Jornal da Praia | 0515 | 16.02.2018

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QUINZENA

16.02 A 01.03.2018 Diretor: Sebastião Lima Diretor-Adjunto: Francisco Ferreira

Nº: 515 | Ano: XXXV | 2018.02.16 | € 1,00

QUINZENÁRIO ILHÉU - RUA CIDADE DE ARTESIA - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA - ILHA TERCEIRA - AÇORES

BA4: ANO

www.jornaldapraia.com

MOVIMENTO DE

CRUZEIROS NO PORTO DA PRAIA DA VITÓRIA

REVISTO EM NÚMEROS Da autoria do Coronel Piloto Aviador, César Rodrigues, Comadante da Base Aéra n.º 4, este articulado, relata estatísticamente a atividade desenvolvida por esta importante infraestrutura militar, no ano de 2017, onde se destaca as operações de socorro e transporte de doentes. DEFESA | P. 5

Em 2017, a Praia da Vitória recebeu 18 escalas de navios de turismo, movimentando 26.080 pessoas entre passageiros e tripulantes, um crescimento de 91% em relação a 2016. DESTAQUE | P. 8 E 9

EXECUTIVO MUNICIPAL REÚNE NAS FREGUESIAS NO CONCELHO | P. 3

ADRE PRAIENSE NA CORRIDA DE ACESSO À I DIVISÃO DE VOLEIBOL EM SENIORES FEMININOS DESPORTO | P. 10 E 11

C.G. DEPÓSITOS MONSENHOR

FRANCISCO CAETANO TOMÁS

Pereceu no passado dia 25 de janeiro, um dos mais ínclitos cidadãos açorianos das últimas décadas. Florentino de naturalidade, foi na Terceira que “semeou” o seu eclético saber por várias escolas. EDITORIAL & OPINIÃO | P. 12 E 13

AUMENTA COMISSÕES EM ABRIL Novos preços cobram um euro pelos levantamentos ao balcão com caderneta. Banco público justifica aumento com a necessidade de convergir valor das comissões com os demais concorrentes. ECONOMIA | P. 7

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JP | CANTO DO TEREZINHA / CARTOON

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CONTA MIN AÇÃO Num desses dias um repórter de Canto do Terezinha, depois de se desviar de um carro na Rua de Jesus para não ser atropelado, artéria supostamente fechada ao trânsito, acabou inadvertidamente por ouvir uma conversa entre dois praienses ex-empregados na Base. – Ó Manel, a Base já nã é o que éra, agora é só conta mim ação... – Conta mim ação!? É ome mas que rai de conversa é essa? – Ó Manel, eu nã sei explicar lá muito

bem, mas nã se fala noutra coisa. É conta mim ação na talavisão, na rádio e até no papel do jornal, ó que me dizem, que eu leio pouco ou nada... – Lês pouco!!! ora essa, mas tu não sabias ler! – Pois, por isso é que eu disse pouco ou nada, ou já viste algum anal fabeto ler muito e tudo? – Mas é verdade, há até um Sr. Dr. de Angra que fala na talavisão sobre tudo, que diz que a conta mim ação da Base é uma coisa muito perigosa para um tal saúde pública.

– Ó atalamado, isto é a contaminação dos solos e aquíferos por metais pesados devido aos americanos da Base. – Nã sei se é como dizes! Louvado Seja Deus, mas os americanos já cá estão há muitos anos e se fosse assim, esta tal conta mim ação ou lá como dizes, já existia no nosso tempo e agente nunca ouviu falar em nada disso. – Ó ome cala-te. Na altura, todos iam às compras ao BX.

FICHA TÉCNICA PROPRIETÁRIO: Grupo de Amigos da Praia (Associação Cultural sem fins lucrativos NIF: 512014914), Fundado em 26 de Março de 1982 REGISTO NO ICS: 108635 FUNDAÇÃO: 29 de Abríl de 1982 ENDEREÇO POSTAL: Rua Cidade de Artesia, Santa Cruz, Apartado 45 - 9760-586 PRAIA DA VITÓRIA, Ilha Terceira - Açores - Portugal TEL: 295 704 888 DIRETOR: Sebastião Lima (diretor@jornaldapraia.com) DIRETOR ADJUNTO: Francisco Jorge Ferreira ANTIGOS DIRETORES: João Ornelas do Rêgo; Paulina Oliveira; Cota Moniz CHEFE DE REDAÇÃO: Sebastião Lima COORDENADOR DE EDIÇÃO: Francisco Soares, CO-1656 (editor@jornaldapraia.com) REDAÇÃO/EDIÇÃO: Grupo de Amigos da Praia (noticias@jornaldapraia.com; desporto@jornaldapraia.com); Elvira Mendes; Rui Sousa JP - ONLINE: Francisco Soares (multimedia@jornaldapraia.com) COLABORADORES: António Neves Leal; Aurélio Pamplona; Emanuel Areias; Francisco Miguel Nogueira; Francisco Silveirinha; José H. S. Brito; José Ventura; Nuno Silveira; Rodrigo Pereira PAGINAÇÃO: Francisco Soares DESENHO NO CABEÇALHO: Ramiro Botelho ADMINISTRAÇÃO José Miguel Silva (administracao@jornaldapraia.com) SECRETARIADO E PUBLICIDADE: Eulália Leal (publicidade@jornaldapraia.com) LOGÍSTICA: Jorge Borba IMPRESSÃO: Funchalense - Empresa Gráfica, S.A. - Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, 50 Morelena - 2715-029 PÊRO PINHEIRO ASSINATURAS: 15,00 EUR / Ano - Taxa Paga - Praia da Vitória - Região Autónoma dos Açores TIRAGEM POR EDIÇÃO: 1 500 Exemplares DEPÓSITO LEGAL: DL N.º 403003/15 ESTATUTO EDITORIAL: Disponível na internet em www.jornaldapraia.com NOTA EDITORIAL: As opiniões expressas em artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal e do seu diretor.

Taxa Paga – AVENÇA Publicações periódicas Praia da Vitória


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NO CONCELHO | JP

PRESIDÊNCIA ABERTA NAS FREGUESIAS

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o âmbito da iniciativa “Presidência Aberta às Freguesias do Concelho”, o Executivo da Câmara Municipal da Praia da Vitória, está a realizar um périplo pelas 10 freguesias e vila do Concelho praiense. Com esta ação, o executivo liderado por Tibério Dinis, pretende reforçar a proximidade entre a autarquia e a comunidade, assim como integrar-se, “in loco”, das principais problemáticas inerentes a cada uma das 11 comunidades locais. PUB

TURISTAS NA MATRIZ

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mês. A primeira visita ocorreu no passado dia 29 de janeiro, na freguesia da Agualva, estendendo-se às restantes freguesias, pela ordem alfabética da sua designação toponímica. As visitas ocorrem no dia da reunião ordinária pública da Câmara Municipal, as quais, com periodicidade quinzenal, efetuam-se às segundas-feiras, sendo a reunião pública a respeitante à ultima reunião de cada

ados recentemente divulgados pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, indicam que no segundo de semestre de 2017, a igreja Matriz da Praia da Vitória foi visitada por 10.076 turistas, 5.056 de nacionalidade portuguesa e 5.020 estrangeiros.

A próxima reunião camarária fora do Salão Nobre dos Paços do Concelho, decorrerá a 26 deste mês na freguesia dos Biscoitos, seguindo reuniões a 26 de março, a 23 de abril, a 22 de maio, a 18 de junho, a 16 julho, a 27 de agosto, a 24 de setembro, a 22 de outubro, terminando a 19 de Segundo Tiago Ormonde, vereador novembro na freguesia da Vila Nova. da autarquia praiense com o pelouro do Turismo, os números “resultam JP• de uma parceria estabelecida entre o Município e a Diocese de Angra do Heroísmo”, através da qual, a Câmara Municipal disponibiliza desde de junho de 2017 um colaborador, permitindo a abertura da Matriz para visitas do público de segunda-feira a sábado. ma parceria entre a Câmara Este colaborador garante não só, a viMunicipal da Praia da Vitória gilância do espaço, como presta todo e o Cine-Clube da Ilha Tercei- apoio aos visitantes. ra, traz à grande tela do Auditório do Ramo Grande até junho, filmes de Satisfeito com os números divulgaqualidade que passam à margem do dos, Tiago Ormonde, salienta que a circuito comercial. iniciativa insere-se na visão da autarquia para o setor do turismo e anunA iniciativa, destinada a diversificar cia a intensão de alargar este tipo de a oferta cultural do burgo praiense parcerias a outras entidades no sentipretende ainda fomentar o gosto dos do de reforçar a oferta turística e com mais novos pelo chamado cinema al- isso potenciar maior empo de permaternativo e, nesse sentido, as entra- nência no concelho. das são gratuitas para os menores de 18 anos. Para já está no horizonte da autarquia estabelecer semelhante coopeNo âmbito desta cooperação inseri- ração com a Santa Casa da Misericórda no ciclo o “Outro Lado do Cinema”, dia da Praia da Vitória no sentido de depois da exibição a 25 de janeiro da permitir a visitação da Igreja da Misepelícula “A escolha do Rei”, segue-se ricórdia. JP • a 22 de fevereiro, o filme “Uma Guerra”, a 08 de março, “Sol de Chumbo”, a 12 de abril, “A minha vida courgette”, a 10 de maio, “Deus branco”, encerrando o ciclo a 14 de junho, com a exibição da fita “O olhar do silêncio”. JP• 24 de fevereiro, sábado, pelas 21h00, os músicos da Filarmónica União Praiense (FUP) sobem ao palco do Auditório do Ramo Grande para o seu primeiro concerto do ano de 2018. ibério Dinis, presidente do Município da Praia da Vitória, Fundada a 20 de março de 1904, a considera que a “Ilha Terceira FUP comemora no próximo mês 114 precisa urgentemente de uma solu- anos de existência. Ao longo de todos ção para o turismo de cruzeiros e que estes anos, esta que é a única filarmóessa solução reside na Praia da Vitó- nica da cidade, assumiu um papel de ria, sendo mais viável e rápida de im- enorme relevância no contexto da fiplementar”. larmonia regional, tendo participado na EXPO 98 e em outros eventos de A ideia foi defendida em discurso nível nacional. na “Conferência do Mar”, que a 26 de janeiro, debateu, na Academia de JuUm dos pontos altos do vasto histoventude e das artes da Ilha Terceira, rial da FUP, ocorreu no ano de 2014, por iniciativa da Câmara de Comércio com a realização de dois concertos, de Angra do Heroísmo, a importância denominado “Canto Livre”, que esgode promover estratégias que poten- tou a lotação do Auditório do Ramo ciem o valor geoestratégica da ilha Grande por ocasião das comemoraTerceira, englobada no ciclo de deba- ções dos 40 ano do 25 de abril. Inspites “Competitividade e Cooperação”. rado neste concerto, mas com novo alinhamento e arranjos foi apresentaNa ocasião, o autarca saudou ainda do a 24 de abril de 2017, o concerto a posição da Câmara de Angra, assu- “Cantar Abril”, que juntou no mesmo mida na abertura do fórum, que mani- palco, a irreverência da juventude e festou-se favorável com a localização a serenidade da experiência, constido cais de cruzeiros da ilha Terceira na tuindo mais um momento memorável baía da Praia da Vitória. desta centenária instituição.

CINEMA DE CULTO NO ARG

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CONCERTO DA FUP

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TERMINAL DE CRUZEIROS

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JP | HISTÓRIA

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A PRESENÇA ALIADA NA ILHA TERCEIRA DURANTE A II GUERRA (algumas notas da palestra)

HISTORIADOR: FRANCISCO MIGUEL NOGUEIRIA

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este ano de 2018 vão-se completar 75 anos do Acordo dos Açores (17 de agosto de 1943) e, por conseguinte, da chegada de estrangeiros para as obras da Base das Lajes. O período da presença aliada, sobretudo britânica, foi marcado por uma fase de novidades e mudanças no modus vivendi da população, não só a nível económico, mas também das mentalidades, da sociedade e, claro, da cultura terceirense. Na madrugada de 8 de outubro de 1943, uma sexta-feira, três milhares de militares britânicos chegaram a Angra do Heroísmo. A população terceirense foi apanhada de surpresa pela chegada dos estrangeiros, contudo as ordens superiores, que ditavam a obrigação de ajuda no desembarque, foram cumpridas “à risca”. Desembarcaram, no Porto de Pipas, 20 mil toneladas de material para o Aeródromo das Lajes. Dias depois começavam as obras na pista, mas as sucessivas necessidades de ampliação, levaram o Governo britânico a pedir a Oliveira Salazar o envolvimento norte-americano no arquipélago. Em janeiro de 1944, os norte-americanos desembarcaram na Terceira, não como militares, mas como técnicos especializados, uma imposição do Presidente do Conselho de Ministros português. Os EUA tinham ambições maiores e pediram, também, a concessão de facilidades nos Açores, neste caso, em Santa Maria. O Acordo foi assinado a 28 de novembro de 1944, após um longo e difícil processo de negociação. A interação com os locais permitiu PUB

aos britânicos envolverem-se na vida social da Ilha, participando em várias festas, convivendo alegremente com os terceirenses. O incentivo britânico ao futebol e ao atletismo permitiu a realização de jogos entre locais e estrangeiros, assim como torneios e, com isso, implantar o desporto na Ilha. Os britânicos cedo se aperceberam que os locais jogavam bem futebol e foram muitas vezes derrotados. Essa situação feriu o orgulho dos britânicos, que mandaram vir para a Terceira 3 (outros dizem 4) jogadores da seleção inglesa. Os estrangeiros chegavam a comer nas mesas do Espírito Santo e participavam nas touradas à corda. Houve também troca de conhecimento, de técnicas e de processos no campo científico, sobretudo na meteorologia e nas artes, em que participaram figuras relevantes no meio terceirense, como os casos de José Agostinho e de Maduro Dias. Durante este período ouviram-se os primeiros acordes de Jazz na Ilha, tocados essencialmente no Café Royal e no Café Atlântico. Os britânicos criaram ainda uma sala de cinema no Acampamento nas Lajes, mas o teatro Angrense exibia na mesma semanalmente filmes, quer fossem americanos, quer portugueses (em 1944, a maioria dos filmes americanos apresentados no Teatro Angrense eram datados de 1941). A relação também teve aspetos negativos. Os britânicos estavam proibidos de participar nos bailes locais, mas “incentivados” pelo abuso do whisky, apareciam e tentavam dançar com as jovens, o que originou várias cenas de confronto. Criou-se a 1ª polícia militar em Portugal para supervisionar a situação. Para o recolhimento dos embriagados foram criadas as chamadas “brigadas de salvamento”, que recolhiam os militares embriagados pela Ilha fora. A “má-língua” apelidava essas viaturas das “camionetas dos cães”. Foram muitos os portu-

gueses que fizeram parte destas “brigadas”, principalmente porque levar estes militares de volta para o Aeródromo, era sinal de que recebiam uma recompensa, um chá quente e umas bolachas, bens que grande parte da população não possuía. Com a construção de tabernas, ao longo da estrada Praia-Lajes, muitas casas de prostituição surgiram aí, pois era a solução encontrada para evitar a aproximação dos britânicos às mulheres locais. Contudo, foi preciso criar um calendário: “Segundas e Quintas-feiras para as liberdades amorosas dos britânicos, Terças e Sextas para os americanos e Quartas e Sábados para os portugueses, o Domingo era dia de penitência para todos”. Houve também um surto de crimes de furto, bidons, botas, etc, mas estes não eram censurados pelas autoridades portuguesas devido à miséria pela qual passava a população terceirense. Cândido Pamplona Forjaz conta-nos nas suas Memórias uma história que reflete esta situação: “uma noite um dos gatunos em ação avistou pela fenda que separava a tenda (iluminada) do terreno – um soberbo par de botas e logo nele viu presa fácil. Deitou mão por essa fenda para puxar as sedutoras botas mas, com grande surpresa sua, elas não cederam: eram de um soldado que, de pé e imóvel, fazia a barba”. Os terceirenses festejaram a vitória aliada na Guerra e as principais figuras britânicas abandonaram a Ilha, pois a ordem do Governo inglês era para regressarem ao seu país, porém a concessão de facilidades era muito importante para os EUA, que atrasaram a saída britânica da Ilha, enquanto tentavam “convencer” Salazar da importância da permanência norte-americana nos Açores. A Inglaterra conseguiu, então, promover uma aproximação entre Portugal e EUA. No final da Guerra, os terceirenses estavam descontentes com o facto

das indemnizações, por terem visto as suas terras na zona das Lajes expropriadas, não terem sido ainda pagas pelo Estado. E para piorar, a notícia que o Aeródromo das Lajes seria apenas utilizado para a aviação militar, veio reacender os ânimos terceirenses. Os locais só pensavam na perda de terras, de dinheiro e de trabalho por causa das obras da pista das Lajes. A contestação popular foi forte. Salazar resolveu a situação, trazendo os norte-americanos de Santa Maria para a Base das Lajes, onde estão até hoje ininterruptamente. A 6 de outubro de 1946, os britânicos saíram definitivamente da Terceira. O impacto da presença britânica na Terceira é visível, diretamente nas obras do Aeródromo, Porto militar da Praia, na Aldeia Novas das Lajes e no Juncal, e indiretamente na mentalidade dos terceirenses, sobretudo na sua relação com o desporto e no surgimento de palavras novas. Os problemas com os britânicos influenciaram indelevelmente a relação posterior com os norte-americanos, apesar destes terem tentado manter-se afastados de problemas, pois a relação delicada e difícil entre Salazar e os EUA, não permitia grandes controvérsias e os norte-americanos sabiam disso. Atualmente, o estudo da presença britânica tem sido relegado para segundo plano, sobretudo devido à importância que a Base das Lajes teve para os EUA durante a segunda metade do século XX. Há uma certa inferiorização no papel que os britânicos desempenharam na Terceira, o que não pode, nem deve acontecer, pois a concessão de facilidades à Inglaterra foi o prolongamento da “velha aliança” de 1373 e é um retrato vivo das nossas Relações Internacionais e um “pequeno” grande contributo da Terceira para a História Mundial.


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DEFESA | JP

BASE AÉREA N.º 4

ANO DE 12.339 Pedidos recebidos para que

a Unidade militar fosse designada como aeroporto alternante de voos da aviação civil.

EM NÚMEROS Em 2017, aeronaves da Força Aérea Portuguesa destacadas nas Lajes, transportaram 260 doentes urgentes e resgataram 10 vidas ao mar.

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um levantamento estatístico da responsabilidade do Coronel Piloto Aviador, César Rodrigues, Comandante da Base Aérea n.º 4 (BA4), apresentamos abaixo a atividade desenvolvida em 2017 pela BA4, em números: 741.389 Número total de passa-

geiros que aterraram ou descolaram em voos comerciais durante ligações regionais, nacionais e internacionais, promovendo a mobilidade de habitantes no arquipélago e facilitando o turismo para a região. 364 Lançamentos de balão meteo-

rológico, cujos dados são utilizados em benefício da ciência e da aviação, permitindo a inicialização de modelos numéricos de previsão do tempo, a vigilância das condições meteorológicas de dispersão de poluentes atmosféricos e conferindo segurança e economia às operações de navegação aérea dos mais de 160.000 PUB

aviões e mais de 1 milhão de pessoas que cruzam anualmente esta região do Atlântico.

aeronáuticas nacionais que receberam mais escalas de aeronaves no apoio humanitário às tragédias causadas pelos furacões nas Caraíbas e terramoto no México. 260 Doentes transportados com ca-

ráter de urgência em voos entre as 9 ilhas do arquipélago a partir de aeronaves da Força Aérea destacadas na BA4, tendo sido batido o recorde de doentes transportados num só ano. 6 Dias em que esteve presente Sua

Excelência o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. 24 Horas por dia em operação, num

horário patenteado todos os dias da semana.

tivo o lançamento de livros. 400:15 Horas de voo efetuadas em

1ª Estação aerológica em território

nacional a ser dotada com um moderno sistema de rádio sondagem, facultando uma melhor busca vertical da atmosfera na recolha de valores da pressão, da temperatura e da humidade relativa do ar e do vento, desde a Base das Lajes até uma altura em geral superior a 30 Km.

evacuações de doentes interilhas através de avião C-295 e helicóptero EH-101 “Merlin”, com descolagem da BA4. 1ª Posição na listagem de aeropor-

tos nacionais que mais acolheram aeronaves transatlânticas com reporte de emergência a bordo.

1º Lugar na tabela das instalações

10 Vidas resgatadas ao mar devido a

aeroportuárias nacionais que mais são utilizadas por aeronaves de companhias portuguesas em voos de trânsito direto.

situações graves envolvendo embarcações perdidas ou acidentadas.

4.483 Ocupantes de aeronaves que 1º Lugar na lista das infraestruturas

4 Eventos realizados tendo por obje-

3.073 Visitantes durante o dia em

que a Base esteve aberta à comunidade.

aterraram em voos de transporte aéreo civil em situação de emergência técnica, médica ou causada por distúrbios a bordo. 29 Pessoas evacuadas de navios -

devido a situações do foro clínico que requeriam assistência médica urgente - a partir de aeronaves que descolaram da BA4. 959 Participantes no Lusitano 2017

que teve lugar na BA4, o maior exercício militar nacional, envolvendo o Estado-Maior General das Forças Armadas, Forças Navais, Terrestres e Aéreas, contando este ano, ainda, com uma exposição do Comando Operacional dos Açores e, pela primeira vez, com a presença do Comandante Supremo das Forças Armadas.

César Rodrigues Cmd. da BA4

78:00 Horas de voo executadas a

partir da BA4, no quadro de um projeto internacional com vista ao estudo das alterações climáticas. 100% Taxa de aprovação de pedi-

dos da aviação civil para utilização da BA4 em voos de tráfego aéreo regular e não regular, escalas técnicas e para designação de aeródromo alternante e de emergência. 365 Dias durante o ano em que a

Base esteve operacional para a realização de missões militares e de transporte aéreo civil. 574 Jovens açorianos presentes du-

rante os eventos dedicados ao Dia da Defesa Nacional. 1º Posto no índice das infraestru-

turas aeronáuticas nacionais onde transitam mais aeronaves militares estrangeiras. 267:25 Horas de voo consumidas

em operações de busca e salvamento desde a BA4, com a missão de resgatar tripulantes e passageiros de navios em perigo de vida.


JP | SAÚDE

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o Cantinho do Psicólogo 181

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eferimos no último Cantinho que o primeiro equilíbrio a destacar para limitarmos as situações de stress se posiciona entre o lugar Aurélio Pamplona seguro e ter algu(a.pamplona@sapo.pt) ma insegurança. Isto pode-se facilmente compreender através de alguns exemplos. Vejamos: ameaças e delitos contra a segurança pública acontecem. Como nos dá conta o site Conceitos. com, sequestros, crimes, extorsões e diversas formas de violência são realidades que podem ameaçar a segurança pessoal de cada um, não obstante a sua frequência ser muito variável e estar dependente dos mais diversos factores. Enquanto a segurança tem a ver com a protecção de algo, como bens próprios e os diversos aspectos da vida, a insegurança consiste na ausência de segurança, e na falta de meios e mecanismos para garantir aquela. Tudo aquilo que põe em perigo a segurança de alguém provoca uma sensação de insegurança. E dificilmente existem garantias que permitam enfrentar a vida com toda a tranquilidade, visto ser impossível ter tudo sob controlo. Isto faz lembrar a anedota de autor desconhecido (2017), do bêbado que perde o carro e que, para se sentir mais seguro bebe uns copos, e quando se encontrava cambaleando

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Segurança no estacionamento, a experimentar a ponta da chave nos carros o segurança interrogou-o sobre o que se passava, ao que respondeu que havia perdido o carro. Então o segurança perguntou-lhe novamente onde o vira pela última vez, ao que o nosso bêbado, retrucou: «aqui mesmo, na pontinha desta chave».

Beber uns copos não é melhor solução para alguém se sentir seguro. E gera situações em que a própria pessoa não pode fazer nada para a sua segurança. Seja exemplo o caso daquela professora, com dezenas de anos de serviço, que é ultrapassada por colegas que nunca leccionaram, mas que recebem a 1ª prioridade por terem sido bolseiros da própria Região. De acordo com a sua narração, o resultado é «a circunstância bizarra de indivíduos com uma única forma-

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Segunda a Sábado das 7h às 21h

ção profissional ultrapassarem outros, que a acumulam com outra de distinto grupo de recrutamento, penalizando-se assim professores mais graduados, pelo facto ridículo e anacrónico de terem excesso de formação». Enfim, isto diz respeito ao que se poderia chamar de insegurança profissional.

paz de enfrentar o stress. Embora a sensação de insegurança possa causar incómodos, incertezas, medos e até mal-estar, ela tem frequentemente utilidade, na medida em que nos permite activar um estado de alerta para defrontar as indefinições e as incógnitas que nos rodeiam.

E que dizer da segurança daqueles que vivem onde circulam boatos da que a sua água possui poluentes que podem ter um impacto negativo na saúde, mas que desconhecem até que ponto, por falta de informação ou monitorização continuada. Enfim, para além da área profissional e ambiental, as pessoas podem-se sentir inseguras em outras dimensões práticas, como a financeira, a física, a social, a interpessoal, e a emocional ou mental.

Isto não quer dizer que não precisamos de aprender a lidar com as sensações desagradáveis e incómodas que resultam dos estados inseguros. A tendência para se tomar medidas para garantir a protecção de algo, e em diversos aspectos da vida, como alimentação, trabalho, abrigo e bens próprios é louvável, mas não chega. É necessária também a nossa contribuição, para que haja garantias e actividades como as forças armadas, a polícia, o sistema judiciário, a vigilância ambiental, e todos os demais sistemas de prevenção de riscos, de forma a enfrentarmos a vida com mais tranquilidade.

Mas ainda de acordo com Andrade (2017), existe um nível mais profundo de insegurança, e que diz respeito ao que se poderia chamar de insegurança existencial, de que é exemplo quem revela falta de sentido da vida, vazio, ou até culpa por tudo e por nada. A solução aqui passa por a pessoa encontrar uma resposta construtiva para a situação causadora da insegurança. Uma coisa é certa: a segurança absoluta não existe. E uma certa dose de insegurança, até ao ponto que permita um equilíbrio com a segurança, é também necessária, como se disse, para se estar em condições e ser ca-

Referências: Andrade, F. (2017). Salvado em 12 Jan. de Fonte: Oficina de Psicologia. Tema: Ansiedade Existencial. Website: http://oficinadepsicologia.blogs.sapo.pt/84119.html. Autor desconhecido (2017). Bêbado perde carro. Salvado em 14 Jul. Fonte: Anedota do dia. Tema: Piadas sobre segurança. Website: http://www.anedotadodia .net/piadas/segurança.

Foto: A. Pamplona•


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ECONOMIA | JP

A PARTIR DE ABRIL

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS AUMENTA AS COMISSÕES COBRADAS AOS CLIENTES Plano de reestruturação negociado com Bruxelas, determina aumento do valor das comissões, incidindo sobretudo, sobre jovens e empresas com operações no estrangeiro, mas também abrange os levantamentos com caderneta.

A

partir do próximo mês de abril, as comissões cobradas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos clientes vão aumentar. Os aumentos vão afetar sobretudo os clientes jovens, com cadernetas e as empresas com operações no estrangeiro.

Paulo Macedo, presidente executivo da CGD, em declarações à agência Lusa, justificou os aumentos das comissões como uma das medidas para dar cumprimento ao plano de reestruturação negociado com Bruxelas, tendo em conta que a caixa “cobra menos comissões face aos concorrentes”.

As subidas dos valores das comissões irão ser aplicadas pelo banco público gradualmente, iniciando-se em abril e terminando no mês de julho. Abril traz um agravamento dos custos na requisição e pagamento de cheques. Um bloco com cinco cheques vai passar a custar 11,50 euros, enquanto um de 11 módulos vai custar 25,30 euros.

No mês seguinte, maio, os levan-

tamentos realizados ao balcão com apresentação de caderneta continuam a ser possíveis, mas vão passar a custar um euro. De fora deste pagamento ficam os clientes com manifesta incapacidade de utilizar dispositivos automáticos, como invisuais, analfabetos e outros. Também em maio termina a isenção para jovens. Até aqui, clientes entre os 26 e os 29 anos titulares do “Megacartão Jovem” estavam isentos do pagamento de comissões. Agora passam a pagar 4,95 euros por mês. A esse

valor acresce a anuidade, que sobe de 12 para 14 euros.

Em junho, chegam nova mudanças nas comissões que vão atingir as empresas com operações no estrangeiro. A CGD vai aumentar o custo com remessas de exportação e importação, créditos documentários e garantias bancárias.

com crédito pessoal ao consumo como os clientes com crédito automóvel vão passar a pagar 2,85 euros de comissões de processamento relativos às prestações mensais. Ainda a partir de julho, clientes que peçam um novo empréstimo à habitação ou ao consumo passam a ficar isentos durante três meses do pagamento do reembolso antecipado do anterior crédito.

A partir de julho, tanto os clientes

Lusa/JP•

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TALHO BORBA & MENDES


JP | DESTAQUE

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MOVIMENTO DE CRUZEIROS NO PORTO DA PRAIA DA VITÓRIA

NÚMERO DE ESCALAS E PASSAGEIRO O movimento de navios de turismo no Porto da Praia da Vitória, registou em 2017, um crescimento de 50% no número de escalas e de 88% no número de tursitas em relação ao ano anterior. Realidade dos números grita por solução para o turismo de cruzeiros.

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os últimos 3 anos, o Porto da Praia da Vitória recebeu 45 escalas de navios de turismos, segundo dados prontamente revelados pela Portos dos Açores após nossa solicitação. No total, passaram em trânsito no porto praiense, 61.458 pessoas, 41.661 passageiros e 19.797 tripulantes. Considerando como ano de referência 2015 (15), depois de um decréscimo de 20% (12) nas escalas em 2016, no ano passado, verificou-se um crescimento de 20% (18), que sobe para 50% se comparado com o ano 2016. No que diz respeito ao trânsito de turistas, passaram em 2015, 14.582, em 2016, 9.404 e em 2017, 17.675. Continuando com 2015 como ano de referência, verificou-se em 2016 um decréscimo de 36% e um crescimento de 21% em 2017, que sobre para 88% se comparado com 2016.

2015 Em 2015 estavam previstas 16 escalas, mas a 02 de junho a escala do navio “Braemar” foi cancelada, devido a atrasos nas diversas escalas realizadas nos portos a montante. Das 15 escalas efetivamente realizadas, os cruzeiros “Balmoral”, “Hamburg” e “Oriana” atracaram na Praia da Vitória por duas vezes, em maio e novembro, a 02 e 16 de fevereiro e em maio e outubro, respetivamente. Estiveram ainda na Praia da Vitória, os paquetes “Albatros”, “Aurora”, “Azores”, “Black Watch”, “Boudicca”, “Europa 2”, “Queen Elisabeth”, “Saga Saphire”, “Serenissima” e “Voyager”. Nesse ano Chegaram PUB

à Praia da Vitória a bordo de navios de turismo 21.740 pessoas, das quais 14.582 como passageiros e 7.158 como tripulantes.

2016 Em 2016, realizaram-se todas as escalas inicialmente programadas, porém em relação ao ano anterior o porto da Praia da Vitória sofreu uma redução de 4 escalas. Nesse ano, a 12 escalas geraram um movimento de 13.638 pessoas, 9.404 passageiros e 4.234 tripulantes. O “Aidacara” operado pela “Aida Cruises” lançou âncoras na baía da cidade por três ocasiões, em abril, novembro e dezembro, enquanto o cruzeiro “Budicca” encostou no Porto da Praia da Vitória em março e julho. As restantes oito escalas foram dos navios “Aidavita”, “Balmoral”, “Black Watch”, “Braemar”, “Bremem”, “Saga Sapphire” e “Serenissima”.

2017 Ao longo de 2017, o Porto da Praia da Vitória foi escalado 18 vezes por navios de turismo, menos duas escalas do que as 20 inicialmente previstas. Em fevereiro, o paquete “Saga Pearl II” cancelou a escala devido a mau tempo em viagem e em outubro, o cruzeiro “Arcadia” por mau tempo no destino. No conjunto das 18 escalas, passaram em trânsito no Porto da cidade da Praia da Vitória 26.080 pessoas, 17.675 passageiros e 8.405 tripulantes. Desembarcaram 43 pessoas, 18

QUEEN VICTORIA escalou o Porto da Praia da Vitória a 08 de dezem lantes. Nova escala do paquete prevista para 19 de março de 2018. passageiros e 25 tripulantes, tendo embarcado um total de 42, 31 passageiros e 11 tripulantes. O navio de cruzeiro “Oriana”, operado pela “P&O Cruises” foi o que mais visitou a Praia da Vitória, tendo cá estado por três ocasiões, em janeiro, março e maio. Nestas três escalas trouxe à Praia da Vitória um total de 7.636 pessoas, 5.233 passageiros e 2.403 tripulantes. Seguem-se os paquetes “AIDAVita”, “Bou-

dicca” e “Hamburg” que atracando na Praia da Vitória por duas vezes, trouxeram a bordo 6.152 pessoas, 4.287 turistas e 1.865 tripulantes. O restante movimento de passageiros e tripulantes foi da responsabilidade dos navios “AIDACara”, “Albatros”, “Aurora”, “Bremem”, “Crhystal Symphony”, “Europa 2”, “Marco Polo”, “Ocean Majesty” e o majestoso “Queen Victoria”, que lançaram âncoras na Praia da Vitória por uma única ocasião.


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DESTAQUE | JP

OS GRITA POR CAIS DE CRUZEIROS No mês seguinte, novembro, outras 3 escalas, “Prinsendam” a 01 e “Arcadia” e “AIDACara” ambos a 13. No último mês do ano, dezembro, estão previstas mais 4 escalas. “Arcadia” a 03, “Queen Victoria” a 09 e “AidaCara” a 11 e 25.

IMPACTO ECONÓMICO

mbro de 2017, transportando a bordo 1.956 passageiros e 968 tripu2018 Para 2018 estão previstas 20 escalas de navios de turismo, depois de em janeiro o Porto da Praia da Vitória ter recebido duas escalas, uma extraordinária do paquete “Queen Victoria” e outra programada do “AidaVita”. Destaca-se a atracagem a 08 de março, do navio de cruzeiro “Ventura”. Com 289 metros de comprimento, 116 mil e 17 toneladas de arqueação bruta e capacidade máxima para 3.597 passageiros e 1.230 tripulantes, o “Ventura”, é o segundo maior navio atualmente ao PUB

serviço da “P&O Cruises” e um dos maiores navios de cruzeiro a navegar pelo continente europeu, estreando-se na Praia da Vitória. Antes a 05, o Porto da Praia recebe o “AIDA Vita” e no dia seguinte o “Aurora”. Para 19 de março está previsto a escala do “Queen Victoria”, estando agendado para abril 5 escalas: a 06 do “Oriana”, a 11 o “Aurora”, a 24 o “Arcadia” a 26 o “Preinsendam” e a 27 o “Deutschland”. Em setembro, a 09, o “Oriana” faz nova escala na Praia da Vitória. Para outubro estão previstas 3 escalas, “Artania” a 04, “Europa 2” a 06 e “Saga Pearl II” a 17.

Apesar do movimento de mais de vinte e seis mil pessoas em trânsito no Porto da Praia da Vitória, número muito superior à população residente no Concelho (20.252 - censos de 2011), o impacto económico desse movimento não tem sido verdadeiramente significativo. É esta a experiência da maioria dos comerciantes do centro histórico da cidade contatados pelo JP. Confrontados como os números, consideram que a “esmagadora maioria dos passageiros não saem dos barcos” e os que saem, nem todos se dirigem à Praia da Vitória. Embora reconheçam que sempre se vai “vendendo alguma coisita”, entendem que o cenário seria muito diferente e mais vantajoso para todos, se os navios atracassem “mais perto da cidade e os passageiros pudessem visitar livremente a cidade, sem necessitarem de um autocarro com hora marcada”. Nos cafés, snack-bars e restaurantes, o efeito já é - como seria de esperar - um pouco mais acentuado, mas por si só “não dá para ter a porta aberta”, afirmam os comerciantes do setor.

TERMINAL DE CRUZEIROS Na “Conferência do Mar” recentemente realizada na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, por iniciativa da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, Tibério Dinis, presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, ao discursar no painel 2 subordinado ao tema “o Porto da Praia da Vitória na rota de cruzeiros” depois de anunciar os números

relativos ao movimento de navios de turismo no Porto Comercial da Praia da Vitória, sublinhou que “mesmo com as limitações conhecidas [transporte de mercadorias], o porto da Praia é atrativo para os cruzeiros”, considerando de primordial importância investir neste setor, nomeadamente construindo um cais de cruzeiros no molhe norte da baía da Praia da Vitória, conforme projeto de viabilidade técnica e económica apresentado pela autarquia praiense, em conferência de imprensa a 10 de julho de 2017, então presidida por Roberto Monteiro. Na ocasião o edil congratulou-se ainda pela sintonia de posições manifestada durante o fórum pelos responsáveis da edilidade angrense quanto à localização do Terminal de Cruzeiros da Ilha Terceira na Praia da Vitória. No espaço de 3 anos os navios de cruzeiro trouxeram à ilha Terceira 61.451 forasteiros, 41.661 dos quais na qualidade de turistas e 11.392 como tripulantes. São números impressionantes considerando que nesta ilha de Jesus Cristo habitam segundo os censos de 2011, 56.062 almas. Tibério Dinis sonha com construção de um Cais de Cruzeiros na Praia da Vitória. Junta-se ao sonho do presidente, os números aqui apresentados, os quais, gritam por uma resposta ao turismo de cruzeiros. Acresce ainda, a excelência da baía da Praia da Vitória, que oferece condições de total navegabilidade à maioria dos cruzeiros que cruzam o Atlântico e também o facto da construção de um Terminal de Cruzeiros na Praia da Vitória, constituir em todos os cenários, a solução mais barata e economicamente mais vantajosa para o turismo de cruzeiros da ilha Terceira. JP/Foto: Rui Sousa•


JP | DESPORTO

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VOLEIBOL: SENIORES FEMININOS

ADRE PRAIENSE VENCE SÉRIE AÇORES E DISPUTA SUBIDA AO NACIONAL DA I DIVISÃO Com apenas uma derrota, ADREP vence série Açores a duas jornadas do fim e entra na luta pela promoção.

A

equipa de seniores femininos da Associação Desportiva e Recreativa Escolar Praiense (ADREP) sagrou-se no fim de semana de 27 a 28 de janeiro, na Graciosa, no pavilhão da Escola Básica e Secundária, matematicamente vencedora, a duas jornadas do fim, da série Açores do Campeonato Nacional da II Divisão de Voleibol, ao vencer no sábado, 27, o seu mais direto rival na disputa do título, Santa Cruz Sport Club (SCSC) por 2-3, com os parciais, 26-28/25-22/19-25/2514/10-15, e no domingo, 28, também por 2-3, desta feita com os parciais, 25-23/26-24/14-25/19-25/12-15. Esta é a segunda época consecutivo que as meninas da Praia da Vitória arrecadam o cetro de campeãs açorianas e por inerência representam a Região Autónoma dos Açores no grupo dos primeiros na 2.ª fase do Nacional de Voleibol da II Divisão. Ao longo das 18 jornadas até aqui disputadas, as meninas da cidade de Nemésio, tiveram uma prestação quase imaculada, tendo perdido um único jogo, precisamente contra as vizinhas da Associação de Jovens da Fonte do Bastardo (AJFB), à 11.ª ronda, no Pavilhão Municipal Vitalino Fagundes, por um tangente 3-2, parciais, 14-25/29-27/25-23/21-25/16-14. Na jornada seguinte, no mesmo pavilhão, a ADREP voltou ao seu registo e patenteando evidente superioridade infligiu às rivais um categórico 0-3 com os parciais, 20-25/20-25/1325. Apesar da boa prestação da equipa da AJFB, à entrada das duas derradeiras jornadas deste fim de semana, encontra-se na terceira posição da tabela classificativa. O SCSC foi a formação que mais diretamente

AS CAMPEÃS: De pé, da esquerda para a direita: Micaela Aguiar; Alexandra Nunes; Cátia Reis; Laura Mendes; Dodô Santos; Alexandra Soares; Beatriz Garcia; Maria Silva; Rita Andrade. Em baixo, da esquerda para a direita: Fátima Vieira; Leonor Pimenta; Sofia Vieira; Alexandra Reis; Mariana Gonçalves; Marta Sá; Diana Mendes. rivalizou com a ADREP na luta pelo título. As graciosenses apenas claudicaram frente à ADREP. Na Praia da Vitória em ambas as partidas por 3-1 e na Graciosa na como já se referiu por 3-2, tendo vencido todas as restantes partidas.

fases. Na primeira fase são constituídas três series, “A”, “B” e “Açores”, as quais determinam as equipas a preencher as 3 séries da fase seguinte, constituída por um grupo de “Primeiros”, de 6 equipas a disputar em 10 jornadas, e dois grupos de úlCAMPEONATO NACIONAL DA II DIVISÃO DE timos, “A” e “B”, formado por 4 cluO Campeonato Nacional da II Di- bes cada e a disputar 12 jornadas 1.ª FASE - SÉRIEem AÇORES visão de Voleibol decorre em duas (4 voltas).

Este fim de semana a 1.ª fase chega ao fim com a realização das duas últimas jornadas (19.ª e 20.ª) da série Açores. As vencedoras recebem na Praia da Vitória, o Clube Desportivo Escolar do Topo em jornada dupla de consagração e já a pensar na fase seVOLEIBOL guinte da competição. JP/Foto: ADREP•

CLASSIFICAÇÃO

CLUBE ADRE PRAIENSE SANTA CRUZ SC AJ FONTE BASTARDO CD ESCOLAR TOPO FC CALHETA CD RABO PEIXE

J

V

D 3-0 3-1 3-2 2-3 1-3 0-3 PTS SETS+

18 18 18 18 18 18

17 14 11 10 02 00

01 04 07 08 16 18

12 11 03 05 00 00

03 03 03 03 01 00

02 00 05 02 01 00

01 02 01 01 03 02

00 02 01 03 03 04

00 00 05 04 10 12

50 44 29 29 08 02

53 48 36 35 15 08

SETS- RACIO 10 15 34 31 51 54

5.300 3.200 1.059 1.129 0.294 0.148

PTS+

PTS-

RACIO

1510 1457 1515 1409 1169 998

1102 1089 1453 1353 1550 1511

1.370 1.338 1.043 1.041 0.754 0.660

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2018.02.16

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DESPORTO | JP

NACIONAL DA II DIVISÃO DE VOLEIBOL - 2.ª FASE - SÉRIE “PRIMEIROS”

ADREP AMBICIONA LUGARES CIMEIROS ADRE Praiense com argumentos para se posicionar nos 3 primeiros lugares.

A

série dos “Primeiros” da segunda fase do Nacional da II Divisão de Voleibol em seniores femininos arrancou no passado sábado, 11 de fevereiro, mas só a 24 é que as açorianas da ADREP entram em ação. Com efeito, este fim de semana, cumprem calendário na Praia da Vitória, frente à formação do CD Escolar Topo, em partidas referentes à penúltima e última jornada da série Açores, respetivamente, no sábado e domingo. Na sua primeira partida da segunda fase, as “sapinhas” deslocam-se ao distrito de Setúbal, mais concretamente à cidade de Amora para defrontar a formação da Escola Pedro Eanes Lobato, vencedora da série “B”, na primeira fase da competição. No dia seguinte, 25 de fevereiro, rumam até ao concelho de Santo Tirso, no norte do país, para medir forças com o CD Aves, vencedor invicto da série “A” e um dos mais sérios candidatos à promoção. O primeiro jogo na Praia da Vitória está agendado para 04 de março, PUB

diante da equipa AA José Moreira, 2.ª classificada da série “B”. No domingo seguinte, 11, novo jogo em casa, desta feita, com as funchalenses do CS Madeira, 3.ª classificada da série “B”. A 17 de março, enfrentam, fora de portas, o 2.º classificado da séria “A”, a formação do Ginásio Clube de Santo Tirso. No dia seguinte, 18, é a vez de encontrar de novo a formação do AA José Moreira, agora na qualidade de visitantes. Voltam à Praia da Vitória a 25, para esgrimir forças com a Escola Pedro Eanes Lobato. Ainda na Praia da Vitória, a 08 de abril, enfrentam o CD Aves. O último confronto em casa está marcado para 15 com receção ao GC Santo Tirso, finalizando a 2.ª fase na Madeira, a 22, em duelo insular com o CS Madeira. Este ano, a 2.ª fase da prova apresente um novo modelo competitivo, em que todas equipas jogam entre si, premiando desta forma a formação mais regular, ao invés do praticado na época transata em sistema de play-off. Desse facto, dá-nos conta Paulo Amaral, presidente da ADREP, que considera uma “mais-valia a equipa realizar mais jogos e com isso ganhar mais experiência e ritmo competitivo, até porque muitas das nossas atletas são juniores e estes jogos fazem-nas crescer”. Consciente das

dificuldades, Paulo Amaral, mostra-se no entanto confiante numa boa prestação da equipa, que diz “ter argumentos para entrar na luta pelos 3 lugares cimeiros”, não deixando de apontar o CD Aves como o mais sério candidato ao título, pelos resultados obtidos na 1.ª fase.

O 1.º classificado da série tem acesso direto à I Divisão, enquanto o 2.º classificado, disputa um play-off (melhor de 3 jogos) com o penúltimo classificado da I Divisão. JP•

VOLEIBOL

CAMPEONATO NACIONAL DA II DIVISÃO - 2.º FASE - SÉRIE PRIMEIROS SENIORES FEMININOS

JOR.

DATA

HORA

01 01 01 02 02 02 03 03 03 04 04 04 05 05 05 06 06 06 07 07 07 08 08 08 09 09 09 10 10 10

24/02/2018 11/02/2018 17/03/2018 18/02/2018 24/02/2018 18/02/2018 25/02/2018 25/02/2018 25/02/2018 04/03/2018 04/03/2018 04/03/2018 11/03/2018 11/03/2018 11/03/2018 18/03/2018 18/03/2018 18/03/2018 25/03/2018 25/03/2018 17/03/2018 08/04/2018 08/04/2018 08/04/2018 15/04/2018 15/04/2018 15/04/2018 22/04/2018 22/04/2018 22/04/2018

15:00 15:00 17:00 16:00 17:00 15:30 16:00 16:00 16:00 15:30 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00 16:00

PAVILHÃO CD Aves Luso Venezolano GC Santo Tirso GC Santo Tirso Esc. Pedro e Lobato - Amora Levada Luso Venezolano CD Aves Esc. Pedro e Lobato - Amora Levada EBI Praia da Vitória CD Aves Esc. Pedro e Lobato - Amora EBI Praia da Vitória Luso Venezolano GC Santo Tirso Luso Venezolano Esc. Pedro e Lobato - Amora CD Aves EBI Praia da Vitória Luso Venezolano GC Santo Tirso EBI Praia da Vitória Levada Levada Esc. Pedro e Lobato - Amora EBI Praia da Vitória GC Santo Tirso Levada CD Aves

JOGO CD Aves AA José Moreira GC Santo Tirso GC Santo Tirso Esc. Pedro Eanes Lobato CS Madeira AA José Moreira CD Aves Esc. Pedro Eanes Lobato CS Madeira ADRE Praiense CD Aves Esc. Pedro Eanes Lobato ADRE Praiense AA José Moreira GC Santo Tirso AA José Moreira Esc. Pedro Eanes Lobato CD Aves ADRE Praiense AA José Moreira GC Santo Tirso ADRE Praiense CS Madeira CS Madeira Esc. Pedro Eanes Lobato ADRE Praiense GC Santo Tirso CS Madeira CD Aves

-

CS Madeira Esc. Pedro Eanes Lobato ADRE Praiense CD Aves ADRE Praiense AA José Moreira GC Santo Tirso ADRE Praiense CS Madeira GC Santo Tirso AA José Moreira Esc. Pedro Eanes Lobato GC Santo Tirso CS Madeira CD Aves CS Madeira ADRE Praiense CD Aves GC Santo Tirso Esc. Pedro Eanes Lobato CS Madeira AA José Moreira CD Aves Esc. Pedro Eanes Lobato CD Aves AA José Moreira GC Santo Tirso Esc. Pedro Eanes Lobato ADRE Praiense AA José Moreira


JP | EDITORIAL & OPINIÃO

E DITORIAL

N

O Monsenhor Caetano Tomás nasceu no dia 12 de Setembro de 1924, na freguesia do Lajedo, Ilha das Flores, onde desde muito cedo demonstrou uma inteligência rara, que o destacou acima do normal ao longo da sua vida. Estudou no Seminário Episcopal de Angra do Heroísmo e foi ordenado Sacerdote em Roma em 1950, naquela cidade estudou na Universidade Gregoriana Teologia e Filosofia, tendo-se licenciado naquelas áreas, também frequentou diversos cursos de Matemática, Física e Métodos Científicos, na Universidade de Matemática e Física de Roma. Em 1951, o Srº Drº. Caetano Tomás foi para Inglaterra, onde permaneceu durante dois anos e aprendeu Inglês e Psicologia, regressou à Ilha Terceira, foi Professor polivalente, exemplar no campo das humanidades e das ciências exactas, deixando marcas profundas nos que tiveram o privilégio de serem seus alunos e que estão eternamente agradecidos pelos bons conhecimentos que lhes foram ministrados. Foi professor no Seminário de Angra, teve uma actividade académica intensa, tendo também sido professor de Psicologia na Escola do Magistério Primário e Educadores de Infância de Angra do Heroísmo e na Escola de Enfermagem da Ilha Terceira, colaborou com vários jornais locais, nomeadamente o Jornal da Praia.

Nesse mundo global, mas que, onde cada um puxa a brasa à sua sardinha, a coisa muitas vezes leva-nos a pensar seriamente se estamos a viver uma economia que mata? falsa e corrupta leva sem dúvida o mundo e, cada país per si, a entrar consequentemente em terríveis situações como a guerra, a pobreza, a fome, e a doença, o crime organizado o terrorismo etc. etc.

José Ventura*

U

Uma economia que mata? Talvez!

A Economia é como uma “cortesã” que serve os seus amantes de conformidade com os interesses dos mesmos e os seus fetiches favoritos. São eles chamados de Sector e apelidados em seu sobrenome de “primário”, “secundário” e “terciário” não esquecendo o nado por último, baptizado por “Sector quaternário” .

Cidadãos empreendedores a quem tratamos por “empresários” cidadãos que trabalham e chamamos de empregados ou trabalhadores, nunca poderão esquecer que se completam na sua acção e poderão conviver em fraternidade, amizade e respeito logo que haja, o sentido da verdadeira responsabilidade pela opção de cada um.

Da caixa de Pandora na posse de “madame” Economia, tudo há a esperar.

O ser racional a que chamamos “homem”, que o é desde a sua concepção, até ao do seu último suspiro, tem de conformidade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, direitos básicos que se traduzem: direitos civis e políticos (exemplos: direitos à vida, à propriedade, liberdades de pensamento, de expressão, de crença, igualdade formal, ou seja, de todos perante a lei, direitos à nacionalidade, de participar do governo do seu Estado, podendo votar e ser votado, entre outros, fundamentados no valor liberdade); direitos económicos, sociais e culturais (exemplos: direitos ao trabalho, à educação, à saúde, à previdência social, à moradia, à distribuição de renda, entre outros, fundamentados no valor igualdade de oportunidades); direitos difusos e colectivos (exemplos: direito à paz, direito ao progresso, autodeterminação dos povos, direito ambiental, direitos do consumidor, inclusão digital, entre outros, fundamentados no valor fraternidade).

O Capitalismo desenfreado, o Sindicalismo radical, uma Política Social

Desde ontem dia 23 (hoje são 24 de janeiro) e até ao dia 27, decorre em

A Economia, é um mundo de trabalhos. É um puzzle de difícil construção e, onde o ser humano homem ou mulher, na sua função de cidadão e na ordem das suas responsabilidades, e na escolha da sua profissão, ou estatuto social se preocupa com a sua acção, atingir a satisfação de todas as necessidades físicas e morais da sociedade em que estamos inseridos. Nesse mundo global, mas que, onde cada um puxa a brasa à sua sardinha, a coisa muitas vezes leva-nos a pensar seriamente se estamos a viver uma economia que mata?

Davos – Suíça, a 48ª reunião anual do Fórum Económico Mundial. Encontro anual que reúne a elite política e económica global. A discussão é decorrerá sobre a desigualdade, a pobreza, a inovação, o meio ambiente, entre outros. Sendo o tema oficial da reunião deste ano “Criar um futuro compartilhado num mundo fracturado”. Enquanto os defensores do Fórum, dizem o mesmo ser uma oportunidade para pessoas influentes e bem intencionadas fazerem algum bem ao mundo, para os críticos “Davos não passa de uma conspiração de elite nefasta para um mundo impotente”. Se na realidade, as principais discussões e os principais negócios acontecerem em salas privadas, em festas ou nos quartos dos hotéis. Provavelmente que esses últimos estão com a razão”. Resta-nos unir, a nossa voz ao Papa Francisco que pede ao Forum Económico Mundial de Davos que ajude a combater a pobreza e a injustiça. Apelo esse, que não deve estar na intenção de Donald Trump, e quiçá de outras figuras proeminentes da política e do mundo económico/financeiro que estarão entre os cerca de três mil delegados de diversas áreas da sociedade, presentes no Forum. Esperemos para ver o que sairá da “Caixa de Pandora” DAVOS 2018. “A Economia, frequentemente, não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gasta-lo”, Henry Ford. Por opção, o autor não respeita o acordo ortográfico. • (*)

NOTAS D’O RAPAZ DAS ILHAS (V)

ASSEMBLEIA MUNICIPAL PODE SER MAIS PRÓXIMA DOS MUNÍCIPES Faz todo o sentido que as sessões da Assembleia Municipal da Praia da Vitória passem a ser transmitidas em direto.

Autor de diversas obras, sobre Teologia e Psicologia, foi encarregado na Diocese de Angra do Heroísmo de dirigir e preparar os Cursos de Preparação para o Matrimónio, e foi Capelão da Casa de Saúde de S. Rafael. Não podemos jamais esquecer este ilustre Sacerdote que acreditava piamente que Jesus Cristo é a Verdade, Verdade Absoluta que liberta os homens na sociedade e no templo, e por isso insistia e transmitia a todos que a Igreja existe para servir, e servindo de forma a integrar o povo, não havendo lugar a marginalizados e descartáveis, porque “a Igreja que não serve os Cristãos, não serve para nada…”

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A ECONOMIA … E, A SUA “CAIXA DE PANDORA”

Monsenhor Francisco Caetano Tomás o passado dia 25 de Janeiro do corrente ano, faleceu o Monsenhor Francisco Caetano Tomás, em Angra do Heroísmo, aos 93 anos de idade.

2018.02.16

Rodrigo Pereira

A

Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do município, tendo, naturalmente, poder legislativo. Quer isto dizer que é o órgão através do qual são apresentadas, discutidas e votadas todas as propostas, medidas e situações (Continua na página 14) que dizem respeito ao concelho. Nas

suas sessões, para além dos deputados municipais, marca também presença o executivo camarário (Presidente de Câmara e vereadores) com a finalidade de prestar esclarecimentos e contas sobre o trabalho desenvolvido. Em sessões específicas para o efeito pode qualquer cidadão marcar presença e intervir, o que, como se verifica, raramente acontece, uma vez que ocorrem em dias úteis e, normalmente, de manhã. O edital das sessões da Assembleia Municipal é público, assim como a ata das mesmas. Ambos podem ser consultados no site da Câmara Municipal (www.cmpv.pt) e é, por vezes, dado destaque pela comunicação

social local a assuntos mais importantes que tenham sido debatidos, o que não é suficiente. Nos dias de hoje, em que é extrema a facilidade em realizar-se uma emissão em direto para um site ou rede social, e tendo o município meios técnicos e humanos para tal, faz todo o sentido que as sessões da Assembleia Municipal da Praia da Vitória passem a ser transmitidas em direto, ficando também a sua gravação disponível, através do meio mais conveniente. Esta não se trata de uma ideia ousada ou que represente desconfiança sobre quem representa o povo, pelo contrário, é uma (Continua na página seguinte)


2018.02.16

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OPINIÃO | JP

CRÓNICA DO TEMPO QUE PASSA (XXII)

DR. TOMÁS NO NOSSO IMAGINÁRIO

Os Açores perderam um dos seus mais preclaros cidadãos das últimas décadas, e especialmente as Flores, sua ilha natal, e a Terceira onde derramou, copiosamente, o seu saber eclético por várias escolas, entre elas, o Seminário Episcopal de Angra, a Escola do Magistério Primário e Educadores de Infância, a Escola Superior de Enfermagem e diversas instituições sociais e religiosas.

António Neves Leal

E

stava na ilha do Pico a descansar e a organizar os meus pensamentos para a conclusão de uma monografia com enfoque histórico-filosófico e educacional. De súbito, ao ligar a RTP- A fui colhido pela notícia do falecimento de um homem que marcou, indelevelmente, o nosso tempo ilhéu. Muitos dos leitores estarão de acordo (eu nem sempre estive em sintonia com alguns dos sesu pressupostos filosóficos e psicológicos) que o Dr. Caetano Tomás era um intelectual polivalente, de vários saberes, grande dinamismo e muita generosidade. Os da minha geração que tiveram o privilégio e a subida honra de tê-lo como mestre ou como consultor ou conselheiro, nos domínios da psicologia, da religião e da cidadania, não o podem esquecer. Ele foi uma figura incontornável que entrou definitivamente, e há muito, na galeria das figuras mais importantes e acarinhadas do imaginário da minha geração. Não escrevo isto de ânimo leve, mas como preito de homenagem, prova de amizade de muitos anos, respeito e justiça, atributos que gostaria de deixar gravados no epitáfio da sua sepultura. Os Açores perderam um dos seus mais preclaros cidadãos das últimas décadas, e especialmente as Flores, sua ilha natal, e a Terceira onde der-

ramou, copiosamente, o seu saber eclético por várias escolas, entre elas, o Seminário Episcopal de Angra, a Escola do Magistério Primário e Educadores de Infância, a Escola Superior de Enfermagem e diversas instituições sociais e religiosas.

gra. Graças a ele e ao seu incentivo, comecei a abrir os olhos, dando os primeiros passos nessa nova disciplina. Posteriormente, encontrei outros mestres, mas o encanto inicial da descoberta, tal como no primeiro amor, ficou gravado para sempre.

Também teve vasta presença nos orgãos de comunicação social: jornais, rádios e televisão, bem como nos trabalhos literários publicados nas revistas Atlântida e Lumen. Da sua bibliografia destacam-se os livros Pessoas, Traços e Comportamentos(1999 e 2000), S. Rafael, Um Coração que Bate( 2002), Entender o Cristianismo( 2006).

Muitos anos depois (em 1994) propôs-me que participasse num debate, no Seminário de Angra, sobre a existência de Deus e a religião, após termos ambos tomado parte, anos antes, em acções de formação para professores da Escola do Magistério. Nesse debate intervieram dois docentes de Filosofia, um dos quais o malogrado Mário Cabral, meu distinto aluno e grande amigo.

Nem sempre foi compreendido como devia ter sido, sobretudo por alguns que, cobardemente e sem pudor lhe atormentaram o final da sua vida, com actos indignos, reveladores de fanatismo, desmesura e desrespeito pelas opiniões alheias por parte de pessoa com responsabilidades científicas e sociais, o que é deplorável e inaceitável nos dias de hoje. Mais uma vez me veio à mente um dos postulados de Michel Montaigne, filósofo por quem nutro especial simpatia, segundo o qual mais vale uma pequena cabeça bem arrumada do que uma grande cheia de teorias ou coisas inúteis. E como dizia a minha avó, há muito burro doutor e a instrução não dá educação. Quando as pessoas ditas cultas procedem assim, não respeitando os anciãos, que tipo de sociedade estamos e queremos construir? Conheci o Pe. Caetano Tomás desde os onze anos. Nunca fui seu aluno, excepto durante alguns meses em que frequentei um curso livre de Filosofia organizado por ele, em regime pós-laboral, no antigo Liceu de An-

ASSEMBLEIA MUNICIPAL PODE SER MAIS PRÓXIMA DOS MUNÍCIPES (Continuação da página anterior)

forma bastante atual e democrática que certas Assembleias Municipais, como por exemplo, a Assembleia Municipal de Lisboa já têm ao dispor dos seus munícipes. No exemplo referido, há 4 anos que isto acontece. É uma forma útil de cada um de nós poder assistir a sessões que nos diPUB

Mas foi, acima de tudo, como colega desta última escola e do Liceu de Angra que mais me relacionei com ele e pude desvendar um pouco da sua personalidade e das preocupações que o afligiam como homem, professor e sacerdote, que sempre foi até aos 93 anos. Lembro-me das nossas reuniões de avaliação trimestral e de, a seu pedido, ditar as informações dos alunos de Religião e Moral do Liceu, para o aliviar das muitas turmas que tinha a seu cargo. Dois dos mais agradáveis encontros que tive com Monsenhor Caetano Tomás ocorreram na ilha das Flores. Nela fiquei retido, as duas vezes, por causa das condições atmosféricas. Aí falámos de muitas coisas. Da beleza indescritível da sua ilha, para mim a mais preciosa pérola do arquipélago. Ele sabia desse meu fraco pela sua ilha desde os 10 anos, altura em que conheci, na 4ª classe, um jovem professor das Flores. Também trocámos muitas ideias sobre a Base Francesa de telemedidas de satélites, indagando-me sobre

o que se dizia em Paris sobre as Flores e da alegria que mostrou, quando lhe contei que tinha visto, no Canal televisivo France 3, um grande programa sobre os Franceses instalados nas Flores. Recordo, ainda, o seu entusiasmo e aquela energia que dele irradiava. Ao falar-lhe da himidade da ilha, lá me esclareceu como resolvia o problema. Em vez da tinta plástica usava era a cal. E não sei se por influência dessa conversa , ainda hoje, passados quarenta anos, utilizo também a cal em vez de tinta plástica nas paredes exteriores da casa. Esta simples anotação prova uma valorização do saber empírico herdado dos familiares, sem isso diminuir a avidez descomplexada pelas descobertas das ciências que estudou mais tarde. A última vez que o vi, já em cadeira de rodas, foi na cerimónia de homenagem dos antigos alunos do Liceu de Angra ao Pe. José de Lima com a colocação do seu busto, no local da antiga J.E.C., hoje sede do Instituto Histórico da Ilha Terceira. Então, pressenti que o seu fim estava próximo. A minha profecia que ele atingiria o centenário evolou-se, mas permanece na nossa saudade a imagem de um homem bom, generoso, culto, e um grande pedagogo e pregador nato. Um dos maiores vultos da cultura dos Açores e um cidadão prestimoso, que tenho muita honra em guardar no escrínio das melhores recordações. Até sempre Amigo. Descansa na paz merecida. Qualquer dia falaremos das nossas ilhas e da emoção que sinto ao recordar-te, em Angra, e nesse éden que é a tua ilha das Flores.

EDITORIAL:

MONSENHOR FRANCISCO CAETANO TOMÁS

zem todo o respeito, sabermos de (Continuação da página 12) perto a vida do nosso concelho e O Jornal da Praia lamenta a mortirarmos conclusões próprias sobre te do Drº. Caetano Tomás e jamais o desempenho do seu executivo esquece o seu exemplo impar que camarário e de todos os deputados deu e servirá de modelo para as gerações presentes e futuras, e que o municipais que nos representam. legado que nos deixou realça de forma brilhante que o bem constrói a Com esta medida a Assembleia Muliberdade e o mal implica a sua desnicipal pode ser mais próxima dos truição. munícipes. •

À família anojada, o Jornal da Praia apresenta os seus sinceros pêsames.

O Diretor, Sebastião Lima diretor@jornaldapraia.com


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2018.02.16

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Aos dezanove dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezassete, pelas dez horas, no Auditório da Casa das Tias de Nemésio, teve lugar a sexta sessão ordinária do ano de dois mil e dezassete, da Assembleia Municipal da Praia da Vitória. Foram apresentadas, no período antes da Ordem do Dia, as seguintes propostas: Pelo Grupo do Partido Socialista: ● Voto de Congratulação ao Município da Praia da Vitória pelo prémio Autarquia Mais Familiarmente Responsável 2017. Aprovado por unanimidade. ● Voto de Congratulação à Sociedade Progresso Lajense pelo seu 70º aniversário. Aprovado por unanimidade. Pelo Grupo do Partido Social Democrata: ● Voto de Louvor ao Doutor Adelino Andrade Cardoso Ávila pela conclusão, com distinção e louvor por unanimidade, da sua tese de doutoramento em História Insular e Atlântica (séc. XV – XX), intitulada “ O Liceu Nacional de Angra do Heroísmo, nas décadas finais da Monarquia (1880 a 1910)”. Aprovado por unanimidade. Pelo Grupo do Partido Socialista: ● Voto de Congratulação ao Sport Clube Praiense pelo seu 70º aniversário. Aprovado por unanimidade. Pelos Grupos do Partido Socialista e do Partido Social Democrata: ● Voto de Congratulação à Escola Secundária Vitorino Nemésio pelo seu 25º aniversário. Aprovado por unanimidade. Pelo Grupo do Partido Socialista: ● Voto de Congratulação ao Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande pelo seu 10º aniversário. Aprovado por unanimidade. ● Voto de Recomendação para que nas reuniões da Comissão Bilateral onde constem da agenda de trabalhos assuntos inerentes à Base das Lajes, particularmente os referentes ao processo de descontaminação dos solos nas áreas circundantes à infraestrutura militar, Portugal se faça representar pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional e que o Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória seja convidado a participar nessas reuniões, conferindo-lhes uma maior visão de proximidade que contribuirá certamente para o desenho das melhores soluções. Aprovado por unanimidade. Pelo Grupo do Partido Social Democrata: ● Voto de Recomendação à Câmara Municipal da Praia da Vitória para a avaliação das condições financeiras necessárias e adequadas para promover, durante o decurso do ano 2018, a alteração do Regulamento Municipal de Apoio às Juntas de Freguesia do Concelho da Praia da Vitória no sentido da “atribuição de uma verba anual correspondente ao valor mínimo de cinco mil euros, para o desenvolvimento de iniciativas culturais, de solidariedade social e inclusão, promoção e preservação ambiental, ou até em atividades lúdicas e desportivas”, a prever no âmbito do Plano Plurianual de Investimentos para o ano 2019. Aprovado, por maioria, com doze votos contra do Partido Socialista, seis abstenções do Partido Socialista, doze votos a favor do Partido Social Democrata e um voto a favor do Partido Popular. Pelo Grupo do Partido Socialista: ● Voto de Congratulação à Câmara Municipal da Praia da Vitória e ao seu Presidente pelos esforços

em manter o processo de descontaminação como prioridade cimeira no relacionamento externo e institucional. Aprovado por unanimidade. ● Voto de Recomendação para que a Câmara Municipal da Praia da Vitória diligencie esforços para enquadrar uma solução equilibrada que permita o crescimento e consolidação do Carnaval, a sustentabilidade das salas de espetáculos e dos direitos de autores. Aprovado por unanimidade. Da ordem do Dia, constava o seguinte: 1. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO 2. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DA INFORMAÇÃO SOBRE A ATIVIDADE MUNICIPAL DESENVOLVIDA NO PERÍODO DE 1 DE SETEMBRO A 27 DE NOVEMBRO DE 2017; A Assembleia tomou conhecimento. 3. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE CONTAS RELATIVO AO 1.º SEMESTRE DE 2017 DA PRAIA AMBIENTE, E.M.; A Assembleia tomou conhecimento. 4. APRESENTAÇÃO DO RELATÓRIO DE CONTAS RELATIVO AO 2.º TRIMESTRE DE 2017, DA TERAMB, EMPRESA MUNICIPAL DE GESTÃO E VALORIZAÇÃO AMBIENTAL DA ILHA TERCEIRA, EEM; A Assembleia tomou conhecimento. 5. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE PRORROGAÇÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE A FAVOR DA SOCIEDADE DE DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA DO PRÉDIO QUE SE DESTINOU À CONSTRUÇÃO DA ACADEMIA DA JUVENTUDE; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, doze votos contra do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 6. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REVISÃO N.º 2 AO ORÇAMENTO DA RECEITA E DESPESA DA CÂMARA MUNICIPAL DA PRAIA DA VITÓRIA DE 2017 E REVISÃO N.º 2 ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, doze abstenções do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 7. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE RENOVAÇÃO DAS BOLSAS DE ESTUDO PARA O ANO LETIVO DE 2017/2018; Aprovado por unanimidade. 8. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE AUTORIZAÇÃO DE ADESÃO À REDE NACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS (RNBP); Aprovado por unanimidade. 9. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO DE APOIO ÀS FESTAS NAS FREGUESIAS E VILA DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, doze abstenções do Partido Social Democrata e um voto a favor do Partido Popular. 10. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO DE APOIO ÀS DANÇAS E BAILINHOS DE CARNAVAL; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, doze abstenções do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 11. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIOS ÀS JUNTAS DE FREGUESIA DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, doze abstenções do Partido Social Democrata e um voto a favor do Partido Popular. 12. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE NOTA JUSTIFICATIVA REFERENTE AO MAPA DE PESSOAL 2018, DO MUNICÍPIO DA PRAIA DA VITÓRIA, ELABORADO NOS TERMOS DO ARTIGO 29º DA LEI N.º 35/2014, DE 20 DE

DE 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos a favor do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 14. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL DE 5% NO IRS RELATIVAMENTE AOS RENDIMENTOS DE 2017 A COBRAR EM 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos contra do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 15. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA TAXA DE DERRAMA PARA O ANO DE 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos contra do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 16. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE FIXAÇÃO DA TAXA DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS PARA O ANO DE 2018; Aprovado por unanimidade. 17. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE FIXAÇÃO DA TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM PARA O ANO DE 2018; Aprovado por unanimidade. 18. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE CONTRATAÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO DE CURTO PRAZO, EM MODALIDADE DE CONTA CORRENTE, ATÉ AO MONTANTE DE 1 MILHÃO DE EUROS, NO ANO DE 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos a favor do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 19. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA NO ÂMBITO DA LEI DOS COMPROMISSOS PARA 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos a favor do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 20. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO NOVO TARIFÁRIO DA PRAIA AMBIENTE, E.M., PARA O ANO DE 2018; A Assembleia tomou conhecimento. 21. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO E PLANO DE ATIVIDADES DA PRAIA AMBIENTE, E.M., PARA O ANO DE 2018; A Assembleia tomou conhecimento. 22. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DO ORÇAMENTO E PLANO DE ATIVIDADES DA PRAIA CULTURAL, CIPRL, PARA O ANO DE 2018; A Assembleia tomou conhecimento. 23. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO DO MUNICÍPIO DA PRAIA DA VITÓRIA, PARA O ANO DE 2018; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, sete votos contra do Partido Social Democrata, quatro abstenções do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 24. ELEIÇÃO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE DOIS CIDADÃOS PARA INTEGRAREM A COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DA PRAIA DA VITÓRIA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a eleição dos cidadãos Maura Filipa Pereira Branco e Graça das Mercês da Silva Brum Pereira. 25. DESIGNAÇÃO DE UM PRESIDENTE DE JUNTA DE FREGUESIA PARA INTEGRAR O CONSELHO CONSULTIVO DO PARQUE NATURAL DA ILHA TERCEIRA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a designação do Presidente da Junta de Freguesia de Santa Cruz, Sr. António Manuel Mendonça Borges.

Porfírio Manuel Vieira Mourão e Berto Graciliano Cabral. 27. ELEIÇÃO DE QUATRO ELEMENTOS DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL PARA INTEGRAREM O CONSELHO DE ILHA DA TERCEIRA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a eleição dos Srs. Elmano Nunes, Valter Peres, Paulo Luís e Pedro Pinto. 28. DESIGNAÇÃO DE DOIS REPRESENTANTES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA DA VITÓRIA PARA INTEGRAREM O CONSELHO CONSULTIVO DA UNIDADE DE SAÚDE DA ILHA TERCEIRA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a designação do Sr. Manuel Pires e da Sr.ª Joana Ribeiro. 29. ELEIÇÃO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TRÊS REPRESENTANTES, ATÉ AOS 35 ANOS, RESIDENTES NO MUNICÍPIO, NOS TERMOS DO ARTIGO 5.º, ALÍNEA J) DO REGULAMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DE JUVENTUDE DA PRAIA DA VITÓRIA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a eleição dos Srs. Luís Miguel Vieira Leal, Bruno João Branco Ávila Messias e Kathleen Aguiar. 30. DESIGNAÇÃO DE DOIS PRESIDENTES DE JUNTA DE FREGUESIA PARA INTEGRAREM O CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA DA PRAIA DA VITÓRIA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a designação da Srª. Júlia Martinha Martins Borges Faria (Presidente da Junta de Freguesia da Fonte do Bastardo) e do Sr. Luís Carlos Duarte Vieira (Presidente da Junta de Freguesia dos Biscoitos). 31. ELEIÇÃO DE CINCO CIDADÃOS DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA PARA INTEGRAREM O CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA DA PRAIA DA VITÓRIA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a eleição dos Srs. Décio Bruno Leal Ávila, Rodolfo Paulo Silva Lourenço da Franca, Norberto Francisco Ávila Messias, Roberto Sousa e Paulo Jorge Santos Gonçalves. 32. DESIGNAÇÃO DE TRÊS REPRESENTANTES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA PRAIA DA VITÓRIA PARA INTEGRAREM O CONSELHO LOCAL DE EDUCAÇÃO; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a designação dos Srs. Bruno João Branco Ávila Messias, José Adriano Meneses Laranjo e Sandra Isabel Ávila Galvão. 33. DESIGNAÇÃO DE DOIS PRESIDENTES DE JUNTA DE FREGUESIA PARA INTEGRAREM O CONSELHO LOCAL DE EDUCAÇÃO; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a designação dos Srs. Nuno Miguel Aguiar Meneses (Presidente da Junta de Freguesia de São Brás) e Paulo Rui Pacheco de Sousa (Presidente da Junta de Freguesia das Fontinhas). 34. CONSTITUIÇÃO DA COMISSÃO PERMANENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a Constituição da Comissão Permanente da Assembleia Municipal, pelos Srs. Valter Manuel Linhares Peres, Bruno João Branco Ávila Messias, José Manuel de Aguiar Paim, Maura Filipa Pereira Branco, Francisco Leonel Mendes Simões Ávila, Sandra Isabel Ávila Galvão e Pedro Gabriel Correia Nunes Teixeira Pinto. 35. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO REGIMENTO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA

diplomáticos desenvolvidos nas últimas semanas no sentido de reforçar o entendimento urgente para as questões inerentes à Base das lajes, particularmente o problema da contaminação dos solos nas áreas circundantes à infraestrutura militar, congratulando também a Câmara Municipal da Praia da Vitória pelo reforço do compromisso

JUNHO; Aprovado, por maioria, com dezanove votos a favor do Partido Socialista, onze votos a favor do Partido Social Democrata e uma abstenção do Partido Popular. 13. APRESENTAÇÃO, DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATUALIZAÇÃO DAS TAXAS E OUTRAS RECEITAS MUNICIPAIS, PARA O ANO

26. ELEIÇÃO DE TRÊS CIDADÃOS DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA PARA INTEGRAREM A COMISSÃO MUNICIPAL DE TRÂNSITO DO CONCELHO DA PRAIA DA VITÓRIA; Submetida a votação a lista única foi aprovada, por escrutínio secreto e por unanimidade, a eleição dos cidadãos Rodolfo Paulo Silva Lourenço da Franca,

PRAIA DA VITÓRIA. Aprovado por unanimidade. Praia da Vitória, 5 de janeiro de 2018. O Presidente da Assembleia Municipal Paulo Manuel Ávila Messias

COMUNICADO

As atas aprovadas das sessões desta Assembleia Municipal encontram-se publicitadas no endereço eletrónico do Município da Praia da Vitória, em www.cmpv.pt


2018.02.16

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INFORMAÇÃO | JP MISSAS DOMINICAIS NO CONCELHO

SÁBADOS

FUTEBOL

CAMPEONATO DE PORTUGAL SÉRIE “D”

21.ª JORNADA | 18.02.2018 1º Dezembro

-

Eléctrico

Caldas

-

Mafra

Torreense

-

Lusitânia

Vilafranquense

-

Fátima

SC Praiense

-

Sacavenense

Pêro Pinheiro

-

Coruchense

Alcanenense

-

Sintrense

Loures

-

Guadalupe

22.ª JORNADA | 25.02.2018 Mafra

-

1º Dezembro

Lusitânia

-

Caldas

Torreense

-

Loures

Eléctrico

-

Vilafranquense

Fátima

-

SC Praiense

Sintrense

-

Pêro Pinheiro

Sacavenense

-

Alcanenense

Coruchense

-

Guadalupe

12.ª JORNADA | 25.02.2018 -

NSIT

Boavista

-

Lajense

Barreiro

-

São Mateus

HOJE (16/02)

CINEMA

TRÊS CARTAZES À BEIRA DA ESTRADA Gênero: Drama Classificação: M/16 Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 21H00 Também amanhã à mesma hora

VOLEIBOL

NACIONAL DA II DIVISÃO SÉRIE AÇORES SENIORES FEMININOS

19.ª JORNADA | 17.02.2018 FC Calheta

-

CA Rabo Peixe

Santa Cruz SC

-

AJF Bastardo

ADRE Praiense

-

CDE Topo

- São Brás - Vila Nova, ENS Ajuda - Lajes, Ermida Cabouco - Cabo da Praia (1) - Biscoitos, S Pedro - Agualva - Casa Ribeira (1) - Santa Rita - Lajes - São Brás - Cabo da Praia (2) - Porto Martins - Casa da Ribeira (2) - Biscoitos, IC Maria - Vila Nova - Fontinhas - Matriz Sta. Cruz (1) - Quatro Ribeiras - Sta Luzia - Fonte Bastardo - Matriz Sta. Cruz (2) - Lajes, ES Santiago - Lajes - Matriz Sta. Cruz (3) - Matriz Sta. Cruz (4)) (1) Missas com coroação (2) Missas sem coroação (3) De outubro a junho (4) De julho a setembro

-

CA Rabo Peixe

Santa Cruz SC

-

AJF Bastardo

ADRE Praiense

-

CDE Topo

SÁBADO (17/02)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

DOMINGO (18/02)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905 Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

TERÇA (20/02)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

QUARTA (21/02)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

08:30 09:00 10:00 10:00 10:00 10:30 10:30 10:30 11:00 11:00 11:00 11:00 11:00 11:00 12:00 12:00 12:00 12:00 12:00 12:15 12:30 13:00 19:00 19:00 20:00

QUINTA (22/02)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

SEXTA (23/02)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

SÁBADO (17/02)

CINEMA

TAD E O SEGREDO DO REI MIDAS Versão portuguesa Gênero: Animação Classificação: M/6 Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 15H00 Gratuito para menores de 12.

SÁBADO (24/02)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

DOMINGO (25/02)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

SEGUNDA (26/02)

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

TERÇA (27/02)

Farmácia Silva Largo Conde da Praia da Vitória, 26 ( 295 512 905

QUARTA (28/02)

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

QUINTA (01/03)

20.ª JORNADA | 18.02.2018 FC Calheta

Farmácia da Misericórdia Avenida Paço do Milhafre, 18 ( 295 540 290

SEGUNDA (19/02)

DOMINGOS

CAMPEONATO FUTEBOL DA ILHA TERCEIRA

Marítimos

HOJE (16/02)

- Lajes - Fontinhas (1) - Casa da Ribeira - Cabo da Praia - Matriz Sta. Cruz - Vila Nova - Fontinhas (2) - São Brás - Porto Martins - Sta Luzia, BNS Fátima - Quatro Ribeiras - Lajes - Agualva - Santa Rita - Fonte do Bastardo - Biscoitos, IC Maria (3) - Biscoitos - São Pedro (4) (1) Enquanto há catequese (2) Quando não há catequese (3) 1.º e 2.º sábados (4) 3.º e 4.º sábados 15:30 16:00 16:30 17:00 17:30 17:30 18:00 18:00 18:00 18:00 18:00 19:00 19:00 19:00 19:00 19:30 19:30

Farmácia Cabral Praça Francisco Ornelas da Camâra ( 295 512 814

ASSINE

BISCOITOS Posto da Misericórdia ( 295 908 315 SEG a SEX: 09:00-13:00 / 13:00-18:00 SÁB: 09:00-12:00 / 13:00-17:00

SENIORES MASCULINOS

19.ª JORNADA | 24.02.2018 AA Alunos

-

ADRE Praiense

CDE Topo

-

CD Ribeirense

CD Marienses

-

CA Rabo Peixe

QUINTA-FEIRA (22/02)

CINEMA

20.ª JORNADA | 25.02.2018 AA Alunos

-

ADRE Praiense

CDE Topo

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CD Ribeirense

CD Marienses

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CA Rabo Peixe

Nota Editorial Esteja na nossa “Agenda Desportiva”, envie toda a informação para: desporto@jornaldapraia.com

ASSINATURA ANUAL 15,00 EUR assinaturas@jornaldapraia.com

UMA GUERRA Gênero: Drama Classificação: M/16 Local: Auditório do Ramo Grande Hora: 21H00 Filme do ciclo “O Outro Lado do Cinema”. Parceria com o Cine-Clube da Ilha Terceira. Desconto de 50% para sócios do CCIT. Nota Editorial Esteja na nossa “Agenda Cultural”, envie toda a informação para: noticias@jornaldapraia.com. •

VILA DAS LAJES Farmácia Andrade Rua Dr. Adriano Paim, 142-A ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-18:30 SÁB: 09:00-12:30

VILA NOVA Farmácia Andrade Caminho Abrigada ( 295 902 201 SEG a SEX: 09:00-12:00 / 16:00-18:00 Farmácias de serviço na cidade da Praia da Vitória, atualizadas diáriamente, em: www.jornaldapraia.com


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