Jornal da Praia | 0544 | 10.05.2019

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QUINZENA

10 A 23.05.2019 Diretor: Sebastião Lima Diretor-Adjunto: Francisco Ferreira

Nº: 544 | Ano: XXXVII | 2019.05.10 | € 1,00

QUINZENÁRIO ILHÉU - RUA CIDADE DE ARTESIA - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA - ILHA TERCEIRA - AÇORES

www.jornaldapraia.com

DESTAQUE | P. 8 E 9

RUA DE JESUS A MUDAR DE VIDA NO CONCELHO | P. 3

CRIADO NO TRIBUNAL DA PRAIA

JUÍZO MISTO DE FAMÍLIA, MENORES E TRABALHO MANUEL LAMAS PUBLICA DA ILHA TERCEIRA NOVO LIVRO CULTURA | P. 7 PUB

Foto: Fernando Santos

EDITORIAL | P. 12


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CANTO DO TEREZINHA / CONTO | JP

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DIZ-ME ONDE PÕES O CASACO E... O que se costuma dizer é ‘diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és’ e com esta expressão estamos a dizer que conseguimos adivinhar o carácter de uma pessoa. Mas, como é que o sítio onde se põe o casaco é para aqui chamado? É preciso recuar às décadas de 40 e 50 do século passado. Apesar de longínquas, haverá ainda alguém que recorde um tal

doutor alemão, famoso médico que deu consulta em Ponta Delgada a quem acudiam não só as gentes de São Miguel mas também das demais ilhas, em particular da Terceira e do Faial.

dico queria proceder à auscultação. Assim, uns punham o casaco no cabide da porta, outros colocavam-no nas costas da cadeira e outros, ainda, deitavam-no no chão junto à cadeira.

Este doutor alemão tinha não só um bom olho clínico como também era muito bom observador e gabava-se de saber de que ilha eram os seus consulentes conforme o sítio onde punham o casaco quando o mé-

Alguém é capaz de acertar com a ilha (São Miguel, Terceira ou Faial) da proveniência dos consulentes do doutor Friedmann?

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NOVO JUÍZO SABE A POUCOCHINHO Foi no mês passado criado o novo Juízo Misto de Família, Menores e Trabalho da Praia da Vitória. Segundo artigo de opinião do Presidente do Tribunal da Comarca dos Açores, Juiz Desembargador, Moreira das Neves, pu-

blicado na imprensa local, bem poderia designar-se “Juízo Misto da Família, Menores e Trabalho da ilha Terceira”, pois a sua competência estende-se à área dos dois concelhos da ilha e as audiências dos respetivos casos também decorrerão, por regra, em cada um deles.

Para CT que nada entende de especialização judiciária, este novo Juízo sabe a poucochinho, e desconfia, que se o mesmo tivesse sido instalado em Angra como inicialmente previsto, a história seria certamente outra. n

CONTO DO MARQUÊS DE NADA E DE COISA NENHUMA

O ILUSTRE PARRECAS

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uando a campanha começara, a escola vibrara de energia. Grandes cartazes de tecido, cartolina e papel tentavam convencer os alunos a votarem em determinada lista. Para grande espanto do Parrecas, sempre houvera outra lista. O outro candidato tinha também grande êxito nas classificações. Mas os testes e as provas não eram o necessário para um bom presidente. Um bom candidato é aquele que domina a popularidade e vai ao agrado da opinião geral. E o Parrecas tinha isso, era como um cientista/bilionário/estrela de cinema. Não havia ninguém que não gostasse dele. Para além do mais, toda a sua lista era uma forma de persuadir a maioria. Era composta por raparigas atraentes (que induziam o voto dos rapazes apaixonados), por atletas (que induziam o voto dos admiradores) e por gente que andava com confiança e segurança (que, inexplicavelmente, induziam o voto dos introvertidos). Toda a lista trabalhara na campanha. Agora era o tempo de semear, e a colheita dos frutos viria certamente. Uns colavam cartazes, outros apelavam ao voto dos estudantes. O Parrecas fizera muitos dos seus discursos no ponto de encontro dos alunos: o bar. O bar era aquele local onde se podia comer, distrair, conversar, comentar, achincalhar e dizer obscenidades, longe dos ouvidos dos professores. Então, nesses grandiosos discursos, o

Parte: IX (Continuação da edição anterior)

Parrecas apelara ao mesmo de sempre: ao voto, à união e ao bom senso. Sim, só alguém sem bom senso seria capaz de não votar nele. Mas não era assim que se persuadiam alunos a votarem. A melhor forma é o suborno, ou como o Parrecas gostava de dizer: o contrato. Em troca de guloseimas, doçarias, jogos de vídeo, pinturas faciais, porta-chaves e outros brindes o voto estava assegurado. Uma técnica importada pelo Governo Regional, que resultava há uns bons anos. Músicas com grande aceitação estudantil (nem sempre as melhores) eram ouvidas em alto som durante os intervalos. O bar, onde grande parte da campanha acontecia, ficava completamente preenchido, quais sardinhas enlatadas. Ninguém podia perder aquele momento de festa. Muitos chegavam a faltar às aulas de tanta agitação. Eram dias de extrema diversão. Tudo isto exigia do Parrecas aquela sua atitude específica: um andar seguro, lento e confiante, peito de herói, postura correta, sorriso largo mostrando dentes e cabelinho à escovinha, impecável; vestia as suas camisas de marca e os seus sapatos à vela. Transmitia aquilo que um presidente devia transmitir. A outra lista ocupou-se do assunto mais trivial e insignificante: as propostas e medidas a apresentar. Apregoavam as suas ideias e não faziam a campanha do suborno. Não é que fosse uma técnica intrinsecamente moral, mas era necessá-

ria. Os alunos tinham conhecimento que, de facto, estavam a ser subornados, contudo, não lhes era de todo desfavorável. Afinal, aquelas eleições não iam decidir o destino do país, iam só eleger alguém que defendesse os seus ideais pessoais. Não era um cargo muito cobiçado, tinha só um pouco de relevância. Porém, agora que o Parrecas seria o futuro presidente, este era um posto de máximo estatuto. Os alunos aprenderam a idolatrar o Parrecas, assim como aprenderiam a venerar o seu cargo. Tal como os alunos, o diretor do conselho executivo da escola já escolhera o seu candidato. Troçara da candidatura da lista adversária do Parrecas como um bom diretor deve fazer. Não tinham hipóteses, anunciara o presidente. O Parrecas vinha ao agrado de todos, até dos funcionários. Os dias de campanha foram passando e o debate entre candidatos chegara finalmente. O Parrecas considerava-se plenamente preparado. Não ensaiara discurso nem eventuais defesas ou contra argumentos, porque um verdadeiro presidente é aquele que improvisa nas horas de desconforto. A escola toda reunira-se no auditório, em redor do palco. As cadeiras estavam lotadas, uns sentavam-se no chão, outros nas escadas e outros de pé, de tal entusiasmo. Os alunos discutiam, entre berros, o melhor candidato. Os membros das listas

provocavam barulhos estridentes e irritantes através de buzinas, palmas e até gritos e bramidos selvagens, desafiando a disciplina da escola. Era o caos total. Só existe uma palavra que melhor pode definir estas campanhas: caos. A madeira das paredes estremecia e as colunas gritavam melodias ruidosas. Os professores eram obrigados a levarem as suas turmas a assistirem ao debate, numa tentativa, fracassada, de incentivar os jovens ao ritual do voto. Os docentes resmungavam entre si nos cantos do auditório, enquanto os alunos faziam a festa. De repente, a plateia emudecera. Um professor subiu ao palco e apresentou os candidatos. Quando o Parrecas se levantara, toda a escola gritara de alegria. Era uma alegria enorme ver um génio como ele candidatar-se a tal cargo, representando todos os seus ideais pessoais. Primeiramente, agradecera a calorosa aceitação dos alunos. De seguida, enunciara as suas medidas (tão bem elaboradas que seriam impossíveis de se concretizarem, prometendo melhores condições na escola: como uma nova pintura, soluções aos problemas de eletricidade e até novos equipamentos desportivos). Por fim, saudara a assembleia presente. As suas propostas foram apresentadas como quem apresenta o New Deal, em plena crise. Foram, sem dúvida, medidas que salvariam e incentivariam os alunos à educação. (Continua na próxima edição) n

FICHA TÉCNICA PROPRIETÁRIO: Grupo de Amigos da Praia (Associação Cultural sem fins lucrativos NIF: 512014914), Fundado em 26 de Março de 1982 REGISTO NA ERC: 108635 FUNDAÇÃO: 29 de Abríl de 1982 ENDEREÇO POSTAL: Rua Cidade de Artesia, Santa Cruz, Apartado 45 - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA, Ilha Terceira - Açores - Portugal TEL: 295 704 888 DIRETOR: Sebastião Lima (diretor@jornaldapraia.com) DIRETOR ADJUNTO: Francisco Jorge Ferreira ANTIGOS DIRETORES: João Ornelas do Rêgo; Paulina Oliveira; Cota Moniz CHEFE DE REDAÇÃO: Sebastião Lima COORDENADOR DE EDIÇÃO: Francisco Soares, CO-1656 (editor@jornaldapraia.com) REDAÇÃO/EDIÇÃO: Grupo de Amigos da Praia (noticias@jornaldapraia.com; desporto@jornaldapraia.com); Rui Marques; Rui Sousa JP - ONLINE: Francisco Soares (multimedia@jornaldapraia.com) COLABORADORES: António Neves Leal; Aurélio Pamplona; Emanuel Areias; Francisco Miguel Nogueira; Francisco Silveirinha; José H. S. Brito; José Ventura; Nuno Silveira; Rodrigo Pereira PAGINAÇÃO: Francisco Soares DESENHO NO CABEÇALHO: Ramiro Botelho SECRETARIADO: Eulália Leal LOGÍSTICA: Jorge Borba IMPRESSÃO: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A. - Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, 50 Morelena - 2715-029 PÊRO PINHEIRO ASSINATURAS: 15,00 EUR / Ano - Taxa Paga - Praia da Vitória - Região Autónoma dos Açores TIRAGEM POR EDIÇÃO: 1 500 Exemplares DEPÓSITO LEGAL: DL N.º 403003/15 ESTATUTO EDITORIAL: Disponível na internet em www.jornaldapraia.com NOTA EDITORIAL: As opiniões expressas em artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal e do seu diretor.

Taxa Paga – AVENÇA Publicações periódicas Praia da Vitória


JP | NO CONCELHO

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RUA DE JESUS A MUDAR DE VIDA

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m novo paradigma está aos poucos a assumir-se na principal artéria da Capital do Ramo Grande – a rua de Jesus. O tradicional comércio de importações e revenda de produtos começa a dar lugar a novas empresas que apostando no conhecimento tecnológico prestam serviços do centro da Praia da Vitória para todo o mundo. Este novo latejar de vida, em pleno centro histórico da cidade, deve-se ao projeto “Terceira Tech Island”,

que já fixou 3 tecnológicas em pleno coração citadino. A primeira tecnológica a abrir portas foi a “Glintt – Global Intelligent Technologies”, a 03 de setembro de 2018. Num total de 15 novos postos de trabalho criados, 10 foram recrutados no âmbito do curso intensivo de programação em linguagem “Java” ministrado localmente pela “Academia de Código” – “Start Up” parceira do “Terceira Tech Island”. A segunda empresa a instalar-se foi

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a “Infosistema”, a 04 de abril deste ano. Nela, são dez os programadores que desenvolvem soluções informáticas na área da banca e dos seguros do centra da Praia da Vitória para todo o mundo. Mais recentemente, a 15 de abril, inaugurou instalações a “Bring”, criando 18 novos postos de trabalho, dos quais 16, são ex-formandos do “Terceira Tech Island”. O projeto “Terceira Tech Island”, segundo o vice-presidente do Governo dos Açores, Sérgio Ávila, já trouxe para a Praia da Vitória 8 tecnológicas, das quais 3 com escritórios instaladas em pleno centro históri-

co. Ainda segundo o governante, já foram formados no âmbito do projeto 60 programadores juniores, e até ao final deste ano, serão formados mais 120, equitativamente distribuídos pela linguagem “Java” e a nova tecnologia emergente “Outsystem”, na sequência da nova parceria com a empresa “ITUp”. Neste mês de maio, diz o governante, termina mais um curso de “Java” com 34 formandos, decorrendo a 1.ª formação em “Outsystems” com 11 participantes.

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OLHAR POENTE PROMOVE

FORMAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS PEDIÁTRICOS

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ealizou-se nos dias 8, 9 e 10 de abril, a formação de Primeiros Socorros Pediátricos direcionada para a equipa de Olhar Poente Associação Desenvolvimento. Saber agir nas pequenas eventualidades do dia-a-dia com bebés ou crianças é fundamental para que educadoras, ajudantes e auxiliares de serviços gerais se sintam seguras e confiantes. E em casos de verdadeira emergência, a informação do que pode e deve ser feito é fulcral. Foi nesta abordagem que Olhar Poente direcionou uma formação transversal a todas as funcionárias

que pretendeu informar e preparar para com tranquilidade poderem agir em conformidade. Esta formação foi orientada pelo enfermeiro Hugo Santos, bombeiro na corporação da Praia da Vitória, com ampla experiência e formador na área de primeiros socorros. A Olhar Poente - Associação Desenvolvimento é uma IPSS que desenvolve a sua ação nas respostas sociais de creche e CATL sitas nas freguesias da Vila Nova, Fontinhas e Fonte do Bastardo.

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EFEMÉRIDE | JP

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ANTÓNIO MARIA DE CAMPOS JÚNIOR, O ROMANCISTA HISTORIADOR: FRANCISCO MIGUEL NOGUEIRIA

quando Campos Júnior tinha ainda 20 anos, em 1870.

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á exatos 169 anos, a 13 de maio de 1850, nascia o terceirense António Maria de Campos Júnior, um militar do exército que teve uma profícua vida como romancista e dramaturgo, além de ter colaborados com diversos periódicos. António Maria de Campos Júnior nasceu na freguesia da Sé, em Angra do Heroísmo, quando seu pai, um militar de carreira, se encontrava a prestar serviço no Castelo de São João Batista. Com 8 anos, acompanhou os seus pais até Leiria, onde se estabeleceram. Aí Campos Júnior fez a instrução primária, foi nesta cidade que, como professor regimental, fez o serviço militar, abraçando uma vida no exército português, tal como fizera o seu pai. Na cidade de Leiria, António Maria de Campos Júnior começou também a sua vida de escritor, com a obra Milagre da Senhora da Encarnação. Depois começou a escrever textos dramatúrgicos como: A filha do Regedor e Nariz de Cera. Os seus trabalhos passaram a ser marcados pelas biografias de personalidades relevantes da História de Portugal. Surgia assim as grandes obras do autor, os romances históricos. O seu primeiro romance a ter uma dimensão maior foi O marechal Saldanha: ontem e hoje, publicado

António Maria de Campos Júnior depois foi transferido para Lisboa com a ajuda do seu amigo Xavier Lopes Vieira, pai do poeta Afonso Lopes Vieira. Foi na capital portuguesa que Campos Júnior iniciaria a sua carreira como dramaturgo e romancista reconhecido, embora continuasse com a sua vida militar. Também se envolveu na vida política do país, sendo um jornalista ativo dos periódicos do Partido Regenerador ao qual tinha aderido. Tempos depois, Campos Júnior filia-se no partido de Barjona de Freitas, que representava a fação mais liberal dos regeneradores, o partido da Esquerda Dinástica, colaborando intensamente com os jornais deste partido. No último quartel do século XIX, António Maria de Campos Júnior foi redator dos jornais: Revolução de Setembro, Diário de Notícias e O Século, sendo um nome cada vez mais respeitado da sociedade e da cultura portuguesa. Os seus romances históricos envolveram muitas horas, dias e semanas em arquivos e investigação, atividade que gostava de realizar porque pretendia escrever romances o mais realistas possíveis, com uma escrita simples e de leitura entusiasmante. Das suas obras mais marcantes, conta-se: O Marquês de Pombal; Luís de Camões; Ala dos namorados; Vitória de África; Guerreiro e Monge; Pedras que falam; A rainha-madrasta; As possessões portuguesas. Como dramaturgo, distingue-se, entre outras: O Filho do Major e o drama A Consciência, peças representadas, tanto em Portugal, como no Brasil, onde o seu nome passou a ser conhecido.

A 11 de janeiro de 1890, a Inglaterra apresentou a Portugal o Ultimatum, uma nota entregue ao Ministro dos Negócios Estrangeiros português pelo Embaixador de Inglaterra em Lisboa (Mr. Petre), onde era exigida a retirada das expedições militares portuguesas das regiões do continente africano que se encontravam sob “proteção britânica”. Portugal acedeu ao pedido britânico, embora protestando. A revolta espalhou-se, então, por Lisboa, um milhar de pessoas percorreu as ruas da capital, em protesto à “submissão” nacional”. No rescaldo do Ultimatum, o governo português foi obrigado a demitir-se e foi criado o hino A Portuguesa, da autoria de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça, apelando à revolta dos portugueses em nome dos seus antepassados. Campos Júnior, envolvido pelo espírito crítico destes dias, escreveu uma peça de exaltação à pátria portuguesa, A Torpeza, a qual foi representada em todo o país e além-fronteiras, na qual se evidenciava a sua crítica à atitude portuguesa face aos ingleses. Quando a peça terminava, o público cantava A Portuguesa, relembrando que os portugueses eram um povo de guerreiros. Esta obra seria a sua consagração final. Era um nome incontornável da Literatura do final do século XIX. A concessão de Portugal às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional. O Rei D. Carlos foi acusado de “britanismo” e de subjugação aos interesses ingleses. Portugal, embora tenha desistido do “Mapa cor-de-rosa”, assinou, em 1891, um tratado luso-britânico que conferia ao nosso país a soberania sobre extensos

territórios, alguns dos quais até então nunca haviam sido reivindicados. Contudo, os ganhos da Coroa portuguesa foram esquecidos, sobretudo porque a propaganda republicana contra a Monarquia, fez do Ultimatum, um desaire e uma humilhação nacional. Campos Júnior casou-se com Maria das Dores Ferreira, natural da Marinha Grande, tendo o casal ficado a viver em Leiria, para onde o autor voltou e onde se estabeleceu, assumindo a direção do semanário Distrito de Leiria. Depois passou a viver na terra natal de sua esposa, a Marinha Grande, onde continuou a escrever. Campos Júnior reformou-se do Exército Português, em 1899, com o grau de capitão. Nos finais do século XIX, Campos Júnior era um dos autores mais lidos em Portugal. Campos Júnior foi agraciado várias vezes: com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo, Cavaleiro Oficial da Ordem de Santiago, com as medalhas de Mérito Militar de Espanha e da Medalha de Prata de Comportamento Exemplar. Morreu a 8 de setembro de 1917 na Marinha Grande, sendo sepultado no velho cemitério local. Um homem da grandeza cultural e política de António Maria Campos Júnior deve ser dado a conhecer nos Açores, sobretudo na Terceira, terra que o viu nascer. São homens como Campos Júnior, que fizeram da palavra a forma de expressar a sua arte, os seus ideais e os seus heróis, que devemos conhecer, pois são pessoas que mostram que aprendemos com o passado e que lutando, nós poderemos chegar o mais longe possível nos nossos objetivos.

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Pico do Capitão

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anto na base como no cimo do Pico Capitão é possível arranjar espaço para relaxar. Não é por acaso que anualmente alguns atletas Aurélio Pamplona percorrem os 650 (a.pamplona@sapo.pt) metros da subida, para se sentirem bem com a panorâmica e consigo próprio. Mesmo o fazer só a subida, e o se confrontar com o ambiente proporcionado pela paisagem, com proximidade do mar, é susceptível de animar quem se sente em baixo, e de relaxar aquele que se deixou levar por tensão desproporcionada. O problema é que nem todos se esforçam por aproveitar as oportunidades que o mundo lhes oferece. Por isso se sugere que aquela subida a pé passe a ser “obrigatória” para aqueles que visitam turìsticamente o Porto Martins. O relaxamento é qualquer coisa que se pode aprender. E significa, de acordo com Brewer (2000), encontrar o tempo para coisas importantes nas nossas vidas, como nutrir o nosso eu, adquirir uma atitude positiva em relação à vida, e acima de tudo descobrir a paz de espírito.Também é um meio saudável de simplificar as nossas vidas, e de nos permitir mais tempo para gozar as coisas que amamos. E ainda nos ajuda, entre outros benefícios, a ter mais calma numa crise, a deixar passar o passado, e a não sobrecarregar o futuro. Segundo Cheung (2006) já referido, o repouso profundo assenta não no sono, mas no descanso em que PUB

o metabolismo do corpo diminui, e as ondas cerebrais passam ao estado alfa, ou de relaxamento. Note-se que, para além do que tem sido referido, a relaxação do corpo e do espírito é realçada, e faz parte de todos os sistemas de valores filosóficos e religiosos ocidentais, não só como um pré-requisito para a meditação, mas também porque se acredita vital para o desenvolvimento dos poderes psíquicos. Acresce que as técnicas de

confortável, quer esteja sentado ou deitado, e comece a respirar leve e profundamente, mas de forma calma e sem esforço; (4) contrai-se suavemente, e depois relaxe cada parte do corpo, começando pelos pés, e trabalhando cada uma, até à face e cabeça. Depois: (5) à medida que focaliza cada área pense em calor, lassidão e relaxação, empurre os pensamen-

Recorde-se que a finalidade das técnicas de relaxação é aprender a controlar, e a modificar as respostas somáticas e cognitivas, de forma que se tornem incompatíveis com a tensão, a ansiedade e a dor. Os seus objectivos típicos são pois, de acordo com Bruch (1997), a redução da tensão muscular, a vasodilatação para minorar a tensão sanguínea, e a redução das respostas taquicardianas e gastrointestinais. Encarada como um método terapêutico, com a sua utilização é possível levar a pessoa a adquirir a quietude muscular necessária, que se traduza em relaxação somática e cognitiva. Através da sua execução é-se capaz de reconhecer e eliminar os níveis mais minuciosos de tensão, permanecer quanto possível livre dessa carga, e eliminar o enervamento desnecessário durante as actividades. A ênfase é posta na descoberta, por si próprio, de pequenas mudanças na tensão. Entretanto, para facilitar a sua execução ajudaria que houvesse, para além do caminho melhorado para chegar ao cimo do Pico, neste caso do Capitão, um pequeno espaço, que facilitasse o descanso, o relaxamento e a delícia com a vista.

relaxamento são úteis, não quando usadas isoladamente, mas principalmente em associação com outras formas terapia, como por exemplo a dessensibilização sistemática. O autor apresenta um pequeno exercício de relaxação como exemplo: (1) escolha um lugar sossegado, onde não possa ser interrompido; (2) antes de iniciar faça alguns exercícios suaves de alongamentos, para aliviar a tensão muscular, (3) sinta-se

tos confusos para o final da mente, imaginando-os a flutuar, e não force o relaxamento, antes permita que isso aconteça; (6) deixe a mente ficar vazia e, se achar útil, recorra á vizualização de um lugar calmo e bonito, como um jardim ou prado; e (7) fique assim durante cerca de 20 minutos, respire fundo por algum tempo, abra os olhos, e deixe-se ficar por alguns momentos sentado ou deitado, antes de se levantar.

Referências: Brewer, S. (2000). Simply relax: The biginners guide to relaxation. London: Duncan Baird Publishers. Bruch. M. H. (1997). Relaxation training. Em Baum, A., Newman, S., Weinaman, J., West, B., & McManus, C. (Eds), Cambridge handbook of psychology, health and medicine. London: Cambridge University Press. Foto: L. Pamplona n


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MANUEL LAMAS PUBLICA NOVO LIVRO

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o passado dia 11 de março, decorreu nas instalações da mítica e histórica Livraria Ferin, ao Chiado, uma das poucas da especialidade que ainda subsistem em Lisboa, o lançamento e apresentação do livro “A Ordem Militar de Avis Revisitada (1515-1538) Um alheado entardecer”, da autoria de Manuel Lamas de Mendonça, que constituiu a sua prova de doutoramento, defendida em 02.07.2008 na Universidade Lusíada de Lisboa. A “Ordem Militar de Avis Revisitada” constitui a mais profunda e diversificada investigação feita até hoje sobre esta milícia. Em 674 páginas, Manuel Lamas de Mendonça parte da conjuntura político-militar que justificou a criação dos “freires de Évora” pelo primeiro monarca Português. Para tanto, o autor tomou como cerne da investigação os mais de mil fólios inéditos que descrevem minuciosamente as visitações, efectuadas por ordem do Mestre Dom Jorge, filho do Rei D. João II, entre 1515 e 1538. Estas fontes permitem reconstituir um inesperado estado da arte no que se referia às comendas alentejanas às quais havia sido atribuída a missão da defesa das rotas possíveis de invasão estrangeira ao longo das bacias dos rios Tejo e Guadiana, com destino a Lisboa e Santarém. E, surpreendentemente, os documentos estudados traçam o retrato físico e moral de uma Instituição que, mantendo ainda os traços simbólicos fundacionais de Ordem Religiosa e Militar, havia abandonado já qualquer veleidade de vocação castrense, como nitidamente se documenta pela exiguidade dos efectivos, vetustez da palamenta militar e degradação, ou mesmo ruína, das respectivas fortificações, já em pleno período pirobalístico. Esta obra PUB

descreve com rigoroso pormenor um senhorio relativamente modesto, a sua demografia, o que cultivava e como, quanto rendia e como se distribuíam as rendas. Mas também as circunstâncias políticas advenientes do testamento do Príncipe Perfeito, que uma vez impossibilitada a legitimação do seu filho natural D. Jorge, e sua subsequente e projectada integração na linha sucessória do trono Português, aconselhavam o monarca a tomar providências em relação ao estatuto futuro deste seu filho natural. Precisando que a tentativa de o colocar na linha sucessória nunca se chegou a concretizar devido aos obstáculos semeados pelo esforço conjunto dos Reis Católicos, das casas Ducais de Beja- Viseu, e dos próprios Habsburgos, e descrevendo como passava a ser imperioso que D. João II protegesse política e senhorialmente aquele a quem destinava o Ducado de Coimbra e os Mestrados das Ordens de Cristo, Avis e Santiago. Na prática, o Senhor Dom Jorge, se o testamento régio não tivesse sido interpretado (e executado) com prudentíssima sagacidade, ter-se-ia convertido num verdadeiro contrapoder enquistado na monarquia manuelina. Desta obra retiram-se elementos que documentam até ao mais ínfimo pormenor a arquitectura religiosa e civil contida no património das Comendas analisadas, e dados importantes para a história agrária do século XVI. Finalmente, descreve-se a colonização das Ordens de Avis e Santiago pelos Furtado de Mendonça, família materna do Mestre Dom Jorge, e o alheamento da espiritualidade e práticas religiosas da Ordem Militar de Avis perante os espasmos da Reforma e contra-Reforma que, nesse preciso momento, começavam a dilacerar a Europa.

Este trabalho, que é uma edição de muito escassa tiragem (200 exemplares), constitui uma obra obrigatória para quantos prezam o aprofundar do conhecimento da História de Portugal em geral e da História das Ordens Militares Portuguesas em particular. Presentes no evento encontravam-se Dom Duarte, Duque de Bragança, Francisco de Bragança Van Uden, João Távora, Professora Doutora Cristina Pimenta da Universidade do Porto, que simultaneamente representou por motivo de doença o Professor Doutor Luís Adão da Fonseca, da Universidade do Porto e da Universidade Lusíada do Porto, responsável científico por este trabalho, mas ambos orientadores desta tese de doutoramento, que teve ocasião de tecer palavras de excepcional apreço e merecimento pelo trabalho ora apresentado, bem assim pessoalmente pelo autor, cujo enriquecimento cultural se lhe reconhece a todos os níveis, António de Matos e Silva, que fez a apresentação da Obra, General Luis de Sequeira, ex-Secretário-Geral do Ministério da Defesa Nacional, Robin de Andrade ex-Secretário de Estado das Finanças, Professor Engenheiro Alfredo Cunhal, da Universidade de Évora, Alfredo Magalhães Ramalho, bibliotecário da Universidade Católica, que é actual chairman da casa Veva de Lima, Dom José de Herédia, Marquês de Arena, Marquês de Rio Maior, Conde do Lavradio, Conde de Nova Goa, Conde das Alcáçovas, Conde de Mesquitella, Conde de Matosinhos e São João da Foz, João Goulart de Bettencourt, José Cid e senhora, D. Gabriela Carrascalão Cid, Segismundo Ramires Pinto, José Carlos Ramalho, Jácome de Bruges

Bettencourt, Cônsul da República de Cabo Verde nos Açores e senhora, D. Fernanda Bettencourt, João Cortesão, os irmãos José Carlos e Aníbal Freire Correia e muitos outros amigos de Manuel Lamas de Mendonça que o quiseram acompanhar neste dia, e foram mais de oitenta, em que lançou mais uma obra histórica notável, sem esquecer o permanente apoio familiar da mulher Joãozinha Rivotti, do filho Fernão, bem assim da sogra, D. Maria João Rivotti. Esta obra, em edição de autor, teve a chancela e apoio da Fundação Dom Manuel II e da Causa Monárquica. Acrescente-se, ainda, o facto de o livro se ter praticamente esgotado em menos de uma semana após esta apresentação. Manuel Lamas de Mendonça foi nos anos oitenta Director Regional dos Assuntos Culturais, em Governo Regional do Presidente Mota Amaral, pelo que conta muitos amigos na Região Autónoma dos Açores. João Manuel de Moraes Lamas da Silveira de Mendonça, nasceu em Lisboa (S. Cristovão e S. Lourenço) a 23.03.1947, vivendo parte da adolescência em Coimbra, onde seu pai, agrónomo, era professor e director da Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra e sua mãe professora do ensino secundário. Fez os estudos secundários nos Jesuítas, enveredando seguidamente pelo jornalismo, habilitado com curso tirado em Paris no Centre de Formation de Journalistes et Cadres de Presse. Como militar serviu em África, sendo ferido em combate com gravidade em feitos que lhe valeram uma Cruz de Guerra. Possuía a especialidade de Comandos, sendo reformado como Oficial Superior de Infantaria. Voltou, múltiplas vezes, a África, aos países de expressão portuguesa, como Director-Geral da Sociedade Unificada de Tabacos (Tabaqueira) e depois como Presidente do Conselho de Gerência da mesma empresa (1995). Licenciou-se com elevada classificação em História e Doutorou-se em História Medieval, com 19 valores, complementando tal com Pós-doutoramentos. Publicou livros de várias temáticas, como poesia, romance e sobretudo de natureza histórica e genealógica. Parabéns Manel! E cá ficamos à espera dos próximos labores. Ponce de Leão | Foto: Fernando Santos n


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A 25 DE MAIO, NO ARG, CONFERÊNCIA

FAZ ACONTECER TALKS: MOTIVAR PARA FAZ Evento junta anualmente meio milhar de participantes e apresenta o empreendedorismo como estilo e atitude de vida independentemente do meio e da idade.

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onsiderado como o maior evento de inspiração e atitude empreendedora em Portugal, a conferência “Faz Acontecer Talks”, realiza-se no próximo dia 25 de maio, sábado, pelas 13:00, no Auditório do Ramo Grande. Esta é a terceira vez consecutiva que este evento cujo objetivo é inspirar as pessoas a darem um passo para fazerem acontecer na vida e nos negócios, se realiza na Praia da Vitória, graças ao apoio do Município da Praia da Vitória através da incubadora de empresas “Praia Links”. Criado em 2011, por André Leonardo, o “Faz Acontecer Talks” apresentou-se como um dos primeiros eventos de empreendedorismo do país, juntando anualmente 500 participantes, dos 8 aos 80 anos, numa partilha de histórias de sucesso e inspiradoras, que conseguem espicaçar, provocar, despertar emoções e motivar os participantes para uma atitude empreendedora nos negócios, mas acima de tudo na vida. A edição 2019 do “Faz Acontecer Talks” contará com três painéis. No primeiro, intitulado “Fazer Acontecer na Vida”, contar-se-á histórias de superação e conquistas na vida. Intervirão Gustavo Carona, Nuno Santos, Joana Amen e André Neves “Maze”. Gustavo Carona é um médico que tem percorrido o mundo levando cuidados médicos a quem mais precisa nos cenários mais complicados possíveis, como: RD do Congo, Afeganistão, Síria, Iraque, Gaza, entre muitos outros. É autor do livro “1001 Cartas para Mosul” que compila mensagens de esperança para

um país em guerra. Sem dúvida um apaixonado por causas, um apaixonado por vidas. Joana Amen, psicóloga, partiu com o marido e os dois filhos, em 2016, para uma viagem de circum-navegação num catamarã de 12 metros que durou 2 anos, sendo a primeira família portuguesa a viver esta aventura que jamais esquecerá. Profissionalmente dedica-se nos Açores à intervenção junto da população em risco psicossocial. “Maze” – André Neves como é conhecido no seio da cultura Hip Hop – desde os anos 90 que utiliza a palavra como arma de intervenção. Assina um dos maiores clássicos do rap nacional, o tema “Brilhantes Diamantes”. Lançou o álbum de longa duração “Entranhas”. Com os Dealema, juntamente com Mundo Segundo, Fuse, Expeão e DJ Guze percorre palcos de Norte a Sul do país, numa carreira de sucessos que se estende por mais de 20 anos. O segundo painel é dedicado a “Fazer Acontecer nos Negócios”, com testemunhos de marcas e negócios de sucesso verdadeiramente surpreendentes, a cargo de João Rocha, Rui Fonseca e Cristina Amaro. João Rocha, desempregado, em 2013, inicia estudos na área de cabeleireiro/ barbeiro. Hoje, passados 6 anos, conta com dois espaços abertos, na Terceira e em São Miguel. Além disso, já pisou alguns dos maiores palcos de estética e cosmética do mundo, como Nova Iorque, Milão ou Dubai. É um enorme sucesso nas redes sociais por tratar da imagem de alguns artistas famosos e estrelas do futebol. Rui Fonseca, logo aos 8 anos começou a trabalhar em part-

-time, deixando a escola aos 13 anos para ajudar a família e iniciar a sua vida profissional. Depois de vários empregos em áreas diversas, fundou a “Altronix”, considerada hoje uma das melhores empresas para se trabalhar em Portugal e que fatura mais de 4 milhões de euros por ano vindos de vários pontos do globo. Cristina Amaro é formada em Publicidade e Marketing, mas foi no jornalismo que mais se destacou. Decidiu criar a sua própria redação, fundando a empresa que hoje se chama “I’M in Motion”, afirmando-se com o conhecido programa televisivo “Imagens de Marca”, uma referência na televi-

são nacional e emitido em 12 países através da SIC Internacional. O terceiro momento da conferência, constitui uma novidade desta edição, e dedica-se ao “Concurso Nacional Faz Acontecer”. Em palco, estarão todos os jovens dos projetos vencedores das várias “Academias Faz Acontecer” espalhadas um pouco por todo o país, onde cada um irá realizar um “pitch” do projeto que desenvolveu ao longo de todo o ano letivo. As “Academias Faz Acontecer” são um projeto inovador onde os jovens têm um primeiro contacto com o empreendedorismo, permitin-

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ASSEMBLEIA GERAL

Nos termos legais e estatutários reuniu, no passado dia 23 de abri de 2019, no Salão Nobre da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, pelas 20:00, a Assembleia Geral da Associação Cultural sem fins lucrativos “Grupo de Amigos da Praia da Vitória” que procedeu à eleição dos novos corpos gerentes para o triénio 2019-2022. ASSEMBLEIA GERAL: Presidente – Drº. Luis Filipe Cota Moniz; Secretária – Drª Paulina Jacinta Oliveira; Secretária – Eulália Pereira Toste Leal; DIREÇÃO: Presidente – Eng. Luis Gabriel Carvalho Bettencourt Moniz; Vice-Presidente – Armando José Ribeiro Fernandes; Secretária – Prof. Carla Patrícia Dinis Félix; Tesoureiro – Drº. José Sebastião Ribeiro Teixeira de Lima; Vogal – Guilherme Nunes CONSELHO FISCAL: Presidente – Prof. Francisco José Coelho Martins; Vogal – Dr.º Aurélio Pamplona; Vogal – Francisco Jorge da Silva Ferreira Praia da Vitória, 23 de abril de 2019


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ZER ACONTECER NOS NEGÓCIOS E NA VIDA Marketing do Ano” pela Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing é ativista de causas sobre as marcas em Portugal e autor do livro “Portugal Genial”. Jorge Braz, em 2018, selecionador nacional de Futsal, sagra-se campeão europeu, título inédito na história da equipa das quinas. Nesse mesmo ano, é eleito o melhor selecionador do mundo. Licenciado em Educação Física e mestre em Ciências do Desporto, pela Universidade do Minho, iniciou a sua carreira no mundo do treino em Futsal em 1997.

do-lhes estruturar uma ideia enquanto desenvolvem competências pessoais, que os distinguirão no futuro. Presentes estarão os vencedores da Chamusca, Subugal, Mértola, Albergaria-a-velha e os dois vencedores locais da ICHTUS – Porto Judeu. Também em palco, e pela 3.º edição consecutiva, estarão os jovens vencedores do concurso regional “Educação Empreendedora – IdeiaAçores”. Quanto ao 3.º painel da Conferência, denominado “Inspiração para Fazer Acontecer”, é dedicado à reflexão de novas tendências para fazer acontecer, com o contributo de 3 oradores, que relatando as suas histórias de vida, revelam como eles próprios fizeram acontecer e são hoje refePUB

rência nas suas respetivas áreas. São eles: Jorge Coutinho, Carlos Coelho e Jorge Braz. Jorge Coutinho, depois de 13 anos de sucesso no mundo corporativo, realiza aos 35 anos, o seu sonho de criança: ajudar pessoas. Para tal funda a empresa “Be Coach” e torna-se o primeiro “Coach Trainer” de expressão portuguesa do mundo a integrar a equipa de Tony Robbins, líder e referência mundial no “Coaching” e Desenvolvimento Pessoal. Carlos Coelho, é uma das maiores referências portuguesas na criação e gestão de marcas. Nos últimos 33 anos conduziu centenas de projetos em empresas de líderes de mercado em Portugal como a Galp, CTT, TAP, Delta e muitas outras. Distinguido em 2015, “Personalidade de

A edição da conferência “Faz Acontecer Talks” 2019 encerrará com um jantar “networking” entre oradores e participantes, apenas disponível para os portadores de bilhetes Premium que são limitados. Os bilhetes de participação custam entre 10€ (se adquiridos até 15 de maio), 20€ (se adquiridos após 15 de maio) e 50€ (bilhete premium – apenas 10 disponíveis). Os bilhetes de participação poderão ser adquiridos, na Praia da Vitória, na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, no balcão da agência Angra Travel e no Espaço do Queijo Vaquinha e ainda no website do evento: www.FazAcontecer.pt/ talks/. De salientar, que parte dos lucros de venda reverterão para uma causa de relevo social. A Conferência “Faz Acontecer Talks” é um evento da autoria de André Leonardo, que conta com a parceria e organização da Câmara Municipal da Praia da Vitória e da incubadora de empresas “PraiaLinks”. São ainda patrocinadores oficiais: Governo dos Açores, através da Direção Regional da Juventude; Açoreana Seguros; “ITUp”; e Clínica da Sé. O evento conta também com o apoio do Novo Banco dos Açores, Accional, Angra Travel, Rádio Popular, Royal Beach Hostel, Autatlantis,

Hotel Atlântida Mar, Promotora, Nova Gráfica, Restaurante O Pescador, Hotel Praia Marina e Queijo Vaquinha.

ANDRÉ LEONARDO André Leonardo, nasceu em Angra do Heroísmo e muito cedo se manifestou empreendedor, montando o seu primeiro negócio com apenas 6 anos, vendendo flores porta-a-porta. Mestre em Gestão pelo ISCTE-IUL, é especializado em empreendedorismo e criação de empresas. Ainda não tinha terminado o curso de Gestão, quando surgiu a ideia de dar a volta ao mundo e recolher “in loco” o testemunho de empreendedores, que apesar de todas as dificuldades seguem em frente e conhecem o sucesso. Considerado por muitos “maluco”, não se deixou vencer pelas dificuldades evidentes de quem como ele não tinha nem os contatos nem o dinheiro suficiente para tal expedição. Com esforço e determinação lá conseguiu reunir as condições mínimas e partiu. Um ano e dezenas de testemunhos depois, regressa a casa e reúne no livro “Faz Acontecer” as histórias dessa sua aventura para que possam constituir uma inspiração para todos. Lançado no final de 2015, o livro “Faz Acontecer” já vai na segunda edição e conta com mais de 3.000 exemplares vendidos, apresentando o empreendedorismo como um estilo e uma atitude de vida, independente do meio e do tempo em que se viva. Em 2016, foi eleito como um dos “sete jovens que estão a transformar o Mundo” pela organização espanhola PANGEA, sendo co-autor do livro “PANGEA: Siete jóvenes que están transformando el mundo”, lançado em abril desse ano.

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OPINIÃO | JP

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OXITOCINA, A FOTOSSÍNTESE DO AMOR hormona que é produzida no cérebro dos mamíferos, na região do hipotálamo, sendo depois segregada pela glândula pituitária posterior. Esta hormona é a principal responsável pelo bem-estar e tem um papel crucial enquanto reguladora do comportamento social.

Joana Leal

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oje gostaria de vos apresentar uma amiga muito antiga que está entre nós, dentro de nós, é multicultural e omnipresente...Trata-se da excelentíssima hormona oxitocina! Penso que alguns de vós já terão ouvido falar sobre a sua história... “a hormona do amor e do bem-estar é produzida nas relações sexuais, no parto, na amamentação... nas mulheres”. Mas independentemente da sua narrativa e atendendo a que muitas vezes “quem conta um conto acrescenta um ponto” e parte do que se ouve pode não revelar bem quem ela é, o melhor é convidar-vos a passarmos à experiência pessoal... Decerto que a grande maioria de nós, seres sociais, já a sentiu em determinados momentos e situações. Vou falar-vos então sobre esta

Antes de começar a explorar as suas funções e benefícios, é importante apresentar-vos o descobridor da oxitocina, o farmacologista inglês Henry H. Dale, que foi quem descobriu que esta hormona levava à contração do útero em gatas grávidas. Dois anos depois, a oxitocina estava a ser utilizada por médicos para induzir o parto de seres humanos. Como se pode compreender, esta hormona está relacionada com o instinto/ proteção maternal, a vinculação/ apego e a sobrevivência. Por exemplo, perante uma situação de stress, se a criança ouvir a voz da mãe ou do pai (com quem estabeleceu uma vinculação segura) há um aumento dos níveis de oxitocina. Esta hormona desenvolve as relações de confiança e aumenta o equilíbrio psicológico, diminuindo os níveis de ansiedade (efeito ansiolítico), atuando, no corpo e no cérebro, em conjunto com outras hormonas e neurotransmissores.

É por isso que, quando nos sentimos satisfeitos, felizes, amados, compreendidos, somos envolvidos por um perfume suave e inexplicável: a oxitocina. Nos momentos em que celebramos o Natal em família, em que comemoramos o amor em festas de casamento, em que nos mostramos genuinamente solidários, quando escutamos o que o outro diz, o olhamos com ternura e respeito, o abraçamos com amor, aí estamos a expandir a empatia, nas longas asas da oxitocina. Os efeitos positivos desta hormona evidenciam-se também quando nos auto-cuidamos e nos presenteamos com uma boa massagem corporal, meditação, exercício e atividade física (aumento de endorfinas) ou nos envolvemos numa interessante e cativante conversa com outra pessoa. Também quando choramos, estamos a desatar os nós do desgosto, a libertar tensão acumulada e a dar espaço para que a oxitocina nos venha aconchegar. Por outro lado, as pesquisas mostram que o controle excessivo das nossas emoções diminui os níveis de oxitocina. Este aspeto pode verificar-se, por exemplo, com a recorrente experiência traumática de abuso. A

acumulação de energia no corpo e o recalcamento de emoções negativas causadoras de sofrimento impedem a libertação de oxitocina. Quando isto acontece, sentimos o reverso da moeda: surge o stress, a ansiedade, a culpa, a insónia, o sedentarismo, o descuido, a desconfiança, a competição desmedida... Aliados a estes sintomas psicossociais aparecem, como se fossem hologramas, os problemas físicos e de saúde. É importante conhecermos a hormona do amor e, mais do que a narrarmos, cultivarmos uma consciência plural das ações e mudanças necessárias para estancar os problemas emocionais e sociais acima referidos. A este respeito, aconselho aos leitores a visualização do filme “Favores em cadeia” da realizadora Mimi Leder. Por fim, é necessária a criação de novas dinâmicas de funcionamento intra/interpessoal, a valorização de diferentes formas de inteligência, que sejam mais prossociais e emocionais (Quociente Emocional), em que a empatia, a solidariedade e a confiança sejam alicerces válidos para a construção de uma educação mais saudável em que se respire e transpire o amor da oxitocina.

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QUARENTA E CINCO ANOS DEPOIS... “Quarenta e cinco anos de esperanças ultrajadas pelos que mais deveriam alimentá-las - a classe política - e a sofrer da sua infinita incompetência, onde reina o conluio e o narcisismo.”

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Povo cansou da partidocracia a que foi submetido. Não se queixem os impotentes da vida, de que a abstenção é cada vez maior. Ela é fruto do trabalho deles próprios - os que se dizem representantes do povo, mas que se

representam a si mesmos primeiro que tudo. Quarenta e cinco anos de autonomia restritiva, centralista, que só beneficia quem a “inventou” em tal estado.

Quarenta e cinco anos de um sistema de Justiça injusto para o povo, benéfico para as elites corporativas e para os grandes e milionários piratas das caraíbas bancárias e, obviamente, benéfico para os que fazem da política profissão de uma vida in-

teira e criam as leis à sua “imagem e semelhança”. Quarenta e cinco anos de controlo partidário, monopólio que retira o direito básico de qualquer cidadão (Continua na página 13)

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EDITORIAL / OPINIÃO | JP

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E DITORIAL

O INEVITÁVEL … NUMA DE RETROSPECTIVA (II) Umas e Outras …. E o PDA …Versus Revisão Constitucional (2002)

Juízo Misto de Familia e Menores e do Trabalho da Ilha Terceira

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Juízo Misto de Familia e Menores e do Trabalho da Ilha Terceira, já está instalado no Palácio dae Justiça da cidade da Praia da Vitória, e em pleno funcionamento para regozigo de todos os Praienses. Foi no passado dia 23 de Abril do presente ano, que sucedeu tão notável acontecimento, após muitas vicissitudes, discussões e reivindicações que não foram nada fáceis, o Ministério da Justiça do Governo da Républica decidiu e muito bem, que o Juízo Misto de Familia e Menores e do Trabalho funcionasse na cidade da Praia da Vitória, aleviando um pouco as dificuldades financeiras e económicas do nosso concelho, que não têm sido nada fáceis ultrpassar e que se agudizaram com os despedimentos em larga escala de trabalhadores civis por conta das Forças Armadas Americanas estacionadas na Base das Lajes. A determinada altura, tudo indicava que o referido tribunal seria instalado em Angra do Heroísmo, e consequentemente implicava a redução de competências funcionais do Tribunal da Praia da Vitória, aumentando as dificuldades das pessoas residentes no nosso concelho, prejudicando gravemente a população, dificultando e onorando o acesso à justiça e aos tribunais. Na verdade, o Jornal da Praia, a Câmara Municipal da Praia da Vitória e o Ilutre Advogado, Dr. Borges de Carvalho, fizeram uma defesa cerrada, apresentando razões plausiveis para que o Tribunal de Familia e Menores e do Trabalho fosse instalado na cidade capital do Ramo Grande, assim sendo, todos os esforços e sacrifícios desenvolvidos e suportados nesta luta, não foram em vão, obtendo-se um resultado frutífero para a cidade do Professor Vitorino Nemésio. O Jornal da Praia esteve sempre na linha da frente, numa justa e verdadeira atitude, procurando defender, representar e interpretar as justas pretensões dos Praienses em tão delicada questão, por isso não restam dúvidas que o papel que desempenhamos não foi por certo inútil, e agora temos que aproveitar esta oportunidade para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos Praienses de forma mais eficaz, porque não basta idealizar, é sempre preciso lutar para se obter vitórias em prol do povo. O novo Juízo Misto de Família e Menores e do Trabalho, único no país, é mais um passo decisivo para a especialização dos tribunais, que teve por base a reforma judiciária iniciada no país em 2014, reforma essa que trouxe mudanças eficazes no andamento dos processos, tornando-os em muitos aspectos mais céleres, mas sem descorar a qualidade das decisões judiciais. E é com muita alegria que se começa a apropriar de nós, com esta importante conquista e que nos dá energias para continuarmos a trabalhar, a lutar para o bem estar das pessoas da nossa terra, preparando-nos para novos desafios que se avizinham, permitindo uma visão concreta e alargada da nossa comunidade, dissipando dúvidas e ganhando a pouco e pouco certezas que estamos a ser uteis. O Diretor Sebastião Lima diretor@jornaldapraia.com n

José Ventura*

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aros amigos leitores, cá estamos para dar continuação às duas publicações, anteriores versando as questões em título. Na primeira referimos a recente afronta do presidente do PSD-P subestimando a importância da representação açoriana na lista de candidatura ao Parlamento Europeu, bem assim de outros “desaforo” que repudiamos na altura e relembramos no mesmo, em relação aos altos dignatários da República como os seus últimos quatro presidentes. Lamentando pelo meio, o ostracismo que muitos açorianos em cargos políticos e sócio culturais, têm tratado a defesa da nossa identidade em relação à luta da “Livre Administração dos Açores pelos Açorianos”. Na segunda e porque de extrema importância, para uns recordarem e outros conhecerem, a implantação após o 25 de Abril do primeiro partido de índole e carisma regionalista, o PPDA, que perante a Constituição, teve que se submeter à subserviência do todo poderoso “nacional”. Pensamos ter dado uma ideia embora aligeirada desenvolvida do seu “Primeiro Esboço de uma Declaração de Princípios” que durante os anos de 1976/1995, numa autonomia chamada de tranquila, nem sempre teve a seu verdadeiro sentido. Ainda hoje, muitos açorianos perguntarão a causa da saída precipitada de Mota Amaral para a capital centralizadora do poder político. A ambição de se sentar no cadeirão da Assembleia da República? Não … “razões mais altas se alevantaram” Acrescentar que quer Mota Amaral como grande parte dos quadros dirigentes do PPDA fizeram parte da FLA – Frente de Libertação dos Açores, Consta sido ele que ditou as linhas programáticas do movimento e que marcou a manifestação onde seria lida, por si, a “Declaração Unilateral da Independência” dos Açores. A demarcação dessa manifestação e os motivos, a não ser ele próprio, ninguém os sabe: A verdade é que hoje, quando as histórias do independentismo açoriano começam a ser conhecidas, sabemos que o recuo de Mota Amaral foi considerado uma traição por aqueles que queriam declarar a independência. Infelizmente conhecem-se muitos que por aí andam, do mesmo modo procederam e, perante a máscara da hipocrisia servem a dois donos.

Perante o cenário de conformismo de alguns açorianos no respeito à herança autonomista dos nossos antepassados e, até aquilo que há bem pouco tempo defendiam para os Açores e, a proliferação de uma política centralista omnipotente simbolizada nos partidos sediados nos Açores, em 30 de Abril de 1976, foi anunciado a constituição da União Democrática Atlântica (UDA). É inscrito oficialmente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a 5 de Novembro de 1979. Em despacho do STJ de 8 de Fevereiro de 1983, foi aprovado a revisão dos seus Estatutos, bem como a alteração da sigla “UDA/PDA” para “PDA”. Contra todos e contra todos e principalmente do poder lisboeta. Preconizou o e conduziu o mesmo, uma forma de exercício político no respeito da soberania popular, conducente à libertação integral do Homem. Defendendo uma autonomia mais ampla das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Não se admirem as pessoas se, o PDA nado nos Açores e, virado para uma Autonomia mais ampla para os arquipélagos dos Açores e da Madeira não de considere à “revelia” da Constituição um Partido Regional agindo como tal, tendo como em “primeiro” os interesses dos Povos da Madeira e dos Açores. Quis o destino que fossemos nós, um dos presidentes do PDA durante o período de 10 anos. Como todos os nossos antecessores procuramos por sempre acima do interesse pessoais e partidários os “nossos” Açores e, em segredo muito íntimo a “Livre Administração dos Açores pelos Açorianos, defendendo uma “Autonomia Progressiva. Assim, vem então a propósito, a parte do título da nossa Redacção …E o PDA …Versus Revisão Constitucional (2002) Tomada a liderança do Partido Democrático do Atlântico a 4 de Julho de 2002 pusemos todo o nosso interesse na sobrevivência do partido, anunciada a possibilidade do seu encerramento. Não foi fácil mas acompanhados de uma equipe interessada, não deixamos o nosso trabalho por mãos alheias, tendo como objectivo numa primeira iniciativa e acção política a elaboração de uma proposta para a Revisão da Constituição, que concluída foi apresentada. Proposta de Revisão Constitucional (Sua Filosofia) Para muitos este projecto de revisão constitucional poderia ser entendido como um golpe de estado constitucional ou como uma revolução constitucional em vez de uma proposta de revisão à Constituição Portuguesa. Assim rezava a mesma:

1º Porque se consagra na proposta o conceito de autonomia evolutiva; a autonomia não é um conceito estático, evolui e adapta-se à evolução da realidade autonómica. Isto é, não tem limite. - 2º Consagra-se na proposta o princípio da territorialidade em sede de competência legislativa das assembleias ditas regionais. Nesta matéria proposta nem sequer é pioneiro porque esse princípio vigorava na Ilha de Man, que apesar de politicamente unida à coroa britânica, não aplicava no seu território da ilha nenhuma lei inglesa - 3º É extinta a figura do Ministro da República que é uma excrescência constitucional. 4º Prevê-se que a região possa criar os seus próprios impostos e o seu próprio sistema fiscal. - 5º Prevê-se a sua própria criação de círculos eleitorais próprios das regiões nas eleições para o Parlamento Europeu. - 6º Quanto aos Estatutos Político-Administrativos das Regiões Autónomas, prevê-se no número 3 do artigo 2280 que a Assembleia da República seja obrigada a aprová-los na íntegra “nomine discrepante” no caso de as Assembleias Regionais confirmarem os respectivos projectos ou propostas por maioria absoluta dos seus deputados em efectividade de funções - 7º Por outro lado, prevê-se na proposta a criação de partidos regionais (a denominarem-se por “insulares” , o que vai ao encontro da filosofia do artigo 460 do actual texto constitucional. Desse mesmo projecto, foi como à altura anunciado, entregue a diversas entidades oficiais nacionais e regionais. Mas. não ficamos por aqui porque sempre que concorremos à Assembleia da República como, à Assembleia Legislativa dos Açores, nos referíamos a esses temas e a outros de interesse dos Açores. Aquando do programa apresentado em 2008 à ALA no nosso programa eleitoral, voltamos à carga, nestes e outros assuntos como: A) a consagração no texto da Constituição da existência do Povo Açoriano como um dos ramos diferenciados da Nação portuguesa. B) Acabe de vez com o lugar de Representante da República cujas funções (como defendemos há 30 anos, sem descanso) devem ser exercidas pelo Chefe de Estado. B) Terminar, sem condições, com a proibição dos partidos regionais e abolição do monopólio partidário no acesso a todos os actos eleitorais, por ser atentatório dos direitos, liberdades e garantias comummente aceites pelas nações civilizadas. C) Proceda à transferência para os órgãos próprios da Região de todos os poderes do governo central à excepção daqueles que aqueles entendam não poder ainda exercer. D) Conduza à aprovação por referendo do Estatuto Autonómico e a sua elevação a norma constitucional. Bem assim uma série de outra propostas e exigências que continuamos a defender (Continua na página seguinte)


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CRÓNICA DO TEMPO QUE PASSA (LI)

EUROPA E O PROGRESSO DOS AÇORES Potencialidades da agricultura. ginação ou coisa de gente louca que não sabe o que diz. Noutros países da Europa, mormente os do sul, começa-se a ver e sentir os efeitos do mesmo mal, isto é, dos recorrentes períodos de seca que vêm acontecendo desde há algumas décadas.

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António Neves Leal

pós sete anos de negociações e trinta e três de permanência de Portugal na Comunidade Europeia, a agricultura dos Açores continua a enfermar dos mesmos velhos males. As consequências históricas do seu passado não foram apreendidas e reconhecidas como se impunha. Efectivamente, somos um povo que pensa saber tudo, e discute muito acerca do passado, presente e futuro, mas que é incapaz de pôr em prática alguns dos mais valiosos ensinamentos para atingir o progresso ansiado. Ora, no nosso arquipélago, o sector primário da economia e especialmente a agricultura foi, desde os mais recuados tempos, vítima de um cancro terrível, nunca extirpado. É a crónica monocultura. E assim surgiram, sucessivamente, os ciclos do pastel, da laranja, do trigo, da vinha e, nos nossos dias, o ciclo da vaca com seus graves problemas agropecuários, sobejamente sentidos pelos lavradores, porém nunca resolvidos. O anúncio recente do eventual abate de mais de cinco mil cabeças de gado, no nosso arquipélago, constitui uma triste, indigna e aberrante solução, atentatória de uma sociedade que pretende vir a ser desenvolvida. Todos nós sabemos que os Açores têm condições excepcionais para a criação de gado e produção de leite, devido à abundância das nossas verdejantes pastagens, a que as mudanças climáticas estão a prejudicar de forma crescente e implacável, de ano para ano. E não se pense que isto é ima-

Contudo, não ignoramos (se calhar até desconhecemos) que os produtos lácteos e a carne são bastante excedentários nos países da União Europeia. Ainda me recordo, já o escrevi, do preço do leite, no tempo em que vivia em França, nos anos setenta do século XX. Então, um litro de leite custava menos que um litro de água mineral. As exportações desses produtos eram, sobretudo, destinadas aos países do Terceiro Mundo, e altamente subvencionados pela própria Comunidade. Mas essas situações deverão ser encaradas sem dramatismos, se a solidariedade nacional e a qualidade dos produtos lácteos açorianos (leite, queijo, manteiga, iogurtes) criarem condições preferenciais e de concorrência para o que for fabricado nas ilhas. Por outro lado, impõe-se às indústrias de lacticínios dos Açores constante aperfeiçoamento das técnicas de fabrico, distribuição e apresentação dos produtos, de forma a torná-los competitivos. A nível governamental, é preciso uma clara definição política para o sector. Claro que tal definição, para ser devidamente articulada, implica um bom relacionamento, permanente, entre o Secretário Regional da tutela e o respectivo Ministério. Caso contrário, novas portarias do tipo da 429-87 surgirão com as nefastas e imprevisíveis consequências. Algumas delas poderão ser um atentado de morte à «coluna vertebral» da economia dos Açores. Ainda temos bem presente a grave perturbação provocada pelos subsídios, por litro de leite, no circuito leiteiro do Continente, sem quaisquer

contrapartidas para a Região. As consequências imediatas e a médio prazo não se fizeram esperar: acumulação de produtos, atrasos nos pagamentos aos fornecedores, desorientação dos lavradores e apreensão dos governantes regionais, alguns deles responsáveis do relacionamento entre o Governo Regional e o Central. Aprender a lição Será que os açorianos indiferentes aos ensinamentos, extraídos dos ciclos crónicos de fome e de êxodo emigratório daí resultantes, começaram a perceber, uma vez por todas, que a monocultura numa região insular, mesmo com apoios concedidos às ilhas ultraperiféricas da U. E., para além de ser uma aberração, constitui um perigo, tão ou mais sinistro que as hecatombes naturais. Pejas razões acima aduzidas e outras derivadas da nossa entrada na U.E., urge reconverter e modernizar a nossa agropecuária, enveredando pela necessária diversificação e introdução de novas culturas e novos produtos, com mercado garantido à partida. Entre eles, os produtos subtropicais: ananás, banana, maracujá, anona, goiaba, cuja raridade, sabor e qualidade garantem boa aceitação nos países europeus. Impõe-se ainda incrementar a produção do chá (e introduzir o café), dos primores hortícolas, da fruticultura e floricultura. Os Açores gastam anualmente somas astronómicas na importação de fruta, fundamental para a saúde, e vinhos, quando os podíamos cultivar cá. Para este incremento, é imprescindível investir verbas importantes na informação e formação profissional dos agricultores. Sem esse esforço na formação técnico-profissional contínua (e não intermitente ou ocasional), os hábitos e atavismos do passado dificilmente serão modificados. Com a adesão de Portugal, a agricultura nacional

e, obviamente, a açoriana tiveram ajudas comunitárias consideráveis, que não foram bem aproveitadas. O governo da região durante as primeiras décadas da autonomia teve a sua atenção muito voltada para as infraestruturas portuárias e aeroportuárias, e também perdeu muitas energias com guerrilhas e questões menores que não serviram os açorianos, nem lhes resolveram os grandes problemas, descurando as acções de sensibilização para agricultores, pescadores e empresários. Sem alteração das mentalidades, nunca haverá modernização nos domínios agrícola, comercial e industrial, ou em qualquer outro. Referimos a situação da fruticultura e urgência da sua inclusão nas nossas ilhas. Desde há vários anos, que vimos bradando no deserto, sobre este assunto, conforme consta de uma série de artigos publicados, durante quatro anos, no diário angrense «A União», sob a epígrafe de «Varanda de Paris», recentemente saída em formato de livro (2017). Infelizmente, a portaria que advoga esse incremento frutícola já tem barbas, é a nº 49-85, de 20.06. É evidente que não basta publicar portarias, falar de progresso, discorrer eloquentemente, ou fazer discursos repetitivos, dar entrevistas na rádio ou na televisão. Isto é já alguma coisa, todavia não satisfaz os mais interessados na matéria. A permanente sensibilização ou reciclagem é fundamental, quando o grau de actualização dos agricultores e lavradores era e continua a ser baixo. Nota: O presente texto foi publicado no «Açoriano Oriental» (17.07.1987), aquando da minha apresentação de candidatura ao Parlamento Europeu, em S. Miguel, e sofreu algumas adaptações ao momento presente.

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QUARENTA E CINCO ANOS DEPOIS... (Conclusão da página 10)

participar na vida política, sem ter que levar uma lavagem cerebral ideológica através de um partido e da sua lista. Quarenta e cinco anos à espera, mansamente, por melhoramentos constitucionais, adentro dos parâmetros democráticos e prometidos em cada eleição. Quarenta e cinco anos de promessas vãs, de frustrações, de enganos múltiplos e repetitivos por parte dos sempre os mesmos, que se alternam a si próprios no poder como no parlamento,

em combinações cumpliciadas. Quarenta e cinco anos a ver e ouvir sempre os mesmos discursos hipócritas. As mesmas mentiras ditas com grandes exercícios de dialética empobrecida e de argumentos obtusos e enganadores, naquilo que a sabedoria popular chama de “canção do ceguinho”. Quarenta e cinco anos a submeter o povo ao medo, ao expropriá-lo economicamente do seu pão de cada dia, para sustentar um sistema bancário privado, corrupto, enganador, manipulador. Quarenta e cinco anos de esperanças ultraja-

das pelos que mais deveriam alimentá-las - a classe política - e a sofrer da sua infinita incompetência, onde reina o conluio e o narcisismo. Quarenta e cinco anos de cobardia política para proceder à atualização indispensável da Constituição Portuguesa e torná-la moderna, bem como proceder às mudanças estruturais básicas, ainda por fazer. O mais urgente, será despartidarizar o sistema político. O monopólio desta partidocracia tem de ser quebrado pelo Povo. A lei eleitoral foi feita à medida dos poucos que sempre viveram parasi-

tariamente dele. É tempo do cidadão comum, independente, poder candidatar-se e participar na vida política, sem ter de ser exclusivamente nas listas viciadas dos partidos políticos. Tudo muda, para melhor, a partir daí. Mas... foram quarenta e cinco anos de LIBERDADE. Ao menos isso! Este texto, jamais seria impresso em qualquer jornal no Portugal continental, colonial ou insular, antes desse maravilhoso 25 de abril de 1974. E ter vivido isso, foi um enorme privilégio. José Sores n

O INEVITÁVEL … NUMA DE RETROSPECTIVA (II) (Conclusão da página 12)

para a verdadeira “expressão” que queremos atingir para os Açores. “Pátria” Permitem-nos o pedido de descul-

pa pelo extensão do texto mas, no entusiasmo do assunto, esquecemo-nos o quanto aborrecidos nos podemos parecer. Prometo noutras redacções não tão importantes como esta em três episódios, ser mais curto.

Vamos terminar! Mas perdoem-nos a pergunta: - Onde estiveram durante todo este tempo quase 45 anos, os defensores daquilo que aqui exigimos em prol do Povo Açoriano? Só neste momento, unindo-se num coro de lamentos, mais pare-

cem carpideiras arrependidas pelas faltas cometidas ao agora agonizante sistema. É por estas e por outras que repito “Sim! Sou Independentista.” (*) Por opção, o autor não respeita o acordo ortográfico. n


14 |

MARÉ DE POESIA | JP

2019.05.10 Miguel

N

esta edição de Maio, Maré de Poesia dá destaque aos pequenos e grandes poetas que responderam ao desafio lançado pelo Bar do Recanto em parceria com o comércio local da Praia da Vitória: ItStyle - AzoresTerceira,Fabulous Nails, Jardim T Nina Evangelina, Family , Bibelot e com a nossa página do Jornal da Praia, o que tornou possível a entrega de diferentes pré-

Rui Arruda 11 anos

Mãe tu és a minha querida E o amor da vida Além disso tu és uma flor e o meu amor para mim tu és uma anjinha Mas sabia bem uma canjinha Amanda 8 anos

Mãe és uma flor Que me enche de amor E eu tenho um coração Que me enche de emoção. O amor que me dás Não é coisa má Eu te vou amar Para sempre no teu olhar Tomás Miguel 6 anos

Mãe és muito bonita Mãe gosto muito Mãe és a minha amiga Henrique 9 anos

Mãe pareces um anjo a voar. Mãe pareces uma deusa no céu. Mãe as vezes fazes-me rir. Mãe pareces um morango fofinho. Mãe gosto quando fazes um carinho. Mãe gosto dos teus olhos porque posso ver uma história bonita. Mãe o teu cabelo parece ouro brilhante. Mãe e só para dizer feliz dia da mãe, melhor mãe do mundo! Evelyn e Liana 7 anos

Um dia especial Com uma mãe brutal Um tesouro eu recebi Como qual nunca vi.

mios aos poemas mais votados. O desafio constava em escrever um poema dedicado à mãe, sendo possível concorrer em dois escalões: dos 6 aos 12 anos, escalão com mais participações e dos 13 aos 18 anos. Saudamos todos os participantes e divulgamos apenas uma seleção dos poemas a concurso. n

Leonor Vicente Mãe, meu amor Minha linda flor És o meu bom humor Minha cantiga Antiga És linda Minha canção Bonita cheia de Diversão Amo-te Alícia 9 anos

Tu és o meu anjo Levas me para a diversão Cada vez dás-me um beijo E tens muito amor no coração. Laura Azevedo 6 anos

Mãe és bonita como uma flor Mãe és o meu coração Mãe és a minha flor Que vive no meu coração Maria 10 anos

Mãe eu gosto de ti E te amo de coração Quando te vi senti amor Quando eu canto um coração. Leonor Oliveira 9 anos

A mãe é raio de sol A mãe é bonita A mãe dá beijos A mãe dá amor

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Mãe amo do fundo do coração Mãe és minha canção Mãe és minha paixão Mãe és meu coração. Joana 6 anos

Mãe és bonita como uma rosa Mãe és a luz dos meus olhos Ao ver-te fico contente Os teus olhos são como morangos saborosos. Lara 10 anos

Mãe és a paz é o amor que existe no mundo Mãe és linda que eu não resisto um segundo. Mãe és bonitinha Mãe ao mesmo tempo és fofinha. Maria Santos 10 anos

Mãe és a minha paixão do meu coração És o meu orgulho E eu faço barulho És a minha rainha pequenina És muito amiguinha Mãe és a minha princesinha lindinha. Elisabete Dias 10 anos

Mãe és a minha melhor amiga Mãe sempre foste lutadora Mãe és gentil e amiga Mãe tens um bom coração Mãe, sol da minha pauta Rodrigo Silveira

Tu iluminas O abraço Que faz de mim um poema Quando toco a compasso Mãe de Sonhos Beatriz Terra 9 anos

Uma mãe que sonha voar Abre as suas asas Uma mãe que sonha nadar Vai buscar as suas boias. Uma mãe que sonha amar o seu filho Ama-o com muito amor e carinho. Carlota Lourenço 9 anos

Mãe é amor Mãe é paixão Mãe é alegria Mãe é emoção É por isso Que eu trago-a Aqui dentro do Meu coração Martim Martins 8 anos

Mãe é amor Mãe é ternura e bondade No teu aconchego sinto o calor Mesmo longe sinto saudade És lutadora e determinada Aos teus filhos nunca faltou nada És um exemplo a seguir De ouras mães que estão por vir Tenho muito orgulho em ti Que nasci no teu ventre Ai como te amo minha mãe Hoje, agora e para sempre

2º escalão

És o sol da minha pauta Que dá cor à partitura A minha nota preferida Do meu timbre aveludado És tudo isso minha mãe, Eu sou a tua poesia E jintos somos um só Porque brilhas tanto em mim Como se fosses raio de sol

Norberto 7 anos

Mãe és a minha alma És a minha alegria És os meus olhos És o meu coração Cristiano 7 anos

Mãe tu és uma flor E amo-te com tudo o meu amor Adoro o teu jeitinho De me dares carinho. Evelyn e Liana 7 anos

11 anos

Mãe és o meu universo Eu te amo imenso Gosto de estar contigo Porque és o meu porto de abrigo

FICHA TÉCNICA:

COORDENAÇÃO: Carla Félix COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: As crianças participantes no desafio “Dia da Mãe”. PAGINAÇÃO: JP As participações aqui presentes são da responsabilidade dos poetas/poetias. Para participar envie o seu poema para maredepoesia@jornaldapraia. com.


JP | INFORMAÇÃO

2019.05.10

| 15

DOMINGO (19/05) Farmácia Cabral

AGENDA DESPORTIVA

Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

HOJE (10/05)

FUTEBOL CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE “D”

31.ª JORNADA | 12.05.2019 1º Dezembro

-

Redondense

Moura

-

Olhanense

Angrense

-

Oriental

Real

-

Casa Pia

Amora FC

-

Ferreiras

Pinhalnovense

-

Sp. Ideal

SC Praiense

-

VG Vidigueira

Olímpico Montijo

-

Armacenenses

Louletano

-

Sacavenense

CAMPEONATO DOS AÇORES SEGUNDA FASE GRUPO PROMOÇÃO

10.ª JORNADA | 12.05.2019 CD Rabo Peixe

-

SC Lusitânia

GD Fontinhas

-

C Operário D

GRUPO MANUTENÇÃO

10.ª JORNADA | 12.05.2019 Águia CD

-

CD Cedrense

Graciosa FC

-

Vitória FC

SEXTA (10/05)

SEGUNDA (20/05)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

BISCOITOS

CINEMA AFTER Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 21:30* Classificação: M/14 * Sessão também no sábado, 11, à mesma hora.

SÁBADO (11/05)

TERÇA (14/05)

SEGUNDA (13/05)

DOMINGO (12/05)

XVIII GALA DO DESPORTO AÇORIANO Local: Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo Hora: 21:00 Classificação: M/12

SÁBADO (18/05)

TERÇA (14/05)

QUARTA (15/05)

TEATRO FERNANDO MENDES INSÓNIA Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 21:30 Classificação: M/12

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

QUINTA (16/05)

DOMINGO (19/05)

QUINTA (23/05)

Posto da Misericórdia ( 295 908 315 SEG a SEX: 09:00-13:00 / 13:00-18:00 SÁB: 09:00-12:00 / 13:00-17:00

VILA DAS LAJES Farmácia Andrade Rua Dr. Adriano Paim, 142-A ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-18:30 SÁB: 09:00-12:30

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

VILA NOVA

SÁBADO (18/05)

n

QUARTA (22/05)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

SEXTA (17/05)

CINEMA NÃO DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO Local: Recreio dos Artistas Hora: 18:00 Classificação: M/12

TERÇA (21/05)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

Farmácia Andrade Caminho Abrigada ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-12:00 / 16:00-18:00

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CONCURSO REGIONAL DE EMPREENDEDORISMO 2019 01 DE MAIO A 15 DE JUNHO

DEIXA A TUA MARCA NO FUTURO! Procuramos as melhores ideias inovadoras de negócio. Se tens mais de 18 anos propõe uma ideia entre 1 de maio e 15 de junho de 2019. As três melhores terão direito a prémios pecuniários no valor de €25.000, €20.000 e €15.000. Consulta todas as condições e realiza a tua candidatura na plataforma digital cre-acores.pt Aceita este desafio e transforma as tuas ideias em projetos de sucesso!

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UNIÃO EUROPEIA

Vice-Presidência do Governo, Emprego e Competitividade Empresarial

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional


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