HISTÓRIA(S) DO/DE PARAIBANO - VOLUME I

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COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE

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As dificuldades para se chegar a região eram enormes pois não havia estrada nem transporte. Viajava-se a cavalo, acompanhando o caminho das tropas de burro, havendo mais facilidade de comunicação com São João dos Patos, distante 40 quilometros, do que com Pastos Bons, sede do municipio, distante 30 quilometros. Era mais facil ir a Floriano-PI e dai para outros estados do Nordestes do que para a Capital, São Luís. De Barão de Grajaú até São João dos Patos havia uma estrada vicinal (carroçal), em que trafegam caminhões, procedentes de todo o Nordeste, carregando mercadorias, principalmente o sal e a querosene. Faziam questão de passar mais tempo em Paraibano, em razão do comércio e da hospedagem. Já havia dois hotéis, enquanto em Pastos Bons, nenhum. Floriano era o ponto de abastecimento mais próximo, tanto que a rimeira primeira estrada construida foi ligando o Brejo a Floriano, por onde se escoava a produção e onde eram adquiridos os implementos e as mercadorias necessárias para a própria sobrevivencia da região. Em 1935, João Paraibano adquire um caminhão77 – o primeiro! –que servia de transporte para a cidade. Adquirido na cidade de Fortaleza. Para trazer esse caminhão, foi necessário abrir caminho a facão. As pessoas que moram próximo a estrada existente, utilizada pelas tropas de burros, fugiam assustadas pensando que era o fim do mundo, pois não conheciam carro que não fosse de tração animal. Ouviam o barulho do motor e fugiam para o meio do mato. Em Paraibano, já circulava o caminhão de Joana da Rocha Santos, para transporte de produtos agricolas adquiridos em Paraibano e levadas para São João dos Patos. Toda a produção adquirida por Dona Noca e transpoirtada para sua cidade, saia como produto daquele municipio, não pagando-se os impostos e taxas a Pastos Bons. Dai naquela epoca São Joao dos Patos ter uma grande produçãoi agricola, cuja queda vai se refletir quando da emancipação do municipio. Mais tarde, João adquire outro caminhão, assim como Guilhermino adquire seu Forde 1948 do sr. Anisio Nunes (custou 78 mil cruzeiros); em 1950, adquire outro caminhão, em São Luis, por 100 contos de reis. Outros

77 Esse caminhão

seria adquido em sociedade com Manoel Coelho de Sousa. Como João Paraibano “começou de fazer umas coisas que eu não gostei, aí eu não comprei mais”. (SOUSA, Manoel Coelho. DEPOIMENTOS, in VAZ, 1990, obra citada).


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