Jornal da Praia | 0541 | 22.03.2019

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QUINZENA

22.03 A 04.04.2019 Diretor: Sebastião Lima Diretor-Adjunto: Francisco Ferreira

Nº: 541 | Ano: XXXVI | 2019.03.22 | € 1,00

QUINZENÁRIO ILHÉU - RUA CIDADE DE ARTESIA - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA - ILHA TERCEIRA - AÇORES

www.jornaldapraia.com

PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE UM TERMINAL DE “TRANSHIPMENT” DE CONTENTORES NO PORTO DA PRAIA

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL PREVÊ CONSTRAGIMENTOS NO USO TURÍSTICO-RECREATIVO DA BAÍA DESTAQUE | P. 8 E 9

MARINA DA PRAIA DA VITÓRIA

RECEBE PRÉMIO “MARINA MAIS AZUL” NO CONCELHO | P. 3

CASAMENTO NA MATRIZ CORRE MUNDO FOTOGRAFIA | P. 5

PORTUGAL OPEN CHAMPIONSHIP

ADJDL ARRECADA MEDALHAS DE BRONZE DANÇA DESPORTIVA | P. 7

OUVIDORIA DA PRAIA COM

BOLETIM INFORMATIVO TRIMESTRAL

Denomina-se “Ramo Vivo” e publica-se em quatro períodos distintos: Início do ano pastoral; Advento; Quaresma e Pentecostes. O segundo número saiu no passado mês de fevereiro e encontra-se disponível nas 14 paróquias da Ouvidoria. IGREJA | P. 11 PUB

100 CRÓNICAS

EFEMÉRIDE | P. 4


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CANTO DO TEREZINHA / CONTO | JP

2019.03.22

CONTO DO MARQUÊS DE NADA E DE COISA NENHUMA

O ILUSTRE PARRECAS

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o percorrerem o emaranhado de ruas da aldeia, o pai ia comentando o programa das festas e as suas atividades. No seu discurso, era notória a sua ignorância. Quando escrevia, o pai dava muitos erros ortográficos, fruto da sua iliteracia. Com mais alguns anos de estudo que o pai, o Parrecas falava e escrevia como um verdadeiro poeta, fruto das suas leituras. O pai era muitas vezes julgado pelo jovem, mas o Parrecas sabia bem que o pai nunca se dedicara aos estudos e sempre fora obrigado a continuar a lavoura dos pais, quase como uma antiga tradição. Assim que chegaram a casa, completavam mais um dia de rotina. E no dia seguinte completariam outro dia. E no dia depois completariam outro dia. A rotina do Parrecas era mesmo monótona. Quando escrevessem a sua biografia, omitiriam os dias entediantes. O jovem começava a questionar-se se alguém alguma vez leria um livro sobre a sua vida. Depois concluiu que se existe público para as biografias do professor Aníbal Cavaco Silva, então também haveria alguém disposto a ler as suas. O Parrecas orgulhava-se da sua casa, que “Em todo o caso dava uma aguarela”. O pequeno jardim da frente embelezava a moradia com os seus

Parte: VI (Continuação da edição anterior)

jarros, as suas rosas e as suas hortências. Numa pequena fonte corria um fio de água para que os cães pudessem matar a sede. Um gato saltitava no telhado laranja. Um melro vigiava nos ramos das árvores. Uma abelha zumbia no ar. Uma vaca, ao longe, repousava na erva. Outra vaca, bem perto, repousava na arca frigorífica. As velhas escondiam-se nas suas casas, ansiosas pelo nascer de um novo dia, para trocarem novas informações umas com as outras. III As festas da aldeia prolongavam-se pela noite dentro. A lua não conseguia iluminar tanta animação. A rua principal, a rua da igreja, estava apinhada de gente. A multidão concentrava-se junto dos edifícios religiosos e ia dispersando-se à medida que a rua subia. As casas juntinhas dos dois lados da estrada protegiam as pessoas do frio da noite. As velhas nas varandas apreciavam o evento, tentando identificar as caras conhecidas. Uma variedade de cores pintava o preto do alcatrão e o cinzento do passeio. Essas cores vinham do vestuário das gentes que ali passavam. O branco desgastado das camisas dos velhos; os verdes e os azuis dos calções das crianças; o vermelho das

malas das senhoras e os amarelos dos laços das meninas. A roupa era escolhida com alguma antecipação. As mães planeavam as camisas, as saias e os acessórios dos filhos, que estes se recusavam a usar. Uma miscelânea de sons invadia o largo da igreja: risos, gargalhadas, gritinhos de crianças, altos falatórios, caricas que saltavam das cervejas, cadeiras a arrastarem-se, copos que se partiam, o gás que fugia dos refrigerantes, arrotos, mexericos que não conseguiam ocultar-se, brigas entre rapazes, discussões sobre futebol, tacões de sapatos, isqueiros que acendiam charutos artesanais e a alta música popular que divertia os festeiros. As casas da rua vestiam-se a preceito. Pintavam-se de cores vivas e brilhantes. Os ferros das varandas formavam padrões complexos e suportavam as colchas pesadas. As colchas eram uma das maiores relíquias que alguém poderia ter. Eram feitas com lãs ásperas por velhas habilidosas. Uma peça colorida que servia unicamente para decoração, especialmente para as festas. Eram arrumadas em armários durante todo o ano, mas tinham que arejar e bronzearem-se ao sol lá de vez em quando. O gato da Maria Dolores observava a folia nos telhados vermelhos,

tentando, sem sucesso, ter uma boa noite de sono. Quando a noite começava a preencher muitas horas, as velhas fechavam as janelas e corriam as cortinas, espreitando a multidão com um olho maldoso. Grandes filas de mesas acolhiam esfomeados que comiam enchidos, queijos, azeitonas, ovos cozidos e bifanas. Os bancos compridos suportavam o peso das barrigas dos homens de meia idade. O senhor José Ferraz, respeitado velho, comia sem deixar nada no prato. Com um bocado de pão na mão bebericava uma vez e outra no vinho tinto. Conversava em certas ocasiões mas aquele não era o dia certo. Taciturno, homem de família, fiel aos valores. Gabara-se toda a vida do seu feitio. Podia, então, comentar e criticar as infelicidades dos outros. Falara mal dos filhos, dos netos, das propriedades e das heranças dos outros. Mal sabia ele o destino que o seu querido Deus lhe reservara. A neta começou a fumar ainda em criança, as suas casas desvalorizaram e as suas poucas heranças foram mínimas. Afinal, o peixe morre é pela língua. O velho tentava tranquilizar os problemas com bebida e refeições calóricas. As crianças cumprimentavam-no com cortesia, mas troçavam da sua família às escondidas. (Continua na próxima edição) n

FICHA TÉCNICA PROPRIETÁRIO: Grupo de Amigos da Praia (Associação Cultural sem fins lucrativos NIF: 512014914), Fundado em 26 de Março de 1982 REGISTO NA ERC: 108635 FUNDAÇÃO: 29 de Abríl de 1982 ENDEREÇO POSTAL: Rua Cidade de Artesia, Santa Cruz, Apartado 45 - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA, Ilha Terceira - Açores - Portugal TEL: 295 704 888 DIRETOR: Sebastião Lima (diretor@jornaldapraia.com) DIRETOR ADJUNTO: Francisco Jorge Ferreira ANTIGOS DIRETORES: João Ornelas do Rêgo; Paulina Oliveira; Cota Moniz CHEFE DE REDAÇÃO: Sebastião Lima COORDENADOR DE EDIÇÃO: Francisco Soares, CO-1656 (editor@jornaldapraia.com) REDAÇÃO/EDIÇÃO: Grupo de Amigos da Praia (noticias@jornaldapraia.com; desporto@jornaldapraia.com); Rui Marques; Rui Sousa JP - ONLINE: Francisco Soares (multimedia@jornaldapraia.com) COLABORADORES: António Neves Leal; Aurélio Pamplona; Emanuel Areias; Francisco Miguel Nogueira; Francisco Silveirinha; José H. S. Brito; José Ventura; Nuno Silveira; Rodrigo Pereira PAGINAÇÃO: Francisco Soares DESENHO NO CABEÇALHO: Ramiro Botelho SECRETARIADO: Eulália Leal LOGÍSTICA: Jorge Borba IMPRESSÃO: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A. - Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, 50 Morelena - 2715-029 PÊRO PINHEIRO ASSINATURAS: 15,00 EUR / Ano - Taxa Paga - Praia da Vitória - Região Autónoma dos Açores TIRAGEM POR EDIÇÃO: 1 500 Exemplares DEPÓSITO LEGAL: DL N.º 403003/15 ESTATUTO EDITORIAL: Disponível na internet em www.jornaldapraia.com NOTA EDITORIAL: As opiniões expressas em artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal e do seu diretor.

Taxa Paga – AVENÇA Publicações periódicas Praia da Vitória


JP | NO CONCELHO

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COMEMORAÇÕES DO DIA MUNDIAL DA PROTEÇÃO CIVIL

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entenas de crianças e jovens das escolas do concelho da Praia da Vitória, visitaram no passado dia 08 de março, o quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória, (AHBV), onde se envolveram num conjunto de ações de sensibilização para com as questões de segurança e proteção civil. A iniciativa organizada pela AHBVPV a que se associou o Serviço Municipal de Proteção Civil, enquadrou-se nas comemorações do Dia Mundial da Proteção Civil,

que ocorre anualmente a 01 de março, instituído pela Organização Internacional de Proteção Civil. O grande objetivo deste dia consiste em alertar os vários países do mundo para a importância da proteção civil, nomeadamente para a prevenção e para a coordenação de esforços em caso de emergência e calamidade. Segundo Tibério Dinis, presidente da Autarquia praiense, que acom-

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Foto: GP-MPV

panhou um grupo de crianças, a iniciativa pretende em primeiro lugar, “incutir uma atitude proativa e uma sensibilidade para com as questões da segurança e da proteção civil”, de modo a que “todos os cidadãos tenham este espírito permanente de cautela e atenção às matérias de proteção civil”, Em segundo lugar, destacou o autarca, a ação irá “permitir que a AHBVPV cative, desde cedo, as crianças e os jovens para este serviço à população, de modo a que, futuramente, se possa contar com mais voluntários, e consequentemente com um quartel de bombeiros mais eficaz, reforçando a aposta nesta vertente”.

vindo a alcançar bons resultados, salientando a importância do mesmo. Neste sentido, a Câmara Municipal da Praia da Vitória continuará a apoiar projetos desta índole, que contribuem para a segurança e bem-estar populacional. Promover e criar junto de todos os cidadãos uma sensibilidade relativamente à matéria da proteção civil é essencial porque esta começa em cada um de nós”, acrescentou o edil.

“Este projeto da AHBVPV tem

GP-MPV/JP n

A iniciativa integra um conjunto de ações que ocorrem anualmente na Praia da Vitória, reforçando o conjunto de medidas essenciais à melhoria da qualidade de vida da população.

MARINA DA PRAIA DA VITÓRIA

RECEBE PRÉMIO “MARINA MAIS AZUL”

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Marina da Praia da Vitória vai receber, pela primeira vez, o prémio “Marina Mais Azul”, atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa, fruto do conjunto de atividades de educação ambiental desenvolvidas no âmbito do Programa Bandeira Azul em 2018. Em ofício endereçado à Câmara Municipal da Praia da Vitória – entidade gestora da Marina – e em publicação efetuada na página oficial da Associação Bandeira Azul da Europa no facebook, aquela Organização Não-Governamental de Ambiente felicita “a equipa da Marina e do Município” pelo prémio alcançado. “A Marina da Praia da Vitória obteve a melhor pontuação nas atividades de educação ambiental desenvolvidas no âmbito do Programa Bandeira Azul por Portos de Recreio e Marinas galardoadas com Bandeira Azul 2018, assim, vai receber o Prémio Marina Mais Azul”, lê-se na comunicação enviada à Autarquia. A Associação Bandeira Azul da Europa e a Agência Portuguesa de Ambiente (outra das entidades que procede à avaliação da ações de

Educação Ambiental) frisam que o prémio resulta da “realização de três atividades de educação ambiental” realizadas, no ano passado, na Marina da Praia, nomeadamente as ações “Organização de sessões de birdwatching”, “Os Suspeitos do Costume” e “Temos um porto seguro para os seus resíduos”. “As atividades de educação ambiental são um critério obrigatório do Programa Bandeira Azul e, entre as 18 marinas/portos de recreio que hastearam a Bandeira Azul, em 2018, destacaram-se as atividades realizadas pela Marina de Praia da Vitória”, sublinha o ofício da Coordenação Nacional do Programa Bandeira Azul. Assim, prosseguem, “a Coordenação Nacional do Programa Bandeira Azul felicita a equipa da Marina e do Município pelas atividades desenvolvidas e espera que este prémio seja um incentivo para continuarem o bom trabalho realizado”. O prémio agora atribuído, ao contrário de outros, não resulta de qualquer candidatura que a Autarquia ou a equipa de gestão da Marina tenha apresentado. GP-MPV/JP n


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EFEMÉRIDE | JP

2019.03.22

COMEMORAÇÃO DA CENTÉSIMA CRÓNICA NO JORNAL DA PRAIA HISTORIADOR: FRANCISCO MIGUEL NOGUEIRIA

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á exatas 100 crónicas atrás, a 25 de janeiro de 2013, publicava-se a minha 1ª crónica no Jornal da Praia, depois de passagem por outros jornais e revistas, sobretudo A União. Com umas pequenas participações em alguns artigos e apoio na investigação de 2 livros e da minha tese de mestrado, foi preciso escrever um artigo sobre o período pós-25 de abril de 1974 na Terceira, numa revista preparada por alunos do 12º ano da Escola Jerónimo Emiliano de Andrade, que procurava dar uma visão do século XX terceirense, que o meu nome passou a ser notado. Um mestre do jornalismo, Sr. Mário Leandro, ao ler o meu artigo, desafiou-me para escrever para a imprensa local. Assim, começou a minha colaboração com o diário A União. O convite seria para escrever quinzenalmente por 6 meses, achava-se que a História iria cansar o público e que não ia ter a adesão de outras crónicas, com muitos leitores. Aceitei de imediato o desafio. Para a minha 1ª crónica, mergulhei na pesquisa, investigação e análise de informação. Neste 1º texto, falava sobre os 5 acontecimentos que considerava mais importantes para a História da Terceira. Nele procurei voltar sempre às minhas raízes de Historiador, a investigação, a busca por saber mais e de forma isenta e correta. Não ia ser mais uma crónica, queria que fosse um texto que levasse o leitor a saber mais e a querer procurar novas informações sobre aquilo que eu contava. Quis que a minha pesquisa isenta e atenta fossem os garantes da minha qualidade enquanto homem da investigação histórica. Pouco tempo depois, a minha colaboração passou a outros meios da imprensa escrita. Recebia imensas críticas favoráveis aos meus textos, jovens que não liam e afirmavam que não queriam saber de História, chegavam junto a mim e diziam que adoravam os meus textos, que chegavam a fazer pesquisa na internet para saber mais. Era este o meu objetivo, escrever História de forma simples, que os leitores percebessem e, ao mesmo tempo, correta, com as informações mais recentes conhecidas sobre a personalidade/acontecimento/património. Os meus textos procuravam ser acessíveis a todos, sem nunca descontextualizar, usando termos mais científicos, com outros mais simples, fazer as estórias da História chegar

ao maior número de pessoas. Queria assim ensinar e mostrar que a História é mais interessante do que eles pensavam ou diziam. A História à nossa volta pode ser usada como um ponto para incentivar os alunos a se interessar pela História nacional e universal. É importante fazer o aluno sentir que faz parte de algo maior do que ele, que este pequeno pedaço de terra faz diferença a nível global. E sabemos que fez e faz. Sem notar, naquele ano de 2011, atingi os 6 meses de crónicas e com cada vez mais leitores, que comentavam os textos no facebook, enviavam e-mails, pediam informações e até davam sugestões. Fui procurando conhecer e investigar estórias menos conhecidas da nossa História e mostrar que há muito mais do que aquilo que se ensinar. Fui, portanto, criando uma rede de leitores e de seguidores. A minha participação ativa nas redes sociais, na busca pelo conhecimento da nossa História, foi então ganhando força. Passei a fazer palestras, a dar entrevistas e a ter rúbricas nas rádios, tudo isso em nome da divulgação da nossa História e na procura de manter vivo o património deixado por todos os nossos antepassados. A passagem para o Jornal da Praia deu-se naturalmente com o fim d’A União procurando trazer a público não só as estórias menos conhecidas da Praia da Vitória, como dar a conhecer a um maior número de pessoas, estórias muitas vezes mal contadas. Houve uma característica que nasceu nas minhas crónicas naturalmente e que hoje é uma marca minha, uma “identidade” da minha escrita, começar com Há exatos. Quando, uma certa vez, não usei esta expressão no início de uma crónica, recebi vários comentários, mensagens e e-mails a reclamar daquele texto histórico não começar como usualmente. Uns meses depois voltei a fazer o mesmo, as reclamações foram imensas. Foi aí que percebi, não posso mudar o início dos meus textos. O Há exatos já tinha os seus seguidores que gostavam dele, porque sabiam que era a minha identificação. Esta marca mantenho até hoje e está presente neste texto, como manda a tradição por mim criada.

Cartoon: Manuel Martins

para o interesse (espero) de mais gente pela História, não só da Praia da Vitória, mas também da Terceira e dos Açores, faz-me sentir orgulhoso deste percurso, nem sempre fácil, feito “de alma e coração”. O conhecimento do que nos rodeia é essencial para a nossa memória como pessoas, como povo, porque é a base da nossa Cultura, do nosso Património, do nosso ADN. Saber mais do nosso meio é abrir caminho para sermos melhores cidadãos e termos uma atitude mais ativa perante os problemas da nossa sociedade, sermos pró-ativos. Não nos sentarmos a reclamar de tudo e partirmos em busca de soluções.

ro que continue a haver esta ligação entre mim e o leitor, e que venham mais estórias, mais personalidades, mais pesquisas, mais interesse de todos os que leem o que escrevo. E que as pessoas percebam que a História tem muito a ensinar e a transmitir a todos, que não é algo só do passado, é uma área que nos ensina o porquê do agora e que devia também servir de lição para não cometermos os mesmos erros. Eu dou o meu contributo e continuarei a fazê-lo. Em breve haverá novidades para mostrar a todos que o meu empenho na divulgação da História dos Açores é um pilar daquilo que sou, da minha personalidade, do meu eu.

Ao longo destes anos, aprendi imenso, não só pelo que investiguei e pesquisei, mas por tudo o que os leitores me deram, desde informação, conhecimento, passando por críticas, elogios, ideias, etc. Tudo isso ajudou-me a fazer mais e melhor: a ser quem sou hoje, a querer fazer mais e melhor, a querer deixar o meu contributo para o futuro.

A História de um povo é a sua maior riqueza, pois não pode ser roubada. Mantermos viva a memória do passado, é orgulharmo-nos do que fomos, do que somos e do que seremos. Não se esqueçam, a nossa História é feita por mim, por vós, por nós! Obrigado por me acompanharem há tantas crónicas e desejo que estejam ao meu lado em muitas mais.

Com esta marca de 100 crónicas no Jornal da Praia (260 no total), espe-

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O meu contributo no Jornal da Praia não se limita às crónicas, na página de facebook do Jornal, tento publicar diariamente efemérides daquele dia, procurando que sejam sobre História dos Açores, mas também existem várias datas comemorativas de acontecimentos a nível nacional e mundial. É uma forma de manter vivo o interesse dos leitores pela História e contar ou recontar momentos que muitos já se esqueceram e outros que nem sabiam.

GRANDE MESTRE FATI ASTRÓLOGO / ESPIRITUALISTA

MAIS EFEMÉRIDES NA NOSSA PÁGINA DE FACEBOOK EM https://www.facebook.com/JornalPraia/

Especializado na Astrologia e Espiritualismo, aconselha sobre casos difíceis através dos conhecimentos adquiridos em longos tempos nos Centros Espíritas. Aconselha nos problemas de amor, doenças espirituais, negócios, invejas, maus-olhados, vícios de droga, tabaco e Alcoolismo, aproximação e afastamento de pessoas amadas. Considerado um dos melhores profissionais em Portugal. E Faz trabalhos à distância. Lê a sorte. Se quer realizar e alcançar ao seu lado o que quer, contacto – BRAMA. TELM: 968 968 598 – TELF: 295 518 732 MARCAÇÃO E CONSULTAS DE SEGUNDA A SÁBADO

A comemorar 100 crónicas no Jornal da Praia, perceber que contribuí

PESSOALMENTE, CARTA OU TELEFONE, DAS 8H ÀS 20H Rua de São Pedro, nº 224 – S Pedro – Angra do Heroísmo


JP | FOTOGRAFIA

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FOTOGRAFIA DE CASAMENTO NA MATRIZ

VENCE CONCURSO “SONY NATIONAL AWARDS” “The Wedding Day” é mais um excelente trabalho do reconhecido fotógrafo Rui Caria.

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aptada da porta da Igreja Matriz da Praia da Vitória, por Rui Caria, a fotografia “The Wedding Day” (ao lado), está a percorrer os quatro cantos do mundo, depois de ser a grande vencedora na categoria “Prémio Nacional de Portugal” do concurso mundial “Sony World Photography Awards 2019”. “Quando me virei para trás para perceber de onde vinham as vozes de aflição, vi este cenário e fotografei, quase instintivamente, da porta da igreja”, escreve Rui Caria, no seu perfil da rede social Facebook sobre o aclamado “click”. No dia mais feliz para qualquer casal, a noiva é conduzida ao altar pelo pai. À sua frente, três crianças com balões completam o cortejo. De súbito, acontece o inesperado: os balões escapam das mãos das crianças e ouvem-se vozes de angústia. Alertado por todo aquele ruído, num misto de tragédia/comédia, instintivamente, Rui Caria puxa da máquina fotográfica e dispara, e naquele preciso instante, tudo estava perfeito: a luz, o foco, a velocidade e, principalmente, o cenário que mais parece desenhado do que fruto do acaso. E como um acaso nunca vem só, também foi por mero acaso que a foto “The Wedding Day” acabou por ser submetida a concurso. E assim, nesta soma de acasos exponenciados pelo talento de Rui Caria, este particular instantâneo do casamento de Natália e João salta do adro da igreja Matriz para os olhares de todo o PUB

Foto: Cortesia Rui Caria

mundo.

SONY WORLD PHOTOGRAPHY O “Sony World Photography Awards” é um dos maiores e mais importantes concursos de fotografia do mundo. O concurso é organizado anualmente pela “World Photography Organisation” e para além dos prémios nacionais (destinado a distinguir fotógrafos locais) é constituídos por mais 4 categorias globais: Profissional, Aberta, Juventude e Estudante, que por sua vez se dividem em 10 categorias temáticas. Em 2007,

a “Sony Corporation” associou-se ao evento, sendo o patrocinador oficial nos últimos 12 anos. A edição de 2019 (12.ª de parceria “Sony”) registou um número recorde de submissões, com 326.997 fotografias provenientes de fotógrafos oriundos de 195 países e territórios. No concurso, são apresentadas algumas das melhores fotografias de todo o mundo captadas em 2018. Os prémios nacionais constituem uma oportunidade única para os fotógrafos, independentemente do seu grau de especialização, de apresentarem o seu trabalho à escala global.

RUI CARIA Rui Caria é natural da Nazaré onde nasceu há 47 anos, vivendo na Praia da Vitória há 14. Iniciou-se na área da imagem em 1990, realizando pequenos clips publicitários. Em 1993, tornou-se correspondente da TVI, onde permaneceu como repórter e editor de imagem até 2003. Desde 2006, é repórter e editor de imagem correspondente nos Açores da SIC. Colabora como fotojornalista em vários jornais nacionais e internacionais. O seu trabalho fotográfico é internacionalmente reconhecido pelos editores de importantes “sites” de fotografia. Entre vários outros “sites” e revistas da especialidade, foi entrevistado pela “National Geographic” e já venceu três concursos de fotografia da “Leica”. Em 2014, classificou-se em 3.º lugar no concurso “Photo District News” e foi finalista em várias outras competições internacionais. Tem fotos publicadas em diversos livros internacionais de fotografia, assim como na imprensa nacional e internacional. Rui Caria contribui ainda com trabalhos para o reconhecido banco de imagens “Getty Images”. Em 2016, foi câmara de prata da Federação Europeia de Fotógrafos na categoria de fotojornalismo na competição de fotógrafo europeu do ano. Mais recentemente, assina o espaço “Histórias de 28mm” no “site” da SIC Notícias, onde conta pequenas histórias das pessoas e lugares que vai cruzando, ilustrando-as com soberbas imagens de uma simples objetiva de 28mm.

JP n


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SAÚDE | JP

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o Cantinho do Psicólogo 207

Sapo Sofisticado

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sofisticado, mas não falsificado, na medida em que o artista, embora use o lixo como material de composição de figuras de animais, replicaAurélio Pamplona -as com arte e rigor (a.pamplona@sapo.pt) científico, e espalha-as essencialmente em festivais de arte urbana. Para tudo é preciso imaginação, mas também consciência, o que parece não faltar aqui.

exemplos. Veja-se a história da pedra (Pin, 2018) «o distraído tropeçou nela; o violento projectou-a; o empreendedor construiu com ela; o homem do campo cansado usou-a como assento; as crianças brincaram com ela; Drumond poetizou-a. David usou-a para matar Golias; Miguel Ângelo fez com ela as mais belas esculturas; ou seja, em todos os exemplos, a diferença não está na pedra, mas sim no tipo de homem! Em síntese: não existe pe-

como respiramos reflecte a quantidade de stress que estamos sofrendo. Quando nos sentimos relaxados a nossa respiração é calma e regular (10 a 14 respirações por minuto) e movemos o total da nossa caixa torácica e o diafragma. No entanto, quando estamos nervosos, a taxa de respiração aumenta para 15 a 20 respirações por minuto, mas torna-se pouco profunda, irregular, e intercalada com suspiros e sinais profundos, quando

Para equilibrar as emoções, crenças e reacções negativas referidas no Cantinho anterior precisamos, em primeiro lugar, de mudar o estado de espírito e o foco de atenção, do negativo para o positivo. Por exemplo, quando se está zangado, ao contar até dez, ou de dez para um, pode-se acalmar o suficiente para fazer aquilo que se deseja. Em segundo lugar, aprender e adoptar, nas mais variadas situações, técnicas que visam fazer o que é preciso, de forma a facilitar viver no momento actual, e evitar, não só trazer o passado ao presente, como passar o dia e a noite ligado ao que já passou, a ruminar. E porquê? Porque aprender a lidar com o stress traduz-se na obtenção de diversos benefícios, como aliás foi referido no Cantinho 191. Não podemos esquecer as lições de vida que frequentemente se desenrolam à nossa frente, e às quais fechamos os olhos, e não somos capazes de aprender com os seus PUB

dedos quase se toquem quando expirar; (5) concentrar a atenção na expiração, em vez de na inspiração, respirar suavemente por cerca de outro minuto, e sentir a sua caixa torácica, à medida que ela se move para cima e para baixo; (6) colocar agora as mãos no abdómen de forma que as pontas dos dedos quase se toquem, respirar suavemente durante cerca de um minuto, e sentir parte das pontas dos dedos quase a tocarem-se, à medida que o abdómen cresce e diminui; e (7) finalmente, continuar a respirar suavemente e a manter o sentido da calma. Importa repetir diariamente este exercício de respiração, até a reconhecer leve e suave. Note-se que, quando estamos sob excesso de pressão é fácil adquirir maus hábitos de respiração. Mas mudar conscientemente a forma como respiramos pode ajudar a apagar da nossa respiração alguns efeitos da resposta de stress, e reduzir mesmo as sensações de stress e ansiedade. Enfim, em termos gerais, o fundamental é começar por ver o que se passa connosco, e depois utilizar pequenos truques que nos ajudam, ou seja, é ser psicólogo de nós mesmo.

dra no caminho que não se possa usar para o nosso benefício». Enfim, é a altura de referir algumas técnicas que se podem adoptar para lidar com o stress da própria pessoa. Começamos pela primeira, os exercícios de respiração. Visam alterar a respiração, característica do efeito de stress, de rápida e leve para lenta, profunda, e mais diafragmática. Como refere Brewer (1999) a forma

se pretende obter mais ar. Referências: Segundo o mesmo autor, para verificar se estamos a respirar bem e normal, é necessário, (1) deitar-se e sentir-se confortável e relaxado; (2) pôr as mãos na parte superior do peito; (3) respirar suavemente durante cerca de um minuto, e sentir a forma como o seu peito aumenta e diminui; (4) colocar as mãos na sua caixa torácica de maneira que as pontas dos

Brewer, S. (1999). Good housekeeping the ultimate stress buster: A complete guide to help you to relax and enjoy life to the full. London: Ebury Press. Pin (2018). Salvado em 12 Ago de Pinterest. Tema: Psicologia Pin. We b s i t e : h t t p s : / / w w w . p i n t e r e s t . p t / pin/829225350117507759/. Foto: L. Pamplona n


JP | DANÇA DESPORTIVA

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PORTUGAL OPEN CHAMPIONSHIP

ADJDL ARRECADA DUAS MEDALHAS DE BRONZE Competição decorreu em Lisboa no passado mês de fevereiro.

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undada em 2014, a Academia de Dança do Juventude Desportiva Lajense (ADJDL) acaba de participar pela primeira vez na sua história no Campeonato Nacional de Dança Desportiva – “Portugal Open Championship 2019” – arrecadando duas honrosas medalhas de bronze, referentes ao 3.º lugar no pódio nacional em duas categorias distintas. Na competição que decorreu nos dias 23 e 24 de fevereiro, no Pavilhão do Complexo Desportivo Municipal do Casal Vistoso, Lisboa, organizada pela Sociedade Filarmónica Alunos de Apolo, a ADJDL fez-se representar com quatro pares, acompanhados pelos respetivos treinadores, Francisco Costa e Zélia Quadros. Na categoria de “Juniores 2 intermédios”, Simão Dinis e Briana Espínola, classificaram-se na 17.ª posição da geral, mas nos “Juniores 1 intermédios Latinas”, subiram ao pódio nacional, na qualidade do 3.º melhor casal em competição da respetiva categoria. Honras de pódio também para a dupla Ivan Jesus e Rita Meneses, que alcançaram a 3.ª posição da classificação nacional na categoria de “Juniores 2 iniciados Latinas”. Nesta categoria, referência também para o 4.º lugar obtido pelo par Mateus Veríssimo e Francisca Pereira. Afonso Moniz e Marta Câmara, concorreram em duas categorias: “Adultos Intermédio Latinas” e “Juventude Intermédios Latinas” classi-

ficando-se em 12.º e 17.º da geral respetivamente.

Referência ainda para a 5.º e 6.ª posição na categoria “Juniores 1 Iniciados Latinas” obtidos respetiva-

mente pelos pares Ivan Jesus e Rita Meneses, e Mateus Veríssimo e Francisca Pereira. JP n

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À VENDA NO JORNAL DA PRAIA 30.00 EUR geral@jornaldapraia.com


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DESTAQUE | JP

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SEGUNDO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

TERMINAL DE CONTENTORES PODERÁ INTRO Desconhecendo a tipologia e magnitude, ainda assim, estudo classifica impacte, de forma “conservadora”, como “negativo” e “significativo”.

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ecorre até 16 de abril a fase de discussão pública do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto para construção de um terminal de “transhipment” de contentores e de um terminal multiusos no Porto Oceânico da Praia da Vitória. O estudo da responsabilidade da empresa “LABGEO - Engenharia e Geotecnologia” do qual a “Portos dos Açores S.A.” é proponente, aponta para um conjunto de impactes negativos significativos, que como é natural em projetos desta envergadura surgem sobretudo na fase de construção, incidindo principalmente, sobre os fatores ambientais Geologia e Geomorfologia, Água, Ecologia, Ambiente Sonoro, Paisagem, Condicionantes e Ordenamento do Território e a Socioeconomia. No âmbito do EIA está a construção de um terminal de “transhipment” de contentores junto ao molhe sul do porto da Praia da Vitória, a ser concessionado em regime de serviço público, e um terminal multiusos, ligando o cais -10 m (ZH) à entrada do porto de pescas, vocacionado para a carga geral, granéis sólidos e granéis líquidos. O terminal de contentores será construído em duas fases (duração estimada de 48 meses para a 1.ª fase e 24 para a 2.ª), terá um cais com uma extensão total de 962 m e terrapleno de 20,9 ha, suficiente para 680 mil TEU/ano, estando previsto o prolongamento do molhe sul em 180 m. O terminal multiusos terá um cais acostável de 414 m de extensão e terrapleno de 8,1 ha. Serão realizadas dragagens para a execução

do terminal de contentores e bacia de manobra, até à cota -16 m (ZH), e para execução do terminal multiusos, até à cota -12 m (ZH). Com o objetivo de alcançar as cotas referidas, o projeto estima um total de 2.824.183 m3 de material a dragar para a totalidade da obra (terminal de contentores e terminal multiusos), sendo 2.379.399 m3 correspondentes à 1ª fase do terminal de contentores (1.994.603 m3 – dragagem de sedimentos e 384.796 m3 – quebramento de rocha) e 444.784 m3 relativos à 2ª fase do terminal de contentores e ao terminal multiusos (423.080 m3 – dragagem de sedimentos e 21.704 m3 – quebramento de rocha). Adianta o estudo que estas dragagens poderão vir a criar constrangimentos ao uso turístico-recreativo da bacia portuária. “As alterações na topo-hidrografia da bacia portuária decorrentes da fase de construção - associadas às ações de dragagem dos fundos - podem, indiretamente, resultar em alterações na dinâmica sedimentar da bacia e eventualmente introduzir alterações nos perfis das praias existentes na orla costeira da baía da Praia da Vitória ou mesmo dos períodos ou locais onde decorrem atualmente campanhas de desassoreamento (e.g. marina da Praia da Vitória)”, lê-se no EIA para de seguida concluir: “Considerando que os possíveis efeitos terão incidência em locais com utilização humana e importância socioeconómica, mas desconhecendo-se a sua tipologia e magnitude, classifica-se este impac-

TERMINAL DE “TRANSHIPMENT” DE CONTENTORES Figura esquerda de contentores (a vermelho). Figura direita: Representação esquemát te, de forma conservadora, como negativo e significativo”. Não obstante os efeitos negativos, no estudo identificam-se impactes positivos significativos, sobretudo com incidência na socioeconomia, quer na fase de construção quer na fase de exploração, relacionados com a criação de emprego e a valorização da economia local. A necessidade de mão-de-obra para execução da generalidade dos trabalhos na fase de construção assume-se como uma garantia de criação de grande número de postos de trabalho. Já na

fase de exploração, os estudos desenvolvidos no âmbito do projeto do terminal de “transhipment” de contentores do Porto da Praia da Vitória preveem a criação de 440 postos de trabalho. É também expectável que, na sequência do projeto, se registe um fenómeno de criação de emprego indireto e induzido. Atualmente, segundo dados da “Portos dos Açores S.A.” as operações associadas ao Porto da Praia da Vitória geram 80 postos de trabalhos diretos. Para a economia local, prevê-se uma dinamização com efeitos sobretudo ao nível de uma maior procura de aloja-

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ODUZIR ALTERAÇÕES NOS PERFIS DAS PRAIAS lização de dragagens. Esta alternativa apresenta uma capacidade máxima de terrapleno de 560 mil TEU/ ano, que ficará afeto exclusivamente ao “transhipment”. Face à identificação e caracterização dos impactes associados ao projeto e à alternativa, o EIA apresenta medidas corretivas e mitigadoras dos impactes negativos previstos, a ocorrer como já referido sobretudo na fase de construção, de modo a garantir um maior equilíbrio do ambiente na área de intervenção e envolvente. Por outro lado, apresenta também, medidas de potenciação dos impactes positivos com o intuito de promover a sustentabilidade económica e ambiental do projeto.

“O projeto assume como objetivos o aumento da competitividade internacional da RAA, desenvolvimento económico e criação de emprego, redução da distância logística ao território continental português e resto do mundo. Deste modo, em termos do contexto atual, a ausência de projeto representará a manutenção do presente modelo de funcionamento e exploração do porto comercial da Praia da Vitória, que pontualmente apresenta constrangimentos decorrentes da disposição e organização portuária, que propicia uma elevada convergência de tráfego rodoviário, de ligeiros, coletivos e de mercadorias, junto à entrada do porto e acessos imediatos”, remata o estudo.

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GLOSSÁRIO TEU unidade de medida de capacidade em contentor, num navio de contentores. O número é expresso em termos de unidades equivalentes de 20 pés. Um contentor de 40 pés (e de 35 pés) poderá ser expresso por 2 TEU`s (Glossário Multilingue de Terminologia Portuária da autoria de Dora Ribeiro).

a: Áreas de construção do terminal multiusos (a laranja) e do terminal tica das áreas a dragar. (Mapas: EIA) mento, decorrente da necessidade de mão-de-obra exterior à ilha Terceira, para a exploração, gestão e manutenção do terminal de “transhipment”, atividade esta que será concessionada. Prevê-se ainda que o projeto em fase de plena exploração e funcionamento, poderá, por inerência, estimular e promover, a médio e longo prazo, um aumento da competitividade da economia açoriana, sobretudo por via da redução dos custos associados às importações e exportações, consequência do estabelecimento de novos canais e rotas de importação/exportação que se traduzirão em melhores fatores de custo associados. PUB

No âmbito da legislação aplicável nomeadamente Decreto Legislativo Regional n.º 30/2010/A, de 15 de novembro, o EIA deverá apresentar soluções alternativas razoáveis, incluindo a ausência de intervenção. Neste sentido, o estudo propõe o prolongamento do atual cais de contentores até à cabeça do molhe. As obras consistirão no prolongamento do cais -12 m (ZH) e terrapleno adjacente até à cabeça do molhe sul, garantindo uma extensão de cais de 900 metros, terrapleno com 9 ha de área e cerca de 100 m de largura média, e uma cota de serviço de -16 m (ZH). A alternativa prevê um volume de aterro de cerca de 820.000 m3 e não pressupõe a necessidade de rea-

Transhipment operação de transferência de carga, em trânsito, de um navio para outro, e com estadia intermédia no cais, de forma a chegar ao seu destino final (Consulmar, 2018b). Terrapleno área sólida circundante do cais, liberta de edificações. Serve para instalação de terminais de contentores e outras instalações de apoio (Glossário Multilingue de Terminologia Portuária da autoria de Dora Ribeiro). Zero Hidrográfico (ZH) plano de referência convencionado, situado abaixo do Nível da Maré Astronómica Mais Baixa (BMmin), ao qual estão referidas as sondas e as linhas isobatimétricas representadas nas cartas náuticas, bem como as previsões de altura de maré publicadas na “Tabela de Marés” do Instituto Hidrográfico. No arquipélago dos Açores, no caso da ilha de São Miguel, o ZH está estabelecido 1,00 metro abaixo do nível médio do mar adotado (NMA) relativamente à estação maregráfica de Ponta Delgada, 1991. (Instituto Hidrográfico in http://www.hidrografico. pt/noticia-sabia-que-zero-hidrografico.php). Fonte: EIA

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OPINIÃO | JP

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DE UM LIVRO A UMA HOMENAGEM “O Século dos Prodígios” é fruto de um aturado trabalho de investigação: leitura atenta, anotada, pensada e comparada de imensa bibliografia.

Silveira de Brito

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á vários anos que leio todos os livros que Onésimo Teotónio Almeida vai publicando. Neste momento vou a mais de meio de O Século dos Prodígios que lhe valeu o Prémio Gulbenkian História da Presença de Portugal no Mundo, da Academia Portuguesa de História. Tem sido uma leitura que me tem permitido aprender imenso sobre coisas de que sabia tão pouco como, por exemplo, o valor dado à experiência pelos homens ligados às Descobertas. Eu tenho ideia de ver, há um bom par de anos, uma grande exposição sobre as nossas viagens de Quinhentos em que os guias repetiam com insistência que não tinham sido “uma aventura” (um bando de maluquinhos que se lança para o desconhecido), mas uma empresa baseada/acompanhada de muita investigação, estudo e acumulação de conhecimentos, coisa que o referido livro mostra à saciedade.

O Século dos Prodígios é fruto de um aturado trabalho de investigação: leitura atenta, anotada, pensada e comparada de imensa bibliografia. Nada é afirmado sem ser fundamentado em textos, de tal modo que as relações, as comparações, ilações e conclusões tiradas pelo autor são credíveis; para quem tiver dúvidas o livro apresenta as referências necessárias para ir às fontes. Trata-se de um trabalho aturadíssimo só possível por quem possui um conjunto de qualidades pouco habituais entre nós, tais como uma inteligência e memória excepcionais e a capacidade de fazer um investimento de tempo imenso, horas e horas de leitura atenta de textos que para muitos podem apresentar-se como massudos, mas para o autor, leitor compulsivo, é um trabalho feito pelo gosto de ler e saber. Um livro como O Século dos Prodígios só está ao alcance de uma pessoa capaz de estar sentada horas e horas sem se cansar. Este facto trouxe-me à memória uma estória passada em 1972 ou 73. Eu devia estar no 2º ou 3º ano de Faculdade. Os professores eram quase todos padres jesuítas com formação feita no estrangeiro, alguns na Alemanha. Estava num corredor da Faculdade a conversar com dois colegas, já não sei sobre quê, e um

deles, devia vir a propósito, comentou: “os alemães dizem que nós, os portugueses, só temos cu”. Mal a frase terminou olhei para o lado e vi o velho Cassino Abranches que, tal como eu, tinha ouvido bem, porque disparou logo: “os alemães estão enganados, o que nos falta é cu!” Ficámos atrapalhados a olhar para o Professor, um velho padre jesuíta com cerca de 80 anos lucidíssimos. E ele continuou: “o que nos falta é cu para nos sentarmos horas a fio a estudar e a trabalhar! É por isso que normalmente não vamos muito longe.”

para dar a aula, sentava-se e começava a exposição. Se o ambiente ficava muito silencioso e lhe parecia que os alunos estavam distraídos, dizia algo que fosse filosoficamente contestável; se ninguém reagia, zangava-se, zanga que podia ir até ao murro na mesa. Se, pelo contrário, alguém respondia à provocação, o resto da aula era uma discussão pegada porque ele, quer estivesse ou não de acordo com a opinião do aluno, defendia com unhas e dentes a posição contrária, para testar a sua capacidade de argumentação.

Atendendo ao que disse acima sobre O Século dos Prodígios, o seu autor tem uma das qualidades que o meu professor considerava indispensável para produzir obra com valor.

Nas orais era uma festa, pelo menos no meu tempo. Na altura o seu assistente era Francisco Soares Gomes, jovem jesuíta acabado de chegar da Alemanha onde se tinha doutorado, e que estava a léguas do tomismo pessoalmente assimilado pelo catedrático. A habilidade do aluno consistia em dar uma resposta à primeira questão proposta pelo Catedrático que levasse à intervenção do assistente. Era certo e sabido que a partir daí os dois entravam numa discussão, normalmente acesa, que durava quase todo o tempo estipulado para a oral, os alunos só tinham de ir alimentando a guerra dos argumentos. Foi o que fiz no meu exame, e tive boa nota.

Cassiano Abranches (1896-1983), figura fundamental da Faculdade de Filosofia de Braga, frequentou a Universidade de Lovaina, onde foi aluno do célebre tomista Joseph Maréchal que lhe deu a ler ainda em manuscrito o quinto dos seus célebres Cahiers: Le point de départ de la métaphysique. Regressado a Portugal, colocado na Faculdade, foi tal a sua influência que acabou por mudar a orientação da Escola. Fui seu aluno em Filosofia da Religião, mais concretamente em Teodiceia; era um dialecta tremendo. Chegava à sala

Braga, Fevereiro de 2019

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OUVIDORIA DA PRAIA DA VITÓRIA COM

BOLETIM INFORMATIVO “RAMO VIVO” Publicação tem periodicidade trimestral e já vai no segundo número.

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Ouvidoria da Praia da Vitória lançou em novembro de 2018, o primeiro número do boletim informativo “Ramo Vivo”, o qual, terá uma periodicidade trimestral, correspondente a quatro épocas distintas: Início do ano pastoral; Advento; Quaresma e Pentecostes. O segundo número saiu no passado mês de fevereiro e encontra-se disponível nas paróquias da Ouvidoria. “Em Ouvidoria decidimos que seria fundamental chegarmos às comunidades através de algo que nos unisse, assumindo a nossa diversidade. Por isso, nasce a ideia desta Folha de Ligação chamada Ramo Vivo”, escreve o ouvidor Pe. Emanuel Valadão Vaz, no texto que abre a o 1.º número da publicação, intitulado “Boa notícia”. Segundo este mesmo texto, o nome escolhido para a publicação tem um significado teológico e cultural. “Nós cristãos precisamos de estar unidos a Jesus Cristo, nós somos os ramos e Ele a videira. Geograficamente e culturalmente pertencemos PUB

a uma zona conhecida como sendo do Ramo Grande. A fé́ e a vida unem-se na diversidade de uma Igreja que é em primeiro lugar Povo de Deus”, lê-se. O primeiro número apresenta ainda outras informações de interesse para Ouvidoria, assim como, textos da autoria dos Padres Manuel Carlos Alves, Júlio Rocha, Moisés Rocha e Luís Silva. Já no 2.º número, o Pe. Ricardo Toste assina o texto “A Quaresma reaviva a fé baptismal” e o Pe Manuel Carlos o texto “Que diz a Igreja sobre a cremação”. Consta também deste número várias notícias e informações sobre a atividades da Ouvidoria para além de um quadro com os horários das missas de fim de semana nas 14 paróquias da Ouvidoria. Recorde-se que a Ouvidoria da Praia da Vitória foi criada/reativada por decreto de 11 de setembro de 2017, do Bispo da Diocese de Angra, D. João Lavrador. Nesse mesmo Decreto, que ditou o fim da então existente Ouvidoria da Terceira e da Zona Pastoral do Ramo Grande, o Pe. Emanuel Valadão Vaz, pároco na Vila Nova, foi nomeado ouvidor, tomando posse a 22 desse mesmo mês, em celebração eucarística que decorreu

na Igreja Matriz de Ponta Delgada. A primeira reunião da Ouvidoria, que abrange 14 paróquias e é formada pela Equipa Sacerdotal, Conselho Pastoral e equipas setoriais, ocorreu a 11 de outubro de 2017. A Equipa Sacerdotal da Ouvidoria é constituída pelo Pe. Júlio Rocha – Fonte de Bastardo e Porto Martins; Pe. Ricardo Toste – Cabo da Praia; Pe. Abel Noia – Casa da Ribeira; Pe. Manuel Carlos Alves – Santa Cruz; Pe. Marcos Miranda – Santa Luzia e Santa Rita; Pe. Luís Silva – vila das Lajes; Pe. Moisés Rocha – Fontinhas e Agualva; Pe. Emanuel Vaz – Vila Nova e São Brás; Pe. Carlos Cabral – Quatro Ribeiras e Biscoitos; Pe. Abílio Morais – Jubilado.

Os delegados ao Conselho Pastoral são: Paula Freitas – Fonte do Bastardo; José Branco – Porto Martins; Fausto Lopes – Cabo da Praia; Lígia Dutra – Casa da Ribeira; Ricardo Rosa – Santa Cruz; Aida Barbosa e Rosa Ávila – Santa Luzia; Maria Faria – Santa Rita; Roberto e Judite Rocha – Lajes; Nelly Costa – Fontinhas; Nívia Freitas – São Brás; Rosa Lourenço – Vila Nova; Francisco Machado – Agualva; Francisco Martins – Quatro Ribeiras; Silvana Luís e Ana Isabel Cardoso – Biscoitos. No Conselho Permamente da Ouvidoria estão para além do ouvidor, Paula Freitas, Ricardo Rosa, Nelly Costa e Francisco Machado. JP n


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EDITORIAL / OPINIÃO | JP

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E DITORIAL O flagelo da violência doméstica

ATÉ O BISPO… VALHA-NOS O “SENHOR” Vamos vendo, lendo e escutando as notícias que ultimamente saem em catapulta, sobre as visitas que a mando dos DDT (donos disto tudo) que para além de umas palestras e reuniões dentro portas, vão pé ante pé conquistando ou pelo menos tentando conquistar os incautos cidadãos açorianos.

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odos podemos ser vítimas de violência doméstica, e a violência doméstica abarca comportamentos utilizados “num relacionamento por uma das partes, sobretudo para controlar outra”, e as vítimas podem ser mulheres ou homens de qualquer idade, podem ser pessoas abastadas ou de fracos recursos económicos, podem ser pessoas cultas ou incultas, etc. No nosso país tem sucedido com muita frequência casos sobre o alarmante aumento de violência doméstica e que já resultaram em 12 mortes e em Portugal as mulheres representam 80% das vítimas de violência doméstica e 90,7% das vítimas de violência sexual e praticamente todos os dias somos bombardeados com nefastas notícias relacionadas com a violência doméstica, detenções, acórdãos judiciais que geraram e geram imensa polémica e debate político, como por exemplo o caso do Juiz Desembargador da Relação do Porto, Neto Moura. A violência doméstica é um crime publico de acordo com o artigo 152 do Código Penal, e em sentido estrito a violência doméstica abarca todos maus tratos psíquicos, físicos, ameaças, coação, injurias, difamação e crimes sexuais, e em sentido lacto a violência doméstica enquadra toda uma panóplia de crimes, por exemplo violência de domicilio, perturbação da vida privada, violação de correspondência e ou de telecomunicações, substração de menores, violação de obrigação de alimentos, homicídio, roubo, furto, dano, etc. A palavra de ordem mais badalada ultimamente é “violência conjugal é vergonha nacional”. Muitos estudiosos deste assunto entendem que terá de se mudar a lei, mudar as mentalidades, prevenir na escola, na família e na sociedade, mobilizando as pessoas no combate ao fenómeno que invade todos os dias os órgãos de comunicação social, em que muitas das vezes as autoridades policiais e judiciais têm uma intervenção tardia. O sistema jurídico escandinavo, pode ser um modelo a copiar em parte, nomeadamente proibir o agressor de viver na habitação, e não levar a vítima com os filhos para uma casa abrigo, privando-os dos seus bens, do seu espaço, enfim do seu bem estar e ao invés o agressor fica faustosamente instalado na habitação familiar. O povo está descontente com esta avalanche colossal de violência doméstica e implicitamente confere a incapacidade por vezes do governo lidar com esta situação, a fim de se pôr termo e ou reduzir tais ilícitos criminais que mancham a nossa sociedade, e que este fenómeno complexo e multidimensional “que atravessa classes sociais, idades e regiões, e tem contado com reacções de não reacção e passividade por parte das mulheres, colocando-as na procura de soluções informais e ou conformistas, tendo sido muita a relutância em levar este tipo de conflitos para o espaço publico, onde durante muito tempo foram silenciados”. A polícia tem a nobre missão e mesmo a obrigação de proteger intransigentemente as vítimas de violência doméstica, e por isso seria muito útil uma formação continua no sentido de prevenir situações indesejáveis promovendo a segurança das pessoas

em Lisboa) Resultados? A vêr vamos para quando os mesmos. Por meio do seu discurso vai o mesmo ministro tentando aliciar os jovens açorianos a aderirem às forças armadas portuguêsas, prometendo-lhes mundos e fundos numa carreira profissional de que sinceramente duvidamos.

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José Ventura*

im… “valha-nos o Senhor”, pois não nos faltasse já uma presença cada vez maior das forças armadas portuguesas nos Açores, impondo o que entendemos e, aqui, já algumas vezes referimos como uma acção “psíco-social de presença” aparece-nos caído de para- das quedas o prelado castrense nacional em visita pastoral ao poder militar instalado nos Açores. Continuamos a assistir como se nada fosse de nosso interesse particular à construção de “algo” que tomamos a iniciativa de adjectivar como uma “cabala” bem urdida nos gabinetes do poder central nomeadamente dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, da Administração Pública, (esses em referência hoje estarem abrangidos pelo tema) Vamos vendo, lendo e escutando as notícias que ultimamente saem em catapulta, sobre as visitas que a mando dos DDT (donos disto tudo) que para além de umas palestras e reuniões dentro portas, vão pé ante pé conquistando ou pelo menos tentando conquistar os incautos cidadãos açorianos. Do ministro da defesa ouve-se o já cansado fado da descontaminação dos solos e aquíferos na ilha Terceira (neste concernente com declarações do Embaixador dos Estados Unidos

No que se refere ainda à presença castrense e no que diz respeito às três armas que a compõem a troca de “cadeiras” dão-se com frequência, com honras de circunstância, desfiles, juramentos de bandeira em espectáculo público, concertos, conferências especializadas, relatórios à maneira de “artigos de opinião” deslocação de unidades para a periferia da cidade. Não há “bicho careta” que não ponha discurso sobre os Açores, a sua importância geoestratégica, as suas condições de vantagem sobre o “internacional” quer na exploração de mar e do espaço. Frase como “os Açores, a ponte estratégica de Portugal com os Estados Unidos” George Glass – Embaixador dos EUA in artigo de opinião: “Urge assegurar a presença do Poder Aéreo e Espacial português nos céus dos Açores através do reforço das capacidades aéreas nacionais, garantindo uma maior persistência (…) “O poder Aéreo e Espacial – Os Açores e o Atlântico” conferência do coronel das FAP nas comemorações do 26º aniversário do COA (referenciar a presença na assistência do Cônsul dos EUA que já se tornou habitual em outros cenários palestrantes e de cerimónias oficiais do género). Perante o cenário internacional do interesse despertado pelos Açores por parte da China, tal presença e acompanhamento do mesmo não será de estranhar.

Mas… voltemos ao principio da redacção que nos fez deambular um pouco sobre o cenário desenvolvido e que se prende com a visita do Bispo da FAP que, a exemplo de outros actores no “Teatro” que tem tido como cenário os Açores, vem também considerar os Açores uma parte dianteira de Portugal absolutamente fundamental para o mesmo. “Os Açores não são uma periferia de Portugal; são a sua parte dianteira de Portugal” afirma D. Rui Valério lembrando que esta premissa é válida. “O arquipélago é determinante para a defesa de Portugal e da Europa. Por isso considero que não se trata de uma periferia, mas de uma parte avançada do nosso território, absolutamente fundamental. Melhor homilia sacerdotal no sentido colonialista, não se poderia escutar. Recomendamos S.Exa. Reverendíssima a preocupar-se com a consciência moral, das chefias do “rebanho” de que é pastor quando, permitem a corrupção (o caso das messes) da violência (com as jovens instruendos dos comandos) das conivências (no caso de Tancos) entre outros que devem haver. Não se preocupe S.Exa. Reverendíssima com a (…) matéria de defesa, mas também de ataque” … nem com a sujeição dos Açores e do seu Povo que há muito entoa na sua alma e no seu coração, como seu simbólico hino, “O Coro dos Escravos” Hebreus.

VALHA-NOS O “SENHOR” … (*) Por opção, o autor não respeita o acordo ortográfico. n

VIAGEM SOCIOLÓGICA tante presente. Observo as pessoas que comigo esperam na porta de embarque e, atenta, escuto os seus silêncios traídos.

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Joana Leal

abem aquela sensação sociológica que se tem quando vamos viajar? Aquela mistura de cheiros, olhares, sons… aquela observação atenta e intensa do outro ser humano, do ambiente que nos envolve e do que nos conduziu até esse momento?

Sinto-me um grão de areia quando vou viajar. Salto, leve e carnuda, por entre as ondas sonoras da música (Continua na página seguinte) que me embala e me absorve no ins-

À minha volta todos diferentes, uns vestidos com roupa mais formal, fato e gravata, outros mais informais. Uns partem para férias, outros estão de férias a trabalhar… Alguns irão de viagem por assuntos relacionados com saúde (consultas médicas), outros para desfrutar do ócio, como por exemplo, fazer compras no centro comercial. No meu caso, vou para aprender, também para passear e ver alguns amigos. Esta é a minha 11ª viagem de um ciclo de 12, que compõem as linhas de um bordado muito especial: uma pós-graduação deveras desejada e com a qual tenho aprendido pessoal e profundamente.

Vejo pessoas aceleradas e impacientes. Observo também algumas pessoas divertidas, em conversa, outras a lutar contra a espada do sono…subtilmente também consigo ver pessoas manipuladoras, que tentam ousadamente passar à frente de outras. Quanto a mim, cá estou sentada “à chinês” na minha cadeira, lendo o meu livro, acompanhada pela música de “Eddie Vedder”. Nos intervalos e vírgulas, imagino a vida de cada uma destas pessoas e revejo a minha. Encontro-me já sentada no meu lugar à janela do avião quando repentinamente sou tocada pela motivação. Quero escrever! Grande parte da minha vida (nos momentos de maior intensidade), passei-a a escrever. (Continua na página seguinte)


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CRÓNICA DO TEMPO QUE PASSA (XLVIII)

REFORMAR AS MENTALIDADES Coluna vertebral dessa mutação a que estamos, inexoravelmente, sujeitos são as crianças e, sobretudo, os jovens. rão a curto e médio prazo desastres incalculáveis, se não houver uma profunda e imprescindível mudança de mentalidades.

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António Neves Leal

esde os tempos mais remotos, as mudanças do Homem foram morosas e, nalguns casos, as ideias filosóficas e políticas não tiveram uma gestação pacífica ou abortaram nos seus desígnios, alguns deles de reconhecida nobreza e solidariedade. A História é por demais pródiga em ensinamentos. Bastaria recordar a grande revolução operada pelas descobertas portuguesas de Quinhentos, ou o cataclismo ideológico e o consequente ruir dos regimes socialistas a leste do nosso europeu. Desde os tempos mais remotos, as mudanças do Homem foram morosas e, nalguns casos, as ideias filosóficas e políticas não tiveram uma gestação pacífica ou abortaram nos seus desígnios, alguns deles de reconhecida nobreza e solidariedade. A História é por demais pródiga em ensinamentos. Bastaria recordar a grande revolução operada pelas descobertas portuguesas de Quinhentos, ou o cataclismo ideológico e o consequente ruir dos regimes socialistas a leste do nosso europeu. As afinidades são bem visíveis entre os dois períodos da vida do Homem neste planeta azul, cada vez mais ameaçado pela fome, a injustiça, o fanatismo dos mais diversos tipos, e a poluição dos recursos hídricos em grande escala em terra e nos mares, geradora de preocupantes problemas ambientais, que assumi-

Para quem tenha lido atentamente as obras de Alvin Toffler «O Choque do Futuro», «A Terceira Vaga» e Os Novos Poderes, terá ficado perturbado, angustiado, mas ao mesmo tempo esperançado num mundo que, sendo diferente, irá rebentar com as amarras dos velhos dogmas e princípios estruturantes de uma sociedade, em vertiginosa mutação, como já no século XVI os poetas haviam anunciado com laivos proféticos, junto dos seus contemporâneos. Para nós que habitamos em ilhas e nos conhecemos, razoavelmente, uns aos outros, não sentimos tanto o valor inestimável das mudanças dos comportamentos que exigem à partida alterações nas maneiras de pensar e agir. Os acontecimentos do mundo nunca estiveram tão acessíveis e interdependentes. A isso nos impelem os grandes meios de informação, fornecendo imagens e sons que nos chegam, hora a hora, e até minuto a minuto. JUVENTUDE PEDRA ANGULAR Coluna vertebral dessa mutação a que estamos, inexoravelmente, sujeitos são as crianças e, sobretudo, os jovens. Contra os lugares-comuns derrotistas em que os segundos são vistos como sendo abúlicos, ineptos, parasitas, drogados, por gente até com responsabilidades sociais e culturais, felizmente surgem desmentidos fortes e convincentes. Afinal, a juventude quando a deixam agir, dando-lhe os meios adequados à sua realização pessoal e académica, ela opera verdadeiras maravilhas. Algumas das suas iniciativas são capazes de impressionar a comunidade, gal-

vanizar e atrair os adultos mais renitentes ou cépticos em relação à inovação, criatividade e originalidade. Como exemplos elucidativos dessas capacidades bastaria enumerar os resultados de actividades das nossas escolas, feitas com assinalável êxito e nem sempre divulgadas como mereciam e seria desejável. E não com a obsessão de rankings que são muito polémicos e não traduzem as profundas realidades do ensino. Sem o empenho da comunidade e divulgação das realizações juvenis é difícil a motivação/estímulo para futuros projectos. A comunicação social também tem um papel relevante a desempenhar. A preservação da nossa cultura e das tradições merecem-no, assim como os trabalhos bastante interessantes dos nossos estudantes. É preciso dignificá-los e promovê-los não só nas vertentes etnográfica, histórica, artística, geográfica, mas sobretudo noutras áreas científicas, onde há ainda muito a fazer no domínio da investigação e divulgação dos conhecimentos. A Filosofia tem de ser revalorizada, porque é ela o cimento que unifica os saberes, conferindo-lhes um cunho humano que deve presidir a toda a investigação e a toda a cultura. Sem essa revalorização corre-se o risco de perder-se a essência a favor do supérfluo, como já está a acontecer abundantemente nos nossos dias com futilidades que alienam e estupidificam em vez de promover o Homem no seu desenvolvimento integral, contribuindo para a felicidade por ele almejada. O endeusamento da tecnologia em detrimento das ciências humanas é uma aberração. A nossa língua está a adoptar um léxico eivado de termos oriundos da tecnocracia e do mundo da finança, no qual o humanismo

faz figura de desertor. A Europa dos défices e dos negócios, não serve os cidadãos e se não se acautelar e reformar, ficará em perigo a nossa identidade nacional e os valores humanitários que fizeram a grandeza da cultura portuguesa europeia e ocidental. Não interessa um futuro globalizado, desregulado e robotizado. Reformar as mentalidades não é, pois, abdicar da inteligência humana (a favor da artificial,) nem abandonar o espírito crítico, as duas mais excelsas ferramentas do espírito humano. Muito menos, prostrar-nos diante do atomismo das ciências e das tecnologias em atitude de triste submissão. O ser humano não deve consentir nem aceitar ser joguete dos seus inventos, tornando-se vítima deles. A luta pelo desarmamento nuclear é um sinal positivo que deve ser incrementado e consolidado. A escola cultural, aberta à comunidade e atenta ao rumo do mundo, é uma imperiosa necessidade, que poderá debelar ou reduzir muitos dos anseios relativos às futuras vivências no nosso planeta, tão ameaçado por vários fenómenos que hoje muito nos atormentam. Mas essa escola só conseguirá os seus objectivos, se for alicerçada na competência, no mérito e na exigência, devendo os cursos ser dignificados e os professores considerados e não enxovalhados, como temos visto ultimamente, pelo governo minoritário e autocrático do Partido Socialista. Com agentes de ensino em greve e alunos desmotivados, tudo fica comprometido. A menos que se queira uma escola de facilitismo e folclorismo, apenas para fazer subir as estatísticas oficiais internas e externas, designadamente na União Europeia. n

VIAGEM SOCIOLÓGICA (Conclusão da página 12)

Sabe-me tão bem estas viagens interiores, dentro de mim. O levantar voo ajuda-me a apanhar balanço para agarrar as asas das nuvens e nessa dança inventar sonhos, escrever projetos e antecipar desafios. Chegada a Lisboa, dirijo-me à estação de metro e, ainda antes disso, vejo milhares de seres humanos, que autónoma e automaticamente caminham no mesmo espaço. Parecemos máquinas, descuidadas e pouco empáticas umas com as outras, tal é a pressa de chegar ao nosso destino (ou a lado nenhum).

Gosto deste frenesim característico de um aeroporto como o da Capital. Há uns tempos atrás, detestava a hiperestimulação desse ambiente: as lojas, as distâncias longas, os tapetes brutos de receção das malas… tanta gente a andar em direções opostas, uma confusão! Hoje, já integrei essas sensações no meu repertório de memórias e sei que essas peças fazem parte do puzzle final. Agora dá-me um gozo enorme passar por esses estímulos e não me deixar tocar por eles de forma negativa, mas sim neutra. Agarro a minha mala e lá vou eu para

O FLAGELO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (Conclusão da página 12)

passando-se valer eficazmente os direitos das vítimas. A lei tem que ter efeitos práticos e

positivos, inibindo o agressor a não realizar os seus intentos ilícitos e pecaminosos, estas coisas não se combatem com meras intenções, são necessárias atitudes radicais que mo-

a rampa da direita pois é para esse lado que fica o metro. Cruzo-me com o odor característico de Lisboa e também essa viagem me mostra a diversidade de pessoas, de estilos, de oportunidades, de decisões, de vidas! É tão bom viajar no meio dos outros e dentro de nós. Meditar por exemplo, prestar atenção ao mundo e ao modo como reagimos e como podemos alterar os nossos padrões de pensamento e comportamento. Vestimos diferentes moradas e quando compreendemos que há vidas tão difíceis, pessoas tão perdidas à espera

bilizem várias acções contra a violência doméstica, mas “um combate que deve mobilizar toda a sociedade civil contra a banalização e a indiferença”, perante um problema que o Presiden-

de serem encontradas e acarinhadas (quanto mais não seja com um “bom dia!” ou “boa noite!”) construímos um encadeamento diferente e quebramos com o ciclo de invisibilidade que sentimos entre nós (e para o qual somos mecanicamente atraídos). Por vezes, um cumprimento “social” faz toda a diferença no desenrolar do dia de alguém e no nosso, sem dúvida, que também! No fundo, estamos todos cá em viagem, de passagem, à procura de nos sentirmos mais enraizados, felizes, completos e “iguais” junto dos nossos semelhantes.

n

te da Republica Marcelo Rebelo de Sousa classificou-o “flagelo”. O Diretor Sebastião Lima diretor@jornaldapraia.com n


14 |

MARÉ DE POESIA | JP

2019.03.22

É

no sentir de poeta ilhéu que unimos os poetas e poetisas das ilhas dos Açores, em Maré de Poesia. Nesta edição terminamos a publicação dos poemas enviados para o desafio proposto. Isabel da Silveira, natural da ilha do Sal,

Cabo Verde, filha de pais Açorianos das ilhas do triângulo sente o ser ilhéu em seus versos e entra na nossa Maré repleta de poesia com os nossos poetas Leonel Purple, Mário Alves, Fernando Mendonça e Paulo Jorge Ávila. n

Ser poeta Ilhéu! Isabel da Silveira Nasci entre terra e mar Ilha de sal, lhas de bruma Todas envoltas em imenso azul, verdes, amarelos púrpura Cinza e negro Num jogo de cores que celebram a vida. Celebram o meu viver em compromisso Com a terra e o mar Oceano Atlântico, português Entre meninos e meninas de olhos brilhantes Que vislumbram sempre o oceano Sou poeta no sentir, Sou ilhéu na vontade E com palavras digo o que nos une A vida embalada em sonhos desde a terra e para além do mar. Vivo de coração embargado de ondas que levam, de marés que trazem, uma continua procura do meu ser, do meu caminhar.

Terceira! Fernando Mendonça Somos ilha, temos encanto, somos Terceira! Cartão de visita, de ilha modesta e hospitaleira! Somos tourada, palco do Carnaval, a mais festeira! Somos espírito Santo, o pão do bodo, na Ilha inteira Somos poesia e do improviso, somos primeira! Somos memória, somos vitória, fomos bandeira!...

Ser poeta ilhéu Mário Alves Longe de mim julgar-me poeta. Outros sim, têm a característica correcta. Merecem tal distinção. Eu! Eu não! Apenas frases enfeito, com mais ou menos jeito. Mas, poeta!? Que blasfémia para os que o são.

Nem tão pouco sou ilhéu. Esse título não é meu. Venho da outra margem, e já trazia outra roupagem. Tenho muito que viver para um de vós ser. Mas, se me consideram poeta e ilhéu… quem sou eu para contradizer. Até porque gosto de o ser.

FICHA TÉCNICA: COORDENAÇÃO: Carla Félix COLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Fernando Mendonça; Isabel da Silveira; Leonel Purple; Mário Alves; Paulo Jorge Ávila PAGINAÇÃO: JP As participações aqui presentes são da responsabilidade dos poetas/poetias. Para participar envie o seu poema para maredepoesia@jornaldapraia. com. PUB

AO PROVEDOR DA SANTA CASA DA PRAIA DA VITÓRIA FRANCISCO JORGE FERREIRA Paulo Jorge Ávila FRANCISCO JORGE FERREIRA HOMEM DE AMOR PROFUNDO CARINHO DA ILHA TERCEIRA AÇORES E TODO O MUNDO. TÃO CARIDOSO CORAÇÃO HUMILDE TERNO MANSO PURA SUAVE VOCAÇÃO NA AFLIÇÃO E NO DESCANSO. CARISMÁTICA FIGURA SER BOM QUE DÁ A MÃO O POBRE QUE O PROCURA ENCONTRA A SOLUÇÃO. NA BOCA ALMA E CORAÇÃO MILAGRE QUE NASCEU ASSIM NA BOCA NÃO EXISTE UM NÃO PARA TODOS SÓ EXISTE O SIM. HOMEM DA NOSSA HISTÓRIA FRANCISCO JORGE FERREIRA A SUA PURA HUMILDE GLÓRIA MERECE OS ANAIS DA TERCEIRA. ESTIVE A SEU LADO 28 ANOS APRENDI A SER PROFUNDO COM O SER DOS HUMANOS MAIS BELO DESTE MUNDO. NA PRAIA ESTÁ GRAVADO E NA NOSSA ILHA TERCEIRA MERECE O NOSSO OBRIGADO FRANCISCO JORGE FERREIRA. MERECES UM MONUMENTO ESCULPIDO E VERDADEIRO

PELO CARINHO E EVENTO QUE FEZ NO MUNDO INTEIRO. A PRAIA MUITO A TI DEVE DE TANTO QUE JÁ FIZESTES E NINGUÉM SE ATREVE A MANCHAR O QUE DESTES. Ó SER HUMANO DA TERRA A QUEM TIRAM O CHAPÉU HOMEM DA PAZ E NÃO GUERRA JÁ TENS O TEU LUGAR NO CÉU. ISTO É APENAS UM RESUMO AO SER PURO DOS MAIS LEAIS NO MEU CORAÇÃO PRESUMO QUE FIZESTES MUITO MAIS. O MEU MUITO OBRIGADO DEIXARES ESTAR CONTIGO ESTOU MUITO AGRACIADO POR SERES MEU BOM AMIGO. DESEJO-TE A MELHOR VIRTUDE HOMEM QUE ADMIRO TANTO QUE TENHA SEMPRE SAÚDE E A BÊNÇÃO DE ESPIRITO SANTO. HOMEM BOM DAS CONCÓRDIAS O SEMELHANTE EM TI TEM UM AMIGO SANTO CRISTO DAS MISERICÓRDIAS ESTEJA SEMPRE, SEMPRE CONTIGO. NÃO SOU NADA NO QUE FAÇO SOU AMIGO PURO E VERDADEIRO TERMINO COM UM FORTE ABRAÇO DO TAMANHO DO MUNDO INTEIRO.

Ser Poeta … Leonel Purple O poeta é ser erudito, que quando inspirado, Pode escrever até ao amanhecer. Eloquente , por natureza, desenvolve variados temas, Na sua bora arte de bem saber. Ser poeta é ser sensível e flutuante Quando vem a divina inspiração: Não é só escrever versos e recitar à toa, Mas semear a palavra viva no coração. Ser poeta é voar muito mais alto, Suplatando a mais excelsa estatura: É falar de tudo e de todos, sem receio , Ao legitimar toda a loucura. Ser poeta é ser muito mais que um jogo, Ou uma simples e habitual aposta: É recriar na poesia o mais belo mundo, Iluminar o entenebrecido, como resposta. Ser poeta é retratar nos versos o agonizante momento, Dar vida à vida que o destino cruelmente ceifou, Salmodiar a dor tua morte, que tanto me mortificou… Ser poeta … Ser poeta … Ser poeta é ser quem sou!!!


JP | INFORMAÇÃO

2019.03.22

AGENDA DESPORTIVA FUTEBOL

VOLEIBOL

CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE “D”

VG Vidigueira

-

Olhanense

Armacenenses

-

Redondense

Ferreiras

-

1.º Dezembro

Sacavenense

-

Amora FC

Oriental

-

Moura

Olímpico Montijo

-

Louletano

Sp. Ideal

-

Casa Pia

SC Praiense

-

Pinhalnovense

Angrense

-

Real

HOJE (22/03) Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

SEXTA (22/03)

SÁBADO (23/03)

NACIONAL DA II DIVISÃO SEGUNDA FASE SÉRIE “PRIMEIROS” SENIORES FEMININOS

27.ª JORNADA | 24.03.2019

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGO (24/03)

4.ª JORNADA | 24.03.2019 SC Espinho

-

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

AA São Mamede

ADRE Praiense

-

Vitória SC

CD Aves

-

Sporting CP

SEGUNDA (25/03)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

5.ª JORNADA | 31.03.2019 Sporting CP

-

SC Espinho

ADRE Praiense

-

AA São Mamede

Vitória SC

-

CD Aves

TERÇA (26/03)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

28.ª JORNADA | 31.03.2019 Louletano

-

Angrense

| 15

QUARTA (27/03)

Real

-

Olímpico Montijo

Pinhalnovense

-

Oriental

Redondense

-

Ferreiras

Casa Pia

-

Armacenenses

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

MISSAS DOMINICAIS NO CONCELHO

QUINTA (28/03)

Olhanense

-

Sp. Ideal

Moura

-

VG Vidigueira

Amora FC

-

SC Praiense

1º Dezembro

-

Sacavenense

CAMPEONATO DOS AÇORES SEGUNDA FASE GRUPO PROMOÇÃO

3.ª JORNADA | 24.03.2018 C Operário D

-

Marítimo GRA

GD Fontinhas

-

CD Rabo Peixe

4.ª JORNADA | 31.03.2019 CD Rabo Peixe

-

C Operário D

Marítimo GRA

-

SC Lusitânia

GRUPO MANUTENÇÃO

3.ª JORNADA | 24.03.2018 Graciosa FC

-

Águia CD

Vitória FC

-

SC Guadalupe

4.ª JORNADA | 31.03.2019 Águia CD

-

Vitória FC

SC Guadalupe

-

CD Cedrense

CAMPEONATO DA ILHA TERCEIRA

16.ª JORNADA | 24.03.2019 NSIT - Terauto

-

Boavista CR

JD Lajense

-

SC Vilanovense

SÁBADOS

15:30 - Lajes; 16:00 - Fontinhas (1) ; 16:30 - Casa da Ribeira; 17:00 - Cabo da Praia; 17:30 - Matriz Sta. Cruz; 17:30 - Vila Nova; 18:00 - Fontinhas (2); 18:00 - São Brás; 18:00 - Porto Martins; 18:00 - Sta Luzia, BNS Fátima; 18:00 Quatro Ribeiras; 19:00 - Lajes; 19:00 - Agualva; 19:00 - Santa Rita; 19:00 - Fonte do Bastardo; 19:30 - Biscoitos, IC Maria (3); 19:30 - Biscoitos - São Pedro (4)

CINEMA ALITA: ANJO DE COMBATE Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 22:00* Classificação: M/12 * Sessão também no sábado, 23, à mesma hora.

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

DOMINGO (24/03)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

SC Barreiro

-

JD Lajense

SC Vilanovense

-

NSIT - Terauto

Enquanto há catequese; (2) Quando não há catequese; (3) 1.º e 2.º sábados; (4) 3.º e 4.º sábados

SEGUNDA (01/04)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGOS

TERÇA (02/04)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

QUARTA (03/04)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

QUINTA (04/04)

CONCERTO FADO DÁ VIDA” Local: Auditório Ramo Grande Hora: 15:00 Concerto Solidário a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

BISCOITOS Posto da Misericórdia ( 295 908 315 SEG a SEX: 09:00-13:00 / 13:00-18:00 SÁB: 09:00-12:00 / 13:00-17:00

SÁBADO (30/03)

VILA DAS LAJES

Missas com coroação; (2) Missas sem coroação; (3) De outubro a junho; (4) De julho a setembro

Farmácia Andrade Rua Dr. Adriano Paim, 142-A ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-18:30 SÁB: 09:00-12:30

JP | ASSINATURA

VILA NOVA

15,00 EUR

Farmácia Andrade

Regularize a sua assinatura anual através de transferência bancária para o IBAN:

PT50 0059 0004 22036300048 24 Jornal da Praia - Grupo de Amigos da Praia da Vitória Envio o comprovativo de transferência para: assinaturas@jornaldapraia. com indicando o seu número de assinante (Número a negrito na parte superior da etiqueta de envio postal)

SÁBADO (30/03)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

(1)

17.ª JORNADA | 31.03.2019

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGO (31/03)

(1)

08:30 - São Brás; 09:00 - Vila Nova, ENS Ajuda; 10:00 - Lajes, Ermida Cabouco; 10:00 - Cabo da Praia (1); 10:00 - Biscoitos, S Pedro; 10:30 - Agualva; 10:30 Casa Ribeira (1); 10:30 - Santa Rita 11:00 - Lajes; 11:00 - São Brás; 11:00 - Cabo da Praia (2); 11:00 - Porto Martins; 11:00 - Casa da Ribeira (2); 11:00 - Biscoitos, IC Maria; 12:00 - Vila Nova; 12:00 - Fontinhas; 12:00 - Matriz Sta. Cruz (1); 12:00 - Quatro Ribeiras; 12:00 - Sta Luzia; 12:15 - Fonte Bastardo; 12:30 - Matriz Sta. Cruz (2); 13:00 - Lajes, ES Santiago; 19:00 - Lajes; 19:00 - Matriz Sta. Cruz (3); 20:00 - Matriz Sta. Cruz (4))

SEXTA (29/03)

TEATRO PORTA COM PORTA Local: Auditório Ramo Grande Hora: 21:30 Classificação: M/16

Caminho Abrigada ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-12:00 / 16:00-18:00

n

Farmácias de serviço na cidade da Praia da Vitória, atualizadas diáriamente, em: www.jornaldapraia.com


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