OJB EDIÇÃO 28 - ANO 2025

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ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA FUNDADO EM 1901

JULHO, MÊS DE MISSÕES

ESTADUAIS

Conheça os temas das campanhas das nossas 33 Convenções Estaduais/Regionais. Leia na página 12.

Tempo de transição

Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil apresenta novo diretor-executivo

Rumo ao Centenário

Igreja Batista do Barro Preto (MG) celebra 98 anos e lança logomarca do Centenário

Novidade

Convenção Batista Fluminense promove 1° Congresso de Educação Cristã

Infância

Lourenço Rega compartilha informações sobre o comportamento na infância

Notícias do Brasil Batista Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista Observatório Batista

EDITORIAL

Reflexão, transições e esperança: o Brasil Batista em movimento

Nesta edição de O Jornal Batista, somos convidados a refletir sobre temas espirituais profundos, celebrar marcos históricos e acompanhar os movimentos significativos em nossa denominação.

Artigos como o do pastor Júlio Oliveira Sanches, na coluna Bilhete de Sorocaba, nos lembram que a vida cristã exige luta e perseverança, enquanto o pastor José Manuel Monteiro Jr. e Nédia Galvão nos apontam para a centralidade de Deus como nosso maior tesouro e o valor de sermos escolhidos para servir. Lourenço Stelio Rega e

Luciene Cunha Barbosa ampliam o olhar sobre os desafios do ministério e da formação de caráter desde a infância.

Entre os destaques institucionais, a Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil vive um momento de transição: o pastor Samuel Esperandio se despede após 17 anos como diretor-executivo, sendo sucedido pelo pastor Marcos Lovera, que assume com foco renovado em evangelização e discipulado.

Na mesma linha de celebração e renovação, a Igreja Batista do Barro Preto - MG comemora seus 98 anos

de história, lançando a logomarca do centenário.

O mês de julho marca também a ênfase em Missões Estaduais, com as 33 convenções estaduais e regionais promovendo suas campanhas com temas diversos, mas unidos na mesma missão: compartilhar o amor gracioso de Jesus.

O jornal também registra momentos marcantes entre os jovens e adolescentes: o CONABERJ 2025, promovido pela JUBERJ, mobilizou adolescentes do Rio de Janeiro em um encontro de fé e comunhão. Já em Pernambuco, a Juventude da

IBBV celebrou os 13 anos do culto jovem “Vem Louvar”. No campo internacional, Missões Mundiais destaca o trabalho missionário com crianças e surdos em países africanos e na América Latina, mostrando o impacto da oração, da educação e da inclusão no avanço do Evangelho.

Por fim, a edição apresenta ainda a realização do 1º Congresso de Educação Cristã da Convenção Batista Fluminense, um marco importante na capacitação de líderes e educadores. Boa leitura e que Deus te abençoe. n

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901

INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação Batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOS

W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946);

Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOS

Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923).

ARTE: Oliverartelucas

IMPRESSÃO: Editora Esquema Ltda A TRIBUNA

A didática divina

BILHETE DE SOROCABA

Quando Deus introduziu o povo resgatado da escravidão egípcia na Terra Prometida, Israel teve que lutar para conquistar a Terra no seu todo. O autor de Juízes 3.1-6, explica a razão do agir divino. Algumas nações não foram conquistadas por Israel. A conquista veio após alguns

anos de guerra e lutas na Terra oferecida por Deus.

Aos olhos humanos parece um contrassenso. Receberam a Terra prometida, mas, na verdade, não a receberam de graça. Tiveram que provar que era o povo escolhido por Deus, para possuí-la. Muito sangue foi derramado para conquistá-la. Muitos líderes foram usados para

conseguir o que Deus havia prometido a Abraão.

O autor bíblico explica por que Deus agiu assim. Primeiro, para ensinar o povo a guerrear. Lutas e mais lutas foram travadas para conquistar o que Deus anteriormente já havia prometido. Vale o ditado popular, tão comum na experiência humana. “Não há almoço grátis” . Tudo tem

um preço a ser pago. Alguém tem que pagar o preço para realizar o sonho tão almejado. Tudo na vida tem um preço a ser pago. Quando esquecemos esta verdade terminamos por pagar elevado sacrifício. Isto ocorre atualmente. Ao esquecer esta verdade divina, alguém sofre as consequências. n

O amor é o sentimento mais importante que temos na vida. Mas ele não pode ser negociado, nem vendido e comprado. Ele é apenas oferecido de graça, a quem necessita ou merece.

O amor é absoluto e exige exclusividade. Não aceita disputar com outros sentimentos menores como o ódio, a ira ou a inveja. Apenas gera uma dose de ciúme, quando uma situação parece querer tirar o que lhe pertence. Mas uma vez controlado, pode até alimentar o próprio amor.

O amor aparece, sim, à primeira vis-

O amor é maior que tudo!

ta desde que os olhares se cruzem ao mesmo tempo e na mesma direção e os corações batam no seu ritmo.

O amor é que move uma ou mais vidas na direção da felicidade. Quem deseja ser feliz longe do amor, somente encontrará tristeza ou alegria passageira.

O amor é o que faz duas pessoas

decidirem se unir, seja como namorados, noivos ou casados. Ele é um imã que atrai dois seres tão diferentes porque os une pelos corações cheios de “bem-querer” um pelo outro. O amor tudo pode fazer se devidamente orientado pelo seu criador: DEUS. Quem ama ao Senhor primeiro, conseguirá sempre amar ao outro... n

Rogério Araújo (Rofa) colaborador de OJB

Jesus vem, por isso eu vou celebrar a Salvação

Reflexão extraída da Campanha de Missões Estaduais da Convenção Batista Fluminense

“Eu esperei com paciência pelo Senhor, e ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito. Ele me tirou de um poço de destruição, de um lago de lama; colocou os meus pés sobre uma rocha e firmou os meus passos. Pôs um cântico novo na minha boca, um hino de louvor ao nosso Deus. Muitos verão isso e temerão, e confiarão no Senhor” (Sl 40.1-3 NVI).

Jesus vem. E a Sua vinda nos chama a celebrar a salvação que Ele nos trouxe. O salmista nos lembra de um

momento de desesperança, mas também de um ato poderoso de resgate.

Deus nos tira do poço da destruição, nos coloca em um lugar firme e nos dá uma razão para cantar. A salvação não é apenas uma promessa futura, é uma realidade presente. Jesus já nos resgatou, e nossa resposta deve ser de gratidão e celebração.

O cântico novo que Ele colocou em nossa boca é o louvor que transborda da nossa vida transformada. Se Jesus está voltando, a maior festa que podemos oferecer a Ele é a celebração da salvação.

Vamos viver com alegria, como aqueles que sabem que foram resgatados e que, com a Sua vinda, a sal-

pastor & professor de Psicologia

A ajuda do Senhor

“Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus” (Sl 20.7).

A história bíblica do povo de Israel revela o segredo das vitórias que ele conseguia quando tinha que enfrentar seus grandes adversários idólatras: “Alguns confiam nos seus carros de guerra, e outros, nos seus cavalos, mas nós confiamos no poder do Senhor, nosso Deus. Eles

vação será consumada. A salvação é uma bênção incrível que nos traz alegria e paz.

tropeçarão e cairão, mas nós nos levantaremos e ficaremos firmes. Ó Senhor Deus... responde-nos quando pedirmos a Tua ajuda!” (Sl 20.7-9).

Aqueles que buscam em Jeová o caminho da sua saúde espiritual recebem sempre a confirmação do poderio de Jeová. Sigamos o conselho do profeta Isaías, que nos instrui: “Procurem a ajuda de Deus enquanto podem achá-lo; orem ao Senhor enquanto Ele está perto” (Is 55.6).

Precisamos celebrar a salvação e compartilhar a boa notícia com os outros. n

José Manuel Monteiro Jr.

O Salmo 73 é um dos salmos mais profundos e reflexivos, onde o salmista expressa suas dúvidas e lutas internas ao observar a prosperidade dos ímpios. O salmista entrou em crise com Deus, pois, não admitia o fato de ver os justos sofrendo, enquanto os ímpios viviam de forma despreocupada (Salmos 73.4).

Asafe, autor desta bela porção das Escrituras, está em crise, e sua crise é com Deus. Seus pés quase se resvalaram (Salmos 73.2). Homens e mulheres de Deus, por mais piedosos que sejam, em algum momento colocam em xeque a sua fé em Deus. Relacionar-se com Deus não é nada fácil. A visão do salmista começa a mudar quando ele entra no santuário de Deus. Ao adorar a Deus no santuário, ele passa a ter discernimento (Salmos 73.17). Foi no santuário de Deus que o salmista orou a Deus e pediu esclarecimento com relação a seu questionamento. Ao entrar no santuário, Asafe encontra a perspectiva divina que lhe falta. O teólogo Warren Wiersbie diz: “Asafe

Deus, nosso maior tesouro (Salmos 73.25-28)

decide ir ao santuário e passar algum tempo com o Senhor em adoração. Lá estaria com outras pessoas, ouviria a Palavra e os cânticos de louvor e participaria de uma comunidade de adoradores”.

No término do salmo, Asafe percebe que seu maior tesouro é o Senhor. Ele tem a exata noção de que foi o Senhor que o impediu de cair (Salmos 73.23). Quando o salmista estava quase resvalando os pés, Deus o puxou do buraco e o impediu de cair na lama. Louvado seja o nome do Senhor, que nos momentos mais agudos de nossa existência, Ele nos livra da queda. Na conclusão deste salmo, o salmista elenca alguns motivos que o fizeram a ter a Deus como seu maior tesouro.

Em primeiro lugar, Deus é nosso maior tesouro quando fazemos a opção por Ele (Salmos 73.25). Fazer opção pelo Senhor significa que não permitiremos que outros interesses tenham primazia em nossa existência, justamente porque o Senhor é o nosso tesouro maior. No início, ele olhou para as pessoas ímpias, contemplou os bens que eles tinham e isso trouxe inveja e amargor ao seu coração. De-

pois de entrar no santuário e adorar ao Senhor, ele percebe que: quem tem a Deus, tem tudo! Quando optamos e fazemos do Senhor nosso bem maior, as coisas em nossa vida ficam no seu devido lugar. Gosto da expressão do saudoso pastor e escritor Isaltino Gomes Coelho Filho: “Ponha Deus em primeiro lugar, e Ele cuidará de você”.

Em segundo lugar, Deus é nosso tesouro maior quando descansamos nele (Salmos 73.26). Observe que as almas piedosas – nos momentos de muita aflição, descansam em Deus como a sua fonte de força espiritual. Descansar em Deus não significa ser passivo diante das dificuldades – mas confiar que Ele está no controle de todas as situações. Aprender a descansar em sua presença é essencial para manter a nossa paz e saúde espiritual e emocional. O salmista encontrou sustentabilidade em sua caminhada quando aprendeu a descansar em Deus e fazer do Senhor sua rocha, sua fortaleza.

Em terceiro lugar, Deus é nosso maior tesouro quando permanecemos e não nos afastamos de sua presença (Salmos 73.27). O salmista enten-

de que aquele que tem a Deus como seu maior tesouro – não viverá em um estado de distanciamento - pois sempre desejará viver na presença do Deus Todo Poderoso. A verdade que Asafe compreendeu é que aqueles que decidem viver afastados do Senhor – certamente perecerão. O teólogo e pastor Matthew Henry diz: “Tu hás de destruir, com justiça, todos aqueles que preferem a devassidão a estarem na tua presença, ou seja, todos os apóstatas, que com a boca confessam o compromisso com Deus, mas, na prática, abandonam a Cristo”. Em último lugar, Deus é nosso maior tesouro... Quando temos prazer em testemunhar do que Ele tem feito em nossa vida (Salmos 73.28). Asafe quase admitiu aos amigos que sua fé em Deus foi um erro, mas agora afirma que foi bom para ele se aproximar de Deus. Ele termina o hino (os salmos são poesia em forma de cântico) declarando que pretende servir ao Senhor, viver em comunhão com Deus e proclamar aos outros a grandeza de Deus. Não há nada mais significativo para o homem do que testemunhar daquilo que Deus tem feito em sua vida. n

Olavo Fe ijó

Os Múltiplos Desafios da Chamada ao Ministério no Século XXI

Luciene Cunha Barbosa

membro da Primeira Igreja Batista em Vera Cruz - GO; pedagoga, educadora cristã, neuropsicopedagoga, psicóloga Clínica, mestre em Educação, doutoranda em Educação

A “chamada ao ministério” – aquele senso profundo de ser convocado para servir a uma causa maior, seja ela religiosa, social ou humanitária –sempre carregou consigo um peso de responsabilidade e abnegação. No entanto, no turbulento e complexo século XXI, essa convocação enfrenta desafios inéditos que exigem dos vocacionados resiliências, adaptabilidade e uma profunda clareza de propósito. Responder ao chamado ministerial implica navegar por um mar de incertezas e demandas multifacetadas. Um dos desafios mais prementes reside na crise de descrédito. Seja no âmbito religioso, político ou social, a confiança pública tem sido abalada por escândalos, polarização e uma crescente desilusão com as estruturas estabelecidas. Para aqueles que sentem o chamado para liderar ou servir dentro dessas instituições, a tarefa de reconstruir a confiança e inspirar a ação se torna árdua e complexa. É preciso demonstrar integridade, transparência e um compromisso genuíno com os valores que se professam, em um ambiente muitas vezes cético e desconfiado.

A sobrecarga e o esgotamento representam outro obstáculo significa-

tivo. A cultura da produtividade incessante, aliada às demandas emocionais inerentes ao serviço ministerial – seja ele o cuidado pastoral, a defesa de direitos ou o engajamento social – pode levar ao limite físico e mental. A falta de recursos adequados, o excesso de expectativas e a dificuldade em estabelecer limites saudáveis contribuem para um cenário de burnout (Burnout é um estado de exaustão física, mental e emocional causado por estresse crônico e prolongado, geralmente relacionado ao trabalho) que mina a efetividade e a alegria do serviço. Cuidar de si mesmo se torna, portanto, um ato essencial de sustentabilidade ministerial.

A polarização ideológica e o tribalismo digital também impõem barreiras significativas à chamada. Em um mundo onde as conversas se transformam rapidamente em debates acirrados e as opiniões divergentes são frequentemente demonizadas, manter um diálogo construtivo e promover a unidade em torno de um propósito comum se torna um desafio hercúleo. O chamado ministerial exige a capacidade de construir pontes entre diferentes perspectivas, de cultivar a empatia e de promover a reconciliação em meio a divisões cada vez mais profundas.

A relevância em um mundo secularizado e plural é outra questão crucial. Em sociedades onde a fé e os valores tradicionais perdem espaço

para o individualismo e o relativismo, o chamado para oferecer significado, esperança e um senso de comunidade precisa se reinventar, mas a mensagem do Mestre é a mesma, Mateus 11.28: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”, acessível e capaz de dialogar com as questões e anseios do nosso tempo, sem perder sua essência transformadora.

Além disso, a sustentabilidade financeira e o apoio vocacional muitas vezes se apresentam como desafios práticos, mas não menos importantes. Dependendo da natureza do ministério, encontrar os recursos necessários para manter o trabalho e para o sustento pessoal pode ser uma fonte constante de preocupação. Da mesma forma, a falta de mentoria, de acompanhamento e de comunidades de apoio sólidas pode levar ao isolamento e à desmotivação. Superar esses múltiplos desafios exige dos chamados ao ministério uma combinação de: Fé inabalável: Hebreus 11.6 “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois é necessário que quem se aproxima de Deus creia que ele existe e recompensa os que o buscam”; Resiliência emocional: Romanos 12.12: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração”; Inteligência social –Tiago 1.19: “Meus amados irmãos, tende certeza disto: todo homem deve estar pronto a ouvir, ser tardio para falar e tardio para se

irar”; Adaptabilidade criativa: Romanos 12.2: “E não vos amoldeis ao esquema deste mundo, mas sede transformados pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Requer também a capacidade de aprender continuamente, de buscar apoio em Cristo Jesus e em Suas palavras, cultivar a autocompaixão e manter um foco claro no propósito que os impulsiona. Sendo assim, a resposta à chamada ministerial no século XXI não é uma jornada fácil, mas é, sem dúvida, uma jornada essencial para a construção de um mundo mais justo, compassivo e esperançoso onde teremos sempre a presença do Espírito Santo. A autenticidade da chamada se manifestará não na ausência de desafios, mas na coragem e perseverança em enfrentá-los com integridade e amor.

Referências bibliográficas: PEREIRA, André. Liderança Servidora: Reflexões para o Ministério no Século XXI. São Paulo: Editora Vida, 2015.

SOUZA, Marcos. Vocação e Ministério: Caminhos para uma Igreja Transformadora. Brasília: Editora Eternidade, 2010.

OLIVEIRA, Carla. Missão e Desafios no Contexto Evangélico do Século XXI. Belo Horizonte: Editora Renovar, 2020. n

Os Escolhidos

Nédia Galvão

membro da Igreja Batista do Centenário - Congregação em Areia Branca - SE; capelã escolar; especialista em Ciência da Religião e Bacharel em Teologia

Talvez, o caro leitor pense: o título não é original! De fato, a proposta do título não é a originalidade, mas expressar fidelidade ao texto e aplicabilidade. No Evangelho escrito por Marcos, capítulo 3, dos versos 13 ao 19, temos a lista dos escolhidos: um chamado soberano de Deus. Todavia, atendido de maneira voluntária. Um chamado a 12 jovens para um treinamento que os prepararia para a missão de pregação e autoridade sobre o mundo espiritual.

Esses jovens escolhidos eram pessoas comuns e imperfeitas, que formaram o grupo íntimo do rabino Jesus. Um grupo heterogêneo, com diferentes personalidades. A lista desses escolhidos é encabeçada por Simão, a quem foi chamado de Pedro, que significa “pedra”, uma atenção à sua posição de liderança, como vemos no Evangelho de Mateus, capítulo 16, versos 18 e 19: “E também eu te digo

que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

Em seguida, temos os dois irmãos Tiago e João, os quais ficaram conhecidos como “filhos do trovão”, uma provável menção às personalidades tempestuosas, como vemos em textos como Marcos 9.38: “E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lhes proibimos, porque não nos segue.”

Outro exemplo está em Lucas 9.54: “E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez?”

Mas, também pode ser uma referência aos seus testemunhos, tão poderosos quanto um trovão.

A lista segue com alguns outros nomes que dão o que falar. Por exemplo, Mateus. A sua escolha deve ter gerado muitos conflitos no grupo dos escolhidos, pois sua profissão o refe-

renciava como um traidor e pecador da pior espécie, um indivíduo simplesmente odiado entre os judeus.

Outro que chama a atenção é Simão, o zelote. Esse fazia parte de um movimento nacionalista que pregava a guerrilha contra Roma. Simão, pelo que parece, não era nada diplomático. Outros nomes inseridos na lista desse chamado são de pessoas também comuns e imperfeitas. Porém, o desfecho se dá com Judas Iscariotes, o que traiu o incomum e perfeito Mestre do chamado.

Doze foram escolhidos: comuns, imperfeitos e de diferentes personalidades. Chamados para viverem juntos em harmonia e respeito, sempre convergindo para a vontade, padrão e senhorio do Cristo.

Contudo, somos hoje também chamados e escolhidos pelo Senhor Jesus. Logicamente, sem a pretensão de nos colocar no mesmo patamar desses escolhidos que formaram o colegiado apostólico, no qual a igreja é edificada sobre o fundamento, como descrito em Efésios 2.20: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a

principal pedra da esquina”.

Jovens que tiveram o privilégio de aprender com o próprio Senhor Jesus, sofrer pelo Evangelho e realizar prodígios, marcas essas dos escolhidos para apóstolos.

Contudo, somos hoje também escolhidos do Senhor Jesus, ao qual respondemos voluntariamente ao Seu chamado. Somos comuns e imperfeitos, de personalidades distintas. Mas também precisamos convergir no que falamos e pensamos, como recomendado em I Coríntios 1.10: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.”

E também convergir no mesmo amor, espírito e atitude, como traz Filipenses 2.2: “Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.”

Os escolhidos não foram e não são os melhores. Mas fazer parte desse chamado é, no mínimo, uma convocação de honra e responsabilidade. n

Márcia Doneda

missionária, coordenadora Nacional da Capelania Escolar de Missões Nacionais

Nos dias 27, 28 e 29 de junho aconteceu o 1º Encontro de Capelania Escolar do estado do Espírito Santo. Vivemos uma experiência extraordinária sob o tema “Seja forte e corajoso... até a última escola”.

Foram três dias intensos, marcados por oficinas edificantes, hangouts de troca e aprendizado, plenárias profundamente impactantes e painéis que desafiaram a nossa missão. Recebemos cerca de 250 participantes, todos comprometidos com o avanço da capelania escolar em suas cidades e regiões.

A coordenadora estadual do Viver Escola no estado do Espírito Santo, missionária Estelinha Mendes, uniu forças com a Segunda Igreja Batista de Feu Rosa, que recebeu e acolheu o encontro, junto do líder da igreja, pastor Lino Pope.

Tivemos ainda momentos especiais como o Encontro Kids, que foi uma linda expressão do cuidado de

Até alcançar a última escola!

Deus com as crianças, e a participação da Cristolândia masculina, que nos tocou profundamente com histórias de restauração e esperança.

O Clubinho Missionário também deixou sua marca com a alegria e o entusiasmo missionário das crianças e dos personagens, além da participação do coro da Cristolândia e do coro da SIB de Feu Rosa.

É um privilégio caminhar com pessoas que amam servir a Deus servindo

ao próximo. Dessa maneira, revelam o amor e a graça de Deus por meio de mãos, pés, força, sorriso, logística da igreja, sempre com alegria para alcançar vidas. Foi inesquecível. Não dava para saber quem era de qual projeto, pois todos estavam com o mesmo propósito. Como coordenação nacional, vou levar esse testemunho por onde Deus me permitir chegar.

Saímos deste encontro fortalecidos, encorajados e ainda mais comprometidos com o chamado de Deus para levar Sua presença às escolas. Só tenho uma palavra: gratidão. Que continuemos firmes, corajosos e cheios do Espírito Santo, até a última escola. n

Juventude Batista do Estado do Rio de

Janeiro

promove Congresso para adolescentes

CONABERJ trouxe momentos de edificação e diversão para a garotada.

Rodrigo Zambrotti pastor, coordenador de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

O Congresso de Adolescentes Batistas do Estado do Rio de Janeiro (CONABERJ), organizado pela Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro (JUBERJ), foi realizado de 6 a 8 de junho, no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ. Com o tema “Heróis da Fé 2.0”, inspirado em Hebreus 12.1. O evento reuniu adolescentes de diversas regiões do estado para um final de semana de louvor, aprendizado e comunhão.

A programação musical contou com a participação da Primeira Igreja Batista em Rio Bonito - RJ, Helena Gomide e Banda, e Banda Start, que conduziram momentos de louvor e adoração, proporcionando uma atmosfera de espiritualidade e celebração.

O pastor Thiago Mercedes, da Primeira Igreja Batista em Niterói - RJ, foi o responsável pelas mensagens principais, abordando temas como:

hoje”;

Devocional: “Heróis têm identidade definida”;

Culto 3: “Heróis enfrentam batalhas pela fé”;

Devocional: “Heróis servem a um propósito eterno”;

Culto 4: “Deus quer te usar hoje”. Essas mensagens incentivaram os adolescentes a viverem uma fé ativa e comprometida com os valores cristãos.

Atividades Recreativas

Momentos de descontração e alegria foram proporcionados pelas atividades do Locomotions e pela participação especial do Ministério Formigão, que animaram os participantes com dinâmicas e apresentações criativas.

A JUBERJ agradece a todos os envolvidos na organização do CONABERJ 2025, incluindo a equipe de voluntários, líderes e parceiros, pelo empenho e dedicação que tornaram o evento possível.

CONABERJ CAMP 2026

Já está confirmado o CONABERJ CAMP 2026, que acontecerá de 17 a 21 de abril, com o tema “INDIGNOS”. Será uma oportunidade para aprofundar ainda mais a fé e fortalecer os laços de amizade entre os adolescentes Batistas do estado.

Para mais informações e atualizações, acompanhe as redes sociais da JUBERJ: instagram.com/somosjuberj n

Culto Jovem “Vem Louvar” celebra 13 anos com noite de adoração e unidade em Cristo

Juventude IBBV reúne ministérios, convidados e igrejas irmãs para uma celebração com um só propósito: Cristo.

Juventude IBBV comemorando os 13 anos do culto jovem “Vem Louvar”

Júlia Farias

membro da Igreja Batista em Bela Vista, em Vitória de Santo Antão - PE

Na noite do dia 14 de junho, a Juventude IBBV, da Igreja Batista em Bela Vista, da cidade da Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, celebrou os 13 anos do culto jovem Vem Louvar, um momento que já faz parte da história espiritual da juventude. A edição comemorativa teve como tema “Um Só Propósito: Cristo”, inspirado no texto de Romanos 12.5, e reuniu

Participação do Ministério Emanuel da IBBV

dezenas de jovens em um ambiente de louvor, comunhão e ministração da Palavra de Deus.

O culto aconteceu às 19h no templo da IBBV, e contou com a participação especial do Ministério Emanuel, da casa, além da presença vibrante da juventude da Igreja Batista em Real Vitória, que somou forças em adoração. A mensagem da noite foi ministrada pelo pastor Will Souza, da Primeira Igreja Batista do Recife - PE, que falou sobre a centralidade de Cristo na vida do cristão e o chamado à unidade do

Pr. Will Souza, da PIB do Recife - PE, foi o preletor da noite Adyla Conceição, líder da Juventude IBBV

corpo de Cristo. “Foi uma noite para lembrar por muito tempo. Não apenas pelo aniversário, mas porque vimos jovens de diferentes lugares reunidos com o mesmo coração: adorar ao Senhor”, afirmou Adyla Conceição, líder da Juventude IBBV. “Ver o Vem Louvar completando 13 anos nos dá a certeza de que o Senhor tem sido fiel e continuará nos guiando com um só propósito: Cristo”, pontuou. Entre os convidados que prestigiaram o evento, esteve o jovem Ezequiel

Levi, da Igreja Presbiteriana da Vitória de Santo Antão, presença frequente nos cultos do movimento. “É incrível. Cada Vem Louvar, é uma experiência única e maravilhosa. Sentir cada vez mais a presença de Deus e a comunhão entre os jovens é simplesmente fenomenal”, declarou.

O culto foi marcado por momentos intensos de louvor, orações e comunhão, refletindo a missão do Vem Louvar ao longo de seus 13 anos: reunir jovens para adorar, aprender e viver a fé cristã com propósito e unidade. n

Fotos: Luana Gabriela
A Banda Start conduziu o momento de louvor e adoração Adolescentes Batistas do estado do Rio de Janeiro

Pr. Samuel Esperandio se despede como diretor-Executivo da Pioneira

Roberta Tolotti Ernst secretária da Convenção Batista Pioneira

Em uma celebração realizada no encerramento da Conferência Impacto 2025, o pastor Samuel Esperandio encerrou oficialmente o trabalho como diretor-Executivo da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. Foram mais de 17 anos servindo a Convenção, apoiando seus líderes e prestando o suporte necessário às juntas e as mais de 100 Igrejas, como o Diretor mais longevo da Pioneira até o momento.

A celebração foi marcada por emoção e reconhecimento do legado deixado pelo pastor Samuel, não apenas no trabalho, mas na vida das pessoas. Reconhecimento este presente nas palavras do presidente Milton Tehlen e do pastor Sócrates Oliveira, chanceler e representante da Convenção Batista Brasileira, e amigo de longa data do pastor Samuel. Em suas palavras, Milton referiu-se ao pastor Samuel como “servo bom e fiel” e ressaltou que, chegado o momento de passar o bastão, o que se espera é uma continuidade daquilo que já está sendo construído ao longo dos anos. O pastor Sócrates lembrou o espírito ajudador e a forma cuidadosa e especial demonstrados

IB

pelo pastor Samuel na condução dos trabalhos e nas proposições durante as reuniões na CBB, as quais foram sempre muito abençoadoras.

O carinho de todos também foi expresso na entrega de presentes pela equipe da secretaria, que o acompanhou de perto, pela Junta Feminina Missionária da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil (JUFEMI) e Junta de Serviço Social da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil (JSS), pela irmã Zaira Dhein e pelo presidente Milton, representando a Convenção. Zaira ressaltou o quanto foi gratificante acompanhar o ministério do pastor Samuel desde o primeiro dia. “Alguém que, além de tudo, colocava o coração na frente”, segundo ela.

O ministério do pastor Samuel como diretor-Executivo foi relembrado

através de um vídeo, e sua filha Evelin, que aguarda a chega do primeiro filho e primeiro neto do pastor, também enviou uma mensagem de carinho e reconhecimento ao pai.

A celebração não poderia ser finalizada, senão, pelas palavras do próprio pastor Samuel, que relembrou alguns fatos marcantes de sua trajetória: a alegria de ser recebido em todas as Igrejas da Convenção, muitas vezes hospedado na casa dos próprios pastores, oportunidade para conversas e compartilhamento profundo que adentravam a noite. Por vezes, como expresso por ele, ocorreram momentos tensos quando a gestão de conflitos trouxe o confronto de ideias e práticas, mas “nada que tirasse a paz de quem entende seu papel de servo”. Relembrou momen-

tos de importância histórica, como o centenário da Convenção e o lançamento do livro “Os Pioneiros - 1910 a 2010”. Participou de momentos de celebração e alegria, mas também de luto e tristeza, pela partida de irmãos que nos deixaram. Ressaltou a boa governança corporativa que proporciona uma gestão descomplicada e acessível, juntamente com uma administração austera, que é a base para impulsionar o crescimento com a nova gestão que se inicia. Finalizou, desejando que os próximos anos sejam marcados pelo avivamento que a Convenção tem clamado diariamente. E não poderia deixar de citar a frase: “Gratidão é a moeda com que se paga as dívidas do coração”, a qual expressa o sentimento que o acompanha ao encerrar este ciclo.

Em seguida, o presidente Milton Tehlen conduziu a cerimônia de posse do novo diretor-Executivo, pastor Marcos Adriano Lovera, com a presença de membros da diretoria da Convenção Batista Pioneira e do pastor Sócrates Oliveira. O pastor Marcos ressaltou a visão da Convenção para os próximos anos: o trabalho forte na evangelização, no discipulado e na revitalização de Igrejas para que se cumpra o “Ide” de Jesus. n

Barro Preto - MG comemora

Kátia Brito

jornalista da Convenção Batista Mineira

A Igreja Batista do Barro Preto (IBBP), em Belo Horizonte - MG, viveu um final de semana marcante nos dias 21 e 22 de junho, celebrando seus 98 anos de história com adoração e gra tidão ao Senhor. O clima festivo foi permeado por momentos de louvor, proclamação da Palavra e ações de serviço cristão, reafirmando o com promisso da igreja com os princípios do Evangelho. No sábado à noite (21), o culto de celebração foi conduzido pelo Coro Principal da Igreja Batista de Vila Mariana - SP, que encantou os presentes com cânticos de adoração e louvor a Jesus Cristo. A mensagem da noite foi ministrada pelo pastor Darcy Sborowski Júnior, titular da IBVM, baseada em I João 3.16. O sermão destacou o amor gracioso de Cristo como a maior

certeza e o maior chamado para a vida da Igreja. “Celebramos o Jubileu de Pinheiro da IBBP nos dias 21 e 22/06/25, recordando as muitas bênçãos recebidas do Senhor ao longo de 98 anos de história e compartilhando sonhos para os próximos 2 anos, quando enfatizaremos o tema ‘IBBP: 100 anos

caminhando pela fé’”, declarou o pastor Tarcísio Guimarães. Além disso o pastor também compartilha mais uma novidade: “Lançamos a logomarca oficial do Centenário e divulgamos algumas iniciativas que servirão para publicar a todos a nossa gratidão ao Senhor por chegarmos a este momento especial cheios de

alegria e compromisso com o Reino de Deus.”

No culto da manhã de domingo (22), a celebração prosseguiu com a mesma alegria e a Igreja exaltou a fidelidade do Senhor demonstrada ao longo de quase um século de ministério. Durante as comemorações, foi realizada mais uma edição do tradicional Bazar beneficente em prol do Recanto Vida — lar de idosos mantido pela igreja em Confins —, reforçando o compromisso da IBBP com o serviço e a responsabilidade social.

“Adoração, comunhão, proclamação e serviço foram os tons da harmoniosa comemoração na Igreja Batista do Barro Preto”, concluiu o pastor Tarcísio. “Seguimos como uma igreja guiada pela Palavra, enraizada na fé apostólica, firmada em Cristo e comprometida com o amor que edifica famílias. Em tudo, a IBBP deseja glorificar a Deus.”, encerra o pastor. n

Pr Marcos Lovera assina o Termo de Posse
Pr Samuel Esperandio, Pr Sócrates de Oliveira e Pr Marcos Lovera
Apresentação do Coro Principal da IB de Vila Mariana - SP
Templo da Igreja Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte - MG lotado para a comemoração

Embaixadores do Rei realizam ação evangelística em São José do Povo - MT

Quatro meninos tomam decisão por Cristo após programação realizada pelas embaixadas de Rondonópolis.

Nilton O. Diolindo membro da Igreja Batista Memorial em Rondonópolis - MT, conselheiro de Embaixadores do Rei e coordenador do DAER ABISUL/MT

No último dia 28 de junho, os Embaixadores do Rei das embaixadas “Ir. Maurício Alves Pereira”, da Igreja Batista Memorial, e “João Francisco Santiago”, da Igreja Batista Jardim Atlântico, ambas de RondonópolisMT, estiveram na Primeira Igreja Batista em São José do Povo - MT para uma

ação evangelística voltada a meninos entre 9 e 17 anos.

A atividade foi organizada com o apoio do pastor Isaías Dias, líder da Igreja local, e do ER Lukas, que durante a semana anterior convidaram jovens da comunidade para participarem da programação. O encontro aconteceu na quadra de uma escola próxima à Igreja, e contou com a presença de mais de 20 meninos.

A programação incluiu momentos de louvor, oração, leitura bíblica e uma mensagem centrada no evangelho de

Cristo. Em seguida, os participantes conheceram a organização dos Embaixadores do Rei e foram divididos por faixa etária para atividades esportivas e recreativas, coordenadas pelo irmão Adones Magalhães, da Igreja Batista Jardim Atlântico.

Durante as atividades, os ER’s das embaixadas participantes demonstraram comportamento exemplar, com espírito de cooperação, refletindo o compromisso com seu testemunho cristão. Ao final das competições, os meninos foram recebidos nas dependências da

PIB de São José do Povo para um momento de confraternização.

Enquanto aguardavam o lanche, o pastor Isaías aproveitou para convidá-los a participar de futuros encontros. Quatro garotos manifestaram profundo interesse em integrar a organização e, ao final da programação, tomaram a decisão por Cristo, um momento de grande alegria para todos os presentes.

Louvado seja Deus pelas vidas de cada ER envolvido. Toda glória seja dada a Ele. n

Encontro de Educação Cristã da MCM

Belforroxense fortalece o compromisso missionário

Programação dedicou oferta para campanha da UFMBB.

Momento de louvor e adoração

Abertura da programação com momento cívico e entrada das bandeiras

No sábado, dia 21 de junho, a Terceira Igreja Batista em Areia Branca, em Belford Roxo - RJ, foi palco do Encontro de Educação Cristã promovido pela União Feminina Missionária Batista Belforroxense (UFMBBr). O evento reuniu cerca de 74 participantes, entre membros de Igrejas,

Amigos de Missões e convidados especiais. A programação contou com momentos de adoração conduzidos pelo Ministério de Louvor da igreja anfitriã, além de uma apresentação de dança.

Entre os presentes, destacaram-se dois amigos de missões e quatro irmãos convidados, incluindo o pastor Isaías, pastor auxiliar da Segunda Igreja Batista em Nova Aurora. A inspiração musical ficou por

conta da irmã Mariléa, da Primeira Igreja Batista de Heliópolis, em Belford Roxo - RJ, enquanto a irmã Ana Goulart, da Primeira Igreja Batista do Jardim Tropical, em Nova Iguaçu - RJ, emocionou os presentes com uma poesia.

Um vídeo da campanha de Educação Cristã da União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) foi exibido, seguido por um momento de oração em duplas pelos motivos des-

tacados no Programa da revista Visão Missionária. As participantes também realizaram a entrega das ofertas de suas Igrejas e ofertas pessoais, expressando seu compromisso com a obra missionária.

A mensagem da tarde foi ministrada pela irmã Luciana Lemos, capelã hospitalar, missionária da Convenção Batista Fluminense (CBF) e membro da Primeira Igreja Batista de Heliópolis. n

Aliomar Roza
membro da Igreja Batista Central em Andrade de Araújo, em Belford Roxo - RJ
Fotos: Ir. Francisco Carlos L. de Souza e Kelves Dutra dos Santos
Jovens da comunidade de Rondonópolis -MT participam de um tempo de comunhão por meio de atividades esportivas e recreativas
Participantes reunidas durante o Encontro de Educação Cristã da MCM

Carmen Lígia

A Oração das Crianças do PEPE Panamá

missionária no Panamá e líder do PEPE nas Américas

Você já parou para pensar no que acontece quando as crianças oram?

Uma menina, em um PEPE, me pediu que orasse por ela e pela mãe, que estava doente. Eu disse que oraria, mas que ela também podia orar porque Deus ficaria muito feliz conversando com ela. Ela olhou, assustada, e eu disse: “Vou te ensinar como orar!”. Soube depois que a mãe estava curada de uma forte hemorragia, e que a família participava dos cultos da igreja. Tudo resposta da conversa entre a Marily e Deus!

Ensinar as crianças a falarem com Deus é uma das nossas metas nos PEPEs. Não somente orar pela criança, mas mostrar que ela também pode falar com Deus onde e quando quiser, através da oração. Devemos mostrar a elas que a oração não é repetição de palavras, mas uma gostosa conversa com o nosso Deus. Quando oram, aprendem a confiar em Deus e são fortalecidas.

Ao ensinarmos as crianças a falarem com Deus espalhamos as primeiras sementes de fé que germinarão

Quando

para vida eterna. Os resultados são surpreendentes, e eu mesma faço questão de pedir às crianças que orem por mim!

No PEPE, vivemos milagres quando as crianças oram! Aron tem quatro anos e é alfabetizado no PEPE Bethel, de Chalchuapa, em El Salvador. É um menino alegre e muito ativo, atento a tudo o que é ensinado, participando com os companheiros no PEPE. Certo dia, chegando à casa, começou a dizer à mãe que sentia fortes dores de estômago e, imediatamente, seus pais o levaram ao hospital. Depois de consultas e exames recebeu o diagnóstico preocupante com a necessidade urgente de uma cirurgia. Os pais foram ao PEPE e pediram que todos intercedessem pela saúde do nosso

pequeno aluno, pedindo a Deus um milagre. Dias depois foi levado ao hospital novamente para uma consulta e exames preliminares em preparação para a cirurgia. O doutor se surpreendeu ao ouvir que já não havia dores e, com o excelente resultado dos exames, não havia necessidade de cirurgia, disse o doutor. Oramos e o milagre aconteceu! As crianças oram, Deus ouve e responde, fortalecendo a fé de todos!

Felix é outro aluno do PEPE que, muitas vezes, chegava muito triste e nervoso às aulas. Seu pai era alcoólatra e chegava em casa bêbado, pegava um machado e, aos gritos, ameaçava matar a esposa. Felix presenciava aquela briga, diariamente, e se transformou numa criança triste e nervosa, brigando com os amigos. Mas, um dia, aprendeu a falar com Deus pedindo ajuda quando estivesse com medo, como os amigos de Jesus fizeram quando estavam no barco em meio à tempestade. O processo de transformação na vida do Felix levou Jesus para dentro da sua casa. O pai do Felix contou, em lágrimas, nos olhos que escutava seu filho orando na hora da refeição, quando ia dormir

e ao acordar pedindo a Deus que tirasse o machado da sua casa para que os pais não brigassem mais. Um belo dia, seu pai procurou o machado pela casa inteira, brigou com todos, mas o machado simplesmente desapareceu. “As brigas diminuíram com o sumiço do machado e entendi que o meu filho tinha uma alegria que eu não tinha, e eu ansiava ter, com todas as minhas forças”. A oração de uma criança faz toda a diferença e levou alegria completa à sua família.

Temos hoje, no PEPE, a responsabilidade de ensinar 26 mil crianças a orarem. Nem sempre é tão fácil porque também temos unidades em países muçulmanos. Precisamos nos unir para que, através das nossas orações, essas crianças aprendam a orar! São 26 mil crianças conhecendo a Jesus como salvador e levando Jesus para dentro de suas casas. Esse é o nosso grande desafio para este ano! Você faz parte desta história ao orar e ofertar para realizarmos o PEPE no mundo! Continuemos juntos porque quando amamos o que Deus ama, vidas são transformadas. E obrigada por estar ao meu lado no desafio missionário! n

o Evangelho fala em língua de sinais

Conheça o impacto da missão com surdos em seis países africanos.

Escrevo esta carta para compartilhar os frutos do trabalho missionário entre os surdos em diversas regiões da África. Sou grata por suas orações, encorajamento e apoio constantes. É por meio da cooperação do Corpo de Cristo que o Evangelho está avançando entre os surdos. Interceda e agradeça sobre o que Deus está realizando em três países.

São Tomé e Príncipe: As aulas de Língua Gestual Santomense (LGS) crescem e trazem frutos. A igreja local está animada e semanalmente temos novos testemunhos de transformação entre os surdos. Porém, há um grande desafio: a necessidade urgente de enviar um missionário com foco exclusivo no trabalho com surdos. Muitos ainda carecem de apoio para avançar tanto nos estudos escolares como no ensino bíblico.

Angola: Atuamos em quatro frentes missionárias, cada uma enfrentando realidades desafiadoras, mas colhendo frutos visíveis. Na província de Moxico, a dupla missionária Vasco (surdo) e Mateus (intérprete vocacionado) percorreu centenas de quilômetros, partindo de Huambo até a província do Moxico. Lá, foram recebidos calorosamente e iniciaram suas atividades imediatamente. Agradeça a

Deus conosco: Intérpretes da SIB, que atuam de forma autônoma, buscando ativamente os surdos na comunidade. Após um momento de frustração pelo lento progresso, oraram e, surpreendentemente, o pastor local os encorajou dizendo: “Não fiquem tristes, os frutos virão!” Interceda: Nossos obreiros enfrentaram chuvas intensas e frio durante o percurso. Os intérpretes locais têm enfrentado barreiras, pois muitos surdos da região nunca frequentaram escola e não dominam a Língua Gestual.

Provincia de Benguela: o trabalho se expandiu através da dupla Mário (intérprete vocacionado) e Lourenço (surdo). Enfrentam desafios intensos de sustento, mesmo assim, continuam firmes, cheios de alegria pela oportunidade de compartilhar o Evangelho com os surdos da cidade. Já enfrentaram até assalto, mas testemunham que o próprio Deus os enviou para resgatar os surdos. Ore para que Deus desperte mais vocacionados para se juntar a essa obra.

Huambo: O missionário surdo, pastor Cassinda, continua firme em seu ministério. Ele e sua família estão congregando na Igreja Batista Vida Nova, em Huambo, com envolvimento direto com os surdos. Através de um programa de esportes, especialmente o futebol, Cassinda conheceu Jó e Floriano, dois jovens surdos. Após o discipulado, Jó buscou reconciliação com um amigo, o levou à igreja e, desde então, mais surdos se aproximam da fé.

Uíge: Também sob os cuidados do pastor Cassinda, o ministério com surdos precisa de fortalecimento. Deus está chamando a muitos na região, porém poucos efetivamente se engajam. No curso de língua gestual, mais de 50 membros de nossas igrejas participaram, mas poucos seguiram com o trabalho em suas Igrejas. Temos surdos no local que anseiam por se engajar no caminho de Cristo, mas precisamos de servos para acompanhá-los na caminhada da fé.

Província do Bié: O obreiro José Manuel, que atua naquela província, compartilhou com alegria o progresso do trabalho entre os surdos na região. Durante o mês de maio, as atividades seguiram com consistência: aos sábados pela manhã, continuando a formação em Língua Gestual Angolana (LGA), na congregação do Cunje. Além disso, também foram realizados estudos bí-

blicos com os irmãos surdos, aos sábados, e, aos domingos, a Escola Bíblica Dominical contou com a presença ativa dos surdos e intérpretes. Houve, ainda, tempo para visitas e apoio individual, com destaque para o acompanhamento de um menino surdo, reforçando o cuidado integral com a comunidade. O missionário expressa sua gratidão a Deus e à Junta de Missões Mundiais (JMM) pelo carinho, apoio e parceria constantes nesse ministério.

Ore por Luanda, especialmente pela escola especial da cidade, onde muitas crianças surdas estão sob influência de seitas. Pedimos sabedoria para alcançá-las com a verdade do evangelho.

Moçambique: Com grande alegria, oito surdos estão sendo discipulados para o batismo no Norte de Moçambique! No entanto, ainda não conseguimos fixar um obreiro para dar continuidade ao trabalho naquela região. Temos surdos vocacionados e dispostos a ir, mas a limitação financeira é uma barreira real.

Oremos por provisão e pela mobilização de Igrejas parceiras. Nosso desejo é, com a graça de Deus, enviar missionários surdos para novas cidades em Angola, São Tomé e Príncipe, Moçambique e até na América Latina. Conto com suas orações, e sigo com fé, sabendo que não caminho sozinha! n

Renata Santos de Oliveira

É tempo de Missões Estaduais

Conheça o tema das campanhas de nossas 33 Convenções.

Comunicação da Convenção Batista Brasileira

Julho, segundo o calendário da Convenção Batista Brasileira, é o Mês de Missões Estaduais. É tempo de mobilizar Igrejas sobre a importância de compartilharmos o amor gracioso de Jesus nos estados e regiões.

Essa mobilização também passa pelo tema escolhido, pois ele será o fio condutor de toda a campanha. A seguir, apresentamos o tema escolhido por nossas 33 Convenções Estaduais/Regionais.

REGIÃO NORTE

Convenção Batista Acreana

Acre para Cristo - Unidos enquanto há tempo

Convenção Batista Amapaense Anunciemos o Amor Gracioso ao Amapá

Convenção Batista do Amazonas Semeando Esperança: O Evangelho em cada lar

Convenção Batista de Carajás Anunciemos o Amor Gracioso em Carajás

Convenção Batista do Pará Anunciemos o Amor Gracioso de Deus no Pará

Convenção Batista de Rondônia Anunciarei até que todos saibam

Convenção Batista de Roraima Diga ao povo que marche

Convenção Batista do Tocantins Discípulos fazendo discípulos e cumprindo a missão

REGIÃO NORDESTE

Convenção Batista Alagoana Chamados para uma grande obra

Convenção Batista Baiana Discipulando as gerações

Convenção Batista Cearense Maravilhosa Graça

Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará Lado a lado na Missão

Convenção Batista Maranhense Maranhão para Cristo

Convenção Batista Norte-Rio-Grandense Eu na missão de Deus

Convenção Batista Paraibana Somos Testemunhas

Convenção Batista de Pernambuco Ele escolheu me amar

Convenção Batista Piauiense Por todos os cantos anunciemos o Amor Gracioso

Convenção Batista Meio Norte do Brasil Vivendo o Amor de Cristo

Convenção Batista Sergipana Somos um numa só missão

Convenção Batista Sul-Maranhense Semeando amor com graça no Sul do Maranhão

REGIÃO SUDESTE

Convenção Batista Carioca Vida Abundante

Convenção Batista do Estado do Espírito Santo Jesus é o caminho para uma vida fiel e relevante

Convenção Batista do Estado de São Paulo Somos um no amor de Jesus

Convenção Batista Fluminense Jesus vem, por isso eu vou

Convenção Batista Mineira Fale e não se cale

Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil* Viva em Missão

• A Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil tem Igrejas nos estados do Espírito Santo e São Paulo REGIÃO SUL

Convenção Batista Catarinense Maranata - Proclamando o Amor de Deus

Convenção Batista Paranaense Imparáveis

Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil Viva em Missão

Convenção Batista do Rio Grande do Sul 100 Anos evangelizando o povo gaúcho! FAÇAMOS INFINITAMENTE MAIS!

REGIÃO CENTRO-OESTE

Convenção Batista de Mato Grosso No Poder do Espírito, façam discípulos

Convenção Batista do Planalto Central Seja a Resposta

Convenção Batista Goiana Frutos que permaneçam

Convenção Batista Sul-Mato-Grossense Jesus Cristo, Salvação para o MS n

NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA

JUMAP realiza mais uma edição da Conferência Impacto

Mais de 2000 pessoas participaram da programação no Rio Grande do Sul.

Lucineia Honnef Sena missionária da Junta de Mocidade e Adolescentes da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil

De 19 a 22 de junho, em Santa Rosa - RS, cerca de 2.000 adultos, jovens, adolescentes e crianças viveram dias inesquecíveis na Conferência Impacto, com o coração cheio de fé e os olhos voltados para o futuro, guiados pela verdade de que “uma geração contará à outra as obras do Senhor” (Salmo 145.4). Celebramos juntos àquilo que nos une há 100 anos: a missão de seguir e anunciar Jesus.

A programação foi intensa, diversificada e cheia de momentos que misturaram profundidade, criatividade e comunhão. Tivemos TED’s que despertaram propósitos; apresentações artísticas que emocionaram e inspiraram; painéis com convidados especiais trazendo reflexões e desafios para a Igreja; celebrações marcantes

A programação contou com TEDs e diversas apresentações artísticas

com louvor, Palavra e presença viva de Deus; podcasts ao vivo com a Rede 3.16, conectando ideias, pessoas e histórias; stands com agências missionárias, aproximando os jovens do campo e da missão.

Nada disso seria possível sem o apoio e serviço de pessoas e Igrejas que entenderam que servir também é

Mais de 2000 pessoas participaram da programação em Santa Rosa - RS

deixar um legado. Nosso muito obrigado à Igreja Batista de Santa Rosa, Congregação Batista no Bairro Planalto, Igreja Batista de Candeia e Igreja Batista Pioneira de Tuparendi, que nos receberam com excelência e amor. À Convenção Batista Pioneira, pelo apoio constante e parceria. Aos voluntários incansáveis,

Congresso de Educação

desde a recepção ao staff, vocês foram essenciais!

O Impacto 2025 nos lembrou que nós somos parte de uma história muito maior e que o legado que deixamos hoje pode transformar o amanhã de muitos. Seguimos com o coração cheio, as mãos prontas e a certeza de que… É tudo sobre Jesus, e isso muda tudo! n

Cristã convoca

Batistas fluminenses para capacitação e comunhão

Foi o primeiro congresso realizado pela Convenção Batista Fluminense sobre o tema.

Rodrigo Zambrotti

pastor, coordenador de Comunicação da Convenção Batista Fluminense

Dos dias 27 a 29 de junho, a Convenção Batista Fluminense promoveu o Congresso de Educação Cristã, realizado pela Ordem dos Educadores Cristãos Batistas do Brasil - Seção Fluminense (OECBB-Fluminense) em parceria com o Departamento de Educação Cristã da CBF. O evento aconteceu no Acampamento Batista Fluminense, em Rio Bonito - RJ, em um ambiente acolhedor e espiritual, reunindo educadores cristãos, líderes, voluntários e membros das Igrejas Batistas do estado para três dias intensos de crescimento, capacitação e comunhão.

A programação teve início na sexta-feira e os congressistas participaram da primeira grande celebração, marcada por louvor, adoração e edificação. O sábado começou cedo, com um momento de oração às 7h. Às 8h30, todos se reuniram novamente para mais uma celebração, que antecedeu os workshops da manhã (10h), conduzidos por especialistas convidados:

Workshops com Educadores abordaram temas inovadores e relevantes para a Educação Cristã

Davidson Freitas ministrou sobre “Planejamento estratégico: tirando do papel e fazendo acontecer”; Carla Boquimpani trouxe a oficina “Equipe de milhões: a gestão de equipe que inspira”; Deusirene Moreira abordou “Cuidando do coração: equilibrando saúde emocional, chamado e serviço”.

Após o almoço, os participantes retornaram às 14h30 para os workshops da tarde, com temas inovadores e relevantes para o contexto atual da Educação Cristã:

Polli Ramos falou sobre “Inovação e criatividade na gestão de Educação

Congresso de Educação Cristã reuniu participantes de várias regiões do estado do RJ

Cristã”; Carla Guerra apresentou “Tendências atuais na Educação Cristã”; e Tânia Lima Pereira tratou sobre “Discipulado geracional: um legado para o Reino”.

Às 16h30, os congressistas tiveram um intervalo e, logo depois, participaram de uma animada sessão de games às 17h. O clima de descontração deu lugar à preparação para a noite: banho, seguido de uma celebração especial às 19h e o Jantar das Cores às 20h30, que trouxe um momento de comunhão e alegria entre os participantes. O encerramento aconteceu

às 22h, com um emocionante culto ao redor da fogueira.

O congresso contou ainda com a ministração das preletoras Polli Ramos e Elana Ramiro, que trouxeram mensagens desafiadoras e inspiradoras sobre a missão da Educação Cristã em nossos dias.

Mais do que um evento, o Congresso de Educação Cristã foi uma oportunidade para renovar propósitos, fortalecer vínculos e reafirmar o compromisso da Convenção Batista Fluminense com a formação cristã sólida e relevante. n

Pecado significa “errar” o alvo estabelecido por Deus em Sua Palavra desde o Éden. Nossos pais resolveram obedecer à serpente, o Maligno, e desobedecer a Deus. Optaram por se rebelar contra o Senhor, que os fez à Sua imagem e conforme à Sua semelhança (Gn 1.26). Decidiram ouvir o Maligno, em vez de obedecerem a Deus. A decisão deles teve duas consequências terríveis: a destituição da glória de Deus e a morte (Rm 3.23). Paulo afirma que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23). Há malignidade no pecado, em função da rebelião do homem — comportamento perverso, na contramão da vontade de Deus. A malignidade do pecado produziu em nós um coração cheio de maldade. Em sua natureza pecaminosa ou maligna, o homem planeja e faz coisas terríveis. Não só as faz, mas tenta sempre justificá-las. Adão, confrontado por Deus no seu pecado, colocou a culpa em Eva, sua mulher (Gn 3.12). É impressionante como podemos justificar nossas atitudes e ações erradas, jogando a culpa nos outros e nas circunstâncias. A natureza de Adão tem a inclinação de esconder-se atrás de uma máscara muito bem arranjada. Ela pode enganar os homens, mas nunca a Deus.

O pecado, em sua malignidade, se manifesta no coração doentio do ho-

A malignidade do pecado

mem em forma de engano e mentira, de narrativas estranhas (Jr 17.9). Na verdade, é o engano da serpente ao homem no Éden. Desde lá, enganamos e somos enganados. É um “faz de conta” como fruto de uma cardiopatia congênita. O Senhor Jesus diagnosticou muito bem o coração do homem, dizendo: “Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias. São essas coisas que tornam o homem impuro; mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro” (Mt 15.19-20). O Senhor Jesus acertou precisamente.

O homem que não conhece a Cristo vive sob o poder do Maligno. Ele vive a malignidade do pecado e sofre suas consequências. Jesus disse, referindo-se ao Maligno, que ele veio para matar, roubar e destruir (Jo 10.10). Tudo o que vemos neste mundo, a corrupção, a imoralidade, a pornografia, as traições, as mentiras, os adultérios, os roubos, a hipocrisia, a maldade, o egoísmo, a vaidade, a desonestidade, a injustiça, a violência, o aborto, o estupro etc., são manifestações do pecado na vida do homem. O pecado entristece, embrutece, insensibiliza, fere, deprime, cauteriza a mente, endurece o coração e torna o homem escravo de si mesmo e de Satanás.

Jesus chamou os escribas e fariseus de sepulcros caiados e filhos

do inferno. Eram religiosos vivendo a malignidade do pecado (Mateus 23.15). Temos pessoas assim em nossas igrejas. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, discorre sobre as manifestações do pecado no coração e na vida do homem:

“Sabe, porém, que nos últimos dias haverá tempos difíceis; pois os homens serão gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, impuros, ímpios; sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontrolados, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de religiosidade, mas rejeitando-lhe o poder. Afasta-te também desses” (II Tm 3.1-5).

A única solução para a malignidade do pecado na vida do homem é a fé na obra perfeita do Cristo perfeito na cruz. Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo (I João 3.8). Paulo ensina que foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gálatas 5.1-2).

Somente Jesus pode tirar o homem das garras do diabo (João 8.32, 36). Pela malignidade do pecado, o homem morre; mas, pela benignidade de Cristo, em Sua obra na cruz e em Seu sangue derramado, o homem nasce de novo, experimenta a regeneração, a vida — a troca do coração de pedra (incredulidade) pelo coração de carne (o coração da fé) (Ezequiel 36.26-27;

João 3.1-8). Nicodemos vivia a malignidade do pecado até conhecer a Cristo e ser liberto. Saulo vivia na mesma condição, mas perseguia e matava os crentes. Contudo, a graça de Cristo o alcançou na estrada de Damasco (Atos 9.1-15). De perseguidor a perseguido por causa de sua conversão a Cristo, o único e suficiente Salvador (Atos 4.12).

Se no Éden o homem desobedeceu a Deus e morreu na sua incredulidade, no Calvário, na cruz, o homem passa a obedecer a Deus, pela fé, e recebe a vida de Cristo Jesus, tendo a certeza da vida eterna. Paulo ensina:

“Porque, se a morte reinou pela transgressão de um só, então os que recebem da transbordante suficiência da graça e da dádiva da justiça reinarão muito mais em vida por meio de um só, Jesus Cristo” (Rm 5.17).

Graças ao Pai que a benignidade da obra de Cristo, na cruz e na ressurreição, se manifestou para destruir a malignidade do pecado de Adão em nós. A nossa velha natureza, maligna, foi substituída pela nova natureza, a divina (Rm 6.1-11). Por causa da obra de Cristo na cruz e da vitória sobre a morte, podemos cantar o cântico de Paulo:

“Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37). Não somos mais filhos do Maligno, mas filhos de Deus! n

OBSERVATÓRIO

Por que uma criança acaba sendo teimosa, rebelde...?

Esta é uma pergunta que já ouvimos de muitos pais ao se referirem ao fato de que, mesmo sendo de pequena idade, uma criança demonstra, em geral, ser rebelde, egoísta, teimosa, se joga no chão quando não lhe fazem a vontade. Se tem uma irmãzinha ou um irmãozinho menor, pode acabar judiando dele, disputando espaço. A primeira palavra que aprende a falar é “não”. Enfim, muitos pais se perguntam: por que, sendo tão pequena, muitas vezes já se revela desse jeito? Alguns pais até afirmam que é assim mesmo, que as novas gerações nascem desse jeito e não adianta mudar!?

Bom, depois de criarmos três filhos, agora já adultos, casados, dos quais dois são pais, e termos três netas e um neto, tem sido possível considerar diversos aspectos do assunto e sugerir alguns caminhos para compreendê-lo.

Em primeiro lugar, já existem diversos estudos sobre a infância, sobre as características de cada fase da idade, por exemplo, na área da psicologia do desenvolvimento, que busca descrever o comportamento e os interesses de cada período da vida. Mas também existem estudos sobre patologias que vão se formando ao longo da vida.

Tem sido possível notar também o que eu chamo de “diagnósticos sazonais”, em que cada época parece enfatizar algum diagnóstico específico. Em uma época, era comum que crianças fossem logo diagnosticadas com TDAH; depois, autismo; também bipolaridade, e assim por diante. Com certeza, esse tipo de abordagem em nada ajuda a buscarmos respostas para nossa pergunta. Profissionais habilitados poderão ajudar com diagnósticos mais precisos.

A formação da personalidade, e também de suas disfunções, vai prosseguindo ao longo da vida e tem variadas fontes: desde o desenvolvimento fetal, passando pela cultura e ambiente familiar, a socialização da criança, até mesmo a constituição genética e orgânico-funcional.

Como disse, há abundante literatura sobre o tema, mas, como tenho como princípio buscar a compreensão de qualquer assunto de forma mais integral ou holística, entendo que será necessário aprofundar mais na busca etiológica desse cenário

complexo, e também importante, pois estamos falando de vidas que estão sendo construídas como sujeitos portadores de história no desenvolvimento de seu projeto de vida desde as primeiras fases da idade. E aqui me refiro também a considerarmos o tema à luz dos ensinos bíblicos, teológicos e éticos.

Um dos primeiros detalhes que precisamos compreender é que Deus criou o ser humano dotado de liberdade. Então, decisão e escolhas estão presentes naturalmente na natureza humana desde a criação. Em outras palavras, o ser humano, seja qual for a idade, é um ser que decide, um ser ético. E, mesmo quando não decide algo, decide não decidir. Não há como fugir dessa característica. Por isso Deus colocou diante de Adão e Eva decisões que precisavam tomar diariamente.

Toda e qualquer decisão necessita de uma fonte de dados e informações para nortear a escolha e, ainda que dotado de liberdade, Deus criou o ser humano para depender de fontes externas que referenciem e norteiem suas decisões. Imagino que, pela passagem de um dia para outro (Gênesis 3.8), Deus orientava Adão e Eva sobre as decisões que iam sendo tomadas na gestão do jardim e da vida, fornecendo os fundamentos indicativos de como tudo deveria existir e funcionar. Ele, o Criador, orientava e dava as diretivas para a criatura criada. No campo da ética, chamamos isso de “heteronomia”, isto é, princípios ou normas (“nómos”, no grego) que procedem de outro (“hétero”, no grego).

Em resumo, Deus criou o ser humano para ser livre e heterônomo, mas não autônomo (do grego “autós”, próprio), ou seja, totalmente livre para decidir conforme quisesse. Só Deus é livre e autônomo, pois é um ser infinito, onipotente, portanto, soberano.

Assim, ao criar o Universo e também o ser humano, Deus estabeleceu seu funcionamento, suas características e atributos funcionais. Estabeleceu, assim, a sua finalidade de existência (Isaías 43.7; Efésios 1.12) e como deveria ser, existir e funcionar. A isso chamo de Plano da Criação.

Quando Deus indicou que Adão e Eva poderiam acessar qualquer coisa no jardim, inclusive a árvore da vida, mas não a árvore do conhecimento do bem e do mal, estava indicando que

a fonte para se saber o bem e o mal, o certo e o errado, referenciais éticos e de valores, deveria ser proveniente dEle, o Criador. Deus apontou para eles que, se acessassem essa árvore, estariam querendo ser como Deus — o conhecedor da realidade, do certo e do errado, do bem e do mal (Gênesis 3.22) — e, então, estariam declarando independência contra Ele, pois, por conta própria, estariam buscando os fundamentos para suas decisões, não mais em Deus, mas em si mesmos. Adão e Eva, então, se rebelaram e decidiram declarar independência contra Deus em busca de sua autonomia. Assim, foram expulsos do Jardim do Éden e do relacionamento com Deus, e surgiram todas as consequências iniciais dessa sua escolha (Gênesis 3.9ss).

Então, o interior do ser humano, sem a convivência com Deus, se tornou corrompido. Sem os referenciais do Criador, a humanidade foi se corrompendo e se destruindo. Querendo ser autônoma, a humanidade se vê agora escravizada pela sua natureza decadente, má, perversa, que lhe dá diretivas destrutivas para a vida. A história da humanidade vai demonstrando isso ao longo do tempo.

No campo da Teologia, chamamos tudo isso de natureza decaída, natureza pecaminosa, que é bem descrita pela Bíblia e pelo apóstolo Paulo em Romanos 7. Assim, o ser humano nunca será autônomo, ainda que deseje ser. Nasce com uma natureza imprópria para uma vida sadia e relacional, e sem capacidade de cumprir os objetivos e finalidades para os quais existe.

Em linguagem simples, Watchman Nee, em seu livro “A Vida Cristã Normal”, menciona que temos dentro de nós uma “fábrica de pecados”.

Ainda que, ao longo do tempo, tenha-se afirmado que o ser humano é bom por natureza, e que basta educá-lo (Rousseau), na realidade, tem dentro de si um “coração” perverso e desesperadamente corrompido (Jeremias 17.9), que necessita de transformação que somente o Evangelho pode promover.

Então, o que tudo isso tem a ver com aquela criança rebelde, teimosa, “ranheta”? Tudo a ver. Pois todos os seres humanos, depois da rebelião no Éden (Gênesis 3), nascem com essa natureza rebelde, com essa “fábrica de pecados”. E, à medida que a so-

ciedade busca novos caminhos para sua autonomia e independência, fica mais presa à sua natureza decaída. O espaço aqui não permite, mas já foi possível mapear na história a repetição da rebeldia do Éden mais três vezes na linha do tempo.

Esse é o principal motivo pelo qual, em toda a Bíblia, temos o ensino que aponta para o investimento na formação da vida e no caráter das crianças desde as primeiras fases. Pare um pouco agora e leia os textos a seguir como exemplos disso. Procure outros textos similares em uma concordância bíblica ou até mesmo em alguma plataforma de Inteligência Artificial (prompt: apresente textos bíblicos sobre a importância da educação bíblica das crianças):

• Provérbios 22.6

• Deuteronômio 6.4-7

• II Timóteo 3.15

A neuroeducação mostra hoje que, desde as primeiras fases da vida, nosso cérebro vai formando redes neurais que se tornam caminhos mentais que orientam nossas decisões e o encaminhamento da vida. Não é à toa que a agenda mundial (infelizmente, também nacional) incentive a ideia de que pais não possuem o direito de dizer aos filhos o que devem fazer, mas devem apenas ser seus mantenedores, proporcionando o desenvolvimento de sua autonomia. Assim, crianças desprovidas de uma adequada “caixa de ferramentas” cognitivas, emocionais, psicológicas, mentais, éticas e de valores sadios e seguros, ficam à mercê de pretensos educadores que querem lhes roubar o que de mais precioso possuem: sua liberdade e sua construção histórica com seus familiares. Pais precisam levar em conta que é necessário investir tempo na formação de seus filhos desde os primeiros momentos de vida, levá-los aos pés do Mestre para sua conversão às Boas Novas, para que, sendo renovados em seu interior, pela salvação, possam ter suporte espiritual para vencer sua “fábrica de pecados”, dependendo da graça de Cristo, do Espírito Santo (Romanos 8.1ss; II Coríntios 12; Gálatas 5.16ss), e promovendo a renovação de sua estrutura mental (Rm 12.2).

Pais precisam ver, na rebeldia de seu filho, múltiplas causas, desde psicológicas, culturais, mas também bíblico-espirituais, e dar o suporte necessário de forma integral. n

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