MOS Magazine #8 PT

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Há pouco mais de uma semana mandei cancelar o meu número de telefone. Achei que ainda utilizaria as funcionalidades do smart phone, mas nem isso se verificou. Partilho convosco como o processo foi tão natural para mim. Sempre fui muito desenrascada. Gosto de tecnologia e de tudo que torna a vida mais prática. O iphone foi para mim um presente bendito! Esse telemóvel fez-me muito feliz, utilizavao para quase tudo! Porém o meu estilo de vida mudou. Antes era capaz de ter todos os contactos de colegas da escola, de trabalho, de instituições e de tudo, mas agora tenho muito bem definido o que quero para mim. Minha análise dos últimos meses Desde o ano passado que praticamente não uso o telemóvel. Apercebi-me que ele não saía da gaveta. Quando me lembrava, porque alguém referia entrar em contacto, havia passado mais de uma semana e a sua bateria já havia descarregado. No mês de Fevereiro devo tê-lo posto a carregar umas duas vezes… no máximo. Os contactos têm sido sempre feitos pelo facebook, skype, email ou telefone do marido, dependendo da situação. Antes usava com frequência várias aplicações excelentes do iphone, mas incomodava-me a percepção de estar perdendo tanta coisa enquanto tinha a cabeça enfiada naquele écran. Por inúmeras vezes, vivenciei situações nos outros que me incomodavam e faziam desejar não ser essa personagem principal: aquela pessoa que durante uma conversa ou refeição fica insistentemente controlando as notificações do telemóvel, haja ou não alguma notificação; a dona daquele telefone que toca no meio de um concerto, de uma reunião importante ou num local sagrado, mesmo sabendo que às vezes isso acontece por pura distração ou esquecimento… a verdade é que esse tipo de coisas acontece todos os dias e o tempo que o telemóvel nos suga é bem maior do que parece!

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