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ÁUREO VIEGAS MENDONÇA
AUREO MENDONÇA
A cidade histórica de Viana sempre manteve uma tradição educacional desde o período da educação jesuítica até os dias atuais, sempre existiram excelentes educadores. Dentre eles destaco três professoras que deixaram um legado para a educação da cidade de Viana, pois a história da educação em Viana possui vários educadores memoráveis.
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Bibi Balby Benedita das Mercês Balby de Sousa, conhecida como professora Bibi Balby, nasceu em Viana, no dia 24 de setembro de 1891, filha de João Batista Balby que foi prefeito da cidade no período de 01 de janeiro de 1916 a 31 de dezembro de 1918 e de Angélica Pereira Balby. Bibi Balby se casou com o ex-seminarista José Antônio Couto de Sousa conhecido em Viana como Zezé Couto.
A professora Bibi Balby exerceu o magistério primário, em Viana, desde os tempos das Escolas Urbanas, mantidas pelo Governo do Maranhão, no final da década de 1920 e início de 1930 e marcou a história educacional de Viana durante algumas décadas. A professora Bibi Balby personalidade que se destacou na educação vianense, faleceu em São Luís no dia 19 de julho de 1977, aos 85 anos de idade. A Academia Vianense de Letras homenageou a professora Benedita Balby de Sousa como patrona da Cadeira n° 32, que atualmente tem como titular o acadêmico José Raimundo campelo Franco.
Edith Furtado da Silva
A professora Edith Nair Furtado da Silva, nasceu no Barro Vermelho (atual cidade de Cajari), em 28 de junho de 1904, filha de Francisco da Silva Sobrinho e Maria Furtado da Silva. A professora Edith lecionou em varias escolas em Viana, entre elas no Ginásio Bandeirantes, no Dom Hamleto de Angelis e na Escola Normal Nossa Senhora da Conceição. Foi professora do Ginásio Professor Antônio Lopes desde junho de 1964, tornando-se sua diretora de 1969 a 1972, foi um expoente da educação vianense. Possuía muitos conhecimentos, sobretudo na disciplina de Geografia, considerada a melhor professora de Geografia da cidade de Viana, faleceu em 09 de novembro de 1992. A Academia Vianense de Letras


homenageou a professora Edith Nair Furtado da Silva como patrona da Cadeira n° 2, que foi ocupada anteriormente pelo Padre Eider e José Raimundo Santos e atualmente tem como titular a acadêmica Maria Susana Silva Pinheiro.
Didi Magalhães A professora Raimunda do Socorro Magalhães Mendonça, conhecida em Viana como Didi Magalhães, que nasceu na Cidade de Viana em 14 de dezembro de 1924, que coube a honrosa missão de ensinar o B-A-BÁ na época da cartilha do A.B.C. a várias gerações de vianenses com ela se aprendia as primeiras letras antes de ingressar no antigo primário, a referida professora foi casada com Raimundo Augusto Campelo Mendonça e marcou época na educação de Viana por seu jeito simples de ser e a sua incrível didática adotada em sala de aula na sua casa no início da rua da Conceição próximo a igreja da Matriz de Viana. Professora Didi Magalhães escreveu uma página na história da educação em Viana e muitos vianenses que foram seus alunos tornaram-se profissionais de renome espalhado por todo o país. A professora faleceu em 21 de agosto de 1996 com 71 anos de idade, deixando saudades aos familiares e amigos e aos vianenses em geral pela grande contribuição a serviço da educação. A Professora Didi Magalhães, foi responsável por educar muitas gerações na cidade de Viana e sempre serão lembrados por várias geração por sua dedicação portanto, uma notável professora de várias gerações de vianenses.
ÁUREO VIEGAS MENDONÇA

O mês de junho e os festejos juninos fazem lembrar de uma voz importante na defesa do folclore maranhense, em especial do bumba meu boi, Maria Helena Leite nasceu na Cidade de Viana em 26 de março de 1952, filha de Eusébio Carreiro e Tolentina Rosa Leite, viveu sua infância e adolescência em Viana nas décadas de 1950 e 1960, estudou no antigo ginásio Antônio Lopes, cresceu junto aos festejos de Bumba-meu-boi, pois a família Carreiro tem tradição folclórica na cidade de Viana, lembro na minha infância na cidade de Viana do famoso Boi de Josias Carreiro que por décadas abrilhantou os festejos juninos em um terreiro no quintal da casa de Josias Carreiro, ao lado da casa de seu Gegê, onde atualmente funciona a agência do Banco do Brasil. Em meados da década de 1960, Helena se mudou com a família para a cidade de São Luís, onde continuou seus estudos e anos depois se graduou em Pedagogia, porém sempre teve vocação pelo rádio e seu primeiro emprego foi na Rádio Educadora Rural do Maranhão, no ano de 1966, logo na inauguração da emissora que funcionava num casarão na Rua do Sol centro histórico de São Luís. Helena ocupou a função de organizar os discos usados diariamente nos diversos programas da Radio Educadora conhecida como a emissora do povo de Deus. Em um curto espaço de tempo, Helena Leite chegou aos microfones da emissora da igreja católica como locutora e logo no início da carreira como radialista passou a ser apresentadora de programa e passou a ser conhecida tanto na capital como no interior do Estado, pois nessa época as ondas da rádio educadora tinha muita penetração na baixada maranhense e passou a ser ouvida também em sua cidade natal, após passagem pela rádio Educadora Helena passou para a Rádio Timbira, onde se tornou a primeira mulher a funcionar como repórter de campo nas transmissões esportivas de partidas de futebol. No entanto, foi na Rádio Capital onde se destacou como defensora da cultura maranhense e elevou sua voz em defesa do folclore maranhense especialmente do bumba-meu-boi. Helena Leite foi uma defensora incansável da cultura popular, que marcou época no Rádio maranhense com passagem por diversas emissoras como Educadora, Difusora, Timbira, Capital sempre com programas em que defendia com muita coragem e compromisso o folclore maranhense, com 50 anos dedicados ao trabalho, Helena Leite dedicou grande parte da sua vida à cultura popular do Maranhão, atuando em programas de rádio na defesa e divulgação deste segmento. Em sua trajetória profissional, Helena Leite deu grande contribuição à Comunicação e Cultura do Maranhão.
Helena também contribuiu para o crescimento e reinvenção do Boi da Pindoba (sotaque de matraca) e chegou a ser presidente do Boi da Pindoba. Seu último trabalho como radialista foi na Rádio Difusora, apresentando o programa Canta Maranhão ao lado dos radialistas Joel Jacinto, Sergio Viana e Juarez Sousa. Nas eleições de 2018, resolveu entrar para a política e chegou a ser candidata a uma vaga de deputada estadual pelo PRTB, apesar de ser bastante popular não conseguiu se eleger. A radialista, folclorista e membro da Academia Poética Brasileira, Helena Leite, foi uma grande defensora da cultura popular maranhense, faleceu em São Luís no dia 29 de março de 2019, aos 67 anos de idade.
Foto: governo do estado do Maranhão.