Jornal da Praia | 0516 | 02.03.2018

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QUINZENA

02 A 15.03.2018 Diretor: Sebastião Lima Diretor-Adjunto: Francisco Ferreira

Nº: 516 | Ano: XXXV | 2018.03.02 | € 1,00

QUINZENÁRIO ILHÉU - RUA CIDADE DE ARTESIA - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA - ILHA TERCEIRA - AÇORES

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DESTAQUE | P. 8 E 9

TRIBUNAL DA PRAIA PERDE JUÍZO O FOLHETIM DA DESCONTAMINAÇÃO DA TERCEIRA Há mais de dois anos, que nos empanturram com informações científicas consistentes umas, contraditórias e fantasistas, outras.

Por: António Neves Leal OPINIÃO | P. 13 PUB

NO CONCELHO | P. 3

NA PRAIA DA VITÓRIA

AUTOPROTEÇÃO PARA TODOS PROTEÇÃO CIVIL | P. 5

OLHAR POENTE PROMOVE

LAR D. PEDRO V, CELEBRA

SENHORA ENGENHARIA NOSSA DA LUZ DO SER EDUCAÇÃO | P. 5

RELIGIÃO | P. 11


JP | CANTO DO TEREZINHA

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ANTÓNIOS HÁ MUITOS A situação envolveu 2 Antónios: um era presidente da Câmara, o outro era funcionário importante do Tribunal. E davam-se bem, o que não impediu que um dos Antónios, que não gostou de uma decisão do outro, fosse travar-se de razões com este. E, estão vocês a perguntar, por que cargas de água os 2 Antónios se enfrentaram? Bem, não foi uma questão de água, antes fora. Era uma questão de higiene pública que já naquela longínqua data (princípios da segunda década do século passado) preocupava a administração camarária. Acontecia que a população da Vila da Praia da Vitória convivia, no geral, sem grande asco, com os galináceos cujos proprietários não os mantinham fechados em capoeiras. É fácil de imaginar como se apresentava o piso das artérias do burgo, atapetadas com os dejetos sólidos daquelas criaturas tão úteis para a confeção de uma canja ou para garantir a boa qualidade de uma massa sovada ou de muitos doces. António, o edil, emitiu uma postura proibindo o trânsito dos galináceos, e, porque

se supunha que os ditos não eram dotados de entendimento, foram os seus respetivos donos alertados para o cumprimento do postado na postura e das penas, não das criaturas, mas pecuniárias, em que incorreriam se não acatassem a postura presidencial, salvo seja. Todos os aludidos prontamente fizeram recolher os animais às suas residências próprias, isto é, às capoeiras, onde estes se viram privados de seus direitos, próprios de seres livres, que vinham gozando e que, por certo, garantiam uma melhor qualidade de vida, com o benefício daqueles que viriam a usufruir de uma boa canja ou de um belo pão de massa sovada e outras iguarias. Todos, menos o António, oficial de diligências, que se julgou dispensado do cumprimento da postura municipal por ser próximo da Justiça. Por isso não mandou recolher os seus galináceos, que se tornaram escandalosamente notados por serem os únicos que deambulavam por onde sempre o haviam feito. Gerou-se uma forte expectativa entre a população por ver com terminaria a questão.

António, o presidente, deu ordem de extermínio das aves inocentemente infratoras, destinando os seus restos mortais ao asilo para adequado e apreciável uso. António, o oficial, nem queria acreditar, (expressão que não se usava então, está claro), indignado e ofendido com o sucedido, subiu os degraus do edifício da Câmara e interpelou o seu homónimo: Como te atreveste a fazer isto? Eu que te julgava meu amigo! Prontamente o da Câmara ripostou: quem te fez isso não fui eu. Foi o presidente da Câmara. Conclusão: o Asilo ganhou umas belas canjas, o do tribunal percebeu a diferença entre a amizade e o cumprimento da lei e as ruas da Praia da Vitória ficaram mais limpinhas. Parece que tem sido visto um certo galo passeando impunemente por algumas ruas da Praia da Vitória? Irá o Asilo ganhar uma bela canja nestes tempos já avançados século 21?

OLHA QUE CHATICE Talvez se trate de ‘fake news’, que é como quem diz, ‘notícia falsa’, mas que o Canto do Terezinha ouviu o que se descreve a seguir, lá isso não é ‘fake’, é verdade verdadeira. Um deputado de S. Miguel lamentou que o parlamento estivesse sediado na cidade da Horta, ilha do Faial porque é uma chatice ter de ir para o Faial e, nesse caso, não poder continuar a exercer a sua profissão. E que é por este motivo que cada vez é mais difícil arranjar quem queira ser deputado.

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E acrescentou que o melhor era transladar o parlamento regional para Ponta Delgada. Não é a primeira vez que opiniões deste quilate, talvez assentes no argumento demográfico, são expressas. De resto, muitas foram já as tentativas descaradas de transferir a sede de serviços e ou departamentos com o mesmo fundamento. Pode até acontecer que para reduzir os custos da Autonomia venha, um dia, a ser necessário abandonar oito ilhas e meter as armas e bagagens das suas reduzidas po-

pulações apenas em uma. Talvez possa acontecer que uma ilha se queira separar do conjunto das 9 e venha a proceder a uma DUA (Declaração Unilateral de Autodeterminação), assim à laia do que se passou recentemente na região autónoma da Catalunha. Mas, se o fizer, que não seja à custa das outras. O que nos vale é que a própria Assembleia Regional, bem como o Governo Regional, nunca permitirão que estas tendências (ou outras do género, como seja a Independência) alguma vez venham a concretizar-se, não é? •

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Taxa Paga – AVENÇA Publicações periódicas Praia da Vitória


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NO CONCELHO | JP

JUÍZO MISTO DE FAMÍLIA, MENORES E TRABALHO, VAI PARA ANGRA

O

novo Juízo misto de Família, Menores e Trabalho da ilha Terceira será criado em Angra do Heroísmo. A informação consta do Relatório de Gestão referente ao ano de 2017 da Comarca dos Açores, publicado na internet. O documento, assinado pelo presidente, juiz desembargador, José Moreira das Neves, faz o balanço estatístico do ano de 2017, prevendo para setembro do presente ano a PUB

instalação na cidade vizinha do novo juízo. Lê-se ainda no referido documento que se irá “alterar o quadro do Juízo Local da Praia da Vitória para apenas 1 juiz com competência genérica (cível e criminal) – em consequência da reduzida entrada de processos criminais e transferências da competência de família, menores e trabalho para o novo Juízo especializado de Angra do Heroísmo”. Com esta alteração, o Tribunal da

Praia da Vitória vê reduzida a sua competência aos domínios cível e criminal, na área geográfica do concelho. Ao JP, Tibério Dinis, presidente da autarquia praiense, sublinhou que “ainda não há decisão do Ministério da Justiça”, não sendo o Relatório de Gestão o documento que decide nesta matéria, acrescentando, que o que efetivamente existe é o “compromisso da Praia da Vitória não perder nada em termos de competências ao nível do Governo da República”. No que diz respeito às instalações e equipamentos, no anexo I do relatório, lê-se que em 2017, no Palácio de Justiça desta cidade “foi reparada

a cobertura nos locais de saída dos aparelhos AVAC, assim se fazendo cessar as infiltrações que se vinham verificando”. Nas obras a realizar, o mesmo anexo prevê a “reparação geral do edifício incluindo: gradeamentos exteriores, remodelação da rede elétrica e canalizações e pintura geral do edifício”, estabelece ainda a mudança para o piso de entrada dos serviços do DIAP e Procuradoria e a ampliação dos espaços destinados a arquivo, na cave; a Instalação de elevador e sistema AVAC; reparação dos locais de detenção que, pelo tipo de deficiências identificadas, nomeadamente em termos funcionais e pela desadequação das instalações sanitárias necessita de uma intervenção mais relevante. JP•

EMPREENDEDORISMO JÚNIOR

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ecorreu na Praça Francisco Ornelas da Câmara, no passado mês de fevereiro, a 1.ª “Feira do Empreendedor Júnior”, organizada pela Escola Secundária Vitorino Nemésio com o apoio da autarquia praiense.

montagem de pequenos negócios e ensinando aos alunos na prática os conceitos de lucro e despesa”. No âmbito da valorização do empreendedorismo, acrescentou “será ainda realizado, dentro de aproximadamente um mês [março], um concurso de ideias, na nossa escola”.

Segundo a responsável pela organização, Cristina Codorniz, com esta iniciativa pretende-se “promover o trabalho em equipa, incentivando a

Expostos para venda estavam trabalhos manuais e diversos produtos gastronómicos. JP•

DESLOCALIZAÇÃO DA

ASSOCIAÇÃO DE INSTALAÇÃO DO

REPARTIÇÃO DE FINANÇAS

U

m protocolo firmado a 31 de março do ano passado, entre a Câmara Municipal da Praia da Vitória e a Autoridade Tributária e Aduaneira, previa a deslocalização da Repartição de Finanças para a Praça Francisco Ornelas da Câmara. Na ocasião o então presidente, Roberto Monteiro, dizia: “perspetivamos ter o processo de reinstalação concluída até ao final do ano ou no primeiro trimestre de 2018”. Contatado sobre o assunto pelo JP, Tibério Dinis, afirma que “no âmbito da dinamização do Centro Histórico da Praia da Vitória, o Município entende ser estratégica a fixação de serviços públicos e população naquela área. É nesse espírito que se insere o protocolo referido, que não possui data ou previsão para a sua concretização. Nesta matéria e conforme o nosso compromisso, a estratégia para o Centro Histórico será global em todas dimensões e alvo da participação de toda a sociedade civil, na qual, a transferência do serviço de finanças fará naturalmente parte”. Depreende-se que a deslocalização do serviço de finanças ocorrerá, não sendo, todavia, para já. JP•

AIR CENTER COM SEDE NA PRAIA

A

associação de direito privado para a instalação do Centro Internacional de Investigação do Atlântico (AIR Center) terá a sua sede localizada na cidade da Praia da Vitória, anunciou Gui Meneses, secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, durante o simpósio “Go Portugal: Parcerias Globais em Ciência e Tecnologia”, que decorreu no passado mês em Matosinhos. Antes, o responsável revelou que os Açores através do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia vão integrar a associação de direito privado para agilizar a instalação do AIR Center, em parceria com o Governo da República. “A criação desta associação é um passo determinante para a instalação do AIR Center”, sublinhou Gui Menezes, referindo que o mesmo “irá coordenar e operacionalizar a captação de investimentos para projetos científicos de âmbito internacional”. A ilha Terceira vai acolher este ano a primeira reunião da Comissão Instaladora, definida na Declaração de Florianópolis em novembro de 2017 e assinada pelo Governo dos Açores. JP•


JP | EFEMÉRIDE

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ISABEL MARIA – A REGENTE HISTORIADOR: FRANCISCO MIGUEL NOGUEIRIA

Durante a regência de 2 anos, D. Isabel Maria tentou aproximar D. Miguel dos liberais, tentando terminar com o clima de instabilidade e de intriga.

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á exatos 192 anos, a 6 de março de 1826, D. João VI nomeou uma Junta de Regência que seria presidida por sua filha D. Isabel Maria, uma das mulheres que mais marcaram o Liberalismo e a 1ª metade do século XIX. Filha de D. João VI e de Carlota Joaquina, Isabel Maria da Conceição Joana Gualberta Ana Francisca de Assis Xavier de Paula de Alcântara Antónia Rafaela Micaela Gabriela Joaquina Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu a 4 de julho de 1801. Recebeu o mesmo nome que sua irmã mais velha, Maria Isabel, pois Carlota Joaquina era devota da Rainha Santa, cuja memória também se celebrava a 4 de julho. D. Isabel Maria nasceu em Lisboa, quando o pai ainda era príncipe-regente. Quando nasceu a família real estava de luto pela morte do primogénito D. António Pio e a situação portuguesa não era a melhor, o país tinha vivido um conflito militar com a Espanha e a França, a Guerra das Laranjas, quer terminara pouco tempo antes, a 6 de junho. Foi batizada a 12 de julho pelo Cardeal Patriarca D. José Francisco Miguel António de Mendonça. Com apenas 7 anos, D. Isabel Maria partiu com a família para o Brasil, em consequência da Invasões Francesas e por lá viveu até ao regresso do pai, em 1821, já como D. João VI. Aos 25 anos, pouco antes da morte do pai, o rei nomeou uma Junta de Regência, pelo decreto de 6 de março de 1826, que seria presidida por D. Isabel Maria. Esta regência prevaleceria enquanto o legítimo herdeiro e suPUB

cessor da coroa de Portugal, D. Pedro, que no momento era Imperador do Brasil, não dessas providências a tal respeito. D. João VI faleceu 4 dias depois deste decreto, a 10 de março de 1826, e a infanta assumiu a presidência da Junta da Regência até que seu irmão D. Pedro IV, reconhecido legítimo herdeiro e sucessor da coroa, tomasse a decisão sobre o que fazer. D. Pedro IV, por decreto de 26 de abril, confirmou a Regência, outorgando a Carta Constitucional a Portugal, a 29 de abril de 1826. A 2 de maio, D. Pedro IV abdicou dos seus direitos à coroa de Portugal em nome de sua filha, D. Maria da Glória, com 7 anos, a qual deveria casar com seu tio, o infante D. Miguel. A infanta D. Isabel jurou a Carta Constitucional a 31 de julho, perante uma assembleia em que estava legal e legitimamente representada, não só a nação portuguesa como os diferentes estados. A infanta proferiu: “Juro cumprir e fazer cumprir e guardar a Carta Constitucional decretada e dada por el-rei o senhor D. Pedro IV, em 29 de abril de 1826, para os reinos de Portugal e Algarve e seus domínios, tão inteira e fielmente como nela se contém.” Durante a regência de 2 anos, D. Isabel Maria tentou aproximar D. Miguel dos liberais, tentando terminar com o clima de instabilidade e de intriga. D. Miguel declarou, a partir de Viena, na Áustria, que aceitava as vontades de seu irmão. Em Viena de Áustria haviam-se celebrado, a 29 de outubro de 1826, os esponsais da futura rainha D. Maria II com o seu tio, por procuração. D. Miguel apressou-se a partir da Áustria para Lisboa, onde chegou a 22 de fevereiro de 1828.

A infanta D. Isabel Maria entregou a regência do reino a seu irmão, que oficialmente a assumiu a 26 de fevereiro perante as cortes gerais, renovando o juramento de fidelidade à Carta Constitucional. Terminava assim a regência da Infanta. D. Miguel, a 23 de junho de 1828, indo conta o que prometera à irmã e ao irmão, tornou-se Rei Absolutista A partir de então conservou-se a infanta entregue à vida privada no seu palácio de Benfica, afastando-se completamente da política.

ao falar da sua regência, afirmou: “Ah naquele tempo era Portugal como um ovo: pequeno, mas cheio”. O príncipe afirmou que a infanta ao falar desse período ficou com os olhos a brilhar, o que evidencia a sua paixão pela época em que governou, mesmo que fossem tempos tumultuosos. Viveu durante 75 anos, passando assim pela regência e reinado do pai, a sua própria regência e as regências e ou reinados dos seus irmãos D. Pedro IV e D. Miguel, como de sua sobrinha D. Maria II, do cunhado Fernando II, do sobrinho-neto D. Pedro V, morrendo a 22 de abril de 1876, durante o reinado do sobrinho-neto D. Luís I. Era, no tempo deste último, a par da Imperatriz do Brasil e 2ª esposa de D. Pedro IV, a figura real portuguesa que estabelecia a ligação entre o presente e o passado. Jaz no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora. D. Isabel Maria recebeu a grã-cruz da ordem de Nossa Senhora da Conceição, foi dama das ordens de Santa Isabel, rainha de Portugal, e das Damas Nobres de Maria Luísa, de Espanha, condecorada com a Cruz Estrelada, da Áustria.

A Infanta, a partir de 1834, depois da Guerra Civil e da vitória do Liberalismo, dedicou-se às práticas religiosas, indo algumas vezes a Roma visitar o Papa, sujeitando-se assim à influência dos padres, dos lazaristas, das irmãs de caridade, e dos missionários irlandeses, a quem legou a maior parte da sua fortuna, o que promoveu o maior desagrado na opinião pública. Em 1842, segundo o príncipe Lichnowsky, D. Isabel Maria,

Ao relembrarmos da vida de D. Isabel Maria, devemos salientar a necessidade da nossa terra em voltar a criar consensos, como um dos meios para vencer a crise, com espírito de combate permanente por um melhor caminho para a Terceira. É tempo de uniões e fazer o que é realmente preciso, para construirmos uma sociedade mais igualitária, de modo a salvar a nossa Ilha do marasmo económico em que se encontra, sobretudo a nossa Praia da Vitória.


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EDUCAÇÃO | JP

PARCERIA DA “OLHAR POENTE” PROMOVE AÇÃO DE FORMAÇÃO

“ENGENHARIA DO SER”, DESTINADA A DESENVOLVER COMPETÊNCIAS Vinte e cinco profissionais trabalharam durante dois dias estratégias para uma melhor resposta ao crescimento das crianças que cuidam.

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urante dois dias, 03 e 04 de fevereiro, realizou-se na Academia da Juventude e das Artes da Ilha Terceira e nas instalações de alojamento local “Sawmill Azores” a formação interna “Engenharia do Ser”, direcionada às 25 colaboradoras das respostas sociais de creche e CATL das freguesias de Vila Nova, Fontinhas e Fonte do Bastardo, ilha Terceira, da Instituição Olhar Poente. A ação de formação foi desenvolvida numa parceria estabelecida entre a Olhar Poente e a empresa Dinâmicas Naturais, Lda, com sede nas Caldas da Rainha, e decorreu ininterruptamente, tendo as participantes pernoitado assim como tomado as refeições no estabelecimento de alojamento local “Sawmill Azores”. Com esta ação pretendeu-se num ambiente informal trabalhar diferentes competências fundamentais para o trabalho desenvolvido com as crianças utentes de cada uma das respostas sociais da instituição. Paulo Gil, Gilberto Nunes e Carlos Vidal foram os formadores que desenharam e conduziram a formação que tinha como objetivo comportamental, o trabalho e desenvolvimento de três grandes valências - Comunicação, Cooperação e Dinâmica de

“ENGENHARIA DO SER” ação de formação desenvolveu competências como a comunicação, cooperação e dinâmica de equipa. Equipa. Paulo Gil, sócio-gerente da Dinâmicas Naturais, Lda, considera: “Foi contagiante ver a forma como todas as participantes se entregaram com uma enorme vontade de crescer e prestar um melhor serviço às suas crianças e famílias. Os Açores são sem dúvida um ambiente bastante agradável e com potencial para

ações de formação deste âmbito, em contato com a natureza. Agora, compete às participantes pôr em prática as competências/estratégias desenvolvidas e fazer com que as sementes que deixámos, se tornem raízes nas suas rotinas”. Sandra Serpa, diretora pedagógica da Instituição, entende que “o facto da formação promover a coo-

peração e entreajuda aliada a uma reflexão pessoal foi muito positivo, para não só replicarem as atitudes praticadas, mas para pensarem duas vezes antes de atuarem. O convívio criado também promoveu a criação de laços afetivos muito importantes no tipo de trabalho que desenvolvemos”.

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A “Olhar Poente” é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que gere um conjunto de respostas sociais como Creche, CATL, Refeitório Social, Terapia da Fala, Babbyssinting e Centro de Explicações. No âmbito do projeto educativo “A Terceira na Europa”, desenvolvido nos últimos três anos pela CAT Rural “Olhar Infantil”, um grupo de 8 crianças do meio rural (fontinhas e Vila Nova) visitaram em maio do ano passado o Parlamento Europeu, numa experiência de universalidade europeia que permanecerá para sempre nas suas memórias, enquanto ilhéus, nacionais e europeus. JP/Fotos: Olhar Poente•


JP | SAÚDE

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o Cantinho do Psicólogo 182

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inda sobre insegurança, o estado emocional que pode surgir na sequência de situações percepcionadas como alarmantes Aurélio Pamplona (a.pamplona@sapo.pt) ou ameaçadoras, e que se podem manifestar sob a níveis elevados de agitação motora, e nervosismo, repita-se, com Morais (2017): isso nem sempre é mau, na medida em que permite que a pessoa seja capaz de mobilizsar recursos que lhe permitam ser bem sucedida. No entanto, a insegurança e a ansiedade, podem atingir um nível da intensidade exagerada, e impedir o tal efeito protector, nomeadamente por o medo tomar conta de nós, ao ponto de impedir o raciocínio e a mobilização de recursos.. A autora exemplifica com a segurança ao nível das relações conjugais em que, quando um dos elementos do casal sente que as suas relações não estão seguras pode implementar estratégias que, aos seus olhos, implique a solidificação do casamento, como a produção do diálogo, as saídas românticas, ou até o recurso ao apoio psicológico. Igualmente, quando um trabalhador percepciona o seu lugar como estando em risco de despedimento, passará a buscar alternativas que lhe permitam evitar a situação de desemprego. Entretanto, num ou noutro caso a pessoa pode não conseguir encontrar soluções adequadas. E esclarece que: (1) na medida em que uma criança for capaz de cons-

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A Insegurança truir laços efectivos seguros com os adultos que a rodeiam, a probabilidade de se transformar num adulto auto-confiante aumenta; (2) quanto mais forte for a nossa bagagem emocional, maior será a probabilidade de assumirmos uma postura resiliente nas mais variadas circunstâncias; (3) as pessoas com laços afectivos sólidos tendem a ser mais seguras; (4) quando a emoção toma conta de nós, passamos a sentir-nos incapazes, e a viver em função de pensamentos negativos, que pouco ou nada têm de

ou risco, que tem a ver com o binário segurança versus insegurança está no habitar (Marandola Jr, 2017), a própria forma como o homem ocupa o espaço. Deste habitar depende toda a segurança do eu, e a capacidade da pessoa de enfrentar perigos. Ou seja a vulnerabilidade existencial está ligada ao morar, mas não apenas a ela. Os aspectos colectivos da vulnerabilidade, como o económico, o cultural e o ambiental também possuem os seus determinantes ligados ao morar, pois este abrange todo o

Jacobs (2010), devem ser garantidas três condições para que haja pessoas suficientemente nas ruas, de forma a que elas exerçam a vigilância natural sobre os espaços públicos e, com isso, diminua a violência. Estas três condições são as seguintes: (a) a separação entre o espaço público e o privado; (b) a existência dos olhos da rua, as pessoas que, consciente ou inconscientemente, utilizam o espaço público e/ou costumam contemplá-los de suas casas, exercendo uma vigilância natural sobre o que ali acontece; e (c) as ruas deve ter usuários transitando ininterruptamente. Enfim, os que se fecham demasiado podem vir a ter mais surpresas desagradáveis do que os que se abrem ao mundo. É no habitar que estão as respostas aos modos de enfrentar as crises. Por isso, aprofundar o seu conhecimento é crucial para compreender os mecanismos que geram insegurança. Entretanto, e prosseguindo, o segundo equilíbrio necessário para limitarmos as situações de stress tem a ver com ter poucas exigências, e ter muito para fazer. Referências:

razoável; (5) os familiares, colegas e amigos podem ser a nossa rede de suporte, embora esta nem sempre se revele suficiente para nos ajudar em momentos de crise profunda, ou quando a insegurança atinge um carácter de cronicidade; e (6) a insegurança pode ser protectora, quando funciona como um mecanismo de defesa, que faz soar o nosso alarme interno e nos estimula a agir. O ponto fulcral de qualquer tensão

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CENTRO COMERCIAL DA PRAIA Rua de Jesus

Segunda a Sábado das 7h às 21h

espectro de como o homem é, nomeadamente a sua trajectória diária e espaço da vida. O habitar é uma chave importante para compreender a vulnerabilidade e a insegurança existencial na metrópole contemporânea e na vida. Mesmo o quotidiano da via é invadido por um conjunto de opções de modos de ser, e de estilos de vida que obrigam o homem a fazer constantes escolhas. E como defende

Jacobs, J. (2017). Salvado em 24 Jul. de Fonte: A Urbanidade. Tema: Segurança nas cidades. Website: http://urbanidades. arq.br/2010/02/seguranca-nas-cidades-jane-jacobs-e-os-olhos-da-rua/. Marandola E. Jr (2006). Insegurança existencial e vulnerabilidade no habitar metropolitano. Brasília: III Encontro da ANPPAS: Morais, C. (2017). Salvado em 24 Jul. de Fonte: A psicóloga. Tema: A insegurança. Website: http://www.apsicologa. com/2012/09/inseguranca.html.

Foto: A. Pamplona•


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PROTEÇÃO CIVIL | JP

SERVIÇO DE PROTEÇÃO CIVIL DA PRAIA

APOSTA NO REFORÇO DA CONSCIENCIALIZAÇÃO PARA MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO SMPCPV depois da implementação de Planos Locais de Emergência, foca atenção na autoproteção.

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Serviço Municipal de Proteção Civil da Praia da Vitória (SMPCPV) irá proceder ao reforço da consciencialização da população para a importância das medidas de autoproteção, envolvendo toda a comunidade do concelho da Praia da Vitória. A informação foi transmitida por Carlos Armando Costa, vereador com competência na área da Proteção Civil, no âmbito da reunião que em fevereiro aprovou o Plano de Atividades do SMPCPV para 2018. “No ano transato, avançámos com os Planos Locais de Emergência nas dez freguesias e Vila do Concelho, a fim de definirmos os procedimentos adequados em caso de emergência, bem como catalogarmos os recursos e serviços disponíveis em cada local. Pretendemos reforçar essa proximidade e a nossa aposta na sensibilização das diversas faixas etárias para as medidas de autoproteção”, explicou o edil em declarações após a reunião. “Queremos incutir nas pessoas uma cultura de prevenção para que consigamos mitigar os impactos de um acidente grave ou catástrofe e garantir uma maior segurança”, enfatizou. “É nossa pretensão reunir regularmente com as Juntas de Freguesia, enquanto representantes locais, no

sentido de diagnosticar novas vulnerabilidades existentes, adotando uma postura pró-ativa em matéria de prevenção e articulando todos os agentes de proteção civil”, acrescentou. Durante o encontro, o responsável municipal fez referência à realização de exercícios internos com o grupo de trabalho do SMPCPV.

“Creio que a concretização de exercícios com o grupo do SMPCPV é bastante importante para aumentarmos a nossa eficiência e celeridade na resposta a possíveis ocorrências. Pretendemos também dotar este grupo de trabalho de formação adequada às suas competências”, evidenciou. “Iremos ainda assinalar o Dia Mundial da Proteção Civil (celebrado

anualmente a 01 de março), sensibilizando as entidades e os praienses para a importância da missão da Proteção Civil na comunidade, bem como o Dia Municipal do Bombeiro (18 de março), uma data que criámos com o intuito de homenagear aqueles que, diariamente, zelam pela nossa segurança e bem-estar”, adiantou. GP-MPV/JP•

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TALHO BORBA & MENDES


JP | DESTAQUE

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PROJETO “TERCEIRA TECH ISLAND”

FORMA OS PRIMEIROS 20 PROG Ao longo de 14 semanas, 20 desempregados criteriosamente selecionados, com entusiasmo, tenacidade e espírito de sacrifício “namoraram” o <código> e hoje são os primeiros programadores informáticos do projeto “Terceira Tech Island”.

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urante 14 semanas, um grupo de 20 intrépidos terceirenses entregaram-se de corpo e alma a compreender os trilhos mágicos do código, e encontraram na programação informática, a sua “praia”, para vencerem os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais exigente e tecnológico. Escrevemos sobre os 20 formandos que de 30 de outubro do ano transato a 09 de fevereiro deste ano, frequentaram na antiga casa do Dr. Eugénio, na Praça Francisco Ornelas da Câmara, na cidade da Praia da Vitória, o “#12 Coding Bootcamp {Ilha TECHceira}” da Academia de Código, no âmbito do projeto “Terceira Tech Island”, e hoje são, os mais recentes programadores juniores existentes no mercado de trabalho. Para aqui chegar, este grupo de 20 desempregados, superou um longo e rigoroso processo de seleção e passou muitas horas a “queimar neurónios” em frente a um ecrã quer fosse dia, noite, dia da semana ou fim de semana. A Academia de Código é uma startup nacional que nasceu da constatação de um paradoxo do mundo atual: por um lado uma elevadíssima taxa de desemprego qualificado, por outro, a enorme oferta de emprego nas áreas de tecnologias de informação, com mais de 8.000 postos de trabalho por preencher só em Portugal. Nesse sentido, a Academia de Código propõe-se em 14 semanas a reprogramar a vida de qualquer indivíduo, independentemente da sua idade ou formação académica prévia, transformando-o em programador informático. Mas será mesmo PUB

assim? Sérgio Gouveia, Master Coder dos “BOOLE Fighters” – é assim que se chamam estes 20 audazes “code cadets” – esclarece que qualquer um, talvez não! “Temos um processo de seleção que é rigoroso, longo e difícil. Acreditamos, que quem passe por todo este processo em que é necessário programar alguma coisa para superar os nossos ‘challenges’ aprende algumas bases mínimas de programação e quer muito entrar, e portanto, vai trabalhar para isso. Depois, na última fase de seleção, faz-se simulação de um dia de aula que poderá durar até à uma, duas, ou mais da manhã e aí faz-se mais exercícios e no fim quem for selecionado pode não saber programar, de certeza não sabe, mas quer muito programar e é essa paixão que procuramos”, explica. Com efeito, estes novos programadores juniores são os primeiros 20 a chegar ao fim de uma corrida que contou com cerca de 130 candidatos no início. Nos “Bootcamps” da Academia de Código, para além das matérias tecnológicas associadas à programação e respetivas linguagens abordadas em formato intensivo e com muitas centenas de horas em prática de programação, são ainda trabalhadas outras competências como a comunicação. “Há a ideia do programador como uma pessoa fechada que trabalha sozinha, mas hoje, não é assim, o programador está constantemente em contato com o cliente e com a equipa e, portanto, é importante que saiba apresentar convenientemente o seu trabalho”, elucida Sérgio Gouveia. Para tal, todos os dias

BOOLE FIGHTERS Durante 14 semanas este grupo de 20 pioneiros d vidas e hoje integram o lote de programadores disponíveis para atr pela manhã um aluno é selecionado para durante 15 a 20 minutos fazer uma exposição sobre a aula do dia anterior. Estes jovens são os pioneiros de um projeto bem mais amplo e ambicioso, destinado a atrair e fixar na ilha Terceira empresas tecnológicas.

Da responsabilidade do Governo dos Açores, operacionalizado pelo SDEA (Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores) e com o apoio do Município da Praia da Vitória, que disponibiliza as instalações, o “Terceira Tech Island” para além da formação de quadros na área de programação informática como


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DESTAQUE | JP

GRAMADORES INFORMÁTICOS Sérgio Gouveia partilha a impressão da colega, complementando, “algumas empresas já conhecem os nossos ‘Bootcamps’ e sabem que os alunos saem bem preparados, mas evidentemente ainda não conheciam esta turma da Terceira e ao verem o trabalho deles ficaram muito bem impressionadas, não só com o trabalho desenvolvido, mas também com a vontade de começar a trabalhar rapidamente e com o à vontade demonstrado ao apresentarem os seus projetos”.

do “Terceira Tech Island” através do código reprogramaram as suas rair empresas tecnológicas à Terceira. programadores juniores, oferece atrativos importantes ao nível fiscal, disponibiliza instalações para as empresas e alojamento para quadros deslocados. Pretende-se desta forma potenciar as vantagens competitivas da ilha Terceira e dos Açores num setor de atividade que assenta essencialmente em recursos humanos. Para já e segundo Mónica Gandarez, responsável da Academia de Código pelos contatos empresariais, PUB

“as expetativas são muito boas”, pois a identificação é real e as empresas efetivamente procuram profissionais na área da programação. Acrescenta que durante a formação visitaram o curso mais de “cinco empresas, umas portuguesas e outras estrangeiras, as quais revelaram-se impressionadas com as metodologias utilizadas no ensino, como também com o nível de aprendizagem dos formandos”.

Embora as perspetivas se apresentem promissoras, havendo 2 formandos colocados na primeira semana após a formação, tanto para estes como para os restantes, o tempo não é de descanso, antes pelo contrário. “Agora tenham calma! Vão começar uma carreira e em princípio não vão ter problemas em conseguir emprego. A procura é grande, mas estão a começar e, portanto, vão ter de continuar a aprender e a trabalhar a um ritmo acelerado para solidificar e desenvolver os conhecimentos que adquiriram aqui, que apesar da imensa prática não deixa de ser feito em ambiente académico e agora é preciso trabalhar a sério. Tenham a consciência e a humildade que vão continuar a aprender e a trabalhar tão bem como até aqui e terão um futuro maravilhoso”, aconselha o Master Coder. Por fim, dirigindo-se aos formandos, salienta que “gostava muito que continuassem a aprender e continuassem o grupo unido, coeso e fantástico que pela sua dedicação e trabalho facilitaram imenso o nosso trabalho tornando as aulas muito mais fáceis e dinâmicas”. Remata afirmando, “vou ter muitas saudades de cá estar com todos eles”. Para este grupo de 20 “Boole Fighters” que durante as últimas 14 semanas, fizeram da Academia de Código a sua casa e dos colegas a

sua família, agora é tempo de fazerem do código o seu animal de estimação, alimentando-o e fazendo-o crescer para que a reprogramação da suas vidas seja efetiva e com ela ajudem a reprogramar o paradigma económico da ilha Terceira, colocando-a na linha da frente das tecnologias de informação e numa referência a nível nacional no setor da programação informática atraindo investimento externo criando mais e melhor emprego e com ele um futuro de sucesso.

NOVO CURSO O próximo curso da Academia de Código na ilha Terceira (#15 Coding Bootcamp {Ilha TECHceira}), tem início previsto para 21 de abril na Praia da Vitória. Decorre até 28 de março as candidaturas que terão obrigatoriamente que ser feitas através do endereço de internet: http://applyto. academiadecodigo.org/terceira/. Podem candidatar-se os maiores de 18 anos com residência fiscal nos Açores, desempregados, inscritos nas Agências para a Qualificação e Emprego ou a frequentar programas de inserção socioprofissional e determinados a reprogramar a sua vida como “Junior Developers”. As inscrições são gratuitas e os 20 finalistas ficam comprometidos a trabalhar na ilha Terceira nos doze meses subsequentes à formação, caso contrário, terão que indemnizar o SDEA em 5.000 euros. O Executivo açoriano estima formar a curto prazo mais de uma centena de programadores juniores no âmbito do projeto “Terceira Tech Island”, de acordo com a procura do mercado e a disponibilidade de formandos com requisitos para vencer este arrojado desafio.

JP•


JP | MONARQUIA

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NOVO CHANCELER DA

ORDEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE VILA VIÇOSA É AÇORIANO Por: Jácome de Bruges Bettencourt

Joã Goulart Bettencourt sucede Conde de Estarreja e foi anunciado por Sua Alteza Real por ocasião das comemorações dos 200 anos da Ordem Dinástica.

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oão Amândio Teixeira Goulart de Bettencourt, nascido em 1945, na Vila das Velas, ilha de São Jorge (onde ainda mantém a casa de família), filho de João Goulart de Bettencourt e de D. Maria Dulce de Oliveira Teixeira (ambos licenciados em Direito), é o novo Chanceler da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Licenciado em Direito e advogado, ocupa desde 1967, lugares de grande destaque profissional. Em 1978, foi nomeado Adjunto do Ministro de Administração Interna, Coronel António Gonçalves Ribeiro, como responsável pelos assuntos relativos às Forças de Segurança e Serviços de Estrangeiros. Funções exercidas nos governos presididos pelo Eng. Nobre da Costa e Prof. Doutor Mota Pinto. Em 1979, foi nomeado Chefe de Gabinete do Secretário de Estado das Indústrias Extrativas e Transformadoras, Eng. Joaquim Vieira do Amaral. Funções exercidas durante o governo da Engª. Maria de Lurdes Pintassilgo. Em 1980, foi nomeado Chefe de Gabinete, do Ministro do Trabalho, Dr. Eusébio Marques de Carvalho, durante o governo do Dr. Francisco Sá Carneiro, funções que exerceu até à sua nomeação pelo Primeiro-Ministro, como Vice-Comissário Geral da XVII Exposição do Conselho da Europa de Arte, Ciência e Cultura,

subordinada ao tema “Os Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento”.

universidade, embora a conclusão dessa licenciatura, fosse na de Lisboa.

Em 1984, foi nomeado Chefe de Gabinete, do Ministro do Comércio e do Turismo, Eng. Joaquim Ferreira do Amaral, durante o governo do Dr. Mário Soares.

A sua colaboração literária e jornalística, espalha-se por mais de duas dezenas de jornais e periódicos, bem assim, na Antologia da Poesia Açoriana (Sá da Costa) e na Antologia do Conto Açoriano (Vega).

Em 1985, foi nomeado vogal da Comissão para o combate ao contrabando de gado e carne, a qual integrava um representante do Ministro da Justiça que era presidida por um representante do Ministro da Agricultura. Em 1986, ingressa no IFADAP, presidindo à Comissão “Ad Hoc” para a reorganização do Instituto Financeiro de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas, sendo depois nomeado Diretor da Direção dos Regulamentos Comunitários (FEOGA). Em 1987, nomeado Chefe de Gabinete do Ministro do Comércio e Turismo, Eng. Joaquim Ferreira do Amaral, durante o governo do Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva e em 1990, volta a ser nomeado Chefe de Gabinete do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Eng. Joaquim Ferreira do Amaral, novamente, durante o segundo governo do Prof. Doutor A. Cavaco Silva e é representante do Ministro no Comissariado da EXPO 98. Simultaneamente preside à Assembleia Geral da Empresa PARQUE EXPO. Em 1996, regressa às suas funções de Diretor no IFADAP. Em 2003, é nomeado administrador da empresa TMN, entre outros cargos.

CHANCELER João Goulart Bettencourt. Ao longo da sua vida, teve sempre uma atividade política bastante ativa, pelo que destacamos, a de Membro Fundador do movimento “Renovação Portuguesa” (1972). Fundador e membro da Direção por vários anos do PPM (Partido Popular Monárquico) e candidato pelo PPM à Assembleia Constituinte da República Portuguesa. Aliás, em 1962, ingressa na Causa Monárquica em Coimbra, como vogal da Direção Académica presidida por José Luís Nogueira de Brito. Em 1964, foi Vogal da Comissão Cultural da Associação Académica de Coimbra e Diretor dos jornais “Via Latina” e “Orfeon Académico de Coimbra”. Em 1965, Vogal da Comissão Organizadora das comemorações do Cinquentenário do “Orpheu”, que decorreram em Coimbra sob os auspícios da sua Universidade. Não esquecendo, que iniciou o seu curso, nessa mesma

É sócio de várias instituições de índole cultural, de que destacamos, o Instituto Histórico da Ilha Terceira e possui inúmeros louvores, e condecorações, como Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, Grande Oficial da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, Grande Oficial da Ordem de Orange e Nassau, Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Grã-Cruz da Ordem Internacional de Santo Huberto, entre outras. O anúncio da nomeação de João Goulart Bettencourt, para suceder ao Conde de Estarreja, que pedira a sua substituição, foi feito no dia 6 deste mês, durante as comemorações dos 200 anos desta Ordem Dinástica, feito por Sua Alteza Real, o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança, legítimo representante dos Reis de Portugal. Ao longo da existência da O.N.S.C.V.V. receberam esta venera muitos açorianos, como o Morgado José Borges Leal Corte-Real e o 2º Conde da Praia da Vitória e 2º Visconde de Bruges, Jácome de Ornelas Bruges. Na atualidade, conta como seus dignitários, além de João Goulart Bettencourt, o cónego João Maria Mendes, cónego Francisco Dolores Borges de Medeiros e Jácome de Bruges Bettencourt.

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RELIGIÃO | JP

PADROEIRA DO LAR D. PEDRO V

CELEBRAÇÃO EM LOUVOR DE NOSSA SENHORA DA LUZ Ao mudar-se para o antigo convento da Luz, Lar D. Pedro V acolhe padroeira.

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a passada sexta-feira, dia 2 de fevereiro, o Lar D. Pedro V concretizou uma celebração em louvor da sua padroeira, Nossa Senhora da Luz. A padroeira do Lar D. Pedro V foi, inicialmente, a padroeira do antigo convento da Luz, e primeiro convento da ilha Terceira, junto à baia da Praia da Vitória. O mesmo convento instalou-se, posteriormente, no atual Largo da Luz, ou Largo Conde da Praia, cedendo o seu espaço, cerca de duas centenas de anos depois, ao Lar D. Pedro V, inicialmente reconhecido como “Asylo de Mendicidade D. Pedro V”. Sendo este o património histórico desta instituição de solidariedade social, a mesma adotou Nossa Senhora da Luz como sua padroeira, honrando anualmente o seu acolhimento. Nesta festividade, o Lar D. Pedro V abre as portas da sua capela para uma celebração eucarística, seguiPUB

CELEBRAÇÃO eucarística, almoço e dinâmica social da de um almoço de convívio entre aqueles que beneficiam das suas respostas e aqueles que, e em modo de agradecimento, contribuem para

aquela que é a sua missão: proporcionar níveis de conforto e autonomia que conduzam a um bem-estar físico, mental e social dos seus uten-

tes, contribuindo para a sua qualidade de vida e da comunidade.


JP | EDITORIAL & OPINIÃO “VOLTANDO À VACA FRIA”

E DITORIAL

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BASTA!... BASTA!... BAS

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TA!

“Se o conhecimento pode criar problemas, não é através da ignorância que podemos soluciona-los” Isaac Asimov (1902/1992) - Escritor, historiador - Petrovitch, - Rússia lador que conspurcou durante anos o solo da ilha Terceira e, deserta de mansinho negando-se a reparar o mal cometido com o beneplácito do governo português representado por um trio ministerial composto pelos senhores ministro do ambiente, dos negócios estrangeiros e da defesa.

Corrupção

nfelizmente não há apenas corrupção a nível da política e dos políticos, mas também existe corrupção que corrói outros sectores da sociedade e das actividades humanas. Existe corrupção nas empresas, nas agremiações desportivas, nas associações, nas cooperativas, no âmbito religioso, enfim, as máfias estão imparáveis e é urgente controlar esta caótica situação, que se transformou numa verdadeira chaga social. A corrupção é a peste do século XXI, e teima permanecer imune às poucas e eficazes medidas utilizadas na luta contra o seu combate, torna-se cada vez mais grave, causa prejuízos maléficos à sociedade, às pessoas, principalmente às mais débeis e vulneráveis. A corrupção põe em causa a liberdade e a democracia, este fenómeno sempre existiu com maior ou menor intensidade ao longo dos tempos, mas hoje mais do que nunca felizmente toma-se consciência dele a nível regional, nacional, mas também internacional. Só o abandono de “práticas corruptas pode gerar desenvolvimento e bem-estar; devem incentivar os comportamentos honestos e castigar os desonestos.” Os mídia bombardeiam-nos vertiginosamente no dia-a-dia com inúmeros e graves casos de corrupção, certamente que estas denúncias são positivas no sentido de se estabelecer uma cruzada contra a corrupção, sensibilizando a opinião publica “a identificar passos concretos que possam eventualmente ajudar a chegar a políticas que previnam a corrupção”, a fim de não se prejudicar mais o progresso das regiões e do país. Sabemos que entre a inveja e a ambição pelos lugares públicos, não há virtude, nem amizade segura, o combate à corrupção não se conquista com a força e a violência, conquista-se com a justiça cujo fiel da balança é a espada, para se pôr termo que a política continue a ser o estrume ideal para a corrupção. As organizações públicas e privadas, as religiões e os governos têm de levar a sério a batalha contra a corrupção pela felicidade progressiva e a sustentabilidade social, detendo e entendendo a corrupção para que a possamos bloquear. O Diretor, Sebastião Lima diretor@jornaldapraia.com

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José Ventura*

voltando à vaca fria” uma expressão bastante antiga e popular, podendo ser usada para definir a necessidade de retornar a tópicos ou assuntos que foram interrompidos, mas que ainda, necessitam de um desfecho ou serem rememorados. Porque na diversidade dos temas em titulo publicados anteriormente, alguns dos mesmos querem-se de alguma forma desenvolvidos ou de um desfecho conclusivo, resolvemos usar a expressão em titulo que será numerado na sua sequência, conforme o tema ou temas retomados caso o espaço a utilizar o permita. Nada impede que a “sequela” do conteúdo de “Voltando à vaca fria” não seja intercalada por outro assunto merecedor de uma atenção no imediato. Teremos assim uma manada de “vacas frias” a vaca I, a II, a III e por aí adiante. Relembrar temas como “O Mar dos Açores”, a “posição geoestratégica do território açoriano” (o nosso território” e, o aproveitamento dos governantes de Portugal no seu ”por e dispor” em reuniões com os seu patronos europeus ou amigos como os EUA a quem já referimos ser como um vio-

Não esqueçamos da visita de S.Exa. o Presidente da República em consonância com o governo espanhol quanto ao processo da independência da Catalunha (seguido pelo primeiro ministro na sua última entrevista ao Diário espanhol ABC (Madrid 11/02/2018 02:14h) na afirmação de Marcelo no que respeita aos Açores e à revisão constitucional e, à sua desvalorização no que respeito à nossa qualidade de povo. Ao anúncio da celebração do dia de Portugal nos Açores, como o brado que já à muito se ouve de que, “Aqui também é Portugal”. Sim. O activo material de uma “possessão” que agora volta à baila em tudo o que é comunicação social nomeadamente às Televisões que depois do assalto pela RTP3 à nossa Janela para o Mundo, já dá que fazer aos seus correspondentes sediados por cá. Afirmamos a acção “psico-social” efectuada pelas Forças Armadas e forças militarizadas portuguesas nos Açores. Não vamos longe quando depois do “briefing” ou conferência de imprensa do comandante da BA 4, o mesmo vem publicar em artigo de opinião e na nomenclatura de “politica” o que já tinha feito publicamente traduzido em número e horas intervenção socio-militar da estrutura que o mesmo comanda e, já agora também

política. Na mesma intervenção e no rol de prestação de serviços, até os seis dias da visita de S.Exa. o presidente da República, as horas e numero de efectivos (959) no exercício militar para “inglês ver”, foram contabilizados e, mencionado pelo mesmo como o “maior exercício militar nacional. Referir o não esquecimento dos préstimos humanitários no transporte de doentes entre ilhas. Aí… parece que o esquecimento esteve no valor recebido pelo Governo da Região por aquele serviço recebido. Há que lembrar que já houve uma ocasião em que foi negado o serviço referido por que o Governo estava em divida com o mesmo. Mas… “voltando à vaca Fria” , teremos muito mais como: “O porquê de ser independentista” os “Serviços da República nos Açores”, a Independência da Catalunha, a existência de partidos separatistas e independentistas na Europa, porquê o silencio sobre a Islândia depois da sua nova constituição, o “Air Center versus FLAD” e porque não, com acuidade a importância dos Açores no Mundo, o conhecimento dos açorianos de “Quanto valem os Açores” e o que é preciso para que valham muito mais. . Desmistificar o sentimento sentido em relação ao MNA/ FLA no contesto histórico dos Açores internacionalmente. O BASTA!… BASTA!… BASTA! Tem o significado que todos entenderão ……. Por opção, o autor não respeita o acordo ortográfico. (*)

IMPERDOÁVEL ESQUECIMENTO Atrás da “persona” que criou há algum tempo - e sim, confessa-se um ator nessa altura -, está alguém com uma vida intensa, de aventuras e desgostos, mas que nunca virou a cara ao trabalho e à novidade.

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omo que lembrar o esquecimento, o Miguel Azevedo, autor e mentor de um interessante ‘blog’, publicou um texto sobre a figura e atividade de Ivo Silva, responsável ativo de outro dos Nossos Canais. Do dito texto e com a devida anuência, gostosamente publicamos algumas passagens. João Rego

“Nome incontornável na cobertura e divulgação das nossas festas e tradições, nomeadamente junto da diáspora e por via dos vários canais disponíveis, todos eles com muita visibilidade, Ivo Silva é um terceirense de fama. Correspondente da - também muito difundida - Rádio TV Artesia, e homem dos mil ofícios, o repórter de ação como o próprio se intitula -, tem-se afirmado pela visibilidade que dá a tudo o que faz”... “Produz conteúdos para o seu ca-

nal virtual de uma forma constante. Quase em super-produção, tal a quantidade que conseguiu juntar em dez anos de “Youtube”. Isto já depois de muito tempo a filmar nos moldes de registo tradicionais, de onde se destaca a morte do toiro 64 (Ganaderia Humberto Filipe), num vídeo que ainda o celebrizou mais. É reconhecidamente um bom editor de imagens. Nos últimos tempos, junta momentos impagáveis de play back, com a já bem conhecida intervenção política e social. Recorde-se que o Ivo foi o primeiro terceirense a utilizar um drone por cá - e claro, isso também deu história”.... “Sente-se um pouco “preso” nas fronteiras da ilha, mesmo se é um homem que gosta da sua terra, mas questiona tudo e mais alguma coisa, refugiando-se para meditar, e até utilizando a prática desportiva (Ciclismo e BTT são a prioridade) para espairecer do dia a dia. Atrás da “persona”

que criou há algum tempo - e sim, confessa-se um ator nessa altura -, está alguém com uma vida intensa, de aventuras e desgostos, mas que nunca virou a cara ao trabalho e à novidade. Seja ela tecnológica ou meramente circunstancial. O Ivo Silva também é muito genuíno nessas áreas.”... Uma das primeiras vezes em que conversamos mais a sério, foi em tom de entrevista - iniciada a bordo da SATA e finalizada, em chão firme, nas Lajes -. Falamos sobre toiros e festas, duas coisas que têm levado o Ivo aos quatro cantos do mundo. Finda a prosa, estou novamente a pensar, onde iria parar este original Ivo Silva, se vivesse noutro país e tivesse mais palco, com outras condições? Fica a questão. A que o Ivo responderá por aí”... Publicado por Miguel Azevedo em http:// portodaspipas.blogs.sapo.pt/ •


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OPINIÃO | JP

CRÓNICA DO TEMPO QUE PASSA (XXIII)

O FOLHETIM DA DESCONTAMINAÇÃO DA TERCEIRA É já tempo de tirar conclusões: há ou não há vontade de uma vez por todas, acabar com discussões e palavreado inútil e fazer o que deve ser feito, isto é, limpar o que ficou sujo e chamar à responsabilidade os poluidores que deixaram a casa suja e puseram-se a andar sem mais justificações. incumprimento das cláusulas contratuais, o inquilino fica sujeito a pagar uma indemnização pelos estragos causados na propriedade onde esteve a morar. Num país civilizado, o poluidor é o pagador e ponto final. Aqui o problema tem uma outra dimensão, como se pode constatar a seguir.

António Neves Leal

A

sociedade civil dos Açores e particularmente a da Ilha Terceira, vem sendo espectadora de um folhetim que já começa a cheirar mal. Há mais de dois anos, que nos empanturram com informações científicas consistentes umas, contraditórias e fantasistas, outras. E não há maneira de acabar com tanta a verborreia, muitas vezes mais destinada a entreter o pagode e a distrair os cidadãos ingénuos do que a clarificar os problemas e esclarecer às pessoas ávidas de saber o que realmente se está a passar. É já tempo de tirar conclusões: há ou não há vontade de uma vez por todas, acabar com discussões e palavreado inútil e fazer o que deve ser feito, isto é, limpar o que ficou sujo e chamar à responsabilidade os poluidores que deixaram a casa suja e puseram-se a andar sem mais justificações. Houve quem dissesse, ouvimo-lo numprograma da Antena 1- Açores, que os norte-mericanos predispuseram-se a proceder à descontaminação hoje tão badalada, mas as autoridades portuguesas não tinham aceitado tal desiderato dos nossos hóspedes. Sobre isto não vi nem ouvi qualquer desmentido. (Trata-se de pessoa amiga, idónea e conhecedora por quem tenho muito apreço). Qualquer arrendatário sabe, tal como o senhorio, que lhe cedeu por via contratual, um espaço para ele residir, que aquele ao abandonar o alojamento tem de entregá-lo nas suas devidas condições. Caso haja PUB

Após tantos estudos e polémicas e controvérsias acesas entre especialistas e institutos, parece que, finalmente , os argumentos trazidos a público quer pelo professor e investigador da Universidade dos Açores, António Félix Rodrigues, quer pelo engenheiro e deputado pelos Açores à Assembleia da República, António Ventura, começaram a agitar o interior das hostes partidárias, até agora pouco despertas para a gravidade e alastramento da situação que se regista na Ilha Terceira, e tão preocupante nos solos e aquíferos. As suas causas e respectivas consequências têm de ser bem avaliadas e monitorizadas com a maior frequência ou «continuamente durante dez anos», como refere o partido ecologista «Os Verdes». A questão em apreço é muito mais grave, porque o território contaminado situa-se num espaço insular pequeno e muito frágil. Os técnicos e os responsáveis governamentais não podem descurar e protelar, por mais tempo, a necessária dessa descontaminação. Exige-se que esta seja concreta, imediata e completa, e se estenda a todas as zonas contaminadas, sem olhar aos custos financeiros, porque aqui estão em risco muitas vidas. E com a saúde não se brinca por ela ser demasiado preciosa, o maior bem do ser humano. Dos quatro partidos, a proposta mais satisfatória para mim é a do Bloco de Esquerda. Este preconiza a descontaminação nas várias frentes, indo até ao perigo radioactivo, exigindo um «estudo radiológico para identificação de partículas Alfa,

Raio-X e Gama à superfície do solo e em áres intervencionadas desde 1 de fevereiro de 1968, no Pico Careca e paióis do Cabrito, da Caldeira Guilherme Moniz, Quatro Ribeiras, Agualva, Vila Nova, Lajes, Fontinhas, cidade da Praia da Vitória, Barraca, Caldeira das Lajes, Serra das Quatro Ribeiras, Serra do Cume e Base Aérea nº 4». Insiste também na «remoção dos solos contaminados com chumbo resultante dos tanques do Pico Celeiro, realização de malhas de sondagem, descontaminação dos solos e inativação da captação de água a jusante e tratamento por nano-filtragem/osmose inversa». Estas exigências justificam-se totalmente, porque os casos de cancro no concelho da Praia da Vitória vêm registando taxas anormais e preocupantes no contexto do arquipélago e a nível do País. Eu conheço mesmo pessoas que vão buscar água para consumo fora do concelho praiense, apesar das garantias dadas pelas autoridades concelhias, como potável e em boas condições para ser bebida. Seja como for, é preciso afastar suspeições e a propagação de boatos e a melhor forma de resolver todo este imbróglio, que atinge agora os habitantes do Ramo Grande e num futuro, directa ou indirectamente, todos os habitantes da Terceira. Para evitar tais malefícios, é urgente e necessário que a sociedade civil saia do marasmo, e do comodismo do sofá e participe empenhadamente na causa comum e defesa da nossa vida e do futuro dos nossos filhos e netos. Não se tenha ilusões nem se embandeire em arco. Nesta Ilha de Jesus, tudo o que se tem construído é sempre a passo de caracol. As promessas são feitas e desfeitas, ou adiadas para as calendas gregas, com a maior facilidade e rapidez. Já muitos perceberam que o motivo é

o conformismo e a crónica distracção dos Terceirenses cada vez mais amorfos e indiferentes aos seus mais candentes problemas. E o da contaminação dos nossos solos e aquíferos, donde vem a fonte da vida, é o mais grave de todos. Será que alguns deles esperam que lhes tragam a travessa recheada em troca de nada, sem trabalho, protesto público e indignação quando isso for preciso? Talvez pensem ser obrigação apenas dos governantes empenharem-se no desenvolvimento e defesa da ilha. Estão muito enganados se assim procedem, mesmo tendo o Governo Regional actual cinco Secretários Regionais oriundos da Ilha Terceira. Os votantes eleitores devem observar as suas actuações e as medidas propostas em prol da ilha pela qual foram candidatos a deputados e lembrarem-se que eles têm a seu cargo não apenas a ilha de São Miguel, onde está o presidente do governo, mas um arquipélago de nove ilhas com os seus problemas próprios e um medíocre desenvolvimento, notando-se assimetrias cada vez mais gritantes e conducentes ao maior despovoamento das mesmas. O hediondo e execrável centralismo tem as suas teias e seduções. Há políticos ávidos de protagonismo e regalias aliciantes que se deixam enredar, esquecendo aqueles em nome dos quais foram eleitos para deputados. E como tenho afirmado e escrito, vezes sem fim, eles são procuradores dos eleitores (como mostram e prometem muito simpaticamente nas campanhas, batendo-lhes no ombro) e não senhores feudais arrogantes, como temos conhecido alguns. A lista tende a alastrar e não a diminuir como é desejável, para melhor podermos avaliar a sua prestação de serviço ao povo que os sufragou.


JP | OPINIÃO

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DE FÉRIAS NA TERCEIRA: VISITA A ANGRA A primeira coisa que chamou a minha atenção foi o monumento ao V Centenário do Povoamento da Terceira (1432-1932): estava em obras; melhor, tinha as obras de restauro paradas.

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Silveira de Brito

estas férias na Terceira em 2017, concretizando um sonho de longa data de minha mulher e meu de visitarmos a minha terra na companhia dos filhos, noras e netos, resolvemos passar um dia juntos em Angra do Heroísmo, com a intenção de mostrar a Cidade. Para isso convidei para nos acompanhar o meu amigo de infância Francisco Ferreira, Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória. Com este convite, por um lado, aproveitaria o tempo para estarmos juntos e pormos a conversa em dia; por outro, o Francisco, com o vasto conhecimento que tem da Ilha e do Arquipélago, completaria a informação sobre o que iríamos ver, e os meus ficariam a conhecer mais de perto um amigo meu residente na Terceira. Como iríamos para Angra em mais de um carro, combinámos que nos encontraríamos na Memória. A última vez que lá tinha estado, depois de ter vindo para o Continente, foi em 1977, quando pela primeira vez fui de férias à Terceira. Não sei porquê, talvez por falta de tempo ou por dificuldades no estacionamento, os circuitos da Nortravel - fiz dois - não contemplam a visita a este ponto da cidade. Aliás, não se chega a estar na Terceira 48 horas, pelo que muita coisa fica por ver. É por estas e por outras que o meu amigo Mário Rego, excelente guia, diz que o ideal é visitar os Açores num dos circuitos propostos pelos operadores turísticos, para se ficar com alguns pontos de referência, e, depois, regressar por sua conta e risco. Tem toda a razão! Até porque nenhum dos circuitos propostos pela Nortravel, por exemplo, inclui visitas às ilhas Santa Maria, Graciosa e São Jorge, embora os programas digam que há a hipótese de visitar esta última ilha a partir do Faial, o que nunca consegui. No primeiro, em 2012, foi dito que não havia interessados em número suficiente para organizar a viagem; no segundo, a justificação foi uma avaria no barco que faria a ligação. Tive imensa pena, porque tinha uma vontade imensa de regressar às Velas. Antes de entrar no Seminário Padre Damião, em 1958, tinha tocado PUB

na Filarmónica União Praiense. Em 1962 a Filarmónica foi tocar às Festa do Bom Jesus, a São Mateus, Pico, e, como estava de férias, fui convidado a ir como músico. A lancha Espalamaca foi buscar-nos à Praia da Vitória. Na viagem do Pico para a Terceira, parámos nas Velas, onde ficámos de um dia para o outro; à noite demos um concerto no Jardim, era regente a maestrina Miss Zabilka, professora de música na High School da Base Americana. A recepção que nos fizeram à chegada foi marcada pela hospitalidade que sempre ouvi dizer ser apanágio das pessoas da Vila das Velas. Mas estávamos a falar do passeio a Angra com os meus. Quando todos chegaram, subimos para a plataforma quadrada onde assenta o obelisco erigido no século XIX, comemorativo da passagem de Dom Pedro IV pela Terceira, quando das Lutas Liberais, monumento de uma singeleza tocante, pintado a branco e ocre, como sempre o conheci. Aproveitei para lembrar à minha gente a importância de Ilha nas Lutas Liberais, o apoio da Terceira à Causa e o impacto que teve na Cidade a presença do Exército Liberal. Apreciámos a vista: o Jardim, a nossos pés, com uma flora riquíssima; falei da existência do grande tanque, cuja bica sai da boca de uma estátua, conhecida pelo “Preto”, e da referência que se fazia no meu tempo para o que ele teria para contar, caso falasse. Chamei a atenção para a baía e a sua disposição, que permite abrigar os barcos desde que as tempestades não tenham vento de Sul ou Sudoeste, o famoso “vento carpinteiro”, que antigamente provocou vários naufrágios. Lembrei a importância do porto como ponto de escala das armadas da Carreira da Índia no regresso a Lisboa, e o impacto que isso teve no desenvolvimento da cidade. Apontei para o Monte Brasil, onde iríamos depois, com a enorme Fortaleza de São João Baptista, mandada construir por Filipe II, de Espanha, que, em conjugação com o Forte de São Sebastião, conhecido também pelo “Castelinho”, fazia a defesa da baía. Reparámos na Sé Episcopal, com as suas torres, e na Igreja do antigo Colégio dos jesuítas, começada a construir em 1636. Referi que a Companhia tinha tido mais dois colégios na Região, o da Horta e o de Ponta Delgada, que tiveram uma influência enorme na vida cultural do arquipélago. Chamei a atenção para o número significativo de casas cujos telhados tinham telha nova, explicando que o facto se devia ao grande sismo de 1 de Janeiro de 1980, que praticamente tinha arra-

sado toda a cidade. Terminadas as minhas explicações, os meus filhos e noras viraram-se para o Francisco Ferreira e fartaram-se de fazer perguntas sobre a História das ilhas, os usos e costumes. Depois das fotografias para recordação, seguimos viagem. Descemos à Praça Velha, subimos a Rua da Sé, no Alto das Covas virámos à esquerda para o Monte Brasil e fomos direitinhos ao Pico das Cruzinhas. A primeira coisa que chamou a minha atenção foi o monumento ao V Centenário do Povoamento da Terceira (1432-1932): estava em obras; melhor, tinha as obras de restauro paradas. Os degraus estavam desfeitos, havia pranchas que permitiam um acesso bastante precário ao terraço onde assenta o monumento; uma tristeza. Dei comigo a perguntar-me: “Como se explica que estas obras de requalificação estejam a ser feitas em pleno mês de Agosto, altura do ano em que há mais visitantes na Terceira? Quem é responsável por este género de intervenções não saberá que é necessário planear?” Refeito da surpresa das obras, chamei a atenção dos meus para a esplendida vista da cidade e de todo o Sul da Ilha. Mais uma vez, mas agora de outro ângulo, a Sé, a Igreja do Colégio, a baía, o Porte de Pipas, a Marina, o Cais de Angra, onde embarquei para o Continente em Agosto de 1964. Do outro lado do Monte Brasil, para Poente, a baía do Fanal e o hotel “Terceira Mar”, para mim a melhor da Ilha; São Carlos, e ao fundo, com a sua igreja de torres bem altas, São Mateus da Calheta, de onde era natural minha avó materna. Não deixei de ficar chocado, mais uma vez, com o “Hotel Marina”, pendurado no “Cantagalo”; como foi possível permitir aquela construção? Ainda me lembrei de uma vez que lá fiquei, uma estadia memorável por más razões que ainda hei-de contar um dia. Mais longe, agora para Nascente, em frente ao Porto Judeu, o Ilhéu das Cabras, uma estátua a nossa solidão, no dizer de Vitorino Nemésio. Demos, depois, uma volta pelo Monte Brasil, vimos as anti-aéreas da Segunda Guerra, que lá estão para memória, e, como eram horas, encaminhámo-nos para a cidade, para a Adega Lusitânia, onde gosto de ir.. À entrada lembrei-me do jantar integrado no circuito que fiz em 2014. Fazia parte do programa a apresentação de um grupo de música tradicional da Terceira. (Na minha passagem, em 2012, tinha lá estado um grupo excelente, Gru-

po Folclórico “Os Bravos”). Na altura decorria o COFIT (Festival Internacional de Folclore dos Açores) e o grupo que foi ao Restaurante apresentou-se bastante desfalcado; aliás, o viola, muito honestamente, pediu desculpa por isso mesmo. Naquele grupo da Nortravel, eu devia ser o único terceirense, e, talvez por isso, bem vi as limitações. Em determinada altura, muito discretamente, fiz chegar ao responsável um pedido: se podiam cantar a “Tirana”, moda de que gosto muito. A resposta veio clara: não tinham condições para isso. Para preencher o tempo, cantaram umas “Velhas” que nunca mais acabavam, mas que foram animando as pessoas e ajudando a passar o tempo de actuação, apesar de não serem tão pesadas como as que ouvi ao Alvarinho Pinheiro, na minha ida à Terceira em 1977, no restaurante que na época havia junto às “Nove Ilhas”, no Cabo da Praia. A minha mãe costumava dizer que no tempo dela só se cantavam as “Velhas” “depois da gente de bem se ir embora”, mas hoje as pessoas são mais desinibidas, e a 2 de Junho do ano passado, na presença do senhor Presidente da República, com o senhor Bispo de Angra na primeira fila, o grupo “Myrica Faia” cantou uma “Velhas”, a finalizar a primeira parte do espectáculo, comemorativa da visita presidencial, na Praça Velha. Prevenindo-se antes de começar, o porta-voz do grupo disse: “Senhor Presidente, com sua licença, desculpe qualquer coisinha!”, e arrancaram com as “Velhas”! (https://www.youtube.com/watch?v=uIQgWrLsONU). E já agora: nesse espactáculo, na entrada da segunda parte (https://www.youtube. com/watch?v=pp3BqNsIxnI), a Filarmónica do Porto Judeu acompanhou uns “Olhos Pretos” cantados por quatro solistas que, merecida e longamente, foram aplaudidos de pé. Foi, de facto, uma actuação extraordinária. Voltando ao passeio a Angra, o resto do dia foi para passear pelo centro da Cidade: Pátio da Alfândega, para ver, entre outras coisas, a estátua do Vasco da Gama; o interior da Igreja da Misericórdia, e procurar a pedra que desceu um pouco no arco, quando do sismo de 1980; a Rua Direito, com o “Basílio Simões”; a Praça Velha e o Jardim Duque da Terceira, onde tantas vezes fui com a minha mãe no início dos anos 50, enquanto esperávamos a hora da camionete para regressarmos à Praia. Angra continua linda, bem arranjada, a convidar-nos a passear. Aproveitámos bem o dia, mas muita coisa ficou por ver, à espera de melhor oportunidade. •


2018.03.02

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INFORMAÇÃO | JP MISSAS DOMINICAIS NO CONCELHO

SÁBADOS

FUTEBOL

CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE “D”

23.ª JORNADA | 04.03.2018 Vilafranquense

-

Mafra

1º Dezembro

-

Lusitânia

Caldas

-

Torreense

SC Praiense

-

Eléctrico

Alcanenense

-

Fátima

Guadalupe

-

Sintrense

Pêro Pinheiro

-

Sacavenense

Loures

-

Coruchense

24.ª JORNADA | 11.03.2018

(*)

Lusitânia

-

Vilafranquense

Torreense

-

1º Dezembro

Caldas

-

Loures

Mafra

-

SC Praiense

Eléctrico

-

Alcanenense

Guadalupe

-

Sacavenense

Fátima

-

Pêro Pinheiro

Sintrense

-

Coruchense

HOJE (02/03)

- Lajes - Fontinhas (1) - Casa da Ribeira - Cabo da Praia - Matriz Sta. Cruz - Vila Nova - Fontinhas (2) - São Brás - Porto Martins - Sta Luzia, BNS Fátima - Quatro Ribeiras - Lajes - Agualva - Santa Rita - Fonte do Bastardo - Biscoitos, IC Maria (3) - Biscoitos - São Pedro (4) (1) Enquanto há catequese (2) Quando não há catequese (3) 1.º e 2.º sábados (4) 3.º e 4.º sábados 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 17:30 18:00 18:00 18:00 18:00 18:00 19:00 19:00 19:00 19:00 19:30 19:30

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

HOJE (02/03) FESTIVAL DE GASTRONOMIA 9.ª EDIÇÃO - SABORES DA INOVAÇÃO TERCEIRA BEST FOOD AWARDS” Local: Restaurantes aderentes Hora: Almoço e jantar Promovido pela Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, decorre até 25 de março. Os restaurantes aderentes disponibilizam uma ementa especial pelo valor de 14 euros, composta por: entrada, 1 prato principal (carne, peixe ou saudável) e sobremesa. Além destes menus, os restaurantes terão, também, um menu criança, por 6 euros,composto por um prato principal e uma sobremesa.

(*)

- Jogo em atraso da 9.ª jornada. O jogo da 24.ª jornada foi antecipado para 01 de novembro, com o Sacavenense a receber e a vencer os graciosenses por 1-0.

CAMPEONATO FUTEBOL DOS AÇORES II FASE GRUPO “A” - PROMOÇÃO

2.ª JORNADA | 04.03.2018 CD Rabo Peixe

-

SC Angrense

Prainha FC

-

Marítimo Gra.

3.ª JORNADA | 11.03.2018 Marítimo Gra.

-

CD Rabo Peixe

SC Angrense

-

GD Fontinhas

GRUPO “B” - MANUTENÇÃO

2.ª JORNADA | 04.03.2018

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

DOMINGO (04/03)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

SEGUNDA (05/03)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

TERÇA (06/03)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

QUARTA (07/03)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGOS

- São Brás - Vila Nova, ENS Ajuda - Lajes, Ermida Cabouco - Cabo da Praia (1) - Biscoitos, S Pedro - Agualva - Casa Ribeira (1) - Santa Rita - Lajes - São Brás - Cabo da Praia (2) - Porto Martins - Casa da Ribeira (2) - Biscoitos, IC Maria - Vila Nova - Fontinhas - Matriz Sta. Cruz (1) - Quatro Ribeiras - Sta Luzia - Fonte Bastardo - Matriz Sta. Cruz (2) - Lajes, ES Santiago - Lajes - Matriz Sta. Cruz (3) - Matriz Sta. Cruz (4)) (1) Missas com coroação (2) Missas sem coroação (3) De outubro a junho (4) De julho a setembro

SÁBADO (03/03)

08:30 09:00 10:00 10:00 10:00 10:30 10:30 10:30 11:00 11:00 11:00 11:00 11:00 11:00 12:00 12:00 12:00 12:00 12:00 12:15 12:30 13:00 19:00 19:00 20:00

QUINTA (08/03)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

DOMINGO (04/03)

SEXTA (09/03)

CONCERTO ANGRA COM VIDA RUI MASSENA Local: Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Hora: 21H30

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

SÁBADO (10/03)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGO (11/03)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

SEGUNDA (12/03)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

TERÇA (13/03)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

QUARTA (14/03)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

FC Vale Formoso

-

CD São Roque

QUINTA (15/03)

FC Flamengos

-

CU Micaelense

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

3.ª JORNADA | 11.03.2018 CU Micaelense

-

FC Vale Formoso

CD São Roque

-

SC Vilanovense

ASSINE

CAMPEONATO FUTEBOL DA ILHA TERCEIRA 13.ª JORNADA | 04.03.2018 -

Marítimos

NSIT

-

Lajense

Boavista

-

Barreiro

São Mateus

QUINTA-FEIRA (08/03)

BISCOITOS

CINEMA CICLO: “O OUTRO LADO DO CINEMA” SOL DE CHUMBO Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 21H00

Posto da Misericórdia ( 295 908 315 SEG a SEX: 09:00-13:00 / 13:00-18:00 SÁB: 09:00-12:00 / 13:00-17:00

VILA DAS LAJES Farmácia Andrade Rua Dr. Adriano Paim, 142-A ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-18:30 SÁB: 09:00-12:30

14.ª JORNADA | 11.03.2018 Marítimos

-

Barreiro

VILA NOVA

Lajense

-

São Mateus

Farmácia Andrade

NSIT

-

Boavista

ASSINATURA ANUAL 15,00 EUR

desporto@jornaldapraia.com

assinaturas@jornaldapraia.com

Nota Editorial Esteja na nossa “Agenda Cultural”, envie toda a informação para: noticias@jornaldapraia.com.

Caminho Abrigada ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-12:00 / 16:00-18:00 Farmácias de serviço na cidade da Praia da Vitória, atualizadas diáriamente, em: www.jornaldapraia.com


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