MILÉNIO STADIUM 1743 2 DE MAIO

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Credito: David Ganhão

Também se espera uma mudança com a escolha do sucessor do Papa Francisco e vale a pena perguntar que tipo de renovação se pode esperar. Embora a maioria dos católicos concorde que o Papa Francisco era um homem do povo, quanto é que ele realmente realizou durante o seu mandato e será que a Igreja sob o seu comando evoluiu para acompanhar o ritmo de um mundo em mudança? Muitas das questões polémicas que assombraram a Igreja durante muitos anos mantêm-se, apesar dos apelos de muitos católicos à mudança. O essencial em qualquer religião é que existe um Deus, uma Igreja e que todos os seres humanos foram criados iguais. Hoje em dia, as igrejas baseiam-se na criação de feudos económicos e onde as palavras do Senhor são convenientemente manipuladas para aumentar os ouvidos e os olhos para os seus programas e recitais. As igrejas são um negócio como qualquer outro e a sua sobrevivência depende do dinheiro.

No mundo ocidental, o número de pessoas que frequentam as igrejas católicas diminuiu consideravelmente porque a política no seio da governação da igreja não mudou. A manifestação de emoção pela morte do Papa Francisco por parte de pessoas de todo o mundo foi uma combinação de presença ou uma oportunidade para uma selfie. É chocante para mim que um indivíduo como Donald Trump seja recebido no Vaticano como uma presença credível, depois da agitação que está a criar em todo o mundo. É um exemplo claro de que a bondade do Papa não estava a ser celebrada e que a sua presença aconteceu apenas para que todos vissem que estava lá. Sempre admirei os sacrifícios que os Papas fazem para lançar as sementes da inclusão em todo o mundo, mas o cínico em mim tende a associar o marketing da organização às sementes.

UM NOVO PAPA PARA TODOS?

A renovação é sempre uma coisa boa se os conceitos subjacentes à nova visão forem para a melhoria da sociedade.

Manuel DaCosta Editorial

OCanadá acaba de passar por uma eleição federal em que milhões de canadianos esperavam que a renovação surgisse sob a forma de um novo partido no governo e, por conseguinte, de uma nova abordagem. No entanto, milhões de outras pessoas escolheram a renovação

como a continuação das estratégias políticas anteriores, que foram desastrosas para o Canadá. Nunca podemos subestimar o poder dos seres humanos de serem imprevisíveis em relação ao rejuvenescimento, que pode assumir a forma de um status quo, mesmo que o mundo esteja a mudar drasticamente. O medo do desconhecido desperta as nossas ansiedades em relação a territórios desconhecidos, pelo que nos tornamos estagnados e votamos contra a mudança.

Quando se inicia o conclave para eleger o próximo Papa, muitos candidatos começam a disputar o lugar para se tornarem o próximo Papa. Será que é realmente importante quem será escolhido, dada a estrutura da política dentro do Vaticano que impede os candidatos de saírem das suas zonas de conforto insulares e das leis da igreja católica? A campanha é uma campanha que mede as capacidades dos candidatos com base na sua perceção das prioridades, das agendas e do carisma. Tem mais a ver com personalidade e perspicácia empresarial para fazer avançar a Igreja do que com a difusão do Evangelho de Jesus Cristo. Na minha opinião, não importará quem seja o novo Papa se a Igreja não se orientar para estar atenta aos sinais dos tempos e despertar o Espírito Santo da Igreja para se tornar uma Igreja do povo e não o país do Vaticano. O próximo Papa tem de deixar um legado de mudança que resulte em obrigações morais que reflitam as Palavras de Deus e na reforma das prioridades da Igreja para que reflitam as visões do mundo de hoje.

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

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Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Depois de Francisco...

No próximo dia 7 de maio, a Capela Sistina, no Vaticano, vai encerrar as suas portas com os Cardeais/Bispos eleitores lá dentro até que, entre si, decidam quem será o novo líder da Igreja Católica. Na Praça de S. Pedro muitos serão os que vão aguardar, com os olhos postos no topo da chaminé, ansiosos por ver dela sair o esperado fumo branco. Até que se oiça o Habemus Papam, poderão passar vários dias, dependendo do grau de consenso que se consiga em torno de um dos Bispos, que mudará de vida nesse minuto tornando-se Papa. As escolhas são várias, dos mais ortodo xos aos mais abertos à mudança e adaptação da Igreja Cató lica aos tempos que vivemos, e nós, comuns mortais, tentamos perceber como o eleito poderá, com a sua ação, contribuir para o equilíbrio e bom-senso que o mundo de hoje anseia e precisa mais do que nunca.

Nesta edição, vamos tentar mostrar-vos quem está na lista dos mais “papáveis”, para já deixamos uma breve explicação sobre o funcionamento do Conclave e todo o processo de eleição do novo Sumo Pontífice. Uma coisa é certa, falta pouco para sabermos quem vai suceder a Francisco.

O que é o Conclave?

• Conclave vem do latim cum clave ("com chave"), porque os cardeais ficam fechados e isolados para eleger o novo Papa.

• Participam apenas os cardeais com menos de 80 anos no dia em que a Sé Apostólica fica vacante.

• Atualmente, são cerca de 120 cardeais eleitores (o número varia um pouco).

Como é feita a eleição?

1. Início

Começa com a Missa "Pro Eligendo Pontifice" (Pela eleição do Papa).

2. Juramento de segredo

Todos juram manter sigilo absoluto sobre tudo o que ocorre no Conclave.

3. Votações

• Cada cardeal escreve o nome do candidato num boletim, dobra-o e deposita-o numa urna.

Pequenos detalhes curiosos

• Durante o Conclave, há um rigoroso controle de comunicações: nada de telemóveis ou internet!

• Em tempos antigos, se a eleição demorasse muito, os cardeais eram fechados a pão e água para acelerar a decisão! (hoje já não se faz isso).

• Mesmo cardeais que não são bispos podem ser eleitos Papa (mas se isso acontecesse, seriam ordenados bispos imediatamente).

O Conclave para eleger um novo Papa costuma demorar em média entre 4 a 7 dias, mas isso pode variar dependendo de vários fatores:

Passos do Conclave

Onde acontece?

• No Vaticano, especificamente na Capela Sistina.

• Os cardeais ficam alojados na Casa Santa Marta, uma residência dentro da Cidade do Vaticano, e deslocam-se apenas entre lá e a Capela Sistina.

• Para ser eleito, é necessário atingir uma maioria de dois terços dos votos.

• Se ninguém for eleito após várias votações, o método pode mudar para facilitar a eleição (mas isso é raríssimo).

4. Queima dos boletins

• Se a votação não for conclusiva, queima-se o boletim com substâncias químicas que fazem sair fumo preto (fumata nera).

• Se um Papa for eleito, queima-se o boletim de modo a produzir fumo branco (fumata bianca)

1 Número de Cardeais Votantes:

• O Conclave é composto apenas pelos cardeais com menos de 80 anos (os cardeais eleitores). Quanto maior o número de cardeais, mais debates e discussões podem ocorrer, o que pode aumentar a duração.

2. Acordo entre os Cardeais:

• Se houver um consenso claro sobre um candidato, a eleição pode ser rápida, com um resultado em apenas 2 ou 3 dias. No entanto, se houver muitos candidatos e pouca concordância, o processo pode arrastar-se por mais tempo.

E depois da eleição?

• O cardeal decano pergunta ao eleito: "Aceitas a tua eleição canónica como Sumo Pontífice?"

• Se aceitar, pergunta-se: "Que nome queres tomar?"

• Depois é anunciado ao mundo com a famosa frase: "Habemus Papam!" ("Temos Papa!")

• E o novo Papa aparece na varanda da Basílica de São Pedro.

3. Número de Votações:

• Normalmente, as primeiras votações podem não resultar num vencedor. A chaminé da Capela Sistina liberta fumos (branco ou preto) indicando se há ou não um vencedor após cada votação.

• O Conclave continua até que um cardeal receba dois terços dos votos válidos. Se não houver eleição após várias votações, pode levar mais dias até que um acordo seja alcançado.

1. Abertura do Conclave: Os cardeais reúnem-se e votam secretamente. A primeira votação acontece logo após a celebração da missa.

2. Votações Diárias: As votações acontecem duas vezes por dia (pela manhã e à tarde), até que um cardeal tenha dois terços dos votos.

3. Fumo Branco: Quando um cardeal é eleito, o fumo branco é visível da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que o novo Papa foi escolhido.

Se a eleição for rápida, ela pode ocorrer no primeiro ou segundo dia de votações, mas quando há uma disputa mais intensa entre candidatos, pode demorar mais.

Exemplos Históricos

• No Conclave de 2005, que elegeu o Papa Bento XVI, a eleição aconteceu na quarta votação, ao final do segundo dia.

• Já no Conclave de 2013, que elegeu o Papa Francisco, o Papa foi eleito no quinto dia, após 5 votações.

Portanto, enquanto a média é de 4 a 7 dias, em casos excecionais o Conclave pode durar até mais tempo, mas raramente ultrapassa os 10 dias.

Capela Sistina
Basílica de São Pedro
Madalena Balça David Ganhão

Quem será o próximo Papa?

O Conclave de 2025 contaria com 135 cardeais eleitores elegíveis para votar na eleição do novo Papa. No entanto, dois cardeais anunciaram que não participarão (Cardeal Angelo Becciu (Itália): renunciou à participação após ser condenado por crimes financeiros, atendendo a um pedido do próprio Papa Francisco; Cardeal Antonio Cañizares Llovera (Espanha): desistiu de participar por motivos de saúde), reduzindo o número esperado de votantes para 133.

Para ser eleito Papa, um candidato precisa obter uma maioria de dois terços dos votos dos cardeais presentes, ou seja, 89 votos dos 133 eleitores. Este não vai ser um caminho fácil. São vários os cardeais eleitores que têm vindo a ser falados como tendo mais probabilidade de vir a ser eleito Papa pelos seus pares. Com o conclave marcado para 7 de maio de 2025, após o falecimento do Papa Francisco, diversos cardeais são apontados como possíveis sucessores, refletindo a diversidade e complexidade da Igreja Católica atual.

Cardeais mais "papáveis"

Na lista veiculada por diversos órgãos de comunicação internacionais figura um português – o madeirense José Tolentino de Mendonça. Efetivamente, a hipótese de termos um Papa português não é muito alta, mas não é impossível. Reconhecido como um dos principais intelectuais da Igreja, com vasta obra publicada, Tolentino de Mendonça é conhecido por ter um pensamento muito alinhado com Francisco, com uma visão de uma Igreja inclusiva e aberta ao diálogo. Além disto, o Cardeal português tem uma importante experiência no Vaticano e uma enorme capacidade de estabelecer consenso. Num mundo tão conturbado e numa Igreja tão dividida (entre progressistas e conservadores) a capacidade de estabelecer diálogo e procurar o consenso pode ser um fator decisivo. Afinal, o maior risco para a Igreja e para o mundo de hoje é a polarização. A chave para o futuro será o equilíbrio, e o próximo Papa precisará ser um líder capaz de navegar entre os extremos, buscando sempre o caminho do diálogo, da reconciliação e da renovação. Que seja escolhido o melhor (e que fale português, já agora...).

Entre os nomes mais mencionados pela imprensa internacional e vaticanistas,

Pietro Parolin (Itália) – 70 anos

Secretário de Estado do Vaticano, com ampla experiência diplomática, embora enfrente críticas por sua atuação em acordos com a China e questões financeiras.

Mario Grech (Malta) – 68 anos

Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, inicialmente visto como conservador, mas alinhado às reformas de Francisco.

Cardeais eleitores portugueses

Matteo Zuppi (Itália) – 69 anos

Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, conhecido por seu trabalho humanitário e mediação em conflitos.

Pierbattista Pizzaballa (Itália) – 60 anos

Patriarca Latino de Jerusalém, valorizado por sua experiência no diálogo inter-religioso.

Portugal conta com quatro cardeais eleitores no próximo conclave:

1. José Tolentino de Mendonça: Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, reconhecido por sua sensibilidade cultural e intelectual.

2. D. Manuel Clemente: Patriarca emérito de Lisboa, historiador.

3. D. António Marto: Bispo emérito de Leiria-Fátima.

4. D. Américo Aguiar: Bispo de Setúbal, sendo o segundo membro mais jovem do Colégio Cardinalício.

Cardeais eleitores canadianos

O Canadá terá três cardeais eleitores no próximo conclave:

Luis Antonio Tagle (Filipinas) – 67 anos

Prefeito do Dicastério para a Evangelização, carismático e próximo ao Papa Francisco, embora tenha perdido destaque recentemente.

Cristóbal López (Espanha) – 72 anos

Arcebispo de Rabat, emergiu como candidato surpresa, destacando-se por seu compromisso com o diálogo inter-religioso e justiça social.

Peter Erdö (Hungria) – 72 anos

Arcebispo de Esztergom-Budapeste, com perfil conservador e sólida formação teológica.

José Tolentino de Mendonça (Portugal) – 59 anos

Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, poeta e teólogo, considerado uma figura emergente entre os progressistas.

1. Cardeal Gérald Cyprien Lacroix -Arcebispo de Quebeque.

2. Cardeal Michael Czerny, S.J. - Prefeito do Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, no Vaticano.

3. Cardeal Frank Leo - Arcebispo de Toronto.

Além destes, o Canadá possui dois cardeais que já ultrapassaram os 80 anos e, portanto, não são mais eleitores:

• Cardeal Thomas Collins - Arcebispo Emérito de Toronto, nascido em 1947. Aposentou-se em março de 2023.

• Cardeal Marc Ouellet - Ex-prefeito do Dicastério para os Bispos.

Para o próximo Papa...
Os desafios, tanto internos como externos, não podiam ser maiores
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Num momento decisivo para a Igreja Católica, em que crescem as expectativas e incertezas quanto à sucessão do Papa Francisco, importa refletir sobre o papel do Papa no mundo contemporâneo e os caminhos que se abrem para o futuro da Igreja. A escolha do próximo Papa não é apenas um processo interno do Vaticano — é um acontecimento de relevância global, com implicações espirituais, sociais, culturais e políticas. Num mundo em rápida transformação, marcado por crises ambientais, conflitos armados, desigualdades crescentes e uma secularização cada vez mais evidente, a liderança espiritual de mais de mil milhões de católicos torna-se crucial para o diálogo entre civilizações, a promoção da paz e a construção de sociedades mais justas.

Para aprofundar estas questões, entrevistámos a Professora Megan Armstrong, historiadora e especialista em Catolicismo da Época Moderna na Universidade McMaster, no Canadá. Com uma vasta obra dedicada à história da Igreja Católica, em particular às tradições franciscanas e à presença católica na Terra Santa entre os séculos XV e XVII, Armstrong oferece uma perspetiva académica profundamente informada sobre os desafios do papado atual e futuro.

Nesta entrevista, Armstrong analisa os possíveis rumos que o próximo conclave poderá seguir, ponderando entre uma linha de continuidade com o pontificado reformador de Francisco ou um eventual retorno a uma abordagem mais conservadora e centralizadora. Aborda também as qualidades que considera essenciais para o próximo Papa, à luz das exigências do mundo moderno — nomeadamente, a necessidade de uma liderança moral forte, com uma visão global, sensível às realidades das novas gerações e atenta às vozes dos marginalizados.

A Professora Megan Armstrong discute ainda o papel diplomático e político do Papa numa era em que os atores religiosos partilham o palco global com organizações seculares e governos, e analisa o impacto que a eleição papal poderá ter em temas tão controversos como o aborto, a igualdade de género, os direitos LGBTQ+, a pobreza ou a crise climática.

Esta conversa convida-nos a pensar no Pontificado não apenas como uma função

espiritual, mas como uma figura com potencial de transformação social e cultural profunda — e desafia-nos a considerar que tipo de Igreja queremos no século XXI.

Milénio Stadium: Quem poderá ser o próximo Papa? O conclave optará por um pontificado de continuidade com o de Francisco ou escolherá antes um regresso a uma Igreja Católica mais fechada e conservadora?

Professora Megan Armstrong: Essa é a grande questão, não é? E ainda não encontrei dois especialistas que concordem. Há vários favoritos, mas no passado já fomos surpreendidos. Para muitos, Bergoglio foi uma surpresa. O apelo global notável do Papa Francisco, no entanto, faz-me pensar (e esperar) que irão querer continuar com esse modelo de papado mais inclusivo e pastoral. Devemos também notar que foi Francisco quem nomeou a maioria dos cardeais que votarão no seu sucessor, e por essa razão também penso que há uma boa probabilidade de o seu sucessor não ser muito conservador. Mas até vermos a fumaça branca, só podemos especular.

MS: Que tipo de Papa seria mais adequado para os tempos atuais?

MA: Esta é uma questão muito importante, porque os desafios, tanto internos como externos, não podiam ser maiores. Internamente, a Igreja é um corpo extraordinariamente diverso, não apenas em termos culturais, mas também no que diz respeito à fé. As crenças e práticas variam dentro da própria Igreja. Cada ordem religiosa é uma interpretação única do Catolicismo, e as diferenças regionais são significativas. Encontrar consenso numa instituição global tão diversa é uma tarefa enorme mesmo nas melhores circunstâncias, e o Papa Francisco enfrentou oposição, especialmente dos setores mais conservadores da Igreja. Recentemente, algumas das questões mais divisivas têm sido o aborto, os abusos clericais, as escolas residenciais e o papel das mulheres.

As questões externas não são menos ameaçadoras para a unidade da Igreja — alterações climáticas, autoritarismo crescente, pobreza, guerra. Do meu ponto de vista, acredito que a Igreja beneficiaria de um Papa que, como Francisco, fosse a voz dos marginalizados e um forte defensor da paz.

Um Papa com uma visão global, que visse a inclusão como um elemento necessário de uma boa sociedade. Um líder forte e moral.

MS: Com o poder crescente de atores não religiosos no palco internacional, como organizações internacionais e governos, qual é a importância do Papa?

MA: O Papa continua a ser uma voz muito importante nos assuntos mundiais, porque a Igreja é uma instituição global com um mandato global. Basta pensar na sua presença material sob a forma de igrejas, conventos e mosteiros, bispados, instituições de caridade e de ensino. É uma instituição enormemente rica e altamente organizada. Por fim, mas talvez mais importante, é uma instituição missionária com ambições globais. O Papa é o líder espiritual de uma das maiores tradições religiosas do mundo.

MS: A Igreja Católica influencia fortemente a política e os valores de muitas sociedades. Como poderá a escolha do próximo Papa afetar políticas sociais e culturais, especialmente em países com forte presença católica?

MA: Essa é uma boa pergunta, pois os fiéis recorrem frequentemente ao papado em busca de orientação em muitas questões. Teremos de esperar para ver, mas certamente o Papa poderá pronunciar-se sobre assuntos divisivos que influenciem a opinião local. O aborto e as alterações climáticas, por exemplo, são bastante controversos nos Estados Unidos.

MS: Considerando os desafios atuais da Igreja, como a crescente secularização e a diminuição das vocações, que papel deve ter o próximo Papa na revitalização espiritual da Igreja?

MA: Estes são desafios sérios para a Igreja, mas não estou convencida de que um Papa conservador e inflexível ajudaria a aumentar a base de crentes e o número de vocações. A Igreja cresceu historicamente através da inclusão — de novas práticas, ideias, culturas. É certo que este processo nem sempre foi benigno — em particular, conquista e missionação andaram frequentemente de mãos dadas. Mas a crescente diversidade da Igreja ao longo do tempo também se deve à sua constante absorção e reconhecimento de novos impulsos religiosos. As ordens religiosas, por exemplo, muitas vezes começaram dessa forma.

MS: Como poderá o próximo Papa equilibrar as tradições da Igreja Católica com as necessidades das novas gerações, especialmente em temas como igualdade de género e questões LGBTQ+?

MA: O que tornou o Papa Francisco tão popular foi a sua disposição para abraçar o seu tempo e encontrar os membros da Igreja nos seus próprios termos. Ele precisa de ser relevante para ser eficaz, e as questões LGBTQ+, o racismo e a equidade de género estão no centro dos debates católicos sobre os valores e a identidade desta tradição. Acrescentaria a pobreza e o genocídio como outras preocupações urgentes e, claro, a guerra. Estamos a viver uma época de autoritarismo crescente que afeta diretamente a vida diária de muitos católicos e de todos os seus vizinhos. A migração forçada de milhões. O Papa precisa de saber ouvir, além de liderar. Precisa de ouvir para poder liderar com eficácia.

MS: O impacto da escolha do Papa vai além da religião. Como pode a personalidade do novo Papa influenciar questões políticas e diplomáticas, especialmente nas relações entre o Vaticano e outras potências globais?

MA: Essa é uma questão muito interessante, porque a personalidade também molda a liderança. Não creio que exista uma personalidade única que faça um bom líder. Dito isto, beneficiaria a Igreja ter um líder que genuinamente se preocupe com o bem-estar dos outros e seja um bom comunicador. MB/MS

Megan Armstrong. Créditos: DR.
O próximo Papa terá de ser mais do que um gestor da Igreja: terá de ser um pastor global, uma consciência moral e um farol de esperança
- Mark G. McGowan

Com a morte do Papa Francisco e os desafios crescentes que a Igreja Católica enfrenta à escala global, a atenção vira-se inevitavelmente para o próximo conclave. Que tipo de Papa poderá suceder a Francisco? Será o próximo pontífice um defensor da continuidade ou um retorno a um modelo mais conservador? Para refletir sobre estas questões, falámos com Mark G. McGowan, PhD, FRSC, professor de História e Estudos Célticos na Universidade de Toronto, Reitor Emérito do St. Michael’s College e um dos mais reputados especialistas na história religiosa e social do Canadá e da Irlanda. Autor de livros premiados como The Waning of the Green e Michael Power: The Struggle to Build the Catholic Church on the Canadian Frontier, McGowan está atualmente a investigar a história da radiodifusão religiosa no Canadá e a escrever uma obra sobre os católicos irlandeses canadianos durante a Primeira Guerra Mundial.

Como sublinha Mark G. McGowan, prever o futuro nunca é tarefa fácil para um historiador. "O Espírito Santo está cheio de surpresas", afirma. Contudo, os dados sugerem que o próximo Papa será provavelmente alguém alinhado com a visão pastoral de Francisco. Isto porque cerca de 80% dos cardeais eleitores foram nomeados pelo atual pontífice, privilegiando líderes com experiência pastoral e uma forte ligação às suas comunidades. “Francisco procurou ‘pastores com o cheiro das suas ovelhas’ e essa orientação deverá influenciar decisivamente o conclave”, explica. Além disso, pela primeira vez na história, os cardeais europeus estão em minoria, o que pode abrir caminho a novas geografias. “A eleição de Francisco, o pri-

meiro Papa da América Latina, criou um precedente importante: o papado já não é propriedade automática da Europa.”

Questionado sobre o tipo de Papa que melhor serviria os nossos dias, McGowan é claro: é necessário um líder atento aos sinais dos tempos. “Vivemos tempos marcados por desigualdades crescentes, crises migratórias, alterações climáticas e tensões políticas internacionais.” Para o historiador, um Papa centrado apenas em questões internas da Igreja não responderia às exigências do mundo atual. O futuro pontífice terá de continuar a missão de Francisco, sendo uma voz ética autêntica num palco global.

Essa visão foi recentemente reforçada por Mark Carney, antigo governador do Banco de Inglaterra, que se referiu a Francisco como “a consciência do mundo”. McGowan concorda: “O Papa tem um papel essencial como referência moral, especialmente num tempo em que tantas instituições perderam credibilidade.”

A escolha do próximo Papa poderá ter profundas repercussões sociais e culturais, sobretudo nos países com forte presença católica. A crescente presença de cardeais oriundos do sul global—países como Timor-Leste, Maurícia ou Myanmar—sugere um reforço da ideia de catolicidade enquanto universalidade. “Um Papa oriundo da Ásia ou de África pode revitalizar comunidades em crescimento e fortalecer o sentimento de pertença nessas regiões”, nota McGowan. “Um Papa filipino, por exemplo, teria um impacto tremendo no maior país católico da Ásia.” Para o professor canadiano, a Igreja precisa de continuar a afirmar a sua voz em defesa da justiça social, assente na Doutrina Social da Igreja. Perante o avanço da secularização e a diminuição das vocações, o próximo Papa

deverá assumir um papel de liderança espiritual ativa e inspiradora. McGowan sublinha a importância do exemplo pessoal e da vivência concreta dos valores evangélicos. “O novo Papa deve viver segundo as Bem-Aventuranças, que João Paulo II chamou de ‘a magna carta do Cristianismo’.” Neste contexto, o testemunho concreto junto da juventude e o envolvimento em ações sociais são fundamentais. “Como diria São Francisco de Assis: ‘Pregai o Evangelho todos os dias, se necessário, usai palavras.’”

A tensão entre tradição e renovação é um dos grandes desafios que qualquer novo Papa enfrentará, particularmente em temas como a igualdade de género e os direitos LGBTQ+. McGowan acredita que o caminho delineado por Francisco na Evangelii Gaudium deve continuar a guiar a Igreja. “Francisco defende uma abordagem pastoral baseada na alegria, na misericórdia e na justiça.” Uma das ideias mais poderosas desta exortação apostólica, lembra, é que “a realidade é superior às ideias”. Isso implica discernimento: “A doutrina pode ser expressa de múltiplas formas, em diferentes contextos culturais e históricos.

A Igreja muda—já foi a Igreja das Catacumbas e é agora a Igreja das Catedrais. A mudança deve ser discernida, não temida.”

Como bem lembrou Mark G. McGowan, o impacto de um Papa não se limita à esfera religiosa. Os pontífices têm desempenhado um papel central em momentos cruciais da história recente, desde o fim da Guerra Fria até à luta contra as alterações climáticas. “João XXIII, João Paulo II, Paulo VI e o próprio Francisco demonstraram como os Papas podem influenciar decisivamente a política global”, afirma McGowan. A Constituição Pastoral Gaudium et Spes, saída do Concílio Vaticano II, e encíclicas como

Pacem in Terris ou Laudato Si mostram a capacidade do papado para falar ao mundo em tempos de crise. “Francisco, com o seu apelo à proteção da casa comum, tornou-se uma referência ética inescapável.”

O próximo Papa terá de ser mais do que um gestor da Igreja: terá de ser um pastor global, uma consciência moral e um farol de esperança. Se, como acredita McGowan, o colégio cardinalício seguir a lógica das escolhas de Francisco, poderemos estar perante uma nova etapa de continuidade, marcada pela escuta dos pobres, o acolhimento dos marginalizados e uma Igreja renovada. Como o historiador recorda, “a mudança deve ser discernida, não temida” - e talvez essa seja a maior lição para a Igreja do futuro. MB/MS

Mark G. McGowan. Créditos: Dr.
Credito: DR

José Rodrigues, 63 anos

A sucessão papal aproxima-se e com ela, renasce a esperança e o debate sobre o futuro da Igreja. Que Papa queremos? Que Igreja sonhamos? Fomos ouvir vozes que refletem fé, dúvida e expectativa num momento decisivo.

Rómulo Medeiros Ávila/MS

Na sua opinião, o novo Papa deve adotar uma postura mais conservadora ou mais progressista? Porquê?

Uma postura mais conservadora, porque o mundo vive de escândalos. Sendo Papa e dedicado à Igreja Católica, faz sentido que mantenha uma linha mais conservadora.

Quais temas que gostaria que o novo Papa priorizasse durante seu pontificado?

Que seja amigo do povo e justo. Que priorize as questões sociais e coloque a dignidade humana acima de qualquer outra coisa. O Cardeal Tolentino Mendonça é um dos favoritos para ser o próximo Papa. Qual é o seu ponto de vista?

Sobre o Cardeal Tolentino Mendonça, não o conheço bem. Mas, como portuguesa, é claro que preferiria um papa português. Seria mais um português a destacar-se no mundo.

Na sua opinião, o novo Papa deve adotar uma postura mais conservadora ou mais progressista? Porquê?

Na minha opinião, o Papa deve ser mais progressista para dar continuidade ao trabalho do Papa Francisco. A nossa sociedade mudou muito e, para conseguirmos atrair os mais jovens e garantir a continuidade da nossa Igreja Católica, o líder da Igreja deve ter uma visão progressista, de forma a acolher melhor e ser mais inclusivo com todos. Só assim conseguiremos atrair tanto os jovens como aqueles que se afastaram da Igreja.

Quais temas que gostaria que o novo Papa priorizasse durante seu pontificado?

Os temas prioritários devem ser: a juventude, a inclusão da comunidade LGBTQIA+, a revisão das regras da Igreja para permitir que pessoas divorciadas possam voltar a casar-se na Igreja Católica, e a possibilidade de os padres se casarem, o que lhes permitiria dar testemunhos reais sobre o matrimónio. Também é fundamental que haja punições mais severas para aqueles que abusam do seu poder para cometer abusos contra menores, além de se promover uma maior transparência dentro da Igreja Católica

O Cardeal Tolentino Mendonça é um dos favoritos para ser o próximo Papa. Qual é o seu ponto de vista?

Claro que seria uma grande honra ter um Papa português, mas também valorizo o facto de ele ter apenas 59 anos. Não concordo com a escolha de um Papa muito idoso, pois isso pode limitar o que ele consegue realizar. No fundo, ser branco, africano, português ou italiano não é o mais importante. O que realmente importa é o que ele poderá fazer pela modernização e pelo sucesso da Igreja Católica. A cor ou a nacionalidade não devem ser relevantes.

Na sua opinião, o novo Papa deve adotar uma postura mais conservadora ou mais progressista? Porquê?

Na minha modesta opinião, ambas as posturas têm seus méritos e desafios. O ideal talvez seja um equilíbrio: um papa que mantenha a fidelidade à doutrina, mas que também saiba dialogar com o mundo contemporâneo. Um papa progressista pode promover reformas na Igreja, tornar sua mensagem mais acessível aos fiéis modernos, abordar temas como inclusão, justiça social e meio ambiente, além de adaptar práticas às novas realidades. Isso pode aproximar a Igreja das novas gerações e de diferentes contextos culturais. Quais temas que gostaria que o novo Papa priorizasse durante seu pontificado?

Acho que só um papa progressista e com esses temas mais modernos poderia pôr fim à doutrina eclesiástica do celibato, que, não sendo um dogma, pode ser mudada pela autoridade da Igreja. Por outro lado, penso que o papa deve manter, em parte, uma doutrina conservadora, pois isso faz sentido em algumas vertentes. Um papa conservador tende a preservar tradições, doutrinas e práticas litúrgicas estabelecidas. Isso pode fortalecer a identidade e a continuidade histórica da Igreja, oferecendo estabilidade em tempos de mudanças rápidas. O Cardeal Tolentino Mendonça é um dos favoritos para ser o próximo Papa. Qual é o seu ponto de vista?

Na minha opinião, o Cardeal Tolentino Mendonça seria o Papa ideal, porque seria um Papa mais jovem, que pode trazer diversas vantagens para a liderança da Igreja, dependendo do contexto. Entre elas, destacam-se, por um lado, a maior energia e vigor físico, pois um papa mais jovem pode lidar melhor com as exigências de viagens, reuniões e compromissos globais. Por outro lado, um Papa como ele estaria possivelmente mais conectado com os desafios e a cultura das novas gerações, incluindo questões como tecnologia, redes sociais e transformações sociais e ambientais.

Na sua opinião, o novo Papa deve adotar uma postura mais conservadora ou mais progressista? Porquê?

É necessário adotar uma abordagem progressiva e acolhedora para atrair a juventude de volta à igreja, promovendo um ambiente que dialogue com suas realidades e desafios atuais.

Quais temas que gostaria que o novo Papa priorizasse durante seu pontificado?

A inserção da juventude na vida da Igreja requer uma mentalidade mais aberta por parte da comunidade, com disposição para dialogar com as questões contemporâneas e acolher diferentes formas de expressão da fé.

O Cardeal Tolentino Mendonça é um dos favoritos para ser o próximo Papa. Qual é o seu ponto de vista?

No momento, prefiro não emitir opinião, pois ainda não disponho de informações suficientes para elaborar um comentário fundamentado. Contudo, normalmente, o que é português é de boa qualidade e tem grande potencial para alcançar o sucesso.

Na sua opinião, o novo Papa deve adotar uma postura mais conservadora ou mais progressista? Porquê?

O Papa deve ser acima de tudo um pastor que acolhe a todos. O mais importante é o amor e a misericórdia, respeitando a tradição, mas olhando também para as necessidades do mundo e dos pobres.

Quais temas que gostaria que o novo Papa priorizasse durante seu pontificado?

Apoiar "todos, todos e todos", como disse o Papa Francisco. Deve acolher os jovens, dar atenção aos marginalizados e lutar contra a pobreza e a desigualdade. A misericórdia, o amor e o perdão devem ser sempre o foco.

O Cardeal Tolentino Mendonça é um dos favoritos para ser o próximo Papa. Qual é o seu ponto de vista?

O Cardeal Tolentino tem uma visão profunda e sensível da fé. Ele é um bom comunicador e poderia ser um Papa que une e acolhe, especialmente os mais simples e os marginalizados. A sua sabedoria poderia ajudar a Igreja a caminhar com mais diálogo e esperança, e, claro, ser português é bom para o nosso país e as nossas comunidades. Contudo, mais do que o nome e a nacionalidade, o que importa é que ele saiba unir o mundo, que está sendo destruído por alguns.

Andreia Pereira, 39 anos
Suzanne Cunha, 53 anos
Soraia Bernardo, 35 anos
Odilia A. Janeiro, 50 anos

A vida tal como é...

grande mensagem que nos aguarda. Pelo meio, faleceu o Papa mais genuíno de todo o sempre. Papa Francisco. Humilde e não era italiano, que bem. A Argentina, país que o viu nascer a 17 de dezembro de 1936, está de luto e com razão. Pessoa do povo, para além de Cristão, em primeiro lugar ser muito humano. Quem o vai proceder? Mais um Ratzinger ou alguém

O universo anda arduamente a tentar ensinar-nos o caminho da razão, o caminho da tranquilidade, mas o ser humano, com a sua teimosia, acaba por estragar tudo hoje e por todo o sempre. Quem será o próximo Papa, sua Santidade?

Sinceramente não imagino, e já nem me apetece tentar perceber.

Esta semana

• Visitamos Barcelos e o Museu de Olaria

Oiça o Fado e sinta as emoções com Lenita Gentil

• Denise Bebenek é a grande convidada em Insight's with Vince Nigro

• A tradição continuou com o Bife da Páscoa, angariando fundos para o Magellan Center.

As histórias reais em mais um Baseado Numa História Verídica.

• Cuide da sua saúde e da mente em mais um Healthy Bites.

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Cristina da Costa Opinião
Credito:

Renewal is always a good thing if the concepts behind the new vision are for the betterment of society.

Canada has just gone through a federal election where millions of Canadians were hoping that renewal would surface in the form of a new governing party and therefore a new approach. However, millions of other people chose renewal as the continuation of previous political policies, which have been disastrous for Canada. We can never underestimate the power of human beings to be unpredictable about rejuvenation which can take the form of a status quo, even if the world is dramatically changing. The fear of the unknown awakens our anxieties about unchartered territory, thus we become stagnant and we vote against change.

A NEW POPE FOR ALL?

Change is also hoped for as Pope Francis’ successor is chosen and it’s also worth asking the question about what type of renewal which can be expected. While most Catholics agree that Pope Francis was a man of the people, how much did he really accomplish during his mandate and did the church under his command evolve to keep pace with a world in flux? Many of the controversial issues that have haunted the church for many years remain despite the pleadings of many Catholics for change. The bottom line in any religion is that there’s one God, one church and all human beings were created equal. Today churches are based on creating economic fiefdoms and where the words of the Lord are conveniently manipulated to increase ears and eyeballs for their programming and recitals. Churches are a business like any other and their survival is dependent on money. In the western world, the number of people attending Catholic churches has diminished considerably because the politics

within the governance of the church haven’t changed. The show of emotion on the death of Pope Francis by people from around the world was a combination of showcasing a presence or an opportunity for a selfie. It is shocking to me that an individual such as Donald Trump is given a credible presence by the Vatican after the upheaval that he is creating around the world. It’s a clear example that the kindness of the Pope was not being celebrated and their attendance was about being seen to be there. I have always admired the sacrifices that Popes make to sow the seeds of inclusivity throughout the world, but the cynic in me tends to associate the marketing of the organization together with the seeds. As the conclave to elect the next Pope begins, many contenders begin jockeying for the job to become the next Pope. Does it really matter who will be chosen given the structure of the politics within the Vatican that prevent applicants from stepping out of its insular comfort zones and the laws of the Catholic church? The campaign is one that will measure the capacities of candidates on their perception of priorities, agendas and charisma. It has more to do with personality and business acumen to move the church forward than the spreading of the Gospel of Jesus Christ. In my view it won’t matter who the new Pope is if the church doesn’t pivot to be attentive to the signs of the times and awakens the Holy Spirit of the church to become a people’s church and not the country of the Vatican. The next Pope must leave a legacy of change that will result in moral obligations reflective of the Words of God plus reforming church priorities to be reflective of today's world views.

Manuel DaCosta/MS

Credito: David Ganhão

The Replacement

As we all know, Pope Francis has passed, and now the Vatican is setting the election wheels in motion, to fill the void in leadership. I hear that there are a couple of Portuguese cardinals in line for the position, so there exists a possibility that the next leader of the Catholic church may be from the homeland.

Most of the voting cardinals are more progressive than conservative, so maybe Catholics around the world may enjoy having someone that thinks along the lines of his predecessor. This, I believe, may help the Church maintain some level of relevancy in today’s world. Ther are over 20 cardinals that have been deemed ‘papabile’, which means they are the candidates to look for, although it’s not

set in stone. The late Pope was not deemed papabile at the time he was voted in. There seem to be few apparent favourites this time around, although fewer would want to be on that list, as most front-runners don’t usually make it past the first round of voting. From what I’ve managed to find out, most of the voting cardinals have never even been part of a Papal Conclave, (the group that will be convening in the Vatican in order to discuss the current state of the Church and what direction it will take, so they may then vote in a new pope by a majority of two-thirds). Reportedly eight out of ten members of the Conclave were appointed by Pope Francis himself over his tenure, which makes it highly likely that a progressive will be leading the way. As of May 7th, the doors to the Vatican will be

closed, and the game will be afoot. Four rounds of voting, and after that, if one individual is agreed upon, then the white smoke will rise from the chimney. If not, they keep hammering it out.

With 1.4 billion in his ranks, the Pope wields a mighty social sword, which means he plays a major role, in these tumultuous times. Pope Francis was vocal about the disparity we live every day. He was sympathetic to those the bible deemed unworthy, and he spoke his mind, which attracted the attention of many non-Catholics, and even those who don’t believe in deities. His predecessors were much more reserved when it came to world issues. He was pretty cool for an old catholic guy, who had the weight of the Church, and all its misdeeds, on his shoulders, (which

could sometimes be seen on his face). He wasn't perfect, but he was respected, and by those outside the Church, which is no easy accolade.

The next man in charge will have some mighty big shoes to fill. Also, it would be something to see, if a younger pontiff were voted in. They always seem to be so old, but then again, it takes a lot out of a person when in positions of such magnitude. The world needs more people of influence to fight the forces that plague us today. The new Pope needs to continue to call out tyrants and their imposed disparity. He needs to join forces with those others that are calling it for what it is.

Fiquem bem,

Photo: DR

Francisco, o coerente

Nestes anos, avançou-se na maneira como a Igreja encara a comunidade LGBT ou as pessoas divorciadas, embora ficando claramente aquém tanto nessas matérias como no papel da mulher ou no voto de celibato.

Amorte do Papa Francisco abalou o mundo. Depois de semanas internado, agora que parecia melhorar desapareceu e logo quando a sociedade mais precisava dele. Por estes dias, até quem achava que ele prestava "um mau serviço ao cristianismo" vê-se obrigado a reconhecer a sua "marca inspiradora" e a pedir que se torne um exemplo a seguir. Muitos outros falarão da sua liturgia espiritual – a fraternidade, a misericórdia, a empatia. É bom que encontremos consenso nesses valores, no meio do individualismo e polarização que contaminam os nossos dias. Seria importante, aliás, que os transportás semos connosco para lá deste momento de luto por Jorge Bergoglio.

Francisco nunca quis, porém, ser apenas um líder espiritual. Não se furtou de ser um líder político mundial, não só no plano do ecumenismo religioso, promovendo diálogo entre confissões religiosas, mas participando ativamente na alta política internacional. Foi assim ao tornar-se o primeiro Pontífice a participar numa reu nião do G7, onde alertou para os riscos da inteligência artificial, e no compromisso que teve com a paz em diversos conflitos, a começar pela Ucrânia e por Gaza, para onde ligava diariamente.

Entendia o papel que ele e os fiéis podiam ter na sociedade. Por isso, apelou à participação política ativa dos católicos como "peregrinos da esperança" e "profetas e construtores do futuro", e não "administradores, equilibristas do presente". Para ele, a fé tinha de ter coerência com as nossas ações individuais e, sobretudo, com a nossa intervenção cívica. Num gesto quiçá inusitado para um líder religioso, dis se que era preferível ser ateu ao gesto tão hipócrita quanto comum de ir à Igreja e odiar os outros.

Em contraste com uma Igreja que noutras épocas foi tão complacente com a morte, o Papa Francisco ergueu a sua voz várias vezes para que o Mediterrâneo não seja um "mar da morte", considerando um "pecado grave" não oferecer ajuda às embarcações de migrantes e visitando por diversas vezes as ilhas de Lampedusa e Lesbos. Mais recentemente, escreveu aos bispos americanos para que estes combatessem Trump nesta frente. Mesmo contra os mais po derosos, nunca faltou coragem ao Papa para lhes fazer frente.

Naquele que é o maior combate dos nossos tempos – as alterações climá ticas – Bergoglio também não esteve por menos. A isso dedicou a sua se gunda encíclica, Laudato Si, e tanta da sua intervenção pública, desmentindo negacionistas e exortando a maior ação. Não se limitou a recursos retóricos, tanto no clima como na crítica que fazia ao capitalismo. Criou o Conselho para o Capita lismo Inclusivo, coligando-se com líderes empresariais para tentar transformar os seus modelos de negócio. Participou com outros líderes progressistas mundiais nos esforços para criar um imposto global sobre os super-ricos e as multinacionais. Tudo isto enquanto instigou novo pensamento económico e filosófico, apoiando o trabalho de Mariana Mazzucato e publicando a encíclica Fratelli Tutti. O primado da dignidade da pessoa humana face às leis do mercado foi, aliás, clara quando defendeu que se deveria suspender a propriedade intelectual das vacinas contra a Covid para que pudessem ser mais rapidamente distribuídas.

A coerência não se faz só para "fora de casa". Faz-se também para dentro. O Papa Fran cisco foi "implacável" a lidar com os abusos sexuais na Igreja. Reformou a administração da Santa Sé. Naquele que esperava ser a sua grande marca, Bergoglio projetou uma igreja sinodal, isto é, de reflexão e diálogo. Com o mandato renovado há apenas um mês, este espaço de discussão contou de forma inédita com o direito de voto não só para homens como também para mulheres leigas. Nestes anos, avançou-se na maneira como a Igre ja encara a comunidade LGBT ou as pessoas divorciadas, embora ficando claramente aquém tanto nessas matérias como no papel da mulher ou no voto de celibato. Se fossemos dar um cognome ao Papa Francisco, não destacaria nenhuma das suas muitas virtudes carismáticas. Para mim, seria o coerente. Até ao fim, des de o simbólico ao substancial, Jorge Bergoglio tentou reformar a Igreja para que ela cumprisse com o amor ao próximo que há 2000 anos Jesus Cristo quis ensinar. Honrar a sua memória é também nós sermos coerentes, com estes valores não só individualmente mas na nossa vida polí tica, económica, social e cultural. Com sorte, da Capela Sistina, teremos em breve fumo branco sobre um novo pastor para nos continuar a guiar o caminho.

Miguel Costa Matos Opinião

Prime Minister Mark Carney...

Mark Carney wins a minority government... what it means for Canada and its global stance.

In a surprising turn of events, former Bank of Canada Governor Mark Carney has emerged as the leader of a minority government in Canada. This development raises important questions about the country’s political future, economic policies, and international relations-particularly in the context of facing off against global figures like Donald Trump.

What does Carney’s minority government mean for Canada?

A minority government indicates that Carney’s party-presumably a centrist or progressive alliance-does not hold a majority of seats in Parliament. This situation often results in a more cautious and consensus-driven approach to policymaking, requiring negotiations and alliances with other parties. While it may slow down legislative progress, it also encourages broader cooperation and potentially more balanced policy outcomes.

Mark Carney’s background as an economist and former central banker suggests a focus on pragmatic, fiscally responsible policies. His leadership might prioritize economic stability, climate change initiatives, and innovative financial regulation. Given his international experience, Canada could see a more globally engaged economic strategy, leveraging his expertise to attract investment and stabilize markets.

Carney has been an advocate for climate action and social equity. His government

might push for more aggressive renewable energy policies, carbon pricing, and social programs. The minority status, however, could limit the scope and speed of such initiatives, requiring delicate negotiations with opposition parties.

Facing off against Donald Trump and international dynamics is such a big next move for this prime minister. With Donald Trump’s influence waning or shifting in U.S. politics (depending on the current administration), Carney’s government will need to navigate complex cross-boarder issuestrade, cybersecurity, climate cooperation, and immigration. If Trump or a similar figure remains influential, Canada may need to assert its interests more strongly while maintaining a cooperative stance.

Mark Carney’s international reputation as a climate advocate positions Canada as a potential leader in global climate diplomacy. This could involve pushing for stronger commitments at international summits, even as the U.S. shifts policies depending on its leadership.

The next election... could be again within the next two years. In Canada, federal elections are typically held every four years, but elections can be called earlier under certain circumstances-such as a vote of no confidence, or if a minority government seeks a new mandate. Given Carney’s minority status, it’s plausible that an election could be called within the next two years if the government faces significant opposition or deadlock.

Keep this point in mind or on your radar over the coming day, month’s.... potential triggers for an early election. I know you probably do not want to hear those words for a while....” another election”. Political deadlock if opposition parties refuse to cooperate on key legislation. Loss of con-

fidence, a successful vote of no confidence could trigger an early election. Strategic timing, Carney’s government might seek a mandate if economic conditions are favorable, or it anticipates gaining broad er support.

Mark Carney’s emergence as the lead er of a minority government marks a notable shift in Canadian politics-one emphasizing pragmatism, international engagement, and social responsibility. While navigating domestic challenges, his government will also need to carefully manage its relationship with the United States and global partners. As political dynamics evolve, Canadians and inter national observers alike will watch close ly to see whether an early election is on the horizon, shaping the country’s future trajectory over the coming years.

The biggest surprise for me was that Pierre Poilievre lost his seat and by a con vincing margin. Does he try to stay on? The knives are already out and the name to keep on your radar is Mark Mulroney for the conservatives, either way we are stuck with another Liberal government and all that comes with it.

Finally, there are 343 seats up for grabs and this is how it broke down... you need ed 172 seats to form a majority.

Vincent Black Opinon

NAugusto Bandeira Opinião

Meus caros leitores, os debates terminam e começa a correria das ruas para a reta final: convencer o eleitorado em quem confiar. Uma coisa é certa: certo dia, um senhor que estava no poder há vários anos começou a ver as coisas no mau caminho, estavam-se a apertar e, então, decidiu colocar no seu manifesto eleitoral promessas que, na realidade, eram impossíveis de cumprir. Ele esqueceu-se de que o povo, nos dias de hoje, anda mais atento do que nunca, e não apenas pelas novas tecnologias. As pessoas já não acreditam em excesso de promessas.

aquele ano, um candidato prometia construir novos campos de futebol, pistas de atletismo, centros de estágio, casas para todos os necessitados, pontos de atendimento abertos sete dias por semana, entre outros. Porém, esqueceu-se de mencionar que havia colocado a localidade numa situação muito frágil, com dívidas loucas e assustadoras. Deram o que não podiam e governaram em favor dos amigos, através de contratos vergonhosos, ao ponto de perderem o controlo.

Já o outro candidato nada prometeu de aliciante. Simplesmente falou com o povo e disse: Meus caros, farei o que for possível e darei a todos por igual. Governarei mediante as condições que encontrar, mas nunca deixarei que a nossa localidade atinja uma situação negativa perante o exterior. Em primeiro lugar, sempre a nossa gente. Não entrarei em loucuras ou em promessas que todos sabem ser impossíveis. Farei pelo bem.

História real. No final, as coisas inverteram-se: os que prometeram mundos e

José Viale Moutinho novo livro

Eleições, mais eleições

fundos, coisas nunca vistas, levaram uma lição de política. Já aqueles que falaram honestamente e disseram que fariam o possível, ganharam as eleições. Os outros enganaram-se.

Não vale a pena prometer o impossível, pensando que é assim que se arrecada votos. O povo, hoje, está muito atento, sabe ver as diferenças, acredita no que quer e vai buscar ao passado as dúvidas e certezas. Não adianta atirar areia nos olhos das pessoas. Líderes que se envolveram em caos e hoje não transmitem confiança, muitas vezes reunidos com pessoas pouco credíveis, não se iludam: o povo está acordado e tem boa memória.

A honestidade e a simplicidade fazem bons políticos. Já os críticos que vivem apenas para denegrir a imagem dos outros não têm futuro. Vivem numa inveja permanente do sucesso dos adversários e tentam manchar reputações. Isso acontece em tudo. Mas as verdades são como o azeite: vêm sempre à tona. Como diz o velho ditado: "Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és."

Conversas no Café Guichard

Nos 200 anos da sua vida intensa (1825-1890), Camilo Castelo Branco é homenageado pela Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto que edita este livro de 185 páginas organizado por José Viale Moutinho. Nele se reúnem depoimentos dos seguintes 23 autores: Alberto Pimentel, Oliveira Martins, Ana Plácido, António Cabral. Bulhão Pato, Eça de Queirós, Fialho de Almeida, Gonçalves Crespo, Júlio César Machado, Manuel Laranjeira, Sampaio Bruno, Luís de Magalhães, Padre Sena de Freitas, Duarte de Almeida, Silva Pinto. António Sérgio, José Caldas, Teixeira de Carvalho, Vieira de Castro. Júlio Dinis, Ricardo Jorge, Trindade Coelho e Joaquim de Araújo.

Todos são muito interessantes pois revelam as diversas facetas e leituras da vida e da obra de Camilo Castelo Branco. Por curiosidade citamos o texto de Eça de Queirós que além de lamentar que muitos dos admiradores do autor de «Amor de Perdição» vejam nele apenas «o homem que em Portugal conhece mais termos do Dicionário» e conclui deste modo: «Jamais impliquei com ele e não lhe quero senão bem!». Um livro precioso, a não perder de modo nenhum.

Meus caros leitores, não se iludam com promessas mirabolantes. Quem não tem cabras e vende cabritos, de algum lado os tirou. Isso serve para dizer que o candidato do PS a primeiro-ministro tem um pai excelente e, ao que parece, rico. Já o outro (Sócrates), era sustentado pela mãe... Meu Deus, como há políticos que derrubam governos que também estavam a governar, e depois esquecem-se de que têm telhados de vidro!

Pelo menos o atual governante, que foi derrubado, construiu toda a sua fortuna com grande esforço e trabalho. É honesto. Quando mudamos, precisamos ter a certeza de que será para melhor. Caso contrário, é melhor deixar estar quem já lá está.

A política tem coisas engraçadas. Nós, que votamos, somos uma delas. Bom fim de semana!

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José Ferreira

Um exemplo do potencial empreendedor dos lusodescendentes

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico e político.

Entre as várias trajetórias de portugueses e lusodescendentes que se distinguem pelo seu papel empreendedor e inovador, e constituem um relevante facto de desenvolvimento do país, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso de José Ferreira.

Filho de pais portugueses com raízes na ilha da Madeira, território arquipelágico cuja imensa diáspora se encontra disseminada por todos os continentes, o empreendedor lusodescendente nasceu e cresceu no Equador, na costa oeste da América do Sul, país onde há 700 portugueses registados, e José Ferreira montou os seus primeiros negócios.

O lusodescendente de origem madeirense tem realizado atualmente vários projetos e investimentos na “pérola do Atlântico”. Nomeadamente, no setor do turismo, um importante motor do desenvolvimento económico local, regional e nacional, sendo que inclusivamente, a Madeira tem sido uma das regiões que tem impulsionado o crescimento do turismo em Portugal.

No decurso do passado mês de março, o empresário lusodescendente, impelido por uma visão estratégica salpicada de afinidade sentimental, inaugurou na freguesia do Paul do Mar, conhecida pelas suas paisagens naturais marcantes e pelas suas tradições seculares, uma unidade de alojamento

local, através da recuperação de uma propriedade anteriormente pertencente aos seus bisavós.

Conjuntamente com o investimento de cerca de 800 mil euros na Quinta Marefe, em Paul do Mar, o empresário lusodescendente tem ainda a decorrer no concelho da

Calheta, três novas obras com a mesma finalidade, mormente as Casas do Salão. O amor à terra dos ascendentes e a visão empreendedora de José Ferreira, tem sido acompanhada por uma importante vertente social. Dado o compromisso do empresário lusodescendente, em contribuir para a construção de habitação no torrão arquipelágico a custos controlados, ajudando, concomitantemente, a mitigar a crise da habitação em Portugal, país da OCDE onde é mais difícil comprar casa, tendo a pior relação entre o preço das casas e os rendimentos, segundo os dados do terceiro trimestre de 2024. E em particular, na Região Autónoma da Madeira, onde o preço das casas subiu 12,6% em 2024, passando para os 3251 euros por metro quadrado, um aumento de 2121 euros face a janeiro de 2015.

Segundo o jovem empresário lusodescendente, “o equilíbrio entre o investimento turístico e a vertente social é essencial para garantir o desenvolvimento sustentável da Madeira, promovendo soluções que beneficiem tanto os visitantes como a população local”.

Numa época em que os empreendedores portugueses e lusodescendentes da diáspora, são reconhecidos como uma mais-valia estratégica na promoção e desenvolvimento do país, o apego às raízes de José Ferreira e o seu espírito arrojado, robustece a visão do reputado empresário norte-americano Michael Dell: “Os empreendedores reais têm o que eu chamo de três Ps (e, acreditem-me, nenhum deles significa permissão). Os empreendedores reais têm uma paixão por aquilo que estão a fazer, um problema que precisa de ser resolvido, e um propósito que os impulsiona para a frente”.

O empresário lusodescendente, José Ferreira (ao centro), no decurso da inauguração da Quinta Marefe, em Paul do Mar, que contou com a presença de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira. Créditos: DR
Daniel Bastos Opinião

BIOLISLE internacionaliza investigação feita nos Açores

A 8.ª edição do BIOLISLE Spring Seminar, organizada pelo Centro de investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos – Açores (CIBIO-Açores) da Universidade dos Açores (UAc), teve lugar no Anfiteatro VIII do campus universitário de Ponta Delgada.

Este evento teve como objetivo divulgar os projetos e atividades de investigação desenvolvidos pelo centro, promovendo a partilha de conhecimento entre investigadores e o diálogo com o público. Este seminário científico contará com a participação de estudantes e investigadores da UAc, bem como de convidados externos provenientes de instituições de

renome nacional e internacional. Estão já confirmadas as presenças de representantes do Geosciences Barcelona (GEO3BCN) e da Universidad de Murcia, em Espanha, assim como do Institute of Organic Biogeochemistry in Geo-Systems da RWTH Aachen University, da Alemanha. Ao longo de dois dias, os participantes tiveram a oportunidade de apresentar e discutir temas relacionados com a biodiversidade, ecologia, biogeoquímica e outros domínios das ciências naturais, reforçando redes de colaboração e promovendo a internacionalização da investigação desenvolvida nos Açores. CA/MS

Antigos militares terão encontro na freguesia de Santa Cruz

O 85.º encontro do Agrupamento Mensal dos Militares Madeirenses que Serviram no Ultramar decorrer no próximo domingo, 4 de maio, na igreja da Lombada, situada em Santa Cruz. Terá início às 11 horas com a Eucaristia, seguindo-se às 11h45 uma homenagem aos militares falecidos no Ultramar e aos militares falecidos após o regresso do Ultramar.

Apartir das 13 horas decorrerá o almoço no restaurante “A Montanha” situado na freguesia de São Gonçalo. Haverá um autocarro que estará na Ponte dos Frades às 8h30, na Avenida do Mar (Junto da GNR) às 9 horas, seguindo para Santa Cruz onde estará às 9h15 e posteriormente irá para Machico onde estará às 9h30 seguindo para a Igreja da Lombada. Neste encontro celebra-se o 7.º aniversário deste Agrupamento, que teve início na Sé do Funchal no primeiro domingo de maio de 2018. Como nesse dia 4 de maio a Igreja celebra o “Dia da Mãe” (em Portugal), a Missa, também é oferecida por todas as mães madeirenses cujos filhos estiveram a defender a integridade da Pátria Portuguesa no Ultramar.

Os antigos militares, naturais da Madeira e seus familiares estão convidados a participar nesta homenagem de gratidão. A despesa do almoço é compartilhada por todos. As famílias podem participar.

AUTONOMIAS

Parlamento açoriano quer Governo Regional a intervir pela revisão de salários na base das Lajes

Em causa está o facto de existirem trabalhadores portugueses ao serviço das Feusaçores, com salário base abaixo do salário mínimo nos Açores, que tem um acréscimo de 5% ao salário mínimo nacional.

AAssembleia Legislativa dos Açores recomenda ao Governo Regional que intervenha pela revisão e atualização das tabelas salariais dos trabalhadores portugueses da base das Lajes, segundo uma resolução publicada esta quarta-feira em Diário da República. O projeto de resolução, apresentado pela Iniciativa Liberal, foi aprovado, por unanimidade, no parlamento açoriano, em março.

Em causa está o facto de existirem trabalhadores portugueses ao serviço das Feusaçores (forças norte-americanas destacadas na base das Lajes), na ilha Terceira, com salário base abaixo do salário mínimo nos Açores, que tem um acréscimo de 5% ao salário mínimo nacional. Desde 2021 que o Sindicato das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Comércio e Escritórios, Hotelaria, Turismo e Transportes dos Açores

(SITACEHTT) alerta para esta situação. Foi, entretanto, criado um suplemento para assegurar que os trabalhadores não recebiam menos do que o salário mínimo, mas, segundo o sindicato, esse suplemento absorve as diuturnidades de funcionários com 10 a 15 anos de serviço.

A resolução da Assembleia Legislativa dos Açores recomenda ao executivo açoriano que, “no quadro da magistratura de influência e do relacionamento institucional com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, dê início à correção e atualização das tabelas salariais dos trabalhadores portugueses” na base das Lajes, no âmbito do Regulamento do Trabalho e do Acordo Laboral previstos no Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos da América. Recomenda ainda que, na próxima reunião da Comissão Bilateral Permanente entre Portugal e os Estados Unidos, o Governo Regional “possa ter uma proposta concreta de atualização da tabela salarial a apresentar à delegação americana, tendo em vista a sua análise e debate”.

OB/MS

Açores destacam potencial turístico inigualável da Macaronésia

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas açoriana afirmou que os Açores, Madeira e Cabo Verde "partilham inúmeros pontos de contacto", como insularidade, tradições e riqueza paisagística que aliados à "autenticidade das comunidades" conferem um potencial "inigualável".

Atitular pela pasta do Turismo nos Açores participou, em representação do presidente do Governo dos Açores, nas III Jornadas Atlânticas de Turismo, na ilha do Porto Santo, tendo sublinhado que os arquipélagos da Madeira, Açores e Cabo Verde "são exemplo da forma como o Atlântico pode moldar não só as paisagens, mas também a identidade e o caráter das suas gentes". Berta Cabral, citada em nota de imprensa, disse que os "Açores, Madeira e Cabo Verde partilham inúmeros pontos de contacto", desde logo a insularidade, origem vulcânica, riqueza e diversidade paisagística, tradições culturais, "e uma história marcada por desafios idênticos, superados pela resiliência e pela alma dos povos". Para a governante, "o desenvolvimento do turismo em ilhas remotas e de pequena dimensão comporta

dificuldades acrescidas: maior dependência das acessibilidades externas, vulnerabilidade às alterações climáticas, fragilidade das economias locais, e limitações infraestruturais", mas estas especificidades tornam estes territórios "tão únicos e tão desejados por quem procura experiências autênticas, envolventes e sustentáveis". A governante manifestou "orgulho e entusiasmo por ver os Açores associados, através do município das Velas, a este movimento de valorização do turismo na Macaronésia, patrocinado também pelos municípios de Porto Santo e do Sal.

A secretária regional do Turismo disse que essa "visão de sustentabilidade tem norteado o turismo dos Açores nos últimos anos", assinalando que o arquipélago açoriano alcançou, em 2024, o Nível Ouro na certificação como "Destino Sustentável" da EarthCheck, o primeiro arquipélago do mundo com esta distinção. Os Açores receberam ainda os galardões de "Melhor Destino de Turismo de Aventura do Mundo", pelo segundo ano consecutivo, e de "Melhor Destino de Aventura da Europa", pela quarta vez em cinco anos.

Berta Cabral lembrou que, em 2024, os Açores ultrapassaram os 4,2 milhões de dormidas (+12,4% face a 2023) e superaram os 200 milhões de euros de proveitos na hotelaria e no alojamento turístico, com um crescimento de cerca de 19%. O turismo representa cerca de 20% do Valor Acrescentado Bruto da Região, 17% do PIB e 17% do emprego, acrescentou. Todavia, alertou, "mais importante do que crescer muito, é crescer bem", assegurando que o Governo do Açores (PSD/ CDS-PP/PPM) assumiu como desígnio estratégico "turismo todo o ano e em todas as ilhas", um caminho que "exige a qualificação" da oferta e dos profissionais.

Credito: DR
Credito: DR
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COMUNIDADE

Entrega da Medalha de Mérito distingue duas figuras marcantes da comunidade luso-canadiana

O Consulado-Geral de Portugal em Toronto foi palco de uma cerimónia emotiva e simbólica, na qual o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, entregou a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas a duas personalidades de grande relevo da comunidade luso-canadiana: o Monsenhor Fernando Couto e o Sr. António do Forno. A cerimónia contou também com a presença da Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito.

Adistinção, atribuída pelo Governo de Portugal, reconhece o percurso de vida e o serviço prestado por ambos em prol da comunidade portuguesa no Canadá ao longo de várias décadas, simbolizando o apreço pelo contributo inestimável dado à preservação da identidade e valores portugueses no estrangeiro.

Natural dos Açores, o Monsenhor Fernando Couto chegou ao Canadá em 1975. A 28 de abril de 1979, foi ordenado sacerdote, tornando-se o primeiro padre português no país. Em 2019, foi distinguido pelo Papa Francisco com o título de Monsenhor. Ao longo da sua missão, colaborou ativamente com diversas instituições, como a Portuguese Interagency Network, Catholic Children’s Aid, Bereaved Families of Ontario, a Direção Escolar Católica e o Centro Abrigo. Atualmente, é pároco da Igreja de Santa Maria, em Toronto, uma das mais antigas da Arquidiocese e classificada como património da cidade. Desde 1966, este templo acolhe as tradicionais festas do Senhor Santo Cristo, que reúnem milhares de fiéis da diáspora açoriana.

Durante a cerimónia, visivelmente emocionado, o Monsenhor Fernando Couto partilhou: “isto é algo que eu nunca esperei ouvir. Quando me disseram, perguntei, mas o que foi que eu fiz? Só posso dizer: obrigado. Obrigado àqueles que estiveram comigo e aos que continuam a acompanhar na vida. Porque eu conheço o povo que sirvo.” Acrescentou ainda: “Na vida, colhemos aquilo que semeamos. E ser padre foi, para mim, uma fonte de felicidade ao longo de toda a minha vida. As igrejas, os

clubes, todas essas instituições... são importantes porque juntam a comunidade. Quem se senta à mesa torna-se família. Quem partilha a comida, partilha também a vida. Dançamos juntos, cantamos juntos, vivemos juntos. É isso que constrói a nossa comunidade. E eu só posso dizer: ainda bem que faço parte dela.”

António do Forno, atualmente com 90 anos, chegou ao Canadá em 1966, tendo-se fixado em Chatham, Ontário. Com mais de 40 anos dedicados ao serviço público, destacou-se como um verdadeiro pilar da comunidade portuguesa local. Foi cofundador, em 1971, do Portuguese Canadian Social Club of Chatham, um centro cultural ainda hoje ativo. Foi também membro e presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, representando as províncias de Ontário e Manitoba durante mais de duas décadas. Defensor incansável da lín-

gua portuguesa, contribuiu para a criação de aulas de português em Chatham, Leamington e Wheatley.

No seu discurso, afirmou: “Confesso que não sabia exatamente o que se passaria hoje. Disseram-me apenas para estar presente, mas não me foi explicado o motivo. Ainda assim, pressentia que algo iria acontecer. E aconteceu.” Com serenidade, acrescentou: “Estou satisfeito por ter sido reconhecido, mais uma vez, pelo Governo português. É uma honra e uma alegria receber este reconhecimento. A minha mensagem é dirigida, sobretudo, aos mais jovens: aproximem-se da comunidade portuguesa, envolvam-se nas suas atividades, conheçam as nossas tradições. É essencial que as novas gerações mantenham viva a ligação às suas raízes.”

O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, sublinhou a im-

portância do momento ao afirmar: “Este é também um reconhecimento da capacidade que a nossa comunidade tem demonstrado ao integrar-se na sociedade canadiana e, neste caso específico, na província do Ontário pelo extraordinário exemplo que tem dado de integração, de trabalho, de honestidade e de seriedade. Naturalmente, como referi há pouco, a comunidade é feita de pessoas. E hoje temos aqui duas pessoas que merecem uma consideração muito especial. O Senhor António Forno e o Monsenhor Fernando Couto são dois exemplos vivos que conferem consistência, dimensão e importância à nossa comunidade.”

A Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, destacou: “Estas são duas referências, duas fontes de inspiração para o meu trabalho e para o trabalho da minha equipa, que tem também como missão servir a comunidade. Este é um momento particularmente emotivo, porque é a primeira vez que realizamos uma cerimónia deste tipo aqui no Consulado-Geral que é a vossa casa, é a nossa casa, é a casa de todos nós. Esta casa está aberta também a estes momentos simbólicos. No nosso quotidiano, funcionamos quase como uma verdadeira Loja do Cidadão, tratamos de cartões de cidadão, passaportes, registos de nascimento... Mas hoje estamos a cumprir uma função especial: a de reconhecer simbolicamente os melhores entre nós. E isso honra-nos profundamente.”

O evento contou com a presença de vários convidados, incluindo representantes de instituições comunitárias, líderes religiosos, familiares, amigos, membros da imprensa local e da comunidade portuguesa, que fizeram questão de estar presentes para prestar homenagem aos distinguidos. Mais do que uma cerimónia de entrega de medalhas, este foi um momento de reafirmação dos laços que unem a comunidade luso-canadiana numa rede viva de valores partilhados, memória coletiva e identidade cultural, que continua a ser construída todos os dias.

Pegado/MS

Credito: Francisco Pegado

Dia de Ação Comunitária enche de brilho o Luso Support Centre

No passado sábado, 26 de abril de 2025, o Luso Support Centre, em Mississauga, foi o cenário de mais uma jornada de solidariedade promovida pelo sindicato International Union of Painters & Allied Trades (IUPAT DC 46), o sindicato Internacional de Pintores e Ofícios Associado.

Ainiciativa, integrada no “Community Day of Action” (Dia de Ação Comunitária), contou com dezenas de voluntários que se uniram para renovar e revitalizar o espaço que diariamente acolhe pessoas com necessidades especiais da comunidade luso-canadiana.

A Luso Canadian Charitable Society foi escolhida como beneficiária oficial da ação deste ano, reforçando uma parceria de longa data entre as duas instituições.

Jack Prazeres, presidente da Luso Canadian Charitable Society, destacou o impacto da iniciativa. “Receber esta ajuda é um verdadeiro privilégio. Cada parede pintada representa muito mais do que uma melhoria estética, é sinal de cuidado, de renovação e de compromisso com quem aqui é apoiado diariamente”, afirmou. E acrescentou: “Hoje, a Luso ganhou uma nova cara, graças a um gesto que vale ouro. A pintura tornou-se um presente visível e sentido por todos.”

Também Simon Hazelwood, vice-presidente da IUPAT Canada, sublinhou a relevância da colaboração. “A Luso Canadian Charitable Society é um parceiro importante e inspirador. É um espaço onde os

adultos com necessidades especiais são valorizados e bem acolhidos. Como sindicato, promovemos este tipo de ação anualmente em cerca de 75 comunidades no Canadá e nos Estados Unidos. Este ano, em Ontário, decidimos centrar os nossos esforços na Luso Canadian Charitable Society, e é com muito orgulho que o fazemos”, partilhou. O ambiente durante a intervenção foi marcado por alegria, entreajuda e entu-

siasmo. Os voluntários trabalharam lado a lado, transformando salas e corredores com pinceladas de cor e espírito comunitário. “É extraordinário ver os nossos membros tão envolvidos. Para nós, retribuir à comunidade é um princípio essencial. Não se trata apenas de pintar paredes, mas de criar condições melhores para quem aqui vive e trabalha”, comentou Nelson Cidade, líder sindical do IUPAT pelo Canadá e tam-

Candidatura de Vïtor Silva promove encontro com a comunidade portuguesa de Hamilton

O cabeça de lista do Partido Socialista (PS) pelo círculo eleitoral das comunidades portuguesas fora da Europa, Vítor Silva, esteve esta semana em Hamilton, para um encontro com membros da comunidade luso-canadiana.

Ainiciativa teve como principal objetivo ouvir diretamente as preocupações e expectativas dos emigrantes portugueses residentes na região, reforçando o compromisso do PS com a defesa dos direitos e interesses das comunidades no estrangeiro. Durante a reunião, Vítor Silva destacou a importância da participação política da diáspora e apresentou as principais propostas do programa socialista para os portugueses fora de Portugal. Entre os temas abordados estiveram o acesso facilitado aos serviços consulares, a valorização do ensino da língua portuguesa, a mobilidade académica e profissional dos jovens luso-descendentes e o reforço da ligação institucional entre o Estado português e as suas comunidades emigradas. Relativamente ao movimento associativo da comunidade, o candidato socialista de-

fende que deve ser reconhecido como uma extensão de Portugal no mundo sendo necessário que os clubes e associações sejam devidamente recompensados pelo Estado português.

O encontro contou com a presença de líderes associativos, empresários locais, representantes de instituições culturais e sociais, bem como de cidadãos interessados em participar ativamente no futuro político das comunidades.

Vítor Silva sublinhou que “é fundamental que os portugueses no estrangeiro sintam que têm voz ativa nas decisões que afetam o seu futuro e o futuro das novas gerações”, dai que seja da opinião que os cabeças de lista dos partidos concorrentes à Assembleia da República sejam emigrantes, ou seja residentes no estrangeiro. O candidato apelou ainda à participação eleitoral e ao reforço dos laços com Portugal, afirmando que “o PS continuará a ser um parceiro atento e próximo das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo”.

Francisco Pegado/MS

bém membro da direção da Luso Canadian Charitable Society.

A relação entre a Luso e o sindicato já tem um longo percurso, como lembrou Armindo Correia, representante sindical da IUPAT DC 46 para o Canadá. “Estamos com a Luso desde os primeiros dias. Desde a construção do centro em Toronto até às renovações anuais em Mississauga e Hamilton, temos estado sempre presentes. Os nossos membros envolvem-se com gosto porque sabem que este trabalho faz diferença real na vida das pessoas”, sublinhou. Ao longo de várias horas, os voluntários não só renovaram espaços físicos, como também reforçaram laços humanos. No final da jornada, a sensação era de missão cumprida e o sentimento de pertença estava estampado nos rostos de todos os envolvidos.

“Mais do que uma ação de pintura, este foi um dia de cidadania ativa. A presença destes voluntários deixou marcas não só nas paredes, mas também no coração da nossa instituição”, concluiu Jack Prazeres.

A Luso Canadian Charitable Society presta apoio a pessoas com necessidades especiais há mais de duas décadas. Com centros em Toronto, Hamilton e Peel, continua a ser uma referência no trabalho de inclusão, cuidado e apoio à comunidade luso-canadiana.

Francisco Pegado/MS

Portuguese Canadian Walk of Fame 2025 anuncia mais 4 estrelas

A herança portuguesa no Canadá tem sido celebrada, anualmente, graças ao Portuguese Canadian Walk of Fame (PCWOF), que tem vindo a reconhecer, desde a sua fundação, o contributo para a sociedade de luso-canadianos notáveis. Esta semana foram divulgados os nomes de mais quatro personalidades/entidades que se juntarão a todos os outros que integram este mural tão carregado de simbolismo.

Acerimónia de indução terá lugar no sábado, 31 de maio de 2025, às 16h00, na Camões Square, localizada na interseção da College Street e Crawford, em Toronto. Aberto ao público, o evento promete ser um momento de orgulho, reflexão e homenagem a que tem ajudado a moldar a identidade luso-canadiana ao longo dos anos. Este ano, quatro entidades e personalidades foram selecionadas para integrar o PCWOF, cada uma representando diferentes áreas de impacto: cultura, ação social, associativismo e organização comunitária, a saber:

• Albino Fernandes da Silva, conhecido empresário do setor da restau ração, proprietário do restaurante Chiado, entre outros.

• Maria Barcelos, diretora executiva da organização The Gatehouse, onde tem desenvolvido um importante trabalho na área da saúde mental e serviço comunitário.

• José M. Eustáquio, presidente da ACAPO - Aliança dos Clubes e Associações Portuguesas do Ontário.

• First Portuguese Cultural Centre, na categoria "Builders", uma instituição pioneira que, ao longo de mais de seis décadas, tem desempenhado um papel fundamental na preservação e promoção da cultura portuguesa em solo canadiano.

Criado para destacar as contribuições de luso-canadianos notáveis, o Portuguese Canadian Walk of Fame tem desempenhado, ao longo dos anos, um papel importante na valorização da presença portuguesa no Canadá. Desde a sua criação, o Portuguese Canadian Walk of Fame tem reforçado a autoestima da comunidade portuguesa, sobretudo entre as novas gerações, ao mostrar que é possível alcançar altos níveis de realização sem perder o vínculo às raízes culturais. Mais do que um evento cerimonial, é um símbolo duradouro de identidade, memória e futuro. MB/MS

Albino Fernandes da Silva Maria Barcelos José Maria Eustáquio Carina e Aurianne
Credito: Prabhdeep Kaur

CANADÁ

Quebeque vai proibir totalmente o uso de telemóveis nas escolas

O Quebeque deverá avançar com uma proibição total de telemóveis e outros aparelhos eletrónicos nas escolas. O regulamento aplicar-se-á do início ao fim do dia escolar, incluindo os intervalos, segundo a Radio-Canada.

Aprovíncia já proibiu os telemóveis nas salas de aula, juntando-se a uma lista crescente de províncias com políticas semelhantes. Essa medida entrou em vigor a 1 de janeiro de 2024.

A proibição aplicar-se-á tanto às escolas públicas como às privadas, ao nível do ensino básico e do ensino secundário. Entrará em vigor a partir do próximo ano letivo e caberá a cada escola decidir como implementar a mudança.

O Ministro da Educação, Bernard Drainville, fornecerá mais pormenores numa

conferência de imprensa.

A proibição de telemóveis na escola foi recomendada por uma comissão especial que estudou o impacto dos ecrãs nos jovens. Um relatório intercalar publicado no mês passado concluiu que os telemóveis distraíam e prejudicavam a capacidade de aprendizagem dos alunos.

O relatório refere que podem existir exceções específicas quando a utilização de dispositivos é necessária, nomeadamente quando o estado de saúde de um aluno o justifica, para fins educativos definidos pelos professores ou para satisfazer as necessidades dos alunos com deficiência ou dificuldades de aprendizagem.

O relatório final da comissão, que incluirá todas as suas recomendações, deverá ser apresentado até 30 de maio.

CBC/MS

Before leading Canada, Mark Carney was a goalie at Harvard

Long before becoming Canada’s 24th prime minister, Mark Carney was Harvard’s third-string goalie. His on-ice role may have been small, but he took it seriously—timing the bench door perfectly so defensemen like Mark Benning could leap onto the ice in full stride to feed Harvard’s star forwards.

Hockey was never Carney’s professional path, but the game remains a lifelong passion. He played at Harvard, is a loyal Edmonton Oilers fan, and counts NHL executive and former Edmonton Oilers GM Peter Chiarelli as a close friend. That friendship began when Carney and Chiarelli were freshmen at Harvard in 1983. Chiarelli met Carney within hours of arriving, and they later became roommates and lifelong friends—Carney would be the best man at Chiarelli’s wedding.

Carney, now 60, featured hockey prominently in his recent campaign, including a video skit with comedian Mike Myers at a rink, both clad in Team Canada jerseys. Earlier this year, he took part in an Oilers morning skate wearing No. 24, his hometown team’s number, and watched a game with Benning.

Though Carney rarely played at Harvard—his sole NCAA appearance came in a 1985 playoff blowout when both regular goalies were unavailable—he stopped all five shots he faced. His career save percentage stands at a perfect 1.000.

His teammates remember him fondly, even poking fun at his vulnerabilities in practice. Yet despite being undersized at 5-foot-9, Carney earned respect for his competitiveness and supportiveness. He was known to stand in net long before practices started so teammates could work

Trump diz que Carney, um

on their shots. Off the ice, Carney was just as dedicated. After graduating magna cum laude in 1987, he earned a master’s and PhD in economics from Oxford, where he also played hockey, even facing off against Soviet pros on a tour. He went on to work at Goldman Sachs but pivoted to public service, including serving as governor of the Bank of Canada and later the Bank of England. During a fishing trip in Quebec, Carney had to leave early due to nonstop Brexit-related phone calls. “The fish would have to wait,” said teammate Randy Taylor. Carney’s career could have been lucrative in the private sector, but he chose service. “He could’ve made millions,” said Chiarelli. “Instead, he went into public life.” At his 60th birthday party, Oxford friends shared a hockey stick they’d signed as students. Carney had written “PM” next to his name—a joking prediction that ultimately came true.

“He loves Canada and he loves hockey,” Benning said. “And he’s given everything to both.”

“cavalheiro simpático”,

visitará a Casa Branca na próxima semana

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o primeiro-ministro Mark Carney visitará a Casa Branca “na próxima semana ou menos”, enquanto os dois países traçam um novo caminho a seguir após uma eleição federal que foi amplamente vista como uma repreensão à guerra comercial do presidente e às suas ambições de 51º estado. “Penso que vamos ter uma excelente relação”, disse Trump, quando se pronunciou sobre os resultados das eleições canadianas. “Ele telefonou-me ontem e disse: ‘Vamos fazer um acordo".

Poilievre

O líder dos conservadores, Pierre Poilievre, obteve resultados mistos nas eleições de segunda-feira (28): aumentou a quota de votos do seu partido para um máximo histórico, graças a avanços nos novos blocos eleitorais, mas, ao mesmo tempo, não conseguiu destituir Mark Carney e os liberais do governo e perdeu o seu próprio lugar.

Há apenas alguns meses, Poilievre estava prestes a conduzir os conservadores a uma maioria governamental histórica, com as sondagens a preverem uma das contagens de lugares mais desequilibradas dos últimos 30 anos.

No final, a demissão do antigo primeiro-ministro Justin Trudeau e a guerra comer-

Trump e Carney já tinham concordado que os países iriam iniciar negociações sobre um novo acordo económico e de segurança, independentemente de quem ganhasse as eleições de segunda-feira (28).

O presidente disse que ambos os candidatos canadianos “odiavam Trump”, um reconhecimento da profunda rejeição das suas políticas e retórica que surgiram durante as eleições. "E foi aquele que odiava Trump, penso que menos, que ganhou. Na verdade, acho que o conservador me odiava muito mais do que o chamado liberal",

disse o presidente. Carney “não podia ter sido mais simpático” e chamou-lhe “um cavalheiro muito simpático”. O gabinete do primeiro-ministro ainda não comentou o calendário da visita de Trump. Um comunicado do lado canadiano sobre o telefonema entre Carney e Trump dizia apenas que os dois líderes “concordaram em encontrar-se pessoalmente num futuro próximo”.

CBC/MS

enfrenta um futuro incerto

cial do Presidente dos EUA, Donald Trump, baralharam a equação eleitoral e Poilievre não conseguiu cumprir a sua promessa de mudança.

Carney sai destas eleições com um dos governos minoritários mais fortes da história do país - a apenas três lugares de uma maioria. Poilievre prometeu manter-se como líder do partido, apesar do resultado final dececionante, dizendo aos seus apoiantes em Otava que precisa de mais tempo para espetar uma estaca nos liberais de uma vez por todas.

Jamie Ellerton, um estrategista conservador que trabalhou na campanha eleitoral de 2019 do ex-líder Andrew Scheer, disse que Poilievre provavelmente manterá a liderança neste momento. “Acho que ele

tem um apoio sólido entre os membros do partido”, disse Ellerton em uma entrevista. Outros conservadores afirmam que o futuro de Poilievre está por determinar. “Esta é uma grande perda dos conservadores para um governo liberal cansado, que está no poder há 10 anos”, disse uma fonte conservadora sénior que trabalhou para Poilievre no passado. "O tipo não conseguiu fazer o que tinha de ser feito. Recusou-se totalmente a reconhecer que a questão das urnas tinha mudado até ao fim", disse a fonte, referindo-se à guerra comercial com os EUA.

Será difícil para Poilievre fazer oposição aos liberais fora da Câmara dos Comuns. A continuação da utilização de Stornoway por Poilievre também está em causa. Por

lei, esta residência estatal está reservada ao líder da Oposição Oficial, um cargo que só pode ser ocupado por um deputado em exercício. Mas quem quer que seja escolhido pelo caucus como líder parlamentar interino do partido pode ter respeito por Poilievre e permitir que ele e a sua jovem família fiquem na casa.

Se Poilievre se mantiver como planeado, é provável que um dos deputados conservadores eleitos na votação de segunda-feira (28) renuncie ao seu lugar para lhe dar a oportunidade de concorrer a uma eleição suplementar e regressar ao Parlamento.

Credito: Mark Carney/instagram
Credito: CBC
Credito: CBC

Guerra comercial com os EUA 68.000 empregos podem ser perdidos em Ontário este ano

As tarifas dos EUA e a resposta do Canadá podem resultar em 68.100 empregos a menos em Ontário este ano, segundo um novo relatório. Esse número pode aumentar para 119.200 empregos em 2026 e 137.900 empregos em 2029, de acordo com o relatório do Financial Accountability Office of Ontario (FAO), divulgado na quarta-feira (30).

OFAO fornece análises financeiras e económicas independentes à legislatura do Ontário. O relatório de quarta-feira compara um cenário tarifário baseado nas ações comerciais anunciadas pelos EUA e pelo Canadá a partir de 17 de abril com um cenário sem tarifas. "O impacto real das tarifas na economia do Ontário é incerto e dependerá da magnitude, amplitude e duração da cobertura tarifária, bem como da forma como as empresas, as famílias e as economias reagem", afirma o relatório.

Prevê-se que as tarifas dos EUA aumentem a taxa de desemprego do Ontário em 1,1% de 2025 a 2029, em comparação com o cenário sem tarifas, segundo o relatório. De acordo com o relatório, a maioria das perdas de emprego previstas ocorrerá no

sector da indústria transformadora, bem como nas indústrias relacionadas com a cadeia de abastecimento. As indústrias de metais primários seriam as mais afetadas pela perda de postos de trabalho, com 17 700 postos de trabalho a menos, segundo o relatório. Seguem-se as indústrias de peças para veículos motorizados e de maquinaria e eletrónica.

Windsor será a área mais afetada da província, uma vez que se prevê que o emprego diminua 1,6 por cento em 2026, segundo o relatório. A cidade é seguida, por ordem, por Guelph, Brantford, a região de Waterloo e Londres.

Segundo o relatório, prevê-se também que a guerra comercial abrande o crescimento económico do Ontário e aumente os preços para os consumidores.

Dado que a procura de exportações do Ontário diminui nos EUA, o crescimento real do PIB da província em 2025 seria de 0,6% - menos de metade do crescimento projetado no cenário sem direitos aduaneiros. “Isto implica a ocorrência de uma recessão modesta em 2025”, refere o relatório.

Ford fala sobre os “juízes de coração mole” que estão a "passar por cima do governo

Na quarta-feira (30), o primeiro-ministro do Ontário, Doug Ford, fez um longo discurso sobre alguns dos juízes da província, argumentando que são brandos em relação ao crime, que interferem em questões municipais com base na ideologia e que até lançaram a ideia de eleger juízes no Canadá, tal como acontece em algumas partes dos Estados Unidos.

"Da última vez que verifiquei, não houve nenhum juiz eleito. Talvez seja esse o problema - devíamos fazer o que os Estados Unidos fazem", disse Ford numa conferência de imprensa em que anunciou as alterações propostas à reforma das fianças. "Vamos começar a eleger os nossos juízes, a responsabilizá-los, e este é o meu discurso do dia, porque já estou farto".

O primeiro-ministro disse que, embora acredite muito no sistema judicial do Ontário e que a província tem alguns juízes excelentes, também denunciou outros juízes que, na sua opinião, estão a tomar decisões devido à sua "ideologia". "Estes juízes que são uns corações sangrentos, mal posso esperar que se reformem. Na verdade, pago-lhes para se reformarem mais cedo. Pago-lhes para se reformarem mais cedo, durante dois, três, quatro anos. Saiam do sistema", disse ele.

Uma decisão recente que está claramente a irritar Ford foi tomada no início deste mês, quando o juiz do Tribunal Superior de Ontário, Paul Schabas, ordenou uma providência cautelar que obrigaria a província a manter-se afastada de três importantes ciclovias de Toronto até decidir se o controverso plano para as remover é inconstitucional. A decisão diz que, apesar da alegação do governo de que havia uma necessidade urgente de reduzir o congestionamento, o governo não apresentou provas sobre o processo de remoção das pistas ou planos sobre o que seria colocado no seu

lugar. Não conceder a pausa significaria que o governo poderia tentar desmantelar as pistas para bicicletas antes de ter tempo para decidir o caso, escreveu Schabas.

Ford não ficou muito satisfeito com essa decisão e disse que a província planeia recorrer da providência cautelar. "Fomos eleitos democraticamente e um juiz qualquer impõe uma providência cautelar sobre as pistas para bicicletas. Os juízes não têm nada melhor para fazer do que preocuparem-se com o facto de estarmos a retirar ou não as pistas para bicicletas?

Em resposta numa publicação nas redes sociais, a líder da oposição do NDP, Marit Stiles, afirmou que trazer “a política ao estilo dos EUA” para o sistema judicial do Canadá, especialmente neste momento, é “não-canadiano”.

CBC/MS

Cerejeiras em flor em Toronto devem atingir o pico de

floração

neste fim de semana

Prevê-se que as cerejeiras em flor em High Park e em toda a cidade de Toronto atinjam o pico de floração no final desta semana, informou o município.

Opico da floração, que começa quando pelo menos 70 por cento das flores estão abertas, pode durar entre quatro a 10 dias, dependendo das condições climatéricas, afirmou a cidade num comunicado de imprensa na quinta-feira. Dezenas de milhares de pessoas deslocam-se todos os anos a High Park para admirar as flores, informou a cidade. A partir de 5 de maio, não haverá acesso nem estacionamento de veículos no interior do High Park durante o pico da floração. Os veículos da TTC Wheel-Trans continuarão a ter acesso ao parque para deixar os visitantes, informou a cidade. Pede-se aos visitantes que evitem trepar às árvores e remover flores ou ramos. Pede-se também que permaneçam em caminhos e trilhos pavi-

Ontário

mentados quando visitarem os parques da cidade para proteger áreas ecologicamente sensíveis.

Os visitantes podem também ver cerejeiras em flor no Trinity Bellwoods Park, Birkdale Ravine em Scarborough, Centennial Park em Etobicoke e Toronto Island Park, bem como em alguns campus da Universidade de Toronto e da Universidade de York.

As primeiras cerejeiras em flor, conhecidas como árvores Sakura, foram plantadas em Toronto em 1959, após um projeto de angariação de fundos liderado por líderes nipo-canadianos e membros da comunidade, de acordo com o sítio Web do High Park Nature Centre.

Inicialmente, foram plantadas duas mil árvores para agradecer o facto de Toronto ter acolhido os nipo-canadianos realojados após a Segunda Guerra Mundial, lê-se no sítio Web. CBC/MS

avança com o estudo de viabilidade do túnel da autoestrada 401

O Ontário está a dar um passo concreto em direção a uma ideia que o Premier Doug Ford tem defendido: a construção de um túnel sob a autoestrada 401.

Ford tem falado frequentemente da necessidade de resolver o problema dos engarrafamentos e tem-se insurgido contra a perda de produtividade que daí resulta. A primeira vez que levantou a ideia de construir um túnel sob a autoestrada 401 foi no outono passado. Em resposta às preocupações sobre a possibilidade de um projeto dessa dimensão custar dezenas de milhares de milhões de dólares, Ford afirmou que a província faria um estudo de viabilidade, mas prometeu construir o túnel de qualquer forma. "A razão pela qual

estamos a fazer um estudo de viabilidade é que ele vai determinar o comprimento. Se me disserem que 30 quilómetros é X, 40 quilómetros é Y, e 70 quilómetros ou 60 quilómetros é outro custo, vamos dar uma vista de olhos", disse quando anunciou o seu plano em setembro. “Mas vamos fazer o trabalho, acreditem nas minhas palavras”. A província emitiu agora um pedido de propostas para um estudo destinado a determinar a viabilidade de um túnel e de várias outras opções, incluindo uma autoestrada elevada, a adição de mais faixas de rodagem e faixas exclusivas para camiões. O estudo deverá estar concluído em fevereiro de 2027.

CBC/MS
Credito: @fanow

O Ministério das Infraestruturas e Habitação determinou que a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) e o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) realizem auditorias ao "apagão" elétrico com conclusões em 20 dias.

Atutela emitiu na quarta-feira (30) três despachos em determina aos reguladores "a realização, respetivamente, de auditorias e uma análise técni-

ca e aprofundada dos incidentes ocorridos durante o apagão da passada segunda-feira". Em comunicado, o ministério tutelado por Miguel Pinto Luz diz que "esta avaliação independente, com caráter prioritário e urgente, irá traduzir-se num relatório elaborado por cada uma das entidades", sendo que "o documento deverá ser apresentado no prazo máximo de 20 dias e deve também incluir conclusões claras e recomendações concretas".

De acordo com o Governo, no caso da Anacom, foi considerado “o significativo

impacto do apagão nos serviços prestados por diversas empresas de comunicações eletrónicas, que afetou cidadãos, serviços essenciais e estruturas críticas do Estado”, bem como “as implicações da interrupção na continuidade dos serviços de emergência, segurança, proteção civil, saúde e outras áreas vitais para o funcionamento do país”.

O Governo quer também uma avaliação do impacto nos serviços críticos e essenciais, destacando os sistemas de emergência e proteção civil, “do cumprimento

das obrigações legais e regulamentares por parte das empresas de comunicações eletrónicas ou detentoras de infraestruturas” e propostas de medidas “corretivas, estruturais, regulatórias ou outras” que sejam consideradas adequadas para “assegurar o funcionamento, resiliência e a segurança das redes nacionais de comunicações” e a prestação dos respetivos serviços.

No caso da ANAC, o Governo determinou que devem ser identificadas as “causas técnicas e operacionais da interrupção ou degradação acentuada dos diversos serviços que compõem o setor da aviação civil, nomeadamente, o sistema aeroportuário ou a prestação de serviços de navegação aérea”. Será ainda avaliada a “resiliência, redundância e capacidade de recuperação do setor da aviação civil”, incluindo do sistema aeroportuário ou da prestação de serviços de navegação aérea e da operação de transporte aéreo.

A auditoria tem ainda como objetivo a “verificação dos mecanismos de prevenção, deteção e mitigação de falhas implementados”, como a existência, ativação e implementação de planos de contingência e o apuramento “da eficácia das comunicações e reporte entre os agentes do setor” e entre estes e as autoridades públicas. Será ainda analisado o impacto nos serviços críticos e essenciais, nomeadamente os sistemas de emergência e proteção civil, o cumprimento das obrigações legais e propostas medidas corretivas.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

JN/MS

Os seguros cobrem os danos do apagão? Ainda não há certezas.

Sem certezas sobre o que terá provocado o apagão, ainda não é certo que haja direito a indemnizações pelos danos causados. Há apólices de seguros que podem cobrir este tipo de acontecimentos, caso não este não conste das exclusões. Porém, "a participação do sinistro é obrigatória", alerta a advogada Zita Medeiros.

Numa altura em que se contabilizam os danos provocados pela falha na rede elétrica que atingiu Portugal na segunda-feira, as companhias de seguros já começam a receber participações, mas ainda há mais dúvidas do que certezas acerca das indemnizações a pagar. Luís

Montenegro e o homólogo espanhol já pediram uma investigação independente à União Europeia - mecanismo que é, aliás, obrigatório - e até serem apuradas as causas concretas do corte abrupto de energia, o futuro de quem saiu prejudicado ainda é uma incógnita. "É verdade que este sinistro até pode estar previsto nas coberturas das apólices, mas não consta em todas as apólices. Pode constar em algumas, que até são mais caras, e não constar noutras", indica a advogada.

Caso seja uma empresa com prejuízos avultados ou uma pessoa singular com um seguro multirrisco para habitação que tenha tido danos em casa, é importante estudar a apólice contratada e perceber se a

mesma prevê a cobertura no caso de um evento relacionado com descarga, sobrecarga ou avaria elétrica. Porém, mesmo que essa cláusula tenha sido contratualizada, pode ter fatores de exclusão, como os eventos excecionais. "Eu começo a não ter dúvidas de que vai ser assim que [o apagão] vai ser qualificado. E, nesse caso, pode levar à exclusão de seguros, apesar de constar nas coberturas", avisa Zita Medeiros, indicando que a decisão de qualificar o apagão como evento excecional ou raro deverá ser tomada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ou pela própria União Europeia. Até lá, os lesados com seguros contratados devem reunir documentação e parti-

cipar o sinistro. "O que devem fazer imediatamente é fotografar tudo o que tenham avariado, pedir um parecer a um eletricista sobre os prejuízos nos equipamentos e até solicitar à E-Redes o comprovativo do momento em que aconteceu a falha de energia e enviar a participação à seguradora", detalha a advogada. O processo será ser moroso, mas os clientes não devem desistir de participar os sinistros. Para já, o único passo a dar é participar e aguardar a decisão da seguradora, ainda que, "neste momento, ninguém pode garantir se há ou não lugar à indemnização".

JN/MS Apagão

A ministra do Ambiente e Energia justificou esta quarta-feira que não falou mais cedo sobre o apagão de segunda-feira porque estava a trabalhar, depois de a Oposição ter criticado a comunicação do Governo.

No encerramento de um debate na Comissão Permanente da Assembleia da República - a última desta legislatura -, Maria da Graça Carvalho assegurou que o Governo recolheu o “máximo de informação” sobre o apagão de segunda-feira desde a primeira hora, afirmando

que não compareceu mais cedo perante as câmaras de televisão” porque “estava a trabalhar”.

“Tinha a responsabilidade de cinco áreas críticas: eletricidade, água, saneamento básico, combustíveis e gás. Entre as 11.33 horas de dia 28 e as 11.30 horas de terça-feira, durante 24 horas, ininterruptamente, estive em articulação com a REN, E-Redes, companhias das águas e diversas outras entidades para assegurar o pleno restabelecimento da energia elétrica e o mínimo de perturbações nos outros serviços essenciais”, acrescentou, numa resposta às críti-

cas do deputado socialista Pedro Vaz. Pedro Vaz tinha acusado o Governo de ter ficado “sem energia”, obrigando as “estruturas do Estado, sociedade civil e cidadãos” a substituí-lo “naquilo que era sua tarefa”, e disse também que as ministras do Ambiente e Energia, da Administração Interna e da Modernização e Juventude “ficaram a ver”.

A ministra garantiu ainda que o Governo está a trabalhar nos “desafios já identificados” na capacitação dos sistemas elétricos, com investimentos na modernização das redes de transporte, o aumento do arma-

zenamento de eletricidade através de baterias e o reforço das “interligações energéticas, especialmente da Península Ibérica com França”.

Durante o período de intervenções dos partidos, o social-democrata Salvador Malheiro, que reconheceu falhas de comunicação ao longo daquele dia, elogiou a prestação do Governo, que considerou ter sido “presente, competente e eficiente”.

Kamala

Harris reemerge com apelo à luta contra Trump: “A coragem é contagiosa”

A ex-candidata presidencial Kamala Harris reapareceu publicamente com um discurso em que apelou aos norte-americanos que se juntem e lutem contra o presidente dos EUA Donald Trump, 100 dias depois da tomada de posse. “Todos sabemos que o presidente Trump, a sua administração e aliados estão a contar com a noção de que o medo pode ser contagioso, que se puserem medo nalgumas pessoas vão paralisar as outras”, afirmou a antiga vice-presidente. “Aquilo que eles ignoram é que o medo não é a única coisa que é contagiosa. A coragem é contagiosa”, afirmou a democrata, que discursou na celebração dos 20 anos da organização sem fins lucrativos Emerge, em São Francisco (sudoeste).

Harris elogiou a coragem daqueles que têm falado contra as medidas mais controversas da administração, que acusou de ser responsável pela pior crise económica provocada e evitável da história do país. “As tarifas, tal como eu previ, estão a convidar a recessão”, apontou, recordando a campanha presidencial, em que avisou repetidamente que as taxas aduaneiras iriam provocar uma crise económica. Mas Harris afastou a ideia de que a situação atual é caótica e considerou que, salvo o efeito desastroso das taxas aduaneiras, está tudo a correr dentro do plano dos conservadores. “Compreendam que estamos a assistir a um evento de alta velocidade em que um instrumento está a ser usado para a implementação de uma agenda que anda a ser planeada há décadas”, afirmou a democrata.

Interrompida várias vezes por gritos de apoio e aplausos, Harris acusou a administração Trump de estar a trabalhar para abandonar os ideais mais fundamentais dos Estados Unidos e contrariar os direitos plasmados na Constituição. “Estamos a viver na visão que eles têm da América”, afirmou Harris, descrevendo uma visão egoísta, que pune quem diz a verdade, favorece os apoiantes e lucra com o poder enquanto

deixa o resto das pessoas à deriva. “É o momento em que os freios e contrapesos começaram a ceder”, disse, avisando que se o Congresso (o parlamento dos Estados Unidos) e os tribunais não fizerem o seu trabalho ou fizerem e forem ignorados pelo presidente, estará aberta uma crise constitucional. Nessa altura, o único contrapeso que pode resistir é a vontade do povo, urgiu Harris, que apelou ainda a que as pessoas encontrem as suas comunidades e procurem força nos números. “As coisas vão provavelmente ficar piores antes de melhorarem. Mas estamos prontos para isso”, salientou. “A mobilização é mais importante que nunca”, acrescentou.

Este reaparecimento da democrata acontece numa altura em que circulam rumores de que estará a preparar uma candidatura a governadora da Califórnia nas eleições de 2026.

A organização Emerge, que aponta Kamala Harris como uma das suas impulsionadoras, incentiva e auxilia mulheres a candidatarem-se a cargos públicos, oferecendo mentoria, recursos e uma rede de apoio.

Tribunal dos EUA liberta estudante palestiniano detido por serviços de imigração

Um juiz dos EUA libertou esta quarta-feira um palestiniano que liderou protestos contra a guerra em Gaza quando era estudante na Universidade de Colúmbia, em Nova Iorque, e foi detido pelas autoridades de imigração norte-americanas.

Anotificação para comparecer no tribunal de imigração alegava que Mahdawi — residente permanente legal há 10 anos — podia ser deportado ao abrigo da Lei de Imigração e Nacionalidade, depois de o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ter determinado que a presença e atividades de Mahdawi "teriam consequências adversas graves para a política externa e comprometeriam os interesses da política externa dos EUA".

O juiz distrital dos EUA, Geoffrey Crawford, em Burlington, Vermont, emitiu a decisão, depois de uma audiência de Mahdawi, que foi detido por agentes do Serviço de Imigração e Alfândega a 14 de abril. O Governo argumentou que a detenção decorreu de um “aspeto constitucionalmente válido do processo de deportação” e que os

tribunais distritais estão impedidos de ouvir contestações sobre como e quando tais procedimentos são iniciados.

À saída do tribunal no estado de Vermont, Mohsen Mahdawi defendeu que as pessoas devem unir-se em defesa da democracia.

Falando aos apoiantes, Mahdawi dirigiu-se diretamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao Governo, dizendo: "Não tenho medo de vocês!". JN/MS

Forças militares da Índia e Paquistão envolvidas em conflito em Caxemira

Soldados indianos e paquistaneses estão há várias noites envolvidos em fogo cruzado na fronteira dos respetivos países na região de Caxemira, após um atentado que fez 26 mortos no lado indiano deste território disputado.

A22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia. Antes mesmo de qualquer reivindicação, Nova Deli responsabilizou Islamabad pelo atentado, o mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana. O Paquistão negou imediatamente qualquer envolvimento e exigiu a realização de um “inquérito neutro”.

África

As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.

Islamabad afirmou esperar um ataque militar de retaliação indiana dentro de dois dias, acrescentando estar pronto para responder. Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região de maioria muçulmana.

JN/MS

Meio milhão de crianças morrem anualmente em África por falta de vacinas

Mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos morrem anualmente em África de doenças evitáveis, como o sarampo e a poliomielite, por falta de vacinas, anunciou a agência de saúde pública da União Africana (UA).

“Apesar do poder comprovado das vacinas para salvar vidas, mais de 500 mil crianças com menos de cinco anos ainda morrem todos os anos em África devido a doenças evitáveis como o sarampo, a difteria, o tétano, a poliomielite e a tosse convulsa, doenças que foram quase erradicadas em grande parte do mundo”, afirmou o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) num comunicado. “O financiamento nacional limitado da saúde, a desconfiança em relação às vacinas, a instabilidade política e a dificuldade de acesso às comunidades remotas” são alguns dos fatores que impedem milhões de crianças no continente de ter acesso às vacinas. Países como a Nigéria, a República Democrática do Congo, o Sudão do Sul, a Etiópia e o Zimbabué continuam a ter elevadas taxas de mortalidade por doenças que poderiam ser evitadas se tivessem as vacinas necessárias. Estas doenças também custam a África um valor estimado em 13 mil milhões de

dólares por ano, colocando mais pressão sobre os sistemas de saúde e abrandando o desenvolvimento económico. “Atualmente, África produz menos de 1% das vacinas que utiliza. Estamos empenhados em mudar este desafio. O nosso objetivo é produzir localmente 60% das vacinas utilizadas em África até 2040”, afirmou o diretor-geral do CDC África, John Kaseya.

A este respeito, a organização observou que, até 2024, 25 projetos estavam em curso para fabricar vacinas em África, enquanto oito antigénios deverão ser pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estar prontos para o mercado entre 2025 e 2030.

JN/MS

JN/MS
Paquistão
Credito:

Como votou o Canadá?

Madalena Balça / David Ganhão

O Partido Liberal de Mark Carney conquistou assentos suficientes na Câmara dos Comuns para formar um governo no Canadá. No entanto, o partido não conseguiu a maioria desejada - os liberais de Carney conquistaram 169 assentos, segundo resultados preliminares, mas seriam necessários 172 para alcançar a maioria. Os conservadores continuam na oposição como o segundo maior partido, com 144 assentos, o Bloc Québécois tem 22, o NDP foi reduzido a sete e o Partido Verde a um.

O líder conservador Pierre Poilievre, perdeu o seu próprio assento para o candidato liberal, assim como Jagmeet Singh, líder do Novo Partido Democrático (NDP), que ficou em terceiro lugar no seu riding (atrás do candidato liberal e do conservador).

Tanto os liberais quanto os conservadores viram um aumento significativo na sua parcela do voto nacional em comparação com o que sucedeu há quatro anos. Fica evidente numa análise sumária dos resultados que o aumento do apoio aos dois maiores partidos do Canadá veio à custa dos partidos menores, especialmente o NDP, cuja participação no voto popular caiu quase 12 pontos percentuais. O Canadá tem um sistema eleitoral de “maioria simples”. O candidato com mais votos em cada distrito eleitoral (ou “riding”) vence e torna-se Membro do Parlamento (MP).

Liberais e conservadores dominaram o voto popular, com ambos os partidos a receber mais de 40% dos votos contados em todo o Canadá, o que resultou, somando as partes, na conquista de 90% dos assentos parlamentares. O NDP obteve pouco mais de 6% do total de votos, mas isso se traduz em apenas 2% dos assentos na Câmara dos Comuns. O Bloc Québécois obteve pouco mais de 6% dos votos e uma proporção semelhante de assentos. Como sabemos, o Canadá tem um sistema eleitoral de “maioria simples”. O candidato com mais votos em cada distrito eleitoral (ou “riding”) vence e torna-se Membro do Parlamento (MP).

Os liberais conquistaram mais assentos nas províncias-chave de Ontário e Quebeque, que juntas representam 200 dos 343 distritos eleitorais do Canadá. Os conservadores conquistaram todos os assentos de Alberta, exceto três, enquanto a disputa entre os dois principais partidos foi acirrada na Colúmbia Britânica, onde os conservadores ganharam 19 assentos e os liberais 20.

Na Grande Área de Toronto - os liberais venceram na maior parte da cidade de Toronto, incluindo um assento que haviam perdido numa eleição intercalar em 2024; os conservadores conseguiram virar alguns distritos na região ao redor; o NDP perdeu o assento de Hamilton Centre, que detinha há mais de 20 anos.

Montreal e arredores também tiveram mudanças importantes. Terrebonne passou do Bloc Québécois para os liberais. Os liberais também recuperaram LaSalle-Émard-Verdun, que tinham perdido para o Bloc numa eleição intercalar no ano passado. O NDP manteve o assento em Rosemont-La Petite-Patrie, em Montreal. De referir que o Bloc Québécois estava a defender 35 assentos após a redefinição das divisões eleitorais, mas perdeu 13 deles.

A participação nestas eleições superou os níveis de 2015 e 2019, com a votação de 69% dos eleitores registados, destes mais de 7 milhões de canadianos votaram antecipadamente, estabelecendo um novo recorde deste modelo de votação, segundo a Elections Canada.

Variação em pontos

Resultados das eleições no Canadá por província

Carney Poilievre
Blanchet
Singh
May & Pedneault

Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.

Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.

Não fique Fora de Jogo.

entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.

Avançado sueco marca mais quatro golos e arrasa o Boavista num jogo de armas desiguais. Equipa leonina responde bem à pressão no mano a mano com o Benfica.

Atodo o vapor, o Sporting manteve o primeiro lugar do campeonato com uma vitória sem espinhas no Bessa, ao sabor dos golos de Gyokeres. Depois do hat-trick da jornada anterior ao Moreirense, o avançado sueco fez ainda melhor, desfazendo a defesa do Boavista em jogadas com marca registada. Com Pedro Gonçalves de início, a equipa leonina entrou em campo a saber que o Benfica tinha goleado o AVS por 6-0, mas não acusou minimamente a pressão de ter de vencer para continuar no topo da tabela e respondeu quase na mesma moeda. Aflitos na fuga à descida, os boavisteiros não mostraram capacidade de resistência e só conseguiram manter o nulo durante seis minutos. Na primeira vez em que teve algum espaço, Gyokeres aproveitou um bom passe de Maxi Araújo para abrir o marcador.

O desperdício visitante manteve o Boavista no jogo durante a primeira parte e o empate até podia ter surgido num canto em que a bola cabeceada por Reisinho raspou na barra, mas o intervalo não chegaria sem que o suspeito do costume voltasse a fazer o gosto ao pé: lançado por Trincão, Gyokeres viu-se num apetitoso 1x1 com Abascal e, com toda a facilidade, disparou para o segundo golo da noite. Percebeu-se que a partida estava resolvida e a equipa da casa sucumbiu de vez no início da etapa complementar, que trouxe Quenda no lugar de Pote no Sporting. Aos 57 minutos, já os leões tinham marcado mais dois golos, o primeiro de novo por Gyokeres e o outro por Maxi Araújo, na recarga a um remate do sueco. O resto do jogo tornou-se uma formalidade, mas o nórdico é insaciável e ainda selou o resultado nos descontos, consumando o segundo póquer da época e a chegada aos 38 golos na Liga. Para o Boavista, talvez mais do que a goleada, a pior notícia foi o cartão amarelo que afasta o médio Reisinho da partida da próxima semana nas Aves, crucial na fuga à zona de descida.

Encarnados entram a todo o gás, assinam exibição muito inspirada e ao intervalo já venciam por 4-0. Carreras vê amarelo e está garantido no dérbi.

Uma chuva de golos permitiu ao Benfica golear (6-0), frente ao AVS, e de uma assentada cumprir dois objetivos: manter-se no topo e jogar com a diferença de golos, que pode ser decisiva na

reta final do campeonato. Além disso, Carreras viu o cartão amarelo, o que o impossibilita de defrontar o Estoril, mas garante a sua presença no dérbi com o Sporting. Uma tarde em cheio para os encarnados que, após a escorregadela diante do Arouca, voltaram a entrar nos eixos com triunfos gordos frente a Vitória e ontem com o AVS. Bruno Lage fez mudanças inesperadas no onze, apostou em Dahl e Amdouni, em detrimento, por exemplo, de Schjelderup e de Bruma (que não saiu do banco), mas alguma falta de rotinas dos jogadores, nas posições em causa, não tiraram brilho à

máquina trituradora das águias. Desde muito cedo foi notório que a defesa não era o ponto forte do adversário, demasiado permeável, e foi sem surpresa que o resultado se avolumou. Os dois primeiros golos, concretizados por Tomás Araújo e Pavlidis, nasceram de uma jogada quase igual, de um canto na direita, e antes dos 30 minutos Amdouni assinou o terceiro. As facilidades eram tantas que Akturkoglu ainda teve tempo para assinar o 4-0, aos 40 minutos, numa Luz eufórica.

Ao intervalo, os três pontos estavam assegurados e a única dúvida era saber por

quantos venceria, no final. No entanto, a segunda parte foi bem mais calma com menos velocidade. A equipa lisboeta parecia satisfeita com os números, mas as substituições mexeram com o duelo. O recém-entrado Belotti fez o 5-0 e, a seguir Otamendi fechou a contagem. Tarde de gala para o Benfica que chegou aos 80 golos na competição e está mais descansado se a prova tiver de ser decidida no desempate de golos.

F. C. Porto escorrega na Amadora e falha o assalto ao terceiro lugar

C.F. Estrela da Amadora 2

Porto 0

Jovem marca dois golos de classe e O F. C. Porto perdeu frente ao Estrela da Amadora, na Reboleira, por 2-0, num jogo que teve as assinaturas de Kikas e Alan Ruiz. Os tricolores fogem aos lugares de despromoção. Já o F. C. Porto não aproveita o empate do Braga e desperdiça a oportunidade para chegar ao terceiro posto.

Não têm sido tempos nada fáceis para o F. C. Porto. Depois de uma semana contur-

bada, os comandados de Martín Anselmi caíram com estrondo, este sábado, ao perder frente ao Estrela da Amadora por 2-0. Uma entrada forte dos tricolores mostrou logo um pouco do que seria o enredo do encontro. A formação da casa chegou por várias vezes com perigo à baliza defendida por Cláudio Ramos, que, apesar de boas intervenções, apenas adiou o que parecia inevitável. Num momento em que ficou isolado, Kikas, avançado dos estrelistas, não perdoou e abriu o marcador aos 37 minutos.

Na segunda metade, o F. C. Porto até entrou melhor, mas seria o Estrela da Ama-

dora a ampliar. Alan Ruiz, dos 11 metros, não vacilou e marcou o segundo da noite aos 63 minutos. Até ao fecho, Jovane Cabral ainda esteve perto de alargar a vantagem para três, contudo, a bola acabou por esbarrar no ferro da baliza defendida por Cláudio Ramos.

Graças a este triunfo, o Estrela da Amadora a somar 29 pontos e foge dos lugares de despromoção. Por outro lado, o F. C. Porto, que tinha visto na véspera o Braga empatar em Famalicão, perde uma oportunidade de ouro para subir até ao terceiro lugar.

JN/MS

30ª JORNADA

Adeptos do F. C. Porto mostram lenços brancos e gritam por Pinto da Costa

Vitória SC 3-0 Rio Ave

Boavista 0-5 Sporting

Casa Pia AC 1-3

Estoril Praia

31ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL) 2 de maio

FC Porto 20:15 Moreirense 3 de maio

Nacional 15:30 Vitória SC

Farense 15:30 FC Famalicão

SC Braga 18:00 Santa Clara

Estoril Praia 20:30 Benfica

4 de maio

Rio Ave 15:30 Est. Amadora

FC Arouca 18:00

Casa Pia AC

Sporting 20:30 Gil Vicente

5 de maio

O F. C. Porto perdeu com o Estrela da Amadora e o final do jogo foi tenso. Martin Anselmi e Jorge Costa foram criticados. Antes do jogo, Samu foi assobiado.

Cansados da exibição medíocre, os adeptos do F. C. Porto não foram meigos com a equipa, após a derrota com o Estrela da Amadora (2-0), na Reboleira, que não permite aos dragões ultrapassar o Braga, que na sexta-feira empatou em Famalicão.

Na parte final os adeptos entoaram vários cânticos, entre os quais “vocês são uma vergonha” e “Pinto da Costa, olé” e, depois do último apito do árbitro, mostraram lenços brancos ao treinador Martín Anselmi e não pouparam, também, Jorge Costa e outros elementos da estrutura.

A tensão começou a verificar-se, aliás, antes do jogo: na chegada da comitiva portista ao Estádio José Gomes, Samu foi assobiado e simpatizantes do clube pediram mão pesada ao técnico para casos de indisciplina.

II LIGA

Vizela tropeça, mas mantém o

segundo lugar

O Vizela empatou 1-1 com o Felgueiras, em jogo a contar para a 31.ª jornada da Liga 2. Jogo muito bom, com as duas equipas a praticarem excelente futebol. A jogar em casa, o Vizela não conseguiu, na primeira parte, assustar o adversário, enquanto o Felgueiras tentou aproveitou os espaços livres para sair em contra-ataque.

Os visitantes chegaram à vantagem aos 26’. Yannick Semedo cortou a bola para um adversário, Feliz insistiu, cruzou de maneira perfeita para o segundo poste e João Silva, com um grande golpe de cabeça, fez o primeiro golo.

Em desvantagem, o Vizela continuou a pressionar na frente e a criar várias oportunidades para fazer o empate. Aos 40’, Damien Loppy cabeceou e ficou

perto do golo. Um minuto depois, Vivaldo Semedo recuperou a bola já dentro da área, mas acabou por rematar ao lado. Ao intervalo, Fábio Pereira mexeu logo na equipa e passou a jogar em 4x4x2. Os resultados surgiram logo no início da segunda parte. Aos 50’, Thio bateu canto, Lebedenko veio de trás, saltou mais alto do que todos e fez o empate. A esperança estava renovada no Estádio do Futebol Clube de Vizela.

O golo, porém, não fez bem ao Vizela. A equipa não teve uma reação positiva e faltou pressão idêntica à que fez nos primeiros minutos da segunda metade. Apesar do empate, o Vizela completou uma volta sem perder. A última vez que tinha sido derrotado tinha sido em casa do Felgueiras (1-2). Certamente que o objectivo eram os três pontos, e com o empate a equipa pode ver Alverca e Chaves aproximarem-se na luta pelo 2.º lugar, mas fica o registo de 17 jogos sem perder.

A Bola/MS

II LIGA - CLASSIFICAÇÃO

CD Tondela 58 31 15 13 3 53 32

FC Vizela 55 31 15 10 6 46 28

FC Alverca 54 31 14 12 5 53 32

Benfica B 50 31 14 8 9 45 33

GD Chaves 50 31 14 8 9 39 30

Torreense

UD Leiria

Feirense

FC Penafiel

Marítimo

31 13 9 9 45 38

31 12 9 10 32 30

Portimonense e Tondela ‘empataram-se’, com emoção até ao fim

Tondela esteve a vencer, algarvios operaram a reviravolta e Moudjatovic resgatou um ponto para o líder no 6.º minuto da compensação.

Emoção até ao último apito de Fá Sanhá no Portimão Estádio, num empate que deixou algarvios e beirões insatisfeitos. O Portimonense porque deu a volta ao marcador e sofreu o empate no 6.º dos oito minutos de compensação dados pelo árbitro lisboeta e viu fugir dois pontos que lhe garantiam encarar os três jogos que faltam com alguma ‘folga’ na luta pela manutenção e o Tondela porque não aproveitou o empate do Vizela para aumentar a vantagem na liderança.

O Portimonense foi mais empreendedor e até ao golo do Tondela desperdiçou duas

30ª

JORNADA

UD Oliveirense 2-0 Académico

Paços Ferreira 2-3 UD Leiria

Torreense 2-2 Marítimo

FC Vizela 1-1 FC Felgueiras

Feirense 0-1 FC Porto B

Portimonense 2-2 CD Tondela

Leixões 3-1 FC Penafiel

GD Chaves 0-2 FC Alverca

Benfica B 5-0 CD Mafra

31ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)

2 de maio

UD Leiria 18:00 UD Oliveirense 3 de maio

Académico 11:00 Portimonense

boas oportunidades para se colocar em vantagem. Com eficácia terrível, o Tondela ganhou vantagem na sequência de um lançamento de linha lateral num toque subtil de Miro (23), que desviou um remate falhado de Rodrigo Ramos que colocou a bola nos pés do avançado angolano. Os algarvios mantiveram a ambição depois do descanso e 35 segundos após o apito empataram. Pelo meio o Tondela também desperdiçou por Ricardo Alves (70’), com grande defesa de Vinícius, e no minuto seguinte Camilo Durán operou a reviravolta no marcador, com um remate cruzado, após um ressalto num primeiro remate que efetuou e que bateu em Ricardo Alves.

Com o escoar dos minutos, os algarvios tentaram fechar os caminhos para a sua baliza perante a pressão final dos beirões, que acabaram por empatar no último minuto dos descontos por Moudjatovic (90+6), que recargou após grande defesa de Vinícius. A Bola/MS

Alverca vence em Chaves e mantém subida direta na «mira»

FC Felgueiras 39 31 9 12 10 36 33

Leixões 35 31 8 11 12 31 38

Portimonense 34 31 9 7 15 36 47

FC Porto B 32 31 7 11 13 32 42

Paços de Ferreira 30 31 8 6 17 32 47

UD

FC Porto B 15:30 FC Vizela 4 de maio

FC Alverca 11:00 Paços Ferreira

FC Felgueiras 11:00 Benfica B

CD Mafra 14:00 Leixões

Marítimo 15:30 Feirense

CD Tondela 18:00 GD Chaves

5 de maio

FC Penafiel 18:00 Torreense

O Alverca deslocou-se até ao reduto do Desp. Chaves e venceu por 2-0, mantendo assim debaixo de olho os lugares de acesso direto ao principal escalão do futebol português.

Numa primeira parte de domínio dos visitantes, o primeiro golo surgiu à passagem da meia-hora de jogo. Diogo Martins finalizou um lance de enorme confusão dentro da área e colocou os comandados de Vasco Botelho da Costa em vantagem.

Já na segunda parte, o Alverca conseguiu chegar ao 2-0 e através do pontapé certeiro de Reinaldo. Este triunfo deixa a equipa com 54 pontos, agora com quatro de vantagem para os flavienses, e a apenas um do Vizela, atual segundo classificado da II Liga.

Creditos: DR
Creditos: DR

Santa Clara renova com Daniel Borges

O Santa Clara assegurou a permanência de Daniel Borges no clube até 2030, após o médio centro brasileiro, de 22 anos, ter colocado a sua assinatura num novo contrato, ele que terminava vínculo com o clube já em junho, ou seja, no final da temporada.

Ojogador chegou aos Açores a meio da época passada, proveniente dos brasileiros do Atlético Mineiro, que mantiveram na sua posse metade dos direitos económicos do futebolista. Foi em primeira instância integrado na equipa de sub-23, mas as suas atuações convenceram o treinador Vasco Matos, em consonância com a administração da SAD, a integrá-lo, no início de 2024/25, no conjunto principal, pelo qual já participou em 19 jogos,

num total de 303 minutos. Portanto, a aposta, para já, não é muito consistente, mas tem o futuro no horizonte.

Aos meios de comunicação do clube, Daniel Borges mostrou a sua satisfação pela continuidade no emblema de Ponta Delgada. «Estou muito feliz e realizado por poder continuar a representar o Santa Clara e a nossa região nos próximos cinco anos. Desde que cheguei aqui, senti uma confiança muito grande por parte da administração, equipa técnica e dos meus companheiros. Quero agradecer a Deus, ao Santa Clara e a todas as pessoas que fizeram parte da minha caminhada até aqui. Quero retribuir toda a confiança que depositaram em mim com muito esforço, trabalho, dedicação e alegria dentro de campo», disse.

JN/MS

Ronaldo fora da final da Liga dos Campeões asiática

Al Nassr foi derrotado pelo Kawasaki Frontale (3-2), na segunda meia-final da competição.

Depois do Al Hilal, de Jorge Jesus, agora tocou ao Al Nassr ser eliminado nas meias-finais da Liga dos Campeões asiática. O Kawasaki Frontale, do Japão, bateu na quarta-feira (30) a equipa de Cristiano Ronaldo e Otávio, por 3-2, e vai disputar o título com o Al Ahli, da Arábia Saudita.

Numa partida realizada em Jeddah, os japoneses abriram o marcador, por Tatsuya Ito, logo aos 10 minutos, mas o Al Nassr empatou antes da meia-hora, num remate de Sadio Mané que levou a bola a desviar num adversário antes de entrar.

Ainda na primeira parte, o Kawasaki adiantou-se de novo, por intermédio de Yuto Ozeki, e no segundo tempo chegou ao 3-1, aos 76 minutos, com um golo de Akihiro Ienaga. Perto dos 90, o Al Nassr reduziu por Yahya e nos descontos teve oportunidades para empatar, incluindo uma de Ronaldo que o internacional português não conseguiu aproveitar. O jogo decisivo da prova está marcado para sábado, 3 de maio, entre a formação nipónica e o Al Ahli, equipa onde alinha o ex-portista Galeno, que derrotou o Al Hilal na primeira meia-final (3-1).

JN/MS

Rodrigo Mora lidera lista de jogadores mais influentes

Rodrigo Mora lidera uma lista de jogadores, fora das cinco principais ligas e com menos de 20 anos, mais influentes no que toca ao valor das ações em campo para o aumento ou diminuição da probabilidade de marcar, ou sofrer um golo.

Rodrigo Mora, Martim Fernandes, Roger e Quenda estão no top-10 de jogadores mais influentes a nível mundial, fora das cinco principais ligas, no que toca ao valor das ações em campo para o aumento ou diminuição da probabilidade de marcar, ou sofrer um golo. Os valores de cada jogador medem-se na

métrica PxT (Packing Expected Threat), ou seja, a ameaça esperada num momento do jogo como o passe ou drible.

As conclusões são de um estudo do Observatório do Futebol, analisando dados de 100 jogadores de campo, que ainda não completaram 20 anos de idade, de 45 ligas a nível mundial.

Rodrigo Mora lidera a lista com uma pontuação PxT de 1.195 e em terceiro lugar está Martim Fernandes com 1.065. A jogar em Portugal seguem-se Roger Fernandes (1.001), em sétimo, e Quenda (0.994), em oitavo. JN/MS

Barcelona e Inter empatam em jogo louco nas "meias" da Champions

Igualdade a três golos no Estádio Olímpico de Montjuic deixa tudo em aberto para a segunda mão, em Itália.

Asegunda meia-final da Liga dos Campeões teve uma primeira mão recheada de golos em Barcelona, onde a equipa catalã e o Inter de Milão empataram (3-3).

Os italianos marcaram no primeiro minuto, num lance artístico do francês Marcus Thuram, e chegaram a estar a ganhar por 2-0, assinado pelo neerlandês Dunfries com um tiro acrobático aos 21 minutos, mas o génio de Lamine Yamal devolveu o Barça à discussão.

O prodígio espanhol reduziu a desvantagem "blaugrana", na sequência de um lance individual culminado com um incrível remate em arco, e o 2-2 chegou ainda antes do intervalo, por Ferran Torres, numa jogada criada por Pedri e que teve assistência de Raphinha.

Na segunda parte, o Inter voltou a adiantar-se aos 64 minutos, novamente por Dunfries, num canto que a defesa do Barcelona não conseguiu desfazer, mas a igualdade foi restabelecida na jogada seguinte: Yamal deixou passar a bola para um tiro de Raphinha, que levou a bola a bater na trave e depois nas costas do guarda-redes Sommer antes de entrar na baliza dos milaneses.

Até final, o Inter ainda chegou a festejar o 3-4, mas o VAR confirmou um fora de jogo milimétrico a Mkhitaryan, e o Yamal também esteve perto de dar a vitória ao Barça, aos 87 minutos, num centro remate que levou a bola à barra da baliza "nerazzurra". O empate em Montjuic deixa tudo em aberto para a segunda mão da eliminatória, marcada para a próxima terça-feira, 6 de maio, em Milão.

Supertaça abre a época futebolística a 2 ou 3 de agosto

A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) revelou o calendário das provas que organizará em 2025/26, de futebol (masculino, feminino e de formação) e de futsal (masculino e feminino). Como é habitual, a abrir a época está a final da Supertaça de futebol, entre Benfica e Sporting, a 2 ou 3 de agosto.

Já a Taça de Portugal começa a jogar-se a 31 de agosto - os clubes da Liga entram só na terceira eliminatória, a 17 e 18 de outubro -, estando a final marcada para 24 de maio de 2026.

A Liga 3 e o Campeonato de Portugal começam no fim de semana de 9 e 10 de agosto, terminando, respetivamente, a 17 de maio e a 10 de junho. A Liga Revelação arranca igualmente no segundo fim de semana de agosto. No futebol sénior feminino, a época abre no primeiro fim de semana de setembro (dias 6 e 7), com a realização da Supertaça. A Liga começa no fim de semana de 14 de setembro e acabará a 10 de

maio de 2026. A 2.ª Divisão e a 3.ª Divisão também arrancam no mesmo fim de semana (13 e 14), enquanto a nova 4.ª Divisão tem início a 28 de setembro. A Taça de Portugal abre com uma pré-eliminatória a 5 de setembro e a primeira ronda será disputada a 5 de outubro. O pontapé de saída da Taça da Liga será dado no fim de semana de 19 de outubro. Quanto à formação masculina, a primeira fase do Campeonato de sub-19 da 1.ª Divisão arranca a 9 de agosto e termina a 10 de janeiro, sendo que a segunda começa a 24 de janeiro e finda a 14 de maio. O Campeonato de sub-17 da 1.ª Divisão tem a primeira fase a iniciar-se a 10 de agosto e a terminar a 10 de janeiro. A segunda fase arranca a 25 de janeiro e acaba apenas em junho, no dia 21, podendo esta data sofrer alterações, dependendo da eventual participação da Seleção Nacional na fase final do Europeu.

Nos sub-15, a primeira fase da 1.ª Divisão vai de 28 de setembro até 6 de dezembro, disputando-se o play-off entre 16 e

SC TORONTO

20 de dezembro. A segunda fase arranca a 11 de janeiro e termina a 20 de junho, com os play-offs.

No futsal, a época arranca com as Supertaças masculina e feminina, marcadas para 31 de agosto. As duas ligas iniciam-se na mesma data, a 6 de setembro. Recorde-se que a Liga masculina vai ter uma interrupção no início de 2026, durante o Campeonato da Europa, que se disputa entre 20 de janeiro e 7 de fevereiro na Letónia e na Lituânia.

As Taças de Portugal iniciam-se em simultâneo a 18 de outubro e terão as decisões marcadas para 26 de abril. A Final Eight masculina começa a 22 de abril e a Final Four feminina a 25.

A 1.ª fase da Taça da Liga disputa-se a 10 de janeiro, sendo que a Final Eight está agendada entre 11 e 15 de março. Em femininos, a Final Four decorrerá entre 13 e 15 de março.

JN/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

Ancelotti vai ser o próximo selecionador do Brasil

Carlo Ancelotti vai ser o próximo selecionador do Brasil depois da temporada pelo Real Madrid terminar. O italiano junta-se à canarinha antes do Mundial de Clubes.

Carlo Ancelotti tem um princípio de acordo para se tornar no próximo selecionador do Brasil, segundo informa Fabrizio Romano. O treinador italiano vai deixar o Real Madrid no final da época e não orienta o clube espanhol no Mundial de Clubes, que arranca a 14 de junho.

O namoro entre a seleção brasileira e Ancelotti já era longo e o técnico era a escolha prioriária da CBF para se tornar no novo selecionador, depois de Dorival ter sido despedido em março. A opção de Jorge Jesus também tinha força, mas Ancelotti sempre foi o preferido.

JN/MS

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Sucessor do F. C. Porto decide-se no primeiro fim de semana de agosto. Foto: FPF

HÓQUEI EM PATINS

Sporting empata com o F. C. Porto

Leões empataram em casa dos dragões e viram encarnados ficar na liderança isolada do campeonato de hóquei em patins.

OSporting perdeu a liderança do campeonato nacional de hóquei em patins para o Benfica ao empatar com o F. C. Porto (3-3), que já não tem hipótese de chegar ao primeiro lugar. Os leões ficam no segundo lugar a um ponto das águias, enquanto os azuis e brancos continuam em terceiro.

A partida começou com os dragões a criar muitas oportunidades, mas sem conseguir abrir o marcador e com Hélder Nunes a ver o cartão azul após "stickada" na cabeça de Rafael Bessa. Gonçalves Alves marcou o primeiro com um remate de longe, que sofreu

um desvio e traiu o guardião leonino Girão. Dois minutos depois empatou o Sporting, através de um remate potente de João Souto, que finalizou quase sem ângulo e igualar o placar até ao intervalo (1-1).

Começou a segunda metade com os portistas novamente na liderança, através do golo de Carlo Di Benedetto, mas pouco depois Nolito Romero empatou para a formação leonina (2-2). Roc Pujadas marcou à ex-equipa e colocou os leões em vantagem, mas a equipa da casa não se deixou ficar e Rafa empatou para o 3-3 final.

Na última jornada do campeonato, o Sporting recebe o Murches (14.º) e o F. C. Porto joga no rinque do Candelária (12.º). O Benfica visita o Valongo (7.º).

Sporting vence Taça de Portugal de hóquei em patins

Leões levantaram a Taça de Portugal, no Pavilhão Municipal de Famalicão, após a vitória sobre a Oliveirense no prolongamento (6-3). É o quinto troféu conquistado pela formação de Alvalade na prova rainha.

OSporting conquistou a quinta Taça de Portugal de hóquei em patins, ao bater a Oliveirense por 6-3. A partida, disputada no Pavilhão Municipal de Famalicão, terminou empatada a três no tempo regulamentar, com os sportinguistas a levarem a melhor com dois golos na primeira parte do prolongamento e um nos segundos finais do jogo.

Toni Pérez deu nome à entrada demolidora dos leões, com um golo ao segundo poste logo no primeiro minuto. Depois veio a reação dos unionistas, que só conseguiram empatar o jogo aos 17 minutos, através de Bruno Di Benedetto.

A insistência da Oliveirense deu frutos e o francês Di Benedetto aproveitou uma boa jogada coletiva e deu a cambalhota no marcador, batendo Girão pela segunda vez. O Sporting aumentou a intensidade e foi Nolito Romero, com o forte remate característico do argentino, que igualou novamente o jogo.

Já na segunda metade, nova vantagem para a formação de Nuno Resende, que bem pôde agradecer à inspiração de Di Benedetto, jogador que completou o hat-trick ao aproveitar o erro da defesa sportinguista.

Xano Edo, guardião da Oliveirense foi segurando o resultado, até que Rafa Bessa disparou de longe e não deu hipóteses para fazer o 3-3 e levar o jogo a prolongamento. No tempo extra, Alessandro Verona abriu as hostes. O italiano teve a sorte do remate sofrer um desvio e tramar Xano Edo. Pouco depois, Facundo Bridge aumentou a vantagem para dois golos e deu conforto aos comandados de Edo Bosch. Bruno Di Benedetto falhou um livre direto e acabou com as esperanças da vitória, enquanto João Souto ainda fez um a cinco segundos do final.

A Oliveirense já venceu a prova por quatro vezes, sendo a última vez em 2018/19, enquanto o Sporting já não vencia desde a edição de 1989/90.

No período de um ano, esta é a terceira vez que as equipas disputam uma final. O Sporting levou a melhor na WSE Champions League e a Oliveirense triunfou na Taça Continental.

VOLEIBOL

SC Braga volta a derrotar Benfica na final e pisca olho ao título

Minhotas chegaram a liderar por 2-0 o Jogo 2 da final, mas acabaram por resolver tudo na negra em mais um dos mais emocionantes encontros do play-off feminino.

Depois de no Jogo 1 (2-3), já ter ido à Luz surpreender o Benfica na final do play-off da Liga Solverde, o SC Braga voltou a derrotar as águias por 3-2 (25-21, 25-19, 23-25, 19-25, 1511) no Jogo 2. Apesar de ter desperdiçado a vantagem de 2-0, as anfitriãs resolveram tudo na negra e estão a uma vitória do título, que a concretizar-se será inédito no principal escalão. Em muito semelhante ao que acontecera em Lisboa, as minhotas estiveram melhor no set inaugural, comandando desde o início e chegando a estar a liderar por 21-14 antes de uma boa recuperação das encarnadas até ao 21-20. Momento em que as donas da casa nunca mais permitiram qualquer ponto ao adversário.

No segundo, o Benfica entrou bem e chegou a ter três pontos de vantagem em algumas ocasiões, a última aos 1411. Mas, a partir do empate a 15-15, o SC Braga embalou e só parou nos 25-19. Parecia que tudo seria resolvido em três sets. Engano. No seguinte, apesar do constante equilíbrio, o Benfica esteve quase sempre na frente até fechar por 25-23.

Impulso que permitiu que, no 4.º set, o domínio do conjunto da capital fosse ainda superior, evidenciando maior frescura física, para acabar por ganhar 25-19.

Com tudo por resolver uma vez mais na negra, o SC Braga recuperou da quebra e, no espetacular e mais comprido ponto do jogo, com um poderoso bloco Thainalien Leyva garantiu o 13-9 que se revelaria decisivo para a vitória por 15-11. A Bola/MS

O Sporting venceu, na noite de quarta-feira (30), na Luz, o Benfica, por 3-1, adiando a possível festa dos encarnados, na luta pelo título português de voleibol masculino. O play-off prossegue no próximo sábado, em Alvalade.

OSporting venceu o Benfica no terceiro jogo do play-off do título masculino, adiando, assim, a decisão do campeonato, após o triunfo das águias nos primeiros dois encontros. Num jogo que durou duas horas e meia, o Benfica, que em caso de vitória alcan-

çava já o sexto título luso seguido, foi surpreendido em casa pelo Sporting, com os parciais de 24-26, 22-25, 25-23 e 22-25. A equipa leonina chegou aos 2-0 e, mesmo tendo permitido um set ao rival, fechou o encontro, no quarto parcial. No agregado, o Benfica vence por 2-1, sendo que o quarto jogo é sábado, em Alvalade. Se a águia vencer, será campeã, caso contrário haverá um quinto e último jogo, na Luz, a 7 de maio.

JN/MS

FÓRMULA 1

Capacete de momento histórico de Ayrton

Senna vendido por valor astronómico

Um comprador não hesitou em pagar 845 mil euros pelo capacete que o brasileiro utilizou o Grande Prémio da Bélgica, em 1992, em que salvou a vida a Érik Comas

Ocapacete utilizado por Ayrton Senna no Grande Prémio da Bélgica de 1992 foi vendido por um valor recorde para este tipo de objetos. Num leilão realizado em Inglaterra, pela RM Sotheby's, a proposta vencedora foi de 720 mil libras, cerca de 846 mil euros. O anterior recorde pertencia ao capacete que Charles Leclerc utilizou no Ferrari no GP do Móna co de 2023, que foi arrematado por 308 mil euros, valor agora largamente superado.

Este capacete foi utilizado por Ayrton Senna em Spa-Francorchamps, no treino livre de sexta-feira, em que ajudou a res gatar o francês Érik Comas depois de um brutal acidente, no qual o piloto da Ligier bateu muito forte na curva Blanchmont ficou com o monolugar atravessado na pista.

Senna apercebeu-se de que Comas estava inanimado e com o pé no acelerador, tendo de imediato desligado o motor do carro para evitar uma tragédia, antes de as equipas médicas prestarem socorro ao gaulês.

Considerado por muitos como o melhor de sempre na Fórmula 1, o brasileiro conquistou a primeira vitória na carreira no Grande Prémio do Estoril, em 1985, com uma exibição monstruosa perante chuva torrencial

SURF

Teresa Bonvalot e Tomás Fernandes vencem Porto Pro

Olímpica lusa ultrapassou Francisca Veselko na liderança do campeonato e o português bateu o experiente Frederico Morais.

Teresa Bonvalot e Tomás Fernandes conquistaram o Porto Pro, a segunda etapa da Liga portuguesa de surf, no passado domingo (27), com a atleta olímpica lusa a ultrapassar Francisca Veselko na liderança do campeonato.

Em Leça da Palmeira, na final, Teresa Bonvalot conseguiu 12,25 pontos, batendo Maria Salgado (9,95) para garantir a 28.ª vitória no circuito nacional, a 12 da recordista Patrícia Lopes.

«Sabe sempre muito bem competir no Porto e Matosinhos, quer ganhe ou perca. O objetivo nas provas em que entro é sempre dar o meu melhor e levar a vitória, mas nem sempre é possível. As con-

dições estavam difíceis, mas estou muito contente com este triunfo», disse Teresa Bonvalot, citada pela agência Lusa. Na final masculina, Tomás Fernandes terminou com 15,80 pontos, derrotando na final o experiente Frederico Morais (13,50), um triunfo que lhe permitiu igualar Luís Perloiro no topo da classificação da Liga.

«Estou muito feliz. Só queria mostrar o meu melhor surf na final. Estou feliz porque este lugar é especial para mim. O ‘Kikas’ é de longe o melhor surfista aqui e vem de uma lesão. É um surfista incrível, um amigo, e ter competido com ele e vencido esta final significa muito para mim», explicou.

A próxima etapa do circuito disputa-se em Ribeira d’Ilhas, na Ericeira, de 16 a 18 de maio.

JN/MS

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FUTEBOL

Heróis da Areia bateram o Paraguai (119), na primeira jornada da fase de grupos do Mundial de futebol de praia, a decorrer nas ilhas Seicheles.

ASeleção Nacional triunfou no primeiro jogo da fase de grupos do Mundial de futebol de praia, ao golear o Paraguai (11-9), numa partida cheia de golos para todos os gostos nas ilhas Seicheles. No outro encontro do Grupo B, o Irão bateu o coletivo da Mauritânia, por 5-4.

Os Heróis da Areia levaram à letra as palavras do selecionador Mário Narciso e en-

BASQUETEBOL

traram fortes, mas ainda facilitaram nos minutos finais do encontro, concedendo cinco golos ao adversário, que foi de um 11-4 para o resultado final. Por Portugal marcaram Rui Coimbra, Brilhante, Pintado (3), André Lourenço (2), Léo Martins e Bê Martins (3). O segundo embate das Quinas será diante dos mauritanos (sábado), seguindo-se o duelo com os iranianos (5 de maio), com os primeiros dois classificados a ficarem apurados para os quartos-de-final da competição, com o agrupamento luso a cruzar com o Grupo A. A final vai ser disputada a 11 de maio.

JN/MS

Oliveirense arrasa Sporting e avança na Taça Hugo dos Santos

O conjunto de Oliveira de Azeméis venceu todos os períodos e ultrapassou os leões para defrontar a Ovarense nas meias-finais da Taça Hugo dos Santos. Na outra meia-final, as águias estão à espera do vencedor entre F. C. Porto e Galitos do Barreiro, às 18 horas.

Anova fase final da Taça Hugo dos Santos, a decorrer em Gondomar, começou com o duelo entre Oliveirense e Sporting, duas equipas que se defrontaram no passado fim de semana,

com vitória dos leões (75-86). Desta feita, a formação de Oliveira de Azeméis vingou-se e conseguiu uma vitória confortável (92-64), de forma a avançar para as "meias", onde vão defrontar a Ovarense. Mais logo, às 18 horas, o F. C. Porto defronta o Galitos do Barreiro, com os dragões à procura de conquistar mais um título nesta temporada, para juntar à Supertaça e à Taça de Portugal. O vencedor desse jogo do play-off vai enfrentar o Benfica nas meias-finais.

JN/MS

FUTEBOL FEMININO F. C. Porto sobe à 2.ª Divisão

Goleada ao Varzim garante a subida à equipa portista, que ganhou todos os jogos disputados até agora na época de estreia no terceiro escalão.

Aequipa feminina do F. C. Porto garantiu a subida à 2.ª Divisão nacional, ao golear o Varzim, por 8-0, na antepenúltima jornada da fase final da Série Norte do terceiro escalão.

As portistas somam por vitórias os 22 jogos realizados até agora na 3.ª Divisão, com 204 golos marcados e sete sofridos. Na partida com o Varzim, realizada no Olival, as "dragonas" asseguraram o primeiro lugar, com tentos de Adriana Semedo (três), Verónica Khudyakova (três), Cláudia Lima e Joana Ferreira.

Depois de realizar os últimos dois jogos na Série Norte, a equipa azul e branca vai disputar o título de campeã nacional da 3.ª Divisão num play-off a duas mãos com as vencedoras da Série Sul, que neste momento é liderada pelo Real SC. Os jogos estão agendados para 25 de maio e 7 de junho.

JN/MS

BOBYBOARD

Portuguesa

conquista título europeu de juniores

Filipa Freitas sagrou-se, no passado fim de semana, campeã europeia júnior de bodyboard.

Aatribuição do título fez-se em prova única, no caso a edição 2025 do Cascais Boogie Chicks, que Filipa Freitas venceu na Praia de Carcavelos, com 14,30 pontos, à frente das compatriotas Luana Dourado (13,20), Maria Padrela (10,90) e Francisca Ribeiro (9,70).

«Foi das melhores conquistas que tive na minha carreira competitiva. Estou muito contente, estou em casa e a formação de onda estava boa. Estamos a festejar os 20 anos do Boogie Chicks e este título ainda se torna mais especial por isso», afirmou a nova campeã europeia júnior.

O evento serviu também como 1.ª etapa do campeonato da europa de absolutos, que terminou com vitória da espanhola Teresa Miranda (13,05 pontos), à frente de Joana Schenker (12,75 pontos), Luana Dourado (12,45) e Teresa Padrela (6,50).

«Fomos abençoados pelo bom tempo e pelas ondas, porque nos últimos tempos ou têm estado grandes tempestades, ou não havia ondas e de repente nos três dias em que tivemos o evento houve sempre boas ondas em Carcavelos. O desfecho de cada campeonato foi excelente, houve grande nível. No europeu tivemos três portuguesas na final e uma espanhola. Na final de juniores, o prémio ficou em casa, na praia de Carcavelos. É mais título para o clube e para o concelho», resumiu Catarina Sousa, responsável pela organização da prova. A Bola/MS

How did Shedeur Sanders drop so low in the NFL draft

When the NFL Draft kicked off last week, one of the biggest questions was where Colorado quarterback Shedeur Sanders would land. Some speculated he could go as high as No. 3 to the New York Giants or be picked by the quarterback-needy Steelers at No. 21. Even if he slid out of the first round, most draft analysts considered him the second-best quarterback in the class.

Instead, Sanders wasn’t even the first quarterback selected by his own team.

The Cleveland Browns drafted Oregon’s Dillon Gabriel before selecting Sanders with the 144th overall pick on Saturday, making him the sixth quarterback taken. So, how did Sanders fall so far?

It begins with how teams truly evaluated him. NBC Sports’ Chris Simms, a former NFL quarterback, pointed out that early buzz around prospects often comes from “unqualified people,” which can distort public expectations. Simms had been warning for weeks not to be surprised if Sanders dropped.

Sanders, son of Hall of Famer Deion Sanders, may have been shielded from some typical criticism due to his family name. But scouts had concerns: he held the ball too long, took too many sacks, and lacked elite arm strength. Simms argued that unlike other top quarterback prospects, Sanders didn’t showcase a standout physical trait. He also said Colorado’s struggling offensive line and lack of a run game forced Sanders into habits that wouldn’t easily translate to the NFL.

Still, Sanders was ranked as a top-30 player by NBC’s Connor Rogers. Why did he slide to the fifth round?

One factor: quarterback demand. Only a few teams were clearly in the market for a starting QB — the Titans (who took Cam

Ward first overall), Giants (who drafted Ole Miss’s Jaxson Dart), Browns, Saints (who took Tyler Shough), and possibly the Steelers. And even those teams had other priorities or veteran options in place.

Beyond on-field evaluation, teams had to weigh the attention Sanders would bring. Simms noted that adding Sanders meant inviting a media circus, even if he wasn’t expected to start. “Nobody wants that type of distraction for a guy who won’t be playing right away,” he said.

Another concern: Sanders’ handling of the pre-draft process. He skipped the

NFL Combine, declined invites to All-Star games, and refused to meet with certain teams. One longtime NFL scouting executive said Sanders “overshot his value” and compared his approach to a job applicant refusing interviews while claiming an average résumé should speak for itself. This attitude raised red flags — especially for a quarterback. Simms emphasized how teams want their QB to be a leader and obsessive about the game. “Our jobs are going to be hanging in the balance by what he does,” he said. Teams want to see commitment in interviews, not just talent on film.

At the core, Sanders wasn’t a surefire prospect, didn’t impress teams off the field, and brought an added level of scrutiny many teams weren’t willing to invite. Cleveland, now with five quarterbacks on its roster, will have to manage both the expectations and attention that come with Sanders.

“They had a great draft,” Simms said of the Browns. “But all anyone’s talking about is one guy.”

Reno Silva/MS

Same familiar offensive struggles for the Jays

The Blue Jays are struggling to generate power, scoring just nine runs over a six-game road trip. Despite a new hitting coach and improved contact rates, the lineup continues to underwhelm. While fewer strikeouts are a positive development, fans would likely trade some of that for the kind of home run production seen in 2021 and 2022.

Currently, Andrés Giménez and Anthony Santander lead the team with just three home runs each, yet neither has an OPS above .600. Together, they've hit a combined .164 (28-for-171) with only 11 RBIs in April, despite occupying key spots in the batting order.

There’s hope things will turn around— Daulton Varsho's return could help, and the team's top hitters should eventually rebound—but this lineup doesn’t project as one built to score in bunches. Vladimir Guerrero Jr., after inking a new deal, has yet to rediscover his power swing with only two home runs in 103 at-bats. The lack of scoring depth increases pressure on pitching and defense, tightening the margin for error, a trend that continued in series against Houston and New York.

Bo Bichette’s performance is emblematic of the team’s issues. Once one of the league’s most consistent offensive shortstops, he’s been closer to league average in 2025 (99 wRC+), with no home runs in 101 at-bats. Though he has eight doubles and 13 RBIs, Bichette hasn’t homered since May 27 of last season—a stretch of 218 atbats. While his fly-ball rate is mostly unchanged, his power has all but vanished. With free agency looming, this slump may impact his value on the open market.

Third base is another major weak spot. Ernie Clement, the primary option, has struggled with a .527 OPS, no home runs,

and just five RBIs in 26 games. While Clement is a capable utility player, relying on him as an everyday third baseman was a questionable decision by the front office. The lack of production at the position has left Toronto without a clear solution.

Statistically, Toronto ranks near the bottom in nearly every offensive category at third base: 24th in batting average, 26th in fWAR, 27th in RBIs, and dead last in slugging, OPS, and home runs. Internal options aren’t promising either. Though Addison Barger has third base experience,

he’s been used exclusively in right field. In Triple-A, Orelvis Martinez is hitting just .154/.247/.292 with two home runs and 29 strikeouts in 65 at-bats. Riley Tirotta is performing better with a .939 OPS and three homers, but his 32% strikeout rate and lack of a 40-man roster spot complicate matters. Despite the offensive woes, the pitching staff has remained a bright spot. Lefty reliever Brendon Little, in particular, has made a leap. After posting a 3.74 ERA and modest strikeout rate in 2024, Little has been dominant in 2025, striking out hit-

ters at a 14.25 K/9 rate. His improved performance stems largely from a devastating knuckle curve, which is generating a nearly 70% whiff rate. His sinker has also become more effective, giving manager John Schneider more flexibility in high-leverage situations.

If Little’s breakout is sustainable, he could become a key bullpen weapon. But for the Blue Jays to contend, the lineup must start pulling its weight—especially in the power department.

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Brendon Little. Créditos: DR

New Hyatt hotel, retail and office complex coming to Niagara-on-the-Lake

Ground has been broken on an eightacre mixed-use commercial development to be called Clayfield Commons at the gateway entrance to Old Town Niagara-on-the-Lake.

The project will include The Clayfield Hotel, part of the Unbound Collection by Hyatt, as well as a Foodland grocery store, 55,000 square feet of retail space and 28,000 square feet of office space.

The build, located at 111 Garrison Village Dr., currently features a CIBC, Shoppers Drug Mart and The Village Medical Centre. The coming additions are spearheaded by John Hawley, founder and developer of The Village neighbourhood, and Adam Hawley, vice-president of The Village Development Inc. The name of the project and renderings were recently unveiled,

along with the addition of David Feldberg, owner of Stratus Vineyards and president and CEO of Teknion for the final phase.

“With a focus on creating an enduring place loved by residents and visitors alike, Clayfield Commons will feature beautiful buildings framing a central square that will serve as a stage for casual gatherings and seasonal events. Ample parking has been thoughtfully located to prioritize walkability and the pedestrian experience while simultaneously offering convenient access to the site,” stated a Village Development news release.

According to Adam Hawley, building permits have been received from the municipality. He credits the master plan to Andres Duany and his team at DPZ CoDesign. Sid Lee Architecture is the architect for The Clayfield Hotel. Dewson Architects and Quartek Group are both involved

with other retail/office buildings in Clayfield Commons and the landscape design is by SiteC Landscape Architecture.

The Clayfield Hotel will anchor the north end of the central square and offers guests and locals an engaging contemporary interpretation of Niagara’s history, creativity and ambience. The hotel will have gathering spaces that includes a rooftop terrace.

The retail and office spaces of Clayfield Commons will place an emphasis on showcasing Niagara entrepreneurs and businesses.“Clayfield Commons is an outward expression of our love for Niagara-on-theLake and our contribution to its amazing future. We are thankful for the many people that have had a hand in designing and building this internationally acclaimed community,” said John Hawley.

John and I are determined that Clayfield Commons and The Clayfield Hotel, like

Stratus, reflect an unparalleled commitment to quality and design,” added Feldberg.According to the Village Development news release, “Clayfield Commons represents a significant investment in the community that will boost local employment and provide essential amenities within a walkable neighbourhood setting. The development aligns with Niagara-onthe-Lake’s vision for sustainable growth and community-focused urban planning.”

The cost, who and how the project is being funded is being kept private at this time.A centre for the arts is also being planned and details on this as well as a project timeline will be released in the coming months.A grand opening is being planned for May 2026.

Ontario’s SDF seeing results with highest apprenticeship numbers since 2016

It’s been four years since Ontario’s Skills Development Fund (SDF) was launched in 2021 as a $1.5 billion endeavour to close the skills gap and the results are only going up.

According to the province’s Apprenticeship Impact Tracker, the system has more than 105,124 active apprentices in 2024-25, which is the highest number since 2016 when it was at 73,239. The fund works through training and capital streams and helps to bolster

training opportunities, modernize facilities and speed up apprenticeship in several sectors like construction, manufacturing, automotive and technology.

Over the years the SDF has supported building new training centres and modernizing outdated facilities as well as creating sector-specific training for in-demand trades.

“We’re breaking down barriers to get more youth into rewarding lifelong careers in the skilled trades and our plan is working,” said David Piccini, minister of

labour, immigration, training and skills development, in a statement to the Daily Commercial News.

“We’re doubling down on our efforts through the Skills Development Fund to help people get better training, for better jobs, with bigger paycheques. Together, we will continue to protect these important pathways for Ontario workers.”

Regionally, there are several examples of areas that are seeing direct benefits from the SDF, with Windsor receiving $10 million to train more than 2,300 workers

in the auto, electrical and construction sectors, along with a new training space; more than $60 million has gone to Kitchener-Waterloo-area training centres for expansion initiatives; northern Ontario has received $17 million to train more than 36,000 workers, including those in Indigenous and remote communities; and in Ottawa SMART Local 47 received $4 million to create the first bilingual sheet metal worker training centre in Ontario.

Creditos: DR

SAÚDE & BEM-ESTAR

Endometriose A dor incapacitante que pode destruir sonhos

A endometriose é uma doença crónica e incapacitante, que afeta muitos milhares de mulheres (estima-se que uma em cada 10 em idade reprodutiva). Esta doença é uma condição devastadora marcada por dois aspetos cruéis: a dor crónica, que pode ser incapacitante, ao ponto de impedir a mulher de trabalhar, e o risco de infertilidade, que ameaça o sonho da maternidade. O diagnóstico deve ser, por isso, atempado e exige um acompanhamento médico integrado, para tratar a dor física e emocional e, ao mesmo tempo, não destruir sonhos, como o de ter uma família.

Para enfrentar a doença a mulher precisa de procurar ajuda, desde logo junto do seu médico de família, depois é fundamental que os hospitais consigam proporcionar-lhe um acompanhamento digno e adequado, com uma equipa multidisciplinar que integre especialistas em nutrição, psicologia, fisioterapia do pavimento pélvico, entre outras valências, para controlar sintomas e devolver-lhe qualidade de vida. O diagnóstico precoce e um plano de tratamento personalizado é absolutamente crucial. Quando o diagnóstico é tardio, como acontece tantas vezes,

podendo ultrapassar os 10 anos, a mulher durante todo esse tempo enfrenta dores severas e um impacto emocional profundo.

A endometriose não tem cura, mas pode ser tratada, para melhorar a qualidade de vida da mulher, prevenir a progressão da doença e preservar a fertilidade. As opções incluem desde terapias hormonais até intervenções cirúrgicas complexas, como a laparoscopia para remoção de lesões endometriais. Nos casos em que se verifica dificuldade para engravidar, o recurso a técnicas de procriação medicamente assistida torna-se numa alternativa eficaz. Para isso, é fundamental diagnosticar a doença o mais cedo possível, uma vez que a idade da mulher é um fator determinante para uma gravidez, com ou sem ajuda médica.

Dor menstrual, dor na relação sexual, dor ao evacuar ou ao urinar são os principais sintomas da endometriose, mas podem existir outras dores associadas, como a abdominal ou torácica. Cada doente apresenta sintomas diferentes e níveis distintos de dor. Esta dor pode estar relacionada ou não com a menstruação, mas também podem existir sintomas gastrointestinais ou urinários se o tecido endometrial invadir o intestino ou a bexiga. Estas dores não devem ser normalizadas. Dores menstruais

lancinantes não são normais. Esta normalização da dor, associada ao facto de estas mesmas dores se poderem manifestar noutras zonas do corpo, explicam que haja um atraso enorme no correto diagnóstico. Apesar de a causa exata da endometriose ainda não ser totalmente conhecida, alguns fatores de risco já foram identificados. Entre eles estão a história familiar da doença, ciclos menstruais curtos, menstruações abundantes e início precoce da menstruação. Também se investiga a possível influência do sistema imunológico, alterações hormonais e fatores ambientais. Este desconhecimento sobre a origem da doença reflete a necessidade urgente de mais investimento em investigação científica, para que se encontrem formas mais eficazes de diagnóstico, tratamento e, eventualmente, cura. Ainda relativamente às possíveis causas, estão a menstruação retrógrada, alterações no sistema imunitário e predisposição genética. Esta incerteza científica contribui para a falta de avanços significativos no tratamento e para o estigma que ainda envolve a doença.

O impacto da endometriose não é apenas clínico, o impacto social é igualmente muito relevante e profundo: muitas mulheres enfrentam incompreensão no local de tra-

balho, instabilidade nas relações pessoais e isolamento emocional, vendo a sua vida social, familiar e profissional severamente afetada. A ausência ao trabalho, a redução da produtividade e o estigma em torno da dor menstrual contribuem para um isolamento que pode agravar ainda mais o sofrimento emocional.

É fundamental que a sociedade compreenda a gravidade da endometriose e que se promova a sua desestigmatização. Educação, sensibilização e políticas públicas inclusivas são ferramentas essenciais para garantir que estas mulheres não enfrentam sozinhas a doença. É crucial promover a literacia em saúde menstrual desde a adolescência, para que jovens mulheres possam reconhecer os sinais de alerta e procurar ajuda mais cedo. A sensibilização da sociedade e a formação contínua dos profissionais de saúde são passos essenciais para combater o atraso no diagnóstico. Investir em investigação científica, políticas públicas eficazes e na criação de centros de referência é urgente, para que a endometriose deixe de ser uma doença invisível. Nenhuma mulher deve sofrer em silêncio. MS

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

DIA DA MÃE

Com o Dia da Mãe a aproximar-se, Kelly Bailey celebra a maternidade com um sorriso radiante e o olhar voltado para o filho, Vicente, de 1 ano e meio, que nasceu da sua relação de oito anos com o ator Lourenço Ortigão, de quem ficou noiva em janeiro deste ano. “Este ano será o primeiro Dia da Mãe que vou aproveitar melhor com o Vicente. Mas, na verdade, não coloco grande pressão nestas datas. Queremos aproveitar tempo de qualidade em família, independentemente do dia.”

Ator e motard, José Fidalgo tem no dia a dia o seu principal papel: proporcionar a melhor educação ao filho mais velho, Lourenço, de 15 anos, da antiga relação com a empresária Fernanda Marinho, com quem esteve casado entre 2007 e 2013. O rapaz despertou a mesma paixão do pai por motorizadas. “Já é o terceiro ano que vai a um curso [de pilotagem] de Off Road Camp, em Santiago do Cacém. Ao mesmo tempo que eu adoro que ele esteja nos cursos de motas, tenho medo que vá. É uma dicotomia um bocado estranha.”, afirma o artista, que tem um sonho por concretizar: “Ainda gostava de fazer uma grande viagem de mota com o meu filho.”

25 DE ABRIL SEMPRE!

No dia em que se comemoraram os 51 anos do 25 de Abril, e apesar do luto nacional decretado pelo governo pela morte do Papa Francisco, milhares de portugueses encheram a Avenida da Liberdade em Lisboa, para o já tradicional desfile comemorativo. Durante todo o percurso, ouviram-se as já habituais palavras de ordem “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais” e “O povo unido jamais será vencido”.

VISITA GUIADA

FAMÍLIA DE ARTISTAS

Numa pausa de espetáculos, Nininho Vaz Maia e a mulher, Triana Marín, aproveitaram os Prémios Play para uma saída a dois. “Aproveitámos para namorar um bocadinho e divertirmo-nos um pouco”, revela o cantor, que estava nomeado na categoria de Melhor Artista Masculino. A espanhola demonstra o orgulho que sente no companheiro. “Estou orgulhosa e surpreendida. Em casa, ele é despistado [risos] e carinhoso”, afirma a produtora e compositora, cuja canção preferida de Nininho é Suena que Suena. O casal revela que os filhos, Cristiano, Ionara e Fabiano, têm aptidão para os palcos. “Estão os três prontos. Vamos ver, é o que Deus e o destino quiserem. Não é por ser um pai babado, mas eles têm muito jeito, já são artistas. Fomos descobrindo isso ao longo do tempo, porque já atuaram comigo para milhares de pessoas. Eles gostam, não têm medo do palco, mudam completamente”, assegura o artista, de 37 anos, cujo filho mais velho é ainda apaixonado por futebol e assinou pelo clube Estrela da Amadora: “Tenho quase um adulto em casa, vai fazer 18 anos.” Triana Marín confirma o talento dos menores: “Quando sobem ao palco o medo passa-lhes e tornam-se artistas. Eles são ótimos.”

CASAL ESTILOSO

Madonna voltou a Lisboa cinco anos depois de ter deixado de viver na capital portuguesa. A visita teve como principal motivo uma consulta com o seu dentista de confiança, Miguel Stanley. Nas redes sociais, a cantora partilhou que esta viagem lhe proporcionou a oportunidade de rever amigos e a sua “família musical”, além de matar saudades da praia da Comporta, que descreveu como “a praia mais bonita do mundo (a seguir a Copacabana)”. Durante a sua estada, Madonna foi vista a passear pelas ruas de Lisboa na companhia do namorado, o modelo Akeem Morris, de 28 anos, com quem namora desde o último verão e a quem fez questão de mostrar os seus locais favoritos, partilhando histórias e memórias dos tempos em que viveu no nosso país, entre 2017 e 2020, período durante o qual acompanhou o filho David Banda, que jogava futebol nas camadas jovens do Benfica. Uma visita que reforça os laços afetivos da artista, de 66 anos, com Portugal, país que continua a ocupar um lugar especial no seu coração.

É no mundo da música, e entre colegas da mesma área, que se sentem confortáveis e “em casa”. Ana Moura e Pedro Mafama captaram as atenções à sua chegada ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, onde, lado a lado, assistiram à última gala dos Prémios Play, na noite de 3 de abril. Elegante e num estilo próprio para estes eventos públicos, a cantora, de 45 anos, usou um vestido comprido e justo, que cobriu ainda a zona da cabeça, num styling da consultora de moda espanhola Laura Vandall. O intérprete e compositor, de 33 anos, optou por um fato escuro estilo oversize. Nas redes sociais, foram muitos os elogios por parte dos seguidores ao estilo do casal de músicos. “Bebé”, comentou carinhosamente Pedro Mafama na galeria de imagens que a companheira partilhou na sua página de Instagram. Ana Moura, cujo último álbum editado foi Casa Guilhermina, em 2022, esteve entre o painel de nomeados, para duas categorias (Melhor Artista Feminina e Canção do Ano, com o seu último single Desliza). A cantora acabou por não vencer em nenhuma das categorias.

SONHO
Credito: DR
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artesonora

Samuel Úria

O Trovador

Samuel Úria nasceu no interior de Portugal, entre as serras do Caramulo e da Estrela. Rodeado de montanhas, silêncio e tradição. Foi exatamente nesse cenário discreto e longe dos grandes centros urbanos que começou a desenhar-se uma das vozes mais singulares da música portuguesa contemporânea. Cantor, compositor, guitarrista e letrista, Samuel Úria é um artista completo. Mistura referências do fado, do blues, do rock, do gospel e da música tradicional portuguesa, sempre com uma atenção especial à palavra.

Com humor, ironia e muita sensibilidade, cria canções, cheias de imagens inesperadas e jogos de linguagem. Antes de iniciar uma carreira a solo, Samuel integrou várias bandas do circuito alternativo português. O seu percurso começou no final dos anos 90 e início dos anos 2000, ligado a projetos de estética punk e rock, como os Velhos. A rebeldia desses estilos deixou marcas na sua música, no seu som, na sua atitude e na forma intensa como encara a criação artística. O seu início a solo deu-se entre 2008 e 2010, com lançamentos como o EP Em Bruto e os álbuns Nem Lhe Tocava e A Descondecoração de Samuel Úria. Gravados e distribuídos de forma independente, esses primei-

ros discos revelaram um artista com uma identidade muito própria: letras afiadas, sonoridade crua e uma entrega visceral. Era o início de um caminho que rapidamente chamou a atenção de um público atento à qualidade. Com o tempo, Samuel Úria conquistou uma base de fãs fiel. Sem grande exposição mediática, sem ser figura constante em rádios ou televisões, as suas canções circulavam por entre quem o descobria em concertos, na internet ou por recomendação. Era, como se costuma dizer, um artista de culto. Em 2013, chegou o disco que o colocou definitivamente no radar da música nacional: O Grande Medo do Pequeno Mundo. Este trabalho representou um salto, tanto na produção como na ambição artística. Samuel trouxe consigo nomes consagrados da música portuguesa, como Manel Cruz, Márcia, Miguel Araújo e António Zambujo. Apesar das diferenças entre esses artistas, todos encontraram um espaço comum na música de Úria. Ele tem esse dom: fazer pontes entre mundos. Canções como “Teimoso”, “Não Arrastes o Meu Caixão” ou “Barbarella e Barba Rala” tornaram-se hinos dos seus espetáculos. Há nelas uma mistura entre o absurdo e o sublime, entre o amor e a crítica social.

A sua forma de escrever combina referências eruditas com linguagem popular, resultando em letras que fazem rir, pen-

sar e, por vezes, chorar. Ao vivo, Samuel Úria transforma cada concerto numa experiência singular. Com ou sem banda, os seus espetáculos são intensos, emotivos, mas também leves e cheios de humor. Ele sabe conduzir o público, fazendo com que cada música seja mais do que uma canção: seja uma partilha. A sua presença em palco é marcada por uma combinação rara de humildade e segurança. Não precisa de artifícios nem de grandes produções. O que conta é a verdade com que canta e a sinceridade com que fala. O público sente isso — e responde com atenção e entusiasmo. Em 2016, Samuel Úria lançou Carga de Ombro, talvez o seu disco mais conhecido. O título da canção que dá nome ao álbum resume bem a sua filosofia artística e humana: “Põe o teu ombro junto ao meu, carga de ombro é legal”. É uma imagem de união, de partilha de forças e também de resistência. Este disco trouxe canções como “Dou-me Corda”, “Repressão” e a já referida “Carga de Ombro”, onde participa a vocalista Manuela Azevedo, dos Clã. O dueto entre os dois é memorável, criando uma das canções mais bonitas da música portuguesa recente.

A crítica rendeu-se ao álbum, e Samuel ganhou um espaço mais firme na rádio, na televisão e nas listas dos melhores do ano. O vídeo animado de “É Preciso Que

Eu Diminua”, realizado por Pedro Serrazina, também foi alvo de elogios, mostrando como a música de Samuel Úria inspira outros criadores a desenvolver novas formas de arte. Chamar a Samuel Úria apenas de “cantautor” seria uma simplificação. Ele é um pensador, um poeta moderno, um provocador bem-humorado. Apesar de todo o reconhecimento, Samuel continua fiel a si próprio, não se deixou moldar por modas ou pressões do mercado; continua a compor e a atuar com a mesma paixão com que começou.

A sua música é um espaço de liberdade criativa, onde tudo cabe: Deus e o Diabo, o riso e o choro, o rock e o fado. Hoje, Samuel Úria apresenta o espetáculo 2000 A.D., baseado no disco homónimo. Este projeto fala da viragem do milénio e o que ela representou para uma geração que cresceu com promessas de progresso, mas que encontrou um mundo mais complexo do que esperava. Neste novo trabalho, continua a explorar temas profundos com ironia e lirismo. As canções, como sempre, provocam e encantam. O espetáculo ao vivo, cheio de simbolismo e energia, mostra que Samuel Úria continua em plena forma — criativamente inquieto e artisticamente comprometido.

Credito: DR.

Palavras cruzadas

1. Mostrar ou manifestar gratidão, render graças; reconhecer

2. Que é constante ou muito frequente; usual, costumeiro, rotineiro

3. Livre de tensões mentais ou musculares; descansado, descontraído

4. Que ou quem não tem finura de maneiras; cafona

5. Utensílio de mesa, de três ou quatro dentes em uma das extremidades

6. Animal que ainda não foi domesticado

7. Algo que oferece proteção ou refúgio contra exposição, dano físico, ataque, perigo etc

8. Aquele que não crê em Deus ou nos deuses

das 10 diferenças

9. Especialidade odontológica que corrige anormalidades no alinhamento dos dentes

10. Aquilo que possui baixa temperatura

11. Periférico que imprime em papel os textos e imagens gerados por computador

12. Matéria mineral sólida, dura, da natureza das rochas

13. O que é objeto da nossa mais alta aspiração; a solução perfeita

14. Aquele que tem pouca ou nenhuma gordura

15. Que existe há muito tempo

Z Y A L C A T R A L Y K F A Z

H A M B U R G U E R P S R A E

F O C I N H O C Y Q C J A H X

B S O X A B G A L Q P G L N C

B O T Q V K C R M T Z F D I O

T B R W J W O V A C U B I L X

E M A O I H A Ã M A J V N E A

S O G A E M X O I T O M H T U

P L A F B S Z I N E E N A S G

E C L O P A B N H L L O C O N

T U U R C E R J A U H

I P V A O W R R C H O A T G L

N I M F Q Z O N I C Z B S U P

H M J S P Y K

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

Souflé

Ingredientes

• 80 grs de manteiga

• 60 grs de farinha

• 250 ml de leite

• 500 grs de bacalhau cozido e desfiado

• Queijo ralado q.b.

• 4 ovos

• Sal e pimenta

Modo de preparação

Derreter a manteiga num tacho, polvilhar com a farinha quando começar aparecer uma espuma esbranquiçada, regar com o leite. Com uma colher de pau mexer bem, assim que o creme começar a espessar, bater

com umas varas. Retirar do calor e juntar o bacalhau desfiado, um pouco do queijo e as gemas. Temperar com sal, pimenta Bater as claras em castelo bem firmes e juntar ao preparado anterior. Adicionar cuidadosamente. Adicionar num recipiente alto untado com manteiga para ir ao forno polvilhar com o restante queijo e levar a cozer em forno previamente aquecido, durante cerca de 15 minutos. Ao fim do quinze minutos aumentar a temperatura do forno e deixar cozer por mais 10 minutos. Servir imediatamente. Pode acompanhar com uma salada. Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
Jogo
Caça palavras

OLHAR COM OLHOS DE VER

Corredor de cor. Créditos: Paulo Perdiz
Extra layer of protection. Créditos:Reno Silva
Beaches art Créditos: Tim Wilson

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Quando o Sol transita pela Casa II é um bom período para cuidar de assuntos ou recursos financeiros. Poderá eventualmente ter de ser esforçar para os assegurar e usar de alguma cautela para não investir imprudentemente. Nesta fase poderá sentir que é através dos seus recursos que melhor se vai exprimir e definir.

TOURO 21/04 A 20/05

Essa determinação, com laivos de teimosia, pode afetar a sua vida familiar se não admitir que nem sempre a razão está totalmente do seu lado. Não esqueça que toda e qualquer situação pode ser encarada de vários ângulos. Evitará, assim, conflitos numa ocasião em que os astros facilitam eventuais desentendimentos com a família mais chegada.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Deverá aproveitar esta altura para se integrar em grupos, conviver com os amigos, participar em atividades coletivas. Uma opinião aberta de amigos jovens poderá ser um bom ponto de partida para iniciativas promissoras. Os contactos terão uma importância muito especial, já que não é o momento para se isolar.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Quando o Sol passa na Casa XI favorece todas as relações com o exterior. Este é um bom momento para fazer novas amizades ou fortalecer as que já tem. Nesta fase o que realmente tem importância para si são os amigos, as atividades de grupo. Poderá mesmo pedir a um amigo para trabalhar consigo num projeto.

LEÃO 22/07 A 22/08

Poderá sentir, neste período em que Vénus transita pela sua Casa IX, um momento de renascimento e renovação. O contacto com outras pessoas, diferentes em termos de educação ou personalidade, ou com outras culturas poderão trazer-lhe experiências ricas e inovadoras, bem como uma maior amplitude de conhecimentos.

VIRGEM 23/08 A 22/09

É possível que ao longo desta semana esteja mais desanimado, insatisfeito e frágil sem saber porquê. Para não se sentir pior deve evitar o convívio com pessoas depressivas nesta altura. Possivelmente irá sentir necessidade de se refugiar no seu mundo interior mais secreto ou na intimidade do seu lar. Faça meditação ou leia livros com temas espirituais.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Com Vénus a transitar pela sua Casa VII vai ver que se vai sentir muito melhor. Todas as atenções estarão voltadas para si. Os seus amigos vão-lhe dar muito apoio. O seu ente querido vai estar sempre consigo mostrando quanto gosta de si. Aproveite para cuidar mais de si, para melhorar a sua aparência

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Nesta semana as áreas da saúde e do trabalho estarão realçadas. Os pequenos detalhes a que dará importância na sua profissão farão de si uma pessoa perfeccionista que não quer ser apanhada em falso. No que respeita à sua saúde, o seu cuidado com a dieta só lhe trará benefícios. Sentirá também uma maior capacidade para a escrita.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Esta é uma época em que vai ter facilidade de comunicar aos outros o que pensa de uma forma criativa. Tem mais vontade de ocupar o seu tempo com jogos e distrações do que com trabalhos rotineiros. Poderá nesta altura ganhar dinheiro através do jogo ou fazer uma operação comercial com resultados positivos.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Poderá passar neste período por momentos de grande inquietação e ansiedade. As emoções são vividas com grande intensidade e é possível que a sua afirmação pessoal esteja ligada à expressão da sua sexualidade. No entanto, também poderá contar com um sentido crítico e uma capacidade de estratégia muito desenvolvidos.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Quando Vénus passa pela Casa III, que é a Casa da comunicação, vai-lhe criar momentos de maior harmonia, de tranquilidade, mas fazendo com que se sinta mais à vontade no contacto com os outros. O seu poder de sedução vai passar precisamente pelo dom da palavra, conseguindo assim um ambiente leve e descontraído à sua volta.

PEIXES 20/02 A 20/03

Durante este período sente-se a transbordar de atividade, de desejo de movimento e de comunicar com os outros, de lhes falar do que sente, dos seus projetos e ambições. Será bom que o faça pois nesta altura a inatividade e o isolamento só contribuirão para a sua insatisfação e profundo sentimento de frustração.

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Agenda comunitária

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