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H E R Ó I S

O reconhecimento dos heróis vai além da admiração por atos de destreza física ou coragem. O heroísmo é uma condição mística baseada na opinião de alguém. O seu herói pode ser o meu covarde, portanto, uma pessoa corajosa será vista a partir de uma variedade de prismas com base na avaliação de uma pessoa sobre o semideus que está a ser observado. Como as pessoas são idolatradas como exemplos de superestrelato e, portanto, dignas de ídolos especiais, muitos de nós desperdiçamos o nosso tempo admirando falsos deuses que nada mais são do que divas pretensiosas.

Muitas pessoas continuam procurando o seu herói, mas nunca o encontram. Poderíamos escolher pessoas que fazem coisas extraordinárias, como o

capitão Chelsey Sullenberger, depois que ele conseguiu pousar o voo 1549 da US Airways no rio Hudson, em janeiro de 2009. Chamaram-no de ser humano real e herói real. Sim, há um sentido de heroísmo nas suas ações, mas será ele um herói que deve ser idolatrado ou estava apenas a cumprir as suas responsabilidades como serviço aos seus passageiros? Os heróis são inflados pelas nossas mentes e esvaziados assim que uma potencial falha é identificada. Maiores do que a vida, a nossa admiração por outros seres humanos penetra profundamente na nossa psique e usamos esses seres para guiar os princípios das nossas vidas. Tradicionalmente, o heroísmo era frequentemente associado a atos grandiosos de bravura e auto-sacrifício. No entanto, as interpretações modernas expandiram-se para incluir heróis mais complexos, imperfeitos e não convencionais. Essas diferentes perspetivas estão a ser usadas para elevar seres humanos desprovidos de integridade moral, enquanto desvalorizam muitos que aderem a códigos morais rígidos e promovem virtudes e retidão nas suas vidas, como em «Holding out for a Hero», de Bonnie

Taylor. Continuo ansioso por encontrar o meu. É fácil adotar os nossos pais como os nossos heróis definitivos, mas sinto que temos de ir além disso para compreender realmente o que faz com que as nossas vidas valham a pena depois de nascermos. Os nossos pais deram-nos a vida, criaram-nos da melhor forma possível e colocaram as nossas vidas num mundo complicado para sobrevivermos da melhor forma possível. Não sei se os pais são os heróis ou se os filhos que eles geraram são os heróis por sobreviverem apesar de todos os desafios circunstanciais que nos são impostos.

O heroísmo deve transcender o tempo e a cultura. Deve ser examinado com base em paradigmas que se adequam a cada um de nós, refletindo a nossa natureza dinâmica de valores e aspirações humanas.

O meu herói é o que defino como o «terceiro espaço», que é um lugar onde apenas a sua mente pode ir. Ele caminha ao meu lado todos os dias, 24 horas por dia. Este herói ouve sem julgar, mantendo sempre a coragem e a força quando perco a minha capacidade de superar o medo e a adversidade. Existe uma ligação mental

com o meu herói, com conversas longas e curtas que mais ninguém ouve. Ele fala-me sobre resiliência pessoal e determinação para seguir em frente e enfrentar os meus demónios interiores e mostrar-me a luz. A invisibilidade do meu herói pessoal proporciona uma exclusividade de pensamento que mais ninguém pode partilhar e, portanto, qualquer encarnação, espiritual ou demoníaca, é só minha para partilhar. Posso, sem julgamento, ser a melhor ou a pior pessoa, e o meu herói está sempre presente para me guiar e motivar. O meu herói muitas vezes salvou a minha vida, transformando a escuridão da vida num espírito que motiva e enfatiza o poder da autoconfiança. Numa era de influenciadores e religiões, demagogos que pregam uma religiosidade contra a cultura dominante e voltada para interesses próprios, é necessária força para permanecer autossuficiente. Que herói melhor do que aquele que caminha ao teu lado e te diz constantemente que consegues continuar?

Ano XXXII- Edição nº 1758

15 a 21 de agosto de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta

Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias
Versão em inglês Pág. 13
Manuel DaCosta Editorial

O conceito de “herói” acompanha a humanidade desde os seus primeiros relatos. Das epopeias antigas aos exemplos discretos do quotidiano, sempre procurámos figuras que nos inspirassem, que representassem valores que admiramos ou metas que aspiramos alcançar. Mas o que significa, afinal, ser herói? Será apenas alguém que realiza feitos extraordinários, ou também aquele que, silenciosamente, enfrenta desafios pessoais com coragem e dignidade? Pode ser um modelo de vida, uma referência moral, ou talvez alguém que conseguiu ser e fazer aquilo que nós próprios não conseguimos e que, por isso, admiramos. Há quem só reconheça a importância de um herói depois de o perder. Enquanto próximo, a sua presença pode parecer natural, quase garantida; quando ausente, compreendemos o impacto que teve na nossa vida. Essa valorização tardia levanta outra questão: será que precisamos de perder para aprender a admirar?

Na construção da nossa identidade, as figuras que consideramos referência desempenham um papel determinante. Desde a infância, inspiramo-nos em pessoas que nos transmitem valores, nos mostram caminhos ou nos ensinam a persistir diante das dificuldades. Esses heróis não têm de ser perfeitos, na verdade, a sua humanidade aproxima-os de nós e torna-os ainda mais inspiradores. Ser herói não significa viver sem medo ou dúvida, mas sim agir apesar deles. É fazer escolhas que colocam o bem do outro acima do interessepróprio, sem esperar recompensa. Heróis existem nas manchetes, mas também nas ruas anónimas, nas famílias, nas amizades e nas comunidades. Reconhecê-los é reconhecer que a capacidade para a bravura, a generosidade e a integridade reside em todos nós, basta ter a coragem de responder ao chamado quando ele surge.

Atua voluntariamente a serviço de outras pessoas necessitadas, seja para um indivíduo, um grupo ou uma comunidade;

Executa ações sem qualquer expetativa de recompensa ou ganho externo;

Reconhece e aceita o risco potencial ou sacrifício feito por ações heroicas.

Segundo um estudo publicado em 2015 no Journal of Personality and Social Psychology, os heróis têm 12 características centrais, que são:

A decisão de agir heroicamente é uma escolha que muitos de nós seremos chamados a fazer em algum momento. Ao conceber o heroísmo como um atributo universal da natureza humana, não como uma característica rara dos poucos 'eleitos heroicos', o heroísmo torna-se algo que parece estar ao alcance das possibilidades de cada pessoa, talvez inspirando mais de nós a responder a esse chamado.

Zeno Franco e Philip Zimbardo

Heróis como nós

Ao longo da minha vida pessoal e profissional conheci muitos heróis, daqueles que nos inspiram e nos fazem acreditar que é possível ser feliz quando a missão é, de alguma forma, ajudar os outros.

Estes heróis são gente como nós. Não precisam de se transformar na calada da noite, nem dão saltos mirabolantes no espaço, não se deslocam à velocidade da luz, não têm chips no cérebro para resolver os maiores problemas do mundo, em segundos, não têm armas, a não ser as

que nos desarmam – a empatia, a dádiva e a bondade, entre muitas outras caraterísticas que os tornam diferentes e exemplo. São heróis porque fazem pelos outros algo muito valioso: dão-se, entregam-se, carregando as nossas baterias com o seu saber; o seu exemplo de vida. Estes heróis mostram-nos que a força, a resiliência e a generosidade podem fazer a diferença, deixando claro como todos nós podemos também ser heróis na vida de alguém.

Como disse, tive a imensa sorte de me cruzar com muitos destes heróis – o cego

Os meus heróis são, igualmente, anónimos

Falar sobre os meus heróis é um exercício de reflexão profunda. Heróis não são apenas aqueles cujos nomes aparecem nas manchetes ou nos livros de história, nem os que possuem títulos ou reconhecimento público. Os meus heróis são, muitas vezes, invisíveis, atuando no silêncio, mas essenciais na construção do que sou.

Muitos dos meus heróis são anônimos, sem rosto ou nome para a maioria das pessoas. São aqueles que, sem esperar nada em troca, tornam a minha vida mais rica, segura e significativa. São, acima de tudo, meus pais, minha família e os amigos que me acompanharam ao longo do caminho. A sua dedicação, sabedoria e amor incondicional são a base sobre a qual me levanto todos os dias. Mas os meus heróis não se limitam ao círculo familiar. A história de Angola, mi-

nha terra natal, também é uma fonte de inspiração. A coragem do povo angolano, sua luta pela liberdade e a sua força diante das dificuldades são elementos que me moldaram. Angola é um país de heróis anônimos que, nas suas vidas simples, realizaram feitos extraordinários. Esses heróis me ensinaram o valor da perseverança, resistência e esperança.

Ao mesmo tempo, reconheço os heróis da diáspora, como eu, que deixaram sua terra natal em busca de novos sonhos. O Canadá, o país que agora chamo de lar, foi construído pelos esforços anônimos de milhares de imigrantes. Eles pavimentaram o caminho para que eu pudesse estar onde estou hoje, ajudando a construir uma nova pátria, um novo começo para tantas famílias.

Mais ainda, todos nós, imigrantes, somos heróis uns dos outros. Cada um, ao enfrentar sua jornada e reconstruir sua vida,

que vê com o coração, o tetraplégico que me mostrou o que é ser verdadeiramente feliz, o grupo de gente que, de forma abnegada, resolveu salvar uma espécie que estava em vias de extinção (os burros de Miranda), o médico dentista que criou a associação Mundo a Sorrir, salvando a autoestima e a dignidade de muitos sem-abrigo, o Padre que fez nascer a Aldeia-Lar no Algarve... tantos e tantos outros. Pessoas que me transformaram pelo seu exemplo e me fizeram ver os outros com um outro olhar. Heróis como nós todos podemos ser

se conseguirmos passar a ver com um raio de visão mais alargado, e a agir de forma mais inclusiva, respeitadora dos outros, mais solidária.

Estes são os meus heróis, os que permanecerão para sempre, porque marcam pela diferença a sociedade em que se inserem. É que, como diz a canção – “Há gente que fica na história da história da gente”. Para sempre.

contribui para um tecido social mais forte e unido. Cada história de luta e superação adiciona uma camada a este país maravilhoso que é o Canadá. Eu, aqui, agora, sou um reflexo desses heróis. Escrever sobre heróis é um ato de gratidão a todos aqueles que, mesmo sem saber,

tornam o mundo um lugar melhor. Todos nós, ao viver com dignidade e apoiar uns aos outros, estamos sendo heróis. E, como diz o adágio africano: "É preciso toda uma aldeia para criar uma criança". E essa aldeia somos todos nós.

Francisco Pegado/MS

My Hero – My Papa

Despite being a lifelong fan of superhero comics, I’ve never believed that true heroism comes from flying across the sky, shooting webs, or lifting cars with one hand. My hero never wore a cape, never had a superpower—at least not the kind you find in books or on movie screens. His superpower was far greater: he was my father, my “Papa.”

Papa was my greatest strength, my guiding compass. I am who I am because of him. He was a man who could never just sit and relax; he was always up, ready to take on a task. He never said “no” to helping, no matter how big or small the challenge. From him, I learned the value of action—of getting up and doing what needs to be done rather than finding excuses.

From Papa, I learned to respect people without discrimination. Age, status, wealth—it didn’t matter. In his eyes, every person deserved the same respect and attention. That was his way of living, and it became mine.

But perhaps the greatest lesson he taught me was honesty. He would say, “There is only one who truly sees you—Allah. Be honest in everything you do.” His integrity was unshakable, even when standing before the most terrifying, powerful, or influential people. He believed truth was not just a choice but a duty.

And he lived that belief until his very last day. On October 16, 2020, Papa left for work as he always did, not knowing that his honesty was going to get him killed. He died because he refused to compromise

his principles. Losing him was the deepest pain I have ever known, yet it did not weaken my faith in what he stood for—it strengthened it.

Papa’s absence taught me something profound: we don’t always need to lose our heroes to appreciate them, but when we do, their lessons echo louder than ever. His life shaped mine, his values became my foundation, and his courage became my silent companion.

He will always be my hero—not because he saved the world, but because he taught me how to live in it with dignity, respect, and truth. To me, that is the greatest superpower of all.

Credito: DR
Madalena Balça/MS

O meu herói

O meu avô, João Maria Francisco Maltez de 95 anos, não precisa de uma capa vermelha nem de superpoderes. Ele é o meu herói da vida real, o meu Super-Homem sem capa. A sua história é um tributo vivo ao poder da simplicidade, da humildade e do trabalho árduo.

Enquanto o Super-Homem usa a sua força sobre-humana para salvar o mundo, o meu avô usou as suas próprias mãos, calejadas e fortes, para construir as estradas que ligam a nossa terra. Lembro-me de quando ele me contava como garantiu a manutenção de uma das vias mais movimentadas de Portugal, um trabalho muitas vezes invisível, mas fundamental para todos nós. Ele é um desses heróis anónimos que, com o suor do seu rosto, construíu o mundo à nossa volta. Mas o heroísmo do meu avô vai muito além das estradas que ele construiu; ele também se dedicou a construir homens de trabalho, a dar um novo sentido à vida daqueles que tinham perdido o seu rumo. Com a sua pa-

ciência e sabedoria, ajudou pessoas a largarem vícios, como o álcool, e a encontrarem o seu caminho. Um dos seus maiores super poderes e a sua verdadeira força, esteve sempre na capacidade de ajudar o próximo a ser melhor.

A sua paixão pela minha avó, que é infinita, é a prova viva de um amor verdadeiro e inspirador, que me ensinou o valor de uma parceria construída com base no respeito mútuo e carinho. Apesar de, neste momento, estar numa cadeira de rodas, o poder do meu avô é infinito. A sua presença preenche o espaço, e a sabedoria que se vê no seu olhar e nas suas palavras é uma âncora que ajuda a manter firme muitos valores. Ele tem o poder de me inspirar e de me dar coragem para enfrentar tudo. Ter uma figura como o avô João Maria Francisco Maltez como meu herói foi e é importante para a minha personalidade. Ele é um homem digno e um ser humano completo; ele é e será sempre o meu herói.

Paulo Perdiz/MS

Meus pais, meus heróis

No meu conceito, heróis são aqueles que conseguem ir além, que se superam independentemente das circunstâncias em que se encontram. Para mim, esses heróis são meus pais. Com o passar dos anos e em cada fase da vida, nossas percepções mudam e, à medida que amadurecemos, conseguimos ter um olhar mais amplo sobre essa admiração.

Meus pais não me deram apenas o essencial ou bens materiais, porém muito mais. Eles me ofereceram amor incondicional, apoio sem limites e companheirismo. O mais importante, no entanto, é que eles construíram e moldaram o meu caráter. Hoje, entendo a importância de tudo isso. Eles me ensinaram a reconhecer meu verdadeiro valor, independentemente do que os outros possam dizer. Aprendi que não preciso passar por cima de ninguém para alcançar meus objetivos e que a verdade sempre prevalecerá diante da mentira, mesmo que essa verdade possa ser dolorosa.

Além disso, meus pais me mostraram que ter caráter e fazer o que é certo vale mais do que qualquer recompensa material. Afinal, quem fará a justiça final é Deus, e Ele tudo vê. Como não considerar meus pais como heróis? Eles me prepararam para os dias bons e também para os dias difíceis. Eu poderia falar por horas sobre o amor, respeito, admiração e gratidão que sinto por eles, e mesmo assim, nunca seria suficiente. Graças a Deus, sempre fiz o possível para valorizá-los e mostrar o quanto os amo. Em um mundo onde o egoísmo, a ganância e a maldade estão por todo lado, é fundamental lembrar que a verdadeira força vem de dentro, e meus pais sempre foram meu exemplo.

Juntos, criamos memórias maravilhosas que guardaremos para sempre. Meus pais são, sem dúvida, meus verdadeiros heróis, e sou eternamente grata por tudo o que fizeram e continuam fazendo por mim (minha mãe in memoriam, mas seu amor e ensinamentos estão cravados dentro de mim).

Paparella/MS

Ao longo do meu caminho, não posso dizer que tive um herói. Nunca tive, na verdade. Talvez tenha tido - e tenha ainda - inspirações que foram surgindo, silenciosamente, nos diferentes momentos da vida, nas fases que atravessei, nas vivências que me moldaram.

Vivi intensamente o mundo da política e da decisão, o das relações públicas e da comunicação, percorri ilhas, territórios, comunidades. Estive e pareço conhecer milhares de pessoas. Vivi também o jornalismo e com ele, aprendi tanto. Aprendi com pessoas de todos os caminhos, de todas as formas. Seria injusto nomear apenas algumas, porque foram muitas as que me tocaram, me ensinaram, me deixaram um pouco de si. Não, não tive um herói. Se alguma figura se aproxima disso, talvez sejam os “anjos” que guardo no céu - esses sim, inspiraram-me e continuam a

inspirar-me mais do que qualquer imagem distante ou idealizada. A sua ausência é, paradoxalmente, uma presença constante, feita de memórias, de valores e de amor. E, ainda assim, seria desonesto dizer que não houve pessoas que me marcaram profundamente. Pedro Santana Lopes, por exemplo, ensinou-me muito - não apenas sobre política, mas sobre humanidade, visão, coragem. Não o vejo como um herói, mas como alguém real, concreto, que me inspirou e inspira em momentos decisivos. Inspiraram-me professores que me guiaram com sabedoria, conselheiros que me escutaram com o coração, amigos e familiares que caminharam comigo. Inspirou-me o médico, o padre, e também aquele que, no canto da rua, muitas vezes desconhecido, me falou da vida com uma verdade que nenhum livro ensina.

Aprendi com cada história que contei em reportagem - porque cada pessoa com

quem cruzei me ensinou uma forma diferente de abraçar a vida, os seus desafios, as suas dores e belezas. Aprendo também com escritores e poetas, com músicos que passam pela minha vida e me mostram que viver é muito mais do que ver - é sentir, é estar presente. A minha vida tem sido feita de encontros. De olhares, de palavras, de silêncios. De aprendizagens que não vêm de ídolos, mas da escuta atenta, do toque humano, da entrega verdadeira ao serviço público, à comunicação e à comunidade. É aí que reside a minha inspiração: no humano, no imperfeito, no real. E é por isso que continuo - com o coração aberto e os pés firmes - a seguir caminho.

Rómulo Medeiros Ávila/MS

Credito: DR
Credito: DR Credito:

EU

O meu herói é a pessoa que vejo no espelho todas as manhãs (eu).

Isto não é porque penso que sou perfeita ou porque acredito que fiz tudo certo. É porque já enfrentei desafios que ninguém poderia compreender e encarei-os de frente.

Já me levantei quando não havia ninguém para me estender a mão e continuei, quando desistir teria sido mais fácil. A mi-

nha caminhada ensinou-me que às vezes o herói de que mais precisamos é aquele que vive dentro de nós.

A vida testou-me de formas que nunca esperei, colocando grandes obstáculos no meu caminho que pareciam impossíveis de superar. Já senti o peso da dúvida, do medo e da desilusão, mas nunca deixei que me deitassem a baixo. Cada vez que caí, levantei-me novamente, às vezes mais devagar, às vezes com algumas cicatrizes, mas sem-

Herói Invisível

É certo que a palavra “herói” desperta imagens e emoções diferentes em cada um de nós. Para alguns, é uma referência ou um modelo de vida ou alguém pela conduta, valores ou conquistas que ao longo da vida nos inspiram a querer ser melhores. Para outros, é aquela pessoa que conseguiu alcançar aquilo que nós, por circunstâncias ou escolhas, ainda não conseguimos.

Mas há uma pergunta que incomoda: será que valorizamos os nossos “heróis” enquanto eles fazem parte da nossa vida? Ou será que só lhes damos o devido mérito quando já não estão presentes, quando se tornam memória? A

verdade é que, muitas vezes, só a ausência nos ensina o valor real de alguém. E morando longe da família, isso se torna muito evidente, este é o meu caso.

Na construção da nossa identidade, é natural e até saudável termos figuras que consideramos exemplo, muitas vezes vem a ser um membro da família, professores, amigos, líderes, artistas, atletas ou até completos desconhecidos que, com um simples gesto, nos inspiraram para sempre. Essas referências funcionam como bússolas não para nos transformarmos em cópias, mas para nos lembrar que é possível seguir em frente, mesmo nas maiores adversidades. Mas, há um herói que, muitas vezes, esquecemos de reconhecer e neste caso: “O

A luz da minha vida

Heróis são aqueles que nos inspiram e nos apoiam. Um grande homem em minha vida foi meu pai, que sempre demonstrou princípios sólidos e um coração generoso, sempre pronto para ajudar o próximo, sem esperar nada em troca. Seu amor e apoio sempre me acompanharam.

No entanto, o verdadeiro herói é Jesus Cristo. Ele está ao nosso lado quando todos se vão, oferecendo conforto nas horas difíceis. Conhece nossas tristezas, mesmo quando sorrimos, e nos sustenta diante das dificuldades e das injustiças. Sua promessa de que tudo ficará bem para aqueles que Nele creem nos fortalece. Assim, ao pensar em heróis, vejo a combinação do amor do meu pai e a luz de Jesus. Eles me ensinam que, mesmo nas adversidades, podemos encontrar amor e propósito. Heróis não são apenas aqueles que realizam grandes feitos, mas também aqueles que tocam nossas vidas com bondade.

Luciano Paparella Jr.

pre mais forte (como sou teimosa e sou do signo touro...).

Sou também o meu herói porque escolhi a bondade, mesmo em momentos em que o mundo parecia não ser bondoso comigo. É fácil tornar-se amargo diante das dificuldades, mas procurei manter o coração aberto. Perdoei quando poderia ter guardado rancor. Ajudei outros, mesmo quando a minha própria energia estava no limite. Acima de tudo aprendi a acreditar em

mim. Houve momentos em que duvidei do meu valor ou me questionava se era suficiente. Mas continuei em frente, provando a mim mesma que podia alcançar mais do que alguma vez imaginei. Tinha objetivos que alcancei, não porque fosse fácil, mas porque me recusei a desistir.

Ser o meu próprio herói não significa que não valorize aqueles que me apoiaram e me apoiam ao longo da minha vida. Rosa Bandeira/MS

herói sou eu”, sem nenhuma sombra de dúvida! Sou essa pessoa sozinha num país que me acolheu como filha e para honrar esta oportunidade levanto mesmo cansada, e corro atrás dos meus deveres. Que paga as contas, enfrenta as dificuldades, cuida de quem ama, dos amigos e não deixo de lutar, mesmo quando ninguém vê. Que conduz a própria vida com coragem, mesmo quando o caminho é incerto. Heróis fazem o mesmo, pois não? Somos assim diariamente e deixamos de lado o reconhecimento devido. Não existe força maior do que a nossa para fazer acontecer os desejos e mudanças necessárias. E se não nos colocarmos num patamar visível, iremos enxergar sempre alguém a nossa frente. É claro, reconhecer méritos em alguém, é uma virtude.

Ser o nosso próprio herói não significa viver sem inspiração nos outros. Significa reconhecer que, no fim, é a nossa força interior que sustenta cada passo, que nos

levanta quando caímos e que nos permite sonhar mais alto. Porque, no final, o verdadeiro heroísmo pode estar no simples ato de continuar dia após dia, sem desistir de nós mesmos.

O mundo hoje anda as vistas das celebridades sem esforço, sem cuidado alheio, sem meta num amanhã melhor a todos. Estar diante de uma celebridade ou até uma entidade religiosa pode ser um dos grandes desejos da humanidade. Conseguir uma foto ou passar por alguns minutos perto deste “herói”, pode ser um grande acontecimento da vida. Banalidade passou a ser prioridade. Parem com isso e comece a olhar a si mesmo.

E talvez seja isso que os grandes heróis sempre souberam: o maior ato de coragem é não se abandonar.

Fabiane Azevedo/MS

Quem é o meu herói?

Quando somos crianças, a nossa imaginação viaja em busca de aventuras e emoções, e so nhamos com vilões e heróis que nos salvarão e protegerão de todo o mal. Quer se trate de uma personagem de ficção ou de alguém que está ao nosso lado diariamente, todos temos essa necessidade de sentir proteção e carinho. Na maioria dos casos, se fizermos esta pergunta a alguém, a resposta mais óbvia será pai, mãe, avós, amigos... raramente alguém falará de si mesmo, pois a ideia predominante é que só os outros podem ser os nossos heróis.

Quando era pequena, sonhava que a minha vida poderia ser como a das Barbies que eu adorava e ainda adoro. No entanto, cedo percebi que isso seria impossível, que a vida era bem mais difícil do que ser bonita, ter muitas roupas, casas, carros e atividades sem fim. Tal vez a Barbie fosse a minha heroína da infância. Os anos passaram, o gosto pelas Barbies nunca diminuiu, mas a ideia de ter uma re ferência, um herói, sim... porque eu teria de ter um herói que não fosse eu? Que pes soa, para além de mim, me ajudou tanto ao ponto de a considerar "herói"? Ao longo da vida tive imensas pessoas que se cru zaram no meu caminho e me ajudaram, e ajudam, a ultrapassar obstáculos e estão sempre comigo, mas isso não as torna minhas heroínas. Obviamente, tudo isto moldou a minha maneira de pensar e viver a vida. Sou grata a todas, mas orgulhosa de mim mesma e daquilo que me tornei. Considero-me a minha própria heroína. Quanto às Barbies, sim, continuam a fazer-me parar para as admirar e nada mais do que isso.

Lisbeth Domingues/MS

O meu pai, o meu herói

Eu sou parte da vida dele, e ele é toda a minha história.

Nada seria suficiente para lhe agradecer tudo o que faz por mim. Sem dúvida o melhor pai. Aquele que partilha as pétalas e sacrifica as folhas. Aos 21 era uma pessoa, aos 23 tornou-se outra e aos 37 transformou-se noutra, hoje é o pai que eu (na essência) quero ser. Sempre foi pai: Amou mais do que foi amado, trabalhou mais para mim do que para ele e sempre abdicando daquilo que era bom para ele para que eu tivesse o que era bom!

É exemplo de amor, educação, trabalho e bondade. Obrigada por sonhares comigo os meus sonhos e por me encorajares sempre a fazer o que amo. O meu pai, É a melodia que embala os dias, é um tesouro precioso que se guarda no coração, eterno e inesgotável! É amor incondicional, colo, mão, força, o conforto de saber que posso, sempre, voltar entre um voo e outro!

Pai há só um, mas o meu vale por mil! Obrigada.

Beatriz Simões/MS

Under the skin

I was asked an interesting question: Do we value someone we consider a hero through their achievements while they live among us, or do we feel their impact more once they leave us?

This is something I tend to think of and encounter quite often. I don't feel like I categorize people in this duality, because I tend to disconnect actions and behaviours from the individual.

As I grew older, I stopped considering people "heroes", or "idols", because I al-

ways felt like those terms come with the caveat of giving individuals a sense of being supernatural and esoteric in comparison to myself, or others not "worthy" of being in that category. And the more I lived and experienced, the more I started realizing that these heroes we have are, for the most part, the same as you and I: blood, bones and skin. Their accomplishments and ideas come from a place that is accessible to all, especially if you're willing to make yourself available to them.

Therefore, the people I most admire in

this life are the ones who are able to grow past their basic settings, that are not afraid to develop themselves to the highest capacity possible, free from the constraints of personal restrictions and societal pressures: the artists who seek to master their own artistic language, the immigrants who whole-heartedly contribute to the development of a country where they were not born, the activists who put their individuality on the line for the sake of a higher purpose, among so many other examples. Of course, this is a completely personal

view on the matter, it is instinctual to me, but through the trials and tribulations that life offers each of us. I've learned to become proud of this way of thinking. In short, my heroes are the ones who teach me everyday how to be more human. A better human.

"The weight of my sight comes from sitting on your shoulders"

Max Coelho/MS

My Hero

To me, a hero is someone who has touched your life in ways that are extraordinary, unusual ways that make you a better person. In the past, for me I usually chose great athletes or great musicians to look up to and call them sports heroes or music heroes, but as you get older and understand that lesser known people who do more important things are the ones more deserving of such a title.

My hero, without a doubt would be my son Tristen. He was dealt an unfortunate card by being diagnosed with cancer at only 4 years old. The amount of strength, perseverance and determination he had in overcoming it was an inspiration for many people, especially us as his parents. I learned so much from the ordeal, such as what things should be prioritized in life, what really matters and what a heart of a fighter really looks like. He also brought our family closer togeth-

er, all the while maturing so much for his young age. The saying that you never know how strong you are until being strong is the only choice you have, was his mantra. So many people saw him enduring the difficult treatments and made them realize their problems were probably much smaller in comparison. During his treatment, he would constantly try to reassure other kids who were scared early on in their journey. He was a friend to so many there, even bonding with staff.

Today at 17 years old, he is a healthy, tall and incredibly intelligent person with such a bright future. He always finds that things in comparison to cancer are not hard or challenging and with that mindset, usually overcomes obstacles easily. He has followed in my footsteps in pursuing music, and he is currently releasing his own music. Tristen Silva, my son, is my hero. He inspires me to be better and work tirelessly for him.

Many hero's all in one

What is a hero? Should a hero be someone who you aspire to be like? If so, one’s hero could be a famous athlete, Christiano Ronaldo perhaps, or your favourite rockstar..Elvis or Mick Jagger.

Is a hero someone whose life you envy?

Should somebody like Jeff Bezos or Elon Musk be a hero?

Is a hero someone whose accomplishments deserve critical acclaim? Maybe then, Albert Einstein deserves to be somebody’s hero.

Perhaps, a hero should be someone we are grateful for. In this way, a hero could be a dear friend.

I think, a hero should be somebody who has contributed significantly to who you are as an individual. In this way, parents, grandparents, siblings, spouses and even children make great heroes.

But picking ONE hero can be problematic. There’s been a lot of criticism of some-

Who do you consider a hero?

“Who is your hero?” It is a challenging question to ask. Do you look at celebrities on TV, fictional characters, or historic icons? Personally, I choose to look close. I choose my parents.

Iconsider a hero someone who helps shape you, how you act, and who you wish to become. Someone who pushes you, supports your decisions, but is not afraid to be honest and tell you how things really are.

I almost lost my Dad when I was a young boy, and that trauma etched itself into me. It made me appreciate my parents more and more from a young age. From financial struggles to taking care of you when you’re sick, parents make it look easy. When in reality, parents give a part of themselves to you daily. They never quit and always try to have a smile on their faces, even in the toughest of times.

Now, as an adult, I see all the things that went unnoticed as a young child. You have to look back and ap-

preciate the sacrifices it takes to raise your own children. At my age now, my parents already had my sister and me, and I’m only just about to get married! I look at all the sacrifices I would have to make in my current life, and man, do I have a massive appreciation for them.

My parents will always be my guardians, but they are now my best friends. The ones I can rely on to pick up the phone when I have exciting news, sad news, or to share a glass of wine with and enjoy the simple fact that we are in each other's company.

My parents are proof that heroes don’t need to be like in the movies. They don’t need capes or need to drive fancy cars. A hero is someone who helps you become “you”.

Now, who do you consider a hero?

thing called the Great Man Theory, which is a way historians have viewed the world for the last several centuries. In the Great Man Theory, singular people are celebrated for their individual accomplishments, which silences the communities that built these “great” people. It takes a village. Maybe then, in this way, my hero is my community. My city. My country. My culture. It’s abstract, but perhaps more true. After all, I’m thinking of a hero as something that contributed significantly to who you are. Maybe then, when selecting a personal hero, we can keep in the back of our minds the notion that any hero you might have, has a multitude of other hero’s behind them, and it is only in the summation of all of these hero’s together that we build individuals up to be the best they can be. But if all of this is too philosophical…I also really like my dog, Sadie. She’s cute.

Tim Wilson/MS

“Quem

é o teu herói?”

Todos temos alguém que nos inspira. Pode ser um familiar, um amigo, um professor ou até uma figura pública. Mas o que significa realmente ter um herói? É alguém que viveu aquilo que nós nunca conseguimos, ou uma referência que seguimos para nos tornarmos melhores? E será que só damos valor a essas pessoas quando já não estão presentes na nossa vida? Fomos à rua perguntar a jovens quem são os seus heróis e o que estes representam para eles.

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê? O meu herói é, sem dúvida, a minha mãe. Sempre lutou muito para cuidar de mim e do meu irmão, mesmo quando parecia que o dinheiro não chegava para tudo. Trabalha de manhã à noite, mas nunca nos faltou um sorriso ou um abraço. É um exemplo de força e de não desistir, e ensina-me todos os dias que a vida nem sempre é justa, mas vale a pena lutar.

Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Não, acho que se pode e se deve valorizar todos os dias. Eu digo-lhe sempre que tenho orgulho nela. Não quero deixar para depois o que posso dizer agora.

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê?

Para mim, foi um músico que segui desde a adolescência. As letras dele ajudaram-me a lidar com fases muito complicadas - problemas familiares, ansiedade... Era como se ele estivesse a falar diretamente para mim. Quando eu sentia que ninguém me percebia, punha uma música dele e sentia-me menos sozinho. O cantor/músico é o Marco Paulo, que já não está entre nós.

Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Depende. Eu já valorizava o que ele fazia, mas quando ele morreu senti ainda mais o impacto que teve em mim. É como se só nessa altura percebesse a dimensão daquilo que ele me deu, sem sequer me conhecer.

Tiago, 22 anos – estudante universitário

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê?

O meu avô é a pessoa que mais admiro. Era agricultor e, mesmo com pouco estudo, tinha uma sabedoria enorme. Sempre foi muito justo e ensinou-me que devemos cumprir a nossa palavra, mesmo que isso custe. Acho que nunca conheci alguém com tanta paciência e honestidade. É por isso que tento seguir o exemplo dele.

Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Infelizmente, sim. Muitas vezes só percebemos a falta que fazem quando já não podemos conversar com eles. Eu tento lembrar-me de valorizar as pessoas enquanto cá estão, mas a vida às vezes distrai-nos.

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê?

O meu herói é o meu treinador. Quando comecei a jogar, eu não acreditava nada em mim. Ele foi a primeira pessoa a dizer-me que eu tinha potencial e que podia chegar longe se trabalhasse para isso. Acreditou em mim mesmo nos dias em que eu queria desistir, e ensinou-me que a disciplina e a paciência valem mais do que o talento sozinho. Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Não acho. Eu digo-lhe sempre que é graças a ele que hoje não desisto facilmente. Claro que se um dia ele deixar de treinar-me vai custar muito, mas o valor que lhe dou é diário.

Sofia, 15 anos – estudante do secundário

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê?

A minha professora de Português. Ela acredita nos alunos, mesmo naqueles que já desistiram de acreditar em si próprios. Fez-me gostar de ler e mostrou-me que sou capaz de escrever textos de que me posso orgulhar. Acho que nunca vou esquecer a maneira como ela nos trata como pessoas e não só como alunos.

Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Eu acho que não. Já lhe disse várias vezes que é uma inspiração para mim. Acho que é importante dizer logo, porque senão podemos arrepender-nos mais tarde.

Quem é a pessoa que consideras o teu herói ou grande referência de vida, e porquê?

O meu herói é um antigo chefe que tive no meu primeiro emprego. Ele mostrou-me que é possível liderar sem gritar e sem impor medo, mas sim com respeito e exemplo. Foi ele que me inspirou a criar o meu próprio negócio e a tratar bem as pessoas que trabalham comigo. Sempre dizia: se queres que alguém dê o melhor, tens de lhe dar o melhor ambiente para isso.

Achas que só damos verdadeiro valor aos nossos heróis depois de já não fazerem parte da nossa vida?

Eu tento não fazer isso. Acho que temos de agradecer enquanto podemos. Mas percebo que muitas pessoas só se dão conta quando já não têm essa figura por perto, e aí a ausência pesa muito.

cultura | tradição | histórias | lugares

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RMA/ MS
Mariana, 17 anos – estudante
André, 27 anos – técnico de informática
Catarina, 19 anos – estudante e jogadora de voleibol
João, 25 anos – empreendedor

Devo confessar que, na minha infância, não tive - nem tinha - muitos heróis. Apesar de os meus amigos de infância e, mais tarde, da escola terem os seus heróis de ficção, na altura, sobretudo da Banda Desenhada e de algumas figuras da televisão -, não era o meu caso. Lá em casa não tínhamos televisão, nem BD.

Os meus brinquedos eram latas de conserva amarradas umas às outras, que faziam o melhor comboio. Eu, o maquinista, puxava as latas com uma guita, determinando o percurso do comboio pela horta da minha avó, entre as couves e as favas. Ainda tinha tempo para imitar o barulho do comboio e a “buzina” do mesmo, não fosse uma galinha ou um coelho atravessarem a linha imaginária que o próprio comboio traçava na terra negra e fértil da horta. Como já perceberam, fui criado pelos meus avós. Sou filho de mãe solteira e nasci no final dos anos 60, numa casa pobre, numa aldeia também pobre, de um país cinzento e numa sociedade analfabeta, moralista e preconceituosa. Ser mãe solteira era, naquela altura, um escândalo e não era aceite na aldeia. Por isso, a minha mãe teve de sair de casa e procurar guarida, que encontrou numa casa da aldeia pertencente a uma senhora viúva e sozinha. Depressa teve de arranjar trabalho, ora no campo, ora no restaurante Balasarense, muito procurado pelos locais e, principalmente, pelos peregrinos que se dirigiam à Irmã Alexandrina de Balasar, a minha freguesia. Mais tarde, a minha mãe casou e fomos morar para o concelho de Barcelos. Lá fiz a minha escola primária e a tele-escola. Entretanto, voltei para casa dos avós por razões que não cabem neste texto, mas sempre debaixo do olhar atento da minha mãe, que me dizia para estudar, ser bom aluno e respeitar os mais velhos. Anos depois, a minha mãe ficou viúva, com três filhos pequenos nos braços, razão pela qual eu fui obrigado a emigrar. E cá estou… Por tudo isto, e pelos grandes sacrifícios que a minha mãe passou, ela é, de facto, o meu maior herói — perdão, heroína. Tenho muita pena que ela não tenha acompanhado o meu percurso de emigrante, dirigente associativo, conselheiro das comunidades portuguesas e até deputado à Assembleia da República. A minha mãe faleceu muito jovem, a 27 de agosto de 1987. A ela dedico esta reflexão. Bem-haja, minha heroína!

Roberto Picanço

Os meus heróis sempre foram o meu pai e o meu avô. Não porque fossem perfeitos ou tivessem algo de extraordinário, mas porque foram exemplos reais de vida e é disso que precisamos para aprender. Com o meu pai aprendi o valor da responsabilidade e da honestidade. Ele mostrou-me, com ações e não apenas palavras, que o trabalho duro é a base de qualquer conquista e que cumprir o que prometemos é uma questão de honra. Ensinou-me que respeito se constrói todos os dias, através da forma como tratamos os outros. O meu avô foi um mestre da simplicidade e da generosidade. Ajudava sempre que podia, sem esperar nada em troca. Mostrou-me que a verdadeira riqueza está nas relações humanas e que, mesmo nos erros, existe sempre uma lição. Com ele aprendi que o bom é para repetir e o mau é para evitar. Hoje, eles já não estão fisicamente presentes, mas continuam vivos nas minhas memórias e atitudes.

Quando enfrento desafios ou preciso tomar decisões importantes, muitas vezes penso: o que eles fariam? Essa pergunta ajuda-me a manter-me fiel aos valores que me transmitiram. Acredito que é este o verdadeiro papel dos heróis: inspirar-nos a ser melhores, mesmo depois de partirem. Não precisam de capa ou superpoderes, precisam apenas de viver de forma a deixar marcas positivas em quem os rodeia.

Eu perdi o meu pai quando era adolescente e, de forma muito triste, ele foi uma pessoa muito especial. Só tenho muito agradecimento por ele me ter dado a vida e guardo-o no meu coração. Mas o meu herói de verdade foi o meu tio Albino Malungo e o Tété António, que sempre foram como pais para mim e que sempre estiveram comigo desde a minha juventude. Tive um passado que prefiro guardar nas minhas memórias e ser feliz com o que a vida me deu e me dá todos os dias: os meus dois filhos e amigos. Por fim, agradeço à minha mãe por me ter dado a vida e à minha família por fazer parte da minha árvore genealógica. Obrigada a todos que contribuíram para o meu sucesso profissional, como a tia Gilbertina Neto, a tia Fátima Jardim e todos os outros, direta ou indiretamente, para que hoje eu seja esta pessoa que é só Albertina da Glória Chissenda Cassule Castellana.Bem haja a todos os meus heróis e heroínas.

Quando eu tinha 12 anos, conheci o meu herói: o meu pai (padrasto). Ele conheceu a minha mãe quando ela já tinha 7 filhos, a minha avó estava acamada e havia ainda uma neta de 2 meses, filha da minha irmã. Ele entrou para a nossa família e, desde então, deixamos de passar fome. Passámos a ter refeições todos juntos à mesa, a poder conversar e a viver como uma família de verdade. Em 2006, viemos todos para o Canadá e éramos felizes. Mas, em 2014, ele faleceu num acidente de trabalho. A nossa família se partiu ao meio, e até hoje nunca mais voltou a sorrir como antes. Ele nos ensinou a ser pessoas do bem, a dar e receber amor, e a valorizar o que significa ter uma família. Com ele, aprendi a lutar pela vida, a nunca deixar faltar nada e a viver sempre com respeito. Meu pai do coração, Carlos Silva, eu te amo. A minha segunda heroína sou eu, Raquel de Azevedo. Aos 16 anos, saí de casa e fui viver com um rapaz na Ilha Terceira, Açores. Fui vítima de violência doméstica: ele partiu a minha perna, tentou matar-me com uma faca e vivia sempre com o rosto marcado por hematomas. Tinha vergonha de dizer que era vítima. Três anos depois, consegui sair dessa vida e vim para o Canadá - país que amo. Não falava a língua, mas aprendi sem frequentar a escola. Tive uma filha linda, que hoje tem 15 anos. Aos 33, fui para o college e fiz um curso de Law & Police Enforcement, no qual obtive notas de 90%. Tenho orgulho disso. Mais tarde, tive outra relação de dois anos e meio, onde também sofri abuso, desta vez verbal e, em certos momentos, físico. O homem queria controlar como eu falava, me vestia e vivia. O abuso psicológico destrói qualquer um, e acabei entrando em depressão. Consegui sair dessa relação e, três semanas depois, percebo que a mulher que teve o melhor professor da vida, o meu pai (padrasto), mais uma vez levantou a cabeça. Com muita dificuldade, comecei a sorrir novamente. Carlos Silva, mesmo estando ao lado de Deus, quero te agradecer por me fazer ser esta filha, esta mãe, esta mulher e esta profissional que sou hoje. Graças à educação que me deste, eu luto todos os dias. Comecei do nada, e olha quanto já conquistei. Eu, Raquel, sou a minha heroína. Obrigada, herói Carlos Silva. Raquel Azevedo

Albertina Cassule
Laurentino Esteves

Os heróis

Nestes testemunhos, diferentes pessoas partilham as suas histórias de heróis e heroínas que marcaram as suas vidas. Seja pela força familiar, pela coragem em superar adversidades ou pelo exemplo de resiliência e amor, cada relato revela o poder das referências que nos inspiram a crescer e a seguir em frente.

RMA/MS

Quando penso na palavra “herói”, não imagino capas ou superpoderes. Penso na minha mãe. Ela é a minha maior referência e exemplo de vida. Sempre trabalhou muito, mesmo quando a saúde não lhe permitia. Vi-a sair para trabalhar com febre, dores ou cansaço extremo, e ainda assim regressar a casa e cuidar de tudo, preparar as refeições, limpar, arrumar, apoiar-nos com tudo. O que mais admiro é que, apesar das dificuldades, ela mantinha um sorriso no rosto. Nunca se queixava, nunca deixava transparecer o peso que carregava. Essa força silenciosa moldou a minha forma de ver o mundo. Mostrou-me que coragem não é ausência de medo ou dor, mas sim a capacidade de seguir em frente apesar deles. Acredito que, muitas vezes, só reconhecemos o verdadeiro valor de alguém quando já não está presente. Vejo isso todos os dias: pessoas que, na doença, enfrentam o sofrimento sozinhas, sem apoio ou família; pessoas que partem sem sequer ouvir um último “adeus” daqueles que amam. Por isso, faço questão de não cometer esse erro com a minha mãe. Faço questão de lhe dizer, enquanto posso, o quanto a admiro e agradeço. Ela não é apenas um exemplo de perseverança, é também prova viva de que o amor verdadeiro se mostra nos gestos simples, no cuidado diário e na dedicação incondicional. Ter uma figura de referência como ela é fundamental na construção da minha personalidade. É graças ao exemplo da minha mãe que aprendi a ser resiliente, a valorizar o esforço, a respeitar o trabalho e a cuidar dos que amo. Se um dia eu conseguir ser para alguém metade do que ela foi para mim, já me sentirei realizada. Para mim, o verdadeiro heroísmo está em viver para o bem dos outros, com humildade e amor. E nisso, a minha mãe é imbatível. A heroína não só da sua família mas também da comunidade que serviu (e serve) durante todos estes anos; As Quatro Ribeiras não seriam metade sem ela. E a minha vida, não seria.

A minha heroína é a minha mãe. Viveu uma vida curta, mas cheia de batalhas fortes e difíceis, mantendo sempre uma boa disposição, um sorriso no rosto e muito amor para dar. Claro que não era perfeita, ninguém é, mas para mim foi a melhor, a única heroína da minha vida. Ela foi, ao mesmo tempo, um modelo do que ser e do que não ser. Lutou a vida inteira contra uma adição que lhe tirou anos de vida, mas que também proporcionou lições valiosas a todos aqueles que fizeram parte dos seus dias. Com ela aprendi que todos estamos sujeitos a fraquezas e que a força de vontade e a coragem que carregamos dentro de nós podem ser imensuráveis. Infelizmente, percebi ainda mais o valor da minha mãe quando soube que ia perdê-la. Foi nesse momento que tudo ganhou um peso diferente. Tive, no entanto, a incrível oportunidade de ter tempo para dizer tudo, amar tudo, sentir tudo. Isso criou em mim uma imagem profunda da pessoa que ela foi e também da que poderia ter sido. Sinto que fui roubada de muito… e, ao mesmo tempo, preenchida de tanto.

Acredito que é extremamente importante termos figuras que consideramos referência. Todas as influências, sejam positivas ou negativas, moldam a nossa personalidade e as nossas ações. As referências mais próximas, sejam de sangue ou não, têm um impacto ainda maior. A minha mãe moldou a minha vida de uma forma inexplicável e, sobretudo, ensinou-me a apreciar cada segundo, a ser grata por tudo e a nunca deixar para amanhã o que posso fazer ou dizer hoje.

A mulher que mais me inspira é a minha mãe, uma verdadeira guerreira que nos criou com muitas dificuldades, mas com um amor e carinho infinitos. Sem estudos, trabalhadora doméstica, mas dotada de uma sabedoria que nenhum livro poderia ensinar. Sofreu muito ao lado de um marido alcoólico. A nossa vida não foi fácil, mas ela fez tudo para que nunca nos faltasse nada.

A minha mãe foi, e continuará a ser, a minha maior inspiração. Mesmo sofrendo maus-tratos, nunca desistiu de nós. Foi uma avó com um “A” bem grande, sempre presente e dedicada. Infelizmente, há alguns anos, Deus decidiu levá-la.

Lutou durante dois anos contra a doença, mas o destino acabou por chamá-la para junto d’Ele. Tenho um imenso orgulho na minha mãe. Ela foi, e será sempre, uma guerreira. Ensinou-me muitas coisas boas que guardo comigo no coração, e que levarei para toda a vida.

Dedico este texto a mim e a todos nós, “heróis” que, de alguma forma, escolhemos ser heróis da nossa própria vida. Somos aqueles que escrevem o livro da sua jornada nesta breve passagem pela vida mortal, deixando marcas por onde passam. Eu poderia escolher muitos heróis, os das bandas desenhadas ou até mesmo grandes nomes da televisão. Mas escolho a mim e a cada pessoa que, de uma forma ou de outra, tem sido um herói na sua vida e na vida de alguém. Um herói é alguém que, perante um desafio ou perigo, age com coragem, determinação e responsabilidade para proteger ou ajudar outra pessoa, mesmo que isso envolva arriscar a si próprio. Todos nós, em algum momento da vida, já passámos por isso. Seja na perda de um ente querido, na superação de um desafio pessoal, no fim de uma relação, na decisão de imigrar para um novo país ou até mesmo na proteção de um familiar, principalmente um filho, pai ou mãe. Ser herói também é nunca perder a vontade de ser melhor para o próximo, de querer ajudar alguém. Nós somos o que se chama de "heróis do dia a dia".

Não precisamos de reconhecimento, não aparecemos em capas de revista. Surgimos quando alguém precisa de uma mão, quando vemos injustiça e decidimos agir. Sacrificamos parte de nós para dar um futuro melhor aos nossos filhos. Estamos presentes, de mãos dadas, quando um familiar ou amigo precisa, seja por qual razão for. Não o fazemos para receber aplausos e, na maioria das vezes, até nos esquecemos do que fizemos. Mas quem foi ajudado jamais esquecerá. É importante reconhecer que somos também "heróis imperfeitos", que, apesar de tentarmos, falhamos muitas vezes, e mesmo assim não desistimos de seguir em frente e tentar ser melhores no dia seguinte. Todos os heróis têm dúvidas, medos, inseguranças e cometem erros. Muitos nem procuram ser heróis, mas acabam por se ver obrigados a agir. Muitas vezes, os heróis imperfeitos são mais inspiradores do que os perfeitos, porque transmitem conhecimento, ensinam resiliência e despertam empatia. Mostram-nos que não é preciso ser perfeito para fazer o bem, e isso é algo que, de certa forma e sem nos darmos conta, já fazemos todos os dias. Cada um de nós tem a liberdade de escolher ser um herói, ainda hoje, mesmo sendo imperfeito e cheio de incertezas.

Cátia de Sousa
Carina Paradela
Vanessa Picanço
Nídia Vieira
Credito: DR

A força do nosso ser…

Olá, bom dia. Mais uma semana, mais um mês quente. Cá estamos. Devemos agradecer, ao invés de nos queixarmos, a vida é aqui e agora.

E, por falar neste subject matter de ser quem e como somos, pergunto eucomo e através de quê ou quem chegámos até aqui?

Quando nos começámos a entender por gente, falo por mim sempre, óbvio, é escusado dizê-lo, há algo que nos move. Ou algum personagem, uma série da qual gostamos, algum filme ou alguém próximo, ou não, de nós.

Chama-lhes a sociedade moderna, “Herói” - de banda desenhada ou da vida real.

Agora pergunto-me a mim própria - quem foi e quem é o meu herói?

E como se descreve um Herói/heroína? Herói ou heroína é uma pessoa real ou um personagem principal fictício que, diante do perigo, combate a adversidade por meio de feitos de engenhosidade, coragem ou força.

Não tive e nem tenho um herói/heroína na minha vida... estranho, certo? Mas é a mais pura das verdades. Se houve alguém, até eu gostava de saber mais sobre este tema. Agora ter admiração e respeito por alguém, sim. Por quem me trouxe ao mundo e me ensinou valores, me ensinou que ser honesta e íntegra é mais valioso do quer ter a mais-valia dos diplomas e pertencer a uma determinada camada social das mais elevadas. Tem mais significado isso, sim. Admiro também quem mais me tem apoiado e segurado na mão para não me deixar cair, mas não vamos confundir isso com heroísmo. Não tenho, não tive e não sei se vou chegar a ter algum tipo de herói ou heroína

que, ao fim e ao cabo, podem existir pelas mais variadas razões.

É o que é e vale o que vale, mais sincera não posso ser.

Talvez eu seja a minha própria heroína, pelas adversidades e obstáculos que tive, tenho e ainda terei de atravessar, e nunca baixei braços apesar dos pesares.

Fiquem bem e até já, Cristina

Esta semana

Vamos dar um Passeio de Moliceiro com os Moonspell banda de heavy metal portuguesa.

• Vamos ver a força da migração portuguesa eternizada em Toronto pelo mural de Brother Moisés.

Com o Rosa's Portuguese Kitchen impressione tudo e todos com um Cordon Bleu de frango, simples de fazer e delicioso de comer.

No Sentir, Pensar e Agir vamos conhecer Joe da Silva, um homem de negócios com um coração de ouro que inspira e ajuda a comunidade.

• Os Irmãos Verdades regressam com "Rosa Maria" sempre com a sensualidade e o ritmo inconfundíveis.

• Conheça a arte de Amadeus Matias da Costa que transforma troncos em mesas que contam a história da natureza e muito mais.

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Cristina da Costa
Opinião

The recognition of heroes goes beyond admiring acts of physical prowess or courage. Heroism is a mystical condition based on someone’s opinion. Your hero could be my coward, therefore a brave person will be seen from a variety of prisms based on a person’s assessment of the demigod being looked at. As people are idolized as examples of superstardom and therefore worthy of being special idols, many of us waste our time in admiring false gods who are nothing more than pretentious divas. Many people keep holding out to find their hero, but never find them. We could pick and choose people who do extraordinary things like

H E R O E S

Captain Chelsey Sullenberger after he managed to land US Airways Flight 1549 on the Hudson River in January 2009. They called him a real human being and real hero. Yes, there is a sense of heroism in his actions but is he a hero that should be idolized or was he performing his responsibilities as a service to his passengers? Heroes are inflated by our minds and deflated as soon as a potential flaw is identified. Being larger than life, our admiration of other human beings goes deep into our psych and we use these beings in guiding the principles of our lives.

Traditionally, heroism was associated with grandiose acts of bravery and self-sacrifice. However, modern interpretations have expanded to include more complex, flawed and unconventional heroes. These different perspectives are being used to elevate human beings which are devoid of moral integrity, while deflating many who adhere to strong moral codes and who promote virtues and righteousness in their lives. Like Bonnie Taylor’s “Holding out for a Hero.” I keep longing to find mine. It’s easy enough to adopt our parents as our ultimate heroes, but I feel that we have to raise above that to really understand what makes our lives worth living after being born. Our parents gave us life, raised us to the best of their ability and planted our bodies in a complicated world to survive to the best of our ability. Don’t know if the parents are the heroes or if the children they bore are the heroes for surviving despite all the circumstantial challenges placed on us.

Heroism should transcend time and culture. It should be examined based on paradigms that suit each of us, reflecting our dynamic nature of human values and aspirations. My hero is what I define as the “third space,” which is a place only your mind can go to. It walks beside me every day, 24 hours a day. This hero listens without judgement always maintaining courage and strength when I lose my ability to overcome fear and adversity. There’s a mental connection with my hero, with long and short conversations that no one else hears. It speaks to me about personal resilience and determination to go on and face my inner demons and shows me the light.

The invisibility of my personal hero provides an exclusivity of thought that no one else can share and therefore any embodying of spiritual or demonic actions, is mine alone. I am allowed without judgement to be the best or worst person and my hero is always present to guide and motivate.

My hero has often saved my life by changing the darkness of life into a spirit that motivates and emphasizes the power of self-belief. In an age of influencers and religious demagogues preaching a self-serving counter cultural religiosity, strength is necessary to remain self-sufficient. What better hero than the one that walks beside you and continually tells you that you can go on.

Photo: Copyrights

Super

Hero’s? They appear to be everywhere nowadays. The media is riddled with them; self-proclaimed, of course. You don’t need to search, they come to you. Instagram has a wide variety of clips showing good deeds that warm the heart . But if you look closely, you realize that, with a bit of scrutiny, most of these things are obviously staged.

On a positive note, the person being aided does come out on top, but it’s the fact that people stage videos of themselves doing good deeds that irks me. In this era of me, me, me, it’s not easy to pick out anyone who merits praise, or even a second thought. Today’s view is “we’re all heroes”, which simply isn’t true.

We have a serious sense of entitlement, much of it based on no merit. Maybe it started when they began giving trophies and medals for ‘Participation’. What is that? The media, being controlled by Big Business, tends to focus less and less on those few that are out there calling things as they really are. Give them explosions and death, starvation and celebrities in orbit. They fill our heads with the antics of boobs like Trump and his clan of militants, followed by other political clowns, pretending to be very busy “resolving” and “responding” to everything as ambiguously as is possible. Social media has ‘Influencers’. Their title alone would make me run in the opposite direction. How can one admire somebody who calls themself

an influencer? You can’t call yourself an influencer, or a hero, these are names that are attributed by anybody other than the one in question. Take Trump, he claims to be the least racist, most intelligent, greatest all-round dude ever to walk the planet. It would be hilarious if it weren’t so sad, to say the least, yet, he’s a hero to millions. The reason is actually quite simple, the people have been ignored for too long. Decades of empty statements from all sides of the political classes, and once again following the cycle, extremists are here to point out that they have ‘solutions’ to our woes, and once again following the cycle, many of us are listening to them. When emotion takes over, it’s difficult to pause for thought, making us easy prey for extremism.

There are people out there who can create waves, of the good kind. Personally, I was fortunate enough to know and admire some great people throughout my life. Many are now dead, but I kept what they ‘gave’ me, and I’m a better human being for having known them. In today’s climate of electronic interaction, it may become more and more difficult to grow up around people who we can claim as our chosen influencers, the kind that don’t even realize what they are. We lack reality. We need real people around us. A couple of years ago, my best friend passed away. He was a person that changed my life, without ever having asked me to. You could only find people like this by getting out there and living yours.

Fiquem bem,

Who is your Hero and why?

A hero is someone you admire for qualities you value and/or for actions that have helped others or advanced a worthwhile cause. Who is my hero and do heroes have any relevance? Relevance varies by person, but heroes can be useful because they provide a model for how to respond under pressure. In my case if l reflect on my life, there have been so called heroes at different stages of my existence. Heroes sit at the edge of our ordinary days and yet seem larger than life.

They appear in moments of crisis, yes, but they also appear in enduring routines-the nurse who checks in on a patient when no one is watching, the teacher who refuses to give up on a student who has fallen behind, the neighbor who shares what little they have with someone who has nothing. Reflecting on heroes, l’m drawn not just to the leap of courage, but to the quiet gravity of choosing to show up again and again. If we ask what makes someone a hero, the answer often isn’t a single dazzling act but a constellation of choices that align with our deepest values. What, really, is a hero? If you press people, you’ll hear a range of answers. Some imagine a hero as someone who conquers impossible odds, as in myth and cinema. Others insist a hero is defined by mercy-someone who tends to the wounded, who doesn’t turn away when others do. I have learned that heroism is less about perfection and more about moral clarity under pressure. A hero is someone who, in a moment of uncertainty, chooses to care over self-interest, community over isolation, truth over convenience. They may fail, they may stumble, but their direction remains true long enough to make a difference. The complexity of real heroes is part of their beauty, human, flawed, but still moving toward something larger than themselves. Heroes matter foe a few simple, stubborn reasons. Firstly, they serve as moral compasses. In frightening times-whether a natural disaster, a political upheaval, or a scale of personal loss-stories of heroism remind us what we value.... courage, compassion, resilience, honesty. They help us name the types of action we wish to emulate. Second, heroes are beacons of hope. When fear or noise swirls around us, a person who acts with integrity in the face of danger offers a counter-narrative.... that the worst moment can reveal something humane rather than merely catastrophic. Third, heroes catalyze action. They mobilize communities, reframe problems as solvable, and invite others to partici-

Leandro Ceia livro novo SETE ANFITRIÕES, UM CONVIVA

Trata-se de uma antologia de contos (Edições Colibri, capa de John Lees) com 140 páginas integrando trabalhos de Modesto Navarro, Fernando Silvestre, Joseia Matos Mira, Domingos Lobo, Sérgio de Sousa, José Colaço Barreiros, Manuel Dias Duarte, Nuno de Figueiredo e Erskine Caldwell.

Outros escritores são referidos por Leandro Ceia ao longo do livro como autores de «contos diamante»: Maupassant, Henry Barbusse, Manuel da Fonseca, Domingos Monteiro, Soeiro Pereira Gomes, Manuel de Seabra, Mário Dionísio, Eugénia Cunhal, Maria Ondina Braga, Manuel Pedro, José Casanova e Faure da Rosa.

kindness, a little more accountability, a little more courage. To be inspired by heroes is to renew our capacity to serve others. To imitate them, in our imperfect way, is to contribute to a larger story where compassion guides policy, and communities support one another through trials. And perhaps, most importantly, to honor heroes is to recognize that we are, too, capable of inspired acts when we

So, l end where l began...heroes matter not because they are flawless or larger-than-life, but because they remind us of what is possible when we choose care over fear, solidarity over indifference, and truth over convenience. They invite us to see the ordinary as a canvas for the extraordinary, the everyday as the field where courage grow. If we pay attention, if we act with intention, we might discover that the line between hero and citizen is thinner than we thinkand that in each of us lies the seed of heroic possibility, waiting for the moment

For me on a very personal level, l thought that l had heroes, but l have to say that l use individuals as inspiration and not as heroes, mainly because l don’t

O livro não se limita a apresentar uma escolha de nove contos pois faz uma digressão sobre o Mundo e a Vida neste tempo e em todos os tempos. Por exemplo uma frase de Upton Sinclair: «É difícil levar um homem a compreender algo quando o seu salário depende de não o entender».

Ou a página 13: «O «Nenúfar no Charco», romance de Avelino Cunhal, manuscrito em 1934, cinco anos antes de Gaibéus, ficou na gaveta». Ou uma ideia de Miguel Real na página 34: «Não basta passar a vida para a escrita para se ser escritor.

A verdade é que o romance se banalizou, não há nenhum reformado que, com o tempo e vagar, não se atreva a escrever um romance».

No articulado do livro se recordam outros autores: Joaquim Lagoeiro, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Gusmão, Fernando Miguel Bernardes e José Saramago. JCF

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Host Vince Nigro

Guest Joseph Micallef

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Férias ou visita: há uma diferença que pouco se nota na carteira Bens essenciais, que todos usamos, mais caros até 10%, dependendo se é férias ou visita

NMeus caros leitores, tal como num artigo recente abordei o tema das férias, hoje volto a refletir sobre algo que nos toca a todos, a diferença entre ir de férias e fazer uma visita. Muitas vezes dizemos “vou de férias a Portugal”, e é ótimo visitar o país que nos viu crescer e onde muitos de nós nascemos. Tenho a certeza de que todos, no geral, adoram Portugal, um dos países com mais qualidade de vida. É verdade que alguns vivem acima das suas possibilidades, mas isso é problema de cada um, pois cada cidadão gere-se como bem entende.

o entanto, não é sobre isso que quero falar hoje. Quando se fala em férias, pensamos em descanso, relaxar, recarregar baterias, não fazer camas, não cozinhar e não levar na cabeça problemas deixados para trás, que deviam ter sido resolvidos antes de partir. As férias deviam ser isso, esvaziar a mente e aproveitar ao máximo uns dias que nos ajudam a encarar melhor a rotina diária.

Na prática, é difícil cumprir essa ideia quando “vamos de férias” a Portugal. E a explicação é simples, muitos de nós temos casa própria lá e, logo, as tarefas apenas mudam de lugar, o pequeno-almoço para preparar, o almoço e o jantar para pensar, roupas para lavar, e por aí fora. Resultado? Não descansamos e, muitas vezes, quando regressamos, dizemos, “precisava de férias para descansar das férias”. Aposto que já ouviram esta frase muitas vezes.

Isto é natural e acontece com todos. É ótimo visitar os nossos e o nosso lindo país, mas se for apenas por uma semana, talvez

não compense ir até à terra natal. É a distância e o pouco tempo que não permitem visitar todos com calma. A minha sugestão? Ir para outra região de Portugal, onde se possa estar verdadeiramente de férias, sem correr de um lado para o outro para visitar o primo, a prima, os avós, os pais, e toda a família. Só assim se consegue ter uns dias de descanso real.

Mas há outro ponto que merece atenção, o custo de vida. Cada vez que vamos ao supermercado, percebemos aumentos de preços assustadores. De ano para ano, tudo sobe. Este ano, depois de ouvir relatos de quem regressou de umas semanas na terra, percebi que, comparado com este lado do Atlântico, há diferenças anormais. Segundo dados da DECO, o cabaz de compras está, em média, 10% mais caro do que no ano passado.

Se ainda está de partida, leve a carteira reforçada, ir ao supermercado custa mais do que no ano passado. E estamos a falar de bens essenciais como batata, tomate, cebo-

la, produtos básicos na alimentação diária, sem falar no azeite, café, frango e pescado. O carapau, por exemplo (ou “surelos” para alguns), teve um aumento impressionante. Se para nós já é caro, como vivem as famílias com os ordenados de lá?

Seja como for, tanto para ir descansar como para visitar, os custos no final são semelhantes. Cada um opta conforme quer e pode.

Boas férias e não se assustem quando chegarem ao destino, neste caso, ao nosso Portugal das maravilhas, que todos adoramos. Para terminar, deixo uma sugestão, visitem Viana do Castelo. Quem ama fica, quem gosta volta. Vale a pena. E este fim de semana começa a Romaria das Romarias, a Senhora d’Agonia, uma das tradições mais bonitas e típicas do nosso país.

Eu também gostava de lá estar, mas nem tudo o que se gosta ou se pensa podemos fazer.

Bom fim de semana!

“Orgulhosamente sós “Senhor primeiro-ministro?

Ninguém fica indiferente aos incêndios que estão a varrer Portugal de norte a sul. Todos os portugueses estão indignados e revoltados. Parece-me claramente que o primeiro-ministro e o Governo se demitiram das suas responsabilidades face ao silêncio sobre esta catástrofe. Temos claramente de tirar ilações políticas destes incêndios.

Osilêncio de todo o governo é, no mínimo, estranho, será que estão todos de férias? A ministra da Administração Interna tem condições para continuar? Será que a recente aliança com o Chega vem trazer, de novo, a velha máxima de Salazar –“Orgulhosamente sós", dado que o Governo se recusou a pedir ajuda internacional quando esta era primordial? Esta “união de facto” entre PSD e Chega não está a retirar liderança ao primeiro-ministro? Os portugueses decidiram nas últimas eleições dar uma segunda oportunidade ao governo liderado por Luís

Montenegro, mas com as políticas falhadas nos incêndios e com as claras alianças com o Chega parece-me que este Governo não tem condições para inspirar confiança ao país. O país está mesmo envergonhado por tudo o que se tem passado nos últimos meses.

Gostaria de enaltecer o papel da popula ção no combate aos incêndios, assim como dos nossos bombeiros voluntários. Estas pessoas deram tudo o que tinham para sal var casas e terras quando o Governo lhes faltou. Este Governo, que governa o país, acha que não é nada com ele, e sempre culpa dos outros. Mas o culpado desta situação é o Governo de Portugal; o seu primeiro-ministro e os minis tros que tutelam a proteção civil. Quando é que estes políticos vão deixar de, como desculpa, cul par o governo anterior e as décadas anteriores, quando nunca aconteceu o que está a acontecer agora!? Os in cêndios que estão a deixar uma mancha negra em Portugal levam a população a uma quebra irrecuperável de confiança. O Governo vai agora escudar-se na imigra

ção? São também os imigrantes os culpados pelas falhas da política de prevenção e na coordenação do combate aos fogos?

voto de silêncio, qual monge de clausura. Em 2017, tinha declarações como esta: "Nesta hora, há também interrogações e sentimentos que não podem deixar de nos angustiar, a começar por um sentimento de crescida injustiça, porque a tragédia atingiu aqueles portugueses de quem menos se fala, de um país rural, isolado, com populações dispersas, mais idosas, mais difíceis de contactar, de proteger e de salvar."

Esteve muito bem José Luís carneiro a dar sugestões, mas estas foram completamente ignoradas. Já foram consumidos mais de 60 mil hectares só neste ano de 2025. Os meios de combate parecem estar a cair de podres, salvando-se a maneira heroica e corajosa com que os nossos soldados da paz se batem em cada ocorrência.

"Era bom termos os mecanismos de apoio aéreo da União Europeia pré-posicionados para que, em função do contexto meteorológico, possamos mobilizar esses meios de forma mais célere para os fazer chegar onde eles venham a ser necessários" José Luís Carneiro

Augusto Bandeira Opinião
Vítor M. Silva Opinion
Crédito: DR

As línguas de fogo

Onde houve fogo, sempre sobram cinzas.

Provérbio popular

Ao vivo ou via ecrã da televisão, todos os verões nos entram pela casa a dentro cenários repetidamente vistos em anos anteriores: belos, nos quadros de cor e movimento, mas trágicos nos seus efeitos. O inferno que, na catequese, sempre nos disseram viver nas profundezas da terra, muda de lugar e instala-se à superfície. Numa dança macabra, invade as florestas e ouve-se o ranger de dentes dos corpos das árvores a serem devorados pelas labaredas que traiçoeiramente os enleiam num abraço de morte. De manhã à noite, para desespero da população afetada, enchem os telejornais com imagens de desespero.

Etodos os anos se fazem as mesmas análises e se lavram diagnósticos em relatórios de cinzas espalhados ao vento. E todos os anos se ditam sugestões que, se fossem cumpridas, não acabariam com o flagelo, mas, talvez o tornassem me-

travar o avanço das chamas. Na paisagem, por entre montes e vales ressequidos, erguem-se as silhuetas negras, contorcidas na nudez da folhagem, como se cada uma delas repetisse a deixa final da peça de teatro “As árvores morrem de pé”. Por todo o lado o vazio, o silêncio, mas a voz da revolta, qual Palmira Bastos em cena, grita em cada uma delas: “Morta por dentro, mas de pé, de pé”.

No ano seguinte, voltamos a ter o mesmo país, igualzinho ao do ano anterior. Como se os políticos não tivessem conseguido encontrar a língua do entendimento comum. Por este andar, será sempre assim, porque a atuação dos governantes é tão difícil de mudar, como difícil é mudar a direção do vento que faz alastrar as chamas. E se calhar tudo isto é feito de propósito! Se nos dessem outro país, nós já não o reconhecíamos e sentir-nos-íamos perdidos cá dentro. É como mudar a disposição das prateleiras e dos produtos dos supermercados. Quando entramos, temos logo a sensação de que nos trocaram as voltas e andamos por lá às aranhas sem conseguir encontrar nada. Os países, provavelmente, também são assim: devem estar sempre (mal) arrumadinhos da mesma maneira. É por isso que, por muito que mudem os governantes, nas prateleiras das ideias con

Esta incursão por outras artes cénicas, lembra-me o episódio bíblico do dia de Pentecostes descrito nos Atos dos Apóstolos: “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu. […] E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, crentes e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? Todos, atónitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: «Que quer isto dizer?» Outros, porém, zombando, diziam: «Estão embriagados!».”

Embriagados pela volúpia do poder estão todos os dirigentes dos países da orla mediterrânica que não conseguem encontrar a língua de fogo que lhes permita entenderem-se na via de uma solução comum. Habituados que estão à linguagem dos salões, desconhecem a única que funciona nos atalhos da ruralidade e que consiste em

Serviço de catering e take-out para todas as ocasiões, mesmo as mais especiais

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Descubra os melhores sabores da cozinha portuguesa nas nossas três localizações

John

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é a sua dimensão empreendedora, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico e político.

Nos vários exemplos de empresários portugueses da diáspora, cada vez mais reconhecidos como uma mais-valia estratégica na promoção internacional do país, destaca-se o percurso inspirador e de sucesso de John Medeiros, um empreendedor de referência da comunidade luso-canadiana na indústria da aviação. Natural da Ribeira Seca, freguesia do município da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, a maior ilha dos Açores, João Medeiros emigrou para o Canadá em 1979, com 16 anos de idade, no seguimento de uma carta de chamada passada pela irmã. Contexto que impeliu então, a sua família, na esteira da trajetória de milhares de compatriotas, a procurar melhores condições de vida no segundo maior país do mundo em extensão territorial.

verdadeiro “self-made man”. Malgrado o percurso migratório tenha entravado a concretização de uma promissora carreira futebolística no torrão arquipelágico, e os primeiros tempos no território canadiano tenham sido marcados pelas mudanças e desafios da adolescência, e barreiras lin-

guísticas e culturais, o jovem emigrante ribeiragrandense cedo começou a trabalhar numa fábrica de peças de borracha para automóveis e aviões.

O trabalho, o esforço e a resiliência, valores coligidos no seio familiar, e que o levaram ainda a jogar futebol no Canadá,

impulsionaram decisivamente o emigrante açoriano a estudar mecânica de aeronaves e a trabalhar em várias companhias aéreas. Este esforço, e busca constante por conhecimento e aperfeiçoamento profissional, escoraram que John Medeiros, como é conhecido no Canadá, fundasse em 1993, com o apoio da esposa Saulina, grande suporte e companheira de vida, a LC Aviation.

Uma empresa canadiana, que graças ao arrojo, e inexcedível capacidade de mérito e inovação do seu timoneiro, tem-se assumido ao longo das últimas décadas como uma referência na indústria da aviação. Assim, comprovam as parcerias estratégicas e relações profissionais da LC Aviation, em vários mercados internacionais, ao nível do fornecimento de peças e serviços, como seja o caso, do Grupo SATA, que opera uma vasta rede de rotas regulares, nacionais e internacionais, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento económico e social da Região Autónoma dos Açores.

Numa fase da vida em que alveja a reforma e pondera a venda da empresa, porquanto os filhos não têm interesse em prosseguir o negócio da aviação, um trabalho de horas a fio e de árdua conciliação com a vida familiar. O arrojo e determinação do empresário luso-canadiano de referência na indústria da aviação, que nuca olvida as suas raízes açorianas intrinsecamente ligadas com a história e cultura portuguesas, relembra-nos a máxima de Dale Carnegie, uma das figuras mais importantes no campo da literatura de desenvolvimento pessoal e profissional: “Tente a sua sorte! A vida é feita de oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem de arriscar”.

Daniel Bastos Opinião
O casal John e Saulina Medeiros, fundadores da empresa canadiana LC Aviation. Créditos: DR.

COMUNIDADE

Magellan Community Charities Updates

Construction remains on time and on schedule, with current work focused on the steel and concrete structure. Crews are actively shoring, forming, assembling rebar, and pouring concrete on Levels 2 and 3. The vertical pours from Level 2 to Level 3 are approximately 50% complete.

There is extensive coordination underway among the structural, mechanical, plumbing, and electrical teams to ensure all conduits, sleeves, and plumbing components are properly embedded in the concrete. Sanitary and storm services have now been brought to the property line.

Special Site Visit – Leadership in Action

This month, we were honoured to welcome the Hon. Natalia Kusendova-Bashta, Minister of Long-Term Care, and the Hon. Kinga Surma, Minister of Infrastructure, for an exclusive tour of the Magellan Centre construction site. Their visit and genuine interest in our progress reflect the growing momentum and support behind the Magel-

lan vision. A heartfelt thank you to everyone who helped coordinate this meaningful visit.

Tee Off for a Great Cause!

We’re excited to be hosting our 2nd Annual Golf Tournament on Wednesday, September 17, 2025, at Lebovic Golf Club in Aurora, ON. Sponsorship opportunities are still available – don’t miss the chance to support Magellan while enjoying a fantastic day on the course. Contact us at info@magellancharities.ca for more details.

Mark Your Calendar: Gala Headliner Revealed!

We’re thrilled to announce that The Tenors will be headlining Magellan’s 2nd Annual Fundraising Gala – an unforgettable evening in support of our mission.

Saturday, November 22, 2025 at 6:00 PM –11:00 PM

LiUNA! Local 183 Headquarters, 200 Labourers Way, Vaughan, ON

Presented and co-chaired by Joseph Mancinelli of LiUNA! Alongside the LiUNA! Local 183 Executive Board – Jack Oliveira, Luis Camara, Nelson Melo, Bernardino Ferreira, Marcello Di Giovanni, Jaime Cortez, and Patrick Sheridan – this year’s gala promises to be a showstopper.

Financial Close Achieved

We’re thrilled to announce that Magellan officially reached financial close with our project lender, SunLife, on July 4th – a major milestone in bringing the Magellan Centre to life.

This achievement would not have been possible without the dedicated support of our project broker, Jocelyn Reid, along with Steve Bryant and the entire CMLS team. Their expertise, guidance, and commitment were instrumental in helping us reach this critical step. A heartfelt thank you to all of you for being such integral members of the Magellan team!

O Consulado-Geral de Portugal em Toronto continua a ser Local de Aplicação de Exames de Português Língua Estrangeira (LAPE)

Esta semana, a Cônsul-Geral de Portugal em Toronto, Ana Luísa Riquito, assinou um Protocolo com o Camões –Instituto da Cooperação e da Língua e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, assegurando a manutenção do Consulado-Geral como LAPE (Local de Aplicação de Exames de Português – Língua Estrangeira).

Estes exames certificam oficialmente, em vários graus, a proficiência em Português como língua estrangeira, segundo o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR):

• A1 e A2 – Utilizador Elementar

• B1 e B2 – Utilizador Independente

• C1 e C2 – Utilizador Proficiente

A certificação é reconhecida internacionalmente e constitui uma mais-valia para fins académicos, profissionais e de imigração. Mais informação: CAPLE – Universidade de Lisboa.

Ainda recentemente, o Consulado-Geral acolheu exames de Português Língua Estrangeira para candidatos residentes no Canadá e nos Estados Unidos, sob a coordenação de Anaísa Gordino, Leitora e Diretora do Centro de Língua Portuguesa, em representação do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (CICL) na Universidade de Toronto, assessorada por Patrícia Vieira, Docente Apoiada também pelo CICL na Universidade de York e Bolseira Fernão Mendes Pinto. Ambas surgem na foto junto ao busto de Camões, no gabinete da Cônsul-Geral, de onde se vislumbra um cenário típico de downtownToronto.

A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras.

Hon. Natalia Kusendova-Bashta, Minister of Long-Term Care, and the Hon. Kinga Surma, Minister of Infrastructure. Photo: DR.
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Políticas municipais para a juventude em encontro de universitários

Na abertura do IV Encontro de Universitários da Madeira (EUMA), evento dinamizado e organizado pela Associação de Jovens Madeirenses Conectados, que decorre no Museu da Eletricidade –Casa da Luz, a vereadora com o pelouro da Juventude, Helena Leal, destacou a importância desta iniciativa para a valorização e o envolvimento dos jovens. “Parabéns pela organização deste grande evento, um evento de alto nível que mostra o potencial da nossa juventude e não só”, começou por dizer a autarca.

Avereadora recordou que o EUMA, iniciado em 2021, “tem criado uma dinâmica verdadeiramente transformadora, que envolve todos, sem exceção, o que é fundamental em todas as áreas”. Enalteceu o papel do evento como espaço de interação e partilha, “que dá voz aos nossos jovens, empoderando-os e dotando-os de ferramentas essenciais para o seu desenvolvimento, porque o conhecimento também é poder”.

Sublinhando que o município é reconhecido como “Cidade Amiga da Juventude”, a autarca explicou que as políticas municipais nesta área são desenvolvidas em parceria com jovens e associações juvenis, trabalhando também de forma articulada

com a Direção Regional de Juventude e a Secretaria Regional da Inclusão, Trabalho e Juventude.

No apoio aos estudantes e jovens profissionais, a autarca destacou programas municipais que incluem bolsas de estudo, incentivos fiscais para atrair jovens ao município, oportunidades de estágio e integração no mercado de trabalho. “Estamos sempre disponíveis para ouvir propostas e integrar tudo o que possa acrescentar à cidade”, garantiu. A vereadora reafirmou que a Câmara Municipal do Funchal estará “sempre presente e disponível para apoiar e integrar os jovens no presente e prepará-los para o futuro. Nunca deixem de acreditar que é possível acontecer. A verdadeira transformação está dentro de nós e cabe também às entidades públicas e privadas criar oportunidades. Mas, mais do que isso, é importante que cada um de vós se dê a oportunidade para que as coisas possam acontecer.”

O evento reúne cerca de uma centena de jovens universitários madeirenses num espaço de partilha e debate sobre temas centrais para o presente e o futuro dos estudantes e recém-formados, como empregabilidade, inteligência artificial, comunicação e desinformação.

Movimento de passageiros nos aeroportos açorianos cresce em julho apesar de queda nos internacionais

O movimento de passageiros nos aeroportos dos Açores registou um aumento global em julho de 2025, com um total de 309.225 desembarques, mais 1,7% do que no mesmo mês de 2024, segundo dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA). O crescimento foi sustentado, sobretudo, pelo incremento nos voos interilhas e territoriais, enquanto os voos internacionais apresentaram uma quebra.

Nos voos interilhas desembarcaram 139.316 passageiros, um acréscimo homólogo de 3,8%, representando 45,1% do total. Os voos territoriais – ligações com o continente e a Madeira – movimentaram 113.312 passageiros desembarcados, mais 1,6% que em igual período do ano anterior, correspondendo a 36,6% do total. Já os voos internacionais registaram 56.597 desembarques, uma descida de 2,9% face a 2024, ficando com uma quota de 18,3%

Também o número de passageiros embarcados apresentou uma evolução positi-

va, somando 291.373 em julho, mais 1,4% do que no ano passado. Destes, 139.312 embarcaram em voos interilhas (+3,8%), 100.922 em voos territoriais (+2,0%) e 51.139 em voos internacionais (-5,4%).

A análise por ilha revela que, excetuando Graciosa (-2,9%) e Santa Maria (-0,6%), todas registaram subidas nos desembarques: São Jorge destacou-se com a maior variação positiva (+12,0%), seguida das Flores (+5,4%), Corvo (+3,8%), Pico (+3,1%), Faial (+2,3%), Terceira (+1,3%) e São Miguel (+1,2%). Em termos absolutos, São Miguel concentrou 56,4% de todos os desembarques do arquipélago, com 174.325 passageiros, seguida da Terceira (61.604; 19,9%), Faial (21.679; 7,0%) e Pico (18.637; 6,0%).

Apesar da quebra nos voos internacionais, o desempenho positivo nas ligações internas e territoriais mantém a tendência de crescimento da mobilidade aérea na região, reforçando o peso do tráfego doméstico na dinâmica do transporte aéreo açoriano.

AUTONOMIAS

Funchal prepara Estratégia Local dos Direitos da Criança 2024-2027

A Câmara Municipal do Funchal está a desenvolver a Estratégia Local dos Direitos da Criança 2024-2027, em parceria com a UNICEF. A vereadora com o pelouro da Educação e Juventude, Helena Leal, explica que se trata de um documento em construção, aberto à integração de novos contributos. Nesse sentido, a Autarquia está a auscultar crianças e jovens do concelho para “recolher opiniões, identificar prioridades e acrescentar mais-valias à implementação de medidas”, tal como esclarece em comunicado.

Esta auscultação decorre no âmbito das sessões ‘Município de Portas Abertas’, realizadas semanalmente na Sala da Assembleia Municipal. Cada sessão envolve grupos de crianças dos ATL’s, num total de cerca de 110 participantes. Durante estes encontros, são debatidos temas, propostas e preocupações identificadas pelas próprias crianças, procurando encontrar, em conjunto, soluções adaptadas à realidade local.

As reflexões são orientadas por cinco questões-chave que correspondem aos eixos estratégicos da futura Estratégia. As crianças e jovens são convidadas a “pensar em formas de garantir a inclusão e prevenir qualquer tipo de discriminação, incentivar a participação ativa, assegurar o acesso igualitário a serviços de qualidade na

cidade, reforçar a segurança e a proteção, e criar mais oportunidades para que todas possam usufruir plenamente do direito ao brincar”.

A autarca sublinha que “a iniciativa pretende ouvir a voz daqueles que são o centro desta Estratégia - as nossas crianças - para que possamos construir políticas públicas que respondam verdadeiramente às suas necessidades e sonhos”. O documento resulta de um trabalho em rede que envolve diversas entidades que, diariamente, desenvolvem ações com e para as crianças. Será monitorizado e avaliado anualmente, mantendo-se aberto a novos contributos. “Queremos que esta seja uma Estratégia viva, que evolua com a realidade e que seja fruto da participação ativa de quem vive a cidade no dia a dia”, reforçou Helena Leal.

A Estratégia Local dos Direitos da Criança representa também um passo decisivo para a renovação do galardão ‘Cidade Amiga das Crianças’, atribuído pela UNICEF Portugal. “O objetivo é transformar o Funchal numa cidade cada vez mais segura, inclusiva, participativa e promotora do bem-estar e do desenvolvimento integral de todos”. “Mais do que um título, esta distinção é um compromisso. Queremos um Funchal onde cada criança se sinta ouvida, protegida e valorizada. Uma cidade verdadeiramente amiga das crianças e das suas famílias”, concluiu a vereadora.

JM/MS

Inflação nos Açores mantém-se estável em julho, abaixo da média nacional

A taxa de inflação média dos últimos 12 meses nos Açores manteve-se, em julho de 2025, nos 2,29%, ligeiramente abaixo da média nacional, que se fixou em 2,32%, segundo dados divulgados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).

Avariação homóloga mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC) na região foi de 1,73%, também inferior à registada no país (2,64%). No mesmo mês, a variação mensal do índice situou-se em -0,55% nos Açores, recuando 0,96 pontos percentuais face a junho. No contexto nacional, a variação mensal foi igualmente negativa, mas menos acentuada (-0,35%). Entre as classes que mais contribuíram para o aumento médio dos preços no último ano, destacaram-se “Restaurantes e hotéis” (6,30%), “Habitação,

água, eletricidade, gás e outros combustíveis” (4,56%), “Saúde” (4,25%) e “Bebidas alcoólicas e tabaco” (3,06%). Em contrapartida, “Vestuário e calçado” registou uma variação média negativa de -2,06%, sendo também a categoria com a maior quebra mensal em julho (-10,95%).

No sentido contrário, no mês de referência, a classe “Bebidas alcoólicas e tabaco” registou o maior aumento mensal de preços (1,08%). Estes indicadores confirmam a tendência de estabilidade na inflação regional, mantendo-se abaixo da média nacional, mas com comportamentos distintos entre setores, evidenciando pressões inflacionistas sobretudo nos serviços de alojamento e restauração e uma acentuada quebra nos preços do vestuário e calçado.

Credito: DR
Credito: DR

VIBRA

Uma celebração da cultura brasileira no coração de Toronto

Com muita música, sabor e alegria, o Pátio Oeste do STACKT Market, em Toronto, foi palco da terceira edição do VIBRA – Vibes From Brazil. Este festival gratuito, pensado para toda a família, trouxe o melhor da cultura brasileira ao centro da cidade, encantando tanto os locais como os visitantes com a sua energia vibrante.

Para além dos espetáculos musicais e de dança, o VIBRA teve um papel importante em apoiar pequenos negócios e empreendedores da comunidade. O evento ofereceu uma experiência sensorial única, onde os participantes puderam sentir os aromas, sabores e ver os sorrisos do Brasil. Desde 2023, o festival tem-se afirmado como uma referência na promoção da cultura afro-brasileira e da diáspora, celebrando a diversidade e as tradições brasileiras.

Conversámos com Ulysses De Paula, um dos responsáveis pela organização do evento, que nos explicou o que torna o VIBRA tão especial: “O VIBRA é um festival que tem como objectivo trazer um pouco da cultura brasileira para o Canadá. O

nome ‘VIBRA’ vem de ‘vibes from Brazil’, e é exatamente isso que queremos transmitir: a vibração, a energia e o calor humano que caracterizam o povo brasileiro. Queremos aquecer o Canadá com essa energia e ajudar os nossos empreendedores locais”

Apesar do calor intenso do dia, o público de várias faixas etárias esteve presente, e a vibração foi contagiante. Brasileiros e não-brasileiros uniram-se para celebrar o melhor da cultura latino-americana, criando um ambiente de festa, alegria e união.

Vários artistas e bandas subiram ao palco e partilharam a emoção de fazer parte deste festival, levando a cultura brasileira a um público tão diversificado.

O festival contou ainda com a presença de Alexandre Piana Lemos, vice-cônsul-geral do Brasil em Toronto. Ao ser questionado sobre o apoio do consulado ao evento, a resposta foi clara: "Quando conseguimos realizar um evento como este e apoiar, como é o caso do consulado, é uma sensação de dever cumprido." O consulado tem sido um grande aliado na realização do VIBRA, proporcionando o suporte necessário para que a cultura brasileira chegue cada vez mais longe.

Um dos momentos mais emocionantes do dia aconteceu com a cantora e compositora Joy Brandt, que foi surpreendida minutos antes de subir ao palco, ao receber das mãos do vice-cônsul o Prémio Profissionais da Música, na categoria Artista de MPB Nordestina.

Com o troféu ainda nas mãos, Joy levantou o público com uma apresentação vibrante, cheia de energia e emoção, encerrando a noite em grande estilo.

O VIBRA 2025 provou, mais uma vez, que a cultura brasileira tem um lugar de destaque em Toronto, atravessando fronteiras com ritmo, sabor e alma.

FP/MS

Primeira Assembleia da Confederação das Associações Angolanas no Canadá

No dia 9 de agosto, a cidade de Montreal, na província de Quebec, acolheu a Primeira Assembleia Geral Anual da Confederação das Associações Angolanas no Canadá (CAAC). O encontro, realizado em formato virtual, teve Montreal como ponto de ligação entre as diversas comunidades angolanas no país, com forte participação de membros da diáspora oriundos de cidades como Toronto, Hamilton, Ottawa, Vancouver, Calgary e Edmonton.

A reunião contou também com a presença de convidados internacionais, incluindo representantes das comunidades angolanas nos Estados Unidos da América, Reino Unido, e da Comunidade Congolesa da Região da Capital do Canadá, além de Amadeu Leitão Nunes, Secretário Executivo da Agência de Facilitação de Transportes de Trânsito do Corredor do Lobito, em Angola.

O principal objetivo do evento foi formalizar a constituição da CAAC, com a aprovação unânime dos seus Estatutos, que estabelecem a base jurídica e a estrutura da organização. Francisco Imperial foi empossado como novo Presidente da Confederação e comprometeu-se a conduzir a CAAC com foco na transparência, unidade e no fortalecimento da comunidade angolana no Canadá. Em seu discurso de posse, Francisco Imperial enfatizou a importância da preservação da cultura angolana e da formação de novas lideranças. "A criação de uma comunidade forte depende da força de vontade e da empatia de cada um de nós", afirmou, sublinhando que a Confederação tem como missão unir as associações angolanas e representar a diáspora com dignidade.

Além disso, a reunião anunciou o início do processo de registo legal da CAAC e a criação de canais oficiais de comunicação. Foi igualmente apresentado um plano estratégico para os próximos dois anos, assinalando o início de um novo capítulo na história da diáspora angolana no Canadá.

FP/MS

Ontário lança programa para ajudar empresas afetadas por tarifas dos EUA

Ontário lançou um novo programa de empréstimos para apoiar empresas afetadas por tarifas comerciais.

Oministro das Finanças da província anunciou que serão disponibilizados até mil milhões de dólares para apoio financeiro de emergência a empresas sediadas em Ontário dos setores do aço, alumínio e automóvel. “Sabemos que as empresas estão a enfrentar uma enorme incerteza e continuaremos a proteger os trabalhadores, as empresas e os empregos de Ontário dos impactos das tarifas dos EUA”, afirmou Peter Bethlenfalvy, numa conferência de imprensa.

O Protect Ontario Financing Program (Programa de Financiamento para Proteger Ontário) faz parte do Protecting Ontario Account, um pacote de apoio no valor de 5 mil milhões de dólares criado para mitigar o impacto económico da guerra comercial com os Estados Unidos, anunciado no orçamento provincial deste ano. O programa de financiamento ajudará empresas afetadas pela Secção 232, que autoriza os EUA a aplicar tarifas sobre bens

provenientes de outros países, explicou Bethlenfalvy. “Já passámos por tempos difíceis antes e vamos ultrapassar tempos difíceis novamente, juntos”, disse o ministro. Segundo Bethlenfalvy, as empresas

que já tenham esgotado todos os programas federais de apoio relacionados com tarifas poderão recorrer a estes empréstimos para reduzir contratações, adiar investimentos e lidar com margens de lucro em queda.

Os montantes dos empréstimos variarão entre 250 mil e 40 milhões de dólares. O ministro do Desenvolvimento Económico de Ontário, Vic Fedeli, afirmou na mesma conferência de imprensa que a iniciativa tornará mais fácil para as empresas “operar, crescer e prosperar”. “Embora não possamos controlar a determinação implacável com que o presidente Trump está a aplicar estas tarifas, o nosso governo pode e vai manter-se firme no seu compromisso inabalável com os nossos trabalhadores e a nossa economia”, disse Fedeli. Num comunicado, a província informou que irá lançar um site para que as empresas possam verificar se são elegíveis para financiamento ao abrigo do Protect Ontario Financing Program. As empresas afetadas são incentivadas a visitar a página para avaliar a sua potencial elegibilidade.

Bethlenfalvy acrescentou que Ontário anunciará, nos próximos meses, mais 4 mil milhões de dólares em financiamento adicional para apoiar e transformar empresas afetadas pela incerteza gerada pelas tarifas.

Credito:

Poilievre diz que Carney está a seguir “na direção errada”

O líder conservador Pierre Poilievre afirma que a agenda de desenvolvimento do primeiro-ministro Mark Carney está estagnada e promete “legalizar” oleodutos através de nova legislação para acelerar o processo.

Poilievre disse que a Lei da Soberania Canadiana proposta pelo seu partido, caso seja aprovada, garantirá que dois oleodutos, um novo projeto de gás natural liquefeito (GNL) e uma estrada para a região conhecida como Ring of Fire (Anel de Fogo) em Ontário tenham iniciado a construção até 14 de março, data que marcará o primeiro aniversário de Carney como primeiro-ministro. “Nem um único grande oleoduto ou instalação de gás natural, novo, foi identificado para aprovação pelo governo de Carney e estamos a ir exatamente na direção errada”, disse Poilievre esta quinta-feira, em Calgary. “Precisamos de começar a construir agora e é por isso que a proposta conservadora para uma Lei da Soberania tomará medidas imediatas”, acrescentou.

Carney vai reunir-se com líderes indígenas ao longo do verão e afirmou que o gabinete do seu governo para grandes projetos estará aberto até ao Dia do Trabalho (Labour Day).

Para que Poilievre possa estar na Câmara dos Comuns no outono e apresentar o

projeto de lei, terá primeiro de vencer as eleições intercalares no círculo eleitoral de Battle River-Crowfoot, em Alberta, marcadas para 18 de agosto.

A legislação proposta reaproveita muitas das promessas de campanha dos Conservadores. Entre elas: revogar o Projeto de Lei C-69, apelidado pelo antigo primeiro-ministro de Alberta, Jason Kenney, de “lei do não mais oleodutos”; eliminar a proibição de navios petroleiros na costa oeste; acabar com o imposto industrial sobre o carbono; anular a obrigação de veículos elétricos e reverter a proibição de plásticos de uso único.

Poilievre afirmou ainda que a Lei da Soberania incluirá a sua promessa de campanha de isentar as pessoas do imposto sobre mais-valias quando reinvestirem o produto de um investimento numa empresa canadiana. O líder conservador disse que, após a introdução da legislação, o seu partido estará disposto a trabalhar com todos os partidos na Câmara para a alterar e aprovar. “Apelo ao primeiro-ministro Carney para que cumpra o que prometeu: construir a uma escala que não vemos há gerações e trabalhar com os Conservadores para restaurar a soberania do Canadá perante as ameaças americanas”, afirmou Poilievre num comunicado.

CBC/MS

CANADÁ

Air Canada diz que começará a cancelar voos antes de possível greve no fim de semana

A Air Canada anunciou que vai começar a cancelar voos devido a uma possível greve que poderá levar mais de 10.000 assistentes de bordo a abandonar o trabalho este fim de semana.

Amaior companhia aérea do país afirmou que a suspensão gradual dos voos — com mais cancelamentos na sexta-feira e uma cessação total das operações da Air Canada e da Air Canada Rouge até ao fim de semana — permitirá um encerramento ordenado.

De acordo com a Air Canada, cerca de 130.000 clientes por dia poderão ser afetados por esta interrupção.

O Sindicato Canadiano dos Empregados Públicos (Canadian Union of Public Employees — CUPE) deu à transportadora o aviso legal de greve com 72 horas de antecedência, durante a noite, depois de ambas as partes chegarem a um “impasse” nas

negociações na terça-feira. Os assistentes de bordo da Air Canada poderão iniciar a greve já no sábado, às 00h58 (hora de Toronto).

Representantes do CUPE disseram que, em resposta à sua ação de greve, a Air Canada emitiu um aviso de lockout (impedimento de acesso ao local de trabalho) com início às 01h30 (hora de Toronto) de sábado. A Air Canada confirmou o lockout na quarta-feira.

“Lamentamos o impacto que uma interrupção terá nos nossos clientes, parceiros e nas comunidades que servimos”, afirmou o diretor executivo da Air Canada, Michael Rousseau, em comunicado.

Os voos da Air Canada Express operados pela Jazz e pela PAL Airlines deverão continuar a funcionar normalmente.

Carney diz que direitos indígenas estão “no centro” da lei para grandes projetos

O primeiro-ministro Mark Carney disse a líderes Métis que as suas vozes serão ouvidas e os seus direitos respeitados à medida que o governo liberal implementa a legislação para acelerar grandes projetos considerados de interesse nacional.

Ao abrir uma pequena cimeira em Ottawa, Carney afirmou que, durante demasiado tempo, as decisões económicas e de políticas públicas foram tomadas sem ouvir as vozes dos Métis. Mas, acrescentou, “estamos a ouvir agora”. “Respeitar os direitos dos povos indígenas está no centro da Lei de Construção do Canadá (Building Canada Act). Está incorporado na própria lei”, disse Carney no Centre for Geography and Exploration, na 50 Sussex Drive, junto ao Rio Ottawa. “Esta lei exige uma consulta significativa com os povos indígenas, tanto no processo de determinar quais os projetos que são de

interesse nacional, como na definição das condições para cada projeto.”

Os povos indígenas levantaram preocupações sobre a possibilidade de a legislação ser usada para contornar proteções ambientais e ignorar os seus direitos em nome da redução da burocracia. Uma cimeira com líderes das Primeiras Nações, no mês passado, terminou com algum otimismo, mas para muitos as dúvidas permaneceram. Na sua reunião, os líderes inuítas foram tranquilizados de que a lei não violará os seus tratados modernos. Ao encerrar a cimeira de agosto, ministros federais descreveram a conferência como produtiva e os líderes Métis mostraram-se favoráveis, sem sinais de oposição.

No seu discurso, Carney reconheceu as contribuições da Nação Métis para o Canadá, como comerciantes e exploradores que ajudaram a criar as primeiras redes comerciais do país.

Credito: CBC Credito:

PORTUGAL PORTUGAL

Câmara da Nazaré investiga hipótese de "sabotagem" no saneamento

A Câmara Municipal da Nazaré está a investigar a hipótese de sabotagem na conduta de saneamento, após a situação que interditou a praia a banhos, mas reconhece a necessidade de investimento urgente num sistema com cerca de 60 anos.

"Neste momento não ponho de parte [a hipótese de sabotagem], porque temos um conjunto de fatores que vamos analisar e depois perceber se há matéria para levar isto à frente", disse à agência Lusa o presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, (PS), na sequência do entupimento da conduta de saneamento que levou, na terça-feira, à interdição dos banhos na zona Norte da Praia da Nazaré. "Estamos a reunir um conjunto de informações e a perceber o que é que está a acontecer", afirmou o autarca deste concelho do distrito de Leiria, reconhecendo que "há muita coisa estranha a passar-se: é um facto que há muita gente que conhece o sistema, tão bem, e, se calhar, alguns melhor que nós, e é um facto que estamos a sentir algo que não é normal".

Em causa está uma obstrução na conduta de saneamento, junto à Praça Manuel Arriaga, que provocou uma escorrência de efluentes durante cerca de hora e meia, que determinou a interdição de banhos na praia, como medida preventiva. O presidente da autarquia reconheceu à agência

Lusa, no entanto, a necessidade de "um grande investimento nas condutas, com mais de 50 ou 60 anos", sem capacidade de resposta para a "grande pressão turística" que a Nazaré enfrenta nesta altura do ano. Segundo Manuel Sequeira, a situação é agravada pela incorreta ação de algumas pessoas, "porque não é normal tirar-se daquelas condutas panos de cozinha, esfregões, toalhitas" e outros materiais que provocam entupimentos.

A conduta está a ser alvo de uma ação de limpeza, mas "o problema é muito difícil de resolver se não for através de um investimento grande", que já foi feito na parte Sul do sistema e que "tem sido adiado na parte Norte, onde em 2020 houve um caso semelhante", e durante a qual foi retirada da conduta, por exemplo, "uma toalha de praia". Esta é segunda interdição da praia a banhos desde o início do mês, depois de em 1 de agosto os banhos terem sido proibidos devido a uma descarga nos esgotos pluviais. Na sequência daquele incidente, 116 pessoas foram assistidas na Unidade Local de Saúde (ULS) da Região de Leiria com sintomas relacionados com a contaminação da água. Desta vez "não há registo de pessoas com sintomas, nem deverá haver, porque a descarga foi rapidamente detetada", explicou o autarca.

JN/MS

Lancha Rápida

Governo quer prisão para donos de lanchas rápidas sem bandeira ou identificação

O Governo propôs à Assembleia da República que os proprietários de lanchas rápidas a partir de quatro metros de comprimento sem bandeira ou com identificação ocultada ou falsificada possam ser condenados a entre um e quatro anos de prisão. A medida consta da proposta de lei para regular o uso de embarcações de alta velocidade (EAV) aprovada em 7 de agosto pelo Governo em Conselho de Ministros, entregue na Assembleia da República.

Odiploma prevê a mesma moldura penal de um a quatro anos de prisão para "quem transportar, importar ou exportar" lanchas rápidas ou nelas "entrar ou sair do território nacional" sem ter tido a autorização da Autoridade Tributária e Aduaneira. Esta obrigação não se aplica ao "mero transporte de EAV que já se encontre e esteja devidamente regularizada" em Portugal.

A proposta de lei estabelece ainda que passará a ser obrigatório submeter à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços e Marítimos os projetos de construção ou modificação de lanchas rápidas. Quem não o fizer, incorre numa pena de até dois anos prisão, tal como os tripulantes que transportem numa EAV mais combustível do que o permitido ou recorram a mecanismos, como tinta ou equipamentos

Economia

eletrónicos, para que as embarcações não apareçam nos radares.

No diploma, que visa que a Assembleia da República autorize o Governo a alterar o decreto-lei original nos termos propostos, o executivo de Luís Montenegro justifica a necessidade de regulamentação com o uso de embarcações de alta velocidade por traficantes de droga. "As novas rotas do tráfico, que incluem a costa portuguesa, começaram a ser gizadas a partir do momento em que Espanha proibiu genericamente a utilização de EAV. É por isso premente fazer aprovar regime jurídico que exerça pelo menos idêntico efeito preventivo e sancionatório quando comparado como o regime legal espanhol", lê-se na proposta de lei. JN/MS

Mais de 54% dos desempregados no 1.º trimestre

continuaram sem emprego em junho

Mais de metade (54,2%) dos desempregados no primeiro trimestre deste ano continuava sem emprego no segundo trimestre, tendo 27,3% encontrado trabalho, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as "Estatísticas de fluxos entre estados do mercado de trabalho", do total de pessoas que estavam desempregadas no primeiro trimestre de 2025, 54,2% (198,1 mil) permaneceram nesse estado no trimestre seguinte, 27,3% (99,7 mil) transitaram para o emprego e 18,6%

(68,0 mil) transitaram para a inatividade. Já do total de pessoas que estavam empregadas nos primeiros três meses do ano, 97,2% (5.036,5 mil) permaneceram nesse estado no segundo trimestre, enquanto 1,3% (65,3 mil) transitaram para o desemprego e 1,5% (79,6 mil) passaram para a inatividade. Por sexo, o instituto estatístico estima que 30,5% (53,4 mil) dos homens desempregados e 24,3% (46,3 mil) das mulheres desempregadas transitaram para o emprego do primeiro para o segundo trimestre deste ano.

JN/MS

de trabalhadores domésticos na Segurança Social é inferior a 360 euros

O salário médio dos trabalhadores do serviço doméstico declarado à Segurança Social é inferior a 360 euros, abaixo do salário mínimo nacional, segundo dados oficiais.

De acordo com estatísticas enviadas à Lusa pelo Instituto da Segurança Social (ISS), em dezembro de 2024, um trabalhador recebia, em média, 358 euros. O valor diz respeito ao universo de pessoas registadas na Segurança Social como sendo profissionais do serviço doméstico. Ao todo, havia nessa altura 220,4 mil trabalhadores ativos, mas só 23% (51,5 mil) tinham contribuições sociais (considerando os descontos a cargo dos próprios trabalhadores e os da responsabilidade dos empregadores).

Os dados da Segurança Social mostram que o valor médio dos salários tem vindo a aumentar de ano para ano. No final de 2022, um trabalhador da limpeza doméstica recebia, em média, 318 euros. Em dezembro de 2023, auferia 332 euros. Verifica-se um crescimento de 40 euros relativamente a dezembro de 2022 e uma diferença de 26 euros em relação a dezembro de 2023.

Apesar da progressão salarial, as remunerações oficialmente conhecidas pela Segurança Social continuam longe do valor do salário mínimo nacional (SMN), que era de 705 euros em 2022, de 760 euros em 2023 e de 820 em 2024.

Segundo o "Livro Branco Trabalho Doméstico Digno", editado em abril de 2024 pelo Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Do-

mésticas e Atividades Diversas (STAD) com o apoio da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e do EEA Grants, as pessoas que trabalham para mais do que uma família são as que "estão sujeitas a maiores níveis de instabilidade e menores níveis de proteção", designadamente por terem de se articular com vários patrões que têm "diferentes conhecimentos/conceções" sobre os direitos das trabalhadoras. De acordo com um inquérito realizado para este estudo, 48% das profissionais que trabalham para um ou para mais de uma família não fazem descontos, sendo os empregadores "na grande maioria dos casos" a fazê-lo.

Concelho Nazaré
Salário médio
Credito: JN
Credito: JN

Israel permitirá saída de habitantes da Faixa de Gaza para o estrangeiro

Israel vai permitir a saída para o estrangeiro dos habitantes da Faixa de Gaza que queiram fugir do território palestiniano, anunciou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ao mesmo tempo que afastou um cessar-fogo com o grupo islamita Hamas.

Questionado

numa entrevista ao canal de televisão i24 News sobre a possível saída para o estrangeiro dos habitantes do enclave palestiniano, Netanyahu afirmou que "isso acontece em todos os conflitos", apesar do bloqueio que Israel impõe ao território e de os países vizinhos terem recusado receber vagas de refugiados quando anteriormente foram colocadas hipóteses de deportações em massa. "Na Síria, milhões partiram (...), na Ucrânia, milhões partiram, no Afeganistão, milhões partiram... E de repente eles [comunidade internacional] decidem que, em Gaza, os civis devem ficar presos? Deem-lhes a oportunidade de sair, antes de tudo, das zonas de combate e, em geral, do território, se assim o desejarem", apelou o primeiro-ministro israelita. Referindo que não podia entrar em pormenores, o chefe do Governo relatou que está em contacto com vários países na qua-

China

diz

lidade de possíveis anfitriões, insistindo que "o mais natural, para todos aqueles que se manifestam, aqueles que dizem que se preocupam com os palestinianos e os querem ajudar, é abrir as suas portas" a quem queira abandonar o território. "Vamos permitir isso, em primeiro lugar, dentro de Gaza, durante os combates, e certamente permitiremos que eles também saiam de Gaza. Não os estamos a expulsar, mas estamos a permitir que saiam, e é isso que está a acontecer", sustentou Netanyahu.

O Exército israelita anunciou uma nova fase dos combates, ao fim de 22 meses de ofensiva, no seguimento da aprovação do Gabinete de Segurança do plano de ocupação da Cidade de Gaza e deslocação de centenas de milhares dos seus habitantes, além da expansão das operações militares aos campos de refugiados da costa central do enclave.

Na entrevista ao canal i24 News, Netanyahu rejeitou a possibilidade de um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas, no âmbito da tentativa de relançamento de negociações entre as partes, anunciada pela mediação egípcia e que envolveria a libertação de reféns em posse das milícias palestinianas.

JN/MS

ter expulsado um contratorpedeiro dos EUA por invadir águas disputadas

O Exército chinês afirmou que o contratorpedeiro norte-americano USS Higgins "penetrou ilegalmente" nas águas disputadas adjacentes à ilha de Huangyan, no mar do Sul da China, tendo sido "expulso de acordo com a lei". Huangyan é a designação chinesa para o atol Scarborough (Bajo de Mansiloc), situado no mar do Sul da China e cuja soberania Pequim disputa com as Filipinas.

Em comunicado divulgado na rede social chinesa Wechat, o Comando do Teatro do Sul do Exército de Libertação Popular (ELP) indicou que o navio entrou naquelas águas "sem autorização do Governo chinês", tendo sido "seguido, advertido e expulso".

Segundo o porta-voz He Tiecheng, as ações do navio norte-americano "violaram gravemente a soberania e a segurança da China, prejudicaram seriamente a paz e a estabilidade no mar do Sul da China e infringiram o direito internacional e as normas básicas que regem as relações internacionais". O porta-voz acrescentou que as tropas do Comando "mantêm-se em alerta máximo em todos os momentos para

defender firmemente a soberania e a segurança" da China, bem como a "paz e estabilidade regionais".

A área tem registado frequentemente incidentes entre navios chineses e filipinos. A guarda costeira filipina acusou navios chineses de realizarem "manobras perigosas" na zona, que provocaram o embate entre um navio da guarda costeira chinesa e um da Marinha do ELP, enquanto perseguiam uma embarcação filipina. Manila acusou ainda as embarcações chinesas de bloquearem o acesso e usarem canhões de água contra os seus guardas costeiros. China e Filipinas mantêm uma disputa prolongada pela soberania de várias ilhas e recifes numa região estratégica, por onde transita cerca de 30% do comércio marítimo mundial, que alberga 12% dos pesqueiros globais e potenciais reservas de petróleo e gás. Pequim, que possui a maior frota marítima do mundo, reivindica quase a totalidade destas águas por motivos históricos, em conflito com as posições de outros países da região, como Filipinas, Malásia, Vietname, Brunei ou Taiwan.

MUNDO

Líderes europeus e Zelensky tiveram reunião "construtiva" com Trump

O chanceler alemão, Friedrich Merz, anunciou que a reunião virtual que líderes europeus e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mantiveram com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a guerra na Ucrânia foi "construtiva".

Segundo o chefe do Governo alemão, que promoveu as conversações de hoje, a Ucrânia - país invadido pela vizinha Rússia a 24 de fevereiro de 2022 e onde desde então decorre uma guerra"deve estar à mesa" das negociações, após a cimeira entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, agendada para a próxima sexta-feira, 15 de agosto, numa base militar em Anchorage, no estado norte-americano do Alasca.

Em declarações à imprensa em Berlim, ao lado de Zelensky após a videoconferência, Merz afirmou que poderão ser tomadas "decisões importantes" em Anchorage, mas salientou que "os interesses fundamentais da segurança europeia e ucraniana devem ser protegidos" na reunião. "O presidente Trump sabe que pode contar connosco

para uma paz que tenha em conta os interesses europeus e ucranianos", declarou o chanceler alemão, no final da reunião da chamada liga dos voluntários (Alemanha, França, Reino Unido e União Europeia) com Trump. Merz sublinhou também que do Alasca pode sair algo de positivo, mas advertiu que, se a parte russa se mantiver inamovível, a pressão sobre Moscovo deve ser aumentada. "Se não houver uma ação por parte da Rússia no Alasca, a Europa e os Estados Unidos terão de aumentar a pressão", sustentou.

Segundo Merz, houve acordo entre Trump e os europeus em praticamente todos os pontos e metas a atingir. "Foram debatidos com o presidente Trump todos os aspetos da posição europeia, e ele pode contar com o nosso apoio", salientou. O chanceler alemão defendeu também que, embora Kiev esteja disposta a discutir questões territoriais, a base deve ser a atual linha de contacto e que "deve ser mantido o princípio de que as fronteiras não podem ser alteradas pela força".

JN/MS

Etiópia constrói um dos maiores aeroportos do Mundo

A Etiópia anunciou oficialmente a construção de um novo aeroporto internacional em Adis Abeba, a capital do país. Não será um aeroporto qualquer, será um dos maiores do Mundo e o seu projeto está avaliado em qualquer coisa como 8,6 mil milhões de euros, com as obras a terem início ainda este ano. A verba será comparticipada pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), na sequência de um acordo com a Ethiopian Airlines. A primeira fase deverá estar concluída em novembro de 2029, e inclui uma cidade aeroportuária com centros comerciais, hotéis, áreas de lazer e ligações diretas por estrada e ferrovia a Adis Abeba, a 40 quilómetros de distância.

Acerimónia de assinatura do acordo contou com a presença do ministro das Finanças da Etiópia, Ahmed Shide, do presidente do BAD, Akinwumi

Adesina, e do diretor comercial do grupo Ethiopian Airlines, Lemma Yadecha, em representação do presidente executivo, Mesfin Tasew. "O Banco Africano de Desenvolvimento orgulha-se de fazer parceria com a Etiópia na sua visão de expandir a capacidade operacional e da frota da Ethiopian Airlines", disse Adesina, elogiando o país por colocar "África no topo da aviação mundial".

O futuro Aeroporto Internacional de Bishoftu (BIA) servirá o tráfego internacional de passageiros e carga, complementando o Aeroporto Internacional de Bole, que vai manter as operações domésticas da Ethiopian Airlines. Terá uma capacidade inicial para 60 milhões de passageiros por ano, com possibilidade de expansão para 110 milhões, e será capaz de movimentar 3,73 milhões de toneladas de carga anualmente.

Volomyr Zelensky
Aeroporto
Navio

CRÓNICA DESPORTIVA

FINALMENTE!! Foi dado o pontapé de saída na Liga Portugal Betclic, edição 2025/2026.

Antes de falar dos jogos, gostava de deixar uma crítica aos moldes do sorteio do campeonato: este ano houve 11 condicionantes para a Primeira Liga. É demasiado. Algumas nem fazem sentido e acabam por distorcer o conceito de “sorteio” e até a verdade desportiva. Como se não bastasse, o Sporting CP pediu para começar fora, alegando atraso nas obras que decorrem no Estádio Alvalade XXI, pedido que a Liga aceitou. À primeira vista, parece um detalhe, mas garante que os leões terminam a época em casa e que, em 5 dos 8 jogos da fase de grupos da Champions, o jogo seguinte no campeonato será em Alvalade. Numa análise fria e objetiva, é legítimo antecipar potencial vantagem desportiva para o emblema verde e branco.

No jogo de abertura esteve frente a frente o campeão em título, Sporting CP, e o nono classificado da última edição, o Casa Pia. Com alguma surpresa, confesso, vi um Sporting completamente diferente daquele que se apresentou na pré-época e na Supertaça. Tal diferença não será alheia à integração do reforço Luis Suárez no 11 inicial, que permite a Rui Borges colocar em prática o seu modelo de jogo. Vi um Sporting num 1x4x3x3, esquema tático preferido de Rui Borges e que lhe trouxe sucesso na sua carreira, com a largura e profundidade do jogo a serem dados pelos seus laterais, permitindo que Pote e Trincão joguem

em campos mais interiores, onde se sentem mais confortáveis, com o apoio de Luís Suárez na ligação e apoio interior, algo que Harder não consegue aportar. Com isso, o Sporting conseguiu dominar o jogo e vencer confortavelmente.

Havia expetativa para se perceber como reagiria o FC Porto poucos dias após a morte do seu eterno capitão, Jorge Costa. Curiosamente, vimos um Porto como faz tempo não víamos: aguerrido, com raça, uma pressão alta, organizada e asfixiante

condicionando o jogo do Vitória. Por outras palavras, o Porto fez um jogo à imagem daquilo que foi Jorge Costa enquanto jogador! No final ganhou por 3-0 mas se o resultado tivesse sido mais dilatado, não seria descabido face ao que se viu em campo.

Nos restantes jogos, destaque para a derrota do Santa Clara por 3-0 frente ao Famalicão, o que vem confirmar a teoria que existe de que as equipas mais pequenas apresentam maiores dificuldades nas competições internas quando tem sucesso nas provas europeias. O SC Braga também veio confirmar o bom arranque de época, e o Gil Vicente, treinador por César Peixoto, foi vencer por 2-0 à Choupana, casa do Na-

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cional. No futebol europeu, destaque para o início das provas oficiais em Inglaterra com a realização da Community Shield, a supertaça do futebol inglês.

O jogo colocou frente a frente o Crystal Palace, vencedor da Taça de Inglaterra, e o Liverpool, campeão da Premier League, naquele que foi o primeiro encontro dos reds após morte de Diogo Jota. Saíu vencedor o Crystal Palace nas penalidades por 3-2, após os 90 minutos terem terminado 2-2. Quem contribuíu para esse triunfo foi o guarda-redes do Crystal Palace, Dean Henderson de 21 anos, que defendeu 2 penalties.

O guarda-redes levava a lição dos batedores do Liverpool bem estudada, levando colado à sua garrafa de água a lista de batedores e a zona da baliza para onde se sentiam mais confortáveis a bater, logo para o lado onde eles batiam preferencialmente. Funcionou e ajudou o Crystal Palace a levantar o segundo grande título do futebol inglês na sua história no espaço de meses, quando na sua história o clube nunca tinha vencido nenhum. Que belo ano de 2025 para o clube e seus adeptos.

No que a modalidades diz respeito, no hóquei em patins destaque para a contratação de Paulo Freitas para o comando do FC Porto, sendo que esta mudança foi alvo de contestação por parte dos adversários por se tratar do ex-selecionador de Portugal e de ter sido anunciado no cargo com jogos da seleção por acontecerem.

No Sporting, a surpresa foi a não renovação do vínculo com o icónico guarda-redes Ângelo Girão, que no seguimento terminou a sua carreira. Do lado do Benfica, há uma clara aposta na continuidade e na estabilidade do plantel e equipa técnica.

No basquetebol nacional, a principal novidade do mercado até ao momento foi a contratação por parte do Benfica do base canadiano Koby McEwen, oriundo do Honey Badgers do Canadá.

Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor.

Creditos: DR
Paulo Freitas Opinião

Agora, segue-se o Fenerbahçe de José Mourinho, que surpreendeu com uma reviravolta na eliminatória, com quem o Benfica vai tentar levar a melhor para manter o prestígio europeu.

O Nice entrou com intensidade e linhas subidas para tentar surpreender e encostar o Benfica ao último terço. Porém, os encarnados rapidamente acordaram e puseram em prática a estratégia. Ao longo dos primeiros 45 minutos, a formação vermelha e branca apostou numa construção mais lenta a partir do eixo mais recuada, com Enzo a pegar na batuta, e sem cometer erros desnecessários por pressa a mais.

O objetivo era ser paciente e sólido com bola e atrair o Nice para que pudessem ser feitas transições rápidas com passes de rutura na frente. E assim conseguiu, o domínio foi inquestionável durante o primeiro tempo com várias dinâmicas testadas, com destaque para uma delas que ditou o rumo do jogo: Aursnes-Schjelderup.

Os dois noruegueses falaram a mesma língua dentro de campo e foram os protagonistas dos golos. No primeiro, aos 19 minutos, Schjelderup recebeu de peito na esquerda e assistiu Aursnes na área. O polivalente dominou a bola e finalizou da melhor forma. Ao fim de dez minutos, aconteceu ao contrário com Aursnes a assistir o extremo à entrada da área. Andreas finalizou de forma rasteira e provocou a explosão de alegria no Estádio da Luz.

As águias foram superiores ao longos dos minutos e seguraram a vantagem conquistada na primeira mão e na primeira parte. O adversário que se segue é

o Fenerbahçe. O Benfica venceu o Nice por 2-0 no jogo da segunda mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões e assegurou a presença no play-off. Os encarnados estiveram seguros e, principalmente, na primeira parte apresentaram-se a um bom nível e com dinâmicas suficientes para prender o adversário.

Os franceses pouco ou nada conseguiram fazer, com mérito para as águias, que também estiveram concentradas e sem falhas gritantes no setor mais recuado.

A segunda parte foi mais morna e com menos intensidade, bem como mais falhas nas ligações entre setores. Ainda assim, as mexidas mostraram-se eficazes, principalmente a de Prestianni. O argentino levou magia e rebeldia ao jogo, mostrando que pode ser um fator desestabilizador no banco de suplentes.

JN/MS

O Paris Saint-Germain venceu a Supertaça Europeia ao vencer o Tottenham no desempate por grandes penalidades. No jogo disputado em Udine, o PSG esteve a perder por dois golos, mas conseguiu empatar já no período de desconotos

Com João Palhinha no onze inicial, o Tottenham entrou melhor na partida, tendo beneficiado da primeira grande oportunidade aos 23 minutos quando Richarlison rematou de fora da área para grande defesa de Chevalier. Apesar do PSG ter mais bola, eram os ingleses quem criavam mais situações de perigo; aos 33 minutos, um mau alívio de

Marquinhos deixou a bola nos pés de Kudus que tentou o remate, obrigando o capitão dos parisienses a nova intervenção.

Contudo, o golo dos 'spurs' acabaria mesmo por chegar. Aos 39 minutos o guarda-redes Vicario bate um livre já no meio-campo ofensivo, a bola sobra para João Palhinha que rematou para nova grande defesa de Chevalier; mas o guarda-redes francês nada pode fazer para travar a recarga de Van de Ven.

No arranque da segunda parte, foi novamente o Tottenham a entrar melhor, ameaçando o segundo golo logo aos 47 minutos; perda de bola de Doué e Richarlison a colocar novamente à prova Chevalier.

Mas o segundo dos londrinos acabaria

mesmo por chegar; aos 48 minutos, um livre de Pedro Porro encontra Romero no segundo poste que de cabeça aumentou a vantagem do Tottenham.

A perder por dois golos, o Paris Saint-Germain empurrou o adversário para o seu último terço, contudo, o Tottenham nunca se mostrou muito desconfortável em baixar o bloco, defendendo com praticamente todos os jogadores atrás da linha da bola. Mas a insistência dos gauleses acabou por tirar dividendos à entrada dos últimos minutos do jogo; alívio para a zona central com a bola a sobrar para Vitinha que serviu Lee Kang-In para o golo que relançou a partida. Empurrados pelo golo, o PSG empurrou o Tottenham

para perto da sua grande área e acabou por ser feliz; no quarto de seis minutos de compensação, Dembélé cruzou da direita para a área, onde surgiu Gonçalo Ramos de cabeça a empatar a partida. Sem prolongamento, o jogo ficou decidido nas grandes penalidades, onde os parisienses foram mais eficazes, acabando por vencer por 4-3.

Depois de vencer a Liga dos Campeões diante do Inter de Milão no final da última época, o Paris Saint-Germain arranca a nova temporada com a conquista da primeira Supertaça Europeia da sua história. JN/MS

Sporting entra avassalador e com nota artística

Bicampeão nacional esquece derrota na Supertaça com triunfo convincente sobre o Casa Pia, na primeira jornada do campeonato. Golos foram da autoria de Francisco Trincão e do capitão Hjulmand. O Sporting reagiu bem à derrota na Supertaça e garantiu a primeira vitória (2-0) e também a primeira boa exibição da temporada, frente ao Casa Pia, na jornada inaugural do campeonato. O domínio foi avassalador desde o primeiro minuto e antes do primeiro golo, assinado por Trincão, que apenas pecou por ser tardio, os leões já tinham feito 16 remates à baliza de Sequeira, entre os quais dois nos postes, por Hjulmand e Maxi Araújo. O triunfo foi justo, mas, no cômputo geral, o bicampeão desperdiçou a oportunidade de construir uma goleada histórica.

Rui Borges não cedeu à pressão e manteve o esquema de quatro defesas, que substituiu o de três centrais, utilizado nas últimas temporadas, e finalmente a equipa mostrou o brilho que prometeu. No onze, apostou em Luis Suárez, que deu uma muito melhor resposta do que o trapalhão Harder: bem no espaço e nos dribles curtos, apenas faltou o golo à boa exibição do colombiano.

Nos primeiros 45 minutos, o Sporting trabalhou muito bem na pressão e na recuperação da bola, assegurando múltiplas linhas de passe entre os cinco homens do meio-campo, a que se acrescentou a irreverência de Suárez. No entanto, o golo apenas chegou perto do intervalo, após uma brilhante preparação do lance por Pedro Gonçalves, o qual foi concluído com mestria por Trincão.

Nos primeiros 45 minutos, o Sporting trabalhou muito bem na pressão e na recuperação da bola, assegurando múltiplas linhas de passe entre os cinco homens do meio-campo, a que se acrescentou a irreverência de Suárez. No entanto, o golo

apenas chegou perto do intervalo, após uma brilhante preparação do lance por Pedro Gonçalves, o qual foi concluído com mestria por Trincão.

No início do segundo período, duplo azar para a equipa lisboeta. Lesionados, Maxi Araújo e Diomande deram os seus lugares ao estreante Ricardo Mangas e a Debast, enquanto Quenda substituiu Geny Catamo. Todavia, a equipa continuou a deslizar no relvado, face a um Casa Pia que foi uma sombra da equipa da última temporada. O segundo golo, da autoria de Hjulmand, após excelente livre de Trincão, deu a tranquilidade necessária aos leões para efetuar uma boa gestão do encontro, mas sem nunca tirarem o pé do acelerador. À vez, o recém-entrado Harder, Suárez e até Kochorashvili estiveram muito perto de marcar. Por seu lado, os gansos tentaram um ou outro lance diferente, mas a noite foi mesmo para esquecer. Muito censurado por apostar num esquema tático diferente, Rui Borges tem finalmente motivos para sorrir e ganha tempo e espaço frente aos críticos com uma exibição de nota artística.

Positivo

Francisco Trincão foi essencial, abriu o marcador e assistiu Hjulmand no segundo. Bons pormenores de Suárez numa boa exibição coletiva dos leões em Rio Maior.

Negativo

O Casa Pia praticamente não existiu, sobretudo na primeira parte. Arranque fraco dos gansos na Liga, com o primeiro remate enquadrado, aos 85 minutos.

Arbitragem

Preocupou-se em segurar cedo a partida, mas nem todos os cartões amarelos foram bem mostrados. Ainda assim, a exibição foi positiva.

JN/MS

F. C. Porto entra com pontaria afinada no campeonato

O F. C. Porto recebeu e venceu o V. Guimarães (3-0), em jogo a contar para a primeira jornada da Liga, marcado por várias homenagens a Jorge Costa. Samu foi a grande protagonista no Dragão, ao bisar.

Antes do início do jogo respeitou-se um minuto de silêncio memória do ex-jogador e ex-dirigente dos dragões, que já havia sido alvo de um tributo arrepiante no momento em que as equipas subiram ao relvado. Quanto ao jogo, que marcou a estreia dos treinadores Francesco Farioli e Luís Pinto na Liga, os dragões entraram a todo o gás e chegaram ao golo aos 12 minutos,

por Pepê. Aos poucos, os vitorianos foram equilibrando, mas o F. C. Porto foi sempre mais perigoso e dilatou a vantagem por Samu, que minutos antes viu um golo ser-lhe invalidado. Na segunda parte, marcada pelas lesões dos portistas Martim Fernandes e Bednarek, os dragões foram mais contidos, mas nunca permitiram grandes aventuras ao V. Guimarães e acabaram por aumentar a vantagem no marcador, com outro golo de Samu, aos 79 minutos. O avançado espanhol seria substituído perto do fim por Luuk De Jong, que se estreou de dragão ao peito.

OUTRAS NOTICIAS DO FUTEBOL PORTUGUES

Rodrigo Mora e João Neves no lote de eleitos para melhor jovem do Mundo

Os portugueses Rodrigo Mora e João Neves foram nomeados para o Troféu Kopa, prémio incluído na cerimónia da Bola de Ouro e que destingue o melhor futebolista sub-21 da temporada passada.

Oavançado do F. C. Porto e o médio do PSG, ambos internacionais por Portugal, têm a concorrência de Ayyoub Bouaddi, Pau Cubarsi, Désiré Doué, Estevao, Dean Huijsen, Lewis-Skelly, Kenan Yildiz e Lamine Yamal, este último do Barcelona a ser o grande favorito, já que também é dos mais cotados para o prémio de melhor do Mundo.

A France Football elege agora um júri composto por vencedores da Bola de Ouro, que vai decidir quem será o vencedor do prémio.

Myles Lewis-Skelly, Rodrigo Mora, Joao Neves, Lamine Yamal e Kenan Yildiz estão na lista.

JN/MS

JN/MS

A Liga Portugal, na primeira época iniciada sob a presidência de Reinaldo Teixeira, tem como objetivo começar o caminho de regresso aos seis primeiros lugares do ranking da UEFA, de onde saiu no fim de 2021/22. Para isso, criou o "Meta 2028", que prevê colaboração estreita com as sociedades desportivas e demais entidades.

Asexta posição na classificação da UEFA permite que a Liga Portugal apure seis emblemas para as três competições europeias - mais um do que os cinco atuais -, melhorando ainda o trajeto pré-Fase Liga a todos os intervenientes, destacando-se a possibilidade de qualificar três clubes para a Liga dos Campeões. "A Liga Portugal tem de crescer como um todo, dentro e fora das quatro linhas",

revela Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal. "É, por isso, fundamental aumentar as receitas de todas as Sociedades Desportivas, tornando-as mais relevantes internacionalmente. Este plano, que decorrerá paralelamente ao processo de Centralização dos Direitos Audiovisuais, incidirá, sobretudo, nas áreas comerciais, de bilhética, receitas de transferências, no aumento do tempo útil de jogo, na redução do número de faltas e na competitividade face aos outros países que ocupam o top-10 do ranking UEFA", afirma o dirigente.

Reinaldo Teixeira "entende que o Futebol Profissional está capaz de suportar a diversificação de objetivos e a definição de metas internacionais mais ambiciosas", sendo assim criado um plano para alcançar mais sucesso europeu.

Alvalade

2.0: tudo o que mudou (e ainda vai mudar) a partir de domingo

Sporting confirmou jogo com o Arouca no novo e renovado Alvalade 2.0. Fosso fechado, relvado híbrido e novas zonas para os adeptos entre as novidades. Ainda há trabalho por fazer, A BOLA sabe que a nova bancada ainda não estará aberta aos adeptos, mas o efeito visual será diferente.

Anotícia já tinha sido avançada por A BOLA e foi esta segunda-feira oficializada pelos leões: o Estádio Nacional está fora de equação e o Sporting vai mesmo receber o Arouca em Alvalade. Ou melhor, no novo e renovado Alvalade 2.0. Com a obras a decorrerem a toda a velocidade, de forma a que os leões pudessem estrear o recinto no primeiro jogo da Liga em casa, eis que está tudo preparado para receber uma onda verde no próximo domingo, às 20h15 horas, com os arouquenses.

As mudanças foram profundas. As mais visíveis, essas, provavelmente, o fecho do fosso e a consequente ampliação das bancadas, que visou trazer os adeptos para mais perto daquela que é a emoção do campo. Uma promessa de anos que acaba por ser agora cumprida.

Ainda existem alguns pormenores a

finalizar (a nova bancada, que contemplará mais dois mil lugares, onde anteriormente se encontrava o fosso, ao que foi possível apurar, ainda não estará disponível) mas o efeito visual será evidente aos olhos de todos. Não só nestes dois pontos como também em muitas outras novidades: desde a colocação de um relvado híbrido, várias alterações no interior do estádio, novas zonas para sócios e adeptos, entre outras. Uma renovação que responde ao presente e prepara o estádio para os desafios do futuro, com maior comodidade para todos, com acesso aos fast track, cadeiras almofadas, o respetivo nome em cada um dos lugares, vários pormenores que vão ser detectados por todos os presentes. O projeto é da autoria da FIA – Fenwick Iribarren Architects, atelier internacional de referência em estádios - e conta com o Fragmentos como parceiro local de arquitetura, a quem coube o desenvolvimento técnico, os processos de licenciamento e o acompanhamento da obra e quem ontem levantou o véu divulgando algumas das imagens que os adeptos vão poder comprovar no jogo do próximo domingo.

ABOLA/MS

NOTÍCIAS DO FUTEBOL INTERNACIONAL

Sá Pinto perde Supertaça do Irão no regresso ao comando técnico do Esteghlal

O português Ricardo Sá Pinto, que regressou ao comando técnico do Esteghlal, perdeu esta segunda-feira a Supertaça do Irão para o Tractor (2-1), face a uma reviravolta nos instantes finais do encontro.

Em Isfahan, Roozbeh Chesmi inaugurou o marcador para o emblema orientado por Sá Pinto, aos 12 minutos, uma vantagem que viria a ser anulada por Amirhossein Hosseinzadeh

(87'), de penálti, e o croata Tomislav Strkalj (90'+2). Desta forma, Sá Pinto falhou a segunda conquista deste troféu na carreira, depois de ter erguido na primeira passagem pelo Esteghlal, na época de 2022/23.

Na ronda inaugural do campeonato iraniano, agendada para 19 de agosto, o Esteghlal volta a encontrar o Trator, atual campeão em título.

SAPO/MS

Gyokeres estreia-se a marcar e Arsenal vence

troféu Gyokeres estreia-se a marcar e Arsenal vence troféu

O Arsenal conquistou a Emirates Cup, troféu disputado no jogo de apresentação, ao vencer o Athletic Bilbao por 2-0, num jogo cujo grande destaque foi a estreia a marcar de Viktor Gyokeres.

Aexpectativa dos gunners por golo do sueco ex-Sporting terminou ao minuto 34: cruzamento de Zubimendi encontrou Gyokeres no coração da área que, com cabeceamento fulminante, abriu a contagem, para fazer a máscara aparecer pela primeira vez em Londres. Dois minutos depois, o sueco voltou a estar na jogada, ao amortecer a bola para Odegaard lançar o ataque rápido. Marti-

nelli deu ao lado e Saka fez o 2-0, um resultado justo tendo em conta que, até então, só por uma vez David Raya havia sido solicitado com dificuldade, em resposta a remate de Iñigo Galarreta, aos 16'. Viktor Gyokeres saiu aos 71' para dar lugar a Kai Havertz, que, 11 minutos depois, correu, correu e correu mais um bocadinho para, na cara de Unai Simón, fazer o 3-0 final. Termina de forma positiva a pré-época do Arsenal, que, no dia 17, começa a campanha na Premier League, frente ao Manchester United, numa partida que marca o reencontro entre Ruben Amorim e o avançado sueco.

ABOLA/MS

Credito:

ANDEBOL

Portugal vence Marrocos no arranque da Taça Presidente do Mundial

A Seleção portuguesa de andebol sub-19 venceu Marrocos naquele que foi o início da Taça Presidente, depois de ter sido eliminada da Main Round do Mundial.

Depois de vencer a seleção africana por 30-25, os lusos vão ter pela frente, na terça-feira a partir das 10h45, o Kosovo e, em caso de vitória, assegura, o primeiro lugar do Grupo I e avançam para os Placement Matches, nos quais irá lutar pelo 17.º lugar. Terá aí de defrontar o primeiro classificado do Grupo III, ou seja, Ilhas Faroé ou Argentina.

No jogo de hoje, Portugal manteve-se sempre por cima do encontro e abriu o marcador por parte de Tiago Sousa, chegando ao intervalo com uma vantagem de oito golos (19-11).

O segundo tempo arrancou com poucos golos e uma intensidade mais lenta, mas Portugal teve sempre uma vantagem con-

BASQUETEBOL

fortável até ao apito final, ganhando por com cinco golos de diferença (30-25).

O atleta Tiago Sousa esteve em destaque do lado português com um total de sete golos e seis assistências (70% de eficácia).

«Acabámos por fazer uma primeira parte interessante, mas a segunda foi má, muito motivada por falta de eficácia. A cada três remates conseguimos apenas um golo e isso pesa ao longo dos minutos. Mas o importante era ganhar e conseguimos o objetivo», referiu o treinador Nuno Santos.

O selecionador português sublinhou as dificuldades que espera diante do Kosovo. «O próximo adversário ganhou por bastantes golos a Marrocos, é melhor e tem mais argumentos. Será seguramente um jogo mais difícil e vamos ver se conseguimos voltar a vencer. O objetivo é ganhar todos os jogos até ao final da competição», concluiu.

ABOLA/MS

Eurobasket2025: «Podíamos ter feito muito melhor»

O capitão da Seleção Nacional, Miguel Queiroz, confessa que foi um jogo complicado, a derrota com a Argentina, mas acredita que faz parte do processo e que a partir de agora os Linces vão crescer. A seleção portuguesa de basquetebol sofreu hoje o segundo desaire consecutivo na preparação para o Europeu, ao perder com a Argentina por 84-70, no terceiro jogo em Espanha, disputado em Madrid.

O jogo foi complicado, entrámos apáticos no jogo, depois respondemos um bocadinho melhor mas foi sempre difícil mantermos a consistência ao longo do jogo. Tivemos muitos bons momentos e momentos também maus, em que temos de trabalhar mais. Creio que, chegados à terceira semana, haver uma quebra física faz parte», disse o extremo de 34 anos. Apesar de defrontar a oitava classificada do ranking mundial, o internacional acredita que Portugal esteve bastante longe do que pode mostrar. «A questão da quebra, não desculpa tudo o que fizemos hoje, podíamos ter feito muito melhor. Mas, a partir de agora, sinto que a equipa vai começando a ganhar forma para quando chegarmos às datas que nós queremos, estarmos na melhor forma possível. Por isso, estes jogos em Espanha serviram para isso, para ganhar

forma, para ganhar rotinas, para ganhar a consistência naquilo que é o nosso ataque e a nossa defesa, os nossos processos. E acredito que fizemos isso», assegurou o capitão. Para trás vão ficar as duas derrotas em Espanha, além do triunfo frente aos campeões europeus, e segue-se o torneio triangular de Braga. «Estes dois jogos não tiveram o resultado que queríamos, mas o mais importante neste jogo é os processos dentro do campo para ver como crescemos. E esses processos conseguimos fazer. A partir de agora é trabalhar para melhorar», rematou.

O último encontro dos Linces será com o Sporting, a 21 de agosto, em Sines e antes disso é improvável que Mário Gomes divulgue quem são os dois atletas que não vão participar no Europeu, dado que dos 14 que integram atualmente os trabalhos da Seleção Nacional, apenas 12 estarão presentes naquela que será a quarta presença na fase final de um Europeu.

E a próxima oportunidade é em casa, no Torneio Internacional de Braga que se realiza na próxima semana (14 a 16 agosto), onde, além de Portugal, estarão igualmente em ação a Suécia (49.º) e a Islândia (50.º), duas seleções que também vão estar no EuroBasket-2025, a primeira integrada no Grupo B e a segunda no C.

ATLETISMO

Finalmente - Etson passou barreira de 21 anos

No Meeting de Oordegen, Barros pulveriza recorde nacional dos 3000 metros obstáculos, um dos mais antigos do atletismo português e marca viagem para o Mundial de Tóquio; e nos Europeus sub-20 em Tampere, Pedro Afonso ganha primeira medalha para Portugal e de sempre do País no evento em provas de velocidade.

Foram 21 longos anos de tentativas a superar para tentar ultrapassar os 8.19,82 minutos que, a 27 de julho de 2004, em Estocolmo, Manuel Silva havia colocado como recorde nacional dos 3000 metros obstáculos. Muitos tentaram-no. Todos falharam... Até ontem, no Meeting de Oordegen, na Bélgica. Todos menos Etson Barros que numa entusiasmante prova, decidida ao sprint e em que os três primeiros alcançaram máximos pessoais, estabeleceu novo recorde de Portugal ao completar o percurso em terceiro lugar com 8.12,19m. O atleta do Benfica, de 24 anos, baixou o anterior recorde em cerca de 7 segundos e o melhor registo pessoal em mais de 10 segundos, e teve mesmo dupla razão para celebrar já que, ao mesmo tempo, carimbou a classificação directa para os Mundiais de Tóquio, entre 13 e 21 de setembro.

A prova foi ganha pelo francês Louis Gilavert (8.11,49 minutos) seguido do compatriota Baptist Fourmont (8.12,10). Na série seguinte competiu o também português Leandro Monteiro, tendo terminado em 7.º com 8.39,27s, mas em 28.º da geral.

Ainda neste meeting na Flandres, onde foi largo o contingente de portugueses, Alexandre Figueiredo superou o máximo pessoal de 5000m ao ser segundo classificado na 3.ª série com 13.32,62m, e Diogo Barrigana foi 9.º classificado aos 400m barreiras com 49,77s, distância em que Manuel Sissé terminou em 19.º (51,77), mas com a melhor marca pessoal e mais rápido do que Matim Faustino (21.º), com 51.75.

Pedro Afonso correu para a prata

Já em Tampere, onde se viveu o terceiro dia dos Europeus sub-20, Portugal celebrou a primeira subida ao pódio através da prata de Pedro Afonso nos 200m com o tempo de 20,85. Apenas insuficiente para ultrapassar o italiano Diogo Nappi (20,77), mas demasiado rápido pata o espanhol Oriol Sanchez (21,03).

«Não estou contente com o resultado, gostava muito de ter ganho. Mas estou muito feliz pela minha forma e como

cheguei aqui. Só comecei a temporada depois da época de inverno, pois lesionei-me no Europeu do ano passado e é muito bom regressar e estar a sentir-me outra vez rápido, a bater os meus recordes pessoais. Mas fiquei a um lugar do que queria», afirmou Pedro Afonso à comunicação da federação de atletismo. «Corri a meia-final muito mais relaxado do que me senti na final. Parabéns ao Nappi, que alcançou o ouro. Sou forte mentalmente, por isso consegui atravessar positivamente o período em que estive parado por lesão, cerca de seis meses. Sei que sou um dos melhores portugueses e agora também um dos melhores da Europa, mas não penso nisso. Sou um profissional do atletismo e a minha procura é em melhorar-me a cada dia que passa. Os meus resultados serão consequência desse trabalho», disse ainda o jovem velocista do Benfica, que conseguiu a primeira subida ao pódio de sempre da Seleção no evento em provas de velocidade (100, 200 e 400m).

Pedro Afonso ainda integrou a estafeta dos 4x100m, correndo o segundo percurso, juntamente com Ernesto Rodrigues, Miguel Villamudria e Bernardo Ferreira, mas os 40,72s registados não permitiram a qualificação directa e colocaram o quarteto como o primeiro dora da final.

Já Stela Fernandes marcou presença na final dos 3000m obstáculos, onde foi 8.ª com 10.24,27m. Novo máximo pessoal, o segundo que alcança na Finlândia, mas recorde luso sub-20, superando os 10.26,45 que havia sido registados por Bárbara Neiva em 2019.

Nos 3000m masculinos, Tiago Jorge, que havia sido um dos mais rápidos nas eliminatórias, foi 12.º com 8.49,57, sem sprint final para se bater com os da frente na reta da meta.

Irina Rodrigues com disco top da temporada

Em Leiria, onde decorreu o Torneio Internacional de Lançamentos, Irina Rodrigues ganhou o lançamento do disco com a melhor marca pessoal da temporada, primeira vez acima dos 60m, ao registar 61,89, relegando para os restantes degraus do pódio a francesa Melina Robert-Michon (60,23) e a dinamarquesa Lisa Pedersen (58,95).

Ainda no disco, mas no sector masculino, o recordista nacional Emanuel Sousa conseguiu lançar a 60,91m, deixando para trás Edujose Lima (56,39) e o britânico Zane Duquemin (56,19). ABOLA/MS

Credito:
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Portugal apura-se para o Europeu de voleibol feminino de 2026.

Portugal precisava de vencer por 3-0 a Geórgia, no último jogo da qualificação para o Eurovolley 2026, e conseguiu fazê-lo de forma clara (25-8, 25-16 e 25-18) garantindo dessa forma que garantia um dos cinco melhores segundos classificados que valia o bilhete para o Europeu, pela segunda vez na história do voleibol português.

Portugal entrou bem e apesar da superioridade identificada perante as adversárias da Geórgia, as portuguesas não se deixaram deslumbrar trabalhando desde cedo para justificar o estatuto, rapidamente colocando-se em vantagem (41). Não tardou a que Julia Kavalenka tenha mostrado a genética que herdou do pai, ex-jogador de andebol do FC Porto Siarhei Kavalenka, e da mãe antiga judoca, ao lado de Joana Garcez. O bloco foi paulatinamente destruindo o sonho das georgianas (12-5) eo serviço também não falhou.

A estas não tardaram a juntar-se a outra mana Garcez, Alice Clemente, Ana Rui Monteiro e Amanda Cavalcanti, irmã dos dois internacionais de andebol com quem partilha o apelido.

A superioridade portuguesa nunca esteve em causa (16-6) durante o primeiro parcial que a Seleção portuguesa fechou tranquilamente com 25-8, com a estreante Sofia Gouveia (Castêlo da Maia) a dar também o seu contributo.

Portugal, que neste momento ocupa o 23.º lugar do ranking, voltou a entrar bem no segundo parcial (6-2) com a Geórgia a denunciar novamente as dificuldades de receção. Porém, as visitantes não desistiram da recuperação (10-6), ameaçando algumas vezes (11-8) a superioridade das portuguesas, mas nunca representando um perigo real. Na bancada, o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Fernando Gomes, assistiu ao triunfo no segundo par-

SC TORONTO

cial (25-16), sentado ao lado Vicente Araújo, o presidente da Federação Portuguesa de voleibol.

No terceiro set, pela primeira vez a Geórgia esteve na frente (1-2) e ainda foi preciso recorrer ao VAR para um ponto que teria sido mal dado a Portugal, uma quebra de ritmo que permitiu às georgianas colocarem-se em vantagem 1-4. Hugo Silva, o selecionador nacional não gostava do que via, mas manteve-se sereno. As portuguesas conseguiram igualar por Joana Garcez e passar finalmente para a frente (5-4), regressando a jogo. Julia Kavalenka com um serviço fortíssimo fez o 8-5 e a Seleção Nacional passou para o comando do encontro, contando com Raquel Moreno bastante atenta (12-7).

O treinador da Geórgia pediu um desconto de tempo, mas pouco havia a fazer. A bracarense Margarida Maia trouxe tranquilidade (14-7) e as portuguesas ainda tive-

ram uma quebra de concentração (23-18) mas arrancaram irremediavelmente para a vitória no set, no jogo e para o Europeu.

A seleção Nacional feminina só por uma vez esteve presente na fase final de um Campeonato da Europa, em 2019, tendo terminado como 24.º classificado

A próxima edição do CEV EuroVolley Feminino, em 2026, será co-organizada pela Turquia, Chéquia, Azerbaijão e Suécia.A Turquia, atual campeã europeia, será anfitriã desde a fase de grupos até aos jogos das medalhas. Brno, na Chéquia, acolherá um grupo e metade dos jogos dos oitavos e quartos-de-final. Baku, no Azerbaijão, e Gotemburgo, na Suécia, serão as cidades-sede dos restantes dois grupos.

Esta será a quarta edição consecutiva do CEV EuroVolley Feminino a decorrer em quatro países, seguindo a reformulação do campeonato continental em 2019.

ABOLA/MS

HOUSE LEAGUE

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

TFC finally moving in the right direction

Since its last MLS playoff appearance in 2020 under Greg Vanney, Toronto FC has cycled through six managers and posted a dismal league record of 35-88-38. The club has finished near the bottom of the Supporters’ Shield standings for four straight seasons, and under current head coach Robin Fraser sits 12th in the East and 25th overall at 5-13-7 before Sunday’s matches.

Still, there are signs of progress. Since taking over as general manager in June 2023, Jason Hernandez has moved away from costly quick fixes and toward a long-term rebuild. With 17 players on expiring contracts, he has flexibility to reshape the roster. Loan signings like Ola Brynhildsen, Theo Corbeanu, and Maxime Dominguez are playing to earn permanent roles, while Hernandez is replenishing allocation money to maximize salary cap space for future moves.

The marquee addition so far is U.S. international Djordje Mihailovic, acquired from Colorado for up to $9 million as a

designated player. Hernandez calls him the team’s “reference point” for building an attack, aiming to add pieces that complement his playmaking and scoring abilities. Another DP signing, ideally a goal-scorer, remains a priority.

Fraser has tightened the defense despite injuries, but TFC has just 26 goals in 25 games. While Brynhildsen has shown flashes, his durability and fit as a No. 9 are still in question. Outside of goalkeeper, the squad needs upgrades across the pitch.

Hernandez has also loaned out young Canadians for development and integrated prospects like Luka Gavran, Kobe Franklin, Kosi Thompson, and Deandre Kerr into the first team. On Saturday, 23-year-old Malik Henry marked his first-team contract by assisting Kerr’s stoppage-time equalizer in a 1-1 draw at Philadelphia.

Fraser praised his side’s resilience against one of the league’s best, noting improved quality in possession and chance creation. TFC’s turnaround isn’t immediate—but the path forward finally feels clear.

RS/MS

TENNIS Victoria Mboko captivates a country

Victoria Mboko’s dazzling run at the National Bank Open — capped by victories over four Grand Slam champions — made it hard to believe the 18-year-old Canadian once battled nerves and frustration on the court.

After a statement win over former world No. 1 Naomi Osaka in Montreal, Mboko reflected on her turnaround. Last year, she finished ranked 350th; this year, she set out with a new mindset.

“I wanted to be confident with myself, my team, and my support system,” she told CBC Sports’ Anastasia Bucsis in Toronto, just east of her Burlington, Ont., hometown. “In tennis, the mental side can be more important than talent. With a clear mindset, nothing can stop you.”

Improved emotional control has been key. “When you’re positive and confident, you don’t overthink. You just play,” said Mboko, the American-born daughter of Congolese parents, now ranked 24th — the highest of any Canadian singles player.

Her NBO triumph was historic: she became only the third Canadian to win the event in the Open Era, and the first to do so in Montreal. The milestone truly sank in the next morning when she began recognizing her new public profile.

She celebrated quietly, making the drive home with her parents, scrolling TikTok, listening to music, and laughing at

videos of herself in action. “I’m not a fan of watching myself play,” she admitted. Over the tournament, Mboko’s victories were emphatic and resilient:

• Straight-set wins over top seed Coco Gauff (2025 French Open, 2023 U.S. Open champion) and No. 23 Sofia Kenin (2020 Australian Open champ).

• A semifinal comeback over Elena Rybakina (2022 Wimbledon champion) despite a wrist injury.

• A three-set rally against Osaka in the final for her first WTA title.

She is now the youngest player since Serena Williams in 1999 to beat four Grand Slam winners in a single tournament, and her 53-9 record this year underscores her rise.

“It proves anything is possible,” said Mboko, who aims to compete for Canada at the 2028 Los Angeles Olympics.

After injury setbacks in recent seasons, she stormed into 2025 by winning her first 22 matches, claiming five ITF titles, and making a strong Grand Slam debut at the French Open. Her climb continued with a second-round appearance at Wimbledon.

Next comes the U.S. Open, where Mboko — now a seeded player — will live out a childhood dream. She is skipping this week’s Cincinnati Open to rest her wrist and prepare for New York.

Credito: DR
Credito: DR

Mycomorph,’ ‘Loopty Loo’: Toronto public washroom design winners announced

Are the winners of the “To the Loo” global challenge blushing over their flushing designs?

Recently, the Toronto Public Space Committee, in partnership with Cyan Station Architecture, revealed the winners for the design challenge that was created to address the critical shortage of public washrooms in Toronto.

The competition sought innovative and bold ideas for multi-user and single-user washroom hubs that integrate spatial justice, accessibility, sustainability and cultural inclusion, states a release.

The goal of the competition was to show the City of Toronto washrooms can be an inspiring part of the public realm.

“Despite the necessity of public washrooms, Toronto has a severe shortage, leaving many residents — particularly unhoused individuals, gig workers, families and people with disabilities — without access to this fundamental urban infrastructure,” said Car Martin, lead architect at Cyan Station Architecture and competition host, in a statement. “This competition has brought forward incredible solutions to a pressing urban issue.”

An exhibition showcasing all entries is currently on display at 401 Richmond St. until the end of August.

The Toronto Public Space Committee is an advocacy organization dedicated to enhancing and protecting public spaces for all residents of Toronto. Cyan Station Architecture is an firm based in Parkdale that specializes in design solutions that contribute to urban environments.

Winner:

Design Partners in Architecture and Interiors (DPAI) – Hamilton

Alea Reid and Petra Matar

Submission Title: Mycomorph: Modular Scalar Washrooms for Toronto’s Green Spaces

Runner-up:

YIMBY studio – Toronto

Matt Hagen

Submission Title: Loopty Loo

Runner-up:

Hugh Broughton Architects – U.K.

Hugh Broughton, Steve McCloy, Luca

Submission Title: The Toronto Toilet

People’s Choice Award:

Nitesh Salwan and Laura Randall – Toronto

Submission Title: In Passing.

Greater Toronto housing market sees best July in four years: real estate board

Greater Toronto Area-home sales rose 10.9 per cent in July compared with a year earlier as 6,100 properties changed hands, the most activity recorded in the month since 2021.

The Toronto Regional Real Estate Board said sales were up 13 per cent from June on a seasonally adjusted month-overmonth basis, as improved affordability driven by lower prices and borrowing costs “is starting to translate into increased home sales.”

The average selling price decreased 5.5 per cent compared with a year earlier to $1,051,719, and the composite benchmark price, meant to represent the typical home, was down 5.4 per cent yearover-year.

July marked a significant turnaround for the Greater Toronto market after months of consecutive year-over-year declines in activity. Industry watchers have noted widespread hesitation among potential buyers due to economic uncertainty associated with the Canada-U.S. trade dispute.

April saw a 23 per cent annual decline in the number of homes changings hands, followed by a 13 per cent drop in May and roughly two per cent decrease in June.

“A key way to mitigate the impact of trade uncertainty is to promote growth in the domestic economy. The housing sector can be a catalyst for growth, with most spin-off expenditures accruing to regional economies,” he said in a press release.

Recently, the Bank of Canada left its policy rate unchanged for the third time in a row, but said future cuts may be warranted as U.S. tariffs persist. The central bank’s policy rate remains at 2.75 per cent

Meanwhile, TRREB said 17,613 properties were newly listed in the GTA last month, up 5.7 per cent compared with July 2024.

In the City of Toronto, there were 2,205 sales last month, an 11 per cent increase from July 2024. Throughout the rest of the GTA, home sales were up 10.9 per cent to 3,895.

There were 7.9 per cent more townhouses sold and a 5.8 per cent increase in the number of condos that changed hands.

Rendina, Fergus Seccombe, Emma Watson

SAÚDE & BEM-ESTAR

Estes 10 alimentos "dão-lhe" anos de vida

A alimentação desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde e na prevenção do envelhecimento precoce. Incorporar os alimentos certos na sua ementa diária pode fazer toda a diferença, não só na aparência da pele, cabelo e unhas, mas também no funcionamento global do organismo. Alguns ingredientes naturais possuem propriedades poderosas que ajudam a combater os radicais livres, a promover a regeneração celular e a fortalecer o sistema imunitário, fatores essenciais para uma vida longa e saudável.

Neste texto, falamos 10 alimentos que se destacam pelas suas qualidades antienvelhecimento e rejuvenescedoras. Desde vegetais ricos em antioxidantes, como os brócolos e espinafres, até às fontes essenciais de ómega-3 encontradas em certos peixes e sementes, estes alimentos oferecem uma combinação perfeita de nutrientes que favorecem a vitalidade e o bem-estar. Adotar estes ingredientes na sua dieta diária pode ser um passo simples e eficaz para aumentar a sua qualidade de vida e preservar a juventude do corpo e da mente.

Brócolos

Uma pequena porção contém dois terços da ingestão recomendada de vitamina C,

um poderoso antioxidante que ajuda a proteger o sistema imunitário. É também rico em sulforafano, que promove a desintoxicação do fígado. Combate a secura da pele, cabelo e unhas.

Sementes de linhaça

As sementes de linhaça também são ricas em ómega-3. Promovem a atuação do sistema imune e retardam o envelhecimento das células. Na sua composição estão presentes proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos polinsaturados.

Frango

A carne das aves é rica em zinco e selénio, dois minerais que promovem o equilíbrio das hormonas no corpo e promovem a produção de colagénio. Também protegem contra os danos dos radicais livres, moléculas que prejudicam as células e aceleram o envelhecimento.

Feijão e leguminosas

O corpo precisa de proteínas para ter energia e funcionar. Por isso, é importante ingerir boas quantidades deste nutriente. Sem elas, o corpo vai tirar de outras partes o material necessário para recuperar os tecidos e pode enfraquecer, por exemplo, o cabelo, a pele e as unhas.

Cacau

Ajuda a manter a saúde dos vasos sanguíneos e do coração. Os grãos de cacau contêm o dobro das propriedades antienvelhecimento do chocolate preto e não contêm gordura ou açúcar. O chocolate estimula a pele a criar um fator de proteção solar.

Chá verde

O chá verde acelera o metabolismo e hidrata o corpo e a pele. Para além das suas propriedades anti-inflamatórias, estudos mostraram que esta bebida reduz o colesterol, o risco de acidente vascular cerebral, a diabetes e promove a memória. Por outro lado, o chá verde protege as células do organismo e retarda o envelhecimento celular devido aos seus antioxidantes.

Espinafres

Os espinafres são umas verduras com um elevado valor nutricional e propriedades reguladoras, pelo seu alto conteúdo de água, minerais e vitaminas. O espinafre tem muita vitamina A, C, B, E e F e tem propriedades cicatrizantes, tonificantes e revigorantes.

Batata doce

Na batata doce encontramos boas fontes de vitaminas, como A e B, e altos índices de

sais minerais, como fósforo, ferro, cálcio e potássio. A vitamina A facilita a produção de colagénio. A batata doce tem beta-caroteno e antioxidantes que ajudam o oxigénio a seguir o seu fluxo estimulando a atividade cerebral e destruindo os radicais livres.

Laranja

Altamente rica em vitamina C, esta fruta suculenta é ideal para estimular a produção de colagénio que dá elasticidade e firmeza à pele. Promove a renovação celular nas camadas mais profundas da derme e permite um envelhecimento saudável e tardio da pele.

Peixes ricos em ómega-3

A sardinha, o atum e o salmão são três peixes ricos em ómega-3, excelentes para o bom funcionamento do cérebro, mas também da pele. Ajudam ainda a diminuir o colesterol mau e aumentar o colesterol bom. Por outro lado, vários estudos demonstraram que ajudam a combater as inflamações da pele, a rosácea e a psoríase.

Sapo/MS

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

Maurícias

Por este dias, Sónia Araújo vive dias de puro encanto nas Maurícias. Nas ilhas paradisíacas do sudoeste do Oceano Índico, já embarcou numa aventura de barco com guias cuja simpatia tornou o passeio inesquecível. "Saímos de barco com dois magníficos guias, Joel e Olga, que nos explicavam tudo, super simpáticos, serviram frutas e bebidas a bordo, e ainda nos tiraram fotos", contou a apresentadora. "Parámos num banco de areia e corais, fizemos snorkelling, onde vimos com muita sorte tartarugas!" revelou. Golfinhos nadaram ao lado do barco e macacos comeram na mão dos turistas. "Passámos na única queda de água da região acessível por barco! Um paraíso! Aconselho mesmo este passeio", destacou.

Taylor Swift surpreendeu os fãs ao anunciar o seu 12.º álbum de estúdio no podcast "New Heights", apresentado pelo namorado Travis Kelce, jogador da NFL, e pelo irmão dele, Jason Kelce. O disco já está em pré-venda e deverá chegar ao público até meados de outubro. Na gravação, a cantora norte-americana, de 35 anos, revelou o título do novo trabalho, "The Life of a Showgirl". A emissão foi promovida nos últimos dias com mensagens enigmáticas e um vídeo publicado nas suas redes sociais. O álbum chega menos de dois anos depois de "The Tortured Poets Department", que bateu recordes de vendas e reforçou a posição de Swift como uma das artistas mais influentes da atualidade.

Carolina Deslandes partilhou recentemente uma novidade que alegrou os seus seguidores: está à espera de um menino, que se chamará Sebastião, fruto da relação com o músico Luís Delgado. No texto que publicou nas redes sociais, refletiu sobre os tempos difíceis que se vivem, sublinhando a crescente hostilidade contra os valores de liberdade, igualdade e justiça, sobretudo para as mulheres. "São tempos em que ficar calada é tentador, principalmente estando no terceiro trimestre de gravidez. Mas eu trago no ventre um menino, e quero que desde o primeiro momento ele saiba que nós somos de lutar. E lutar não é não ter medo, é não deixar que ele ganhe".

Noivos

Férias em Portugal

De sul para norte, depois de Lisboa, Nazaré e Coimbra, o Porto foi a mais recente paragem do icónico vocalista dos Rolling Stones. Mick Jagger prossegue assim a estadia por Portugal, entre a gastronomia portuguesa e sabores internacionais, na companhia do filho Lucas. Mick Jagger deixou-se conquistar pela cozinha japonesa do restaurante Tokkotai, na Rua do Comércio, no Porto. Recomendado pelo Guia Michelin, o espaço recebeu na segunda-feira (11), ao jantar, o músico e o filho Lucas Jagger, de 26 anos, fruto da relação antiga com a apresentadora brasileira Luciana Gimenez. Os dois saborearam várias especialidades quentes e frias da autoria do chefe Paulo César, que partilhou o momento nas redes sociais, referindo que teve "a honra de receber um convidado que dispensa apresentações". Acrescentou que, embora nem todos os segredos possam ser revelados, este não conseguiu guardar. Antes de chegar à Invicta, o icónico vocalista dos Rolling Stones, de 82 anos, passou por Lisboa, onde jantou no ÀCosta, restaurante do chef Olivier da Costa, junto ao Terminal Fluvial do Terreiro do Paço. A visita foi partilhada nas redes sociais pela equipa do espaço, que recebeu a presença com surpresa e apreciou a simplicidade do cantor. Seguiu-se a Nazaré, onde almoçou na Taberna d’Adélia, conhecida pelo peixe e marisco frescos. Aqui optou por pratos típicos como croquetes de tinta de choco, peixe salgado frito, arroz de tomate e açorda de ovos com muxama de atum.

De regresso a Riade, na Arábia Saudita, após o estágio no Algarve, Cristiano Ronaldo concretizou o tão aguardado pedido de casamento. "Sim, eu quero. Nesta e em todas as minhas vidas", partilhou Georgina Rodríguez, exibindo a mão esquerda adornada com o vistoso anel de noivado, pousada sobre a mão do craque português. Georgina Rodríguez surpreendeu, na segunda-feira (11), com uma publicação que sugere estar noiva de Cristiano Ronaldo, que já regressou a Riade, na Arábia Saudita, após o estágio de pré-época no Algarve, com passagem por Almería. "Sim, eu quero. Nesta e em todas as minhas vidas", partilhou Georgina, exibindo a mão esquerda adornada com um vistoso anel de noivado, pousada sobre a mão do craque português. O anel de noivado da companheira do internacional português rapidamente passou de simples anúncio romântico a fenómeno nas redes sociais. A joia, com um diamante central de proporções raras e um brilho impossível de ignorar, fez correr tinta e provocar suspiros em todo o mundo. As primeiras estimativas não tardaram a chegar. Tobias Kormind, diretor da 77 Diamonds, em Londres, acredita que no total, o diamante poderá atingir uns impressionantes 37 quilates e aponta para um valor próximo dos cinco milhões de dólares (cerca de 4,6 milhões de euros), comparando-o com algumas das joias mais icónicas de sempre.

Numa mensagem publicada nesta segunda-feira, 11 de agosto, nas redes sociais, Madonna escreve ao Papa Leão XIV e apela a que ajude a por termo à morte de crianças na Faixa de Gaza. "Santíssimo Padre, por favor, vá a Gaza e leve a sua luz às crianças antes que seja tarde demais", escreve a cantora e compositora. Uma mensagem que dirigiu ao líder da Igreja Católica por considerar que ele "é o único de nós a quem não se pode negar a entrada" num território que está cercado e fechado por Israel. "Como mãe, não suporto ver o sofrimento delas. As crianças do mundo pertencem a todos", sublinha e acrescenta: "Precisamos que os portões humanitários sejam abertos para salvarmos estas crianças inocentes. Já não há tempo. Por favor, diga que vai. Com amor, Madonna". Uma carta enviada no dia em que o seu filho Rocco faz anos. "Sinto que o melhor que lhe posso dar enquanto mãe é pedir a toda a gente que faça o que conseguir para ajudar a salvar crianças inocentes do fogo cruzado em Gaza. Não estou a apontar dedos, a culpar alguém ou a tomar partidos. Toda a gente está a sofrer. Incluindo as mães dos reféns. Rezo para que esses também sejam libertados. Estou meramente a fazer o que consigo para impedir que estas crianças morram à fome", afirma na publicação em que pede aos seus seguidores que façam donativos a entidades como World Central Kitchen, Women Wage Peace e Women of the Sun.

Apelo Sebastião
Novo álbum
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artesonora

Ágata

Cinquenta anos da voz da música popular em Portugal

Maria Fernanda Pereira de Sousa, artisticamente conhecida como Ágata, a rainha que há meio século embala corações, anima festas e conta histórias de amor e superação. Para festejar esta carreira incrível, a cantora subiu ao palco do Casino Estoril num espetáculo inesquecível, onde reuniu amigos, colegas de profissão e, claro, o público que a acompanha fielmente ao longo destas cinco décadas. Nascida em Lisboa, a 11 de novembro de 1959, Ágata começou a o seu caminho no universo musical ainda adolescente.

Asua voz, que viria a tornar-se um símbolo, foi preparada no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional, um verdadeiro berço de talentos. A sua primeira grande aventura, um marco que muitos talvez desconheçam, foi dar voz à música tema da série animada “A Abelha Maia”, um momento que demonstra a versatilidade e o talento inicial da artista. No entanto, foi nos anos 90 que Ágata se consolidou como uma força popular, uma figura incontornável no panorama musical português, ganhando o título de "Rainha da Música Popular Portuguesa".

A música de Ágata é um espelho das emoções humanas: fala de amor, de paixão, de dor, de superação e, acima de tudo, da força feminina. Com a sua voz inconfundível, ela transformou baladas em hinos e canções em clássicos que atravessaram gerações. Quem não se recorda dos primeiros acordes de “Perfume de Mulher”, uma ba-

lada intensa que se tornou um símbolo de amor e desejo? Ou de “Maldito Amor”, que tocou nos corações de quem já sofreu por uma paixão avassaladora? E o que dizer de “Comunhão de Bens”, uma canção que retrata a realidade de tantas relações? Além destes sucessos que se tornaram verdadeiros ícones da cultura popular portuguesa, a discografia de Ágata é recheada de outros temas memoráveis. “Escrito no Céu”, “Não mereço tanta dor” e “Quando as luzes se apagarem” são apenas alguns exemplos de canções que demonstram letras profundas e a capacidade de Ágata de tocar as emoções. As suas letras, muitas vezes inspiradas em vivências pessoais ou em histórias do dia a dia, criam uma ligação profunda com o público, que se revê nas suas palavras e se sente compreendido na sua dor e na sua alegria.

A celebração dos 50 anos de carreira não é apenas uma comemoração de um percurso musical, mas sim uma homenagem a uma artista que se reinventou, que se manteve fiel à sua essência e que continua a emocionar e a inspirar o seu público. A sua capacidade de se adaptar aos novos tempos, sem nunca perder a sua identidade, é um dos segredos do seu sucesso duradouro. Ágata é uma lenda viva, um testemunho do poder da música para unir pessoas, para contar histórias e para dar voz aos sentimentos mais profundos. No palco do Casino Estoril, a 5 de abril, Ágata não esteve sozinha. Acompanhada por amigos e talentos da música portuguesa, ela revisitou os grandes sucessos da sua carrei-

ra, transportando o público numa viagem nostálgica e emocionante. Foi uma noite de festa, de celebração, de gratidão e de reconhecimento por uma carreira que marcou e continua a marcar a história da música em Portugal. Este evento foi mais do que um concerto; foi uma prova do carinho e da admiração que o público português tem por esta mulher forte e talentosa. Ágata, com a sua voz e a sua presença, é uma artista que transcende gerações. A sua música é algo que passará de pais para filhos, de avós para netos, mantendo viva a chama da música popular portuguesa. O seu percurso, desde o Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional até ao estatuto de "Rainha", é uma história de talento, de perseverança e de amor incondicional pela música. A carreira de Ágata não se resume a números de vendas ou a prémios, embora estes também tenham sido muitos. O seu verdadeiro sucesso reside na capacidade de se tornar a banda sonora da vida de tantas pessoas, de estar presente em momentos de alegria e de tristeza, de ser a voz que canta sobre o que sentimos, mas muitas vezes não conseguimos dizer. Cada concerto é um culminar de 50 anos de trabalho árduo, de dedicação e de uma paixão pela música que continua tão viva como no primeiro dia. A sua longevidade é prova de um talento inegável e de uma dedicação incansável. Apesar das modas passageiras e da chegada de novos artistas, Ágata soube manter-se no topo, continuando a encher salas de espetáculos e a ser uma presença constante na rádio e na

televisão. A sua resiliência face aos desafios da indústria musical é notável e serve de inspiração para muitos. A sua carreira é um legado de paixão pela música, de uma artista que se manteve fiel a si própria e que, por isso, continua a ser amada e respeitada por Portugal inteiro. A celebração de meio século de carreira de Ágata é mais do que um marco na música portuguesa; é um testemunho da sua relevância e do impacto duradouro das suas canções. O evento no Casino Estoril foi a confirmação de que a sua voz continua a ecoar nos corações do público, provando que a sua música é atemporal.

Ao longo dos anos, Ágata construiu uma ponte entre as diferentes gerações, unindo-as através de melodias e letras que espelham as vivências e os sentimentos mais genuínos. Este legado musical é um tributo à sua dedicação e ao amor incondicional pela arte de cantar. Assim, a "Rainha da Música Popular" não celebra apenas um passado glorioso, mas também reafirma a sua presença no presente e a sua promessa para o futuro. O público que a aplaudiu de pé no Casino Estoril é a prova viva de que o seu lugar na história da música portuguesa está mais do que garantido.

Ágata é, e continuará a ser, uma referência para novos talentos e uma fonte de inspiração para todos aqueles que acreditam no poder transformador da música. A sua história é um hino à perseverança, à autenticidade e, acima de tudo, à paixão por aquilo que se faz.

Aos sábados 7h30 às 9h na aos domingos 10 ao meio dia

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1.Obter, mediante pagamento, a propriedade ou o uso de algo

2.Fazer ficar ou ficar gordo; tornar(-se) gordo

3.Ocupar o espaço de; ser o conteúdo de; tornar(-se) cheio

4.Precipitar-se a chuva sobre a terra

5.Transportar, levar (alguém ou algo) em direção ao lugar onde está quem fala ou de quem se fala

6.Provocar hipnose em alguém

7.Perceber (som, palavra) pelo sentido da audição

8.Sustentar-se ou mover-se no ar por meio de asas ou algum meio mecânico

9.Transferir (bem ou mercadoria) para outrem em troca de dinheiro

Jogo das 10 diferenças

Caça palavras

10. Elevar-se do chão por impulso dos pés e das pernas

11.Imprimir grande velocidade ao deslocamento do corpo, pelo contato rápido dos pés ou das patas com o solo

12. Dar a (alguém) todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade

13. Causar dano, prejuízo, apodrecimento em, ou ficar em mau estado, danificado, quebrado

14. Esforçar-se por achar ou descobrir (alguém ou algo)

15. Vingar uma agressão com outra maior, mais violenta; responder

S Q C F O G H O E T Z O X B B

O K E I B K L O R L I R A C U

R C B E O F P I B C M E O O S

T I O P I I S D I A A E P L A

N G L O A Z A R G C L U E O L

E U A T L C I R N C D T Q R I

O A R E B A A N E Q M A S A M

C L P A O Z C N G L E N B U O

M D T H A D R I E O N G C N M

A A L L M I T E D L T E Y A A

Ç D H I O V E N T A A O B I C

U O A N N

Sardinhas

Ingredientes

• 6 sardinhas

• 1 chávena de farinha

• 1 chávena de pão ralado

• 3 ovos batidos

• 1 limão

• Sal e pimenta q.b.

Modo de preparação

Retirar as espinhas e limpar as sardinhas. Removendo as cabeças. Lavar bem. Temperar com sal, pimenta e sumo de limão. Deixar repousar durante 5 minutos. Passar as sardinhas por farinha. Mergulhar nos ovos batidos. Panar com o pão ralado . Fritar em óleo quente até ficarem douradas e crocantes. Escorrer em papel absorvente e servir quente. Bom apetite!

Culinária por Rosa Bandeira
CAMOMILA

OLHAR COM OLHOS DE VER

Sereia. Créditos: Fa Azevedo
Beleza em flor. Créditos: Stella Jurgen
Lindas pestanas. Créditos: Madalena Balça

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Ao longo desta semana, é provável que não sinta vontade de fazer coisas pequenas, nem de ficar só, vítima do ritmo e das reduzidas dimensões do seu dia-a-dia. A Também o amor está em pleno desabrochar neste período, pelo que poderá aproveitar a ocasião para demonstrar a profundidade dos seus sentimentos à pessoa que ama.

TOURO 21/04 A 20/05

Nesta fase está capaz de tornar mais harmonioso, mais agradável e leve o ambiente da sua vida quotidiana. Contacta com os outros de uma forma simpática. Poderá conhecer alguém numa viagem, através de um meio de comunicação ou de um curso. Nesta altura poderá ter alguma tendência para se dispersar.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Você sente-se transbordante de energia e atividade desejando experimentar coisas novas e diferentes. Decida-se, mude de ambiente e opte até pela viagem que tem vindo a adiar. Se pensa não conseguir abstrair do que julga ser uma obrigação permanente, leve consigo algum trabalho e execute-o em novos horizontes.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Os valores, de um modo geral, estão na ordem do dia, quer sejam materiais ou não. Poderá mesmo sentir mais interesse em gastar dinheiro com o intelecto do que adquirir bens materiais. Contudo, os assuntos financeiros poderão ser alvo de alguma preocupação e poderá sentir um mais forte sentido dos valores.

LEÃO 22/07 A 22/08

Com Vénus a transitar na Casa XII vai sentir a necessidade de ajudar o próximo. A sua realização pessoal passa por cuidar das pessoas que necessitam da sua ajuda. Será também um momento propício para se envolver em causas humanitárias. Estará numa fase mais espiritual, sonhadora e filosófica. Aproveite para ler sobre temas ligados à espiritualidade.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Durante este período a sua mente terá tendência para pensamentos menos definidos que lhe poderão provocar uma certa angústia, ansiedade, nervosismo ou insatisfação não justificáveis. Procure ultrapassá-los de uma forma positiva através de uma ocupação que o distraia, ou analisando problemas que prendam a sua atenção.

BALANÇA 23/09 A 22/10

É uma boa altura para prestar atenção ao seu corpo. Sente-se portador de uma grande energia física, mas poderá sentir que tem momentos de grande energia alternados com outros de grande fadiga. Aproveite para canalizar essa energia para a área profissional e verá que pode alcançar resultados proveitosos.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Poderá ter oportunidades de progresso e sucesso em empreendimentos. Invista na sua carreira profissional. Este é um momento favorável para pôr em prática um plano que desde há algum tempo está a desenvolver. Poderá ser convidado a chefiar um projeto. É um bom momento para a preparação de sucessos futuros.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Com Marte a transitar na sua Casa XI, vai estar numa fase em que não vai querer fazer nada por si só. Isto é, apetece-lhe tudo menos o isolamento. Aceite trabalhar em conjunto pois vai tirar bastante proveito desse projeto.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Vai possuir agora uma energia que vai influenciar a sua comunicação, o que poderá causar bastante impacto nos outros, que não ficarão insensíveis às suas ideias devido à sua profunda convicção. Poderá ter de encetar negociações ou discussões, caso os seus bens sejam partilhados por mais alguém

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

Está a atravessar um período cheio de energia, criatividade e espírito de iniciativa. Procure que este excesso de entusiasmo não fira as suscetibilidades dos outros. Aproveite para fazer um balanço entre os pontos em que se sente forte e os que pensa que são mais fracos. Com isto em mente ser-lhe-á mais fácil tomar decisões.

PEIXES 20/02 A 20/03

Esta é uma altura em que a sua personalidade, espírito criativo e conceitos de beleza e estética estarão mais acentuados. A sua atitude aberta e afetuosa, e a forma de exprimir os seus sentimentos, conquistará simpatias e novas amizades que poderão dar origem a relacionamentos futuros mais profundos e intensos.

Soluções

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Aluga-se quartos para homem, entrada imediata, na Caledonia e St. Clair. Contatar 647824-6283

Agenda comunitária Classificados

Associação Migrante de Barcelos

Sabores de Barcelos

2079 Dufferin St. Toronto, ON 24 agosto - 1 pm Venha saborear as tradicionais comidas de Barcelos. Mais informações: (647) 949-1390 e (416) 831-8251

Luso Canadian Charitable Society Carpe Diem - Noite Solidária

1130 Dupont St. Toronto, ON 27 setembro - 6h30 pm

Ementa completa, festa com baile e variedades, varias atuações na noite , luz e som a cargo de John Santos. Mais informações: (416) 831-8251

Arsenal do Minho Anniversary Gala Dinner

3404 Dundas St., Toronto - Oct 4, 7 pm

We’re thrilled to host a special Gala Dinner in honour of the 30th anniversary of our Grupo Folclórico! Although we reached our 25-year milestone during the pandemic and couldn’t celebrate, this time we’re making up for it. Come dressed to impress and help us celebrate this incredible journey. More informations: (416) 532-2328

Casa das Beiras Noite da Chanfana

115 Ronald Ave. Toronto, ON 25 outubro Marque na sua agenda. Mais informações: (416) 604-1125 ou envie email para casadasbeiras@rogers.com

Arsenal do Minho Festa São Martinho

1263 Wilson Ave, Toronto - Nov 8, 6 pm

A Festa de São Martinho está de volta no dia 8 de novembro de 2025 e vocês não vão querer perder! Diretamente de Portugal, Os Marotos da Concertina para uma noite cheia de música, tradição e muita animação! Não se esqueçam de guardar esta publicação ou adicionar aos favoritos – em breve teremos mais novidades! Mais informações: (416) 532-2328

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