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PARCERIAS
Caríssimos leitores,
Sejam bem-vindos à 38.ª edição da Lifesaving!
Trazemos-vos mais uma edição repleta de conteúdos úteis, atuais e cativantes pensados tanto para o público em geral como para os profissionais que atuam ou têm interesse na área da emergência pré-hospitalar.
Abrimos este número com o nosso habitual Minuto VMER, onde a Dr.ª Isabel Rodrigues nos apresenta o artigo “Entender a Insuficiência Respiratória”. Na sequência deste tema, o Dr. Luís Costa apresenta, na rubrica Infosaving, uma abordagem visual e prática à Dispneia
No Journal Club, a Dr.ª Ana Rita Clara compara os protocolos FAST e BE-FATS, destacando a sua relevância no reconhecimento do enfarte em contexto pré-hospitalar.
Passando à farmacologia, a Dr.ª Mónica Fonseca e o Dr. Luís Costa partilham informações essenciais sobre as Intoxicações por Cetamina, enquanto a Dr.ª Catarina Monteiro nos expõe detalhadamente o Midazolam, no artigo submetido para a rubrica Fármaco Revisitado
Sensíveis aos desafios atuais, o Enf. Abílio Rodrigues ensina-nos o que fazer perante um parto eminente, e o Enf. Nuno Ribeiro lança uma reflexão na sua Tertúlia, abordando “a responsabilidade e a pressão, quando segundos podem salvar uma vida”
Na mesma linha de pensamento, a Enf.ª Sílvia Labiza divulga-nos uma scoping review sobre o Síndrome de Burnout e as estratégias de coping entre enfermeiros que lidam diariamente com pessoas em situação crítica, em mais um inspirador Cuidar de Nós
Esta edição destaca, assim, a responsabilidade, a pressão, a emoção e a exposição vividas pelos profissionais de saúde no terreno — temas que merecem reflexão e reconhecimento.
Esperamos que desfrutem desta leitura tanto quanto nós gostámos de prepará-la.
Boa leitura!
Pl’a Equipa Lifesaving

Pedro Lopes Silva CO-EDITOR-CHEFE
Enfermeiro VMER pgsilva@chalgarve.min-saude.pt
MOMENTOS DE INSPIRAÇÃO
"Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre"
Albert Einstein 1879 - 1955
Físico, matemático, professor, e ativista político













MINUTO VMER
ENTENDER A INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA EM 1, 2, 3... IV!
INTOXICAÇÕES NO PRÉ-HOSPITALAR ABORDAGEM PRÉ-HOSPITALAR À VÍTIMA DE INTOXICAÇÃO POR CETAMINA
JOURNAL CLUB
INFOSAVING - A RUBRICA DE INFOGRAFIAS DA LIFESAVING. EMERGÊNCIAS MÉDICAS NO ADULTO - DISPNEIA
FÁRMACO REVISITADO MIDAZOLAM
O QUE FAZER EM CASO DE TRABALHO DE PARTO
CUIDAR DE NÓS SÍNDROME DE BURNOUT E COPING NA PRÁTICA DE ENFERMAGEM À PESSOA EM SITUAÇÃO CRÍTICA: UMA SCOPING REVIEW
TERTÚLIA VMERISTA
TESOURINHO VMERISTA + CONGRESSOS E CURSOS
PÁGINAS ABC
PÁGINAS APEMERG
BEST SITES
BEST APPS
SUGESTÕES DE LEITURA
CRITÉRIOS DE PUBLICAÇÃO
ESTATUTO EDITORIAL


1Serviço de Medicina Intensiva, ULS de São José
A insuficiência respiratória (IR) é caracterizada pela incapacidade em assegurar uma oxigenação arterial adequada e/ou uma eliminação eficaz de dióxido de carbono. Uma das causas mais comuns de ativação da viatura de emergência médica. Apesar de ser uma entidade prevalente, as suas causas podem ser variadas e para a sua correta abordagem os mecanismos fisiopatológicos devem ser conhecidos. Existem quatro tipos de insuficiência respiratória: o tipo I é caracterizado por hipoxémia isolada, o tipo II é caracterizado por hipoxemia hipercápnica. O tipo III não é provável de encontrar em contexto pré-hospitalar, dado que se refere à insuficiência em situação peri-operatória. No entanto, a insuficiência respiratória tipo IV, caracterizada pelo desequilíbrio do consumo metabólico (por exemplo, em doentes com instabilidade hemodinâmica), carece de uma abordagem terapêutica diferente das insuficiências previamente descritas, que será discutida adiante. O tipo I e II são os mais comuns (ex: asma, DPOC, pneumonia) e respondem à abordagem convencional de uma insuficiência respiratória. Por serem comuns e com fisiopatologia
amplamente conhecida, não serão o âmbito deste artigo.2,3
Insuficiência tipo IV
A incapacidade do sistema respiratório responder ao aumento do consumo de oxigénio é a base fisiopatológica da insuficiência respiratória tipo IV. Este aumento de necessidades deve-se, na maior parte dos doentes, a aumento do metabolismo, como acontece por exemplo no doente séptico. A evolução deste tipo de insuficiência respiratória é semelhante às restantes, com aumento do esforço respiratório que pode culminar em exaustão respiratória.1 Para distinguir a insuficiência respiratória tipo IV das restantes é necessário uma abordagem sistemática do doente crítico (e.g. ABCDE), que fornecerá dados relevantes para o diagnóstico diferencial, como por exemplo os sinais de má perfusão (ex.
mottling score, viscosidade da pele, aumento de tempo de reperfusão capilar). O mecanismo de hipoxemia decorre da hipoperfusão (diminuição da entrega), e/ouda disfunção mitocondrial (disóxia) nos tecidos periféricos; por isso, o processo patofisiológico reside não no sistema respiratório mas primariamente na disfunção hemodinâmica e/ou celular. São etiologias comuns o choque (ex. séptico, hipovolémico, cardiogénico), intoxicação (ex. cianeto e metemoglobinémia) e estados hipermetabólicos (ex. golpe de calor, tirotoxicose). Do ponto de vista terapêutico, além da otimização possível da oxigenação/ ventilação (comum aos vários tipos de IR), o tratamento personalizado da IR tipo IV é fundamental, associando à estabilização hemodinâmica medidas para diminuição do consumo celular e, quando possível, o tratamento dirigido da etiologia provável.1,2,3
TIPOS DE INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
Insuficiência Respiratória Características
Tipo I Hipoxémia
Tipo II Hipoxémia hipercápnica
Tipo III Peri-operatória
Tipo IV Aumento das necessidades de oxigénio



TAKE-HOME MESSAGES
• Há quatro tipos de insuficiência respiratória: hipoxémica, hipercápnica, peri-operatória e high demand.
• A oxigenoterapia é o pilar da abordagem da insuficiência respiratória, mas é insuficiente na tipologia IV.
• Uma colheita de história clínica e a sua integração com o exame objetivo e no compromisso hemodinâmico sistémico é fundamental nestes doentes, mesmo no contexto do pré-hospitalar.
• Apesar de não ser a tipologia mais comum da insuficiência respiratória, esta deve ser pesquisada para a sua correta abordagem

BIBLIOGRAFIA
1. The Washington Manual of Medical Therapeutics. Respiratory Failure[Internet]. Unbound Medicine; [cited 2025 Aug 17]. Available from: https://www. unboundmedicine.com/washingtonmanual/view/ Washington Manual-of-MedicalTherapeutics/602550/all/Respiratory_Failure
2. Gündoğan K, Sahin T, Karahan S, Aksoy K. Sepsis-induced mitochondrial dysfunction: A narrative review. J Intensive Care. 2023;11(1):30.
3. Pierson DJ. Respiratory Failure: Practice Essentials, Background, Pathophysiology [Internet]. Medscape; 2023 [cited 2025 Aug 17]. Available from: https://emedicine.medscape. com/article/167981-overview




Luis Costa1, Mónica Fonseca2
1Anestesiologista, ULS Algarve – Unidade de Faro
2VMER de Faro e Albufeira, INEM – CODU DRS
INTRODUÇÃO
A Cetamina é uma substância estruturalmente semelhante à fenciclidina (PCP), um anestésico dissociativo que também é utilizado como droga recreativa. Apesar de ambas proporcionarem analgesia e amnésia sem causar a depressão cardiovascular e respiratória frequentemente associada aos anestésicos tradicionais, a Cetamina possui cerca de um décimo da potência da PCP e provoca disforia e alucinações de forma menos intensa1
Apesar dos derivados de PCP constituírem uma pequena percentagem das novas substâncias psicoativas reportadas, o abuso de Cetamina tem aumentado nas últimas décadas, ocorrendo frequentemente em combinação com outras substâncias, incluindo álcool, anfetaminas, MDMA, cocaína e cafeína. A crescente utilização ilícita, abuso, desvio e tráfico de Cetamina, sobretudo entre os jovens, configuram uma preocupação crescente a nível mundial descrita no Relatório Mundial sobre Drogas de 2015 da ONU2
Inicialmente conhecida como CI-581, a Cetamina foi sintetizada pela primeira vez pelo químico Calvin Stevens em 1962 e aprovada para utilização em humanos na década de
70, tendo sido o anestésico mais utilizado em conflitos armados desde a sua descoberta1
Fora das indicações formais em procedimentos cirúrgicos, doses subanestésicas de Cetamina também são utilizadas no controle da dor aguda e crónica, na sedação e no tratamento da depressão refratária. Os efeitos psicomiméticos da Cetamina contribuíram para a sua popularidade como droga recreativa. Em doses baixas, os seus efeitos eufóricos e dissociativos são conhecidos como "k-land"; em doses mais altas, os efeitos de imobilização e alucinações são descritos como estar em um "k-hole"1
No contexto do uso recreativo ilegal, a Cetamina é conhecida por diversos nomes de rua, como "K" , "vitamina K", "super K", "special K", "super C", "special LA coke", "jet", "superácido" e "verde".
A Cetamina tem efeitos diretos como o antagonismo não competitivo do recetor de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA), antagonismo dos recetores de acetilcolina muscarínicos e nicotínicos, bloqueio de canais de sódio e potássio, ativação de recetores Mu do sistema opióide,
ativação de recetores de dopamina
D2 de alta afinidade e canais de cálcio tipo L ativados por voltagem, assim como a inibição do ácido gama-aminobutírico (GABA). Os seus efeitos indiretos relacionam-se com o aumento da libertação sistémica de substâncias como a noradrenalina, dopamina e serotonina1
CLÍNICA E SINTOMATOLOGIA
A toxicidade da Cetamina pode resultar do seu uso médico ou do uso recreativo indevido, comumente através de injeção intravenosa, intramuscular, inalação ou consumo oral.
A sua toxicidade pode manifestar-se principalmente por sintomas neurológicos, cardiovasculares e psiquiátricos, que variam conforme a dose e se o uso ocorreu em ambiente médico ou ilícito. A definição da dose letal é a quantidade de droga que resulta na morte em 50% dos animais experimentais testados. Estudos recentes estimaram que a dose letal é em média de 10 mg/kg por via endovenosa, cerca de 700 miligramas para um humano de 70 quilogramas3 Os seguintes sintomas podem estar presentes durante a intoxicação por Cetamina: alteração do estado de consciência, nistagmo (horizontal, vertical ou rotatório), midríase,


sialorreia, hipertensão arterial, taquicardia, palpitações, arritmias, dor torácica, dor abdominal, sensibilidade abdominal, náuseas, vómitos, desorientação, paranoia, disforia, ansiedade, confusão, tonturas, ataxia, disartria, trismo, rigidez muscular, reações psicomotoras, psicomiméticas ou distónicas agudas3.
Os sintomas mais preocupantes numa situação de overdose, infusão excessivamente rápida ou combinados com outras drogas incluem a depressão respiratória, laringospasmo, apneia, hipotensão arterial, bradicardia, enfarte agudo do miocárdio, convulsões e coma.
ABORDAGEM
Normalmente, apenas cuidados de suporte segundo o protocolo ABCDE são necessários para doentes com toxicidade por Cetamina. Os seus efeitos sistémicos podem ter uma duração entre 15 minutos a várias horas, dependendo da dose, da via de administração, da capacidade metabólica e da sensibilidade individual.
Se a Cetamina foi ingerida, especialmente em grandes quantidades ou com outros medicamentos, o carvão ativado (1 g/kg, com uma dose oral máxima de 50 g) pode ser utilizado para descontaminação gastrointesti-
nal, devendo ser evitado em pacientes com vias aéreas desprotegidas ou sons intestinais ausentes.
Aconselha-se a utilização de benzodiazepinas como Lorazepam (2 mg a 4 mg IV ou IM) ou Diazepam (5 mg a 10 mg IV) na presença de agitação, efeitos psicomiméticos, hipertensão arterial, hipertermia e convulsões4 .
As butirofenonas, incluindo o Haloperidol, são uteis para tratar episódios psicóticos e agitação, administrado em doses de 5 mg a 10 mg IM a cada 10 a 15 minutos até que uma sedação adequada seja alcançada. No entanto, a diminuição dos limiares de convulsão, o prolon-
gamento do intervalo QT e a torsades de pointes estão correlacionadas com o seu uso prolongado4 Agonistas alfa-2, como a Clonidina (2 a5 mcg/kg PO ou IV), podem tratar ou prevenir os efeitos psicomiméticos da Cetamina, aumentar a estabilidade hemodinâmica ao diminuir a pressão arterial e proporcionar sinergia com os efeitos analgésicos da Cetamina.
A atropina (200 a 400 mcg) ou o glicopirrolato (200 mcg) podem prevenir e tratar a sialorreia associada ao uso de Cetamina.
A utilização de cristaloides é aconselhada devido ao risco de desidratação. É necessário um exame minucioso à procura de indícios de trauma, uma vez que lesões secundárias à intoxicação por Cetamina podem ocorrer devido à diminuição da perceção da dor.
Os doentes devem ser mantidos sob monitorização contínua por 1 a 2 horas após a resolução do último sintoma; caso estejam assintomáticos devem ser observados durante seis horas. O suporte hospitalar deve incluir a manutenção da patência da via aérea, a função ventilatória e circulatória, uma vez que a Cetamina pode potencialmente causar comprometimento cardiopulmonar, especialmente quando tomada em combinação com outras drogas4
TAKE HOME MESSAGES
• O uso recreativo da Cetamina tem uma tendência crescente a nível europeu, sendo que Portugal é um dos países com maior consumo;
• O mecanismo principal é o antagonismo do recetor NMDA, assim como a libertação sistémica de aminas vasopressoras;
• Os principais sintomas são as alucinações, reações psicomotoras ou distónicas agudas, taquicardia e hipertensão arterial;
• A abordagem deve seguir o protocolo ABCDE e é principalmente de suporte;
• Em situações de agitação psicomotora a primeira linha de tratamento é o Lorazepam ou o Diazepam

BIBLIOGRAFIA
1. Orhurhu VJ, Vashisht R, Claus LE, et al. Ketamine Toxicity. [Updated 2023 Jan 30]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025 Jan
2. Bokor G, Anderson PD. Ketamine: an update on its abuse. J Pharm Pract. 2014 Dec;27(6):582-6
3. Sarton E, Teppema LJ, Olievier C, Nieuwenhuijs D, Matthes HW, Kieffer BL, Dahan A. The involvement of the mu-opioid receptor in ketamine-induced respiratory depression and antinociception. Anesth Analg. 2001 Dec;93(6):1495-500
4. Tobias JD, Leder M. Procedural sedation: A review of sedative agents, monitoring, and management of complications. Saudi J Anaesth. 2011 Oct;5(4):395-410








1Médica de Medicina Intensiva, Medicina de Urgência e Emergência e Medicina Interna da UCI CR-ECMO e UCI-CCT, ULS São José, Médica SHEM Algarve

https://orcid.org/0000-0002-5587-0842
Os avanços no tratamento do Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico, como a trombólise e a trombectomia mecânica, indicam que a detecção e o tratamento precoces podem reduzir até 85% os danos cerebrais graves e as mortes associadas à doença (Patil et al., 2022; Perry et al., 2022). O reconhecimento do AVC isquémico agudo em contexto pré-hospitalar é benéfico, uma vez que minimiza o atraso no tratamento definitivo, associado à redução da morbimortalidade de forma custoefectiva (Perry et al., 2022; Aliet al., 2024; Lossius et al., 2005). A prénotificação referente à admissão de um doente com potencial AVC foi estabelecida para reduzir a mortalidade hospitalar associada à doença (Nielsen et al., 2022). A disponibilidade de ferramentas que possam auxiliar na identificação de potenciais AVC em ambientes pré-hospitalares é fundamental para
facilitar a pré-notificação destes casos e aumentar as probabilidades de um desfecho favorável. Uma das escalas amplamente utilizadas para a detecção préhospitalar de AVC é a escala de face, braço, fala e tempo (FAST), que auxilia a população e os profissionais de saúde a identificar os sintomas agudos precoces de AVC para cuidados médicos rápidos (Harbisonet al., 2003). Esta escala inclui os sintomas mais comuns, de pelo menos 80% dos casos, que constituem AVC anterior (Aroor et al., 2017). Os restantes 20% compreendem AVC posterior, frequentemente caracterizado por sintomas vagos, como tonturas, alterações visuais, cefaleia e desequilíbrio (Kim, 2020). Para melhorar a deteção de AVC posterior, o "equilíbrio" e o "olho" foram incorporados na escala FAST, resultando numa nova ferramenta: a BE-FAST (equilíbrio, olhos, face, braço, tempo de fala), que pode ser considerada uma ferramenta
alternativa para o reconhecimento de sinais precoces de AVC (El Ammar et al., 2020; Tanglay et al., 2024). No entanto, o seu desempenho na prática clínica diária necessita de ser apurado. Esta revisão sistemática da literatura teve como objetivo comparar a eficácia do FAST e do BE-FAST na identificação dos primeiros sinais de AVC isquémico agudo em ambiente pré-hospitalar.
Foi realizada uma pesquisa sistemática na literatura no dia 16 de fevereiro de 2024. Os autores do artigo pesquisaram em quatro bases de dados: MEDLINE, ProQuest, CINAHL e PubMed. O motor de pesquisa Google Scholar foi utilizado para identificar quaisquer outras publicações relevantes noutras bases de dados. Palavras-chave: acidente vascular cerebral isquémico, pré-hospitalar ou ambulância, e FAST ou BE-FAST. Os estudos focaram-se em doentes com suspeita de AVC em


ambiente pré-hospitalar, como serviços de emergência médica (SEM) e centros de comunicação médica de emergência.
A pesquisa bibliográfica resultou em 367 estudos selecionados por título e resumo, resultando na inclusão final de sete artigos. Foram incluídos quatro estudos prospectivos e três retrospectivos. Um estudo incluiu o FAST e o BE-FAST (Pickham et al., 2019), enquanto os restantes seis reportaram apenas o FAST (Bergs et al., 2010; Fothergill et al., 2013; Berglundet al., 2014; Williams et al., 2017; Hansson et al., 2019; Saberian et al., 2020). O tamanho da amostra de cada estudo variou entre 31 a 2.096 doentes. A qualidade global dos artigos foi classificada como suficiente.
Os doentes foram selecionados com base na suspeita de sintomas de AVC pelos profissionais de saúde préhospitalar. Em alguns estudos, os doentes foram assistidos por enfermeiros do Serviço de Emergência Médica (SEM), alguns pelo serviço de ambulância e outros por técnicos de emergência médica. A prevalência de AVC nas populações estudadas variou entre 40,5% a 63%.
É importante referir que os doentes com acidentes isquémicos transitórios (AIT) foram contabilizados como casos positivos de AVC em quatro estudos, enquanto três outros estudos não incluíram o AIT na sua definição de acidente cerebral. As medidas de desempenho relatadas variaram amplamente entre os estudos. Pickham et al., 2019, foi o único estudo a investigar os valores prognósticos do FAST em comparação com o BE-FAST no diagnóstico pré-hospitalar de AVC. Os doentes com suspeita de AVC foram incluídos pelos profissionais de emergência médica (SEM), que receberam 1 hora de formação, de acordo com um manual desenvolvido pelo Director Médico do Serviço de Emergência Médica da região. A sensibilidade reportada do BE-FAST foi superior (91% vs. 76%), embora o FAST se tenha mostrado ligeiramente mais eficaz na exclusão correcta do AVC, com uma especificidade de 68% em comparação com 53% do BE-FAST. No entanto, estas diferenças não foram estatisticamente significativas. A sensibilidade do FAST variou entre os outros estudos, indo de 64% a 97%. A especificidade variou amplamente entre os estudos, com
valores que variaram entre 13% a 76,9%. No geral, o FAST foi mais eficaz na deteção precisa de casos de AVC (sensibilidade) do que na exclusão precisa de AVC (especificidade). A maior sensibilidade (97%) e a menor especificidade (13%) foram relatadas por Fothergill et al., 2013. Neste estudo, o score FAST foi reconstruído a partir da ferramenta de reconhecimento de AVC na sala de emergência (ROSIER), uma escala de AVC de 7 pontos.
Os estudos mostraram que três em cada quatro doentes FAST positivos na ambulância terão um AVC ou AIT diagnosticado no hospital.
O principal objectivo desta revisão foi comparar as ferramentas de reconhecimento de AVC, a FAST e a BE-FAST, quanto à sua eficácia na detecção de sintomas de AVC agudo em ambientes pré-hospitalares. A revisão identificou apenas um estudo que comparou o FAST e o BE-FAST directamente, reportando que as duas ferramentas têm uma sensibilidade aceitável, o que implica que são razoavelmente eficazes na detecção de sinais e sintomas de AVC agudo. No entanto, os
resultados globais da revisão não são conclusivos, dado que a maioria dos estudos selecionados se concentrou apenas no FAST. É também importante salientar que a heterogeneidade dos estudos, especialmente na seleção da amostra e no desenho do estudo, dificultou a comparação directa entre os resultados para desfechos conclusivos.
Embora o FAST demonstre taxas de sensibilidade relativamente elevadas, aproximadamente 3% a 36% dos casos de AVC permanecem sem detecção com a utilização desta ferramenta.
O BE-FAST foi desenvolvido para aumentar a sensibilidade através do melhor reconhecimento de AVC da circulação posterior. Pickham et al (2019), o único estudo que se focou em ambas as escalas, descobriu que o BE-FAST foi mais sensível para detectar AVC isquémico com especificidade ligeiramente menor. Uma revisão sistemática de Chen et al (2022), que incluiu avaliações da escala de AVC intra-hospitalar, descobriu que o BE-FAST tinha um valor diagnóstico mais elevado, embora a diferença não fosse clinicamente significativa. Huwez e Casswell (2013) observaram que o FAST e o BE-FAST diagnosticam eficazmente o AVC agudo, especialmente nas suas fases iniciais. Ambas as ferramentas demonstram especificidades relativamente baixas, o que implica que podem não fornecer uma confirmação precisa e fiável da ausência de AVC agudo. Perry et al (2022) confirmaram achados semelhantes, referindo que as
ferramentas são concebidas para detectar sinais e sintomas de AVC, em vez de confirmar o diagnóstico. Escolher a ferramenta (BE-FAST vs FAST) mais eficaz no reconhecimento de sintomas positivos de AVC pode ser um marco significativo nos esforços de detecção e tratamento de AVC pré-hospitalar. Estas ferramentas têm como principal objectivo facilitar o tratamento atempado, por exemplo, através da activação directa da via verde de AVC antes da chegada ao hospital. Jones et al (2021)
exploraram as características dos doentes que não são inicialmente identificados na avaliação préhospitalar. Alguns dos sintomas observados em casos falso-negativos incluem tonturas, náuseas, problemas de fala e deterioração do estado mental. Possíveis melhorias no FAST e no BE-FAST poderão considerar estes sintomas e estabelecer uma abordagem para os identificar no contexto pré-hospitalar. No entanto, a especificidade das escalas também deve ser tida em conta, uma vez que um elevado número de activações do código AVC para doentes com AVC falsamente classificados terá impacto na alocação de recursos do hospital e na logística operacional.
Esta revisão sistemática teve como objectivo investigar a eficácia do FAST vs BE-FAST como ferramentas de diagnóstico para o reconhecimento de AVC isquémico em ambientes pré-hospitalares. A ausência de pontuações BE-FAST em seis dos sete estudos dificulta a
obtenção de uma conclusão geral mais coesa sobre qual a escala que apresenta o melhor desempenho. Ambas as escalas de rastreio podem ser úteis para os elementos de emergência médica no diagnóstico de potenciais casos de AVC, embora a especificidade das escalas seja geralmente baixa. O BE-FAST pode ser mais sensível para detetar AVC, mas isso precisa de ser confirmado em pesquisas futuras.
As seguintes recomendações podem ser feitas:
• Tanto o FAST como o BE-FAST podem ser utilizados por profissionais dos serviços de emergência treinados para melhorar a detecção precoce de AVC para tratamento atempado.
• A validação prospectiva do BE-FAST como ferramenta de rastreio pré-hospitalar é necessária para confirmar a sua superioridade no reconhecimento de doentes com AVC isquémico.
• As ferramentas de diagnóstico em ambiente pré-hospitalar podem ser melhoradas acrescentando mais recursos com base nos sintomas habitualmente observados em casos falso-negativos




INFOSAVING
Luis Miguel Costa1 1Anestesiologia ULS Algarve
Caros leitores,
É com enorme satisfação que vos apresentamos a nova edição da Infosaving – Emergências Médicas no Adulto: Dispneia. Esta é a primeira de uma série de infografias sobre as principais patologias encontradas no ambiente pré-hospitalar.
As infografias permitem converter grandes volumes de informação técnica em representações visuais simples e intuitivas, destacando os aspetos essenciais e estruturando o conteúdo de forma lógica e acessível. Este formato estimula simultaneamente a memória visual e a capacidade de retenção, facilitando a aprendizagem e recordação de algoritmos, manobras e orientações em momentos de elevada exigência.
Diversos estudos demonstram que o cérebro processa conteúdos visuais com maior rapidez e eficácia do que texto isolado, o que potencia significativamente a retenção de informação a longo prazo. No contexto médico, esta abordagem é particularmente vantajosa para profissionais que necessitam de rever procedimentos críticos de forma imediata, assegurando uma resposta rápida e precisa.

Convidamos todos os leitores da Lifesaving a partilharem connosco sugestões de temas complexos e pertinentes no âmbito
pré-hospitalar. O nosso compromisso é transformá-los em conteúdos claros, intuitivos e de fácil compreensão



EMERGÊNCIAS MÉDICAS NO ADULTO - DISPNEIA

OXIGENIOTERAPIA PARA ALVO SpO2 > 95% / Grávida > 97% / DPOC 88 – 92%
COLOCAR O DOENTE EM POSIÇÃO SENTADO / SEMI-SENTADO / EVITAR ATIVIDADE OU ESFORÇOS

SE SINAIS DE FALÊNCIA RESPIRATÓRIA (AEC / FADIGA EXTREMA / CIANOSE CENTRAL)
VENTILAÇÃO ASSISTIDA (SE FR < 8 cpm / FR > 35 cpm) SEM AEC
ANAFILAXIA A
VENTILAÇÃO MECÂNICA (TOT / ML / VC 6 – 8 mL/kg / FR 12 – 15 / PEEP 5)
Reação de hipersensibilidade + sintomatologia aguda após contacto com alergénio
URTICÁRIA / DIAFORESE / NAUSEA / ANGIOEDEMA / BRONCOESPASMO / HIPOTENSÃO / ARRITMIAS

REMOVER O ALERGÉNIO SEMPRE QUE POSSÍVEL
ADRENALINA INTRAMUSCULAR (1:1000) 1
FACE ANTERO-LATERAL DO TERÇO MÉDIO DA COXA
REPETIR SE INSTABILIDADE HEMODINÂMICA FLUIDOTERAPIA (CRISTALÓIDE) 2
ALÍVIO DO EDEMA / ÚTIL NA CRISE ALÉRGICA SIMPLES
(IV / IM) 4
(IV / IM) 3 2 mg PREVENÇÃO REAÇÃO BIFÁSICA E RECORRÊNCIA DO QUADRO
mg q5m
– 1 L
ASMA C
Doença inflamatória crónica com limitação reativa e reversível do fluxo aéreo
AGUDIZAÇÃO PODE OCORRER APÓS EXERCÍCIO FÍSICO, EXPOSIÇÃO A ALERGÉNIOS E A FÁRMACOS

GRAVIDADE CLÍNICA DEPENDE DO GRAU DE DISPNEIA / INSTABILIDADE HD E GRAU DE CONSCIÊNCIA
LIGEIRA MODERADA GRAVE
SALBUTAMOL + BROMETO IPRATRÓPIO (INALAÇÃO / NEBULIZAÇÃO) 1
POSOLOGIA DEPENDE DA GRAVIDADE CLÍNICA E FORMA DE ADMINISTRAÇÃO
POSOLOGIA BAIXA POSOLOGIA ALTA
2 puff 0.25 mg 4 puff 0.5 mg
SE REFRATÁRIO REPETIR O SALBUTAMOL 15 em 15 MINUTOS / BROMETO IPRATRÓPIO 4 em 4 HORAS
SALBUTAMOL (SC / IM) SE TRATAMENTO REFRATÁRIO 0.5 mg
HIDROCORTISONA (IV / IM) 2 200 mg
ADMINISTRAÇÃO PRECOCE É FUNDAMENTAL
SULFATO DE MAGNÉSIO (IV) 3 2 g / 50 mL SF
SE REFRATÁRIO / CUIDADO COM HIPOTENSÃO E HIPERMg
ADRENALINA SUBCUTÂNEA (1:1000) 4 0.3 mg q30m
SE REFRATÁRIO / EFEITO BRONCODILATADOR
CETAMINA (IV / IM) 5 1 mg / kg
SE REFRATÁRIO / CUIDADO COM EFEITO SIMPATICOMIMÉTICO
EDEMA AGUDO DO PULMÃO

HIPOTENSÃO REFRATÁRIA / TERAPÊUTICA COM BETA-BLOQ. GLUCAGON (IV) 6 0.5 – 1 mg
Doença inflamatória crónica com limitação progressiva não reversível do fluxo aéreo
AGUDIZAÇÃO PODE OCORRER APÓS INFEÇÃO RESPIRATÓRIA, INSUFICIÊNCIA CARDIACA, etc
Acumulação de líquido alveolar com insuficiência respiratória hipoxémica
CAUSADO POR EAM / ARRITMIAS / INTOXICAÇÕES / HTA / INSUFICIÊNCIA RENAL / ANEMIA / TEP
FERVORES INSPIRATÓRIOS / SINAIS DE SOBRECARGA DIREITA / EDEMA PERIFÉRICO TRATAMENTO DEPENDE DO PERFIL HEMODINÂMICO
VERIFICAR PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ANTES DE INICIAR TERAPÊUTICA

Risco agravamento da retenção de CO2 com redução do estímulo ventilatório / aumento shunt V/Q
SALBUTAMOL + BROMETO IPRATRÓPIO (INALAÇÃO / NEBULIZAÇÃO) 1
BASE DO TRATAMENTO / ASSOCIAÇÃO COM EFEITO SINÉRGICO SEM AUMENTO DE E.LATERAIS
TITULAR OXIGÉNIO PARA SpO2 88 – 92% 4 puff q5m 0.5 mg q20m
HIDROCORTISONA (IV / IM) 2 200 mg
SE PREVISÃO DE INTERNAMENTO HOSPITALAR
VENTILAÇÃO NÃO-INVASIVA (BIPAP) 3
SE SINAIS SUGESTIVOS DE FALÊNCIA RESPIRATÓRIA IMINENTE

TAS < 90 mmHg NORMOTENSIVO TAS 90 – 140 mmHg
DOPAMINA IV 2 – 10 ug/kg/min
Diluir 400 mg / 50 mL SF (8 mg/mL)


TAS > 140 mmHg
FUROSEMIDA IV 40 – 60 mg
MORFINA IV 2 mg q5m
DINITRATO ISOSSORBIDA IV 1 – 2 mg q5m
INICIAR CPAP BOUSSIGNAC / SE FADIGA BIPAP / SE FALÊNCIA RESPIRATÓRIA V. MECÂNICA
EDITOR


LUIS MIGUEL COSTA Anestesiologista na ULS Algarve



Araújo1
O midazolam é uma benzodiazepina de curta duração de ação, amplamente utilizada em contexto de emergência dadas as suas propriedades ansiolíticas, sedativas, amnésicas e anticonvulsivantes.
No contexto pré-hospitalar tem muita utilidade pela sua rápida atuação, facilidade de administração e perfil farmacocinético favorável.1
Formas de Apresentação e Conservação
Encontra-se disponível sob a forma de ampola (1, 3, 5 ou 10 mL) com concentrações de 1 ou 5 mg/mL), solução oral e formulação intranasal.2,3
Em contexto pré-hospitalar, a forma injetável é a mais utilizada, seja por via intravenosa (IV), intramuscular (IM), subcutânea (SC) ou intranasal (IN).1
Deve ser armazenado em temperatura ambiente controlada (inferior a 25 °C) e protegido da luz direta. As soluções diluídas de midazolam são estáveis à temperatura ambiente durante 24 horas (após a abertura da ampola).3
Posologia e Modo de Administração
É um fármaco que requer titulação personalizada ao doente e
administração lenta.
A posologia e via dependem da indicação e condição clínica:
• Crise convulsiva: 0,2 mg/kg por via intranasal ou bucal (máximo 10 mg), dose única; 0,2 mg/kg IV bólus, repetir a cada 5 minutos até supressão das convulsões (máximo 2 mg/Kg em adultos) ou perfusão 0,1 mg/Kg/h até supressão das convulsões.4,5
• Sedação para procedimentos: dose inicial IV 2-2,5 mg, com titulação de 1 mg até uma dose total de 3,5-7,5 mg, em adultos.3
• Indução da anestesia: 0,15-0,2 mg/Kg IV em adultos.3
• Agitação psicomotora: 5–10 mg IM ou IN.1
Farmacocinética
O midazolam apresenta rápida absorção por via IV e IN. Tem um volume de distribuição em equilíbrio de 0,7-1,2 litro/kg, com percentagem de ligação às proteínas plasmáticas (principalmente albumina) de 96-98%.3 Sofre biotransformação no fígado, com hidroxilação pela enzima CYP3A4, sendo o principal metabolito o α-hidroximidazolam. Tem uma semi-vida de eliminação entre 1,5 e 2,5 horas, podendo estar prolongada
em idosos, obesos ou doentes com insuficiência hepática ou renal. A excreção ocorre sobretudo por via renal (60-80%).
Farmacodinâmica
O midazolam é um derivado do grupo das imidazobenzodiazepinas. Liga-se aos recetores GABA-A como agonista alostérico positivo, aumentando a frequência de abertura dos canais de cloro com consequente hiperpolarização neuronal. Tem uma curta duração de ação devido à rápida transformação metabólica, com efeito sedativo, indutor do sono, ansiolítico, anticonvulsivante e miorrelaxante. A administração intravenosa provoca amnésia anterógrada de curta duração.1,3
Indicações Terapêuticas
• Interrupção de crises convulsivas, incluindo estado epiléptico.4
• Sedação para procedimentos.1
• Controlo de agitação psicomotora grave.6
• Pré-medicação para intubação orotraqueal/indução da anestesia, em associação com outros agentes.3
• Sedação em Unidade de Cuidados Intensivos.3


Contraindicações
Incluem hipersensibilidade a benzodiazepinas, à substância ativa ou qualquer um dos excipientes do fármaco; utilização do fármaco para sedação consciente em doentes com insuficiência respiratória grave ou depressão respiratória aguda. Não deve também ser administrado a recém-nascidos.3
Efeitos Adversos
Sistema cardiorrespiratório: Depressão respiratória, apneia, dispneia, laringoespasmo, hipotensão, alterações do ritmo cardíaco, paragem respiratória e/ou cardíaca.3
Sistema nervoso/perturbações de foro psiquiátrico: Sonolência e sedação prolongada, redução da vigília, confusão, euforia, alucinações, fadiga, cefaleias, tonturas, ataxia, sedação, amnésia anterógrada. Reações paradoxais como agitação, movimentos involuntários (incluindo convulsões tónico-clónicas e tremores musculares), hiperatividade, agressividade, excitação paroxística e agressão. Pode causar tolerância e/ou dependência se utilizado por períodos prolongados.3
Sistema gastrointestinal: Náuseas, vómitos, obstipação, xerostomia.3
Interações Medicamentosas
O efeito do midazolam é potencializado por outros depressores do Sistema Nervoso Central (opioides, álcool, antipsicóticos), havendo um prolongamento da sua ação com administração concomitante de inibidores do CYP3A4, (intraconazol, fluconazol, cetoconazol, verapamil, diltiazem, eritromicina, claritromicina). 3
• O midazolam é uma benzodiazepina com múltiplas vias de administração, início rápido e curta duração de ação.
• É utilizado no pré-hospitalar para interrupção de crises convulsivas, controlo de agitação e sedação.
• Pode causar depressão respiratória e hipotensão, pelo que a sua utilização exige monitorização contínua. Pode também ter efeitos adversos a nível gastrointestinal, nervoso e cutâneo.
• É metabolizado pelo no CYP3A4, podendo haver potenciação e prolongamento da sua ação pela utilização concomitante de fármacos que interferem com esta enzima

Pele: Exantema cutâneo, urticária, prurido.3
BIBLIOGRAFIA
1. Joint Royal Colleges Ambulance Liaison Committee. Clinical Guidelines. 2022.
2. European Medicines Agency. Midazolam –Summary of Product Characteristics. 2024.
3. INFARMED. Midazolam- Resumo das Características do Medicamento. 2022.
4. Silbergleit R, et al. Intramuscular versus intravenous therapy for prehospital status epilepticus. N Engl J Med. 2012;366:591–600.
5. INEM. Manual de Emergencias Medicas. 2012.
6. World Health Organization. Model List of Essential Medicines. 2023.




A situação complexa que atualmente se verifica nas Maternidades e Serviços de Obstetrícia em Portugal tem conduzido a um aumento significativo do número de partos realizados fora do ambiente hospitalar. Esta realidade representa um desafio acrescido para todos os intervenientes no processo de nascimento: as grávidas; os recém-nascidos; e as Equipas de Emergência Pré-hospitalar. Assim, a identificação de sinais de alerta e o pedido de ajuda precoce (ligando 112) são fatores essenciais para a segurança e o bem-estar quer da grávida, quer do recém-nascido.


(Local, Reanimador, Vítima)
• Tem contrações?
• Qual é a duração da contração?
• Qual é o intervalo de tempo entre cada contração?
• Teve rutura da “bolsa de água”?
• Qual é a cor do liquido que saiu?
• Teve perdas de sangue?
• Sente o bebé a mexer?





• Não tomar banho, deambular ou descer escadas;
• Deitar confortavelmente, e sempre para o lado esquerdo;
• Informe a localização com pontos de referência;
• Informe as semanas de Gravidez, o número de Gravidezes e o número de partos;
• Informe o que identificou;
• Gravidez é vigiada?;
• É uma gravidez de Risco? Porquê?;
• Informe as condições do local onde se encontra;
• Responda a todas as questões solicitadas;
• Siga as instruções do operador da linha 112.
• Ter consigo o Cartão de Cidadão e o Boletim de Saúde da Grávida;
• Mala de roupa para mãe;
• Mala de roupa para o bebé.
ATENÇÃO! E SE O BEBÉ ESTIVER NA IMINÊNCIA DE NASCER?
• Aquecer o ambiente: ligar o ar condicionado no calor, fechar janelas;
• Lavar as mãos, e se tiver luvas limpas utilize;
• Coloque uma manta/ lençol ou toalha limpa por debaixo da anca da grávida; tenha uma toalha limpa para limpar e secar o bebe á nascença;
• Não puxe pelo bebé, deixe ele sair naturalmente, prepare-se unicamente para o segurar.
BIBLIOGRAFIA
1. Manual de TAS — Nomas, Emergências Pediátricas e Ostétricas de 2012, Instituto Nacional de Emergência
2. Boletim de Saúde da Grávida, DGS
3. https://normas.dgs.min-saude.pt/2023/01/27/organizacao-dos-cuidados-de-saude-na-preconcecao-gravidez-e-puerperio/
4. https://www.sns.gov.pt/wp-content/uploads/2024/05/SNS-Gravida_Banners_V1_Portal-ULS.png
5. https://www.nhs.uk/pregnancy/labour-and-birth/preparing-for-the-birth/pack-your-bag-for-labour
6. https://www.globalfirstaidcentre.org/wp-content/uploads/2021/02/EN_GFARC_GUIDELINES_2020.pdf, p313-320
7. Programa de edição de fotos: Painnt®

EDITOR





Ana Catarina Caniço1, Maria Alice Ruivo2, Patrícia Cardetas3, Rui Antunes1
1Enfermeiro no Serviço de Medicina Intensiva, Unidade de Saúde Local do Algarve – Hospital de Faro, Mestrando em Enfermagem Médico-Cirúrgica: Pessoa em Situação Crítica no Instituto Politécnico de Beja.
2Professora Doutora do Departamento de Enfermagem do Instituto Politécnico de Setúbal.
3Enfermeira no Serviço de Urgência Polivalente, Unidade de Saúde Local do Algarve – Hospital de Faro, Mestranda em Enfermagem Médico-Cirúrgica: Pessoa em Situação Crítica no Instituto Politécnico de Beja.
Enquadramento: O Síndrome de Burnout [SB] constitui, atualmente, uma problemática no âmbito psicossocial, despertando interesse e grande preocupação na comunidade científica. Estima-se que cerca de 50% dos enfermeiros que desempenham funções em Unidades de Cuidados Intensivos experienciem exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal, comprometendo a qualidade dos cuidados prestados e a segurança do doente. Torna-se imperativo o uso de estratégias de coping eficazes para mitigar os impactos negativos do SB. Objetivo: Mapear quais as estratégias de coping utilizadas pelos enfermeiros de cuidados críticos de modo a mitigar o SB. Método: O presente estudo segue a metodologia de Scoping Review [SR] recomendada pelo Joanna Briggs Institute, utilizando a mnemónica PCC. A pesquisa foi realizada nas bases PubMed e Scopus, com a equação: Burnout AND Coping Strategies AND Nursing AND Critical Care. Incluíram-se artigos em português e inglês, publicados entre
2019 e 2024. Resultados: Selecionados 8 artigos científicos para análise, que sugerem: a necessidade de intervenções direcionadas e multifacetadas, integrando estratégias de coping centradas na resolução de problemas e na regulação emocional, bem como a promoção de ambientes de trabalho com apoio social, comunicação eficaz e formação institucional em gestão de stress Conclusão: A implementação de estratégias de coping, associada a contextos laborais estruturados e promotores de bem-estar, revela-se fundamental na prevenção do desgaste profissional e na promoção da qualidade dos cuidados prestados. As instituições de saúde devem, portanto, considerar a inclusão dessas práticas nas políticas de gestão, fomentando a resiliência, o apoio mútuo e a capacitação contínua dos enfermeiros, em alinhamento com os referenciais normativos e éticos da prática especializada em Enfermagem Médico-Cirúrgica.
Palavras-Chave:
Background: Burnout Syndrome (BS) is currently a significant psychosocial issue, raising considerable concern within the scientific community. It is estimated that around 50% of nurses working in Intensive Care Units experience emotional exhaustion, depersonalization, and reduced personal accomplishment, which compromises the quality of care provided and patient safety. The adoption of effective coping strategies is therefore essential to mitigate the negative impacts of BS. Objective: To map the coping strategies used by critical care nurses to manage BS. Method: This study follows the Scoping Review (SR) methodology recommended by the Joanna Briggs Institute, using the PCC mnemonic. The literature search was conducted in the PubMed and Scopus databases, using the following search equation: Burnout AND Coping Strategies AND Nursing AND Critical Care. Articles published between 2019 and 2024 in Portuguese and English were included. Results: Eight scientific articles were

selected, highlighting the need for targeted and multifaceted interventions that integrate problem-focused and emotion-regulation coping strategies. They also emphasize the importance of promoting supportive work environments with open communication and institutional training in stress management. Conclusion: The implementation of coping strategies, together with structured and supportive work environments, is essential in preventing professional Burnout and promoting high-quality nursing care. Health institutions should therefore incorporate these practices into management policies, fostering resilience, mutual support, and the continuous development of nurses, in alignment with the normative and ethical standards of specialized practice in Medical-Surgical Nursing.
Keywords: Burnout, Coping Strategies, Nursing, Critical Care
O SB constitui, atualmente, uma problemática no âmbito psicossocial, despertando interesse e grande preocupação por parte da comunidade científica. O termo Burnout consiste numa expressão inglesa que significa “queimar-se”, “perder o fogo”, “perder a energia” e descreve a sensação de sentir-se queimado (burn) pelo trabalho, desgastado por fora (out), exausto física e emocionalmente, devido ao desequilíbrio entre os recursos disponíveis e as exigências do trabalho1
Em comparação com outros grupos ocupacionais, os Enfermeiros estão mais suscetíveis ao desenvolvimento
de SB devido ao contacto próximo com os doentes (especialmente os envolvidos na relação de ajuda), à crescente rotatividade de enfermeiros e às dificuldades de recrutamento, o que resulta numa escassez de profissionais e consequente carga de trabalho excessivo, a uma remuneração desadequada, a problemas de comunicação e organização e ao contacto diário com pessoas gravemente doentes (como é o caso dos enfermeiros que prestam cuidados ao doente crítico), fator preditivo para o desenvolvimento de experiências traumáticas. Esta questão refletese muitas vezes no aumento do absentismo laboral, na diminuição da produtividade do trabalho e qualidade dos cuidados, contribuindo para um padrão de segurança do paciente comprometido2-3
O Stress surge então como resultado da má gestão ou desconhecimento de estratégias de coping, conduzindo ao esgotamento profissional, o que poderá resultar em SB, caracterizado por exaustão emocional [EE], despersonalização [DEP] e redução da realização pessoal [RP]4
A EE refere-se à sensação de sobrecarga e exaustão derivada do trabalho que impede a dedicação dos profissionais; a DEP caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma atitude fria, cínica e distanciada para com os demais, especialmente para com os doentes; por fim RP está relacionada com a perda de satisfação no trabalho, o que despoleta sentimentos de frustração e insatisfação5 Os aspetos referidos anteriormente podem originar diversos sinais e sintomas como insónias, anorexia,
diminuição de autoestima, irritabilidade, cefaleias, alterações de memoria, abuso de substâncias, má conduta profissional e até mesmo ideação suicida5,6
Para evitar as consequências adversas quer para o enfermeiro, quer para os doentes, torna-se fulcral a gestão adequada do SB, idealmente através da aquisição de estratégias e/ou comportamentos com vista à prevenção do desenvolvimento do mesmo. Quando tal já não é possível devem ser desenvolvidas estratégias para que os profissionais consigam lidar e superar o SB, como por exemplo o Coping6
Define-se Coping como um conjunto de estratégias cognitivas e comportamentais desenvolvidas para lidar com as exigências internas e externa da relação entre o indivíduo e o ambiente, com o intuito de aumentar os níveis de bem-estar psicológico e reduzir o sofrimento7
Os enfermeiros de cuidados críticos enfrentam condições de trabalho intensas e causadoras de grande stress, o que os torna particularmente vulneráveis ao Burnout. Identificar e compreender os mecanismos de coping eficazes pode ser crucial para melhorar o bem-estar dos profissionais e, por consequência, a qualidade dos cuidados prestado. Neste sentido considera-se pertinente a realização desta Scoping Review, onde procuramos responder à pergunta de investigação: Quais os mecanismos de coping utilizados pelos enfermeiros de cuidados críticos que experienciam o Síndrome Burnout?
METODOLOGIA
Foi realizada uma SR, a qual se caracteriza como um tipo de síntese de conhecimento que segue uma abordagem sistemática, com o intuito de mapear as evidências sobre um determinado tópico, identificando os conceitos principais, teorias, fontes e lacunas no conhecimento. As SR são úteis para explorar a extensão, a variedade e a natureza das evidências disponíveis, determinar a viabilidade de realizar uma revisão sistemática, resumir resultados de um conjunto diversificado de estudos e identificar lacunas na literatura que possam orientar futuras pesquisas8
Seguiu-se a metodologia proposta pelo Instituto Joanna Briggs (JBI), que preconiza as seguintes etapas: elaboração e definição da questão de pesquisa; estabelecimento dos critérios de inclusão; definição da estratégia para a pesquisa, seleção e extração de dados; análise e interpretação dos resultados9. De acordo com o autor, a questão da SR orienta e direciona o desenvolvimento de critérios de inclusão específicos e a sua clareza auxilia no desenvolvimento do protocolo, na eficácia da pesquisa bibliográfica e na estruturação clara para o desenvolvimento. Desta forma foi formulada a questão segundo a metodologia PCC – População, Conceito e Contexto, dando origem à seguinte questão: Quais as estratégias de coping utilizados pelos enfermeiros de cuidados críticos que experienciam o Síndrome Burnout?
Para Peters et al.9 os critérios de inclusão do protocolo da pesquisa detalham a base sobre a qual as fontes serão consideradas para
População: Enfermeiros de cuidados críticos
Conceito: Estratégias de Coping
Contexto: Enfermeiros que experienciam o Síndrome de Burnout
Quadro 1: Estratégia PCC
inclusão na SR e devem ser claramente definidos. Esses critérios fornecem um guia para entender claramente o que é proposto e para basear as decisões sobre as fontes a serem incluídas ou excluídas. Considera-se como critérios de inclusão para a pesquisa:
• Tipo de participantes: Enfermeiros de cuidados críticos;
• Conceito: Estratégias de Coping;
• Contexto: Enfermeiros que experienciem o Sindrome de Burnout
• Tipos de estudos: Revisões Sistemáticas de Literartura, Estudo Quantitativo Descritivo e Transversal.
• Data de Publicação: Artigos publicados entre 2019 e 2024.
• Idioma: Artigos publicados em inglês, português ou espanhol.
• Critérios de avaliação: Estudos que incluam estratégias de coping utilizadas pelos enfermeiros de cuidados críticos em contexto de SB, disponíveis em texto integral e analisados por pares.
De modo a eliminar estudos que se consideram irrelevantes, por não corresponderem aos critérios anteriormente definidos, foram aplicados os seguintes critérios de exclusão:
• Tipo de participantes: Profissionais de saúde que não fossem enfermeiros.
• Contexto: Estudos realizados somente durante a pandemia ou em contexto extrahospitalar.
• Tipos de estudos: Artigos de opinião, estudos publicados em idiomas diferentes dos especificados.
Com vista à manutenção de um correto e rigoroso processo de pesquisa, que assegure a identificação abrangente e precisa de estudos relevantes, foram utilizados descritores previamente validados em DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings)
“Burnout”, “Coping Strategies”, “Nursing” e “Critical Care”.
Seguiu-se a criação de uma frase booleana, que combina na junção dos termos anteriormente referidos, de forma lógica, com recurso aos operadores AND, OR e NOT, culminando na equação de pesquisa: (Burnout) AND (Coping Strategies)) AND (Nursing)) AND (Critical Care)) NOT (Covid 19).
A pesquisa foi efetuada no dia 1 julho de 2024, recorrendo às bases de dados PubMed e Scopus. Após aplicados os critérios de inclusão foram identificados inicialmente 42



artigos.
Procedeu-se à leitura do título e resumo, eliminando 27 artigos, resultando em 15 artigos para leitura integral. Nesta fase, foram excluídos 7 artigos por não responderem à questão de investigação, pelo que foram selecionados 8 artigos para análise nesta SR. De modo a sintetizar todo o processo de pesquisa foi realizado um fluxograma apoiado no modelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses (PRISMA), seguindo as indicações da JBI10
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE
CRÍTICA DOS DADOS
Conforme acima demonstrado foram selecionados 8 artigos para análise crítica, onde os principais dados serão extraídos e sintetizados em quadro (Quadro 1), permitindo assim uma visão clara e compreensível dos mesmos, bem como uma maior facilidade na sua interpretação.
Os enfermeiros que prestam cuidados ao doente crítico enfrentam desafios diários inerentes à natureza do seu exercício profissional, onde a questão do SB é prevalente e preocupante. A literatura tem explorado uma variedade de estratégias de coping que os enfermeiros adotam para lidar com SB, uma vez que a capacidade de resiliência e eficácia dos cuidados de enfermagem prestados, dependente substancialmente destas.
Com base na análise dos 8 artigos, é possível identificar um padrão claro nas estratégias de coping utilizadas, sendo elas o coping focado no problema, o coping focado na emoção e o coping evitativo.
O coping focado no problema consiste no desenvolvimento de estratégias destinadas a modificar ou eliminar a fonte de stress. Tais estratégias incluem a resolução de problemas, a procura de informações e a elaboração de planos que enfrentem diretamente os desafios.
Os autores defendem que esta estratégia de coping é predominante em situações em que a pessoa acredita que pode controlar ou alterar os fatores preditivos de stress. Este tipo de coping é considerado mais eficaz a longo prazo, contribuindo para o aumento da satisfação profissional e diminuição da incidência de SB3,4,6,11,12,13
Já o coping focado na emoção tem como objetivo dominar as emoções negativas associadas ao stresse, sem necessariamente alterar o fator desencadeante. Entre as estratégias comuns estão a reinterpretação positiva, a aceitação, o distanciamento e a procura de apoio emocional. Este tipo de coping é mais utilizada em situações consideradas como incontroláveis. Embora possa não resolver o problema subjacente, o coping focado na emoção pode reduzir o impacto emocional negativo, contribuindo para a manutenção do equilíbrio psicológico3,4,6,11,12,13
Outra categoria amplamente discutida na literatura é o coping evitativo, que consiste no desenvolvimento de estratégias que procuram evitar ou fugir das situações que causam stress, como negação, distração, realização de atividades que afastam o problema, ou até mesmo o uso de substâncias para entorpecer as emoções negativas associadas à fonte de stress. Apesar de proporcionarem um alívio temporário, este mecanismo de coping é frequentemente considerado menos funcional a longo prazo, podendo levar ao acumular de situações não resolvidas e consequente aumento do SB4,13. Maresca et al.2 defendem ainda que a

ARTIGO 1
Personal characteristics, coping strategies, and resilience impact on compassion fatigue in critical care nurses: A cross- sectional study
Alharbi, J., Jackson, D., Usher, K.
2019 Arábia Saudita
Estudo Transversal
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
• Níveis reduzidos de utilização de estratégias focadas na resolução de problemas; Níveis reduzidos de coping evitativo;
• A estratégia mais utilizada foi a procura de apoio social;
Nurse Burnout and resiliency in critical care nurses: A scoping review
ARTIGO 2
Temilola, T., Olaleye, Tracy M., Christianson, Tracy J. Hoot.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
321 enfermeiros de cuidados críticos com pelo menos 12 meses de experiência
Investigar a relação entre características demográficas, estratégias de enfrentamento e resiliência com a fadiga por compaixão em enfermeiros de cuidados crítico
Enfermeiros de cuidados críticos
A carga excessiva de trabalho, o ambiente de stress e os fatores emocionais são as principais causas de Burnout;
• A resiliência é um fator importante na mitigação dos efeitos do Burnout; Estratégias de apoio organizacional e práticas de Mindfulness são eficazes;
Explorar a relação entre Burnout e resiliência em enfermeiros de cuidados críticos e identificar causas, efeitos e intervenções para o Burnout e resiliência.
• Enfrentar proactivamente os problemas no ambiente de trabalho pode diminuir a sensação de importância e mitigar o Burnout
Coping Strategies used by nursing professionals to avoid Burnout Syndrome
Almeyda, R., Huaynate, E., Pachas, S., Alarte, Y., Sedano, R., Grados, R.
quantitativo, descritivo, de desenho não experimental e corte transversal.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
• 93,9 % dos enfermeiros utilizam estratégias de coping com foco no problema; 93,9% dos enfermeiros utilizam também estratégias de coping focadas na emoção;
• 32,7% utilizam estratégias de coping focadas na evitação cognitiva.
Coping Strategies of Healthcare Professionals with Burnout Syndrome: A Systematic Review
Maresca, G., Catanese, F., Formica,C., Lo Buono, V.
ARTIGO 4
50 profissionais de enfermagem que trabalham nos serviços de cirurgia do 5º e 6º andar do INEN.
Determinar as estratégias de coping aplicadas pelos enfermeiros para evitar o Síndrome de Burnout nos serviços de cirurgia INEN.
2022 Itália Revisão Sistemática da Literatura
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
1006 profissionais de saúde com diagnóstico de Síndrome de Burnout em diversos estudos selecionados.
Avaliar a eficácia das estratégias de coping utilizadas por profissionais de saúde para reduzir os sintomas da Síndrome de Burnout
• Estratégias como bem-estar físico, variedade clínica, estabelecimento de limites, reflexão transcendente, e atividades organizacionais foram associadas a menores níveis de Burnout; Suporte social e atividade física também demonstraram eficácia;
TÍTULO AUTOR ANO PAÍS TIPO DE
Problem Solving Strategies Using Coping With Burnout on Nurses: Literature Review
ARTIGO 5
Akhrina, J., Febriani, N.
2020 Indonésia Revisão Sistemática da Literatura
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
Estudos publicados entre 2015 e 2020
• As estratégias de coping focas no problema demonstraram ser as mais eficazes na redução do problema; O coping disfuncional e o coping focado na evitação foram associados a maior risco de Burnout
Analisar as estratégias de coping utilizadas por enfermeiros para lidar com o Burnout no ambiente de trabalho.
Burnout and Coping Methods among Emergency Medical Services Professionals
Almutairi,
M. N., & El.Mahalli, A. A.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
270 profissionais de serviços médicos de emergência
. Determinar os níveis de Burnout entre os profissionais de serviços médicos de emergência e as estratégias de coping utilizadas para aliviar o Burnout. Medir a associação entre Burnout características sociodemográficas e relacionadas ao trabalho, e estratégias de coping dos profissionais de EMS
• Foram observados altos níveis de exaustão emocional (63%) e despersonalização (40%) e baixos níveis de realização pessoal (41,9%);
• Estratégias de Coping mais utilizadas foram o diálogo entre colegas (87,4%), estar fora de serviço (82,6%) e pensar nos benefícios positivos do trabalho (81,1%);
• Pensar nos benefícios positivos do trabalho foi a estratégia que mais contribuiu para as variações na exaustão emocional, despersonalização e realização pessoal.
TÍTULO AUTOR ANO PAÍS TIPO DE ESTUDO AMOSTRA OBJETIVO GERAL
Strategies used to cope with stress by emergency and critical care nurses
ARTIGO 7
Isa, K., Ibrahim, M., Abdul-Manan, H., Mohd-Salleh, Z., Abdul-Mumin, K., Rahman, H.
2019 Brunei Estudo transversal descritivo
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
165 enfermeiros convidados, com 85 participantes efetivos
As estratégias mais utilizadas foram o coping com foco no problema e a reavaliação positiva:
• Enfermeiros da UCI demonstraram maior utilização de coping evitativo:
• Enfermeiros casados demonstraram maior utilização de comportamentos de confronto.
Coping strategies as moderating factors to compassion fatigue among critical care nurses
Barmawi, M., Subih, M., Salameh, O., Sayyah, N., Shoqirat, N., Jebbeh, R.
2019 Jodania Estudo transversal
228 enfermeiras de unidades de cuidados críticos e departamentos de emergência, com pelo menos dois anos de experiência.
PRINCIPAIS CONCLUSÕES
• O coping focado no problema foi associado a uma maior satisfação por compaixão;
Identificar as estratégias de coping ao Stress e determinar a sua relação com fatores sociodemográficos, nos enfermeiros de departamentos de Emergência e Unidades de Cuidados Críticos.
Medir os níveis de fadiga por compaixão, esgotamento e satisfação entre enfermeiras de cuidados críticos e emergência, investigando as estratégias de coping como fatores moderadores e preditores.
• A procura de Apoio Social foi eficaz na redução dos níveis de stress e fadiga; O coping evitativo é menos eficaz a longo prazo, podendo levar à acumulação de problemas não resolvidos e consequentemente maiores níveis de stress e fadiga por compaixão.
falta de resiliência (capacidade de uma pessoa lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas sem entrar em colapso emocional) pode conduzir a um aumento do SB e que a mesma pode ser fortalecida através de estratégias de coping. O Exercício físico, o suporte social e emocional, o distanciamento emocional e físico do trabalho e a adoção de técnicas de mindfulness (ioga, meditação) são intervenções que ajudam a prevenir o desgaste psicológico, promovendo
um ambiente de trabalho mais sustentável e saudável.
O coping focado no problema e a procura de suporte emocional são as estratégias mais referenciadas pelos autores.
Em resumo, a análise crítica destes artigos revela que o coping focado no problema e a procura de suporte emocional são as estratégias mais eficazes para mitigar o SB. Já o coping evitativo está frequentemente relacionado ao aumento do risco de SB, devido à falta da capacidade de enfrentar eficazmente as causas de stress.
O ambiente de trabalho desempenha também um papel fulcral na eficácia das estratégias de coping. Um ambiente que promove a comunicação aberta, o apoio entre colegas e o acesso a recursos e gestão eficazes, permitem o desenvolvimento de estratégias adaptativas positivas. Por outro lado, ambientes com carga de trabalho excessiva, baixo suporte social e falta de reconhecimento podem limitar as opções de coping eficazes, aumentado o risco de Burnout3

Apesar dos avanços significativos na compreensão das estratégias de coping utilizadas pelos enfermeiros de cuidados críticos para enfrentar o SB, esta revisão apresenta algumas limitações que devem ser consideradas ao interpretar os resultados.
Os estudos analisados foram conduzidos em diferentes contextos geográficos e institucionais, onde os fatores culturais e organizacionais da população alvo são também dispares, o que pode influenciar as estratégias de coping adotadas pelos mesmos e consequente limitação e generalização dos resultados.
A maioria dos estudos revisados limita a capacidade de avaliar as mudanças nas estratégias de coping ao longo do tempo ou de determinar causalidade, seriam necessários estudos longitudinais para compreender melhor a eficácia das estratégias a longo prazo.
O stress é considerado uma consequência do resultado de uma má gestão ou do desconhecimento de estratégias de coping, tendo como manifestação o esgotamento profissional, que pode conduzir ao SB. Para os enfermeiros de cuidados críticos as estratégias de coping são determinantes fundamentais da resiliência ou suscetibilidade ao SB4
Os estudos analisados destacam a prevalência de diversas abordagens de coping, com ênfase particular no coping focado no problema, na emoção e na evitação. Notavelmente, o coping focado no problema emerge como uma abordagem proeminente e eficaz, proporcionando aos enfermei-
Coping focado no problema
Coping focado na emoção
Modifica ou elimina a fonte de stress (ex.: resolução de problemas, planeamento).
Lida com emoções negativas (ex.: aceitação, apoio emocional, reinterpretação positiva).
Coping evitativo
Evita enfrentar o problema (ex.: distração, negação, uso de substâncias).
Quadro 3: Síntese dos tipos de Estratégias de Coping
ros meios para gerir ativamente os desafios enfrentados, contribuindo para a redução do Burnout e para o aumento da satisfação no trabalho. A compreensão dessas estratégias e intervenção, por parte das instituições organizacionais, são cruciais para a melhoria da saúde e bem-estar dos enfermeiros, bem como para a qualidade dos cuidados prestados e consequentemente segurança do doente.
Dado que a saúde não é apenas a ausência de doença, mas um estado positivo de completo bem-estar físico, mental e social, um ambiente de trabalho saudável é aquele em que não só existe uma ausência de condições prejudiciais, mas também uma abundância de condições promotoras da saúde14. Deste modo, destaca-se a importância do investimento por parte das instituições em treinos educativos com foco na resiliência, workshops de gestão de stress e a criação de uma cultura de suporte, que forneçam ferramentas eficazes de resolução de problemas, fortalecendo a capacidade, dos enfermeiros,
Quando o indivíduo acredita que pode controlar ou alterar os fatores de stress.
Situações consideradas incontroláveis.
Diante de stress elevado e falta de estratégias ativas.
Mais eficaz a longo prazo; aumenta a satisfação profissional e reduz Burnout
Reduz o impacto emocional, preserva o equilíbrio psicológico.
Alívio temporário; ineficaz a longo prazo; pode agravar o Burnout
enfrentarem situações de stress de forma proativa. Estas intervenções podem transformar significativamente a experiência dos enfermeiros em ambientes de alta pressão, reduzindo a prevalência do SB

BIBLIOGRAFIA
1. Gil-Monte P. El síndrome de quemarse por el trabajo (síndrome de Burnout) en profesionales de enfermeira. Revista Eletrónica InterAção Psy. 2003;1:19–33. Disponível em: https://www. researchgate.net/publication/263161122_El_ sindrome_de_quemarse_por_el_trabajo_sindrome_ de_Burnout_en_profesionales_de_enfermeria
2. Maresca G, Corallo F, Catanese G, Formica C, Lo Buono V. Coping strategies of healthcare professionals with Burnout syndrome: a systematic review. Medicina (Kaunas). 2022;58(2):327. doi:10.3390/medicina58020327
3. Olaleye TT, Christianson TM, Hoot TJ. Nurse Burnout and resiliency in critical care nurses: a scoping review. Int J Afr Nurs Sci. 2022;17:100461. doi:10.1016/j.ijans.2022.100461
4. Almeyda RM, Chávez Huaynate EV, Mejía Pachas SA, Quispe Alarte Y, Vilcapoma Sedano RG, Zavaleta Grados OR. Coping strategies used by nursing professionals to avoid Burnout Syndrome [Estrategias de Afrontamiento que usan los profesionales de enfermería para evitar el Síndrome de Burnout]. J Glob Health Med. [Internet]. 2022;6(2):95–102. Disponível em: https://journals.cincader.org/index.php/ghmj/

article/view/175
5. Felgueiras F, Silva P. Burnout nos Enfermeiros. Os enfermeiros e…? O Síndrome de Burnout. Lisboa: Ordem dos Enfermeiros; 2023. Disponível em: https://www.ordemenfermeiros.pt/ media/28549/26_03_2023-21848-página-1-geral.pdf
6. Akhrina J, Febriani N. Problem solving strategies using coping with Burnout on nurses: literature review. Adv Health Sci Res. 2020;30:347–57. doi:10.2991/ahsr.k.201125.060
7. Lazarus RS, Folkman S. Stress, appraisal, and coping. New York (NY): Springer; 1984.
8. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467–73. doi:10.7326/M18-0850
9. Peters M, Godfrey C, McInerney P, Munn Z, Tricco AC, Khalil H. Chapter 11: Scoping reviews. In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Manual for Evidence Synthesis. Adelaide: JBI; 2020. doi:10.46658/JBIMES-20-12
10. Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Manual for Evidence Synthesis [Internet]. Adelaide: JBI; 2024. Disponível em: https://synthesismanual.jbi.
global doi:10.46658/JBIMES-24-01
11. Alharbi J, Jackson D, Usher K. Personal characteristics, coping strategies, and resilience impact on compassion fatigue in critical care nurses: a cross-sectional study. Nurs Health Sci. 2020;22(1):20–27. doi:10.1111/nhs.12650
12. Isa KQ, Ibrahim MA, Abdul-Manan HH, Mohd-Salleh ZAH, Abdul-Mumin KH, Abdul Rahman H. Strategies used to cope with stress by emergency and critical care nurses. Br J Nurs. 2019;28(1):38–42. doi:10.12968/ bjon.2019.28.1.38
13. Al Barmawi MA, Subih M, Salameh O, Sayyah NY, Shoqirat N, Abu Jebbeh RA, et al. Coping strategies as moderating factors to compassion fatigue among critical care nurses. Brain Behav. 2019;9(1):e01264. doi:10.1002/brb3.1264
14. World Health Organization. Handbook for national quality policy and strategy: a practical approach for developing policy and strategy to improve quality of care [Internet]. Geneva: World Health Organization; 2018. Disponível em: https://iris. who.int/bitstream/hand le/10665/272357/9789241565561-eng.pdf Acedido a: 1 nov. 2025.


“QUANDO A VIDA DEPENDE DE SEGUNDOS: O PESO DA RESPONSABILIDADE” — como lidar com o stress e a tomada de decisão.

“Na VMER de Faro, cada segundo conta e cada decisão pode mudar uma vida. Lidar com o stress exige treino, foco e uma comunicação eficaz em equipa. A responsabilidade é enorme, mas é também o que nos fortalece — guiando-nos pela empatia, pela técnica e pela certeza de que cada gesto pode fazer a diferença.”
Solange Mega
“Quando tudo depende de segundos, o foco e a equipa são o nosso porto seguro. O stress está lá, mas a preparação e a empatia transformam-

-no em ação — e é aí que sentimos o verdadeiro peso e privilégio da responsabilidade.”
Claudia Martins
“Se é preciso decidir, há que faze-lo e pronto! A indecisão não ajuda em nada!”
Ana Agostinho

"O conhecimento e o treino torna o profissional mais seguro na sua atuação, é juntar o trabalho de equipa com as funções bem definidas de cada elemente e o FOCO no CLIENTE, assim tudo acontece de uma maneira mais eficiente. Ps. No final do acontecimento é trabalhar as emoções que surgiram."
Silvia Labiza

NOTA DO EDITOR
As respostas obtidas à questão colocada na Tertúlia VMERista são da exclusiva responsabilidade dos intervenientes no "inquérito", e que são opiniões estritamente pessoais, das quais a LIFESAVING necessariamente se demarca...

"O processo de decisão em emergência médica é sempre difícil, mesmo que suportado pelos melhores argumentos científicos, pela maior experiência ou pela melhor intuição. Gera sempre consequências. A melhor forma de lidar com a responsabilidade da nossa decisão será atuar quer a montante, assegurando antecipação no pensamento, quer também a jusante aprendendo sempre com a reflexão dos nossos actos".
Bruno Santos

“A melhor forma pessoalmente para lidar com esta questão, é o conhecimento e a formação que tenho. Para que me sinta segura e suportada na tomada de decisão. Ainda, a segurança no ambiente de trabalho com a pessoa com quem faço equipa, perceber que nos podemos apoiar e questionar mutuamente, a comunicação eficaz, a certificação das nossas ações. O debriefing final é também muito relevante”
Catarina Tavares
EDITOR


TESOURINHO
VMER ista
Pedro Oliveira Silva1
1 Médico VMER
Era uma manhã calma na base da VMER, após uma dose saudável de café, …quando a mensagem no Iteams refere: “PCR na via publica”, e rapidamente saltaram para a viatura. Sirenes, luzes, ...e estavam prontos para mais uma missão de salvar vidas.
Ao chegarem ao local, viram uma pequena multidão. No meio dela, um senhor de meia-idade, deitado no chão, gesticulava com as mãos, completamente acordado… e por cima dele, um jovem muito entusiasmado, suado, a gritar:
“AGUENTA FIRME, SENHOR! EU VI NO YOUTUBE COMO SE FAZ!”
O pobre “doente”, com expressão de quem se arrependeu de ter saído de casa, tentava dizer:

EDITOR

PEDRO OLIVEIRA SILVA Médico VMER CODU

- “Mas eu estou bem… só me desequilibrei!” Mas cada vez que abria a boca, o leigo gritava:
“NÃO FALE! POUPA ENERGIA!”
A Enfermeira, tentando conter o riso, aproximou-se e disse com calma: — Colega, pode parar as compressões um segundo?
Eles avaliaram o “doente”: consciente, orientado, apenas um arranhão no joelho. O único trauma real era psicológico — por ter levado três compressões no esterno sem necessidade.
Enquanto a equipa terminava o exame, o jovem herói ainda perguntou: — Então… pelo menos o início estava certo, não é?
A enfermeira Carla piscou o olho: — Quase perfeito. Só faltou verificar se o paciente precisava mesmo de SBV.
O rapaz saiu orgulhoso, prometendo fazer “o curso de socorrismo completo”. O “doente” levantou-se, ajeitou a camisa e resmungou:
-“Da próxima vez, desmaio a sério, só para não desperdiçar o entusiasmo do rapaz…”
E assim, mais um dia normal para a VMER terminou — com uma história que a equipa contaria no jantar de Natal, entre gargalhadas e um brinde à boa intenção…
12 DE NOVEMBRO DE 2025
Auditório da Escola Secundária de Loulé

20 E 21 DE NOVEMBRO
Museu de Portimão e Instituto Piaget de Silves
10.º CONGRESSO NACIONAL DA URGÊNCIA
21 A 22 DE NOVEMBRO DE 2025
Pestana Cidadela Cascais

O presidente dos EUA, a 8/10/2025, anunciou que Israel e o grupo palestino Hamas assinaram a primeira fase de um acordo proposto pelos EUA para Gaza.
“(…)ceasefire offers 'glimmer of relief' that must turn into "dawn of peace". (…) Let it be a reminder that the solutions to conflicts are not found on the battlefield,”
Antonio Guterres
Chefe da ONU
9 de outubro de 2025
Cessar-fogo em Gaza oferece um "raio de alívio" que deve se transformar em "alvorecer da paz". Que sirva de
lembrete de que as soluções para os conflitos não são encontradas no campo de batalha"
https://www.aa.com.tr/en/middle-east/un-chief-says-gaza-ceasefire-offers-glimmer-of-relief-that-must-turn-intodawn-of-peace/3712784
“Daqui ninguém sai! Ninguém se pode demitir disto. Isto é grave demais. Seria uma cobardia alguém demitir-se.”
Carlos Moedas
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa 7 de setembro de 2025
A 3 de Setembro de 2025, na Calçada da Glória, em Lisboa, o desprendimento do cabo de sustentação do elevador
da Glória, terá causado a queda livre e descarrilamento da cabina n.º 1, com a morte de 16 pessoas e 22 feridos.
https://expresso.pt/politica/2025-09-07-moedas-sobre-a-tragedia-do-elevador-da-gloria-daqui-ninguem-sai-seriauma-cobardia-alguem-demitir-se-8ae958ea
EDITOR













No site oficial da AJOG-American Journal of Obstetrics & Gynecology encontrará informação útil e uma atualização científica na área das emergências obstétricas/ ginecológicas. Trata-se de uma fonte de informação muito relevante,
baseada na evidência, e onde encontrará artigos originais muito interessantes (de pesquisa clínica e translacional), revisões, opiniões, vídeos, podcasts, entrevistas, entre outros materiais on-line


https://www.ajog.org/

Este site canadiano oferece recursos on-line gratuitos, baseados na evidência, para promover a saúde mental e a segurança psicológica nos ambientes de trabalho. São
disponibilizados vários materiais práticos como vídeos e artigos gratuitos e outras ferramentas que ajudam a gerir o stress no trabalho e na vida pessoal




https://www.workplacestrategiesformentalhealth.com/resources/ prevent-burnout
Sendo os partos em ambiente extra-hospitalar uma realidade cada vez mais comum, quer por desinformação, quer pelos constantes constrangimentos
hospitalares, deixamos estas aplicações que podem ajudar, futuros pais e profissionais de saúde a lidar com a situação de uma forma mais célere e informada


Mais do que um contador de contrações, esta app permite fazer o registo das mesmas, fazer média dos tempos entre elas e dar a indicação do melhor momento para procurar um hospital.
Se necessário recorrer à linha 112, que será uma preciosa ajuda para a transmissão de uma informação correta

https://play.google.com/store/apps/details?id=com.neiman. contractions&hl=pt_PT


Aplicação que oferece vídeos animados, guias práticos e listas de medicamentos, no âmbito do trabalho de parto — tudo baseado em evidências científicas atualizadas.
Recomendado para parteiras e profissionais de saúde, no trabalho ou em formação


https://play.google.com/store/search?q=safe+delivery+app&c=apps&hl=pt_
EDITOR



European Resuscitation Council Guidelines 2025
Adult Basic Life Support
10.1016/j.resuscitation.2025.110771



European Resuscitation Council Guidelines 2025 Adult Basic Life Support, Smyth, Michael A. et al. Resuscitation, Volume 215, 110771,
European Resuscitation Council Guidelines 2025
Adult Advanced Life Support
10.1016/j.resuscitation.2025.110769



European Resuscitation Council Guidelines 2025 Adult Advanced Life Support. Soar, Jasmeet et al. Resuscitation, Volume 215, 110769



European Resuscitation Council and European Society of Intensive Care Medicine Guidelines 2025 Post-Resuscitation Care
10.1016/j.resuscitation.2025.110809



European Resuscitation Council and European Society of Intensive Care Medicine Guidelines 2025 Post-Resuscitation Care Nolan, Jerry P. et al. Resuscitation, Volume 215, 110809

European Resuscitation Council Guidelines 2025, Newborn Resuscitation and Support of Transition of Infants at Birth
10.1016/j.resuscitation.2025.110766



European Resuscitation Council Guidelines 2025, Newborn Resuscitation and Support of Transition of Infants at Birth Hogeveen, Marije et al. Resuscitation, Volume 215, 110766

European Resuscitation Council Guidelines 2025 Paediatric Life Support 10.1016/j.resuscitation.2025.110767



European Resuscitation Council Guidelines 2025 Paediatric Life Support. Djakow, JanaWren, Josephine et al. Resuscitation, Volume 215, 110767

https://cpr.heart.org/-/media/CPR-Files/2025-documents-for-cpr-heart-edits-posting/Resuscitation-Science/JN1580_ PTBR_Hghlghts_2025ECCGuidelines_Final_251021.pdf?sc_lang=en




Sources of Discomfort and Treatment Strategies for Trauma Patients in the Pre-Hospital Setting–A Scoping Review
https://doi.org/10.1016/j.jen.2025.08.014



Filipe Melo, Margarida Reis Santos, Miguel Castelo-Branco Sousa, Cátia Mota, Mauro Mota, Sources of Discomfort and Treatment Strategies for Trauma Patients in the Pre-Hospital Setting–A Scoping Review, Journal of Emergency Nursing, 2025, ISSN 0099-1767,
Prehospital Trauma Compendium: Management of Geriatric Trauma Patients – A Position Statement and Resource Document of NAEMSP
https://doi.org/10.1080/10903127.2025.2557006



Haussner, W. K., Breyre, A. M., Bascombe, K., Barrett, W. J., Camacho, M. A., Overton-Harris, P., … Colwell, C. (2025). Prehospital Trauma Compendium: Management of Geriatric Trauma Patients – A Position Statement and Resource Document of NAEMSP. Prehospital Emergency Care, 1–10.
Prehospital cardiac arrest resuscitation practices differ around the globe
https://doi.org/10.1016/j.resplu.2025.101017


Jeannett Kjær, Louise Milling, Anne Craveiro Brøchner, Freddy Lippert, Stig Nikolaj Blomberg, Helle Collatz Christensen, Robyn Holgate, Laurie J. Morrison, Abdullah Bakhsh, Søren Mikkelsen, et. Al., Prehospital cardiac arrest resuscitation practices differ around the globe, Resuscitation Plus, Volume 25, 2025, 101017, ISSN 2666-5204,
https://doi.org/10.1016/j.resplu.2025.101026


Matthew Robert Dernbach, Nabarun Dasgupta, Adams L. Sibley, Ida Tylleskar, Arne Kristian Skulberg, A chain of survival for drug overdose, Resuscitation Plus, Volume 25, 2025, 101026, ISSN 2666-5204,



Prehospital Events and Outcomes After Traumatic Brain Injury
doi:10.1001/jamanetworkopen.2024.57506



Maiga AW, Lin HS, Wisniewski SR, et al. Adverse Prehospital Events and Outcomes After Traumatic Brain Injury. JAMA Netw Open. 2025;8(1):e2457506.
Influence of on-scene time and prehospital interventions on inhospital mortality in trauma patients
https://doi.org/10.1186/s12873-025-01324-7



Wu, MY., Yiang, GT., Chen, SJ. et al. Influence of on-scene time and prehospital interventions on inhospital mortality in trauma patients. BMC Emerg Med 25, 163 (2025).







ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO – Novembro de 2021
A Revista LIFESAVING (LF) é um órgão de publicação pertencente ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) e dedica-se à promoção da ciência médica pré-hospitalar, através de uma edição trimestral.
A LF adopta a definição de liberdade editorial descrita pela World Association of Medical Editors, que entrega ao editorchefe completa autoridade sobre o conteúdo editorial da revista. O CHUA, enquanto proprietário intelectual da LF, não interfere no processo de avaliação, selecção, programação ou edição de qualquer manuscrito, atribuindo ao editor-chefe total independência editorial.
A LF rege-se pelas normas de edição biomédica elaboradas pela International Commitee of Medical Journal Editors e do Comittee on Publication Ethics
A LF não considera material que já foi publicado ou que se encontra a aguardar publicação em outras revistas.
As opiniões expressas e a exatidão científica dos artigos são da responsabilidade dos
respectivos autores.
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A LF é uma revista gratuita, de livre acesso, disponível em https://issuu.com/lifesaving Não pode ser comercializada, sejam edições impressas ou virtuais, na parte ou no todo, sem autorização prévia do editor-chefe.
Os artigos aceites para publicação ficarão propriedade intelectual da LF, que passa a detentora dos direitos, não podendo ser reproduzidos, em parte ou no todo, sem autorização do editor-chefe.
4.1 Critérios de publicação nas rúbricas
A LF convida a comunidade científica à publicação de artigos originais em qualquer das
categorias em que se desdobra, de acordo com os seguintes critérios de publicação:
Nós Por Cá
- Âmbito: Dar a conhecer a realidade de actuação das várias equipas de acção pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Dimensão: 250 palavras.
Tertúlia VMERISTA
- Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante. Dimensão: 250 palavras.
Minuto VMER
- Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos. Dimensão: 1000 palavras
Fármaco Revisitado
- Âmbito: Revisão focada na aplicabilidade clínica de um fármaco usado em contexto de emergência pré-hospitalar; - Estrutura: Título; Autoresmáximo 1(primeiro nome, último nome, título, afiliação); Introdução; Formas de Apresentação e Conservação; Posologia e Modo de Administração; Farmacocinética; Farmacodinâmica; Indicações


Terapêuticas; Contra-indicações; Efeitos Adversos e Interações medicamentosas; Take Home Messages; Referências
- Dimensão: até 1200 palavras (excluindo referências); até 10 referências
- Iconografia: deverá ser enviada uma imagem/fotografia associada ao tema da rubrica (em formato JPEG com resolução original)
Journal Club
- Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. Dimensão: 500 palavras
Nós e os Outros
- Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a actuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas.
Dimensão: 1000 palavras
Ética e Deontologia
- Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. Dimensão: 1000 palavras
Legislação
- Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica. Dimensão: 500 palavras
O que fazer em caso de...
- Âmbito: Informação resumida mas de elevada qualidade para leigos em questões de emergência.
Dimensão: 500 palavras.
Mitos Urbanos
- Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. Dimensão: 1000 palavras.
Cuidar de Nós
- Âmbito: Diferentes temáticas, desde psicologia, emocional, metabólico, físico, laser, sempre a pensar no auto cuidado e bem estar do profissional. Dimensão: 500 palavras.
Infosaving: a Rúbrica de Infografias da Lifesaving - Âmbito: Apresentação de tema com relevância para o contexto pré-hospitalar e doente crítico através de mnemónicas, esquemas gráficos, auxiliares de memória visuais e algoritmos.
- Formato: Título, Autores (primeiro e último nome, categoria profissional e afiliação), Imagem com alta resolução em formato JPEG ou PDF, Referências bibliográficas.
Pedacinho de Nós
- Âmbito: Dar a conhecer os profissionais das equipas de emergência pré-hospitalar. Dimensão: 400 palavras.
Tesourinhos VMERISTAS
- Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da nossa experiência enquanto VMERistas. Dimensão: 250 palavras
Congressos Nacionais e Internacionais
- Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica. Di-mensão: 250 palavras.
Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar
- Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica pré-hospitalar -Dimensão: 250 palavras
Cartas ao Editor
- Objetivo: comentário/exposição referente a um artigo publicado nas últimas 4 edições da revista promovendo a discussão e visão crítica. Poderão ainda ser enviados observações, casuísticas particularmente interessantes de temáticas atuais que os autores desejem apresentar aos leitores de forma concisa.
- Instruções para os autores:
1. O corpo do artigo não deve ser subdividido; sem necessidade de resumo ou palavras-chave.
2. Deve contemplar entre 500 a 1000 palavras, excluindo referências, tabelas e figuras.
3. Apenas será aceite 1 figura e/ou 1 tabela.
4. Não serão aceites mais de 5 referências bibliográficas. Devendo cumprir as normas instituídas para revista.
5. Número máximo de autores são 4.
Instantâneos em Emergência Médica
- Âmbito: Fotografias em contexto pré-hospitalar, contextualizadas nas diversas áreas da Emergência.
- Formato: Título; Autores –
(primeiro nome, último nome, título, categoria profissionalopcional); imagem em formato JPEG com resolução original); Legenda explicativa com breve enquadramento ou breve comentário acerca do sentido da imagem para o Autor. – máx. 100 palavras.
É de a responsabilidade dos autores respeitar a POLITICA DE PRIVACIDADE, De acordo com o art. º13.º do Regulamento Europeu de Proteção de Dados Pessoais Reg. UE 201/679. Os Autores são responsáveis por respeitar e obter o consentimento de imagem, quando necessário ( n.º 1 do artigo 79.º do C.C).
Posters em Emergência Médica - Âmbito: Apresentação sumária de Póster científico original, sobre a temática da Emergência pré e intra-hospitalar, e do doente crítico. Dimensão: 800 a 1000 palavras. Limite de tabelas e imagens: 6
Intoxicações no pré-hospitalar - Âmbito: Revisão geral sobre determinada substância (tóxico), consequências de sobredosagem ou contacto/ consumo inadvertido ou intencional e qual a abordagem em contexto de Emergência Médica Pré-hospitalar. Formato: Título; Autores; palavra (s)-chave; 1 ou 2 imagens (podendo incluir gráficos e/ou tabelas devidamente legendados); 500 a 1000 palavras; Agradecimentos; Referências bibliográficas
4.2 Critérios gerais de publicação
O trabalho a publicar deverá ter no máximo 120 referências. Deverá ter no máximo 6 tabelas/ figuras devidamente legendadas e referenciadas.
O trabalho a publicar deve ser acompanhado de no máximo 10 palavras-chave representativas. No que concerne a tabelas/ figuras já publicadas é necessário a autorização de publicação por parte do detentor do copyright (autor ou editor). Os ficheiros deverão ser submetidos em alta resolução, 800 dpi mínimo para gráficos e 300 dpi mínimo para fotografias em formato JPEG (.Jpg), PDF (.pdf). As tabelas/figuras devem ser numeradas na ordem em que ocorrem no texto e enumeradas em numeração árabe e identificação.
No que concerne a trabalhos científicos que usem bases de
dados de doentes de instituições é necessário fazer acompanhar o material a publicar do consentimento da comissão de ética da respectiva instituição. As submissões deverão ser encaminhadas para o e-mail: revistalifesaving@gmail.com
5. Referências
Os autores são responsáveis pelo rigor das suas referências bibliográficas e pela sua correta citação no texto. Deverão ser sempre citadas as fontes originais publicadas. A citação deve ser registada empregando a Norma de Vancouver




A Revista LIFESAVING é uma publicação científica e técnica, na área da emergência médica, difundida em formato digital, com periodicidade trimestral.
Trata-se de um projeto inovador empreendido pela Equipa de Médicos e Enfermeiros das Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) de Faro e de Albufeira, pertencentes ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e que resultou da intenção estratégica de complementar o Plano de formação contínua da Equipa.
A designação “Lifesaving”, que identifica a publicação, é bem conhecida por todos os profissionais que trabalham na área da emergência médica, e literalmente traduz o desígnio da nobre missão que todos desempenham junto de quem precisa de socorro – “salvar vidas”.
Esta Publicação inovadora, compromete-se a abraçar um domínio editorial pouco explorado no nosso país, com conteúdos amplamente dirigidos a todos os profissionais que manifestam interesse na área da emergência médica. Através de um verdadeiro trabalho de Equipa dos vários Editores da LIFESAVING, e
aproveitando a sua larga experiência em Emergência Médica, foi estabelecido o compromisso de apresentar em cada número publicado, conteúdos e rubricas de elevada relevância cientifica e técnica no domínio da emergência médica. Por outro lado, este valioso instrumento de comunicação promoverá a partilha das ideias e conhecimentos, de forma completa, rigorosa e assertiva.
Proprietário: Centro Hospitalar Universitário do Algarve, E.P.E.
NIPC: 510 745 997
Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro
N.º de registo na ERC: 127037
Diretor: Dr. Bruno Santos
Editor-Chefe: Dr. Bruno Santos
Morada: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro
Sede da redação: Rua Leão Penedo, 8000-386 Faro
Periodicidade: trimestral
Esta publicação periódica pretende ser uma compilação completa de uma seleção de matérias científicas e técnicas atualizadas, incluídas em grande diversidade de Rubricas, incluindo: – “Nós Por Cá” – Âmbito: Dar a conhecer a realidade de atuação das várias equipas de ação pré-hospitalar através de revisões estatísticas da sua casuística. Poderá incluir também a descrição sumária de atividades, práticas ou procedimentos desenvolvidos localmente, na área da emergência médica – Dimensão: 500 palavras; – “Tertúlia VMERISTA” – Âmbito: Pequenos artigos de opinião sobre um tema fraturante – Dimensão: 250 palavras;
– “Minuto VMER” – Âmbito: Sintetização para consulta rápida de procedimentos relevantes para a abordagem de doentes críticos, ou de aspetos práticos relacionados com Equipamentos utlizados no dia-à-dia. Dimensão: 1000 palavras; – “Fármaco Revisitado” – Âmbito: Revisão breve de um fármaco usado em emergência pré-hospitalar, ou que poderia ser uma mais valia a sua implementação na carga VMER.
– Dimensão: 500 palavras;
– “Journal Club” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos pertinentes relacionados com a área da urgência e emergência médica pré-hospitalar e hospitalar. -Dimensão: 500 palavras; – “Nós e os Outros” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre a atuação de equipas de emergência préhospitalar não médicas. -Dimensão: 1000 palavras;
– “Ética e Deontologia” – Âmbito: Apresentação de artigos científicos ou artigos de opinião sobre questões éticas desafiantes no ambiente pré-hospitalar. -Dimensão: 500 palavras;
– “Legislação” – Âmbito: Enquadramento jurídico das diversas situações com que se deparam os profissionais de emergência médica.
– Dimensão: 500 palavras;
– “O que fazer em caso de…” –Âmbito: Informação resumida, mas de elevada qualidade, para leitores não ligados à área da saúde, ou da emergência médica -Dimensão: 500 palavras;
– “Mitos Urbanos” – Âmbito: Investigar, questionar e esclarecer questões pertinentes, dúvidas e controvérsias na prática diária da emergência médica. -Dimensão: 1000 palavras;
– “Cuidar de Nós” – Âmbito: Discussão de diferentes temáticas, de caráter psicológico, emocional, metabólico, físico, recreativo, centradas no autocuidado e bem estar do profissional da emergência. -Dimensão: 500 palavras;
– “Pedacinho de Nós” – Âmbito: Dar a conhecer, em modo de entrevista, os profissionais da Equipa das VMER de Faro e Albufeira ou outros Elementos colaboradores editoriais da LIFESAVING. – Dimensão: 500 palavras;
– “Vozes da Emergência” – Âmbito: Apresentar as Equipas Nacionais que desenvolvem trabalho na Emergência Médica, dando relevância a especificidade locais e revelando diferentes realidades. – Dimensão 500 palavras;
– “Emergência Global” – Âmbito: publicação de artigos de autores internacionais, que poderão ser artigos científicos originais, artigos de opinião, casos clínicos ou entrevistas, pretendendo-se divulgar experiências enriquecedoras, além fronteiras;
– “Tesourinhos VMERISTAS” –Âmbito: Divulgação de situações caricatas, no sentido positivo e negativo, da experiência dos Profissionais da VMER. – Dimensão: 250 palavras;
– “Congressos Nacionais e Internacionais” – Âmbito: Divulgação de eventos na área da Emergência Médica – Dimensão: 250 palavras; palavras;
– “Best Links/ Best Apps de Emergência Pré-hospitalar” –Âmbito: Divulgação de aplicações e sítios na internet de emergência médica pré-hospitalar -Dimensão: 250 palavras
PREVISÃO DO NÚMERO DE PÁGINAS: 50;
TIRAGEM: – não aplicável para a publicação eletrónica, não impressa em papel.
CONSULTADA:
Pode ser consultada no site do CHUAlgarve, no setor “Comunicação”, no domínio http:// www.chualgarve.min-saude.pt/ lifesaving/, e adquirida gratuitamente por subscrição nesse mesmo site. Não dispomos ainda de um site oficial para organização dos nossos conteúdos, de modo que atualmente todas as Edições estão a ser arquivadas no Repositório Internacional ISSUU, onde poderão ser consultadas gratuitamente (https://issuu.com/lifesaving). Marcamos presença ainda noutras plataformas de divulgação (Facebook, Instagram, Twiter e Youtube).
A LIFESAVING será difundida no site do Centro Hospitalar do Algarve (no setor média e imagem), e sua Intranet, com possibilidade da sua subscrição para receção trimestral via e-mail. Inserida on-line no repositório de publicações ISSUU, adquirindo um aspeto gráfico otimizado para tornar a leitura ainda mais agradável.
Será também difundida na página de Facebook da VMER de Faro, página própria com o nome LIFESAVING.
N.º 1 do art.º 17.º da Lei de Imprensa: Garanta de liberdade de imprensa:
1 - É garantida a liberdade de imprensa, nos termos da Constituição e da lei.
2 - A liberdade de imprensa abrange o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações.
3 - O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura

