MILÉNIO STADIUM 1746 23 DE MAIO

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A nova face do colonialismo

O conceito de colonização moderna pode ser descartado como uma invenção de certos círculos sociais que defendem que a migração deve ser permitida de qualquer parte do mundo para qualquer outra, com o objetivo de melhorar a vida das pessoas. A colonização pode ser definida como o controlo exercido por uma potência sobre uma área ou povo dependente, quando uma nação subjuga outra, conquistando a sua população e explorando-a.

Para além do controlo físico, há uma escravatura mental que força as pessoas a aprenderem novas línguas e valores culturais. Embora muitos associem este tipo de colonialismo às conquistas dos países europeus entre os anos 1500 e 1800, a colonização ainda existe — talvez sob formas diferentes — mas a realidade é que muitos países estão a ser invadidos por po-

pulações migrantes que desafiam os modos de vida desses países e, frequentemente, limitam o usufruto da sua liberdade cultural. Não é muito diferente do que aconteceu com os colonizadores de outros tempos, quando uma mudança gradual acabou por escravizar muitos países que, em muitos casos, nunca mais regressaram ao seu modo de vida original.

Poder-se-ia argumentar que o pior exemplo de colonização hoje em dia é protagonizado pelas empresas tecnológicas e pelas suas máquinas de dados, que invadiram todos os aspetos da vida das pessoas a uma escala global. Estes colonizadores não conquistam terras; derrubam populações ao envenenar as suas mentes com obsessões semelhantes a drogas, criando uma dependência que influencia o modo de pensar e agir das pessoas, ao mesmo tempo que dilui o pensamento independente. A escravatura mental conquista pessoas, não territórios, mas é uma forma de dependência que escravizou populações em todo o mundo, promovendo economias desiguais e violência racial.

A colonização humana moderna é entendida como o exercício de controlo de uma nação sobre outra. No entanto, po-

de-se argumentar que, atualmente, esse controlo físico se reflete em poucos países que, de forma desonesta, assumem que o medo lhes dá licença para invadir e abusar de países mais fracos. Estas práticas são hoje vistas como formas de neocolonialismo, exemplificadas pelo interesse dos EUA na Gronelândia e no Canadá. A Rússia está a atacar a Ucrânia para impor a sua forma de colonialismo, em nome de falsos pretextos históricos. A colonização moderna não se encaixa nos modelos tradicionais, mas reflete aspetos modernos em que países exercem influência sobre as políticas de nações mais pequenas ou mais fracas. O exercício de poder sobre países e os seus governos pode ser visto nos padrões migratórios recentes, através da intrusão de populações étnicas noutros países — o que pode ser interpretado como uma imposição colonial sobre os países de acolhimento, muitas vezes perturbando o seu modo de vida. Existem exemplos por toda a Europa e Canadá, onde estas populações migrantes se assimilam em grandes grupos de religiões e crenças políticas semelhantes, que não se alinham com as normas culturais ou religiosas do país anfitrião. As leis não são respeitadas e a assimilação nas populações

locais é frequentemente rejeitada. A fraqueza política, ao recusar-se a aplicar as leis do país, suspende lentamente a perceção de que cumprir a lei já não importa. Nas eleições recentes em Portugal, um partido político baseou a sua campanha na imigração indesejada, na corrupção associada a invasores étnicos e na falta de respeito pelas leis do país por parte desses colonizadores. O povo pronunciou-se favoravelmente, simbolizando o seu descontentamento com o modo como o seu estilo de vida tem sido atacado.

O mundo está a mudar, mas não para melhor. Aceitemos os nossos irmãos e irmãs no nosso meio, mas não diluamos as condições pelas quais vivemos apenas para acomodar religiões e fanatismos políticos que podem pôr em risco tudo o que proporciona estabilidade às terras outrora colonizadas. O racismo contra a migração não é aceitável, mas também não é aceitável uma colonização forçada que imponha visões religiosas ou políticas radicais trazidas intencionalmente de outros territórios para desestabilizar os países de acolhimento.

Ano XXXII- Edição nº 1746

23 a 29 de maio de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de
Versão em inglês Pág. 11
Credito: DR

A GRANDE MIGRAÇÃO

PRINCIPAIS PAÍSES DE ORIGEM DOS RESIDENTES PERMANENTES EM 2024

CRESCIMENTO ANUAL E METAS DE ADMISSÃO DE RESIDENTES PERMANENTES NO CANADÁ

Imigração não é colonização

A imigração e os impactos nos países de origem e de acolhimento. Nesta edição do Milénio, tentamos perceber o que se está a passar neste mundo cada vez mais globalizado, onde o fenómeno migratório se tem intensificado e gerado desafios relacionados com a forma como acontece, ou não, a integração dos imigrantes, que tem levado a um evidente crescimento da xenofobia, alimentada por tensões identitárias e manipulação externa.

Fernando Diogo é sociólogo, doutorado em Ciências Sociais, especialidade de Sociologia do Desenvolvimento. É professor associado com agregação da Universidade dos Açores e investigador do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais. É diretor do mestrado em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais e co-coordenador da secção de Pobreza, Exclusão Social e Políticas Sociais da Associação Portuguesa de Sociologia. Colabora com a Rede Europeia Anti-Pobreza e foi coautor da Estratégia Regional de Luta Contra a Pobreza dos Açores. É membro do Conselho Económico e Social desta Região. É também o Diretor Executivo do Observatório da Juventude. Nesta entrevista, Fernando Diogo analisa a imigração como um fenómeno complexo, rejeitando visões simplistas e a ideia de uma nova colonização.

Milénio Stadium: A imigração contemporânea é, por vezes, percecionada como uma nova forma de colonização cultural ou económica. Como interpreta esta visão? Há algum fundamento ou trata-se sobretudo de uma construção baseada no medo do “outro”?

Fernando Diogo: Quando falamos em fenómenos humanos tendemos a não ter em conta duas questões que dificultam uma leitura mais correta da realidade, por um lado, são fenómenos complexos, que dificilmente se podem reduzir a coisas claras e simples do tipo branco ou preto, há sempre muitas coisas em jogo e, por vezes, temos dificuldade em perceber todas, creio ser exatamente este o caso. Por outro lado, e com especial aplicação ao caso concreto, as coisas tendem a misturar-se. A presença dos imigrantes nas sociedades de acolhimento tem consequências em vários níveis, desde logo nas sociedades de onde vêm, dado que, a nível individual, há todo um sofrimento das famílias pela distância, e a nível coletivo há um empobrecimento do país emissor, dado que quem parte são os mais jovens e dinâmicos membros dessa sociedade. Nas pessoas que emigram há também um processo de aculturação à sociedade de acolhimento. Isto é, quando se chega a uma nova sociedade é preciso aprender língua (a maior parte das vezes), costumes, regras legais, e toda uma cultura que é estranha aos novos imigrantes. Esse processo de aculturação varia com a proximidade cultural ao país de acolhimento e com o que podemos designar como boa vontade cultural, isto é, a predisposição dos indivíduos a assimilarem-se à cultura e regras da sociedade de acolhimento. Esta boa vontade cultural vai variar de indivíduo para indivíduo, mas também varia com a cultura do imigrante, é mais fácil quando na sua cultura se vê a cultura do país de acolhimento como algo desejável. Mas também há consequências nas sociedades de acolhimento, estas podem ser mais ou menos hostis aos imigrantes, e isso tem

consequências no sucesso da sua integração e assimilação. É, também, preciso não esquecer o efeito do peso dos números. Um pequeno número de imigrantes tem o efeito de uma gota de tinta em um balde de leite, mas, à medida que aumente esse número, a integração sem perturbações deixa de ser possível. Creio que, considerando estes fatores, e para a atualidade, o que assistimos é a uma transformação profunda das sociedades de acolhimento, em função da distância cultural de alguns imigrantes e do seu elevado número. E isto está a causar desafios à integração e assimilação destes imigrantes e até à coesão social destas sociedades. É claro que isso está a ter consequências, e é um dos principais fatores para a ascensão da extrema direita, a par da perceção da corrupção e do grande trabalho de destabilização das sociedades ocidentais promovido ativamente pela Rússia, através da manipulação política massiva dos eleitores nas redes sociais, com grande sucesso.

MS: Na sua perspetiva, os imigrantes devem adaptar-se completamente aos valores e costumes do país de acolhimento ou é possível – e desejável – uma convivência entre culturas mantendo identidades distintas?

FD: Este debate é antigo e não tem grande solução. Historicamente a uniformidade cultural sempre foi mais um desejo que uma realidade e as lutas políticas com motivações identitárias têm feito correr, literalmente, rios de sangue ao longo da história. E aqui estou a entender as guerras religiosas como motivadas pelas questões identitárias. Portanto, é um terreno muito pantanoso e quando olhamos para trás na história não vemos nada de substantiva-

mente distinto. Há longos períodos históricos de relativa acalmia e outros de intensa disputa identitária. No momento atual, podemos contar com toda a conceção político-filosófica que nos veio da revolução francesa para mitigar os efeitos mais perniciosos das guerras identitárias (culturais), mas não podemos perder de vista que estes instrumentos já existiam na Alemanha e no Japão dos anos 30 do século passado, e foi o que se viu. Portanto, esta é uma navegação à vista, que tem que se ir fazendo, idealmente talvez fosse de promover a assimilação cultural, mas o custo de isso correr mal é potencialmente enorme, pelo que talvez não seja assim tão boa ideia. Portanto, sublinho são mais as incertezas que as certas. Naveguemos à vista.

MS: Como avalia atualmente o posicionamento dos imigrantes em Portugal (ou na Europa): sentem-se integrados, tolerados ou marginalizados? E como é que isso influencia as suas atitudes em relação à sociedade de acolhimento?

FD: Creio haver aqui uma enorme variabilidade, quer de país para país, que tem a ver com as características das sociedades de acolhimento, com as características dos imigrantes, e ainda com o seu peso no total da população do país de acolhimento. Sublinho que os imigrantes não são todos iguais, há, até, uma categoria de imigrantes, a que chamamos expatriados, que são privilegiados nas sociedades de acolhimento… outro exemplo, a segunda maior comunidade imigrante em Portugal, a seguir ao Brasil, é do Reino Unido, e a Itália aparece em quarto lugar, alguém pensa em ingleses ou italianos quando pensa em imigração em Portugal? Isso tem a ver com as

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo

profundas diferenças entre os tipos de imigrantes…

MS: Quais são, na sua opinião, os maiores obstáculos à articulação pacífica entre culturas e religiões diferentes numa mesma sociedade? E que papel pode ter a educação ou a política na construção de pontes interculturais?

FD: O maior obstáculo é a natureza humana, nomeadamente a propensão à desconfiança do outro, do estranho, algo que condensamos no termo xenofobia. Mas isso é possível de ser controlado e contrariado pela cultura, a sobreposição da cultura a impulsos individuais é uma coisa que acontece em nós a cada segundo, no nosso caso, como já disse, temos a sorte de ter as ferramentas político-filosóficas da revolução francesa. Por outro lado, é claramente necessária a existência de políticas ativas para promover a integração e até a assimilação dos imigrantes nos países de acolhimento, para que eles se sintam parte e sejam parte, isto sem esquecer os seus filhos e netos já naturais dos países de acolhimento, as políticas educativas são um exemplo da maior relevância. A concentração de imigrantes, e seus descendentes, em ghettos constituídos com base na identidade cultural parece-me muito contraproducente, basta pensar em todo o sofrimento associado às judiarias na europa medieval. E o que está em causa está longe de se resumir a aspetos culturais, com a sua vertente identitária, há, claramente uma dimensão de desigualdades sociais, de classe social, que é ainda mais importante do que as diferenças culturais/identitárias: os imigrantes vêm ocupar as posições laborais que os nativos não querem, mal pagas, penosas e, muitas

vezes, precárias, isso leva-os para as classes mais baixas, e esta má posição de classe vem acumular com as distinções identitárias reforçando-as. Integrar e assimilar os imigrantes é garantir que haja mobilidade social ascendente para os seus filhos e netos, de forma a minimizar uma excessiva divisão cultural e de classe social.

MS: O aumento da xenofobia e do racismo em vários países europeus e na América do Norte é um fenómeno recente ou está apenas a tornar-se mais visível? Que fatores estão na origem deste crescimento?

FD: A xenofobia é, em minha opinião, uma variante da natureza humana e o racismo é apenas uma manifestação moderna da xenofobia. Isto não impede que nos últimos decénios este fenómeno esteja a aumentar nos países referidos, e isso está, em meu entender, muito relacionado com o aumento muito significativo do número de imigrantes, sobretudo dos provenientes de áreas com religião, cultural e/ou cor de pele distinta. Quase de certeza que existem outros fatores que ajudam a explicar esta transformação no sentido de uma maior xenofobia, mas como não sou especialista não consigo precisar. Agora, parece-me evidente que muita gente se sente muito desconfortável e ameaçada quando sai a rua e se vê rodeado por pessoas vestidas de forma diferente, a falar outras línguas e, eventualmente, com cores de pele distintas, as pessoas sentem-se estrangeiras na sua própria terra, sentem-se ameaçadas, por irracional que isso seja, e isso tem consequências na insatisfação e na forma como esta se expressa, na mesa de voto, nomeadamente. A Rússia tem conseguido capitalizar estes sentimentos para dar for-

A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

ça à extrema direita, não porque concorda com a extrema direita – em parte até concorda – mas para destabilizar as sociedades ocidentais, ocupá-las com os seus próprios problemas e enfraquecê-las, para poder manipular o mundo em função dos seus interesses. Este papel da Rússia é central e enorme, e eu espanto-me com a dificuldade das pessoas em perceberem que a Rússia nos manipula a seu belo prazer, e espanta-me a dificuldades das elites ocidentais em lidarem com o problema.

MS: Que estratégias ou políticas públicas considera essenciais para promover uma integração que seja equilibrada, respeitadora da diversidade e benéfica tanto para os imigrantes como para a sociedade de acolhimento?

FD: Esta é a pergunta do milhão de euros, e eu não tenho resposta para ela. No entanto, alerto para que existe uma tensão tripartida entre diversidade, integração e assimilação que precisa de ser gerida politicamente. Além disso, e muito importante, é preciso apoiar as sociedades emissoras, nos seus processos de desenvolvimento, para que as pessoas não precisem de emigrar. Estando nós numa sociedade de onde tanta gente tem emigrado, e continua a emigrar, sabemos bem o custo de sofrimento individual, de saudade, que a emigração causa, a angústia com o desconhecido do país de acolhimento, a exploração laboral associada à vulnerabilidade dos imigrantes nos países de acolhimento, o dinamismo económico e social que não acontece por falta dos jovens que se vão nos países emissores. As pessoas devem ter condições nos seus países para não emigrarem e compete aos países de acolhimento, que são mais ricos, ajudarem

os países emissores a terem condições para evitar a emigração. Não podemos ver isto apenas na ótica dos países de acolhimento, temos, também, de pensar nos países emissores e no mal que a emigração lhes traz. Mas isto não será nada fácil, a principal razão que leva ao subdesenvolvimento dos países emissores de emigração é a corrupção brutal e generalizada das suas elites dirigentes, basta pensar no que sabemos sobre os países que nos são mais próximos desde o Brasil a Angola, e aos restantes. O desafio de ajudar os países em desenvolvimento, contornando a corrupção as suas elites, para parar a emigração é tão grande como o desafio de integrar e assimilar os imigrantes nos países de acolhimento, e igualmente necessário.

Madalena Balça/Rómulo M. Ávila/MS

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.

Fernando Diogo. Créditos: DR.
Credito: DR

Imigração, integração e diversidade

O Professor Howard Ramos, é presidente do Departamento de Sociologia e professor na Universidade de Western Ontario. Ramos é também um reconhecido sociólogo político especializado em questões de justiça social, equidade, mobilização indígena e integração de imigrantes. Com um vasto trabalho académico sobre movimentos sociais, direitos humanos e mudança urbana, Howard Ramos reflete, nesta entrevista, sobre os desafios e oportunidades da imigração contemporânea em sociedades multiculturais como o Canadá.

Milénio Stadium: A imigração contemporânea pode ser interpretada como uma nova forma de colonização cultural ou económica, ou essa perspetiva deturpa a realidade dos fluxos migratórios globais?

Howard Ramos: Nos países de colonização (settler countries), o colonialismo continua presente. Assim, a menos que exista um verdadeiro processo de reconciliação com os povos indígenas e que estes acolham os recém-chegados, a imigração é uma forma de colonização — e não é algo novo. Dito isto, os fluxos migratórios globais, por si só, não são colonização. A maioria das pessoas migra em busca de uma vida melhor, e não para se impor a um novo país.

Só se pode falar em colonização quando há uma intenção deliberada de colonizar — e essa intenção costuma partir dos Estados, não dos migrantes.

MS: Qual é o equilíbrio justo entre o dever dos imigrantes de se integrarem nas sociedades de acolhimento e o respeito pela preservação das suas práticas culturais e religiosas?

HR: Em países multiculturais, a diversidade é uma força. Essas sociedades prosperam precisamente por não imporem a assimilação. No entanto, para ter sucesso num novo país, é necessário compromisso. Como se costuma dizer: “Em Roma, sê romano.” Respeitar a cultura e as práticas religiosas do país de acolhimento ajuda a criar um ambiente acolhedor e constrói pontes que beneficiam tanto os recém-chegados como a população local.

Os imigrantes trazem dinamismo, mudança, novas ideias e novas ligações a outras regiões do mundo.

MS: Como é que os imigrantes de hoje se percecionam no país de acolhimento: como convidados, cidadãos plenos ou comunidades em transição?

HR: No Canadá, o aumento da migração temporária mudou a forma como muitos migrantes encaram o país. Têm mais obstáculos à integração a longo prazo e, muitas vezes, nem sequer desejam fixar-se de forma permanente.

Também mudou o perfil dos migrantes económicos: a maioria dos novos imigrantes que chegam ao Canadá já vinha de estilos de vida de classe média ou alta, com elevados níveis de educação. São pessoas altamente procuradas por vários países.

Quando enfrentam barreiras no emprego, discriminação ou outros obstáculos, sentem-se menos enraizados do que gerações anteriores de imigrantes.

MS: Quais são os caminhos possíveis para promover a convivência pacífica entre culturas e religiões diferentes em espaços públicos partilhados?

HR: A melhor forma de gerir a hiperdiversidade presente nas cidades canadianas é focar-nos nas grandes maiorias de pontos em comum que existem entre as pessoas, independentemente da sua origem ou crença. Em todos os grupos há uma grande variedade de experiências e perspetivas.

Focar-nos em objetivos comuns abre portas — e há muitas portas abertas. É extraordinário quando tanto os cidadãos nativos como os recém-chegados entram juntos por essas portas, experimentam coisas novas e tentam colocar-se no lugar do outro. É importante abordar tudo com humildade.

MS: Que fatores políticos, económicos ou mediáticos estão a alimentar o aumento da xenofobia e do racismo em várias sociedades ocidentais?

HR: As redes sociais facilitam muito a permanência em bolhas e câmaras de eco. Infelizmente, também tornam mais fácil do que nunca a disseminação da xenofobia e do racismo. É essencial não amplificar essas mensagens, denunciá-las e contestá-las sempre que possível. Os meios de comunicação tradicionais têm um papel importante nesse combate. Ao mesmo

tempo, a pandemia trouxe grandes perturbações económicas — e, historicamente, os recém-chegados são muitas vezes os bodes expiatórios das dificuldades que todos enfrentam em tempos de crise.

É fundamental reconhecer que todos estamos a viver os mesmos altos e baixos.

MB/MS

Saturdays 7:30 am

Saturday 10:30 am

Sundays 10:00 am

Howard Ramos. Créditos: DR.
Credito: DR

Abrir o coração ao desconhecido: reflexões sobre a imigração num mundo em mudança

Conversa com o psicoterapeuta Roberto do Nascimento

Na intersecção entre dois mundos surge a voz ponderada e experiente de Roberto do Nascimento, psicoterapeuta conceituado nas comunidades lusófonas do Canadá. Em entrevista exclusiva, o especialista aborda os desafios e oportunidades da imigração, a importância da integração e o papel das emoções num processo tantas vezes marcado por rupturas, adaptações e reconstruções de identidade.

Para Roberto do Nascimento, o processo de adaptação de um imigrante a um novo país assemelha-se a uma visita à casa de um desconhecido. “Adaptamo-nos à forma como somos recebidos, estando atentos aos comportamentos, às rotinas e à forma como respondem às situações do quotidiano”, afirma. Segundo o terapeuta, a hospitalidade deve ser retribuída com respeito pelas normas locais, sublinhando que é essencial estudar e compreender o que é apreciado ou mal visto no novo contexto.

Com a sensibilidade que lhe é característica, sublinha que este processo exige introspeção: “Se o imigrante tem raízes muito fortes e uma certa resistência em mudá-las, é necessário refletir profundamente se a vida e os costumes do novo país são, de facto, as melhores opções para o momento.”

Roberto, na conversa com Rómulo, destaca ainda duas exigências básicas e sensatas para uma convivência harmoniosa: “Aprender as duas línguas oficiais é uma forma de demonstrar interesse, respeito e a intenção de contribuir.” Esta abertura linguística, afirma, é uma ponte para o entendimento, a inclusão e a representatividade. Ao falar do Canadá, país onde reside e trabalha, Roberto do Nascimento não poupa elogios: “É um país pacífico, que valoriza a convivência harmoniosa com os demais povos.” O psicoterapeuta aponta os festivais multiculturais como exemplos concretos dessa convivência saudável, onde se celebram as raízes culturais e se fomenta a curiosidade sobre o outro.

Este espírito de abertura contribui, segundo ele, para uma atmosfera de respeito mútuo que vai além do discurso oficial. “Mesmo que surjam divergências, prevalece uma convivência pacífica e inclusiva”, refere, com um olhar que mistura análise profissional e experiência pessoal. Questionado sobre fenómenos como o racismo e a xenofobia, o psicoterapeuta mostra-se preocupado, mas também esperançoso. “Estes fenómenos têm origens complexas: medo, ignorância, tensões históricas e socioeconómicas. As suas consequências são sempre destrutivas.”

Para o psicoterapeuta, a empatia é a chave para um novo paradigma de convivên-

cia: “Se os indivíduos olhassem mais atentamente para o outro, sem competição, e investissem tempo a ajudar o próximo, viveríamos numa sociedade mais justa.” Roberto advoga por uma cultura de partilha e serviço comunitário como antídoto para os males da exclusão.

“Hoje podemos estar numa situação privilegiada, mas não há garantias de que assim permanecerá. Devemos baixar as nossas defesas e ver no nosso semelhante uma oportunidade de crescimento e de amor.”

A última reflexão da entrevista incide sobre o impacto da imigração nos países de acolhimento. “Pode ser tanto uma oportunidade como um desafio”, afirma, explicando que tudo depende da forma como o fenómeno é gerido.

Na visão de Roberto, a imigração é vital em sectores como a saúde, a construção, a agricultura e a pesca — especialmente em países com populações envelhecidas. Mas alerta: “Quando o sistema não está preparado, surgem dificuldades nos serviços públicos e na integração.”

A solução? Políticas migratórias robustas, programas de integração eficazes e uma vigilância constante sobre o impacto social da imigração. “Países que promovem a participação cultural e económica dos imigrantes colhem mais benefícios”, resume, com a certeza de quem observa o fenómeno por dentro, todos os dias.

Recorde-se ainda que as palavras de Roberto do Nascimento, segundo o próprio, não pretendem ser definitivas, mas sim um convite à reflexão. Entre a empatia e a responsabilidade, o psicoterapeuta propõe uma visão humana, respeitosa e crítica sobre a migração, num mundo cada vez mais interdependente. “Talvez o maior acto de coragem não seja partir para outro país, mas abrir o coração ao desconhecido – em nós e no outro.”

Rómulo Medeiros Ávila/MS

Roberto Medeiros. Créditos: DR.

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

Sim, é importante que os imigrantes se adaptem, em certa medida, aos costumes do país onde vão viver. Isso facilita a integração social, melhora a convivência e contribui para o acesso a oportunidades como o emprego, a educação e os serviços públicos. No entanto, adaptar-se não significa abandonar a própria cultura. O ideal é encontrar um equilíbrio: que o imigrante respeite as normas e os valores fundamentais do país de acolhimento (como as leis, os direitos humanos e os costumes sociais básicos), mas que também tenha liberdade para manter as suas tradições, desde que estas não entrem em conflito com esses princípios. Ou seja, a adaptação deve ser um processo de troca e respeito mútuo.

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

Na minha opinião, de forma geral, sim, existe uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá, especialmente se compararmos com muitos outros países. O Cana-

dá é conhecido pela sua política de multiculturalismo, que valoriza a diversidade e incentiva os imigrantes a manterem as suas culturas de origem, ao mesmo tempo que se integram na sociedade. Cidades como Toronto, Vancouver e Montreal são exemplos de locais com grande diversidade étnica e cultural, onde diferentes comunidades convivem de forma relativamente harmoniosa. O respeito pelas diferenças e a promoção da igualdade fazem parte dos valores canadianos. Portanto, a convivência é, em geral, positiva, embora haja sempre espaço para melhorias.

O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte?

O aumento de atitudes racistas e xenófobas nalguns países da Europa e da América do Norte é preocupante e merece uma atenção mais séria. Este fenómeno tende a crescer em momentos de crise económica, instabilidade política ou grandes fluxos migratórios, quando parte da população começa a ver os imigrantes como uma ameaça ao emprego, à segurança ou à identidade nacional. Infelizmente, certos discursos políticos e alguns meios de comunicação sensacionalistas alimentam esses medos, difundindo estereótipos e incentivando a intolerância. Isso não só prejudica os grupos visados, como também enfraquece a coesão social, aumenta os conflitos e põe em risco valores demo-

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

cráticos fundamentais, como o respeito pela diversidade e pela dignidade humana. É essencial combater estas atitudes com educação, diálogo, políticas públicas inclusivas e leis rigorosas contra a discriminação. A diversidade não é uma ameaça — é uma riqueza que, quando bem acolhida, fortalece as sociedades.

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

A imigração, na minha opinião, representa uma oportunidade para o país, desde que bem gerida. Os imigrantes trazem diversidade cultural, novas ideias, força de trabalho e espírito empreendedor. Setores como a construção civil dependem fortemente da mão de obra imigrante. Além disso, a imigração enriquece culturalmente a sociedade, promovendo o intercâmbio de valores, gastronomia, artes e modos de vida. Quando bem integrada, essa diversidade pode fortalecer o país, tornando-o mais inovador, aberto e conectado globalmente. No entanto, a imigração pode gerar desafios se não existirem políticas adequadas. Em resumo: a imigração é uma oportunidade valiosa, mas exige responsabilidade e visão a longo prazo por parte dos governos e da sociedade.

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

Claro que se devem adaptar. Há um novo país, há novas regras e por isso devem-se adaptar. Ao adaptar-se, o imigrante demonstra interesse e vontade de fazer parte da nova comunidade, o que pode abrir portas a melhores oportunidades de trabalho, educação e participação cívica. Além disso, ajuda a combater preconceitos e a criar uma sociedade mais inclusiva e coesa.

Sim, na minha opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá. O país é reconhecido mundialmente pelo seu modelo de multiculturalismo, que valoriza e respeita a diversidade cultural. Pessoas de diferentes origens, religiões e línguas vivem lado a lado, partilhando o espaço público e contribuindo para uma sociedade inclusiva.

O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte?

Penso que o aumento de atitudes racistas ou xenófobas em

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

alguns países da Europa e da América do Norte é profundamente preocupante. Estas atitudes revelam uma falta de empatia, de conhecimento e de abertura para com o outro, e podem ter consequências muito negativas para a coesão social e para a convivência pacífica entre diferentes grupos.

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

A imigração pode ser tanto uma oportunidade como um grande problema, mas disso apenas depende a forma como é gerida e do contexto em que ocorre. No geral, eu acho que há mais argumentos para considerá-la uma oportunidade.

capitalizando no descontentamento popular, isto é, quanto mais gasolina se atirar para uma fogueira...mais e melhor arderá.

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

Devem adaptar-se. Um país tem uma identidade única e própria que deve obrigatoriamente ser respeitada. Contudo não implica que lhes seja vedada a oportunidade de pedirem um tratamento apropriado.

Pelo que tenho observado no Canadá acho que sim, embora identifique alguns sinais de guetizaçāo, isto é, comunidades a fecharem-se em si próprias.

O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte?

São o resultado de políticos populistas e bastante demagógicos que querem agarrar o poder. Mais fácil consegui-lo

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

A imigração é sempre positiva para o país, quando orientada para colmatar falhas no mercado de trabalho. Portanto compete aos governos criar os necessários mecanismos para que isso aconteça pacificamente.

José Higino Carvalho
Zilda Evangelista
Estela Caldas
Credito: DR

VOX POP

Num mundo cada vez mais globalizado, a imigração tornou-se um tema central em muitos países. As fronteiras abrem-se, as culturas cruzam-se e, com isso, surgem novos desafios e oportunidades. Saímos à rua para ouvir a opinião das pessoas sobre a convivência entre diferentes culturas, a integração dos imigrantes, e o impacto da imigração nas sociedades. Será que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes dos países onde escolhem viver? Como é vista essa convivência em países como o Canadá? E o que pensar do crescimento de atitudes xenófobas e racistas em várias partes do mundo?

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

Acredito que devemos acolher os imigrantes, pois todos têm o direito de procurar uma vida melhor. No entanto, é importante que cada país tenha as suas regras e leis para garantir uma convivência organizada e equilibrada

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

Na minha opinião, é possível e desejável que os imigrantes se integrem na cultura do país que os acolhe. Falo por ex-

periência própria, pois sei que essa integração enriquece tanto quem chega como quem já cá vive. A troca cultural pode ser muito positiva, desde que haja respeito mútuo. O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte? Infelizmente, nem sempre as atitudes das pessoas refletem respeito pelos outros, sejam eles imigrantes ou não. Acho errado tratar alguém com preconceito apenas por vir de outro país. O respeito deve ser a base de qualquer sociedade.

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

Reconheço que a imigração pode trazer oportunidades

para quem emigra e procura uma nova vida. No entanto, também pode gerar desafios para os países de acolhimento, especialmente quando não há políticas eficazes de integração ou quando surgem tensões sociais. Espero que se entenda que este país precisa de imigrantes para trabalhar. É importante perceber que, em muitos setores, a economia depende da força de trabalho dos imigrantes. Eles contribuem de forma significativa para o desenvolvimento do país e ajudam a suprir necessidades que, por vezes, não são preenchidas pela população local.

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

Todos os imigrantes que decidem mudar de país devem, sim, adaptar-se ao novo país e seguir as suas leis. Se tomam essa decisão, devem pensar também nas pessoas que lá vivem. A mudança deve partir da pessoa que imigra, e não de quem a recebe.

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

Relativamente à diversidade cultural no Canadá, existe, de facto, respeito, educação e até um bom convívio entre todos — raças, religiões, entre outros. Na Europa, ainda

não se está preparado para esse nível de civismo. Conviver com diferentes etnias e religiões vai levar anos até que ambas as partes se reeduquem para viver em ordem, respeitar o espaço do outro e, acima de tudo, praticar a educação. Por exemplo, hoje vemos um Portugal, que parece uma terra de ninguém, onde já não se respeitam as autoridades. É um país de fácil acesso, e ninguém faz nada. Será muito difícil para nós, imigrantes, regressar a um país desorganizado e sem controlo. A partir do momento em que há desrespeito pela nossa pátria, torna-se difícil imaginar um Portugal unido. E o pior problema ainda está por vir... quando se aperceberem de que a política pode ser um bom caminho para eles, e decidirem abrir o seu próprio partido político, aí sim, será um grande problema. Perdeu-se o sentido da frase que tantos portugueses diziam: "Portugal é um paraíso" - passou a soar mais como: "Portugal tornou-se um inferno."

O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte?

O aumento das atitudes racistas e xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte é, sem dúvida, um fenómeno preocupante, e deve ser analisado com seriedade e muita responsabilidade. Tudo isto, a continuar, vai trazer problemas de crises económicas e sociais, aumento da violência e do discurso de ódio e sobretudo uma grande fragmentação social.

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

A imigração pode ser tanto uma oportunidade como um desafio, mas quando bem gerida, é claramente uma oportunidade para o país, ao nível económico, social e até culturalmente. Têm é de ser criadas condições para todos e respeito por cada um.

Acha que os imigrantes devem adaptar-se aos costumes do país para onde vão viver? Porquê?

É claro que aceitar e respeitar a vivência do país para onde nos mudamos será fundamental para a nossa integração nesse novo mundo que nos acolhe. Caso contrário, talvez seja preferível permanecer no país de origem.

Na sua opinião, há hoje uma boa convivência entre culturas diferentes no Canadá?

No Canadá, de forma geral, existe uma boa convivência entre as pessoas. No entanto, noto uma crescente separa-

ção entre comunidades, especialmente aquelas oriundas de países não europeus. As diferenças culturais são significativas e, se não forem compreendidas e geridas com sensibilidade, poderão transformar-se num problema sério no futuro.

O que pensa do aumento de atitudes racistas ou xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte?

O aumento das atitudes racistas e xenófobas em alguns países da Europa e da América do Norte é, sem dúvida, um fenómeno preocupante, e deve ser analisado com seriedade e muita responsabilidade. Tudo isto, a continuar, vai trazer problemas de crises económicas e sociais, aumento da violência e do discurso de ódio e sobretudo uma grande fragmentação social.

Acha que a imigração é uma oportunidade para o país ou um problema? Explique porquê.

Há sinais preocupantes para a sociedade canadiana. A instabilidade económica que se avizinha, a escassez de mão de obra qualificada, sobretudo no setor da construção e o aumento do número de jovens a depender do sistema de apoio social ("welfare"), bem como o envelhecimento da população ativa, são desafios reais. Vamos certamente enfrentar tempos difíceis. É, por isso, essencial que os governos estejam à altura e saibam lidar com os problemas que se aproximam.

Jorge Ribeiro
Lina Pedrosa
RMA/MS
Isabel Soares

O mundo a “girar”

Olá muito bom dia, passaram bem?

Primavera “manhosa” com calor, chuva e frio. “A mãozinha Humana“ no seu pior, tudo desorientado. A mãe natureza anda a braços com o clima. É o que é. Bem, a edição desta semana do jornal Milénio, traz para cima da mesa a imigração de hoje como forma de “re-colonizar” o mundo - é ou não favorável?

Vamos lá tentar perceber.

A imigração no mundo está a mudar, com alguns países a registarem aumentos e outros a impor restrições. Países como os Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos continuam a ter grandes comunidades imigrantes, enquanto a Europa, a América do Norte e a Ásia Ocidental recebem a maioria dos migrantes internacionais. O número de refugiados também tem crescido globalmente, com a Síria, a Ucrânia e a Venezuela a serem os principais países de origem. No entanto, alguns países, como o Canadá, estão a implementar políticas mais restritivas para reduzir o número de imigrantes.

Assim sendo...

Países com grandes comunidades imigrantes:

• Emirados Árabes Unidos: Uma grande percentagem da população é imigrante, com cerca de 88,4% dos habitantes a serem estrangeiros.

• Os Estados Unidos: É um dos principais destinos para imigrantes, com uma grande comunidade de imigrantes, especialmente mexicanos.

• Já o Canadá: Historicamente um país recetivo a imigrantes, mas tem implementado restrições para reduzir o número de residentes permanentes.

• A Europa: Recebe a maior quantidade de migrantes internacionais, com 82 milhões em 2019.

• Pela América do Norte: Segue a Europa como o segundo maior destino para migrantes internacionais, com 59 milhões.

• Já pela Ásia Ocidental e Norte de África: É um dos principais destinos para migrantes internacionais, com 49 Milhões.

As tendências viram-se para...

Aumento do número de refugiados: O número de refugiados sob o mandato do ACNUR duplicou em relação a uma década atrás, com a Síria, a Ucrânia, a Venezuela, o Afe-

ganistão e o Sudão a serem os principais países de origem. Quando chega a aplicação de políticas mais restritivas: Alguns países, como o Canadá e a Holanda, estão a implementar políticas mais restritivas para reduzir o número de imigrantes. Resumindo, a imigração no mundo é um fenómeno complexo, com tendências de aumento em algumas regiões e restrições noutras.

É importante acompanhar as notícias sobre imigração para se manter atualizado sobre as mudanças que estão a ocorrer no mundo.

Vou dar-vos um pequeno grande exemplo que nos afeta a nós como portugueses.

A imigração e “portas abertas” em Portugal está deveras a transformar o país. Principalmente pela capital onde nunca se viu tanto muçulmano e etnias que nada têm a ver com a nossa cultura.

Entram, instalam-se e não respeitam. Os Governos que acordem. É preciso corrigir o que foi feito o quanto antes!

Antes que Portugal deixe de ser o pouco que ainda podemos chamar de pátria.

É o que é e vai sempre valer o que vale.

Fiquem bem e até já, Cristina

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Carolina Cardoso, finalista do Ídolos Portugal 2022, conta-nos tudo sobre o seu novo single.

Celebramos o Dia das Mães, num evento especial para homenagear as mães e apoiar o Magellan Community Centre.

A comunidade escolar celebrou os 100 anos da Alexander Muir School com um encontro emocionante que uniu gerações.

Estivemos na Cardinal Matching Gift Challenge, campanha de apoio à Magellan Community Foundation.

Marcamos presença na 42.ª Gala Anual da FPCBP que reuniu líderes, profissionais e estudantes num evento de reconhecimento e união.

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Cristina da Costa Opinião
Credito: DR

The new face of colonialism

The concept of modern colonization can be written off as an invention by those within a certain social realm arguing that migration should be allowed from any part of the world to any part of the world to make people’s lives better. Colonialism can be defined as control by one power over a dependent area or people when one nation subjugates another, conquering its population and exploiting it.

In addition to control, there’s mental enslavement forcing people to learn new languages and cultural values. While many will associate this type of colonialism with the conquests of European countries from the 1500’s to the 1800’s, colonization still exists, perhaps in different forms but the reality is that many countries are being

invaded by migratory populations challenging the countries’ ways of life and often the enjoyment of their cultural freedom. Not much different from the colonialists of many years ago when a slow approach to change enslaved many countries, which in many cases, have never gone back to their original way of life.

It could be argued that the worst example of colonization is by tech companies and their data machines which have invaded every aspect of people’s way of life at a worldwide scalable level. These colonialists do not conquer land, they overthrow populations by poisoning their minds with druglike obsessions and whose dependence influences how people think and react while diluting independent thinking. Mental enslavement conquers people, not land, but it’s a form

of dependence that has enslaved the populations of the world promoting unequal economies and violence of racism.Modern human colonization is understood to be exertion of control by one nation over another, however, it can be argued that today the exertion of physical control is reflected in few countries who roguely assume that fear provides a license for them to invade and abuse weaker countries. These practices today are seen as forms of neo-colonialism and can be exemplified by US interest in Greenland and Canada. Russia is attacking Ukraine to insert their form of colonialism in the name of false historical pretenses. Modern Colonization does not fit traditional models but are reflections of modern aspects where countries exert influence over smaller or weaker nations’ policies. Exertion of power over countries and their governance can be seen in recent migratory patterns by intrusions of ethnic populations into other countries which can be seen as colonization imposition on the receiving countries, often disrupting their way of life. Examples can be seen all across Europe and Canada where these migratory populations assimilate into large masses of alike religions and political beliefs which do not align with the cultural or religious norms of the host country. The laws are not respected, and assimilation into local populations is often rejected. Political weakness which refuses to enforce the laws of the country, slowly suspending the perception that those who respect the laws of the land don’t matter. In recent elections in Portugal, one political party made their platform based on unwanted immigration, corruption within ethnic invaders and the lack of respect of the country's laws by those colonizers. The people spoke in approval symbolizing their displeasure with how their way of life has been attacked.

The world is changing but not for the better. Let’s accept our brothers and sisters into our midst but let’s not dilute the condition by which we live by to accommodate religions and political fanaticism which could derail all the good that provides stability to previously colonized lands. Racism against migration is not acceptable but neither is forced colonization which enforces radical religious or political views brought purposely from other lands to destabilize host countries.

Apresentador Augusto Bandeira

Tema da semana: Discussão de

sexta-feira às 18h

Convidados Rómulo Ávila Laurentino Esteves

Manuel DaCosta/MS

OPINIÃO

WAR OF THE WORDS

As always, there’s more than one side to every tale. Perfectly in line with current times, the now classic ‘cars versus bicycles’, two formidable opponents, both enabled by their side, both with very little, (or no), tolerance for the other. In one corner, Team Cyclists, who have been around since the early 19th century. Although people mainly rode bikes, eventually most that could afford it ended up buying the next big thing, a car.

As cities grew, so did Team Car, to the point that city planning was done around the car, (i.e.: suburbs), leaving the cyclists at the mercy of four wheeled traffic and long distances to ride to work. Winters also played in great favour of the automobile. Fortunately, a few decades later, the rude awakening of climate change, in conjunction with a new

awareness of our surroundings and how they work, the tide began to make room for travel with a smaller, much cheaper and sustainable footprint, hence the bicycle emerges from the ashes. And good thing too, a non-polluting, heart-exercising way to get around, and taking up much less space. One of the most obvious problems is mixing bicycles with cars in traffic, in a city.

A David versus Goliath kind of deal, excepting that, in a collision, David never wins. This problem subsists today, but specific lanes for cyclists didn´t, and their introduction alleviated the problem, somewhat. But what is a great city without its human conflict. Now that city planners are trying to right their past wrongs by “making room” for cyclists, each side is trumpeting their sense of entitlement, in an effort to belittle the opponent’s.

This is nothing new. Decades have passed without truce. I witnessed the violence; cars intentionally encroaching on the bikes, cyclists kicking car fenders and doors. Both sides are carrying their false sense of entitlement like a badge of honour, and like most other conflicts we generate across the world, nothing gets resolved in the midst of all the finger pointing. Last time I was in Toronto I saw it every day; cars cutting off bikes, running them off the road because they just don’t bother checking for them. Cyclist continuously running Stop signs and traffic lights. So many cyclists do ignore traffic rules, many of them couriers, weaving in and out of traffic as if there were a force field protecting them. Don’t get me wrong, drivers cause as much trouble as their counterparts, they just get away with less due to sheer size; they tend not to be as bold, especially in traffic. All of

this is nothing but an acute lack of respect and low tolerance for others. Ring a bell? We always seem to choose to stand our ground rather than to cooperate. Cooperation could efficiently resolve most of our current issues and not only that, one of the most efficient weapons used against us is divisiveness. We don’t grasp the concept of the healing power we could wield as a group. Instead, we seem to go directly to irritated when having to accommodate for the greater good, in many instances even before we know what we are irritated at. We put everything into question, when all it takes is some flexibility; follow the rules, look out for each other. Improvement is not a term limited only to marketing. We could all use some.

Fiquem bem,

The dynamics of modern immigration...

In recent decades, Canada particularly regions like Ontario and Toronto-has become a prominent destination for immigrants from around the globe. This influx of diverse populations has significantly contributed to the country’s multicultural identity, economic growth, and social vibrancy. However, alongside these positive aspects, some observers express concerns about the evolving cultural landscape, framing it as a form of “new colonization,” where local traditions and societal cohesion are perceived to be challenged or overshadowed by the myriad of new cultures.

Toronto, often dubbed the most multicultural city in the world, hosts residents from virtually every country, language, and cultural background. Ontario, as a province, attracts immigrants through its economic opportunities, educational institutions, and quality of life. This demographic shift has transformed these regions into vibrant melting pots, fostering innovation and economic resilience.

Critics argue that the rapid pace of immigration can lead to cultural fragmentation. Some claim that newcomers tend to establish enclaves-ethnic neighborhoods or communities-where they maintain their native languages, customs, and social structures. This phenomenon, often called “cultural segregation,” and the development of a cohesive national identity.

Furthermore, some individuals perceive that newcomers prioritize their own cultural practices over adopting Canadian societal norm, leading to tensions regarding values, social cohesion, and civic integration. For example, debates around multiculturalism, religious accommodations, and language policies sometimes highlight these concerns.

The term “colonization” traditionally refers to the domination and exploitation of territories Nand peoples by external powers, often involving control over land and resources. Applying this concept to modern immigration is contentious. Some opponents frame mass migration as a form of “cultural colonization,”-whether dominant cultural groups-whether newcomers or existing communities-impose their norms, or where the original cultural fabric appears to be eroded.

However, many scholars and policymakers emphasize that immigration enriches society rather than diminishes it.

The Canadian model of multiculturalism encourages the coexistence and celebration of diverse cultures, promoting integration while respecting cultural differences. Effective integration policies are crucial in ensuring that newcomers become active, contributing members of society while maintaining their cultural identities. Community organizations, educational programs, and civic initiatives aim to foster mutual understanding and social cohesion.

Conversely, challenges such as economic disparities, language barriers, and social exclusion can hinder integration efforts. Addressing these issues requires balanced policies that respect cultural diversity while fostering shared Canadian values.

Canada’s experience with immigration is complex and multifaceted. While it undeniably brings challenges, it also offers opportunities for growth, innovation, and cultural enrichment. Framing immigration as “colonization” may oversimplify the profound human stories behind these movements and overlook the mutual benefits of cultural exchange.

One phenomenon often associated with immigration is the formation of ethnic neighborhoods or enclaves-Chinatowns, Little Italy’s, Korea towns, Portuguese areas, and others-where communities maintain their language, customs, and businesses. These enclaves serve as sup-

port networks for newcomers, helping them navigate a new country and preserve cultural traditions. Such enclaves can lead to social fragmentation, making integration more challenging. They fear that these communities may operate in isolation from broader Canadian society, potentially fostering mistrust, or misunderstanding.

Ultimately, the goal should be to foster a society where diverse cultures coexist harmoniously, respecting each other’s differences while building a shared future rooted in mutual understanding, respect, and inclusivity. This approach ensures that Canada remains a nation that celebrates its multicultural identity rather than perceives it as a threat or a form of colonization. Canada’s multicultural landscape is a testament to its history of welcoming diversity and its commitment to pluralism. While concerns about cultural erosion or social fragmentation are valid and merit attention, framing immigration as “colonization” can oversimplify and distort the reality.

Canada’s strength lies in its ability to adapt, to learn from its diverse population, and to build inclusive communities. By doing so, it can continue to be a shining example of multiculturalism in action-one that celebrates differences while uniting around shared values of respect, fairness, and mutual understanding.

Luís Souta novo livro

Vozes da Escrita

Tanto quanto sei, em Portugal os livros com entrevistas a escritores não são muitos (Maria Augusta Silva, Mário Ventura, José Correia Tavares, José do Carmo Francisco) mas este volume de Luís

Souta (1952) vem abrir o leque de escolhas pois integra autores que não costumam aparecer neste tipo de publicações; Altino do Tojal e Ricardo França-Jardim, por exemplo.

Olivro tem 332 páginas, edição da Ex-Libris, prefácio de José Manuel Mendes, capa de Rogério Oliveira, revisão de Maria José Dias e paginação de Paulo Resende.

Os autores entrevistados são conhecidos e reconhecidos nas áreas do romance, da novela, do conto, do teatro, da crónica, do policial, da diarística, da poesia, da crítica literária e da literatura infanto-juvenil. Eis

os seus nomes: Alice Vieira, Altino do Tojal, António Damião, Cristóvão de Aguiar, Eduarda Dionísio, Fernando Dacosta, Fernando Miguel Bernardes, Fernando Venâncio, Júlio Conrado, Maria Rosa Colaço, Mário de Carvalho, Mário Ventura, Natália Nunes, Matilde Rosa Araújo e Ricardo França-Jardim.

Num país que conhece Bulhão Pato pelas amêijoas, Bocage pelas anedotas e Camões pelo olho perdido, este livro vem chamar a atenção para o que verdadeiramente importa numa área (a Cultura) onde surge mais o conflito do que a harmonia. Basta ver as palavras de Margarida Rebelo Pinto a perguntar no «DN»: «Mas quem é Fernando Venâncio?».

JCF

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Host Vince Nigro

Guest Manuel DaCosta

Saturday 10:30 am

Sundays 10:00 am

Saturdays 7:30 am

Photo: Copyright
Vincent Black Opinon

Após as “ileições”

partir do que já existe, a estabelecer a norma padrão e os vários níveis em que a utilizamos, tanto na língua falada como na escrita, e que aprendemos a teorizar quando iniciamos a nossa escolaridade.

Não, caros leitores, não foi engano meu, foi mesmo assim que quis escrever a palavra eleições, com “i” tal como se pronuncia e, ao longo do meu texto, explicarei a razão da minha opção. Ao contrário do que possam pensar, não vou abordar o ato eleitoral do passado domingo, mas um tema que se prende com a fonética da nossa língua.

OPortuguês integra o conjunto das línguas indo-europeias que tiveram origem na evolução do latim. No entanto, tal como o falamos hoje, provém do latim popular, ou seja, aquele que era falado pelas classes populares. Quer isto dizer que as línguas não nascem a partir de diretivas de gabinetes de gramáticos, mas da liberdade dos seus falantes. Os gramáticos limitam-se, a

O facto de nos ter chegado por via popular não exclui a existência de palavras eruditas a que recorremos quando usamos uma linguagem mais cuidada e elaborada. Sem entrar em detalhes, recorro a um exemplo bem conhecido - a Ave Maria. Há quem diga "Ave Maria cheia de graça" ou "Ave Maria plena de graça". No primeiro, temos a palavra popular e, na segunda, a que entrou por via erudita. Daqui se conclui que é ao povo que cabe a responsabilidade de padronizar palavras e expressões que, de tão repetidas, acabam por ficar no ouvido e, mais tarde, fazerem parte do vocabulário socialmente aceite. É então que entram os gramáticos e as incluem num léxico padronizado. Em relação à pronúncia das palavras, passa-se exatamente o mesmo, apesar de as regras estabelecerem normas que são frequentemente violadas.

Como na minha carreira docente, fui professora de língua portuguesa no estrangeiro, acontece, com certa regularidade, receber telefonemas de amigos a pedir que lhes tire uma ou outra dúvida. Esta semana, a dúvida foi sobre a pronúncia da palavra "egrégios", que todos os leitores conhecem do nosso hino nacional, cujos versos aqui evoco: "Dos teus egrégios avós/ Que há de guiar-te à vitória". Perguntavam-me se deveríamos pronunciar “êgrégios”

ou “igrégios”, ou seja, se o “e” inicial tinha o valor de “ê” ou de “i”. Respondi socorrendo-me da regra: "Pronuncia-se “i”, o “e” inicial não acentuado, que constitui sílaba no início de palavra, assim como na conjunção “e”, segundo o exemplo “tu e ela”. Por isso, em palavras como: elegante, elemento, educação, economia, elefante, exame, emérito, eleição, etc., o “e” inicial lê-se sempre “i” – “ilegante”, “ilemento”, “iducação”, “iconomia”, “ilefante”, “ixame”, “imérito”, “ileição”.

Considerando que o nosso “h” inicial é uma consoante muda, ou seja, não se pronuncia, a mesma regra se aplica às palavras começadas por “e” átono antecedido de “h”. Assim, “helicóptero”, “herói”, e tantas outras, devem ler-se “hilicóptero” e “hirói”.

No entanto, a maioria dos nossos locutores - quer da rádio quer da televisão - cada vez, com mais frequência, pronuncia estas palavras como se começassem por um “e” fechado, ou seja, “ê”. Convido-vos a estarem atentos e verão se tenho ou não razão. Seria até um bom exercício terem um papel e um lápis à mão para anotarem todas as vezes que isso acontece. Além da atenção exigida, servirá de entretenimento.

Que irá acontecer, então? De tanto se pronunciar desta forma, tempo virá em que será formalmente aceite e fará parte da norma, que evolui de acordo com as práticas com que crescemos. Como diria Vasco Graça Moura sobre a nossa língua "não és mais que as outras, mas és nossa, e crescemos em ti". É crescendo nela e com ela que assistimos a todas estas transformações, independentemente do resultado das “ileições” ou “êleições”, como agora se diz.

Virar o jogo da defesa para o ataque

Os resultados eleitorais de 18 de maio foram um terramoto político. A quente, podemos e devemos ficar tristes, indignados e mobilizados para a resistência, como lhe chamava há um ano. Todavia, se queremos perceber o que se passou e pensar como sair daqui, precisamos de uma reflexão séria a sangue-frio.

OPS perdeu 5 pontos percentuais e a restante esquerda 2, enquanto a AD cresceu 3 pontos percentuais e o CHEGA 4,5. Depois de distribuir largamente o excedente que herdou, Montenegro pouco ganhou e continua a apresentar-se sem maioria no Parlamento e com uma das mais baixas votações para um Governo, só "superado" por Cavaco Silva em 1985 e pela "derrota" de António Costa em 2015. O grande vencedor da noite é, pois, mais uma vez, André Ventura. Será para aí que foram parar os votos da Esquerda ou, pelo menos, os abstencionistas que foram votar, em substituição dos progressistas que ficaram em casa. É certo que o derrape à direita é um movimento da cultura política ocidental, marcado pelo individualismo, a polarização e a reação "anti-woke". Não são tempos fáceis

para se ser de esquerda. Também é verdade que, para os eleitores que querem saber disso, com o caso Spinumviva, Montenegro deu ao CHEGA amplos argumentos para dizer que o sistema estava podre. O PS, principal partido do poder nos últimos 30 anos, não conseguiu capitalizar para si esse assunto.

Mas não podemos colocar as responsabilidades todas do fracasso do PS nos outros. Mais do que o debate sobre as causas imediatas desta votação – nomeadamente se fomos penalizados por termos reprovado a moção de confiança ou por termos suportado o Governo – deve-nos interessar as razões estruturais por detrás deste declínio.

Nos últimos anos, o PS concentrou a sua demografia eleitoral nas mulheres, nos pensionistas e na maioria com menos qualificações. Este afunilamento tornou-se insustentável à medida que se esgotava o bónus de gratidão pelo fim da austeridade e que novas gerações chegavam à idade da reforma. Tanto António Costa como Pedro Nuno Santos tentaram alargar esta base eleitoral para a classe média e os jovens. Em ambos os casos, não tiveram sucesso. Não se pode dizer que tenha sido por falta de políticas dirigidas a estes públicos. Desde manuais e creches gratuitas à devolução das propinas, o PS governou para estes segmentos que foram também priorizados neste programa eleitoral. A verdade é que essa ideia não passou e o PS ficou a falar sozinho. Há um problema de mensagem e há um problema de infraestrutura de comunicação – e não estou só a falar de redes sociais. O segundo devia ter sido alvo

de investimento durante o período da governação e agora demorará anos a recuperar. Mas o desafio maior está mesmo no campo das ideias. Depois de termos construído a democracia e o Estado Social, falta à Esquerda algo mais do a defesa desse legado. Andamos anos a repetir um discurso de "bicho-papão" do ataque ao SNS, às pensões e à igualdade. Se houve altura em que as pessoas tiveram medo (e há bons motivos para ter), parece que já não o têm.

No reverso da medalha, passamos pouco tempo a cultivar a esperança num projeto que precisa de mais sonho e ambição ou a contrapor as narrativas falaciosas da direita com factos e histórias que mobilizem não só a razão como também o coração. Até era isto que Pedro Nuno Santos fazia quando falava de "mérito" ou "empatia", mas o seu tempo foi muito curto e injusto para tão longa missão. É provável que a eventual "corrida" à liderança do PS ande longe disto. Uns focar-se-ão em personalidades, outros na questão da governabilidade, e ainda outros no "esquerdómetro". É da natureza dos ciclos mediáticos e, em verdade, podem ser pontos importantes para o futuro imediato de um partido que precisa de se reconstruir e voltar a ser atrativo para o português médio.

Não podemos, porém, permitir que nos quedemos pelo curto-prazo e nos esqueçamos de preparar o futuro. Afinal, isto não é só um slogan de campanha – o futuro é mesmo já.

Aida Batista Opinião
A linguagem fez-se para nos servirmos dela, não para que a sirvamos a ela Fernando Pessoa
Miguel Matos Opinião

Manuel Nunes o inventor do Ukulele

O arquipélago da Madeira, cais singular de chegadas e partidas no oceano Atlântico, tem sido, ao longo da história portuguesa, um dos territórios nacionais mais fortemente marcado pelo fenómeno da emigração.

Impelidos pelo desígnio de uma vida melhor coligida às necessidades de mão-de-obra por parte do mercado estrageiro, os madeirenses encontram-se espalhados

pelos quatro cantos do mundo. Com particular incidência na África do Sul, Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, França, Reino Unido e Venezuela, onde reside atualmente uma das maiores comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo. No quadro da presença histórica de madeirenses no mundo, como revela a investigadora Susana Caldeira, destaca-se o pioneirismo da chegada de naturais da pérola do Atlântico ao Havai, um dos cinquenta estados norte-americanos localizado num arquipélago em pleno Oceano Pacifico, cuja capital e maior cidade é Honolulu.

Como sustenta Susana Caldeira na obra Da Madeira para o Hawaii: A Emigração e

o Contributo Cultural Madeirense, a emigração portuguesa para este arquipélago norte-americano “começou com o primeiro grupo de 120 madeirenses que chegaram lá no dia 29 de Setembro de 1878, a bordo do navio Priscilla, respondendo a uma crescente demanda de mão-de-obra para as plantações de açúcar. Depois desse primeiro embarque, milhares de madeirenses seguiram o seu sonho de uma vida melhor no que eles chamavam a "Terra Nova". De longe, o maior grupo de portugueses era oriundo da Madeira tendo, assim, constituído o corpo principal dos antepassados da comunidade portuguesa”. É nesta leva primitiva de portugueses para o Havai, que se enquadra a trajetó-

ria migratória do madeirense Manuel Nunes (1843-1922), marceneiro e fabricante, considerado o inventor oficial do ukulele, afamado instrumento musical havaiano. Figura incontornável da história da emigração madeirense no crepúsculo do séc. XIX, Manuel Nunes, tornou-se um dos mais importantes fabricantes de ukuleles e o seu inigualável labor manteve-se no mercado durante mais de quatro décadas, sendo que muitos dos seus instrumentos feitos à mão ostentam uma etiqueta onde se pode ler "M. Nunes, Inventor of the Ukulele and Taro Patch Fiddles in Honolulu in 1879".

Afinal, o que se passou?

Quem provocou este temporal?

Meus caros leitores e amigos. Sempre que se cometem erros, paga-se caro. Não sou político, nem tenho formação nessa área, mas já estive do outro lado e consigo ver as coisas de forma diferente de muitos. Já disse e repito, havia um partido que, direta ou indiretamente, dava força ao Chega. Esse partido era o PS. Sabendo-se que o Chega representa a extrema-direita, era difícil imaginar que, um dia, André Ventura pudesse chegar ao poder, mas depois das eleições de 18 de maio, tudo mudou. Agora, é preciso olhar para o Chega de outra forma, eles não vão parar.

Na minha opinião, tudo começou com a formação da "geringonça". Parte da responsabilidade recai sobre António Costa. Não ganhou as eleições, mas agarrou-se ao poder sem o apoio direto do povo. Temos de compreender uma coisa fundamental, quem manda é o povo. Não venham os políticos querer dar a volta aos factos, muito menos hoje. Na altura, PS, BE e CDU formaram uma aliança para chegar ao poder. Até hoje não se sabe que acordos foram feitos. O certo é que impediram Passos Coelho de governar, apesar de ter vencido as eleições.

Tudo se paga neste mundo. Aquilo que se faz hoje, mais cedo ou mais tarde, tem retorno. Passos vinha de uma governação difícil, mas positiva. E porquê positiva? Porque o PS tinha deixado Portugal no fundo da Europa, com o governo de Sócrates que nos conduziu à terceira bancarrota. O PSD foi então obrigado a governar com a troika na retaguarda, e cumpriu todas as exigências. Mas, logo depois, PS, BE e CDU juntaram-se e assumiram o governo, armando-se em heróis. Pedro Nuno Santos já estava envolvido. Em certos aspetos, até conseguiram alguns resultados, mas no fim correu tudo mal. Ninguém percebe bem como, mas o PS de António Costa acabou por conseguir uma maioria absoluta contra o PSD de Rui Rio. Essa maio ria, no entanto, foi um desastre, tantos casos, tantos escândalos, que o governo não resistiu até ao fim do mandato. Enquanto isso, o Chega crescia, e muito, por culpa da postura de figu ras como Augusto Santos Silva, então presidente da Assembleia da Repúbli ca, que não soube lidar com a pressão vinda de André Ventura. Depois, o PS elegeu Pedro Nuno Santos como líder, uma figura mais ligada à esquer da radical do que a uma esquerda de mocrática, que tanta falta faz. Com a sua arrogância e sede de poder, colou-se ao Chega em várias ocasiões e, por fim, não aprovou o voto de confiança ao governo.

Esqueceu-se que o povo é soberano. Resultado? O povo reforçou a confiança na AD e no primeiro-ministro Luís Montenegro. Que grande estalo de luva branca levou Pedro Nuno Santos!

As políticas mudaram, o Chega cresceu, o PS desceu, e a esquerda levou um abanão, tudo por culpa da infantilidade do líder do PS. E, no meio disso, perderam-se boas pessoas. Reparem que houve políticos que nem quiseram fazer parte das listas, e isso diz muito. Dar a cara por um péssimo líder

pode manchar qualquer reputação. Como costumo dizer: "Diz-me com quem andas, e dir-te-ei quem és".

Vi excelentes pessoas no PS que não foram eleitas. O partido precisa de uma reflexão profunda. Vai levar tempo para "limpar a casa". Reparei também no discurso arrogante e de mau perdedor de Pedro Nuno Santos, nem sequer deu os parabéns a Montenegro pela vitória. Deixou claro que não apoia nem concorda com a sua liderança e, de forma indireta, sugeriu ao PS que não viabilize os orçamentos.

Como é que Portugal podia ser governado por alguém com tanto rancor e tão mau perder? Pedro Nuno Santos só conseguiu fortalecer o Chega e criou o cenário perigoso de um dia termos uma extrema-direita a governar o país.

Não se deixem levar por promessas bonitas, o povo já não cai no "conto do vigário". Primeiro mostrem obra, depois, sim, ganhem a confiança dos eleitores. O povo está mais atento, mais exigente. O PS prometeu mundos e fundos, mas as pessoas já não acreditam em promessas impossíveis.

A governação não será fácil para Montenegro, mas as negociações poderão ser mais diretas. A AD tem mais lugares do que toda a esquerda junta. Se não queriam este abanão, então que tivessem estudado melhor a lição antes de derrubar o governo. Que sirva de lição para futuros líderes, quem ganha deve governar. Bom fim de semana!

Sr. e Sra. Nunes e a Baía de Funchal cerca de 1880. Foto cortesia do Kealakai Center for Pacific Strings Archives.
Daniel Bastos Opinião

COMUNIDADE

Motores, Memórias e Coração

Moto Galos celebram a alma portuguesa em Toronto

No passado sábado, dia 17, o salão da LIUNA Local 183, em Toronto, encheu-se de cor, motores, música e emoção para celebrar o terceiro aniversário dos Moto Galos da Associação Migrante de Barcelos. Mais do que um grupo motard, os Moto Galos são hoje um símbolo de união, de cultura viva e de paixão partilhada por uma comunidade que, mesmo longe de casa, bate forte pelo que é português.

Foi uma noite onde a alegria acelerou no peito e a solidariedade deu gás ao coração. Famílias inteiras, jovens e menos jovens, artistas e líderes comunitários reuniram-se para honrar o espírito barcelense que, sobre duas rodas, tem construído pontes entre gerações e continentes. A festa fez-se com alma, com gargalhadas e lágrimas discretas, num encontro onde o amor pelas motas foi apenas o ponto de partida para algo muito maior: a celebração da vida em comunidade.

O música David Antunes, numa conversa descontraída, expressou a felicidade de atuar para os portugueses no Canadá. “Rapaz, estou muito feliz. Isto é uma comunidade muito divertida. Não sei o que fazem aqui, mas fazem bem, porque vê-se no espírito de festa. A malta anda mais leve do que em Portugal, onde tudo está mais complicado.”

A presença de Emanuel Moura, outro artista português, reforçou a ligação entre o palco e os momentos que costumam ser partilhados digitalmente. “Vamos recriar um bocadinho da dinâmica do nosso po-

dcast aqui. As pessoas conhecem-nos por isso. Vamos brincar com músicas que a malta já conhece, interagir. Ter um padre a abençoar só ajuda, porque assim estamos todos desculpados!”, brincaram entre risos. O humor continuou: “Se nos portarmos mal, duas Avé-Marias e um Pai-Nosso e está resolvido.”

É eles tinham razão. O Padre Ricardo Esteves, ligando desde sempre a sua “fé sobre duas rodas à comunidade que está sempre no seu coração”, confessa que “não hesitou em aceitar o convite. Desde que vim ao Canadá em fevereiro, na minha primeira vez, senti um ambiente incrível. Há uma nostalgia boa, uma ligação forte aos valores portugueses.”

A mensagem de Ricardo Esteves foi clara: “O propósito da vida é ser feliz. E quando queremos ir longe, é com os outros, com comunidade. Sem comunidade, não somos nada.”

Vítor Santos, um dos fundadores dos Moto Galos, e presidente da Associação Migrante de Barcelos, recordou com emoção o início do projeto: “Esperava que isto crescesse assim, sim. Já havia uma ligação com o clube em Portugal. Sabia que com os barcelenses aqui em Toronto, muitos deles motards, isto tinha pernas para andar.”

Sobre o espírito da associação, foi claro: “Queremos ser um clube familiar, onde todos são bem-vindos — mulheres, crianças, jovens. A solidariedade continua a ser o nosso lema, mesmo quando não conseguimos fazer tudo como gostaríamos.” A palavra “união” voltou a ser destacada: “A comunidade é unida, embora dividida

por regiões e ilhas. Há amor, há família. Se não sentíssemos isso uns pelos outros, nada disto faria sentido. A união e o carinho são o que nos faz andar nisto.”

Entre os eventos futuros, Vítor destacou: a Parada de Portugal, com a presença do presidente da Câmara de Barcelos, Dr. Mário Constantino, e do presidente da Assembleia Municipal, Dr. Fernando Pereira; o primeiro encontro de freguesias de Barcelos no Canadá, num almoço de confraternização no dia 8; e a exposição “Expressions of Barcelos – Art and Creativity”, entre os dias 9 e 11, com peças únicas e registadas, criadas especialmente para esta ocasião, que estará patente no “Memorial Hall – na Toronto City Hall”.

A Karma Band, agrupamento musial consagrado na comunidade luso-canadiana, marcou presença com energia contagiante. “Estamos orgulhosos de fazer parte disto, especialmente num mês como o de Camões. Há festas pela frente. Somos felizes em palco e queremos transmitir isso às pessoas.” Em tom leve, um dos músicos rematou com humor: “somos portugueses e por isso temos música dentro de nós”.

Foi mais do que uma celebração - foi um grito de identidade, um abraço coletivo e a certeza de que, mesmo longe da terra, o coração português continua a bater com força, entre motores, memórias e futuro. Parabéns aos Moto Galos e à Associação Migrante de Barcelos.

Rómulo Medeiros Ávila/MS

Fotos: Enerson da Silva

“Açores vivos em Toronto” Memória, cultura

e

identidade: Azores Parkette é o novo símbolo da Diáspora Açoriana em

Na tarde do passado sábado (17), a cidade de Toronto acolheu um novo marco cultural com a inauguração do Azores Parkette, um espaço público dedicado a celebrar a vibrante comunidade “açoriano-canadiana”. Localizado no coração de Little Portugal, na esquina da Dundas Street West com a Beaconsfield Avenue, este será o primeiro parque da cidade com identidade marcadamente açoriana, sendo um tributo à herança, ao contributo e à perseverança dos emigrantes açorianos no Canadá.

OAzores Parkette, sob a batuta do Conselheiro Regional da Diáspora Açoriana, Matthew Correia, foi concebido como um espaço de convívio, de celebração da identidade e de preservação da memória coletiva. Entre os elementos de destaque estão um mural artístico que retrata a odisseia migratória do povo açoriano; bancos memoriais, ideais para a reflexão e a partilha de histórias; e hortênsias e outras flores, numa homenagem à paisagem natural das ilhas.

O Conselheiro Regional da Diáspora Açoriana frisou que este “era um dia de muita emoção, de muita alegria, a afirmar

a nossa açorianidade permanentemente na cidade de Toronto". Emocionado durante a cerimónia de inauguração realçou que naquele espaço “qualquer pessoa pode vir sentir o que é ser dos Açores”.

Por seu turno, Suzanne Cunha, presidente da Casa dos Açores do Ontário, destacou o valor desta concretização para a comunidade: "É importante termos algo simbólico que marque a presença dos açorianos. As Casas dos Açores, aqui e por todo o mundo, servem como verdadeiras embaixadas da nossa cultura." Adiantou ainda que, "este momento, apesar de bonito, podia ter sido melhor aproveitado, pois era importante que todos estivessem unidos, e não apenas alguns. Ou seja, perdeu-se uma oportunidade de reunir todos os clubes que representam a comunidade açoriana em Ontário."

Os açorianos desempenharam um papel central na construção da comunidade portuguesa em Toronto. Joe Eustáquio, presidente da Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas de Ontário, relembrou: "Quando cheguei cá eu só conhecia açorianos. Era e é um povo dedicado, com forte ligação religiosa e cultural. Tenho uma grande admiração por esta comunidade açoriana”.

Digo eu que, mais do que um simples local para uma boa leitura de Vitorino Nemésio ou Natália Correia, o Azores Parkette é uma afirmação viva da identidade açoriana. Uma celebração do passado, um presente à comunidade e uma semente lançada ao futuro.

Após a inauguração, a Casa dos Açores do Ontário acolheu um pequeno convívio, onde incluiu discursos de representantes locais e entidades oficiais, uma palestra da Professora Maria João Maciel Jorge e a atuação da LusoCan-Tuna.

Toronto

Para muitos, o Azores Parkette é tanto uma homenagem aos que chegaram, como um legado para os que virão. Anabela Taborda, líder da BIA – Little Portugal, expressou: "Este projeto era um sonho de há muitos anos. Tivemos dificuldades, mas conseguimos. Este espaço honra não só os açorianos, mas toda a comunidade portuguesa."

Também o representante do Governo Regional dos Açores marcou presença na cerimónia, realçando o simbolismo profundo do gesto: "Este é um dia histórico para os Açores, para Portugal e para a comunidade portuguesa de Toronto”. José Andrade, diretor regional das comunidades asseverou que “este marco é uma homenagem ao passado, mas deve ser visto como um sinal para o futuro, para as novas gerações de lusodescendentes, para que sintam orgulho na sua identidade açoriana."

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, destacou o valor simbólico do parque: "Os Açores, situados entre a Europa e as Américas, representam uma ponte. Os pioneiros contribuíram para o país que os acolheu e este parque açoriano é uma homenagem à sua memória e à sua ética de trabalho."

Esta nova praça, mais do que um espaço físico, é um marco emocional e cultural que afirma com orgulho a açorianidade em Toronto — uma identidade que sobreviveu ao Atlântico, floresceu no exílio e se enraizou profundamente no tecido desta cidade multicultural. O Azores Parkette é um testemunho vivo da resiliência, do espírito comunitário e da capacidade única dos açorianos de manterem acesa a chama das suas origens, mesmo longe do arquipélago. Em cada flor, em cada cor do mural, em cada gesto de quem ali passa, pulsa o coração das nove ilhas. Toronto tem agora, no seu centro, um pedaço dos Açores, eterno, visível e inspirador para todas as gerações.

Rómulo Medeiros Ávila/MS

Fotos: Francisco Pegado

AUTONOMIAS

Cerca de 6 mil jovens concorrem a programas de Juventude em 2025

Este ano, 5.686 jovens concorreram a 4.096 vagas abertas em 15 programas dinamizados pela Direção Regional de Juventude (DRJ), revelou hoje Secretaria Regional de Inclusão, Trabalho e Juventude da Madeira.

Entre os mais procurados estão o ‘Jovem em Formação’, que visa promover a ocupação dos tempos livres através de actividades formativas, com 2.683 candidatos, e o ‘Estágios de Verão’ com 1.241 candidatos.

Esta tarde, durante uma visita à Direcção Regional, Paula Margarido, secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude enalteceu o "espírito proavtivo dos jovens", revelando-se muito satisfeita com a adesão

às iniciativas disponibilizadas pelo Governo Regional.

A governante aproveitou a visita para auscultar e conhecer toda a equipa liderada pelo director regional de Juventude, André Alves, inteirando-se dos projectos e das medidas em curso.

Para além dos programas ‘Jovem em Formação’ e ‘Estágios de Verão’, a DRJ promove as iniciativas: Ingressa, Eurodisseia, Colombo, Monitor Júnior, Juventude Ativa, Academia do Jovem Voluntário, + Mobilidade, Provas Dadas, Voluntariado Juvenil, Euroscola, Parlamento dos Jovens e o Programa de Inovação e Transformação Social, entre outros.

DN/MS

Coligação que governa arquipélago reforça número de deputados pela região

Num círculo representado desde sempre no parlamento por cinco deputados, os sociais-democratas Paulo Moniz e Francisco Pimentel são reeleitos e fazem-se agora acompanhar no hemiciclo por Maria Nuna Menezes.

OPS/Açores consegue segurar Francisco César, líder do partido na região, sendo que Sérgio Ávila abandona a Assembleia da República. Estas são as primeiras eleições desde que Francisco César assumiu a liderança da estrutura partidária e também a sua primeira derrota.

O Chega/Açores, que elegeu pela primeira vez para a Assembleia da República nas legislativas de 2024, quebrando a hegemonia social-democrata e socialista (apenas interrompida anteriormente pelo PRD, em 1985), fica representado por Francisco Lima.

A coligação PSD/CDS-PP/PPM, que governa os Açores e apenas no arquipélago concorreu com esta formação (o PPM não a integrou no restante território), conseguiu vencer em todas as ilhas, com exceção do Corvo (onde ganhou o PS).

Esta foi a primeira vez desde 2011 que uma candidatura liderada pelo PSD consegue eleger três dos cinco mandatos da região.

Nestas eleições legislativas antecipadas foram 230.305 os eleitores dos Açores que foram chamados às urnas (mais do que em 2024, quando estavam inscritos 230.082).

No sufrágio nacional de 2024, a coligação PSD/CDS-PP/PPM venceu no círculo eleitoral dos Açores, por onde também concorreram 13 forças políticas, com 39,84% dos votos. Seguiram-se o PS, com 29,18% e dois deputados, e o Chega com

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15,76% (um deputado).

No domingo, a formação de direita atingiu os 32,26% da votação expressa, o PS assegurou 28,41% e o Chega atingiu os 15,91%.

Em branco votaram 4,21%, enquanto os nulos atingiram os 0,90% e a abstenção foi de 57,12%.

Nos 16 atos eleitorais ocorridos desde 1979, o PSD foi o partido mais votado em nove (1979, 1980, 1983, 1985, 1987, 1991, 1995, 2002 e 2011) e o PS em seis (1999, 2005, 2009, 2015, 2019 e 2022), tendo empatado em 2024 (com dois eleitos cada).

O PS tinha tido os piores resultados em 1980, 1987 e 1991 (quando elegeu apenas um representante e o PSD quatro) e o PSD em 1999, 2005, 2009, 2015, 2019 e 2022 (ao eleger dois deputados e o PS três).

“Semana dos Açores” com gastronomia, workshops, um mercado e música em Lisboa

A segunda edição da “Semana dos Açores”, evento organizado pelo Hotel Açores Lisboa para celebrar a gastronomia e as tradições açorianas no coração na capital irá decorrer entre os próximos dias 26 de Maio a 1 de Junho.

OBASÁLTICO Restaurant & Garden Terrace será o palco de uma programação especial que proporcionará uma verdadeira viagem sensorial pelas ilhas açorianas.

Sob o lema “Viva os Açores em Lisboa”, esta semana temática oferece aos visitantes a oportunidade de experimentar a autenticidade açoriana sem sair da capital portuguesa, através de eventos que vão desde propostas gastronómicas exclusivas a workshops, passando por um mercadito de produtos regionais e uma edição especial de brunch, dedicada às crianças.

A programação para a Semana dos Açores privilegiará, durante a semana, ao almoço, um menu executivo 100% açoriano. O tema será totalmente dedicado aos sabores autênticos dos Açores, destacando a qualidade e frescura dos produtos das ilhas, prometendo fazer as delícias de todos os visitantes.

bre os ingredientes e a sua ligação às ilhas, bem como regras básicas de mistura de bebidas. No dia seguinte, pela mesma hora, realiza-se o workshop Vínico, que pretende ser uma viagem sensorial pela região vínica dos Açores. Os participantes serão introduzidos às características únicas dos vinhos açorianos, aprendendo a roda dos aromas e a reconhecê-los durante as provas.

Dia 30, o Hotel Açores Lisboa convida os visitantes para um final de tarde exclusivo onde podem deixar-se envolver pelos sabores e pela hospitalidade açoriana. A carta especial de sunset inclui propostas como croquetes de alheira com compota de ananás, prego de atum ou de lombo, hambúrguer e tábua de queijos dos Açores, e sobremesas como “brownie” e o pudim de nata e iogurte com texturas de ananás, acompanhados por bebidas como limonada de ananás, gin Azor ou mimosa de maracujá. No sábado de manhã, a esplanada do BASÁLTICO transforma-se num mercado pop-up, onde será possível descobrir e adquirir o melhor do artesanato e dos produtos tradicionais dos Açores, em pleno coração de Lisboa.

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No dia de abertura da Semana dos Açores, entre as 17h30 e as 19h00: decorrerá, no bar do Hotel, um workshop que convida os visitantes a conhecerem os segredos por trás de icónicos cocktails de assinatura inspirados nos Açores, como o “Sunset Island, Green Hills e Azorean Breeze”. Inclui uma breve apresentação dos cocktails, explicação so-

Para celebrar o Dia da Criança, 1, de Junho, o BASÁLTICO vai preparar um brunch especial dedicado às crianças neste dia tão especial, com insufláveis, máquina de pipocas e animação para os mais novos. Tudo a acontecer numa das mais emblemáticas unidades que integra a Bensaude Hotels, o mais notório grupo hoteleiro açoriano. DA/MS

DN/MS
Madeira
Credito: DR
Credito: DR
“Totalmente inaceitável” que as IDF tenham disparado tiros perto dos canadianos, diz Carney

O primeiro-ministro Mark Carney considera “totalmente inaceitável” que membros do exército israelita tenham disparado tiros perto de uma delegação diplomática, que incluía canadianos, na Cisjordânia, na quarta-feira.

Ogoverno federal confirmou que quatro membros de uma delegação canadiana faziam parte de uma visita guiada à cidade de Jenin quando membros das Forças de Defesa de Israel (IDF) dispararam nas suas imediações. Dois eram canadianos e dois eram funcionários locais, informou o gabinete da ministra dos Negócios Estrangeiros, Anita Anand. “Esperamos uma investigação completa e uma explicação imediata do que aconteceu. É totalmente inaceitável, é uma das muitas coisas totalmente inaceitáveis que estão a acontecer na região”, disse Carney durante uma conferência de imprensa em Ottawa.

Anand disse anteriormente que irá convocar o embaixador israelita para transmitir as “sérias preocupações” do Canadá. “Aliviada por saber que a nossa equipa está em segurança”, escreveu Anand depois de falar com o chefe da missão do Canadá em Ramallah. “Pedi aos meus funcionários que convocassem o embaixador de Israel para transmitir as sérias preocupações do Canadá. Esperamos uma investigação completa e uma responsabilização”.

O vídeo do incidente, filmado pela agência noticiosa Agence France-Presse, mostra os membros da delegação a serem afastados pelos seguranças enquanto se ouvem tiros ao fundo.

Em comunicado, as IDF afirmam que o grupo de turistas, que incluía também representantes de outros países, “desviou-se” da rota aprovada e os soldados dispararam tiros de aviso para obrigar a delegação a deslocar-se. A IDF disse que “lamenta o incómodo”. Anand junta-se a outros ministros dos Negócios Estrangeiros que condenaram o incidente.

No início desta semana, Carney juntou-se ao primeiro-ministro britânico Keir Starmer e ao presidente francês Emmanuel Macron para ameaçar impor sanções a Israel em resposta à sua “negação de assistência humanitária essencial” em Gaza. “O nível de sofrimento humano em Gaza é intolerável”, afirmaram os três líderes numa declaração. “Se Israel não cessar a nova ofensiva militar e não levantar as restrições à ajuda humanitária, tomaremos novas medidas concretas em resposta”.

Os três líderes afirmaram ainda que se opõem a “qualquer tentativa” de expansão dos colonatos israelitas na Cisjordânia, depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter afirmado que o seu país vai controlar Gaza, apesar da crescente pressão internacional para levantar o bloqueio à ajuda humanitária que deixou o enclave à beira da fome.

Netanyahu condenou a declaração conjunta numa publicação nas redes sociais e considerou-a “um enorme prémio para o ataque genocida contra Israel em 7 de outubro”, referindo-se ao ataque do Hamas contra Israel em 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.

CBC/MS

Entidade reguladora do Ontário acusa promotor da GTA de venda ilegal de 453 casas

Uma entidade reguladora do Ontário que licencia construtores de casas diz que acusou sete empresas que operam sob o nome de um promotor de estarem relacionadas com a venda ilegal de 453 casas.

AAutoridade Reguladora da Construção de Casas (HCRA) disse que as acusações contra a StateView Homes, um promotor de casas com sede em Vaughan, seguem uma investigação que revelou centenas de alegadas violações da legislação provincial, nomeadamente a Lei de Licenciamento de Construção de Casas Novas, de 2017, e a Lei do Plano de Garantias de Casas Novas do Ontário.

Três executivos seniores da empresa, Dino Taurasi, Carlo Taurasi e Daniel Ciccone, foram também acusados por alegadamente não terem tomado as devidas precauções para evitar as violações, afirmou a HCRA num comunicado de imprensa.

De acordo com a HCRA, os construtores têm de ser licenciados pela HCRA para vender legalmente casas novas no Ontário. Os construtores têm também de obter au-

torização da Tarion, a agência de garantia de casas do Ontário, e inscrever cada casa num programa de garantia. A HCRA alega que as infrações cometidas pela StateView Homes incluem a venda de dezenas de casas sem licença e a não obtenção das necessárias aprovações da Tarion, ou inscrições no programa de garantia de casas novas do Ontário, para centenas de casas, mesmo depois de terem obtido a licença. “O cumprimento de todos os requisitos regulamentares não é opcional”, afirmou Wendy Moir, CEO e registadora da HCRA, no comunicado. “Os construtores que não cumprem estas obrigações estão a operar ilegalmente e a HCRA tomará medidas coercivas rigorosas.”

A HCRA declarou que suspendeu as licenças da StateView em julho de 2023 para proteger os consumidores de novos riscos. Depois de investigar, a HCRA disse que a “escala das violações e os danos financeiros envolvidos” levaram-na a apresentar acusações contra a empresa e os seus executivos.

Jack Oliveira recebe a King Charles III Coronation Medal

No passado dia 20 de maio, o luso-canadiano Jack Oliveira, Business Manager da LiUNA Local 183 e LiUNA OPDC, em reconhecimento das suas extraordinárias contribuições para o Ontário e para o Canadá em geral, foi distinguido com a King Charles III Coronation Medal, entregue pelo Premier de Ontário, Doug Ford.

Esta medalha distingue as pessoas que tiveram um impacto significativo no Canadá e não só. Trata-se de uma honra notável e muito merecida. Jack Oliveira tem na sua

história de vida um trabalho persistente e muito determinado, sempre com objetivo de servir os outros, de fazer mais e melhor para elevar os membros do seu sindicato e toda a comunidade onde se insere. Com o seu rasgo e visão, a obra de Jack Oliveira está à vista, muito graças à sua imensa capacidade de liderança.

Parabéns, Jack Oliveira, por mais esta honraria que muito orgulha e engrandece a comunidade luso-canadiana.

MB/MS

A atualização do 911 da polícia de Toronto deverá melhorar

os tempos de resposta

O Serviço de Polícia de Toronto está a lançar uma importante atualização do seu sistema 911 para ajudar a melhorar os tempos de resposta, no âmbito de uma atualização em várias fases denominada Next Generation 911.

Apartir de quinta-feira (22), será enviado um novo texto automático para os telemóveis que liguem para o 911 e desliguem, perguntando se precisa de ajuda. Anteriormente, era necessário que o atendedor de chamadas voltasse a ligar manualmente para garantir que a pessoa estava segura.

Sarah Mardus, coordenadora dos Serviços de Voz de Emergência, diz que tudo isto faz parte de um esforço para eliminar o atraso nas linhas de emergência. “Se o fizer, a sua chamada volta para a fila de espera e, se não o fizer, a chamada sai completamente do sistema”, explicou Mardus.

Colin Stairs, diretor de transformação do Serviço de Polícia de Toronto, diz que as chamadas de bolso (sem querer) representam atualmente cerca de 27% das chamadas do serviço e espera-se que a sua remoção da fila de espera do 911 melhore os tempos de resposta. “Se considerarmos um terço do volume, é uma quantidade bastante elevada. Por isso, estamos a gastar cerca de 30 horas por dia com esse tipo de chamadas”, afirmou.

Espera-se também que a atualização do sistema forneça aos operadores de emergência dados mais precisos para ajudar a determinar a localização da pessoa que faz a chamada e aumente a fiabilidade e a segurança cibernética do sistema.

Embora o processo de ligação com um operador do 911 permaneça o mesmo, a polícia afirma que as alterações visam tornar os sistemas mais seguros, eficientes e fiáveis.

Stairs diz que a atualização da tecnologia também permite mudanças futuras, como a incorporação da tradução de idiomas por IA, e enviar fotos e vídeos para o 911. CBC/MS

Trump

anuncia Cúpula

Dourada

de 175 mil

milhões de dólares para defender EUA

Donald Trump revelou que está aprovado o plano para o sistema de defesa dos EUA contra mísseis hipersónicos e ameaças espaciais. Cúpula Dourada vai custar 175 mil milhões de dólares

Com inspiração na Cúpula de Ferro de Israel, os EUA anunciam a intenção de construir uma Cúpula Dourada para proteger o país de ameaças vindas de terra, ar, mar e até do espaço. Donald Trump afirma que o sistema de defesa dos EUA representa um passo de transformação nas atuais capacidades de defesa do país.

A cúpula americana vai ser maior que a de Israel e cobrir um espetro maior de potenciais ameaças, incluindo mísseis hipersónicos e sistemas de bombardeamento orbital que podem ser disparados do espaço. A solução integra tecnologias avançadas, incluindo sensores baseados no espaço e intercetores que asseguram uma cobertura alargada. As ameaças vão poder ser impedidas em várias fases: antes do lançamento, durante o voo e mesmo se estiverem em plataformas em órbita. “Temos algumas

áreas de mísseis e certas defesas contra mísseis, mas não há um sistema… nunca houve algo como isto”, descreveu o presidente americano na Sala Oval.

O projeto tinha um orçamento inicial de 25 mil milhões de dólares, mas as novas estimativas apontam para um valor a rondar os 175 mil milhões de dólares. O general Michael Guetlein, vice na Força Espacial, vai liderar a iniciativa.

O programa ambicioso, conta o Interesting Engineering, reflete a preocupação dos EUA em conseguir acompanhar nações como a Rússia ou a China que têm vindo a desenvolver armamento cada vez mais sofisticado.

Tump também afirmou, num passado recente, que o Canadá já manifestou a intenção de também estar protegido por esta cúpula, algo que foi confirmado pelo então ministro da Defesa canadiano Bill Blair quando de uma visita a Washington que o descreveu como “tema de interesse nacional” e que “faz sentido” o Canadá estar envolvido.

Visão/MS

"Inaceitável": Guterres alarmado com tiroteio israelita contra diplomatas

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está “alarmado” com os tiroteios do exército israelita contra diplomatas estrangeiros em Jenin, na Cisjordânia ocupada, e reclamou uma “investigação completa” ao ataque, que considerou “inaceitável”.

Guterres "está alarmado com os relatos do que o exército israelita chamou de tiros de advertência contra diplomatas, incluindo funcionários da ONU", disse à imprensa Stéphane Dujarric, porta-voz de Guterres. "Esses diplomatas, incluindo funcionários da ONU, foram alvejados, seja como tiros de advertência ou de outra forma, o que é inaceitável", afirmou Stéphane Dujarric, que acrescentou: “É claro que diplomatas em exercício de funções jamais devem ser alvejados ou atacados de qualquer forma (...). Qualquer uso de força contra eles é inaceitável". As forças israelitas fizeram “disparos de advertência” contra um grupo internacio-

nal de perto de 30 diplomatas e funcionários humanitários, entre os quais estava o chefe da missão de Portugal em Ramallah, o embaixador Frederico Nascimento. O exército justificou que a delegação se “desviou da rota aprovada” da visita a Jenin, organizada pela Autoridade Palestiniana, e lamentou “o incómodo” causado. Não houve relatos de feridos nem danos no incidente, que gerou protestos de vários governos, incluindo o português. JN/MS

Netanyahu disponível

para cessar-fogo

em

Gaza que liberte últimos 20 reféns vivos

O primeiro-ministro israelita diz estar pronto para aceitar um "cessar-fogo temporário" na Faixa de Gaza que permita a libertação dos últimos 20 reféns vivos e, posteriormente, pretende assumir o controlo de todo o enclave palestiniano.

"Se houver uma opção para um cessar-fogo temporário para libertar reféns, estaremos prontos", disse Benjamin Netanyahu, em conferência de imprensa em Jerusalém, na qual atualizou em 20 o número de reféns vivos, de um total de 58 ainda em cativeiro do grupo islamita palestiniano Hamas.

Ao mesmo tempo, o chefe do Governo insistiu que, após a nova grande ofensiva militar lançada no passado fim de semana, “toda a Faixa de Gaza estará sob o controlo do Exército israelita". Netanyahu advertiu, entretanto, ser preciso “evitar uma crise humanitária” para manter “a liberdade operacional de ação" dos militares israelitas, alegando que a intensificação dos ataques e as restrições à entrada de ajuda aos habitantes do território provocaram uma vaga de condenação internacional.

Na conferência de imprensa, a primeira em cinco meses, o líder israelita reiterou igualmente que a população da Faixa de

Gaza está a ser transferida para sul, à medida que os militares vão assumindo o controlo do território.

Será nesta área "limpa do Hamas" que os habitantes deverão receber ajuda humanitária, referiu, dois dias depois de os primeiros camiões de transporte terem sido autorizados a entrar no enclave, ao fim de mais de dois meses de bloqueio, mas que a ONU considerou “uma gota no oceano” face às enormes necessidades.

EUA aceitam oferta de Boeing 747 do Catar para uso de Trump

O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, aceitou a oferta de um Boeing 747 do Catar para uso do presidente Donald Trump como Air Force One, informou o Pentágono, ignorando acusações de corrupção da oposição democrata.

Oporta-voz do Pentágono, Sean Parnell, disse que o avião foi aceite "de acordo com todas as regras e regulamentos federais" e que o departamento "trabalhará para garantir medidas de segurança adequadas" na aeronave para torná-la segura para uso pelo presidente.

A doação, avaliada em 400 milhões de dólares e destinada a substituir temporariamente o Air Force One, provém da família real que dirige o emirado do Golfo.

A Constituição dos Estados Unidos proíbe os funcionários de aceitarem presentes "de um rei, príncipe ou Estado estrangeiro". Além de questões legais e éticas, a utilização de um avião doado por uma potência estrangeira levanta igualmente sérias preocupações em matéria de segurança: o Air Force One foi concebido para servir de centro de comando móvel para o presi-

dente em caso de ataque contra os Estados Unidos.

Confrontado na Casa Branca por um jornalista sobre a oferta do Catar, Trump ficou visivelmente irritado, sublinhou que o destinatário será a Força Aérea e justificou-a com atrasos da fabricante Boeing para fornecer um novo avião para uso presidencial. Perante a insistência do jornalista da cadeia televisiva NBC, Trump insultou-o, chamando-o de "péssimo jornalista", "idiota" e "uma desgraça", proibindo-o de fazer mais perguntas e sugerindo mesmo que os seus editores deveriam "ser investigados". Entretanto, a Organização Trump, o conglomerado empresarial de Donald Trump, anunciou no final de abril que vai começar a desenvolver o primeiro projeto imobiliário no Catar, com a construção de um clube de golfe e moradias na zona costeira de Simaisma, na capital, Doha. Trump realizou na semana passada uma viagem oficial à Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos, a sua primeira ao estrangeiro desde que tomou posse no final de janeiro.

JN/MS

PORTUGAL

comissão de inquérito à Spinumviva

"Dúvidas graves e insustentáveis": Ventura admite

O presidente do Chega admitiu avançar com uma comissão parlamentar de inquérito ao caso da Spinumviva se o primeiro-ministro não der mais esclarecimentos, alegando que permanecem dúvidas "graves e insustentáveis". "Vamos avaliar essa situação [comissão de inquérito à Spinumviva]. Continua a haver dúvidas sobre o primeiro-ministro, que são graves e insustentáveis do ponto de vista político", disse André Ventura em entrevista à TVI.

Ventura considerou que Luís Montenegro "tem de dizer se quer dar esclarecimentos ou não" sobre o caso da sua antiga empresa, a Spinumviva, que passou aos seus filhos e que suscitou a polémica que conduziu à queda do Governo e às eleições antecipadas. "Nós queremos estabilidade e vamos ser farol de estabilidade, mas não nos peçam para sermos farol de estabilidade à custa da luta contra a corrupção ou da integridade. Está nas mãos do primeiro-ministro dar esse esclarecimento", declarou.

Na entrevista, feita nos corredores do parlamento, voltou a afirmar que o Chega irá ter um "governo-sombra pronto para governar Portugal" constituído por "uma grande parte" de nomes de fora do partido.

Segundo o líder do Chega, isso "não é antever uma crise política", mas apenas ter um primeiro-ministro e uma equipa pronta para governar o país, quando e se for necessário.

Ventura justificou depois o recurso maioritário a figuras de fora do partido: "Os partidos devem ser forças de transformação, mas nós somos contra os 'jobs for the boys', somos contra o tacho pelo cartão partidário".

Questionado sobre a estabilidade política nos próximos quatro anos, respondeu: "o normal é a legislatura durar o tempo todo, é o que nós queremos, é o que o país deseja, mas se não acontecer quero dizer às pessoas que me sinto pronto para governar".

Sobre o processo de revisão constitucio-

Presidenciais

nal que a Iniciativa Liberal anunciou que iria abrir, para rever aquilo a que chamou a estatização da economia, André Ventura admitiu envolver o Chega, designadamente para introduzir a possibilidade de prisão perpétua para alguns crimes.

O líder do Chega distanciou-se de uma candidatura presidencial, dizendo que os portugueses lhe deram "um voto de confiança para ser primeiro-ministro", e indicou que confia na justiça quanto ao inquérito pelas críticas à comunidade cigana.

"Perante o voto de confiança que os portugueses me deram para ser primeiro-ministro - ainda não o consegui, mas deram-me um voto de confiança para ser primeiro-ministro - […] hoje é menos provável que me candidate do que há um mês", afirmou André Ventura em entrevista à TVI e à CNN Portugal.

PSD vota apoio a Marques Mendes no dia da apresentação de Gouveia e Melo

O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se no dia 29 de maio para votar formalmente o apoio do partido à candidatura presidencial de Luís Marques Mendes, no mesmo dia em que Gouveia e Melo se apresenta para Belém.

De acordo com a convocatória do Conselho Nacional do PSD, publicada esta quarta-feira no jornal oficial do partido ("Povo Livre"), a reunião terá na ordem de trabalhos a análise da situação política, a apresentação, discussão e votação do Relatório de Gestão e Contas de 2024 e o “apoio a candidatura a presidente da República”.

Apesar de a convocatória não referir qualquer nome, vários dirigentes do PSD, incluindo o presidente Luís Montenegro, já deixaram claro que irão propor ao partido o apoio ao seu antigo líder Luís Marques Mendes, que apresentou a candidatura no início de fevereiro para as eleições presidenciais de janeiro do próximo ano. O Conselho Nacional do PSD, marcado para as 21 horas num hotel em Lisboa, vai

realizar-se poucas horas depois de o almirante Henrique Gouveia e Melo apresentar oficialmente a sua candidatura à Presidência da República, iniciativa marcada para as 19 horas em Lisboa na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

Gouveia e Melo confirmou que é candidato às presidenciais de janeiro de 2026, em declarações à Rádio Renascença, no passado dia 14, em plena campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de domingo.

JN/MS

Iniciativa Liberal vai propor revisão da Constituição para reduzir “papel central” do Estado

A IL vai apresentar um projeto de revisão constitucional para reduzir o “papel central” do Estado na economia, anunciou, esta quarta-feira, o líder do partido, que disse contar com os votos de todos os partidos que se revejam nessa visão.

“A IL apresentará um projeto de revisão constitucional em que traremos para a discussão esta visão de sociedade [mais livre, economicamente mais autónoma]. Não é um ajuste de contas com a História, mas é a criação de uma oportunidade de futuro para todos, em que todos se reveem numa Constituição que traz mais liberdade e que tem menor pendor ideológico”, anunciou Rui Rocha.

O líder da IL falava aos jornalistas após uma audiência no Palácio de Belém com o presidente da República, que durou cerca

de uma hora. Questionado sobre quais são as alterações que quer que sejam feitas à Constituição, Rui Rocha deu como exemplo “a questão do papel do Estado, como central na economia”, que considerou estar refletida na lei fundamental. “É algo que nós entendemos que deve ser revisto, mas apresentaremos oportunamente o nosso projeto de revisão constitucional. Devo dizer que, já em legislaturas anteriores, o fizemos, aliás, todos os partidos o fizeram. E, portanto, parece ter havido, nesse momento, um desejo de revisão constitucional”, observou. Rui Rocha reiterou que a IL tem esse desejo, para que a lei fundamental passe a prever “uma sociedade mais aberta, mais livre”.

JN/MS

Assembleia da República

Aguiar-Branco disponível para se recandidatar a presidente da Assembleia da República

José Pedro Aguiar-Branco manifestou-se disponível para se recandidatar ao cargo de presidente da Assembleia da República e afirmou esperar que a próxima legislatura, que poderá iniciar-se entre 2 e 5 de junho, se caracterize pela estabilidade.

Estas posições foram transmitidas por José Pedro Aguiar-Branco, antigo ministro social-democrata que encabeçou a lista da AD – coligação PSD/CDS pelo círculo de Viana do Castelo, após ter recebido no parlamento o músico e compositor Rui Veloso.

Questionado se admite recandidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco respondeu: “A minha posição é simples, é uma posição de disponibilidade para poder também voltar a ser o presidente da Assembleia da República”.

José Pedro Aguiar-Branco referiu que a eleição do presidente da Assembleia da República vai acontecer na primeira sessão do parlamento da nova legislatura - sessão

que estimou poder ocorrer entre os dias 2 e 5 de junho. Nessa primeira reunião plenária do parlamento - e uma vez empossados os 230 deputados - será então o momento em que serão apresentadas as candidaturas ao lugar de presidente da Assembleia da República.

“Os grupos parlamentares terão a oportunidade de manifestarem o apoio a quem possa vir a apresentar-se”, apontou José Pedro Aguiar-Branco, aqui numa alusão à circunstância de o presidente da Assembleia da República, para ser eleito, ter de obter pelo menos 116 votos favoráveis entre os 230 deputados.

“A verdade é que a formalização [das candidaturas] só poderá acontecer em função das circunstâncias desse momento, que não sei antecipar quais são. Neste momento só posso dizer que há a minha disponibilidade. Se as circunstâncias vão ou não permitir que essa disponibilidade se concretize no dia em que tivermos a [primeira] sessão, logo veremos”, completou.

Credito:
Credito: JN
Credito: JN

Portugal depois de 18 de maio

A AD ganhou, mas sem maioria absoluta. O PS foi o grande derrotado. O Chega poder, podendo inclusivamente ultrapassar o Partido Socialista, graças aos votos liderança da oposição. A Iniciativa Liberal subiu, mas pouco o que inviabiliza o sonho do essencial na governação. A esquerda está a desaparecer no Parlamento. O país mudou, o mesmo primeiro-ministro e até quem sabe com o mesmo governo. O que virá por exatidão, mas serão tempos conturbados, por certo.

Surpresas, ou talvez não...

O novo Parlamento vai ter uma rapper sentada na bancada do PS que promete defender os direitos das mulheres.

A lei da paridade ainda está longe de ser cumprida – só um terço são deputadas em vez de 40%.

Estreias - Quase 50 caras novas no Parlamento

São, pelo menos, 47 as novas caras no Parlamento: 15 na AD, 15 no Chega, 11 no PS, 3 no IL, 2 no Livre, além do deputado do JPP. Na bancada do PSD, por exemplo, vão estrear-se três ex-secretários de Estado: Cristina Vaz Tomé (Saúde), Ana Isabel Xavier (Defesa) e Alberto Fernando da Silva Costa (Cultura). No PS, a rapper Eva Rap Diva (Eva Marisa Cruzeiro Alexandre) foi eleita pelo círculo de Lisboa.

Os jovens são cada vez menos desde 2015, uma tendência pelo Chega – dos oito eleitos com menos de 30 anos André Ventura.

Há caras novas e regressos, como o autarca de Vila Real,

Madeira“Voz das ilhas”

em estreia na AR

Foi uma das surpresas da noite: a eleição de um deputado do Juntos pelo Povo (JPP), primeiro partido de perfil regional – segundo nas eleições deste ano na Madeira (21% com uma bancada de 11 deputados) - a eleger um deputado na Assembleia da República. Filipe Sousa, de 60 anos, é o atual presidente da câmara de Santa Cruz e fundou o JPP com o irmão, Élvio Sousa. eleitoral prometeu ser a “voz das ilhas” no Parlamento.

Paridade - Apenas um terço são mulheres

Anteontem foram eleitas 77 deputadas, mais uma do que nas legislativas do ano passado, representam 34% dos 226 mandatos atribuídos já que ainda falta apurar os resultados da emigração. A meta definida na lei da paridade continua, no entanto, longe. O diploma, revisto em 2019, fixa em 40% o mínimo de mulheres ou de homens.

Só a bancada do Livre, com metade dos seis eleitos a serem mulheres é que respeita a paridade. A AD elegeu 29 deputadas (entre 86 mandatos), o PS 21 (58), o Chega 18 (58), o IL 3 (9), Paula Santos, do PCP, também regressa ao Parlamento, tal como Mariana Mortágua e Inês Sousa Real como deputadas únicas do BE e PAN.

Sem assento - ADN desce mas segura subvenção

Dos 11 partidos que não conseguiram eleger nenhum deputado, Ergue-te e o Nós Cidadãos subiram. O ADN, apesar de ter descido (de 102 mil votos para 78 914), como supera a fasquia dos 50 mil consegue manter a subvenção pública paga aos partidos. O RIR e a Nova Direita foram os que mais desceram.

Juventude - Oito abaixo dos 30, 6 são do Chega

Nas eleições de domingo foram eleitos oito deputados com menos de 30 anos (3,5% do total de mandatos), cinco são mulheres e seis são do Chega. Madalena Cordeiro (Chega), com 21 anos, volta a ser a mais jovem no Parlamento. A bancada liderada por André Ventura conta ainda com Lina Pinheiro (25 anos), Rita Matias (26 anos), Rui Cardoso (23 anos), Daniel Teixeira (29 anos) e Ricardo Reis (25 anos), ex-assessor político que ficou conhecido por fechar a conta no X depois de escrever, após a morte de Odair Moniz, “menos um criminoso, menos um eleitor do Bloco”.

Abstenção - Sardoal foi onde mais se votou

O Sardoal, no distrito de Santarém, foi o concelho baixa: 26,95%. “É algo que me deixa concelho não deixa a sua respon- sabilidade ção cívica por mãos alheias”, afirmou câmara, Miguel Borges (PSD). Em termos 35,62%, a mais baixa nos outubro de 1995 ficou

A antiga presidente da Federação Académica do Porto, Ana Gabriela Cabilhas (28 anos) voltou a ser eleita pelas listas da AD. Já Sofia Pereira (25 anos), secretária-geral da Juventude Socialista, estreia-se no Parlamento. Chega - Só nas ilhas

partido teve menos de 10%

No Continente, Ribeira de Pena foi o concelho onde o Chega registou menor votação: 12,65%. Mais baixo só nas ilhas, no (9,5%) e em Porto Moniz (9,9%).

L AD PS CG IL
META LEGAL 40%

está cada vez mais próximo do votos da emigração, assumindo a sonho (dos próprios) de ser um partimudou, apesar de continuar com aí... muito difícil de prever com

AD 32,72% - 89 P

LEGISLATIVAS 2025

23,38% - 58 P

tendência só contrariada seis são da bancada de

Real, Rui Santos.

22,56% - 58 P

5,53% - 9 P

Sousa. Na noite

4,20% - 6 P

subvenção

deputado, só o

votou

concelho com a abstenção mais deixa muito feliz, saber que este sabilidade em termos de participaafirmou à Lusa o presidente da termos nacionais, a abstenção foi de últimos 30 anos, quando em 33,70%.

3,03% - 3 P BE

2,00% - 1 P PAN

1,36% - 1 P

Nova pintura em mais de um terço do país

Em mais de um terço dos concelhos do país, houve uma mudança de cor política, após estas eleições. Trata-se, na esmagadora maioria, de perdas do PS. Em 2024, o país dividia-se entre laranja (PSD) e rosa (PS), com apenas um distrito pintado de azul (Chega). Um ano depois, o voto dos portugueses mudou. Uma viragem clara à Direita deixou um mapa manchado de laranja e azul, com apenas um distrito a rosa. Eis as diferenças. 230

LEGISLATIVAS 2024

0,34% - 1 P

Chega Corvo

Madalena
Balça / David Ganhão
Madeira Açores

Suplemento Desportivo

TAÇA DE PORTUGAL

LEVA SPORTING E BENFICA AO JAMOR

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

LIGA I

Mais fé que futebol e águia nem conseguiu vencer

SC Braga 1

S.L. Benfica 1

Um campeão não falha nos momentos decisivos e é precisamente por isso que este Benfica não podia ser o de 2024/25. Em Braga, a precisar do melhor resultado possível, as águias não foram além de um empate (1-1) que foi arrancado mais pela resiliência de um ou outro, do que propriamente por um futebol que merecia marchar sobre o Marquês.

Não era preciso os deuses estarem loucos para que pudesse haver uma mudança de líder no campeonato, na última jornada, mas a probabilidade de isso acontecer é tão diminuta em Portugal que só sucedeu uma vez em 90 anos de história. Era no futebol e nos seus milagres que os benfiquistas acreditavam e o jogo em Braga foi, praticamente, todo ele um ato de fé.

Trocando Aursnes (lesionado) por Barreiro e Di María por Schjelderup, o Benfica teve duas ocasiões flagrantes de golo. Era cedo no jogo e na jornada, os encarnados podiam passar ali, nem que fosse por instantes, para a frente da Liga, mas também ali Barreiro e Pavlidis atiraram para fora essa possibilidade.

Depois, o Benfica tropeçou. Como sucedera em tantas vezes que podia ter agarrado o destino nesta Liga, uma delas, precisamente, frente ao SC Braga, na Luz, no final da primeira volta.

Se o Benfica ainda tinha fé, era pelas defesas que o ucraniano conseguira na compensação da primeira parte. A partir do 1-1, a fé aumentou, mas só essa. Porque nem com a expulsão de João Moutinho, o Benfica conseguiu sobrepor-se ao

SC Braga. Houve perigo nas duas balizas, mas só uma das equipas tinha um jogador a mais. É certo que de nada valeria um triunfo lisboeta, mas o insucesso não é igual para

todos. O modo como se perde diz muito do que se foi. No desporto, para se derrubar um campeão, é preciso ser melhor do que ele. O Benfica podia, pelo menos, ser igual e fazer dos mesmos 82 pontos argu-

mento para adeptos. Nem isso conseguiu, acabou a dois do eterno rival e vai tentar sarar feridas no Jamor. A Bola/MS

SC TORONTO

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

SC Braga-Benfica: Otamendi corta de cabeça. Foto Kapta +

Nem Varela impediu o bicampeonato

Sporting CP 2

Vitória S.C. 0

O Vitória de Guimarães entrou para este jogo sabendo que dependia de si próprio para continuar no quinto lugar, mas a verdade é que o Santa Clara roubou essa posição na última jornada, apesar dos esforços de Bruno Varela em evitar o desaire em Alvalade (0-2).

OSporting controlou a primeira parte e os vimaranenses permitiram que isso acontecesse, baixando um pouco as linhas e tentando partir para o contra-ataque, mas sem sucesso. Nos primeiros minutos até aconteceram dois erros, um dos centrais e depois uma má saída da baliza de Varela, que resultou em remates de Geny e Inácio, respetivamente, mas o golo não surgiu.

Na primeira parte, os minhotos tiveram muitas dificuldades em ligar jogo, com Tiago Silva a tentar ir buscar a bola perto da linha defensiva e com João Mendes a tentar fazer a ligação na frente com os colegas de ataque, mas eram raras as ocasiões em que isso acontecia.

O primeiro golo do encontro surgiu apenas na segunda parte, por Pedro Gonçalves, e a defesa do Vitória ficou aos papéis com a excelente jogada coletiva leonina.

Parecia que Viktor Gyokeres podia ter ficado em branco e a culpa disso foi o bom trabalho defensivo da defesa forasteira, destacando Borevkovic, que tirou o pão da boca do sueco em algumas ocasiões, evitando que rematasse num um para um. Quando não era o croata, estava lá Bruno Varela, mas a verdade é que o avançado lá celebrou o 39.º golo da temporada e fechou as contas do encontro, numa jogada em que tanto o defesa como o guarda-redes podiam ter feito melhor.

A Bola/MS

Onda gigante de verde e branco no Marquês para receber bicampeões

O Sporting sagrou-se bicampeão nacional de futebol ao vencer o Vitória de Guimarães por 2-0, na 34.ª jornada da I Liga. Os Leões terminaram a prova com a defesa menos batida (27 golos) e o ataque mais concretizador (88 golos).

Há um ano, Ruben Amorim tinha aceitado o desafio de fazer do Sporting bicampeão. Um ano depois, com Rui Borges ao leme, jogadores e adeptos leoninos festejaram mesmo, eufóricos, esse bicampeonato, inundando a praça do

Creditos: DR

Marquês de Pombal de verde e branco até bem de madrugada.

O Marquês de Pombal esteve novamente pintado de verde e branco. As músicas que se ouvem são novamente as do Sporting. Os leões sagraram-se mesmo bicampeões. O repto do 'vamos ver' de Amorim concretizou-se mesmo. Só que o palco já não foi dele, foi de Rui Borges e toda uma equipa que se sagrou campeã nacional de futebol.

JN/MS

O Rei do Churrasco estará presente no Do West Fest, servindo os melhores sabores da cozinha portuguesa! 6 a 8 de junho

Varela e Borevkovic a impedir o golo de Gyokeres, em cima do intervalo. Foto: Miguel Nunes

I LIGA -

II LIGA - CLASSIFICAÇÃO

AFS 0-3 Moreirense

FC

4-1 Boavista

Farense 1-2 Santa

Sporting 2-0 Vitória SC

Estoril Praia 4-0

Est. Amadora

FC Porto 3-0 Nacional

SC Braga 1-1 Benfica

RESULTADOS

Leixões

UD

II LIGA Tondela

campeão da II Liga, Alverca acompanha na subida e Vizela no play-off

Tondela reedita conquista do cetro de 2014/15, enquanto o Alverca volta ao convívio dos “grandes” 21 anos depois. Vizela aguarda adversário, que pode ser Estrela da Amadora, Aves SAD, Farense ou Boavista.

O Tondela sagrou-se, pela segunda vez, campeão da II Liga portuguesa de futebol, ao vencer na visita à União de Leiria, subindo ao primeiro escalão com a companhia do Alverca, enquanto o Vizela vai disputar o play-off.

O Tondela confirmou na 34.ª e última jornada a liderança que não deixou desde a 20.ª, para reeditar a conquista do cetro de 2014/15, com a vitória em Leiria, por 2-0, e alcançou a sua oitava presença entre os 'grandes', após três épocas no segundo escalão, ao somar 64 pontos.

O Alverca assegurou a sua sexta participação na I Liga, 21 anos depois da última, ao vencer em casa ao Portimonense, por 2-1, contabilizando 63 pontos, mais um do que o Vizela, que venceu na visita ao Marítimo, por 2-1, e manteve o terceiro lugar, que disputa o acesso à I Liga com o 16.º e antepenúltimo do primeiro escalão.

FC Vizela

0-2 CD Tondela Marítimo 1-2

FC Alverca 2-1

Portimonense

FC Porto B 1-4 Benfica B

Académico 0-1

FC Felgueiras 2-1

Paços Ferreira

UD Oliveirense

SELEÇÃO

Convocatória para Liga das Nações divulgada

Roberto Martínez: "Rodrigo Mora vai marcar uma era no futebol português"

O Selecionador Nacional, Roberto Martínez divulgou na Cidade do Futebol, a lista de convocados para a fase final da Liga das Nações, a disputar na Alemanha Portugal, recorde-se, joga as meias-finais, frente à Alemanha, dia 4 de junho, às 20h00, em Munique.

Afinal e o jogo de atribuição do 3º e 4º lugares jogam-se no mesmo dia 8 de junho, respetivamente, em Munique e Estugarda.

Portugal terminou em primeiro lugar no Grupo A1, onde teve um registo invicto (4V 2E). No play-off eliminou a Dinamarca.

Os convocados de Roberto Martínez: Guarda-redes Diogo Costa (FC Porto), Rui Silva (Sporting CP) e José Sá (Wolverhampton Wanderers)

Defesas Diogo Dalot ( Manchester United), Nélson Semedo (Wolverhampton Wanderers), Nuno Mendes (PSG), Nuno Tavares (SS Lazio), Gonçalo Inácio (Sporting CP), Rúben Dias (Manchester City), António Silva (SL Benfica); Renato Veiga (Juventus); Médios João Palhinha (Bayern Munique), Rúben Neves (Al Hilal), João Neves (PSG), Vitinha (PSG), Bruno Fernandes (Manchester United), Pedro Gonçalves (Sporting CP), Bernardo Silva (Manchester City), João Félix (Milan AC); Avançados Francisco Trincão (Sporting CP), Francisco Conceição (Juventus), Pedro Neto (Chelsea FC), Rodrigo Mora (FC Porto), Rafael Leão (Milan AC), Diogo Jota (Liverpool FC), Gonçalo Ramos (PSG) e Cristiano Ronaldo (Al Nassr).

A chamada de Rodrigo Mora é a nota mais relevante da convocatória de Ro-

berto Martínez para a final four da Liga das Nações, que vai decorrer na Alemanha a partir de 4 de junho. Para o selecionador de Portugal, o avançado do F. C. Porto "vai marcar uma era no futebol português".

"É um jogador especial. Vi-o a jogar pela seleção sub-17 e o impacto foi muito positivo, depois, o que fez aos 17/18 anos com a primeira equipa do F. C. Porto foi de alto nível, e pelo que fez nos últimos seis meses merece entrar no espaço da seleção e continuar a sua evolução. Pode fazer a diferença no último terço, fez

e a oferecer uma cabine fotográfica gratuita para celebrar o espírito de comunidade. Juntos, podemos construir algo duradouro.

muitos jogos na Liga, marcou dez golos, fez quatro assistências... É especial mas é novo e precisa de melhorar. Tenho um sorriso quando falo de Mora, porque acho que vai marcar uma era no futebol português", disse Roberto Martínez. O treinador espanhol explicou ainda o regresso de Pedro Gonçalves. “Tem a ver com o adversário, a forma de jogar. Os jogos na Alemanha são exigentes em experiência e ele trabalhou muito para chegar aqui, teve um bom desempenho. É um jogador importante, não só de agora, mas nas últimas cinco épocas teve muita

concorrência", referiu.

Por outro lado, Martínez justificou as apostas em João Palhinha e João Félix, dois jogadores que não têm tido muito tempo de jogo do Bayern Munique e no AC Milan, respetivamente. "Estão em patamares muito importantes e são jogadores que tiveram um papel importante para chegar à fase final. Faz parte da continuidade para trabalhar aspetos táticos. E achamos que Palhinha e Félix ainda são importantes para a fase final", completou Roberto Martínez. A Bola/MS

FUTEBOL

Após queda na final da Liga Europa, Ruben Amorim

acharem que não sou o tipo certo,

embora sem indemnização”

equipas que cedo desistiram de objetivos internos e colocaram a salvação da época num único jogo, numa única

final. A final foi emotiva, houve incerteza, mas quase sempre mal jogada. E decidida por um único golo estrambólico, marcado com uma parte do corpo que normalmente não marca golos: um braço. Só que era o braço de Luke Shaw, na baliza da sua equipa, um ressalto fortuito, tão fortuito quanto a época das suas equipas.

Para Manchester United e Tottenham, ganhar a Liga Europa era mais do que levantar um troféu continental secundário. Era também o futuro: a certeza de um final de época mais suave, de uma presença na Liga dos Campeões na próxima temporada. Ruben Amorim, como tantas vezes desde que deixou o Sporting para o desafio de Old Trafford, acabou cabisbaixo, procurando explicações. Depois da derrota por 1-0, Amorim não quis falar sobre o futuro. O abraço de Sir Jim Ratcliffe, o milionário britânico acionista minoritário do United, mas por quem passa toda a gestão desportiva, talvez tenha respondido à questão sobre a confiança que o clube ainda mantém no português. Ainda assim, uma das frases mais marcantes da pálida e sorumbática conferência de imprensa pós-derrota foi precisamente sobre consequências.

“Se a direção e os adeptos acharem que eu não sou o tipo certo, eu vou-me embora no dia seguinte e sem qualquer conversa sobre indemnização”, sublinhou, com uma declaração semelhante às que teve nos tempos de Sporting. Mas para logo definir bem o que pensa: “Não vou despedir-me. De novo, tenho muita confiança no meu trabalho e não irei mudar nada na forma como faço as coisas.” TE/MS

Ruben Amorim acelera para contratar Gyokeres

A saída de Gyokeres do Sporting depois da Taça de Portugal é um cenário previsível, a questão é: para onde? A imprensa internacional avança com vários emblemas ao longo das semanas e o mais recente é aquele que parece fazer mais sentido.

De acordo com o L'Equipa, o Manchester United vai acelerar para contratar o sueco, com o fator Ruben Amorim a poder ser chave no negócio. Apesar do forte interesse do Arsenal, o jornal francês explica que os tubarões europeus estão a demorar a avançar pelo atacante e essa lentidão poderá beneficiar os "red devils".

De recordar que o Manchester United tem a contratação de Matheus Cunha, avançado do Wolves, praticamente fechada.

JN/MS

Cristianinho bisa pela seleção e faz o festejo do pai

Na final contra a Croácia, anfitriões do torneio Vlatko Markovic, Cristianinho estreou-se a marcar pela seleção nacional e colocou Portugal na frente do marcador. Entretanto os caseiros empataram a partida.

Após uma boa jogada de Carlos Moita, jovem do Braga, o filho de Cristiano Ronaldo finalizou com a bola a embater na barra e a entrar, festejando com o icónico "Siii!" junto dos colegas.

No início dos segundos 40 minutos, Cristiano Júnior voltou a dar a vantagem aos lusos com um cabeceamento solitário ao segundo poste.

JN/MS

Cristiano Ronaldo apontado a clube marroquino

Depois de nos últimos dias ter sido apontado a uma transferência para o futebol brasileiro de forma a poder competir no Mundial de Clubes, Cristiano Ronaldo está, agora, a ser associado ao Wydad, clube marroquino que vai disputar a prova.

A informação é avançada pelo jornal espanhol "Marca", que escreve que CR7 é um sonho do emblema sediado em Casablanca e que vê a contratação como uma forma de acrescentar qualidade dentro de campo e notoriedade fora dele.

"A presença do jogador português no Mundial é um incentivo para muitas equipas e para a própria FIFA, que nunca escondeu que a presença dos dois jogadores (Messi jogará no Inter Miami) que dominaram o futebol no passado seria um impulso definitivo para um torneio que disputará a sua primeira edição com um formato de 32 equipas", escreve a publicação.

O Wydad integra o Grupo G da prova, com Juventus, Manchester City e Al Ain. JN/MS

Creditos: DR
Talvez a final da Liga Europa tenha sido um espelho fiel da época de Manchester United e Tottenham. Duas

TAÇA DE PORTUGAL

Só Otamendi e Esgaio sabem o que é ganhar no Jamor

A conquista da Taça de Portugal vai ser uma novidade para a esmagadora maioria dos jogadores que, no domingo, marcarão presença no relvado do Estádio Nacional. Olhando para os plantéis de Benfica e Sporting, apenas dois jogadores já arrecadaram o troféu: o benfiquista Otamendi e o sportinguista Ricardo Esgaio. No caso do capitão do Benfica, aconteceu em 2010/11, quando vestia a camisola do F. C. Porto, numa altura em que os dragões eram orientados por André Villas-Boas. Já o futebolista do Sporting, baixa para a final por castigo, ganhou por duas vezes, uma ao serviço dos leões, em 2015/16, e a outra, cinco temporadas mais tarde, com as cores do Braga.

Os restantes jogadores de águias e leões não sabem o que é vencer o troféu, o que se deve, sobretudo, ao facto de nos últimos cinco anos só F. C. Porto e Braga terem erguido a Taça. Em 2019/20, o benfiquista Florentino esteve na final, mas os dragões venceram por 2-1. Na época seguinte, Otamendi também marcou presença no duelo decisivo, porém o Braga foi mais forte (2-0). Na altura, o guarda-redes Samuel Soares já fazia parte do plantel.

No lado do Sporting, parte do atual plantel disputou a final da última época, que foi favorável ao F. C. Porto, por 2-1, após prolongamento. Gonçalo Inácio, St. Juste, Morita, Hjulmand, Catamo, Nuno Santos, Trincão, Pedro Gonçalves e Gyokeres foram titulares e no banco também estiveram Ricardo Esgaio, Diomande, Eduardo Quaresma e Daniel Bragança. O jogo começou bem para os leões, face a um golo de St. Juste, aos 20 minutos, porém o defesa dos Países Baixos borrou a pintura ao ser expulso (30 m), o que ajudou à reviravolta dos dragões, com golos de Evanilson e de Taremi.

Recuando à última final ganha pelo Sporting, em 2018/19, frente ao F. C. Porto, em que, foram titulares Raphinha, agora uma estrela no Barcelona, e Bruno Fernandes, capitão do United, sob o comando de Marcel Keizer, verifica-se que não há “sobreviventes” no grupo atual. O mesmo aplica-se ao Benfica, relativamente à época 2016/17, quando ganhou, pela última vez, no Jamor. Com Ederson, Lindelof, Luisão, Jiménez e Jonas, os encarnados superiorizam-se ao Vitória de Guimarães, por 2-1.

No banco, os treinadores Bruno Lage e Rui Borges vão ter a primeira a oportunidade de erguer a Taça de Portugal. Quanto aos presidentes, Rui Costa venceu a prova como jogador em 1992/93 – triunfo sobre

o Boavista por 5-2. Frederico Varandas ganhou em 2018/19, no primeiro ano de liderança, após os leões baterem o F. C. Porto nos penáltis (5-4), após empates 1-1 (90 m) e 2-2 (120).

No lado do Sporting, parte do atual plantel disputou a final da última época, que foi favorável ao F. C. Porto, por 2-1, após prolongamento. Gonçalo Inácio, St. Juste, Morita, Hjulmand, Catamo, Nuno Santos, Trincão, Pedro Gonçalves e Gyokeres foram titulares e no banco também estiveram Ricardo Esgaio, Diomande, Eduardo Quaresma e Daniel Bragança. O jogo começou bem para os leões, face a um golo de St. Juste, aos 20 minutos, porém o defesa dos Países Baixos borrou a pintura ao ser expulso (30 m), o que ajudou à reviravolta dos dragões, com golos de Evanilson e de Taremi.

Recuando à última final ganha pelo Sporting, em 2018/19, frente ao F. C. Porto, em que, foram titulares Raphinha, agora uma estrela no Barcelona, e Bruno Fernandes, capitão do United, sob o comando de Marcel Keizer, verifica-se que não há “sobreviventes” no grupo atual. O mesmo aplica-se ao Benfica, relativamente à época 2016/17, quando ganhou, pela última vez, no Jamor. Com Ederson, Lindelof, Luisão, Jiménez e Jonas, os encarnados superiorizam-se ao Vitória de Guimarães, por 2-1.

No banco, os treinadores Bruno Lage e Rui Borges vão ter a primeira a oportunidade de erguer a Taça de Portugal. Quanto aos presidentes, Rui Costa venceu a prova como jogador em 1992/93 – triunfo sobre o Boavista por 5-2. Frederico Varandas ganhou em 2018/19, no primeiro ano de liderança, após os leões baterem o F. C. Porto nos penáltis (5-4), após empates 1-1 (90 m) e 2-2 (120).

JN/MS

Luís Godinho é o árbitro da final da

O árbitro Luís Godinho vai dirigir a final da Taça de Portugal entre Benfica e Sporting, no domingo, no Estádio Nacional, em Oeiras, anunciou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

O árbitro de 39 anos, da associação de Évora, vai arbitrar pela primeira vez uma decisão da prova "rainha" do futebol nacional, na qual vai ter como assistentes Rui Teixeira e Pedro Mota, enquanto Sandra Bastos desempenhará as funções de quarto árbitro e Tiago Martins será o videoárbitro (VAR).

Benfica e Sporting disputam a final da 85.ª edição da Taça de Portugal no domingo, a partir das 17.15 horas, no Estádio Nacional, em Oeiras.

Sapo/MS

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(na esquina da College com a Rusholme, entre a Gladstone e a Dovercourt)

Benfiquista Otamendi venceu o troféu em 2010/11, quando vestia a camisola do F. C. Porto. Foto: Mário Vasa
Creditos: DR

FUTEBOL FEMININO

Equipa feminina do F. C. Porto volta a jogar no Dragão

O Estádio do Dragão vai acolher mais uma partida de futebol feminino, desta vez a primeira mão da final do campeonato nacional da 3.ª Divisão, que opõe o F. C. Porto ao Real SC, vencedores das séries Norte e Sul e já com subida garantida ao segundo escalão.

Depois de, no início de setembro do ano passado, 31 mil adeptos terem assistido ao jogo de apresentação do F. C. Porto para a época que agora está a terminar e de, em

FUTEBOL

novembro, os 40 mil espectadores que viram ao vivo o Portugal-Chéquia de apuramento para o Europeu terem batido o recorde nacional de assistência numa partida de futebol feminino, o recinto azul e branco volta a abrir portas à equipa portista.

O jogo entre F. C. Porto e Real SC tem início agendado para as 11 horas de domingo (25 de maio) e a entrada será gratuita, o que faz antever outra boa assistência.

O Jogo/MS

ANDEBOL

F. C. Porto e Sporting disputam final da Taça de Portugal de andebol

F. C. Porto e Sporting são as equipas que vão disputar a final da Taça de Portugal de andebol, marcada para 7 de junho, depois de ultrapassarem o Avanca e o ABC de Braga, nas meias-finais, que foram jogadas a duas mãos.

Os dragões foram a casa do Avanca confirmar a presença na final ao dominar por 32-47, repetindo o que se passou na primeira mão (37-21). Já os leões derrotaram o ABC de Braga por um agregado total de 78-61 (38-29 na primeira mão e 40-32 na segunda. JN/MS

Real Madrid fecha Álvaro Carreras após final da Taça

O Real Madrid vai acelerar a contratação de Álvaro Carreras ao Benfica, após a final da Taça de Portugal, revelou, nesta quinta-feira, Fabrizio Romano, especialista em transferências de futebolistas.

De acordo com a mesma fonte, o lateral esquerdo, de 22 anos, já disse "sim"

aos merengues, tendo, também, aceite a sua oferta salarial. A saída, rumo a Espanha, é inevitável, resta saber se antes ou depois do Mundial de Clubes, questão que divide Real e águias. A cláusula de rescisão de Álvaro Carreras é de 50 milhões de euros. JN/MS

Carlos Carvalhal deixa o Braga por mútuo acordo

Carlos Carvalhal já não é o treinador do Braga, confirmou o clube minhoto. Em comunicado, os arsenalistas dizem que o técnico "cessa funções" e falam numa decisão "por mútuo acordo", ampliando a saída à equipa técnica composta por João Mário, Filipe Antunes, João Meireles e Tiago Pires.

Em declarações aos meios do clube, Carvalhal fala em sensação de "missão cumprida". "Aceitei esta missão difícil por amor ao SC Braga e pela relação que tenho desde há décadas com o Presidente António Salvador. Chego ao final deste trajeto com a sensação de missão cumprida e agradeço a todos aqueles que nos apoiaram ao longo da época", disse o treinador.

O presidente António Salvador destacou a "coragem" de Carvalhal. "Agradeço a Carlos Carvalhal e à sua equipa técnica o trabalho desenvolvido, a dedicação ao projeto e a grande colaboração que mantivemos ao longo da época. Reconheço e enalteço a coragem que teve num momento exigente para o SC Braga e sou-lhe pessoalmente grato por isso. O nosso entendimento de que é preciso iniciar um ciclo novo, com uma nova liderança técnica, em nada colide com o enorme apreço que temos por Carlos Carvalhal e o mérito dos trabalhos feitos em prol do clube são inegáveis e vão perdurar", lê-se, no comunicado do emblema.

Carvalhal

Carlos
chegou ao Braga, naquela que foi a terceira passagem pelo clube enquanto treinador, pouco depois do início da época, substituindo Daniel Sousa. Tornou-se no treinador com mais vitórias no emblema (92).
FUTEBOL

Max Verstappen (Red Bull) venceu o Grande Prémio de Emília-Romana, no circuito italiano de Ímola, à frente de Lando Norris e Oscar Piastri, ambos da McLaren. O piloto neerlandês começou em segundo e surpreendeu o australiano Piastri logo nas curvas iniciais para subir à liderança e ganhar uma corrida pela segunda vez nesta temporada.

Numa pista de difícil ultrapassagens, Antonelli, a competir em casa, provocou uma

situação de Safety Car ao parar na relva devido a um alegado problema no carro. No reinício, Norris ultrapassou o colega de equipa e terminou em segundo.

Os Ferraris de Hamilton e Leclerc terminaram em quarto e sexto, respetivamente, com Albon (Williams) no meio dos dois. Russel (Mercedes) acabou em sétimo, sendo que Sainz (Williams), Hadjar (Racing Bulls) e Tsunoda (Red Bull) completaram os lugares pontuáveis.

Carlos Barbosa foi surpreendido por alguns adeptos em Fafe, com uma tarja de agradecimento pelo trabalho realizado na organização do Rali de Portugal.

Na passada semana foi anunciado que o Rali de Portugal vai continuar a integrar o calendário do Campeonato do Mundo (WRC) até

2028, sendo um dos eventos mais reconhecidos da modalidade. O presidente do Automóvel Club de Portugal, foi recentemente eleito para o Euroboard da Federação Internacional do Automóvel (FIA), durante o encontro anual dos clubes da Região I da organização, realizado em Marraquexe.

JN/MS

TFC’s 401 series falls in their favour again

Rivalry Week in MLS always brings a special energy, offering fans drama, goals, and heated matchups. Few rivalries in the league produce quite as much excitement for Toronto fans as the 401 Derby against CF Montréal. For Toronto FC, this fixture has consistently been a bright spot—especially in recent years— and Saturday’s emphatic 6-1 victory only added to that legacy.

Toronto have now racked up an impressive 12-2 aggregate scoreline over Montréal in their last three MLS encounters. This latest win at Stade Saputo marks the first time in club history that Toronto FC have scored six goals in a regular-season MLS match. It’s only the third time ever that the Reds have scored six in any competition. Previously, they came close with a 5-1 win over Montréal in May 2024, and their biggest margin of victory

remains the 8-1 thrashing of CS Saint-Laurent in the 2024 Canadian Championship—a game where Deandre Kerr scored four, setting a single-game club record. Interestingly, this wasn’t the first time Toronto beat Montréal 6-1 on the road. Back in 2009, they did the same in the Canadian Championship’s final match. Needing a five-goal margin to clinch the Voyageurs Cup on goal difference, TFC delivered, with a hat-trick from Dwayne De Rosario leading the charge. Notably, the Vancouver Whitecaps had already arrived expecting to lift the trophy—only to watch from the stands as Toronto claimed it in dramatic fashion with a 90th-minute winner by Amado Guevara.

Federico Bernardeschi continues to be a nightmare for Montréal defenders. His two goals on Saturday brought his tally to eight against them in all competitions, making him the second-highest scorer against

Montréal in Toronto FC history. He trails only Jozy Altidore, who scored nine, including a memorable injury-time free kick to earn a draw in 2021—his last goal for the club.

Saturday’s match also marked a milestone for young defender Lazar Stefanovic. With injuries thinning the defensive ranks, the 18-year-old made his first MLS start, filling in at left back despite being a natural center-back. He held his own admirably in the high-stakes derby, completing 89% of his passes and playing the full 90 minutes with composure. While reinforcements like Richie Laryea or Raoul Petretta would help stabilize the back line, Stefanovic’s performance was a promising sign for the future.

Another highlight was Ola Brynhildsen, who finally opened his Toronto FC account with a goal in the 33rd minute. After a difficult start to life in Toronto marred by injur-

Ex-Raptors success highlights what could have been

In the summer of 2022, the Toronto Raptors seemed poised to extend their competitive window. Coming off a surprising 48-win season and playoff appearance, the glow of the 2019 championship still lingered, and optimism was high that a full-scale rebuild could be avoided.

There was good reason for hope. Scottie Barnes, the prized pick from the 2021 draft, had just been named Rookie of the Year. Pascal Siakam earned All-NBA honors again at 28, and Fred VanVleet had made his first All-Star appearance. OG Anunoby, while still awaiting league-wide recognition, was already known as a top-tier defender and would go on to earn All-Defensive Second Team honors in 2022-23. Despite flaws — mainly a lack of depth, size, and consistent shooting — the Raptors had talent and experience.

Yet, just two years later, the core that once held so much promise is gone, now starring for other teams. VanVleet signed with Houston and helped guide a young team to 52 wins and the No. 2 seed in the West. Closer to home, Siakam and Anunoby are now rivals in the Eastern Confer-

ence Finals, leading the Indiana Pacers and New York Knicks, respectively. It’s hard not to wonder what could have been. If the Raptors had kept their core of VanVleet, Siakam, Anunoby, Barnes, and Jakob Poeltl, they might have contended in an Eastern Conference that remains wide open. But concerns lingered — especially with spacing and cost — and behind the scenes, chemistry eroded. Tensions between Barnes and VanVleet, Anunoby's dissatisfaction with his offensive role, Siakam’s contract frustrations, and head coach Nick Nurse’s reluctance to address team dynamics all contributed to the unraveling. Injuries exposed the thin bench, and misfires in player development left the team without cheap, reliable depth.

Efforts were made to salvage the core — including a pivotal meeting in Miami in 2022 with Masai Ujiri and Bobby Webster — but no lasting commitment emerged. VanVleet and Siakam rejected extensions, and Anunoby was headed toward free agency. Ultimately, the Raptors pivoted. Anunoby was dealt to the Knicks, and Siakam to the Pacers, bringing back RJ Barrett, Immanuel Quickley, draft capital, and eventually

Brandon Ingram. Whether those returns match the production of the departed stars remains to be seen. Ingram, in particular, will need to stay healthy to justify the move.

The Raptors, now rebuilding around Barnes and a younger, deeper roster, will enter next season with a high payroll and expectations to match. Encouragingly, head coach Darko Rajaković has instilled a team-oriented culture, with the Raptors setting franchise records in assists. But results matter, and as their former stars thrive elsewhere, Toronto’s path forward must now deliv er more than good vibes.

The bar is high — and it’s been set by those who used to wear Raptors red.

ies, the Norwegian striker slotted home a well-placed pass from Maxime Dominguez. Brynhildsen might have scored earlier if not for being hauled down by Joel Waterman—who was shown a straight red for denying a clear chance.

Saturday's dismissal was the 16th red card in matches between Toronto and Montréal since 2008. This derby doesn’t lack fire—Montréal have seen 10 reds, Toronto six. The rivalry is fierce, emotional, and never short on drama.

TFC now return to BMO Field for a threegame home stretch to wrap up May, starting with a visit from Jacob Shaffelburg and Nashville SC. If recent form holds, more reasons to cheer could be on the horizon for Reds supporters.

Reno Silva/MS

Toronto Maple Leafs face familiar questions after another early playoff exit

The Toronto Maple Leafs found themselves in a familiar position this week: cleaning out their lockers in May after another disappointing postseason showing. Despite a strong regular season, the team once again failed to deliver when it mattered most, losing in seven games to the Florida Panthers and reigniting serious questions about the future of the team and its core players.

The Game 7 loss on home ice was particularly painful—not just for the scoreline, a lopsided 6-1 defeat, but for the way the game unfolded. Fans, fed up with another postseason collapse, booed the team and tossed jerseys and drinks onto the ice. For a franchise that hasn’t won a Stanley Cup since 1967, this type of heartbreak has become all too rou-

tine.

What stung more than the result was how the series played out. Toronto had a 2-0 lead before giving up Games 3 and 4, then completely unravelled in a 6-1 Game 5 loss at home. Although they pushed the series to seven with a gutsy win in Florida, their Game 7 performance was another embarrassment, once again raising the question: Is the pressure of playing in Toronto simply too much?

Brad Marchand, a longtime tormentor of the Leafs, added fuel to the fire after the series. Speaking candidly, Marchand pointed to the crushing pressure placed on Toronto players by the fanbase and media.

“You see the way the fans treat them at the end,” Marchand said, “how do you not feel that every single day?”

Panthers forward Matthew Tkachuk and Florida head coach Paul Maurice

echoed similar sentiments, suggesting that the intense spotlight in Toronto might be part of the problem. Maurice, a former Leafs coach himself, acknowledged the passion of the market but questioned whether the pressure helps or hurts the team’s ability to win.

Despite the outside noise, the players themselves pushed back on the notion that the market’s intensity is to blame. Auston Matthews called Toronto “an amazing place to play,” while Mitch Marner insisted that most of the pressure comes from within the locker room, not the outside. John Tavares added that the passion from fans is what makes the franchise special, while William Nylander noted, “It is what it is.”

Head coach Craig Berube echoed their sentiments, saying pressure exists everywhere and that players must hold them-

selves accountable regardless of the market. Still, that shared attitude hasn’t translated to playoff results.

Now, as the offseason begins, the focus shifts to change. For many, that starts at the top with team president Brendan Shanahan, whose 11-year tenure has yielded regular-season success but repeated postseason failures. With a new CEO, Keith Pelley, running the Leafs’ parent company, MLSE, there’s speculation that Shanahan’s time may be coming to an end.

On the player front, the most uncertainty surrounds Mitch Marner, who is set to become an unrestricted free agent in July. Reports suggest Marner turned down a record-setting extension during the season and refused to waive his no-trade clause ahead of the deadline, when the team reportedly explored a deal involving Mikko Rantanen. On Tuesday, Marner was non-committal about his future.

Another core member, John Tavares, is also facing free agency but remains optimistic about returning. “I'm very optimistic that it can work out where I'm back,” he said, reaffirming his desire to stay with the team he grew up cheering for.

Meanwhile, younger players like Matthew Knies are seen as building blocks. Knies had a breakout season and is expected to return as a restricted free agent, bringing a physical, high-energy game that the Leafs’ top six has lacked.

Beyond Marner and Tavares, no one outside of Matthews and Nylander appears untouchable. Defenceman Morgan Rielly, a longtime face of the franchise, could also be moved as the front office explores ways to reshape the roster. After years of early playoff exits, standing pat no longer seems like an option.

Since 2018, Toronto has gone 0-6 in Game 7s, and Sunday’s defeat marked its seventh consecutive loss in a series-deciding game. In those contests, the Leafs’ stars have largely gone silent: Matthews has three assists in six Game 7s, Marner just two, while Tavares and Nylander have contributed modestly. The team has scored only one goal in each of its last five Game 7s, an indictment of a highly-paid core that hasn’t produced in big moments.

This latest collapse feels like a tipping point. Major changes are coming—the only question is how deep they will go.

Leafs make massive change up top

The Brendan Shanahan era in Toronto has officially come to an end, as the Maple Leafs announced Thursday that his contract as team president will not be renewed. The decision arrives on the heels of another disappointing postseason finish, as the Leafs were eliminated in Game 7 of their secondround playoff series with a lopsided 6-1 home loss to the Florida Panthers — the same scoreline they lost by in Game 5, also on home ice. The back-to-back blowouts prompted frustration from fans, many of whom booed the team during both games.

Shanahan was hired in 2014 with the goal of rebuilding the franchise and bringing a Stanley Cup back to Toronto for the first time since 1967. Over the course of his tenure, the Leafs reached the playoffs in nine consecutive seasons, but they never made it past the second round. While the team became a consistent contender during Shanahan’s time, they failed to translate regular season success into deep playoff runs.

MLSE president Keith Pelley expressed gratitude for Shanahan’s contributions but emphasized the organization’s desire for a new direction. “Our responsibility and driving motivation is to write a new chapter in the Maple Leafs’ championship history,” Pelley said in a statement. “It was determined that a new voice is needed to help take the team to the next level. The franchise will always be thankful for Brendan’s leadership, and we wish him and his family the very best.”

In his own statement, Shanahan acknowledged the team's progress but expressed regret over not delivering the ultimate prize. “While I am proud of the rebuild we began in 2014, my goal was always to help the Leafs win a Stanley Cup, and we didn’t achieve that,” he said. “There’s nothing I wanted more for our fans, and my biggest disappointment is that we couldn’t complete the job.”

Shanahan’s departure had been foreshadowed earlier this week, when the Maple Leafs granted permission for the New York Islanders to speak with him about a potential role. His exit marks

the end of a decade-long chapter for the Toronto-born executive, who joined the Leafs after a stint in the NHL's head office following a Hall of Fame playing career.

During his tenure, Shanahan oversaw a major organizational overhaul. He inherited a struggling team that had made the playoffs only once in the previous decade and turned them into a perennial playoff presence. Yet the team, built around stars like Auston Matthews, Mitch Marner, William Nylander, and John Tavares, consistently fell short in the postseason.

The Shanahan era included five head coaches and four general managers. Notably, Shanahan dismissed GM Kyle Dubas after the 2023 season, replacing him with Brad Treliving. Though Treliving guided the team to its longest playoff run in Shanahan’s tenure, the Leafs still failed to reach the heights expected of them.

With Shanahan’s exit, the Maple Leafs now face another pivotal offseason as they search for the leadership needed to finally break their championship drought.

Reno Silva/MS
Brendan Shanahan. Photo: CBC
Creditos: CBC

No criticisms from construction sector after Ontario’s budget has time to percolate

Construction industry stakeholders had nothing but praise for the recently unveiled $232.5 billion Ontario budget, stating it helps combat the economic uncertainty revolving around U.S. President Donald Trump’s tariffs by protecting workers and putting infrastructure at the forefront.

Finance Minister Peter Bethlenfalvy outlined several measures in Budget 2025, A Plan To Protect Ontario on May 15, including $30 billion in spending to stimulate the economy in the face of tariffs, including a $5-billion fund to give businesses relief, adding $5 billion to an infrastructure financing fund, and implementing a new, $500-million Critical Minerals Processing Fund. There’s also $1 billion being added to the Skills Development Fund to retrain workers.

The budget is forecasting a $14.6-billion deficit this fiscal year and a deficit of $7.8 billion next year. “The investments Budget 2025 makes in critical infrastructure advance the Ontario govern-

ment’s commitment to growth and addressing long-standing challenges,” said Nadia Todorova, executive director of the Residential and Civil Construction Alliance of Ontario (RCCAO), in a statement. “The Ontario government’s investment in the Skills Development Fund is good news for Ontario workers. It will expand the labour market’s capacity to build Ontario and this $1 billion investment in skills training will be crucial for our province’s ability to build critical infrastructure and grow our province’s prosperity for generations to come.”

The RCCAO also praised the creation of a Potholes Prevention Fund to help improve state-of-good-repair work on the province’s roads. In general, the association did suggest faster project tendering could “maximize industry’s capacity to build during construction season as well as make greater progress in closing the infrastructure deficit across the province.”

The Progressive Contractors Association of Canada (PCA) also praised the investment in workers.

“These are the kinds of investments that will help get our workers, our members, and our communities through today’s economic challenges,” said Karen Renkema, VP Ontario at PCA. “We appreciate the continued focus on skills training and infrastructure as measures to help steer Ontario’s economy through the roller-coaster trade war with the U.S.” Delving deeper into the SDF funding, the PCA and its partner organization CLAC outlined:

• $159.3 million over three years to support ongoing growth and program stability in various skilled trades programs, including expansion of the In-Class Enhancement Fund to increase the number of training seats for Level 1 apprentices.

• $75 million over three years to create up to 2,600 new seats annually in priority construction-related post-secondary programs (beyond apprenticeship).

“The investment in the In-Class Enhancement Fund to train apprentices will make a difference, as long as this funding is available to all training providers, especially regional colleges, who provide in-class training for the vast majority of our members’ apprentices across Ontario,” added Renkema.

Skills Ontario CEO Ian Howcroft commended the government’s investment on retraining, health and safety and supporting Black and Indigenous youth in entering these fields.

This includes $16.5 million in 2025–26 to the Black Youth Action Plan and a $3 billion investment in the new Indigenous Opportunities Financing Program.

“Working together and inspiring the next generation of skilled trade and technology leaders is crucial to our success and future as a province, and we are looking forward to continuing to provide learning opportunities to all Ontarians,” Howcroft stated.

Marc Arsenault, business manager of the Provincial Building and Construction Trades Council of Ontario, said the budget will help safeguard jobs through domestic investments and may soften the “external shocks like tariffs.”

“Committing $200 billion over the next 10 years towards building and renewing Ontario’s vast infrastructure reinforces the government’s willingness to collaborate with the industry to seek domestic solutions to economic challenges. This includes substantial supports for the energy sector as well as human resource investments in training,” he said, adding the SDF funding is a critical component as well.

“These investments show that the government wants to protect jobs, grow the economy, and overcome any barriers to success.”

The Ontario General Contractors Association echoed these sentiments.

“These strategic investments are vital to the province’s long-term prosperity. OGCA members stand ready to support this important work as we continue to build Ontario together,” the association noted.

Ian Cunningham, president of the Council of Ontario Construction Associations, summed it up by saying: “In these highly unusual and uncertain economic circumstances, the Ontario government tabled a budget that provides relief for the workers and businesses that are most severely impacted by the current economic disruption, makes investments that will reposition the province’s economy to be oriented to the future, more resilient, diversified and less reliant on U.S. exports and demonstrates fiscal cautionary prudence. The balance seems to be about right. Congratulations to minister Bethlenfalvy and his budget team.”

Construction industry stakeholders are applauding the Ontario budget, which was unveiled by Finance Minister Peter Bethlenfalvy on May 15. In particular, they are pleased with the amount of investment in skilled trades initiatives. Photo: @FORDNATION ON X

Crónica ao contrário: HUMOR COM REALIDADE

Rómulo Medeiros Ávila

País campeão (e dividido) com classe, sempre

Caro leitor, o que seria da vida sem alegria e sem sorrisos? Bom, é isso que vos proponho. Uma vez por mês aqui neste espaço eu marcarei encontro consigo. E... se está a ler isto neste preciso momento, parabéns: escolheu o único local da casa onde ainda é porreiro estar sozinho sem parecer antisocial. Sim, esta crónica é para si — herói da porta trancada, guerreiro do ar mal ventilado, estratega do “já vou, estou ocupado!”. Uma leitura mensal pensada ao ritmo da digestão e com a profundidade de quem está, literalmente, a olhar com esforço para o resto do mundo.

Não prometo grandes revelações filosóficas, mas entre o som da canalização e o leve aroma a ambientador de pinho, talvez encontre aqui algo que o faça rir, ou pelo menos distrair-se do scroll infinito nas redes sociais. Afinal, se vamos perder tempo, que seja com estilo e, já agora, sentado. Seja então bem-vindo à crónica que não julga. Aqui, pode rir, refletir ou simplesmente fazer tempo para não ter de voltar à reunião de Zoom. Se está a ler isto, há boas hipóteses de estar sentado no seu trono de porcelana, em comunhão solene com o azulejo frio e o eco das suas decisões alimentares. Não se preocupe, está entre amigos. Esta crónica nasceu precisamente para este momento: quando finalmente pode fugir do mundo e das notificações (plim, plim, plim ou então pior do que isso: aqueles que metem sons de animais como forma de avisar o que lhe chega ao telefone).

A promessa é simples: uma vez por mês, venho cá, nesta página, fazer-lhe companhia. Nada de assuntos sérios, pois para isso já basta o papel higiénico áspero que comprou em promoção. Trago histórias, disparates e talvez uma ou outra epifania nascida do tédio e do eco da sanita. Porque, convenhamos, se há sítio onde pensamos em tudo e em nada ao mesmo tempo... é aqui ou aí.

Mas vamos ao nosso assunto: Senhoras e senhores, meninos e meninas, sportinguistas e... os outros: o Sporting é campeão nacional! Ou melhor dizendo, o Gyökeres Clube de Portugal, porque sejamos honestos, se o campeonato fosse uma telenovela, o sueco era o protagonista, o realizador e o homem da banda sonora. Só faltou mesmo o golo de bicicleta em

slow motion com a banda sonora dos Coldplay por trás.

Em Alvalade, já se fala em canonizar o Viktor, ou pelo menos dar-lhe o Passe Navegante vitalício. Os avós dos atuais sportinguistas só viram tanta festa quando a televisão ainda era a preto e branco, e agora temos drones, luzes LED e mais câmaras que um reality show da Netflix.

Mas, pronto, enquanto por cá se fazia história em verde e branco, no resto do país... o verdadeiro apagão não foi o da luz ou da tecnologia, foi mesmo o das ideias. Tivemos eleições e, meus caros, se há coisa mais preocupante que a defesa do Benfica, são os resultados da abstenção. Milhões de portugueses optaram por ficar em casa, sentados no sofá, a decidir entre votar ou ver mais um episódio da novela. Ganhou a novela. Quem perdeu? O país inteiro. A esquerda, coitada, levou uma goleada à moda antiga. A diferença é que, ao contrário do Marítimo quando joga com o Porto, aqui ninguém pode gritar “fora de jogo!” porque estavam todos, literalmente, fora de cena. As sondagens, essas eternas adivinhas de café com bica, continuam a acertar com a mesma precisão de um pénalti do Paulinho (o roupeiro) em dia mau. Erram tanto que já se suspeita que são feitas com base em bolinhas do Euromilhões. Está na altura de reconhecer: as sondagens fazem mal ao sistema. Sobretudo ao nervoso. Entretanto, e porque somos uma comunidade que adora festas, como o Zé gosta de um bom cozido, temos o dom - enquanto comunidade pensadora e organizada - de marcar 500 mil eventos no mesmo fim de semana. Entre os santos populares, os aniversários, o baile da piriquita ou do chapéu de três bicos, os comícios, as festas e as marchas do orgulho, há quem já não saiba se está a dançar o vira ou a fugir de um fogo de artifício. Aqui, deste lado do Atlântico, os nossos irmãos da diáspora também andam em modo celebração: as estrelas do Portuguese Canadian Walk of Fame já estão prontas… a ser prontas. Sim, porque o que é português é esperar um bocadinho e logo se vê. E com isto tudo, desejo-vos um bom fim de semana, cheio de classe, estilo, e quem sabe, com um bocadinho de esperança de que, tal como o Sporting, este país também consiga marcar um ou dois golos de jeito. Ou pelo menos acertar numa sondagem. Ria-se e haja saúde.

Credito: DR

O ex-líder dos Estados Unidos Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma agressiva de cancro da próstata. O diagnóstico aconteceu depois de Biden ter apresentado sintomas urinários, levando à descoberta de um nódulo prostático durante um exame físico de rotina. A avaliação médica revelou um cancro de grau V, indicando um estágio avançado e agressivo da doença, com metástases nos ossos. Apesar da gravidade do diagnóstico, os médicos indicaram que o cancro é sensível às hormonas, o que permite opções de tratamento eficazes, como terapias hormonais e radioterapia. Biden estará a avaliar as melhores abordagens terapêuticas com a equipa médica que o acompanha.

FINALISTA

Laura, a filha mais velha de Fernanda Serrano e Pedro Miguel Ramos, concluiu mais uma etapa académica, e a atriz fez questão de partilhar com os fãs este momento inesquecível, assinalado num baile de finalistas. “Dia tão especial e bonito. O baile da princesa Laura. Um orgulho e a certeza de ter feito um muito bom percurso e trabalho. Parabéns a ti, filha linda, e a todos os que sempre estiveram ao teu lado. Um início de uma nova e bonita fase”, escreveu Fernanda, posando ao lado da filha, de 17 anos.

AVÓ DOLORES

Cristiano Ronaldo Jr., de 14 anos, está a dar os primeiros passos com a camisola das Quinas da Seleção de Futebol Sub-15 de Portugal no Torneio Internacional Vlatko Markovic. Nas bancadas, a torcer por ele, tem estado uma fã muito especial: a avó, Dolores Aveiro. A mãe de Cristiano Ronaldo faz questão de acompanhar este momento especial do neto, tendo partilhado, nas redes sociais, uma foto a seu lado, na qual o seu sorriso denuncia a enorme felicidade que está a viver.

SEPARADAS

FALOU E NADA DISSE

Após meses de especulações e rumores que apontam para uma possível relação entre Ana de Armas e Tom Cruise, que têm sido vistos juntos em diversas ocasiões, a atriz hispano-cubana, de 37 anos, decidiu pronunciar-se. Durante a sua recente participação no programa norte-americano Good Morning America, onde esteve a promover o seu mais recente filme, From the World of John Wick: Ballerina, Ana falou pela primeira vez sobre a sua ligação com o ator de 62 anos. Vestida de branco e com um sorriso radiante, a atriz foi recebida com entusiasmo pelo público e pelo apresentador Michael Strahan, abordando de forma subtil os rumores que circulam na imprensa internacional. “Estamos definitivamente a trabalhar em muitas coisas. Não apenas num, mas em vários projetos com o Doug Liman, o Christopher McQuarrie e, claro, o Tom. Estou muito entusiasmada”, afirmou, referindo-se a Cruise e sem entrar em detalhes sobre a natureza da sua ligação pessoal com o ator.

LUSO-BRASILEIRA

A atriz Inês Herédia e a diretora da Plural, Gabriela Sobral, anunciaram hoje a sua separação, após sete anos de casamento. As duas são, recorde-se, mães dos gémeos Luís e Tomás, de seis anos. Apesar do fim da relação, as duas emitiram um comunicado conjunto sublinhando a importância da família e da união: “Foi o amor que nos juntou. A admiração mútua. As diferenças também. E a luta contra tudo e contra todos os preconceitos. O Luís e o Tomás são os rostos de um amor sem fim, o reflexo de uma história de resiliência. As histórias também se fazem de pontos. Sem finais. Porque uma separação será sempre união quando a família está no centro de todas as decisões.” A separação foi descrita como pacífica e refletida, com ambas a darem prioridade ao bem-estar dos filhos e mantendo a relação de amizade e respeito. Segundo fontes próximas, a decisão foi tomada em conjunto, numa demonstração de equilíbrio e serenidade. Além de continuar a desempenhar papéis relevantes no meio artístico, Inês Herédia, de 35 anos, permanece próxima de Gabriela Sobral, de 59 anos, que lidera a Plural Produções, produtora responsável pelas novelas da TVI. A colaboração profissional entre ambas permanece intacta, reforçando o elo que construíram ao longo dos anos.

Com uma vida dividida entre Portugal e o Brasil, onde nasceu, Joana de Verona é uma cidadã do mundo. Aos 35 anos, a atriz e realizadora luso-brasileira tem participado em diversos projetos que atravessam as duas culturas que formam a sua identidade. Entre filmes, teatro, séries, novelas e a sua constante ponte aérea entre Rio de Janeiro e Lisboa, Joana revela ser uma mulher independente, corajosa e determinada, qualidades que também marcam a sua personagem em Mania de Você, novela da TV Globo, onde interpreta Filipa, uma fisioterapeuta forte e decidida. Atualmente no Brasil, Joana partilhou com a revista CARAS algumas das memórias da sua infância naquele país, falou dos desafios de ser luso-brasileira, da conexão com o seu público e dos bastidores do seu trabalho artístico, que mistura a paixão pelo teatro, pela dança e pelo cinema.

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artesonora

DAMA e a "Terra da Maria”

Em tempos em que a cultura anda tudo à volta das redes sociais e a indústria musical cada vez que segue padrões, há quem escolhe ir contra a corrente e entra na riqueza popular do seu próprio país. É esse o caminho que os DAMA estão a fazer com a nova fase do seu percurso musical — uma fase marcada por ser autêntica com uma reinvenção e com muito respeito pelas raízes culturais de Portugal.

Olançamento do single “Terra da Maria”, uma reinterpretação do tema de Roberto Leal, marca mais do que um simples tributo. É o anúncio claro de uma mudança estética da banda lisboeta, que, após o sucesso do EP “Canções Bonitas em Português Vol I”, segue agora para o norte do país na procura de novos filhos e tradições. Mais do que apenas gravar uma canção com valor sentimental e histórico, os DAMA mostram uma fusão criativa que junta o espírito popular minhoto e transmontano a uma estética contemporânea, quase retro-futurista. Através dessa estética tanto na sonoridade como no videoclipe realizado por Francisco Ramalho — a banda mostra que é possível renovar o passado sem alterá-lo e dar-lhe uma cor nova sem o apagar. “Terra da Maria” não é apenas uma canção renascida: é uma marca de gerações.

Novos ouvintes são agora convidados a conhecerem algo que teve origem em 1978 agora com uma versão renovada e bem atual. Os DAMA, motivados pelo convite de Rodrigo Leal, filho de Roberto Leal, carregam consigo o simbolismo e a continuidade deixada por um dos artistas que mais se esforçaram para juntar Portugal e Brasil através da música tradicional portuguesa. É importante destacar esta escolha do tema, vive-se numa era em que a maioria dos artistas procura influências e referências fora de portas, muitas vezes deixando de lado toda a riqueza do património musical nacional.

Os DAMA fazem o oposto: olham para dentro e, ao fazê-lo, transformam, criam e oferecem algo novo a partir do que é antigo. Esta é uma homenagem à vida e obra de Roberto Leal. Ao lado de outros artistas, os DAMA mantém viva a memória de um homem que cantou Portugal ao mundo com orgulho, emoção e talento; é, portanto, uma canção de gratidão e continuidade. Com “Canções Bonitas em Português Vol II” projetada para o final de 2025, a banda volta-se para as tradições do norte de Portugal. Esta escolha não é apenas geográfica, é simbólica: representa uma viagem ao coração do país, ao som das concertinas, ao calor das romarias e ao sabor das festas populares. Ao invés de procurar o que está na moda, os DAMA procuram o que está na alma — e essa é, talvez, a sua maior força. Numa altura em que tanto se fala da importância da identidade cultural, os DAMA fazem mais do que falar: envelhecer, criar e inspirar. A banda continua a reinventar-se e a mostrar que a tradição não é um fardo a carregar, mas uma fonte inesgotável de possibilidades criativas. Temos que ter orgulho de quem somos e esperança do que ainda podemos ser.

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Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Obter, mediante pagamento, a propriedade ou o uso de algo

2.Fazer ficar ou ficar gordo; tornar(-se) gordo

3.Ocupar o espaço de; ser o conteúdo de; tornar(-se) cheio

4.Precipitar-se a chuva sobre a terra

5.Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

6.Provocar hipnose em alguém

7.Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

8.Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

9.Transferir (bem ou mercadoria) para outrem em troca de dinheiro

10. Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

11.Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

12. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade

13. Causar dano, prejuízo, apodrecimento em, ou ficar em mau estado, danificado, quebrado

14. Esforçar-se por achar ou descobrir (alguém ou algo)

15. Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder

S Q C F O G H O E T Z O X B B

O K E I B K L O R L I R A C U

R C B E O F P I B C M E O O S

T I O P I I S D I A A E P L A

N G L O A Z A R G C L U E O L

E U A T L C I R N C D T Q R I

O A R E B A A N E Q M A S A M

C L P A O Z C N G L E N B U O

M D T H A D R I E O N G C N M

A A L L M I T E D L T E Y A A

Ç D H I O V E N T A A O B I C

U O A N N I V I N A G R E R N

C K N U I S S F T O C U A T A

A D R A T S O M O S C O C O A

R U E B W O M I R C E L A Q P

CEBOLA

AÇÚCAR

ALHO

COENTROS

LOURO

GENGIBRE

VINAGRE

ALECRIM

MENTA

MOSTARDA

CANELA

BAUNILHA

CARIL

COLORAU

Ingredientes

• 1 linguado

• 300 grs de camarão

• Sal e pimenta

• 1 cebola

• 50 grs de manteiga

• 20 grs de farinha

• 1 limão

• 1 dl de vinho branco

Retirar a pele escura do linguado, fazer um corte em todo comprimento, retirar a espinha central. Cozer os camarões em água e temperar com sal. Retirar as cabeças e as cascas. Com a água da cozedura adicionar as

cabeças e as cascas e triturar tudo com uma varinha magica. Passar este preparado por um coador bem fino. Picar a cebola bem fina para dentro dum tacho com metade do caldo Polvilhar com farinha e regar com um pouco do preparado do caldo do camarão. Retificar os temperos de sal e pimenta e deixar cozer. Regar com um pouco de sumo do limão juntar os camarões descascados, e outra metade da porção do molho. Colocar o linguado num tabuleiro untado com o resto da manteiga. E regar com o vinho branco , colocar o preparado do camarão dentro do linguado. Levar ao forno durante 20 minutos. Acompanhar o linguado com batatinhas pequenas e legumes a gosto. Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras
Modo de preparação Credito:
CAMOMILA

OLHAR COM OLHOS DE VER

Pequeno-almoço reforçado. Créditos: Madalena Balça
When nature calls! - Créditos: Sean Dadson
Coimbra cidade de estudantes e do fado . Créditos: Lisbeth Domingues
Happy Hour, be weird!. Créditos: Fa Azevedo

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Esta é uma fase de expansão e afirmação da sua identidade. O otimismo e a confiança vão transparecer nas suas ações, provocando a admiração dos que o rodeiam. O seu lado romântico e apaixonado estará em alta. Se tem filhos procure usar toda a sua diplomacia para evitar que surjam conflitos.

TOURO 21/04 A 20/05

Poderá ter nesta altura boas ideias para melhorar a sua vida no campo material e financeiro. O aplauso dos outros relativamente ao que faz vai trazer-lhe segurança e estabilidade interior. Não deve querer possuir bens só para alimentar a sua vaidade. Aproveite esta situação favorável para presentear aqueles que ama.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Nesta semana os contactos humanos estão beneficiados. A sua autoconfiança e estima é grande pelo que se sente em segurança e com energia para ajudar e participar em atividades sociais. As amizades surgirão espontaneamente devido à sua simpatia e boa disposição. Aproveite para se divertir com os amigos.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Sentirá, nesta fase, maior necessidade de conviver e conversar com os seus amigos. Aliás, o debate de um problema com eles poderá ser meio caminho andado para a sua resolução. A opinião das pessoas que estão fora do problema é sempre menos parcial e poderá ser o ponto de partida para novas iniciativas.

LEÃO 22/07 A 22/08

Neste momento, pode expor as suas ideias e convicções com a certeza de que irão ser bem aceites e conferir uma nova dinâmica ao grupo em que se insere, trazendo-lhe uma lufada de ar fresco. Esta pode ser também uma boa altura para viajar. No campo amoroso, que tal planear algo de exótico com a pessoa que ama?.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Está num momento em que se sente ansioso, insatisfeito e diminuído a nível emocional. Poderá recear que o não compreendam e sentir-se irritado sem saber a razão. Poderá reagir de forma instintiva e fazer coisas inconscientemente. Porque está mais sonhador esta não é a altura ideal para decidir assuntos que requeiram sentido prático.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Durante este período as suas relações pessoais serão da maior importância, havendo a preocupação da sua parte em retribuir o apoio e compreensão que lhe têm demonstrado. Esta altura também é excelente para participar em atividades sociais, ir a concertos, espetáculos na companhia de amigos ou familiares.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Marte a transitar pela Casa X faz com que se sinta muito bem. As suas energias estão fortificadas. O seu espírito de iniciativa está no auge, a sua vontade de desenvolvimento a todos os níveis também. Aproveite para dar um salto positivo na sua vida. Momento propício para iniciar projetos novos ou acabar aqueles que tem em mão.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Sente neste momento que consegue trabalhar de forma mais rentável, eficiente e ordenada. Poderá ter de fazer pequenas viagens no âmbito da sua profissão que lhe irão trazer benefícios a curto ou longo prazo. É possível que se sinta nesta altura insatisfeito sem saber porquê e com os nervos mais à flor da pele.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

É a altura ideal para se dedicar as obrigações ou àquelas tarefas inadiáveis. Poderá também sentir que está mais disponível para atender às necessidades das pessoas que trabalham consigo. Digamos que, consegue entender agora quanto estamos todos dependentes uns dos outros, para satisfazermos as nossas necessidades.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Este trânsito de Vénus pela Casa III poderá trazer-lhe alguma tendência para a dispersão (esta Casa tem a ver com a comunicação e com todas as formas de movimento). Contudo, é também um período em que se sente especialmente sensível e perspicaz em relação às situações que vão se vão passando à sua volta.

PEIXES 20/02 A 20/03

Com tantos assuntos a fervilharem e a precisarem de resposta, o melhor será mesmo não se dispersar, para não correr o risco de tomar decisões precipitadas. Deve, pois, avaliar cada questão com calma e prudência, evitando as decisões definitivas. Atravessa, neste momento, um bom período para o estudo e a reflexão.

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Apresentada pelo Núcleo de Leitura da Casa do Alentejo de Toronto e um grupo de autores Luso-Canadianos (integrada nas Celebrações da LIUNA Semana de Portugal 2025). Leituras ao vivo, narração de histórias, música, arte, microfone aberto e networking em ambiente escontraído. Quer seja escritor, artista, intérprete ou simplesmente curioso, este evento oferece uma oportunidade rara de estabelecer contactos entre géneros e gerações. Grátis. Info: (416) 537 -7766

Associação Migrante de Barcelos

1º Encontro das Freguesias de Barcelos 7050 Bramalea Rd. Mississauga - 8 Junho12pm

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Portuguese C.I. Moviment Festa do Divino Espírito Santo Várias localizações (abaixo) - Junho 14 a 21 Grande festa da 1ª Irmandade do Divino Espírito Santo de Mississauga. Benção do pão, carne e vinho será nos dias 13 e 14 de junho e distribuição das pensões no salão

loja. Área da St. Clair e Lansdown. Contatar (416) 258-9091

Apartamento num basement para arrendar. Com 1 quarto, sala, cozinha, casa de banho e lavandaria. Não animais e não fumadores. Na área da Dufferin e Glencairn. Preço $1650.00. Contatar (416) 995-1041

da igreja São José de Oakville aos irmãos de Brampton, Oakville e Hamilton. Nos dias 20 e 21 de junho, missa e procissão das coroas às 10:30 am (2451 Old Bronte Rd. em Oakville, a missa será celebrada às 11 am, serão servidas as tradicionais sopas e alcatra. Arraial, arrematações, ranchos folclóricos e animação com o DJ cockatil. Informações (416) 616-6740 ou (289) 242-3808

Luso Canadian C. Society

Golf Tournament

8525 Mississauga Rd., Brampton and 6378 Trafalgar Road, Milton, June 13

Golf Tournament is an important fundraiser that supports our quality programs & services for individuals living with disabilities & their families. Each year, this much anticipated event is sold out! So mark your calendarand stay tuned for a “Registration Open” email coming soon. Information on Registrations & Sponsorship opportunities will be made available soon. Stay tuned to our website for more Golf information. Contact 905-858-8197 or info@lusoccs.org for additional information.

Filarmonica Lira bom Jesus

Festa Santíssima Trindade

2451 Old Bronte Rd. Oakville - 15 Junho - 10 am

Festa da Santíssima Trindade em Oakville a ser realizada na igreja St. Joseph's Catholic em Oakville, com procissão, sopas do divino Espírito Santo e animação com Henrick Cipriano. Entre em contato para receber as pensões com antecedência. Reservas (416) 457-4135, (289) 242-2781 ou (905) 510-1862

Casa dos Poveiros

São Pedro

187 Geary Av. Toronto - 28 Junho - 11 am

Celebrar o S. Pedro. Bora lá comer umas sardinhas assadas, febras e as nossas famosas farturas. Vamos ter uma tarde muito animada. Reservas (416)

Agenda comunitária

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