MILÉNIO STADIUM 1749 13 DE JUNHO

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Um rio nunca pede desculpa por mudar

Manuel DaCosta Editorial

Observar o fluxo de um rio regularmente pode ser um apaziguamento calmante para as nossas mentes, mas na maioria dos dias as mudanças podem provocar reações opostas. Assim são as nossas amizades e as pessoas a quem chamamos amigos. Com cada interação de intimidade, está a construir fortes alicerces de confiança que espera que sejam duradouros. A verdadeira amizade deve sobreviver aos desafios, incluindo a abertura de novos caminhos e, tal como um rio, deve sobreviver às pedras no seu caminho, contornando-as.

Ser amigo de alguém significa transmitir e aceitar confiança, sacrificarmo-nos um pelo outro, festejar e transmitir os nossos melhores pensamentos. Parece-me muito trabalhoso, e será que o

investimento justifica os riscos associados a ter um amigo? Podemos deixar-nos ser assim e permitir a mudança, o crescimento e o fluxo, sem culpa ou medo? E quais são as expectativas dos outros em relação aos nossos amigos? Quantas vezes nos perguntamos se a amizade é recíproca e o que está realmente na mente dos nossos opostos quando a vida e os desafios fluem e se manifestam de formas diferentes? Tenho de confessar que não tenho muitas pessoas que considero amigas e talvez menos do que o número de dedos de uma mão. Ser amigo de alguém deveria ser um privilégio alcançado através de tentativas e erros substanciais, juntamente com mais dar do que receber. A maior parte das nossas vidas, incluindo a minha, tem sido assediada por aproveitadores, manipuladores, mentirosos e ladrões. Por ter decidido que a sua vida seria construída com um nível muito elevado de integridade, à medida que cresce e envelhece, fica rodeado por muitos que tornam a beleza da vida confusa e pensam que devem ter acesso à sua mente só porque sim. As pessoas pedem, mas nunca oferecem. Promessas vazias é

a bíblia pela qual eles vivem. Não quero nem preciso de mais amigos porque os que tenho já são um desafio suficiente à minha servidão. Quero continuar a viver uma vida que é confusa, imprevisível e bonita e se quiserem colocar pedras no fluxo do meu rio, então afastem-se. Alguns podem achar que as minhas iterações podem ser arrogantes, mas o oposto é verdadeiro. É um apelo ao equilíbrio, à simplicidade e à recuperação de uma parte da vida perdida há muito tempo. Se quiserem a minha empatia, ajuda ou confiança, eu estarei lá, mas venham com algo que possam oferecer em troca e que possa de alguma forma ter um impacto em quem eu sou. Mãos vazias, corações vazios. Há coisas que não são vossas, por muito que queiramos que sejam, e isso inclui os amigos. Afastar-se do controlo e da toxicidade liberta-o de falsas amizades, não tenha medo de deixar ir.

Muitos estão a publicar as suas vidas nas redes sociais, na esperança de atrair novos amigos. A sério? São esses os amigos que quer? Compreenda que nenhum desses amigos se importa realmente, incluindo

os seus melhores amigos que acham que, se se importasse, ter-lhes-ia enviado primeiro uma nota pessoal. O tema da amizade é difícil de definir. É provavelmente a mais cruel das qualidades a definir devido a tanta inverdade, falsidade e mentiras e a maioria das pessoas encaixa-se nesse conceito. Não baseio a amizade no estatuto social ou nas contribuições para o meu modo de vida.

Quero amigos que compreendam os malabarismos com hipotecas, bebés a chorar, sonhos esgotados e as suas próprias inseguranças. O resto é ruído de fundo no caos da vida. Há quem pense que as pessoas são tão más que os animais preenchem o vazio dos melhores amigos.

Na vida, quando alguém já não gosta de nós, liberta-nos para procurar alguém melhor e, muitas vezes, é melhor atuar em frente a lugares vazios.

Ano XXXII- Edição nº 1748 06 a 12 de junho de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de:

Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Versão
Credito:

Amigos para sempre? Talvez sim, talvez não...

Dizem que quem tem um amigo tem tudo. E, convenhamos, se esse amigo souber fazer um bom café ou ouvir pacientemente os nossos desabafos sobre a vida, então tem-se mesmo um tesouro. Ao longo dos séculos, filósofos, poetas e até vizinhos curiosos dedicaram-se a compreender a arte da amizade. Aristóteles, por exemplo, acreditava que ela era essencial para uma vida feliz — e parece que, mais de dois mil anos depois, continua a ter razão. No Canadá, por exemplo, 68% das pessoas disseram estar muito satisfeitas com as suas amizades (dando uma nota entre 8 e 10, numa escala de 0 a 10). Curiosamente, as mulheres lideram ligeiramente este ranking da amizade feliz, com 70%, comparando com 67% dos homens. E apenas 12% se sentem pouco satisfeitos com as suas relações de amizade, o

Conversas

que, num país com invernos tão longos, já é uma vitória em nome do calor humano. Mas o mais interessante é que essas ligações entre amigos não são apenas fonte de gargalhadas ou conselhos improvisados. Elas têm impacto direto no nosso bem-estar. Ter alguém com quem contar, mesmo que só para reclamar da vida ou partilhar um bolo, está associado a melhor saúde mental, maior satisfação com a vida e um maior sentimento de pertença à comunidade.

Do lado de lá do Atlântico, em Portugal, a amizade também tem contornos muito próprios. A maioria dos portugueses afirma fazer novas amizades no local de trabalho. E quando se trata de conversas entre amigos, os temas profissionais estão no topo. O que mais se valoriza num amigo? Sem dúvida, a honesti-

dade, apontada por quase 85% dos inquiridos. Não admira, portanto, que mais de metade dos portugueses diga que terminaria uma amizade por traição. Confiança é coisa séria. É neste momento que nasce a expressão “tão amigos que nós éramos”.

No fundo, seja em Lisboa ou em Toronto, nas palavras sábias de um filósofo antigo ou nas estatísticas de um inquérito recente, a conclusão é sempre a mesma: as amizades fazem bem à alma. Não são apenas acessórios da vida adulta, mas pilares fundamentais para nos sentirmos completos. Afinal, como diz o ditado (que talvez Aristóteles tenha inspirado): os amigos são a família que escolhemos. E essa escolha, bem feita, é um dos maiores presentes da vida.

Os ambientes onde os portugueses mais fazem novas amizades

Ranking baseado nas respostas de entrevistados de todas as regiões

Satisfação com relações de amizade no Canadá (3.º trimestre de 2023)

73,1% da população canadiana declarou que frequentemente ou sempre tem pessoas em quem pode confiar quando realmente precisa.

A amizade entre ecrãs e emoções

Num tempo em que os ecrãs e algoritmos moldam uma parte significativa das nossas relações, permanece uma pergunta essencial: ainda podemos falar de amizades genuínas? A resposta de Elaine Oliveira, psicoterapeuta com formação em Psicologia e um MBA em Gestão de Empresas, é clara: sim, absolutamente. A forma como nos ligamos pode ter mudado, mas a essência das ligações humanas profundas continua viva e bem presente.

Com uma abordagem terapêutica que alia o conhecimento técnico à empatia, Elaine apoia os seus pacientes na construção de relações mais saudáveis e significativas. Para ela, uma amizade não se mede pela quantidade de mensagens trocadas no WhatsApp, mas sim pela qualidade da presença, ainda que virtual. "Falar com alguém todos os dias online não significa, necessariamente, que exista uma amizade profunda - e o contrário também é verdade", explica. A tecnologia pode aproximar, mas nunca substitui o valor de um vínculo construído com verdade, cuidado e compromisso.

A importância dessas conexões vai para além da esfera emocional. Elaine concorda com a investigadora canadiana Susan Pinker, que defende que os laços sociais têm um impacto direto na saúde e na longevidade. “Esses laços não são apenas agradáveis de ter, são essenciais”, afirma. A psicoterapeuta observa, na sua prática clínica, como o isolamento está frequentemente ligado a sintomas de ansiedade e depressão. “Ter alguém com quem conversar, partilhar alegrias e dificuldades, contribui decisivamente para a regulação emocional”, explica. Laços sociais genuínos oferecem apoio, fortalecem a autoestima e reduzem o risco de doenças mentais e físicas. “É tão importante quanto praticar exercício ou ter uma boa alimentação”, sublinha. Nos bastidores do poder, da política ou dos negócios, onde os interesses estratégicos dominam, poderá ainda haver espa-

ço para amizades verdadeiras? Elaine reconhece que nestes ambientes altamente competitivos, muitas relações são motivadas por conveniência. No entanto, isso não exclui a possibilidade de laços autênticos.

"Em psicoterapia, observamos certos sinais que caracterizam uma amizade verdadeira: apoio mútuo, valores partilhados, confiança e espaço para a vulnerabilidade", explica. A amizade genuína, mesmo nesses contextos exigentes, exige um esforço adicional para se manter, mas pode florescer quando há transparência e ética.

Essa distinção entre o que é amizade genuína e o que é mera convivência estende-se também ao quotidiano. Como diferenciar um amigo verdadeiro de um "companheiro de copos" ou de um colega com quem temos afinidade ocasional? A resposta está na profundidade da ligação. “Um amigo está presente tanto nos bons como nos maus momentos. Conhece as nossas dores, as nossas vitórias, e permanece ao nosso lado. Já o colega ou o companheiro de copos pode não estar disponível quando mais precisamos”, sublinha. Segundo Elaine, a amizade verdadeira é marcada por constância, lealdade e disponibilidade emocional. “Podemos passar meses sem falar com um amigo, mas saber que ele estará lá quando for preciso faz toda a diferença.”

Mas as amizades não mudam, com o tempo? Para Elaine, não há dúvidas: sim, mudam. Na infância, a espontaneidade e a disponibilidade tornam mais fácil a criação de vínculos. Já na vida adulta, as responsabilidades profissionais e familiares reduzem o tempo livre e tornam os adultos mais seletivos. “Somos mais cautelosos ao partilhar vulnerabilidades e a abrir espaço emocional a novos vínculos. Mas isso não significa que deixamos de precisar de amigos, muito pelo contrário.” Segundo ela, a amizade adulta é mais consciente e pode ser ainda mais profunda, justamente porque é construída com base na escolha, e não apenas na circunstância. No mundo atual, onde o foco está cada

vez mais na performance individual e no sucesso pessoal, cultivar amizades duradouras pode parecer um desafio, mas para Elaine, é precisamente neste contexto que elas se tornam ainda mais importantes. “A amizade é essencial para a regulação emocional e para a construção de um verdadeiro sentido de pertença. O sucesso profissional, por si só, não nos preenche por completo”, afirma. “Quando os pacientes me dizem que sentem um vazio, muitas vezes esse vazio está relacionado com a ausência de vínculos significativos.” Ela acrescenta ainda que a cultura da hiperprodutividade pode alimentar o isolamento. “Vivemos pressionados para sermos eficientes o tempo todo, mas esquecemo-nos de que somos seres sociais. Não basta acumular conquistas. Precisamos de partilhar a vida com outros.” Nesse sentido, a amizade torna-se um antídoto contra a desumanização das relações modernas. Cultivar amizades implica dedicação, tempo e vulnerabilidade. Envolve estar presente, escutar com atenção, dar apoio e também saber pedir ajuda. São pequenas atitudes que têm um grande impacto: um telefonema, um café inesperado, uma mensagem sincera. E é nessa constância e reciprocidade que nascem e se mantêm os vínculos verdadeiros. “Às vezes um gesto simples pode ser um verdadeiro abraço emocional. E isso transforma o nosso dia”, diz Elaine. A psicoterapeuta defende também que é preciso investir na empatia e na escuta ativa. “Muitas vezes, as pessoas querem ser ouvidas, não necessariamente aconselhadas. Só o facto de estarmos ali, a ouvir com atenção e sem julgamento, já é um enorme gesto de amizade.”

Para quem sente dificuldade em criar ou manter amizades, Elaine sugere começar por pequenos gestos e aceitar que os laços profundos levam tempo a construir. “Não precisamos de ter muitos amigos, mas sim relações que nos façam sentir vistos, respeitados e acolhidos. A qualidade é sempre mais importante do que a quantidade.”

Em suma, a amizade continua a ser um

dos pilares fundamentais da vida humana. Pode assumir novas formas, atravessar meios digitais e adaptar-se aos tempos modernos, mas a sua essência permanece inalterada. É na amizade que encontramos apoio, partilha e sentido. Como bem sublinha Elaine Oliveira, “a amizade verdadeira implica confiança, cuidado mútuo e um laço que vai para além da diversão pontual”.

Num mundo que tantas vezes privilegia a produtividade em detrimento da conexão humana, vale a pena recordar que o afeto, a escuta e a presença são valores insubstituíveis. E que, apesar dos ecrãs, dos algoritmos e das rotinas apressadas, a amizade autêntica continua ao alcance de quem estiver disposto a cultivá-la com verdade e dedicação.

MB/RMA/MS

Elaine Oliveira. Créditos: DR.
Credito: DR
É possível conciliar e manter uma amizade genuína no mundo do poder, da política, dos negócios e, diria até, do desporto
- Paulo Freitas

Num tempo em que grande parte das nossas relações é filtrada por ecrãs e plataformas digitais e onde os algoritmos parecem saber mais sobre os nossos hábitos do que os nossos próprios amigos, falar de amizade genuína pode parecer, para alguns, um exercício nostálgico. No entanto, há quem acredite, com convicção e experiência de vida, que a verdadeira amizade continua viva e bem presente, mesmo num mundo cada vez mais digitalizado.

Paulo Freitas, natural de São Roque do Pico, nos Açores, é uma dessas pessoas. Licenciado em Gestão de Transportes Marítimo e Portuários e com uma carreira sólida no sector desde 2008, atualmente como Gestor Portuário e também Formador de Náutica de Recreio, Paulo concilia o mundo profissional com uma paixão antiga: o desporto e, acima de tudo, as pessoas. Com mais de duas décadas dedicadas à prática desportiva e à liderança de uma empresa de consultoria na área, tem-se afirmado igualmente como um atento observador das dinâmicas sociais e das relações humanas.

Nesta conversa, Paulo Freitas reflete sobre o valor da amizade nos dias de hoje, no trabalho, no desporto, no mundo digital ou nos bastidores do poder e como ela pode (ou não) resistir às pressões da performance e do individualismo moderno. Questiona os limites entre a convivência e a confiança, e propõe uma visão humana e sensata sobre a forma como os laços afetivos continuam a ser essenciais para o equilíbrio emocional, a saúde e a felicidade. Afinal, como diz o próprio, "a amizade verdadeira e saudável alimenta-se da confiança, do companheirismo, do respeito" e é isso que, no fim de contas, faz toda a diferença.

Milénio Stadium: Ainda podemos falar em amizades genuínas num mundo cada vez mais mediado por ecrãs e algoritmos?

Paulo Freitas: Mesmo com o tremendo avanço da tecnologia e inteligência artificial, temos de perceber que há sempre um mundo fora dos ecrãs. Por razões óbvias e lógicas, ambas as realidades se cruzam impreterivelmente. Não há com dissociá-las pois estão interligadas. Quanto à questão em si, acredito que sim! As amizades genuínas sempre existiram, continuam a existir e sempre continuarão a existir. Não podemos associar constantemente a tecnologia ou inteligência artificial ao negativo pois também nos traz muitas coisas positivas, tal como o mundo real. Se por um lado, o avanço tecnológico nos deu a possibilidade de fomentar e consolidar amizades genuínas de pessoas que, por motivos de vida,

viram-se afastadas e sem contato por muitos anos, também permitiu que amizades (e até amores!) se iniciassem no mundo virtual com posterior transição para o mundo real. Não existem amizades melhores ou piores que sejam definidas pela sua génese. Infelizmente também existe o reverso da medalha onde os ecrãs serviram para estragar amizades que se achavam genuínas. Resumindo, a bondade ou a crueldade das novas tecnologias estão no uso que lhe damos.

MS: A investigadora canadiana Susan Pinker, defende que os laços sociais têm um impacto direto na saúde e na longevidade. Qual é a sua opinião sobre esta perspetiva?

PF: Confesso que nunca havia refletido antes sobre isso. Mas sim, faz todo o sentido. As pessoas com quem socialmente nos envolvemos acabam por contribuir para a constante construção e mutação do nosso eu! Sejam as mutações positivas ou negativas. Temos é de ter a capacidade de ir selecionando e filtrando aquilo que achamos que podemos levar para nós, sem nunca antes tentar perceber o que vem do outro lado. Ou seja, se num grupo social alguém começa a ter, ou aparenta ter, posturas e/ou comportamentos diferentes do que aquilo que apresentava, acho que temos o dever de tentar perceber a possível origem daquela postura/comportamento para nos ser possível ajudar. Se não conseguirmos, sou da opinião que quem está a ter esses comportamentos terá de se afastar do grupo social para não alastrar o seu comportamento aos demais, afetando assim uma dinâmica de grupo social que se quer saudável e salutar. Caso a pessoa não se afaste, devemos ser nós a nos afastar para mantermos a nossa saúde e equilíbrio mental. No fundo, acredito igualmente que o ambiente que advém do nosso grupo social tem, de facto, impacto na nossa saúde e longevidade.

MS: No mundo do poder, da política ou dos negócios — como no caso de Musk e Trump — será possível falar em amizades genuínas ou estamos perante alianças estratégicas disfarçadas de amizade?

PF: Acima de tudo, é importante frisar que, no meu entendimento, é possível conciliar e manter uma amizade genuína no mundo do poder, da política, dos negócios e, diria até, do desporto. O que tem de existir é a consciência de que as amizades não devem interferir no mundo profissional. Como se diz na gíria futebolística: ‘dentro do campo não há amigos’. Na política ainda não estive, mas nos negócios e no desporto é possível ter amigos que, ao mesmo tempo, são concorrentes ou adversários. Quando

estamos no ‘modo profissional’ (digamos assim), não existem (ou não deveriam existir) amizades: sempre no respeito mútuo, mas cada um defende afincadamente o seu lado, ou, se ambos do mesmo lado, devem colocar os interesses comuns acima dos interesses individuais. Por outro lado, sempre existiu e sempre existirá a amizade por conveniência, que não é mais do que aquilo que descreves como ‘aliança estratégica disfarçada de amizade’.

“não estou no meu trabalho para fazer amigos. Estou para fazer o meu trabalho o melhor que sei”

MS: O que diferencia um amigo de um "companheiro de copos" ou de um colega com quem temos afinidade ocasional?

PF: Como costumo dizer, não estou no meu trabalho para fazer amigos. Estou para fazer o meu trabalho o melhor que sei. Se conseguir levar colegas de trabalho (ou mesmo companheiro de copos) para amigos, ótimo. Se não, ótimo na mesma. Na nossa convivência há espaço para todos estes lugares comuns: amigo vs companheiro de copos vs colegas. Por exemplo, posso almoçar todos os dias com colegas meus e eles não serem meus amigos fora do trabalho, tal como posso passar anos sem almoçar com um amigo e ele ser sempre um amigo! Há que distinguir as coisas. Indo de encontro à pergunta, acho que aquilo que diferencia um amigo de um ‘companheiro de copos’ ou colega de trabalho é a confiança e o saber que o amigo está sempre lá quando precisares, sem interesses escondidos. Como diz o ditado: ‘antes poucos, mas bons’.

MS: As amizades mudam com a idade? É mais difícil fazer amigos verdadeiros na vida adulta do que na infância ou juventude? Porquê?

PF: Não tenho dúvidas nenhumas de que as amizades mudam com a idade, com tempo. Quer seja pelo facto dos caminhos das nossas vidas que nos tenha afastado, ou mesmo por que razões diversas tenham levado a esse afastamento. A vida é feita de ciclos,

mas sempre lembrando que cada novo ciclo se abre quando um outro de fecha. Na infância ou juventude todos os que falam conosco são nossos amigos, pois nessa altura da vida não há interesses escondidos, há mais sinceridade, estamos mais abertos a isso. Quando na vida adulta, começam as seleções naturais e tudo já é diferente e tendemos a selecionar aqueles que nos possam acrescentar algo e serem amigos de verdade. Felizmente posso dizer que tenho amigos verdadeiros feitos na infância/ juventude e também na vida adulta. Sou afortunado em ter os amigos que tenho. MS: Como podemos cultivar amizades saudáveis e duradouras num mundo que valoriza cada vez mais a performance individual e o sucesso pessoal?

PF: A amizade é tanto maior quanto menos nos focarmos na performance e no sucesso pessoal. Estes itens estão em lados opostos da balança: quanto maior amizade, menor foco na performance e sucesso individual. O contrário também é certo. Isso não significa que não fique feliz com o sucesso pessoal dos meus amigos, bem pelo contrário. O que mais quero é que sejam bem-sucedidos na sua vida. Mas sei que eles sabem que, se por algum motivo se depararem com o insucesso, eu estarei lá para os apoiar a ajudar. E também sei que posso esperar o mesmo de qualquer um dos meus amigos: estarão lá quando eu precisar. A amizade verdadeira e saudável alimenta-se da confiança, do companheirismo, do respeito. Se isso existir, podemos estar longos meses sem nos vermos ou falar, mas sei que quando nos encontrarmos ou quando precisarmos, estaremos lá uns para os outros.

MB/RMA/MS

Paulo Freitas. Créditos: DR.

Nem tudo o que brilha é diamante

Como nem tudo o que se vê é a realidade

Depois de presenciar certas atitudes e passar por uma situação que, apesar de parecer engraçada, me deixou a pensar, confirmei algo que já suspeitava - nem tudo o que se vê é realidade, e nem tudo o que brilha é diamante.

Podem perguntar, “mas que carga de carvalhos quer este senhor dizer com isto?” Pois bem… muito. E, para muitos, até parece pouco. Por vezes, julgamos que estamos rodeados de boas pessoas, de gente que nos quer bem, mas, na verdade, estamos enganados. Já ninguém parece valorizar os princípios ou os valores morais. Podemos achar que estamos no céu, mas talvez estejamos mais próximos do inferno. Será culpa das novas tecnologias? Talvez. Se pensarmos bem, os pequenos ecrãs roubaram-nos tempo de conversa, tempo de convívio, tempo de verdade, as pessoas

deixaram de se juntar com os amigos de verdade, atenção, felizmente, não tenho esse problema. Penso eu de que! Consigo identificar bem o positivo e o negativo. Mas a verdade é que a sociedade mudou, e tende a mudar ainda mais.

Imagino que, no futuro, andaremos com aparelhos nas mãos para tudo, as amizades, essas, cada vez se veem menos. O ser humano é amigo de quem, afinal?

Digo isto porque a vida e os encontros ensinam muito. Recentemente, reparei numa situação que me confirmou tudo aquilo que suspeitava. Como dizem os entendidos, há três tipos de amigos: os verdadeiros, os do interesse e os dos copos. Eu respeito os três, mas mesmo com todos os meus defeitos, sou daqueles que, na hora da verdade, faz um balanço honesto daquilo que viveu.

Custou ver o que vi. Quem contava com centenas de amigos, viu-se quase sozinho,

aqueles que se diziam “exemplares” desapareceram no momento em que era preciso dar um abraço, uma palavra, um gesto de apoio. Uma gota no oceano, foi o que restou. E, dessa gota, salvaram-se apenas os verdadeiros, porque no meio havia os por interesse.

Um amigo verdadeiro é aquele que está ao nosso lado sempre que possível, nos bons e nos maus momentos, oferece apoio incondicional, compreensão, celebra connosco as vitórias, mas também chora connosco as derrotas, a sua luz não se apaga, não importa a distância. A amizade verdadeira sobrevive à ausência.

Depois há os do interesse. Esses aparecem quando precisam e somem-se quando

E, claro, os dos copos. Esses vivem da festa, da camaradagem passageira. Partilham brindes, risos e memórias que muitas vezes duram segundos. Mas com um copo a mais, perde-se a cabeça, e diz-se o que não se deve.

Tudo o que escrevi acima é real. Falava-se em amizade, mas o que se viu foi interesse. Foi aparência, quando era para conviver com copos na mão, não faltava gente, mas na hora do apoio, contavam-se os verdadeiros com os dedos de uma mão. Por isso, nunca se deve confundir amigos verdadeiros com os do interesse, e muito menos com os dos copos. Vi isso com os meus próprios olhos. Na festa, há multidões. No momento da dor, sobra o silêncio.

Descubra os

Com mais de 10 anos de experiência a ajudar a comunidade imigrante a construir uma nova vida no Canadá, Diane Campos dá agora início a um novo capítulo com a criação da Campos Immigration Consultancy Inc. Desde vistos temporários a residência permanente e cidadania, oferecemos orientação personalizada, profissional e dedicada a cada etapa do processo. O nosso compromisso é consigo — com o seu futuro, a sua família, e os seus sonhos.

Credito:
Diane Campos Founder/RCIC

O AMIGO QUE É

sabe, zangam-se as comadres, sabem-se as verdades. Enfim. Amigo do meu amigo, meu amigo é ou seria...

Bem, e afinal o que se entende por amigo?

A primeira definição de amizade é: “Sentimento fiel, afeição; simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual.” Mas podemos perguntar: “E onde está a virtude que une os amigos?” Entendo que a amizade, para ser verdadeira, sempre engloba fidelidade e estima.

Ora viva, boa tarde.

Mais dia e mais um fim de semana.

Junho dentro e assim se vão passando os dias...

Neste tema de capa do nosso jornal Milénio, questiona-se a amizade, numa altura em que nomes bem sonantes da atualidade mundial fazem notícia - Elon Musk & Donald Trump, levantando a grande questão – afinal, são amicíssimos ou tudo se tratou apenas de uma grande encenação? Um pouco dos dois. Apresentavam-se como amigos, de repente há uma zanga, convenientemente, digamos, e lá se foi a amizade. Depois, já se

Por vezes, uma e tantas vezes há entre “amigos” o interesse e o fingimento que se acalenta e esconde, mas um dia tudo vem à tona e a tal “amizade” que estava construída sem bases sólidas vai mesmo por água abaixo.

É o que é e vale o que vale. Quanto a mim, já não me apetece criar novas amizades, cada vez e a cada dia que passa fecho mais o cerco e há restrições. Não confio tão facilmente e já dizia a minha querida mãezinha, “Dá-se às pessoas o que elas querem”.

Fiquem bem e até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Celebre Walk of Fame – Toronto - A Praça Camões prestou homenagem a figuras luso-canadianas que marcaram gerações.

• Participe 41.º Aniversário da UTPA - Uma noite especial com a entrega de 18 bolsas que apostam no futuro da juventude luso-descendente.

• Reflita Sentir, Pensar, Agir - Jorge Mouselo traz ideias e ações para fortalecer a comunidade e inspirar mudanças.

• Explore Castelo de Leiria - Um ícone da história portuguesa que guarda segredos e lendas no topo da cidade.

• Healthy Bites - Receitas saudáveis e dicas práticas que tornam o bem-estar uma escolha saborosa.

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Cristina da Costa Opinião

A river never apologizes for changing

Watching the flow of a river on a regular basis can be a calming conditioning of our minds but most days changes can elicit opposite reactions. Such are our friendships and the people we call friends. With each interaction of intimacy you are building strong foundations of trust that you hope will be life lasting. True friendship should survive challenges, including the carving of new paths and like a river, they should survive the rocks on its path by meandering around.

Being friends with someone means imparting and accepting trust, sacrificing for each other, partying and

conferring our utmost thoughts. It sounds like a lot of work to me, and does the investment justify the risks associated with having a friend? Can we let ourselves be like that and allow change, growth and flow, without guilt or fear? And what are the expectations of others as our friends? How often do you wonder if friendship is reciprocal and what’s really in the mind of your opposites as life and challenges flow and manifest themselves in different ways? I have to confess that I do not have a lot of people I consider friends and perhaps less than the number of fingers of one hand. Being someone’s friend should be a privilege achieved through substantial trial

and error coupled with more giving than taking. Most of our lives, including mine, have been besieged by takers, manipulators, liars and thieves. Because you had decided your life was going to be built to a very high level of integrity, as you grow and age you become surrounded by many who make beauty in life messy and think they should have access to your mind just because.

People ask but they never offer. Empty promises is the bible which they live by. I don’t want or need more friends because the ones I have provide enough of a challenge to my servitude. I want to continue to live a life that’s messy, unpredictable

and beautiful and if you want to place rocks on the flow of my river, then stay away.

Some may feel my iterations may come from arrogance but the opposite is true. It’s a cry for balance, simplicity and regaining a part of life lost long ago.

If you want my empathy, help or trust, I will be there, but come with something that you can offer in return that could somehow make an impact on who I am. Empty hands, empty hearts. Some things are not yours to keep, no matter how we want them to be, and that includes friends. Walking away from control and toxicity frees you from false friendships, don't be afraid to let go.

Many are posting their lives on social media, hoping to attract new friends. Really? Are these the friends you want? Please understand that none of these friends really care, including your best friends who feel that if you cared, a personal note would have been sent to them first. The topic of friendship is difficult to define. It’s probably the cruelest of qualities to define because of so much falsehood, fakeness and lies and the majority of people fit that concept. I don’t base friendship on social status or contributions to my way of life.

I want friends who understand juggling mortgages, crying babies, burnt out dreams and their own insecurities. The rest is background noise in the chaos of life. Some think people are so bad that animals fill the void of best friends.

In life, when someone no longer cares for you, it frees you to look for someone better and often, it’s better to perform in front of empty seats.

Apresentador Augusto Bandeira

Tema da semana:

Convidados

Vítor Silva Rómulo Ávila

Discussão de temas da atualidade Semana de Portugal em Toronto Que valor tem a amizade nos dias de hoje?

sexta-feira às 18h

THE GREATEST SHOW ON EARTH

Does anyone actually believe that Musk or Trump have any friends? They’re two of the shadiest, most self-indulgent characters ever to walk this planet, and by pure definition, they not only lack any real friends, but they also probably don’t want them. Donald keeps croaking about ‘loyalty’ and Elon, well, I think he’s just having a good time doing whatever he feels like doing.

They each have a great need for attention and recognition, (both being their own greatest fans), and never miss an opportunity to state how they believe that if it weren’t for their incredible, great, fantasticness, we would all be doomed. They thought that as a dynamic duo, they could rule the universe, something that holds true in their own heads, but doesn’t play well in real life. The two cocks forgot that the roost only has room

for one. Either that or they were convinced that the other would scootch over and make room; as we all expected, that didn’t happen. Even with all the chainsaw waving and high-fives, they couldn’t convince anybody, even many of those who leaned their way, that they were more than brainy kid who can’t tie his shoes, and a brainless one who hasn’t graduated past Velcro. Of course I’m being facetious, but it’s all in good fun!

After all, we do have a clown running the circus. But let us not forget the numerous, less decorated clowns that make this circus a possibility, without a support team, the show couldn’t go on. Hundreds of clowns run around the USA, heralding the great and wonderful work that boss clown has done.

He’s managed to convince millions of mostly poorly educated people that the reason for the county’s predicament lies

on the shoulders of those of a colour other than white, who struggle to get into the country to make a better life for themselves and their families by doing all the grunt work that the pale-faces don’t want to do, a tradition that spans generations. To top it all off, he has given entitlement to all the little Trumps around the world, allowing them to come out of the shadows to stake their own fictitious claims. In the meantime, while we watch the show, the real perpetrators continue on their path, sucking the life out of the rest of us in order to enrich their own.

I laugh watching Trump placing the spotlight on his son, Barron, (man, what a name, he must have been home schooled!).

The poor kid has the same stupid smirk as his dad, along with the gestures and probably the intelligence. Either way, self-appointed king Trump is already grooming the young lad to follow in his footsteps, to

take the throne once the king has ceased to be. Do you think he has any friends?

For these types of people, others only serve to aid in their goals. All of these people on Trump´s side have no interest whatsoever in the people. Trump wants power, just like the rest of his ‘family’. They are in it for themselves. The United States has been highjacked by terrorists in suits, the same terrorists responsible for the consumerist path the world has been on for decades. Without our overconsumption, they would fizzle away and die. Everyone knows this. Unless you’re a complete moron, you saw what the ‘Elump’ romance was based on; self-interest: just like the rest of ther bozos that decorate the White House, eagerly backing fearless leader. Fiquem bem,

Raul Freitas/MS

What is true friendship...

One really knows who their friends are when times are tough.

Friendship is one of the most cherished facets of human life. It offers companionship, support, joy, and a sense of belonging. But what truly constitutes genuine friendship?

True friendship is a deep, authentic connection between individuals rooted in mutual respect, trust, and understanding. It goes beyond superficial interactions and involves a genuine care for each other’s well-being. A true friend accepts you for who you are, flaws and all, and stands by you during both good times and bad.

In reflection over this issue, it really hits home with me because l thought over the years that l had good friends, but most are not around, either my doing or the reverse. If you have truly a few friends that have these values, you should consider yourself lucky. What do l have on that list.... well trust, confidence that secrets and feeling are kept safe. Honesty, open and sincere communication without fear of judgement. Loyalty, standing by each other, especially when facing challenges. Empathy, the ability to understand and share each other’s feelings. Support, being there in times of need, offering encouragement and

comfort.

Friendship nurtures important human values such as respect, valuing each other’s opinion and boundaries. Generosity, offering time, attention, and kindness without expecting anything in return. Forgiveness, overlooking mistakes and misunderstandings, and moving forward. Self-awareness, recognizing one’s own flaws and working to improve oneself for the betterment of the relationship. Compassion, showing genuine concern and kindness. These values foster trust and deepen the bond, creating a foundation for long-lasting friendships.

Friendships are dynamic-they evolve over time. Some friendships grow stronger through shared experiences, challenges, and mutual growth. Others may fade due to distance, changing priorities, or unresolved conflicts.

Do most friends fade away or are they fait-weather?

It varies......many friendships naturally change as life circumstances changepeople move, change careers, or start families. This doesn’t necessarily mean they are superficial; instead, the nature of the relationship shifts. Some friendships are temporary or situational, formed during specific periods of life, and may naturally dissolve later. However, true friendships tend to withstand the test of time if nurtured with effort and genuine care. They adapt to life’s changes and often deepen with shared history and understanding. Conversely, fair-weather friendships are

usually characterized by their dependency on convenience or mutual benefit, often fading when circumstances shift. Healthy friendships are characterized by a balance of giving and receiving. It’s not about keeping score but about mutual effort. Sometimes one person may need more support during a difficult time, and true friends are willing to give generously without resentment. This balance fosters trust and reinforces the bond. One of the hallmarks of deep friendship is vulnerability-the willingness to share fears, dreams, and imperfections without fear of judgement. Vulnerability creates intimacy and trust, allowing friends to connect on a profound level. It also requires courage, as opening up exposes us to potential hurt, but it’s often through vulnerability that true bonds are formed.

Different cultures have varied views on friendship. Some emphasise loyalty and lifelong bonds, while others value flexibility and independence. Understanding these cultural nuances enriches out perspective and helps us appreciate diverse

ways of forming and maintain friendships. In today’s digital age, friendships often extend beyond face-to-face interactions. Social media, messaging apps, and online communities can help maintain connections across distances. However, they also pose challenges-such as superficiality or miscommunication-that require mindful navigation to preserve authenticity.

Friendships, at its core, is a testament to our innate desire for connection and understanding. Genuine friendship embodies trust, honesty, loyalty, and compassion-values that nurture and sustain these bonds. While many friendships may fade or be fleeting, true friendships are resilient and evolve with time, enriching our lives in profound ways. Cultivating such relationships requires effort, empathy, and a willingness to grow together, making friendship one of life’s most rewarding experiences.

These relationships can be vital ingredient of a fulfilling life.... or they can be disastrous.

How many true friends to you have?

Photo: DR
Host Vince Nigro
Guest Dr. Carlo Ammendolia

Fundação Jean Pina reforça parcerias com foco na solidariedade e inclusão em Portugal

Ao longo dos anos, as comunidades portuguesas têm demonstrado um enorme espírito de solidariedade, o mais importante valor que nos humanizam e dão sentido à vida, apoiando quer os nossos compatriotas no estrangeiro, assim como os portugueses residentes no território nacional.

Um desses exemplos de solidariedade dinamizada no seio da diáspora, é o que tem sido prosseguido desde a segunda década do séc. XXI, pela Fundação Nova Era Jean Pina, constituída nessa época empresário português João Pina, radicado na região de Paris, um dos mais dinâmicos e beneméritos empresários portugueses em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa.

Natural do concelho da Guarda, o empresário de sucesso na área da construção civil, administrador do Grupo Pina Jean, sediado nos arredores de Paris, tem incrementado uma singular dinâmica solidária em prol dos mais desvalidos.

Alicerçando a missão da Fundação Nova Era Jean Pina, no lema da instituição “Solidariedade em Movimento”, o emigrante guardense tem dinamizado inúmeros projetos de solidariedade para com as pessoas mais desfavorecidas e vulneráveis, como seniores, crianças institucionalizadas e desempregados na pátria de origem e de acolhimento.

Ainda no início do presente mês, o empreendedor luso-francês, cujo percurso benemérito foi alvo de relevo na “Praça da Alegria”, um dos programas televisivos portugueses mais conhecidos das manhãs, realizou também uma série de visitas institucionais no torrão natal, com o objetivo de estreitar relações e desenvolver projetos conjuntos com foco na solidariedade e inclusão. Neste campo, destaque-se a assinatura de um protocolo de colaboração com o CRTIC Guarda - Centro de Recursos TIC para a Educação Especial da Guarda, sediado na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, que prevê a cooperação em várias áreas, com destaque para o apoio à edição de uma obra adaptada a pessoas com deficiência visual, iniciativa que visa garantir maior equidade no acesso à leitura e à cultura. Através da disponibilização de diferentes recursos de acessibilidade, como texto impresso em fonte ampliada, braille, imagens em relevo, pictogramas, audiodescrição, vídeo-livro com tradução em língua gestual, QR Codes para acesso a versões digitais e audiolivros.

Ainda no distrito da Guarda, a instituição luso-francesa iniciou um processo de diálogo com vista a um futuro acordo de cooperação com o Serviço de Ação Social do Município de Seia. Assim como, com a Figueira SOS, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que presta Serviços de Apoio Domiciliário e Centro de Dia em todo o concelho de Figueira de Castelo Rodrigo. Na esteira, de um protocolo recentemente renovado com a Associação Lageosense de Solidariedade Social, que desenvolve atividades de apoio à população idosa e a crianças em Lageosa do Mondego, concelho de Celorico da Beira.

No rol das visitas realizadas pelo empresário benemérito luso-francês, destaca-se ainda a que concretizou à Unidade de Cuidados Continuados Integrados - Longa Duração

da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe, no distrito de Viseu, que presta um relevante apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio.

O espírito e missão da Fundação Nova Era Jean Pina, plasmado no percurso de vida benemérito e empreendedor do seu instituidor, inspira-nos a máxima de Franz Kafka, um dos escritores mais marcantes do século XX: “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”.

Livro novo m. parissy

JAIME

Escrito por m. parissy (n.1969) para celebrar os 75 anos de Jaime Rocha (7-4-24 na Praia das Maçãs) este livro de 22 páginas é um registo poético de conversas do autor (nazareno) com o poeta também nazareno.

Odiálogo começa com «Alguma vez escreveste sobre a nossa origem?» e coloca de um lado o «eu» («eu sou apenas feito da breve maresia da Praia do Norte e é essa a minha única poesia, o meu único derrame») e do outro lado o «tu»:

«Não se escreve como tu». Como afirmou Fiama Hasse Pais Brandão «toda a literatura é uma homenagem à literatura». Neste caso o ponto de partida é uma praia da Nazaré («Corvos não são animais. Exercem a função de limpar o terreno onde os barcos recolheram. Comem as tripas que não foram para engodo. Corvos como pequenos monstros que explicam as tragédias».

O jovem autor do livro cruza-se com o autor de referência e, nos vinte anos de intervalo entre um e outro (1949-1969), escreve: «Vinte anos de atraso para uma guerra em que não há médicos nem santos. Violência apenas (…)».

A conversa não termina na última página: «Esse é sempre o lugar de início mas com a segurança dos dias trágicos. Eu e tu de pés descalços a correr. É o mesmo destino das casas».

JCF

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras. A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

O Presidente da Fundação Nova Era Jean Pina (ao centro), no decurso da visita à Unidade de Cuidados Continuados Integrados - Longa Duração da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe. Créditos: DR.
Daniel Bastos Opinião

Reformar o Estado

Menos gordura ou menos músculo?

Será que desta é que vai ser? Luís Montenegro, no seu discurso de tomada de posse, anunciou o que praticamente todos os seus antecessores já haviam declarado: uma "guerra à burocracia". Fê-lo para tentar justificar a criação de um novo Ministério da Reforma do Estado. Afinal, esse era o termo utilizado pela direita para significar um corte nas funções sociais, culturais ou ambientais do Estado. Sem mandato popular para isso e com a esquerda legitimamente a questionar, Montenegro fugiu para uma delimitação segura e "moderada" da expressão e missão do Ministério de Gonçalo Matias.

Feita a ressalva, não se percebe qual a diferença entre a "Reforma do Estado" e a "Modernização" Administrativa ou do Estado que já havia sido Ministério com Balseiro Lopes (2024-2025), Alexandra Leitão (2019-2022), Mariana Vieira da Silva (2019), Maria Manuel Leitão Marques (20152019) e até Rui Medeiros (no curto mês do XX Governo Constitucional). Na verdade, o último ano foi uma desilusão nesta matéria, com as grandes novidades a limitarem-se ao agrupamento de funcionalidades já disponíveis em novos sites e aplicações (gov.pt, ao invés do ePortugal e do id.gov.pt). Nem mesmo o famoso e bem-sucedido SIMPLEX voltou a sair da gaveta. Gaveta essa de onde o atendimento omnicanal não chegou a sair, com novas portarias a atrasar a sua adoção. Não admira que Montenegro tenha tirado esta pasta a Margarida Balseiro.

É pena, porque há uma missão comum à espera de concretização. O novo Ministro terá de fazer mais do que corrigir os erros e impasses da sua antecessora. Todos os partidos democráticos estão convocados para a missão de reestabelecer a relação de confiança entre o Estado e as pessoas, em particular as classes médias. Foi por isso que, com Pedro Nuno Santos, no programa eleitoral do PS, optámos por dar nova relevância e conteúdo a este tema, recusando "que a direita usurpe, com projetos privatizantes e amarras à gestão, a ideia necessária e justa de uma reforma do Estado". O candidato a líder do PS, José Luís Carneiro, também já afirmou a disponibilidade do partido mais votado da oposição para "consensos democráticos" sobre a "organização do Estado". É importante não termos ilusões sobre o Estado que temos. Ele tem ineficiências – procedimentos arcaicos, estruturas anquilosadas, pessoas sem a qualificação e motivação devida para as funções em que trabalham. Todavia, a maior dificuldade do Estado não são as "gor duras". Pelo contrário, é a anorexia. dado dos idosos, desde as polícias aos hos pitais, sem esquecer o sistema de justiça e a ferrovia, o Estado não tem gente a mais – tem gente a menos. Em 2020, Portugal era mesmo o 5.º país da UE com menos funcionários públicos. Os pro blemas não param aí. Há edifícios onde chove lá dentro e falta de via turas para cumprir os serviços. Na

saúde e no social, agravam-se as listas de espera. No investimento, tudo se atrasa. Estamos aqui apenas a falar dos serviços que o Estado presta. Se nos falta o músculo para andar, onde pára a massa cinzenta para pensar, planear e avaliar? É evidente que existem algumas "gorduras" no Estado. Alguns acreditam que é possível aspirá-las rapidamente para dar lugar a outras despesas ou a redução da receita. A IL, por exemplo, colocou no seu programa eleitoral uma estimativa de 3 mil milhões de euros em poupanças – não em cortes de funções mas em medidas de "eficiência administrativa".

Estas promessas não são novidade para ninguém. Em Portugal, temos já mais de 10 anos de experiência em "exercícios de revisão de despesa", frequentemente com apoio técnico internacional. Entre 2017 e 2023, as poupanças estimadas eram de 1.457 milhões mas faltam dados sobre a sua execução. De qualquer modo, estas pou-

Contas já fez a sua avaliação. Estes resultados podem ser dececionantes, mas não são uma exceção portuguesa. Estes exercícios são uma prática antiga, desde pelo menos a Grande Depressão dos anos 30, tendo tido edições igualmente imateriais com Reagan ou Thatcher. Mesmo o poderoso DOGE de Elon Musk poderá acabar por custar mais do que poupou. Numa das mais rigorosas "guerras à burocracia" e às "gorduras do Estado" conhecidas, o empresário Peter Gershon identificou, em 2004, 21,5 mil milhões de libras em potenciais poupanças ao contribuinte britânico. Anos depois, uma auditoria revelou que o exercício conseguiu arrecadar apenas 10,2 mil milhões aos cofres públicos, correspondendo à altura a cerca de 0,6% do PIB. Devem estes resultados desmotivar-nos da procura por um Estado mais eficiente? Não. Mas devem ancorar as nossas expetativas e focar os nossos objetivos. Reformar o Estado significa que ele sirva melhor as pessoas e não (apenas) que saia mais barato. Nalguns casos, será inevitável gastar mais para apetrechar os serviços públicos dos recursos que precisam para funcionar – recursos humanos, técnicos, tecnológicos e outros. Não bastará, porém, atirar dinheiro aos problemas. É necessário repensar tudo: desde a gestão às carreiras, desde a digitalização à humanização.

A Gonçalo Matias não faltarão condições de consenso político para reformar. Ainda resta também algum do excedente que António Costa deixou para se tomarem opções e investimentos fundamentais. Por saber está se nos ficaremos por mais anorexia, mais medidas de cosmética (como no último ano) ou por muscular o Estado de verdade.

Miguel Matos Opinião
Crédito: DR

Parabéns ACAPO

Foi um fim de semana em grande. Uma grande festa de Portugal e da portugalidade, dos portugueses e da nossa comunidade em particular. Celebrar Portugal tem um sabor especial quando estamos a tantos quilómetros do nosso querido país. O título deste artigo ilustra bem o meu sentimento, mas quero estender os meus parabéns na pessoa do José Eustáquio e a todos aqueles que tornaram possível esta grande demonstração de força que a comunidade portuguesa tem, em particular em Toronto.

AParada que se realizou no passado dia 7 de junho foi uma aposta ganha e um grande sucesso. Foi um mar de gente na St. Clair e um orgulho ver tantos jovens dentro, como fora, da Parada muitos ostentando as cores verde e vermelha da nossa bandeira. Destaco, entre as muitas entidades presentes, a deslocação do nosso Embaixador António Leão da Rocha, figura de destaque ímpar que deu ainda mais brilho à Parada, sendo este para mim, e para muitos, um embaixador de referência que muito nos honra. Como cereja no topo do bolo ainda tivemos a vitória de Portugal na final da Liga das Nações. Foi, sem dúvida, um fim de semana em que todos gritamos bem alto –Sou português. Um fim de semana em que

só não foi possível fisicamente, nem com a ajuda de uma prensa, com que fazemos o nosso delicioso vinho, encostar os dois continentes e colocar Portugal e Canadá lado a lado. De resto, tudo aquilo que aconteceu é Portugal, é tradição, é a língua portuguesa, é Festa. Tem muito significado a palavra “Juntos“, todos somos mais fortes, mais comunidade e, acima de tudo, somos mais vistos, mais credibilizados, “separados” não vamos a lado nenhum. Juntos, claramente, ainda temos muito por fazer, que aprender, não quero que entendam que digo que nada foi feito, pelo contrário, o caminho está aberto, mas temos de cuidar dele, ornamentar e fazer crescer, transformando-o, de uma estrada secundária numa autoestrada. Se temos uma qualidade a que ninguém se compara a nível mundial é a capacidade de fazer Festa. Os portugueses sabem notoriamente fazer festa. Todos devemos ajudar e participar e todos somos convidados, todos somos ACAPO, todos

somos espectadores, enfim todos somos portugueses. Que orgulho e que adrenalina tenho dentro de mim depois deste fim de semana espetacular.

O futuro só pode ser próspero, quando muitos opinam que estamos a morrer como comunidade, estas comemorações revelam exatamente o oposto, estamos a construir caminhos de fortalecimento enquanto portugueses a viver num outro país.

Parabéns, amigo Joe e força, ainda tens muito por fazer e estas comemorações mostram como é justo estares no Walk of Fame.

“Aos emigrantes portugueses, disse-lhes que são dos melhores de todos"- François Hollande

Vítor M. Silva Opinião
Credito: Francisco Pegado

Aos construtores de mundos imaginários e consertadores de brinquedos partidos.

Aos mestres do improviso, que transformam uma caixa de papelão numa nave espacial ou um domingo num dia inesquecível.

Aos que ensinam com paciência, protegem com força e amam com um coração enorme.

Aos que nos mostram que coragem também é escutar, que ser forte é estar presente, e que os melhores superpoderes são os que não se veem.

Neste Dia do Pai, celebramos todos aqueles que, com ferramentas reais ou metafóricas, ajudam a construir vidas melhores todos os dias.

Feliz Dia do Pai!

COMUNIDADE

Portugal desfilou em Toronto Uma celebração de orgulho, tradição e união

Na manhã soalheira de 7 de junho de 2025, Toronto foi palco de uma vibrante celebração da cultura portuguesa, com a realização da LiUNA Portugal Day Parade, que este ano assinalou a sua 38.ª edição. Organizada pela Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO), a Parada tem como objetivo comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, reunindo, uma vez mais, milhares de participantes e espectadores ao longo da St. Clair Avenue West, desde Oakwood até Caledonia Road. O desfile prometia - e cumpriu - uma manhã cheia de cor, música, tradição e orgulho luso.

Ligando comunidades, tradições e povos, a Galeria dos Pioneiros foi o local de partida das diversas autoridades políticas canadianas e portuguesas. O nosso jornal, logo pela manhã, falou com algumas dessas figuras, que confessaram a sua vontade de percorrer as ruas e estar junto deste povo com uma alma do tamanho do mundo. Hoje, todos foram “Portugal”. Para além de Mário Constantino, presidente da autarquia de Barcelos, que deixou uma “mensagem de proximidade e de solidariedade para com os emigrantes”, também Katia Caramujo, presidente do Conselho de Presidentes da ACAPO, destacou que “como é a primeira vez numa nova rua, com um novo formato, há algum nervosismo. Ainda assim, acreditamos que tudo correrá pelo melhor.”

Por seu turno, António Leão Rocha, embaixador de Portugal no Canadá, frisou a importância deste momento que mostra a grandeza de Portugal: “Este festival, que decorre ao longo do fim de semana, com associações e o público a saírem à rua, é uma expressão vibrante da portugalidade no seu melhor. Todos temos diferençaspolíticas, clubísticas, culturais - mas estes são os momentos em que deixamos isso de lado. Somos portugueses. Uma comunidade vibrante e com um contributo enorme para este país. Unidos, somos fortes e importantes.”

Já a sempre simpática Ana Luísa Riquito, Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, evidenciou que esta é uma “grande manifestação de identidade, diversidade e modernidade, sendo que a nossa diversidade regional, pessoal ou profissional é uma riqueza, mas a união é essencial para toda a nossa comunidade.”

Todos saíram à rua: famílias inteiras e até animais de estimação. Foram muitos os clubes que marcaram presença nesta Parada que toca o coração de cada luso-canadiano que sai para a estrada e ergue bem alto a nossa bandeira. Para além da emoção visível em todos os grupos e associações presentes - a verdadeira expressão de Portugal no Canadá - constatou-se a representação de todas as regiões: dos Açores à Madeira, das Beiras ao Alentejo, passando pelo centro, norte e sul de Portugal. De Angola, de Hamilton, Toronto, Brampton, Oshawa e de tantas outras localidades canadianas,

todos foram chamados a dar rosto à imagem do nosso país: um país vivo, sonhado e sentido no coração de cada um. Nunca esquecendo os veteranos combatentes, que marcam sempre presença, demonstrando a força de um passado que se honra.

Manuel DaCosta, comendador e líder do grupo MDC, afirmou que “nunca nos esquecemos do país onde nascemos e, embora cada um tenha a sua história, o significado desta Parada é celebrar a nossa cultura.”

Também Jack Oliveira, rosto da liderança da LiUNA OPDC e da Local 183, aproveitou o momento para “evocar a força e a união de Portugal”. Esclareceu que “o sangue que nos corre nas veias nunca muda”, mostrando a sua felicidade: “Estou mesmo contente por ver a juventude na rua - é sinal de que o futuro está garantido.”

Jack Prazeres, da Luso Canadian Charitable Society, marcou presença e apelou “à união entre todos como fator de sucesso”, pouco antes de se ouvirem os sons das bandas filarmónicas - pilares fundamentais da cultura portuguesa.

Olivia Chow, presidente da Câmara de Toronto, confessou “estar pronta para a Parada e para dançar folclore português”, insistindo que o “contributo dos portugueses não pode ser esquecido na construção do Canadá”.

Ana Bailão, líder comunitária, lembrou “a persistência e a vontade lusa, que mantêm de pé a nossa força e a coragem de realizar eventos desta grandiosidade.”

Por fim, Joe Eustáquio, presidente da

ACAPO, foi claro: “Portugal está na estrada. Foi com muito trabalho, mas com orgulho vemos que a nossa decisão foi acertada.” Agradeceu a todos pelo sucesso da Parada e prometeu que “o seu trabalho pelos clubes e pela comunidade portuguesa não vai acabar”.

Mais do que uma Parada, foi uma celebração da alma portuguesa. Em cada passo, bandeira e canção, Toronto foi Portugalvivo, orgulhoso e unido. A LiUNA Portugal Day Parade provou, uma vez mais, que a nossa identidade não conhece fronteiras. Onde houver um português, haverá sempre festa, memória e coração.

Rómulo Medeiros Ávila/MS

No dia 10 de Junho, a cidade de Toronto transforma-se num palco vivo de celebração da identidade portuguesa, numa jornada que começa com o içar da bandeira portuguesa na Nathan Phillips Square. Esta cerimónia simbólica, realizada junto à Câmara Municipal, inaugura o dia com solenidade e orgulho. Um gesto vertical e carregado de significado, que afirma a presença vibrante e o contributo inegável da comunidade portuguesa na construção da cidade e do país.

Seguiu-se a cerimónia no Queen’s Park, a voz da Nação faz-se ouvir nos corredores do poder ontariano com a proclamação oficial do Dia de Portugal. Este momento representa um reconhecimento institucional do valor cultural e histórico da diáspora portuguesa no Canadá, ecoando o respeito e a admiração que esta comunidade conquistou. Já ao entardecer o High Park acolhe a homenagem aos pioneiros. Junto ao Monumento que lhes presta tributo, as vozes das crianças do FPCCC entoam hinos de esperança. Em colaboração com o Real Canadian Portuguese Historical Museum, celebra-se a coragem daqueles que, vindos de longe, lançaram raízes num novo solo, sem jamais esquecerem as suas origens.

Depois disso, a comitiva seguiu até ao coração de Little Portugal, na Dundas Street West, vibrando com um tributo à alma desta comunidade. O Galo de Barcelos, um dos símbolos maiores, continua a contar histórias de resistência, orgulho e pertença. Em parceria com o Little Portugal on Dundas

BIA, homenageia-se a força comercial, artística e social de uma zona que, há décadas, respira em português.

Seguiu-se a homenagem aos voluntários no Trinity-Bellwoods Park. É um gesto de gratidão profunda a todos os que, de forma anónima e generosa, mantêm viva a chama da cultura e da solidariedade portuguesa. São os heróis do quotidiano, pilares silenciosos que sustentam a comunidade com o seu tempo e dedicação.

O dia encerra com um tributo a Camões, na praça que ostenta o seu nome, na College Street. Este momento literário e reflexivo relembra que somos feitos de palavras, de sonhos e de mar - e que Camões, com a sua pena imortal, soube escrever como ninguém a essência do ser português.

Durante o decorrer destas cerimónias, Joe Eustáquio, presidente da Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário, salientou que “Toronto é a nossa casa. É aqui que temos a capacidade de construir um futuro melhor. Os portugueses não se limitaram a contribuir para a construção de Toronto, como tantos políticos dizeme eu até detesto ouvir isso, porque fizemos muito mais do que isso. A nossa comunidade tem hoje uma presença marcante e visível. E aquilo que aconteceu no sábado, com o desfile, foi a prova de que a nossa cultura é única nesta cidade.”

Eustáquio, resumindo as celebrações deste ano, foi claro: “Ninguém faz o que nós fazemos. Eu compreendo que haja outras celebrações urbanas, que também merecem respeito, mas são feitas por profissionais pagos com grandes subsídios dos

marcas de presença

três níveis de governo: federal, provincial e municipal. Nós não temos essa possibilidade. Somos todos voluntários. A decisão de alterar o formato do desfile, em que muita gente nos criticou, pensaram que não sabíamos o que estávamos a fazer - e provámos o contrário. O povo apareceu em força. A qualidade da Parada foi excelente e deu início a um fim de semana absolutamente impressionante, terminando com a vitória de Portugal”. O dirigente associativo comunitário afirmou ainda que o sucesso de todo o evento se deveu também ao papel da comunicação social, destacando que “cerca de 80% dos órgãos de comunicação participaram ativamente na sua promoção. Referiu que “há dois ou três órgãos que merecem destaque especial. Alguns vão desaparecendo do panorama mediático, mas aqueles que continuam ao nosso lado - como a Camões TV, o Milénio, a Camões Rádio - são fundamentais. E outros, como estes, devem ser reconhecidos e valorizados”.

Por seu turno, Olivia Chow, presidente da Câmara Municipal de Toronto, assumiu que “a comunidade portuguesa é culturalmente dinâmica, trabalhadora e calorosa. Ajudou a construir esta cidade, tijolo a tijolo, rua a rua, elétrico a elétrico, edifício a edifício. O seu contributo foi incalculável. Tive o privilégio de representar a comunidade portuguesa entre 1985 e 2014, primeiro como vereadora e, mais tarde, como deputada. E agora, como presidente da Câmara de Toronto, sinto um enorme orgulho por ter uma comunidade portuguesa tão vibrante nesta cidade. Quero expressar

um profundo agradecimento à comunidade luso-canadiana pelo seu contributo para o desenvolvimento de Toronto. E agora, mais do que nunca, é essencial continuarmos a construir esta cidade, especialmente com mais habitação acessível para todos. Vamos fazê-lo juntos”.

Portugal, aqui também se vive. Neste 10 de Junho, entre bandeiras ao vento e vozes em uníssono, o passado é honrado, o presente vivido e o futuro semeado. Porque ser português é, afinal, levar o país dentro - onde quer que se esteja.

Rómulo Medeiros Ávia / MS

Raízes do nosso Povo ecoam em Toronto

Toronto celebrou a alma portuguesa com três dias de cultura, música e identidade no Earls-court Park.

Entre os dias 6 e 8 de junho, o coração de Toronto bateu ao ritmo das tradições lusas com a realização do Festival “Raí-zes do Nosso Povo”, seguido de um verdadeiro desfile de bons artistas e bandas. Este foi um evento que uniu gerações, regiões e sentimentos num só espaço: o Earlscourt Park. A festa assinalou as comemorações do Dia de Portugal, de Ca-mões e das Comunidades Portuguesas, celebrando não apenas a pátria de origem, mas também os laços que unem os portugueses espalhados pelo mundo, neste caso em especial no Canadá.

Organizados pela Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário (ACAPO), ambos os festivais - o de música e o de folclore - arrancaram na sexta-feira, dia 6, numa união entre juventude e tradição. Os palcos iluminaram-se com a atuação do Portuguese Cultural Club of Vaughan, seguida do jovem talento Nick Souza, do contagiante grupo Manic Boys & Girls Club e da promissora voz de Sofia Camara. A noite fechou em alta com EraToxica. No sábado, os ranchos folclóricos assumiram o protagonismo, trazendo trajes, danças e cantares das várias regiões de Portugal - Minho,

Trás-os-Montes, Nazaré, entre outras. O espírito cultural foi também representado pela Associação Migrante de Barcelos. À noite, a animação continuou com atuações de Décio Gonçalves, do Duo Sandra e Ricardo, de Unique Touch e dos inesque-cíveis Os Pegas, num espetáculo onde tradição e modernidade se encontraram. O domingo (8) foi marcado por uma ver-dadeira comunhão de culturas, culminando num encerramento em grande. O dia começou com o Rancho da Casa da Ma-deira de Toronto, seguido das atuações da Associação Angolana do Ontário, das Tricanas e do grupo Capoeira Malé Toronto, refletindo a diversidade que enriquece a comunidade lusófona. O encerramento foi memorável, com atuações de Fernando Pereira, Karma Band, Peter Serrado e o aclamado João Pedro Pais, que emocionou o público com a sua voz inconfundível.

A MDC Group, através dos seus vários canais de comunicação, acompanhou de perto esta celebração de Portugal, que este ano teve a particularidade de reverter os fundos angariados a favor da Magellan Community Foundation, com o objetivo de ajudar a erguer o “sonho português edificado”.

Nick Souza foi o primeiro artista a partilhar connosco a sua emoção: “É bom ver como a comunidade portuguesa e bra-si-

leira se mistura. Recebi uma energia muito boa do público, foram muito recetivos.”

O duo Manic Boys & Girls Club recordou: “É sempre um privilégio subir a um palco, especialmente quando é para a nossa comunidade. Crescemos nes-tas festas em Toronto. Todos os anos assistíamos à Portugal Week. Agora, é uma honra fazer parte dela.” Os EraToxica reforçaram: “O Dia de Portugal não é apenas uma data, é uma jornada. Estamos aqui de coração cheio e com energia rock and roll. Viva o Rock! Obrigado por tudo! Viva Portugal!”

Sofia Camara, jovem promissora no mundo da música, visivelmente feliz, partilhou: “É ótimo estar aqui, ser portuguesa, subir ao palco e partilhar este momento com todos. É uma comunidade linda. Obrigada. Amo-vos muito. E esta não será a última vez.” Os Pegas destacaram a alegria da parada e a emoção de ouvir tanto português no estrangeiro. Falaram da experiência única de cantar para emigrantes, que os recebem com carinho e saudade. Sublinharam ainda a importância de valorizar e preservar tradições culturais como os viras, levando um pedaço de Portugal às comunidades do Canadá.

O último dia do festival teve ainda mais sabor devido à conquista da Seleção Nacional, que venceu a final da Taça das Nações frente à Espanha. A tensão transformou-se

em explosão de alegria: “Esta vitória veio unir-nos ainda mais”, ou-viu-se dizer, num agradecimento ao esforço de clubes, voluntários e patrocinadores, sem os quais nada seria possível.

A Karma Band atuou logo após o apito final do árbitro: “Foi mesmo no momento certo. Ganhámos, começámos a tocar, as pessoas ficaram felizes… e o mais importante: Viva Portugal!”. Já Melissa Costa, jovem luso-canadiana, sublinhou: “Comemorar Portugal nestes dias é essencial para manter viva a nossa cultura.” E deixou um apelo aos jovens: “Não tenham vergonha. Nunca tive vergonha de ser portuguesa. O meu português não é perfeito, mas tento falar e acho que todos devem sentir orgulho do nosso lindo país.”

Francisco Pegado, enquanto líder comunitário e representante da Associação Angolana do Ontário, valorizou a oportu-nidade de participar nas celebrações, afirmando: “Mesmo não sendo portugueses, fazemos parte da família lusófona. É importante manter vivas a cultura e as origens, independentemente da comunidade.”

E reforçou: “No Canadá, é possível ter múltiplas identidades - ser canadiano e angolano, ou canadiano e português - e celebrar ambas com orgulho.”

Fernando Pereira, o “homem das mil e uma vozes”, partilhou a emoção de estar

Credito: Francisco Pegado
Nick Souza. Créditos: Francisco Pegado
The Manic Boys and Girls Club. Créditos: Francisco Pegado

com a comunidade portuguesa, especi-almente num dia de vitória. “O meu coração bate sempre forte nestes momentos. E o Canadá é um país que admiro mui-to. Só não vivo aqui por causa do inverno!”, brincou. Recordou com carinho as várias vezes que visitou o país, desde os anos 80, destacando um momento especial: “Cantei aqui, no Dia de Portugal, para 75 mil pessoas - o maior público ao vivo da minha carreira. Nunca esquecerei.”

Em tom mais sério, refletiu sobre o envelhecimento e criticou o isolamento digital dos jovens: “Há jovens com 18 anos que vivem como velhos — isolados, presos ao algoritmo. Precisamos de diálogo, de empatia, de compreender outras perspetivas.”

Joe Eustáquio, presidente da ACAPO, destacou os desafios enfrentados na organização do festival, especialmente a nível financeiro. Considera o evento um sucesso, graças ao esforço conjunto e à vitória da seleção, que deu ainda mais brilho às cele-

brações. Garantiu que a escolha de realizar a Parada em Saint Clair foi estratégica e que a ACAPO continuará a acompanhar a comunidade, esteja onde estiver. Agradeceu a todos os envolvidos, incluindo os críticos, e convidou o pú-blico a continuar a celebrar a cultura portuguesa no Canadá. Mais do que festivais, estes momentos são reencontros com a identidade, afirmações de portugalidade, da saudade trans-formada em celebração e da cultura que floresce além-fronteiras. A todos os que carregam Portugal no coração, Toronto ofereceu, mais uma vez, um tributo vibrante e inesquecível.

João Pedro Pais canta em Toronto para apoiar o Magellan Community Centre

O conhecido cantor português João Pedro Pais foi o protagonista de uma noite memorável em Toronto, ao atuar num concerto solidário com o objetivo de angariar

fundos para o Magellan Community Centre, um projeto essencial que visa apoiar a população sénior da comunidade luso-canadiana. Organizado pela ACAPO (Aliança dos Clubes e Comunida-des Portuguesas de Ontário), o evento contou com casa cheia, reunindo centenas de pessoas numa noite marcada pela emoção, pela música e pela solidariedade. A abrir o espetáculo esteve o jovem luso-canadiano Peter Serrado, que con-quistou o público com a sua voz e presença em palco. Visivelmente emocionado, o artista partilhou que cresceu a ouvir as músicas de João Pedro Pais e que estar agora a dividir o palco com um dos seus ídolos, “foi uma experiência incrível, quase um sonho. Cresci a ouvir João Pedro Pais, e agora estar no mesmo palco com ele, por uma causa tão importante como o Magellan Community Centre, é algo inesquecível.”

João Pedro Pais encantou com alguns dos seus maiores sucessos, num concerto cheio de sentimento e proximidade com a comu-

nidade. Durante a atuação, o músico deixou uma mensagem especial aos portugueses residentes no Canadá, dese-jando-lhes saúde, felicidade e muitos motivos para continuarem a sorrir e a celebrar a vida. No final do evento, José Eustáquio, presidente da ACAPO, destacou a força do momento vivido: “Foi uma noite mágica. O João Pedro trouxe uma energia incrível ao palco, e o Peter Serrado mostrou porque é um dos grandes talentos da nova geração. Foi uma daquelas noites que, daqui a dez anos, muitos vão dizer com orgulho que estiveram lá. Foi simples-mente inesquecível.”

Os valores angariados revertem na totalidade para o Magellan Community Centre, uma infraestrutura pensada para servir os idosos da comunidade portuguesa em Toronto, oferecendo cuidados dignos, humanos e culturalmente sensíveis.

Francisco Pegado / Rómulo Medeiros Ávila / MS

Banda Eratóxica. Créditos: Francisco Pegado
Sofia Camara. Créditos: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado
Credito: Francisco Pegado

Cultura barcelense em destaque no Canadá Comunidade celebra tradição e união

A cultura, a tradição e o orgulho barcelense cruzaram o Atlântico e encheram de emoção o Europa Convention Centre, em Mississauga, no passado dia 8 de Junho. A iniciativa, organizada pela Associação Migrante de Barcelos, reuniu dezenas de membros da comunidade portuguesa no Canadá, numa celebração marcada pela força do coração e pela ligação inquebrável entre "os de cá" e "os de lá".

Oevento contou com a presença de figuras de destaque da vida política e associativa de Barcelos: Vítor Santos, Presidente da Associação Migrante de Barcelos, acompanhado por toda a sua equipa; Carlos Reis, Vereador da Câmara Municipal de Barcelos; Fernando Pereira, Presidente da Assembleia Municipal; e Mário Constantino, Presidente da Câmara Municipal de Barcelos. Já no dia antes estas autoridades sentiram de perto a emoção e

o bater forte dos corações “verde e vermelho” na Parada do Dia de Portugal.

Um dos momentos altos da tarde foi a distinção de Marlene Araújo como sócia honorária da Associação, em reconhecimento pelo seu apoio contínuo e inestimável ao clube e à comunidade. A festa foi ainda animada pelas atuações do Rancho Folclórico da casa, que encantou com danças e cantares tradicionais, e do Duo Raça Latina, que trouxe ritmo e alegria ao salão.

Mas o momento que verdadeiramente fez vibrar os presentes foi o final da tarde com a vitória da Seleção Nacional de Futebol, celebrada com entusiasmo por todos os participantes, num espírito de partilha e orgulho nacional. A condução do evento esteve a cargo de Jorge Neves, cuja simpatia e eloquência deram o tom certo a uma tarde de fortes emoções.

Nos discursos proferidos pelas autoridades presentes, destacou-se uma mensagem unânime: a importância da união entre as

Livro “Monumentos ao Emigrante”

No próximo dia 28 de junho (sábado), é apresentado na comunidade luso-canadiana em Toronto, o livro “Monumentos ao Emigrante – Uma Homenagem à História da Emigração Portuguesa”.

Aobra, concebida pelo historiador Daniel Bastos, em parceria com o fotógrafo Luís Carvalhido, assente no levantamento dos Monumentos de Homenagem ao Emigrante existentes em todos os distritos de Portugal continental, e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é apresentada às 10h00, na Peach Gallery, localizada na 722 College Street, Toronto.

A sessão de apresentação do livro, uma edição bilingue (português e inglês) com tradução de Paulo Teixeira, prefácio do filósofo e escritor Onésimo Teotónio Almeida, e posfácio da socióloga das migrações, Maria Beatriz Rocha-Trindade, estará a cargo do presidente da MDC Media Group, comendador Manuel DaCosta.

A obra pioneira, realizada com o apoio institucional da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, e da Sociedade de Geografia de Lisboa, é um convite a uma viagem pelo passado, com os olhos no presente e futuro, da imagem e memória da emigração em Portugal. Uma viagem através de um itinerário delineado pelo historiador Daniel Bastos, profusamente ilustrada pelo talento fotográfico

comunidades barcelenses residentes em Portugal e no Canadá. As palavras foram marcadas por apelos à preservação da identidade cultural, ao reforço dos laços de cooperação e ao reconhecimento do papel essencial da diáspora portuguesa no mundo.

Tal como Vitor Santos, presidente da Associação Migrante de Barcelos, referiu ao nosso jornal: “este encontro, mais do que uma simples celebração, foi uma afirmação de que a tradição barcelense vive, cresce e se fortalece, mesmo longe da terra-mãe. É emocionante ver como os nossos costumes, a nossa língua e os nossos valores continuam a unir gerações, mesmo a milhares de quilómetros de distância”. Este encontro, mais do que uma simples celebração, foi uma afirmação de que a tradição barcelense vive, cresce e se fortalece, mesmo longe da terra-mãe.

Rómulo Medeiros Ávila / MS Fotos: E-Motions

apresentado na comunidade portuguesa em Toronto

de Luís Carvalhido, que percorre todas as regiões de Portugal, onde existem mais de uma centena de monumentos, como bustos, estátuas ou memoriais dedicados ao Emigrante, que constituem uma relevante fonte material para a compreensão da diáspora lusa espalhada pelos quatro cantos do mundo.

Um roteiro que dos monumentos mais singelos, situados nas pequenas aldeias do interior, aos mais grandiosos das aglomerações urbanas, essencialmente erigidos ao longo do último meio século, desvenda

as motivações subjacentes à partida e aos destinos, celebra figuras gradas das comunidades, evidencia objetos simbólicos e aspetos inerentes à memória coletiva da diáspora, como é o caso da emigração portuguesa para o Canadá.

A sessão de apresentação desta história concisa e ilustrada da diáspora, que é aberta à comunidade, e se integra nos eventos comemorativos do Mês do Património Português em Toronto, celebrado ao longo de junho, constitui assim um tributo à comunidade portuguesa no Ca-

nadá, uma das mais relevantes comunidades lusas na América do Norte. No prefácio do livro, Onésimo Teotónio Almeida, Professor Emérito da Universidade Brown, que dedicou uma grande parte da sua vida a escrever sobre a portugalidade e sobre o que é ser português, assegura “Se uma imagem vale mil palavras, temos aqui duas centenas e meia de milhar de belas palavras saltando-nos à vista com gritante eloquência”. Na mesma linha, Maria Beatriz Rocha-Trindade, autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, sustenta no posfácio que “Este livro, constitui uma valiosa contribuição para o conhecimento da História de Portugal”. Refira-se que a edição da obra se deveu em grande parte ao mecenato de empresas que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura, em particular, do grupo empresarial do comendador luso-canadiano Manuel DaCosta, um dos mais ativos e beneméritos empresários portugueses em Toronto. E que, a totalidade das receitas da venda dos livros na sessão reverte a favor da Magellan Community Foundation, uma instituição responsável pela construção em Toronto, do primeiro lar de cuidados a longo termo para idosos de expressão portuguesa.

Daniel Bastos/MS

O Toronto District School Board (TDSB), em parceria com o Portuguese Speaking Heritage Committee e a Coordenação do Ensino de Português no Canadá, do Instituto Camões, I.P., deu início às comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas com uma cerimónia oficial realizada na Galeria dos Pioneiros Portugueses, localizada na St. Clair Avenue West.

Oevento, que aconteceu no dia 4 de junho, marcou o arranque de uma série de actividades culturais e educativas a decorrer ao longo do mês em várias escolas do distrito, com o objectivo de celebrar a herança portuguesa e reforçar os laços entre a comunidade escolar e a comunidade luso-canadiana. Este ano, o tema escolhido foi “Festa of Food”, destacando a

gastronomia como expressão de identidade e elo intergeracional.

A cerimónia contou com a presença de professores, alunos, líderes comunitários, profissionais de diversas áreas e membros da diáspora portuguesa.

Em representação do Portuguese Speaking Heritage Committee, a professora Nicole Silva destacou a importância das escolas na valorização das raízes culturais dos alunos: “É fundamental criar pontes culturais e reforçar a identidade dos nossos estudantes, o que também contribui para o seu sucesso académico.” Nicole anunciou ainda o relançamento do clube de Português na escola Bloor Collegiate Institute, com o propósito de fomentar o interesse pela língua e cultura portuguesa junto das novas gerações. Coordenação do Ensino de Português no Canadá, do Instituto Camões, I.P.,

foi representada pela coordenadora da rede de ensino Maria Rosário Gaspar, que realçou a relevância da iniciativa: “Este evento simboliza a abertura oficial do Mês de Portugal, reconhecido pelo governo canadiano, e é uma excelente forma de dar visibilidade ao trabalho desenvolvido nas escolas públicas do TDSB em articulação com a comunidade.

Durante a cerimónia, a jovem Vanessa Fernandes, membro do grupo folclórico Arsenal do Minho de Toronto, partilhou o seu entusiasmo em participar: “Adoro fazer parte das actividades da comunidade portuguesa. É uma forma de conhecer novas pessoas e contribuir com os meus projectos para a nossa cultura.”

O historiador Gilberto Fernandes, professor da Universidade de York e fundador do Portuguese Canadian History Project, sublinhou a importância do envolvimento das

escolas na preservação da memória e da história da comunidade portuguesa no Canadá: “É essencial que os estudantes saibam que a universidade também é um espaço onde pertencem, onde a sua história é valorizada, e onde podem contribuir para o conhecimento e preservação da sua herança cultural.”

Entre os oradores convidados estiveram ainda o chef Michael Medeiros, do restaurante Lyla Toronto, que reforçou a importância da gastronomia como elemento identitário e ponto de encontro entre culturas.

A escolha da Galeria dos Pioneiros Portugueses como local para a cerimónia foi particularmente simbólica, por homenagear os primeiros imigrantes portugueses no Canadá e representar a continuidade da cultura lusa nas gerações futuras.

Francisco Pegado/MS

Credito: Francisco Pegado

AUTONOMIAS

Madeira atrai cada vez mais turistas e investidores com elevado poder económico

O Secretário Regional da Economia, José Manuel Rodrigues, visitou e inaugurou a loja “The Agency Real Estate” na Ponta do Sol e destacou, a importância crescente do mercado imobiliário de luxo na Madeira, sublinhando o papel que este setor tem desempenhado na dinamização da economia regional.

”Este tipo de mercado representa uma mais-valia significativa para a Madeira. Contrariamente à narrativa que por vezes se tenta construir, a região é cada vez mais procurada por turistas com elevado poder económico e por pessoas que escolhem a Madeira como segunda residência”, afirmou o governante.

Segundo o secretário, esta procura não beneficia apenas o setor imobiliário, mas também dinamiza o comércio local, a restauração e a hotelaria. “Naturalmente que isto é positivo para a região”, reforçou. Reconhecendo que, pontualmente, possam surgir situações menos agradáveis associadas ao turismo de massas, o secretário frisou que se observa, atualmente, um fenómeno muito claro, como seja ”um crescimento notório do nosso turismo”. Por outro, “verifica-se uma maior procura por parte de turistas mais jovens e, sobretudo, de visitantes com maior capacidade financeira, que se apaixonam pela ilha, regressam frequentemente e, em muitos casos, acabam por adquirir habitações de elevado valor.”

O governante com a pasta da economia fez ainda questão de salientar que este segmento não concorre com o mercado de habitação destinado aos residentes. “Falamos de imóveis de luxo e super luxo, fora do alcance da maioria dos madeirenses. Infelizmente, ainda não atingimos um nível de qualidade de vida que permita o acesso generalizado a este tipo de habitação”, afirmou.

Nesse sentido, reforçou o compromisso do Governo Regional em continuar a atrair investimento estrangeiro neste segmento, sem descurar as necessidades da população local. “Estamos a trabalhar para garantir habitação para todos: habitação social para os mais desfavorecidos e habitação a custos controlados para a classe média. Uma coisa não impede a outra”.

A aposta no “imobiliário de luxo representa uma mais-valia para todos nós”, concluiu, apelando a uma desmistificação da ideia de que este mercado é incompatível com as necessidades habitacionais da população residente.

JM/MS

Sindicato dos Professores diz que calendário escolar tira cada vez mais tempo à brincadeira das crianças

A Direção do Sindicato dos Professores da Madeira vai abordar “os problemas que afetam o desenvolvimento das nossas crianças e que levaram à decisão da ONU, analisará o calendário escolar proposto pela SRE para o próximo ano letivo, que, a exemplo do que tem vindo a acontecer ocupa cada vez mais o tempo das crianças, deixando pouco espaço para o que é verdadeiramente importante: ser criança”.

Segundo a nota enviada as redações, o objetivo é assinalar o Dia Internacional da Brincadeira (decretado pela ONU): “Por isso, neste dia especial, queremos chamar a atenção dos responsáveis pela tutela da Educação na Região Autónoma da Madeira de que é urgente repensar o tempo escolar, a bem das futuras gerações. Queremos uma escola que respeite os ritmos da infância e que valorize o brincar como parte da educação”.

JM/MS

Dia dos Açores foi celebrado com sessão solene na Praia

O Dia dos Açores foi assinalado na Praia da Vitória, na ilha Terceira, com uma sessão solene durante a qual foram atribuídas condecorações e um almoço onde foram servidas as tradicionais sopas do Espírito Santo.

Asessão solene comemorativa do Dia da Região Autónoma dos Açores foi no Auditório do Ramo Grande, e teve intervenções dos representantes dos grupos parlamentares, do presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), José Manuel Bolieiro, e do líder da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia. Após as intervenções, foram impostas 20 insígnias honoríficas açorianas que visam distinguir cidadãos e entidades que se tenham destacado "por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por

serviços prestados à região”. Foi atribuída uma insígnia autonómica de valor, quatro insígnias autonómicas de reconhecimento, duas de mérito profissional, uma de mérito industrial, comercial e agrícola, e 12 insígnias autonómicas de mérito cívico.

A insígnia autonómica de valor foi atribuída à RTP - Açores e a de reconhecimento a António Manuel Fernandes da Silva Ribeiro, Cecília Beneventes de Carvalho Meireles (título póstumo), Gualter José Andrade Furtado e Miguel Corte-Real da Silveira Monjardino.

Alfredo Manuel Figueiras Martins Polena (título póstumo) e Maria de Fátima Machado Mendes Cabral foram agraciados pelo mérito profissional. De acordo com a proposta aprovada em abril no parlamento açoriano, José Bairros Batista foi condecorado com a insígnia de mérito industrial, comercial e agrícola. Por mérito cívico

foram distinguidos Ana Isa Costa Ormonde, Dimas Manuel Simas Lopes, Francisco António Nunes Pimentel Gomes, João Caetano Flores (título póstumo), Jorge Manuel Medeiros Correia Gonçalves, José da Cunha Bettencourt e Lino Freitas Fraga.

A mesma distinção ainda foi entregue à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, Futebol Clube dos Flamengos, Sociedade Filarmónica Nova Aliança, Sociedade Filarmónica Recreio Ribeirense e Terceira Automóvel Clube. No final da cerimónia de entrega das insígnias autonómicas, foram interpretados os hinos dos Açores e de Portugal, pelo Coro Pactis. Após a sessão solene, as comemorações do Dia da Região dos Açores prosseguiram com o tradicional almoço das Sopas em Honra do Divino Espírito Santo, que foi servido numa tenda junto à marina da Praia da Vitória e acompanhado

da Vitória

pela atuação da Filarmónica União Praiense. As comemorações são sempre uma organização conjunta da ALRAA e do Governo Regional, na sequência da instituição do Dia da Região Autónoma, em 1980, para comemorar a açorianidade e a autonomia. A data, feriado regional, é celebrada na segunda-feira do Espírito Santo. AO/SM

26.º Angrajazz decorre entre 2 e 4 de Outubro

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e a Associação Cultural Angrajazz levam a efeito nos próximos dias 2, 3 e 4 de Outubro o 26.º Festival Internacional de Jazz de Angra do Heroísmo – ANGRAJAZZ 2025, cujo , programa foi já apresentado.

Os objectivos dos organizadores são os mesmos de sempre, apresentar um estival de grande qualidade, susceptível de constituir um marco no panorama musical anual dos Açores e da Terceira em particular; fazer com que o mesmo tenha visibilidade para além das fronteiras da Região, e como tal seja inserido no calendário anual dos Festivais de Jazz

em Portugal e contribuir para o desenvolvimento do gosto pelo Jazz na Região.

“Esta é a 26ª edição de um evento que sempre contou com o apoio do município de Angra do Heroísmo e que coloca a nossa cidade Património Mundial no mapa do que melhor se faz no mundo jazzístico. Pelo Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo já passaram vários artistas de renome mundial, o que faz do Angrajazz um festival de qualidade ímpar, que é já um marco no panorama musical de Portugal, dos Açores e da ilha Terceira em particular”, refere Guido Teles, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

O programa é vasto e variado, pretendendo ir ao encontro dos gostos dos apre-

ciadores de jazz, e não só. Pelo Grande Auditório do Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo irão actuar, para além da Orquerstra Angrajazz, que dá início a programa de concertos, os grupos Stefano di Battista Quintet, Samuel Lerchet Trio, Ekep Nkwelle Quartet, David Murray Quartet e os Artemis.

Para além dos concertos, este ano o Festival voltará a trazer o Jazz na Rua. Esta iniciativa, realizada em parceria com a Direcção Regional dos Assuntos Culturais e que tem sido inserida na Temporada Musical promovida por esta Direcção Regional, pretende que o jazz saia do Centro Cultural, proporcionando animação em vários locais públicos do centro da cidade. Assim, entre

26 de Setembro e 4 de Outubro decorrerão diariamente concertos de entrada livre, por dois grupos locais e um grupo misto (músicos locais e do continente), em vários locais de Angra do Heroísmo. Inseridas no Jazz na Rua, terão também lugar duas sessões de divulgação destinadas a alunos das Escolas Secundárias, que decorrerão na Biblioteca Pública Luís da Silva Ribeiro (grupo local) e no Auditório da Escola Tomás de Borba (grupo do continente), e ainda uma sessão de formação orientada pelo grupo do continente, destinada primordialmente a músicos e estudantes de música residentes na ilha.

Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR

Geração Z com a pior taxa de desemprego juvenil das últimas décadas

Com o chapéu de formatura na mão, Sarah Chung posa para fotografias com os trajes da escola antes da cerimónia de convocação. O ambiente no campus é alegre, mas o que se segue é preocupante: esta aluna com distinção está a formar-se num dos piores mercados de trabalho para jovens das últimas décadas. “É desolador”, diz a licenciada de 23 anos do curso de comunicação social da Universidade de Calgary. Não conseguiu encontrar um emprego na sua área e disse que tenciona fazer um mestrado. “Penso que é difícil, devido a tudo o que está a acontecer com a economia, com a nossa sociedade e com a política”, disse. Fala-se muito em “vem aí uma recessão”. Não sou economista, mas também consigo ver isso".

Chung faz parte de uma geração que enfrenta a taxa de desemprego juvenil mais elevada do Canadá em cerca de um quarto de século. Para além da

pandemia, os licenciados canadianos com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos enfrentam a taxa de desemprego mais elevada registada no país desde meados da década de 1990, de acordo com os dados do primeiro trimestre do Statistics Canada.

Nessa altura, Jean Chrétien era o primeiro-ministro do Canadá, a Geração Z era apenas um brilho nos olhos dos pais e a força de trabalho global ainda não tinha sido transformada pelas redes sociais, pelo trabalho temporário e pela inteligência artificial.

Avançando para 2025, os trabalhadores mais jovens do Canadá enfrentam uma tempestade perfeita de condições económicas: uma crise de inflação que veio na sequência de uma pandemia; um aumento do crescimento populacional que ultrapassou o número de empregos disponíveis; e agora, um país que se aproxima da recessão à medida que a guerra comercial dos EUA causa incerteza na economia.

Previsão de um verão mais quente do que o normal na maior

O Canadá deverá registar um verão mais quente do que o habitual, com níveis de precipitação incertos na maioria das províncias, de acordo com a previsão de verão do Ministério do Ambiente e das Alterações Climáticas do Canadá.

Jennifer Smith, meteorologista responsável pelo alerta, disse que o Canadá Atlântico, o Quebeque, Ontário e o norte de Manitoba têm uma probabilidade especial - 100 por cento em algumas zonas - de registar um verão mais quente do que o normal, embora as probabilidades também sejam elevadas para o resto do país. “Há alguns pontos mais frios, sobretudo ao longo do Mar de Beaufort, no noroeste do Canadá, mas, de um modo geral, a previsão aponta para um verão mais quente”, disse Smith.

parte do Canadá

Estatisticamente, a meteorologista disse que o calor acima da média pode ser distorcido por ondas de calor extremas de curto prazo. Mas, noutros casos, “podem ser períodos de calor curtos e recorrentes ou apenas um calor subtil e consistente que faz subir as médias sazonais o suficiente para alterar as estatísticas”.

Ao mesmo tempo, Smith disse que a modelação da agência não conseguiu apresentar uma previsão fiável da precipitação para essas mesmas províncias durante o verão, mas grande parte de Alberta, Colúmbia Britânica e partes de Saskatchewan poderão registar níveis de precipitação abaixo do normal.

CBC/MS

Ottawa e Washington trocam documento com possíveis condições do acordo

Num sinal de que o Canadá e os Estados Unidos estão a fazer progressos no sentido de um acordo comercial, a CBC News e a Radio-Canada tomaram conhecimento da existência de um documento de trabalho que delineia os pormenores de um potencial acordo.

Segundo três fontes com conhecimento direto da situação, o documento tem sido enviado de um lado para o outro entre Ottawa e Washington. As fontes falaram à CBC sob a condição de não serem identificadas devido à sensibilidade dos assuntos que estão a ser discutidos. Embora este seja considerado um passo em direção ao objetivo global de chegar a um consenso, há avisos de várias fontes de que é necessário mais trabalho antes de se chegar a um acordo. Duas fontes disseram que não há qualquer expetativa de que se chegue a uma conclusão antes da cimeira

do G7 em Alberta, que decorrerá na próxima semana. “Numa negociação, haverá muitos documentos enviados para trás e para a frente com vários cenários hipotéticos”, disse o funcionário.

A CBC News não viu o documento, mas uma fonte com conhecimento direto da situação disse à Radio-Canada que tem menos de cinco páginas. A fonte diz que o documento afirma que o Canadá está disposto a participar no programa de segurança Golden Dome, originalmente proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Também menciona os compromissos canadianos de construir mais infraestruturas no Ártico, o compromisso do Canadá de cumprir os seus objetivos de despesa com a defesa da NATO, bem como os investimentos previamente anunciados na segurança das fronteiras.

CBC/MS

Olivia Chow diz que a cidade deve reparar os edifícios se os senhorios não o fizerem, mas não o faz há anos

Depois de visitar recentemente um prédio de apartamentos que precisava de reparações, a presidente da Câmara de Toronto enviou uma mensagem aos senhorios: se não conseguirem reparar a sua propriedade, a cidade deve fazer o trabalho e enviar-lhes uma fatura. Os dados da cidade mostram que Toronto não exerce esse poder desde 2021. A presidente está a trabalhar para tornar a cidade mais preparada para ser poder usar esse recurso da lei, por meio de uma moção bem-sucedida no conselho municipal em maio.

Chow falou sobre a medida de execução conhecida como trabalho corretivoque a cidade tem o poder de usar ao abrigo do estatuto de normas de propriedade - enquanto se dirigia aos inquilinos de um edifício de apartamentos em Rexdale que estão a lidar com infestações de pragas, inundações crónicas e outros problemas. Mas um relatório de 2024 sobre o RentSafeTO, o programa municipal de fiscalização do arrendamento, mostra que a ferramenta tem sido utilizada com pouca frequência nos últimos anos. Foi utilizada quatro vezes em 2017, uma vez em 2018, dez vezes em 2019, uma vez em 2020 e uma vez em 2021. A ação corretiva não foi usada em 2022, 2023 ou 2024, de acordo com o ano RentSafeTO em

revisão para 2024. Chiara Padovani, do sindicato dos inquilinos de York-South Weston, diz que os locatários vêm exigindo que a cidade use seu mecanismo de fiscalização de trabalho corretivo há anos. “O que precisamos que a cidade faça é usar essa ferramenta para usar esse poder e implementar medidas corretivas quando os inquilinos vivem em condições que afectam a sua saúde e segurança”, disse Padovani. “Quando um senhorio não está a cumprir as suas responsabilidades básicas e as leis que existem para proteger os inquilinos de terem um lugar decente para viver, então a cidade tem de deixar de se armar em simpática.”

Num comunicado, a cidade afirma que o objetivo do RentSafeTO é utilizar “medidas

de execução progressivas” para conseguir o cumprimento da lei, recordando aos inquilinos que quaisquer problemas que tenham com um edifício devem ser apresentados primeiro ao senhorio. Diz que a ação corretiva é utilizada em “circunstâncias atenuantes”. Padovani diz que um exemplo perfeito da falta de aplicação da lei por parte da cidade surgiu num relatório recente do Provedor de Justiça, entregue em maio. Nele, o departamento de licenciamento e normas municipais (MLS) da cidade, responsável pela aplicação da lei, foi criticado por responder injustamente aos pedidos de ajuda dos inquilinos de um edifício que necessitava de reparações. CBC/MS

Fotos: Claudio Abreu / Francisco Pegado

José Sócrates vai a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais

O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi pronunciado para julgamento, acusado de três crimes de branqueamento de capitais.

OTribunal Central de Instrução Criminal revelou, na quarta-feira (11), a decisão instrutória do processo secundário da Operação Marquês, no qual José Sócrates respondia por seis crimes.

O antigo primeiro-ministro será julgado pela alegada prática, em coautoria, de três crimes de branqueamento de capitais, tal como o amigo e empresário Carlos Santos Silva.

Ambos estavam também acusados de três crimes de falsificação de documentos,

mas o Ministério Público (MP) reconheceu recentemente que, neste processo autónomo, os crimes em causa prescreveram. De acordo com o procurador Rosário Teixeira, os indícios da prática criminal persistem, mas o procedimento criminal encontra-se "extinto” por força da prescrição.

Este é um processo autónomo que acabou por ser separado da Operação Marquês (o processo principal). Nessa megaprocesso, cujo julgamento arranca no dia 3 de julho, o antigo primeiro-ministro será julgado por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

JN/MS

Marcelo condena ataque de extrema-direita contra ator: "Não queremos voltar a viver em ditadura"

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condenou o ataque contra o grupo de teatro "A Barraca" e, numa conversa telefónica com Maria do Céu Guerra, transmitiu solidariedade a todos os atores da companhia.

Na terça-feira, Dia de Portugal, um ator da companhia de teatro "A Barraca", Adérito Lopes, foi agredido por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para o espetáculo com entrada livre "Amor é fogo que arde sem se ver", de homenagem a Camões.

Marcelo Rebelo de Sousa "sublinhou, em particular, que em democracia há e tem de haver liberdade de pensar e exprimir o pensamento, de forma plural e sem censuras". "Essa liberdade e esse pluralismo não podem ser calados, nem sovados, por quem discorda. Vivemos em democracia e não queremos voltar a viver em ditadura", acrescenta-se, na mesma nota da Presidência da República.

Em declarações à agência Lusa, Maria do Céu Guerra contou que a agressão ocorreu cerca das 20 horas de terça-feira (10), quando os atores estavam a chegar ao Cinearte, no Largo de Santos e, junto à porta,

se cruzaram com "um grupo de neonazis com cartazes", com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes. "Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara", relatou Maria do Céu Guerra, referindo o ator em causa teve de receber tratamento hospitalar.

O público só abandonou o espaço já depois das 22 horas, acrescentou a atriz, que realçou que o sucedido só não foi pior por ter aparecido a PSP.

Imigração

Maior associação de imigrantes acusa Governo

de ceder ao Chega

A maior associação de imigrantes do país reuniu-se com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) a quem manifestou críticas às políticas para o setor e às cedências ao discurso da extrema-direita. "É uma série de cedências à extrema-direita e ao André Ventura, que cavalga de cedência em cedência deste Governo. Isso não impede o aumento do Chega e a extrema-direita vai ganhar porque o governo não se opõe”, afirmou à Lusa Timóteo Macedo, líder da Solidariedade Imigrante.

Em causa estão as novas limitações ao reagrupamento familiar que estão a ser preparadas pelo Governo português, depois de o Chega ter criticado a possibilidade do que considerou ser uma regularização em massa com a chegada de familiares dos imigrantes agora regularizados. “Se de facto queremos integração, é necessário o reagrupamento familiar”, afirmou Timóteo Macedo, salientando que os imigrantes, "quando estão sozinhos, amontoam-se em locais sem condições, porque querem mandar o dinheiro para a família nos seus países". "Mas quando as pessoas fazem o pedido de reagrupamento, começam a viver de outra forma e procuram outras soluções para ter a família” e

Animais

“já não é necessário estar a enviar dinheiro para fora”, salientou. “As famílias querem integrar-se, criam laços com a comunidade e constroem uma identidade partilhada”, considerou o dirigente da Solidariedade Imigrante, que lamenta as decisões do governo de aceitar a “retórica populista” contra os imigrantes.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, recordou, através de uma publicação no X, que uma das promessas da AD é regular o reagrupamento familiar de imigrantes, limitando-o à capacidade do país, no dia em que o Chega anunciou que iria apresentar um projeto de resolução para pedir a suspensão temporária do processo, até a situação migratória “estar resolvida”.

Na proposta, a AD comprometia-se a “regular e ajustar a abertura dos canais de entrada (já previstos na lei) para cidadãos CPLP e do reagrupamento familiar, tendo em conta a capacidade finita de integração do País e de resposta dos serviços públicos”.

O Chega reafirmou a sua oposição às políticas de reagrupamento familiar e acusou o governo de promover a entrada em massa de imigrantes.

JN/MS

PAN quer obrigar companhias a transportar animais nas cabines dos aviões

O PAN quer proibir o transporte de animais de companhia no porão dos aviões, defendendo que “não são mercadoria”, e defende que a viagem se faça na cabine “em transportadoras adequadas que garantam segurança e conforto”.

Adeputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza, Inês de Sousa Real, vai entregar no parlamento um projeto de lei que visa regular o transporte aéreo de animais e quer proibir “o transporte de animais de companhia no porão das aeronaves, salvo em situações de emergência”.

O partido quer que as companhias aéreas ofereçam “alternativas para o transporte seguro de animais na cabine, considerando o tamanho, peso e características” de cada um e que, quando o transporte não porão “se mostre absolutamente necessário”, garantam “sistemas de supervisão contínua para acompanhar as condições do animal durante o voo”, mecanismos para “intervenção rápida em caso de emergência” e a “possibilidade de informar imediatamente o detentor sobre quaisquer situações adversas que possam ocorrer com o animal durante o voo”.

O PAN recebeu no parlamento Teddy, um cão de assistência de uma criança autista de 12 anos, que foi impedido de viajar com a família na cabine, num voo da TAP do Brasil para Portugal. O cão acabou por ficar longe da menina durante quase dois meses, tendo chegado no final de maio a Portugal. Inês de Sousa Real falou com a família, a quem entregou a iniciativa, que apelidou de “Lei Teddy”. Aos jornalistas, a deputada defendeu que “os animais não são mercadoria, não faz qualquer sentido que não exista uma regulamentação da legislação que permita que as famílias, em particular, no caso dos cães de assistência, incluindo assistência emocional, viajem

com os animais na cabine”.

Inês de Sousa Real salientou que o Código Civil “reconhece que os animais são seres vivos dotados de sensibilidade” e que este ano se assinalam 30 anos da lei de proteção animal. E considerou que a legislação deve também permitir que “todos os animais de companhia, de forma, evidentemente, regulamentada, com regras, com higiene, com segurança para todos os passageiros e para os próprios animais, possam viajar na cabine com os seus detentores”.

JN/MS

Deportações

Governador republicano do Texas mobiliza Guarda Nacional contra protestos

O governador do Texas, o republicano Greg Abbott, anunciou esta quarta-feira o destacamento da Guarda Nacional estadual para “garantir a paz e a ordem” devido aos protestos contra a política de imigração da administração norte-americana. “A Guarda Nacional do Texas será enviada para pontos em todo o estado para garantir a paz e a ordem. O protesto pacífico é legal. Causar danos a pessoas ou bens é ilegal e será objeto de detenção”, afirmou Abbot.

Ogovernador do partido do presidente Donald Trump disse que a Guarda Nacional “utilizará todas as ferramentas e estratégias” para ajudar as forças policiais a manter a ordem. As forças da ordem “estão na linha da frente para manter o Texas como um estado de lei e ordem”, afirmou, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

Abbot anunciou nas redes sociais que vai assinar uma lei para garantir que as forças da ordem possam utilizar todos os meios possíveis para combater os criminosos “sem serem atacados por procuradores desonestos”. “Apoiamos os nossos agentes”, afirmou.

O anúncio foi feito perante os protestos previstos para os próximos dias contra as

Los Angeles

rusgas e deportações da agência ICE (Immigration and Customs Enforcement, serviço de alfândega e fronteiras).

Os protestos começaram nos últimos dias na Califórnia, um estado democrata, para onde Trump destacou cerca de 5000 tropas da Guarda Nacional federal e fuzileiros, por iniciativa própria.

O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, disse que a democracia estava a ser assaltada na Califórnia com o que descreveu como um “descarado abuso de poder” de Trump. “Atiçou ainda mais as chamas e fê-lo de propósito”, afirmou Newsom, referindo-se a Trump, numa breve intervenção pública após cinco dias de protestos e confrontos devido às rusgas anti-imigração.

A violência das últimas noites levou a presidente do município de Los Angeles, a democrata Karen Bass, a impor um recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00 locais em alguns quarteirões da baixa da cidade.

Trump descreveu Los Angeles como um “monte de lixo” e prometeu libertar a cidade dos criminosos.

Portugueses em Los Angeles temem deportação: "Sentimento é de terror”

Emigrantes lusos em LA temem ser deportados, mesmo os que se encontram em situação legal. Medo é generalizado.

Oclima de perseguição aos portugueses residentes em Los Angeles (LA), no estado da Califórnia, agravou-se desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu o envio da Guarda Nacional para a cidade. Apesar de não haver relatos de vítimas entre a emigração lusa no decorrer dos protestos dos últimos dias, reina a incerteza permanente em relação ao futuro.

“Os emigrantes, inclusive os que possuem Green Card [autorização de residência] e que, por isso, estão em situação legal, podem ser detidos a qualquer momento e reenviados para Portugal.

Basta que seja encontrado um pequeno pretexto, como uma simples multa antiga de trânsito, para a ordem ser dada”, descreve ao JN Ana Rita Guerra, jornalista residente há 11 anos em LA.

“O sentimento dentro da comunidade é de terror. Já ninguém escapa, mesmo quem é cumpridor da lei”, continua. E os relatos somam-se dia após dia. “Audiências normais terminam em situações de risco, com as pessoas inesperadamente expulsas para o país de origem ou enviadas para presídios durante dois ou três meses”, acrescenta.

Também começam a chover exemplos de quem esteja a adiar, ou mesmo anular, períodos de férias em Portugal por “temer que no regresso lhes seja impedida a entrada nos EUA”, conta ainda a jornalista.

Ana Rocha, portuguesa que vive, igualmente, num condado de Los Angeles, relata “rusgas sem regra, ao estilo militar, muitas vezes com carrinhas e agentes à paisana”.

As operações decorrem “em locais de trabalho e, inclusive, em escolas”, com

imigrantes levados de forma indiscriminada. “Não apenas são detidos os ilegais, basta que não apresentem na hora prova de cidadania”, diz esta diretora de serviços criativos. “Sou residente legal e passei a andar sempre com o meu Green Card, para o caso de ser abordada”, exemplifica.

O receio sentido pela comunidade portuguesa em LA e na Califórnia não é exemplo único nos EUA.

Nos restantes estados, o sentimento é idêntico. “Não só há quem tenha receio de voar para Portugal por recear não obter depois autorização para voltar ao país, como há mesmo quem evite ao máximo sair de casa para não correr o risco de ser detido e deportado”, relata ao JN Nelson Tereso, advogado luso-americano que conhece bem a realidade da nação liderada por Donald Trump.

“São comuns situações de emigrantes que vivem nos EUA há duas ou três décadas, alguns até há mais tempo, que formaram família, trabalham, pagam as suas contribuições e impostos e que, mesmo assim, permanecem ilegais”, aponta. “São esses os que manifestam mais preocupações e que alteraram o seu estilo de vida habitual”, acrescenta.

Os casos de perseguição à comunidade lusa atingiram níveis “nunca dantes vistos”.

Uma das situações mais recentes aconteceu em Newark, em Nova Jérsia, onde agentes da US Immigration and Customs Enforcement’s (ICE), a agência federal de imigração, “invadiram uma peixaria gerida por portugueses e detiveram todos os que se encontravam no interior, inclusive um veterano da guerra no Iraque”. Nelson Tereso garante que o ambiente é de “preocupação geral”.

MUNDO

Condenação

Tribunal russo condena à revelia ex-colaborador de Alexei Navalny

Um tribunal militar russo condenou a 18 anos de prisão à revelia Leonid Volkov, antigo colaborador do opositor Alexei Navalny.

Volkov, que vive no exílio no estrangeiro desde 2019, foi considerado culpado por criar uma organização extremista, "reabilitar o nazismo" e divulgar informações falsas sobre o Exército russo, disse o tribunal, citado pela agência de notícias oficial TASS. Alexei Navalny, opositor ao regime de Vladimir Putin, morreu em fevereiro de 2024 num estabelecimento prisional no Ártico russo em circunstâncias que não foram devidamente esclarecidas. As organizações criadas por Navalny foram desmantela-

EUA

das e consideradas ilegais em 2021, tendo a maioria dos dirigentes fugido do país ou sido presos. Leonid Volkov, 44 anos e apontado como "agente estrangeiro" na Rússia, era uma das figuras mais conhecidas do movimento de Alexei Navalny. Volkov dirigia a Fundação Anti-Corrupção, uma das organizações que investigava o estilo de vida e as alegadas irregularidades da elite política russa. Desde a invasão em grande escala contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades russas têm reprimido sistematicamente qualquer crítica pública ao conflito, ao qual se opõem particularmente os antigos colaboradores de Alexei Navalny, com multas, ameaças e penas de prisão.

JN/MS

Musk lamenta ter ido longe demais nas suas críticas a Trump

O multibilionário Elon Musk lamentou “ter ido longe demais” em algumas das suas publicações contra o seu antigo aliado Donald Trump, poucos dias depois da acesa discussão pública entre ambos. "Lamento algumas das minhas publicações sobre o presidente (...) na semana passada. Foram longe demais", disse Musk na rede social X.

Elon Musk deu o primeiro passo no final da semana passada ao apagar um "post" no X publicado no auge da polémica com o presidente norte-americano, no qual o acusava de estar envolvido no caso Jeffrey Epstein, nome de um financeiro acusado de exploração sexual de menores. Outras publicações escritas ou partilhadas por Elon Musk, incluindo uma que pedia o "impeachment" de Donald Trump, também foram apagadas. Elon Musk não especificou a que publicações se referia. Os dois homens, que foram muito próximos durante a campanha de Donald Trump e no início do seu segundo mandato, entraram em atrito público, tanto a nível profissional como pessoal. Musk e Trump entraram em tensão devido ao projeto de orçamento dos EUA apelidado de “Grande e Bela Proposta”, que o Congresso estima

que aumentará a dívida do país em 2,4 biliões de dólares na próxima década. Musk afirmou que aprovação do projeto de lei pela câmara baixa do Congresso prejudicou o seu trabalho como conselheiro de Trump e líder do designado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado pela atual administração para reduzir o desperdício de fundos federais.

Antes das acusações nas redes sociais, o proprietário da Tesla e do X despediu-se do seu cargo de funcionário temporário da administração, numa cerimónia na Sala Oval em que ele e Trump se elogiaram mutuamente.

JN/MS

LIGA DAS NAÇÕES

Felicidade portuguesa nas asas de Nuno Mendes e nas luvas de Diogo Costa

Seleção das quinas conquista pela segunda vez a Liga das Nações, com vitória dramática sobre os espanhóis. “La Roja” esteve duas vezes a ganhar, mas Portugal reagiu a preceito. No desempate por penáltis, a eficácia lusitana foi total.

Foi uma noite de glória para Portugal. A Liga das Nações não é um Europeu ou um Mundial, mas a vitória sobre a Espanha foi tão saborosa como noutra ocasião qualquer. A seleção lusa teve de lidar com um adversário muito difícil, reagiu duas vezes a desvantagens no marcador e no desempate por penáltis não podia ter sido mais eficaz, convertendo as cinco, enquanto os espanhóis viram Diogo Costa defender o disparo de Morata.

Voltando ao princípio, Roberto Martínez insistiu na ideia peregrina de colocar João Neves como defesa-direito e deu-se mal. Mesmo com algum apoio de Francisco Conceição (outra novidade no onze

português, tal como Vitinha), foi pelo lado de Neves que a Espanha mais atacou, com Nico Williams a aproveitar a desadaptação do médio do PSG para criar perigo sucessivo. Aos 21 minutos, “La Roja” abriu o marcador, num lance confuso em que Rúben Dias, atrapalhado por Oyarzabal (em aparente fora de jogo) e João Neves não conseguiram tirar a bola da área, antes de Zubimendi rematar com êxito.

Portugal não demorou a reagir e foi pelos pés daquele que seria o melhor jogador em campo a restabelecer o empate. Cinco minutos depois do golo espanhol, Nuno Mendes teve uma daquelas arrancadas imparáveis e disparou sem hipóteses para Unai Simón, numa jogada em que “nuestros hermanos” pediram, sem razão, um offside anterior de Ronaldo.

A vantagem espanhola surgiu de novo em cima do intervalo e é justo dizer que a equipa de Luis de la Fuente fez por merecê-la. Mesmo com a estrela Lamine Ya-

mal bem vigiada por Nuno Mendes, a bola esteve constantemente nos pés dos campeões europeus e foi com naturalidade que Oyarzabal, assistido de forma brilhante por Pedri, rematou para as redes lusas. Martínez emendou a mão no regresso das cabinas, apostou em Nélson Semedo para o lugar de João Neves (coincidência, ou não, Williams nunca mais fez miséria no flanco), reforçou o miolo com Rúben Neves e Portugal equilibrou o jogo. A posse de bola da Espanha tornou-se mais inócua e a seleção lusa acabou por chegar outra vez à igualdade: aos 61 minutos, nova investida de Nuno Mendes e, na única vez em que se libertou da marcação, Ronaldo desviou para o 2-2 com a classe e a qualidade que os 40 anos não apagam. O resto dos 90 minutos regulamentares teve pouco perigo (Diogo Costa e Simón só foram chamados à ação uma vez, travando tiros de Pedri e Bruno Fernandes) e os instantes finais trouxeram uma lesão

a Cristiano Ronaldo, que o obrigou a sair, embora sem o drama da célebre final do Euro 2016.

No prolongamento, com Rafael Leão a subir de produção depois de ter entrado a meio do segundo tempo a substituir Bernardo, Portugal começou por ser mais forte. Acusando um cansaço que depois não se confirmaria, os espanhóis falharam finalmente alguns passes e a seleção lusa aproveitou para criar perigo. Na melhor oportunidade, Semedo não foi capaz de marcar o golo que podia ter impedido os penáltis, destino inevitável para um duelo menos interessante no tempo extra. No desempate, a festa foi lusitana. Gonçalo Ramos, Vitinha, Nuno Mendes, Bruno Fernandes marcaram, Diogo Costa travou o remate de Morata e Rúben Neves, com a taça à mercê, atirou para o sítio certo. JN/MS. Fotos DR

Nuno Mendes:

“Temos muita qualidade e acho que temos tudo para fazer um grande Mundial”

Nuno Mendes, melhor jogador da final four da Liga das Nações, mostrou-se orgulhoso pelo título, descartou a Bola de Ouro e revelou estar confiante para o Mundial.

Num ambiente de grande festa e união com o povo português, Bruno Fernandes e Bernardo Silva trouxeram a taça para o meio do povo para partilhar a conquista.

Cristiano Ronaldo agradece apoio após a conquista da Liga das Nações

Cristiano Ronaldo, capitão da seleção portuguesa, deixou uma mensagem aos adeptos: "Sem o vosso apoio nada seria possível. Os melhores", pode ler-se.

Anoite de domingo foi de festa para a nação portuguesa. Num duelo ibérico, a seleção nacional superou a favorita Espanha (5-3) para arrecadar o segundo título da Liga das Nações, fazendo explodir a festa em tons de ver-

JN/MS

Nuno Mendes, melhor jogador da final four, prestou algumas declarações à comunicação social e mostrou-se "feliz pelo título". "Agora tenho de descansar porque tenho mais jogos para disputar", começou por dizer, antes de falar da possibilidade de concorrer à Bola de Ouro. "Não, não, eu jogo o meu futebol e há jogadores que estão mais próximos da Bola de Ouro. Não me foco muito nisso", afirmou o lateral esquerdo do PSG, perspetivando, por fim, a participação no Mundial após uma campanha de grande nível das Quinas na Liga das Nações. "Acho que todos que participam são candidatos a ganhar. Nós, como é óbvio, temos uma seleção muito boa e queremos ganhar. Temos muita qualidade e acho que temos tudo para fazer um grande Mundial", rematou.

Um adepto morreu durante a final da Liga das Nações entre Portugal e Espanha depois de cair da bancada para a zona de imprensa.

Um adepto caiu de uma das bancadas do Allianz Arena para a zona de imprensa, o setor abaixo do qual se encontrava, durante a primeira parte do prolongamento do encontro. Gerou-se um enorme aparato e a pessoa foi assistida pela Proteção Civil, bombeiros e Polícia, não tendo resistido aos ferimentos.

Falando aos jornalistas, o português Bernardo Silva começou por dar os pêsames à família. "Antes de mais, soube agora que morreu alguém, se não me engano do terceiro para o segundo piso. Os meus pêsames para a família, que é trágico. É sempre muito triste uma notícia destas num dia tão bonito", disse, ao Canal 11.

Luís de la Fuente, selecionador da Espanha, também manifestou os sentimentos à família da vítima.

JN/MS

de, amarelo e vermelho pelo país e um pouco por todo o mundo.

Depois das celebrações, Cristiano Ronaldo, capitão da seleção, que, inclusive, marcou um golo na final, deixou uma mensagem esta segunda-feira para todos os adeptos, acompanhada de uma foto da comitiva portuguesa com o troféu: "Sem o vosso apoio nada seria possível. Os melhores", escreveu. A Bola/MS

Pedro Proença:
“Habituem-se porque vamos continuar a ganhar”

Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, congratulou todos os envolvidos na conquista, depositou confiança em Martínez e deixou a garantia que o futuro continuará a ser vitorioso.

Num pequeno discurso na Cidade do Futebol, em Oeiras, Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), começou por destacar a importância de toda a gente para o êxito. “As primeiras palavras vão para esta geração de jogadores extraordinária. Depois, permitam-me também nesta altura e porque fomos recebidos pela verdadeira família do futebol, a estes imensos funcionários anónimos que de forma abnegada sentem como ninguém estas nossas vitórias. Portanto, esta vitória também vai para todos

vocês e estas seleções maravilhosas que servem de referência para o que queremos fazer na Federação Portuguesa de Futebol. O futebol português, a comunidade, os clubes e o movimento associativo estão de parabéns", começou por dizer, antes de se dirigir a uma pessoa em particular. "Mantive-me calado e discreto nestes últimos meses, mas fui vivendo com uma pessoa única, que sempre soube o papel que iria desempenhar com esta seleção e onde iria terminar. Permitam-me individualizar esta vitória e que deem uma salva de palmas muito forte ao mister Martínez”, acrescentou, terminando por traçar o futuro. “Chegámos há muito pouco tempo, mas há uma coisa que queria dizer aos portugueses. Nós vamos manter este registo. Habituem-se porque vamos continuar a ganhar”, rematou. JN/MS

Creditos: DR
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Creditos: DR

MUNDIAL 2026

Brasil e Equador garantem vaga no Mundial 2026

Brasil e Equador juntaram-se à Argentina entre as seleções sul-americanas já apuradas para o Mundial de 2026.

Aseleção brasileira, comandada por Carlo Ancelotti, carimbou a sua 23.ª presença com uma vitória por 1-0 frente ao Paraguai, graças a um golo de Vinícius Júnior. Já o Equador assegurou a qualificação com um empate a zero no Peru, garantindo a quinta participação da sua história.

Com 25 pontos, Equador e Brasil ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente, atrás da líder Argentina, que soma 35 e já tinha garantido o apuramento. Uruguai e Paraguai seguem logo atrás, ainda na luta.

Colômbia, sexta classificada, empatou 1-1 com a Argentina e está próxima da qualificação direta. Venezuela, Bolívia e outras seleções ainda disputam o sétimo lugar, que dá acesso ao play-off intercontinental.

Com estas duas novas vagas preenchidas, são agora 10 as seleções já qualificadas: Argentina, Brasil, Equador, Austrália, Coreia do Sul, Irão, Japão, Jordânia, Uzbequistão e Nova Zelândia.

O Mundial 2026 será disputado de 11 de junho a 19 de julho, no Canadá, Estados Unidos e México.

MS

3 apurados e o estado atual da qualificação

Portugal ainda não iniciou a qualificação, mas já há 13 seleções com presença garantida no Mundial 2026. Na última madrugada, Brasil e Equador juntaram-se a Estados Unidos, México, Canadá (organizadores), Japão, Nova Zelândia, Irão, Argentina, Uzbequistão, Coreia do Sul, Jordânia e Austrália.

Até ao final do ano, mais 29 seleções serão apuradas. As últimas seis vagas, via play-offs, serão definidas em março de 2026. Veja como está a corrida ao Mundial, confederação a confederação.

EUROPA

A qualificação começou em março para os grupos com cinco seleções. Os grupos com quatro — incluindo Portugal — arrancam em setembro e terminam em novembro (seis jornadas). Os 12 vencedores qualificam-se diretamente. Os 12 segundos classificados e quatro vencedores da Liga das Nações disputam os quatro últimos lugares europeus em play-offs, em março.

AMÉRICA DO SUL

A fase sul-americana termina em setembro. Argentina, Brasil e Equador já estão apurados. Uruguai e Paraguai estão a um ponto do apuramento. Os seis primeiros qualificam-se diretamente; o sétimo vai ao play-off intercontinental.

ÁFRICA

Disputadas seis das 10 jornadas. Apenas o vencedor de cada um dos nove grupos se qualifica. Os quatro melhores segundos disputarão um play-off por um lugar no play-off intercontinental. Em setembro haverá jornada dupla; tudo termina em outubro.

ÁSIA

A terceira fase terminou esta terça-feira. Já estão apurados: Irão e Uzbequistão (Grupo A), Coreia do Sul e Jordânia (Grupo B), Japão e Austrália (Grupo C).

Os 3.º e 4.º de cada grupo seguem para a quarta fase. Os vencedores dos dois novos

grupos garantem vaga direta. Os dois segundos jogam um play-off em novembro para decidir o representante asiático no play-off intercontinental.

CONCACAF

Com EUA, México e Canadá apurados como anfitriões, restam três vagas diretas. A segunda fase terminou esta madrugada; 12 seleções avançam.

Divididas em três grupos de quatro, jogam em setembro, outubro e novembro. Os vencedores qualificam-se; os dois melhores segundos vão ao play-off intercontinental.

OCEÂNIA

A Oceânia tem pela primeira vez uma vaga direta, conquistada pela Nova Zelândia ao vencer a Nova Caledónia. Esta última vai disputar o play-off intercontinental.

PLAY-OFF INTERCONTINENTAL

A FIFA reservou duas vagas para play-offs intercontinentais. Seis seleções (nenhuma da Europa, duas da Concacaf) disputam em março de 2026. As duas com melhor ranking avançam para as finais. As restantes jogam meias-finais. Os dois vencedores garantem vaga no Mundial, juntando-se aos quatro vindos do play-off europeu.

O famoso quarterback da NFL, Aaron Rodgers, voltou a ser tema nas redes sociais — desta vez, não por causa do futebol americano, mas sim por um vídeo que se tornou viral onde ele participa numa cerimónia de ayahuasca no Brasil.

O vídeo mostra Rodgers vestido de forma descontraída, rodeado por participantes, enquanto ingere a bebida tradicional amazónica. A cerimónia, associada a experiências espirituais e de autoconhecimento, gerou reações mistas online — desde memes hilariantes até críticas sobre segurança e saúde.

Apesar de tudo, Rodgers já tinha mencionado anteriormente que o uso de ayahuasca o ajudou a lidar com questões emocionais e a melhorar o seu desempenho profissional, incluindo temporadas de destaque na NFL.

O vídeo reacendeu debates sobre atletas de alto nível e o uso de substâncias psicodélicas, especialmente em contextos rituais. Também levantou questões sobre o seu futuro nas ligas, uma vez que a NFL tem regras rigorosas sobre substâncias — embora a ayahuasca, por ser usada em contexto religioso, nem sempre entre na lista de substâncias proibidas.

MS

TÉNIS

Carlos Alcaraz vence Roland Garros pelo segundo ano seguido

O tenista espanhol Carlos Alcaraz conquistou pela segunda vez consecutiva Roland Garros, depois de derrotar o italiano Jannik Sinner, líder do ranking mundial, na final do torneio parisiense do Grand Slam.

Carlos Alcaraz revalidou o título de Roland Garros, segundo torneio do Grand Slam da temporada, e conquistou o quinto major da carreira, após

bater o número um mundial, Jannik Sinner, na final em Paris. Num longo e emocionante encontro a encerrar a quinzena do torneio francês, na catedral da terra batida, acabou por vencer o segundo classificado do ranking ATP em cinco sets, com os parciais de 4-6, 6-7 (4-7), 6-4, 7-6 (7-3) e 7-6 (10-2), ao fim de cinco horas e 29 minutos. Pela primeira vez na carreira, o jovem natural de Múrcia, de 22 anos, conseguiu recuperar de uma desvantagem de dois sets

a zero para alcançar o triunfo e logo diante do italiano, que inclusivamente dispôs de três match points na quarta partida para se estrear a ganhar a Taça do Mosqueteiros. Depois de Sinner, de 23 anos, ter entrado melhor em jogo no court Philippe-Chatrier e ter sido superior nas duas primeiras partidas, Alcaraz conseguiu reduzir os erros não forçados e encontrar soluções para contrariar a até então maior solidez e consistência do adversário, recorrendo sobretudo a uma demolidora e eficaz direita cruzada, averbando assim o terceiro set. Obrigado a vencer a quarta partida para manter em aberto a possibilidade de defender o título, o espanhol viu-se novamente em desvantagem no sétimo jogo, após sofrer o ‘break’, mas encontrou forma de anular três ‘match points’ quando servia com 3-5 e 0-40 no marcador. Sinner não concretizou e o detentor de quatro títulos do Grand Slam empurrou, depois de um bem-sucedido ‘tie break’, a decisão da 124.ª edição de Roland Garros para a derradeira partida. Motivado pelo público que encheu as bancadas do ‘court’ principal do complexo de ténis de Porte d’Auteuil e em melhores condições físicas, Carlos Alcaraz fez o ‘break’ de entrada e, apesar de Sinner ter voltado a empatar no 10.º jogo (5-5), elevou o nível no super tiebreak, com jogadas a roçar a perfeição, celebrando assim a revalidação do título parisiense.

Naquela que foi a primeira vez em que os dois tenistas se defrontaram no decisivo encontro de um torneio do Grand Slam, Carlos Alcaraz e Jannik Sinner bateram a final mais longa de Roland Garros, discutida pelo sueco Mats Wilander e o argentino Guillermo Vilas, em 1982.

Consumada a vitória no pó de tijolo parisiense, o espanhol tornou-se no nono tenista masculino na Era Open a recuperar de dois sets abaixo numa final de um ‘major’, juntando aos troféus de Wimbledon, em 2023 e 2024, e do Open dos Estados Unidos, em 2022, os dois de Roland Garros, em 2024 e 2025.

JN/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

Lewandowski afasta-se da seleção polaca enquanto Probierz for selecionador

O avançado Robert Lewandowski, o futebolista com maior número de internacionalizações e de golos marcados pela Polónia, anunciou esta segunda-feira o afastamento da equipa nacional enquanto Michal Probierz ocupar o cargo de selecionador. “Atendendo às circunstâncias e à perda de confiança no selecionador polaco, decidi retirar-me da seleção nacional enquanto [Probierz] permanecer em funções. Espero poder ter oportunidade de voltar a jogar para os melhores adeptos do mundo”, indica a conta oficial de Lewandowski na rede social X.

Na base do conflito com Probierz está a decisão do treinador polaco de nomear o médio Piotr Zielinski capitão da equipa nacional, substituindo de Lewandowski, em resposta ao pedido de dispensa dos jogos com a Moldova e a Finlândia feito pelo veterano avançado.

O jogador do FC Barcelona, de 36 anos, alegou cansaço extremo para ser dispensado do encontro particular com os moldavos, que a Polónia ganhou por 2-0, e do embate com os finlandeses, de apuramento para o Mundial de 2026.

A reação pública da federação polaca surgiu através de um breve comunicado, no qual informava que Zielinski foi nomeado novo capitão da seleção e que Probierz tinha informado, pessoalmente, Lewandowski, autor de 85 golos pela equipa nacional, em 158 jogos.

JN/MS

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Alcaraz esgotado no final. Foto: Mohammed Badra/EPA

BOXE

Campeão mundial de pesos pesados convida Trump a viver na sua casa na Ucrânia para entender guerra

O campeão mundial de pesos pesados, Oleksandr Usyk, ofereceu a Donald Trump a hipótese de viver na sua casa, numa tentativa de ajudar o presidente dos Estados Unidos a compreender a guerra na Ucrânia.

Trump tinha prometido resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia "em 24 horas" se fosse eleito presidente. No entanto, a invasão russa ainda não teve fim desde que Trump regressou à Casa Branca. O pugilista ucraniano Usyk, que tem sido um incansável defensor da paz no seu país, acredita que Trump precisa de ter uma visão mais clara da situação se quiser encontrar uma solução para a crise. O atleta de 38 anos pediu ao presidente que se junte a ele na sua casa na Ucrânia para ver pessoalmente os danos causados pela guerra. "Aconselho o presidente norte-americano, Donald Trump, a vir à Ucrânia e a viver na minha casa durante uma semana", disse Usyk à "BBC Sport" no domingo. "Só uma semana. Dou-lhe a minha

NATAÇÃO

casa. Viva, por favor, na Ucrânia e veja o que acontece todas as noites. Todas as noites há bombas e voos sobre a minha casa. Bombas, rockets. Todas as noites. Já chega".

Trump entrou em choque com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky durante uma polémica reunião de cimeira no Salão Oval, em fevereiro. O presidente norte-americano avisou o seu homólogo ucraniano para demonstrar mais gratidão pela ajuda americana nas negociações de paz antes de lhe dizer para abandonar a Casa Branca.

Usyk, que venceu todos os seus 23 combates profissionais, está atualmente num campo de treino para se preparar para uma desforra com o campeão da IBF, Daniel Dubois, no dia 19 de julho, em Wembley. Poré, o campeão de pesos pesados da WBC, WBA e WBO disse que a guerra nunca está longe da sua mente. "Preocupo-me com o que acontece no meu país. "É muito mau porque morreram ucranianos", disse. "Não são só militares, crianças, mulheres, avós e avôs também."

JN/MS

SURF

«É o melhor dia da minha vida!»

A portuguesa Francisca Veselko venceu o Newcastle Surfest, na Austrália, primeira etapa das Challenger Series da Liga Mundial de Surf (WSL), com Teresa Bonvalot em terceiro e Yolanda Hopkins em quinto.

«Estou sem palavras. Isto é o melhor dia da minha vida. Trabalhei muito para conseguir estar aqui, mas isto é uma maratona e o meu sonho é chegar ao World Tour. Foi incrível, sobretudo, por ter estado na final com alguém como a Sally Fitzgibbons, que é um exemplo e uma lutadora», disse a surfista.

A surfista de 22 anos superou na final a australiana Sally Fitzgibbons, conseguindo 14,60 pontos, enquanto a sua rival se ficou pelos 12,20, numa decisão que colocou frente a frente duas antigas campeãs mundiais de juniores. Com este triunfo, Kika, assumiu a liderança do ranking feminino do circuito que define as vagas de acesso ao circuito mundial do próximo ano.

O circuito Challenger Series segue, agora, para a África do Sul. De 30 de junho a 06 de julho, Ballito recebe a segunda de sete etapas da temporada. Em jogo estão 10 vagas masculinas e sete femininas para o World Tour de 2026, onde existirá um alargamento do circuito feminino para 24 surfistas.

Em bom plano esteve também Teresa Bonvalot, que acabou a prova no terceiro posto, ao ser derrotada por Sally Fitzgibbons nas meias-finais, depois de ultrapassar a japonesa Amuro Tsuzuki na ronda anterior.

Já Yolanda Hopkins acabou a competição no quinto lugar, depois de ser batida pela campeã europeia Tya Zebrowski nos quartos de final.

Em masculinos masculina, onde os portugueses Afonso Antunes e Frederico Morais não passaram da segunda ronda, foi vencida pelo australiano Jacob Willcox, depois de superar na final o francês Kauli Vaast, campeão olímpico em título. A Bola/MS

Summer McIntosh bate três recordes mundiais em cinco dias

Summer McIntosh está imparável! A canadiana bateu o recorde mundial dos 400 estilos que agora passou a ser de 4.23,65 minutos, retirando à anterior marca que já lhe pertencia 0,73 segundos. Mais, naquela que é considerada uma das distâncias mais difíceis da natação, a adolescente deixou a concorrência direta a 12 segundos!

OCanadá está louco de entusiasmo com Summer que, em cinco dias, já bateu três recordes mundiais durante o evento de seleção para os Mundiais de Singapura, que se realizam entre 11 de julho e 3 de agosto. «Eu sabia que esta noite podia conseguir fazer uma coisa especial, acho que foi o melhor meeting da minha carreira!» disse McIntosh, no final. «Os recordes mundiais são feitos para serem batidos. Quando eu deixar a natação, quero ter certeza de que as marcas que ficam foram as mais rápidas e as melhores», acrescentou. «Isto faz-me continuar, porque sei que sempre haverá uma próxima geração a perseguir os recordes. Por isso,

tenho de lhes dar o meu melhor para ver quanto tempo aguenta», disse divertida depois de ser a primeira nadadora a bater o recorde mundial em três provas individuais diferentes num evento, desde 2008 quando Michael Phelps cometeu a mesma proeza nos Jogos Olímpicos de Pequim. A nadadora que se sagrou campeã olímpica em Paris2024 nos 200 mariposa e 200 e 400 estilos, bateu no sábado (7) o recorde mundial dos 400 metros livres (3.54,18 minutos), retirando-o à australiana Ariarne Titmus (3.55,38) e dois dias depois, na segunda-feira (9), superou a marca dos 200 metros estilos (2.05,70 minutos), que estava na posse da húngara Katinka Hosszu (2.06,12) desde os Mundiais de 2015. Summer ainda vai entrar na água nos 200 m livres e ninguém arrisca o que poderá fazer.

Certo é que depois dos Mundiais de Singapura, a canadiana vai mudar-se para Austin, no estado norte-americano do Texas, para começar a trabalhar com Bob Bowman, o treinador de Michael Phelps. A Bola/MS

Creditos:

O desempenho de Miguel Oliveira no Grande Prémio de Aragão foi prejudicado por uma avaria mecânica (bloqueio da roda dianteira da moto) que impediu o piloto da Pramac Yamaha de alcançar melhor do que a 15.ª posição, com que terminou a corrida principal da oitava ronda do campeonato. «Sentimos, mais ou menos, os problemas que o Jack [Miller] teve. Também senti vibrações do lado direito, especialmente nas entradas das curvas 3 e 13», referiu Miguel Oliveira, que diz que a anomalia na roda da Yamaha afetou o seu rendimento principalmente nas primeiras voltas, em que chegou a descer ao 19.º posto, depois de largar da 18.ª posição.

«O maior problema foi o bloqueio da frente nas fases inicial e intermédia da corrida, e a forma como a moto se comportava de forma desequilibrada entre o depósito cheio e vazio», referiu. «Foi mesmo difícil manter a moto em pista nas primeiras 10 voltas. Quando o nível de combustível começou a baixar, as coi-

sas tornaram-se ligeiramente mais fáceis», disse o piloto, que cortou a meta a 27,122 segundos do vencedor, Marc Márquez (Ducati), que deixou o irmão Alex Márquez (Ducati) na segunda posição, a 1,107 segundos, com o italiano Francesco Bagnaia (Ducati) em terceiro, a 2,029.

Apesar das melhorias ligeiras, o piloto da Prima Pramac reconhece que ainda há trabalho pela frente para conseguir lutar por melhores posições. «Ainda temos muito por fazer. Vamos concentrar-nos em algumas áreas-chave que identificámos como prioritárias, sobretudo a volta rápida, onde temos tido bastantes dificuldades», concluiu.

Oliveira somou o primeiro ponto desde que regressou de lesão e tem três no Mundial de pilotos, ocupando a 23.ª posição.

A liderança pertence ao espanhol Marc Márquez (Ducati), que venceu ambas as corridas do GP de Aragão, totalizando 233 pontos.

A próxima ronda será o GP de Itália, de 20 a 22 de junho.

A Bola/MS AUTOMOBILISMO

Ricardo Gomes, piloto de Braga, esteve em destaque no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, ao conquistar duas vitórias na categoria GT4 do Campeonato Espanhol de GT, ao volante de um BMW M4 GT4.

Ricardo Gomes, que fez dupla com o piloto Luís Rocha, destacou o papel da equipa Monteiros Competições no sucesso do fim de semana, ao "responder com eficácia a alguns problemas técnicos que surgiram ao longo do fim de semana, garantindo o rápido regresso do carro à pista e a competiti-

vidade necessária para vencer ambas as provas."

O piloto de Braga agradeceu, ainda, o apoio dos seus patrocinadores, JetStand e Tecniwood, cujo contributo tem sido fundamental para o desenvolvimento e continuidade deste projeto no panorama internacional do automobilismo.

Com uma presença promissora, Ricardo Gomes segue determinado a lutar pelo título no Campeonato Espanhol de GT4, apostando em elevar a bandeira portuguesa ao mais alto nível nesta competição internacional.

JN/MS

Playing overseas wasn’t notable — just 38.7 percent shooting and modest stats — but what he gained was a renewed understanding of the NBA’s harsh realities. For non-stars, especially those without guaranteed contracts, losing your spot can mean falling out of the league entirely. Life abroad teaches humility, professionalism, and the fight needed to claw back into the

cial,” Green admitted in 2015. “Some of the most talented players don’t even make it. I had to outwork everyone.”

We don’t yet know whether Lonnie Walker IV gained similar insight from his time with Zalgiris Kaunas. His EuroLeague numbers were rough, and like Green, he shot 38.7 percent. But it’s not clear he needed to reinvent his game. Maybe it was more about refining his mindset. The former Spurs first-rounder has always had the tools to be a long-term NBA contributor. He’s just lacked a stable home, bouncing between three franchises in Walker closed last season with the Philadelphia 76ers and performed reasonably well. However, the team’s guard rotation is already packed with younger, high-investment players like Tyrese Maxey, Jared McCain,

www.cardinalfuneralhomes.com

100 Anos

Retribuindo.

Ao celebrarmos o nosso 100º aniversário, a Cardinal Funeral Homes orgulha-se de apoiar o futuro da nossa comunidade com um donativo de 100.000 dólares à Magellan Community Foundation, ajudando a dar vida a uma nova unidade de cuidados continuados dedicada a servir a comunidade luso-canadiana com dignidade e compaixão.

Convidamo-lo a juntar-se a nós, neste importante trabalho, através do Cardinal Matching Gift Challenge: durante a Portugal Week, cada dólar doado será igualado pelo Cardinal.

Quentin Grimes, and likely a top-3 pick such as Ace Bailey or VJ Edgecombe. It wouldn’t be surprising if Philly lets Walker go. If they do, Toronto should pounce. Despite the underwhelming EuroLeague stint, Walker’s NBA résumé remains solid. Averaging 10 points in just 20 minutes per game for his career, he’s a proven bench scorer with elite athleticism and strong shooting from deep. Since 2020, he’s shot 49 percent or better on drives while averaging 4.0+ drives per game — a threshold no Raptor hit last season. That kind of efficient rim pressure off the bench is both rare and valuable.

Walker has always had the physical tools but struggled with shot selection. He’s historically favored tough mid-range looks over easier rim attempts. Sound familiar? Green had similar habits before his time overseas. Perhaps Walker’s EuroLeague experience can lead to a similar transformation — recognizing that simplicity and efficiency trump flash in a complementary NBA role.

If Walker accepted a lower usage role (15–20%), he could outplay someone like Ochai Agbaji in Toronto’s rotation. Agbaji was efficient last season, but the Raptors’ offense was worse with him on the floor. Walker, with his burst and finishing ability, could provide a much-needed scoring jolt alongside creators like Scottie Barnes and Brandon Ingram.

Should the Sixers decline Walker’s team option, he’d likely be available for a veteran minimum deal. Toronto might need to guarantee the contract to lure him north, but the risk is minimal. For a team light on shot creation, bringing in a 26-year-old with scoring punch and NBA experience is simply smart business.

Raptors may look to target Lonnie Walker IV SORRIR

Na Rusholme Family Dentistry, temos orgulho em aceitar o novo Plano Canadiano de Cuidados Dentários (CDCP), tornando os cuidados dentários de qualidade mais acessíveis para si e para a sua família. Sabia que o CDCP também cobre os serviços prestados pelo nosso Técnico de Prótese Dentária?

A nossa equipa dedicada inclui especialistas em Cirurgia Oral, Endodontia, Ortodontia e Prótese Dentária, garantindo cuidados completos num só local. Marque já a sua consulta e descubra a diferença que uma equipa experiente

Visite-nos nas festividades da Portugal Week, onde estaremos ao lado da Magellan, a aceitar donativos e a oferecer uma cabine fotográfica gratuita para celebrar o espírito de comunidade. Juntos, podemos construir algo duradouro.

Is Jonathan Toews an option for the Leafs

Nearly a decade ago, Jonathan Toews was perched firmly atop the hockey world. On June 15, 2015, the Chicago Blackhawks defeated the Tampa Bay Lightning in Game 6 of the Stanley Cup Final, and Toews, as team captain, hoisted the Stanley Cup for the third time in six years. At just 27 years old, Toews already had a resume most players only dream of: three Stanley Cups, a Conn Smythe Trophy, two Olympic gold medals, and recognition as the best forward at the 2010 Vancouver Olympics. He was also a proud member of the prestigious Triple Gold Club, having captured a World Junior Championship title in 2007 — a tournament remembered for his legendary shootout performance against Team USA in the semifinal.

From the time he was drafted third overall by Chicago in 2006 through that 2015 Cup win, Toews had seemingly done it all. He was the face of a modern dynasty and widely regarded as one of the game’s most complete players and respected leaders.

But time and circumstance have reshaped the story. Now 37, Toews is eyeing a return to the NHL after several challenging years. Between 2016 and 2023, the

BASETBALL

Blackhawks managed only seven playoff wins. Toews missed the entire 2020-21 season due to Chronic Inflammatory Response Syndrome and struggled with lingering effects of long COVID during the 2022-23 campaign, which turned out to be his last in a Chicago uniform. In the fall of 2023, he shared photos of a spiritual journey to India, calling it part of a “healing journey.”

Now, eight months later, Toews has confirmed his intention to return to the NHL for the 2025-26 season. Naturally, questions arise: What can he still offer after two years away from the world’s toughest league? Can a player in his late 30s contribute meaningfully after so much time off?

There is, however, a recent case study that offers hope. Gabriel Landeskog — also a captain and Stanley Cup champion — is set to return to the Colorado Avalanche after nearly three seasons away due to injury. While Landeskog is younger and his challenges were more physical than systemic, his comeback offers a source of optimism for Toews and any team willing to take a chance on him.

One such team could be the Toronto Maple Leafs. If John Tavares isn't resigned, they’ll have a pressing need at centre. Even if he returns, the idea of shifting Tavares to the wing — something

Quite simply, the Jays are rolling

The Toronto Blue Jays are enjoying one of their best stretches in recent memory, possibly their most impressive since 2023—or even earlier. What makes this run stand out isn’t just the

win-loss column—it’s the way the team is doing it. Their recent games are a testament to their depth and resilience. Home runs came from unlikely power sources in elite defenders Andrés

long discussed — could open the door for a veteran like Toews to slot in between Tavares and William Nylander. His role wouldn’t need to be offensively dominant, just stable and composed.

Maple Leafs GM Brad Treliving has spoken of changing the team’s “DNA.”

Adding a player like Toews — a battle-tested leader with championship pedigree —

Giménez and Alejandro Kirk. Chris Bassitt, despite a shaky fourth inning in which he surrendered four runs— including a three-run homer to Nolan Gorman—still battled through seven full innings, keeping the bullpen fresh in a high-scoring affair.

Even with star slugger Vladimir Guerrero Jr. getting the odd scheduled night off, the Blue Jays didn’t miss a beat. Rookie Alan Roden recently stepped up in place of the injured Nathan Lukes, notching two hits, including a key RBI single. The lineup continues to show balance and versatility, producing despite injuries and roster shuffling.

“It’s just a really good group effort,” Bassitt said postgame. “When we’re playing together like this, we’re a tough team to beat.”

Last season, Toronto never got more than three games over .500. Bassitt believes the trials of 2023 played a role in the team’s current form. “Sometimes you’ve got to go through some rough patches to find your weaknesses and fix them,” he said. “I wouldn’t want to repeat last year, but it taught us a lot.”

From the front office to the dugout, there seems to be greater alignment this season. Manager John Schneider echoed that sentiment, saying, “It hasn’t looked like this in a while. It’s fun to watch it all come together.”

could help reshape the team’s identity. As the Stanley Cup Final showcases veterans like Brad Marchand and Corey Perry still playing vital roles, Toronto may be wondering how to inject some of that same grit and experience into their own lineup. Toews, if healthy and motivated, could be just that missing piece.

Kirk continued his offensive surge with a two-run homer—his second in as many games—extending the Jays’ lead at the time to 8-4. Though the bullpen faltered late, allowing the Cardinals to claw back with a three-run shot from Willson Contreras, closer Jeff Hoffman managed to lock down the final out, albeit in his fourth appearance in five days.

Kirk, now batting .323 with an .807 OPS, is delivering at the plate while also anchoring the defence behind it. “He’s probably our best player right now,” Bassitt said. “He leads by example and is just carrying us.”

On the pitching side, Bassitt remains optimistic after adjusting his position on the mound. “I’m never going back to the third-base side,” he said. “It’s just undoing two months of bad habits.”

Looking ahead, the Jays plan to keep their rotation intact for the upcoming series against the Phillies, with Bowden Francis—despite recent struggles—set to get another start. A sweep of the Cardinals is within reach, and while questions remain about the pitching staff, the team’s cohesion and fight are undeniable.

“They’re grinders,” Schneider said. “This group supports each other, competes every night, and plays with heart. That kind of chemistry is tough to beat.”

RS/MS

FELIZ DIA DO PAI

GST relief on new homes could save 1st-time buyers up to $240 on mortgages

The Liberal plan to give first-time homebuyers a tax break on a newly built home could have substantial impacts on housing affordability — with a few caveats — a new analysis finds.

The Liberal government introduced legislation on June 5 to eliminate the GST portion from new home sales of up to $1 million for first-time buyers, which works out to as much as $50,000 off the cost of a new build or a substantially renovated unit.

For homes sold above $1 million, the GST relief is phased out as the price tag nears $1.5 million.

Desjardins Economics said in a report released Monday that first-time Canadian homebuyers could save up to $240 on their monthly mortgage payments if they were to buy a new home with an allin, tax-included price of $1 million. The required down payment would also be somewhat smaller.

Some developers charge the sales tax upfront, so it’s not rolled into the mortgage principal at the time of purchase.

“For these homes, eliminating the GST will help prospective buyers reduce upfront closing costs, helping them get their foot in the door sooner,” said the report, authored by Desjardins economist Kari Norman.

She argued the impact on housing affordability will be “particularly strong” for buyers in Canada’s more expensive markets, like Toronto and Vancouver,

where homes are routinely priced above the $1-million mark.

The new policy takes a big step beyond the existing New Housing Rebate, which is open to more than just first-time buyers but has long been capped at homes priced up to $450,000.

Norman estimates that nearly 85 per cent of new builds in Canada would quality for the full $50,000 GST relief in the new proposal.

Roughly 92 per cent of new builds in Toronto are expected to qualify for full or partial tax relief for homes priced up to $1.5 million. Only 75 per cent of new units in Vancouver would qualify, however, as many top out of the qualifying price range.

Desjardins recommends that the new policy index the price of qualifying homes to inflation to avoid future erosions in affordability.

The federal government predicts the GST rebate will cost about $3.9 billion over five years, while the parliamentary budget officer estimates the price tag is closer to $2 billion over the same time frame.

Desjardins said the discrepancy between the figures could indicate the federal government anticipates more new buyers taking advantage of the rebate, and a bigger boom in homebuying and construction as a result.

It’s possible that increased demand spurred by the policy also leads to a surge in new building in Canada, the report said.

The rebate also comes at a time when the Canadian construction industry faces serious obstacles to getting shovels in the ground: high financing and construction costs, regulatory delays, an aging workforce and uncertainty among buyers and builders tied to Canada’s trade war with the United States.

The report also warns that some developers, foreseeing increased buying power, could raise their own costs for materials and labour in response to the policy, which would undermine any gains in affordability.

Higher demand for housing tied to the GST break could, in the near-term, push up home prices if not coupled with other efforts to boost supply and the pace of construction, the report said.

This might be the ideal time to introduce a policy that stokes demand for new builds, however, as Desjardins noted a particularly soft condo market in cities such as Toronto could benefit from an increase in buyer appetite.

Parliament has yet to pass the legislation, which would apply to homes bought between May 27 through to 2031. Construction on qualifying homes would need to start before 2031 and finish by 2036.

The measure, one of a suite of proposals included in the Liberal platform during the spring federal election, is packaged in the same legislation as the promised income tax cut, which is set to take effect July 1.

Toronto receives $67M through second round of Building Faster Fund

The Ontario government is awarding more than $67 million to the City of Toronto through the second round of the Building Faster Fund.

The funding is given to municipalities that achieve at least 80 per cent of their provincially designated housing targets. Toronto broke ground on 20,999 new homes in 2024, which works out to 88 per cent of its target. This funding will help Toronto build more homes and community infrastructure, a release reads.

Announced in August 2023, the Building Faster Fund is a three-year, $1.2-billion program that is designed to encourage municipalities to speed up municipal approval processes and get more homes built faster.

Skills Ontario has received the 2025 Leading on Diversity – Community Award from the Toronto Community Benefits Network, recognizing its efforts to support equity-deserving groups through community programs. The award was presented to Ashley Cuglietta, director of diversity, equity, inclusion and Indigenous relations, at the Canadian Building Diversity Awards in Toronto.

For over 25 years, Skills Ontario has empowered marginalized communities through initiatives like the Young Women’s Program, First Nations, Métis, and Inuit Initiatives, and the DEI Program.

“Our team is committed to creating equal opportunities for all youth to explore careers in skilled trades,” said CEO Ian Howcroft.

Skills Ontario Honoured with Diversity Award
DCN/MS

SAÚDE & BEM-ESTAR

O que é a catarata e como tratá-la?

A catarata é uma opacificação da lente natural do olho, localizada atrás da íris e da pupila chamada cristalino. O cristalino é responsável por focar a luz na retina, que envia sinais visuais ao cérebro. Quando nascemos o cristalino é transparente. À medida que crescemos e envelhecemos ele perde a transparência. Quando opacifica estamos na presença de catarata.

Acatarata é uma condição comum, principalmente em adultos mais idosos. Pode resultar do envelhecimento, mas também de lesões traumáticas, de determinadas doenças, assim como da exposição prologada a radiação ultravioleta. Algumas pessoas nascem com cataratas (congénitas) ou desenvolvem-nas numa idade jovem.

Os sintomas da catarata podem incluir visão turva ou nublada, dificuldade para

ver à noite, brilho ou halos ao redor das luzes, visão dupla num olho e alteração da visão das cores (mais amarelado, por exemplo) que pode passar despercebida à própria pessoa. Se tiver algum desses sintomas é importante consultar um médico oftalmologista para um exame oftalmológico completo.

A catarata pode ser diagnosticada através de um exame oftalmológico durante o qual o médico oftalmologista usará lentes especiais para examinar o cristalino, além de avaliar a sua acuidade visual e efetuar um exame oftalmológico completo. Atualmente não há tratamento médico para prevenir ou reverter as cataratas, mas elas podem ser tratadas cirurgicamente. Durante a cirurgia de catarata, o cristalino opaco é removido e substituído por uma lente intraocular (LIO) artificial. Este procedimento é normalmente realizado em ambulatório (não requer internamento

hospitalar). A cirurgia de catarata é considerada um dos procedimentos cirúrgicos mais bem-sucedidos e seguros. A perda de visão associada à catarata é reversível com a cirurgia. De facto, na ausência de outras doenças oculares a recuperação da visão após a cirurgia pode ser total. Geralmente a cirurgia é realizado sob anestesia local e o tempo de recuperação varia, mas a maioria das pessoas consegue retornar às atividades normais em alguns dias.

É importante observar que a cirurgia de catarata não impede o desenvolvimento de outros problemas oculares, como a degenerescência macular da idade (DMI), o glaucoma ou a retinopatia diabética, doenças que são causadoras de perda de visão irreversível. Assim, os exames oftalmológicos regulares continuam a ser importantes para monitorar essas condições também após a cirurgia de catarata.

Em conclusão, a catarata é uma condi-

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo

ção comum que atinge em regra os 2 olhos, principalmente em adultos mais velhos, que causa opacificação do cristalino, uma lente natural que temos dentro do olho e que é transparente quando nascemos. Pode causar visão turva ou nublada, dificuldade em ver à noite, brilho ou halos ao redor das luzes e visão dupla num olho. Não há tratamento médico para prevenir ou reverter as cataratas, mas elas podem ser tratadas cirurgicamente. A cirurgia de catarata é considerada um dos procedimentos cirúrgicos mais bem-sucedidos da medicina. É importante consultar um médico oftalmologista regularmente para monitorizar outros problemas oculares, mesmo após a cirurgia de catarata.

Artigo da responsabilidade do Dr. Rufino Silva. Médico oftalmologista. Professor Associado Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Creditos: DR

ACIDENTE

Princesa Amalia sofreu um aparatoso acidente. A herdeira do trono dos Países Baixos, de 21 anos, foi vítima de um acidente durante uma sessão de equitação. A filha dos reis Máxima e Guilherme fez uma fratura no braço ao cair do cavalo e foi imediatamente encaminhada para a unidade hospitalar UMC Utrecht, onde está prevista uma intervenção cirúrgica. O anúncio foi feito pela Casa Real holandesa. “A Princesa de Orange partiu hoje o braço depois de ter caído do cavalo. Vai ser operada no UMC Utrecht.”

AJUDAR

Carla Rocha, de 52 anos, é mãe de Inês, de 25 anos, e Vasco, de 16, e uma profissional cuja trajetória se destaca pela paixão em ajudar pessoas e organizações a comunicar com impacto. A sua mais recente iniciativa, Entrevistas Que Dão Emprego, um curso 100% online, destina-se a ajudar quem procura entrar no mercado de trabalho ou fazer uma transição de carreira. Ferramentas práticas e estratégicas que vão desde a elaboração de currículos e cartas de motivação até à preparação para entrevistas de emprego, incluindo técnicas para responder a questões desafiantes e alinhar comunicação verbal e não verbal.

GRÁVIDA

A atriz Victoria Guerra, de 36 anos, anunciou recentemente que está grávida do primeiro filho, fruto do relacionamento discreto com o realizador Francisco Botelho. A atriz de A Promessa, da SIC, participou num evento da marca portuguesa de biquínis, fatos de banho e roupa de praia Latitid, que teve lugar no Nirvana Studios, durante o qual revelou detalhes da gravidez – encontra-se no segundo trimestre – falou da pausa que irá fazer na sua carreira e dos planos que tem para este momento mágico da sua vida

A atriz Sofia Ribeiro sabe bem que, apesar de atualmente ter uma vida privilegiada e ser reconhecida na sua esfera profissional, a vida pessoal nem sempre é desafogada ou com motivos para sorrir. “Sou tia/mãe oficialmente há dois anos. Foi muito desafiante a todos os níveis. Sinto que estou a pagar um bocado ‘a fatura’ de ter gerido tudo sozinha. Sinto-me mais cansada do que antes, com mais noção de que as coisas não são fáceis. São duas miúdas em pré-adolescência com todo o historial que têm. Estou numa fase de aprendizagem, a lidar com este momento novo da vida, numa fase de maior introspeção, de aceitar que a tristeza faz parte da vida e que temos de aceitá-la”, revela. A atriz, que faz terapia há cerca de 16 anos, considera que “a psicanálise tem sido importantíssima” para encontrar a sua paz e equilíbrio, tal como a prática de exercício físico.

Ainda que a carreira de ator seja o seu plano principal, Lourenço Ortigão demonstra vontade em não depender a tempo inteiro da representação. “Quando não estou com nenhum projeto na televisão, dedico-me aos negócios. Eu e a Kelly temos alguns investimentos em que estamos a trabalhar, a fazer obras de valorização”, revela o artista, que tem a sua casa em obras: “Temos essa e outra que estamos a remodelar ao mesmo tempo. Dá trabalho, mas depois vamos colher os frutos.” Sem novos projetos em ficção de imediato, o ator cimenta uma maior estabilidade financeira a longo prazo: “A minha vida enquanto artista é o plano A e a preparação para o futuro (a 10, 20 ou 30 anos) é plano B. Estou dedicado a novos investimentos, por exemplo, empresas que estejam a formar-se e eu acredite nelas.”

Restauração, imobiliário, tecnologia e moda estão entre as suas preferências. Contudo, o foco principal continuar a ser a educação do filho, Vicente Blue. “Sermos pais tem sido desafiante, mas também a melhor coisa do mundo. Depois de ele nascer, tornei-me mais responsável, sereno e as prioridades mudaram”, afirmou.

Comunicadora de voz inconfundível e pensamento aguçado, Inês Meneses, de 53 anos, continua a afirmar-se como uma presença marcante no panorama cultural português. Conhecida pelas conversas íntimas e inteligentes que conduz na rádio e as crónicas publicadas no site do jornal Público, Inês acaba de lançar o seu mais recente livro, Linhas de Valor Acrescentado, uma obra que se desenha entre o pessoal e o universal, costurada com fio sensível.

Numa entrevista recente, a autora fala com emoção do amor, da amizade e das mulheres – territórios onde tantas vezes mergulha nas suas crónicas – e abre o coração ao falar da filha, Maria Inês, de 17 anos, presença luminosa na sua vida, e do marido, o músico Tozé Brito, de 73, a quem reconhece cumplicidade e afeto duradouro. Sempre com o olhar delicado de quem sabe que, na vida e na escrita, o essencial não se grita, escuta-se.

Credito: DR
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artesonora

Irmãos Verdades

Um Regresso às Raízes com “Rosa Maria”

Depois de anos de alguma reserva e silêncio criativo, os Irmãos Verdades estão de volta. Com o lançamento do single “Rosa Maria”, o grupo que marcou gerações com as suas melodias de kizomba e Semba, dá agora o primeiro passo de uma nova etapa. Este regresso não é apenas musical; é um regresso emocional às origens da banda que se tornou sinónimo de música feita em família, com coração e alma, Portugal e Angola.

“Rosa Maria” é o primeiro de seis novos temas que a banda pretende lançar ao longo dos próximos meses, marcando assim uma fase renovada mas fiel ao histórico construído desde os anos 80. Com uma carreira que atravessa quatro décadas, os Irmãos Verdades foram, e continuam a ser, verdadeiros embaixadores da kizomba em Portugal — é um símbolo da ponte cultural entre Angola e Portugal. Agora, esse símbolo ganha nova vida com este tema que promete fazer os corações baterem mais depressa e os corpos dançarem com a mesma intensidade de outros tempos. A nova canção leva-nos para os sons do início de carreira do grupo: um equilíbrio entre as letras românticas, as batidas quentes da kizomba e o toque inconfundível da música angolana tradicional. “Rosa

Maria” encaixa perfeitamente no catálogo emocional da banda, onde os nomes femininos transformam-se em melodias memoráveis. Tal como “Yolanda” e “Isabela”, que se tornaram hinos da música lusófona, “Rosa Maria” é mais do que uma mulher, é uma metáfora para sentimentos intensos, histórias de amor e momentos partilhados. Este single representa um verdadeiro reencontro com a essência do grupo; mais do que nostalgia, há aqui uma continuidade de reafirmação da identidade musical dos Irmãos Verdades. É uma celebração daquilo que sempre os diferenciou: a capacidade de fazer música com alma, que une gerações e que nunca perde a autenticidade, mesmo quando se reinventa.

Uma das novidades desta fase é a entrada de Enzo, o novo vocalista que traz uma frescura notável ao grupo. A sua voz acrescenta uma dimensão contemporânea, sem romper com a base emocional e estética da banda. Enzo é carismático, envolvente e tem uma presença natural que, em “Rosa Maria”, se traduz numa interpretação cheia de vida, charme e energia. A introdução de um novo elemento é sempre um risco para uma banda com um som muito próprio, mas os Irmãos Verdades conseguiram, com maestria, integrar Enzo de forma natural, como se ele sempre tivesse feito parte da família, e isso talvez se deva,

em grande parte, ao espírito de irmandade que está no ADN do grupo. “Rosa Maria” é, também, uma narrativa leve e bem-humorada, quase como uma comédia romântica cantada; a letra fala de encontros e desencontros, daquelas paixões que nos fazem sorrir mesmo quando doem. É uma história simples, mas que ganha força pela forma como é contada — com aquele toque de ternura e malícia que os Irmãos Verdades sempre souberam juntar tão bem. Há nesta música uma vibração dançante que convida a movimentar o corpo e a alma, e é precisamente essa a magia do grupo: fazer-nos dançar enquanto sentimos. Entre o riso, a melancolia e a esperança, há espaço para tudo — e tudo isso cabe em três minutos de canção.

Se há algo que os Irmãos Verdades sempre conseguiram representar com autenticidade foi a dualidade cultural entre Portugal e Angola; a sua música é um espelho dessa fusão, desse diálogo entre dois mundos que se encontram na lusofonia. “Rosa Maria” carrega elementos do semba angolano, do zouk e da kizomba moderna, entrelaçados com arranjos contemporâneos que a tornam acessível a públicos diversos. Não há aqui concessões baratas ao comercial — há, sim, uma vontade genuína de comunicar, de partilhar uma experiência musical que é, simultaneamente, local e universal. Com

o anúncio de que mais cinco temas serão lançados nos próximos meses, os fãs dos Irmãos Verdades têm razões para festejar. Este não é um regresso oportunista, é um projeto pensado, sentido e trabalhado com o rigor de quem conhece profundamente o valor da sua herança artística. A cada nova música, o grupo promete revisitar diferentes facetas da sua sonoridade, sempre com o objetivo de tocar os corações e manter viva a tradição de contar histórias através de nomes femininos. Quem será a próxima musa? Essa é a pergunta que paira no ar — e que só aumenta a expectativa em torno do que aí vem. Curiosamente, este regresso surge num momento em que a música africana lusófona está a ganhar cada vez mais visibilidade a nível global.

Artistas como C4 Pedro, Matias Damásio e Anselmo Ralph têm ajudado a projetar a kizomba e o zouk para novos públicos, e os Irmãos Verdades, com a sua história e autenticidade, estão perfeitamente posicionados para conquistar também essa nova geração. É como se o tempo tivesse voltado a seu favor; o que antes era considerado “música de pais” agora volta a ser tendência, e poucos grupos têm tanto para oferecer como os Irmãos Verdades — que nunca deixaram de ser verdadeiros ao que são.

Os Irmãos Verdades estão de volta. E nós só temos uma coisa a dizer: ainda bem.

Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Tornar(-se) seco, retirar de ou perder a umidade; enxugar(-se).

2. Provocar alguém amorosamente, demonstrar interesse amoroso por; azarar.

3. Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa.

4. Ter veneração por (alguém ou algo); ter grande apreço por; reverenciar.

5. Coordenar a execução de; conduzir, liderar.

6. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade.

7. Fazer chegar ou ocorrer antes do tempo marcado; adiantar(-se).

8. Exprimir por meio de palavras.

9. Precipitar-se a chuva sobre a terra.

10. Entregar em troca; permutar.

11. Ir ou conduzir (alguém ou um animal) a algum lugar, para (se) entreter ou exercitar.

12. Analisar questionando; levantar questões a respeito de (algo); examinar detalhadamente.

13. Submeter (algo) ao processo de raciocínio lógico.

14. Obter, mediante pagamento, a propriedade ou o uso de algo

15. Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

A D U N D V R S G Y E L C R H

L U N A R S S T D F A Y J A Q

C O N T A G E M C I U N Z P H

B J V V I A J A R R L R C H T

H P O V I T A R T A K J V O N

F O G E T E U C M N A S A R M

O S R E V I N U J R O V L I M

M T Y T P Z R R B Y D A Y Z V

W W M N F M A P Y R N S S O M

R L M A M W

Z Q Z O W J L V L F U T Z E M I M E N S O O H M O W K K O G

R E V I V O R I

Caldeirada de Bacalhau

Ingredientes

• 200 g de batatas

• 2 cebolas médias

• 3 dentes de alho

• 1 tomate maduro

• 3 colheres de azeite

• 2 ovos

• 1 ramo de salsa

• 1 pimento vermelho

• sal e pimenta a gosto

Modo de preparação

Coloque os ovos para cozinhar durante 10 minutos, depois de cozidos, mergulhe-os em água fria, descasque-os e corte-os em rodelas. Descasque as batatas, as cebolas e o alho, corte as cebolas em rodelas finas, pique os alhos, corte as batatas em rodelas de 1 centímetro de espes-

sura. Escalde os tomates, tire a pele e as sementes e pique-os, corte o bacalhau em quadrados. Escolha e lave a salsa, num tacho, coloque uma camada de cebola, outra de batatas e outra de bacalhau espalhe metade dos alhos, os tomates picados, os pimentos cortados em cubos largos, os ovos em rodelas, e a salsa, polvilhe com pimento,repita a camada e termine com batatas, regue com azeite e tape o tacho, leve a forgo brando por cerca de 60 minutos.

Ao meio da cozedura, prove o sal e acrescente-o se achar necessário. De vez em quando sacuda o tacho para que o guisado não se pegue ao fundo. Se o molho reduzir muito, acrescente um pouco de água e vinho branco em partes iguais, se gostar. Sirva com uma salada mista.

Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras
Credito: DR.

OLHAR COM OLHOS DE VER

Fire Crew, Fire Hall Market. Créditos: Stella Jurgen
"Coisas" ao vento. Créditos: Fa Azevedo
Manto. Créditos: Paulo Perdiz

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Nesta altura em que Marte transita na Casa V aproveite a sua energia para atingir alguns objetivos. Se tem filhos tente usar mais diplomacia para evitar conflitos. Tente a disciplina para levar as suas tarefas até ao fim. Nesta fase também irá ter dificuldade em esconder aos outros os seus sentimentos. No entanto, procure sempre dar atenção aos sentimentos dos outros.

TOURO 21/04 A 20/05

A Casa II é, em Astrologia, de um modo geral, a área de vida referente ao dinheiro e aos valores. É, pois, provável que neste período a sua vida financeira esteja em grande evidência. Poderá ter uma maior necessidade de controlar a sua conta bancária e de ter uma noção mais precisa daquilo que realmente possui.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Nesta altura, devido à facilidade que tem de comunicar aos outros as suas ideias, verá favorecida a concretização de um negócio ou de um projeto para melhorar a sua situação financeira. Este é um período em que serão importantes para si tanto os valores de ordem material como espiritual.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Com Vénus a transitar pela Casa XI estará mais em destaque a sua vida social mais especificamente os seus amigos. Vai querer estar mais com eles, sair com eles, organizar festas, encontros, passeios. Enfim o que quer é estar com os seus amigos à volta.

Vai tentar ajudar todos aqueles que de si precisarem.

LEÃO 22/07 A 22/08

Neste momento é você o centro da sua vida e não aceita que ninguém lhe diga o que deve ou não fazer. Poderá até agir com brusquidão se lhe tentarem impor muitas restrições ou limites. Não obstante, é possível que se apaixone subitamente por alguém ou simplesmente acentue uma relação que vem do passado.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Nesta altura o seu comportamento e atitudes em geral serão mais observados pelos outros e poderá colher, agora, os frutos do seu esforço e ver realizados alguns sonhos. Com a sua imagem reforçada, o reconhecimento público estará ao seu alcance e um convite tentador poderá surgir. Se considera que está à altura das novas responsabilidades, aceite.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Poderá surgir na sua vida um novo amor ou haver uma transformação na sua forma de estar na relação afetiva. Vai sentir prazer de viver e fazê-lo de forma intensa. Esta é um período bom no aspeto económico. Poderá ver facilitado a concessão de um empréstimo bancário ou receber dinheiro vindo de uma herança.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Será uma ótima altura para viajar pois a curiosidade sobre outros valores e hábitos está muito acentuada nesta altura. Tudo lhe aguça a curiosidade e o interesse, ouvindo os outros atentamente. Poderá colher ótimas impressões em qualquer deslocação que empreenda e a experiência será sempre enriquecedora.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Aproveite este trânsito para cuidar mais da sua saúde, por exemplo, iniciando uma dieta. Também é a altura propícia para reorganizar o seu ambiente de trabalho ou doméstico, através da adoção de novos métodos e da afinação das suas capacidades. Procure não misturar as relações pessoais com as de trabalho.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Deverá prestar mais atenção, neste período, aos bens ou valores que partilhe com outras pessoas. Poderá surgir um desacordo com um membro da família ou com um sócio em relação a um investimento. Não é uma altura favorável para pedir um empréstimo, antes para fazer uma análise da sua situação financeira.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Época de grande capacidade mental e intelectual. As suas ideias claras e concisas ajudá-lo-ão a organizar um projeto que tenha em mãos e a ter sucesso no campo profissional. Poderá sentir alguma ansiedade e nervosismo, tente relaxar praticando exercício físico, inicie uma dieta sadia e elimine hábitos nocivos à sua saúde.

PEIXES 20/02 A 20/03

A sua intimidade, a sua vida pessoal e o seu bem-estar no seio familiar são fatores essenciais para a sua realização pessoal e equilíbrio emocional. Este é um momento em que deverá retemperar forças e recarregar baterias, aproveitando para descansar mais e encontrar, dentro de si, a paz de que tanto necessita.

Soluções

Classificados

Aluga-se apartamento na cave com 1 quarto de cama, cozinha, sala e lavanderia, com entrada privada, sem animais ou fumadores Na area da Weston & Jane. Contatar: (416) 875-8696

Aluga-se apartamento espaçoso com 2 quartos de cama, sala, cozinha, lavanderia, varanda e estacionamento. Na area da Lawrence & Weston. Contatar: Contatar: (416) 875-8696

Apartamento com um quarto para arrendar, para uma pessoa , espaçoso com entrada separada e com lavandaria. Não fumadores,

Agenda comunitária

Portuguese C.I. Moviment

Festa do Divino Espírito Santo Várias localizações (abaixo) - Junho 14 a 21 Grande festa da 1ª Irmandade do Divino Espírito Santo de Mississauga. Benção do pão, carne e vinho será nos dias 13 e 14 de junho e distribuição das pensões no salão da igreja São José de Oakville aos irmãos de Brampton, Oakville e Hamilton. Nos dias 20 e 21 de junho, missa e procissão das coroas às 10:30 am (2451 Old Bronte Rd. em Oakville, a missa será celebrada às 11 am, serão servidas as tradicionais sopas e alcatra. Arraial, arrematações, ranchos folclóricos e animação com o DJ cockatil. Informações (416) 616-6740 ou (289) 242-3808

não animais. Disponível dia um de Julho Area da Lawrence e Blackcreek. Contatar (416) 832-2025

Cabeleireira licenciada Manuela - está disponível para realizar serviço ao domicílio. com 20 anos de experiência. Fala português. Atende pessoas idosas, crianças, homens e mulheres. Especializada em corte, cor e madeixas. Área de Toronto. Contacte para todas as necessidades com o cabelo: (647) 761-9155

Apartamento para alugar com 1 quarto, cozinha, casa de banho, sale e lavandaria. En-

trada separada, nao animais, nao fumadores. Despesas nao incluídas. Contatar (416) 937-8807 Zona da Rogers e Caledonia

Aluga-se apartamento num basement na area da Dufferin e Davenport, com dois quartos, cozinha e sala em comum, casa de banho e lavandaria. Entrada privada contatar (416) 995-4883

Aluga-se apartamento com um quarto, cozinha e casa de banho, privado. Na zona da Ossington e Bloor. Contatar (416) 533-8725

Aluga -se quartos para homem(s) entrada imediata na Caledonia e St. Clair. Por favor ligar para (647) 824-6283 falar com Maria.

Apartamento num basement para arrendar. Com 1 quarto, sala, cozinha, casa de banho e lavandaria. Não animais e não fumadores. Na área da Dufferin e Glencairn. Preço $1650.00. Contatar (416) 995-1041

Aluga-se quarto para homem na area da Caledonia e St. Clair. Contatar (647) 824-628

Luso Canadian C. Society Golf Tournament

8525 Mississauga Rd., Brampton and 6378 Trafalgar Road, Milton, June 13

Golf Tournament is an important fundraiser that supports our quality programs & services for individuals living with disabilities & their families. Each year, this much anticipated event is sold out! So mark your calendarand stay tuned for a “Registration Open” email coming soon. Information on Registrations & Sponsorship opportunities will be made available soon. Stay tuned to our website for more Golf information. Contact 905-858-8197 or info@lusoccs.org for additional information.

Portugal Week Events

Sexta-feira 13 de Junho

Luso Canadian Charitable Society 17° Torneio Anual de Golfe . Organizado por: Luso Canadian Charitable Society . Lionhead Golf & Conference Centre e Royal Ontario Golf Club , 8525 Mississauga Rd. - Brampton, ON & 6378 Trafalgar Rd, Milton

Domingo 15 de Junho 12h00-18h00

Festival Cultural de Rua de Oshawa Memorial Park, 110 Simcoe St. S. - Oshawa

Quarta-feira 18 de Junho a Sábado 21 de Junho

Fiesta Week - Northern Portugal Cultural Centre. 50 Albany St, Oshawa

Sexta-feira 20 de Junho, Sábado 21 de Junho e Domingo 22 de Junho

Grande Abertura da Nova Sede da Casa das Beiras de Toronto

Organizado por: Casa das Beiras de Toronto . 115 Ronald Ave, Toronto.

Sábado 21 de Junho, 16h00

Festa de São João de Braga

Organizado por: Arsenal do Minho de Toronto . Arsenal do Minho, 3404A Dundas St. W, Toronto

Sábado 21 de Junho e Domingo 22 de Junho, 9h00

Festa dos Santos Populares . Organizado por: Casa da Madeira de Toronto . Madeira Park, Sutton, ON

Domingo 22 de Junho, 8h00

Piquenique de São João

Organizado por: Associação Cultural do Minho de Toronto Karlovac Croatian Park, Milton

Sábado

28 de Junho, 15h00

Festa de São Pedro . Organizado por: Casa dos Poveiros de Toronto . 187 Geary Ave, Toronto

Sábado 28 de Junho e Domingo 29 de Junho, 9h00

Celebrações do Dia do Canada e o Dia da Madeira . Organizado por: Casa da Madeira , Madeira Park, Sutton

Domingo 13 de Julho, 18h00

Portuguese Heritage Day

Organizado por: York United FC em colaboração com Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário York Lions Stadium, 230 Ian MacDonald Blvd, North York

Filarmonica Lira bom Jesus

Festa Santíssima Trindade

2451 Old Bronte Rd. Oakville - 15 Junho - 10 am Festa da Santíssima Trindade em Oakville a ser realizada na igreja St. Joseph's Catholic em Oakville, com procissão, sopas do divino Espírito Santo e animação com Henrick Cipriano. Entre em contato para receber as pensões com antecedência. Reservas (416) 457-4135, (289) 242-2781 ou (905) 510-1862

Casa dos Poveiros

São Pedro

187 Geary Av. Toronto - 28 Junho - 11 am Celebrar o S. Pedro. Bora lá comer umas

sardinhas assadas, febras e as nossas famosas farturas. Vamos ter uma tarde muito animada. Info (416) 720-9371

Casa do Alentejo Arraial Santos Populares

1130 Dupont St.. Toronto - 4 Julho 6:30pm O Arraial dos Santos Populares muitas música para dançar e marchas populares da Casa do Alentejo. Sardinhas assadas, petiscos, quermesse, manjericos e muito mais. Info (416) 537-7766

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