IHGM EM REVISTA, Número 1 - abril a junho 2022

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O PASSADO DO BRASIL DANIEL JORGE FILHO

Brazil Imperial 1h · Maria Firmina dos Reis (1822-1917) foi uma escritora, educadora e abolicionista maranhense. Nascida na Cidade de São Luís, era filha de João Pedro Esteves, homem de posses e da escrava alforriada Leonor Felipa. Aos cinco anos, a mãe e os familiares mudaram-se para Viamão onde frequentou a escola. Em 1847, devido ao excelente desempenho, ganhou uma bolsa de estudos ao nível de 'cadeira de primeiras letras' que a preparou para ser professora. " Ela manteve a profissão ″até sua aposentadoria em 1881″. "Aos cinquenta e cinco anos, ela fundou uma escola para crianças pobres." Em 1859, publicou sua obra mais famosa “Úrsula” o primeiro romance abolicionista escrito por uma mulher no Brasil. Em 1887, publicou na Revista Maranhense o conto "A Escrava", no qual se descreve uma participante ativa da causa abolicionista. Chegou também a escrever um "Hino da Abolição dos Escravos" Como "mulher uma negra livre na sociedade escravista do século XIX", Maria Firmina dos Reis "se destaca por ser muito instruída e uma vigorosa opositora da escravidão". Dawn Duke considera Maria Firmina dos Reis, juntamente com a escritora cubana María Dámasa Jova Baró , "como precursoras eminentes de uma linha distinta de escritoras posteriores" no contexto afro-latino-americano. Maria Firmina dos Reis morreu aos 95 anos, na casa de uma ex-escrava, Mariazinha, mãe um dos seus filhos de criação. É a única mulher dentre os bustos da Praça do Pantheon, que homenageiam importantes escritores maranhenses, em São Luís. Fonte: Anuário de poetas do Brasil


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