O voto é uma tarefa essencial das sociedades democráticas, mas a sua importância não é muitas vezes considerada por aqueles que vivem em nações livres. Muitos dos que têm a oportunidade única de utilizar esta poderosa ferramenta, ignoram o processo por razões pessoais ou ideológicas ou como forma de protesto contra o processo político para o qual o voto existe.
Os votantes dirão que os que se abstêm não devem ter uma palavra a dizer na governação dos vários níveis de governo, no entanto, parece que os não votantes são normalmente os que mais opinam sobre a injustiça da vida. Aqueles de nós que experimentaram a frustração de não terem voz através de um processo de votação, como durante o regime salazarista em Portugal, celebram e abraçam a oportunidade de poderem fazer a diferença na governação do país em que vivem.
O facto de as democracias serem constituídas por ações políticas imaginadas por indivíduos que procuram proteger ideologias políticas egoístas não deve restringir a sua capacidade de voto, uma vez que uma variedade de opções políticas é colocada no seu prato para saborear, analisar e chegar a uma conclusão. Na minha opinião, o pior voto é o voto preguiçoso, que normalmente tem origem naqueles que são demasiado preguiçosos para abrir a mente e estudar as políticas e promessas apresentadas pelas várias organizações políticas. Muitos votarão em indivíduos que podem estar a concorrer por um partido com o qual não concordamos, o que muitas vezes resulta em preconceitos desagradáveis que são contrários às suas expectativas de realidades políticas esperadas.
Nos últimos tempos, há menos cidadãos a votar devido ao antagonismo político em relação aos políticos em geral. Os níveis de insatisfação são elevados, o que resulta em resultados eleitorais que não refletem a maioria da população. O descontentamento com o processo não deve, no entanto, ser motivo para não votar. Os resultados das eleições dependem de si e do trabalho de casa que fizer para estudar as políticas que afetarão a sua qualidade de vida.
O voto é uma responsabilidade cívica de todos os cidadãos numa democracia e a escolha de líderes que representem os seus valores e interesses irá aliviar a sua responsabilidade. O que importa é que cada voto conta e aqueles que querem o seu voto devem merecê-lo e não comprá-lo, como aconteceu nas últimas eleições nos Estados Unidos. Os votos que são adquiridos com a expetativa de favoritismo ou de retornos futuros são vazios e diluem o voto daqueles que tomam a sua decisão com integridade. O direito de voto foi duramente conquistado, especialmente para as mulheres e os grupos marginalizados, pelo que a participação nas eleições honra aqueles que lutaram e se sacrificaram para adquirir o seu direito.
A comunidade portuguesa vai ter a oportunidade de fazer a diferença nas eleições dos dois lados do Atlântico, uma vez que estão a decorrer eleições em Portugal e no Canadá. Em Portugal, o processo político voltou a descarrilar e a incerteza tem de dar lugar a um resultado político que conduza o país a um caminho de proteção dos seus cidadãos.
Pela primeira vez na história, um emigrante no Canadá vai candidatar-se para representar os portugueses fora do con-
tinente. O Sr. Vitor Silva compreende a situação daqueles que trabalham noutras sociedades e está totalmente equipado para falar pelas vossas esperanças e necessidades no que diz respeito à pátria. Vamos colocar um de nós no Parlamento português. No Canadá, tiveram início as eleições cruciais para a escolha de um novo governo. O Canadá e o mundo encontram-se numa conjuntura crítica devido a incertezas geopolíticas e é importante que as nossas escolhas reflitam a liderança necessária para nos proteger e fazer avançar o nosso país. Este editorial é um apelo para que vá votar, porque votar significa proteger a democracia e os seus direitos pessoais enquanto cidadãos empenhados que contribuem para a resiliência dos sistemas democráticos.
Temos de contrariar a governação autocrática dos Trumps e dos Putin's deste mundo e temos uma ferramenta poderosa para o fazer, que é o nosso voto, por isso não desperdicem a vossa oportunidade. Votem e não se esqueçam que é um “X” que marca o voto.
Ano XXXII- Edição nº 1741 18 a 24 de abril de 2025
Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!
Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5
Telefone: 416-900-6692
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Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com
Edição Gráfica: Fabianne Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com
Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com
Redação: Adriana Paparella, Fabiane Azevedo Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Francisco Pegado, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.
Traduções: David Ganhão e Madalena Balça
Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias
A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.
Credito: David Ganhão
CADA VOTO CONTA, CADA CIDADÃO CONTA!
O ato de votar é um dos pilares fundamentais da democracia. É através do voto que os cidadãos expressam a sua vontade, escolhem os seus representantes e participam ativamente na construção do futuro coletivo. Mais do que um direito, o voto é um dever cívico que permite manter viva a essência da liberdade e da justiça numa sociedade democrática.
Por definição, numa democracia, o poder reside no povo. É o cidadão comum que, de forma livre e consciente, tem o poder de decidir quem governa e que políticas devem ser seguidas. E esta possibilidade de escolha é o que distingue uma sociedade democrática de um regime autocrático, onde o poder se concentra nas mãos de
um único indivíduo ou de um grupo restrito e não existe verdadeira participação popular, sendo os direitos fundamentais frequentemente ignorados ou suprimidos. O voto, quando existe, é controlado, manipulado ou meramente simbólico. Os cidadãos vivem sob censura, medo e repressão, sem qualquer possibilidade de influenciar o rumo do país.
A história mostra-nos que a democracia é frágil e que, quando o voto é desvalorizado ou negligenciado, abre-se espaço para o avanço de ideias autoritárias. A abstenção massiva, a desinformação e a indiferença política podem ser utilizadas como instrumentos para enfraquecer as instituições
Quem pode votar
Para votar, deve ser cidadão canadiano, ter pelo menos 18 anos no dia das eleições e provar a sua identidade e morada. Planeie com antecedência
Faça um plano e escolha a opção de voto que melhor se adapta a si.
Votar no dia das eleições
Vote na sua assembleia de voto atribuída no dia das eleições, segunda-feira, 28 de abril. As assembleias estarão abertas durante 12 horas (o horário varia consoante o fuso horário).
Para saber onde votar, consulte o seu cartão de eleitor ou utilize o Serviço de Informação ao Eleitor em www.elections.ca.
democráticas. Por isso, é essencial que cada cidadão reconheça o poder que tem nas suas mãos ao depositar o seu voto.
Votar é afirmar a liberdade, é dar voz à diversidade de opiniões, é defender o pluralismo e os direitos humanos. É também uma forma de resistir a qualquer tentativa de silenciamento ou opressão. Em suma, votar é preservar a democracia.
Num mundo em constante mudança, onde os desafios à liberdade se manifestam de múltiplas formas, a participação ativa dos cidadãos é mais necessária do que nunca. O voto é a arma pacífica mais poderosa que uma sociedade livre possui.
Em Portugal haverá eleições legislativas antecipadas no próximo dia 18 de maio. Como cidadão português tem direito a participar ativamente na escolha do melhor futuro para o seu país.
No próximo dia 28 de abril, o Canadá vai eleger os seus representantes, que nos próximos 4 anos ocuparão as cadeiras de decisão federal. Se tem mais de 18 anos de idade e for cidadão canadiano, escolha aquele que considere ser o melhor e vote. Caso tenha dúvidas, deixamos aqui toda a informação sobre como, onde e quando poderá exercer o seu direito de voto.
Nunca se esqueça que cada voto conta, cada cidadão conta.
Votar nos dias de votação antecipada
Vote na sua assembleia de voto atribuída, das 9h às 21h, nos seguintes dias:
→ Sexta-feira, 18 de abril
→ Sábado, 19 de abril
→ Domingo, 20 de abril
→ Segunda-feira, 21 de abril
Para saber onde votar antecipadamente, consulte o seu cartão de eleitor ou utilize o nosso Serviço de Informação ao Eleitor em elections.ca.
Votar antecipadamente em qualquer escritório da Elections Canada
Existem cerca de 500 escritórios da Elections Canada abertos em todo o país. Pode votar em qualquer um deles até às 18h de 22 de abril
Irá votar através do processo de boletim especial. Os escritórios estão abertos todos os dias da semana:
→ Segunda a sexta-feira: das 9h às 21h
→ Sábado: das 9h às 18h
→ Domingo: das 12h às 16h
Encontre o escritório da Elections Canada mais próximo de si em elections.ca.
Votar por correio
Para votar por correio, candidate-se online ou em qualquer escritório da Elections Canada no país. Não espere — existem prazos a cumprir. Deve candidatar-se até às 18h de terça-feira, 22 de abril
Irá votar através do processo de boletim especial. Depois de se candidatar para votar por correio, não poderá mudar de ideia e votar antecipadamente ou no dia das eleições.
MADALENA BALÇA / DAVID GANHÃO
Como convencer alguém que é importante votar?
É um facto conhecido de todos – a comunidade portuguesa residente na Grande Área de Toronto não é, de um modo geral, muito participativa nos atos eleitorais canadianos. A abstenção torna-se assim vencedora entre os luso-canadianos e derrota a capacidade da comunidade ser mais respeitada politicamente. Nesta entrevista com Carlos Sousa, na sua qualidade de Community Relations Officer da Elections Canada, um organismo independente e imparcial responsável pela promoção da participação democrática no Canadá, percebemos o papel crucial que tem desempenhado para que aumente a consciência da importância do voto junto dos luso-canadianos.
Asensibilização eleitoral, superando barreiras linguísticas e culturais, e garantindo que todos os eleitores, independentemente da sua origem, tenham acesso a informações claras e relevantes sobre os seus direitos democráticos são afinal os grandes objetivos do trabalho dos CRO. Ao longo da conversa, Carlos Sousa partilha as suas experiências e estratégias para aumentar a participação cívica, e ainda nos fala como aborda desafios como a desinformação e a apatia eleitoral. Promover a educação cívica em comunidades com historicamente baixos níveis de envolvimento eleitoral pode não ser uma tarefa fácil, mas com iniciativas inovadoras, e o envolvimento direto em espaços comunitários, o trabalho vai sendo feito, sempre na esperança de que, no final, tenhamos uma comunidade mais forte, porque participa ativamente no reforço da democracia canadiana.
Milénio Stadium: Como descreveria o impacto do seu trabalho como CRO na promoção do envolvimento cívico entre os eleitores de língua portuguesa na comunidade?
Carlos Sousa: Enquanto Community Relations Officer for Elections Canada (Agente de Relações Comunitárias da Elections Canada), o meu papel centra-se em garantir que os eleitores de língua portuguesa na comunidade tenham acesso a informações claras, corretas e culturalmente relevantes sobre os seus direitos democráticos. Atra-
vés do contacto direto, ajudo a colmatar lacunas de compreensão e acessibilidade, capacitando as pessoas a registarem-se e a participarem no processo eleitoral com confiança.Uma parte essencial do meu trabalho consiste em sensibilizar as pessoas sobre onde, quando e como se devem registar e votar. Isto é feito através de quiosques, sessões informativas e distribuição de materiais — presencialmente e online — para dar resposta a diferentes necessidades. Dou também especial ênfase à importância de estar registado na morada correta antes do dia da votação, assegurando que os eleitores estejam bem preparados e informados antes das eleições. Adicionalmente, mantenho um contacto ativo com comunidades etnoculturais e de línguas minoritárias, colaborando com organizações que as representam e apoiam. Através de ações de sensibilização adaptadas, ofereço apoio com tradução, interpretação e literacia, conforme necessário, ajudando a remover barreiras que possam impedir as pessoas de exercer o seu direito de voto. Estas interações permitem-me também transmitir ao Oficial de Retorno (RO) o feedback da comunidade, assegurando que a Elections Canada se mantém atenta às preocupações e experiências específicas dos eleitores de língua portuguesa.
Sendo um organismo independente e imparcial, a Elections Canada desempenha um papel fundamental na proteção da participação democrática em todo o país. O meu trabalho como CRO contribui para esta missão ao promover a confiança, aumentar a consciencialização cívica e garantir que todos os eleitores, independentemente da sua língua ou origem, se sintam valorizados e incluídos na construção do futuro do Canadá.
Ao continuar a envolver-me com a comunidade de língua portuguesa de forma significativa, procuro reforçar a importância da participação eleitoral e fortalecer uma cultura de responsabilidade cívica que beneficiará as gerações futuras.
A Elections Canada é um organismo independente e imparcial que responde diretamente ao Parlamento. É liderado pelo Diretor-Geral das Eleições e rege-se pela
Lei Eleitoral do Canadá. A agência é responsável por conduzir os processos eleitorais federais e por garantir que os eleitores dispõem da informação necessária para se registarem, votarem e se candidatarem.
MS: Quais foram os maiores desafios que encontrou ao tentar envolver uma comunidade com historicamente baixos níveis de participação eleitoral?
CS: Envolver uma comunidade com historicamente baixos níveis de participação eleitoral apresenta vários desafios, muitos dos quais exigem ações de sensibilização direcionadas e um esforço contínuo para serem superados.
Eis como os abordamos:
• Superar a desconfiança ou apatia: Alguns eleitores sentem-se desligados do processo político, acreditando que o seu voto não fará diferença. Para contrariar esta perceção, focamo-nos em fomentar a confiança e o envolvimento, fornecendo informações claras e imparciais, e demonstrando o impacto direto que o voto pode ter em questões que afetam a sua comunidade.
• Superar barreiras linguísticas e de literacia:
A acessibilidade linguística é fundamental, especialmente em comunidades etnoculturais. Garantimos que os materiais estão disponíveis em português e oferecemos apoio com tradução, interpretação e literacia para tornar a informação mais acessível.
• Esclarecer procedimentos eleitorais complexos:
A confusão sobre o registo, os métodos de votação e alterações recentes, como a redistribuição dos círculos eleitorais, pode desmotivar a participação. Através de sessões informativas interativas, quiosques e ações de contacto direto, simplificamos estes processos para capacitar as pessoas a participar com confiança.
Na sequência da redistribuição eleitoral federal canadiana de 2022, a circunscrição de Davenport passou a incluir a zona a sul da Eglinton Avenue e a leste da CPR, anteriormente pertencente a York South—Weston (Keelesdale-Eglinton West), a zona a sul
da Vaughan Road e a oeste da Winona Drive, anteriormente de Toronto—St. Paul's (em Oakwood Village), e a área a norte da Queen Street e a oeste da Ossington Avenue (em Beaconsfield Village), anteriormente de Spadina—Fort York. Estas mudanças podem representar um desafio adicional para os eleitores.
• Chegar a seniores e grupos de difícil acesso:
Muitos idosos ou recém-chegados podem enfrentar dificuldades logísticas, como problemas de mobilidade ou pouco conhecimento sobre o registo online.
Ao participar em eventos locais — como a reunião semanal de seniores no Davenport Perth Neighbourhood and Community Health Centre — fornecemos apoio direto, explicamos opções como as visitas domiciliárias e incentivamos redes de apoio dentro da própria comunidade.
• Combater desinformação e desinteresse:
Muitos eleitores em comunidades com baixa participação sentem-se desligados devido à desinformação ou à falta de contacto com educação cívica. Iniciativas como o "Bingo pela Democracia", introduzido pelo Diretor Dr. Langlois, ajudam a apresentar a participação cívica de forma envolvente e acessível, tornando a experiência mais interativa e relevante.
Ao adaptar continuamente as nossas estratégias com base no feedback e no envolvimento da comunidade, trabalho para tornar o ato de votar mais acessível, significativo e impactante para grupos historicamente sub-representados.
MS: Pode partilhar um exemplo de uma iniciativa ou estratégia que tenha levado a um aumento notável do interesse ou da participação nas eleições?
CS: Ao adaptarmos a nossa abordagem de sensibilização, damos prioridade ao contacto direto com as comunidades, em espaços onde se sintam confortáveis. Por exemplo, no Davenport Perth Neighbourhood and Community Health Centre, participámos na reunião semanal de seniores, onde fornecemos informações em português sobre os diversos serviços ofereci-
dos pela Elections Canada, como as visitas domiciliárias. Respondemos a perguntas, explicámos as mudanças resultantes da redistribuição dos círculos eleitorais e incentivámos conversas sobre a participação cívica. Um aspeto particularmente valioso foi conhecer o programa Bingo pela Democracia, apresentado pelo Diretor Dr. Langlois, que ofereceu uma forma interativa de destacar a importância do envolvimento no processo eleitoral.
Estas iniciativas permitem-nos comunicar de forma mais eficaz com diferentes grupos, garantindo que a informação essencial seja acessível e capacitando as pessoas a participar na construção da nossa democracia.
MS: Como adaptou a sua abordagem de sensibilização para comunicar eficazmente com grupos culturais ou linguísticos diversos dentro da sua jurisdição?
CS: No nosso papel como Agente de Relações Comunitárias, adaptar a abordagem de sensibilização é essencial para garantir que todos os grupos culturais e linguísticos tenham acesso a informações eleitorais claras, relevantes e inclusivas.
Reconhecendo as diversas necessidades existentes na circunscrição de Davenport, adaptei as minhas estratégias para promover um envolvimento significativo e capacitar as pessoas a participarem com confiança no processo democrático.
Uma das principais adaptações foi fornecer informação em português e noutras línguas faladas na comunidade. As barreiras linguísticas podem muitas vezes desencorajar a participação, por isso, oferecer serviços de tradução, interpretação e apoio à literacia garante que informações eleitorais essenciais — como os processos de registo, os métodos de votação e as alterações decorrentes da redistribuição dos círculos eleitorais — sejam facilmente compreendidas.
Damos também prioridade ao contacto direto, ligando-nos a organizações comunitárias, grupos de seniores, residências para idosos e associações culturais que apoiam comunidades etnoculturais e de língua portuguesa.
Quer através de quiosques interativos, sessões informativas ou da participação em encontros locais como a reunião semanal de seniores no Davenport Perth Neighbourhood, estas interações presenciais ajudam a construir confiança, a esclarecer os procedimentos eleitorais e a responder a dúvidas de forma acessível para os eleitores. Outra adaptação consistiu em integrar a educação cívica nas atividades comunitárias já existentes.
A comunidade portuguesa é rica em festivais, eventos culturais e encontros desportivos, mas poucas iniciativas têm abordado a literacia eleitoral. Reconhecendo esta lacuna, propusemos a introdução de eventos dedicados à cidadania - como workshops ou fóruns - que eduquem os eleitores sobre o processo eleitoral, ao mesmo tempo que integram a sensibilização cívica em contextos familiares.
Adicionalmente, ajustamos continuamente as nossas estratégias com base no feedback da comunidade. Ouvir preocupações - como as dificuldades de mobilidade dos seniores ou a apatia eleitoral entre os mais jovens - permite-nos adaptar a abordagem de forma mais eficaz.
Conhecer iniciativas como o Bingo pela Democracia, apresentado pelo Diretor Dr. Langlois, também nos inspirou a explorar novas formas de tornar a educação cívica mais envolvente e interativa para diferentes públicos.
Ao adaptar os nossos métodos de sensibilização para serem culturalmente relevantes, linguisticamente acessíveis e centrados na comunidade, pretendemos reforçar a participação cívica e garantir que cada eleitor se sinta informado, valorizado e capacitado para contribuir para o futuro democrático do Canadá.
MS: Que tipo de feedback tem recebido da comunidade portuguesa e como influencia o seu trabalho no terreno?
CS: Enquanto Agente de Relações Comunitárias, uma das componentes mais valiosas do nosso trabalho é ouvir os eleitores de língua portuguesa e compreender as suas experiências com o processo eleitoral. Através de conversas em eventos lo-
cais, encontros de seniores e organizações comunitárias, temos recebido opiniões e sugestões valiosas que influenciam diretamente a forma como ajusto os nossos esforços de sensibilização. Muitos membros da comunidade valorizam muito o facto de haver informação disponível em português, já que as barreiras linguísticas representam, muitas vezes, um obstáculo à compreensão dos processos de registo, métodos de votação e alterações como a redistribuição dos círculos eleitorais.
Este feedback reforça a importância de disponibilizar materiais traduzidos e serviços de interpretação, garantindo que toda a informação eleitoral essencial seja acessível a todos. Além disso, ouvimos com frequência preocupações relativas a desafios logísticos, como questões de mobilidade que impedem muitos seniores de se deslocarem às mesas de voto. Em resposta, destacamos serviços como as visitas domiciliárias e opções de voto alternativas, garantindo que todos os eleitores elegíveis se sintam capacitados para participar.
Outra conclusão importante tem sido a necessidade de encontrar formas mais interativas de motivar os eleitores — tanto os seniores como, especialmente, os mais jovens, que muitas vezes se sentem desligados do processo. Conhecer iniciativas como o Bingo pela Democracia, apresentado pelo Diretor Dr. Langlois, inspirou-nos a explorar novas abordagens para tornar a educação cívica mais envolvente e relevante.
Em última análise, o feedback que recebemos informa diretamente o modo como ajustamos as nossas estratégias de contacto com a comunidade, assegurando que a Elections Canada se mantém sensível às necessidades específicas dos eleitores de língua portuguesa. Ao fomentar a confiança, remover barreiras e adaptar continuamente os nossos métodos, procuramos reforçar o envolvimento cívico e defender os princípios de uma democracia inclusiva. Recebemos uma resposta bastante positiva do grupo de seniores do Davenport Perth Neighbourhood. Tendo em conta que o Diretor Langlois está a promover eventos dedicados à literacia cívica, foi discutida
a seguinte proposta: Dada a vibrante cena cultural da comunidade portuguesa — com festivais, eventos desportivos e celebrações do património —, a introdução de eventos dedicados à educação cívica pode ser uma iniciativa extremamente positiva. Um fórum ou workshop centrado na participação eleitoral, nos direitos dos eleitores e na importância do envolvimento cívico poderia fornecer conhecimentos valiosos e, ao mesmo tempo, reforçar o sentimento de inclusão democrática.
Um evento deste tipo, sob a supervisão da Elections Canada, poderia assumir várias formas: um painel de discussão com líderes comunitários, um workshop interativo sobre o processo de votação ou até uma colaboração com escolas ou organizações juvenis para promover a literacia eleitoral. Ao integrar a educação cívica nas atividades comunitárias, podemos incentivar conversas significativas sobre democracia e capacitar um maior número de eleitores de língua portuguesa a participar no processo eleitoral.
MB/MS
Carlos Sousa. Créditos: DR.
Credito:
FELIZ PÁSCOA
Paula Medeiros apela ao voto da comunidade portuguesa
Com as eleições legislativas antecipadas marcadas para 18 de maio, Paula Medeiros, número 3 da lista da Aliança Democrática (AD - coligação entre PSD e CDS) ao Círculo Fora da Europa, lança um apelo claro à comunidade portuguesa residente no estrangeiro: votem, porque o voto é o primeiro passo para serem ouvidos e representados. "O meu apelo ao voto tem sido feito desde 2013, quando comecei o meu percurso na política", afirma Paula Medeiros, que tem desenvolvido uma ação ativa junto das comunidades portuguesas, nomeadamente no Canadá. "Sempre incentivei as pessoas a votarem, sobretudo quando residem fora do país. O voto demonstra a nossa opinião e todos têm direito à mesma."
Segundo a candidata, a participação eleitoral tem efeitos concretos: "Todos os países onde os portugueses votam de forma expressiva conseguem ter respostas diferentes por parte de Portugal." Um dos exemplos mais evidentes, na sua opinião, é o Canadá: "Pela primeira vez, logo a seguir ao Brasil, o país que mais apresentou participação política foi o Canadá. Para mim, foi uma das maiores alegrias." Paula Medeiros salienta que esta expressão eleitoral foi essencial para que o Canadá ganhasse visibilidade junto do governo português. "Quando uma comunidade se mostra interessada na sua terra natal, nunca poderá ser esquecida. Através do voto conseguimos decidir o que queremos manter e o que queremos mudar."
A candidata da AD reforça que o voto tem implicações diretas nos serviços consulares: "Se a pessoa não votar, não consegue dizer ao Governo se as coisas estão bem ou mal." Como exemplo, aponta os problemas com os pedidos de cidadania e a falta de recursos humanos nos registos centrais: "Nos países onde o número de votos é baixo, passa-se a ideia de que está tudo bem, e acaba-se por cair no esquecimento."
O impacto da votação também se mede pela presença institucional, na opinião de Paula Medeiros: "Temos atualmente, em 11 meses de governação, um Secretário de Estado que já veio ao Canadá mais de três vezes. Em legislaturas anteriores, quando a expressão do Canadá não era tão gran-
de, houve secretários que vieram uma vez ou nem isso." A instabilidade nos serviços consulares em Toronto, com sucessivas mudanças de chefias, é um problema que, segundo Paula Medeiros, só começou a ser resolvido recentemente: "Foi uma autêntica calamidade. Só agora as coisas estão a normalizar com mais recursos humanos e
de avaliar se é exequível, se está a resultar, se vale a pena manter ou mudar."
Paula Medeiros sublinha ainda a competência técnica da equipa que se apresenta como candidata na lista da Aliança Democrática, destacando o seu cabeça de lista, o atual Secretário de Estado: "Temos, na Secretaria de Estado, a pessoa mais co-
"Se a pessoa não votar, não consegue dizer ao Governo se as coisas estão bem ou mal." Como exemplo, aponta os problemas com os pedidos de cidadania e a falta de recursos humanos nos registos centrais: "Nos países onde o número de votos é baixo, passa-se a ideia de que está tudo bem, e acaba-se por cair no esquecimento."
Paula Medeiros
com o regresso das presenças consulares." Sobre as propostas da AD para a próxima legislatura, Paula Medeiros é clara: "É um trabalho a continuar." Em apenas 11 meses, a atual equipa conseguiu reativar presenças consulares em zonas como London, Kingston, Leamington e Winnipeg. "Nunca nos esquecemos de Winnipeg", garante. Outras medidas incluem a manutenção de sistemas de agendamento mistos nos consulados, de forma a evitar o aproveitamento de terceiros para cobrar por serviços gratuitos: "Nem todos sabem fazer agendamentos online e há quem se aproveite disso para cobrar fortunas. Somos totalmente contra isso." A AD pretende também reforçar o apoio às pessoas com carências económicas e manter programas que aproximam os luso-descendentes da sua origem. "Este ano tivemos 75 pessoas no programa de líderes do movimento associativo. Vieram de Toronto, Otava, Montreal e outros pontos do Canadá. É essencial continuar esse trabalho." Outro objetivo é melhorar o "Programa Regressar", que, segundo a candidata, está desajustado: "Ninguém teve coragem
nhecedora do sistema que envolve as comunidades portuguesas. Isso é de um valor incalculável."
Questionada sobre a estratégia do Partido Socialista, que apresenta uma lista composta apenas por emigrantes, Paula Medeiros responde com firmeza: "Com exceção do nosso Secretário de Estado, todos os outros elementos da nossa lista são ou foram emigrantes. Eu sou emigrante. O nosso número dois, o Dr. Flávio Martins, reside no Brasil." Para a candidata da AD, a aposta do PS no Canadá é, no mínimo, curiosa: "É estranho que tenham apostado no Canadá e não no Brasil, que é o país que mais votos dá. Talvez porque o Canadá ganhou expressão política graças ao trabalho da AD." Sobre o candidato socialista, Paula Medeiros considera que "é uma pessoa simpática e acessível, mas não tem os conhecimentos profundos do sistema administrativo português, nem a rede de contactos necessária, que demora anos a construir." Paula Medeiros relembra que trabalhou sete anos no Consulado de Portugal em Toronto: "Hoje, se alguém precisa
de interagir com serviços em Portugal, eu consigo desbloquear a situação facilmente. Mas isso levou-me anos." A candidata teme que o critério financeiro esteja a sobrepor-se ao mérito: "Espero que não estejamos a voltar a um sistema onde quem tem mais recursos é quem consegue visibilidade. Precisamos de valorizar a meritocracia e a tecnocracia."
Por fim, Paula Medeiros alerta para aquele que considera ser o verdadeiro adversário da AD: "O nosso maior oponente é o Chega, cujo candidato cabeça de lista reside no Brasil. Nas últimas eleições, foi a AD e o Chega que conseguiram eleger deputados."
Apesar dos desafios, Paula Medeiros termina com uma mensagem de confiança: "Queremos dar continuidade ao trabalho iniciado. Se esse for o desejo da comunidade, terei todo o gosto em continuar a servir. Se não for, também saberei respeitar."
MB/MS
A documentação remetida pela Administração Eleitoral Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna contém:
Na sua residência vai receber:
Um boletim de voto onde deve assinalar a sua opção de voto e que deve ser dobrado em quatro;
Um envelope de cor verde, no qual deve colocar apenas o boletim de voto;
Um envelope de cor branca, onde deve colocar obrigatoriamente uma cópia do documento de identificação;
E o envelope de cor verde, que deve conter exclusivamente o boletim de voto.
Modalidade de voto para eleitores recenseados no estrangeiro
Paula Medeiros. Créditos: DR.
Esta candidatura é dos emigrantes. A nossa eleição pode ser histórica.
- Vítor Silva
Vítor Silva é o cabeça de lista do Partido Socialista, pelo círculo eleitoral Fora da Europa, às próximas eleições legislativas portuguesas. Emigrante residente no Canadá, Vítor acredita que o seu percurso e experiência enquanto emigrante o tornam especialmente apto para representar os portugueses espalhados pelo mundo. Mais do que uma candidatura partidária, defende que esta é uma vitória simbólica dos emigrantes e um momento que pode marcar uma viragem histórica na forma como a diáspora portuguesa é representada no Parlamento. “Sou emigrante. E os partidos do arco da governação, PS e PSD, nunca na sua história tinham tido um emigrante como cabeça de lista. Quando o PS decidiu fazê-lo, senti que não podia dizer que não. Aqui estou para desempenhar um papel que penso que só um emigrante pode desempenhar”, explica, com convicção.
Para Vítor Silva, a principal mais-valia da sua candidatura é a experiência vivida, na pele, das dificuldades enfrentadas pelos portugueses que vivem fora do território nacional. “Eu respiro o mesmo ar que qualquer pessoa que vive aqui no Canadá, no Brasil, nos Estados Unidos, em Macau ou na Venezuela. Sei o que se passa, porque estou aqui, vejo com os meus olhos e sinto os mesmos problemas”, sublinha. Apesar de residir em Toronto, Vítor garante que isso não o afastará das suas responsabilidades parlamentares. Pelo contrário, pretende conciliar a vida no Canadá com a sua missão em Lisboa, sem abandonar as raízes que o ligam à comunidade que representa. “Serei um deputado presente. Vou continuar a morar no Canadá, estarei nas reuniões da Assembleia da República sempre que necessário e muitas poderei fazê-las por videoconferência.”, explica, rejeitando a ideia de que a distância geográfica é um obstáculo ao exercício pleno das funções parlamentares.
Quanto à vastidão do círculo eleitoral Fora da Europa, que abrange milhares de portugueses em dezenas de países, Vítor lembra que a sua lista reflete precisamente essa diversidade. “A Ana, número dois da nossa lista, vive no Brasil, a Maria João vive em Macau e o Fernando na Venezuela. Todos são emigrantes. Pretendemos criar
centros locais para acompanhar de perto as necessidades de cada comunidade.”
Vítor Silva acredita que a sua eleição pode representar uma mudança estrutural na política portuguesa no que toca à emigração. “A nossa eleição será histórica. Vai obrigar os outros partidos a colocar emigrantes a liderar listas nos círculos da emigração. Não estou a dizer que quem vive em Portugal não é competente, mas ninguém sente esta realidade como nós.”
Num tom inclusivo, o candidato socialista recusa qualquer tipo de campanha negativa contra os adversários. “Nunca ninguém me ouviu falar mal de qualquer candidato. O meu adversário direto, do PSD, foi secretário de Estado das Comunidades e fez trabalho pelas comunidades. A diferença é que eu sou emigrante e ele
das chaves está na escolha dos próprios candidatos: “Uma das formas de combater a abstenção é ter verdadeiros emigrantes como candidatos. Nós já estamos a fazer isso. Esperamos que se traduza em maior participação.”
Questionado sobre o que os emigrantes podem esperar de si, caso seja eleito, Vítor Silva é perentório: “Quando eu for eleito, não sou só eu que vou ser eleito. Serão todas as comunidades emigrantes.” O candidato socialista coloca a melhoria dos serviços consulares no topo das suas prioridades. “Vejo com tristeza que, desde que o atual governo tomou posse, não entrou mais ninguém no consulado de Toronto. Continuamos sem chanceler e não há adido da Segurança Social, que é fundamental. Essa será uma luta minha, porque os por-
“Talvez agora os emigrantes se sintam mais motivados a votar, porque podem votar num deles, alguém que sente e vive como eles.” Consciente das barreiras administrativas e do desinteresse político que afetam os emigrantes, reforça que uma das chaves está na escolha dos próprios candidatos: “Uma das formas de combater a abstenção é ter verdadeiros emigrantes como candidatos. Nós já estamos a fazer isso. Esperamos que se traduza em maior participação.”
não. Agora, os eleitores têm que escolher se querem ou não um emigrante na Assembleia da República.”
A abstenção nos círculos da emigração é tradicionalmente elevada, uma realidade que Vítor espera contrariar através do apelo direto ao voto e do reforço da representatividade. “Talvez agora os emigrantes se sintam mais motivados a votar, porque podem votar num deles, alguém que sente e vive como eles.” Consciente das barreiras administrativas e do desinteresse político que afetam os emigrantes, reforça que uma
tugueses que aqui residem precisam disso.”
Vítor Silva afirma ainda que pretende reforçar o apoio ao associativismo e à cultura, com uma visão abrangente e moderna da identidade portuguesa. “Temos de apoiar o folclore e a gastronomia, sim, mas também o jazz, o ballet, a fotografia, a pintura. Há muito talento por aí. Precisamos de diversificar os apoios e envolver os jovens nas nossas comunidades.” A promoção da língua portuguesa é outra das bandeiras que pretende elevar, apostando no reforço do Instituto Camões e na inclusão de falantes
de identificação* no envelope resposta (branco) que fecha 4 O envelope resposta NÃO necessita de selo, tem porte pago em Portugal. Por fim deverá colocar o envelope resposta no correio até ao dia 17 de maio.
5 Só
de português de outros países lusófonos. “A língua portuguesa é um património que temos de defender com unhas e dentes.”
Vítor Silva reforça a necessidade de eliminar as diferenças no tratamento entre portugueses residentes em território nacional e os que vivem no estrangeiro. “Um português que viva em Toronto tem que ter os mesmos direitos e o mesmo acesso a serviços que um português de Braga ou de Faro. Ainda não acontece, mas tem de acontecer. Não há portugueses de primeira e de segunda. Somos todos portugueses.” Aponta o exemplo dos documentos de identificação como uma das áreas onde a desigualdade ainda persiste. “Hoje em dia não há razão para que alguém demore mais a obter o cartão de cidadão ou o passaporte só porque vive fora de Portugal. Temos que agilizar esses processos.”
No final da conversa, Vítor Silva dirige-se diretamente aos eleitores, com um apelo claro à participação: “Saiam de casa, vão ao correio e votem. Sigam as instruções, coloquem os documentos no envelope e façam-se representar. O selo está pago.”
E conclui com entusiasmo: “Não sou eu que vou entrar sozinho na Assembleia da República. Serão todos os portugueses que vivem fora de Portugal. É a vossa oportunidade de estarem lá também. Apelo ao voto no Partido Socialista. Vemo-nos no Parlamento.”
(*) A cópia do documento de identificação é obrigatória e sem ela o voto é nulo.
Considera-se documento de identificação: - cartão de cidadão/bilhete de identidade português; - carta de condução portuguesa; - passaporte português;
Adicionalmente pode ainda apresentar: - certidão de eleitor em www.portaldoeleitor.pt ou junto da Comissão recenseadora; - cópia impressa do PDF gerado a partir do documento digital do Cartão de Cidadão, através da aplicação móvel gov.pt (id.gov).
Vítor Silva. Créditos: DR.
Vítor Silva Voto
Votar? Eis a questão...
Olá, bom dia e boa Páscoa!
Espero que estejam bem e que, apesar do mundo tresloucado no qual vivemos, possam absorver o verdadeiro significado deste momento. A Ressurreição do Criador.
Não que seja muito praticante, embora cristã, temos de crer em algo, ter fé e continuar a remar contra a maré, que tem “ondas” cada vez mais elevadas. Esta semana fala-se sobre eleições no Canadá e em Portugal e sobre a importância de nelas participarmos ativamente.
Votar é um direito e, de certa forma, um dever. Então vou deixar-vos alguns motivos para tal. O direito de voto é como um músculo que se não for exercitado enfraquece. E quando são vários os votantes que decidem não votar o que enfraquece não é apenas uma voz, ou um músculo, mas é o tecido inteiro de uma sociedade. E quanto mais fraco estiver um organismo, quanto mais em baixo estiverem as suas resistências cívicas, mais depressa se instalam organismos oportunistas e infeciosos, e mais fácil se torna destruir uma democracia.
Votar é um direito fundamental que nem todos têm e que temos que valorizar. A possibilidade de nos manifestarmos através do voto livre e universal não existe em todos os países, e em muitos outros países sofre importantes restrições e condicionamentos.
Quem não vota perde a legitimidade para protestar. Não adianta protestar no táxi e na fila da mercearia quando não estamos dispostos a abandonar o sofá para ir votar. O por-
tuguês gosta de se queixar em petit comité, mas está pouco disposto a manifestar-se publicamente ou a fazer alguma coisa para mudar, mesmo quando tem a oportunidade de o fazer. Logo se vê, diz. O que for, será. Não vou mudar nada, o que adianta ir votar? No dia seguinte, quando as coisas não lhe correm de feição, regressa ao mesmo discurso crítico e sorrateiro cheio de falsa legitimidade por não ter votado. No entanto, convém dizer-lhe que a partir do momento em que não vota perde a legitimidade para se queixar.
Em caso de dúvida, olhe vá votar. Quiça um dia destes aparece alguém realmente bem-intencionado.
É o que é e vai valer sempre o que vale. Votos de uma Santa Páscoa e fiquem bem. Cristina Da Costa/MS
Esta semana
• Folar da Páscoa de Vale de Ílhavo - Francelina Vidal, padeira há mais de 40 anos, partilha connosco o segredo do seu tradicional folar.
• Manel Cruz em entrevista - De Ornatos Violeta a Foge Foge Bandido — uma conversa com um dos maiores nomes da música portuguesa.
Aos sábados às 7:30 da manhã
Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã
• Healthy Bites - Receitas saudáveis e práticas desportivas! Viva o equilíbrio sem perder o prazer de comer.
• Insight’s with Vince Nigro - O universo do café com Guray Gul — uma conversa aromática e cheia de sabor.
• Fittipaldi no Museu do Caramulo - Uma exposição imperdível do lendário campeão do automobilismo.
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Cristina da Costa Opinião
Credito: DR
Voting is an essential task of democratic societies, and its importance is often not considered by those who live in free nations. Many who have the unique opportunity to use this powerful tool, by-pass the process because of personal or ideological reasons or as a means of protest against the political process for which the vote exists.
Voters will point out that those who abstain should not have a say in the governance of the various levels of government, however, it would appear that the non-voters are usually the most opinionated about the unfairness of life. Those of us who have experienced the frustration of not having a voice through a voting process such as during the Salazarist regime in Portugal, celebrate
and embrace the opportunity to be able to make a difference in the governance of the country we live in. The fact that democracies comprise political actions imagined by individuals that seek to protect self-serving political ideology should not restrict your voting ability as a variety of political choices are put in your plate to savour, analyze and reach a conclusion.
In my view, the worst vote is the lazy vote, which usually originates from those who are too lazy to open up their minds to study the policies and promises being presented by the various political organizations. Many will vote for individuals that may be running for a party we disagree with which often results in unsavoury biases which are contrary to your expectations of expected political realities.
In recent times, less citizens are voting because of political antagonism towards politicians in general. The dissatisfaction levels are high, resulting in election results that are not reflective of the majority of the population. Displeasure of the process should not, however, be a reason not to vote. Outcomes of elections depend on you and the amount of homework you do to study the policies which will affect your quality of life. Voting is a civic responsibility of all citizens in a democracy and choosing leaders who represent your values and interests will destress your responsibility. The bottom line is that every vote counts and those who want your vote should earn it and not bought as they were in the last elections in the United States. Votes that are acquired with the expectations of favouritism or future returns are hollow and dilute the vote of those who come about their decision with integrity. The right to vote has been hard-won, especially for women and marginalized groups thus participating in elections honors those who have struggled and sacrificed to acquire their right.
The Portuguese community will have the opportunity to make a difference in elections on the two sides of the Atlantic as there are on-going elections in Portugal and Canada. In Portugal the political process has once again been derailed, and uncertainty must give way to a political result which will guide the country on a path of protection for its citizens.
For the first time in history, an immigrant in Canada will be running to represent Portuguese outside of the mainland. Mr. Vitor Silva understands the plight of those who labour under other societies and is fully equipped to speak for your hopes and needs as they relate to the mother country. Let's place one of us in the Portuguese Parliament. In Canada, a crucial election to choose a new government has begun. Canada and the world are at a critical juncture due to geo-political uncertainties and it's important that our choices are reflective of the leadership needed to protect us and move our country forward. This editorial is about pleading with you to go and vote because voting means protecting democracy and your personal rights as engaged citizens who contribute to the resilience of democratic systems. We have to counter the autocratic governance of the Trumps and Putin's of this world and we have a powerful tool to do it with, which is our vote, therefore don't waste your opportunity.
Vote and don't forget that it's an "X" that marks the vote.
Manuel DaCosta/MS
Credito: David Ganhão
Step right up
For those readers who have taken the time to read anything I’ve written for this publication knows that I have no faith in the capitalist system and its major players. I hate to keep harping on the same point, but capitalism is the culprit behind every painful issue humankind faces today. The phrase “Money is the root of all evil”, familiar to most of us, comes from the King James version of the bible. Evidently the problems with capital have persisted through the ages.
There’s a reason for that. For so long wealth and power have been the ultimate prize. We’ve all been indoctrinated in the teachings of both those almighty goals, resulting in a life of competition, whether friendly or otherwise, with our fellow man. In competitions there are victors and, because there are victors, there must be losers. In life we are gener-
ally taught that we need to work hard to be at the top. There isn’t much space up there, so the losers are much greater in numbers. Another biproduct of being taught to reach for the top, is that it makes us a bit more self-centred.
Competiton isn’t always bad, but in capitalism, this competition is with our livelihood. We compete because we want a more comfortable, happier life, but some compete to get as much as they can, which inherently leaves less for everyone else. Print more money? Not a chance, inflation and whatnot, unless of course your one of the big players, (it’s nice when the rules are all in your favour). Fast forward to today, and we see what capitalism’s goal was all about. What we now have, is the culmination of years of governments leaving business off the leash, and whenever they went too far, (being too important to fail, lol), the rest of us were left to fill the gaps.
More influential countries are throwing their weight around while the rest sit and watch or try to make friends with one of them. And, as usual, it’s all about more power and more money, in some cases for dictatorial-style governments, and in all cases for big business. That’s the key. Everything is being bought up by the oligarchs. There will, sooner or later, be no more business other than big. We will all be “associates” in the very near future, if this keeps going the way it is.
All this brings me to talk about the call to vote, a right and ‘obligation’ for every supposedly free human being on this Earth. Both our favourite countries are being called to vote, almost simultaneously. Although I voted in Canada, never once did I do It thinking it would ever make a difference, and I’ve felt the same way until fairly recently. To me, there are two good times to vote. The first is limited to few people,
because I’m talking about those who live in small communities, where people know one another and vote more mainly for the person, over those who choose a colour instead. The second, surged recently; It’s the vote to keep the bad guy out. In Portugal, it will be one of two that will win, unless a coalition is formed. Either way, nothing will change much. In Canada, I think it’s a good time to get out there and make your choice. There is much at stake, and I believe everyone is aware of this fact. I’m also confident, that there will be a good turnout, because of it. The Portuguese didn’t want an election, so interest is seemingly even lower than its usual low. My eyes will be on Canadians, I’m very curious to see if you will take advantage of a rare opportunity, a vote that actually makes a difference. Fiquem bem,
Raul Freitas/MS
CONHECEDORESABSOLUTOS
Vistos de trabalho aberto a jovens (18 aos 35 anos)
Processos de residência permanente (nomeações em Ontário e outras Províncias, Express Entry, entre outros)
Ofertas de trabalho podem resultar em vistos de trabalho temporário ou permanente
Photo:
The importance of voting… does my vote count?
A civic duty and a hard-won right
Voting is one of the most fundamental rights in a democratic society, serving as a cornerstone for representation and governance. It is not merely a privilege; it is a vital mechanism through which citizens express their will and influence the direction of their communities, provinces, and nations. Despite this, many individuals choose not to exercise their right to vote, often overlooking the profound implications of their decision. Understanding the significance of voting is crucial for fostering an engaged and active citizenry.
Is voting a right?
Yes, voting is a right enshrined in the laws of many countries, particularly in democracies. In Canada, for instance, the right to vote is protected by various amendments to the charter of rights, ensuring that citizens can participate in the electoral process without discrimination based on race, gender, or socioeconomic status. However, the reality is that this right has been hard-won through decades of struggle, and it continues to face challenges. Voter suppression, gerrymandering, and restrictive laws can undermine access to the ballot, making it imperative that citizens remain vigilant in protecting and exercising their voting rights.
What are you giving up if you don’t vote?
Choosing not to vote is a choice with consequences. When individuals abstain from participating in elections, they forfeit their voice in critical decisions that affect their lives and communities. Important issues-such as education, healthcare, public safety, and social justice-are shaped by
the outcomes of elections. By not voting, one relinquishes the opportunity to influence policies that align with their values and needs.
Moreover, abstaining from voting can lead to a sense of disenfranchisement and helplessness. Many people feel that their vote doesn’t matter, but history shows that elections can be decided by a remarkably small number of votes. Each ballot is a chance to impact the future, and when citizens opt out, they inadvertently allow others to dictate the trajectory of their society.
The sacrifices made for the right to vote
Throughout history, countless indi viduals have sacrificed their lives and freedom to secure the right to vote for themselves and future gen erations. From the suffragists who fought for women’s voting rights in the ear ly 20th century to civil rights activists who faced violence and persecution in their struggle against racial discrimination, the fight for voting rights has often been fraught with peril.
Voter apathy can be a significant barrier to democratic participation. Many people feel disillusioned or believe that their vote doesn’t matter. Combating this apathy requires grass roots efforts, community engagement, and outreach programs that emphasize the importance of every individual’s participation. Building a culture of voting can inspire greater turnout. As
technology evolves, so too does the landscape of voting. Innovations such as online voting, ranked-choice voting, and automatic voter registration can enhance accessibility and engagement. However, these changes also raise questions about security, equity, and the integrity of the electoral process. Ongoing discussions’ about the future of voting are essential to ensure that the democratic process remains robust and trustworthy.
In many countries around the world, people continue to risk their lives for the fundamental right to vote. Authoritarian regimes frequently supress dissent and
processes, demonstrating the lengths to which individuals will go to attain and protect their rights. By voting, we honor the sacrifices made by those who came before us and reaffirm our commitment to the democratic principals they fought to uphold.
An informed electorate is essential for a functioning democracy. Education about the electoral process, candidates, and ballot measures is crucial. Citizens should seek out reliable information to make informed decisions. Engaging in discussions about the implications of policies and understanding different viewpoints can enrich the democratic process.
Voting is not just a right; it is a responsibility that carries the weight of history and the promise of the future. It is a powerful tool for change, enabling citizens to shape their governance and advocate for their communities. By participating in elections, we not only assert our own rights but also contribute to a collective voice that can drive progress and accountability. As we approach each election and in particularly this upcoming Federal Election on April 28, 2025, let us remember the sacrifices made for our right to vote and recognize the importance of our participation. Every vote matter, and every voice deserves to be heard. Embrace the opportunity to make a difference your vote is your power. Regardless of who you vote for.... just get out and vote either in the advance polls or on Monday April 28, 2025.
Luís Souta - PEDAGOGIA S.
Este recente livro de Luís Souta (n.1952) integra 45 crónicas publicadas no jornal «Ensino Magazine» e na revista «Página da Educação» e constitui para Agostinho Reis Monteiro no prefácio «uma espécie de TAC do Ensino Superior em Portugal».
Aeditora é a «ex.Libris», a capa é de Lianor Dupic e Elisabeth Dupic, a contracapa é de Fernando Pinho, o arranjo da capa é de Filipa da Costa Cabral, a revisão é de Carlos Cardoso, a paginação é de Paulo Resende e o apoio é do Instituto Politécnico de Setúbal. Além das crónicas o volume de 210 páginas inclui o texto fi-
nal «Investigar em “casa própria”» com uma citação de John Steinbeck e uma quadra de José Correia Tavares. Cada uma das crónicas integra uma citação: Maria Carlos Radich, Paulo Castilho, Branquinho da Fonseca, Raul Iturra, Domingos Monteiro, Vergílio Ferreira (2 vezes), Aquilino Ribeiro, Arquimedes de Silva Santos, Camilo Castelo Branco, Diogo Ramada Curto, Paulo Varela Gomes, Daniel Pennac, António Guerreiro, Armindo Rodrigues, João Morgado, Sebastião da Gama, Mário Dionísio, Philipp Roth (2 vezes) Alexandre O´Neill, Irene Lisboa, Fialho de Almeida, José Saramago, Fernando Namora, Júlio Dinis, Francisco Umbral, Santana Cas-
tilho, Ester de Lemos, António Barreto, Harry Styles, Miguel Torga, David Lodge (2 vezes), José Pacheco Pereira, João Ruivo, Maria Velho da Costa, Luís Campos, Eduardo Prado Coelho e José Jorge Letria. A dita Cultura Popular está presente com citações de Luís Cília, os Grupos A Naifa, The Doors e Deolinda sem esquecer um provérbio popular e o Talmude.
Uma nota final de Paulo Castilho fica como convite à leitura do livro: «Os estudantes auto-educavam-se nos valores do humanismo e da luta contra a ditadura. Agora educam-se nas praxes e na cerveja». JCF
Vincent Black Opinon
Um valor que deve renascer na Páscoa
Meus caros leitores e amigos, mas verdadeiros amigos, aproveitando esta época pascal, escrevo com alguma mágoa e com uma forma de pensar que, sei bem, difere da de certas pessoas, há quem faça o mal para se tornar herói.
Eu, como quem não deve não teme, sempre aprendi a fazer o bem dentro das minhas possibilidades e da forma mais correta. Mas não admito que me pisem os pés, e quem o fizer, só o faz uma vez. A maldosos, hipócritas e convencidos não se dão segundas oportunidades.
Digo isto com tristeza. Talvez um dia venha a público desmascarar alguém que se acha muito competente, mas a quem falta cultura e saber estar.
Peço desculpa por este desabafo, mas em breve entenderão o motivo. Aprendi ao longo da vida que o respeito nasce no berço. E aprendi, também com as dificuldades, que ninguém neste mundo é melhor do que ninguém.
Vivemos numa época em que, muitas vezes, o que parece importa mais do que o que é, numa sociedade onde o sucesso, o estatuto ou a aceitação social se tornaram metas centrais, é tentador usar meios menos nobres para alcançá-los, como dizer uma coisa na frente das pessoas e outra nas costas. Mas essa falta de coerência, essa desonestidade disfarçada de simpatia, tem um custo alto, destrói amizades, corrói comunidades e enfraquece os laços de confiança que sustentam qualquer relação verdadeira.
Nesta altura da Páscoa, somos convidados a refletir sobre renovação, reconciliação e valores mais profundos, é um tempo que, para muitos, tem um significado espiritual, ligado à esperança, à verdade e ao amor ao próximo, que melhor momento para parar e pensar sobre o tipo de pessoa que queremos ser e o tipo de sociedade que estamos a construir?
Ser honesto não é apenas dizer a verdade. É também ser coerente, ser justo e agir com integridade, mesmo quando ninguém está a ver, é ter coragem de ser verdadeiro com os outros e connosco próprios.
A honestidade é, muitas vezes, um caminho mais difícil, porque nem sempre agrada a todos. Mas é também o caminho mais
limpo e mais digno. Quando alguém finge, manipula ou fala mal pelas costas apenas para subir na vida ou ser bem-visto, está a construir uma imagem baseada na ilusão, e mais cedo ou mais tarde, essa fachada cai.
O que se ganha com mentira, perde-se com desconfiança, e a confiança, uma vez quebrada, é difícil de recuperar.
Na Páscoa, somos convidados a renascer para uma vida mais autêntica, mais transparente e mais centrada no bem comum, ser honesto é uma escolha diária, e pode parecer um pequeno gesto, mas é desses gestos que se constroem relações verdadeiras, amizades duradouras e comunidades mais humanas.
Que esta Páscoa nos inspire a deixar para trás os jogos de aparência e a abraçar a verdade como valor essencial, afinal, não há maior liberdade do que viver de acordo com aquilo em que realmente acreditamos.
Termino com algumas quadras que aprendi com um velho amigo que já partiu, mas com tantas viagens juntos, a mim muito me abriu os olhos em certas coisas que hoje consigo ver na minha frente, fui ao fundo do baú e a estas dei o nome de:
Máscaras na Páscoa
Na mesa posta em paz e flor, a Páscoa chega com seu amor. Mas entre abraços e sorrisos, há quem esconda outros juízos.
Fala-se doce, age-se frio, palavras mansas, coração vazio. Promete-se lealdade e verdade, mas trama-se pelas costas, com falsidade.
A honestidade não veste disfarce, nem muda de tom conforme a face. Ser verdadeiro é mais que falar, é ter coragem de se revelar.
Que a Páscoa limpe o que é vão, e traga luz ao coração. Pois mais vale um gesto sincero, do que mil mentiras num olhar.
Francisco Sampaio
Feliz Páscoa para todos e, bom fim de semana.
Augusto Bandeira Opinião
HAPPY EASTER
Luigi Carrozzi Secretary-Treasurer
Robert Petroni Recording Secretary Brandon MacKinnon
Terry Varga Executive Board Member
Carmen Principato Vice President
Joseph S. Mancinelli President
Jack Oliveira Business Manager
O último colo
No passado dia 9 de abril, celebrou-se o Dia do Combatente. Em vários concelhos do país, organizaram-se cerimónias destinadas a lembrar, a homenagear e, em alguns casos, também a agraciar militares pelo seu esforço e entrega ao serviço da Pátria. Fui assistir à cerimónia e, por entre a movimentação de todo o ritual marcial, que começa com o hino de Portugal e termina com o do Combatente, recordei a nossa guerra colonial. Apesar de ter tido alguns familiares próximos que nela participaram (um irmão, um tio e um primo), nenhum deles regressou a casa em caixa de pinho ou ferido em combate.
Era ainda jovem quando tudo começou, mas tenho memória dos navios cheios de soldados que desembarcavam no porto do Lobito (Angola), e da forma ordeira como, fardados, desfilavam no cais ao som de marchas militares. Meus pais nada sabiam de política nem tinham consciência do que era um regime colonial. Apenas tinham ouvido falar de uma terra vasta de horizontes, para onde se podia ir em busca de um futuro melhor, desde que se conseguisse carta de chamada.
A vontade de partir fê-los descobrir, numa aldeia vizinha, alguém que lhes poderia conseguir tal documento. E um dia partiram: primeiro ele para preparar o ninho onde minha mãe acomodaria as duas filhas que levava pela mão. Alguns anos depois, a guerra colonial surpreendeu-nos na inocência de uma vida entregue ao trabalho. Educada no Colégio das Irmãs Doroteias, treinada a crer muito, mas a questionar pouco, não percebia muito bem o que se estava a passar. Por via de um ou outro desabafo, que as freiras de forma descuidada deixavam cair entre si, intuí que era por causa da guerra que as filhas dos fazendeiros das roças do café do Norte tinham deixado de ir os passar fins-de-semana a casa. Em casa, também ninguém nos dizia nada e era através da rádio que eu obtinha algumas notícias soltas. Por causa do natural ruído de crianças a crescer, meu pai ligava o rádio baixinho apenas duas vezes por dia, à hora das principais refeições – almoço e jantar. Sentado numa cadeira, inclinava-se para ouvir melhor e assistia à abertura do noticiário. Só depois se vinha juntar a nós. Dias houve em que ficava um pouco mais de tempo e eu deveria ser a única a descodificar algumas expressões novas - terroristas, contingente militar, defesa do território pátrio – que mais tarde, no silêncio da casa, ouvia meu pai partilhar com minha mãe em conversas sussurradas à noite, quando pensavam que já estávamos todos a dormir.
Os terroristas eram aqueles que tinham pegado em armas contra nós, razão que levara Salazar a decidir a ida «já e em força para Angola», que era nossa, de jovens mancebos em idade de combater. E assim foram chegando navios carregando no ventre filhos de muitos ventres, para lutarem contra irmãos de outros ventres. Muitos deles nada mais conheciam do mundo do que o horizonte do céu do povoado onde haviam nascido.
Para nós, que vivíamos no litoral sul, a guerra era qualquer coisa muito longínqua - no Norte e no Leste de Angola, conforme
noticiavam as autoridades oficiais.A sua verdadeira dimensão só vim a conhecê-la bem mais tarde, quando comecei a tomar consciência de quão injusta e desnecessária fora uma guerra que matava filhos gerados nos ventres dos dois lados, lua a lua, durante treze longos anos.
E porque a Páscoa é no próximo domingo, quando estivermos a celebrar com os nossos, recordemos todas as “Pietás” a quem é negado o último colo aos filhos. No calvário das suas vidas, a prece “Que volte cedo, e bem!” nunca chegou a ser ouvida.
Aida Batista Opinião
Comendador Carlos Andrade O “rei dos donuts” nos Estados Unidos
Daniel Bastos Opinião
Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é a sua dimensão empreendedora e benemérita como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso, e desempenham funções de relevo a nível cultural, económico, político e social.
Nos vários exemplos de empreendedores portugueses da diáspora, uma incontornável mais-valia estratégica na promoção internacional do país, destaca-se o percurso inspirador e singular do comendador Carlos Andrade, um dos mais destacados empreendedores da numerosa comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América (EUA).
Natural da Ribeira Seca, freguesia do município de Vila Franca do Campo, na costa sul da ilha açoriana de São Miguel, Carlos Andrade emigrou em 1967, no alvorecer da maioridade, com os pais para Montreal, a maior cidade da província do Quebeque, no Canadá. Um dos mais importantes destinos para muitos emigrantes portugueses, em particular açorianos, que nessa época, marcada na pátria de origem pela estreiteza de horizontes, falta de liberdade, pobreza e guerra colonial, partiram para a América do Norte à procura de melhores condições de vida.
Seria, no entanto, nos Estados Unidos, mais concretamente na vila de Bristol, no
estado norte-americano de Rhode Island, onde existe uma grande comunidade de portugueses vindos em grande parte do arquipélago dos Açores, que Carlos Andrade e os seus pais, fixariam definitivamente, em 1974, a sua senda migratória.
Com um percurso de vida trilhado no encalço do sonho americano ("the American dream”), o emigrante açoriano entrou em 1975 na Dunkin Donuts University, em Quincy, Massachusetts, onde encetou uma base sólida de formação, no seio da reputada multinacional norte-americana especializada na venda de donuts, café e gelados. Iniciando, a partir de então, uma trajetória socioprofissional fulgurante de ascensão na escala social, graças a capacidades extraordinárias de trabalho, mérito e resiliência.
Em 1978, o empreendedor vila-franquense, adquiriu a sua primeira pastelaria Dunkin Donuts, na vila de Raynham, Massachusetts, dando início à alavancagem de um império empresarial, fundamentalmente estabelecido na Nova Inglaterra, na região nordeste dos Estados Unidos, mormente nos estados de Massachusetts, Connecticut, Rhode Island e New Hampshire. Um império empresarial assente em mais de meio milhar de lojas, às quais se juntam ainda as lojas Dunkin Donuts abertas por outros luso-americanos, também em regime de franchising, que em conjunto com a maior central de produção para abastecimento de Dunkin Donuts nos EUA, empregam na Nova Inglaterra e Nova Iorque, milhares de pessoas, muitas delas portugueses e brasileiros.
O esforço hercúleo, o sentido de família e a dedicação laboriosa de Carlos Andrade, sublimaram um empresário de sucesso que
nunca descurou a responsabilidade social. Radicado há meio século nos Estados Unidos, o sucesso que o emigrante luso-americano alcançou no mundo dos negócios, tem sido acompanhado de uma notável dimensão filantropa nas comunidades de acolhimento e de origem.
É o caso, por exemplo, dos financiamentos que ao longo dos anos tem prestado ao New England Center for Children, uma estrutura especializada em serviços abrangentes para crianças com autismo; ou ao Dana-Farber Cancer Institute, um centro de tratamento inovador no tratamento do cancro. Assim como, a criação do “Scholarship of Dunkin Donuts for New England”, que até aos dias de hoje, atribuiu centenas de milhares de dólares em bolsas de estudo universitárias.
O apoio que no decurso dos últimos anos tem concedido ao torrão arquipelágico, nomeadamente em Vila Franca do Campo, a diversas instituições sociais, culturais e desportivas, impeliu em 2009, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores a atribuir-lhe a “Insígnia Autonómica do Mérito Industrial”. E, em 2015, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, a mais alta distinção do concelho, a Medalha de Ouro e Diploma de Cidadão Honorário.
Não por acaso, quatro anos antes da distinção da edilidade vila-franquense, Carlos Andrade foi agraciado pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, numa cerimónia na residência oficial do embaixador de Portugal em Washington, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Uma distinção, justa e merecida, com uma ordem honorífica portuguesa, que visa reconhecer a prestação de serviços relevantes a Portugal, no país ou no estrangeiro.
Uma das figuras mais proeminentes da comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América, pátria de acolhimento há meio século onde é conhecido como o “rei dos donuts”, o percurso singular do comendador Carlos Andrade, que foi nomeado “Filantropo do Ano 2015 da Dunkin’ Donuts”, recorda-nos a máxima do poeta romântico francês Alfred de Vigny: “Há algo de tão magnífico com um grande homem: um homem de honra”.
FABRICANTE DOS CONHECIDOS QUEIJOS PORTUGUESES QUEIJO FRESCO QUEIJO CURADO QUEIJO MEIA CURA IMPORTADOR DE QUEIJO SÃO JORGE
O comendador Carlos Andrade (dir.), na Dunkin Joy Gala 2024. Créditos: DR.
A ambição e a segurança nos compromissos eleitorais
Numa democracia a sério seria bom aplicarmos a sabedoria que usamos nas nossas finanças pessoais – só nos devemos comprometer com coisas que tenhamos a certeza que consigamos pagar.
Aúltima semana trouxe-nos a realização dos primeiros debates e a publicação do programa eleitoral da AD. Com ela, vimos, tanto da parte da AD como da IL, o regresso de uma conversa estafada sobre a "ambição" dos cenários macroeconómicos que servem de base aos programas eleitorais. No debate com Pedro Nuno Santos, Rui Rocha lamentou os números de crescimento projetado para a economia portuguesa no programa eleitoral do PS e Luís Montenegro, ao apresentar o seu programa, voltou a prometer "ambição" para a evolução do PIB.
Este tema não é só importante para os geeks económicos que se dedicam a comparar cenários. É importante para todos nós e para a democracia. Afinal, é a partir das projeções de crescimento que se estimam receitas fiscais e, consequentemente, o espaço para se poder assumir mais ou menos compromissos com os eleitores. Se quisermos que os eleitores possam acreditar nos eleitos, é necessário que consigamos honrar a palavra que damos nos pleitos eleitorais. Também só assim é que uma contenda
eleitoral é justa, pois só se consegue debater as diferentes opções e prioridades que os partidos têm perante uma mesma disponibilidade orçamental.
Não é isso que está a acontecer. Tal como tinha antecipado nesta rubrica na semana passada, o alarmismo da AD em relação ao impacto orçamental do programa do PS virou-se contra si mesma quando apresentaram o seu programa. Propondo uma redução do IRS, IRC e IVA da construção num valor total de 3,7 mil milhões de euros, Montenegro e a sua equipa está a prometer mais do dobro do que tinham considerado excessivo e irresponsável uma semana antes. O que deixaria Montenegro de fazer se tiver apenas 1,75 mil milhões de euros de margem? Priorizaria as pessoas ou as empresas? O que fará um governo PS se tiver os 3,7 mil milhões que a AD promete? Essas são perguntas que importam colocar. Numa democracia a sério seria bom aplicarmos a sabedoria que usamos nas nossas finanças pessoais – só nos devemos comprometer com coisas que tenhamos a certeza que consigamos pagar. Esse princípio de prudência é, aliás, o mesmo que é exigido, por lei, aos governos na elaboração do Orçamento do Estado. Isso explica que, apesar da AD apresentar no seu programa eleitoral um crescimento médio para 20252029 de 2,9%, nos cenários macroeconómicos com que se comprometeu com Bruxelas, o crescimento médio para o mesmo período seja de apenas 1,95%. Também as diversas instituições apresentam projeções que variam entre os 1,9 e 2,0% de crescimento para este período.
Por onde é que os partidos deviam alinhar então a "ambição" das suas promessas, de crescimento e de medidas? Se os partidos passarem a apresentar crescimentos e propostas para o maior "bolo" de disponibilidade orçamental apresentado por outro partido, estaremos a encorajar promessas sem fim e sem qualquer base de realismo. No leilão eleitoral, nivelar por cima seria, na verdade, nivelar por baixo. Aliás, já vemos esse descolar da realidade nalguns casos, como o programa da IL que promete compensar 6,25 milhões em despesa fiscal com uma redução da despesa de 5 mil milhões que, simplesmente, não sabe justificar.
habitação terão o seu impacto macroeconómico.
Republipro-
É certo que outros 1250 mi lhões, dizem eles, vêm do "impacto das medidas eco nómicas". Também Luís Mon tenegro afirma que a descida do IRC se paga a si própria, apesar de até o insuspeito Pedro Brinca dizer o con trário. É aliás uma tática muito utilizada do outro lado do Atlântico, pelos Republi canos de Donald Trump. O pro blema é que, por muito que esses impactos existam, são incertos e não exclusivos dessa ção política. Tam o IVA Zero ou o vestimento públi
miecoMoncon-
Ao invés de "desejar" um crescimento maior e distribuir promessas com base nisso, seria melhor que, num próximo ato eleitoral, os partidos todos possam apresentar programas com base num mesmo cenário orçamental – seja o do Conselho de Finanças Públicas ou o do Plano Orçamental de Médio Prazo. Seria uma forma mais séria de debater opções e uma maior coerência da tal "ambição". Afinal, a verdadeira ambição para o país não escolhe locais, conforme se esteja em Bruxelas ou Portugal. É à luz da segurança dos seus compromissos que se pode avaliar a verdadeira "ambição" de um programa eleitoral. À falta dessa segurança talvez se possa, isso sim, julgar a seriedade de quem se candidata a governar.
eles são opTam- bém inpúbli- co em
Miguel Costa Matos Opinião
O líder liberal Mark Carney enfrentou os ataques dos seus oponentes no debate de líderes em língua francesa de quarta-feira (16), com acusações de que não está em contacto com os trabalhadores e de que não oferecerá mudanças suficientes em relação ao seu impopular antecessor - acusações que ele negou ao responder dizendo que é o melhor candidato para lidar com a ameaça dos EUA e com uma economia em queda.
Apesar de Carney ter sido atacado em alguns momentos, a competição de duas horas foi bastante educada e o antigo banqueiro central saiu do debate relativamente ileso.
a economia está fraca, a criminalidade aumentou e as políticas ambientais rigorosas prejudicaram o sector do petróleo e do gás do Canadá, ao mesmo tempo que alimentaram a alienação regional.
O Banco do Canadá manteve a sua taxa diretora em 2,75 por cento, a primeira pausa após sete cortes consecutivos, e disse que a incerteza em torno das tarifas dos EUA tornou impossível a emissão de previsões económicas regulares. Em vez disso, o banco central produziu dois cenários sobre o que poderia acontecer, incluindo um que previa uma recessão profunda no Canadá e um aumento da inflação.
OGovernador Tiff Macklem afirmou que o banco - que começou a fazer cortes em junho passado - manteve as taxas de juro em suspenso à medida que ia obtendo mais informações sobre o impacto das tarifas e que iria proceder com cuidado. “Muita coisa aconteceu desde a
nossa decisão de março, há cinco semanas, mas o futuro não é realmente mais claro. Ainda não sabemos que tarifas serão impostas, se serão reduzidas ou aumentadas e quanto tempo tudo isto irá durar”, disse Macklem no seu discurso de abertura após o anúncio da decisão sobre as taxas. “Isso significa ser menos prospetivo do que o habitual até que a situação seja mais clara”. A política monetária do banco asseguraria que a inflação permanecesse sob controlo e apoiaria o crescimento económico, afirmou Macklem. Os economistas interpretaram o comentário do governador como uma indicação de que a atual pausa do banco não era o fim do ciclo de flexibilização e que o banco iria intervir para apoiar a economia, se necessário.
CBC/MS
FELIZPASCOA
Pensava-se que o líder anglófono dos liberais estaria numa posição difícil, uma vez que é menos fluente em francês do que os outros líderes, mas Carney manteve-se firme na outra língua oficial do Canadá. O líder dos conservadores, Pierre Poilievre, afirmou que Carney era o “conselheiro económico” do antigo primeiro-ministro Justin Trudeau e que a reeleição dos liberais para um quarto mandato consecutivo só traria mais do mesmo. Carney prestou aconselhamento ao último governo durante a pandemia de COVID-19 e no final do ano passado, a tempo parcial. “O problema, Sr. Carney, é que o seu partido está no poder há 10 anos. É igual ao Justin Trudeau. Precisamos de mudança”, disse Poilievre. Carney não se rendeu a esses ataques, dizendo que Poilievre é a pessoa errada na hora errada, com o Canadá enfrentando o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua guerra comercial. “Tu não és o Justin Trudeau e eu também não sou o Justin Trudeau, OK?” Carney rebateu. “A questão nesta eleição é quem vai conseguir enfrentar Donald Trump. Estamos numa crise, a crise mais grave das nossas vidas. Precisamos de reagir com uma força retumbante e esmagadora. Precisamos de um governo pronto a atuar”, disse Carney, prometendo, se for eleito, concentrar-se na construção da economia face aos ataques de Trump. Mais tarde, Poilievre perguntou a Carney se estava “envergonhado” por pedir mais um mandato aos eleitores, depois de alguns fracassos políticos dos liberais durante o mandato de Trudeau. Carney afirmou que
Carney disse que é ele próprio e que é injusto culpá-lo pelos problemas do passado. “Acabo de me tornar líder. Sou primeiro-ministro há um mês”, disse ele. Carney afirmou que, nesse curto espaço de tempo, reduziu o imposto sobre o carbono, trabalhou com as províncias para derrubar as barreiras comerciais internas, negociou uma parceria militar com a Austrália, iniciou conversações comerciais mais intensas com a França e o Reino Unido e concordou em sentar-se com Trump após esta eleição para elaborar um novo acordo bilateral, se for eleito. “Fizemos tudo isto num curto espaço de tempo - fizemos tudo isto num mês”, afirmou.
Questionado na conferência de imprensa após o debate sobre se Trudeau foi um bom primeiro-ministro, Carney afirmou que o seu antecessor “deu importantes contributos para este país”, dizendo que o último primeiro-ministro promoveu a reconciliação indígena e as questões de equidade. “Uma das diferenças - e são muitas - é que eu vou dar muito mais ênfase à economia, um foco incansável no crescimento da economia para trabalhar para todos”, disse Carney.
CBC/MS
Turbulência de Trump obriga reformada de Otava a voltar ao trabalho
Donna Gow deveria estar a gozar a reforma, mas a residente de Ottawa, de 68 anos, está a considerar um regresso ao trabalho. Isto porque a recente volatilidade do mercado bolsista provocada pelas ameaças tarifárias do Presidente dos EUA, Donald Trump, afetou fortemente a sua carteira de investimentos.
sta flutua, mas quando a consultora de TI independente verificou pela última vez, estava a perder cerca de $172.000. Esse tipo de perda significa que o seu plano de se reformar e passar mais tempo a visitar os netos na Europa está agora em risco. “Ainda estou a tentar garantir que serei autossuficiente no meu próprio rendimento à medida que envelheço”, disse ela. “Por isso, tenho estado a pensar em voltar a trabalhar... e arranjar outro contrato, talvez por dois a cinco anos.”
Não é a única canadiana em idade de reforma que, de repente, se vê ansiosa com a política dos EUA, perguntando como é que as ações de Trump podem afetar a sua carteira de investimentos. A ansiedade em torno da volatilidade do mercado também tem sido explorada por burlões, segundo a
polícia de Otava, que disse esta semana que três vítimas na província perderam cerca de 1,5 milhões de dólares em ouro, numa nova versão de um “golpe dos avós”. Shannon MacDonald, consultora financeira sénior da IG Wealth Management em Otava, aconselha os seus clientes a reduzirem a sua exposição ao risco de investimento à medida que envelhecem. “Quando se está muito perto da reforma, essa é provavelmente a altura mais crítica para garantir que se está preparado para a volatilidade do mercado”, disse ela. Mas o forte desempenho do mercado de ações nos últimos anos pode ter deixado alguns investidores sobre-expostos às ações, disse, o que realça a necessidade de reequilibrar regularmente as carteiras.
Gow disse que se sente afortunada por ainda ter a oportunidade de regressar ao trabalho. “Se conseguir obter mais rendimentos, posso esperar que isto passe”, disse. Mas a ansiedade mantém-se. “Porque isto é suposto durar até aos meus 90 anos”, disse ela. “Tenho agora uma janela muito curta para poder recuperar o que ele me fez perder”.
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Juiz suspende a acusação contra um alegado predador de crianças, invocando a má conduta da polícia de Toronto
Um juiz do Ontário suspendeu a acusação contra um acusado de abuso sexual de crianças que enfrentava um caso “forte”, afirmando que a má conduta da polícia e o tratamento dado ao arguido pelos agentes significavam que era necessário parar o processo para proteger a integridade do sistema judicial.
OServiço de Polícia de Toronto prendeu Simitkumar Patel às 9:35 da manhã do dia 9 de março de 2023. Patel alegadamente acreditava que tinha estado a falar online com uma rapariga de 13 anos chamada Amelie, mas depois de ter chegado ao York Mills Centre, em Toronto, onde esperava encontrar-se com ela, foi confrontado pela polícia e detido.
Nos dias que se seguiram à operação, o juiz David Porter, do Ontário, afirmou que a polícia e os funcionários da prisão mentiram a Patel, interrogaram-no indevidamente, não lhe deram acesso adequado a um advogado, deixaram-no passar fome, negando-lhe comida vegetariana, e não garantiram que ele comparecesse prontamente em tribunal.
O agente responsável pela investigação, o detetive Guy Kama, também prestou um
testemunho “falso ou enganador” em tribunal, segundo Porter. “A polícia fez realmente asneira neste caso”, disse Jeff Hershberg, um advogado de defesa criminal não envolvido no caso. “Quando se tem uma confluência de erros e mentiras no depoimento - tentando enganar um juiz - o único resultado que deve ocorrer é a rejeição das acusações”, disse Hershberg. Patel enfrentou quatro acusações criminais, incluindo aliciar uma criança, fazer pornografia infantil e possuir pornografia infantil. A sua advogada, Stephanie DiGiuseppe, recusou-se a comentar o assunto.
Na sua decisão de 31 de março, Porter concluiu que o processo contra Patel “parece ser forte”, mas que era necessário suspender a sentença. A suspensão seguiu-se a um pedido da defesa em que o advogado de Patel solicitou ao tribunal que considerasse que os seus direitos tinham sido violados. “A totalidade das violações da Carta e da má conduta da polícia é tão ofensiva para as noções sociais de fair play e decência que prosseguir com um julgamento face a essa conduta seria prejudicial para a integridade do sistema judicial”, afirmou Porter.
CBC/MS
Acampamentos de tendas estão a aumentar em Toronto
O número de tendas montadas por pessoas sem-abrigo em Toronto está a aumentar e os acampamentos estão a aparecer em parques e ravinas fora da baixa da cidade, onde nunca tinham sido vistos antes, segundo um alto funcionário municipal.
“Estamos a assistir ao aparecimento de sem-abrigo em locais onde tradicionalmente não os víamos. Isso acontece fora do centro da cidade, em comunidades de toda a cidade”, disse Gordon Tanner, diretor-geral da Toronto Shelter and Support Services. “Trata-se fundamentalmente de uma questão de acessibilidade económica”.
Numa carta enviada à Câmara Municipal em resposta a um inquérito administrativo de um vereador, o município informou que havia 283 acampamentos em Toronto a 14 de março. Os dados divulgados no ano passado mostram que havia 202 acampamentos em 15 de março de 2024. A cidade define uma tenda como um acampamento.
Com Toronto a atravessar uma crise contínua de habitação e de sem-abrigo, Tanner afirmou que o número crescente de tendas é um sinal de que as pessoas não conseguem aceder a habitação acessível e de apoio. Se-
gundo ele, a cidade precisa de mais habitações para acolher as pessoas em casa. “As pessoas, quando não têm um lugar para onde ir, dependem dos seus próprios meios e, por vezes, isso significa montar uma tenda e estar num local público como um parque”, afirmou. Tanner afirmou que a cidade está a tomar medidas para encontrar alojamento para as pessoas nos acampamentos. Segundo Tanner, a cidade tem um plano de capital a 10 anos para construir 20 novos abrigos em Toronto, plano esse que foi apresentado ao conselho no verão passado. Prevê-se que o primeiro abrigo, no âmbito desse plano, seja inaugurado em 2027. Além disso, afirmou que a cidade tem equipas de funcionários no terreno, que trabalham com pessoas sem abrigo, oferecendo-lhes acesso a serviços de apoio, “tratando-as com dignidade, empatia e compaixão” e tentando colocá-las em habitações o mais rapidamente possível. Os membros da equipa estão também a contactar as pessoas sem abrigo nos transportes públicos, afirmou. “Entretanto, durante esta situação habitacional em que nos encontramos, continuamos a assistir ao crescimento de acampamentos por toda a cidade”, afirmou. CBC/MS
LOCAL
Gardiner Expressway no sentido oeste é encerrada para reparação da ponte e será reaberta
em maio de 2026
A Gardiner Expressway, no sentido oeste, foi reduzida de quatro para três faixas na quarta-feira, num encerramento que se prolongará até maio de 2026. O encerramento, que está a acontecer a leste da Park Lawn Road até à Grand Avenue, está a acontecer para que a cidade possa continuar os trabalhos de reparação críticos em cinco pontes, disse a cidade. “Sabemos que vai ser difícil, mas precisamos de fazer este trabalho”, disse Jennifer Graham Harkness, engenheira-chefe da cidade e diretora executiva dos serviços de engenharia e construção. “Vamos estar atentos e certificar-nos de que podemos ajudar a manter as pessoas em movimento”.
Também as faixas da Gardiner Expressway em direção a leste serão reduzidas
da Grand Avenue para leste da Park Lawn Road, mas não haverá encerramento de faixas. Esta medida manter-se-á até novembro de 2026, segundo a cidade. Harkness disse que a cidade está a permitir que o empreiteiro trabalhe mais horas, incluindo 24 horas por dia, se necessário. O empreiteiro receberá também incentivos para que o trabalho seja efectuado “o mais rapidamente possível”, afirmou.
Durante a construção, a cidade implementará medidas de gestão do congestionamento, incluindo a monitorização do tráfego na Gardiner e ajustamentos em tempo real dos tempos dos sinais de trânsito, de acordo com um comunicado de imprensa do mês passado.
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Legislativas
"Quem
não deve, não teme" afirma Pedro Nuno Santos
A documentação prometida pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, sobre a compra das suas duas casas foi publicada, na quinta-feira (17), no site da campanha, estando disponíveis escrituras, contratos, cadernetas prediais ou notificações sobre IMI.
Na sequência da notícia de que Ministério Público abriu uma averiguação preventiva sobre compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo, Pedro Nuno Santos prometeu publicar estes documentos, pediu para ser ouvido pelo Ministério Público e disse que “quem não deve não teme, quem não teme não foge”. No topo do site da campanha para as legislativas e sob o lema "quem não deve não teme" são disponibilizados nove documentos sobre este património, assim como notícias e respostas à comunicação social que foram dadas na altura em que este caso veio a público, em 2023. Usando outra das frases ditas na véspera pelo líder do PS de que “as denúncias são anónimas, mas a verdade é pública”, entre os documentos disponibilizados estão as escrituras das duas casas, contratos de compra e venda, contratos de promessa de compra e venda, notificação da AT sobre o novo IMI da Casa de Montemor-o-Novo, cadernetas prediais ou um
contrato de doação de ações da Tecmacal, empresa do pai do líder socialista.
Pedro Nuno Santos afirmou na quarta-feira à noite (16) aos jornalistas que foi com “surpresa que soube pela imprensa” desta questão e disse estranhar a coincidência e o momento da divulgação da notícia. O líder socialista assegurou que não foge ao escrutínio e que está disponível para o mesmo, ao contrário do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que acusou de não o fazer.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva na qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR). "Na sequência de receção de denúncias e tendo em vista a recolha de elementos, o Ministério Público determinou a abertura de uma averiguação preventiva", referiu fonte oficial da PGR, sem adiantar mais detalhes sobre o caso. Segundo o jornal "Observador", que avançou a notícia, em causa estão suspeitas relacionadas com a aquisição de um imóvel em Lisboa e outro em Montemor-o-Novo. A averiguação preventiva "corre termos" no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), no qual é investigada a criminalidade económico-financeira mais complexa.
JN/MS
Família da grávida da Murtosa recusa julgamento à porta fechada e recorre para a Relação do Porto
A família de Mónica Silva vai recorrer ao Tribunal da Relação do Porto para contestar que o julgamento da grávida da Murtosa decorra à porta fechada, como foi decretado pela juíza-presidente do coletivo do Tribunal de Aveiro, Diana Tavares Nunes. Aquela magistrada judicial, tal como as suas duas juízas-adjuntas, Susana Maria Cajeira e Dora Isabel Duarte, decidiram que o julgamento se realize em audiências sem público e sem jornalistas.
António Falé de Carvalho, advogado que representa a família da vítima, vai formalizar o recurso ainda esta semana. A decisão foi tomada depois de realizada uma reunião com os familiares de Mónica Silva. Segundo revelou ao JN aquele advogado penalista: “eu já tinha uma ideia formada a esse respeito, não tinha
quaisquer dúvidas que devia recorrer, mas a decisão coube como sempre à família da infeliz vítima, a Mónica Silva”.
António Falé de Carvalho, que representa o viúvo e os dois filhos menores da vítima, acredita “ser uma decisão legítima [determinar a exclusão de publicidade] e de quem é competente para o efeito”, mas, afirma: “eu entendo que o Tribunal foi longe demais”.
O Tribunal de Aveiro comunicou aos jornalistas, que já não poderão consultar o processo, apesar de todos os autos não se encontrarem sequer abrangidos por segredo de justiça há quase meio ano. O único acusado pelo homicídio da grávida desaparecida da Murtosa, o economista e empresário Fernando Valente, continua em prisão domiciliária.
PGR e Tribunal de Contas investigam pagamentos ilegais na Embaixada de Angola
A Procuradoria-Geral da República abriu um inquérito para apurar responsabilidades criminais na gestão da embaixada de Portugal em Angola por parte de dois ex-embaixadores em Luanda, entre os anos de 2015 e 2022.
Em causa, segundo o jornal "Sol", que avança a notícia, está a utilização pelos diplomatas João Caetano da Silva e Pedro Pessoa e Costa de milhares de euros obtidos com o aluguer ilícito de apartamentos do edifício da embaixada a delegados da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mas também a estagiários, para pagamento de despesas pessoais e representação do Esta-
Trá co
do à margem das regras contabilísticas. De acordo com o semanário, esta situação foi classificada pela Inspeção-Geral Diplomática e Consular do Ministério dos Negócios Estrangeiros como uma "contabilidade paralela".
Segundo o "Sol", o caso foi denunciado pelo atual embaixador de Portugal em Luanda, Francisco Alegre Duarte, que ao chegar a Angola foi confrontado com a situação, alegadamente, ilegal que se prolongava há anos e pediu então uma inspeção às contas.
Também o Tribunal de Contas confirmou ao jornal que está a decorrer um processo para apurar responsabilidades financeiras. JN/MS
Mulher em fuga há 24 anos detida quando regressava a casa na Madeira
A PSP deteve, através da Divisão Policial de Segurança Aeroportuária, uma mulher, com 63 anos, que andava fugida à Justiça há 24 anos. Tinha para cumprir seis anos de prisão por tráfico de droga.
De acordo com a PSP, a mulher, natural da Região Autónoma da Madeira, foi fiscalizada no Aeroporto Cristiano Ronaldo, quando entrava em Portugal num voo com proveniência britânica, "tendo sido possível apurar que se encontrava declarada contumaz por um crime de tráfico de estupefacientes praticado em 1997".
Médicos
Foram acionados os procedimentos necessários à verificação da validade do mandado de detenção emitido, "concluindo-se que a sentença pelo crime cometido havia transitado em julgado no ano 2001, com a condenação a uma pena de seis anos de prisão efetiva".
Foi-lhe dada voz de detenção e transportada para o Estabelecimento Prisional da Cancela para começar a cumprir a pena a que fora condenada.
JN/MS
Abertas 322 vagas carenciadas para tentar fixar médicos
Despacho não prevê novos incentivos, mas há um novo modelo de USF-B em estudo. Há 579 vagas para médicos de família e 1552 para hospitais.
OMinistério da Saúde abriu 579 vagas para médicos de família, 57 para médicos de Saúde Pública e 1552 para especialidades hospitalares. Nestas vagas, há 322 em áreas geográficas consideradas carenciadas - exatamente o mesmo número do ano passado - e, como tal, abrangidas pelos incentivos, pecuniários e outros, definidos na lei há vários anos. Os novos apoios prometidos pela ministra da Saúde para fixar médicos em zonas pouco atrativas não estão contemplados no despacho conjunto dos ministros das Finanças e da Saúde, que deverá ser publicado hoje em Diário da República.
O diploma fixa o número máximo de postos de trabalho médicos a preencher nos quadros das unidades locais de saúde (ULS), bem como as vagas carenciadas que cada uma pode abrir.
A área de Medicina Geral e Familiar fica com 97 das 322 vagas carenciadas, das quais 84 são para Lisboa e Vale do Tejo. A região Centro tem 13 vagas com incentivos para médicos de família, todas na ULS da Região de Leiria, e o Norte duas (ULS Trás-os-Montes e Alto Douro). Na área hospitalar, há 214 vagas carenciadas, com destaque para ginecologia/ obstetrícia (33
de um total de 89), pediatria (33 de 110) e Medicina Interna (31 de 206). Em novembro do ano passado, no encerramento do congresso da Ordem dos Médicos, Ana Paula Martins afirmou que o Governo já estava a trabalhar no concurso para recrutamento de médicos de 2025 porque “associado ao concurso” teria de haver “outro tipo de incentivos”. Segundo fonte do Ministério da Saúde, está a ser trabalhado um novo modelo de USF-B adaptado aos territórios de baixa densidade, que corresponde aos anseios de quem representa os médicos de família.
JN/MS
O Executivo da CCWU deseja a todos os seus membros e à comunidade portuguesa uma
Feliz Páscoa
A Canadian Construction Worker’s Union é um sindicato que abrange todos os sectores da indústria da construção civil. O nosso propósito é representar os que não têm representação, garantindo que os nossos sócios são devidamente tratados e protegidos, para que no final de cada dia possam regressar às suas casas e ao seio das suas famílias. Os sócios da CCWU desfrutam de bons salários, benefícios de saúde e pensão. Presidente: Joel Filipe | Vice-Presidente: Victor Ferreira | Financial Secretary: João Dias | Recording Secretary: Luis Torres | Trustee: Ana Aguiar
Trump diz que todos os países querem negociar novas taxas aduaneiras
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou, na quinta-feira (17), que “todos os países” querem negociar as tarifas aduaneiras, “incluindo a China”, com a qual o conflito comercial se agravou e as taxas foram reciprocamente aumentadas até 145%.
Trump expressou-se nestes termos numa publicação no seu perfil oficial na rede social de que é proprietário, a Truth Social, em que informou que na quarta-feira (16) manteve uma conversa telefónica com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, sobre essa matéria, e
Tarifas
se reuniu também com um grupo de enviados do Japão. “Todos os países, incluindo a China, querem reunir-se.”, escreveu o presidente dos Estados Unidos.
Trump adotou uma política tarifária que aumenta as tarifas aduaneiras sobre todos os produtos importados de países estrangeiros em pelo menos 10%.
No caso da União Europeia (UE), este valor é de pelo menos 20%, embora o chefe de Estado norte-americano tenha aprovado uma moratória de 90 dias que, no entanto, não se aplica à China.
JN/MS
Desinformação
Rússia usa IA para intensificar campanhas de desinformação em França
A NewsGuard concluiu, numa investigação, que uma campanha de desinformação russa tem usado conteúdo fabricado por inteligência artificial (IA) para atingir o Governo francês, contando com mais de 55 milhões de visualizações nas redes sociais.
ANewsGuard descobriu que a operação de influência russa intitulada Storm (tempestade) – 1516 difunde propaganda do Kremlin e que usa IA para criar e espalhar alegações falsas em França. A propagação de desinformação faz-se, sobretudo, através de redes sociais como o X, Facebook, Instagram, Rumble, Reddit e Bitchute, em diversos idiomas como português, italiano, inglês ou alemão, tendo as 38.877 publicações alcançado mais de 55,8 milhões de visualizações.
A investigação descobriu ainda que as principais ferramentas de IA generativa repetiram estas falas narrativas sobre França, “representando uma nova ameaça de desinformação”.
As narrativas construídas falsamente visam, sobretudo, o presidente Francês, Emmanuel Macron, sendo que as “autoridades francesas reconheceram que os ataques de desinformação russos estão a acelerar” no país.
Recentemente numa iniciativa organizada pelo Viginum, o serviço de vigilância e proteção contra interferência digital estrangeira em França, o primeiro-ministro, François Bayrou, disse que “França é, depois da Ucrânia, o país da Europa mais visado por tentativas de manipulação vindas do exterior”. Desde agosto de 2023, a NewsGuard detetou cerca de 51 narrativas
falsas ligadas a esta operação, visando a Ucrânia, as eleições americanas de 2024, os Jogos Olímpicos de 2024, as eleições alemãs de fevereiro de 2025 e mais recentemente a França.
Neste caso, “o surgimento de novas ferramentas de IA facilmente acessíveis e a reversão gradual dos esforços e moderação pelas plataformas de tecnologia serviram para ajudar essas campanhas de desinformação a prosperar”.
Na Storm – 1516 a estratégia utilizada para difundir informação falsa consiste na construção de uma narrativa enganadora em torno de uma figura pública, sendo que depois com o auxílio da IA e de conta falsas, a narrativa é amplificada.
JN/MS
Lagarde lembra que já há tarifas em vigor que são "choque negativo na procura"
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou que já há tarifas em vigor que são um "choque negativo na procura", que se pode agravar com taxas adicionais.
Na conferência de imprensa após ter sido anunciado mais um corte nas taxas de juro em 25 pontos base, a presidente do BCE apontou que se vive um ambiente de incerteza e que os efeitos das tarifas ainda não são completamente claros.
"Sabemos que é um choque negativo na procura e podemos antecipar que vai ter algum impacto no crescimento, mas o impacto líquido na inflação ficará mais claro com o tempo", salientou a responsável, admitindo que há possíveis efeitos das tarifas, como a fragmentação de cadeias de fornecimento, que podem levar a pressões inflacionárias mas também no sentido contrário.
No que diz respeito à atividade económica, a "escalada nas tensões de comércio global vai provavelmente baixar o cres-
cimento da área do euro e pode arrastar o investimento e o consumo".
Lagarde destacou que algumas das tarifas já estão em vigor, que subiram de aproximadamente 3% até 13% em termos de taxas em bens exportados para os EUA, mas também há a "perspetiva de algo que pode ser muito mais impactante e há uma série de respostas potenciais do lado da Comissão Europeia". Assim, existe ainda muita incerteza e "haverá muitas decisões das próximas semanas e meses que serão de-
cisivos", notou, recordando que a pausa de 90 dias determinada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, para as tarifas adicionais vai acabar.
Neste cenário, a responsável garantiu que a decisão de cortar as taxas diretoras em 25 pontos base foi unânime entre os governadores: "outras opções foram debatidas, mas ninguém defendeu um corte de 50 pontos", disse. JN/MS
Ex-engenheira que denunciou problemas de segurança da Tesla vence Musk em tribunal
A ex-engenheira da Tesla que denunciou problemas de segurança teve, esta semana, uma vitória nos tribunais contra a fabricante de veículos elétricos e Elon Musk.
Cristina Balan trabalhava na Tesla e a sua proeminência fez com que as iniciais CB fossem colocadas nas baterias dos primeiros carros Model S produzidos. “Tudo correu mal quando percebi que estavam a esconder alguns problemas críticos de segurança”, afirmou a engenheira nascida na Roménia ao canal britânico BBC. A então funcionária, muito bem vista por colegas e superiores, de acordo com o jornal “Los Angeles Times”, estava incomodada por acreditar que contratos da
fabricante de veículos elétricos eram feitos devido a amizades em vez de critérios de qualidades ou preço. Balan denunciou internamente problemas com os tapetes instalados no Model S, que se enrolavam sob os pedais, o que dificultaria o uso do travão e poderia causar acidentes. Chegou a enviar um e-mail para Elon Musk. Foi demitida e ganhou a arbitragem contra a Tesla devido ao despedimento sem justa causa. A história da sua demissão foi publicada no portal "The Huffington Post", em 2017. Em reação, a empresa publicou um comunicado em que acusou Balan de trabalhar num “projeto secreto” e de usar fundos da corporação para uma viagem para Nova Iorque em que lidaria com tal projeto pessoal. O “projeto secreto” era co-
nhecido por executivos da Tesla, incluindo Musk, segundo e-mails e documentos apresentados à Justiça, citados pelo “Los Angeles Times”, enquanto a viagem para Nova Iorque foi recomendada por um diretor da fabricante de carros.
A nota acusatória fez com Balan apresentasse um caso de difamação contra a empresa. No entanto, a decisão publicada pelo Tribunal de Recursos do Nono Circuito dos EUA anulou a confirmação de 2022 feita pelo Tribunal para o Distrito Norte da Califórnia de uma arbitragem favorável a Tesla de 2021. A arbitragem, procedimento realizado devido ao contrato que a engenheira tinha com a fabricante de veículos, tinha decidido que o processo devido às declarações da Tesla de 2017 e de Musk, de
2019, prescreveram, uma vez que já tinha passado o prazo de um ano para apresentar uma queixa.
O Tribunal de Recursos decidiu que a instância inferior não tinha jurisdição para confirmar, a pedido da Tesla, o veredito da arbitragem. Balan espera que tal medida permita uma nova ação judicial. “Esperamos iniciar um novo processo e teremos a hipótese de enfrentar Elon Musk perante um júri e um juiz”, declarou à BBC a engenheira, que atualmente está em tratamento de quimioterapia, numa entrevista no ano passado. “Quero limpar o meu nome. Gostaria que Elon Musk tivesse a decência de pedir desculpa”.
O executivo açoriano celebrou um protocolo para constituição da nova Rede Internacional de Organizações de Serviço Social dos Açores e da Diáspora, para fomentar a colaboração e responder à integração dos açorianos emigrados e regressados à região.
Oacordo foi celebrado em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no âmbito do Encontro Internacional de Organizações de Serviço Social dos Açores e da Diáspora, promovido pelo Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).
Segundo o texto do protocolo, que envolve a Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades e cerca de duas dezenas de instituições, o mesmo é justificado por a sociedade atual ser "cada vez mais marcada pela globalização, caracterizada pela instabilidade internacional e por fluxos migratórios cada vez mais intensos, o que exige uma ação permanente baseada na articulação entre entidades governamentais e instituições da sociedade civil".
O Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, tem estabelecido parcerias com diversas instituições sedeadas nas comunidades açorianas radicadas na América do Norte, designadamente nos Estados Unidos, Canadá e Bermuda.
Além disso, a Direção Regional das Comunidades integra a Rede de Suporte Sociocultural à Mobilidade Humana, que desenvolve trabalho no âmbito da ação social, no sentido de apoiar os processos de integração dos açorianos na diáspora e dos que optam por regressar à região.
Contudo, lê-se no documento, as instituições com quem a Direção Regional das Comunidades tem vindo a estabelecer parcerias são, por vezes, confrontadas com constrangimentos a nível de recursos técnicos, humanos, logísticos ou outros, dificultando uma resposta rápida e eficaz às
situações/problemas da população açoriana migrante.
De acordo com o documento, com a parceria estabelecida pretende-se, "promover um conjunto de respostas de suporte sociocultural que permitam, através da cooperação entre diferentes entidades regionais, nacionais e estrangeiras, contribuir para a integração efetiva dos açorianos emigrados e açorianos regressados à região" e posicionar a Rede Internacional de Organizações Comunitárias de Serviço Social como "estrutura de suporte e projeção de políticas sociais ativas no domínio da problemática do emigrante e do emigrante regressado".
Rentabilizar recursos e estratégias, evitando uma ineficaz duplicação de intervenções e melhorando respostas estruturadas e articuladas e promover a realização de estudos e diagnósticos que permitam um conhecimento mais profundo da realidade e uma permanente adequação da intervenção dos diversos intervenientes, são outros dos objetivos.
A nova rede desenvolve a sua intervenção junto de emigrantes e emigrantes regressados, em situações de vulnerabilidade e/ou exclusão social, sujeitos a repatriamento ou deportação, de crianças e jovens em situação de exclusão social, negligenciados, com dificuldades de aprendizagem ou em situação de adoção e de pessoas vítimas de crime. O protocolo revoga o celebrado em 10 de novembro de 2011 e é válido até 31 de dezembro de 2025, considerando-se automática e sucessivamente renovado por períodos de um ano. A Direção Regional das Comunidades assume o papel de promotor e de coordenação da Rede Internacional de Organizações de Serviço Social dos Açores e da Diáspora.
NM/MS
Funchal com movimento de escalas de cruzeiros recorde no 1.º trimestre
O Porto do Funchal, na Madeira, registou este ano o melhor primeiro trimestre de sempre, com um movimento de 266.964 passageiros, num total de 105 escalas. Em comunicado, a Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) indica que o número de passageiros movimentados subiu 19,64% e o de escalas de navios de cruzeiros 36,36%, face aos primeiros três meses de 2024. "Foi o melhor primeiro trimestre de sempre", destaca a APRAM, acrescentando que passaram ainda pelo Porto do Funchal 92.903 tripulantes, mais 26,32% do que os contabilizados no primeiro trimestre do ano passado (73.541).
Este movimento de passageiros e cruzeiros terá gerado "mais de 22 milhões de euros de impacto direto na economia regional", tendo por base um estudo realizado pela Associação Comercial e Industrial do Funchal, que estima um gasto médio de 61,40 euros por passageiro/tripulante.
A responsável acrescenta que este "crescimento sustentável" revela o interesse da indústria dos cruzeiros na Madeira e "mostra que a região é um ativo importante para um setor competitivo e global". Salientando que 2024 foi o "melhor ano de sempre para o turismo de cruzeiros na Madeira", a APRAM considera que o primeiro trimestre deste ano "deixa boas indicações para os resultados de 2025". NM/MS
O orgulho de um povo que canta, dança e emociona além-fronteiras.
A 13.ª edição dos International Portuguese Music Awards (IPMA), apresentado pela GNOMI, teve lugar no sábado, dia 12 de abril de 2025, no Providence Performing Arts Center, em Rhode Island, EUA.
O evento celebrou a diversidade e a excelência da música em português, reunindo artistas de Portugal, da diáspora e de outros países lusófonos. Foi uma verdadeira homenagem ao talento de músicos que partilham uma herança cultural comum e que, através da sua arte, mantêm viva a identidade da lusofonia no mundo. Em palco, cruzaram-se vozes emergentes e nomes consagrados, num tributo vibrante à riqueza de géneros e estilos que compõem o universo musical lusófono.
Este ano, o palco dos IPMA recebeu atuações de artistas de renome, entre eles Fernando Daniel, João Pedro Pais, Augusto Canário,
que canta, dança e emociona além-fronteiras.
A condução da cerimónia cou a cargo do apresentador Ricardo Farias e da atriz Daniela Ruah, que mais uma vez assumiram com naturalidade e carisma o papel de an triões, guiando o público por uma noite memorável de celebração musical.
No palco deste prestigiado evento subiram várias personalidades bem conhecidas do universo lusófono. A abertura do espetáculo cou a cargo do humorista Mike Rita, que deu o tom leve e descontraído à noite. A ele juntaram-se nomes como a fadista Alison Marie De Oliveira, a nadadora olímpica Jayla Pina, o diretor executivo da ACAPO, José Eustáquio, e o apresentador do podcast The Heart and Hustle of Portugal, Tony Gonçalves. Também marcaram presença André Caldeira e João Miranda, do Canal Q, os jornalistas Sérgio Figueiredo e Margarida Pinto Correia, bem como José Fragoso, diretor de programas da RTP1 e da RTP Internacional, Miguel Vaz, diretor da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), e Manuel DaCosta, presidente dos International Portuguese Music Awards (IPMA).
Cremilda Medina, Jorge Silva, The Manic Boys and Girls Club e o Tito Paris num verdadeiro orgulho de um povo
DANIELA RUAH E
JOÃO PEDRO PAIS
VAXXO
NICK SOUZA 4 MENS
MIKE RITA
SOHAYLA SMITH
EMILY NAWROCKI
MARTA PEREIRA DA COSTA
TITO PARIS
JAYLA PINA
MACKENZIE ARROMBA
LUIZINHO
Na disputa para a categoria de Novo Talento, subiram ao palco os artistas Serena Kaos e Luizinho, dois nomes em ascensão que simbolizam a força criativa e a diversidade da nova geração de músicos de expressão portuguesa.
Foram entregues treze troféus:
Videoclipe do Ano “Dois” Fernando Daniel Realizador: Xander Da Silva (PT)
Melhor Atuação Instrumental “Dia de Feira ft. Iván Melon Lewis” Marta Pereira da Costa (PT)
Melhor Atuação de World Music “Energia” Vargas Monteiro (US)
Melhor Atuação Tradicional “Meninas do Minho” Os Pêgas (PT)
Melhor Atuação de Fado “Canoas do Tejo” Marco Rodrigues (PT)
Melhor Atuação de Rap/Hip-Hop/Dança “Povo ft. Soraia Ramos” Supa Squad (PT)
Melhor Atuação de Rock “Never Leave Again” Silva Lining Band (PT)
Melhor Atuação Pop “Hate Myself For Loving You” Mackenzie Arromba (CA)
Melhor Atuação de Música Popular “Cerveja d´Alegria ft Adriana Lua” 4 Mens (PT)
Canção do Ano “Algo Mais” Milhanas, escrita por: Milhanas, Jon (PT)
Prémio People's Choice, apresentado pela The Heart and Hustle of Portugal Podcast “Meninas do Minho” Os Pêgas (PT)
Novo Talento Luizinho (US)
O vencedor do Prémio Novo Talento recebeu um prémio em dinheiro de 2000 dólares, cortesia da MDC Music em Toronto.
Prémio Embaixador Cultural Augusto Canário
Esta distinção celebra indivíduos que atuam como verdadeiros embaixadores do património português no mundo, promovendo uma valorização mais profunda das tradições, dos valores e da identidade cultural. Através da sua dedicação e in uência, mantêm viva a herança lusófona e projetam Portugal além-fronteiras, inspirando
novas gerações a permanecerem ligadas às suas raízes.
Estima-se que o espetáculo dos International Portuguese Music Awards (IPMA) alcance mais de 20 milhões de lares em todo o mundo, graças à sua transmissão através da RTP1, RTP Internacional, Camões TV, The Portuguese Channel, entre outros meios de comunicação.
Mais do que uma gala, os IPMA tornaram-se um verdadeiro hino à cultura lusófona, ecoando nos quatro cantos do mundo e unindo, através da música, comunidades de língua portuguesa espalhadas pelo globo desde 2013.
Com o brilho ainda fresco da edição de 2025, já se sente no ar a antecipação pela próxima celebração dos IPMA, um evento que, ano após ano, reforça os laços da lusofonia através da música.
Para mais informações, curiosidades, galerias fotográ cas deste dia inesquecível e para (re)descobrir as canções nomeadas, visite: IPMAawards.com.
Francisco Pegado/MS. Fotos: Djecy Ramos, Francisco Pegado, IPMA, Paulo Chaves, Sousa Image Works,
RICARDO FARIAS
THE BLUES EMERGENCY
DAVID SARAIVA, MANUEL DACOSTA E ZACK XAVIER
JORGE SILVA
CREMILDA
AUGUSTO CANÁRIO
THE MANIC BOYS AND GIRLS CLUB
NELSON SOBRAL
SILVA LINING BAND
ALISON MARIE DE OLIVEIRA
OS PÊGAS
FERNANDO DANIEL E SIMÃO SILVA
TY FALCOA & MITCH FRANCIS
JOGAR ATÉ AOS 42... SERÁ?
Às segundas-feiras, Sérgio Esteves, do FC Porto, Vítor Silva, do SL Benfica, Sérgio Ruivo, do Sporting CP, Francisco Pegado é o árbitro desta partida onde nada, nem ninguém ficará Fora de Jogo.
Todas as segundas-feiras, às 6 da tarde, no Facebook da Camões Radio.
Não fique Fora de Jogo.
entram em campo, fazem remates certeiros e defesas seguras.
I LIGA A síndrome da intranquilidade do líder infetou o Ben ca
É como se o topo assustasse, o movimento de olhar para cima não ver ninguém causasse vertigens. Pela terceira vez esta época, o Benfica iniciava uma jornada como líder do campeonato. E pela terceira vez acaba essa mesma jornada sem ser líder. Aconteceu depois
do empate nas Aves, depois da derrota em Alvalade. Agora, com o momentum do seu lado, com os adversários em falência, o Benfica volta a não agarrar a ocasião. O empate frente ao Arouca (22), que marcou já nos descontos, deixa o Sporting na frente do campeonato, com os mesmos 69 pontos da equipa de Bruno Lage. Cada vez mais a I Liga caminha para se resolver nos últimos instantes, nos pormenores.
Um pormenor não foi aquilo que o Arouca fez na Luz. Sem nunca se entrincheirar no seu meio-campo, confiou na 1.ª parte na coesão da sua organização defensiva. Ao Benfica não faltou volume atacante, vagas e vagas de gente a assoberbar a área arouquense, mas abusando quase sempre do jogo exterior, face ao posicionamento meticuloso da equipa do distrito de Aveiro. Quando tudo falhou, houve sempre um último homem para salvar em cima da linha. Apesar dos 15 remates e dos nove cantos, ao Benfica faltava variabilidade no ataque na primeira parte e o Arouca ia para o intervalo a sonhar.
Um sonho ao qual se agarrou nos primeiros minutos da 2.ª parte, com um futebol ousado, liderado por Jason Remeseiro, importante no momento defensivo e a ligar o ataque. É no período mais interessante do Arouca que o Benfica marca, aos 60’: Carreras passou por dois adversários na esquerda, movimento que tantas vezes falhou na 1.ª parte, com Aursnes a amortecer suavemente para o remate colocado de Orkun Kökçü à entrada da área.
O perigo voltou a rondar a baliza de Nico Mantl logo a seguir, com Di María a ficar perto em recarga a um primeiro remate de Kerem Aktürkoğlu e o Benfica parecia embalado para encontrar territórios de tranquilidade. Não foi assim. Yalçin empatou minutos depois, de penálti.
A dez minutos do fim, um lance ganho na raça por Aktürkoğlu transformou-se num canto, esse canto tornou-se num canto curto e o Arouca foi apanhado na curva. Quando Kökçü cruzou para o segundo poste, Alex Pinto não estava lá para cobrir Pavlidis, que marcou o 11.º golo nos últimos 10 jogos na I Liga, confirmando um 2025 extraordinário, depois das dúvidas iniciais.
Estava perto a 11.ª vitória consecutiva do Benfica, que podia igualar a série do início da temporada do Sporting. Em dez minutos, a Luz viu um golo anulado a Schjelderup, a euforia, a intranquilidade a regressar e já nos descontos o Arouca de novo a empatar, um golo que premeia a exibição de uma equipa que jogou como um grande contra um grande.
Não haverá muito para salvar nesta época do FC Porto (embora o mau possa sempre ser pior), mas enquanto houver uma bola, uma baliza e um talento, algo mágico pode acontecer. O minuto 5 do Casa Pia-FC Porto, jogo absolutamente pouco memorável, entrará num qualquer panteão de grandes momentos desta I Liga. Porque Rodrigo Mora é puro futebol. A roleta com que tirou José Fonte, campeão da Europa, mais 24 anos em cima, da jogada; como, em esforço, ainda conseguiu rematar para o golo valerá, por si só, a vitória suada do FC Porto por 1-0, voltando assim a equipa de Martín Anselmi aos triunfos, depois do copioso clássico da última jornada.
Não consta que Zinedine Zidane saiba onde é Rio Maior, mas o seu espírito esteve ali presente, na técnica do miúdo, casada com a ousadia quase insolente de quem sabe pintar um quadro com as chuteiras. O pé resvalando na bola, os olhos postos na baliza, o adversário derrotado perante o impossível. A melhor homenagem àquele por quem no início do jogo se fez um minuto de silêncio: Rodrigo Mora até pode não vestir as cores de Aurélio Pereira, mas era por causa de meninos como Rodrigo Mora que Aurélio Pereira continuava a parar em qualquer parque onde visse miúdos a brincarem com uma bola. E enquanto houver Rodrigo Mora há esperança para o FC Porto, ferido de morte há uma semana em pleno Dragão, levantado do chão por um miúdo de 17 anos que não quer olhar para o passado. Será à volta dele que este FC Porto terá de se reconstruir.
Faltou à equipa de João Pereira, que perdeu muita qualidade individual no último mercado, um pouco mais do que as arrancadas laterais de Larrazabal ou a luta constante de Cassiano, trabalhador nato, mas a quem falta instinto matador. A qualidade de jogo decaiu muito nos últimos 30 minutos e a roleta de Mora tornou-se quase mal-empregada num jogo tão atabalhoado - mas ainda bem que existiu.
Creditos: DR
Casa Pia A.C. 0
FC Porto 1
Creditos: DR
Uma vitória do Sporting ao contrário
açorianos com muito mérito na forma truncaram qualquer veleidade aos leões na 1.ª parte.
fome de golos. E, no banco, Quenda, um dos poucos fantasistas.
Por vezes, 15 minutos bastam. E por isso fica a pergunta de porque é que o Sporting de Rui Borges não pode ser o Sporting do início da 2.ª parte, em que marcou o único golo da vitória frente ao Santa Clara e esteve perto de encaixar mais remates. Foi um Sporting reverso o que se apresentou pressionadíssimo em São Miguel, depois de perder a liderança para o Benfica na última jornada. A entrada não foi boa, mas houve reação. Ainda assim, nunca o jogo esteve verdadeiramente controlado perante uns
Uncork
Desta vez, e ao contrário de tantos outros jogos desta temporada, o Sporting começou mal e melhorou, uma espécie de leão reverso, que reagiu bem à estratégia inicial mal calculada por Rui Borges. Apostando desta vez em Fresneda para a ala direita, o campeão nacional caminhou alegremente para a teia de linhas juntas tecida por Vasco Matos. Perante a falta de espaços, houve lançamentos em barda para um espaço nas costas inexistente, tentativas de jogar em profundidade falhadas. O cerco a Gyökeres deixou o sueco à míngua de bolas, com
A jogar a favor do vento, só os remates de meia-distância colocaram o Sporting mais perto do perigo nos primeiros 45 minutos, opção que os leões demoraram a descortinar. Debast, num livre direto, Trincão e, já nos descontos, Geny, tentaram a sua sorte e não ficaram longe, numa 1.ª parte praticamente sem ações nas duas áreas. Faltou velocidade, ideias ao Sporting. E leitura do que se estava a passar.
Rui Borges confiaria nos mesmos para iniciar a 2.ª parte e aqueles primeiros minutos dar-lhe-iam razão. Fresneda arriscou mais, Trincão baixou para procurar a ligação que sempre faltou na 1.ª parte. O Sporting era mais rápido e mais inten-
so. O Santa Clara, também com direito a acreditar, subiu linhas. E num dos únicos erros defensivos dos açorianos, o Sporting aproveitou. Aos 51’, Fresneda recuperou a meio-campo, deixando, desde logo, o Santa Clara completamente desequilibrado e o Sporting finalmente com espaço para progredir. Trincão, de pé direito, meteu um passe perfeito para a arrancada de Geny na meia direita, com o moçambicano a ler bem a saída de Gabriel Batista para marcar. Os ânimos exaltados logo após o apito final dizem bem da importância desta vitória para a equipa de Rui Borges, não sem sofrimento. Mas, pelo menos, de menos para mais.
TE/MS
Creditos:
II LIGA
Tondela dá ‘Paços’ seguros e aproxima-se da subida
F.C. Paços de Ferreira0
C.D. Tondela 1
Golo solitário de Miro permitiu aos beirões garantir a vantagem decisiva em Paços de Ferreira; liderança está consolidada e a Liga cada vez mais próxima, em função da vantagem sobre a restante concorrência.
OTondela, líder da Liga 2, continua a ultrapassar obstáculos com dificuldade, mas com os desejados três pontos: apenas uma semana depois de ter sido obrigado a uma reviravolta nos instantes finais perante o Feirense, na jornada anterior, o emblema beirão conseguiu prevalecer sobre o aflito Pa-
ços de Ferreira com um golo decisivo apontado à entrada do último quarto de hora de jogo. O golo de Miro, apontado aos 73 minutos, garantiu a vitória ao Tondela e coloca a subida cada vez mais próxima.
Com o nulo a manter-se ao intervalo e a prolongar-se por mérito do Paços de Ferreira, que assumiu o controlo da bola e manteve a sua baliza fora de perigo, Miro, finalmente, descobriu o caminho para o Tondela numa jogada coletiva bem construída até chegar a Hélder Tavares, que desferiu passe de morte para que o angolano pudesse visar com sucesso a baliza pacense e obter o golo… que seria o único.
A Bola/MS
Candidatos à subida deram espetáculo no Minho
F.C. Vizela 1
F.C. Alverca 1
Vizela e Alverca confirmaram (era necessário?) que têm todas as condições para lutarem pela promoção ao principal escalão nacional. Foi tão bom que merecia… mais golos. Mantém-se tudo em aberto
Vizela: vice-líder, imbatível há 14 jogos (agora 15), 17 golos marcados nos últimos seis jogos (agora 18 em sete) e melhor defesa da Liga 2 (agora com 27 golos sofridos). Este era o cartão de visita dos minhotos.
Alverca: terceiro classificado, sem perder há mais de um mês (antes dessa derrota em Penafiel tinha tido uma série de
invencibilidade de oito partidas), segundo melhor ataque da prova (agora 47 tentos apontados). Assim se apresentavam os ribatejanos.
Perante estes factos, estava na cara que vinha aí um jogaço. E veio. Parada e resposta, golos - podiam ter sido três ou quatro para cada lado! – e emoção a rodos do início ao fim. Utilizando um chavão do futebol, ninguém merecia perder.
A temperatura manteve-se a ferver até ao último apito, com um golo (bem) anulado a Vivaldo Semedo e com Andrezinho, no derradeiro lance do encontro, a tirar tinta ao poste. Tantas incidências? Sim, caro leitor, houve espetáculo no Minho! Mantém-se tudo em aberto na luta pela subida ao principal escalão do futebol português. A Bola/MS
FUTEBOL
Messi perto de renovar contrato com o Inter Miami
Lionel Messi deverá continuar no Inter Miami por mais um ano. De acordo com o "The Athletic", o argentino vai renovar com o clube norte-americano até ao final de 2025, uma vez que o atual vínculo termina no fim deste ano.
Jorge Mas, um dos donos do Inter Miami, admitiu que está tudo encaminhado para Messi permanecer nos EUA. "As estrelas estão a alinhar-se para algo espetacular, para um belo futuro para o clube e para o Lionel. A decisão é exclusivamente dele... A minha esperança sempre foi ter o Messi a jogar no nosso novo estádio em 2026. Espero que isso aconteça", disse, à FDP Radio Miami.
JN/MS
30ª JORNADA (HORA EM PORTUGAL)
Creditos: DR
Miro fez o único golo da partida. Foto: Liga Portugal
Ben ca é pentacampeão da Liga feminina de futebol
A duas jornadas do fim do campeonato, o Benfica passou a somar 56 pontos, mais oito do que o Sporting, que é segundo, e garantiu o quinto título consecutivo na Liga feminina, após vitória frente ao Valadares Gaia por 3-0.
Aequipa feminina do Benfica de futebol sagrou-se pentacampeã nacional, ao vencer o Valadares Gaia por 3-0, num jogo de sentido único da antepenúltima jornada do campeonato, em Pedroso, Vila Nova de Gaia. Christy Ucheibe adiantou o Benfica, aos 29 minutos, Cristina Martín-Prieto fez o segundo ainda antes do intervalo, aos 42, e Beatriz Cameirão anotou o terceiro e fixou o resultado final, aos 76.
A duas jornadas do fim do campeonato, o Benfica passou a somar 56 pontos, mais oito do que o Sporting, que é segundo, e garantiu o quinto título consecutivo na Liga feminina.
As campeãs em título necessitavam somente de um empate, mas materializaram o seu favoritismo nos tentos de Christy Ucheibe, Cristina Martín-Prieto e Beatriz Cameirão, para satisfação dos muitos adeptos do Benfica, claramente em maioria no Municipal Dr. Jorge Sampaio. Como se esperava, o Benfica pegou no jogo e instalou-se no meio-campo do Valadares Gaia, com paciência e num ritmo pausado, de quem tem exata consciência da sua superioridade e percebe que o golo desbloqueador pode aparecer a qualquer momento.
As locais, numa linha defensiva alargada a cinco elementos, passavam quase todo o tempo a fechar os caminhos da sua baliza e, em posse, procuravam, com passes longos, esticar o jogo na dupla americana composta por Lakip e Martínez, bem anulada pelas três defesas dos ‘encarna-
dos’. A resistência do Valadares aguentou até ao cabeceamento da nigeriana Ucheibe, na sequência de um pontapé de canto. O golo animou os ruidosos adeptos do Benfica, em maioria nas bancadas, mas os cânticos de louvor às novas pentacampeãs apenas foram audíveis após o tran-
quilizador segundo golo, anotado pela espanhola Cristina Martín-Prieto, aos 42 minutos, aproveitando alguma passividade defensiva das nortenhas. Antes do descanso, a possante avançada desperdiçou o terceiro golo do Benfica, que só chegaria aos 75 minutos, por Beatriz
Cameirão, com um remate à entrada da área.
Com a conquista do penta, em 2024/25, o Benfica já assegurou que vai estar na nova fase de liga da Champions em 2025/26.
TE/MS
TORONTO
LIGA DAS NAÇÕES FEMININA
Portugal foi a Vigo reviver sete pecados mortais
F.C. Porto 1
S.L. Benfica 4
É difícil medir onde termina a sensação de pesadelo para Portugal e onde começa o deleite visual por ver um grupo de jogadoras tão talentosas a brilharem num fim de tarde de sol em Vigo. Talvez se misture tudo, numa junção por vezes mais nítida, em ocasiões mais atrapalhada, nunca indiferente.
Nos Balaídos, a equipa de Francisco Neto viveu a sua pior exibição em muito tempo. A derrota por 7-1 contra Espanha. Foi a primeira vez que a seleção sofreu sete golos desde 26 de outubro de 2013, então num 7-0 contra os Países Baixos. Tudo correu mal, num conjunto de murros no estômago de consequências psicológicas difíceis de avaliar.
Um arraso destes nunca vem em bom momento. Mas há circunstâncias especialmente dolorosas. Cair assim nas vésperas do Europeu e na ressaca das lesões de Jéssica e Kika é como criar uma tempestade perfeita, uma receita para o sofrimento. Como reerguer-se disto? Bola do lado de Francisco Neto e de um grupo de jogadores que nos habituou à superação.
Se Portugal perdera todos os embates diante das rivais ibéricas neste século, com um parcial de 12-3, o desafio de Vigo foi pior do que qualquer coisa que se poderia imaginar.
Talvez os Balaídos sejam mesmo terreno a não visitar por parte do futebol português. Se em 25 de novembro de 1999 foi o Celta de Vigo a marcar sete golos ao Benfica, agora foram as campeãs do mundo a humilhar uma seleção que ainda em novembro empatou contra Inglaterra.
TE/MS
ANDEBOL
Sporting bate F. C. Porto e ca mais perto do título Leões foram ao Dragão Arena derrotar os dragões (32-35).
O Sporting é, depois da vitória frente ao F. C. Porto (32-35), líder isolado, com mais dois pontos que os portistas a três jogos do fim do Grupo A, que vai definir o campeão nacional de andebol.
Com um Dragão Arena a abarrotar e a colocar pressão dentro de campo, o encontro foi marcado pelo equilíbrio, sendo que na primeira parte apenas os leões estiveram mais do que um golo à frente dos dragões (10-13).Na segunda metade, a partida continuou renhida, mas nos dez minutos finais, o Sporting conseguiu estar sempre, com pelo menos dois golos de vantagem, apesar da inspiração de Rui Silva (10 golos).
Na anterior jornada, os dragões venceram o Benfica (29-30) nos últimos instantes, enquanto o Sporitng derrotou tranquilamente o Marítimo (35-24).
HAPPY EASTER
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João Almeida mostrou-se “muito contente” após tornar-se no primeiro ciclista português a conquistar a Volta ao País Basco, elogiando o trabalho da sua UAE Emirates ao longo da prova espanhola. “Estou muito contente. A equipa fez um trabalho muito bom. A verdade é que fizemos tudo de forma perfeita e estou muito agradecido pelo que fizeram por mim. Já está, venha a próxima”, declarou após vencer a sexta e última etapa, consumando o triunfo na geral.
Ociclista de A-dos-Francos, de 26 anos, subiu ao pódio final da Volta ao País Basco como vencedor, depois de ter somado o segundo triunfo em etapas nesta edição no final dos 153,4 quilómetros com partida e chegada em Eibar. Almeida concluiu a tirada em 03:56.54 horas, o mesmo tempo gasto pelo segundo, o espanhol Enric Mas (Movistar), que terminou como vice-campeão, a 01.52 minutos. O terceiro da geral foi o alemão Maximilian Schachmann (Soudal Quick-Step), a 01.59.
“Estivemos superfortes, fizemos aquilo que tínhamos planeado fazer”, disse sobre a etapa, na qual atacou duas vezes, a última das quais a 19 quilómetros da meta, e foi ‘eliminando’ a concorrência. No final, com a chegada da chuva, a etapa “tornou-se um pouco perigosa” e Almeida não quis correr riscos.
“Ainda bem que estava numa posição ‘segura’, na frente. […] O ritmo foi muito elevado durante toda a jornada, foi uma etapa muito dura. Penso que foi ‘a’ etapa das etapas aqui na Itzulia”, salientou. Na aproximação à meta, o português ficou sozinho, com o espanhol a chegar mesmo a pedir-lhe para ‘entregar-lhe’ a vitória na etapa, algo que o líder da UAE Emirates recusou. “Tentei fazê-lo descolar nos últimos cinco quilómetros, mas ele estava muito forte. Segui a roda dele, puxei na frente uma ou duas vezes. Também já estava no meu limite, mas penso que a minha equipa merecia outra vitória, assim como eu”, explicou. O ciclista da UAE Emirates tem outras duas vitórias em gerais entre as 17 do seu currículo, nomeadamente na Volta a Polónia, do escalão WorldTour, e na Volta ao Luxemburgo, ambas em 2021. “[Esta vitória] significa muito. Faço tantos sacrifícios, é difícil ser ciclista profissional atualmente, com o nível elevado que há [no pelotão]. Penso que foi o maior triunfo da minha carreira, espero que seja uma mais entre muitas”, concluiu.
Este ano, o terceiro classificado do Giro2023 já tinha sido segundo na geral da Volta ao Algarve, atrás do bicampeão do Tour (2022 e 2023) Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), e na Volta à Comunidade Valenciana.
JN/MS
António Souza, avançado do Freamunde, esteve 18 longos meses afastado do futebol por conta de uma rotura dos ligamentos do menisco e de uma leucemia. No regresso, saltou do banco para dar o triunfo à equipa e deixou uma mensagem. “Quero mostrar aos mais jovens que não há obstáculos que não possamos enfrentar”, disse.
No passado sábado, o Freamunde bateu o Penamaior pela margem mínima (1-0) em jogo a contar para a Série 2 da Divisão de Honra da AF Porto. O tento solitário partiu da cabeça de Souza, que, após saltar do banco, precisou apenas de sete minutos para levar o Complexo Desportivo de Freamunde à loucura. No entanto, a festa com os colegas de equipa e com os adeptos ultrapassou a mera celebração de um triunfo e dos respetivos três pontos. A festa, desta vez, foi pela vitória na luta da vida. A 29 de outubro de 2023, António Souza rompeu o ligamento cruzado do joelho e o menisco direito. Uma lesão complicada, que costuma ser de infortúnio no mundo do futebol, embora, neste caso em específico, tenha servido de alerta que permitiu salvar a vida do avançado brasileiro. “Eu não aceitava. Perguntava a Deus o porquê daquela lesão. Eu estava a fazer a pergunta errada. Não era o porquê, era
antes para quê. E pronto, deu-me a resposta. Com a cirurgia, a 5 de dezembro, fiquei vulnerável, os sintomas da doença começaram a surgir. Uma coisa salvou a outra. Comecei a cuspir sangue pela boca, pelo nariz, tinha febre, acordava com a roupa transpirada. Estive sempre sozinho em casa, não falava disso com ninguém”. Após esta primeira fase, chegou ao fatídico diagnóstico de leucemia, a 23 de janeiro: “Acho que foi o momento mais difícil da minha vida…”, garantiu com a voz embargada. Souza, de 33 anos, enfrentou 80 sessões de quimioterapia. Houve dias em que tomava 10 comprimidos e a quimioterapia acabou a 27 de setembro. No regresso aos treinos, em novembro de 2024, voltou a enfrentar novos contratempos. Uma rotura e uma microrotura que atrasaram o tão sonhado regresso aos relvados. Até chegar ao passado sábado, após 18 longos meses, em que, por ironia do destino, vestiu a capa de herói: “foi o dia mais feliz da minha vida. Quero mostrar aos mais jovens que não há obstáculos que não possamos ultrapassar. Tudo é possível. Não é fácil, é uma luta diária, mas temos que ser mais fortes do que isso”, recomendou, fazendo, por fim, uma perspetiva do que deseja para o futuro. JN/MS
Creditos:
Português correu maratona na Coreia do Norte: "Não posso dizer mal de nada"
João Sousa Pinto foi o primeiro português, em seis anos, a entrar na Coreia do Norte, vencendo uma maratona. O atleta estava de férias na China quando se inscreveu para ir à Coreia do Norte correr uma maratona, na capital Pyongyang. Acabou por vencê-la, cumprindo o percurso em 41,18 minutos e explica que a ideia sobre o país mudou. "Foi ótimo. Eu sempre quis ir à Coreia do Norte, tive sempre interesse no país e quando abriram as vagas fui um dos primeiros a inscrever-me. E correu tudo bem, não posso dizer mal de nada", disse.
Confessa que havia algum medo antes de se deslocar ao país. "Estava sempre com aquele receio, porque nós ouvimos histórias de pessoas que fugiram e que contam os seus exemplos. Que lá aquilo é uma prisão, que aquilo é tudo mau, que as pessoas não podem estar na rua descansadas, que há coisas que são feitas para os turistas: hotéis fantasma, casas fantasma".
João Sousa Pinto relata que ficou com uma ideia diferente da Coreia do Norte. "Eu fui ao supermercado, normalmente, estava na rua a correr sozinho, normal-
A equipa da MarinaSol deseja a todos os seus clientes, familiares e amigos, uma Páscoa repleta de viagens felizes, momentos doces e memórias para guardar.
Obrigado pelo vosso apoio ao longo dos anos.
Votos de uma Feliz Páscoa! Marina, Luisa, Sara e Tatiana
mente, fui a lojas. Não vi nada do que se diz, mas também estive só em Pyongyang. Em outras cidades poderá ser diferente, não sei. Não posso falar do que não vi. Eu posso falar do que eu vi e do que eu vi foi tudo uma normalidade como se estivesse, por exemplo, na China. Foi muito parecido, a mesma cultura e tudo. E acho que aquela ideia que nós temos, no fundo que as pessoas não têm liberdade para sair de casa, acho que é um bocado um exagero", conta..
JN/MS
KICKBOXING Daniel
Cardoso, de 10 anos, cou no quarto lugar do Campeonato Europeu de kickboxing
Daniel Cardoso, jovem de 10 anos natural de Pedrouços, ficou no quarto lugar do European Championship 2025, representando a seleção nacional de kickboxing e muaythai. A prova decorreu entre 9 e 12 de abril, em malta.
Daniel treina desde os quatro anos no clube Elite 36, em Alfena, e começou a competir em provas nacionais aos sete. Em 2024, destacou-se ao conquistar os títulos de campeão regional, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal.
FUTEBOL
Cristiano Ronaldo tem proposta para jogar no Al Nassr até aos 42 anos
O Al Nassr apresentou uma proposta de renovação de contrato a Cristiano Ronaldo que lhe permite jogar até aos 42 anos, mas só se quiser. O contrato de Cristiano Ronaldo com o Al Nassr termina no final da presente temporada, mas o avançado tem uma proposta de renovação em cima da mesa bem lucrativa.
De acordo com o jornal desportivo espanhol "Marca", o Al Nassr propôs mais dois
anos de contrato ao português, ou seja, até 2027, o que permitia que jogasse até aos 42 anos mas... só se quiser. Isto porque o segundo ano de contrato só entra em vigor se Ronaldo ativar a cláusula que lhe permite prolongar o vínculo.
O Al Nassr continua a pretender pagar a CR7 200 milhões de euros por época e ainda oferece uma pequena percentagem do clube.
A FIFA anunciou os árbitros e os VAR nomeados para o Mundial de Clubes de 2025. Na lista não consta qualquer português.
Clubes organizado pela FIFA está aí à porta e aos poucos começa tudo a ficar desenhado para o arranque da competição. A mais recente novidade foi a divulgação dos árbitros que estarão presentes na prova, num lote de 35 árbitros, de 33 nacionalidades diferentes,
enquanto no VAR estarão 24 juízes, de 22 diferentes países.
No entanto, salta à vista a ausência de árbitros portugueses, seja dentro das quatro linhas ou no acompanhamento através das câmaras.
O Mundial de Clubes, que será disputado nos Estados Unidos, arranca no mês de junho. F. C. Porto e Benfica serão os representantes portugueses.
VOTE to send a representative to Ottawa who will get you results.
Vote numa candidata que irá trazer resultados e nos representará melhor em Ottawa.
Fighting for you –sousadavenport.ca
Lutando por você ~
JN/MS
Creditos: DR
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Troféu do Mundial de Clubes. Foto: Pedro Correia
Estoril Praia have enjoyed a positive season and the innovative club from the Lisbon coast are making waves off the pitch too.
Beyond football, think Estoril and most people think glamour, thanks to the town’s famous casino and the motor-racing circuit, which in the nottoo-distant past used to regularly stage Formula One races.
On Saturday Estoril will give a nod to its legacy and at the same time pay tribute to one of the best ever Formula One drivers by wearing a specially designed kit in homage to the late, great Ayrton Senna. The “Rain Master” is born
The Brazilian racer’s first ever Formula 1 victory was forty years ago, on 21 April 1985, at the mythical Estoril Circuit, where he earned his “Rain Master” nickname after dominating a race from start to finish under a torrential downpour.
Four decades on, Estoril Praia pays tribute to a sportsman who marked a generation with 41 grand prix triumphs and three World Championships. The kit is based on the design of Senna’s helmet and the colours of the Lotus 97T car he drove on his debut win.
Black is the dominant colour, with Estoril Praia’s symbol and the club sponsors in relief, adorned by golden details on the collar and sleeves. The lower right-hand side also contains embroidered in gold, the date of the race, the silhouette of the Estoril circuit and a recreation of Senna’s celebration as he passed the chequered flag.
The shirt is dominated, however, by the green, yellow and navy-blue stripes
Max Verstappen, although contracted to Red Bull until 2028, is increasingly being linked to a move away from the six-time F1 constructors' champions.
Max Verstappen has been linked to four rival F1 teams, including one surprise suggestion, as speculation over his Red Bull future continues to intensify.
Former F1 driver-turned-pundit Ralf Schumacher believes the Dutchman will consider almost half the available options in the championship if he does decide to leave the Milton Keynes-based team for pastures new.
The 27-year-old appears to be increasingly frustrated with Red Bull's slow decline, something that could be accelerated by the dawn of a new era in F1 with the 2026 regulations overhaul.
There does, however, remain the possibility the six-time constructors' champions ace those new set of rules, which could delay Verstappen, who is contracted to Red Bull until the end of 2028, in making a definitive decision.
that mirror the legendary helmet worn by the three-time motor-racing world champion.
An icon for Brazil
Vinícius Zanocelo, the sole Brazilian player in Estoril Praia’s first-team squad, explained the significance of Senna for the Brazilian people.
“Ayrton is an idol for Brazil,” he said. “It’s a huge honour to pay homage to him like this. I’m really happy to, in a certain way, celebrate a person so important for me and my country. Senna is seen as a hero because he transmitted happiness to a people who, at times, faced a lot of difficulties. The kit is beautiful.”
Estoril’s Marketing Director António Nobre explained the thinking behind the tribute:
“The goal of the launch of this kit is, on the one hand, to celebrate one of the most beautiful legacies of the region of Cascais. From the emotional point of view, this story marked several generations and continues to be remembered with a lot of affection. This is why Estoril Praia wants to pay homage to Ayrton Senna.
“On the other hand, it is remembering that it was here that the greatest ever Formula 1 driver was born through his first victory, and that Senna chose to live a considerable proportion of his life in the council of Cascais and in Portugal.”
Senna’s strong Portugal link Senna resided in Portugal for several months of each year during his racing career, making the country his European base. Curiously, the Brazilian even became a paying member of Os Belenenses football club during this time.
Although, if he does opt for the exit door, he will not be short of suitors for his signature, as highlighted by Schumacher.
"There will be room for Verstappen everywhere," the six-time grand prix winner said on Sky Sports Germany's F1 podcast Backstage Boxengasse. "Once again this year he has shown what a difference he can make as a driver."
The 49-year-old reiterated the existing rumours linking Verstappen to Mercedes and Aston Martin, but highlighted two further potential players in the sweepstakes for the four-time F1 drivers' champion.
"I think people at Mercedes will want to free up space, but I also think McLaren will consider it," Schumacher added, leaning on fact the Woking squad enquired about Verstappen last year, before locking Oscar Piastri down to a long-term deal to match Lando Norris'. "I think Zak Brown, like everyone else, is interested in Max."
However, the former Jordan, Williams and Toyota driver was not finished, throwing an outside bet into the mix.
tion, both by the locals of our region and by all Portuguese people who have a passion for motor racing.”
will be transmitted from generation to genera-
"The team we keep forgetting about, but does play a role in the whole thing... Alpine," he said. "Flavio Briatore has taken Mercedes engines for his team next year, and in the meantime, look at Pierre Gasly [in Bahrain] last weekend."
The Frenchman qualified fifth at the Bahrain International Circuit, before being promoted to fourth amid Mercedes' grid penalties.
PortuGoal/MS
He put together a strong display during the race, crossing the line in seventh after being pipped by Verstappen on the last lap.
"That car can't be that bad," Schumacher mused. "Add to that an extra 30hp [horse power] from the Mercedes engine. I don't want to discount that team either. So in my eyes, there are four teams that could be interesting for Verstappen."
“We are extremely proud that Ayrton Senna’s victorious trajectory started in Estoril,” continues Nobre. “The memories from that rainy afternoon are and
Reno Silva/MS
Creditos: DR
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Do the Jays have room for Bo Bichette?
With Vladimir Guerrero Jr. now locked in as a Blue Jay long term, the spotlight has shifted to shortstop Bo Bichette.
General manager Ross Atkins recently stated it’s the team’s “vision” for Guerrero and Bichette to continue playing together. As the Toronto Star’s Gregor Chisholm noted, next year’s free-agent class may not be particularly strong — raising the urgency to consider an extension.
But finding the right value and contract length for Bichette won’t be easy.
How much is Bichette worth?
One way teams assess player value is through wins above replacement (WAR), which estimates how many wins a player adds compared to a replacement-level player. FanGraphs suggests each WAR is worth about $8.5 million USD. A player producing 4.0 WAR an -
nually could be valued at roughly $34 million per season.
While these numbers don’t always align perfectly — Aaron Judge has averaged 8.0 WAR since 2021 and earns $40 million a year — they help form a baseline, especially at premium positions like shortstop.
Bichette has typically hovered in the 4-5 WAR range when healthy. He’s had some ups and downs defensively but has three strong offensive seasons under his belt and could remain a key contributor.
Beyond advanced metrics, Toronto will also look at recent market trends.
What are other shortstops getting paid?
Several star shortstops have landed massive long-term contracts in recent years:
• Francisco Lindor (Mets) 10 years, $341M
• Fernando Tatis Jr. (Padres) 14 years, $340M
• Corey Seager (Rangers) 10 years, $325M
• Trea Turner (Phillies) 11 years, $300M
• Bobby Witt Jr. (Royals) 11 years, $288.7M plus options
If Bichette isn’t quite in that tier, other comparisons might include:
• Willy Adames (Giants) 7 years, $182M
• Trevor Story (Red Sox) 6 years, $140M
• Javier Báez (Tigers) 6 years, $140M
• Xander Bogaerts (Padres) 11 years, $280M (signed as a shortstop, now a second baseman)
Who compares best to Bichette?
Of the above, Tatis is a possible comp, though he was extended with less MLB ex-
perience and has since moved off shortstop. Bichette’s offensive profile is closer to that of Turner and Adames during their age-26 seasons. However, both Turner and Adames had significantly more plate appearances by the time they signed — Turner with over 1,000 more, Adames with nearly 900 more.
How does this fit into the Jays’ payroll picture?
With Guerrero extended (14 years, $500M) and Alejandro Kirk signed through 2029 (5 years, $58M), the Jays have limited long-term commitments beyond 2026, according to Cot’s Baseball Contracts.
George Springer, Kevin Gausman, and Yimi García are set to hit free agency after 2025, while Chris Bassitt, Chad Green, and Max Scherzer will be off the books after this season.
Several other players are signed longer-term:
• Jeff Hoffman ($33M through 2027)
• Andrés Giménez ($106.5M through 2029, club option for 2030)
• José Berríos ($131M through 2028, opt-out after 2026)
• Anthony Santander ($92.5M through 2029, option for 2030)
Some deals get pricier over time (Berríos, Giménez), while others — like Santander’s and Guerrero’s — gradually decrease. If the Jays don’t re-sign veterans like Springer or Bassitt, they could open up considerable financial flexibility after 2026.
Though Bichette is off to a relatively quiet start this year (.314 average, no home runs, 10 RBIs), speculation around his future is only going to heat up as the season unfolds.
Reno Silva/MS
HOUSE LEAGUE
• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]
• Season begins mid May to mid September
• Weekly games & season ending tournament
• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball
To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague
Leafs win Atlantic Division, will face Ottawa in the rst round
Since Auston Matthews first hit the ice for Toronto in 2016, his impact has been undeniable. From jaw-dropping goals to record-breaking performances, Mat thews has become the face of the fran chise. Yet, for all his personal achieve ments, one thing remains unchanged — the Maple Leafs’ frustrating pattern of early playoff exits. As Toronto gears up for another postseason run, there’s a re newed sense of optimism that this year might finally be different.
Under new head coach Craig Ber- wear that. But I feel confident in this group.
career, while goaltender Anthony Stolarz continued his hot streak, stopping 35 shots to earn his fourth shutout of the year.
Next up for Toronto is a first-round showdown with the Ottawa Senators, reigniting the long-dormant “Battle of Ontario.” Toronto has dominated previous playoff matchups against Ottawa, winning all four series, most recently in 2004. Still, recent postseason history casts a shadow: the Leafs have advanced past the opening round only once in their last nine playoff appearances — a 2023 series win over Tampa Bay.
But this team feels different. Toronto is riding a 12-2-1 stretch, including an 8-1 run where they’ve outscored opponents 28-12. Forward Steven Lorentz, who won a Stanley Cup with Florida last season, emphasized the importance of structure over style.
“It might not be as flashy winning 2-1 compared to 7-6,” Lorentz said. “But that’s championship hockey. That’s how you play into June.”
Despite the shift in playing style, Toronto hasn’t lost its scoring touch. With 263 goals this season, they’re on track to finish among the NHL’s top 10 in offense for the ninth straight year. The more impressive improvement has come on defense, where they rank 10th in goals against — a testament to solid goaltending and a team-wide commitment to two-way play.
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Toronto Maple Leafs goaltender Anthony Stolarz (41) makes a blocker save during the third period.
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FELIZ PÁSCOA
The growing challenge of controlling construction material costs
In today’s complex global economy, controlling construction material costs has become an uphill battle for builders, developers and policy-makers. A key reason lies in the U.S. construction industry’s reliance on imported materials — a dynamic that leaves domestic prices vulnerable to tariffs, trade disputes and supply chain disruptions.
While the U.S. maintains a strong domestic steel industry, about 20 per cent of all steel consumed is imported.
For aluminum, reliance is even greater: 50 per cent to 75 per cent of U.S. aluminum consumption depends on foreign sources, with the percentage varying by product type.
Copper imports account for roughly one-third of total U.S. consumption. Even
for more traditionally domestic materials like lumber, imports represent 10 per cent to 20 per cent, again depending on the specific product.
This reliance isn’t inherently problematic in stable trade environments. However, when tariffs are imposed, or geopolitical tensions escalate, imported materials become costlier, and the impact
The truth about construction costs and union labour:
Debunking misleading claims
The Progressive Contractors Association (PCA) has recently shared claims about the economic impact of the City of Toronto’s construction procurement practices that warrant closer scrutiny.
Relying on estimates from Cardus, a Hamilton-based think-tank with ties to PCA, they are urging residents and contractors to contact city councillors to advocate for what they describe as $347 million in potential savings.
A closer look at this figure raises important questions. Cardus arrived at the $347 million estimate by projecting the city’s potential construction spending for 2023 and applying a 21 per cent savings rate based on a separate study of procurement activity in Hamilton before and after Bill 66.
Even Cardus acknowledges their sample size is limited and may not directly apply to Toronto’s budget. Their approach does not fully account for the complexities of construction tendering and lacks rigorous academic or mathematical validation.
The idea that such a bold claim can be made without a more stringent methodology is not just misleading — it’s absurd. Back in 2018, Cardus alleged union construction increased costs by 15 per cent, but this was quickly debunked through a simple analysis of wage differences.
The reality? For a 15 per cent cost increase to be real, union workers would have to be paid nearly twice the wages of non-union workers, which is simply not the case. Other factors, such as material costs and project management expenses, are generally consistent regardless of workforce affiliation.
Furthermore, the City of Toronto and a number of other progressive municipalities have adopted fair wage policies, ensuring that workers, regardless of their union status, receive fair and equitable wage for their labour. This ensures cost-cutting contractors who seek the lowest bid do not achieve that goal by cutting workers’ wages.
Construction procurement is more than just chasing the lowest bid.
We believe that fostering strong partnerships with owners will lead to sustainable, cost-effective, and safe construction that benefits owners, contractors and workers.
Smart buyers of construction services look at more than price, they consider financial stability, workforce training and qualifications, past performance, organizational capacity, health and safety standards, and the broader impact on their community.
Construction projects today are complex and require a highly skilled team of workers, supervisors and contractors. Academic research supports a move away from low bid award to best value procurement.
Would you trust an inexperienced, under-resourced mechanic to repair your car’s brakes just because they offer the lowest price? Of course not, you go with the trusted mechanic who has the skills and training necessary to do the job right.
Similarly, construction projects require experienced, properly trained professionals who ensure quality, safety and accountability at every stage.
ripples through the entire U.S. construction market.
The more dependent the U.S. is on imports relative to domestic supply, the more pronounced these cost spikes become.
Even materials like clinker (used in cement), sand, gravel, and crushed stone, which are largely domestically sourced, can feel upward price pressure when 10 per cent to 15 per cent of their supply is imported and disrupted. Unless there is a significant decline in construction demand in 2025, even products that are imported at relatively small levels can influence overall construction costs.
Products heavily dependent on imports — like aluminum and copper — are especially vulnerable to tariff price shocks. In contrast, materials with more robust domestic supply chains may experience relatively better price stability. For designers and general contractors, it will be increasingly important to factor material sourcing into both planning and budgeting decisions. When feasible, choosing alternative materials that are less reliant on foreign suppliers can reduce exposure to global disruptions and help keep projects on time and closer to budget.
In this new global economy, material strategy will play a critical and growing role in project construction success and contractor profitability.
When you hire a union contractor, you’re not just hiring any workforce — you’re hiring the best-trained, most experienced professionals in the industry.
Union construction invests over $146 million annually in training, with more than 100 dedicated training facilities.
The building trades unions and their contractor partners deliver first rate apprenticeship training through 60 unique programs in every region of the province.
In addition to apprenticeship training, there is a strong focus on journeyperson upgrade or specialty training as well as safety training. This ensures that projects are completed efficiently, safely, and to the highest standards. Additionally, union contractors support their workers, maintain sustainable practices and provide protections that safeguard project owners from long-term issues.
And just as importantly, they hire from and give back to the communities they work in.
This isn’t just about getting the job done — it’s about building a stronger, more sustainable future for everyone.
Quality, safety and community investment matter.
Next time you hear claims about socalled “union cost inflation,” ask yourself: who truly benefits from cutting corners?
DCN/MS
Passadeira vermelha
A 13.ª edição dos IPMA – International Portuguese Music Awards que teve lugar no Providence Performing Arts Center, em Rhode Island (EUA), no dia 12 de abril, voltou a reunir talento, emoção e cultura sob as luzes de um dos teatros mais prestigiados daquele país . Artistas da lusofonia apresentaram-se num espetáculo que exaltou a diversidade e a força de uma herança musical que ecoa pelos quatro cantos do mundo.
Apassadeira vermelha foi palco de elegância, emoção e orgulho lusófono e cruzaram-se nomes consagrados e vozes emergentes. Figuras da cultura lusófona, membros da comunidade luso-americana, convidados especiais e o público em geral marcaram presença neste momento único que antecedeu a grande gala. Antes do início da grande cerimónia, conversámos com alguns dos protagonistas deste dia especial, artistas, organizadores, patrocinadores e amigos da cultura portuguesa, todos com o coração cheio e prontos para celebrar. Num ambiente de festa, ouviram-se palavras de entusiasmo e reconhecimento pela importância dos IPMA na valorização da música em português além-fronteiras.
"O meu coração está sereno, e a minha mente, emocionalmente, bem preparada. Não é apenas o momento, é muito mais do que isso. Se, por um lado, não me deixo facilmente surpreender, por outro, emociono-me com facilidade perante certos momentos, certas pessoas, certos gestos. E quando essas emoções vêm por bons motivos, tornam-se das coisas mais bonitas que podemos sentir. " - Augusto Canário
"Estou sempre preparado. Quando há uma viola nas mãos e pessoas na plateia prontas para nos receber com amizade, tudo corre bem. Aproveito para agradecer à organização do evento por tudo o que tem feito em prol da música e por dar voz a tantos artistas que vivem dela e para ela." - João Pedro Pais
"A importância de estar aqui é imensa, e devemos valorizar tudo o que é feito em português, seja por portugueses ou por pessoas de origem lusófona. É um grande privilégio atravessar o oceano e estar num país como os Estados Unidos, que celebra e produz música com uma amplitude tão grande para o mundo inteiro. " - Fernando Daniel
"Vamos começar por dizer apenas isto: ontem à noite foi incrível… só isso risos. Temos aqui pessoas verdadeiramente espetaculares. Toda a equipa, todo este evento… este fim de semana é, sem dúvida, um dos pilares do nosso ano. Estamos muito, felizes e profundamente orgulhosos por estarmos aqui hoje. Há tanto talento reunido... é simplesmente espetacular. Não há palavras.” - The Manic Boys and Girls Club
“Estou com uma alegria imensa mesmo. Este é um evento tão bem organizado uma coisa absolutamente incrível. Ter tido a oportunidade de cantar ao longo destes anos, ao lado de tantos artistas espetaculares, incluindo alguns dos que estão cá hoje, é, sem dúvida, um sonho realizado.”- Luizinho
“Espero que todos estejam a desfrutar do espetáculo. Vamos divertir-nos ao lado destas pessoas maravilhosas. Isso é tudo o que tenho para dizer.” - Nelson Sobral
“Fico entusiasmado. A forma como a cultura é celebrada aqui… eleva-nos a outro nível. Não é só um evento qualquer, num salão escondido. Estamos num dos teatros mais bonitos da Costa Leste. Hoje à noite, tomamos conta do palco. Estamos cá há uma semana inteira, e é um prazer enorme estar aqui e fazer parte disto com toda a gente. Sendo comediante, nem sempre estou no meio dos músicos… por isso, poder encontrá-los, e eles conhecerem-me a mim, tem sido uma diversão total. Muito obrigado e boa sorte a todos!” - Mike Rita
“Quanto ao futuro? Vamos um passo de cada vez. Ainda não estamos a pensar no próximo ano cada edição tem o seu tempo e merece a sua dedicação. Confesso que, pela minha idade, já não gosto de fazer grandes previsões (risos). Mas acredito que, enquanto houver vontade de sorrir e inovar, tudo vale a pena. Este projeto é verdadeiramente especial e único no mundo e com isso vem também uma responsabilidade: a de continuar com qualidade e impacto real. O nosso objetivo é claro: fazer a diferença, respeitando sempre o caminho e o talento de quem chega… e de quem parte. É isso que torna tudo isto tão especial."- Manuel DaCosta
"Estamos focados no presente, prontos para fazer história esta noite. Este evento representa muito mais do que música é um reencontro, uma celebração das nossas raízes. E é por isso que dizemos com orgulho: somos mais do que uma equipa… somos uma família." - José “Zack” Xavier
Texto e Fotos: Francisco Pegado/MS
Em primeiro lugar, uma palavra de agradecimento: muito obrigado. Acredito profundamente que esta iniciativa só vai continuar a crescer. Já vamos na 13.ª edição dos prémios e que venham muitos mais anos de celebração! Em 2025, há muitas novidades a caminho: música nova, videoclipes fresquinhos… Queremos continuar a crescer e a fazer parte deste movimento incrível. Obrigado e boa sorte a todos. E se tiverem oportunidade… venha viver isto ao vivo, com os próprios olhos!” - Nick Souza
"Estou ansioso para subir ao palco! Este ambiente é verdadeiramente maravilhoso, não é? Sinto-me bem, muito bem, e espero que tudo corra da melhor forma neste dia que é inteiramente dedicado ao nosso espaço cultural, às nossas raízes e ao talento que nos une."
- Tito Paris
“A minha mensagem é que estou realmente feliz por estar aqui. Não pude vir em 2022, desculpem. E estou muito contente por ter conseguido estar presente este ano. E sinto-me muito orgulhosa por estar rodeada de tantas pessoas talentosas, todas com a mesma origem cultural. Muito obrigada.”
- Sohayla Smith
"Os
“Foram meses de trabalho intenso e preparação cuidadosa. Temos ao nosso lado as melhores pessoas, profissionais apaixonados que dão o melhor de si para que tudo corra da melhor forma. Hoje, estamos ansiosos para ver tudo o que será apresentado no palco, pois sabemos que será uma noite memorável. Estamos prontos para fazer história juntos” - David Saraiva
“Sinto-me profundamente honrada por estar nomeada para dois prémios e, de facto, é uma honra incrível… quase surreal. Estou verdadeiramente grata por estar aqui e por fazer parte desta grande festa. Muito obrigada.” - Mackenzie Arromba
"Quanto ao IPMA, grande parte da razão pela qual queria voltar todos os anos é a forma calorosa com que fui acolhida pela organização do evento." - Daniela Ruah
IPMA representam tudo o que vocês estão a ver aqui hoje: uma verdadeira celebração do talento e da cultura. - Ricardo Farias
É um momento muito especial para todo o clã. Madalena Moniz, filha de José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes, está grávida de gémeos, cujo nascimento está previsto para o verão, e o diretor-geral da TVI vai estrear-se como avô. “Um neto e uma neta, são gémeos. A Madalena está ótima e muito feliz. Quase não se nota ainda [a barriguinha]. A família está muito satisfeita”, contou José Eduardo Moniz, que aguardava, sem pressa, por este momento: “Não pensava muito sobre o assunto, antevendo que, um dia, iria acontecer.”
RENASCER DAS CINZAS
Após o incêndio que consumiu parte do Sul Villas & Spa, o projeto hoteleiro que Liliana Campos e o marido, o antigo campeão nacional de surf Rodrigo Herédia, fizeram nascer na ilha de São Miguel, nos Açores, o casal vive tempos desafiantes. A tragédia deixou marcas profundas, mas também lhes trouxe um espírito de resiliência fundamental nestas alturas. “Ainda é tudo muito marcante, muito chocante…”, confessa Liliana. Com as demolições já autorizadas e a limpeza do local em curso, o casal espera, com o apoio de instituições locais, iniciar a reconstrução da unidade hoteleira o quanto antes.
ENTRELINHAS
Aos 50 anos, Dalila Carmo está sempre a pensar nas viagens e nos locais que ainda tem por descobrir. Afinal, é isso que a completa e a lista de destinos que deseja “carimbar” no seu passaporte “ainda não está preenchida”. Por agora, o foco está na representação. “Vivo nas entrelinhas. Em relação às viagens, estou a pedir conselhos a algumas pessoas. Como todas as opções me interessam, ainda não defini”, revelou a atriz. Além de estar a gravar a novela da TVI A Fazenda, Dalila Carmo integrou ainda o elenco da minissérie de três episódios Mulheres, às Armas.
SONHO REALIZADO
LITERATURA DE LUTO
O mundo despede-se de uma das mais brilhantes vozes da literatura contemporânea. Mario Vargas Llosa, escritor peruano e Prémio Nobel da Literatura de 2010, morreu este domingo, 13 de abril, em Lima, aos 89 anos. A notícia foi confirmada pelos filhos, Álvaro, Gonzalo e Morgana, através de um comunicado onde expressaram o seu pesar e destacaram o consolo encontrado na vasta obra literária deixada pelo pai. Respeitando a sua vontade, não será realizada qualquer cerimónia pública, sendo os seus restos mortais incinerados numa cerimónia privada.
Vargas Llosa foi uma figura central do “boom” latino-americano, movimento literário que revolucionou a narrativa em língua espanhola na segunda metade do século XX. Entre as suas obras mais emblemáticas destacam-se A Cidade e os Cães, Conversa na Catedral, A Casa Verde, O Sonho do Celta e A Festa do Chibo. O seu estilo narrativo, caracterizado por estruturas complexas e análises profundas das realidades sociais e políticas, consolidou o seu lugar de destaque na literatura mundial. A sua morte gerou uma onda de homenagens no mundo cultural e político.
ARTE E OVOS DE PÁSCOA
Katy Perry cumpriu um sonho ao integrar a primeira tripulação exclusivamente feminina ao espaço desde 1963, quando a cosmonauta russa Valentina Tereshkova voou sozinha a bordo da Vostok 6. Desta vez, a cantora norte-americana embarcou no foguetão New Shepard, da Blue Origin, empresa de turismo espacial fundada por Jeff Bezos, ao lado de outras cinco mulheres notáveis, numa missão que durou 10 minutos, transmitida ao vivo via streaming, permitindo que milhões de pessoas em todo o mundo acompanhassem a missão em tempo real. Além de Katy Perry, o grupo foi composto por: Lauren Sánchez, jornalista e noiva de Jeff Bezos; Gayle King, apresentadora da CBS e amiga de longa data de Oprah Winfrey; Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e ex-funcionária da NASA; Amanda Nguyen, ativista pelos direitos civis; Kerianne Flynn, produtora de cinema. A viagem, que cruzou a linha de Kármán (fronteira simbólica do espaço sideral), destacou o crescente papel das mulheres na exploração espacial e foi transmitida ao vivo para milhões de espectadores. Ao regressar à Terra, Katy Perry não conteve a emoção. Num gesto espontâneo e simbólico, ajoelhou-se e beijou o chão e afirmou “Foi um sonho realizado. O espaço ensina-nos a humildade e a beleza de estarmos conectados como humanidade”.
Para o chef Patrick Mestre, a pastelaria é mais do que uma profissão – é uma forma de arte. À frente do Glee Boutique Café, no Tivoli Marina Vilamoura, o chef apresenta a sua mais recente obra-prima: a Coleção de Páscoa 2025, onde os ovos são transformados em esculturas inspiradas nos quatro elementos da natureza. Com formação no prestigiado Center Européen des Professions Culinaires, em Paris, e uma carreira que percorreu as principais cidades europeias, Patrick Mestre trouxe para o Algarve a sua paixão pela sofisticação e pelo detalhe. Desde 1997 no Tivoli, o chef lidera uma equipa que combina técnica apurada e criatividade, resultando em criações que surpreendem pela estética e sabor.
A Coleção de Páscoa 2025 reflete essa filosofia - Fogo: Um ovo vibrante e audacioso, de cor vermelha, que combina bolo Genoise de Chocolate Ruby, mousse de frutos vermelhos e um toque ousado de pimenta rosa; Terra: Tons terrosos e sabores ricos, com biscoito de cenoura, crocante de noz, goma de cenoura e mousse de Chocolate Arriba; Ar: Leve e sofisticado, com Palitos La Reine, ganache de café, stracciatella e mousse de mascarpone; Água: Uma criação refrescante, inspirada no mar, que mistura bolo de três leites, praliné de avelã e mousse de miso e laranja.
Credito: DR
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artesonora
Paulo Perdiz
O regresso da treta
“Amigos
da Treta” com nova vida e muito para dizer
Vinte e sete anos depois do seu nascimento nos palcos portugueses, o universo da “Treta” continua mais vivo do que nunca. A nova encarnação, “Amigos da Treta”, junta José Pedro Gomes a Aldo Lima numa versão renovada, sintonizada com as preocupações e absurdos do século XXI. Mais do que um espetáculo de comédia, “Amigos da Treta” é a continuidade de um projeto que se tornou parte do imaginário cultural português.
Um universo cómico, mordaz, crítico e sempre muito atual, que se tem adaptado ao longo das décadas sem perder a sua essência: olhar para o mundo com desconfiança, rir da desgraça alheia — e da própria — e, sobretudo, conversar sobre a vida como ela é, ou como ela parece ser. Tudo começou em 1997 com “Conversa da Treta”, uma ideia simples mas genial que juntou José Pedro Gomes e António Feio em palco. A dupla interpretou Zezé e Toni, dois amigos de bairro que se encontravam para discutir as questões do quotidiano com humor, ironia e muita filosofia popular.
O espetáculo foi um grande sucesso que rapidamente saltou dos palcos para a rádio, televisão, cinema e até para as livrarias. “Conversa da Treta” tornou-se num fenómeno nacional e um dos espetáculos
mais vistos de sempre em Portugal, com direito a Coliseus cheios e uma legião fiel de seguidores. Com a morte de António Feio, em 2010, parecia que o ciclo se fechava. Mas a “Treta” mostrou que era maior do que qualquer perda. Em 2016, surgiu “Filho da Treta”, com António Machado a contracenar com José Pedro Gomes, agora apenas como Zezé. Em 2019, foi a vez de “Casal da Treta”, com Ana Bola a dar nova vida à fórmula.
Cada novo capítulo trouxe uma nova dinâmica, uma nova visão e, acima de tudo, um novo reflexo dos tempos. Em 2024, o regresso dá-se com “Amigos da Treta”, e é Aldo Lima quem se junta a José Pedro Gomes nesta nova versão. A dupla já provou estar à altura. Para José Pedro Gomes, Aldo Lima é “um ator extraordinário que dá uma contracena fantástica e que cria os personagens muito bem, com muitos pormenores, muito ricos”.
E é precisamente isso que este novo espetáculo pede: mudanças culturais e novas formas de viver… e falar treta. Aldo Lima faz de Jóni, um personagem que regressa ao bairro depois de uma longa ausência. Jóni esteve em Erasmus — uma experiência transformadora que o levou a atravessar o Tejo e a mergulhar num mundo novo; cai num buraco de obras do metro assim que
chega, fazendo uma “rotura parcial do ligamento cruzado do cigarro eletrónico” — uma das muitas piadas nonsense que o espetáculo oferece com gosto. A dinâmica entre Zezé e Jóni é o coração pulsante desta nova fase. Zezé, personagem icónica de José Pedro Gomes, mantém o seu olhar cínico, sábio e profundamente humano sobre o mundo. Já Jóni traz consigo uma visão moderna, com hashtags, espiritualidade improvisada e smoothies de kombucha é uma boa dose de pseudociência Instagramável. Este contraste é a base para o humor inteligente e contemporâneo da peça. O diálogo entre os dois percorre temas tão diversos quanto os influencers, os gurus do coaching, a inteligência artificial, a igualdade de género, as redes sociais, e até o papel da estupidez natural no mundo hiperconectado. É uma crítica mordaz e bem-humorada aos tempos que correm — e às vezes tropeçam —, sempre com o selo de qualidade da Treta. Zezé nunca esqueceu o amigo… ou melhor, esqueceu tudo menos a essência.
O reencontro traz memórias confusas, risos fáceis e muitas reflexões sobre o que se perdeu, o que se ganhou e o que ainda faz sentido discutir. É essa a magia do universo da Treta: falar sobre tudo sem ter razão, apenas com a certeza de que o riso continua
a ser a melhor forma de pensar. “Amigos da Treta” não é apenas uma comédia de conversa mas também um retrato social dos nossos tempos, com todas as suas contradições, modas e absurdos. Através do humor, os autores (e intérpretes) questionam o que nos torna tão obcecados por visibilidade, tão dependentes da validação digital, tão perdidos entre a informação e a opinião. A encenação é simples mas eficaz, permitindo que o foco esteja nas personagens e nas suas palavras — afinal, o que importa aqui é a conversa. Uma conversa onde cabe tudo: filosofia de café, crítica política, humor físico, nostalgia, desabafos e até alguma ternura. Mais do que um espetáculo, “Amigos da Treta” é uma celebração da palavra, da amizade e da comédia como ferramenta de análise social.
Um projeto que resistiu ao tempo, às mudanças e às ausências, reinventando-se sem nunca se perder. O segredo, talvez, esteja na fórmula mágica que mistura verdade com exagero, crítica com afeto, e treta com sabedoria. Uma fórmula que, mesmo depois de quase três décadas, continua a fazer rir — e pensar. Se há coisa que este país sabe fazer bem, é rir de si próprio. E com “Amigos da Treta”, existe novamente a oportunidade de o fazer com grande estilo.
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Palavras cruzadas
1.Ausência de vestimenta
2.Costuma agir de maneira regular, seguindo métodos, ordenações; metódico
3.Qualquer aparelho que produza som com fins de sinalização
4.Ter veneração por (alguém ou algo); ter grande apreço por; reverenciar
5.Que é irracionalmente inflexível; obstinado, teimoso
6.Que vive no campo ou na roça; roceiro
7.Guindaste para içar volumes não muito pesados
8.Que trata com carinho; meigo
9.Sempre vê as coisas pelo lado bom, mesmo nas situações mais difíceis
10.Desprovido de beleza, de aparência desagradável
11.Que existe há muito tempo
12.Recipiente geralmente cilíndrico, usado para beber
13.Ocupar o espaço de; ser o conteúdo de; tornar(-se) cheio
14.Que sente ou manifesta alegria; contente, jubiloso
15.Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele
Sudoku
O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.
Goiaba
Beterraba
Tamarindo
Uva
Manga
Abacate
Guaraná
Maracujá
Abacaxi
Cataplana de Tamboril
• 300 grs de tamboril
• 6 camarões
• 1dl de azeite
• 300ml de vinho branco
• 20 ml de água
• 2 cebolas pequenas em juliana
• 1/2 pimento vermelho em juliana
• 2 tomates maduros
• 3 colheres de polpa de tomate
• 2 folhas de louro
• 2 dentes de alhos picados
• 2 colheres de pasta de pimento
• 4 batas as rodelas grossas
• Sal e pimenta
• Salsa para decorar
Numa Cataplana, dispor a cebola, o pimento, os tomates e o tamboril em cubos . Acrescentar as rodelas de batatas por cima. Temperar com azeite, vinho branco, polpa de tomate, louro e alho picado. Adicionar sal, pimenta, pasta de pimento e um pouco de piripiri.
Tapar e levar ao lume durante 15 minutos. Adicionar os camarões descascados e a salsa. Tapar novamente e deixar cozinhar por mais 10 minutos. Servir diretamente da cataplana, enquanto bem quente. Bom apetite!
Culinária por Rosa Bandeira
Jogo das 10 diferenças
Caça palavras
Modo de preparação
Ingredientes
OLHAR COM OLHOS DE VER
Geometria urbana. Créditos: Tim Wilson
Message. Créditos: Sean Dadson
Condomínio de cores. Créditos: Paulo Perdiz
CARNEIRO 21/03 A 20/04
Esta é uma fase de grande saúde e vigor, em que se sentirá com imensa criatividade para começar projetos novos e tomar iniciativas, realizando-se individualmente. Conseguirá impressionar os outros com a sua energia e empenho pessoal. Excelente fase para se dedicar ao desporto e iniciar um novo regime alimentar.
TOURO 21/04 A 20/05
É tempo de entrar em contacto com o seu subconsciente e descobrir quais são os seus verdadeiros ideais. Olhando para o passado, verifique se conseguiu atingir as metas pretendidas. Clarifique os seus objetivos, desfazendo confusões e más interpretações. Seja mais claro e conciso e verá que é mais bem compreendido.
GÉMEOS 21/05 A 20/06
Durante este trânsito a sua atenção estará mais voltada para o convívio com os seus amigos e para os projetos e atividades de grupo. Procure participar e integrar-se em atividades coletivas, mesmo que à partida não lhe suscitem interesse. Este não é, decididamente, momento para se isolar do mundo exterior!
CARANGUEJO 21/06 A 20/07
Será uma altura de extroversão e poderá, desse modo, entrar mais facilmente em acordo com os outros. Terá oportunidades para sair e conviver com os seus amigos, para fazer atividades de grupo, dar festas, organizar encontros mesmo de negócios. A sua capacidade para ajudar os outros também estará reforçada.
LEÃO 22/07 A 22/08
É possível que tenha alguma tendência para se isolar nesta fase com receio de expor a sua faceta mais sensível. Poderá ter a sensação de que não é totalmente compreendido, o que lhe causará algum incómodo. Contudo, é apenas a sua imaginação, um pouco cinzenta, que bloqueia a plena afirmação da sua personalidade.
VIRGEM 23/08 A 22/09
Com Vénus a transitar na sua Casa IX será uma altura propícia para viajar. Vai poder viajar pelos destinos com que sempre sonhou conhecer. Vai aprender novas filosofias de vida, novas culturas. Se não for viajar vai optar com certeza por ir visitar muitas exposições de arte. A nível afetivo, poderá até surgir um encontro amoroso inesperado.
BALANÇA 23/09 A 22/10
Este é um período em que está enérgico, disciplinado e exigente consigo mesmo. Sente necessidade de liderança. É uma boa altura para a realização de atividades planeadas com método e rigor. Aproveite esta altura favorável para avançar com a concretização de planos de carácter profissional.
ESCORPIÃO 23/10 A 21/11
Atravessa uma fase muito produtiva ao nível profissional, conseguindo aliar a clareza de raciocínio a uma invulgar capacidade de organização e análise de questões. A sua saúde e bem-estar físico reclamam um pouco mais de atenção. Que tal iniciar uma dieta mais saudável e começar a andar um pouco mais a pé?
SAGITÁRIO 22/11 A 21/12
Conflitos sobre bens materiais poderão surgir obrigando-o a reexaminar as suas atitudes e a fazer uma retrospeção da sua vida, alterando o seu comportamento pessoal e profissional se entender que isso lhe trará benefícios. Os acontecimentos ocorridos serão vividos intensa e profundamente; não se deixe levar pelas emoções.
CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01
É possível que neste período se sinta mais alegre e descontraído que o usual. As outras pessoas vão vê-lo tal qual como é. Apesar de se poder sentir mais exposto, verá que este momento lhe poderá trazer simpatias ou mesmo o afeto de alguém. Como tal, sentirá que as relações com as outras pessoas são mais verdadeiras.
AQUÁRIO 21/01 A 19/02
Os contactos, a comunicação e a troca de ideias vão estar na ordem do dia. Poderá aproveitar este período para rever a sua relação com as pessoas com quem contacta diariamente, colegas ou vizinhos, e também para fazer novos relacionamentos. Nesta altura a sua capacidade de comunicação com o estrangeiro estará no auge.
PEIXES 20/02 A 20/03
Como a Casa II é a área referente às posses e aos bens materiais, é provável que nesta fase a sua atenção esteja aí concentrada. É, pois, a altura propícia para pôr em prática um plano que o possa vir a favorecer materialmente no futuro. Contudo, procure evitar qualquer forma de exibicionismo e tente ser mais natural.
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