th Annual Golf Tournament

Glen Eagle Golf Club, 15731 HWY-50, Caledon - 15 Julho 11 am - 9 pm Uma tradição que une desporto, amizade e espírito comunitário está de volta! Junte-se a nós para o 17º Torneio Anual de Golfe da Casa dos Açores, um dia repleto de boa disposição, competição saudável e celebração das raízes açorianas. Mais informações: caosecretaria@gmail.com

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