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A fidelidade da infidelidade

Manuel DaCosta Editorial

Os homens não são naturalmente monogâmicos, mas são estratégicos. O compromisso acontece quando o que se tem supera a emoção da variedade. A infidelidade é um assunto tabu que está sobretudo associado à realidade dos cônjuges um do outro. No entanto, para compreender a infidelidade, é também importante compreender a fidelidade.

Compromisso, devoção, lealdade e piedade são sinónimos comuns de fidelidade e estes termos reforçam a confiança numa pessoa, numa causa ou numa crença, continuando a apoiar as coisas em que acreditamos, mas estão sobre-

tudo associados ao ato de uma relação entre duas pessoas que se encontram no lado oposto do espetro. A infidelidade, que pode ser aplicada a muitas ações, mas particularmente a cônjuges ou parceiros sexuais, é uma forma de traição e é uma violação da exclusividade emocional ou sexual de um casal que normalmente resulta em sentimentos de raiva, ciúme sexual e rivalidade. A perturbação da vida das pessoas pelo ato de um caso adúltero pode ter muitas implicações e é frequentemente uma ação não perdoada. Num vídeo de 2022, Andrew Tate afirmou que não há qualquer vantagem estatística em casar se for homem na América de hoje. Não tenho a certeza de que esta afirmação abrangente seja uma visão da realidade, mas o resultado final é que a maioria dos casamentos acaba em divórcio. Considera também que as mulheres são âncoras sem valor para um homem, porque a sociedade olha para as mulheres como o sexo fraco.

O resultado de um divórcio devido à infidelidade arruína financeiramente a vida de um ou outro parceiro, incluindo a exclusão da vida dos filhos. A infidelidade é um estado de espírito e os especialistas sugerem que tanto os homens como as mulheres se

tornam infiéis porque procuram uma relação, principalmente sexual, que não conseguem obter em casa. A realidade é que os casamentos se cansam e manter o amor fresco torna-se um trabalho em vez de um prazer.

O exemplo recente do concerto dos Coldplay, em que um CEO e uma CPO se divertiam a dançar ao som da música, tornou-se um momento chocante no mundo da infidelidade. Mas será que devemos mesmo ficar surpreendidos com estas ocorrências? Numa sociedade em que a privacidade já não existe se formos trapaceiros, até onde devemos ir para nos protegermos? Obviamente, ir a um concerto não é a melhor forma de o fazer. A tendência na América do Norte é enganar tanto homens como mulheres, porque experimentar no exterior o que não se consegue em casa é aventureiro e perigoso.

A realidade é que a pluralidade de homens e mulheres é pessimista em relação à instituição do matrimónio e à criação de uma família. Talvez a solução seja os casais auto analisarem o estado da sua vida amorosa e trabalharem no sentido de encontrarem métodos que rejuvenescem as forças hormonais que cada um possui.

Compreender a infidelidade é complicado porque a sociedade julga o que é a infidelidade com base em muitos parâmetros. Será que o ato sexual é o único critério de avaliação da traição ou haverá outros aspetos do seu comportamento que podem ser considerados traição? O nível arbitrário assumido por muitos indicaria que um simples olhar de um homem ou de uma mulher, que pode parecer um flirt inocente, pode ser considerado infidelidade. Mas será que é? A base de uma relação é a confiança, pelo que a questão é saber até que ponto confia no seu parceiro e, se não confia plenamente, porque é que a relação ainda existe? A confiança é crucial para a segurança e estabilidade emocional. Se esta componente da relação não existe, então como é que se pode viver com a agitação emocional resultante. Pergunto-me muitas vezes como é que um homem da Arábia Saudita com 7 mulheres consegue transmitir confiança em todas as relações.

É exatamente a infidelidade que vai destruir o mundo no futuro.

Ano XXXII- Edição nº 1756

1 a 7 de agosto de 2025

Semanário. Todas as sextas-feiras, bem pertinho de si!

Propriedade de: Milénio Stadium Inc./MDC Media Group 309 Horner Ave. Etobicoke, ON M8W 1Z5

Telefone: 416-900-6692

Manuel DaCosta

Presidente, MDC Media Group Inc. info@mdcmediagroup.com

Madalena Balça

Diretora, Milénio Stadium m.balca@mdcmediagroup.com

Diretor Criativo: David Ganhão d.ganhao@mdcmediagroup.com

Edição Gráfica: Fabiane Azevedo f.azevedo@mdcmediagroup.com

Publicidade: Rosa Bandeira 416-900-6692 / info@mdcmediagroup.com

Redação: Adriana Paparella, Francisco Pegado e Rómulo M. Ávila.

Colaboradores do jornal: Adam Care, Aida Batista, Augusto Bandeira, Cristina Da Costa, Daniel Bastos, Paulo Perdiz, Raul Freitas, Reno Silva, Rosa Bandeira, Vincent Black, Vítor M. Silva.

Traduções: David Ganhão e Madalena Balça

Parcerias: Diário dos Açores e Jornal de Notícias

A Direção do Milénio Stadium não é responsável pelos artigos publicados neste jornal, sendo os mesmos da total responsabilidade de quem os assina.

Versão

Juras de amor eterno, promessas de fidelidade “até que a morte nos separe”, sempre houve e continuará a haver, mas a infidelidade continua a machucar corações e a desestruturar famílias. Apesar da evolução dos tempos e respetivos costumes, a infidelidade continua a ser motivo de grande impacto emocional e social, sobretudo quando acontece sob os olhos de milhões, como aconteceu recentemente, durante um concerto dos Coldplay. Dois seres humanos, desconhecidos do grande público, viram o seu caso extraconjugal exposto à escala global. O episódio, amplamente divulgado nas redes sociais, gerou indignação e reacendeu o debate sobre fidelidade, respeito e exposição pública.

Mas o que não tem faltado, ao longo da história, são casos de infidelidade envolvendo figuras públicas. Nesta página lembramos algumas das histórias mais conhecidas - do romance entre o rei Henrique VIII e Ana Bolena, que levou à rutura com a Igreja Católica, ao affair entre o presidente norte-americano Bill Clinton e Monica Lewinsky, para além de outros casos que transportam a traição conjugal para um nível tal que acaba por ter repercussões que ecoam muito para além da esfera privada. Seja nas sombras da corte, nos corredores do poder ou num concerto perante milhares de espectadores, a infidelidade conti- nua a atrair atenções, provocar julgamentos e alimentar manchetes. Mais do que um deslize íntimo, ela torna-se, muitas vezes, espelho de fragilidades humanas e gatilho para mudanças sociais ou políticas. Afinal, por detrás de cada escândalo, há sempre uma história de emoções intensas, decisões falhadas e consequências inevitáveis, lembrando-nos que, apesar dos tempos mudarem, há escolhas que se fazem que marcam, de forma indelével, as vidas envolvidas.

Século XVI (Inglaterrra)

O casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão terminou quando este se apaixonou por Ana Bolena. A recusa do Papa em anular o casamento levou à separação da Igreja de Inglaterra de Roma e à criação da Igreja Anglicana. Esta infidelidade mudou para sempre o rumo da história religiosa e política da Europa.

Século XIX (França)

Napoleão e Josefina mantiveram uma relação marcada por traições mútuas. Josefina teve vários amantes enquanto Napoleão estava em campanha militar, e ele acabou por fazer o mesmo. Apesar do amor inicial, Napoleão divorciou-se dela por não lhe dar um herdeiro.

Anos 60 (EUA)

O Presidente Kennedy é conhecido por ter tido múltiplas amantes durante o seu mandato, mas o suposto caso com a atriz Marilyn Monroe tornou-se lendário. Embora nunca confirmado oficialmente, o envolvimento entre a estrela de Hollywood e o presidente dos EUA continua a fascinar o público até hoje.

Anos 1980-1990 (Reino Unido)

Enquanto ainda casado com a princesa Diana, o príncipe Carlos manteve uma relação extraconjugal com Camilla, que viria a tornar-se sua esposa após a morte de Diana. O escândalo abalou a monarquia britânica e teve repercussões mediáticas globais.

Anos 1990 (EUA)

O caso do presidente Bill Clinton com a estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky resultou num escândalo po- lítico sem precedentes. Clinton negou inicialmente a relação, mas acabou por admitir o caso, o que levou ao seu processo de impeachment (do qual foi absolvido).

Entre o trauma, o desejo e a busca por sentido Há raízes psicológicas para a infidelidade - Roberto do Nascimento

A infidelidade continua a ser um dos temas mais sensíveis e complexos dentro das relações amorosas. Afastada de explicações simplistas, é cada vez mais compreendida como um fenómeno multifacetado que envolve não apenas a dinâmica do casal, mas também fatores internos do indivíduo e o contexto em que vive. O psicoterapeuta Roberto do Nascimento, com ampla experiência nas comunidades portuguesas e brasileiras no Canadá, oferece uma visão aprofundada sobre o assunto.

As raízes psicológicas da infidelidade Segundo Roberto do Nascimento, a infidelidade não pode ser compreendida apenas como uma falha moral ou uma mera quebra de compromisso. Trata-se de um comportamento que, muitas vezes, revela desequilíbrios profundos. “De uma forma geral, podemos identificar a complexidade da infidelidade tendo como base aspetos individuais, de relacionamento e fatores de contexto”, afirma o especialista. Entre os fatores individuais, destaca-se o estilo de dependência emocional, a baixa autoestima, a impulsividade ou falta de autocontrolo, experiências traumáticas anteriores, e a procura incessante por excitação e novidade. Há também dinâmicas relacionais importantes, como a insatisfação emocional ou sexual, a dificuldade em gerir conflitos e a falta de intimidade ou conexão entre os parceiros. Realça também que o contexto e fatores situacionais como oportunidades inesperadas, normas sociais permissivas ou fases de transição na vida

(mudança de emprego, nascimento de filhos, crise da meia-idade), também podem funcionar como gatilhos para a traição. Mais do que sexo: uma necessidade não satisfeita

Apesar da crença popular de que a infidelidade é sobretudo sobre sexo, o terapeuta sublinha que “a infidelidade é menos sobre sexo e mais sobre necessidades não alcançadas e estratégias de compensação”. Em muitos casos, está ligada a questionamentos existenciais profundos, uma tentativa de redescobrir partes de si mesmo ou de preencher vazios emocionais.

As cicatrizes emocionais da traição

As consequências emocionais da infidelidade são, muitas vezes, devastadoras -tanto para quem é traído como para quem trai. Roberto do Nascimento explica que para o parceiro traído, os danos mais comuns incluem: o trauma da traição e quebra de confiança; baixa autoestima e culpa pessoal (“O que fiz de errado?”); sintomas depressivos e ansiosos, como insónias, pensamentos intrusivos, ataques de pânico e intensa tristeza; raiva, vergonha e humilhação; paranoia e super-vigilância; e luto emocional pela perda da relação como era antes. Já no caso de quem trai, os sentimentos também são intensos: culpa, vergonha e medo de perder a relação; conflito de identidade (“Quem sou eu, afinal?”); isolamento e confusão emocional; e ansiedade em relação ao futuro e arrependimento. Ambos os parceiros, considera o psicoterapeuta, “independentemente do papel desempenhado na situação, podem desen-

volver dificuldades profundas em confiar novamente e em estabelecer segurança emocional em futuras relações. As feridas da infidelidade podem provocar conflitos existenciais duradouros”, alerta o terapeuta. O perigo como estímulo: a sedução do risco

Uma das questões mais controversas é se o “perigo” de ser apanhado pode, por si só, ser um motor para a infidelidade. Roberto do Nascimento admite que, em alguns casos, esse risco funciona como um estímulo psicológico: “O sentimento de risco, de sedução e de conquista pode actuar como regulador emocional. É uma experiência que ativa intensamente o sistema de recompensa do cérebro.”

Esta dimensão revela que, para algumas pessoas, a infidelidade está relacionada com a procura de adrenalina ou com a necessidade de validar o próprio valor pessoal através da sedução constante.

Quando a traição se torna um vício

Em situações onde a infidelidade ocorre de forma repetida, acompanhada de sentimentos de perda de controlo, pode ser entendida como um comportamento aditivo ou compulsivo. Nesses casos, muitas vezes existe um histórico de trauma, dependências ou o uso do ato sexual como mecanismo de regulação emocional. Para estes casos, a intervenção psicoterapêutica torna-se essencial. O especialista recomenda abordagens como: terapia Cognitivo-Comportamental; EMDR (dessensibilização e

reprocessamento por movimentos oculares), especialmente útil em casos de trauma; terapia de foco emocional; e terapia de grupo e grupos de suporte.

Conclusão: muito para além da traição

A infidelidade, como fenómeno psicológico e relacional, exige um olhar empático e informado. Reduzir o comportamento à simples falta de carácter ou “fraqueza momentânea” não ajuda nem a compreender, nem a tratar os danos causados. Como lembra Roberto do Nascimento, é preciso olhar para as camadas mais profundas da experiência humana - aquelas onde convivem a dor, a carência, a busca por identidade e a sede de conexão.

Infidelidade: Sintoma de uma relação ou de um conflito interno?

Com Elaine Oliveira, mergulhamos nos bastidores psicológicos da infidelidade

A infidelidade é um fenómeno que gera dor, conflitos e rupturas, mas que continua a ser pouco compreendido nos seus aspetos psicológicos mais profundos. Nesta entrevista exclusiva, a psicoterapeuta Elaine Oliveira explica as possíveis causas da traição, os danos emocionais sentidos por quem trai e por quem é traído, e como o risco de ser descoberto pode influenciar este comportamento. Saiba ainda quando a infidelidade pode assumir contornos compulsivos e qual a intervenção terapêutica mais eficaz para ajudar a superar este desafio nas relações.

Do ponto de vista psicológico, o que pode estar na origem da infidelidade? Trata-se, muitas vezes, de uma falha na relação ou de questões internas do próprio indivíduo?

Elaine Oliveira, Psicoteraupeta: A infidelidade raramente tem uma única causa. Do ponto de vista psicológico e da Terapia Cognitivo-Comportamental, pode ser consequência de padrões de pensamento disfuncionais, necessidades emocionais não satisfeitas ou dificuldades de comunicação e conexão no seio da relação. Por vezes, de facto, existem problemas reais na relação: falta de intimidade, distanciamento emocional, comunicação desgastada ou ressentimentos não resolvidos. No entanto, é importante lembrar que todos os casais enfrentam desafios ao longo da convivência, e essas dificuldades não justificam uma traição. Importa também dizer que nem todas as pessoas insatisfeitas traem. A escolha

pela infidelidade revela também valores pessoais, capacidades de autorregulação emocional e até crenças distorcidas, como: “se ninguém souber, não faz mal”.

Trair é uma escolha individual e intencional, mesmo que ocorra num momento de fragilidade. A infidelidade não resolve o problema existente - pelo contrário, tende a gerar dor, insegurança e ruturas mais profundas. Quando há insatisfação na relação, o caminho mais saudável é procurar o diálogo honesto, a terapia de casal ou, em último caso, uma separação respeitosa.

Milénio Stadium: Quais são os danos emocionais mais comuns que observa nas pessoas envolvidas em casos de infidelidade, tanto no parceiro traído como na pessoa que trai?

Elaine Oliveira: O parceiro traído vive, geralmente, um abalo profundo na confiança - tanto no outro como em si próprio. É comum surgirem sentimentos de tristeza, raiva, vergonha, ansiedade, bem como sintomas como hipervigilância, flashbacks e pensamentos obsessivos. Já a pessoa que trai pode experienciar culpa, confusão, vergonha e até uma dor emocional intensa por ter causado sofrimento. Algumas vivem um conflito interno entre o desejo de manter a relação e a atração que as levou à traição. A infidelidade não atinge apenas o casal. Os seus efeitos estendem-se muitas vezes aos filhos, familiares, amigos e ao círculo social mais alargado, gerando desconfiança, vergonha, conflitos e ruturas que ultrapassam os limites da vida a dois.

MS: É possível considerar que o risco de ser descoberto funcione como um estímulo psicológico para a infidelidade? Esse “perigo” pode ter um papel na motivação do comportamento?

EO: Sim, em alguns casos, o risco de ser descoberto pode funcionar como um reforço do comportamento. Na Terapia Cognitivo-Comportamental, entendemos esta dinâmica como uma associação entre o comportamento (trair) e a recompensa emocional imediata (excitação, fuga da rotina, sensação de controlo ou poder). Essa adrenalina pode atuar como um reforço positivo para quem já se encontra emocionalmente desligado do parceiro ou procura sensações fortes para preencher vazios internos. Contudo, trata-se de uma motivação frágil e, muitas vezes, acompanhada de sofrimento emocional, sobretudo após a descoberta da traição ou o término do caso.

MS: A infidelidade pode ser entendida, em alguns casos, como um comportamento compulsivo? E, sendo assim, que tipo de intervenção terapêutica é mais adequada?

EO: Sim, em certos casos, a infidelidade pode adquirir um padrão compulsivo, ou seja, a pessoa sente um impulso repetitivo de trair, mesmo estando consciente dos riscos, das consequências e do sofrimento que isso pode causar, tanto para si como para o parceiro. Na Terapia Cognitivo-Comportamental, compreendemos a compulsão como uma tentativa de aliviar um desconforto emocional, como ansiedade, solidão, baixa autoestima ou frustração. O ato de

trair, neste contexto, funciona como uma resposta desadaptativa para regular emoções difíceis ou para obter alívio momentâneo. A intervenção terapêutica deve, nestes casos, ajudar a identificar os gatilhos emocionais e situacionais que antecedem o impulso, trabalhar os pensamentos automáticos disfuncionais associados ao comportamento, ensinar estratégias mais saudáveis de regulação emocional e promover o fortalecimento da autorresponsabilidade e do sentido de valor pessoal. O objectivo não é apenas interromper o comportamento, mas compreender a sua função emocional e ajudar a pessoa a desenvolver recursos internos para lidar com os seus conflitos de forma mais consciente e construtiva.

RMA/MS

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Elaine Oliveira. Créditos: DR.
Roberto do Nascimento. Créditos: OmniTV

Sofre-se não por amor, mas por não saber amar

- Padre Ricardo Esteves

Numa era marcada por relações efémeras, promessas voláteis e valores muitas vezes relativizados, o matrimónio cristão permanece como um dos sacramentos mais desafiadores e, simultaneamente, mais belos da Igreja. Para compreender melhor como a Igreja encara a infidelidade conjugal e as possibilidades de perdão e reconciliação, o nosso jornal esteve à conversa com o Padre Ricardo Esteves, conhecido pela sua linguagem directa, mas profundamente enraizada na fé e na compaixão.

Infidelidade: a traição começa no pensamento

Quando se fala em infidelidade, muitos associam-na de imediato ao acto físico. No entanto, o Padre Ricardo alerta que a raiz da traição é bem mais profunda: “A traição começa muito antes de se consumar fisicamente. Começa no instante em que se permite que o coração e o pensamento se desviem do compromisso assumido perante Deus. O sexo com outra pessoa é apenas a consequência - a consumação da infidelidade, não o seu início.” Segundo o sacerdote, vivemos numa geração que romantiza a constante busca pelo “mais”, esquecendo-se do valor do que é raro e autêntico.

“As pessoas dizem: ‘a carne é fraca’. Mas eu digo: não é a carne que é fraca, é o carácter. O amor não é um catálogo infinito de escolhas. É uma construção, uma renúncia diária. Falta-nos maturidade e compreensão do que é o amor verdadeiro.”

O perdão: desafio dos fortes, não dos ingénuos

Sobre a possibilidade de perdão após uma traição, o Padre Ricardo é claro: sim, é possível, mas não é fácil nem automático. “O perdão é o centro da fé cristã. Toda a vida de Jesus foi uma lição de perdão. Mas perdoar não significa esquecer ou fingir que nada aconteceu. É, antes de tudo, libertar-se da dor, da mágoa, e permitir que o outro possa mudar, crescer, arrepender-se.”

Ele insiste que o perdão exige coragem, maturidade emocional e espiritual, e uma decisão consciente de reconstruir algo que foi ferido. “Perdoar não é para os fracos. É para os que acreditam que mesmo no meio do caos, o amor pode voltar a florescer. Mas é preciso arrependimento sincero e vontade de caminhar juntos novamente.”

Matrimónio: aliança sagrada com impacto social

O matrimónio cristão, segundo a doutrina da Igreja, é mais do que um simples contrato entre duas pessoas: é uma aliança sagrada, uma vocação, e um testemunho perante toda a comunidade.

“O casamento não é apenas a união de duas vontades. É uma promessa feita diante de Deus e que se estende à família, aos filhos, à comunidade. Quando um casal casa pela Igreja, não o faz apenas por tradição, mas porque reconhece que essa união tem um peso espiritual e social.”

O Padre usa uma metáfora poderosa para ilustrar o impacto da infidelidade: “É como

uma jarra de maçãs. Se uma começa a apodrecer e não for tratada, acabará por contaminar as outras. A infidelidade não fere apenas o cônjuge - fere os filhos, os pais, os amigos, toda a comunidade que apoia aquele casal.”

Fidelidade: uma escolha renovada todos os dias

Para o Padre Ricardo, a fidelidade não é apenas um valor cristão, mas um compromisso prático e quotidiano. “Amar alguém de verdade é saber proteger esse amor. É dizer todos os dias: eu escolho-te. Mesmo nas dificuldades. Mesmo quando a paixão esmorece. O casamento não é perfeito, mas é feito de duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir uma da outra.”

Ele recorda que o pensamento é muitas vezes o primeiro lugar onde a infidelidade germina:

“Quando a intimidade esfria, o coração começa a distrair-se com aquilo que não lhe pertence. A fidelidade começa na mente. É aí que se vence a primeira batalha.”

Um apelo pastoral e humano

Ao longo da conversa com Rómulo Ávila, o tom do Padre Ricardo Esteves é firme, mas nunca condenatório. A sua mensagem é de esperança e reconstrução.

“Não existe pecado que não possa ser perdoado. Mas é preciso querer mudar. É preciso assumir o compromisso de fazer melhor. Ser humano não é errar repetidamente. Ser humano é, apesar da nossa

fragilidade, escolher crescer.” A terminar, deixa um apelo sentido aos casais: “Cuidem um do outro. Escolham-se todos os dias. Não deixem que a rotina, a distância ou a tentação apaguem aquilo que foi selado com amor e bênção. O matrimónio é um milagre que se constrói com humildade, perdão e muita fé.”

Numa sociedade que cada vez mais banaliza os compromissos e idolatra o imediatismo, a visão da Igreja Católica, expressa pelo Padre Ricardo Esteves, resgata o valor do amor verdadeiro como decisão consciente, não como emoção passageira. A infidelidade pode ser uma ferida profunda – mas, para quem crê e ama, também pode ser o ponto de partida para um recomeço mais maduro e mais forte.

RMA/MS

Padre Ricardo Esteves. Créditos: DR.
Credito: DR

Adrenalina, culpa e traição

O que move a infidelidade e como superá-la

Angela Masuzzo é Assistente Social registada no Colégio de Assistentes Sociais e Serviços Sociais de Ontário, com prática na área da Psicoterapia e do Aconselhamento/ Terapeuta e Conselheira de Casal, prestando apoio a indivíduos, casais e famílias. É também Terapeuta Certificada em Hipnoterapia Clínica e Practitioner Certificada em Programação Neurolinguística. A sua abordagem é centrada na pessoa e assente em estratégias baseadas em evidência, como a Terapia Cognitivo-Comportamental, a Terapia Centrada na Solução e o Mindfulness, promovendo o bem-estar emocional e o equilíbrio nas relações.

MS: Na sua experiência, quais são as principais razões que levam uma pessoa a ser infiel numa relação?

Angela Masuzzo: Este é um tema polémico que gera muita discordância entre as pessoas. A infidelidade é uma experiência muito dolorosa e os motivos são complexos, podendo estar relacionados com o próprio relacionamento, o plano pessoal e circunstancial. Normalmente, incluem vários fatores, como, por exemplo, a falta de conexão emocional. Nesses casos, a pessoa procura noutras ligações a atenção e apreciação que não sente no relacionamento. Por vezes, também questões pessoais mal resolvidas, como baixa autoestima, experiências traumáticas ou mesmo alguma forma de abuso. A necessidade de intimidade, tanto emocional como física, por exemplo, insatisfação sexual, falta de comunicação entre o casal ou até a incapacidade de resolver conflitos de forma pacífica. Existem também casos em que algumas pessoas procuram uma aventura fora da relação para obter novas experiências e excitação, ou porque têm dificuldade em formar relacionamentos saudáveis que envolvam intimidade emocional.

MS: Que tipo de impacto emocional e psicológico costuma observar nas pessoas envolvidas numa situação de infidelidade, tanto no traidor como na pessoa traída?

AM: Existem vários impactos emocionais e psicológicos que afetam as pessoas que passam por esta experiência dolorosa e devastadora, com diversas consequências. Para a pessoa traída, o impacto pode ser maior, pois a confiança, o sonho e a segurança são quebrados e destruídos. Estes sentimentos tornam-se muito difíceis de ultrapassar, fazendo com que a pessoa não se sinta segura dentro do relacionamento. Na grande maioria dos casos, o casal perde a capacidade de comunicação e não consegue discutir o assunto de forma produtiva para reconstruir a relação, caso essa seja a vontade de ambos. Psicologicamente, a experiência da infidelidade pode desencadear uma descarga de emoções negativas, como ira, raiva, depressão profunda, ansiedade e até sintomas pós-traumáticos. Na minha experiência, há casos em que a pessoa começa a duvidar da sua própria identidade, culpa-se e questiona o seu valor enquanto parceiro ou parceira. É importante também considerar a sensibilidade da pessoa e o seu quadro psicológico no momento da experiência. Muitas vezes, o estado emocional e psicológico já está fragilizado, e a pessoa recorre a medidas mais drásticas como mecanismos de enfrentamento, como o vício em álcool, drogas ou comportamentos de risco. Para o traidor, por vezes, o arrependimento e a culpa permanecem por muito tempo, e a incapacidade de reconquistar a confiança da outra pessoa pode causar stress e ansiedade. A pessoa pode começar a questionar o seu próprio carácter e sentir-se menos valorizada devido aos seus atos. É importante considerar que quem procura relações fora do relacionamento pode também ter dificuldades em confiar plenamente nos parceiros. O medo da rejeição

pode ser um fator presente, especialmente se a infidelidade foi divulgada a familiares, amigos e, por vezes, aos próprios filhos.

Na minha experiência com casais, não é uma jornada fácil, mas é possível reconstruir a relação se ambos estiverem interessados. É aconselhável procurar ajuda profissional, quer para a reconstrução do relacionamento, quer para seguir a vida em frente.

MS: Acredita que, para algumas pessoas, a adrenalina do risco de ser descoberto pode funcionar como um incentivo à infidelidade?

AM: Sim, claro. Há pessoas predispostas a procurar essa adrenalina em outros relacionamentos, e para elas é algo excitante. Poderíamos dizer que, clinicamente, a euforia do excitamento está relacionada com a libertação de dopamina - um neurotransmissor e hormona responsável pelo prazer e recompensa.

Também existe a possibilidade de falta de controlo pessoal, em que a pessoa tem dificuldade em autorregular as emoções. A busca de validação, atenção e admiração que recebe do novo parceiro também pode ser um incentivo.

MS: Considera que a infidelidade pode tornar-se um comportamento compulsivo ou viciante, e se sim, como se pode tratar essa tendência?

AM: Sim, na minha experiência com terapia de casal, pode tornar-se um comportamento compulsivo e até viciante, pelos motivos já mencionados. Esse comportamento pode estar associado a quadros clínicos prévios da pessoa. Se analisarmos este contexto, podemos dizer que é necessário abordar cada caso cuidadosamente, explorando a causa do problema através da terapia para transtornos obsessivo-com-

pulsivos e, dependendo do caso, mesmo como um vício. Cada caso é extremamente único e não necessariamente se enquadra nestes parâmetros. Com um profissional da área, num espaço seguro, sem julgamentos e com comunicação honesta, a pessoa pode alcançar um autoentendimento, que permite implementar tratamentos como Terapia Cognitivo-Comportamental, Terapia de Solução, Terapia de Casal, acompanhados de algumas mudanças no estilo de vida. A pessoa pode aprender a estabelecer limites saudáveis na vida para evitar possíveis situações que levem a este comportamento. Cada situação é diferente, pelo que as sugestões de tratamento são muito individualizadas, de acordo com as circunstâncias específicas de cada caso e indivíduo. RMA/MS

cultura | tradição | histórias | lugares

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A infidelidade continua a ser um dos temas mais controversos e sensíveis nas relações amorosas. Numa era de redes sociais, estímulos constantes e ligações cada vez mais voláteis, trair tornou-se, para alguns, uma tentação difícil de resistir. Mas porquê? O que leva alguém a trair o parceiro? Será apenas insatisfação emocional? Uma busca por aventura? Ou até um vício emocional? Para compreender melhor esta realidade, saímos à rua e ouvimos a opinião de cinco pessoas com idades e experiências de vida distintas. Por razões óbvias, os nomes são apenas os primeiros.

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Acredita que a infidelidade pode causar danos irreversíveis nas vidas dos envolvidos?

Na sua opinião, porque é que as pessoas traem numa relação?

Penso que muitas pessoas traem porque não estão felizes ou realizadas na relação. Às vezes falta comunicação, carinho, atenção… e em vez de tentarem resolver, procuram fora o que sentem que falta em casa. Também há quem o faça por ego ou pela necessidade de se sentir desejado, o que revela um certo vazio interior.

Sem dúvida. A confiança é muito difícil de recuperar. Mesmo que a relação continue, fica sempre uma insegurança. E para quem é traído, pode afetar a autoestima durante anos. Pode também provocar traumas que se levam para relações futuras.

Acha que o risco de ser apanhado pode tornar a traição ainda mais apelativa para algumas pessoas? Infelizmente, sim. Há quem goste do perigo, da adrenalina, de sentir que está a fazer algo proibido. Para essas

Acredita que a infidelidade pode causar danos irreversíveis nas vidas dos envolvidos?

pessoas, esse risco é um incentivo, quase como se a traição fosse um jogo. É uma forma de fuga da rotina. Considera que é possível perdoar uma infidelidade e manter a relação?

É possível, mas não é fácil. Tem de haver muito diálogo, transparência e, acima de tudo, arrependimento verdadeiro. Só assim se pode reconstruir alguma coisa. E mesmo assim, exige um grande esforço emocional de ambas as partes.

planeada. Quem trai normalmente não pensa nas consequências até ser tarde demais.

Na sua opinião, porque é que as pessoas traem numa relação? Hoje em dia tudo é muito rápido. Há muita exposição, redes sociais, distrações... Acho que muitas pessoas acabam por trair porque não sabem lidar com a rotina ou com os desafios normais de uma relação a longo prazo. Também há quem traia porque simplesmente pode, sem pensar nas consequências.

Inês,

Na sua opinião, porque é que as pessoas traem numa relação?

Acho que há quem traia por impulso, outras por carência emocional. Também há quem o faça só por ego ou pela emoção do momento. Mas, no fundo, acho que é porque não valorizam realmente a relação que têm. Se valorizassem mesmo, não arriscavam perdê-la por uma aventura.

Sim. Sobretudo se houver filhos ou uma vida construída em conjunto. Pode destruir tudo. Mesmo que haja perdão, nunca mais é igual. As pessoas ficam marcadas, e isso nota-se depois no dia-a-dia, nos silêncios, nas dúvidas.

Considera que é possível perdoar uma infidelidade e manter a relação?

Na sua opinião, porque é que as pessoas traem numa relação?

Na maioria das vezes, é falta de respeito e maturidade. Em vez de resolverem os problemas, algumas pessoas preferem procurar outra pessoa e acabam por magoar quem está ao seu lado. Também pode ser por insatisfação contínua, mas isso não justifica.

Acha que o risco de ser apanhado pode tornar a traição ainda mais apelativa para algumas pessoas?

Sim, pode ser possível, mas duvido que volte a ser igual. O perdão pode vir, mas a confiança demora muito a voltar, se voltar. É como uma jarra partida, podemos colar os pedaços, mas as marcas ficam lá.

Na sua opinião, porque é que as pessoas traem numa relação? Na minha experiência, a infidelidade costuma vir de insatisfação, emocional, física ou até de autoestima. As pessoas não se sentem ouvidas, valorizadas, e em vez de procurarem reconectar-se com o parceiro, fogem. É uma atitude cobarde, no fundo.

Talvez para alguns. Mas acho que a maioria nem pensa nisso na hora. É mais impulso e egoísmo do que uma aventura

Acredita que a infidelidade pode causar danos irreversíveis nas vidas dos envolvidos?

Sim, acho que pode marcar uma pessoa para o resto da vida. Muitas vezes, quem é traído começa a duvidar de si próprio, sente-se trocado, inseguro. E isso pode afetar a forma como se relaciona com os outros no futuro.

Acha que o risco de ser apanhado pode tornar a traição ainda mais apelativa para algumas pessoas?

Sim, acredito que para algumas pessoas isso pode ser mes-

Acredita que a infidelidade pode causar danos irreversíveis nas vidas dos envolvidos?

Pode, claro. E não é só o casal. Muitas vezes há filhos, amigos ou até famílias que ficam no meio. O impacto vai além dos dois envolvidos. Pode mudar completamente a vida de todos.

Acha que o risco de ser apanhado pode tornar a traição ainda mais apelativa para algumas pessoas?

Não no meu caso, mas sim, há quem procure esse tipo de emoção. O perigo pode dar uma sensação de poder ou li-

Acredita que a infidelidade pode causar danos irreversíveis nas vidas dos envolvidos?

Sim, especialmente se houver amor verdadeiro. A traição quebra algo muito profundo, que é a confiança. E nem sempre é possível reconstruir isso. Mesmo quando há perdão, fica sempre uma sombra no relacionamento.

Acha que o risco de ser apanhado pode tornar a traição ainda mais apelativa para algumas pessoas?

Infelizmente, sim. Há quem confunda amor com adrenali-

mo o que as atrai. O desafio, o segredo, o medo de serem apanhadas… há quem viva disso. Mas também acho que é uma forma de compensar uma vida que consideram aborrecida.

Considera que é possível perdoar uma infidelidade e manter a relação?

Acho que sim. Já vi casos em que resultou. Mas é preciso muito trabalho dos dois, e o traidor tem de estar mesmo arrependido e disposto a mudar. E o traído tem de querer dar essa nova oportunidade, o que nem sempre acontece.

berdade. Mas é uma liberdade falsa, porque há sempre consequências.

Considera que é possível perdoar uma infidelidade e manter a relação?

Pessoalmente, não sei se conseguiria. Mas acredito que haja casais que consigam ultrapassar isso, com muita força e amor. Não é para todos. Tem de haver uma razão muito forte para ficar.

na. Mas isso normalmente vem de pessoas com problemas emocionais mal resolvidos, ou com uma visão imatura do que é uma relação.

Considera que é possível perdoar uma infidelidade e manter a relação?

Sim, mas só com muito esforço mútuo e se for mesmo um caso isolado. Repetição ou mentira prolongada torna tudo mais difícil de perdoar. Tem de haver verdade, arrependimento e vontade de recomeçar.

Marta, 38 anos
João, 42 anos
27 anos
Ricardo, 36 anos
Ana, 60 anos
Credito:

Mundo sem rumo

Já alguma vez se deitou e pensou no estado caótico do mundo? Nos últimos 5 anos não tem sido fácil. Um período pós-pandemia, numa sociedade que teima em se mostrar agressiva e menos “simpática” e/ou empática. Sinceramente, não me apetece lidar com este tipo de pessoas. Más, arrogantes e que nos poluem o ar que tentamos respirar. Vou ficar mesmo por aqui, não tenho muito a opinar, vou somente deixar uma sugestão.

Olá, bom dia, como estão?

Mais uma semana e, pronto, lá se vai o mês de julho. Just like that.

Cá estamos, num verão com calor e muitas coisas a acontecerem. Guerras sem fim, cheias, incêndios, terramotos, tsunamis... tanta coisa. Para onde rumamos? Mundo incerto, sociedade dispersa e a paz, essa é que não se vê ao fundo do túnel. Há uma incerteza no ar. Uma certa desconfiança humana. Para onde vamos, volto a questionar?

Pense que todos, mas todos, estamos a lutar com algo ou contra algo, seja lá o que possa ser. E, por vezes, uma palavra de bem, um abraço, uma mão esticada para ajudar quem possa estar no fundo de um poço, em termos emocionais, é o suficiente para iluminar o dia de alguém. Deixar o egoísmo de parte e tentar fazer o bem.

É o que é e vai valer sempre o que vale.

Até já, Cristina Da Costa

Aos sábados às 7:30 da manhã

Aos sábados às 10.30 da manhã e aos domingos às 10 da manhã

Esta semana

• Casa Feteira - Fomos visitar e provar o azeite da Casa Feteira.

• Visita Tecnica á Expofacic - Fomos conhecer o recinto da Expofacic antes da sua abertura.

• Rosa's Portuguese Kitchen - Rosa Ensina-nos como preparar Camarão á Brás.

• Sentir, Pensar, Agir - Rômulo Avila conversa com Marilia dos Santos.

• Pedro Chagas Freitas - A lição de vida e amor de Pedro Chagas Freitas em "Hospital de Alfaces".

• Sara Correia - Falamos com Sara Correia a força do novo fado.

• Fado Tv - Ouvimos o fado de Rui Neiva Correia e muito mais.

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Cristina da Costa Opinião

The fidelity of infidelity

Men aren’t naturally monogamous, but they are strategic. Commitment happens when what you have outweighs the thrill of variety. Infidelity is a taboo subject matter which is mainly associated with spouses’ reality of one another. However, in order to understand infidelity, it’s also important to understand fidelity. Allegiance, devotion, loyalty and piety are common synonyms of fidelity, and these terms reinforce faithfulness for a person, a cause or a belief by continuing to embrace support for the things we believe in but mostly associated with the act of a relationship between two people on the

opposite side of the spectrum. Infidelity, which can be applied to many actions but particularly to spouses or sexual partners is a form of cheating and is a violation of a couple’s emotional or sexual exclusivity that commonly results in feelings of anger, sexual jealousy and rivalry. The disruption of people’s lives by the act of an adulterous affair can have many implications and is often an unforgiven action. In a 2022 video, Andrew Tate stated that there is zero statistical advantage to getting married if you are a man in America today. I am not sure that this all-encompassing statement paints

a view of reality, but the bottom line is that most marriages end in divorce. He also believes that women are worthless anchors for a man because society looks at women as the weaker sex.

The result of a divorce due to infidelity financially ruins the life of one or the other partner, including exclusions from the children’s lives. Infidelity is a state of mind and experts suggest that both men and women become infidels because they are seeking a relationship, primarily sexual, that they can’t get at home. Reality is that marriages get tired and keeping love

fresh becomes a job rather than a pleasure. The recent example at the Coldplay concert where a CEO and CPO were having a good time dancing to the music, has become a shocking moment in the world of infidelity. But should we really be surprised at these occurrences? In a society where privacy is no longer existent if you are a cheat, how far should you go to protect yourself? Obviously going to a concert is not the way to do it. The trend in North America is to cheat both men and women because experiencing on the outside what you won’t get at home is adventurous and dangerous.

The reality is that the plurality of men and women are pessimistic about the institution of marriage, and the creation of a family. Perhaps the solution is for couples to self-examine the status of their love life and to work toward methods which will rejuvenate the hormonal fortitudes that each possess. To understand infidelity is complicated because society judges what infidelity is based on many parameters. Is the sexual act the only judgement on cheating or are there other aspects in your behaviour that can be considered cheating? The arbitrary level assumed by many would indicate that a simple look by a man or woman, which may appear innocent flirting can be considered infidelity. But is it? The foundation of a relationship is trust, thus the question becomes how much you trust your partner and if you don’t trust fully, why does the relationship still exist?

Trust is crucial for emotional security and stability. If this relationship component doesn’t exist, then how can you live with the resulting emotional turmoil. I often wonder how a man from Saudi Arabia with 7 wives can impart trust in every relationship. Infidelity is exactly what will destroy the world in the future.

High Infidelity

Penguins, Bald Eagles, Wolves, and even Termites, (to list but a few), belong to a special class of the animal kingdom. They are monogamous, creatures that mate for life. The Human animal doesn’t quite make it on the list, although many succeed, there are plenty that for one reason or another just can’t stick with the one. To be fair, up until 50 or 60 years ago, men seemed to have had a free pass to do whatever they wanted.

Kings of old were notorious for having habitual flings with whomever they chose, while the queens were forced to grin and bear it. With the passing of time, it seems that the ritual continued, but more hush, hush, because women began to empower themselves, and putting their foot down. Nowadays, infidelity

is frowned upon by society as a whole. It’s finally officially recognized as something you just don’t do to your partner. Since being recognized sometimes has no bearing on reality, the act of infidelity continues to flourish. The modern-day ramifications are more painful, particularly socially and economically; a separation can cause a great deal of damage to those involved. These days, we are all more aware of what’s going on around us, and savvy enough to know that there are many people out there with different views and different appetites. Having a brain capacity such as ours affords us varied emotions, imagination, and thus the capacity to fantasize. Various emotions could take us to the dark side. Depression, hate, love, have all been cited ad infinitum as reasons

for being unfaithful. As for other types of excuses: everything under the sun. Fact is that there are many people that will never be able to stay true to their word, in cases of infidelity. There are also couples who habitually seek different partners as a method of keeping their own relationships fresh. I would like to say that the natural order of things for us would be to find a life partner and stick with them, but there are just too many different brains out there to be sure. There are religions that permit, even promote multiple wives for men, which, in my opinion, further proves that we can be convinced of anything.

One thing I’m pretty sure of is that women and men today, are equally active in the cheating game, something you can see for yourself across all social media.

Some have turned the opportunity of catching their mate with another, by capturing it on video and putting it out there, which means now its entertainment. But, after all, there are many of us that do stay happily together for life, even if it’s not on the first try. Many of us stay hopeful and succeed. I am lucky enough to have a number of friends between the ages of 30 and 45, many of which are living with their partners, some with children, who are as dedicated to each other as anyone could be, so the future for this sector of the human race seems to have a bright future, in the matter of staying faithful, and more importantly, happy. After all, being unfaithful is usually a sign discontent.

Fiquem bem,

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Are you thinking of cheating?

Infidelity remains one of the most challenging and emotionally charged issues in romantic relationships. It often leaves deep scars, erodes trust, and can lead to the dissolution of partnerships. To better understand this complex phenomenon, it’s essential to explore what drives individuals to cheat, the role of modern technology, and the boundaries between fantasy and betrayal.

The motivations behind infidelity are multifaceted and can vary greatly from person to person. When individuals feel neglected, unloved, or undervalued in their primary relationship, they may seek affection and validation elsewhere. Unmet sexual needs or incompatibilities can lead some to seek fulfillment outside their partnership. Situations that present temptation, such as frequent social interactions with attractive others, can increase the risk of cheating. Some individuals may cheat due to a lack of commitment or a tendency toward impulsive behavior. Feeling of insecurity or a desire to boost self-esteem can drive someone to seek affirmation through extramarital or extradyadic encounters. In some cases, infidelity is a response to a partner’s prior betrayal or perceived wrongdoing.

Social media has revolutionized communication, making it easier to connect with others instantly. While it offers many benefits, it also introduces new challenges. Social platforms can enable clandestine conversations, flirtations, or emotional affairs that might be harder to conceal otherwise. Seeing attractive profiles, engaging in flirtations, interactions, or reconnecting with past lovers can tempt individuals to cross boundaries. The line between innocent online interactions and emotional or physical infidelity can become blurred, leading to misunderstandings or betrayals. Constant exposure to curated images and lifestyles can fos-

lying issue-like dissatisfaction or lack of commitment-still play a critical role.

The idea that maintaining a façade or living a “fake” life might be cheaper than ending a relationship is complex. Living dishonestly often entails significant emotional stress, guilt, and anxiety, which can be costly in terms of mental health. Maintaining secrets-such as secret com munications, hidden expenses, or separate lifestyles-can incur financial costs. The long-term damage to trust and intimacy can be irreplicable, leading to eventual breakup or divorce, which can be financially and emotionally taxing. Ending a relationship, while painful initially, often leads to eventual emotional relief and the opportunity for genuine happiness, albeit at an initial emotional or financial cost. Ultimately, living a lie may seem easier in the short term but often proves unsustainable and more costly in the long run. Authenticity and honesty tend to offer healthier path ways.

Fantasizing about infidelity is a common human experi ence, but whether it constitutes betrayal depends on the individual's boundaries and perceptions. Many people fantasize about others without acting on those thoughts. For some, this remains a private mental activity that does not harm the relationship. Infidelity typically involves actual behaviours-emotional or physic al-that violate agreed-upon boundaries. What counts as infidelity varies among couples. Some may consider emotional connections or even cer tain types of online interactions as betrayals, while others may not. The key issue is whether the be havior causes harm or breach of trust. Even if it’s only in the mind, unresolved fantasies might reflect underlying dissatisfaction or temptations that need addressing.

Infidelity is a complex interplay of personal, relation al, and societal factors. While social media and modern lifestyles have introduced new avenues for betrayal, the core issues often stem from underlying dissatis faction, unmet needs, or personal vulnerabilities. Understanding these dynamics can help couples

A wise old friend once told me that cheating is a lot of work, expense, and betrayal, all for fifteen minutes of pleasure. This expression has always resonated with me for its simplicity. Is that fifteen minutes of pleasure worth

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Manifesto por um novo patriotismo

Tenho orgulho no meu país. Nos que trabalham de sol a sol e nos que estudam a noite dentro. Nos que o constroem com as mãos, com a cabeça ou através da arte. Tenho orgulho no caminho que fizemos estes 50 anos, desde que despimos o manto negro da ditadura. Tenho orgulho na eletrificação e no saneamento básico, no SNS e na escola pública, no salário mínimo e na segurança social. Comovo-me de orgulho ao lembrar que a minha mãe nasceu num país onde não podia votar – e agora pode. Onde cada um pode amar, casar, procriar, adotar livremente, com quem quiser.

Tenho orgulho no meu país e nestes 50 anos de história. Orgulho no que conseguimos, sem garantias e sem heranças. Com décadas de atraso face a praticamente toda a Europa, tudo por decidir e tudo por fazer. Tornou-se moda agora dizer que "falham há 50 anos", que "não fizeram nada". Ganhou-se uma raiva a estes anos de liberdade. Ganhou-se até um certo nojo, com que políticos e comentadores se tentam desculpar, apresentando explicações e comiserações por não sermos um qualquer El Dorado. Estão seguramente assustados com as redes sociais, uma turba que ameaça deixar cabeças a rolar.

Estou farto de engolir em seco o orgulho que tenho no meu país. Estou farto que passem por patriotas aqueles que desfazem e desprezam tudo o que fizemos, tudo o que alcançámos e, sobretudo, tudo o que de nos livrámos – a miséria, a ignorância, o colonialismo. Estou passado que alguns se arroguem da bandeira para defender tudo menos o que é português – a exclusão, o ódio, o egoísmo. Estou já ansioso a antecipar quem fale dos mil e um problemas que ainda temos, como se houvesse país algum que não tem problemas, como se o orgulho no caminho tão longo e tão duro significasse esquecer, por um segundo, o tanto que ainda nos falta trilhar.

Estou farto que se confunda a melancolia do fado e a beleza da saudade com o culto de um povo eternamente triste e abandonado. Estou farto do constante maldizer dos velhos e novos "Velhos do Restelo". Saramago dizia que éramos "um povo de fogos de palha, ardemos muito, mas queimamos depressa." José Gil falava de um "medo de existir", onde nada do que acontecia se "inscrevia". Nós passámos estes 50 anos a voar e, por entre todo o bom e mau que nos trouxe, nada do bom se inscreve na nossa consciência ou na memória sequer. Tudo é dado por garantido e só restam as cinzas e as fornalhas do nosso ardor.

Vivemos tempos de uma extraordinária cobardia política. No meio das hipérboles do "nada fizeram" e companhia, anestesia-se o cidadão para o que se pode fazer e perde-se a capacidade de discutir as diferentes opções que pode haver. A sede de atingir o

"outro" é tanta que nos esquecemos de que estamos a atingir-nos a nós mesmos e a alimentar o monstro dos populismos. Acha-se que o nosso papel é governar a partir das perceções e não para as transformar, tornando assim igualdade em "ideologia de género" e integração em desregulação.

É preciso um novo patriotismo – progressista, inclusivo, democrático. É preciso dizer que quem quer mesmo a meritocracia não teme que os outros tenham as mesmas oportunidades que ele. É preciso assumir com clareza que, sim, os serviços públicos falham e têm de ser melhorados, mas fazem mesmo uma enorme diferença na nossa vida em sociedade. É preciso recordar que a nossa história foi e será feita de mulheres fortes e independentes, e um homem que não se aguente bem com isso, tem é de ser mais homenzinho. Ser patriota não quer dizer ignorar as nossas fraquezas. Implica, no entanto, olhar para elas com realismo e oportunidade. É preciso confrontar a justa revolta que os salários são baixos e as rendas altas com o discernimento de que fomos dos países da OCDE onde os salários mais cresceram mas também onde os preços da habitação mais aumentaram. É urgente reconhecer que isso deixou muitos aflitos do ponto de vista da largura da sua carteira. E os demais ficaram a achar que pouco ou nada tinham ganho com estes anos de suposto "crescimento acima da média da União Europeia", excedentes orçamentais e outras proezas.

É necessário percebermos que nos faltam casas, serviços e, por vezes, compreensão

Rui Miguel Tovar livro novo

social para tanto imigrante, mas que sem eles não eram só os campos, os barcos e as motas da Uber que ficavam sem gente. Nem tão só os restaurantes que tanto marcam a cultura portuguesa ou as fábricas que sempre nos fizeram falta. São também os lares, as creches, os autocarros. São as obras que fazem os lares, as creches, as casas ou as estradas por onde andamos nós e os autocarros.

Ser um patriota português tem de ser sobretudo não nos deixarmos enganar. Não deixarmos fazer pouco dos esforços dos nossos pais e avós ao longo destes 50 anos. Eles não falharam. O país não foi construído nem deixou de o ser por um bando, melhor ou pior, de políticos nas Assembleias, Governos e Câmaras. Foi feito por todos nós, médicos, advogados, professores, costureiras, pedreiros, operários, operadores de call center e engenheiros de software. E, sim, por políticos e políticas, por eleições e cidadãos. O progresso destes 50 anos desenha-se na cara do nosso território e nas rugas das nossas mãos.

E é, por isso, que sempre que nos disserem "falham há 50 anos", "não fizeram nada", todos – mas mesmo todos – os patriotas temos urgentemente de nos unir. De fazer tripas coração. Para resistir a essa mentira, explicar de queixo erguido e logo bradar aos céus: "Estes 50 anos valeram tanto a pena. Que tamanho orgulho de Portugal."

Sporting 366 dias de conquistas

A ideia deste livro de 408 páginas (edição Clube do Autor, capa António Pinto, revisão José Silva) é contar uma história feliz para o Sporting Clube de Portugal por cada dia do ano ou seja de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro.

Abre com o jogo de futebol em 1941 entre Unidos de Lisboa e S.C.P. (37) com quatro golos de Peyroteo, o jogador do planeta Terra com a melhor média de golos por jogo na História do Futebol e fecha com a vitória de Manuel Faria em 1956 na corrida de São Silvestre

em São Paulo (Brasil). Esta circunstância (Futebol -Atletismo) diz bem do ecletismo do Clube. Por uma lado a maior goleada do Campeonato de Portugal (1928), do Campeonato Nacional da 1ª Divisãp (1942), das competições da UEFA 1963), da Taça de Portugal (1971), da Supertaça (1982) e até da Taça da Liga (2017) mas esta não figura no livro. Por outro lado as Bolas de Ouro de Figo e Cristiano Ronaldo e as Botas de Ouro de Yazalde e Jardel. Sem esquecer os 41 títulos europeus (Futebol, Futsal, Hóquei em patins, judo, atletismo e goalball) além das 11 meda-

lhas olímpicas (2 de ouro, 7 de prata e 2 de bronze). Como convite à leitura uma citação do dia 14-12-1986: «É a maior goleada de sempre nos jogos entre eles., é um dia histórico e eterno.

Os jogadores do Benfica fecham-se em cada, os do Sporting festejam na discoteca Plateau – aí o melhor em campo é Meade, capitão da pista de dança e autor de um póquer (ou mais) em garrafas de champanhe». JCF

Miguel Costa Matos Opinião
Crédito: DR

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Viajar para descansar ou para acumular stress?

Muitas vezes, basta sonhar, tirar férias é bom para a saúde.

Augusto Bandeira Opinião

Meus caros, como estamos em época de férias, nada melhor do que sonhar com elas. Sim, porque no passado, quantas pessoas podiam tirar férias? Como os tempos mudaram! Antigamente, nem se falava em férias, enquanto hoje são planeadas com um ano de antecedência. No passado, sonhar com as férias já nos fazia felizes. Hoje, dizem que sonhar só aumenta ainda mais o stress das pessoas.

Atualmente, é quase obrigatório gozar férias. Além de descansarmos o cérebro, uns dias sem fazer nada ajudam a reduzir o stress. As vantagens de umas boas férias para a nossa saúde mental são claras, diminuem os níveis de stress. Quando estamos inativos, o nosso cérebro consegue "rever-

ter", pelo menos temporariamente, os efeitos do cansaço acumulado. Umas férias são, de facto, muito importantes para a saúde. Segundo especialistas, é possível atenuar os efeitos negativos do stress se as férias forem verdadeiramente eficazes. Para isso, é preciso desligar completamente do trabalho, evitar tarefas pendentes, não responder a e-mails, entre outras coisas. Só assim se consegue tirar real proveito das férias. Mas... quem é que consegue fazer isso nos dias de hoje? Na realidade, quase ninguém. Para o conseguir, seria necessário ir sem telemóvel e sem qualquer contacto com o que se deixou para trás. Estar longe de tudo e simplesmente desfrutar do espaço escolhido. Assim, pode-se descansar e contribuir para uma boa saúde. Há muitas formas de lazer fantásticas, mas, para descansar e aliviar o stress do dia a dia, nada como umas férias curtas, mas com qualidade. No entanto, muitos estão de férias e continuam cheios de stress. Em determinados

locais, nem são bem-vindos. Nos últimos anos, especialmente na última década e meia, as férias tornaram-se inegociáveis para muitas pessoas, e ainda bem! Mas as escolhas têm de ser feitas com cuidado. Caso contrário, pode-se chegar ao destino e ter de abandonar o local porque não se sentem seguros.

Vejamos o exemplo da ilha de Maiorca, em Espanha. Os residentes locais estão cansados de tanto turismo. O que para uns é em excesso, para outros é escasso. Em Maiorca, decidiram organizar manifestações contra o turismo. Estas manifestações têm assustado muitos visitantes, alguns decidiram ir embora, outros alteraram o destino que tinham escolhido. Quem tem beneficiado com isto? Portugal, como alternativa.

Mas qual será a razão destas manifestações? Não é fácil perceber, mas compreende-se o desespero das pessoas, aumento dos preços das casas, das rendas, dos res-

taurantes, entre outros. Tudo isso afeta os residentes. Como Maiorca tem sido um destino turístico muito procurado, em 2024 houve um aumento acentuado no custo de vida, que os locais não conseguem suportar. Por isso, têm protestado de várias formas, o que acaba por assustar os turistas. Chegam a erguer cartazes com frases como: "Voltem para casa", "A cidade não está à venda", "Aqui vivem pessoas”. Isto, obviamente, não é saudável e acaba por causar ainda mais stress a quem está de férias. As férias são consideradas um bem necessário e saudável, mas tudo depende de onde e com quem se passam. Faça férias. Mas escolha bem o local a visitar e, acima de tudo, descanse, porque o descanso não faz mal a ninguém. A quem está de partida de férias, boa viagem e aproveite!

Bom fim de semana!

Meu querido mês de agosto...

Credito: DR

Chegou agosto e, a par do que já acontecera em julho, a grande maioria dos portugueses a residir no estrangeiro volta a Portugal, para rever a família, mas também para usufruir do bom tempo e... das festas de verão. Compreendemos que cada vez mais o planeamento das férias dos portugueses coincide com festivais, romarias e festividades espalhados pelo continente e ilhas.

Estes eventos, “religiosamente” planeados, assumem um papel cada vez maior na economia. O sucesso destas demonstrações culturais e gastronómicas, mas na sua maioria de cariz religioso, depende da forma como conseguem fazer face às expectativas e experiências dos visitantes com a oferta de serviços e produtos cada vez mais diversificados, juntando o tradicional ao contemporâneo, o religioso ao profano, a música clássica aos grupos populares (com muito pimba), nunca descurando, nesta organização de eventos, as últimas tendências num ambiente em constante renovação e criatividade, satisfazendo, ou mesmo superando, as expectativas de quem viaja tantos quilómetros para visitar a terra natal, sejam jovens ou menos jovens.

Esta volta à casa dos portugueses está transformada numa verdadeira indústria de eventos que muito enriquecem a economia portuguesa.

Assim, será muito avisado que os organizadores dos eventos atrás referidos se adaptem continuamente a novas estratégias, para manter a sua qualidade num mercado muito competitivo, tornando-se necessário melhorar os serviços para júbilo dos milhares de emigrantes que todos os verões regressam a Portugal.

As comissões de festas, câmaras municipais ou associações organizadoras de eventos estão cada vez mais profissionais desde a criação de expectativas ao planeamento, execução e avaliação. Os visitantes são motivados para participar. Em contrapartida, nos locais onde estes portugueses

trabalham todo ano sente-se nestes meses um vazio cultural e festivo parecendo que tudo se transfere para aquele belo retângulo à beira-mar plantado, onde as paisagens “asfixiantes” e o bom sabor da comida nos deixam enfeitiçados e a desejar regressar com todas as forças, que cada um dos portugueses emigrados detém.

Cresci nas festas de Verão e vejo claramente aquilo que estas evoluíram. De dois dias, quase todas passaram para uma semana de festejos, onde ninguém dorme e a única coisa que interessa é usufruir o mais possível de tudo de bom que só o nosso Portugal nos pode dar. As marcas associam-se cada vez mais, tornando-se mesmo financiadoras de eventos. Só para termos uma noção do quanto estes eventos são importantes para a economia, no ano de 2020 (COVID) o cancelamento das ‘Festas” em Portugal resultou numa perda na economia portuguesa de milhões de euros. Cada português que vai de férias a Portugal gasta em média em cada “Festa” cerca de 500 euros (750 CAD). O “meu querido mês de agosto” é uma marca cada vez mais a explorar e uma grande ajuda ao Ministério da Economia e Finanças português. Desejo a todos os que estão por lá e aos que já voltaram, um excelente querido mês de agosto. E, se estiver por Portugal, visite Carlão (Vila Real) na semana de 14 a 20 de agosto, para viver as melhores festividades de Portugal .

“Meu querido mês de agosto Por ti levo o ano inteiro a sonhar Trago sorrisos no rosto Porque sei que vou voltar “ Dino Meira - Cantor popular português

Vítor M. Silva Opinion
(Ao meu irmão Paulo Silva - Comissão de Festas Nossa Sra. dos Remédios de Carlão)

José Luís Carvalho

Um paladino da cultura portuguesa em Andorra

Uma das marcas mais características das comunidades portuguesas espalhadas pelos quatro cantos do mundo é indubitavelmente a sua dimensão empreendedora e associativa, como corroboram as trajetórias de diversos compatriotas que criam empresas de sucesso e desempenham funções de relevo a nível cultural, social, económico, político e associativo.

Nos vários exemplos de dirigentes associativos e fautores da cultura portuguesa na diáspora, cada vez mais percecionados como um ativo estratégico na promoção e reconhecimento do país, tem-se destacado, ao longo dos últimos anos, o percurso singular de José Luís Carvalho em prol da portugalidade em Andorra.

Natural de Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha, José Luís Carvalho emigrou, no alvorecer da década de 1990, para Andorra, um pequeno principado independente situado entre a França e a Espanha, nas montanhas dos Pirenéus, com pouco mais de 80 mil habitantes, dos quais atualmente, cerca de 14% são portugueses.

Almejando melhores condições de vida e dotado de um espírito audaz, o emigrante ancorense, que tinha alguns familiares em Andorra, o que facilitou a integração no principado, começou a trilhar um percurso socioprofissional de sucesso como agente comercial de seguros. E, concomitante mente, como um dirigente associativo de

referência no seio do Grupo de Folclore Casa de Portugal, em Andorra, uma das mais dinâmicas agremiações luso-andorrenhas, do qual é também membro fundador desde os anos 90, e atualmente, diretor artístico e presidente da Casa de Portugal de Andorra.

No decurso das últimas décadas, o Grupo de Folclore Casa de Portugal, muito por causa da participação inspiradora e da direção comprometida de José Luís Caralho,

tem-se assumido no principado como uma genuína vitrina da cultura lusa, através da dinamização e preservação de tradições, danças e músicas, que têm fortalecido decisivamente os laços entre Portugal e Andorra.

Entre as várias atividades dinamizadas pelo Grupo de Folclore Casa de Portugal, no âmbito da preservação e divulgação da cultura popular lusa no principado andorrenho, destaca-se o Festival de Folclo-

re Ibérico – Principado de Andorra. Uma relevante iniciativa cultural, que ainda no passado mês de maio, por ocasião do 29.º aniversário da coletividade, congregou na 9.ª mostra deste evento ibérico, na cidade de Escaldes-Engordany, 150 folcloristas em Andorra. Na mesma esteira, evidencia-se o emblemático mercado tradicional, “O Feirão”, uma recriação tradicional dos antigos mercados minhotos, que no aclarar de julho, celebrou na Plaça Guillemó, no coração da capital andorrana, a sua 10.ª edição.

Paralelamente, à dinâmica associativa que muito tem incutido no Grupo de Folclore Casa de Portugal, em Andorra, igualmente manifesta na nova sede da coletividade, inaugurada no ano passado, no centro cultural La Llanterna na cidade de Escaldes-Engordany. O emigrante minhoto, que também é colaborador assíduo da imprensa de língua portuguesa na diáspora, foi entre 1997 e 2004, Membro do Conselho das Comunidades; entre 2004 e 2008, Conselheiro das Comunidades Portuguesas em Andorra; tendo em 2012, sido distinguido com medalha de mérito prateada pelo Município de Caminha.

O trabalho meritório e o contributo estruturante de José Luís Carvalho no fortalecimento dos laços culturais entre Por

Daniel Bastos Opinião

Um passatempo novo

José Alberto Postiga, in Caderno Íntimo de Ausência

No final do ano, é usual fazer-se um inquérito para se saber qual a palavra mais utilizada no decurso desse ano. Sei que apenas cumprimos pouco mais de meio ano, mas quase arriscaria dizer que a palavra mais dita e escrita no ano de 2025 tenha sido “imigração”. Tomou conta do discurso diário, quer em situações institucionais quer em informais conversas de café.

Viver em terra alheia implica sempre um corte com tudo quanto nos é familiar para ir em busca de uma vida melhor. Não é, nunca foi, uma decisão leviana, tomada de um momento para o outro, fruto de um qualquer humor instantâneo. Por isso, de cada vez que falamos de contingentes ou de quotas de regulação, é sensato pensar que por trás de cada núme-

ro está um rosto, seres humanos vestidos de sonhos e ambições. Os mesmos sonhos e ambições que nós, portugueses, carregámos nas trouxas com que nos metemos pelos atalhos da clandestinidade, em busca daquilo que o país nos negava. Está na moda atirar as culpas para a imigração de tudo quanto corre mal nos nossos quotidianos de infelicidade, tal como no passado arranjámos outros bodes expiatórios, sempre que o país passava por crises de natureza económica e social. Após a descolonização, por exemplo, ouviram-se vozes contra os retornados. Também se dizia que o país não tinha espaço para tanta gente que vinha roubar o emprego aos que cá estavam; que era gente bem mais libertina na forma de estar e de se vestir, que atentava contra os hábitos e bons costumes da nação. Já ninguém se lembra, pois não? A memória, além de curta, também é seletiva, recordando apenas o que lhe convém. Se recuarmos uns séculos, chegamos à Lisboa de 1506, marcada pelo que ficou conhecido por “Matança da Páscoa”, em que,

segundo relatos da época, foram mortos mais de 4000 judeus. E de que eram eles acusados? Da seca e da fome que assolavam o país. Durante três dias, assistiu-se a sucessivos massacres levados a cabo por populares, instigados (pasme-se) por frades dominicanos, que prometiam a absolvição dos pecados a quem matasse os “hereges”. Homens, mulheres e crianças inocentes queimados nas fogueiras improvisadas do fanatismo. Lemos e interrogamo-nos: “Dominicanos? Membros de uma ordem religiosa?”

Sim, tal como hoje, invocando o Santo Nome de Deus em vão! São os mesmos –católicos militantes, de missa dominical e cumpridores de promessas – que não sentem o mínimo de compaixão pela fragilidade da condição humana. Batem com a mão no peito para, logo de seguida, e de dedo em riste, apontarem culpas a terceiros –aos imigrantes. Não a todos, porque neste grupo não entram os que se movimentam com o maior à vontade nos circuitos financeiros dos vistos “gold”. A seleção é feita

juntando dois fatores - pobreza e cor da pele – que, conjugados, criam o apelo perfeito à perseguição. É, então, que a palavra “imigração”, carregada de ódio, se ouve de boca em boca, ou ilustra artigos de opinião, num passatempo novo - a caçada ao imigrante.

Nas redes sociais, prospera uma nova linguagem, eivada de insultos racistas e xenófobos, como dantes não se ouvia. Ela sempre existiu, mas vivia calada na vergonha do parecer mal. O que mudou foi a sua normalização. Ter ganhado o direito de ser dita, ouvida e aplaudida. Ter passado a fazer parte do discurso e comportamento públicos, à mesma velocidade com que as chamas se propagavam na cruz dos autos de fé para gáudio de uma população ululante que aplaudia.

Passaram-se séculos, mas o animal que habita em cada um de nós mantém-se igual a si próprio, não se tendo desviado um milímetro das marcas da barbárie.

É a “grunhice” a tomar conta da “gente de bem.” Habituem-se!

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Aida Batista Opinião

COMUNIDADE

Tourada à Corda leva alma terceirense ao Canadá e consagra talento de AJ Sampaio

Madeira Park, no Canadá, transformou-se num autêntico palco de cultura açoriana com a realização de uma tourada à corda à moda da Ilha Terceira, evento que atraiu uma multidão e encheu o recinto de emoção, tradição e juventude.

Oespetáculo começou com grande entusiasmo, marcado pela entrada de vacas e pela atuação corajosa dos jovens forcados, que arrancaram fortes aplausos ao enfrentarem os animais com determinação. Este momento inicial demonstrou que a tradição taurina da Terceira continua a inspirar as novas gerações da diáspora.

Rancho Províncias e Ilhas de Portugal

Logo depois, quatro touros da conceituada Ganadaria Canadiana animaram as ruas do recinto, proporcionando momentos de tensão e alegria ao desafiar os capinhas que, com destreza e bravura, cativaram o público. Um dos momentos mais aguardados foi o concurso de capinhas, que destacou o talento e a paixão pela tradição açoriana. O grande destaque da tarde foi AJ Sampaio, que conquistou o primeiro lugar com uma exibição marcada pela agilidade, firmeza e técnica. Filho de Sandra Sampaio, natural da Praia da Vitória, e de Armando Sampaio, do Porto Judeu, AJ representou com orgulho as raízes terceirenses, sob o olhar atento e emocionado dos seus pais.

RMA/MS

A competição contou ainda com brilhantes atuações de Roberto Romeiro, JJ Soares, Bruno Amarante e Tiago Capitão. Flávio Romeiro, embora não tenha competido oficialmente, impressionou com a sua presença e habilidade na arena. Numa demonstração de respeito e amizade, AJ Sampaio acabou por entregar simbolicamente o troféu a Flávio, num gesto que emocionou os presentes. O dia terminou em festa, ao som do DJ Ruben, que animou a noite com música, dança e convívio, encerrando a jornada em clima de celebração e união. Muito mais do que uma simples tourada, este evento foi uma vibrante manifestação da identidade terceirense além-mar, reforçando os laços culturais e emocionais da comunidade açoriana no Canadá.

Um dia à portuguesa: rancho celebra cultura e convívio em Milton

O Rancho Províncias e Ilhas de Portugal voltou a reunir a comunidade portuguesa num animado convívio de verão, com a realização da 14.ª edição do seu tradicional piquenique, que teve lugar no passado dia 26 de julho, na Windmill Farm, em Milton, Ontário.

Oevento, já enraizado no calendário das festividades da diáspora portuguesa na região, atraiu centenas de participantes de várias gerações para uma tarde recheada de gastronomia tradicional, música ao vivo e atividades para toda a família.

“Fazemos este piquenique uma vez por ano, com as nossas famílias, os nossos amigos. Passamos aqui uma tarde fabulosa, com boa comida, boa bebida e também boa companhia”, afirmou Norberto Paiva, presidente do rancho, visivelmente satisfeito com a forte adesão e o ambiente festivo que se viveu.

O cartaz do evento manteve os ingredientes do sucesso dos anos anteriores: a tradicional arrematação de animais, muito aguardada pelos mais entusiastas, e o saboroso churrasco que incluiu sardinhas assadas, bifanas, espetadas e outros petiscos típicos portugueses.

A animação musical esteve a cargo da Banda Portuguesa de Hamilton e da Ban-

da Filarmónica Lira Bom Jesus, dois nomes bem conhecidos e acarinhados pela comunidade luso-canadiana. As atuações dos ranchos folclóricos também deram brilho ao encontro, preservando e divulgando as tradições culturais das várias regiões de Portugal.

Para os mais novos, não faltaram atividades de lazer, como o insuflável e os passeios de carroça, que garantiram momentos de alegria e entusiasmo ao longo da tarde.

No encerramento do evento, Norberto Paiva aproveitou a ocasião para agra-

decer publicamente à comunidade pelo apoio constante, bem como aos patrocinadores e amigos do rancho, cujo contributo torna possível a realização de iniciativas como esta.

Com mais uma edição bem-sucedida, o piquenique de verão reafirma-se como um ponto de encontro imprescindível para a comunidade portuguesa em Ontário, onde se celebra o orgulho nas raízes, a união e a alegria de estar entre amigos.

Num tempo em que a distância do país de origem pode fazer esmorecer a ligação às

tradições, eventos como este mantêm viva a alma portuguesa, passada de pais para filhos com emoção, sabor e música. É nesse espírito de pertença e continuidade que o Rancho Províncias e Ilhas de Portugal, de Hamilton, se destaca: como um verdadeiro embaixador da portugalidade além-fronteiras, alimentando a memória coletiva e fortalecendo os laços de uma comunidade que, mesmo longe, continua a sentir Portugal bem perto do coração.

RMA/MS

Novo podcast apresentado por Rómulo Medeiros Ávila. Emitido às sextas-feiras. A vez da voz e dos rostos da comunidade, sem filtros!

Madeira continua entre as regiões mais caras para comprar casa

O mercado imobiliário português voltou a registar uma valorização em julho, com o preço médio de venda de imóveis a subir para os 420.000 euros, conforme indica estudo do Imovirtual.

Ao mesmo tempo, o valor médio das rendas aumentou para 1.350 euros, reforçando a pressão sobre quem procura casa, tanto para compra como para arrendamento.

A Madeira voltou a liderar em termos de valorização mensal, atingindo os 575.000 euros, o que representa um crescimento de 5% face a junho e uma subida expressiva de 20% em termos homólogos. Lisboa, Faro, Évora e Madeira continuam a destacar-se como algumas das regiões mais caras para adquirir habitação, refletindo uma tendência de valorização que se mantém persistente

JM/MS

Região adapta à realidade açoriana o regime de acolhimento familiar

A Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou o Decreto Legislativo Regional n.º 19/2025/A, que adapta à realidade açoriana o regime de execução do acolhimento familiar, medida de promoção dos direitos e de proteção das crianças e jovens em perigo, prevista na Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo.

Esta medida regula e enquadra as necessidades das crianças e jovens em situação de risco, bem como o papel das famílias que se disponibilizam para os acolher temporariamente.

A nova legislação regional introduz ajustamentos orgânicos fundamentais, transferindo competências e responsabilidades para estruturas regionais. Assim, as funções atribuídas ao Instituto da Segurança Social, IP, e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa passam a ser desempenhadas pelo Instituto de Segurança Social dos Açores (ISSA, IPRA). Do mesmo modo, os serviços dos ministérios da Educação e da Saúde são substituídos pelos departamentos correspondentes do Governo Regional. Um dos pilares desta adaptação é a criação de uma base de dados regional para a gestão das vagas em famílias de acolhimento, cuja responsabilidade cabe ao ISSA, IPRA, respeitando rigorosamente o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD).

O diploma define ainda as condições de candidatura para as famílias interessadas em prestar acolhimento. Para além dos requisitos nacionais já existentes, os candidatos nos Açores devem ter mais de 25 anos e dispor de condições adequadas de habitabilidade, higiene e segurança, a serem definidas por despacho do membro do Governo com competência em solidarieda-

de e segurança social.

O regime agora aprovado estabelece igualmente que as recomendações da Comissão de Acompanhamento e Avaliação das Medidas de Promoção e Proteção em Regime de Colocação serão aplicáveis à Região, com as devidas adaptações à realidade insular.

Esta adaptação normativa reflete o esforço do Governo Regional em desenvolver uma resposta mais eficaz e integrada para a proteção de crianças e jovens em perigo, num quadro legal próprio que valoriza a proximidade, o acompanhamento contínuo e a realidade social específica das nove ilhas açorianas.

AUTONOMIAS

Tradições do Vinho Madeira candidatas a Património Imaterial da Humanidade da UNESCO

No âmbito da programação do Bicentenário da Travessia da embarcação Restauration, iniciativa promovida pela Universidade da Madeira, em parceria com a Embaixada da Noruega, a SlowFood de Bergen, a Cátedra UNESCO do Património Cultural Imaterial da Universidade de Évora, IVBAM, Blandys eThe Views Hotels, entre muitas outras entidades, será realizado, amanhã, o Encontro Internacional, na Reitoria da UMa.

Neste evento, será apresentado o projeto HeViTOUR MAD, “centrado na valorização da viticultura heroica da Madeira”, divulgando que este candidatou as Tradições do Vinho Madeira à distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO.

De acordo com nota de imprensa enviada às redações pela MESA – Cultura Gastronómica, o heVITOUR MAD “é um projeto-piloto que explora uma nova modalidade de descoberta do destino, no âmbito do plano de salvaguarda das Tradições do Vinho Madeira enquanto Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Iniciado em julho de 2025, este projeto, desenvolvido por um consórcio de três centros de investigação (CITUR, ISOPLE-

XIS, CQM) da Universidade da Madeira, conta já com a participação de vários pequenos viticultores, que querem dar a conhecer as suas vinhas e partilhar o fruto do seu trabalho, sustentado em visitas às vinhas da Madeira “como uma oportunidade para praticar um turismo regenerativo integrado” e que “visa canalizar o crescente fluxo de visitantes da Madeira para o apoio direto aos pequenos viticultores, contribuindo para a preservação da atividade agrícola e do território”.

Quanto ao bicentenário da Travessia da embarcação Restauration, o evento celebra “não apenas uma ligação histórica entre a Madeira e a Noruega, mas também valores como a hospitalidade, o património vitivinícola e a sustentabilidade — princípios que se alinham com a identidade e missão turística da Ilha.

Nos próximos dias estão previstas duas mostras gastronómicas madeirense-norueguesas: Porto do Funchal e no Colégio dos Jesuítas. Ambas contam com a participação do Chef Bjarte Finne, figura destacada da gastronomia na Noruega, membro ativo do movimento Slow Food e embaixador de Bergen - Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO”, lê-se no comunicado. JM/MS

Governo e autarquias intensificam ações de limpeza de alga invasora

O verão de 2025 tem-se caracterizado negativamente pela presença considerável de algas invasoras nas zonas balneares e águas costeiras, com maior incidência nas ilhas de São Miguel, Faial e Pico, o que tem condicionado a ida a banhos, como a prática de alguns desportos náuticos. Também a actividade piscatória está a ser afectada.

Esta é uma situação recorrente nas costas das ilhas dos Açores desde 2019, ano em que, pela primeira vez, se registou a presença abundante da macroalga Rugulopteryx okamurae, originária das águas do Japão, China e Coreias. O combate a tal praga é encarado como urgente, tal as implicações nefastas que acarreta ao nível ambiental, por comprometer a biodiversidade dos ecossistemas marinhos, dado produzir substâncias que

afectam o desenvolvimento de outros seres. Também em termos económicos, a abundância da invasora nada tem de positivo, afectando directamente, não só a pesca, como a procura turística. Porém, trata-se de um problema de desconhecida, ou, pelo menos, difícil solução, conforme admitem cientistas e as autoridades com responsabilidade na matéria.

O Governo da República aprovou, há pouco dias, a Estratégia Nacional para a Gestão da Macroalga Invasora Rugulopteryx okamurae, iniciativa conjunta dos ministérios do Ambiente e Energia e da Agricultura e Mar. O plano de acção contempla medidas de monitorização, resposta operacional, valorização da biomassa, investigação científica e coordenação institucional, com o objectivo de mitigar os impactos ecológicos, sociais e económicos. Entre as medidas previstas estão a remoção

da alga em zonas críticas, o estudo da sua valorização para fins industriais ou agrícolas, a mobilização de equipas regionais de resposta rápida e a criação de uma base de dados nacional com registo georreferenciado da evolução da espécie.

Embora não esteja identificada uma razão específica para a intensificação da Rugulopteryx okamurae nos Açores, fenómeno que ocorre igualmente noutras regiões, como o Mediterrâneo, a Madeira, grande Lisboa (AML) e o Algarve, para alguns especialistas, o aumento das temperaturas dos mares, a intensificação do tráfego marítimo e das águas de lastro deverão estar na origem do fenómeno em apreço que, definitivamente, vem marcando, pelas piores razões, o presente Verão.

Credito: DR
Credito: DR
Credito: DR

Tribunal de Ontário anula plano do governo de Ford para remover ciclovias em Toronto

Um tribunal de Ontário considerou inconstitucional o plano da província para remover três ciclovias principais em Toronto.

Ojuiz decidiu na quarta-feira (30) que a organização Cycle Toronto e outros "demonstraram que a remoção das ciclovias em questão colocará as pessoas em maior risco de danos e morte, o que interfere com o direito à vida e à segurança da pessoa."

Em dezembro, advogados do grupo de defesa do ciclismo em Toronto e outros ciclistas pediram ao Tribunal Superior de Justiça de Ontário que anulasse partes de uma lei que permitia à província remover 19 quilómetros de ciclovias protegidas nas ruas Yonge, Bloor e University, substituindo-as por faixas de rodagem para automóveis. A província tem vindo a defender estas remoções como uma solução para a congestão rodoviária em Toronto, mas ciclistas e defensores da mobilidade sustentável argumentam que as ciclovias são essenciais para a segurança pública e que a sua eliminação não resolverá os problemas de trânsito.

O juiz Paul Schabas concluiu que a remoção das ciclovias não irá reduzir o congestionamento. Na sua decisão escrita, Schabas destacou provas periciais “que de-

monstram que as ciclovias, especialmente as separadas ou protegidas, reduzem a congestão do trânsito automóvel ao oferecerem um meio de transporte alternativo mais seguro para todos os utilizadores da via pública.” “As provas mostram que a reposição das faixas para carros não resultará numa diminuição do congestionamento, pois levará mais pessoas a optarem pelo uso do automóvel, o que fará com que qualquer redução no tempo de condução seja de curta duração — se é que acontecer —, e acabará por agravar a congestão,” afirmou o juiz na decisão.

Num comunicado, um porta-voz do Ministro dos Transportes, Prabmeet Sarkaria, afirmou que o governo irá recorrer da decisão. “Fomos eleitos pelo povo de Ontário com um mandato claro para restaurar faixas de trânsito e fazer com que os condutores possam circular, deslocando as ciclovias das vias principais para ruas secundárias,” disse Dakota Brasier à CBC News.

O primeiro-ministro Doug Ford comentou a decisão ao sair de um evento em Brampton, na tarde de quarta-feira (30). “Acredito, e o povo de Ontário acredita, que elege partidos para tomarem decisões — não elege juízes,” declarou Ford à CBC News.

CBC/MS

Milhares fazem fila para feira de emprego da CNE

Em criança, Edson Segawa pensava que conseguir um trabalho de verão seria mais fácil.

"Nos filmes e assim, parecia tudo tão simples, só entrar e conseguir o emprego. Eles queixavam-se de ter trabalho, mas agora é tudo o que eu quero", comentou. Segawa foi um dos milhares de jovens que na quarta-feira (30) fizeram fila no Enercare Centre, à procura de um emprego sazonal na Canadian National Exhibition (CNE).

Segundo a organização da feira, foram recebidas 54 mil candidaturas online para trabalhar no certame deste verão, um número recorde que reflete o estado atual do mercado de trabalho.

Dados do primeiro trimestre do Statistics Canada revelam que, excluindo o período da pandemia, os jovens canadianos entre os 15 e os 24 anos enfrentam atualmente a maior taxa de desemprego registada desde meados dos anos 90. Os mais afetados são os jovens que procuram o primeiro emprego após a graduação e os estudantes que tentam encontrar trabalho durante as férias de verão.

Todos os anos, a CNE organiza esta feira de emprego para recrutar trabalhadores para mais de 5.000 postos, incluindo funções como operadores de caixa, assistentes de loja, responsáveis por jogos, pessoal de restauração, operadores de diversões e guias informativos.

Ontário cancela oficialmente contrato de 100 milhões de dólares com a Starlink e recusa revelar custo para os contribuintes

O governo de Ontário cancelou oficialmente o contrato de 100 milhões de dólares com a Starlink, mas recusa-se a divulgar quanto custou aos contribuintes a rescisão do acordo.

Oministro da Energia e Minas, Stephen Lecce, não respondeu às várias perguntas feitas sobre o valor que a província terá de pagar à SpaceX, empresa de Elon Musk, pelo cancelamento do contrato. "Posso confirmar que cancelámos o contrato neste momento e estamos empenhados em apresentar alternativas à população de Ontário para garantir o acesso à internet", disse Lecce durante uma conferência de imprensa sobre outro tema.

A ministra das Infraestruturas, Kinga Surma, tinha anunciado o acordo no ano passado, com o objetivo de fornecer internet de alta velocidade a 15 mil residentes de zonas rurais e do norte de Ontário. O contrato, que deveria entrar em vigor em junho, cobria os custos de hardware e instalação, mas não os encargos mensais. Incluía também o acesso ao serviço Starlink

por comunidades indígenas remotas, como foi o caso da Primeira Nação de Pikangikum, onde um teste em 2020 demonstrou que o serviço funcionava em alta velocidade apenas 15 minutos após a entrega do equipamento.

A SpaceX ganhou o contrato depois de “uma avaliação técnica e financeira robusta, transparente, competitiva e justa, envolvendo várias partes qualificadas”, afirmou no ano passado Michael Lindsay, ex-CEO da Infrastructure Ontario.

O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, ameaçou cancelar o contrato em fevereiro, caso os Estados Unidos impusessem tarifas sobre produtos canadianos. Cumpriu a ameaça em março, quando o então Presidente norte-americano Donald Trump avançou com a imposição de tarifas. “Está feito, acabou”, disse Ford na altura. “Não atribuiremos contratos a pessoas que promovem e incentivam ataques económicos contra a nossa província... e contra o nosso país.”

CBC/MS

Polícia de Toronto oferece recompensa de 50 mil dólares por informações sobre o desaparecimento de menina de 8 anos em 1985

Quarenta anos após o desaparecimento de uma menina de oito anos, a polícia de Toronto e os seus entes queridos continuam à procura de respostas, agora oferecendo uma recompensa de 50 mil dólares a quem fornecer pistas que ajudem a encontrá-la. A polícia anunciou a recompensa esta quarta-feira (30), em frente ao mesmo prédio de apartamentos em Etobicoke onde Nicole Morin desapareceu a 30 de julho de 1985.

OServiço de Polícia de Toronto (TPS) afirma que a criança foi vista pela última vez por volta das 11h00 da manhã, quando saiu do apartamento onde vivia para ir nadar com uma amiga, mas nunca chegou ao encontro. "Não temos provas concretas. Depois de entrar naquele elevador, é quase como se tivesse desaparecido no ar", disse o sargento-detetive Steve Smith, do TPS.

"Estamos a esperar que esta recompensa leve alguém a dar-nos a dica que nos diga onde está a Nicole."

Smith afirma que a polícia realizou "uma das buscas mais extensas" da história da força policial de Toronto, mas continua sem conseguir localizar Morin, que hoje teria 48 anos. Os investigadores divulgaram uma imagem atualizada com projeção de envelhecimento, mostrando como Nicole poderá parecer em adulta. A recompensa monetária será válida durante um ano, atribuída a quem fornecer informações que

levem à sua localização. "É provavelmente um dos casos mais mediáticos de Toronto, senão do Canadá", afirmou Smith. Diz ainda que o caso "nunca foi esquecido" e apela a quem tiver qualquer informação que a partilhe com as autoridades.

Melissa Elaschuk, antiga agente da polícia, guarda ainda um negativo fotográfico de Nicole Morin como recordação da amizade que tinham em criança. Afirma que viviam no mesmo prédio quando Nicole desapareceu. "Não tenho a menor dúvida de que alguém sabe de algo", disse. "Não há informação insignificante." Na esperança de que Nicole esteja viva e sem memória do seu passado, Elaschuk deixou um apelo à sua "melhor amiga" em frente ao prédio onde ambas viviam. "Se achas que podes ser a Nicole, se não sabes qual é o teu passado, encorajo-te a aparecer, temos formas de confirmar a tua identidade", disse. Apesar de terem passado quatro décadas, a esperança de encontrar Nicole Morin mantém-se viva, diz Amanda Pick, diretora executiva da Missing Children Society of Canada. Conta que esteve envolvida num caso em que uma criança desaparecida foi localizada ao fim de 30 anos. "O tempo não apaga a esperança. Não pode. Temos de não só esperar, mas agir", afirmou. "Imagina que és a pessoa que pode ajudar a trazer uma criança desaparecida de volta a casa. Imagina que és tu quem tem a informação que pode trazer a Nicole de volta."

CBC/MS

Credito: CBC

Canadá pondera reconhecer o Estado palestiniano

O governo canadiano está a ponderar se deve reconhecer o Estado palestiniano e se esse reconhecimento deverá ser condicionado, segundo uma fonte governamental.

Ainda não foi tomada qualquer decisão, disse a mesma fonte, mas o primeiro-ministro Mark Carney deverá realizar uma reunião virtual do gabinete, durante a qual será discutida a situação no Médio Oriente.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou na terça-feira (29) que o Reino Unido reconhecerá um Estado palestiniano em setembro, a menos que Israel concorde com um cessar-fogo em Gaza, permita a entrada de ajuda humanitária da ONU e tome outras medidas com vista à paz duradoura. De acordo com o gabinete de Carney, os dois líderes falaram sobre a crise humanitária em Gaza e sobre a posição do Reino Unido relativamente ao reconhecimento do Estado palestiniano.

A França anunciou um plano semelhante na semana passada, mas sem impor condições. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que “não há alternativa” ao reconhecimento do Estado da Palestina e pretende oficializar esse reconhecimento na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

Questionado na semana passada sobre se

Trabalhador

seguiria o exemplo francês, Carney disse que o Canadá continuará a apoiar uma solução de dois Estados, com “uma Palestina livre e viável a viver lado a lado, em paz e segurança, com Israel.”

Dias depois, Ottawa anunciou um financiamento de 10 milhões de dólares destinado a apoiar os preparativos da Autoridade Palestiniana para liderar um país reconhecido globalmente, que inclua Gaza e a Cisjordânia. O governo federal anunciou ainda um reforço de 30 milhões de dólares na ajuda humanitária destinada aos palestinianos em situação desesperada na Faixa de Gaza. CBC/MS

migrante classifica proposta de aumento nas deduções para habitação como “crueldade”

Um trabalhador agrícola migrante em Ontário considera que há “crueldade” na proposta do governo federal que poderá permitir que os empregadores deduzam até 30% do rendimento dos trabalhadores para custos de habitação.

Aorganização Migrant Workers Alliance for Change partilhou com a Canadian Press um documento de consulta elaborado pelo Ministério do Emprego e Desenvolvimento Social do Canadá. O documento descreve possíveis regulamentações para um novo programa temporário destinado a trabalhadores agrícolas e da transformação do pescado.

Este novo programa incluiria autorizações de trabalho específicas por setor, permitindo que os trabalhadores temporários trabalhem para qualquer empregador qualificado numa área específica, em vez de estarem vinculados a um único posto de trabalho. De acordo com o documento, esta nova via só deverá estar ativa em 2027, na melhor das hipóteses.

No que toca a habitação, o documento propõe várias faixas de dedução que os empregadores poderão aplicar. No valor máximo, o governo considera uma dedução de 30% do rendimento bruto, o que re-

presentaria cerca de 1.000 dólares por mês, segundo o próprio documento.

Um trabalhador migrante da Jamaica, cujo nome não foi divulgado por receio de represálias, afirmou que, se esse valor máximo for aplicado, o seu salário semanal líquido de 600 dólares ficará ainda mais reduzido. “Parece que querem tornar o programa ainda mais difícil, porque se estou a trabalhar e me tiram tanto dinheiro, não terei nada para enviar para a minha família ou sequer para comprar comida aqui no Canadá e sobreviver.”

Num comunicado, o Ministério do Emprego e Desenvolvimento Social referiu ter feito uma “ampla consulta” sobre o novo programa, incluindo conversações com parceiros internacionais, representantes da indústria e organizações de apoio a trabalhadores migrantes, como a Migrant Workers Alliance for Change.

As consultas incluíram documentos sobre temas como cuidados de saúde, transporte fornecido pelos empregadores, salários e deduções. O processo de consulta já terminou, e os responsáveis federais estão agora a analisar o feedback recebido. CBC/MS

Banco do Canadá mantém taxa de juro nos

O Banco do Canadá manteve a sua taxa de juro nos 2,75%, citando a resiliência da economia apesar da atual guerra comercial global provocada pelos EUA.

Ogovernador Tiff Macklem afirmou, em declarações preparadas, que a decisão do conselho de administração resultou de “um claro consenso”. Num contexto de considerável incerteza comercial, a economia canadiana ainda não apresentou uma deterioração acentuada perante as tarifas impostas pelos EUA, e a inflação subjacente continua teimosamente elevada.

Esta decisão surge após o banco ter optado por manter as taxas inalteradas em abril e junho, também devido à incerteza global relacionada com as tarifas comerciais. A decisão esteve alinhada com as previsões dos economistas nos dias que antecederam o anúncio.

O Banco do Canadá reduz a sua taxa de referência quando pretende estimular a economia, mas mantém os custos de financiamento elevados quando está preocupa-

2,75%

do com uma possível subida da inflação. Macklem afirmou que os acordos comerciais recentemente alcançados entre os EUA e outras potências mundiais reduziram o risco de uma “guerra comercial global severa e em escalada”, e que o impacto, até ao momento, tem sido menos grave do que inicialmente se temia. Apesar da resiliência da economia, Macklem referiu que a possibilidade de uma descida da taxa de juro no futuro continua em aberto, caso se revele necessário.

O governador referiu que o Banco do Canadá irá monitorizar o impacto das tarifas na atividade empresarial, na procura pelas exportações canadianas e se os custos acrescidos decorrentes dessas tarifas sobre as importações estão a ser transferidos para os consumidores.

Embora a inflação geral tenha subido para 1,9% em junho, o Banco do Canadá estima que a inflação subjacente ronde os 2,5%, quando se excluem fatores voláteis e alterações fiscais que distorcem os dados. CBC/MS

Sem planos para renovar financiamento de programas de “distribuição segura”

Dezenas de programas-piloto de distribuição segura de substâncias perderam o financiamento federal no início deste ano, e Ottawa afirma agora que não há planos para retomar esse apoio financeiro. Desde 2020, a Health Canada financiava 31 programas em todo o país que forneciam opiáceos prescritos como alternativa para pessoas com dependência.

Acrise das overdoses tem devastado o Canadá ao longo da última década. Segundo dados da Saúde Canadá, mais de 52 mil pessoas morreram de sobredosagem aparente por opiáceos desde 2016, sendo que quase três quartos dessas mortes envolveram fentanil. De acordo com a agência, basta alguns grãos de fentanil para matar uma pessoa.

O objetivo dos programas de distribuição segura é oferecer alternativas farmacêuticas seguras às drogas ilíci-

tas de rua, como o fentanil. Nos últimos anos, também tem havido relatos de que os opiáceos ilícitos estão cada vez mais misturados ou contaminados com outras substâncias, incluindo drogas não destinadas ao consumo humano, como o tranquilizante animal xilazina, tornando o consumo de rua ainda mais perigoso.

O financiamento federal terminou em março, mas a Health Canada afirmou num comunicado, que “neste momento, não há planos para retomar projetos anteriores ou financiar novos projetos de alternativas prescritas”.

Questionado sobre se os Liberais estão a considerar novo financiamento para programas de distribuição segura, o porta-voz da ministra da Saúde, Marjorie Michel, não respondeu diretamente à pergunta, mas afirmou que existem “muitas formas” pelas quais o governo está a responder à crise de sobredosagens. CBC/MS

Credito: CBC

PORTUGAL PORTUGAL

Diálogo aberto entre PS e Governo, mas há linhas vermelhas

Após ter desafiado, em julho, Luís Montenegro a alcançar um acordo estratégico sobre Defesa com o PS, José Luís Carneiro voltou à carga e disse, na quarta-feira (30), que o primeiro-ministro tem de ser claro sobre o diálogo com os socialistas. Deverá acontecer um novo encontro em setembro, para continuar a "conversa muito construtiva", iniciada no Palácio de São Bento, em Lisboa.

"Foi transmitido ao senhor primeiro-ministro que, se quer o diálogo com o PS, é com o PS que deve dialogar", referiu José Luís Carneiro aos jornalistas, após uma reunião de cerca de duas horas com Luís Montenegro. O secretário-geral terá apresentado várias propostas ao primeiro-ministro, nomeadamente na área da Defesa. De recordar que, em julho, o líder do PS enviou uma carta a Montenegro a pedir a abertura de um diálogo institucional entre Governo e socialistas, para alcançar um "Acordo Estratégico para um Plano de Desenvolvimento Nacional e de Capacitação da Defesa", em três meses.

Agressão

Detidos

seis

O secretário-geral do PS admitiu, no final da reunião, que "há matérias para o consenso e há matérias para o dissenso". Uma das "linhas vermelhas" dos socialistas ou, pelo menos, um dos temas de maior discórdia será a lei de estrangeiros, aprovada pelo PSD, CDS-PP e Chega, mas que tem gerado muitas críticas, não só da Esquerda, mas também de organizações da sociedade civil. O próprio presidente da República enviou o diploma para a fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional.

"Foi uma conversa muito construtiva e voltámos a reiterar a vontade de manter este diálogo, muito particularmente para alturas de setembro, em que teremos que abordar também algumas destas matérias e outras matérias que, entretanto, virão a estar no centro das nossas preocupações políticas", disse José Luís Carneiro.

Também o presidente do Chega referiu que tem conversas agendadas com Governo em setembro.

JN/MS

rapazes

que

agrediram jovem com pontapés na cabeça em Paredes

A GNR deteve em Freamunde, Paços de Ferreira e Penafiel, seis rapazes, de 16 a 19 anos, que, em julho, agrediram a murro e pontapé um jovem, de 18 anos, na estação de comboios de Paredes. Além de ofensa à integridade física qualificada, estão indiciados pelo roubo de um chapéu, entretanto recuperado, e de um casaco da vítima. Um sétimo suspeito, de 19 anos, foi identificado, mas não detido pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal, por ter fugido para França.

Oespancamento, a 19 de julho, foi filmado e tornou-se viral nas redes sociais. Ao visualizá-lo, a mãe da vítima identificou o filho e queixou-se à GNR. As imagens começam por mostrá-lo junto a um dos bancos da estação, a ser agredido a

murro. Logo a seguir, aproximam-se mais três jovens, que também desferem diversas pancadas, sobretudo na cabeça. A vítima dá alguns passos, cai e, já no chão, é atingida a pontapé pelo grupo.

Os golpes são dirigidos a diversas partes do corpo, mas com particular incidência na cabeça. Aliás, o último pontapé é desferido, por um dos jovens, diretamente na cabeça da vítima, deixando-a visivelmente atordoada. Esta, ao tentar levantar-se, cambaleou até conseguir sentar-se num banco da estação. Mas, mesmo em dificuldades, o rapaz voltou a ser atacado pelo primeiro agressor, que gritava: "A raça de Penafiel sou eu".

Os detidos foram constituídos arguidos.

Nacional

Pais não vão poder recusar trabalho ao fim de semana

Os trabalhadores com responsabilidades familiares vão deixar de poder recusar horários em que tenham de laborar de noite, aos feriados e aos fins de semana, caso avance a alteração proposta pelo Governo no anteprojeto de reforma laboral, que ainda terá de ser negociada na Comissão da Concertação Social.

Até agora, os trabalhadores que têm filhos até aos 12 anos, ou com deficiência, ou com doença crónica, podiam ter horário flexível, evitando trabalhar à noite, aos feriados e fins de semana, que são os períodos em que não têm onde deixar os menores.

Segundo a proposta do Governo, o horário flexível continua a ser feito pelo patrão, sob proposta do trabalhador (isto é novo), mas passa a ter de se adaptar "às formas especiais de organização de tempo de trabalho que decorram do período de funcionamento da empresa ou da natureza das funções do trabalhador", lê-se no anteprojeto, que especifica que esta adaptação acontece "em caso de trabalho noturno ou prestado habitualmente aos fins de semana e feriados". Ou seja, nos casos em que o período normal de trabalho já implicava a laboração ao fim de semana ou à noite, o

Economia

horário flexível terá de ser desenhado dentro deste limite. Pode, por exemplo, trabalhar menos noites ou fins de semana do que num horário normal, mas deixa de os poder evitar como até agora acontecia. Na base desta proposta de alteração, está a intenção de impedir que o trabalhador passe a ter um horário rígido (por exemplo, das 9 horas às 17 horas) quando assinou com a empresa um contrato que visa trabalho noturno, aos feriados e fins de semana. Desta forma, o Ministério do Trabalho entende que este regime é mais equilibrado, pois impede que o trabalhador altere de forma unilateral o horário de trabalho. O Ministério pretende ainda proteger os outros trabalhadores que não são pais, mas que eram obrigados a trabalhar naqueles períodos para compensar quem estava em horário flexível.

A coordenadora da Comissão para a Igualdade da CGTP-IN, Fátima Messias, diz que a alteração é "um grande retrocesso para os direitos das crianças", mas também para mães e pais "que não têm onde deixar as crianças": "O Governo devia zelar pelo superior interesse das crianças e não pelo superior interesse das empresas".

JN/MS

Estado regista excedente de 2008 milhões de euros até junho

O Estado registou um excedente de 2.008,6 milhões de euros até junho, uma melhoria de 4.680,6 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior. "O saldo global das Administrações Públicas (AP) registou, no primeiro semestre de 2025, um excedente de 2008,6 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 4680,6 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior (que apresentou um défice de 2672 milhões de euros), justificado por um crescimento da receita (13,9%) superior ao da despesa (4,5%)", lê-se na síntese de execução orçamental divulgada, esta quarta-feira, pela Entidade Orçamental, antiga Direção-Geral do Orçamento (DGO).

Osaldo primário situou-se em 5733,8 milhões de euros, mais 4716,2 milhões de euros. Segundo o documento, o aumento da receita em 13,9% tem em conta o desempenho da receita fiscal e

das receitas contributiva e não fiscal e não contributiva. Por sua vez, a despesa primária ascendeu 4,8%, com os acréscimos nas despesas com o pessoal (8,5%), das transferências (3%) e do investimento (15,6%). O saldo das Administrações Regional e Local (ARL) situou-se nos 526,3 milhões de euros, mais 58,5 milhões de euros face ao ano passado. Na Administração Regional, o saldo foi negativo em 192,4 milhões de euros, um decréscimo de 69,5 milhões de euros. Já na Administração Local, o saldo situou-se em 718,7 milhões de euros, um aumento de 128 milhões de euros relativamente ao mesmo período de 2024. Em comunicado, o Ministério das Finanças disse que a execução orçamental reforça "a confiança do executivo de que o país atingirá um excedente orçamental este ano, em contabilidade nacional, em torno dos 0,3% do PIB" (Produto Interno Bruto).

Credito: JN

Está a chegar a nova forma de viajar na Europa

O novo sistema digital de entradas e saídas de estrangeiros na União Europeia (UE) começará a funcionar em 12 de outubro em 29 países, incluindo Portugal.

Oobjetivo é que os dados biométricos substituam gradualmente o atual carimbo de passaportes. Assim, os estados-membros da UE começarão a introduzir gradualmente o sistema ao longo de um período de seis meses. "As autoridades fronteiriças irão, progressivamente, registar os dados dos nacionais de países terceiros que cruzem as fronteiras. No final deste período, o sistema estará plenamente operacional em todos os pontos de passagem fronteiriça, em abril de 2026", explicou a Comissão Europeia.

O Sistema de Entrada/Saída (SES) é um sistema informático automatizado de registo de nacionais de países terceiros que viajam para estadas de curta duração (até 90 dias), sempre que atravessam as fron-

teiras externas de qualquer um dos países europeus que o utilizem. Recolherá dados biométricos, como impressões digitais, imagem facial e outras informações de viagem, substituindo gradualmente o atual sistema de carimbo de passaportes. "Irá modernizar e melhorar a gestão das fronteiras externas da UE e fornecer dados fiáveis sobre as passagens de fronteira", referiu Bruxelas.

Além disso, passará a ser possível detetar sistematicamente permanências superiores ao permitido e casos de fraude documental e de identidade. "O novo sistema cumpre os mais elevados padrões de proteção de dados e privacidade, garantindo que os dados pessoais dos viajantes permanecem protegidos e seguros", garante a Comissão Europeia.

O SES vai abranger 29 países, incluindo os da UE e associados a Schengen, o espaço europeu de livre circulação.

Brasil

Amazon vai pagar 17 milhões de euros ao "New York Times" para usar artigos para treinar IA

A Amazon concordou em pagar ao "The New York Times" (NYT) pelo menos 20 milhões de dólares (17 milhões de euros) anuais pelo acesso a artigos e conteúdos jornalísticos para treinar os seus modelos de inteligência artificial (IA).

Como parte do acordo, que tinha sido anunciado em final de maio, o NYT permitirá à gigante tecnológica liderada por Jeff Bezos usar conteúdos do jornal, da sua publicação de culinária (NYT Cooking) e do seu parceiro desportivo The Athletic para alimentar as suas ferramentas de IA.

Na prática, isso irá permitir a possibilidade de visualizar resumos em tempo real e partes de artigos do "The New York Times" em serviços e plataformas da Amazon, incluída a assistente virtual Alexa, assim como a capacitação de outros modelos criados pelas empresas de Bezos, que detém também o "The Washington Post", concorrente direto do NYT.

Esta é a primeira vez que o "New York Times" chega a um acordo de licença centrado na tecnologia de IA generativa.

Para o NYT, 20 milhões de dólares representa aproximadamente 1% do orçamento operacional da empresa em 2024, de acordo com o "The Wall Street Journal". O acordo parece marcar uma mudança de estratégia do título nova-iorquino relativamente à IA. Em 2023, o grupo de media processou a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos de autor, acusando as tecnológicas de utilizarem milhões de artigos publicados pela icónica publicação para treinar os seus "chatbots" sem qualquer compensação financeira.

Vários media norte-americanos e europeus, como "Le Monde" (França) e "Prisa Media" (Espanha), chegaram a acordos de conteúdos com a OpenAI para os próximos anos.

Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa a imposição de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, naquela que representa mais uma escalada da Casa Branca contra o Governo de Lula da Silva. "O presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos", lê-se no documento.

Uma das justificações é a acusação de golpe de Estado a Jair Bolsonaro, aliado político de Donald Trump. "A perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares dos seus apoiantes constituem graves abusos de direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil", indi-

cou. Outro dos argumentos para as tarifas foi a decisão, em meados de junho, pela maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, de que as plataformas de redes sociais são responsáveis pelo conteúdo ilegal partilhado pelos utilizadores. Plataformas como X, TikTok, Instagram ou Facebook devem agora remover imediatamente conteúdo ilegal, como, por exemplo, aquele que defende terrorismo, pornografia infantil ou incita ao ódio, sem esperar pela decisão de um juiz. "O Supremo Tribunal Federal [STF] mostrou ao mundo que, pelo menos no Brasil, a internet não é uma terra sem lei", afirmou o juiz Alexandre de Moraes, durante um discurso na Aula Magna, no Fórum Lisboa, que se realizou em junho.

"Recentemente, membros do Governo do Brasil tomaram medidas sem precedentes para coagir, de forma tirânica e arbitrária, empresas norte-americanas a censurar discurso político, desativar contas, entregar dados sensíveis de utilizadores norte-americanos ou alterar as suas políticas de moderação de conteúdos, sob pena de mul-

tas extraordinárias, processos criminais, congelamento de bens ou exclusão total do mercado brasileiro", lê-se na Ordem Executiva assinada por Trump.

Paulo Figueiredo, brasileiro com nacionalidade norte-americana e radicado no país, neto de João Figueiredo, último Presidente da ditadura militar do Brasil é também mencionado no documento. "Além de encarcerar pessoas sem julgamento por publicações nas redes sociais, o juiz de Moraes está atualmente a supervisionar o processo penal do Governo do Brasil contra Paulo Figueiredo, um residente nos EUA, por declarações feitas em solo norte-americano", lê-se.

Poucas horas antes da oficialização das tarifas, os Estados Unidos impuseram a Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes, dispositivo que impõe sanções económicas por violações graves contra os direitos humanos ou corrupção. "Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil", frisou, em comunicado, o secretário do Te-

souro dos EUA, Scott Bessent, referindo-se à acusação de tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e à batalha do juiz contra a desinformação nas plataformas das 'big techs'. As sanções anunciadas bloqueiam os possíveis bens e propriedades de Alexandre de Moraes nos Estados Unidos e proíbem os cidadãos norte-americanos de realizarem com ele qualquer transação e surgem depois do juiz ter decretado várias medidas cautelares a Bolsonaro, como o uso de pulseira eletrónica, a proibição de utilizar redes sociais e ainda recolher obrigatório noturno.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente brasileiro, que se encontra nos Estados Unidos a articular e fazer 'lobby' para a imposição de sanções contra o Brasil reagiu nas redes sociais declarando que estas sanções representam "um marco histórico e um alerta: abusos de autoridade agora têm consequências globais".

Credito:
JN

O verão chegou em força a Toronto e ao sul de Ontário, com dias longos, quentes e húmidos. E não há melhor forma de celebrar a estação do que com um gelado bem cremoso na mão. Versátil e sempre bem-vindo, o gelado pode ser uma sobremesa deliciosa, um lanche refrescante ou simplesmente um pequeno prazer para melhorar o dia. Quando preparado com ingredientes de qualidade e consumido com moderação, pode até dar um impulso extra de energia e boa disposição.

Quando sabe melhor?

Após as refeições: Ideal como sobremesa, especialmente depois do jantar.

Em dias quentes: Refrescante e saboroso, perfeito para saborear ao ar livre.

Toronto é uma das cidades mais multiculturais do mundo, e isso reflete-se de forma evidente na sua oferta de gelados. Cada gelataria conta uma história: sabores tradicionais com influências de todos os continentes, receitas reinventadas ou misturas inesperadas que só poderiam nascer numa cidade tão diversa.

Seja num cone estaladiço ou numa taça elegante, Toronto oferece uma verdadeira volta ao mundo dos sabores com gelados que vão do clássico ao criativo, do familiar ao exótico. Do bairro mais tranquilo ao centro mais movimentado, há sempre uma gelataria à espera de ser descoberta. Com tantas opções únicas, o desafio está em escolher apenas um sabor. Selecionar os melhores sítios para comer gelado em Toronto não é tarefa fácil mas deixamos aqui algumas sugestões para começar esta deliciosa viagem.

Crónica Desportiva

Nesta que é a minha primeira crónica para o Milénio Stadium, apraz-me em primeiro lugar agradecer o convite, que muito me honrou e que tudo farei para corresponder.

Na semana passada, mais precisamente no dia 22 de julho, José Mourinho deu uma entrevista aberta e franca ao Canal 11, da Federação Portuguesa de Futebol. Na entrevista falou da sua carreira e tocou num ponto que considero ser bastante esclarecedor do nosso futebol atual e tudo o que o rodeia. Sobre o mercado, no caso mais concretamente no mercado de treinadores, Mourinho afirmou que atualmente um treinador é contratado mais pelo potencial, aferido através de estatísticas e dados, do que pelos resultados. Deu, inclusivamente, o exemplo da época em que assinou pelo Chelsea. Naquela época, entraram apenas dois treinadores para a Premier League: Rafa Benítez e José Mourinho, que haviam sido vencedores da Liga dos Campeões e da Taça UEFA. Hoje, 20 anos depois, entram treinadores na Premier League, que é considerada de forma quase unânime o

afirmar do mercado de atletas, onde mui tas vezes são investidos milhões de euros num atleta não conhecido pela generalida de dos adeptos do desporto-rei, mas onde são contratados, não por aquilo que já fi zeram e mostraram, mas por aquilo que as estruturas acham que podem vir a dar. Claramente este é um modelo de gestão que foi sendo implementado pelos agentes que são quem mais tem a ganhar com este tipo de negócio com as suas comissões. Nes tes moldes, o risco de falhar a aposta é muito maior e depois entramos numa roda viva de aferição de responsabilidades e demissões em catadupa!

Sobre o mercado de transferências, há dois dossiers em específico que gostaria de falar um pouco: Viktor Gyokeres e João Fé lix. Acompanhei ambos os processos e tenho uma visão diferente daquela que tem sido a generalidade. Sobre Gyokeres, mesmo após insistência e comunicações escritas por parte da entidade patronal, não compareceu aos trabalhos da mesma de forma unilateral. No seguimento, o Presidente do Sporting, juntamente com a restante estrutura, entendeu não pagar o ordenado de julho ao atleta por ele não ter comparecido, algo que foi muito aplaudido pela coragem, audácia e demonstração de pulso firme por parte do clube. A minha questão é: não deveria o clube ter ido mais além? Não deveria ter, por exemplo, exigido uma qualquer in-

Se um qualquer trabalhador noutra área de atividade não se apresentar ao serviço, concerteza que não será apenas o não pagamento do tempo em que não compareceu a única medida adotada pelo empregador. No final de contas, e uma vez mais o atleta levou a melhor. Já sobre João Félix, temos um caso de um atleta que aos 19 anos teve uma transferência por valores estratosféricos para o Atlético Madrid e que desde então nunca se conseguiu consolidar nos clubes para onde foi contratado. Começa bem, tem boas exibições, e depois apaga-se e não mais é aposta. Teve oportunidade de voltar ao seu berço, onde teria o contexto ideal para recuperar o seu futebol, mas optou por rumar à Arábia Saudita, para trabalhar com Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo. Na minha ótica foi uma má escolha de carreira para o atleta, mas são opções que

COMEÇOS, NOVAS OPORTUNIDADES.

Com mais de 10 anos de experiência a ajudar a comunidade imigrante a construir uma nova vida no Canadá, Diane Campos dá agora início a um novo capítulo com a criação da Campos Immigration Consultancy Inc.

Desde vistos temporários a residência permanente e cidadania, oferecemos orientação personalizada, profissional e dedicada a cada etapa do processo. O nosso compromisso é consigo — com o seu futuro, a sua família, e os seus sonhos.

telar. Este tem sido um expediente utiliza do pelos clubes portugueses para suspender castigos de atletas, com recursos e mais recursos suspensivos, deixando cair os mesmos em jogos de menor importância. Deste vez foi o Sporting, mas de outras vezes foi o Benfica ou Porto a usarem este expediente. Como as modalidades também merecem a nossa atenção, no ciclismo tivemos a vitória do Tour por Pogačar, a quarta da sua carreira. No futsal, os mercado já mexem com as contratações de Pany Varela pelo Benfica e de Bruno Pinto pelo Sporting, sendo que curiosamente estes atletas já envergaram as camisolas dos rivais da segunda circular. Crónica escrita com análises e ponto de vista do seu autor

Paulo Freitas Opinião

JUDO

Patrícia Sampaio reassume liderança mundial de judo em -78 kg

A judoca portuguesa Patrícia Sampaio reassumiu a liderança do ranking mundial de -78 kg, à boleia da medalha de ouro conquistada no domingo no Grand Slam de Ulan Bator, competição do circuito mundial.

Sampaio somou 1.000 pontos e subiu da terceira para a primeira posição (6.225 pontos), agora à frente da alemã Anna Monta Olek (5.960), vice-campeã mundial, e da italiana Alice Bellandi (5.250), campeã mundial e olímpica.

Em Ulan Bator, a judoca portuguesa venceu por ippon (pontuação máxima) os três combates que disputou, derrotando na final a japonesa Mami Umeki em apenas 38 segundos, com pontuações su-

MUNDIAIS DE NATAÇÃO

cessivas de yuko, waza-ari e, na mesma sequência, ippon.

A judoca da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais voltou a mostrar ser o nome mais forte da atualidade também no judo português, com um trajeto consecutivo de subidas ao pódio, desde que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris2024.

Desde então, Sampaio, de 26 anos, alcançou medalhas de bronze nos Grand Slam de Tóquio (dezembro) e Tbilissi (março), ouro no Grand Slam de Paris (fevereiro), ouro nos Europeus de Podgorica (abril) e bronze nos Mundiais em Budapeste (junho).

JN/MS

Diogo Ribeiro em quarto nos 50 mariposa com recorde nacional

O nadador português Diogo Ribeiro foi quarto classificado na final dos 50 metros mariposa dos Mundiais de natação Singapura2025, fixando um novo recorde nacional na distância, agora de 22,77 segundos.

Diogo Ribeiro, de 20 anos, ficou a 10 centésimos do pódio, em que o italiano Thomas Ceccon ficou com o bronze, e os 22,77 permitem retirar três centésimos ao recorde nacional que já lhe pertencia, com os 22,80 fixados nos Mundiais Fukuoka2023, quando conquistou a prata.

O francês Maxime Grousset venceu a prova, com 22,48 segundos, tornando-se no quarto nadador mais rápido de sempre, enquanto o suíço Noe Ponti ficou em segundo, com 22,51.

O nadador natural de Coimbra, que nesta modalidade foi vice-campeão em 2023 e campeão mundial em 2024, além de ter alcançado o ouro nos 100 mariposa em Doha2024, ficou perto da quarta medalha em Mundiais séniores, somando todos os três pódios em campeonatos do Mundo da história de Portugal. JN/MS

CANOAGEM

Canoístas Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha campeões do Mundo sub-23 em K2 500

Os canoístas Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha sagraram-se campeões do Mundo sub-23 em K2 500 metros, o terceiro pódio da seleção portuguesa em Montemor-o-Velho, Coimbra.

Liderando a prova do primeiro ao derradeiro metro, a dupla lusa terminou em 1.33,12 minutos, superando os italianos Francesco Lanciotti e Nicolo Volo por 89 centésimos de segundo e os eslovenos Matevz Manfreda

e Anze Pikon por 1,01 segundos. Entretanto, Pedro Casinha já tinha garantido a medalha de bronze em K1 200 metros sub-23, o escalão no qual Beatriz Fernandes foi vice-campeã mundial no sábado, em C1 500 metros.

Os Mundiais sub-23 e júnior de canoagem, que terminam hoje no Centro de Alto Rendimento, reúnem cerca de mil atletas de 66 países.

CICLISMO

Pogacar faz balanço do 'Tour' e deixa recado a João Almeida

Tadej Pogacar recorreu às redes sociais para fazer um balanço do que foi a sua participação no Tour, naquela que foi a sua quarta vitória na prova francesa. «Três semanas, um sonho. Todo o tipo de dor. Todo o tipo de alegria. É assim o Tour. Um enorme respeito pelo pelotão - aqui não há vitórias fáceis. Orgulhoso de usar a amarela novamente e ainda mais orgulhoso das pessoas que tornaram isso possível. Vocês sabem quem são. João Almeida sentimos a tua falta em Paris, mas a Vuelta está a chamar», escreveu o esloveno.

João Almeida desistiu da Volta a França, no domingo (27), devido à lesão contraída na queda há dois dias, em que fraturou uma costela e sofreu escoriações profundas no corpos. O ciclista ainda começou a 9.ª etapa, que ligava Chinon a Châteauroux, num total de 170 quilómetros, mas abandonou-a. Recorde-se que Pogacar não vai participar na Volta à Espanha e a liderança da UAE Team Emirates vai estar a cargo do português João Almeida e do espanhol Juan Ayuso.

ABOLA/MS

JN/MS

MERCADO DE TRANSFERÊNCIAS

Félix junta-se

ao

Al Nassr e Ivanovic terá chegado a acordo com o Benfica

Num movimento inesperado, o Al Nassr posicionou-se na primeira fila por João Félix e o internacional português viajou para a Áustria. Por outro lado, o Benfica terá chegado a acordo com Ivanovic, avançado do Saint-Gilloise. Já por Alvalade, o guarda-redes Franco Israel partiu para a Itália e assinou com o Torino.

As águias terão perdido a corrida por João Félix para a Arábia Saudita. O internacional português foi filmado na Áustria, no centro de estágio do Al Nassr. O internacional português vai juntar-se a Jorge Jesus e Cristiano Ronaldo. No entanto, o dia não é só feito de más notícias para o reino encarnado. Segundo Sacha Tavolieri, jornalista belga, Ivanovic terá chegado a acordo com o Benfica, num contrato válido até 2028. As conversações com o Saint-Gilloise seguem a bom ritmo e o negócio poderá chegar aos 25 milhões de euros.

Franco Israel deixou os leões e assinou pelo Torino até 2028. O guarda-redes uruguaio, de 25 anos, regressa assim à Itália, depois de já ter representado a Juventus. Na despedida deixou uma mensagem à família sportinguista. "Chegou a hora de me despedir de um clube que me deu tudo aquilo que eu procurava desde que che-

guei há três anos. No Sporting, encontrei um clube gigante, uns adeptos magníficos e um grupo de companheiros excecional. Foram três anos de títulos, aprendizagens, experiências e memórias que levarei para sempre no meu coração. Saio feliz, orgulhoso e muito grato a todos os que me acompanharam nesta etapa da minha carreira. Hoje é o dia de fechar este ciclo com a promessa de permanecer sempre próximo e atento a este clube maravilhoso, porque sempre se regressa aos lugares onde se foi feliz", escreveu nas redes sociais. Entretanto, Vagiannidis já procura casa em Lisboa. O negócio tendente à mudança de Giorgios Vagiannidis dos gregos do Panathinaikos para o Sporting está praticamente concluído a ponto de o lateral-direito já se encontrar à procura de casa na zona de Lisboa, idealmente numa zona com bons acessos à Academia Cristiano Ronaldo, nas imediações de Alcochete. Vagiannidis estava sob a monitorização atenta dos responsáveis leoninos desde janeiro e é visto por Rui Borges como um elemento que pode ajudar a alteração tática recente do 3x4x3 em vigor desde 2021 para o 4x2x3x1 agora aplicado. O negócio foi feito apenas entre clubes, sem intermediação.

JN/MS

Arsenal anunciou contratação de Gyokeres

João Félix deixa marcas no Benfica e Bruno Lage tem razão de queixa

João Félix, atacante internacional português de 25 anos, já trabalha com o Al Nassr, na Áustria, depois de ter afastado a possibilidade de regressar ao Benfica, mas as dores da sua decisão ainda se fazem sentir. A forma abrupta como mudou de direção, escolhendo o Al Nassr em vez do Benfica, causou impacto nos adeptos, na estrutura e, naturalmente, na equipa de Bruno Lage e no próprio treinador.

Bruno Lage deu a cara pelo processo, convenceu o jogador e tinha planos ambiciosos para Félix, mas não recebeu qualquer tipo de explicação quando o jogador escolheu o Al Nassr. Pode, pois, marcar negativamente relação futura entre treinador e jogador, sabendo-se como Lage foi fundamental na afirmação do atacante, em 2018/19.

O técnico era peça-chave do processo e o regresso de João Félix já fora discutido mais do que uma vez. Mesmo em janeiro, no mercado de inverno, o jogador era já desejado na Luz e pelo treinador, que procurava reforços importantes para discutir o título.

Viktor Gyokeres é o mais recente reforço do Arsenal para a frente de ataque. O goleador sueco assina contrato até 2030 e pode render 76 milhões de euros aos cofres do Sporting.

Amais longa novela do mercado de verão chegou ao fim. Nas redes sociais, o Arsenal anunciou a contratação de VIktor Gyokeres, num contrato válido até 2030. "Estamos confiantes de que Viktor terá um grande impacto em campo e se tornará uma figura importante no nosso balneário. Bem-vindo, Viktor!", disse Andrea Berta, diretor desportivo dos londrinos. Mikel Arteta, treinador do Arsenal, disse que a consistência e o impacto para golos do avançado sueco falam por si. "Viktor tem muitas qualidades. Ele é rápido e poderoso no ataque, com números incríveis de golos marcados a nível de clube e internacional. Ele traz uma vantagem clínica com uma alta taxa de conversão de oportunidades em golos, com os seus movimentos inteligentes na área tornando-o uma ameaça constante", afirmou o técnico espanhol. Já Gyokeres disse ter sentido este "era o clube certo". "Quero sempre marcar. Fazer parte deste clube e marcar com esta camisola e com este emblema diante de todos os adeptos, mal posso esperar. Vai ser uma sensação incrível. Comecei aqui [na Inglaterra], parece que foi há

Nessa altura, a preferência foi para o Milan, de Sérgio Conceição.

Em junho, nos EUA, durante o Mundial de Clubes, por mais de uma vez Bruno Lage recordou João Félix: «Falamos dele desde que saiu. É um jogador especial para o Benfica, para o Bruno Lage. Está provavelmente de férias, a dormir. Sinto que há vontade das duas partes.»

E também o internacional português, em declarações à CMTV, recordou o técnico: «Sendo Bruno Lage o treinador, que conheço e foi importante para a minha carreira, ganha pontos na minha decisão e vejo com bons olhos voltar ao Benfica. E é, se calhar, para onde estou mais inclinado.»

João Félix, porém, terá sido rapidamente convencido quando ouviu a argumentação de Ronaldo e o quadro financeiro que estava em jogo. Na Luz, entende-se que há uma diferença colossal de capacidade de investimento entre Benfica e Al Nassr, mas há também um negócio doloroso para ultrapassar, que deixa marcas profundas.

ABOLA/MS

muito tempo. Acho que melhorei muito desde então. Agora quero provar o meu valor e jogar bem com a equipa", atirou. Num comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting dá conta da transferência e dos valores do negócio."A contrapartida financeira pela transferência do Jogador a pagar pelo Arsenal FC à Sporting SAD corresponde a €76.020.513,00 (setenta e seis milhões vinte mil quinhentos e treze euros), a qual compreende a soma de (i) uma parcela fixa de €65.764.103,00 (sessenta e cinco milhões setecentos e sessenta e quatro mil cento e três euros) e (ii) de uma parcela variável que poderá ascender ao valor máximo de €10.256.410,00 (dez milhões duzentos e cinquenta e seis mil quatrocentos e dez euros), em função da verificação de determinados objetivos relacionados com o desempenho desportivo do jogador e do Arsenal FC", pode ler-se na nota endereçada pelos leões. "Os valores acima referidos incluem os custos de financiamento e os montantes correspondentes ao mecanismo de solidariedade devido a clubes terceiros. A Sporting SAD não terá encargos com serviços de intermediação", completam.

Na passagem por Portugal, Viktor Gyokeres marcou 97 golos em 102 jogos pelos verdes e brancos.

Real Madrid admite vender Vinícius

O Real Madrid admite a hipótese de vender Vinícius Jr. nesta janela do mercado de transferências, caso chegue ao Bernabéu uma proposta atrativa pelo avançado brasileiro, tomando como altamente improvável o pagamento da cláusula de rescisão de 1.000 milhões de euros. A informação é avançada pelo Mundo Deportivo.

De acordo com o jornal, a possibilidade de os merengues abrirem mão do internacional canarinho está relacionada com as exigências financeiras deste: o contrato atual, válido até

30 de junho de 2027, é de 15 milhões de euros líquidos por época, mas o jogador quer igualar a situação de Kylian Mbappé. Embora o contrato do francês também seja de 15 milhões de euros, foi estabelecido um acordo por ter chegado como jogador livre: mais €40 M distribuídos por cinco temporadas, ou seja, acresce €8 M aos €15 M anuais, totalizando €23 M por época.

Segundo a publicação, o clube não pensa nestes valores para Vinícius, o que pode abrir a porta de saída. O futuro será conhecido nas próximas semanas.

ABOLA/MS

O Benfica venceu o Fenerbahçe por 3-2, no Estádio da Luz, num duelo a contar a Eusébio Cup. Um golo de Henrique Araújo na reta final consumou o triunfo.

OBenfica mediu forças com o Fenerbahçe, de José Mourinho, este sábado, num jogo em que o jovem João Veloso e os reforços Barrenechea, Dedic e Richard Ríos foram apostas de Bruno Lage. As águias até entraram bem na partida e abriram as contas graças a uma finalização de Akturkoglu (37 m) e um autogolo de Archie Brown (42 m). Um cenário confortável, mas que seria reduzido por Kahveci (45m) em cima do

intervalo. Desta forma, ao recolher para os balneários prosseguia tudo em aberto.

Na retoma, os turcos entraram fortes, enviaram uma bola ao ferro por Durán (53 m) e acabaram mesmo por chegar à igualdade por intermédio de En-Nesyri (60 m). A desvantagem de dois golos tinha sido quebrada.

No entanto, os encarnados tinham um trunfo na manga: Henrique Araújo. O avançado madeirense entrou e marcou aos 81 minutos o tento da vitória.

A estreia oficial do Benfica será frente ao Sporting na Supertaça, em Faro, num encontro marcado para dia 31 de julho.

JN/MS

Bruma com rotura completa do tendão de Aquiles

O futebolista Bruma sofreu uma rotura completa do tendão de Aquiles esquerdo e vai ser submetido a uma intervenção cirúrgica, anunciou o Benfica. Numa nota divulgada no site, os encarnados confirmam que o jogador, que se lesionou no jogo frente aos turcos do Fenerbache, será "submetido a intervenção cirúrgica e iniciará o processo de recuperação" para debelar a "rotura completa do tendão de Aquiles esquerdo".

No sábado (26), o extremo benfiquista foi substituído aos 77 minutos, no jogo de apresentação da equipa, frente ao Fenerbache, orientada pelo português José Mourinho, que terminou com a vitória por 3-2 e que valeu aos encarnados a conquista da 13.ª Eusébio Cup.

JN/MS

FC Porto: protocolo com Super Dragões em risco

Causou bastante estranheza o facto de os dois setores normalmente ocupados pela claque Super Dragões estarem praticamente vazios no jogo do FC Porto com o Twente. Aquele setor no topo Sul manteve-se durante o encontro sem viva alma e sem qualquer adereço ou faixa alusiva ao grupo organizado.

Essa situação deve-se ao facto de não haver um entendimento entre a SAD e os Super Dragões em relação ao protocolo com o FC Porto para a temporada que se avizinha. O mesmo não foi assinado e poderá mesmo nem passar para o papel dadas as divergências existentes entre ambos os lados.

Tratando-se de uma Zona com Condições Especiais de Acesso e Permanência (ZCEAP), os sectores estiveram bloqueados para a venda de lugares anuais e foram libertados para venda individual já mais perto do encontro. A situação pode repetir-se no domingo, na receção aos espanhóis do Atlético Madrid, numa partida com início agendado para as 19 horas.

Por último, refira-se que no jogo com o Twente, mas no topo norte do Estádio do Dragão, alguns adeptos da claque Colectivo foram impedidos pela Polícia de Segurança Pública de estarem em pé na fila superior.

ABOLA/MS

www.cardinalfuneralhomes.com

100 Anos

Retribuindo.

Ao celebrarmos o nosso 100º aniversário, a Cardinal Funeral Homes orgulha-se de apoiar o futuro da nossa comunidade com um donativo de 100.000 dólares à Magellan Community Foundation, ajudando a dar vida a uma nova unidade de cuidados continuados dedicada a servir a comunidade luso-canadiana com dignidade e compaixão.

SORRIR

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Creditos: DR
Creditos: DR

Época arranca no vermelho!

O Benfica venceu o Sporting no Estádio Algarve, com um golo de Pavlidis a fazer a diferença no marcador. É a 10.ª Supertaça conquistada pelos encarnados.

Após uma primeira parte equilibrada, ainda que o Sporting tenha jogado mais perto da baliza de Trubin, a segunda parte os encarnados acabaram por estar por cima, sobretudo nos minutos iniciais. Ao contrário do que se viu noutros jogos da pré-época, o Sporting apresentou-se num género de 4x4x2, o que permitiu a Pote estar mais próximo do miolo e, assim, criar igualdade numérica. Além disso, protegeu o português de duelos na velocidade e acrescentou a sua criatividade na constru-

ção a partir de trás, o que foi útil para ultrapassar, a espaços, a pressão alta (constante) encarnada. De resto, Pote teve um papel determinante quando, aos 5', desbloqueou essa pressão, ajudou a desmarcar Harder na esquerda e foi ele mesmo surgir na área a finalizar para o 1-0. Houve festa, mas o dinamarquês estava em fora de jogo no arranque do lance e tudo foi anulado. Contudo, tal foi suficiente para deixar o Benfica em sentido, que passou a juntar mais vezes Aursnes e Leandro Barreiro (o primeiro a saltar na pressão, junto de Pavlidis) ao miolo. Os encarnados foram quem teve mais bola, mas onde criaram mais perigo até foi graças à tal pressão alta, que resultou em alguns erros leoninos. No entanto, com bola as

Guardiola anuncia pausa na carreira

Pep Guardiola anunciou, em entrevista concedida à revista GQ, que irá retirar-se temporariamente dos bancos após concluído o ciclo no Manchester City. «Sei que depois desta etapa vou parar, isso é seguro. Está decidido, mais que decidido», afirmou.

Otreinador catalão não define prazos. Pode ser uma paragem sabática de um ano (como já o fez após a saída do Barcelona), como mais. «Vou deixar, porque preciso de parar e centrar-me em mim, no meu corpo», justificou.

«Após Barcelona disse 'chegou o momento em que digo basta, já chega. Vou à procura de outro desafio», continuou, assumindo que a saída dos citizens é uma decisão maturada.

Sobre as críticas de que é alvo, diz que isso o alimenta. «Que há pessoas que esperam que fracasses? Sim, claro. E fico encantado que isso aconteça. Isso dá-me energia. Mas quando ganhas seis Premier League surge um momento em que se dá

uma quebra. É normal, é humano», sublinhou.

Pep Guardiola tem contrato com o Manchester City até 2027.

ABOLA/MS

águias foram pecando por alguma falta de criatividade no último terço, o que facilitou a vida defensiva do leão. O intervalo, no entanto, fez bem às águias, que entraram mais dinâmicos, potenciando os laterais, para a 2ª parte e fez toda a diferença - Pavlidis marcou, com um remate à entrada da área, logo aos 50', com Rui Silva a deixar a desejar. Isto mudou as dinâmicas do jogo e obrigou o Sporting a ter mais bola, até porque o Benfica pressionava menos vezes tão alto. Rui Borges percebeu a dificuldade da equipa e começou a mexer nos vários setores, incluindo na frente, promovendo a estreia do reforço Luis Suárez. O colombiano rapidamente mostrou um maior à vontade na ligação com os companheiros em ataque

FUTEBOL FEMININO

organizado - aproveitou a descida de linhas do Benfica.

Após o golo do avançado helénico, Rui Silva ainda evitou o segundo, a remate de Akturkoglu, mas a partir daqui o Sporting voltou a reagir e tentou tudo nos instantes finais. Sem sucesso. O Benfica acabou por fazer a festa no Algarve num dérbi escaldante, com muitas caras novas a mostrarem-se pela primeira vez. A boa entrada na 2ª parte foi suficiente para o Benfica expor algumas das debilidades do bicampeão Sporting, vencer por 0-1 e levar para a Luz a Supertaça Cândido de Oliveira. Os encarnados arrancam a época com o pé direito. Zero/MS

A seleção inglesa feminina de futebol sagrou-se campeã da Europa pela segunda vez seguida, ao bater a Espanha, por 3-1, no desempate nas grandes penalidades, depois do empate 1-1 no tempo regulamentar e no prolongamento.

AInglaterra vingou a final do Mundial2023 e somou o segundo título consecutivo, na quarta final – tinha perdido os jogos decisivos em 1984 e 2009 –, conquistando o terceiro título seguido da selecionadora Sarina Wiegman, que tinha arrebatado o cetro no comando técnico dos Países Baixos, em 2017. Tal como na final de 2022 e na meia-final, a suplente Chloe Kelly marcou o golo decisivo, na cobrança da quinta e última grande penalidade, com a terceira conversão bem-sucedida, contra apenas uma da Espanha, atual campeã do mundo. Mariona Caldentey tinha dado van -

tagem, aos 25 minutos, à seleção espanhola, que se estreou em finais de Europeus, enquanto Alessia Russo empatou para a Inglaterra, aos 57, num encontro que seguiu em igualdade no prolongamento.

JN/MS

Canada’s McIntosh wins again, short of world record

Summer McIntosh continues to make history in the pool, adding yet another chapter to her already remarkable career. The 18-year-old Canadian swimming phenom from Toronto captured her third gold medal of the world championships on Thursday, winning the women’s 200-metre butterfly in a meet-record time of 2:01.99. That performance was just 0.18 seconds off the world record of 2:01.81, set by China’s Liu Zige in 2009 during the now-banned super-suit era.

Not only did McIntosh dominate the race by finishing three seconds ahead of her closest rival, Regan Smith of the United States (2:04.99), she also shattered her own Canadian record from the Olympic trials in June. Australia’s Elizabeth Dekkers took bronze with a time of 2:06.12. McIntosh’s effort now stands as the fastest

time ever recorded in a textile suit, and it ranks second all-time globally.

This victory marks a milestone moment for Canadian swimming: McIntosh is now the first Canadian swimmer to win three gold medals at a single world championship and the first to secure three world titles in the same event — having also triumphed in the 200 fly in both 2022 and 2023.

Despite the golden outcome, McIntosh admitted to feeling slightly disappointed. “Winning was definitely the goal, but I really wanted that world record,” she said. “It’s not something I usually focus on, but being that close and not getting it is a bit frustrating. Still, it’s a personal best, and I’m improving on a time I swam just over a month ago, so I can’t be too hard on myself.”

McIntosh has already claimed gold in the 200-metre individual medley and

SC TORONTO

400-metre freestyle earlier in the meet. She’s attempting to win five individual titles at a single world championship — a feat only legendary American swimmer Michael Phelps has accomplished.

She’s back in the pool Friday for the 800-metre freestyle heats, setting the stage for a possible showdown with reigning Olympic champion Katie Ledecky in Saturday’s final. Then on Sunday, McIntosh will compete in the 400-metre individual medley, where she is the Olympic champion and world-record holder.

“Seeing how close I came to the 200 fly world record gives me a lot of confidence,” she said. “The way I felt in that final was amazing, so I’m really excited for the 800 and especially the 400 IM. Right now, it’s all about recovering well tonight and getting ready for the next race.”

HOUSE LEAGUE

Thursday’s win was also McIntosh’s 11th career medal at long-course world championships, pushing her past Canadian veteran Kylie Masse, who narrowly missed the podium in the women’s 50-metre backstroke. Masse finished fourth, just three hundredths of a second behind bronze medalist Letian Wan of China. The 29-yearold from LaSalle, Ont., acknowledged the razor-thin margin but remained proud of her performance.

“You really have to perfect every skill to be competitive at this level,” said Masse. “It’s tough to miss the podium by so little, but I know I gave everything I had this year.”

The event was won by American Katharine Berkoff in 27.08 seconds, with teammate Regan Smith claiming silver. Calgary’s Ingrid Wilm also reached the final and finished eighth.

In other results, Saskatoon’s Blake Tierney broke the Canadian record in the men’s 200-metre backstroke twice on Thursday — first in the heats, then again in the semifinals with a time of 1:55.03, qualifying fifth for Friday’s final. “I wasn’t at my best during trials due to an ankle injury,” said Tierney. “But I’ve had better prep coming into this meet. I’m hoping to go 1:54 in the final — that would be great.”

Canada placed sixth in the women’s 4x200-metre freestyle relay, with Brooklyn Douthwright, Sienna Angove, Ella Cosgrove, and Ella Jansen finishing in 7:52.52. Australia claimed gold, followed by the U.S. and China.

Seventeen-year-old Oliver Dawson of Grande Prairie, Alta., made waves by finishing 11th in the men’s 200-metre breaststroke. His semifinal time of 2:10.32 set a new Canadian national age group record. In total, Canada has collected six medals at the world aquatics championships — five in swimming and one in diving. Singapore is offering a total prize purse of $3.1 million for pool and open-water events, including a $30,000 bonus for each world record broken.

RS / MS

• Boys & girls 4 to 16 [born 2021-2009]

• Season begins mid May to mid September

• Weekly games & season ending tournament

• Included with registration: team jersey, shorts, socks, trophy and soccer ball

To find out the day and location for each age group, our playing days and locations are posted here: sctoronto.ca/outdoor-houseleague

Photo: Jack Spitser/Spitser Photography

BASEBALL

Jay’s Heineman mastering the mental game

At 34, Blue Jays backup catcher Tyler Heineman is playing the best baseball of his life—and he's doing it with a clear mind and a full notebook. With Alejandro Kirk sidelined, Heineman is stepping into an expanded role, batting .330 with an .889 OPS and contributing elite defense. Together, he and Kirk form MLB’s second-most productive catching duo, trailing only Cal Raleigh’s Mariners.

But Heineman’s success isn’t just about stats. It’s rooted in a complete mental overhaul. Each day starts with tracking sleep, calling a motivational hotline, and journaling. He envisions shifting from “Tyler” the family man to “Heine” the competitor. Before games, he selects a focus word like “Dialled” and sets simple mental keys like “Read; see it; on time.” Even while working in the cages, he steps out to reset mentally, mirroring what he’ll do during games.

HOCKEY

After games, Heineman meditates, journals his wins, areas for growth, and gratitude, often ending the day reflecting on his wife, daughter, and teammates. It’s part of a rigorous mental routine developed with mental performance coach John Lannan and specialist Brian Cain, who also works with other MLB players like Eric Lauer.

Heineman uses the HabitShare app to track mental training, reinforcing consistency over perfection. His goal isn’t just performance—it’s presence. “I’ve been chasing things that aren’t me,” Heineman says. “Now I’m embracing who I am.”

He’s no longer overwhelmed by the past or future. He’s simply here now—enjoying the moment, confident he belongs. Whether tomorrow brings another hit or not, he’ll show up, reset, and begin again.

5 Players acquitted have long road back to NHL

Five former members of Canada’s world junior hockey team were acquitted Thursday in a high-profile sexual assault trial in London, Ont., but their return to the NHL remains uncertain.

Michael McLeod, Carter Hart, Alex Formenton, Dillon Dubé, and Cal Foote were found not guilty in relation to a 2018 incident involving a woman in a hotel room. Despite the acquittals, the NHL has declared the players ineligible to return to action while it reviews the court's findings. The league said the players' al-

leged conduct, though not criminal, was “unacceptable.”

The NHLPA responded, criticizing the league’s stance as inconsistent with the collective bargaining agreement, arguing that after missing more than a full season, the players should be allowed to resume their careers.

At the time of their 2024 arrests, McLeod, Hart, Dubé, and Foote were active in the NHL. Formenton, drafted by Ottawa, had not played since 2022. Since the charges, McLeod and Dubé played in the KHL, while Foote spent time in Slovakia. Hart

and Formenton remained inactive professionally during the 2024–25 season.

Experts believe a return to the NHL is possible but complicated. Dr. Ann Pegoraro, a sport management professor at the University of Guelph, said teams might overlook the controversy if the players are skilled enough, though reputational risks remain. Law professor Richard McLaren added that the stigma from such allegations often lingers, regardless of legal outcomes.

There is precedent for return: Jake Virtanen resumed his career in Europe after

being acquitted in 2022, and executives Stan Bowman and Joel Quenneville rejoined the NHL despite past involvement in mishandled misconduct cases.

Still, cultural attitudes—especially in Canada—may affect whether NHL teams bring the players back. American franchises may be more likely to take the chance, some experts suggest, given differing public and media scrutiny.

BASKETBALL

Raptors to open camp out west

The Toronto Raptors will kick off their 2025–26 campaign with training camp in Alberta, marking a return to Calgary for the first time in nearly a decade. From September 30 to October 3, the team will set up camp at the University of Calgary, wrapping up the week with an open practice session on the final day.

“It’s been nearly a decade since we were last in Calgary, so we’re excited to be spending the better part of a week in Stampede City,” said Raptors general manager Bobby Webster in a statement. “Training camp is where we come together and lay the groundwork for the season, so having a great venue

and city to support that is key. The facilities at UCalgary are first-class, and we’re excited to experience everything the city has to offer.”

Following camp, the Raptors will head to the West Coast to begin their pre-season on October 6 with a matchup against the defending champion Denver Nuggets at Rogers Arena in Vancouver. The game will mark the seventh NBA Canada Series contest in the city and the first since 2023. Tickets go on sale August 27.

The matchup will feature two Canadian Olympic teammates — Jamal Murray of the Nuggets (Kitchener, ON) and RJ Barrett of the Raptors (Mississauga, ON) — in what promises to be a marquee event.

Toronto will play a total of six pre-season games, including two at home at Scotiabank Arena. The pre-season home opener is set for October 10 against the Boston Celtics.

Raptors Pre-Season Schedule:

• Oct. 6 vs. Nuggets (Vancouver)

• Oct. 8 at Kings (Sacramento)

• Oct. 10 vs. Celtics (Toronto)

• Oct. 12 at Wizards (Washington) Oct. 15 at Celtics (Boston)

• Oct. 17 vs. Nets (Toronto)

The regular-season schedule has yet to be released.

RS/MS

RS / MS
Creditos: DR

Repurposing Canada’s Religious Buildings

From Sacred Spaces to Civic Hubs

As church attendance declines and maintenance costs soar, many of Canada’s 27,000 religious buildings face closure — with nearly one-third at risk within the next decade. The Canadian Urban Institute (CUI) sees this challenge as a major opportunity to repurpose these properties into valuable community assets.

In its report “Sacred Spaces, Civic Value,” CUI emphasizes that many faith-built properties already serve public needs through childcare, food banks, and events — often without religious affiliation. As these spaces face financial strain, the report urges governments, nonprofits, and communities to reimagine them as infrastructure for affordable housing, arts and culture, small business incubators, and more.

Key Recommendations:

• Measure Impact: Create a national database of faith-built properties and assess their community value through social, economic, and demographic data.

• Enable Adaptation: Support creative reuse — such as turning churches into gyms, markets, or multi-use housing — while preserving heritage and promoting sustainability.

• Policy Reform: Update outdated zoning laws that limit the potential uses of religious spaces and involve faith communities in municipal planning.

• Collaboration: Work with Indigenous communities, municipalities, and trade schools to co-design inclusive, culturally sensitive, and economically viable projects.

• Secure Funding: Explore innovative financing models like joint ventures, community land trusts, and social impact bonds to make redevelopment financially sustainable.

Real-Life Examples:

• Winnipeg: West Broadway Commons replaced a deteriorating church hall with a 12-storey building offering 110 residential units and social services.

• Victoria: Cathedral Commons is a long-term plan to revitalize three historic church buildings into a mix of housing, commercial space, and community amenities.

CUI concludes that without proactive efforts, many of these spaces could be lost to private development. But with policy sup-

port, funding, and vision, faith-built properties can continue to serve their communities for generations to come — not just as places of worship, but as vital civic anchors.

Brendon Neilson, executive director of the Diocese, described a shift in his diocese’s thinking. “Departing from the past when property decisions were considered strictly case-by-case and independent of each other, the Diocese recently conducted a feasibility analysis of every property within its portfolio,” CUI explained. “Strategic sites were identified for the Diocese to develop, partner on, or use differently. Cathedral Commons is one site in a potential 15-year project pipeline.”

Cathedral Commons, as the site is being called, will introduce new residential and commercial uses and amenities. Recent structural assessments estimated that necessary repairs and seismic upgrades to heritage buildings on the property may cost up to $50 million. The proposed development intends to generate revenue to fund a phased heritage revitalization and other amenities.

Industry Braces for Tariff Fallout

With potential U.S.-Canada tariffs looming, facility managers (FMs) are preparing for supply chain disruptions, rising costs, and project delays. Although exemptions exist until April 2, the uncertainty is already impacting operations.

Key Concerns:

• Tariffs on steel, aluminum, and construction materials may raise costs for HVAC systems, fire safety, lighting, and smart tech.

• Cleaning supplies, furniture, and energy-efficient upgrades may also be affected.

• Managers are urged to reassess budgets, secure alternative suppliers, and advocate for more funding.

Budget Impacts:

Post-secondary institutions already facing budget cuts due to international student caps may delay projects, affecting campus life. Tariffs are leading to shortened quote validity and unpredictable pricing.

Industry Response:

• Flynn’s A.J. Killens says tariffs could raise material costs by 10–18%.

• Alternatives include buying from Europe or pushing for interprovincial trade.

• Contracts may include cost-sharing clauses for tariff increases.

Strategic Advice:

• Leverage group buying power through public works partnerships.

• Use mutual aid agreements for emergency supplies.

• Focus on resilience and innovation amid uncertainty.

Regional Impacts:

Cities like Windsor and Calgary may be hardest hit due to manufacturing and energy exports. Still, the Canadian economy is more resilient than in past decades.

Outlook:

Tariffs could pressure Canada to rethink trade barriers and diversify suppliers, ultimately fostering economic resilience. If lifted, Canada may emerge stronger.

SAÚDE & BEM-ESTAR

Como proteger o motor da vida?

O coração bate, em média, 100 mil vezes por dia. É o motor silencioso que mantém o corpo vivo e ativo. No entanto, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte no mundo ocidental — e Portugal não é exceção. A boa notícia? Grande parte destas doenças pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida, acompanhamento médico e cuidados simples que começam à mesa e se prolongam até ao exercício físico regular.

Aalimentação é a nossa primeira linha de defesa. “O que comemos afeta diretamente a saúde do coração”, afirma a nutricionista Carla Tavares. “Alimentos ricos em gordura saturada, sal e açúcares refinados aumentam o risco de hipertensão e colesterol elevado, dois fatores de risco maiores para doenças cardíacas.”

A dieta mediterrânica, rica em frutas, legumes, azeite, peixe e frutos secos, continua a ser apontada como um modelo exemplar. Estudos mostram que o consumo regular de azeite virgem extra, abacate, aveia, feijão, salmão e frutos vermelhos tem efeitos pro-

tetores para o coração. Alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas e refrigerantes, pelo contrário, devem ser consumidos com moderação ou evitados. Outro aliado poderoso é a água. A hidratação adequada ajuda a manter a pressão arterial sob controlo e melhora a circulação sanguínea.

Para além de tudo, mexer-se é essencial, sempre com exercício físico adaptado às possibilidades de cada um, é claro. “O sedentarismo é o novo tabaco”, alerta o cardiologista Dr. Manuel Antunes. “Quem não se mexe tem maior risco de desenvolver doenças do foro cardiovascular, mesmo que não tenha excesso de peso.” Caminhadas diárias de 30 minutos, dança, natação, ciclismo ou exercícios de resistência com pesos leves são excelentes formas de fortalecer o sistema cardiovascular. Mais uma vez, importa lembrar que a intensidade deve ser adaptada à idade e à condição física de cada pessoa. “Não é preciso correr maratonas”, sublinha o médico. “A regularidade é mais importante do que a intensidade.” O exercício físico ajuda também a reduzir os níveis de stress, outro inimigo silencioso do coração. Técnicas de respi-

ração, meditação ou yoga podem complementar um estilo de vida mais calmo e equilibrado.

Toda a gente já sabe, mas nem todos tomam os devidos cuidados - dois dos maiores “assassinos silenciosos” do coração são a hipertensão arterial e o colesterol LDL elevado. “Muitas vezes, não há sintomas. Só descobrimos quando já há danos acumulados”, explica a médica de família Ana Moreira. “É por isso que os exames de rotina são tão importantes.” Medir a tensão arterial com frequência, fazer análises ao sangue e manter o peso corporal dentro dos valores recomendados são práticas essenciais. Quando necessário, a medicação pode ser vital e não deve ser vista como um fracasso, mas sim como uma aliada.

Para muitos portugueses, cuidar do coração passou a ser prioridade depois de um susto, mas as histórias que todos nós conhecemos mostram que é possível mudar e recuperar qualidade de vida, mesmo após um evento cardíaco. Mudar o estilo de vida é fundamental para a recuperação, mas muitas vezes é necessário que a medicina e a tecnologia entrem em ação para resolver

problemas mais graves. Técnicas como a substituição da válvula aórtica por cateter (TAVI) ou a angioplastia coronária permitem tratar problemas graves com recuperação mais rápida e menos complicações. Mesmo as cirurgias mais complexas têm hoje uma muito elevada taxa de sucesso (+/- 98%), mas como garante o Dr. Luís Ferreira, cirurgião cardiovascular “o ideal é não chegar a este ponto, a prevenção continua a ser o melhor remédio.”

Portanto, concluímos que é necessário cuidar hoje, para viver melhor amanhã. É que a saúde cardiovascular é, em grande parte, uma responsabilidade pessoal. Pequenas mudanças podem ter um impacto enorme: trocar o sal por ervas aromáticas, optar pelas escadas em vez do elevador, fazer check-ups anuais e, acima de tudo, ouvir o corpo.

O coração é resiliente, mas não é infalível. Protegê-lo é investir na nossa longevidade, autonomia e bem-estar. Porque quando o coração está em forma, o resto do corpo agradece.

MB/MS

Nutrição & Bem-Estar com Ana Lucas Rebelo nutricionista

Será?

Férias

Cristina Ferreira, de 47 anos, nunca escondeu que tem o sonho de casar-se. A comunicadora sonha com o dia em que vai vestir-se de noiva e celebrar o amor com uma grande festa. João Monteiro, de 31 anos, com que namora há um ano e meio, pode mesmo ser o par perfeito para concretizar este plano. A faltar está apenas o pedido de casamento. "Já disse que quero [casar-me], mas também já disse que tem de haver pedido", disse em direto numa emissão do 'Dois às 10' de janeiro deste ano. Entre as fotografias que partilhou recentemente nas suas redes sociais, a estrela das manhãs da TVI mostrou a imagem de um bolo de casamento. Será? Mais férias...

Luta real

Ao longo dos últimos anos, o príncipe André tem vindo a lutar para continuar a viver na Royal Lodge, propriedade real localizada em Windsor, a qual, alegadamente, custa milhões no que toca à manutenção. Posto isto, o rei Carlos III, irmão de André, exigiu que este saísse da propriedade e fosse para outra mais em conta. Contudo, o príncipe não aceitou a decisão e fez de tudo para conseguir o dinheiro necessário para cobrir os custos. Depois de anos em desacordo, o duque de York venceu a batalha, mostrando através de documentos que, legalmente, tinha o direito de permanecer na propriedade.

Homenagem

Carolina Dieckmann está devastada com a morte da grande amiga Preta Gil e tem vindo a partilhar vários desabafos na sua página de Instagram. Depois do funeral de Preta Gil, a atriz brasileira fez uma nova publicação onde voltou a homenagear a amiga e aproveitou para agradecer o carinho recebido. "São muitas as palavras de conforto e carinho, além de abraços apertados e olhares que jamais vou me esquecer. A verdade é que a Preta vai fazer-me muita falta... Ela cobria-me de amor. Como ela me ensinava. Era sábia demais", desabafou.

Mel Jordão explorou a natureza intocada de Samaná, na República Dominicana, e partilhou momentos de pura descontração nas redes sociais. Ainda longe das rotas turísticas mais populares, Samaná destaca-se como um dos destinos mais preservados e serenos da República Dominicana. Mel Jordão, influenciadora e companheira do cantor Diogo Piçarra, rumou até à região para umas férias na companhia de alguns amigos. Através das redes sociais, partilhou vários registos da viagem, mostrando-se rendida às paisagens tropicais. Durante a estadia, o grupo optou por dividir-se entre duas unidades hoteleiras. Ambos os hotéis oferecem acesso direto à praia e prometem uma experiência de descanso em harmonia com a natureza envolvente. Em termos de excursões, Mel Jordão aproveitou para explorar algumas das maravilhas naturais da região, com destaque para Cayo Levantado e Playa Frontón. No entanto, foi o Rio Caño Frio que mais surpreendeu a influenciadora. "Um rio de água doce, água fresquinha e transparente", descreveu. "Fica mesmo ao lado da Playa Rincón e é daqueles sítios que ainda parecem intocados. Natureza no seu estado mais puro. Que bonita descoberta está a ser Samaná", completou. Classificada como uma das dez praias mais bonitas do mundo, a Playa Rincón é acessível por diferentes meios, incluindo passeios de buggy, uma das experiências vividas por Mel Jordão durante a viagem.

Jantar a dois

Entre as casas brancas de Oia e o azul profundo do Egeu, Júlia Palha viveu dias de contemplação e charme. A atriz prepara-se para novos desafios pessoais e profissionais, mas antes, é tempo de aproveitar o verão. Com o calor a marcar os dias, Júlia Palha trocou os estúdios e os compromissos profissionais pelas paisagens imaculadas da Grécia. Este mês, a atriz da SIC escolheu a vila de Oia, em Santorini, para uns dias de férias com uma amiga e partilhou registos que rapidamente conquistaram os seguidores nas redes sociais. Com as casas caiadas esculpidas nos penhascos e o azul intenso do mar Egeu ao fundo, Júlia posou com naturalidade e leveza. Numa das publicações, escreveu apenas "kalispera, Santorini" - um "boa noite" em grego, que espelhou bem o tom calmo e contemplativo da viagem. Além das caminhadas ao fim do dia e das fotografias de sonho, a atriz deixou-se conquistar pela gastronomia local. Uma das paragens foi o requintado Barolo Restaurant, conhecido pela fusão entre cozinha mediterrânea contemporânea e produtos locais. Uma experiência à altura da paisagem. Mas o verão de Júlia Palha não se faz apenas de férias. A atriz está atualmente nos cinemas com "Hotel Amor", comédia romântica que marca mais uma etapa no grande ecrã. Também no plano pessoal vive uma fase especial: no final de maio, em Jerez de la Frontera, Espanha, foi pedida em casamento por Frederico Porém Murta, com quem namora há cerca de dois anos.

Katy Perry foi vista a jantar com o antigo primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau em Montreal, Canadá. Os dois mostraram-se bastante cúmplices durante a ocasião. É caso para perguntar: novo casal à vista? A cantora, de 40 anos, e o político, de 53, estiveram juntos num restaurante de nome Le Violon, conforme mostram imagens divulgadas pelo website de entretenimento TMZ. Nas imagens em questão, Perry mostra-se bastante à vontade com o político durante uma conversa. Segundo uma testemunha, os dois estavam a ser vigiados por seguranças e desfrutaram de uma refeição que incluiu diversos pratos, entre eles, lagosta. A determinado momento, os dois fizeram questão de ir à cozinha para agradecer pessoalmente à equipa do restaurante. Note-se que Kate Perry encontra-se atualmente no Canadá, onde tem dois concertos marcados: o primeiro em Ottawa e o segundo em Montreal. Importa recordar que este mês, a estrela e o noivo, Orlando Bloom, confirmaram num comunicado emitido em conjunto o fim da sua relação de 10 anos. A cantora e o artista começaram a namorar em 2016 e terminaram no ano seguinte. Contudo decidiram dar uma nova oportunidade ao amor em 2018, durante uma viagem às Maldivas. O casal acabou por ficar noivo em fevereiro de 2019 e deram as boas-vindas à filha em agosto de 2020. Já no que diz respeito ao político, este e a ex-mulher, Sophie Grégoire Trudeau, anunciaram a separação em 2023, após 18 anos juntos. Em comum têm três filhos: Xavier, de 17 anos, Ella-Grace, de 16, e Hadrien, de 11. Resta agora questionar: será este o novo casal sensação do mundo dos famosos?

Credito: DR
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Emanuel O rei da música popular que colocou o "Pimba" no dicionário

Emanuel tem um percurso notável que o consagrou como uma das figuras mais icónicas e influentes da música popular portuguesa. Ao longo da sua carreira Emanuel mostra um talento ambicioso e uma capacidade única de se comunicar com o público; o seu nome é, indiscutivelmente, associado a um género musical que, para muitos, define a essência da festa e da alegria em Portugal: a "música pimba".

Do Clássico ao Pop, as raízes da car reira musical de Emanuel come çaram em 1973, com os acordes de uma guitarra clássica. Essa formação inicial, talvez surpreendente para quem o conhece hoje pelo seu estilo vibrante e popular, é um indicativo da sua profunda musicalidade e do seu domínio técnico. Não demorou para que a música deixasse de ser apenas um interesse para se tornar a sua única atividade profissional. Durante oito anos, Emanuel dedicou-se ao ensino, partilhando o seu conhecimento e paixão com as novas gerações. Ao mesmo tempo, as suas obras artísticas permitiram-lhe di rigir pequenas orquestras e atuar em bares, aprimorando a sua capacidade de leitu ra do público. O lançamento de um disco instrumental marcou os seus primeiros passos na música, revelando o seu talento como instrumentista e compositor. Con tudo, foi como compositor e orquestrador que Emanuel começou a ganhar destaque no cenário musical português da década de 80. A sua perícia era procurada por al guns dos nomes mais conhecidos da mú sica ligeira da época, um reconhecimento da sua habilidade em criar melodias ca tivantes e bons arranjos. Um dos marcos mais significativos desta fase foi a sua cola boração com Marco Paulo, um dos líderes de vendas e popularidade na época. Em 1988, Emanuel produziu o álbum "Joana" para Marco Paulo, um trabalho que viria a alcançar uma impressionante marca de quádrupla platina. Este sucesso não só so lidificou a sua confiança como produtor de sucesso, mas também o posicionou como uma força criativa por trás de al guns dos maiores sucessos da música portuguesa. A viragem para a carreira de intérprete em 1992 marcou o início de uma nova era para Emanuel. Com o lançamento de seu primeiro disco

como vocalista, ele ganhou o público. A sua popularidade e carisma foram rapidamente reconhecidos, e o sucesso não tardou. Em 1994, o álbum "Rapaziada Vamos Dançar" conquistou a platina , um sinal claro de que Emanuel tinha encontrado o seu lugar no coração dos portugueses.

Mas foi no ano seguinte, em 1995, que Emanuel se tornou um fenómeno de popularidade inigualável com o lançamento do

Rei da Música Popular e o Artista Mais Popular, títulos que espelhavam a sua capacidade de mobilizar multidões e de criar um ambiente de festa e comunhão. A sua música tornou-se banda sonora de romarias, arraiais, casamentos e festas populares, cimentando o seu lugar no imaginário português. A era digital trouxe novos desafios e oportunidades, e Emanuel conseguiu adaptar-se e prosperar. Com o hit "O Ritmo do Amor (Kuduro)", ele alcançou um feito

Credito: DR

lebração não foi por acaso; Emanuel tem uma base sólida de fãs na diáspora portuguesa, que o acarinha e segue com entusiasmo. Além dos grandes palcos, Emanuel mantém uma presença constante na televisão portuguesa. No "Domingão" da SIC , ao lado de Luciana Abreu, ele viaja por todo o país, levando sua música e alegria diretamente ao público. Este formato, que combina performance musical com interações próximas com as comunidades locais, reforça a sua imagem de artista do povo, acessível e sempre pronto para animar. A carreira de Emanuel é um estudo de caso sobre longevidade e adaptabilidade na indústria musical. A sua transição de instrumentista e produtor para um intérprete carismático e um fenómeno de massa demonstra uma inteligência artística e uma compreensão profunda do que o público procura. Ele não apenas criou canções; ele um criou estado de espírito, uma celebração da vida e da alegria que se tornou convencional de Portugal. O termo "música pimba", que alguns poderiam ver como uma simplificação, foi na verdade uma validação do impacto cultural de Emanuel. É um reconhecimento de que ele, através da sua arte, moldou uma parte significativa da identidade musical portuguesa contemporânea. A sua música, com as suas letras simples e ritmos contagiantes, tornou-se um refúgio para muitos, um convite à dança e à libertação das preocupações quotidianas. Emanuel não é apenas um cantor; é um animador completo, um comunicador nato que sabe como cativar uma audiência. A sua energia no palco é contagiante, e a sua capacidade de criar um ambiente de festa é inigualável. Ele transcende géneros e gerações, unindo avós, pais e netos na mesma pista de dança. Em suma, o caminho de Emanuel é a história de um artista que, com humildade, trabalho árduo e um talento inegável, construiu um império musical e cultural. Ele não apenas colocou o seu nome no dicionário, mas também gravou o seu lugar na história da música portuguesa, provando que a verdadeira arte reside na capacidade de tocar os corações das pessoas e de criar momentos de pura felicidade. E enquanto houver festa em Portugal, o ritmo do Emanuel continua a tocar.

Aos sábados 7h30am Sábado às 10:30am | domingos 10am.

Palavras cruzadas Sudoku

O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em cada um dos quadrados vazios numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chamadas regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada um dos 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo.

1. Que se empenha, que se entrega; aplicado

2. Transferir (bem ou mercadoria) para outrem em troca de dinheiro

3. Mostrar ou manifestar gratidão, render graças; reconhecer

4. O pedal que fica à esquerda do freio, em carros com câmbio manual

5. Cuja temperatura varia entre o quente e o frio; pouco aquecido

6. Órgão do olfato, constitui a parte inicial das vias respiratórias

7. Ausência de vestimenta

8. O que é objeto da nossa mais alta aspiração; a solução perfeita

9. Construção com uma ou mais bicas por onde corre água; fonte

10. Impresso que acompanha medicamento e contém informações sobre ele

11. Movimentar-se no espaço de uma parte mais alta para uma mais baixa

12. Mulher que se dedica à religião, professando em alguma ordem; monja

13. Entidade das lendas europeias, de aspecto humano, orelhas pontudas e pequenina estatura

14. Utensílio de mesa, de três ou quatro dentes em uma das extremidades

15. Que tem gordura acima da usual; obeso, cheio, corpulento

Culinária por Rosa Bandeira

Jogo das 10 diferenças

Caça palavras

T R T R U C K E R S C M G B I

V E J Y S J M V G S A P X B L

A G Z O Z T V M O B N A R K S

C R C K M R S D M S A S C D A

I A P A P E L J N S D S A S D

N S R T W Q R H Z B A E M O A

A W X P P N P O N T E I I T R

S P H N W I R X I P O O O I T

C U O T M E O W N T T S N E S

Z L Y O W Y T O Y T T X I R E

Y T U R M Q E O K F A L S I L

L M O R E A S G A X W N T D Y

M H L E I S T I Q T A C A C T

W N A Q Q D O I M X C P S A L

B A N D E I R A P X D B G L S

TRUCKERS

CAMIONISTAS LEIS

CANADA

ESTRADAS

PASSEIOS

DIREITOS

VACINAS

REGRAS

OTTAWA

PROTESTO

PAPEL

TORRE

PONTE

BANDEIRA

Ingredientes

• 4 bifes de vitela

• 1 caixa de cogumelos cortados

• 200ml de demi glace

• 200ml de natas

• Azeite para fritar

• Sal e pimenta q.b.

Modo de preparação

Temperar os bifes em azeite com sal e pimenta. Corar os bifes em azeite ate dourarem de ambos os lados. Retirar os bifes e adicionar os cogumelos Deixar os cogumelos corar ligeiramente. Adicionar o demi-glace e cozinhar durante 5 a 8 minutos. Juntar as natas e mexer ate incorporar Recolocar os bifes no saute e deixar aquecer bem.

Bom apetite!

OLHAR COM OLHOS DE VER

CARNEIRO 21/03 A 20/04

Sente necessidade de tornar mais bonito e agradável o ambiente que o rodeia. Apetece-lhe comunicar, conviver e conhecer gente nova. Está numa fase em que sente vontade de apreciar o que tem de belo no seu quotidiano e saborear o que lhe dá prazer. Poderá fazer nesta altura um passeio com a pessoa que ama.

TOURO 21/04 A 20/05

Este é um período em que irá valorizar muito os bens que possui assim como os aspetos materiais da vida. Tire partido desta fase bastante intuitiva e proveitosa para negócios e aumente o seu património. Poderá sentir-se atraído a gastar o seu dinheiro em artigos que lhe deem prazer, tais como joias, peças de arte ou vestuário.

GÉMEOS 21/05 A 20/06

Durante esta semana poderá sentir que a sua atividade quotidiana se intensifica. O seu poder de comunicação e de expressão também está aumentado. É uma boa altura para estabelecer contactos, fazer pequenas viagens ou conversar com as pessoas com que lida habitualmente.

CARANGUEJO 21/06 A 20/07

Devido ao facto de a sua energia mental estar elevada, este é um bom momento para desenvolver trabalhos intelectuais. Comunicará o que pensa de maneira frontal, determinada, argumentando de forma convincente. Não deverá querer impor aos outros de forma egoísta as suas ideias e opiniões.

LEÃO 22/07 A 22/08

Ao longo deste período esse seu desejo de adquirir objetos belos e que contribuam para elevar o seu ego, pode levar a que cometa alguns excessos em termos financeiros. Sentirá também uma grande atração pelo sexo oposto que lhe pode trazer futuros benefícios. Aproveite para sair, ir a festas e brilhar no meio social.

VIRGEM 23/08 A 22/09

Durante este período a sua mente terá tendência para pensamentos menos definidos que lhe poderão provocar uma certa angústia, ansiedade, nervosismo ou insatisfação não justificáveis. Procure ultrapassá-los de uma forma positiva através de uma ocupação que o distraia, ou analisando problemas que prendam a sua atenção.

BALANÇA 23/09 A 22/10

Durante este mês, tudo o que é relativo a atividades de grupo estará mais desenvolvido. É um momento favorável para perceber o tipo de influência que estabelece com as outras pessoas e se se apercebe das necessidades individuais delas. Pode inclusivamente necessitar da ajuda delas para tomar alguma decisão.

ESCORPIÃO 23/10 A 21/11

Com Marte a transitar na sua Casa XI, vai estar numa fase em que não vai querer fazer nada por si só. Isto é, apetece-lhe tudo menos o isolamento. Aceite trabalhar em conjunto pois vai tirar bastante proveito desse projeto.

SAGITÁRIO 22/11 A 21/12

Este é um período de fé e confiança na vida e em si próprio. Aproveite esta fase de otimismo e segurança para se melhorar interiormente e alargar os horizontes. Quebre a rotina e atreva-se a fazer coisas novas. Faça atividades que o preencham cultural e espiritualmente. Estudos, viagens e leituras são boas opções.

CAPRICÓRNIO 22/12 a 20/01

Neste período de transformação poderá estar a vivenciar uma época que representa o fim de um ciclo e o início de outro. Isto poderá causar no seu íntimo algum abalo psicológico ou alguma insatisfação. Também no plano financeiro poderá haver alguma preocupação, eventualmente com os bens do seu cônjuge.

AQUÁRIO 21/01 A 19/02

O desejo de intimidade e empatia, conjuntamente com a sua sensibilidade que neste momento se encontra bastante recetiva e abrangente, poderá contribuir para um envolvimento amoroso. Aproveite e deixe fluir o seu poder de sedução. O diálogo, o debate e a troca de impressões a dois, está muito estimulado nesta semana.

PEIXES 20/02 A 20/03

Está numa altura em que necessita de harmonia e tranquilidade no seu ambiente íntimo. Neste momento apetece-lhe mais ficar no conforto do lar do que sair. Sente-se bem junto daqueles que ama e da sua família. Poderá querer receber os amigos em casa. Não deve cair em excessos e abusar dos doces ou da alimentação.

Soluções

Classificados

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Agenda comunitária

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Arsenal do Minho Anniversary Gala Dinner

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We’re thrilled to host a special Gala Dinner in honour of the 30th anniversary of our Grupo Folclórico! Although we reached our 25-year milestone during the pandemic and couldn’t celebrate, this time we’re making up for it. Come dressed to impress and help us celebrate this incredible journey. More informations: (416) 532-2328

Arsenal do Minho Festa São Martinho

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A Festa de São Martinho está de volta no dia 8 de novembro de 2025 e vocês não vão querer perder! Diretamente de Portugal, Os Marotos da Concertina para uma noite cheia de música, tradição e muita animação! Não se esqueçam de guardar esta publicação ou adicionar aos favoritos – em breve teremos mais novidades! Mais informações: (416) 532-2328

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