
4 minute read
Capítulo 12. Do Namoro ao Casamento
PELOS CAMINHOS DA VIDA
Do Namoro ao Capítulo 12 Casamento
Advertisement
CAPÍTULO 12 - DO NAMORO AO CASAMENTO
Depois de “saracutiar” (namorar umas e outras, sem compromisso) por um longo período, e depois de meus dois principais amigos se comprometerem,comecei a ficar sozinho. As saídas passaram a ser com meus colegas de escola.
Em dezembro de 1969, depois de passar por um dos DCE´s, um dos colegas de escola me convidou para darmos uma passada na hora dançante do Círculo Militar, na Av. Raja Gabaglia. E lá fomos nós.
Ficamos observando o ambiente e tentando “fisgar” alguma menina, enquanto isso tomávamos um drink (gin com crush ou fanta). Numa destas rodadas pelo salão notei duas amigas me observando e, uma delas me chamou a atenção. Imediatamente a tirei para dançar. De perto ainda mais bonita. Bonita até hoje. Ficamos dançando e conversando por um longo tempo e, como sempre, pedi o seu telefone.
Coincidentemente uma das meninas (Celina) com quem estava saindo na época, também apareceu no local e me viu dançando com ela. Consequência, me pediu para não a procurar mais. E olha que esta era uma das meninas mais para frente que namorei. Morava no conjunto IAPI e gostava de beijar e dar uns “agarros”.
Quando telefonei para a Angela, não notei muito entusiasmo nela, mas marcamos um encontro na casa dela (Rua Cura D´Ars, 641). Em poucos minutos me dispensou, pois, os pais não permitiam conversar com estranhos na porta do prédio. Dias depois liguei novamente e dessa vez tinha uma amiga com ela. Fiquei pouco tempo e fui embora. Da terceira ou quarta vez entrei no prédio, mas fomos para o AP de sua avó (Dona Valéria), tempo suficiente para um cafezinho e ir embora.
Pensei comigo, quem sabe pedindo a ela para namorar as coisas melhorariam. Nada disso, mas pelo menos, os pais me receberam no apartamento, mas sempre com alguém presente. Mas, segundo ela, os pais só permitiriam o namoro para encontrar apenas um dia da semana (sábado ou domingo). Então passamos a nos encontrar todos os sábados até às 10 hs.
Para mim estava até bom. Por quê? Porque depois daquele horário encontrava com o Oberdan e/ou com o Beto e outro (s) colega (s) e saíamos para a gandaia. Ficavam até com o meu carro e depois me pegavam lá. Foi assim por um tempão. Cheguei até encontrar com o Dedé, seu irmão, numa balada, e ele não me dedurou. Encontrei também com o Anor. Este eu não sei se falou ou não. Acho até que falou.
Uma das tias (a Lourdinha) é quem amarrava tudo. Quadrada ao extremo falava para os pais não deixarem sair sozinha e ficar de olho na filha. Mas com
PELOS CAMINHOS DA VIDA
o passar dos tempos a D. Valéria que desde o começo demonstrou que gostava de mim, também, ao contrário, pedia para não fazer tantas proibições. Sempre que podia chamava a gente para a sua casa para fazer algum agrado. Mas, mesmo assim, sair sozinhos de maneira nenhuma. Apenas permitiram encontrarmos mais dias na semana. Ir ao cinema só acompanhado, jantar idem, ir ao Xodó tomar milk-shake, e em outros lugares, também. Nessa época já havia trocado o meu primeiro fusquinha por outro, só que agora verde e mais novo.
Com o passar do tempo cheguei a pensar em acabar com o namoro, tendo até comentado com o Oberdan a minha intenção. A família era muito quadrada, quadrada ao extremo, e a Angela não os contrariava. Seguia fielmente as determinações. Mas acho que não terminei porque já estava gostando dela, mesmo sem ganhar um beijinho sequer.
Mas depois que começamos mesmo a namorar, com a autorização dos pais, as coisas começaram a melhorar. Acho que eles notaram que eu era um bom partido e que tinha boas intenções e resolveram consentir com o namoro. A partir daí já encontrávamos mais vezes na semana. Viajamos juntos com eles para o Rio de Janeiro, na casa do Dr. Homero, irmão do Lico, depois para Teresópolis onde tinha também um sítio, bem grande, o Aladim. Depois fizemos viagens juntos para Cabo Frio.
Daí para frente, o namoro ganhou definitivamente o apoio dos pais. O namoro não era só dentro de casa. Quando ia me despedir ficávamos muito tempo na parte externa do apartamento. E aí, depois de muitos meses de namoro, veio o primeiro beijo. Acho que a partir daí também ela começou a gostar mais de mim e passamos a dar nossos agarros. Mas só isso. Com a aceitação e aprovação da família as coisas foram acontecendo. E do namoro, ao noivado, e daí, ao casamento, foram três longos anos.
Em 22 de dezembro de 1972, na igreja de Santo Agostinho foi realizado o nosso casamento, com a presença dos familiares e alguns amigos. A recepção foi na casa dos pais. Não prepararam direito e até eu tive que me tornar garçom, ficando responsável por servir as bebidas. No final, tudo deu certo. Mas quando saí para ir para o hotel, veio a surpresa: meu carro todo borrado de batom e com latas de cervejas amarradas aos montes em sua traseira. Fui limpar o para brisas e a coisa só piorou.