Nº 220 - JORNAL FOLHA DA ENGENHARIA - ED. NOVEMBRO - 2022

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CENTENÁRIO

DA SEMANA DE ARTE MODERNA

O modernismo foi um movimento artístico e cultural de grande importância para o Brasil. Em 1922, en tre os dias 13 e 17 de fevereiro, no famoso Teatro Muni cipal de São Paulo, intelectuais e artistas ligados a elite cafeicultora paulista se reuniram para apresentar uma arte que tinha como objetivo romper com os padrões artísti cos vigentes até então – o evento ficou conhecido como “Semana de Arte Moderna“.

ANO XXV, Nº 220, NOVEMBRO DE 2022
páginas 03 e 04

TEMPO DE MUDANÇAS!

As mudanças, que a população tanto anseia e pede, precisam ser feitas este ano de 2022. Esta é a oportunidade do povo mudar o panorama, decidindo a corrida presiden cial e a ocupação da cadeira de governador dos 12 estados, que ficaram em pendência para o Segundo Turno, assim como foi feito anteriormente no Primeiro com o congresso, senado e nos outros 14 estados brasileiros.

A mudança precisa ser radical e é necessário que os cidadãos estejam conscientes da responsabilidade que car regam nas mãos. De nada adianta apoiar as ações da Polícia Federal e protestar nas redes sociais contra a corrupção se suas ações não condizem com o que você diz.

É fundamental que seja feita uma limpeza geral. Nós não suportamos mais os mesmos nomes que há décadas as saltam os cofres públicos. Entretanto, para isso, precisamos fazer a nossa parte e darmos o exemplo nas pequenas coisas do dia a dia, exemplificando: não estacionar em vagas desti nadas para idosos e deficientes físicos; furar filas em bancos e comércios; ou ainda, ser agressivo no trânsito. Trabalhar o bem do coletivo é necessário para uma sociedade crescer e se desenvolver de forma saudável.

O momento é propicio para a reflexão, afinal somos nós que pagamos a conta de desmandos dos políticos. Exem plos disso não faltam e saltam aos nossos olhos, como os aumentos absurdos dos itens de necessidade básica, uma economia estagnada e com crescimentos diminutos e um país com a sua estrutura sucateada por um longo período histórico.

Diante das dificuldades que agridem a nação, a equipe da Folha da Engenharia deseja, acima de tudo, que neste ano o povo brasileiro tenha sabedoria para mudar e criar um verdadeiro e belíssimo Brasil.

ANO XXV, Nº 220, NOVEMBRO DE 2022
PPGC
Internet
Foto:

DA SEMANA DE ARTE MODERNA CENTENÁRIO

Também conhecida como Semana de 22, a Semana de Arte Moder na de 1922 aconteceu em São Paulo, entre os dias 11 e 18 de fevereiro, no Theatro Municipal da cidade. O evento teve o apoio do governador do estado de São Paulo na época, Washington Luís.

Na Semana de 1922, a cada dia eram expostas diferentes artes, como a pintura, a escultura, a poesia, a literatura e a música. O evento fez com que um movimento artístico surgisse e ganhasse força no Brasil: o modernismo.

Foi a Semana de 22 que proporcionou uma verdadeira quebra de paradigmas na sociedade, criando uma linguagem para as artes, muito mais moderna e com muito mais liberdade. Novos conceitos artísticos surgiram, assim como formas de praticá-los.

A poesia, que antes era só escrita, passou a também ser declamada; a música começou a ter cantores acompanhando as orquestras sinfôni cas; e as artes plásticas puderam ser representadas em telas e maquetes de projetos arquitetônicos, com desenhos muito mais arrojados.

Vale lembrar que, antes desse evento, a elite brasileira, principal mente a paulista, era totalmente influenciada por padrões estéticos eu ropeus conservadores. Não havia no Brasil uma identidade própria, algo que representasse o nosso país nas artes.

Tudo era muito formal e acadêmico. A Semana de 1922 mudou esse aspecto, trazendo características do nosso país para todas as expressões artísticas desenvolvidas pelo e para o nosso povo.

O contexto histórico em que a Semana de 22 se realizou

O evento ocorreu em meio a um cenário delicado do nosso país, que estava envolto a tensões políticas, econômicas e sociais da República Velha, na época da chamada política do Café com Leite.

Também houve resistência de intelectuais da época, que preferiam que as artes brasileiras seguissem tendo inspirações europeias. Uma prova disso é o que ocorreu quando Roland de Carvalho declamou o poema Os Sapos, de Manuel Bandeira. O texto, uma crítica aberta ao parnasianismo, chocou muitas das pessoas presentes, que vaiaram e fi zerem algazarra, para que a leitura fosse interrompida.

Outro fato inusitado aconteceu quando o músico Villa-Lobos en trou para uma apresentação com um pé calçando sapato e o outro usan do um chinelo. O público interpretou isso como uma afronta, uma atitu de desrespeitosa, que foi alvo de muitas vaias.

Mais tarde, o maestro explicou que a vestimenta não era uma ex pressão artística. Ele apenas usou chinelo em um dos pés porque estava com um calo inflamado e não havia a possibilidade de colocar um calça do fechado.

As reações negativas de parte do público também geraram publica ções conservadoras na imprensa. Muitos críticos e colunistas dos jornais da época trataram os artistas com termos como “futuristas endiabrados” e “espíritos cretinos e débeis”, entre outros.

Uma das exceções foi o jornal Correio Paulistano, que tinha um viés mais progressista e fez uma cobertura mais positiva do evento, des tacando o novo movimento que surgia.

Com o passar dos anos, percebeu-se a grandiosidade da Semana de Arte Moderna de 1922. Ela reflete até hoje na forma como nós, brasilei ros, produzimos e consumimos arte. Sem os movimentos modernistas, é bem provável que o Tropicalismo e a Bossa Nova, marcas da nossa cultura, não fossem como conhecemos hoje ou sequer existissem.

A música, a literatura, a poesia, o cinema, a televisão, a publicidade, a arquitetura… São diversos os segmentos que até hoje bebem da fonte da Semana de 1922.

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Fonte: Casacor - Abril e Blog Archtrends Foto: Internet

Alguns dos grandes artistas brasileiros que se destacaram no evento Semana de Arte Moderna

O Abaporu surgiu em 1928 e foi exposto no evento de celebração aos 50 anos da Semana de Arte Moderna - GUSTAVO LOWRY/CORTESIA MALBA/CASACOR.

Quais foram as consequências da Semana de Arte Moderna?

O evento foi muito criticado na época, recebendo adjetivos como “pouco moderno”, mas a verdade é que serviu como um divisor de águas entre a forma de fazer (e consumir) arte da época, já que fez críticas bem severas ao modelo parnasiano.

Após esse evento, algumas obras de grande importância surgiram no país, como o Abaporu, em 1928, de Tarsila do Amaral, considerada hoje a obra de arte brasileira de porta de entrada para o país – que in clusive, foi exibida em uma exposição de comemoração aos 50 anos da Semana de Arte Moderna.

A poesia, que antes era só escrita, passou a ser declamada também; e surgiu também o movimento Tropicália na música brasileira.

De maneira geral, houve uma grande revolução na linguagem artís tica e uma ruptura na arte erudita que predominava até então.

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Foto: Cartaz de Di Cavalcanti anunciando a Semana da Arte Moderna em 1922/ Foto:Enciclopédia Itaú/CASACOR Foto: O Theatro Municipal foi palco da Semana de Arte Moderna de 1922 Stig/CASACOR

Jessé Guimarães de Brito

A Folha da Engenharia faz lembrança de um grande ami go, arquiteto e urbanista, Jessé Guimarães de Brito, que faleceu no dia 18 de julho de 2022, aos 87 anos de idade.

Professor aposentado pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Jessé foi respon sável pelos projetos da primei ra Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte, no bairro Funcionários, e o Shopping 5A Avenida, localiza do na Savassi. Integrou a equipe do escritório do arquiteto e urbanista Oscar Ferreira, que via em Brito o “conhecimento e a calma necessá ria para resolver as coisas”.

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Avenida Afonso Pena, Belo Horizonte - MG. Ano de 1965. Fonte: Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte - ASCOM Foto: PPGC

COLUNA

Livro o

Kennedyano - págs. 81 e 82 “Medalha - Eng. Mauro Pereira Lopes”

O PRIMEIRO MUSEÓLOGO DA CIDADE DE CAPIM BRANCO/MG

O Capimbranquese, André Serra 39 anos, formou-se em Museologia no último sábado dia 24 de Setembro, na faculda de Claretino de Belo Horizonte, se tornando o Primeiro Profis sional Bacharel em Museologia da cidade.

IV EDIÇÃO

- Eng. Eder Moraes Rodrigues

Formado em 1992, Sócio Proprietário da EMR Consultoria, Eder trabalhou inicialmente na Mills do Brasil e na ROHR. Especialista em es truturas tubulares possui Pós-Graduação em Engenharia de Segurança no Trabalho. Atua no mercado corporativo realizando consultoria de projetos e treinamentos para empresas locadoras e construtoras de andaimes especiais e escoramentos metálicos.

- Eng. Francisco de Assis Miranda Chaves

Formado em 1986 foi Sócio Diretor Administrativo da MC Engenharia LTDA (1988 a 2003) elaborando projetos de estrutura metálica e concreto para USIMINAS, Mendes Júnior Industrial, Prefeitura Municipal de Maria na, UFOP, USIMEC e Açominas. Gerenciou e acompanhou obras do SESC (Serviço Social do Comércio) na Colônia de Férias Syllas Veloso em Venda Nova por meio da Terranova Engenharia e Empreendimentos LTDA e no Banco do Brasil (agências), Assembleia e Praça da CEMIG.

Ocupou a gerência de obras e manutenção do SESC-MG, no qual tem um currículo extenso de projetos arquitetônicos, execuções e fiscalizações de obras tais como: SESC Paladium Domus Artium, Centro de Convenções davEstalagem das Minas Gerais, Ouro Preto, SESC Mineiro Grussai (ES), Araxá, inúmeros postos de saúde, clínicas e consultórios odontológicos, pou sadas, heliporto, monumentos e outros.

- Engª. Maria da Glória Braz

Formada em 1990 na Kennedy, trabalhou na Leme Engenharia e atu almente trabalha na SPEC Engenharia e na EH² Estudos Hidrológicos e Hidráulicos. É mestre e doutora pela UFMG, onde lecionou Hidráulica e na FEAMIG, no curso de pós-graduação. Glória foi Coordenadora do Núcleo de Pesquisa da PUC-MG e foi Coordenadora do curso de Engenharia Civil da Kennedy. Atualmente, Glória é professora da Kennedy desde 1994 da ca deira de Hidráulica e também leciona na Universidade FUMEC.

André sempre teve o sonho de se aprimorar na área que é a sua paixão. Sendo um dos fun dadores do Museu Histórico de Capim Branco, acredita muito no potencial da cidade com os atrativos turísticos, a preserva ção da história e o patrimônio histórico.

Um dos seus objetivos é criar uma empresa de consultoria na área de museologia e patrimônio histórico cultural. Atualmente é professor de história e sempre desenvolveu atividades educação patrimonial nas escolas.

Conheça um pouco da profissão Museólogo

O museólogo dedica-se à classificação, à conservação e à exposição de peças de valor histórico, artístico, cultural e científico. É um profis sional que atua na área de cultura e patrimônio e tem suas atividades voltadas à investigação, preservação e comunicação dos bens culturais materiais (como pinturas, esculturas ou construções) e imateriais (como tradições ou folclore).

Prof. José Dimas Rietra Foto: Prof. José Dimas Rietra
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Serra
Foto: André

KENNEDY PERDE UM DOS SEUS GRANDES BENEMÉRITOS

A Escola de Engenharia Kennedy perdeu um dos seus Beneméritos. Aos 99 anos bem vividos, Osvaldo Magalhães Dias faleceu no último dia 8 de agosto.

Osvaldo foi vice-diretor da Kennedy, na época de ouro da escola que nascia. Até hoje é lembrado pelas inúmeras bolsas de estudo que oferecia a alunos carentes. Encontro sempre com ex-alunos agraciados com estas bolsas e ouço deles sempre o agradecimento ao Mestre.

Professor Catedrático da Escola de Minas de Ouro Preto onde passou em concurso público de títulos e provas. Na época, foi avaliado por profes sores do nível de Telêmago Van Lagendock e Aderson Moreira da Rocha considerados os mais celebrados da época. Lecionou na Escola de Minas e na Kennedy por mais de 30 anos.

Osvaldo trabalhou também na Venezuela, no Rio de Janeiro, na Prefei tura de Belo Horizonte, assessorando o então prefeito Luís de Souza Lima e no Crea-MG na presidência de Carlos Eugênio Thibau. Convém ressaltar que junto com os professores Gerber Serpa Alvim e Adhemar Rodrigues construíram a atual sede da Kennedy, no bairro Rio Branco.

Osvaldo deixa filhos todos formados e o mais conhecidos deles: Marcus Vinícius, o popular Marcão, que cuidou dele com muito carinho e generosidade.

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Fonte: Jornal “O Kennedyano” Edição de Setembro 2022

GERDAU E A EXPANSÃO PARA ALÉM DA

FRONTEIRA DO RIO GRANDE DO SUL

O processo de internacionalização da companhia gaúcha teve início em dezembro de 1980

não apenas pela distância de milhares de quilômetros ou em função da diferença de idioma e cultura. A iniciativa abriu uma trilha de oportuni dades ao propiciar que a Gerdau se adaptasse a um ambiente de negó cios até então desconhecido, com novas regulamentações e dinâmica de mercado.

Os horizontes se ampliaram ainda mais em agosto de 1999 com a entrada nos Estados Unidos através da compra de 75% do capital da AmeriSteel. A companhia norte-americana contava, à época, com quatro plantas industriais. Não é de admirar que, ao final do século 20, 40% da capacidade instalada da Gerdau estivesse localizada no exterior.

Ao final da década de 1960, o Brasil registrou uma média de cres cimento industrial de 15% ao ano. Os bons ventos da economia contri buíram para que, em 1969, pela primeira vez, a Gerdau ultrapassasse a fronteira gaúcha. E o salto foi grande – alcançou o Nordeste brasileiro, com a compra da Siderúrgica Açonorte, de Pernambuco. Com isso, o aço Gerdau passou a ser produzido também no distrito de Curado, na peri feria do Recife. Era apenas o início da expansão geográfica.

Em 1971, a rota de crescimento ganhou impulso com a aquisição da estatal Cosigua (Companhia Siderúrgica da Guanabara). No primei ro momento, a operação foi feita por meio de uma joint-venture com o grupo alemão August Thyssen (oito anos depois, a Gerdau assumiria o controle do negócio). De imediato, foi dado início à construção da planta siderúrgica do distrito de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A unidade foi erguida em tempo recorde. No dia 19 de dezembro de 1972, entrou em funcionamento, consolidando a marca Gerdau em nível nacional.

A essa altura, a empresa já tinha ingressado, de maneira pioneira, no segmento de distribuição com a Comercial Gerdau, inaugurada em 1º de fevereiro de 1971, em São Paulo, reforçando seu compromisso em fortalecer o relacionamento com seus clientes. Não foi uma iniciativa isolada – rapidamente, surgiram filiais em várias capitais brasileiras. Atualmente, são mais de 70 lojas espalhadas por todo o país. Nos anos seguintes, a produção também se alargaria com a incorporação de usinas no Paraná, Ceará, Minas Gerais e Bahia. Foi um crescimento obtido de modo estratégico e planejado para assegurar uma atuação abrangente e duradoura da Gerdau no território nacional. Ao final dos anos 1970, a companhia já era responsável pela produção de 10% do aço brasileiro.

O processo de internacionalização da Gerdau teve início em dezem bro de 1980, com a aquisição da Siderúrgica Laisa, do Uruguai. Ganhou fôlego com a compra da Courtice Steel, do Canadá, em outubro de 1989. O ingresso na América do Norte, aliás, representou um divisor de águas,

Em paralelo, a Gerdau continuou a pregar sua bandeira em países latino-americanos. Na Argentina, já em 1998, tinha assumido participa ção societária da laminadora Sipsa, da qual teria a maioria das ações a partir de 2005. Na década de 2000, por sinal, consolidou sua posição no continente com a Diaco, da Colômbia, em 2004, e da Siderperu, do Peru, em 2006. Esse movimento se completou com a aliança com a INCA, da República Dominicana, e a aquisição da Siderúrgica Tultitlán, do Méxi co, ambas em 2007.

Enquanto expandia sua presença no mundo, a Gerdau jamais dei xou de investir no mercado brasileiro, que continuou a ser centro das atenções. Essa posição de destaque se fortaleceu ainda mais ao dar início à produção do aço em Minas Gerais, berço de riquezas minerais e cora ção da siderurgia nacional. Em 1988, venceu o leilão de compra da usina Barão de Cocais. Em 1997, adquiriu participação societária da Açomi nas, da qual passaria a ser acionista majoritária em 2001. Hoje, a uni dade de Ouro Branco é a maior planta industrial da Gerdau no mundo. A importância estratégica de Minas Gerais se ampliou em 2009, com o início da produção própria de minério de ferro na mina Várzea do Lopes para abastecimento da usina de Ouro Branco.

Assim, com o tronco firme em suas raízes, representadas por uma cultura empresarial baseada nos valores da família, na capacidade de gestão e na vontade de crescer, a árvore da Gerdau espalhou seus galhos pelo Brasil e o mundo, projetando-se como uma das maiores produtoras de aço do planeta.

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Foto: Gerdau Foto: Gerdau
Os horizontes se ampliaram ainda mais em agosto de 1999 com a entrada nos Estados Unidos através da compra de 75% do capital da AmeriSteel
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DIA DO ENGENHEIRO CIVIL 25 OUTUBRO DE

O Dia da Engenharia Civil no Brasil, é comemorado no dia 25 de outubro. Foi nessa data, em 25 de outubro de 1998, que o Papa João Paulo II beatificou Frei Galvão como santo.

Já no ano de 2013, o então senador José Agripino, entrou no Projeto de Lei (PL) 348/2013, para considerar a data como Dia do Engenheiro Civil, da Construção Civil, do Patrono da Engenharia Civil e, claro, do Dia da Engenharia Civil no Brasil. Em setembro de 2016, a data passou a ingressar no calendário do país.

Dessa forma, assim como para os católicos, o dia 25 de outubro é uma homenagem para o Santo Frei Galvão, ele passou a ser de lembrança dupla, recebendo, também, como Dia da Engenharia Civil no Brasil.

Santo Frei Galvão - Patrono da Engenharia no Brasil

O Dia da Engenharia Civil no Brasil possui sim uma ligação histórica e religiosa.

Antônio de Sant’Anna Galvão, também conhecido como Frei Galvão nasceu na cidade de Guaratinguen tá, no interior do estado de São Paulo, no ano de 1739, vindo de uma família muito religiosa.

No ano de 1760, com 21 anos, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no convento de São Boaventura de Macacu. Após uma vida dedicada a ajudar quem mais precisava, faleceu em 1822, com 83 anos.

Durante sua vida, chegou a trabalhar como pedreiro e mestre-de-obras, por isso, passou a ser reconhecido como Patrono da Engenharia no Brasil.

Por cerca de 28 anos, Frei Galvão trabalhou na construção de duas casas religiosas, a Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, que hoje recebe o nome de Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, além da Igreja de Nossa Senhora da Luz.

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Fonte: C3 equipamentos Foto: Convento da Penha

DESENVOLVIMENTO DA RMBH É TEMA DO CONGRESSO

À frente da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a diretora-geral Mila Corrêa da Costa destacou a importância da RMBH, que é modelo para as mais de 80 RM’s de todo o país. Segundo ela, isso se deve aos 50 anos de planejamento.

“A Agência tem poder de polícia, por exemplo sobre o uso do solo. Nosso papel, para além de fiscalizar, é fornecer um olhar complementar, respeitando a questão do município e sem sufocar o setor produtivo”, definiu a direto. Por outro lado, Mila falou da falta de identidade da Agência RMBH. “A Agência Metropolitana do ABC Paulista, por exemplo, se uniu no entorno da causa operária. Falta à nossa uma marca uma identidade, pra aglutinar os municípios. Falta aquele sentimento de pertencimento, pro município e setor produtivo, crescerem, se desenvolverem”.

A palestra foi realizada no Congresso de Loteamentos do Sinduscon-MG, dia 18/10, e foi aberta pelo presidente da entidade, Renato Michel, e pelo vice-presidente da Área de Loteamentos, Flávio Guerra.

Côrrea lembrou o auge da pandemia de Covid-19, período em que ligou para cada um dos prefeitos que integram a RM para saber sobre que medidas poderiam ser tomadas de maneira mais uniforme para reduzir o impacto da quele momento. “Uns prefeitos estavam preocupados com o contágio no trans porte público, outros já não aceitavam o fechamento do comércio… A gente não tem ferramenta, um ato normativo pra poder fazer isso de maneira que não ultrapasse a autonomia dos municípios, e ao mesmo tempo que a gente consi ga pensar integrado. Como pensar a despoluição da Lagoa da Pampulha sem pensar em BH, Contagem, Copasa? As inundações em Rio Acima, Santa Luzia,

CONGRESSO DE LOTEAMENTOS

que ocorrem todos os anos… Temos de pensar as bacias. Várzea Flores, Rio Manso, abastecem a Grande BH, é preciso integrar.”

O Plano Diretor

Mila lembrou que o Conselho Metropolitano é a entidade mais impor tante do arranjo, a quem a Agência está vinculada. E citou dois instrumentos necessários à gestão metropolitana: o Fundo Metropolitano e o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte – PDDI-RMBH. “O PDDI é o único instrumento previsto na legislação bra sileira que obriga o município a obedecer o que for determinado, mas está suspenso”, explicou.

(O PDDI-RMBH – é uma ferramenta constitucional para o planejamento metropolitano, prevista no art. 46, inciso III da Constituição do Estado de Minas Gerais de 1989, que busca contribuir para o processo de integração socioespacial dos 34 municípios da RMBH. Nele são especificados diretrizes, políticas e projetos para o desenvolvimento das funções públicas de interesse comum da região metropolitana de Belo Horizonte).

Doze políticas públicas compõem o Plano Diretor Metropolitano, en tre as quais estão o transporte intermunicipal, saneamento, uso do solo. “Por exemplo, no caso do transporte, na década de 1970 era integrado, funcionava. Após 1988, os municípios o assumiram o transporte local, o Estado o interes tadual, e a integração entre as cidades da RMBH se perdeu”.

Objetivos

Como funções da Agência, a Diretora-Geral citou o planejamento a curto, médio e longo prazo e o sistematizar das informações.” Dessa forma é possível ao comprador/empreendedor checar se o lote ou imóvel estão OK para com pra; saber sobre loteamentos e a questão de uso do solo para poder investir”.

Outro ponto é a Pesquisa Origem-Destino. “Com essa ferramenta dá para saber como as pessoas se movem na RMBH. Assim como se dá o deslocamento das cargas (de onde veio, se por avião, rodovia, por onde passou). Essa pesquisa vai ser importante pro Aeroporto de Confins se tornar um hub, inclusive com ligação de um modal ferroviário”.

Por fim, Mila citou a Anuência digital, que economiza papel, combustível e tempo, ao tornar todo o processo digital.

“Dificilmente vocês me encontram na Cidade Administrativa. Eu tô sem pre visitando as cidades. É com os prefeitos que se alinha as necessidades de cada município.”

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Foto: Sinduscon-MG

VENDAS DE CIMENTO MANTÊM QUEDA EM SETEMBRO/2022

A manutenção da taxa Selic em patamares elevados (13,75%), o crescente endividamento das famílias e a lenta recuperação dos salários dificultam o acesso a empréstimos e crédito – além da competição de investimentos imobiliários com produtos do mercado financeiro. Todos esses fatores resultaram na desaceleração das vendas de cimento.

Em setembro, a comercialização do produto registrou queda de 3,8% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Ao se analisar o despacho de cimen to por dia útil em setembro, de 238,4 mil toneladas, verificou-se um aumento de 1,6% em comparação a agosto e uma queda de 3,5% sobre mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro foram vendidas 47,7 milhões de toneladas, recuo de 3,0%.

Formado pela Escola de Arquitetura da UFMG, Mário de Queiroz atua há 34 anos no mercado aprovando projetos, em sua maioria, residenciais e comerciais nos órgãos públicos competentes. Atualmente, comanda a Mário de Queiroz Arquitetura, localizada no bairro Sion em Belo Horizonte/MG.

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Foto: PPGC Foto: ABCP Foto: ABCP

ENA 22 EVIDENCIA AUTOMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA INDÚSTRIA

Em dois dias, encontro em Belo Horizonte reúne principais fornecedores de tecnologia do mundo e fomenta negócios

Palestras com profissionais atuantes no mercado e intercâmbio de infor mações, visando novas oportunidades de negócio, com ênfase à automação e à inteligência artificial disponíveis para a indústria. Essas foram algumas ex periências proporcionadas pelo Encontro Nacional de Automação (Ena 22), realizado pela FIEMG em parceria com a Gerdau, na terça e quarta-feira (18 e 19/10), em Belo Horizonte. Durante dois dias, o maior evento de automa ção industrial do Brasil reuniu no prédio da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais um público diverso de engenheiros, técnicos, a gerentes e diretores de grandes empresas nacionais e estrangeiras.

Sob diferentes vieses, os palestrantes demonstraram como a tecnologia se tornou um importante aliado do setor produtivo para encontrar soluções sus tentáveis e inteligentes. Essas alternativas estão associadas à produtividade, competitividade, eficiência e segurança, podendo ser aplicadas nos segmentos de siderurgia, mineração, automobilístico, petroquímico, entre outros.

Presidente da Microsoft no Brasil, Tânia Cosentino destacou a pertinên cia do evento para toda a cadeia produtiva, sobretudo no ganho de competi tividade e produtividade, além de incentivar o compartilhamento de informa ções. “A tecnologia vem avançando muito e estamos conseguindo trazer para a realidade a convergência da tecnologia com a informação. Várias soluções que podem auxiliar a produzir mais, a melhorar a qualidade dos produtos e a segurança das operações”, observou. Em consonância com a executiva, o diretor-associado da Accenture, Carlos Boechat, disse que “a indústria 4.0 e a transformação digital vão ao encontro da eficiência e da redução de custos”.

Tecnologia na prática

Além das palestras, o Ena 22 reuniu 44 expositores, entre empresas e ins titutos, que demonstraram diferentes usabilidades da tecnologia em operações robóticas na indústria, equipamentos e serviços. O Centro de Treinamento e Desenvolvimento da Indústria 4.0 do SENAI, por exemplo, simulou em um telão a integração entre um sistema de compra marketplace, espaço virtual de comércio, e a indústria.

“É importante o SENAI apresentar para a comunidade como a instituição utiliza as tecnologias da chamada Indústria 4.0. Isso fortalece ainda mais a entidade e nos posiciona como um provedor de solução que está na fronteira do conhecimento tecnológico”, observou o coordenador do Centro 4.0, Edglei Marques.

Marina Drumond é engenheira da empresa Automton, de BH, que atua nas áreas de tecnologia da informação (TI) e da tecnologia da automação (TA), e participou pela primeira vez do Ena. “É fundamental estar atento ao que o mercado está oferecendo de tecnologia, fazer contatos e assistir às palestras”, disse. Já a engenheira de automação da Vale na planta de Parauapebas, no Pará, Fernanda Cal estava interessada em conhecer as novas tecnologias aplicadas na segurança das barragens de minério.

O especialista em Automação - Indústria 4.0 na Gerdau, Érico Rossi, ava liou que o evento mostrou diversas perspectivas da automação e da inteligên cia artificial no setor produtivo de maneira gratuita e aberta ao público. Ele destacou ainda a parceria com a FIEMG na promoção do encontro, bem como o apoio das empresas patrocinadoras. “Mais importante que conectar coisas é unir as pessoas”.

“Por princípio, a inovação se faz em rede. A promoção de encontros como esse, com várias empresas importantes representadas, proporciona trocas de conhecimentos para fomentar a competitividade e produtividade”, afirmou o superintendente regional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MG), Gustavo Ma cena, que representou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, no encontro.

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Fotos: Sebastião Jacinto Júnior e Alessandro Carvalho
FIEMG Foto: PPGC
Oportunidade de networking
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CONSTRUA MINAS REAFIRMA A FORÇA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Agência Sebrae de Notícias

O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) promoveram, com o apoio do Sebrae, a primeira edição do Construa Minas. A abertu ra oficial do evento foi realizada na quarta-feira, dia 19/10, em Belo Horizonte, e reuniu autoridades e representantes de entidades do setor. A programação do Construa Minas termi na sexta-feira, dia 21/10.

O presidente do Sinduscon-MG, Renato Michel, partici pou da cerimônia de abertura e chamou atenção para a dimen são e a importância do evento. “Este encontro é um movimen to de união da cadeia produtiva, é um momento de superação de desafios, pois estão sendo discutidos aqui temas estraté gicos para o setor, como inovação, produtividade, o mercado imobiliário e, em suma, o futuro das cidades”, afirma Michel.

Já o presidente da CBIC, José Carlos Martins, falou sobre o momento que a construção civil passa. “Apesar dos desafios da pandemia e das incertezas do mercado, o setor continua forte e pujante e o Construa Minas reflete bem essa realida de”, diz.

Cerimônia de abertura do evento foi realizada na última quarta-feira (19/10). Imagem Pedro Duarte.

Seminário do BIM

A analista do Sebrae Edlamar Silva, representou o pre sidente do Sebrae, Carlos Melles, e destacou os pequenos negócios do setor na geração de emprego e renda. “O Sebrae apoia a construção civil, um setor de grande relevância para as pequenas empresas da cadeia produtiva e para a economia do país. É um importante gerador de empregos, que movi menta uma gama de segmentos da sociedade”, conta.

O Construa Minas reuniu grandes nomes do mercado imobiliário mineiro e nacional, de 17 a 21 de outubro, em Belo Horizonte. Na programação do evento, palestras e congressos sobre tendências da construção civil e do mercado imobiliário, cenário econômico, sustentabilidade e meio ambiente e inovação.

Nesta edição, também fez parte das atividades do Construa Minas, o Seminário do BIM (SeBIM). O evento foi realizado, no dia 17/10, segunda-feira, pelo Sebrae Minas, Sinduscon-MG e Câmara BIM-MG, com apoio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra-MG) e do Departamento de Edi ficações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).

O SeBIM reuniu mais de 100 especialistas lideranças, técnicos e outros profissionais que atuam no setor da construção civil para discutir sobre temas ligados às vantagens e desafios para implementação do BIM (Building Information Modeling).

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Foto: ASN
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