ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901


ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901
A Convenção Batista Baiana promoveu a sua 100ª Assembleia, entre os dias 02 e 04 de julho de 2025, no templo da Igreja Batista Sinai, em Salvador - BA. Foram 546 inscritos, todas as 20 associações representadas, 298 Igrejas e 203 cidades representadas. Leia a matéria completa na página 09.
Batistas brasileiros refletem sobre ações em situações de crises e catástrofes
Associação Nacional de Escolas Batistas promove Congresso em Aracaju (SE)
Celebração com colaboradores de organizações enfatiza importância da Educação Cristã
Parnaíba recebe 58ª Assembleia Bienal da Convenção Batista Piauiense
O mês de julho de 2025 tem sido marcado por eventos que reforçam a vitalidade e o compromisso da Igreja Batista Brasileira com a unidade, a formação cristã e a ação social. A realização da 100ª Assembleia da Convenção Batista Baiana, de 02 a 04 de julho, em Salvador, é um marco histórico para os Batistas da Bahia. Reunidos no templo da Igreja Batista Sinai, 546 mensageiros representaram as 20 associações, com presença de 298 igrejas e 203 cidades. A celebração centenária reafirma o papel da Convenção como referência
de organização e serviço cristão no estado.
Ainda em julho, entre os dias 03 e 05, Aracaju recebeu o Congresso da Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB), sob o tema “Anunciemos o Amor Gracioso na Escola”. Educadores e líderes escolares refletiram sobre a missão da escola cristã na formação de valores e na promoção de uma educação que alia excelência pedagógica e fé, reconhecendo a escola como um espaço de discipulado e transformação.
Em outro eixo estratégico da atuação Batista, a Conferência RADS – Rede de Ação e Desenvolvimento Social – aconteceu em São Paulo, nos dias 19 e 20 de junho, com 430 participantes e representantes de 65 Igrejas locais de diversas regiões. O evento consolidou-se como um espaço de capacitação e mobilização para uma atuação social mais efetiva e intencional, conectando Igrejas ao compromisso de servir à sociedade com amor, justiça e compaixão.
Este espírito de missão também se fez presente no culto especial rea-
lizado no Centro Batista, destacando a importância da Educação Cristã como base para uma igreja saudável, relevante e transformadora.
Nesta edição, as colunas trazem reflexões fundamentais: em Bilhete de Sorocaba, um pastor veterano escreve ao jovem que inicia sua caminhada ministerial; em Fé Para Hoje, somos desafiados a olhar para Jesus como nosso modelo de amor; e em Observatório Batista, refletimos sobre os momentos em que o Éden se repetiu ao longo dos anos.
Boa leitura! n
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA
Pr. Julio Oliveira Sanches
Um grande amigo, filho de renomado pastor, solicitou-me escrever sobre que conselhos daria a um jovem pastor. Firmado na experiência de 55 anos de ministério pastoral, certamente teria acumulado, ao longo do ministério, algumas experiências que seriam bênçãos na vida de qualquer pastor. Claro que nem tudo vivido no ministério pastoral, pode ser escrito ou sugerido a quem está iniciando. Há experiências que não podem ser reveladas ou escritas. Toda profissão tem algo que deve ficar guardado entre o pastor e a ovelha atendida no gabinete pastoral. O púlpito deve resguardar-se de expor o que o pastor viu em uma visita ou ouviu ao atender uma ovelha. Na verdade, o Seminário não ensina ao pastor como proceder ao longo da caminhada ministerial. A vida prática é que vai ensinar como proceder e agir ao longo da caminhada com a Igreja e as ovelhas.
1º - O pastor precisa ter em mente, sempre, que as ovelhas não lhe pertencem.
As ovelhas são de Cristo. Jesus
deixou esta verdade bem clara ao comissionar Pedro a apascentar o rebanho do Senhor: “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.15-17). Ao escrever sua primeira carta, o velho apóstolo repete o que recebeu de Jesus: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente, segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pe 5.2-3). O pastor há que exercer o ministério com alegria crescente. Mesmo quando encontra no rebanho ovelhas rebeldes, que tentam prejudicar o seu ministério, há que ministrar com alegria crescente.
2° - Alguns exemplos bíblicos de ovelhas rebeldes, não devem tirar a alegria de servir ao Senhor. Paulo enfrentou muitas dificuldades com algumas ovelhas que integravam o rebanho que Deus lhe confiou. Ele diz dos males que Alexandre, o latoeiro, lhe causou (II Timóteo 4.14-15). Ao longo do ministério, todo Pastor vai encontrar alexandres, latoeiros, a pre-
judicar o ministério pastoral. Isto não é razão para abandonar a chamada recebida do Senhor. Mas, de estímulo a servir com crescente alegria e maior dependência ao Senhor do rebanho. O apóstolo João enfrentou, na execução do seu ministério pastoral, algo que hoje se repete com frequência. Pessoas que tentam interferir no ministério pastoral. São crentes que se dizem chamados para o ministério, mas que nunca receberam a chamada divina. Tentam por todos os meios interferir na vida do pastor e da Igreja. Na Igreja pastoreada por João, havia um “salvo” chamado Diótrefes, que tentava interferir na vida da Igreja. Hoje, são chamados “donos” da Igreja. Difícil numerar as Igrejas que tem os seus donos, hoje. Às vezes é uma família inteira. Julgam-se donos de tudo. O vice moderador é sempre o mesmo. A presidente da denominada antiga União Feminina é sempre a mesma. Todos votam ou acompanham o voto de tais líderes. A Igreja fica emperrada e não cresce. Não aceita nenhum projeto novo. Normalmente, tais líderes se posicionam no auditório em lugares estratégicos e o resto da congregação
só vota ou não vota após a decisão de tais lideranças. Já fui vítima de tal liderança na Igreja. A única solução é suplicar ao dono do rebanho que elimine ou remova tal liderança da Igreja. Jesus sempre ouve a oração do pastor, quando este nomina ao Senhor os nomes de tal liderança perniciosa. O pastor precisa crer que o domínio da Igreja por Cristo está acima de tais líderes perniciosos. Atualmente, isto é muito comum. Os indivíduos usam “Deus me falou” para impor suas pretensões malignas na causa de Cristo. Ninguém ousa contestar quando “Deus falou”. Muitos dos erros e decisões tomadas atualmente nada tem a ver com a vontade de Deus. O jovem pastor deve ter cuidado em suas decisões, especialmente a não se deixar influenciar pelas decisões que vem de grupos dominantes na causa de Cristo. Jamais se deixar a comprometer-se com decisões humanas que tentam manter o status quo. Jamais levar para a Igreja que Deus lhe confiou decisões ou orientações que não tenham o respaldo do Espírito Santo. Isto não é fácil decidir. Continuaremos na próxima crônica. n
Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB
O dia 26 de julho é comemorado como o Dia dos Avós. Uma data bem especial na vida daqueles que, após serem pais, têm aquele desejo ardente de ser avô e avó, dando prosseguimento à família e a uma nova geração. Dizem por aí que “os avós são pais com açúcar”. Será mesmo? Se imaginarmos que os pais têm a responsabilidade de educar, corrigindo, doa a quem doer, literalmente falando, então é uma grande verdade.
E os avós, quais são suas funções? Curtir os netos, fazendo deles um passatempo delicioso, muitos regados a doces de verdade, realizando as suas vontades. Maldade é dizer que eles “deseducam”. E, naquelas famílias
que acabam criando os netos como criaram os filhos, o que dizer?
Lembro de meu avô paterno, Martinho, português nascido na Ilha da Madeira, e de suas conversas e viagens, embora tenha falecido quando eu era ainda adolescente. E dos avós maternos, Pedro e Carolina, com quem convivi mais, em especial a querida vovó Carola, com quem muito conversei e adorava beber de sua sabedoria, que nos deixou órfãos quando faleceu aos 96 anos de idade, de maneira surpreendente, sem estar acometida de doença, mas apenas de sua idade avançada.
Como é bom aprender com a sabedoria de quem já viveu situações que jamais passamos na vida. E isso não vem somente de quem possui os mais diversos cursos e títulos, mas
“Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” (Tg 4.10)
Uma das posturas que mais nos desfiguram, em termos de valor espiritual, é o sentimento da vaidade. Jesus Cristo deplorou a vaidade quando afirmou: “Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido” (Mt 23.11-12).
A análise da história da civilização tem revelado a veracidade
de quem simplesmente foi formado pela vida.
Parabéns a quem é avó ou avô, até mesmo os que começaram cedo e já são bisavós. E, para os que ainda os têm, aproveite enquanto pode usufruir de tanto doce na vida.
incontestável da crítica feita por Jesus. A galeria que nos revela os líderes mais cruéis e desumanos está repleta de ditadores sanguinários. Por outro lado, o texto bíblico também tem sido definitivo quando reconhece: “Aquele que se humilha será engrandecido” (Mt 23.12). O crescente impacto do cristianismo bíblico continua sendo a maior evidência do poder de Jeová, no projeto constante da purificação espiritual da criação.
Então, se os avós são “pais com açúcar”, quando os perdemos, a vida passa do doce ao amargo com suas ausências. E Deus certamente os criou para que a vida seja mais adocicada, com tanto fel pela frente que enfrentamos... n
Adriana Rocha educadora cristã com ênfase em Missões; licenciatura em História; licenciatura em Pedagogia; pós Graduação em Psicopedagogia Institucional; cursando pós Graduação em Neuropsicopedagogia
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Eu não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração nem tenha medo” (Jo 14.27)
A paz verdadeira só encontramos em uma pessoa, Cristo Jesus. Deus, aquele que nos criou, é o príncipe da paz. Como criaturas que somos e filhos amados, Deus espera de nós que expressemos a nossa adoração a Ele e a paz é fator preponderante para que consigamos fazer. Quando não estamos em paz, ou quando não
sentimos a verdadeira paz, ficamos paralisados, mais que isso, ficamos travados e não conseguimos adorar a Jesus. Muitas vezes não fazemos porque algo rouba a nossa paz, como a ansiedade.
A ansiedade nos coloca no modo “sobrevivência”, em outras palavras, não vivemos a vida que o Senhor nos dá em sua intensidade, mas caímos no modo automático, deixamos de adorar em nossa rotina, no ordinário da vida. A ansiedade nos trava de uma maneira que rouba a nossa capacidade de expressarmos a nossa adoração ao Senhor.
A nossa fé nos leva a entender que a paz não é ausência de problema. Como viver num mundo em que parece que tudo ao nosso redor está contribuindo para sermos pessoas ansiosas?
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. A paz que Cristo nos dá não é uma paz circunstancial, não depende da situação que estamos vivendo. É uma paz sobrenatural. É uma paz, que mesmo em meio aos problemas, nos habilita a enfrentarmos as situações, crendo que Cristo está sempre conosco.
Não precisamos enfrentar o peso das pressões desta vida sozinhos, não precisamos encarar as expectativas que as pessoas têm sobre nós sozinhos, não precisamos sermos “perfeitos ou fortes” o tempo todo. Não!!! Temos um Deus que está sempre conosco, ele é nosso amigo.
Pela fé que temos em Cristo Jesus, cremos que a paz que Ele nos oferece é mais do que um sentimento passageiro ou tão somente uma sensação de bem-estar. É real!
Transcende todo entendimento humano.
Jesus, enquanto homem, nos ensina que podemos confiar e descansar integralmente no amor do Pai, não importa o que aconteça. Em I Pedro 5.7 lemos: “[…] lançando sobre ele toda vossa ansiedade, pois ele tem cuidado de vós”.
O que podemos fazer para experimentarmos a paz de Cristo nos momentos difíceis quando a ansiedade quiser nos paralisar? Conhecermos a Deus e Sua Palavra. Se estivermos firmados no amor do Pai teremos nosso coração fortalecido na Verdade.
Todos aqueles que já foram reconciliados com Deus desfrutam da paz que Ele nos dá.
Ah, que extraordinário! A paz que vem de Deus coexiste em meio a dor. Aleluia! n
Nédia Galvão
membro da Igreja Batista da Restauração - Missão Batista em Macambira - SE; capelã escolar; especialista em Ciência da Religião e Bacharel em Teologia
Vivemos mudanças céleres com relação ao novo, às variações e descartes. E isso se dá nas relações pessoais, na aquisição de coisas e até nas informações.
É tudo muito rotativo. É o novo que logo deixa de ser novo. Uma variedade de “amizades” e coisas que não nos dão estabilidade. É o constante descarte daquilo e daqueles que já não nos correspondem.
E as informações?! Essas também nem se falam! O que é dito hoje
é “desdito” ou esquecido em poucos instantes.
Mas é isso: novidade, variedade e descartabilidade são o que move a sociedade. Contudo, Deus nos chama à firmeza, à constância, ao apego. Pois o Evangelho é contracultura, vai na contramão do sistema, vai de encontro ao padrão deste mundo. Em Romanos 12:2 lemos: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Deus nos chama à firmeza. Em Filipenses 4.1, o apóstolo Paulo diz: “Permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!”. Logo em seguida a essa passagem, o apóstolo Paulo trata de
um conflito entre duas irmãs, provavelmente influentes na igreja, e convoca-as a viverem em harmonia no Senhor, mantendo-se firmes na caminhada da causa do Evangelho. Firmeza é a palavra de ordem!
Da mesma forma, o apóstolo Paulo fala aos coríntios, em sua primeira carta, capítulo 16, verso 13: “Mantenham-se firmes na fé.” O termo firmeza, no grego, é stérigmos e trata-se de um estado de segurança, firmeza, constância, posição segura, estar firme em. Portanto, ainda que sejam a novidade, a variedade e a descartabilidade o que move a sociedade, estejamos firmes na fé.
Como se não bastasse, o apóstolo Paulo permanece firme na sua admoestação. Agora, destaco II Tes-
salonicenses 2.15: “Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa.”
Ah, estimado leitor! Somos chamados à firmeza, à constância, ao apego no Senhor, na caminhada cristã, na fé e até nas tradições. Logicamente, em dado momento, vamos nos deparar com algo novo, e mudanças são necessárias. Mas precisamos ter sabedoria, cautela e discernimento para aderir à novidade, à variedade e à descartabilidade quando necessário. Lembremos que esse tripé social não é espiritual.
A regra é firmeza, constância e apego. Esses, sim, são os princípios do Reino. n
Por que os cristãos precisam refletir sobre a adoção de crianças?
sempre Deus tem aprovado a adoção como expediente legítimo para outorga de uma filiação genuína.
Apesar de ser um assunto pouco abordado nas Igrejas cristãs, a adoção é um tema recorrente no ensino neotestamentário. Em Gálatas 4.5, por exemplo, é dito que a redenção outorgada por meio de Cristo concedeu aos crentes o privilégio de serem adotados como filhos de Deus. A prova disso, conforme explica o apóstolo, é o envio do Espírito Santo aos nossos corações (cf. Gálatas 4.6), o qual, em Romanos 8.15, é chamado de “Espírito de adoção”.
Essa filiação fazia parte do plano divino desde a eternidade, pois, “antes da fundação do mundo” (Efésios 1.4), Deus nos elegeu em Cristo “para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor, e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo” (Efésios 1.4-5). Ou seja, desde
Se é assim, por que então a adoção é popularmente vista nas Igrejas como uma forma inferior de parentalidade? Por que os adotados são considerados por muitos como filhos postiços? Por que alguns, inclusive, falam dos adotados como aqueles que alguém “pegou para criar”, como se não fossem membros da família?
É claro que não são todos os cristãos que pensam dessa forma. Entretanto, isso não muda o fato de que essas perguntas refletem uma perspectiva da adoção que não parece se alinhar com o ensino bíblico. Afinal, se somos convidados a sermos imitadores de Deus, como filhos amados (Efésios 5.1), deveríamos, à semelhança do Pai celestial, considerarmos a adoção de crianças como um expediente válido para o estabelecimento de paternidade e maternidade verdadeiras.
A relação análoga entre a adoção espiritual e a adoção legal confirma sua validade. Uma das similaridades está no fato gerador, visto que ambas são ensejadas pelo pecado; haja vista que uma criança só passa a precisar de uma família adotiva porque algum dos males decorrentes da queda alcançou seus genitores: morte, vícios, crimes, miséria, egoísmo etc. Semelhantemente, a adoção divina só ocorre porque a queda distanciou o homem do Criador e o impediu de salvar-se por meio de suas obras. Isto é, Deus nos adotou porque, doutra maneira, estaríamos condenados. Da mesma forma, sem a adoção, algumas crianças, se sobrevivessem, possivelmente trilhariam um caminho similar ao de seus genitores ou ainda pior.
Considerando isso à luz do ensino de Tiago 1.27, deveríamos concluir que uma fé verdadeira deve mover o indivíduo e a Igreja a fazerem algo a fim de ajudar os órfãos. Porquanto, o texto diz que a ver-
dadeira religião se manifesta por meio do cuidado dispensado aos órfãos e às viúvas. Seguramente, a adoção é uma das formas de cuidar de crianças nessa condição. Até porque seu propósito não é dar filhos àqueles que não podem gerá-los biologicamente, mas sim acolher crianças em situação de vulnerabilidade e dar a elas uma família.
Nesse sentido, a adoção seria uma manifestação da verdadeira religião e um meio para Deus fazer que o solitário viva em família (Salmos 68.6). Afinal, Ele é “Pai de órfãos e juiz de viúvas” (Salmos 68.5).
Por essa razão, as Igrejas e as famílias cristãs deveriam se empenhar para que a adoção fosse mais comum entre os servos de Jesus Cristo. Para tanto, é necessário que cada um se esvazie dos mitos e preconceitos relativos ao tema e abrace a vocação natural dos filhos de Deus, dando de graça aquilo que receberam gratuitamente: uma família. n
Genivaldo Félix
pastor, educador cristão, escritor, reitor do Seminário Teológico Batista Goiano e membro da Primeira Igreja Batista em Goiânia - GO
Imaginar que alguém possa ser professor em uma sala de aula da escola bíblica, no contexto da Igreja local, é um privilégio e uma grande responsabilidade. Entre as muitas responsabilidades do professor, destaca-se a preparação do plano de aula, prática essencial e diretamente ligada à natureza da regência em sala. Lecionar em uma classe de escola bíblica é uma vocação séria, e, nesse sentido, destaco três aspectos distintos e interligados que considero fundamentais para conhecer a Deus e fazer a sua vontade.
Preparação espiritual: buscando a presença de Deus
O primeiro passo em direção à autoridade em sala de aula é, antes de tudo, a preparação espiritual. O professor precisa buscar a presença e o conhecimento de Deus com sabedo-
ria e discernimento espiritual, à luz das Escrituras. É necessário “ouvi-lo quando Ele se dirige a você”, viver uma vida de oração e total dependência divina. Trata-se da natureza do serviço cristão piedoso: “Mas nós nos devotaremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.4). Assim, o professor serve à comunidade cristã como um verdadeiro discípulo do Mestre. Jesus mesmo nos ensinou a buscar ao Pai em oração. Essa preparação espiritual é imprescindível para que o professor tenha autoridade diante dos seus alunos. Afinal, não basta nos preocuparmos apenas com a forma de ler a Bíblia, mas com o fato de que ela precisa, de fato, ser lida e vivida.
Fundamentação nas Escrituras: a Palavra como regra de fé e prática
O segundo passo consiste em fundamentar a prática educativa nas Escrituras. Isso implica ser ensinável, alguém que aprende constantemente com a própria Palavra, e que dá testemunho da revelação viva e ativa de Deus. A Bíblia é a única regra de fé e prática do professor cristão. A au-
toridade do educador bíblico nasce da fidelidade à Palavra e do compromisso com a verdade nela revelada. Sem esse fundamento, não há ensino que transforme nem autoridade que edifique.
Comprometimento com o ministério educativo da Igreja
Em terceiro lugar, o professor com autoridade é aquele que prepara suas aulas com dedicação, reconhecendo-se como parte integrante de um projeto educacional cristão mais amplo. Ele entende que está inserido em uma matriz curricular centrada nas Escrituras, e que sua função na Igreja vai além da transmissão de conteúdo: ele edifica vidas. É indispensável que esse professor tenha um senso de pertencimento à Igreja local, que não seja neófito, e que esteja em constante amadurecimento espiritual. Sua trajetória reflete uma vida de aprendizado contínuo, sustentada por experiências com Deus e por uma caminhada sólida na fé. Esses são passos importantes para conhecer a Deus e fazer a sua vontade. A autoridade do professor
na escola bíblica possui, sim, um caráter didático-pedagógico, mas sua essência é profundamente espiritual. Ela nasce de uma vida de santificação, oração e comunhão com Deus. O professor que deseja ter autoridade precisa investir tempo com o Senhor, conhecer a natureza e o caráter de Deus, Seus atributos comunicáveis (como o amor, a justiça e a santidade) e seus atributos incomunicáveis (onisciência, onipresença e onipotência).
É impensável ensinar as Escrituras sem conhecer a Deus e fazer a sua vontade. Quem negligencia esse conhecimento, caminha em trevas, tropeçando pela vida. A verdadeira autoridade é aquela que se edifica sobre as Escrituras e sobre a comunicação fiel da Palavra: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus” (João 1.1-2). Concluo este ensaio reafirmando que a autoridade do professor na escola bíblica está em conhecer a Deus e fazer a sua vontade, transformando vidas por meio da preparação espiritual, do estudo e leitura das Escrituras, e de uma vida de oração e total dependência do Espírito Santo. n
Junta de Missões Nacionais
Nos dias 19 e 20 de junho de 2025, a cidade de São Paulo foi sede de um dos encontros mais relevantes da Igreja Batista Brasileira: a Conferência RADS – Rede de Ação e Desenvolvimento Social. O evento reuniu 430 participantes e representantes de 65 igrejas locais de diversas regiões do país, consolidando-se como um espaço de unidade, capacitação e fortalecimento do compromisso cristão com a transformação social.
Com o tema “A Igreja com Resposta a Crises e Catástrofes”, a conferência promoveu reflexões profundas, oficinas práticas e momentos de inspiração voltados ao preparo da Igreja para atuar com sensibilidade e eficá-
cia em contextos de vulnerabilidade extrema. A programação abordou desde aspectos técnicos da resposta a desastres até fundamentos bíblicos que sustentam o serviço cristão em meio ao sofrimento humano. Entre os destaques do evento, estiveram as plenárias e treinamentos com preletores nacionais e internacionais. O pastor Fernando Brandão enfatizou a centralidade do Evangelho em tempos de crise, enquanto o pastor Carlos Bezerra Jr. destacou a importância da articulação entre fé e políticas públicas no cuidado às vítimas. O pastor Tom Beam trouxe uma perspectiva internacional enriquecedora, e o pastor Fabrício Freitas emocionou ao refletir, a partir da parábola do Bom Samaritano, sobre o chamado de Deus
diante da dor do próximo. Os missionários André e Germana e o pastor Sandro Pereira compartilharam testemunhos impactantes de restauração e esperança em contextos de perda.
Um dos momentos mais significativos da conferência foi o treinamento oferecido pela equipe da Baptists on Mission, da Carolina do Norte (EUA), que compartilhou experiências e metodologias eficazes de atuação em situações de desastre. A abordagem incluiu o cuidado integral às vítimas – físico, emocional e espiritual – e incentivou a mobilização estratégica das Igrejas locais.
Além das atividades formativas, a conferência proporcionou um ambiente de integração entre os projetos que compõem a RADS, por meio de estan-
des expositivos que apresentaram iniciativas de impacto em diversas áreas sociais. Essa troca de experiências contribuiu para fortalecer parcerias e ampliar a visão de uma evangelização comprometida com a justiça e o amor ao próximo.
Ao final do evento, a mensagem foi clara: a Igreja está sendo mobilizada pelo Espírito Santo para agir com ousadia, compaixão e fé, oferecendo consolo, acolhimento e esperança onde há dor e abandono. A Conferência RADS 2025 reforçou o papel transformador da Igreja de Cristo e renovou o chamado à missão integral. “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus” (Mt 5.16). n
Líderes foram desafiados a compartilhar o amor gracioso nas escolas.
Direção Executiva da Associação Nacional de Escolas Batistas
Com o tema “Anunciemos o Amor Gracioso na Escola”, a Associação Nacional de Escolas Batistas (ANEB) realizou, em Aracaju - SE, mais uma edição do seu congresso anual. Durante os dias 03, 04 e 05 de julho, no Memorial de Sergipe, educadores, gestores e líderes escolares refletiram sobre o papel missionário da escola cristã e discutiram estratégias práticas para fortalecer a excelência e a fé no ambiente educacional.
A ESCOLA COMO CAMPO MISSIONÁRIO
Todos os anos, a ANEB promove esse encontro com o objetivo de alinhar o propósito do Ide de Cristo aos projetos educacionais das escolas Batistas em todo o Brasil.
Neste ano, os participantes puderam conhecer de perto o trabalho do Colégio Americano Batista de Aracaju - SE. Ficou evidente que Deus tem usado escolas de diferentes portes e histórias como instrumentos vivos de proclamação do evangelho.
“Em muitas situações, a escola cristã é o único contato que uma criança e sua família têm com a mensagem transformadora do evangelho”, destacou um dos palestrantes.
PALESTRAS QUE APONTAM PARA A EXCELÊNCIA
Foram seis palestras com temas variados, todas convergindo para uma mesma direção: a excelência como forma de testemunho cristão.
• O professor Cláudio de Moura Castro abriu o congresso com uma análise do cenário educacional brasileiro, chamando gestores a saírem da “zona do bom” para uma atuação estruturada rumo à excelência;
• O doutor Rubens Kindlmann abordou questões jurídicas e fiscais, alertando que o tempo da gestão amadora
Educadores, gestores e líderes escolares de vários estados do Brasil participaram do Congresso ANEB25
acabou. Planejamento e legalidade agora são diferenciais estratégicos;
• Um painel especial com a professora Sandra Beconha e o doutor Edmilson Almeida discutiu inclusão escolar a partir da cosmovisão cristã, demonstrando como a fé pode construir pontes em temas complexos;
• O educador Marcos Raggazzi, referência nacional em liderança, falou sobre como formar escolas que amam como Deus ama, construindo um futuro gracioso a partir de líderes vocacionados.
• A experiência de capelania da Universidade Evangélica, apresentada pelo pastor Heliel Carvalho, mostrou como o cuidado espiritual pode ser integrado à rotina escolar de forma estruturada e impactante;
• Por fim, o pastor Heber Aleixo trouxe uma mensagem inspiradora,
O evento aconteceu no Colégio Americano Batista, em Aracaju - SE, e no Memorial de Sergipe
desafiando os presentes a serem líderes marcantes na vida de seus alunos, com simplicidade, fé e intencionalidade.
Além dos conteúdos técnicos e inspiracionais, o congresso foi um espaço de convivência, escuta e apoio mútuo. Gestores de escolas confessionais de todo o país trocaram experiências, oraram juntos e reforçaram a importância de caminhar em unidade. “A liderança escolar pode ser solitária. Esses encontros nos lembram que não estamos sozinhos. Somos parte de uma rede que compartilha fé, desafios e missão”, afirmou uma diretora participante.
PRÊMIO LÍDER SERVIDOR
Anualmente, a ANEB premia um educador ou profissional que atua, ou mesmo já atuou em uma das nossas escolas associadas com o Prêmio Líder Servidor. Este é o marco que desejamos deixar em nossa comunidade acadêmica, bem como a todos as pessoas que se relacionam direta ou indiretamente com as nossas escolas. Este ano, tivemos a oportunidade de premiar a irmã Iracy Leite e o seu trabalho no Colégio Americano Batista de Recife - PE.
Aqui, registramos a nossa presidente Rose Marinho na entrega este símbolo da nossa gratidão para que lembremos sempre: “A quem honra, honra”.
RUMO AO ANEB26 - PRÓXIMO DESTINO: BRASÍLIA
A ANEB já confirmou: o próximo congresso acontecerá em BrasíliaDF, no ano que vem. Com o mesmo espírito de unidade, fé e busca por excelência, o convite está lançado a toda escola associada que se programe para estar conosco nesses dias e que tragam temas e demandas pertinentes ao dia a dia de trabalho para ser objeto de estudo e trabalho conjunto.
VEM SER ANEB COM A GENTE! Porque a excelência é o lugar onde Deus pisa e responde às nossas orações. n
Todas as associações foram representadas nesse momento histórico.
Lidiane Ferreira gerente de Comunicação e Marketing da Convenção Batista Baiana
Entre os dias 04 e 06 de dezembro de 1923, a então Convenção Baptista Bahiana realizou a sua primeira assembleia anual na Igreja Batista em Caldeirão - atualmente o município de Itaquara-BA. Após 102 anos – nos anos de 2020 e 2021 os eventos foram adiados em virtude da pandemia – a Convenção Batista Baiana promoveu a sua 100ª Assembleia, entre os dias 02 e 04 de julho de 2025, no templo da Igreja Batista Sinai, em Salvador - BA. Foram 546 inscritos, todas as 20 associações representadas, 298 Igrejas e 203 cidades representadas. A assembleia da CBBA foi antecedida por eventos de organizações auxiliares nos dias 01 e 02 de julho (nesse último, apenas nos turnos da manhã e tarde): Associação dos Diáconos Batistas do Campo Baiano, Associação dos Educadores Cristãos Batistas da Bahia, Associação das Esposas de Pastores Batistas da Bahia, Associação dos Músicos Batistas da Bahia, Juventude Batista Baiana, Ordem dos Pastores Batista do Brasil – Seção Bahia, União Feminina Missionária Batista da Bahia e União Missionária de Homens Batistas da Bahia. Esses eventos ocorreram na Igreja Batista Sião, Igreja Batista da Graça, Igreja da Garcia, Igreja Batista dos Mares e Igreja Batista Dois de Julho.
O Culto de Abertura, realizado na noite de quarta-feira, 2 de julho, lotou o templo da Igreja anfitriã e contou com a presença de autoridades, como o governador do Estado da Bahia, Sr. Jerônimo Rodrigues e o prefeito Municipal de Salvador, Sr. Bruno Reis, e de Batistas de diversas regiões da Bahia. O orador oficial foi o pastor Paulo Lino da Silva, que foi pastor da Igreja Batista Sinai entre os anos de 1995 e 2016. Ele destacou em sua mensagem o tema “Discipulando as Gerações”, o mesmo tema da Campanha de Missões Estaduais 2025 da CBBA. Destaque para o Coro das Igrejas Batistas de Salvador, composto por 80 vozes. Na oportunidade, oito novas Igrejas passaram a fazer parte do rol cooperativo: Primeira Igreja Batista de Araci (Araci-BA), Igreja Batista Betel (Teixeira de Freitas-BA), Primeira Igreja Batista em Canudos (Canudos-BA), Igreja Batista Ebenézer (Teixeira de Freitas-BA), Primeira Igreja Batista em Itaiá (Firmino Alves-BA), Primeira Igreja Batista em Ribeira do Amparo (Ribeira do Amparo-BA), Primeira Igreja Batista de Vereda (Vereda-BA)
Reuniões deliberativas marcaram a 100ª Assembleia da CBBA, com apresentação de relatórios, pareceres e votação
e Igreja Batista da Vitória (Jequié-BA).
Celebrar a história e as gerações foram os destaques do evento. Durante a 100ª Assembleia, foram realizados os congressos Infantojuvenil (para a faixa etária de quatro a 11 anos de idade) e de Adolescentes (para a faixa etária de 12 a 17 anos de idade). Ao longo da programação, no hall de entrada do templo, foi realizada a exposição do Centro de Memória Batista Baiano, reunindo informações históricas sobre a CBBA e suas organizações e objetos do acervo, como a Ata da 1ª Assembleia da Convenção.
As manhãs foram inspirativas, com mensagens do pastor Paschoal Piragine Jr., presidente da Convenção Batista Brasileira. O turno matutino contou também com quatro oficinas de capacitação: (Revitalização de Igrejas - pastor Fabrício Freitas (diretor-executivo da Junta de Missões Nacionais); Desafios da Liderança para este tempo - pastor Heber Aleixo (diretor-Executivo da Lifeshape Brasil e 1º vice-presidente da Convenção Batista Brasileira); Paixão e Amor pelas Escrituras - pastor Erní Seibert (presidente da Sociedade Bíblica do Brasil); Prin-
cípios e Eclesiologia Batista - pastor Erivaldo Barros (presidente da Convenção Batista Baiana e pastor da Igreja Batista da Graça em Salvador - BA).
A manhã da quinta-feira (03), contou com a participação especial da União Feminina Missionária Batista da Bahia. Na sexta-feira (04), houve a apresentação do coro das crianças participantes do Congresso InfantoJuvenil e um emocionante momento de homenagens: 100 Batistas baianos foram homenageados em vida, sendo cinco de cada uma das 20 associações regionais, e três homenagens póstumas: pastor Antonio Nascimento Filho, doutor Rosalvo Coelho Neto e pastor Walter dos Santos Baptista.
As tardes de 03 e 04 de julho foram momentos de reuniões deliberativas, para apresentação de relatórios, pareceres e votação. Um tempo para apresentar o que a CBBA e seus órgãos executivos e auxiliares têm feito desde a assembleia anterior. Também para definir os rumos da Bahia Batista. Já foram definidos os locais das próximas três assembleias: 2026, Igreja anfitriã: Primeira Igreja Batista de Jequié; 2027, Igreja anfitriã: Primeira Igreja
Batista de Teixeira de Freitas e 2028, Igreja anfitriã: Primeira Igreja Batista de Itapetinga.
Discipulando as Gerações - A Noite Missionária foi um momento muito especial para os presentes e para aqueles que acompanharam a transmissão ao vivo no canal da CBBA no Youtube Foi a celebração de Missões na Bahia, através do projeto SOS Presídios, liderado pela missionária da CBBA Jesse Jane; do Projeto Metanoia (parceria da CBBA), liderado pelo pastor Décio Pimentel e da apresentação dos novos missionários da CBBA. O orador da noite foi o pastor Fabrício Freitas, diretor-executivo da Junta de Missões Nacionais. Houve também o lançamento da Rede 3.16 Bahia, primeira regional da rádio web dos Batistas brasileiros. Para encerrar a nossa histórica Assembleia, foi realizada a Noite da Juventude. Foi o momento de destacar os jovens e adolescentes Batistas e de gratidão a Deus, à equipe do escritório da Convenção Batista Baiana e da Igreja Batista Sinai pela realização do evento. O orador da noite foi o pastor Davi Lago, da Primeira Igreja Batista de São Paulo.
Participantes tiveram um encontro estratégico de formação, alinhamento e encorajamento para o ministério com juventude.
Juliano Rodrigues pastor, coordenador de Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central
No dia 28 de junho, a sede da Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) foi palco de um importante momento de fortalecimento e inspiração para a liderança jovem do nosso campo. O Encontro de Capacitação para Líderes de Jovens da Juventude Batista do Planalto Central (JUBAPC) reuniu líderes de juventude de diversas Igrejas do Planalto Central em um encontro estratégico de formação, alinhamento e encorajamento para o ministério com juventude.
Com o propósito de renovar a visão e capacitar os líderes para uma atuação mais eficaz em seus contextos locais, o evento contou com a presença especial de Jéssica Martins, coordenadora da Juventude Batista Brasileira (JBB), e do pastor Filipe Zaponi, da Igreja Batista Vértice - DF, que trouxeram ministra-
ções profundas, práticas e desafiadoras. Suas reflexões sobre liderança com propósito, visão e comprometimento com o Reino de Deus marcaram os participantes de forma significativa.
“Foi um momento de renovação espiritual e clareza de propósito. Saímos daqui desafiados a servir com mais excelência e paixão”, comentou um dos líderes presentes.
A programação também promo -
veu momentos de interação, troca de experiências e fortalecimento dos vínculos entre os líderes, além de incentivar a participação em eventos nacionais. Destaque para o sorteio de duas inscrições para o Despertar 25, que aconteceu em Curitiba- PR, uma com 100% de gratuidade e outra com 50% de desconto, gesto que expressa o investimento contínuo na formação de novas lideranças.
Ao promover encontros como este, a JUBAPC reafirma seu compromisso com a capacitação e o fortalecimento da juventude batista, contribuindo diretamente para o surgimento de uma liderança cada vez mais preparada, conectada com a missão de Deus e relevante em seus contextos locais. O encontro foi fundamental para o crescimento da liderança da juventude do Planalto Central. n
Bruno Henrique Cardoso Alves pastor, presidente da Juventude Batista Meio Norte
Nos dias 4, 5 e 6 de julho, a Juventude Batista do Meio Norte (JUBAMN) esteve na 84ª Assembleia da Convenção Batista Meio Norte do Brasil (COMNBRASIL), na cidade de Uruçuí, no estado do Piauí. A JUBAMN é composta por jovens Batistas de seis associações dos estados do Maranhão (3) e Piauí (3), unindo Igrejas em uma jornada de comunhão, serviço e compromisso e cooperação com a missão do Reino. A assembleia contou com a presença do pastor Sandro Pereira como orador oficial, e com o ministério de louvor da Primeira Igreja Batista de Uruçuí - PI, que conduziu os momentos de adoração.
Durante o evento, foram realizadas reuniões das organizações Batistas ligadas à COMNBRASIL, incluindo um importante momento de integração e planejamento da juventude, que se reuniu com lideranças das associações para dialogar sobre os desafios e oportunidades do trabalho da Juventude na região.
A Juventude Batista do Meio Norte (JUBAMN) esteve presente na 84ª Assembleia da COMNBRASIL, realizada em Uruçuí - PI
Um dos marcos da assembleia foi a eleição da nova diretoria da JUBAMN para o biênio que se inicia. A composição ficou definida da seguinte forma:
Presidente: pastor Bruno Henrique Cardoso Alves
1º vice-presidente: Domingos Neto de Oliveira
2º vice-presidente : Rhamyflis Khalil Sousa de Miranda
1ª secretária: Amanda Maria Soares de Sá
2ª secretária: Poliana Alves Pereira da Silva
1º tesoureiro: Luis Gustavo Pereira da Silva Melo
2ª tesoureira: Michele Soares Veloso
Conselheiros:
• pastor Estevão Marlon Lima dos Santos
• pastor Jalisson Gomes Damasceno
O pastor Estevão Marlon, que até então presidia a juventude, apresentou um relatório das ações desenvolvidas em sua gestão e demonstrou total apoio à nova diretoria, encorajando a continuidade e o fortalecimento do trabalho com os jovens da região. Temos grandes desafios pela fren-
te, mas também grandes motivos para crer e avançar. Com alegria, anunciamos que em julho de 2026 realizaremos o Congresso Vivamos, na cidade de Colinas - MA, um grande encontro da juventude Batista do Meio Norte, que já está sendo preparado com muita expectativa.
Seguimos animados e comprometidos com o avanço da obra de Deus entre a juventude. Que o Senhor continue abençoando esse movimento, e que vejamos ainda mais jovens crescendo na fé e no serviço cristão. Este é o tempo de avançar e de anunciar, com ousadia, o gracioso amor de Deus! n
Carmen Lígia missionária no Panamá e Líder do PEPE nas Américas
Entre tudo o que aconteceu no PEPE das Américas este mês, tenho que destacar o começo da primeira unidade do PEPE em Cuba.
A abertura desta unidade é histórica e inédita. Representa um marco importante na expansão do programa, que tem transformado a vida de milhares de crianças na América Latina e agora está dando um passo de fé e esperança para Cuba. E é muito mais do que uma conquista logística: é o resultado de anos de oração, perseverança e trabalho coordenado, que hoje permitem que a educação cristã e o amor de Deus cheguem às crianças cubanas por meio de uma abordagem integral baseada em princípios bíblicos e pedagógicos.
A inauguração foi uma grande festa e a unidade recebeu um lindo nome: “Semeando sorrisos para Cristo!”. “Deus abriu as portas para as crianças!”, expressou, com profunda emoção, um porta-voz da equipe missionária de Cuba. “Cada história que começa nesta unidade é uma vitória para o Reino”, acrescentou.
Cuba é uma das ilhas caribenhas, com quase 10 milhões de habitantes, em uma área de 109.884 km2. Por sua beleza natural e cultura tão atrativa, re-
cebe milhares de turistas a cada ano. Mais de 60% da população professa o catolicismo, alguns milhares o espiritismo e 5% são cristãos evangélicos. É por isso que o PEPE chegou em Cuba, para levar esperança às crianças! Vamos continuar orando e trabalhando porque ainda há muito o que fazer! O PEPE está presente também para fazer a diferença na educação das crianças. Segundo um relatório da UNICEF de 2024, a menos que sejam tomadas medidas imediatas, até
2030, mais de 1/3 das crianças do mundo não atingirão os níveis mínimos de competência de leitura. Por isso, o PEPE precisa continuar avançando nas Américas e no mundo! Ore pela nossa coordenadora do PEPE cubano, para que seja fortalecida e protegida para que mais unidades sejam abertas nesta linda ilha caribenha. Interceda por saúde a todos os missionários-educadores e coordenadores, para que cumpramos a nossa missão. Ore pelos pastores e igrejas
batistas no Panamá, aqui onde atuo, e por por David, um aluno do PEPE México que foi diagnosticado com leucemia.
Encerro com as palavras do missionário Paulo, escrita em Efésios 6.19-20, “e peço que ore também por mim. Peça que Deus me conceda as palavras certas, para que eu explique corajosamente o segredo revelado pelas boas-novas. Portanto, ore para que eu anuncie corajosamente, em nome dEle, que é o meu dever!” n
Igor e Letícia Oliveira missionários no Leste da Ásia
“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?”, (Romanos 10.14,15).
Compartilho a história de uma menina, Priya, que significa “amada”. Ela nasceu em uma vila no Norte da Índia, um país em que a principal religião, o hinduísmo, adora milhares de deuses, cujo fundador pouco se sabe e é um sistema de crenças e filosofias de mais de 4.000 anos. O hinduísmo coloca a sua fé no “dharma”, a “lei”, que orienta como os seguidores devem viver de forma justa. Eles acreditam no ciclo da vida do nascimento, morte e renascimento (samsara) e, também, são guiados pelo “karma”, que afirma que as ações têm consequências. Priya nasceu hindu e a perspectiva que, ao longo da sua vida, adorasse aos deuses hindus e vivesse sob o jugo do “karma”. Ainda hoje, na vila
da Priya, não há relato de um cristão anunciando a Palavra. Ela ainda não ouviu que é filha amada de Deus, sobre o perdão dos seus pecados e que a vida dela não é regida pelo “karma”. Infelizmente, assim como Priya, aproximadamente 1 bilhão de indianos nunca ouviram do Evangelho. Na verdade, sete a cada 10 pessoas que nascem na Índia nunca se encontrarão com um cristão em toda a sua vida.
O povo ao qual a Priya pertence faz parte dos 2.140 povos considerados
não-alcançados, ou seja, não possuem uma igreja ou um grupo de discípulos capazes de compartilhar da Palavra com o seu próprio povo, a precisam que missionários sejam enviados para anunciar a salvação. Além disso, quando a comunidade local fica sabendo que há algum cristão, frequentemente insultam e até agridem fisicamente, expulsando-o de forma humilhante. E caso Priya, um dia, receba a Jesus como Senhor e salvador, precisará enfrentar a sua família e comunida-
de. Receber a Jesus, na vila da Priya, significa correr risco de humilhação pública e agressão.
Priya é um apersonagem fictícia, mas a sua história reflete a realidade missionária na Índia, um dos maiores desafios missionários da atualidade. E Missões Mundiais está presente na Índia, e nossos obreiros atuam com plantação de igrejas entre os povos não-alcançados. O PEPE é outra importante ferramenta e alcança as crianças e suas famílias. Além disso, diversas outras iniciativas, como o esporte, anunciam o Amor do Pai ao povo hindu.
Além dos nossos missionários locais e brasileiros, as suas orações estão alcançando as centenas dos povos hindus. Não há barreiras para as suas orações! E, aos poucos, através das suas intercessões e dos trabalhos “no campo” dos nossos missionários, realidades de centenas de pessoas serão transformadas. Não deixe de orar, clamar e interceder pela Índia, por nossos missionários e iniciativas que Missões Mundiais realiza no país. n
Isabelle Godoy
Comunicação da Convenção Batista Brasileira
Na manhã do dia 16 de julho, a ca pela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB) recebeu mais um Culto de Oração com os colabora dores da Convenção Batista Brasilei ra (CBB), Junta de Missões Mundiais (JMM), Junta de Missões Nacionais (JMN), Seminário do Sul e Colégio Ba tista Shepard (CBS), para um tempo de comunhão, louvor e oração. A direção foi conduzida pelo pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da CBB.
O momento de louvor e adoração foi conduzido pelo ministro de música Marcelo Nelles, coordenador nacio nal da Escola de Adoração e Arte dos Seminários da CBB, e por colaborado res do Centro Batista, com a canção “Grande é o Senhor”, de Adhemar de Campos.
Em seguida, a irmã Solange D’Almeida, coordenadora Editorial da Convicção Editora, orou, agradecendo pelas bênçãos recebidas e pela condução do culto. O louvor continuou com a participação do Coro Batista, entoando as canções “Ao Único”, de Aline Barros, e “Falar com Deus”, do grupo Novo Tom.
O pastor Artur Coelho, capelão do Seminário do Sul, conduziu o momento de oração, destacando a importância da prática diária e constante da intercessão. Houve um tempo específico de oração pelas instituições educacionais da CBB, como os seminários, escolas e cursos, pedindo
por sabedoria na liderança e direção dessas casas. Também foram levantados pedidos de oração pelos alunos, por suas famílias, sustento espiritual e financeiro, pelos que ainda não conhecem a Deus, pelos professores e equipes diretivas, além do retorno às aulas no segundo semestre e pelas Escolas Bíblicas Dominicais das Igrejas locais. Os colaboradores se uniram em intercessão, e o pastor Pedro Veiga, vice-diretor dos seminários da CBB, fez a oração por todos os pedidos apresentados.
Elana Ramiro, gerente de Educação Cristã da CBB, trouxe a mensagem do culto, na qual apresentou as seguintes
perguntas para a reflexão: “Será que a educação pode transformar o mundo? Se a educação transforma, por que tantas pessoas com conhecimento promovem o mal?”
Com base em Lucas 24.32b, a partir da caminhada dos discípulos a caminho de Emaús, ela destacou que apenas a Palavra de Deus tem o poder de verdadeiramente transformar vidas, trazendo revelação, comunhão e uma resposta prática à verdade do Evangelho. “Não, a educação por si só não transforma o mundo. Quem transforma é a verdade que a Palavra transmite, que é o próprio Cristo”, afirmou.
Adoração foi conduzida pelo ministro Marcelo Nelles, coordenador nacional da Escola de Adoração e Arte dos Seminários da CBB, junto ao Coro Batista
compartilhou motivos de oração pelo Dia do Missionário Batista, comemorado no segundo domingo de julho, e pelo Congresso Despertar da Juventude Batista Brasileira (JBB), que aconteceu entre os dias 23 e 26 de julho na Primeira Igreja Batista de Curitiba, no Paraná. A oração pelos missionários foi feita pelo pastor Alexandre Peixoto, diretor de Operações da JMM, e a oração pelo Congresso Despertar foi conduzida por João Pedro Encarnação, gerente da Convicção Editora.
O pastor Ruy Oliveira, diretor de Missões da UBLA e líder global de DNA Missionário da JMM, apresentou os visitantes da Convenção Batista Peruana, que estão no Brasil para aprender sobre o DNA Missionário e compartilhou também sobre a atuação deles com a comunidade de língua hispânica em São Paulo. A comitiva foi acolhida com alegria pelos colaboradores, e o pastor Diogo Carvalho, gerente de Desenvolvimento da JMN, orou em espanhol pelos peruanos. O culto foi encerrado com a canção “Divino Companheiro”, de Luiz de carvalho, entoada por todos os presentes. Louvamos a Deus por esse tempo de ensino, unidade e oração, reafirmando o papel transformador da Educação Cristã. Que sigamos firmes na missão de convocar os Batistas para uma vida de santidade,
iluminou o Piauí com a verdade
Rossi Sousa Matos
Publicitária, Assessora de Comunicação da Convenção Batista Piauiense
A cidade litorânea de Parnaíba - PI foi palco de um momento histórico para o povo Batista do Piauí. Entre os dias 10 e 13 de julho de 2025, o Centro de Qualificação Jeanete de Morais Sousa recebeu centenas de mensageiros e líderes Batistas para a 58ª Assembleia Bienal da Convenção Batista Piauiense (CBPI). Um encontro que foi muito além dos trâmites administrativos, foi um marco espiritual, organizacional e inspiracional.
Com o tema “Anunciemos o Amor Gracioso” e fundamentada na divisa bíblica de I João 3.16, a assembleia refletiu profundamente a Graça e a Paz do Evangelho por meio da exegese bíblica e da prática missionária.
Uma Assembleia de clareza doutrinária e graça missionária
A abertura foi marcada pela entoação do hino “O Amor” (Cantor Cristão nº 25) e palavras de boas-vindas que reforçaram a comunhão dos irmãos. Os preletores apresentaram mensagens com forte base hermenêutica, destacando o amor de Deus como essência do ministério. O pastor Pedro Elízio, diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Fluminense, trouxe uma exortação sobre fé, esperança e amor com base em I Coríntios 13, enquanto o pastor Doronézio Andrade, pastor da Primeira Igreja Batista em Vitória - ES, expôs textos de Cantares, Apocalipse e Gênesis, chamando a Igreja à luz da missão e da restauração do primeiro amor.
Na “Noite Missionária”, o foco se voltou às cidades piauienses ainda não alcançadas pelo Evangelho, com oração de intercessão e louvor conduzido por Naum Esteves e seu ministério.
Reformas Históricas:
Estatuto e Regimento
Além da edificação espiritual, a Assembleia também foi notável por sua clareza administrativa. Foram debatidas e aprovadas a nova redação do Estatuto da Convenção e do Regimento Interno, definindo com precisão as responsabilidades das Igrejas arroladas, a estrutura das assembleias e os deveres das lideranças.
A reforma trouxe diretrizes sobre a eleição de diretoria, composição do Conselho Geral e funcionamento das Câmaras Setoriais, promovendo maior transparência e cooperação entre as igrejas.
Momento de intercessão por aqueles que se desafiaram a conhecer as cidades que
Diego Bravim, diretor-executivo da Convenção Batista Fluminense, ministra no Encontro da Juventude
Diretoria, Câmaras e Comissões
A liderança da CBPI foi reconduzida com organização e representatividade. A Diretoria Administrativa ficou composta por:
Presidente: pastor Gilvan Barbosa Sobrinho;
1º vice-presidente: pastor Valdir da Silva Alcantara;
2º vice-presidente: pastor José de Ribamar Lopes de Sousa;
3º vice-presidente: pastor Jorge Henrique Gonçalves;
1º secretário: seminarista Deusiano Pereira dos Santos;
2ª secretária: irmã Carla Keila Silva Valentim;
3ª secretária : irmã Suely Aguiar Rodrigues Mendes;
Executivo: pastor Raimundo Rodrigues Guimarães Filho.
As Câmaras Setoriais e comissões também foram instituídas, com destaque para áreas como Missões, Educação Ministerial e Ação Social.
Eleitos da CBPI, organizações e Associações durante a 58ª Assembleia Bienal
A Assembleia reforçou os vínculos entre a CBPI, a Convenção Batista Brasileira e instituições como a Junta de Missões Nacionais, Junta de Missões Mundiais e a OPBB. Líderes como o pastor Fabrício Freitas (JMN), pastor João Marcos (JMM), pastor Adilson (OPBB) e o pastor Fernando Brandão (CBB) enviaram mensagens de unidade, exortando a Igreja a permanecer fiel ao seu chamado: ser luz na sociedade e deixar legados eternos pela pregação do Evangelho.
Uma Convenção que anuncia com Graça
Mais do que uma reunião convencional, a 58ª Assembleia foi um testemunho vivo de que organização, teologia e missão caminham juntas na obra do Reino. A CBPI segue anunciando a Verdade que transforma, com graça, com paz e com firmeza bíblica, rumo ao cumprimento da Grande Comissão.
Unidade, serviço e renovação foram as marcas dessa nova diretoria que se coloca diante de Deus com o propósito de seguir anunciando o amor gracioso de Cristo, edificando a Igreja e impactando a sociedade piauiense com luz, fé e ação. A composição do Conselho Geral, responsável pelo planejamento e supervisão das atividades da Convenção, também foi renovada.
Diretorias das Associações Regionais
As Associações Batistas foram igualmente renovadas, com destaque para a integração de jovens líderes, missionários e pastores experientes: AIBATAR, AIBANORTE, AIBL, AIBESPI. Organizações como OPBB - PI, Esposas de Pastores, União Feminina e Juventude também elegeram suas diretorias. n
Jesus, nosso modelo de amor
Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Numa série de artigos, tendo como tema “Jesus, o nosso modelo de vida”, serão abordadas algumas virtudes ou qualidades na vida de Jesus de Nazaré: o amor, a humildade, a mansidão, a compaixão, a obediência, a autenticidade, a sabedoria, a misericórdia, a missão, o contentamento, a santidade, o perdão, a justiça, o sofrimento, a gratidão, os relacionamentos saudáveis e a integridade.
Pode-se afirmar que ninguém em toda a História nos amou tanto como Jesus. Ele nos amou eternamente. Antes dos tempos eternos, o Pai nos amou no Filho. A cada dia, Deus prova o Seu amor para conosco por meio
da profecia, da encarnação, da vida, do sofrimento, da morte, da ressurreição, da ascensão e da volta de Cristo (Romanos 5.8). Ele nos amou com tamanha intensidade que deu o Seu Filho para ser sacrifício por nós na cruz (João 3.16). Jesus mesmo afirmou que ninguém tem maior amor do que Ele: dar a Sua vida por nós (João 15.13-14).
Por nos amar com um amor incomparável, por ser Ele a expressão máxima de amor revelado e compartilhado, Ele é o nosso modelo de amor. O amor de Jesus não é um amor dado a nós pelo nosso mérito, mas por Seu próprio mérito. Esse amor é incondicional. O amor de Jesus é um amor intenso, sem medida.
Ele é sublime, altamente terapêutico e seguro (Romanos 8.38-39). As misericórdias do Pai se manifestam no amor de Cristo Jesus. Estas misericórdias se renovam a cada manhã. Grande é a Sua fidelidade (Jeremias 3.23-24).
O Salvador, Senhor e Mestre nos ensina a amar os nossos inimigos, bendizer os que nos maldizem e orar pelos que nos perseguem (Mateus 5.43-48). O amor de Cristo é o da aceitação, do perdão e da festa. Ele andava por toda parte fazendo o bem (Atos 10.38). Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro (1 João 4.19). Todo o amor do Pai e do Espírito foi revelado em carne e osso no Filho (João 1.13-14).
Devemos amar o próximo com o amor de Cristo, perdoar com o perdão de Cristo, ter paciência, mansidão, humildade e pureza como Cristo. Ele é o nosso modelo perfeito de amor. Como Seus discípulos e discípulas, somos chamados e ensinados a amar com o amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O amor jamais é vencido (1 Coríntios 13.48). O amor de Cristo é o amor que O levou a dar a Sua vida em sacrifício por nós, a derramar o Seu precioso sangue na cruz.
Tem o Senhor Jesus Cristo sido o nosso modelo de amor? Se sim, qual é o impacto que esta verdade tem causado em nossos relacionamentos nesses dias tão sombrios? n
OBSERVATÓRIO
Lourenço Stelio Rega
Nos estudos bíblicos, o jardim do Éden é como o evento-matriz do projeto da criação. Jesus fez referência “ao princípio” como esse projeto divino sendo a matriz que vem desenhar o que deveria ser a criação (Mateus 19.8, a NVT, traduz como propósito original).
Adão e Eva foram criados como seres livres, dentro de seu espectro finito, ainda que não autônomos, isto é, sem qualquer dependência externa. Como ser ético livre, mas heterônomo (do grego heteros, outro + nomos, norma), o ser humano foi criado com capacidade de tomar decisões – ser ético e responsável pelas suas escolhas.
No projeto original, temos a fonte dos referenciais éticos em Deus que, em minha hipótese, pela viração do dia Deus iria dialogando com Adão e Eva buscando orientar sobre seus passos, suas decisões, a partir do que seria o propósito original dEle para a criação. Diretamente conectados com o Criador iam modelando sua escala de valores que iriam referenciar suas decisões, sua natureza, seu modo de conviver e de viver.
Ao tomar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (no campo da ética seria o certo e o errado), se rebelaram querendo ser como Deus conhecendo o bem e mal por sua própria conta. São desligados da convivência com o Criador e ficam sem conexão com ele (Gênesis 3.22,23). Foi uma declaração de independência contra o próprio Criador para dirigirem suas vidas como quisessem; como eram livres, mas não autônomos, continuaram dependentes de uma fonte externa para suas decisões escolhas – a serpente, Satanás – que vai atuar por meio da janela dos sentimentos (Gênesis 3.6, árvore boa, agradável e desejável) que envolveria a construção da estrutura mental, emocional, verbal e não-verbal, intuitiva, relacional etc. que estava antes sob a supervisão do Criador. Temos aqui o PRIMEIRO ÉDEN
Mas, a história de rebelião não para nesse ponto da linha do tempo. Vai prosseguindo e se aprofundando e é nisso que tenho chamado de replicação do evento da rebelião do Éden em mais três momentos da história humana, afastando cada vez mais a humanidade de seu Criador em busca de aprofundar a sua de -
claração original de independência. Ao indicar estes momentos, de forma nenhuma estou afirmando que são períodos totalmente perniciosos e que devem ser rejeitados, apenas estou afirmando que, em cada período, temos a busca por mais autonomia da humanidade.
O SEGUNDO ÉDEN ocorreu durante o período da Modernidade, em que temos o ser humano pensando como Deus, ao buscar a soberania da verdade na razão. Depois buscando agir como Deus, com o pragmatismo utilitarista, e na tecnologia, ainda que primitiva, com as Revoluções Industriais e início da informatização nos idos dos anos 1980, 1990. Assim, o foco era, e ainda é, PENSAR E AGIR/CRIAR COMO DEUS. Alguns representantes deste movimento podem ser: Descartes, Kant, Bacon, William James.
Aqui a pessoa orgânica inserida em seu contexto seja familiar, social, religioso, político, que era envolvida e respondente ao seu ambiente, dá agora lugar à unidade pessoal, conhecida assim mesmo - como indivíduo. Descartes em vez de dizer “Pensamos...” afirma “Penso, logo existo!”. Para Kant, a razão passa a ser fonte da busca da verdade e dos valores. Francis Bacon passa a valorizar a experiência, William James a ação, a utilidade. Um passo a mais, temos o desenvolvimento científico e as Revoluções Industriais. A pessoa começa a ser individualizada e na Modernidade o mundo foi desencantado, perdendo “seus aspectos místicos, sagrados e proféticos, por causa da ciência e técnicas contemporâneas que precisam de uma natureza abstrata e vazia para ser controlada pelo pensamento racional” (Olgária Matos). A Ciência passa a ser a esperança para a solução de todos os dilemas e problemas humanos.
Com o advento das duas Grandes Guerras Mundiais que desolou a Europa, a esperança desapareceu surgindo a valorização ao que sobrou – a existência humana no tempo do “aqui e agora”, que encontrou terreno fértil para se desenvolver. A fonte da razão da vida passa a ser a existência (Existencialismo), que seria uma espécie de efeito tardio do Romantismo que não havia “pegado” quando surgiu.
Une-se a isso o individualismo que fortalece o relativismo que vai tocar diretamente nas definições dos valores éticos.
Esse cenário, diante da queda provisória do Socialismo e do muro
de Berlim, germina o surgimento do TERCEIRO ÉDEN com a Pós-modernidade (Hipermodernidade, Lipovetsky), levando o ser humano a agir e sentir como o próprio Deus. Agora ele é o próprio Deus que está morto. A verdade se torna ainda mais subjetiva, e o relativismo se torna não conceitual, que não precisa ser justificado. Há profunda crise dos valores universais e desaparecem as metanarrativas. É preciso superar o humano, meramente humano escravo decaído e conquistar o übermensch (“além humano”) como que uma nova aristocracia (Nietzsche). As chaves éticas para a leitura da vida, passam a ser especialmente a gratificação e bem-estar imediatos (Gerhard Schulze), em que a subjetividade, os desejos, paixões e impulsos internos agem como uma força ética irresistível. Assim vivemos em uma sociedade permissiva, sem normas que possam ser aplicadas de forma ampla, uma sociedade imediatista, sem passado e muitas vezes sem futuro, pois as pessoas vivem totalmente no presente e buscam o que é imediato e a sobrevivência apenas para hoje. Zeca Pagodinho com sua música “Deixa a vida me levar” canta “Fiz o que estava a fim de fazer […] meu coração mandou […] eu fiz”.
Ainda nesse período se fortalece a cultura como determinante da identidade da pessoa fazendo com que os valores e a realidade sejam finalmente reconhecidos como produto da construção social que se torna imperativa e inquestionável. A razão, a utilidade, ou qualquer outra fonte originária da verdade desaparece e se introjeta dando lugar ao sujeito subjetivo, desprovido de razão, de relacionamentos, de valoração pragmática e de utilidade, de qualquer transcendente, ou fonte externa para lhe dizer o que deve ou não fazer, faz o que seu “coração”, suas paixões determinam.
Assim, é possível legitimar o aborto, a transexualismo e gênero e suas mais variadas identidades como um “therian” ou mesmo a poligamia (poliamor, trisal). Agora se procura regulamentar esse direito seguindo-se uma agenda intencionalmente bem definida (já escrevi sobre isso aqui nesta coluna). Quem sabe logo a pedofilia poderá também ser legitimada como uma alternativa de orientação sexual. Neste período, além de Nietzsche, temos Schopenhauer, Foucault, Judith Butler, como alguns dos representantes.
De forma paradoxal a tudo isso, surge agora, neste tempo em que vivemos, o QUARTO ÉDEN, que provisoriamente eu chamaria de Éden do tecnocentrismo e entretenimento, em que temos o humano reinando e controlando todos os aspectos da vida por meio da tecnologia, que se torna a sua esperança para a solução de todos os seus problemas. Começa a busca pela eternidade com o apoio da Inteligência Artificial, robotização. Paradoxalmente, por sua vez o ser humano se torna o buscador de sua razão de vida no entretenimento, distração e ausência de compromissos com o exterior de seu ser e a vida vai se tornando cada vez mais sem sentido. Ainda é tudo é muito recente e a descrição é provisória e não temos ainda a distância suficiente para descrevermos mais detalhes. Entre os representantes deste tempo presente temos as “Bigtechs” (grandes empresas de tecnologia), a mídia e as redes sociais.
Veja que tudo começou com uma declaração de independência contra o Plano da Criação e o Criador, que foi se aprofundando e se introjetando na natureza humana, chegando aonde estamos hoje.
No campo da Ética Cristã só é possível compreender os dilemas éticos contemporâneos se conseguirmos compreender essa trajetória em que as decisões humanas são produtos de uma natureza decaída que lhe vai dar suporte para suas escolhas e decisões.
Por isso mesmo é que sempre defendi que a salvação é mais do que fornecer um cartão magnético para dar garantir a entrada na Nova Jerusalém. A salvação é um meio, uma porta de entrada na nova humanidade que tem como referência o retorno ao Éden antes da rebelião para, a partir daí, buscar a promoção da reconstrução da vida, seu significado, seus valores como nova criação (II Coríntios 5.14-17).
Com o Evangelho há o desafio para a reconstrução da cultura levando-nos a abraçar o desafio de transformar a cultura em todas as suas dimensões, refletindo, por meio de nossa vida pessoal e pública, o Reino de Deus na terra, como nova humanidade, enquanto aguardamos a sua plena manifestação. É um chamado para os cristãos serem agentes de transformação em todos os aspectos da sociedade, buscando a justiça, a beleza, a retidão e a verdade de Deus no mundo. n
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